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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
DEPRESSÃO NA FAMÍLIA
MÁRCIA REGINA DE MORAIS ALMEIDA
ORIENTADORA MARIA DA CONCEIÇÃO MAGGIONI POPPE
RIO DE JANEIRO JULHO/2009
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
DEPRESSÃO NA FAMÍLIA
MÁRCIA REGINA DE MORAIS ALMEIDA
Trabalho monográfico apresentado como requisito parcial para obtenção do Grau de Especialista em Saúde da Familiar.
RIO DE JANEIRO JULHO/2009
3
AGRADECIMENTOS
A Deus, Supremo Mestre e Senhor, a quem devo o que sou e o que serei no tempo e na eternidade. À professora Maria da Conceição Maggioni Poppe, orientadora da monografia, ao corpo docente do Instituto A Vez do Mestre, aos meus familiares e colegas que contribuíram para a realização desse trabalho.
4
DEDICATÓRIA
A o meu querido esposo Jean Carlos por toda a paciência, aos meus lindos filhos João Pedro e Maria Eduarda pelas alegrias e distrações, familiares e aos
amigos.
5
RESUMO
O presente trabalho busca examinar o papel da família no tratamento da Depressão, que é considerada atualmente um dos principais transtornos de nossa época, será analisada a importância da família no processo de diagnostico e no tratamento do individuo com depressão, agindo em conjunto com os profissionais de saúde para o sucesso do tratamento. Esse trabalho foi dividido em três capítulos, onde será tratado o que é a depressão, o que é a família e a importância da saúde da família e de seu suporte para a melhora do paciente.
6
METODOLOGIA
O trabalho apresentado desenvolveu-se através de pesquisa
bibliográfica e descritiva, cujo objetivo principal é a descrição das
características de uma determinada população ou fenômeno, estabelecendo as
relações entre as variáveis, tendo como características mais significativas a
utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados. A pesquisa ocorreu na
cidade de Brasília/DF, no ano de 2008 com profissionais da área de saúde,
psicólogos, que foram escolhidos aleatoriamente.
Para a obtenção dos dados realizou-se entrevistas com os
profissionais – psicólogos - que atendem pacientes com histórico de
depressão. Na entrevista aplicou-se um questionário contendo perguntas
relacionadas à dinâmica familiar, depressão e tratamento. A análise dos dados
ocorreu buscando as categorias temáticas e subcategorias essenciais para
este trabalho. Além de uma vasta pesquisa bibliográfica dos principais
estudiosos da área os quais afirmam ser primordial a participação da família
durante todo o processo de diagnóstico, tratamento e recuperação do paciente,
pois segundo os mesmos a depressão de um membro da família desestrutura
todos os demais membros da mesma por modificar toda a estrutura familiar.
Segundo Minuchii está estrutura “é o conjunto invisível de
exigências funcionais que organiza as maneiras pelas quais os membros da
família interagem [...] sendo a família um sistema que opera através de padrões
transacionais que estabelecem padrões de como, quando e com quem se
relacionar e estes padrões reforçam o sistema”, sendo assim quando o
individuo doente rompe com essa estrutura existente em seu núcleo todos os
demais sofrem, surgindo a necessidade do tratamento adequado para o
individuo e sua família quando necessário.
O individuo que se encontra deprimido necessita neste
momento de todo o apoio de seus familiares e um tratamento continuo até que
seja restabelecido.
7
SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................5
MEDOTOLOGIA..................................................................................................6
INTRODUÇÃO.....................................................................................................8
CAPITULO 1
O que é a Depressão.........................................................................................11
CAPÍTULO 2
Família...............................................................................................................16
CAPÍTULO 3
Saúde da família................................................................................................22
CONCLUSÃO....................................................................................................28
BIBLIOGRAFIA.................................................................................................31
ANEXO I............................................................................................................33
ANEXO II...........................................................................................................36
8
INTRODUÇÃO
O tema dessa monografia é a Depressão, considerada
atualmente um dos principais transtornos de nossa época. Depressão é um
estado anormal, em que o deprimido demonstra um sofrimento psicológico, com
interferências em sua vida social e familiar, independente de idade ou sexo.
