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Dengue: diminuindo a distância entre a escola e comunidade · A dengue representa um dos principais problemas de saúde pública do mundo, devido à elevada magnitude e gravidade

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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

DENGUE: DIMINUINDO A DISTÂNCIA ENTRE A ESCOLA E A COMUNIDADE.

Área PDE: Biologia

Tema de estudo: Dengue

Professor PDE: Fernanda Molina

IES: UEM – Universidade Estadual de Maringá

NRE: Maringá - PR

Orientador: Prof. Dr. José Ricardo Penteado Falco

MARINGÁ-PR 2016

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FICHA DE IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA TURMA PDE 2016

Título: Dengue: diminuindo a distância entre a escola e a comunidade

Autor Fernanda Molina

Disciplina/Área Biologia

Escola de implementação do projeto e sua localização

Colégio Estadual Basílio Pertsew – Ensino Fundamental e Médio

Município da escola Ângulo - PR

Núcleo Regional de Educação Maringá - PR

Professor orientador Dr. José Ricardo Penteado Falco Instituição de ensino superior Universidade Estadual de Maringá

Resumo

A dengue é atualmente uma das doenças mais

frequentes no Brasil. Esta informação pode ser

comprovada pelos dados estatísticos obtidos por

tratar-se de uma doença de notificação

compulsória e observada nos relatórios do SINAN

(Serviço Nacional de Agravos e Notificações),

podendo, ainda, desta mesma forma, verificar-se

a vertente desta doença no Município de Ângulo.

Assim, diante do exposto, este projeto será

realizado com a intenção de conscientizar os

estudantes e comunidade próxima aos mesmos,

sobre a dengue e suas consequências, por meio

de metodologias de ensino alternativas.

Palavras-chave Dengue; Escola; Comunidade

Formato do material didático Caderno Pedagógico

Público Alunos do 2°ano do Ensino Médio

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APRESENTAÇÃO

Dengue

Aspectos Epidemiológicos

A dengue representa um dos principais problemas de saúde pública do

mundo, devido à elevada magnitude e gravidade das epidemias. Segundo a

Organização Mundial da Saúde, a cada ano, 50 milhões de pessoas contraem

a doença, sendo que 500 mil precisam ser hospitalizadas (90% crianças) e 24

mil morrem em consequência da moléstia (VALLE, et al., 2015).

Nas Américas, a dengue tem sido relatada há mais de 200 anos. No

Brasil, há referências de epidemias desde o século XIX. A primeira epidemia,

documentada clínica e laboratorialmente, ocorreu em 1981-1982 (BRASIL,

2010).

A dengue é hoje umas das doenças com maior incidência no Brasil. As

condições socioambientais beneficiam o aumento do número de mosquitos

Aedes aegypt promovendo o avanço da doença, atingindo a população de

todos os estados, independentemente da classe social (BRASIL, 2008;

COLOMBRINI, et al., 2009). Tem sido observado um padrão sazonal de

incidência coincidente com o verão, devido a maior ocorrência de chuvas e ao

aumento de temperatura nessa estação. É mais comum nos núcleos urbanos,

onde é maior a quantidade de criadouros naturais ou resultantes da ação do

ser humano (BRASIL, 2010).

Vetores

A Dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução

benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma

hemorrágica. Atualmente, é a mais importante arbovirose (doença transmitida

por artrópodes) que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de

saúde pública no mundo. Ocorre e dissemina-se especialmente em países

tropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e

a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito vetor. As fêmeas de Aedes aegypti

depositam em média de 60 a 120 ovos a cada ciclo e estes ficam aderidos na

superfície da parede dos criadouros em cima da linha de água e geralmente

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eclodem quando ficam submersos. Os ovos são resistentes à dessecação por

vários meses. As larvas são ativas, vivem na água e transformam-se em pupas

em apenas 5 dias e essas se desenvolvem em mosquitos adultos que voam

em 2 à 3 dias (ABREU, 2010). Portanto, no seu ciclo de vida, o Aedes

apresenta 4 fases: ovo, larva, pupa e adulto, sendo sua duração cerca de 8

dias, quando as condições são favoráveis. O mosquito adulto pode viver, em

média, de 30 a 35 dias (BRASIL, 2008).

Conforme mostra a Figura. 1, a fêmea Aedes aegypti “é facilmente

reconhecida pela cor geral marrom médio, apresentando uma nítida faixa

curva, branco-prateada de cada lado do tórax (mesonoto) e outra mais fina,

reta, longitudinal, central, as quais formam a figura de uma lira” (NEVES, 2002,

p. 329).

Figura 1: Mosquito Aedes aegypti1 (vetor)

Vírus estrutura e classificação

Segundo o dicionário Houaiss (2010, p. 805) a palavra vírus é “originária

do latim e significa agente infeccioso diminuto que se multiplica no interior de

1 Link: Disponível em: http://minutodesabedoria2014.blogspot.com.br/. Acesso em: 11/07/2016

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células vivas”. Seu comprimento varia de 20 a 1000 nm, sendo, na maioria,

menores que as bactérias (TORTORA, 2006).

