Depilação cavada

8/4/2019 Depilao cavada

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Depilao cavada

Imagem de uma mulher fazendo depilao cavada
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Imagem do resultado final

DEPILAO CAVADA, SE VOC AINDA NO FEZ ...

"Tenta sim. Vai ficar lindo."

Foi assim que decidi, por livre e espontnea presso de amigas, me render depilao na

virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve.

**Mas acho que pentelho no pesa tanto assim.

Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa.

Eu imaginava que ia doer,porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria.

Mas no esperava quepor trs disso, e bota por trs nisso, havia toda uma indstria porn-

ginecol gica-esttica.

**- Oi, queria marcar depilao com a Penlope.

- Vai depilar o qu?**- Virilha.*

*- Normal ou cavada?**Parei a. Eu l sabia o que seria uma virilha cavada. Mas j que era pra fazer, quis fazer

direito.- Cavada mesmo.- Amanh, s... Deixa eu ver...13h?


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- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porquesabia l o que me

esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinhaapresentvel. E l fui. Assim que cheguei,Penlope estava esperando. Moa alta, mulata,

bonitona. Oba, vou ficar quenem ela, legal. Pediu que eu a seguisse at o local onde o ritual

seria realizado. Samos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De umlado a

parede e do outro, vrias cortinas brancas. Por trs delas ouviagemidos, gritos, conversas.

Uma mistura de Calgula com O Albergue. J senti um frio na barriga ali mesmo, sem

desabotoar nem um boto. Eis quechegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de

cortinas.

**- Querida, pode deitar.Tirei a cala e, timidamente, fiquei l estirada de calcinha na maca. Mas a Penlope mal

olhou pra mim.

Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha.

Ali estavam os aparelhos de tortura.

Vi coisas estranhas.

Uma panela, uma mquina de cortar cabelo, uma pina.

Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mo.

Fingi que era natural esabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela

passou acordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?*- .... , isso.*

*Penlope ento deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail,nome

carinhoso de meu rgo, esqueci de apresentar antes.

* * **- Os plos esto altos demais. Vou cortar umpouco seno vai doer mais** ainda**.

**- Ah, sim, claro.*

*Claro nada, no entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei.*

*De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma esptula melada de umlquido viscoso

e quente (via pela fumaa).

**- Pode abrir as pernas.** - Assim?

**- No, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra


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os joelhos e depois jogacada perna pra um lado.** - Arreganhada, n?*

*Ela riu. Que situao. E ento, P passou a primeira camada de cera quente em minha

virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradvel. At a hora de puxar.Foi rpido e fatal. Achei

que toda a pele de meu corpo tivesse sado, queapenas minha ossada havia sobrado na maca.

No tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando at o teto. At procurei minha

bolsa com osolhos, j cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscandome

concentrar em minha expresso, para fingir que era tudo supernatural.

**Penlope perguntou se estava tudo bem, quando me notou roxa. Eu haviae

esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

**- Tudo timo. E voc?

**Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser

simptica para manter clientes.O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha

vontade de espancarPenlope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilao e

imaginava queera tudo uma grande sacanagem, s pra me fazer sofrer. Todas recomendam a

todos porque se cansam de sofrer sozinhas.

**- Quer que tire dos lbios?**- No, eu quero s virilha, bigode no.

**- No, querida, os lbios dela aqui .**No, no, pra tudo. Depilar os tais grandes lbios ? Putz, que idia. Mas topei. Quem est

na maca tem que se fuder mesmo.

**- Ah, arranca a. Faz isso valer a pena, por favor.No bastasse minha condio, a depiladora

do lado invade o cafofinho dePenlope e d uma conferida na Abigail.

**- Olha, t ficando linda essa depilao.

**- Menina, mas t cheio de encravado aqui.

Olha de perto.Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balanado com a respiraodas

duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui,

Deus, me teletransporta" . S voltei terraquando entre uns blblbls ouvi a palavra pina.

**- Vou dar uma pinada aqui porque ficaram umpelinhos, t?

**- Pode pinar, t tudo dormente mesmo, t sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pina filha da me arrancarcabelinhos

resistentes da pele j dolorida. E quis mat-la. Mas mal sabiaque o motivo para isso aindaestava por vir.


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- Vamos ficar de lado agora? **- Hein?**- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

**Pior no podia ficar. Obedeci Penlope. Deitei de ladinho e fiqueiesperando novas ordens.

**- Segura sua bunda aqui?

**- Hein?**

* ***- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastarda outra banda.

** **Tive vontade de chorar.

Eu no podia ver o que P via. Mas ela estava decara para ele, o olho que nada v. Quantos

haviam visto, luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar

na caradela, como se pudesse envenen-la. Fiquei pensando nela acordando noitecom um

pesadelo. O marido perguntaria:- Tudo bem, P?- Sim... sonhei de novo com o cu de uma

cliente.

** * * Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchegofalso da cera

quente besuntando meu Twin Peaks. No sabia se ficava commais medo da puxada ou com

vergonha da situao. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Alis, isso at alivia minha

situao. Por que ela lembrariajustamente do meu entre tantos? E a me veio o pensamento:

pera, mas temcabelo l?Fui impedida de desfiar o questionamento. P puxou a cera. Achei

que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxo s, P arrancou qualquer coisa quetivesse

ali. Com certeza no havia nem uma preguinha pra contar a histriamais. Mordia o

travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.**Porra.. por que no arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente abandinha. E

ento, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

**- Penlope, empresta um chumao de algodo?

Apenas uma lgrima solitria escorreu de meus olhos. Era dor demais,vergonha demais.

Aquilo no fazia sentido. Estava me depilando pra quem?Ningum ia ver o tobinha to de

perto daquele jeito. S mesmo Penlope. E agora a vizinha inconveniente.

** **- Terminamos. Pode virar que vou passarmaquininha.

- Mquina de qu?!


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- Pra deixar ela com o plo baixinho, que nemcampo de futebol.

- Di?

- Di nada.

- T, passa essa merda...

- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como algum fala isso sem antes

pegar no peitinho? Mas o choque foi substitudo por uma totalredeno. Ela viu tudo, da

perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte no doeu mesmo, foi at bem

agradvel.

**- Prontinha. Posso passar um talco?

- Pode, vai l, deixa a bicha grisalha.

- T linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar. .. eu estava com sede devingana. Admito que o resultado bonito, lisinho,sedoso. Mas doa e incomodava demais.

Queria matar minhas amigas. Queria virarfeminista, morrer peluda, protestar contra isso.

Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilaocavada. *

(texto internet)


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