O humor do deprimido é quase sempre de tristeza ou de
angústia, uma irritabilidade constante acompanhada freqüentemente de
ansiedade. Uma sensação de medo também pode estar presente, perda do
interesse por atividades que antes lhe eram agradável, alteração do sono,
alteração do apetite, perda do interesse sexual, sensação de abandono,
desesperança, também são sinais da depressão. Podendo o indivíduo
diagnosticado com depressão apresentar desleixo com a sua aparência física,
um estado de prostração, pessimismo e dores de cabeça e problemas
digestivos.
Como as pessoas são diferentes, esses sintomas variam. As
causas podem ter origem em fatores genéticos, histórico familiar,
medicamentoso, uso de drogas (incluindo álcool). Algumas situações de vida,
como stress, situação econômica, desemprego, rompimento de
relacionamentos afetivos, podem levar a uma fase depressiva. Assim como um
luto, a perda de alguém querido pode provocar também uma fase depressiva,
mas que com o passar do tempo e tratamento adequado, ameniza e permite ao
indivíduo voltar às suas atividades e ao convívio social.
O estado depressivo mais elevado pode gerar no deprimido
pensamento de inutilidade, culpa, pessimismo, e em seu estado mais grave
ocasionar idéias de suicídio. Nesse momento, é importante relembrar que o
indivíduo está doente, e que essa doença tem tratamento medicamentoso,
psicoterápico, ou os dois associados. Os indivíduos deprimidos por encontrar-
se em um estado de prostração e baixa auto-estima, não confiam que um
9
tratamento psicoterápico possa melhorar seu quadro, se recusando a ouvir uma
orientação familiar ou profissional. Nessa situação a família também é afetada,
causando sensações de frustração, culpa, raiva, incapacidade, etc.
Quanto mais a família conhecer sobre a depressão, mais fácil
fica a compreensão de que o comportamento do indivíduo são sintomas de uma
doença, evitando falsas interpretações sobre a personalidade do deprimido.
Essa atitude de compreensão conciliada com firmeza auxilia os familiares a não
gerarem reações agressivas ou raivosas diante da situação. À vontade de
ajudar das pessoas próximas ao deprimido, deve estar vinculada ao
entendimento do quadro depressivo. Algumas terapias, aconselhamentos
familiares, ou grupos de apoio, podem colaborar no entendimento dos aspectos
da depressão e numa comunicação mais eficaz. A família ou pessoas mais
próximas podem colaborar com o deprimido, procurando ter um relacionamento
normal, demonstrando afeição, respeito, oferecendo incentivos, elogios, e
atividades, não censurando o outro por seu comportamento depressivo,
devendo levar a sério comentários sobre pensamentos suicidas muito
freqüentes nos pacientes deprimidos.
Esse momento pode ser uma oportunidade para os familiares e
as pessoas mais próximas, chegarem a uma melhor compreensão das suas
próprias forças e fraquezas, e do que pode propiciar uma maior integração no
grupo formador da mesma. Junto com esses familiares e as pessoas mais
próximas e com o apoio de um profissional, a depressão vai sendo curada,
através de um processo mais adequado e menos sofrido, para o deprimido e
sua família.
A monografia encontra-se dividida em três capítulos.
No primeiro capítulo, enfatiza-se o que é a depressão?
Etiologia, sintomas, causas, suicídio, e tratamento.
No segundo capítulo abordou-se o conceito de família segundo
os principais autores pesquisados, qual a importância do relacionamento
10
familiar na depressão, quem é afetado na depressão, como a depressão afeta o
comportamento e os relacionamentos, como estabelecer estratégias para toda
a família e como o membro da família pode ajudar o seu ente deprimido.
O terceiro capítulo trata sobre a saúde da família e como o
individuo deprimido altera a estrutura e os relacionamentos da mesma.