O vírus não tem estrutura celular e, por isso, não podem ser classificados

em nenhum dos cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia). Sua

estrutura chama-se vírion, é composta por uma cápsula de proteína, o

capsídeo, com várias subunidades os capsômeros e no seu interior há o ácido

nucleico, DNA ou RNA (Figura 2) e essa partícula completa tem a capacidade

de infectar uma célula hospedeira para realizar sua multiplicação.

(JUNQUEIRA et al., 2005). O vírus da dengue é esférico, com diâmetro de 40 a

50nm, constituído por core de ribonucleoproteínas e de envelope de

lipoproteínas. O genoma consiste de uma fita simples de RNA e polaridade

positiva, de aproximadamente 11 kilobases (kb). Este RNA possui uma

extremidade 5’ cap com cerca de 96 nucleotídeos e uma extremidade 3’

terminal não-poliadenilada com aproximadamente 450 nucleotídeos (SILVA,

2013).

Figura 2: Estruturas Virais.2

2 Disponível em: http://biologiaparaloirasemorenas.blogspot.com.br/2015/05/virus.html. Acesso em:

12/12/2016

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No entanto, os vírus apresentam algumas características básicas dos

seres vivos que estão relacionadas a sua estrutura e multiplicação:

- Possuem um único tipo de ácido nucleico, DNA ou RNA.

- Possuem uma cobertura proteica envolvendo o ácido nucleico.

- Multiplicam-se dentro de células vivas usando a maquinaria de síntese

das células.

- Induzem a síntese de estruturas especializadas capazes de transferir o

ácido nucleico viral para as outras células.

Reprodução Viral

O vírus promove uma fusão com a célula hospedeira, por meio de uma

ligação específica entre as proteínas virais e as proteínas da superfície da

célula que denominamos receptores. Essa ligação geralmente é irreversível.

Em seguida ocorre a transferência do genoma viral para o interior da célula e

esse material genético passa a orientar a síntese de proteínas e a replicação

viral. Nos vírus com DNA a replicação ocorre no núcleo e de RNA geralmente

no citoplasma. A reprodução é concluída quando incorpora-se o material

genético à cápsula e forma-se novos vírus, que são liberados para meio

extracelular para infectar outras células (TORTORA, 2006; SANTOS et al.,

2008).

Na Dengue o ciclo de replicação viral inicia-se após a entrada do vírus na

célula por endocitose, através da interação da proteína viral do envelope com

receptores da membrana plasmática. A replicação começa com a síntese da

fita negativa do RNA, que servirá como molde para a síntese das fitas positivas

do RNA (GONÇALVES, 2007). “O genoma viral tem uma única fase aberta de

leitura codificando uma longa poliproteína que, depois de processada, gera três

proteínas estruturais, C(capsídeo), prM/M(pré-membrana/membrana) e

E(envelope) e sete não estruturais” (SILVA, 2013, p. 28), e essas partículas

são pela via liberadas exocítica (GONÇALVES, 2007).

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Agente Etiológico

O agente etiológico da dengue é um vírus de RNA, um arbovírus do

gênero Flavivírus, pertencente a família Flaviviridae (Figura 3). São conhecidos

quatros sorotipos: DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4 (BRASIL, 2010).

Figura 3: Estrutura do Vírus da Dengue.3

Período de incubação

O mosquito Aedes aegypti se infecta ao ingerir sangue de um indivíduo

durante o período de viremia e pode transmitir a doença para um indivíduo

susceptível depois de um período de incubação (SILVA, 2013), que varia de 3

a 15 dias, sendo, em média de 5 a 6 dias (BRASIL, 2002; 2010). Após ter sido

infectado uma vez o mosquito passa a transmitir o vírus pelo resto da sua vida.

Transmissão

O período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos

(Figura 4): um intrínseco, que ocorre no ser humano, e outro extrínseco, que

ocorre no vetor. A transmissão do vírus da dengue do ser humano para o

mosquito ocorre quando este pica uma pessoa infectada em período de viremia

3 Link: Disponível em: http://pontobiologia.com.br/como-a-dengue-e-transmitida/ Acesso em:

05/07/2016.

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(presença de vírus no sangue). Este período começa um dia antes do

aparecimento da febre e vai até o sexto dia da doença (BRASIL, 2002; 2010).

No mosquito, o vírus vai se localizar nas glândulas salivares da fêmea,

onde se multiplica depois de 8 a 12 dias de incubação. A partir desse

momento, o mosquito é capaz de transmitir a doença e assim permanece até o

final de sua vida (de 6 a 8 semanas) (BRASIL, 2002; 2010). Entre o mosquito

ser infectado e se tornar infectivo é o período de incubação extrínseco (VALLE,

et al., 2015).

