49
Depois de muito trabalho estamos publicando o segundo número da revista digital do LC, a ENGLEASY. Logo após a publicação do número 1, no final do ano de 2011, percebemos que além de todas as nossas atividades como professores, monitores e alunos, teríamos que arrumar tempo, boa vontade, criatividade para elaborar os artigos que vocês lerão nesta edição. Acho que conseguimos, pois o resultado final está excelente, afinal fizemos nosso trabalho com muita alegria e prazer. Como sempre tivemos a preocupação de ser ecléticos para apresentar tópicos que possam levar nossos leitores a descobertas e reflexões nas mais diversas áreas do conhecimento. Aproveitem a leitura, esperamos contar com um artigo seu nos próximos números. Boa leitura! Profª Cynthia Pichini Coordenadora Geral do Learning Center

Depois de muito trabalho estamos publicando o segundo ... · avançado e fluente, é justamente o conhecimento amplo e o uso correto de gírias e das expressões coloquiais. As gírias

  • Upload
    vanmien

  • View
    216

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Depois de muito trabalho estamos publicando o segundo número da revista digital do LC, a ENGLEASY. Logo após a publicação do número 1, no final do ano de 2011, percebemos que além de todas as nossas atividades como professores, monitores e alunos, teríamos que arrumar tempo, boa vontade, criatividade para elaborar os artigos que vocês lerão nesta edição. Acho que conseguimos, pois o resultado final está excelente, afinal fizemos nosso trabalho com muita alegria e prazer.

Como sempre tivemos a preocupação de ser ecléticos para apresentar tópicos que possam levar nossos leitores a descobertas e reflexões nas mais diversas áreas do conhecimento.

Aproveitem a leitura, esperamos contar com um artigo seu nos próximos números. Boa leitura!

Profª Cynthia Pichini Coordenadora Geral do Learning Center

Basic, Intermediate, Advanced or Fluent? Students spend four, five and even six years in a language school and they feel they are not able to talk to native English speakers yet. This is one of the most frequent problems that all-over-the-world language schools coordinators must deal when trying to calm down the “insecure and problematic student” every day. The insecurity does not live only in student’s heart, English teachers, who master grammar perfectly have a hard time on attempting to understand a TV or radio program in English. Let’s begin by comprehending the different levels of English learning. According to the Common European Framework of Reference for Languages, a way of creating a standard for the levels of language exams in different European regions was to establish six levels of learning: A1, A2, B1, B2, C1 and C2. The A1 level (breakthrough or beginner) measures the person’s ability to communicate and exchange information in a simple way. However, Brazilian students do not go to schools having level A1, thus level INTRO was created, which is one level under A1. The INTRO student got in touch with English only by films or songs, but he had never been involved in a conversation. The A2 student (waystage or elementary), on the other hand, is able to deal with simple, straightforward information and begin to express himself in familiar contexts. One level over A1, the person can describe, in a short way, his routine and job duties, for example. Being in B1 standard (threshold or intermediate), the student can, for instance, ask to open an account in a bank, provided that the procedure is straightforward. There is already the ability to express oneself in a limited way in familiar situations and to deal in a general way with non-routine information. In B2 level (vantage or upper intermediate), he can give a detailed description of a place or of a person and talk about several subjects. And, finally, C1 and C2 are measured up to Effective Operational Proficiency and Mastery or proficiency. C1 is able to talk about unknown subjects and C2, on the other hand, is able to deal with material which is academic or cognitively demanding. Not considering the European Framework, the difference between a C1 and a C2 student, advanced and fluent, is the wide informal expressions knowledge and the correct usage of slangs. Slangs are important because they enrich abilities and give confidence for a fluent and effective communication. So, considering this information, it is possible to evaluate one’s own level of English and keeping in mind that to learn slangs it is extremely necessary to learn English grammar first.

Básico, Intermediário, Avançado ou Fluente? Alunos passam quatro, cinco ou até seis anos numa escola de idiomas e mesmo assim não se sentem preparados para conversar com um nativo da língua inglesa. Esse é um dos problemas mais frequentes com o qual coordenadores de escolas de idiomas ao redor de todo o mundo têm que lidar todos os dias quanto tentam tranquilizar o tal “aluno problemático e inseguro”. A insegurança não está presente unicamente nos alunos; professores de inglês, que dominam perfeitamente a gramática, passam por maus bocados tentando entender algum programa de rádio ou TV totalmente em inglês. Vamos começar com a compreensão de diferentes níveis de inglês. Segundo o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas, um meio de padronizar os níveis de exames de língua em diferentes regiões da Europa foi estabelecer seis níveis de aprendizagem: A1, A2, B1, B2, C1 e C2. O nível A1 (iniciante) corresponde ao indivíduo que tem a capacidade de se comunicar e trocar informações de forma simples. Porém alunos brasileiros não chegam à escola com o nível A1, sendo assim, foi criado o nível INTRO, um nível abaixo do A1. O aluno INTRO teve somente contato indireto com a língua por meio de filmes ou músicas, mas nunca teve uma conversa. O aluno que possui o nível A2 (básico), por sua vez, é capaz de lidar com informações simples e diretas e já começa a se expressar em contextos familiares. Com um nível acima do A1, o aluno pode descrever, de forma concisa, sua rotina e tarefas no trabalho, por exemplo. Estando na categoria B1(intermediário), o aluno pode, por exemplo, abrir uma conta bancária desde que o procedimento seja simples. Já há a capacidade de se expressar de forma limitada em situações familiares e lidar de uma forma geral com informações não rotineiras. No nível B2 (usuário independente), é possível dar uma descrição detalhada de um lugar ou de uma pessoa e falar sobre assuntos diversos. Finalmente, C1 e C2 correspondem a proficiência operativa eficaz e domínio pleno, respectivamente. O C1 tem a capacidade de lidar com temas desconhecidos, e o C2, por sua vez, consegue dominar assuntos que exigem conhecimento acadêmico e cognitivo. Sem considerar o padrão do Quadro Europeu, a diferença entre um aluno C1 e outro C2, ou seja, avançado e fluente, é justamente o conhecimento amplo e o uso correto de gírias e das expressões coloquiais. As gírias são importantes porque enriquecem as habilidades e dão a confiança de fazer uma comunicação fluente e eficaz. Então, a partir dessas informações, é possível avaliar o próprio nível de inglês. Mas mantenha em mente que para aprender expressões coloquiais é

extremamente necessário o conhecimento da gramática normativa do inglês.

Nayhara Ferrarezi do Nascimento 2 ALENTI - 2012

Being Human

Humans have always looked for recognition in every aspects of life and have always tried to understand themselves, inquiring about everything in order to reach the real essence of life. One day they realized they could express their feelings through a movement called ART; therefore, they could be or do whatever they wanted.

The main function of art is to make man more sensitive, becoming

large-minded people. It leads them to believe in their ideals, turning them into an act of appreciation.

“Each fact is so averse to the idea; That the plans keep always unsatisfied; These are our ideas, not the deeds.”(Hamlet)

Since the beginning of ages, the ancient Greeks based on myths to

explain for people how things worked. Natural phenomena, morality and the origin of life were defined by gods. Each aspect had a different god, and obviously, a different explanation.

Mythology was followed by theater. Through the theater everything

was explained; men and his essence. Greeks went to the theater because they believed in what they were watching. The play was not just fiction; it was reality. Actors believed to incorporate the spirit of the characters that they were playing; more than believing, they thought it could change the past in every presentation.

Theater was extremely respected and worked as a channel of

communication between gods and humans, life and death. It directly influenced both culturally and spiritually our social formation.

Shakespeare’s Theatre – GLOBE THEATRE It seems to be irrelevant, but it is just a way to go to the main point.

If we consider the influence of art exerting man, it could be considered as uncountable available artistic manifestations, but, for now, the goal is to describe the responsible for it: the artist.

Born on April 23, 1564, in Stratford-upon-Avon, England, William

Shakespeare is considered one of the greatest drama writers in the world. When he was younger, studied Latin and started to write after his marriage to Anne Hathaway. At that time, the author was 18 years old and his wife, 26. They had three children: Susanna and the twins Judith and Hamnet. His life changed when he moved from Stratford-upon-Avon to live in London, where he wrote his main plays.

In 1592, under 30 years old, Shakespeare started to be recognized in

theater, having written at least two plays: "The Comedy of Errors" and "The Taming of the Shrew". His prestige increased even more in 1594, when he entered for the theater company "The Lord Chamberlain's Men."