11
“O mundo da gente está coberto pela neblina triste que sai de um lugar secreto da alma. Tudo fica sem sentido. A chegada da manhã é um sofrimento: como o dia é cumprido! O corpo se
arrasta, pedindo que as horas passem, que chegue logo a hora de dormir. Pena que todo adormecer seja seguido por um acordar. O deprimido deseja não acordar.
Rubem Alves.
Capitulo 1 - O que é a Depressão?
Segundo Knapp a depressão é um dos transtornos psiquiátricos
mais comuns, com distribuição universal, e constitui um grande problema de
saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o grau de
incapacitação devido aos transtornos depressivos é maior do que em outras
doenças crônicas e recorrentes, como hipertensão, diabetes melito, artrite ou
dor lombar crônica. Calcula-se que, até o ano de 2020, a depressão será a
segunda causa de incapacitação no mundo, atrás apenas da doença
coronariana isquêmica, não escolhe gênero, classe social, raça ou idade.
Porém, os especialistas entrevistados, apontam que 80% dos pacientes com
depressão são do sexo feminino e 20% do sexo masculino.
12
“a depressão é considerada atualmente um dos principais
transtornos de nossa época. Quando se pergunta como um
indivíduo desenvolve a depressão, não se pode pensar em uma
causa específica, pois como a maioria dos problemas humanos,
é mais adequado falar em multifatores que se inter-relacionam e
geram, como respostas, alguns comportamentos que o
indivíduo apresenta em seu meio. Sabe-se que a depressão
pode ser influenciada, na sua etiologia e manutenção, por
fatores biológico-genéticos, psicológicos e sociais”
(BAPTISTA, 2001)
As causas que desencadeiam um quadro depressivo podem ser
por fatores fisiológicos: desequilíbrio ou diminuição do nível de substancias
química (neurotransmissores: serotonina e noradrenalina) ou dos sinais que
estas transportam para o cérebro, outras doenças, o uso de certos
medicamentos e a ingestão excessiva de álcool ou drogas, podem também
contribuir para o desenvolvimento da doença da depressão. Já os fatores
sociais vão desde um divórcio, perda de um ente querido, dificuldades
financeiras, inicio de um novo emprego, doença na família, estresse no trabalho
entre outros.
Não existe apenas um tipo de depressão como é visto pelos
leigos em geral, mas sim vários níveis:
Depressão reativa: resultado de algum acontecimento
traumático ou de uma série de problemas que elevam o nível de estresse.
Depressão crônica: as pessoas vivenciam um tipo de estado
depressivo mais prolongado quando enfrentam continuas dificuldades em lidar
com o estresse, com a baixa auto-estima ou atitudes prejudiciais desenvolvidas
durante a infância.
Depressão endógena: está ligada a mudanças bioquímicas no
cérebro.
13
Depressão maníaca-depressiva: consiste em ciclos que
alternam mania e depressão, os episódios variam em duração e gravidade,
geralmente duram de poucas semanas a alguns meses.
Depressão secundária: associada a uma doença médica.
A pessoa acometida pela depressão apresenta no geral por
vários meses os seguintes sintomas, humor deprimido, a perda de interesse, de
prazer e de energia, o cansaço marcante após esforços leves. As limitações
impostas pela depressão, os sofrimentos que esta doença traz os custos sociais
e de saúde elevados, aliados ao fato de apenas uma pequena parcela das
pessoas acometidas pela depressão ter acesso ao diagnóstico e aos
tratamentos adequados, fazem com que este agravo à saúde se intensifique,
levando, muitas vezes, as pessoas a um estado de cronificação e incapacidade,
até o desmantelamento familiar.
“Os transtornos do humor constituem um grupo de condições
clínicas caracterizadas pela perda do senso de controle e uma
experiência subjetiva de grande sofrimento, podendo-se
observar perda de energia e interesse; humor deprimido;
diminuição do desejo em realizar tarefas que antes causavam
prazer (anedonia); problemas relacionados ao sono; perda de
energia ou fadiga constante; dificuldade de concentração e
diminuição na habilidade de pensar, além de dificuldades em
tomar decisões; perda de apetite; baixa auto-estima;
sentimentos de inutilidade ou culpa e pensamentos sobre morte
e suicídio. Todos esses sintomas acabam por comprometer a
vida social, profissional e interpessoal do indivíduo” (APA, 1994;
Kaplan e Sadock, 1993).