Figura 4: Ciclo de transmissão da dengue – ciclo extrínseco.4

A transmissão do vírus da dengue do mosquito para o ser humano ocorre

ao mesmo tempo em que o Aedes pica para sugar o sangue, cospe saliva, que

4 Link: Disponível em:

http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=2028&evento=3. Acesso em

05/07/2016.

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tem uma série de substâncias analgésicas e anticoagulantes que o ajudam a

não ser notado e a conseguir sugar o maior volume possível de sangue. Neste

processo, as partículas de vírus são injetadas na corrente sanguínea da

pessoa, junto com a saliva do mosquito (VALLE et al., 2015).

Assim que penetra na corrente sanguínea, o vírus passa a se multiplicar

em órgãos específicos, como o baço, o fígado e os tecidos linfáticos. Esse

período é conhecido como incubação e dura de quatro a sete dias. Depois o

vírus volta a circular na corrente sanguínea (VALLE et al., 2015).

O vírus também se replica nas células sanguíneas e atinge a medula

óssea, comprometendo a produção de plaquetas. Quando isto ocorre muito

rapidamente, aliado a diminuição de plaquetas, podem ocorrer sérios distúrbios

no sistema circulatório, como hemorragias (VALLE et al., 2015).

Aspectos Clínicos:

A infecção por vírus da dengue causa uma doença cujo espectro inclui

desde formas clinicamente inaparentes, até quadros graves de hemorragia e

choque que podem evoluir para óbito (BRASIL, 2002; 2010).

Na forma clássica da doença (Figura 5) os principais sinais e sintomas

são: febre alta (39º a 40ºC), de início abrupto, seguida de cefaléia, mialgia,

prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas, vômitos,

exantema, prurido cutâneo e no final do período febril podem surgir

manifestações hemorrágicas. A doença tem duração de 5 a 7 dias, mas o

período de convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade física,

e prolongar-se por várias semanas (BRASIL, 2002; 2010).

Na forma hemorrágica da dengue (Figura 5) as manifestações clínicas

iniciais são as mesmas descritas para dengue clássica, porém há um

agravamento do quadro, geralmente entre o 3º e 4º dia de evolução, com

aparecimento de manifestações hemorrágicas, trombocitopenia (plaquetas <

100.000/mm3) e colapso circulatório (BRASIL, 2002; 2010).

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Figura 5: Sinais e sintomas da dengue Clássica e Hemorrágica.5

5 Link: Disponível em:

http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=2028&evento=3#menu-galeria.

Acesso em: 05/07/2016. Fonte: http://g1.globo.com

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Dados Epidemiológicos da Dengue de Ângulo

A dengue é uma das doenças de notificação compulsória, devendo todo

caso suspeito ou confirmado ser notificado ao serviço de vigilância

epidemiológica, por meio do SINAN (2016) (Serviço Nacional de Agravos e

Notificações – Tabela 1)

Tabela 1. Dados Epidemiológicos da Dengue em Ângulo

Ano Nº de Notificações Notificações Positivas

2005 00 00

2006 00 00

2007 08 02

2008 02 00

2009 04 01

2010 16 02

2011 11 01

2012 01 00

2013 15 10

2014 63 53

2015 12 02*

Fonte : SINAN Municipal. *um óbito

No entendimento de Moran (2013, p. 73), “As transformações

econômicas, políticas e sociais pelas quais o mundo vem passando são reais e

irreversíveis.” A escola está inserida neste cenário globalizado e não pode

ignorar que está sendo atingida por esse processo de mudança. Seguindo esta

mesma linha de raciocínio, Gasparin (2013, p. 2) afirma que “pode ser que a

escola, hoje, não esteja acompanhando as mudanças da sociedade atual e por

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isso deva ser questionada, criticada e modificada para enfrentar os novos

desafios.” Em razão disso, nosso sistema escolar tem se mostrado falho,

caracterizando-se ainda por um ensino com uma prática pedagógica

conservadora, repetitiva e acrítica, baseada na transmissão do conhecimento

pelo professor e memorização dos alunos, numa aprendizagem competitiva e

individualista.

Diante deste cenário,

é importante que os sistemas educacionais acompanhem a evolução da sociedade e, neste processo, os professores ocupam um papel estratégico, porque não há qualquer proposição pedagógica ou mudança educacional, sem a participação direta dos professores, uma vez que “eles são os profissionais da educação mais diretamente envolvidos com os processos e resultados da aprendizagem escolar” (LIBÂNEO, 2000, p. 7 apud GIANOTTO, 2008, p. 17), sendo elementos mediadores indispensáveis na experiência educativa do aluno. (GIANOTTO, 2008, p. 17).

Neste sentido, entende Gianotto (2008, p. 19) “é necessário pensar em

outras formas de ensinar, aprender e produzir conhecimento,” “criar

possibilidades para que uma criança chegue sozinha às fontes de

conhecimento que estão à sua disposição na sociedade,” (BAGNO, 2014, p.