His work can be divided into three parts. First, between the years

1590 and 1602, Shakespeare wrote comedies, historical dramas and tragedies at the Renaissance manner. The second period, until 1610, is characterized by great tragedies and critical comedy; the author was at the top of his career. The last part, until his death, was basically marked by the release of plays that contained a conciliatory end. All of his work, written in 20 years, is presented on stages and screens around the world.

Before Shakespeare, the literary characters were relatively immutable. Men and women were represented getting old and dying, but they did not develop interior changes, but only their relationship with the gods. Shakespeare's characters do not reveal themselves; they develop because they are able to be self-recreated. Hearing their own voice and talking to themselves, which shows individualization. Shakespeare's plays contain overflowing elements, an excess that goes beyond representation, approaching the metaphor that is called "creation." The strong characters - Falstaff, Hamlet, Rosalind, Iago, Lear, Macbeth, Cleopatra, among others – are outstanding examples not only of meaning, but also the creation of new forms of conscience. (Bloom, 1998: 19, 21)

Besides his memorable characters, Shakespeare had extreme influence on the English language.

His work is characterized by the creative use of the vocabulary at that

time and also by creating new words. Frequent nouns turned into verbs and adjectives into verbs, the free addition of prefixes and suffixes and the use of metaphors.

Globe Theatre

Since the beginning of Christianism until the 19th century, six idioms

were spoken in England: Celtic, Latin, Old English, Norman French, Middle English and Modern English. Such variety of influence explains why Shakespeare created a new language. He was a popular writer and needed to attend a multicultural spectator. Shakespeare wrote for the people.

According to Montaigne, pain is the

primal source of human memory. Being a memorable artist, the pain presented on Shakespeare's plays is as significant as the pleasure. (idem, op. cit pg: 35)

Theater is never repeated despite being always the same. The same

actor, the same stage, the same story, but each presentation is like standing before a new character or a new way of seeing the world. Theatre is the poetry which comes out of the book and becomes human.

A criação do humano

O homem sempre buscou reconhecimento em todos os aspectos da vida. Sempre procurou entender a si mesmo, questionar sobre tudo a fim de compreender sua verdadeira essência. Certa vez percebeu que poderia se manifestar por meio de um movimento chamado ARTE, desta forma poderia ser ou fazer tudo o que pretendesse. A principal função da arte é tornar o homem mais sensível para que ele possa ser tolerante; é levá-lo a crer na força de seus ideais fazendo disto um ato digno de apreciação.

“Cada fato é à ideia tão avesso, Que os planos ficam sempre insatisfeitos; As ideias são nossas, não os feitos.” (Hamlet)

Desde o começo da história os antigos gregos baseavam-se nos mitos para explicar ao povo como tudo acontecia. Fenômenos naturais, moralidades e a origem da vida eram delimitados por deuses. Cada aspecto possuía um deus diferente e obviamente uma explicação distinta.

A mitologia foi acompanhada pelo teatro. Por meio dele tudo era

explicado; o homem e sua essência. Os gregos iam ao teatro porque acreditavam naquilo a que assistiam. A peça não era somente ficção, mas sim, realidade. Os atores acreditavam incorporar o espírito das personagens que interpretariam e, mais do que acreditar, pensavam que podiam mudar o passado a cada espetáculo.

O teatro era extremamente respeitado e servia como um portal de

comunicação entre deuses e humanos, vivos e mortos. Influenciava diretamente na formação social, cultural e espiritualmente.

O Teatro de Shakespeare – TEATRO GLOBE Tudo isso pode parecer irrelevante, mas é só um meio de chegar ao

ponto principal. Se levada em consideração a influência da arte exercida sobre o homem, poderiam ser destacadas as inúmeras manifestações artísticas existentes, mas, por hora, o objetivo é citar somente o responsável por ela: o artista.

Nascido em 23 de abril de 1564, em Stratford-upon-Avon, Inglaterra,

William Shakespeare é considerado um dos maiores dramaturgos de todos os tempos. Quando jovem, estudou latim e começou a escrever logo após seu casamento com Anne Hathaway. Na época, o dramaturgo tinha 18 anos e sua mulher, 26. Tiveram três filhos: Susanna e os gêmeos Judith e Hamnet. Sua vida mudou quando decidiu deixar Stratford-upon-Avon para morar em Londres, cidade onde escreveu suas maiores obras.

Em 1592, com menos de 30 anos, Shakespeare já tinha seu talento

reconhecido no teatro, tendo escrito pelo menos duas peças: "A Comédia dos Erros" e "A Megera Domada". Seu prestígio aumentou ainda mais em 1594, quando começou a trabalhar para a companhia de teatro "The Lord Chamberlain's Men".

Seu trabalho pode ser dividido em três partes. Na primeira,

compreendida entre os anos de 1590 e 1602, Shakespeare escreveu comédias, dramas históricos e tragédias no estilo renascentista. A segunda fase, que vai até 1610, é marcada por grandes tragédias e comédias críticas; o autor estava em seu auge produtivo. A última parte, que vai até sua morte, é destacada basicamente pelo lançamento de peças que

possuíam um final conciliatório. Toda a sua obra, escrita em 20 anos, está presente em palcos e telas de todo o mundo.

Antes de Shakespeare, as personagens literárias eram relativamente imutáveis. Homens e mulheres eram representados envelhecendo e morrendo, mas não se desenvolviam a partir de alterações interiores e sim como resultado de seu relacionamento com os deuses. Em Shakespeare as personagens não se revelam, mas se desenvolvem e o fazem porque têm a capacidade de auto recriação. Escutam a própria voz falando consigo mesmo, o que mostra a sua individualização. As peças de Shakespeare contêm um elemento transbordante, um excesso que vai além da representação, que se aproxima da metáfora e denomina-se “criação”. As fortes personagens – Falstaff, Hamlet, Rosalind, Iago, Lear, Macbeth, Cleópatra, entre outros – são exemplos extraordinários não apenas de significado, mas em lugar de sua mera repetição, criam novas formas de consciência. (Bloom, 1998: 19 e 21)

Além de suas personagens marcantes, Shakespeare teve extrema

influência na formação da língua inglesa. Sua obra é caracterizada pelo uso criativo do vocabulário da época e,

também, pela criação de novas palavras. Substantivos e adjetivos transformados em verbos, bem como a livre adição de prefixos e sufixos e o uso de linguagem figurada são frequentes nos trabalhos do autor.

Teatro Globe

Desde o início do Cristianismo até o século XIX, seis idiomas

chegaram a ser falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old English, Norman French, Middle English e Modern English. Essa diversidade de influências explica o fato de Shakespeare criar, por sua vez, uma nova língua. Ele era um escritor popular e precisava atender a um público multicultural. Shakespeare escrevia para o povo.

Segundo Montaigne, a dor é a primeira origem da memória humana. Sendo Shakespeare um artista memorável, faria sentido supor que a dor que ele apresenta em suas peças, seja tão significativa quanto o prazer que ele proporciona. (idem, op. cit pg: 35)

O teatro nunca se repete apesar de ser sempre o mesmo. O mesmo

ator, o mesmo palco, a mesma história, porém cada apresentação é como estar diante de um novo personagem ou uma nova forma de ver o mundo. Teatro é a poesia que sai do livro e se torna humana.

Barbara Atienze Rocha

2 ALENTI - 2012

Referência Bibliográfica: Bloom, H. Shakespeare: A invenção do humano. São Paulo: Ed. Objetiva, 1998 Referências Digitais: http://educacao.uol.com.br/biografias/william-shakespeare.html, 22 de março de 2005. Schütz, Ricardo. “História da Língua Inglesa.” English Made in Brazil. http://www.sk.com.br/sk-enhis.html 28 de março de 2008.

Exchange Program

Have you ever thought about joining an exchange program? Living in

a different country, a different culture, and with a family that is not yours?

In addition to facing new challenges and having an experience abroad?

Exchange programs have become very popular among young people

looking for this kind of adventure. It started at the beginning of the 20th

century in order to promote world peace and the interaction of people with

different cultures and lifestyles. It all started in the middle of the First World

War, when young Americans working as volunteer drivers in Paris realized

how much they had learned about French lifestyle and culture. They started

facing the exchange program as a product of acquiring knowledge and

peace.

Studying abroad means getting in a few months the knowledge you

would take many years to accomplish, if you were studying in your native

country. Currently there is a variety of exchange programs for studying,

some of them are high schools for teenagers aged between eleven and

eighteen, graduate degree for students who wish to have their graduation

at university, or even taking an English course.