Na pesquisa realizada a maior parcela dos pacientes 78%
encontra-se na faixa etária dos 30 aos 39 anos, onde 45% possuem nível
superior completo, característica que nos leva a acreditar que o fator econômico
14
desse grupo e seu maior nível de escolaridade os beneficiem na busca de um
tratamento mais rápido e adequado.
15
A depressão está associada a uma incapacitação social
importante, assim como a uma grande utilização de serviços de saúde não
especializados, o que retarda o diagnóstico, curso, prognóstico, tratamento,
cura e/ou reabilitação do paciente. Nesse sentido, a depressão deve merecer
uma atenção maior da saúde pública. A falta de tratamento adequado e de
atenção à saúde nos estados depressivos tem evidenciado e refletido uma
conseqüência desastrosa no ambiente familiar, pois prejudica os
relacionamentos de forma qualitativa e quantitativa gerando um desequilíbrio e
desestabilização do grupo ao qual o deprimido encontra-se inserido, podendo
inclusive se não tratado levar o deprimido ao suicídio.
‘’O suicídio, fato que pode ocorrer em até 15% dos estados
depressivos, e a dependência de drogas encontram-se entre as
possíveis condições das depressões não tratadas.’’ (LAFER;
ALMEIDA, 2000).
16
“Quando conseguimos entender o quanto nossos atos impensados egoístas podem magoar quem amamos (e nos ama), estamos prestes a entender por que ainda não alcançamos a
felicidade plena de um relacionamento a dois ou em família.”
Lou de Oliver.
Capítulo 2 – Família
Algumas Características da Família
A família é considerada o primeiro núcleo socializador do
individuo, é ela responsável pela formação do individuo e sua inserção na
sociedade. Representa um grupo social primário que influencia e é influenciado
por outras pessoas e instituições, Rivière define a família como “estrutura social
básica, que se configura pelo entrejogo que constitui o modelo natural de
interação em grupo”, já segundo Soifer “a família é caracterizada por um núcleo
de pessoas que convivem em determinado lugar, durante um lapso de tempo
mais ou menos longo e que se acham unidas (ou não) por laços
consanguineos”, sendo assim cabe a esse núcleo nutrir e manter o controle,
posssibilitando segurança e satisfação de seus membros.
“Alguns teóricos, tal como Bowen (1978), consideram a marca
familiar tão determinante que o nível de autonomia individual
pode ser previsto muito cedo, mesmo na infância. Igualmente, o
curso da historia futura do individuo pode ser previsto à base do
nível de diferenciação dos pais e do clima emocional
predominante na família de origem [...] (ANDOLFI, cit.)
Atualmente as famílias têm passado por grandes mudanças,
principalmente influenciadas pelas transformações no mundo como o mercado
17
de trabalho, a economia, os avanços tecnológicos, as transformações políticas
e culturais.
A família brasileira tem se modificado drasticamente nas últimas
décadas, principalmente com a entrada da mulher no mercado de trabalho,
maior nível intelectual, liberação sexual, que culminou em novos modelos de
relações afetivas e de relacionamentos, onde o modelo antigo, casamento e
família padrão têm sido substituídos por relações abertas e independentes.
Segundo alguns autores, a família pode ser descrita como uma
junção de crenças nucleares, trazidas por seus progenitores, formando
premissas e diretrizes na gênese de regras que orientam a criança e/ou o
adolescente. A família é um grupo natural que através do tempo tem
desenvolvido padrões de interação.
“A estrutura familiar é constituída por esses padrões de
interação, que por sua vez governam o funcionamento dos
membros da própria família, delineando sua gama de
comportamentos e facilitando sua interação” (Minuchin e
Fishiman, 1990).