14) e trabalhar de forma contextualizada com o cotidiano, de forma que se

evidencie que os conteúdos são sempre uma produção histórica.

Ao repensar sua prática pedagógica, o professor precisa conscientizar-se

de que não pode absorver todo o universo de informações e passar essas

informações para seus alunos como se fosse o “dono da verdade”

(GIANOTTO, 2008, p. 52). “No entanto, a ação docente precisa passar do

ensinar para enfocar o aprender e, principalmente o aprender a aprender”

(MORAN, 2013, p. 76).

Segundo Behrens (2003 apud GIANOTTO, 2008, p. 19) “neste contexto, a

aprendizagem colaborativa, apoiada (ou não) pelos recursos tecnológicos,

desponta como uma tendência didático-pedagógica adequada à complexa

realidade educacional contemporânea.” “Fundamentada na teoria sócio

interacionista” (VYGOTSKY, 1984 apud GIANOTTO, 2008, p. 19), “a

aprendizagem colaborativa, destaca a participação ativa e a interação tanto dos

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alunos quanto dos professores no processo educativo” (GIANOTTO, 2008, p.

19) e ao incorporar essa metodologia em sua prática pedagógica, o professor

aumenta sua responsabilidade, bem como a dos alunos, pois são

colaboradores do processo ensino-aprendizagem e juntos devem descobrir a

finalidade dos conteúdos no dia a dia do educando e construir o conhecimento

(GASPARIN, 2013).

“Evidentemente, essa nova forma pedagógica de agir exige que se privilegiem a contradição, a dúvida, o questionamento; que se valorizem a diversidade e a divergência; que se interroguem as certezas e as incertezas, despojando os conteúdos de forma naturalizada, pronta, imutável” (GASPARIN, 2013, p. 3).

A produção do saber nas áreas do conhecimento demanda ações que

levam o professor e o aluno a buscar processos de investigação e pesquisa.

Essa nova prática pedagógica deve tornar o professor e alunos como parceiros

criativos, críticos, reflexivos, pesquisadores e atuantes, para formar o

conhecimento, garantindo uma formação cidadã que oportunize a contribuir

para transformar a sociedade em um local mais justo que permita uma melhor

qualidade de vida (MORAN, 2013).

Segundo Gasparin (2013, p.3), “para o desenvolvimento desta proposta

pedagógica, toma-se como marco referencial epistemológico a teoria dialética

do conhecimento”. Tem-se como ponto de partida a prática social, em seguida

teorizar sobre ela e por fim voltar a prática para transformá-la (CORRAZZA,

1991 apud GASPARIN, 2013).

Para desenvolver a teoria dialética do conhecimento, deve-se partir da

prática social, apresentar o conteúdo que será trabalhado e estabelecer um

diálogo com os alunos sobre o assunto, de forma a conhecer o conceito

empírico que ele tem a respeito. Em seguida realizar a teorização, que trata do

desdobramento e da análise do conteúdo. Ou seja, podemos dizer que é a

passagem do senso comum para conceitos científicos e para finalizar, deve-se

voltar a prática social e atuar utilizando os conhecimentos teóricos

(GASPARIN, 2013).

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Assim, o desenvolvimento desta nova metodologia pode ser feito por meio

da investigação e da pesquisa, processos que fazem parte do nosso cotidiano,

e que permitem ao professor ir além das paredes da sala de aula, de uma

cultura geral e que pode exigir a aquisição de habilidades para articular mídias

e multimídias em suas aulas, ou seja, realizar a incorporação das novas

tecnologias que participam e intervém na vida dos alunos e de toda sociedade.

“Nesta ótica, o computador e a rede devem estar a serviço da escola e da

aprendizagem” (Moran, 2013, p.81). Além do computador, as pesquisas e as

investigações são instrumentos utilizados, podendo ser realizadas a utilização

de vários recursos, como ler, fichar e redigir textos, produzir gravações e

vídeos, elaborar maquetes, entrevistas com informantes, visitas e etc. No

entanto, todo esse processo deve estabelecer “uma nova ação docente, na

qual professor e alunos participem de um processo conjunto para aprender de

forma criativa, dinâmica, encorajadora e que tenha como essência o diálogo e

a descoberta” (Moran, 2013, p. 84).

MATERIAL DIDÁTICO

UNIDADE 1

Apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola

Na Unidade 1 será apresentado aos alunos do 2°ano do Ensino Médio o

Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, considerando principalmente o

tema de estudo, título, objetivos, problematização e justificativa.

Tema de estudo do professor PDE: Dengue

Título: Dengue: diminuindo a distância entre a escola e a comunidade

Objetivo geral: Conscientizar estudantes, e comunidade próxima aos mesmos,

por meio de metodologias de ensino alternativas, sobre a dengue e suas

consequências.

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Objetivos específicos

- Oportunizar o ensino da dengue por meio de pesquisas alternativas.