Moreover, you have the opportunity to live in a host house which

means much more than staying in a hotel, for example. It is the chance to

live as a citizen of that country. Au pair is one of these exchange programs.

You live and work with a native family, learning and living their culture,

customs, food and native language. In the Au pair program you work as a

nanny, taking care of the host family’s children. It means a longer period to

be in touch with the new culture, facing yourself in real situations, routines

that you will keep in your memory forever. On the other hand, some people

are worried about the family, but before you go, you fill in a form with all

your preferences to try to fit in the right family.

Besides, nowadays there are many countries that receive a lot of

exchange students per year. They are United States, Australia, Ireland,

England, Spain and Argentina for the Spanish language. Canada is the top

option for those who want to learn. Last year the country registered a

record number of exchange students, more than 98 thousand students.

Furthermore, the cost of living in the country is cheaper. Another

destination that has attracted many students is South Africa, after the

World Cup in 2010. The country became an option for those who want to

learn English and spend less money than in other countries. The exchange

programs are concentrated in Cape Town, the second most populous city in

South Africa. It’s a very beautiful place and people are receptive.

Living abroad is a great challenge for young students. As everything

in life there are always advantages and disadvantages. Otherwise, the most

important when we talk about exchange program besides homesickness, is

to be open to new experiences, cultures, lifestyles, food habits, without any

prejudice. It is a unique life experience, challenging, but it is really worth

having it.

Intercâmbio

Já imaginou fazer um programa de intercâmbio? Viver em um país,

em uma cultura diferente e com uma família que não é a sua? Além de

encarar novos desafios e ter uma experiência no exterior?

O intercâmbio tem sido muito popular entre os jovens que buscam

este tipo de aventura. Iniciou-se a partir do século XX, com o objetivo de

promover a paz e a interação entre pessoas de diferentes culturas e estilos

de vida. A descoberta aconteceu em meio à Primeira Guerra Mundial,

quando jovens americanos trabalhando como motoristas voluntários em

Paris perceberam o quanto haviam aprendido sobre o estilo de vida e a

cultura francesa. Começaram a olhar o intercâmbio como uma mercadoria

que oferecia troca de conhecimento e paz.

Estudar no exterior significa adquirir em alguns meses o

conhecimento que você levaria muitos anos para conseguir caso estivesse

estudando em seu próprio país. Atualmente, há uma variedade de

programas de intercâmbio, como as high schools, para adolescentes com

idade entre 11 e 18 anos, cursos de graduação, para quem deseja fazer um

curso em uma universidade, ou até mesmo cursos de inglês.

Além disso, você tem a oportunidade de morar com uma família

nativa, o que significa muito mais do que uma simples estadia em um hotel,

por exemplo. É a chance de viver como um cidadão do país. O Au Pair é um

desses programas de intercâmbio em que você vive e trabalha com uma

família nativa, aprendendo e vivenciando os costumes, a cultura, a comida

e o idioma do lugar. No programa Au Pair você trabalha como babá,

cuidando das crianças da família anfitriã. Consequentemente, passa-se mais

tempo vivendo em uma nova cultura, enfrentando situações normais do dia

a dia, mas que ficarão em sua memória por muito tempo. Por outro lado,

algumas pessoas ficam preocupadas com a família que irá lhes receber.

Entretanto, antes de ir, você deve preencher um formulário com todas as

suas preferências para que seja designado à família certa.

Além do mais, hoje em dia há muitos países que recebem vários

estudantes por ano. Entre eles estão Estados Unidos, Austrália, Irlanda,

Inglaterra, Espanha e Argentina para a língua espanhola. O Canadá é um

dos lugares mais requisitados pelos estudantes. No último ano, o país

registrou um número recorde, mais de noventa e oito mil alunos. Além

disso, o custo de vida no país é mais barato. Outro destino que tem atraído

muitos jovens depois da Copa do Mundo em 2010 é a África do Sul. O país

passou a ser uma das opções para aqueles que querem aprender inglês e

gastar menos. Os programas de intercâmbio estão concentrados na Cidade

do Cabo, a segunda cidade mais populosa da África do Sul. O lugar é

belíssimo e as pessoas são receptivas.

Viver no exterior é um grande desafio para os jovens estudantes.

Assim como tudo na vida há sempre as vantagens e as desvantagens.

Porém, o mais importante quando nos referimos a intercâmbio, além de

conseguir superar a saudade de casa, é estar aberto a novas experiências,

culturas, estilos de vida e alimentação, sem nenhum preconceito. É uma

experiência única, desafiadora, porém vale muito a pena se aventurar.

Ariane Samara Fernandes 4° ATIN - 2012

Referências bibliográficas:

Wikipedia:

http://en.wikipedia.org/wiki/Student_Exchange_Programs_as_Public_Diplo

macy

Rodando pelo mundo:

http://www.rodandopelomundo.com/2008/11/25/dicas-de-13-dos-mais-

procurados-destinos-para-intercambio-pelo-mundo/

Jovempan.uol:

http://jovempan.uol.com.br/noticias/comportamento/2012/02/canada-e-o-

pais-mais-procurado-para-intercambio.html

Mais informações sobre o Au pair: http://pt.wikipedia.org/wiki/Au_pair

http://www.manualdaaupair.com.br/informacoes-gerais/o-que-e-au-pair/

data e hora de acesso: 16/ 05/2012 às 13:30

Free-lance x

Company Translators

Nowadays, the number of people who speak English in Brazil has increased a lot compared to the past. That’s why, when people need money, they try a “translating gig”. For translation students and professionals in this area, this kind of attitude might be considered even offensive, since, in order to be a real translator, it takes years of study.

The basic goal of translation students, in general, is to become a translator. With that in mind, there are two paths that can be followed: working for a translation company or working as a free-lancer.

Translating for companies

It is much more common for a translator to have only a contract with the company. Although it is not impossible, it is rare when a company hires a translator according to the CLL (Consolidation of Labor Laws). If having the stability of a CLL employment is the idea, then the translator should look for the position of proofreader. The translator with a contract will receive the text by email with all the necessary requirements, and will, then, do the job. But the translator might have no idea of all the way that the text has followed before popping up the screen.

That is how it works:

In general, translation companies have a specific area to give support to the client. They will provide information about size, prices, budget, etc. This is the Commercial or Customer Support Area, the name changes according to the company. In this sector, the translation will be identified as simple or sworn; subtitling or transcription, etc. When identifying the translation, according to what the client requires, the responsible for this area checks the purpose of that translation. For a driver’s license to be accepted in a foreign country, for example, a sworn translation is required.

Companies have a database with the customers’ register; there is no contract to be signed. If the customer doesn’t pay, the Financial area is in charge of collecting the debt. This is the sector responsible for discussing with the client about the conditions of payment (deadline, parcels, receipts). There is a database for translators as well, which identifies the translators’ expertise and which translator has the necessary knowledge to do certain jobs. But, many times, when a subject is very requested, the person in charge for the Commercial/Customer Support (who decides who will be in charge of the translation) knows the names of the best translators for that by heart and he/she doesn’t even have to check in the database.

After finishing the translation, there is one more step: proofreading. In fact, some companies skip this step – they deliver the job faster, the price is cheaper, but the quality is inevitably compromised. There are some companies that have a Quality Control Area, having their own proofreaders who read the text only once and finish it like this. Others have a proofreader to read the text and another one to check the changes made by the first proofreader and accept them, if they are approved. And there are also some companies that have native English speaker proofreaders who check the fluency of the translation into English.

In the case of sworn translations, the translator is responsible for printing and signing the final document. The translation company is considered, in fact, an “intermediate” between the translator and the client; there is a partnership between them; this is a way of gaining more clients for the translator. This partnership happens because, generally, people look for a translation company and not a sworn translator directly. But there are translators who can gather a good number of clients and don’t need to be linked to a company. Some companies have their own sworn translators who follow the entire process step by step. Others have translators working outside the company’s office, that’s why they need a delivery boy to pick up the finished translation. In this case, the proofreader checks if there are no mistakes on the printed paper and, if everything is okay, it’s ready for the client.

Free translations may be sent by email and wait for the receiving confirmation; it can also be made by phone. The sworn ones must send by mail by the sworn translator or the client can pick it up in the translator’s office/house.

Translating as a free-lancer

In this case, all the process above mentioned is done by only one person: the translator him/herself. This professional will be in touch with the client and will calculate how much it is going to cost. At this point, the translator must check if he/she is qualified enough to do the translation, since he/she can’t count on other translators. If it is a sworn translation and the free-lancer is not sworn, he/she won’t be able to do it. This is a good time to recommend a friend.