As famílias que apresentam resistência há mudanças
geralmente apresentam um maior grau de incidência de conflitos entre os
18
indivíduos que a compõe, pois no processo de crescimento, individualização e
diferenciação de um componente do grupo faz com que o mesmo sofra
retaliação dos demais para que ele se adéqüe novamente as regras vigentes do
grupo.
“[...] a família pode ser descrita como sendo um processo no
qual ocorre o desenvolvimento psicológico do indivíduo, de um
estado de fusão / indiferenciação para um estado de separação
/ individualização cada vez maior. Este ciclo é determinado não
apenas por estímulos biológicos e pela interação psicológica,
mas também por processos interativos no interior do sistema
familiar. Igualmente, o curso da história futura do indivíduo pode
ser prevista à base do clima emocional predominante na família
de origem (Andolfi, Angelo, Menghi e Nicolo-Corigliano, 1984).
Porém, segundo Baptista nem sempre a família é bastante
flexível para proporcionar este desenvolvimento, de acordo com as mudanças
das contingências que ocorrem em seu núcleo, por haver em seus membros
papéis já definidos e inflexíveis, o que vem por ocasionar em um dos indivíduos
do grupo as reações adversas que podem levá-lo ao quadro depressivo.
Toda a família é afetada quando um membro da família
encontra-se deprimido, pois com as mudanças no comportamento e humor do
individuo, torna-se difícil o processo de interação do grupo, o que acaba por
induzir o grupo familiar em seu todo a sofrer as conseqüências da doença e
conseqüentemente procurarem ajuda médica/terapeuta para o individuo que se
encontra doente.
A importância da família no processo de diagnóstico e no
tratamento do individuo com depressão, agindo em conjunto com os
profissionais de saúde para o sucesso do tratamento deve estar aberto para
que quando necessário, venham os seus demais membros a saírem do papel
de acompanhantes do doente e passem a condição de co-pacientes através da
realização de uma terapia da família, visto que em muitos casos para a cura do
19
paciente torna-se necessário a cura da família.
“A terapia familiar está fundamentada no fato de que o homem
não é um ser isolado. Ele é um membro ativo e reativo de
grupos sociais [...], o que experiência como real depende de
componentes tanto internos como externos” (Minuchin, 1982,
p.12).
Muitas vezes verifica-se que o problema está na adaptação do individuo depressivo as regras de seu núcleo familiar, onde atualmente principalmente nesse momento de novas reformulações no conceito de família não ficam claras para seus membros a importância da diferenciação dos níveis de autoridades que devem existir dentro do núcleo familiar, faltando aos indivíduos à aprendizagem de saber negociar em situações da vida no momento em que ele estiver em uma condição desigual de poder, seja no seu núcleo familiar ou externo.
No momento em que o individuo recebe o apoio psicoterapêutico, faz uso quando necessário de antidepressivos, e concomitante recebe o apoio de seus familiares o processo para sua recuperação torna-se mais efetivo e eficiente.
Segundo os psicólogos entrevistados, a maioria dos pacientes78% não resiste em realizarem a terapia, daí a importância de seus familiares acompanharem quando necessário e incentivá-los a prosseguir com o tratamento.
20
Entre as diversas abordagens terapêuticas, a mais trabalhadana pesquisa para o tratamento da depressão foi à cognitiva comportamental (56%), seguida pela psicanálise (11%) e o psicodrama (11%).
“A terapia cognitiva comportamental é uma abordagem estruturada, diretiva, ativa, de prazo limitado, usada para tratar uma variedade de transtornos psiquiátricos [...]. Ela sefundamenta na racionalidade teórica subjacente de que o afeto e o comportamento de um indivíduo são em grande parte determinado pelo modo como ele estrutura o mundo” (Beck, 1967, 1976)
A terapia cognitiva comportamental busca trabalhar no
indivíduo as distorções cognitivas que o leva a conclusões equivocadas mesmo
quando sua percepção da situação está acurada, por isso na terapia busca-se
corrigir essas distorções do pensamento, trabalhando com o paciente para que
ele aprenda a identificar e modificar seus pensamentos automáticos, as
emoções provocadas por esses pensamentos, seu comportamento, além de
buscar novas alternativas mais funcionais, de pensar e ver o mundo,
construindo estratégias para enfrentamento e prevenção a recaídas. Dessa
forma o individuo passa a treinar e a modificar o seu comportamento diante de
novas situações que podem levá-lo a mais um momento depressivo.