- Apresentar o conteúdo sobre a dengue: como conceito, transmissão,

sinais e sintomas e prevenção por meio de um vídeo.

- Realizar pesquisa bibliográfica através de fichamento em livros e pela

internet.

- Coletar dados em relação ao número de notificações e casos positivos

da dengue nos últimos três anos apresentados no município de Ângulo e

verificar as ações realizadas para prevenção com a Vigilância Epidemiológica

da Secretaria de Saúde Municipal.

- Realizar entrevista com agente de combate a dengue.

- Produzir material de divulgação para a comunidade escolar e do

município.

Problematização

O Colégio Estadual Basílio Pertsew está localizado no município Ângulo,

que estima uma população de menos de 3000 mil habitantes, ou seja, cidade

consideravelmente pequena. Essa característica e o fato de trabalhar neste

estabelecimento de ensino há mais de 10 anos, facilita a análise e a

identificação dos problemas relevantes à comunidade.

Um grande agrave que o município teve foi em 2014 com o

desenvolvimento de uma epidemia de dengue. A partir do ano seguinte, 2015,

criou-se parceria da Secretaria de Saúde com a Secretaria da Educação,

estabelecendo ações para o combate dos criadouros do mosquito Aedes

aegypti transmissor dessa doença e a partir deste ano o número de

notificações e casos positivos diminuiu (SINAN, 2016; ÂNGULO, 2015).

Mas, a dengue ainda é motivo de preocupação, é uma doença bastante

presente em nosso município, bem como em outras cidades brasileiras e

inspira cuidados especiais. No entanto, não se pode diminuir a atenção em

relação a dengue, ao contrário, o trabalho deve ser intensificado por meio da

parceria entre secretaria de saúde com a secretaria de educação, para que o

episódio de epidemia não volte a se repetir.

No entanto, para desenvolver ações de contingência para epidemia de

dengue a escola e a saúde contam com o envolvimento dos alunos, e para

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isso, precisa-se realizar projetos na escola que despertem o interesse deles

quanto a participação, apropriação dos conteúdos e produção de materiais que

possam ser distribuídos para a comunidade e, a partir daí, criar iniciativas

preventivas contra a transmissão desta doença.

Sabe-se, que instigar os alunos a desenvolver projetos não é tarefa fácil,

para que esta situação se concretize não se deve fazer como muitos

professores ainda fazem, trabalhar com metodologias que visam apenas a

transmissão do conhecimento, pois neste contexto escolar, os alunos são

meros receptores de conhecimento, aprendem por memorização, não há

formação de conceitos, só uma simples reprodução, não há participação,

motivação, interesse, não consegue-se atingir o sucesso (MORAN, 2013). Para

transpor a realidade desta prática pedagógica, pode-se empregar a

metodologia da pesquisa, utilizando-se de práticas simples, porém

diversificadas, que tendem a envolver os alunos no sentido de despertar

interesse, curiosidade e participação, desenvolvendo assim uma aprendizagem

colaborativa.

Justificativa

A Dengue é atualmente uma das doenças mais frequentes no Brasil, e

atinge a população sem distinção das classes sociais. Diante deste cenário,

nos deparamos com um crescente problema que acomete todos os Estados e

consequentemente seus Municípios, independente do tamanho da população,

sendo motivo de preocupação na maioria deles (BRASIL, 2008).

Dados estatísticos mostram que esta vertente está presente na cidade de

Ângulo, Estado do Paraná, a qual em 2014 passou por uma epidemia como em

grande parte do país. A partir daí, estabeleceu-se a elaboração do plano de

contingência para epidemia da dengue baseado nas Diretrizes Nacionais para

Prevenção e controle de Epidemias de Dengue (BRASIL, 2009) e nas

Diretrizes para organização dos Serviços de Atenção à Saúde em situação de

aumento de casos ou de Epidemia de Dengue (BRASIL, 2010). No entanto,

verifica-se como um dos objetivos no plano de contingência para epidemia de

dengue a criação ou o fortalecimento de parcerias, dentre elas, destaca-se com

a educação (SINAN, 2016; ÂNGULO, 2015).

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Em razão do Município de Ângulo estar localizado em uma região

geográfica com constantes chuvas, o que aumenta o número de criadouros, o

seu combate deve ser visto de forma especial, sendo assim, acredita-se que o

trabalho que os alunos das escolas públicas poderão realizar junto à

comunidade, possa gerar iniciativas preventivas por parte desses em suas

residências e ao redor, combatendo os criadouros do mosquito Aedes aegypti,

o transmissor dessa e de outras doenças.

Neste sentido, podemos verificar os ensinamentos de Marcos Bagno:

“Relembremos primeiro que as habilidades de raciocínio, de observação, de formulação e testagem de hipóteses – em uma palavra, de independência de pensamento – são um pré-requisito à formação de indivíduos capazes de aprender por si mesmos, criticar o que aprendem e criar conhecimento novo [...]” (PERINI, 1996 apud BAGNO, 2014, P.09).