The translator needs to have the good sense of declining translations, because there is the risk of delaying the job’s delivery or not doing it with quality and this is something that may compromise his/her reputation. To make sure that the client pays for the job, there must be a contract. Only after all these steps, the translator will be able to start the translation process. Besides being careful about delivering a quality translation before

the deadline, the professional must work hard to keep the client by giving discounts and being thoughtful.

All of this seems to be a lot of work, but, with practice, all these steps become automatic. There are professionals specialized in all these areas: since the contact with the client until the preparation of a contract. That’s why, at first, the free-lancer might have some difficulty before or after the process of translation. Some just prefer to work for companies because they can’t adapt to all these processes. Others prefer autonomy, the control over each step of the translation.

The truth is that we can’t judge the person who can only speak English and wants to be a translator. The translator him/herself, even after so much study and preparation, faces difficulties for being involved in so many administrative details outside his/her area. The beginning of every profession is hard. In case the “pseudo-translator” actually enjoys the experience, he/she will go after a degree on it which will make him/her a good professional; but if when facing the obstacles of the profession he/she doesn’t like it, he will leave it and find another job. The professional translator may not adapt to the red tape process involved, so, he’ll try to find the safety of a job in a company. Everything is just a matter of trying.

Free-lance x

Tradutor de Empresas

Hoje em dia, o número de pessoas falantes de língua inglesa no Brasil é muito maior do que antigamente. Por isso, muitas pessoas que precisam de algum dinheiro extra, tentam um “bico” como tradutor amador. Para estudantes de Tradução e profissionais da área, esse tipo de atitude chega a ser até mesmo ofensiva, considerando que, para realizar essa atividade, são necessários anos de estudo.

O objetivo inicial de cada estudante dessa área, no geral, é tornar-se um tradutor. Sendo assim, há dois caminhos que podem ser escolhidos: trabalhar para empresas de tradução internamente ou como free-lance.

Traduzindo para empresas

É muito mais comum que o tradutor tenha apenas um contrato com a empresa. Não é impossível, mas é, de fato, raro que uma empresa de tradução contrate o profissional como CLT. Se a intenção é a estabilidade de uma carteira assinada, é melhor que o aspirante a tradutor procure vagas para revisor. O tradutor contratado receberá o texto em seu e-mail, com as especificações necessárias, e realizará seu trabalho. Mas, talvez, não faça ideia de todo o caminho que aquele texto percorreu antes de chegar a sua tela.

Como funciona:

De maneira geral, as empresas de tradução possuem um setor específico para o atendimento ao cliente, fornecendo informações sobre laudas, preços, orçamento etc. Esse é o Setor Comercial ou Setor de Atendimento, o nome varia de acordo com a empresa. É aqui que a tradução é identificada como simples ou juramentada, se é legendagem ou transcrição etc. No momento de identificação da tradução, com base nas informações que o cliente fornece, o responsável por esse setor verifica qual a finalidade daquele serviço. Para que uma carteira de motorista seja aceita no exterior, por exemplo, precisa de uma tradução juramentada.

As empresas possuem um banco de dados com o cadastro do cliente, não há um contrato assinado. Caso o cliente não pague, o setor Financeiro fica encarregado de cobrar a dívida. Este setor é o responsável por combinar com o cliente as condições de pagamento (prazo, parcelas, emissão de notas fiscais). Da mesma forma que existem clientes cadastrados, a empresa também possui os nomes de seus tradutores em seu banco de dados. Por meio dele, é possível verificar a especialização de cada um, quem tem o conhecimento necessário para realizar determinado

serviço. Mas muitas vezes, quando um assunto é solicitado com frequência, o encarregado do Atendimento/Comercial (que determina quem será o responsável pela tradução) já sabe de cor os nomes dos tradutores mais indicados e nem precisa verificar no banco de dados. Após a conclusão da tradução, há ainda uma etapa de finalização: a revisão. Na verdade, algumas empresas dispensam esse passo – entregam mais rápido, o valor final é mais acessível, porém, inevitavelmente, comprometem a qualidade. Há empresas que possuem o setor de Controle de Qualidade, disponibilizando revisores/conferentes que leem o texto apenas uma vez e finalizam dessa forma. Outras possuem um revisor para fazer a leitura, outro para verificar as alterações do primeiro e aceitá-las, se aprovadas. E existem algumas empresas que possuem revisores nativos da língua inglesa que verificam a fluência do texto nas versões. No caso das traduções juramentadas, o tradutor é o responsável pela impressão e assinatura do documento final. A empresa de tradução, na verdade, é considerada uma “intermediária” entre o tradutor juramentado e o cliente; há uma relação de parceria entre o profissional e a empresa, pois, dessa forma, ele consegue mais clientes. Essa parceria ocorre porque as pessoas normalmente procuram uma empresa de tradução e não um tradutor diretamente. Mas há os tradutores que conseguem reunir um número bom de clientes e não precisam se vincular. Algumas empresas possuem tradutores juramentados que acompanham todo o processo de perto. Outras possuem tradutores trabalhando de outros locais, por isso precisam de um portador/motoboy para buscar a tradução pronta. Nesse último caso, o revisor verifica no papel impresso se não há erros e, se tudo estiver certinho, já está pronto para o cliente receber. Traduções simples podem ser enviadas por email e a confirmação de recebimento também é feita dessa forma ou por telefone. As juramentadas devem ser enviadas por correio pelo tradutor juramentado ou o cliente pode ir até o escritório/casa dele. Traduzindo como free-lance No caso do free-lance, todo esse processo é feito por uma só pessoa: o próprio tradutor. O profissional estará em contato com o cliente e fará o orçamento. No momento do orçamento, ele irá verificar se é de fato qualificado para realizar o serviço, já que não dispõe de outros tradutores. Se for uma tradução juramentada e o tradutor não for juramentado, ele não poderá realizar o serviço. Esse é o momento de indicar algum colega.

O tradutor precisa ter o bom senso de recusar traduções, pois há o risco de entregar o trabalho atrasado ou sem qualidade, algo que irá comprometer sua reputação. Deve haver a preocupação em fazer um contrato, para evitar que o cliente não pague. Só depois de todas essas etapas ele poderá iniciar o processo de tradução do texto. Além de tomar as medidas

necessárias para entregar uma tradução de qualidade dentro do prazo, o profissional deve se esforçar para manter o cliente, dando descontos e sendo atencioso.

Tudo isso parece muito trabalhoso, mas, com a prática, todas essas etapas tornam-se automáticas. Há profissionais especializados em todas essas áreas: desde o contato com o cliente até a elaboração do contrato. Por isso, no início, o free-lance pode sentir alguma dificuldade com o processo que precede e/ou sucede a tradução. Alguns preferem simplesmente trabalhar para empresas por não se adaptarem a todos esses processos. Outros preferem a autonomia, o controle de todas as etapas de sua tradução.

A verdade é que não se pode julgar a pessoa que fala inglês e quer ser tradutora. O próprio tradutor, mesmo após todo seu estudo e preparação, enfrenta dificuldades por estar se envolvendo com detalhes administrativos fora de sua área. O começo de qualquer profissão é difícil. Caso o “pseudo-tradutor” goste mesmo da experiência, ele irá correr atrás da formação que o tornará um bom profissional; mas se enfrentar os obstáculos da profissão e não gostar, irá abandoná-la e buscará outro ofício. O tradutor profissional pode não se adaptar a todos os processos burocráticos da tradução e buscar o conforto do emprego em uma empresa. Tudo isso é uma questão de tentar.

Verônica Monteiro Laneri 4 ATIN - 2012

How to Use a Dictionary

Learning a language, reading and understanding texts, and writing

are not always easy tasks. Besides having general knowledge of the topic,

sometimes it is necessary to check words, meanings or look for extra

information. How can you find the information you need? Which sources are

reliable? Nowadays we are have access to wonderful tools to guide us

through the learning world.

A very useful but many times neglected instrument is the dictionary.

The correct use of it can lead you to much more than just checking the

meaning or the translation. You can also find spelling and grammar,

synonyms and antonyms, historical, cultural and geographical information,

pronunciation, idioms, slangs, differences in speech, illustrations and much

more.

How is it possible? Different kinds of dictionaries! There are several

types to suit specific needs from small kids to lawyers, elementary school

students to models. Certainly, there is one to cover any level of knowledge.

Some of them present pictures or illustrations, very useful to improve

vocabulary. They can be written in one, two or more languages, being

precious for those who want to be multilingual.

Cultural information and curiosities may also be found helping to

make your search more comprehensive. If you are trapped and want to do

well in a job interview or a business report, a dictionary for specific

purposes can save your life. A simple essay can have more cohesion if you

use similar words which we, sometimes, do not remember or just have not

noticed they can have another usage.

A surprising amount of relevant data is available in each entry. The

same simple word you hear every day and all the time can suddenly come

up in another context with a totally new function and meaning.

Basically, dictionaries have the same organization. However, each

one has got its own content frame. The most common are the bilingual and

the monolingual ones. Their presentation is usually like this: alphabetical

order followed by pronunciation and then the grammar class and finally the

meaning and/or translation/explanation. After that, flexible forms, language

varieties and etymology may be encountered.

Good materials are found in libraries, bookshops, CDs and DVD roms,

and naturally on the internet. The advantage of using the latter is that you

can have a greater quantity of contents in the same entry for free!

Check out an example of WORDREFERENCE online:

tank

OUÇA:USUK definição em inglês | em espanhol | English synonyms | em contexto | imagens

WordReference English-Portuguese Dictionary © 2012: Traduções principais/Principal Translations

tank n (fish tank) peixes aquário SM

Traduções Adicionais/Additional Translations tank n (for liquids) para líquidos tanque, reservatório SM tank n (military) militar tanque SM

Report an error

WordReference English-Portuguese Dictionary © 2012: Formas compostas

holding tank tanque de retenção tank top camiseta sem manga

Available at: <http://www.wordreference.com/enpt/tank>. April 26, 2012.

The bilingual on line dictionary first presents the word with an audio

icon to hear it in both British and American English. Then a series of links

for English definition, the same word in Spanish, in context and with images

comes up. Right below there is a sequence of entries as previously

mentioned. Clicking on each new link there are other examples and

possibilities for the use of Tank. It is also possible to select both source and

target language. On this website there are 15 languages to be chosen.

Take a look at this Webster Visual sample:

Available at: < http://visual.merriam-webster.com/food-

kitchen/food/vegetables/fruit-vegetables_2.php>. April 26,2012

This is a monolingual English/English dictionary:

tech·nol·o·gy (t k-n l -j ) n. pl. tech·nol·o·gies 1. a. The application of science, especially to industrial or commercial objectives. b. The scientific method and material used to achieve a commercial or industrial objective. 2. Electronic or digital products and systems considered as a group: a store specializing in office technology. 3. Anthropology The body of knowledge available to a society that is of use in fashioning implements, practicing manual arts and skills, and extracting or collecting materials. Available at: <http://www.thefreedictionary.com/technology>. April 26, 2012.

There are dictionaries for specific purposes. This brand-new one is

about automotive terms:

à prova de acidentes» crash proof à prova de corrosão» corrosion-proof à prova de ferrugem» rustproof abaixar o vidro do carro» to roll a car window down; to turn a handle; to push a button

abaulado» dished abaulamento da roda» dishing of wheel abastecer» to fill up; to gas up; to feed BR abastecimento de combustível» fuel supply ABS» antilock braking system (um sistema de frenagem/travagem que evita que a roda bloqueie quando o pedal de freio é pisado fortemente e entre em derrapagem,deixando o automóvel sem aderência à pista; equipamento de segurança) MOBAID, Rosalind & PICHINI, Cynthia. Glossário Automotivo. A Two-Way-Glossary. Português/Inglês com índice reverso Inglês/Português. Disal Editora.São Paulo, 2012. It is also important to emphasize that before choosing one word it is

necessary to analyze the context in which it is inserted. Read the complete

entry before picking up the first one. Consider the kind of work you are

doing, the complexity of the text, the audience, the purpose etc.

Finally, it is always wise to verify meanings and translations in at

least two distinct references specially when using a verbal signal for the first

time.

Whether you get a printed or a virtual version, there is a dictionary to

fit your style and needs.

Como usar um Dicionário

Aprender um idioma, ler e compreender textos, e escrever não são

tarefas fáceis. Além de ter um conhecimento geral sobre o assunto

abordado, às vezes é preciso conferir o significado de algumas palavras ou

buscar informações complementares. Como encontrar os dados de que você

precisa? Quais fontes são confiáveis? Hoje em dia há ferramentas

maravilhosas para nos auxiliar no mundo do aprendizado.

Um instrumento muito útil e igualmente ignorado para esse propósito

é o dicionário. O seu uso correto pode fornecer muito mais do que

simplesmente o significado ou a tradução. Também é possível verificar

ortografia, gramática, sinônimos, antônimos, informações culturais,

históricas e geográficas, pronúncia, idiomatismos, gírias, diferenças na

maneira de falar, ilustrações e muito mais.

Como isso é possível? Diferentes tipos de dicionários! Existem

diversos exemplares para necessidades específicas de crianças a

advogados, alunos do ensino básico a modelos. Seguramente há um para

suprir qualquer nível de conhecimento.

Alguns apresentam fotos ou ilustrações muito úteis na aquisição de

vocabulário. Eles podem ser escritos em um, dois ou mais idiomas, o que é

sensacional para os interessados em falar diversas línguas.

Informações culturais e curiosidades também podem ser encontradas

ampliando a visão do que está sendo procurado. Se você estiver

encurralado, precisando se sair bem em uma entrevista de emprego ou se

precisa fazer um relatório, um dicionário específico para essa situação pode

salvar seu dia. Uma simples redação pode ficar mais coesa com a utilização

de palavras similares de que, muitas vezes, não nos recordamos ou

simplesmente não percebemos que podem ter outros significados.

Uma quantia surpreendente de informações pode ser

encontrada em cada verbete. A mesma palavra simples que ouvimos o

tempo todo pode inesperadamente surgir em outro contexto com um

sentido e função sintática diferente.

Os dicionários têm basicamente a mesma organização. No entanto,

cada um tem uma forma própria de apresentar seus verbetes. Os mais

comuns são os bilíngues e os monolíngues. Comumente eles estão em

ordem alfabética, em seguida aparece a pronúncia, a classe gramatical e

finalmente o significado e a tradução ou explicação da palavra. Em seguida,

as possíveis formas flexionadas, as variantes do idioma e etimologia

também podem ser encontradas.

Bons materiais são achados em bibliotecas, livrarias, em mídias

eletrônicas e naturalmente na Internet. A vantagem de utilizar o último

recurso citado é que você pode ter uma quantidade muito grande de

conteúdos gratuitamente no mesmo verbete.

Veja um exemplo do WORDREFERENCE on line:

tank

OUÇA:USUK definição em inglês | em espanhol | English synonyms | em contexto | imagens

WordReference English-Portuguese Dictionary © 2012: Traduções principais/Principal Translations

tank n (fish tank) peixes aquário sm

Traduções Adicionais/Additional Translations tank n (for liquids) para líquidos tanque, reservatório sm tank n (military) militar tanque sm

Report an error

WordReference English-Portuguese Dictionary © 2012: Formas compostas

holding tank tanque de retenção tank top camiseta sem manga

Disponível em: <http://www.wordreference.com/enpt/tank>. Acesso

26.04.12.

O dicionário bilíngue on-line primeiro apresenta a palavra com ícone

de áudio para ser ouvido em inglês britânico e americano. Então surge uma

série de outros links com definição em inglês, a mesma palavra em

espanhol, em contexto e com ilustração. Logo abaixo há uma sequência de

verbetes como já mencionado anteriormente. Ao clicar em cada novo link

há outros exemplos e possibilidades para o uso da palavra Tank. Também é

possível selecionar qual a língua de partida e língua de chegada. Neste

website são 15 idiomas.

Observe agora um exemplo do Webster Visual:

Disponível em: < http://visual.merriam-webster.com/food-

kitchen/food/vegetables/fruit-vegetables_2.php>. Acesso 26.04.12

Esse é um dicionário monolíngue inglês/inglês:

tech·nol·o·gy (t k-n l -j ) n. pl. tech·nol·o·gies 1. a. The application of science, especially to industrial or commercial objectives. b. The scientific method and material used to achieve a commercial or industrial objective. 2. Electronic or digital products and systems considered as a group: a store specializing in office technology.

3. Anthropology The body of knowledge available to a society that is of use in fashioning implements, practicing manual arts and skills, and extracting or collecting materials. Disponível em: <http://www.thefreedictionary.com/technology>. Acesso 26.04.12.