“Ensinar a aprender é criar possibilidades para que uma criança chegue

sozinha às fontes de conhecimento que estão à sua disposição na sociedade”

(BAGNO, 2014, p.14).

E ainda conforme estabelece as diretrizes curriculares da Educação

Básica do Estado do Paraná:

“No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de Biologia

contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que

ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo...” (PARANÁ, 2008,

p.52). Assim, desta forma, o papel do professor é de ser orientador, para que

seus alunos aprendam a pesquisar.

Diante do exposto, justifica-se a realização do presente projeto, em razão

do mesmo estabelecer relações entre o tema dengue e suas consequências

dentro do contexto social, além de comprovar que por meio de uma pesquisa

pode-se utilizar diferentes métodos como gravações de áudios, vídeos,

entrevista com informantes, pesquisas bibliográficas utilizando-se livros,

internet, entre outros, tendo um sentido prático e objetivo que leve o aluno a se

apropriar dos conteúdos, desenvolvendo conhecimentos que possa ser

aplicado em sociedade.

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Carga Horária: 02 aulas.

Atividade 01

Objetivo: Introduzir o conteúdo sobre dengue.

Metodologia: Na sala de aula, com o auxílio do Datashow, os alunos assistirão

o vídeo6 e o documentário7 sobre a dengue.

Carga Horária: 01 aula.

Atividade 02

Objetivo: Verificar o conhecimento prévio dos alunos e discutir o conteúdo.

Metodologia: Grupos de 4 a 5 alunos, responderão as questões discursivas e

debaterão as respostas em uma mesa redonda, na qual o professor fará o

papel de mediador.

Carga Horária: 02 aulas.

Questões:

1- Baseado no projeto apresentado, qual a importância que você atribui

para o estudo desse tema?

2- Após assistir o vídeo e o documentário sobre a dengue, faça uma

análise da sua comunidade indicando os pontos mais importantes a

serem pesquisados sobre o tema dengue por serem mais

frequentemente encontrados e explique sua resposta..

6 Dengue: Animação que apresenta informações sobre a dengue, enfatizando o número de casos, as medidas de

prevenção, o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti, os sintomas e diagnóstico da doença. Duração: 03min02s

Disponível em http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/video/showVideo.php?video=18192 7

O mundo Macro e Micro do Mosquito Aedes aegypti – FioCruz. O documentário produzido pelo Setor de Produção

e Tratamento de Imagem do IOC (Instituto Owsvaldo Cruz), e dirigido por Genilton Vieira, é uma ferramenta para a

difusão de conhecimentos sobre a dengue e seu vetor. Composto por imagens reais e virtuais, que descrevem o ciclo

de vida do mosquito, o documentário alerta para a necessidade do controle de criadouros do Aedes aegypti. O

documentário recebeu diversos prêmios internacionais, dentre eles o segundo lugar no Festival Mif -Sciences, em

Cuba, em junho de 2006. Duração: 10min55s

Link: http://www.ioc.fiocruz.br/pages/informerede/corpo/hotsite/dengue/Aedes_video/Aedes_baixa.html

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Atividade 03

Objetivo: Verificar a produção e a apropriação do conteúdo sobre dengue.

Metodologia: Atendendo aos critérios estabelecidos no Projeto Político

Pedagógico do Colégio Basílio Pertsew o processo de avaliação deverá ser de

forma diagnóstica, formativa, contínua, somativa, e deve utilizar-se de

diferentes instrumentos. Assim, avaliaremos:

- Individualmente, o desempenho de cada aluno no desenvolvimento da

atividade 02.

- O grupo, por meio da análise das respostas apresentadas as perguntas da

atividades 02.

- Individualmente, o resultado de uma avaliação escrita sobre os conteúdos

trabalhados.

Carga Horária: 02 aulas.

UNIDADE 02

Realização da pesquisa bibliográfica sobre o conteúdo dengue.

Atividade 04

Objetivo: Conhecer os diversos métodos utilizados pelas comunidades no

combate a dengue.

Metodologia: Reproduzir os vídeos da Fundação Osvaldo Cruz na sala de

aula, de forma coletiva para os alunos.

Carga Horária: 02 aulas.

Vídeos:

Estratégias de controle do vetor8

8 Os três principais tipos de controle do vetor Aedes aegypti – mecânico, biológico e químico – são apresentados pela

bióloga Luana Farnesi. Ela destaca que, com base na biologia do mosquito, a fase de mais fácil controle é a aquática,

quando as larvas e pupas do mosquito estão restritas a recipientes confinados, antes da forma de mosquito alado.

Duração: 08min13s

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Armadilhas: Vigilância ou Controle?9

Mitos e Verdades sobre a Dengue.10

Campanha 10 minutos Contra a Dengue.11

Atividade 05

Objetivo: Identificar no tema Dengue os conteúdos mais relevantes a serem

pesquisados.

Metodologia: Grupos de 4 a 5 alunos discutirão quais os conteúdos mais

relacionados a sua comunidade que devem ser pesquisado. Em seguida, as

anotações dos grupos serão compartilhadas pela professora a todos, e com a

participação dos alunos, será organizado um roteiro único para pesquisa.

Carga Horária: 01 aula.

Disponível em: http://auladengue.ioc.fiocruz.br/?p=86 e em

https://www.youtube.com/watch?v=IBl78FWRWcw&list=PLQ_83_lsoGE7X6V5oFtFOa5jM27XI_Eqb&index=5 9 A pesquisadora do IOC Denise Valle esclarece o equívoco de considerar que armadilhas de captura de Aedes

poderiam servir como forma de controle do mosquito. Ela menciona que essas armadilhas são ut ilizadas oficialmente

para monitorar populações de mosquitos em determinada área, enquanto o controle deve ser feito pelo cidadão,

checando semanalmente criadouros em suas residências. A especialista alerta para o fato de que as armadilhas

caseiras podem virar verdadeiros focos do mosquito, uma vez que a pessoa esqueça de ter os cuidados necessários.

“E ai o feitiço vira contra o feiticeiro. O que você pensava que podia te livrar dos mosquitos, ou te ajudar a controla-los,

pode virar mais um foco de proliferação de Aedes aegypti”. Denise apresenta, ainda, os diferentes tipos de armadilhas

e suas funcionalidades. Duração: 06min50s

Disponível em: http://auladengue.ioc.fiocruz.br/?p=247 e em

https://www.youtube.com/watch?v=_4KmrMAEdBc&list=PLQ_83_lsoGE7X6V5oFtFOa5jM27XI_Eqb&index=6 10

Cravo da índia, uso de vitaminas e consumo de alho: ao longo do vídeo, o pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz

(IOC/Fiocruz) Ademir Martins comenta estes e outros mitos relacionados ao combate do Aedes aegypti. Ele também

faz um alerta para o perigo de fórmulas que circulam na internet e garantem repelir o mosquito transmissor da dengue.

Ademir comenta sobre o uso de repelentes, lembrando que essa é uma medida individual de proteção e destaca os

cuidados que devem ser tomados. Ele ressalta, ainda, as diferenças entre repelente e inseticida. Duração: 10min36s

Disponível em: http://auladengue.ioc.fiocruz.br/?p=90 e em

https://www.youtube.com/watch?v=FZgP9TkfHsM&list=PLQ_83_lsoGE7X6V5oFtFOa5jM27XI_Eqb&index=7

11 A pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Denise Valle apresenta a campanha ‘10 Minutos Contra a

Dengue’, seus antecedentes, conceito, justificativa científica e estratégia de implementação.

Duração: 04min34s

Disponível em: http://auladengue.ioc.fiocruz.br/?p=96 e em

https://www.youtube.com/watch?v=YztQx3-nGjU&list=PLQ_83_lsoGE7X6V5oFtFOa5jM27XI_Eqb&index=8

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Atividade 06

Objetivo: Realizar uma pesquisa bibliográfica sobre o conteúdo Dengue.

Metodologia: Grupos de 4 a 5 alunos, no laboratório de informática e/ou na

biblioteca, com o auxílio do professor, realizarão uma pesquisa bibliográfica,

baseada no roteiro elaborado em sala de aula e que deverá ser entregue para

o professor.

Carga Horária: 02 aulas.

Atividade 07

Objetivo: Socializar a pesquisa realizada para os alunos da sala de aula.

Metodologia: Os grupos deverão elaborar na forma de vídeo ou slides uma

apresentação do conteúdo pesquisado para compartilha-lo com os demais

grupos.

Carga Horária: 02 aulas.

Avaliação:

Será avaliado pelo professor todo o conteúdo entregue.

UNIDADE 03

Coleta de dados

Objetivo: Reunir dados e informações relacionadas à realidade da nossa

comunidade.

Atividade 08

Objetivo: Elaborar de um requerimento.

Metodologia: Coletivamente, com o auxílio do professor e de um modelo de

requerimento, os alunos, em sala de aula, deverão elaborar um requerimento

que será enviado a Secretaria Municipal de Saúde solicitando os relatórios que

contém dados sobre a Dengue no nosso município. Uma cópia do

requerimento deverá ser entregue ao professor para avaliação.

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Carga Horária: 01 aula.

Sugestões de links com modelo de requerimento:

Link: http://www.jurisway.org.br/v2/modelos1.asp?idmodelo=170

Link: http://modelosprontos.com/modelo-de-requerimento-imprimir.html

Atividade 09

Objetivo: Elaborar um questionário para entrevistar o agente de combate a

dengue.