Há dicionários com verbetes específicos como este recém-lançado

com termos automotivos:

à prova de acidentes» crash proof à prova de corrosão» corrosion-proof à prova de ferrugem» rustproof abaixar o vidro do carro» to roll a car window down; to turn a handle; to push a button abaulado» dished abaulamento da roda» dishing of wheel abastecer» to fill up; to gas up; to feed BR abastecimento de combustível» fuel supply ABS» antilock braking system (um sistema de frenagem/travagem que evita que a roda bloqueie quando o pedal de freio é pisado fortemente e entre em derrapagem, deixando o automóvel sem aderência à pista; equipamento de segurança) MOBAID, Rosalind & PICHINI, Cynthia. Glossário Automotivo. A Two-Way-Glossary. Português/Inglês com índice reverso Inglês/Português. Disal Editora.São Paulo, 2012.

Também é importante enfatizar que antes de escolher uma ou outra palavra é necessário analisar o contexto em que ela está inserida. Leia todo o verbete antes de fazer sua escolha. Leve em consideração o tipo de trabalho que está fazendo, a complexidade do texto e o público ao qual ele está sendo escrito, seu propósito etc.

Finalmente, é sempre bom verificar os significados e traduções em pelo menos dois exemplares diferentes, especialmente quando um signo linguístico estiver sendo usado pela primeira vez.

Não importa se você optar por uma versão impressa ou virtual, haverá sempre um dicionário apropriado para seu estilo e suas necessidades.

Mônica Souza Egydio 3 ALEN - 2012

Interview – Professor, M. A. Érika de Paula Matos

Holding M.A. and being in a doctorate program in Linguistics and Literary Studies at Universidade de São Paulo (USP), she is Professor of English and American Literature at Universidade São Judas Tadeu (USJT). Professor Érika Matos always tries to bring a little bit of her background from living abroad and to pass her knowledge of the British culture to her students, leaving them with more than just theory. Following you can check what she has to say about literature, career and studying abroad.

1. How long have you been teaching English and American Literature?

- This is my third year teaching English and American Literature at Universidade São Judas Tadeu, but I have already taught courses about Charles Dickens and Shakespeare in other places.

2. When and how such subject called your attention?

- Actually, I’ve been interested in Literature since High School. When I went to college, I studied Political Science and as time went by I realized that much of what I read had something to do with Literature or could be a complement. So, I decided to deepen my studies.

3. Is there any book or writer you consider more interesting or would recommend the reading?

- Well, all writers, or at least the well-known ones, are interesting. To mention some, I could say, and I’m biased to say since one of his works was exploited in my master’s thesis, Charles Dickens, he is very important to the English Literature. There is also James Joyce, an English correspondent to Clarice Lispector. And, of course, Shakespeare, especially because of the period he wrote, which was a turning point in the political thought.

4. Have you had any experience in reading books both in English and in Portuguese, in other words, an original work and its translation? If so, how was such experience?

- Yes, I’ve had. I’ve read translated poems by Chaucer, all Shakespeare tragedies. And also “O Corvo” by Fernando Pessoa, which is an outstanding translation of Edgar Allan Poe’s work “The Raven”. In general, all translations were very good, but sometimes the translation doesn’t come up to the expectative. I believe it might happen mainly because the translator didn’t search enough about the author and his work.

5. Going abroad to study the local Literature is essential?

- I wouldn’t say essential since I had excellent professors of Foreign Literature with no experiences abroad. Yet living abroad is very good, mainly because of the libraries, which have countless bibliographies for research that we don’t have in Brazil and other countries, not to mention the enriching contact with other students of the same subject as you. Everything, since the books to the college environment of Cambridge with its formal dining, for example, helps you deepen the subject.

6. Up to what point such experience abroad influences hiring decisions, for example?

- I don’t think it’s a straightforward influence. I suppose it influences mainly because of the deepening you’ve had in a way or another of the subject in the origin of that Literature. And I also think that this experience abroad may influence because of the knowledge you have of the foreign language.

7. In your opinion, is there any influence of the foreign literature in the Brazilian literature?

- A lot. Literatures are always linked to each other. One example is Brazil, which now is not only a receiver of good literature but also a great producer.

8. Your master’s thesis was “Tempos difíceis na Inglaterra – Forma literária e representação social em Hard Times de Charles Dickens”. How was the selection of such theme?

- I can say that one of the main factors that influenced my choice was Karl Marx’s quotation I read that time, in which he says basically that Dickens brings more of the political subject to the world than any other writer. With that, I found a good opportunity to join both subjects Politics and Literature in only one work.

Entrevista – Professora, Ms. Érika de Paula Matos

Docente de Literaturas Inglesa e Norte-Americana da Universidade São Judas Tadeu e mestre e doutoranda em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo, a professora Érika Matos procura sempre trazer um pouquinho da sua experiência fora do país e passar seu conhecimento da cultura inglesa para seus alunos, não fazendo de suas aulas uma fonte puramente teórica da literatura. A equipe do Learning Center preparou algumas perguntas sobre literatura, profissão e experiência fora do país, as quais foram respondidas pela professora. Confira:

1. Há quanto tempo leciona Literaturas Inglesa e Norte-Americana?

– Este é o meu terceiro ano lecionando Literaturas Inglesa e Norte-Americana na Universidade São Judas Tadeu, mas já dei cursos sobre Shakespeare e Charles Dickens em outras instituições.

2. Quando e como surgiu o interesse nestas matérias?

– Na verdade sempre gostei de Literatura, desde o Ensino Médio. Quando entrei na faculdade, estudei Ciências Políticas e, com o tempo, percebi que muito do que eu lia e via nessa matéria tinha algo em comum com o que estudei em Literatura ou a complementava, então resolvi me aprofundar.

3. Há alguma obra ou algum autor que considera mais interessante ou cuja leitura recomendaria?

– Bem, todos os autores, ou pelo menos os mais conhecidos, são interessantes de se ler. Sou suspeita para falar, já que sua obra foi objeto da minha dissertação de mestrado. Charles Dickens é de suma importância para a Literatura Inglesa. Há, também, James Joyce, um correspondente em língua inglesa de Clarice Lispector. E, é claro, o próprio Shakespeare, principalmente pela época de sua literatura, a qual foi um marco para o desenvolvimento do pensamento.

4. Já teve experiências com leitura de livros tanto em língua inglesa quanto em língua portuguesa, ou seja, a leitura de um original e de uma tradução? Se sim, como foi esta experiência?

- Sim. Li poemas traduzidos de Chaucer, todas as tragédias de Shakespeare traduzidas e, também, O Corvo, tradução magnífica de Fernando Pessoa para o conto The Raven de Edgar Allan Poe. Em geral, as traduções são muito boas, mas algumas vezes a tradução não corresponde às expectativas, e acredito que isto ocorra principalmente pela falta de conhecimento suficiente por parte do tradutor do autor ou, até mesmo, da própria obra.

5. Ir para o exterior para estudar a literatura do local é essencial?

- Não diria essencial, já que tive ótimos professores de Literatura Estrangeira sem experiência no exterior. Contudo, a vivência em outro país é ótima, principalmente pelas bibliotecas, que possuem inúmeras bibliografias para pesquisas que não existem no Brasil e em outros países, e sem falar no enriquecedor contato com outras pessoas que também estudam a mesma matéria. Tudo, desde os livros ao ambiente universitário de Cambridge com seus jantares formais, por exemplo, auxilia no aprofundamento da matéria.

6. Até que ponto esta experiência fora do país influencia numa contratação, por exemplo?

Acredito que não seja uma influência direta. Acho que influencia principalmente pelo aprofundamento que você teve, de uma forma ou de outra, da matéria no país origem da literatura. E penso que esta experiência possa influenciar, também, pelo conhecimento da língua estrangeira adquirido.

7. Em sua opinião, existe alguma influência da literatura estrangeira na literatura brasileira?

- Muita. As literaturas estão sempre dialogando entre si. Um exemplo é o Brasil que deixou de ser apenas um receptor para ser um também um produtor de boa literatura.

8. Sua dissertação de mestrado foi “Tempos difíceis na Inglaterra – Forma literária e representação social em Hard Times de Charles Dickens”. Como foi a escolha de tal assunto?

- Posso dizer que minha escolha se deu principalmente por uma citação que li na época de Karl Marx em que ele diz basicamente que Dickens traz mais do assunto política ao mundo que qualquer outro. Com isto, encontrei uma boa oportunidade de juntar ambas as matérias, política e literatura, em um único trabalho.

Desyrée Holtz Terovydes 3 ALENTI - 2012

Particularidades entre Linguagem Verbal e Linguagem Musical

Analisando profundamente a estrutura da língua falada e a estrutura da “língua tocada”, encontraremos muitas semelhanças entre essas duas artes. Nascemos programados para falar e, acreditem, nascemos com a música dentro de nós. Como a colocaremos para fora varia de pessoa para pessoa, seja por meio de um assovio ou de um instrumento musical.

A língua é formada por estruturas rígidas. Quem as domina, escreve romances, poesias e são verdadeiros senhores conversando. Quem percorre esse mesmo caminho musicalmente, geralmente são os músicos que tocam música instrumental, pessoas que conseguem “conversar” por meio de seus instrumentos, compor verdadeiras obras em tempo real, tudo isso por meio da música.

Infelizmente, os casos citados acima fazem parte de uma minoria. As pessoas estudam o básico para se comunicar no dia a dia e arrumar um emprego com carteira assinada. Como aquelas pessoas que estudam um instrumento musical apenas para tocar suas músicas favoritas, eles não conseguem mensurar a imensidão que existe por trás disso tudo.

Toda palavra pronunciada pode ser escrita e, aos leigos, falo aqui que toda nota entoada por um instrumento também pode ser colocada no papel, com uma diferença: a música é universal, portanto, uma partitura escrita por um brasileiro poderá ser tocada por músicos do mundo todo, sem a necessidade de um tradutor.

Outra particularidade: um americano que estudou português em seu país e resolve vir passar férias aqui no Brasil, quantas palavras serão necessárias para descobrirmos que ele não é brasileiro? E vou além: se esse mesmo americano for músico e se aventurar a tocar um samba perto de outros músicos nativos daqui, não será necessário nem dois compassos para descobrirmos que ele é “gringo”, pois o mesmo sotaque que sobrecarrega as palavras também pesa sobre as notas musicais.

Ouço relatos de sertanejos que tocam repertórios inteiros de suas duplas favoritas sem nunca terem feito uma aula de violão. Os leigos atribuem isso a um dom divino. Um morador de rua que nunca frequentou uma escola na vida e consegue se comunicar “perfeitamente”, na sociedade, isso também seria um dom? Não. O contato com o meio social fez esse morador de rua se comunicar, o contato com seu “radinho de pilha” fez o sertanejo tocar. Nos dois casos há comunicação, porém, do ponto de

vista normativo, os dois serão analfabetos, só conseguirão reproduzir coisas que ouvirem, dificilmente conseguirão criar algo.

O “dom divino” é a maior desculpa que ouvimos de pessoas que sempre tiveram vontade de tocar um instrumento, mas acabam usando essa “muleta” como desculpa (não tenho dom para música). Para um estudante de idiomas esse velho bordão é expressamente proibido, porque o caminho que você faz para aprender uma nova língua é o mesmo que percorrerá para tocar um instrumento, com vontade, dedicação, suor, atenção, audição e muita, mas muita repetição dos exercícios.

Esses são alguns dos pontos em comum que tornam essas duas artes da comunicação “irmãs”. O ser humano tem necessidade de se comunicar e, muitas vezes, apenas as palavras não são suficientes. ‘E preciso gesticular, pular, correr e, o ápice, aquilo que trará para fora todo conteúdo do seu ser, virá por meio da arte, e o meio que o “transportará” será um instrumento musical.

Jorge Augusto Garcia 2 ALEN - 2012

Politically Correct Language

Politically correct or political correctness (both forms commonly

abbreviated to PC) is associated to minimize the effects of difference,

prejudice and being offensive in the language we communicate every day.

Since the 1960s, because of the emerging of the feminism, human rights,

the spread of different religions, sexual diversity, etc.; it has become

necessary to write and talk issues related to gender, race, sexual

orientation, religion, ideologies. Society has had to express, discuss and

reflect about these issues and many groups felt offended and argued that

prejudice was present in the way people used to describe them.

Political correctness has changed the way we behave and it has been

present in the language we use. People that work with language,

translators, teachers, spell checkers, etc. simply cannot use words like

before without thinking about the effects their choice can cause, so many

lists with the old and appropriate expressions have appeared to help

language users. Let’s have a look in some of them:

OLD USE NEW USE

-red indian -native American

-negro/colored -black (inf),African-

American,

Afro-Americans, Afroamerican

- third world -developing nations,

emergingcountries

- guys’(when referring to a mixed group) -friends, folks, group

- handicapped -people with special needs,

people who are physically

mentally/ challenged, people

with disabilities

- race -ethnicity or nationality (there

is only one race – human)

-old people -seniors, chronologically

advanced

-white lie -lie (calling it ‘white’ is not ok)

-half-breed -multi-ethnic

-blacklisted -banned

-‘manning’ the project -staffing the project

(because of the word man)

- fat -enlarged physical condition

- foreign food -ethnic cuisine

- ghetto -economically disadvantaged

area

- secretary -administrative assistant

- gay -homosexual/gay

- thick/stupid/slow -special needs, with learning

difficulties (LD), differently-

abled

We know that many of these expressions are recommended, but we

do not use them. Others still have the same use and are not carried of

prejudice. The term gay, for example, is used in many registers like laws,

documents, media with no restriction. Whenever in doubt check the use and

meaning in many sources before writing, translating or using the word. One

thing is certain, language is dynamic and is changing a lot all the time.

Profª Cynthia Pichini Coordenadora do Learning Center

“The Lightning Thief” – Book, Translation, Comic Book, Movie... What are the differences?

“The Lightning Thief” is a success since its release, in 2005. There

are, nowadays, a lot of different editions, which are sold in many countries – reaching the mark of 1.2 million copies. Based in Greek mythology, it tells the story of Percy Jackson, a 12-year-old boy who finds out he’s a demigod, son of Poseidon, and he’s accused of stealing Zeus’ lightning bolt. Written for children and young adults, it has fans of all ages.

The success was so big that, inevitably, adaptations were made. Whether it is a good thing or not, it is not up to anyone to judge. The fact is that many people, mostly the ones who do not like reading, ask themselves: “But why should I read the book if I have another option?” This is almost instantaneous. “If there is a movie, a comic book, or even a TV series, why should I waste my time reading?”

Well, the hint is: QUESTION IT. Do you think they really are all the same?

Rick Riordan’s book had, among many translations, the one for Portuguese. Besides that, it has a comic book based on it and also a movie. It is a great example of how a lot of things can change.

The translation of the original text to Portuguese is not heavily altered. The characters’ names do not change, but the gods’ names do (they are Greek, so they have corresponding names in Portuguese). The informal way of talking remains, as we can see on the following passages:

“You’re Dionysus,” I said. “The god of wine.”

Mr. D. rolled his eyes. “What do they say these days, Grover? Do the children say: ‘Well, duh!’?”

“Y-yes, Mr. D.”

“Then, well, duh! Percy Jackson. Did you think I was Aphrodite, perhaps?"

(RIORDAN, R. The lightning thief. Page 70.)

– Você é Dioniso – disse eu. – O deus do vinho.

O Sr. D. revirou os olhos.

– Como eles dizem hoje em dia, Grover? As crianças dizem, “fala sério”?

– S-sim, Sr. D.”

– Então, fala sério, Percy Jackson. Achou o quê; que eu fosse Afrodite?

(RIORDAN, R. O ladrão de raios – Translator: Ricardo Gouveia. Page 78.)

In this passage, we can see the presence of slangs, with the right adaptation (“duh!” is translated as “fala sério”), and we can observe the translation of the Greek god’s name. We can also notice the oral language marks when Grover, the satyr, starts to stutter when the god talks to him (“Y-yes, Mr. D.”). These elements lead the text to a natural, informal aspect, expected in a story told by a 12-year-old boy.

However, if we compare the book to the comic book, we’ll find big differences. First, there is no narrator, or chapter division. The story flows naturally, with the visual “support” – in this case, considered more than a support, but a part of the text. We can also consider the parts in which there are no speeches, only pictures. This strategy cannot be used in a book. The use of onomatopoeias is also a common habit on comic books, but not that common on novels. This fact can be observed on the passage that Percy receives sneakers as a gift from a friend, and he ends up surprised:

He handed me the sneakers, which looked pretty normal. They even smelled kind of normal.

Luke said: “Maia!”

White bird’s wings sprouted of the heels, startling me so much, I dropped them.

(RIORDAN, R. The Lighning Thief. Page 151.)

In the comic book, the situation is summarized in few words: onomatopoeias (like “flap flap flap” to represent the flight and “wow” to represent Percy’s surprise:

(VENDITTI, Roberto. O Ladrão de Raios – graphic novel.)