Metodologia: Em grupos de 4 a 5 alunos, em sala de aula, perguntas

abordando os criadouros do mosquito, controle e as principais dificuldades na

realização do trabalho serão elaboradas. Em seguida, com a mediação do

professor, estas serão compiladas em um único questionário para realizar a

entrevista com o agente de combate a dengue. Uma cópia do questionário da

entrevista deverá ser entregue ao professor para avaliação.

Carga Horária: 01 aula.

Atividade 10

Objetivo: Elaborar um convite ao agente de combate a dengue.

Metodologia: Os alunos, com o auxilio do professor e de um modelo de

convite, elaborarão o convite que será entregue ao agente de combate a

dengue para que esse possa vir até a escola. Uma cópia do convite deverá ser

entregue ao professor para avaliação.

Carga Horária: 01 aula.

Sugestão de links com modelos de convites:

Link:https://www.eventbrite.com.br/blog/pre-evento/modelo-convite-

palestrantes-eventos-ds00/

Link:http://www.igf.com.br/blog/modelos-de-

documentos/Cartas/Convite/Convites-e-Respostas

Link: http://modelosprontos.com/modelo-de-convite-formal.html

Page 24: Dengue: diminuindo a distância entre a escola e comunidade · A dengue representa um dos principais problemas de saúde pública do mundo, devido à elevada magnitude e gravidade

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Atividade 11

Objetivo: Realizar uma entrevista com o agente de combate a dengue.

Metodologia: Coletivamente, em sala de aula, os alunos assistirão a entrevista

do agente. Dois alunos, previamente escolhidos pela turma, farão as

perguntas; outros dois anotarão as resposta e um deles gravará, desde que

autorizado pelo entrevistado.

Carga Horária: 02 aulas.

Avaliação: Todo material produzido e entregue ao professor será avaliado.

UNIDADE 04

Finalização do projeto com a produção de um folder

Atividade 12

Objetivo: Identificar possíveis criadouros em torno do colégio.

Metodologia: Realizar, coletivamente, uma aula de campo em torno do colégio

para identificar possíveis criadouros do mosquito da dengue e fotografá-los.

Carga Horária: 02 aulas.

Atividade 13

Objetivo: Selecionar as imagens fotografadas.

Metodologia: No laboratório de informática, os alunos com o auxílio do

professor, irão baixar as fotos, selecionar e imprimir.

Carga Horária: 01 aula.

Atividade 14

Objetivo: Reunir e selecionar os materiais para elaboração do folder.

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Metodologia: Coletivamente, em sala de aula, os alunos e o professor farão

uma análise dos materiais produzidos selecionando os conteúdos que serão

colocados no folder.

Carga Horária: 01 aula.

Atividade 15

Objetivo: Elaboração do folder.

Metodologia: Divididos em quatro grupos, os alunos elaborarão o folder em

sala de aula e no laboratório de informática sob a supervisão do professor.

Carga Horária: 04 aulas.

Atividade 16

Objetivo: Repassar o folder à Vigilância Sanitária.

Metodologia: Em sala de aula os alunos escolheriam dois alunos para ir até a

Secretaria Municipal de Saúde para fazer a entrega do folder aos responsáveis

pela Vigilância Sanitária, para que esse possa ser reproduzido em grande

escala e entregue a população.

Carga Horária: 01 aula.

Atividade 17

Objetivo: Expor os materiais produzidos no projeto para a comunidade escolar.

Metodologia: Os alunos colocarão os trabalhos no mural da escolha para que

todos possam ter acesso.

Carga Horária: 02 aulas.

Avaliação: Todo material produzido será avaliado pelo professor. Também

será realizada a autoavaliação12

Carga Horária: 02 aulas.

12

baseada no trabalho intitulado Autoavaliação: uma ferramenta importante para o professor. Disponível no link:

http://ensinarhistoriajoelza.com.br/wp-content/uploads/2015/10/Autoaval_responsab1.jpg

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AUTOAVALIAÇÃO

Aluno(a):

Assinale com um (x) a alternativa que mais se aproximou do seu desempenho.

QUESTÕES SIM,

SEMPRE

ÀS

VEZES

NÃO,

NUNCA

1) Fez todas as atividades propostas?

2) Trouxe sempre o material necessário

para aula?

3) Cumpriu os prazos estabelecidos para

as atividades?

4) Frequentou as aulas do projeto?

5) Quando faltou as aulas procurou se

informar sobre o que foi trabalhado

em sala?

6) Concentrou-se na sala e nas

atividades propostas?

7) Fez perguntas ao professor quando

não entendeu o que foi proposto?

8) Respeitou seu professor e prestou

atenção ao seu comando?

9) Respeitou e procurou ajudar seus

colegas?

10) Respeitou a opinião dos outros

colegas?

11) Participou ativamente dos trabalhos

em grupo?

12) Gostou de trabalhar esse tema?

13) Gostou de trabalhar com os colegas?

14) Gostaria de realizar mais trabalhos

como esses?

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REFERÊNCIAS

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