The movie has a lot in common with the comic book. Both have benefited from the visual support to represent ideas, and none has a chapter division, keeping the flow of the story. Besides that, there is an important detail: both are not written by the author of the original text, therefore there is a choice between keeping it close to the original and doing a whole new interpretation.

Usually, in movies based on books, the perspective is more objective, and there is loss of details and information that many people who read the book would consider useful. This fact might be only a matter of genre – after all, the movie counts on two things that do not exist on the book: the picture and the sound. Besides that, we must consider the fact that the book can be read in parts, while the movie is usually watched all at once, something that makes it impossible to show all the details from the book.

This difference can be observed right in the beginning of the works. On the book, the beginning is a quick explanation of the fact that Percy Jackson is a half-blood, made by himself, followed by a warning to the

readers: “If you are reading this because you think you can be one [a half-blood], my advice is this: close this book right now”. The beginning also tells about a school trip, where the story, in fact, begins. On the comic book, there is no explanation or introduction made by the character. The story starts in the school trip already, when Jackson is attacked and finds out that he’s a demigod. The movie does not start with the introduction, or the warning, or the school trip. It starts with a conversation between Zeus and Poseidon, when the god of gods accuses Percy of stealing the lightning bolt. After that, there is a conversation between the protagonist and his friend Grover and other ordinary stuff, and only after that, the school trip.

It is possible to write pages and pages about the differences between the original masterpiece and the adaptations of different genres, but the conclusion will always be only one: they will never be the same, no matter how similar they might seem. Adaptations are very common and they are worth seeing, but it is always recommended to read the original. The experience, even if for pure curiosity, is fulfilling and surprising.

“O Ladrão de Raios” – Livro, tradução, quadrinhos, filme... Quais as diferenças?

O livro “O Ladrão de Raios” fez muito sucesso desde seu lançamento,

em 2005. Já existem diversas edições, e é vendido em muitos países – alcançando a marca de 1.2 milhões de cópias vendidas. Baseado em mitologia grega, conta a história de Percy Jackson, um menino de doze anos que descobre que é um semideus, filho de Poseidon, e é acusado de roubar o raio-mestre de Zeus. Feito para o público infanto-juvenil, tem fãs de todas as idades.

O sucesso foi tanto, que, inevitavelmente, foram feitas adaptações. Se isso é bom ou não, não cabe a ninguém julgar. O fato é que muitas pessoas, principalmente aquelas que não gostam de ler, questionam: “Mas por que eu vou ler o livro se tem outra opção?”. É um pensamento quase instantâneo. “Se existe o filme, o gibi, até mesmo a série, por que eu vou perder meu tempo lendo?”.

Bom, a dica é: QUESTIONE. Será que são realmente iguais?

O livro de Rick Riordan teve, entre muitas traduções, a tradução para o português. Além disso, tem uma adaptação para história em quadrinhos e também para o cinema. É um ótimo exemplo de como muita coisa pode mudar.

A tradução do texto original para o português sofre poucas alterações. Os nomes das personagens não mudam, mas são traduzidos os nomes dos deuses (de origem grega, que têm correspondentes em português). O tom informal da narração permanece, como podemos ver nos seguintes trechos:

“You’re Dionysus,” I said. “The god of wine.”

Mr. D. rolled his eyes. “What do they say these days, Grover? Do the children say: ‘Well, duh!’?”

“Y-yes, Mr. D.”

“Then, well, duh! Percy Jackson. Did you think I was Aphrodite, perhaps?"

(RIORDAN, R. The lightning thief. Página 70.)

– Você é Dioniso – disse eu. – O deus do vinho.

O Sr. D. revirou os olhos.

– Como eles dizem hoje em dia, Grover? As crianças dizem, “fala sério”?

– S-sim, Sr. D.”

– Então, fala sério, Percy Jackson. Achou o quê; que eu fosse Afrodite?

(RIORDAN, R. O ladrão de raios – Tradução de Ricardo Gouveia. Página 78.)

Além da permanência da gíria, com as suas devidas adaptações (“duh!” é traduzido como “fala sério”), podemos ver a tradução do nome do deus grego. Podemos também observar as marcas da oralidade com a gagueira momentânea de Grover, o sátiro, quando o deus se dirige a ele (“Y-yes, Mr. D.”). Isso leva a um aspecto de naturalidade, de informalidade, fatores que são esperados numa história narrada por um menino de doze anos.

No entanto, se compararmos o livro com a história em quadrinhos, há grandes diferenças. A primeira delas é que não há narrador, e nem divisão em capítulos. A história se desenrola naturalmente, com o “apoio” visual – que é mais que um apoio; é parte do texto. Ainda nessa parte, podemos considerar as partes em que não há fala, somente desenho. Essa é uma estratégia que não pode ser utilizada no livro. O uso de onomatopeias também é muito comum nos quadrinhos, mas nem tanto no romance. Esse

fato pode ser observado no trecho do livro em que Percy ganha um tênis de um amigo do acampamento, que acabaram surpreendendo o personagem:

Ele me entregou os tênis, que pareciam bastante normais. Tinham até cheiro de normais.

Luke disse:

– Maia!

Asas brancas de ave brotaram dos calcanhares, deixando-me tão surpreso que os deixei cair.

(RIORDAN, R. O ladrão de raios – Tradução de Ricardo Gouveia. Página 151.)

E na HQ, a situação se resume em poucas palavras, que contam com as onomatopeias “flap flap flap” para representar o voo e “uau”, para representar a surpresa de Percy:

(VENDITTI, Robert. O Ladrão de Raios – graphic novel.)

O filme tem muitas características em comum com os quadrinhos. Os dois beneficiam-se do apoio visual para passar as ideias, e nenhum dos dois possui divisão de capítulos, mantendo a continuidade e movimento da história. Além disso, há um detalhe importante: tanto um quanto o outro não são escritos pelo autor do texto original, portanto há a escolha entre manter-se fiel ao livro ou fazer uma interpretação própria.

Geralmente, em filmes baseados em livros, a perspectiva é mais objetiva, perdendo-se detalhes e informações que muitos que leram o livro considerariam úteis. Esse fato pode ser apenas uma questão de gênero – afinal, o filme conta com dois artifícios que não existem no livro: o som e a imagem. Além disso, devemos considerar o fato de que o livro pode ser lido em partes, enquanto o filme é geralmente visto de uma vez só, tornando praticamente impossível a exposição de todos os detalhes do livro.

Essa diferença pode ser observada logo no início das obras. No livro, o início é uma rápida explicação do fato de Percy Jackson ser um meio-sangue, feita por ele mesmo, seguido de um aviso para os leitores: “Se você está lendo isto porque acha que pode ser um [um meio-sangue], meu conselho é o seguinte: feche este livro agora mesmo”. A parte inicial também conta com uma apresentação da personagem principal, e só depois disso ele começa a contar sobre uma excursão da escola, onde a história começa, de fato. Já na história em quadrinhos, não há nenhuma explicação nem apresentação feita pelo personagem. A narrativa já se inicia na excursão da escola, onde Jackson sofre um ataque e descobre que é um semideus. A adaptação cinematográfica não é nem a apresentação, nem a excursão da escola. O filme inicia-se com uma conversa entre Zeus e Poseidon, na qual o deus dos deuses acusa Percy de ter roubado seu raio-mestre. Depois disso, há uma conversa entre o protagonista e seu amigo Grover e outras coisas normais, e só depois a excursão.

É possível escrever páginas e páginas com as diferenças entre as obras e de diferentes gêneros com a mesma origem, mas a conclusão vai ser sempre a seguinte: nenhuma obra será igual à outra, não importa o quão fiel pareça. Adaptações são muito comuns e têm seus méritos, mas é recomendável, sempre, a leitura da obra original. A experiência, mesmo que por curiosidade, é enriquecedora e surpreendente.

Stephanie Hie Akamine 1 ALENTI - 2012

Bibiografia:

RIORDAN, Rick. O ladrão de raios. Tradução de Ricardo Gouveia. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2008.

RIORDAN, Rick. The Lightning Thief. New York: Disney – Hyperion Books, 2005.

VENDITTI, Robert. O ladrão de raios: graphic novel / Rick Riordan [adaptação de Robert Venditti; ilustração: Attila Futaki (arte), José Vilarrubia (cor), Orpheus Collar (layouts), Chris Dickey (lettering)]. Rio de Janeiro: Intrínceca, 2011.

PERCY JACKSON E OS OLIMPIANOS: O LADRÃO DE RAIOS (filme). Chris Columbus, Craig Tiley, 2010. 118min.