21
Já o uso das medicações aumenta a concentração mental e
reduzem emoções dolorosos e/ou excitação fisiológica (apetite, sono), diminui o
pensamento distorcido ou irracional. Na pesquisa realizada os profissionais
afirmam que 56% dos pacientes por eles atendidos resistem ao uso de
medicação no tratamento.
22
Capítulo 3 – Saúde da família
A saúde física e emocional dos membros da família ocupa um
papel muito importante no funcionamento e na dinâmica familiar, uma vez que
as pessoas estão interconectadas e são dependentes umas das outras.
“[...] a família é um sistema ativo em constante transformação,
ou seja, um organismo complexo que se altera com o passar do
tempo para assegurar a continuidade e o crescimento
psicossocial de seus membros componentes [...]” (ANDOLFI et
al., 1984, p.18).
Ao ocorrer qualquer alteração de saúde em um desses
membros, todos os demais serão afetados, e a unidade familiar, como um todo,
sofrerá alterações, ou seja, a família influencia a saúde e bem-estar dos seus
membros, mas pode sofrer as influências da saúde, do bem-estar e do mal
estar dos seus membros. (BRASIL, 2001, p. 14-16). Identificar como é a vida
dos membros na família, que padrões de solidariedade se desenvolvem no
interior do universo familiar e como estes podem contribuir para o processo de
cuidado, cura ou recuperação de um de seus membros são fatores relevantes.
Diante de tais considerações, a família não pode ser vista
apenas como aquela que cumpre as ações determinadas por profissionais de
saúde. Ao reconhecer o papel da família em responder pela saúde de seus
membros, o profissional deve considerar as dúvidas, opiniões e atuação da
família na proposição de suas ações e promover o contexto familiar para
desencadear as mudanças e estratégias, propiciando seu encorajamento para
lidar com o seu familiar doente.
23
É fundamental a participação dos familiares durante o processo
de tratamento dos indivíduos diagnosticados depressivos, pois as fases de
instabilidade, caracterizadas por confusão e incerteza, marcam a passagem
para um novo equilíbrio funcional (Andolfi, cit.), sendo necessário ao grupo
como um todo uma maior tolerância e busca de um conhecimento mais
aprofundado em relação à doença, para isso torna-se fundamental um
acompanhamento médico psiquiátrico onde o paciente em boa parte dos casos
faz uso medicamentoso, concomitante a psicoterapia individual e/ou familiar
para que sejam tratados os problemas e sintomas que levaram ao individual a
depressão, além de trabalhar estratégias e comportamentos frente à depressão.
Fato comprovado pelos profissionais de saúde do Distrito Federal que
responderam ao questionário dessa pesquisa, ser de extrema importância o
tratamento médico com o uso de antidepressivos associada à psicoterapia.
24
As famílias tratadas pelos profissionais da saúde entrevistados
e que foram responsáveis pelo preenchimento dos questionários são formadas
de 56% do que consideramos família padrão (pai, mãe e filhos) e 44% de pais
divorciados. Os psicólogos afirmam que em 67% dos casos em que não existe
o apoio da família durante o tratamento ocorre o abandono por parte do
paciente.
Segundo os dados acima verifica-se como o suporte familiar ao
paciente é imprescindível para sua recuperação.
Os familiares devem encarar a depressão como uma doença e
livrar-se dos “pré-conceitos” que pairam sobre este problema, escutar o
paciente quando este procurá-lo, ficar atento as queixas, ouvir, ser
compreensivo, estar presente, observar se o paciente está comparecendo as
sessões e consultas, se está fazendo uso da medicação e incentivar mudanças
de hábitos (alimentação, exercícios físicos, vida social), motivá-lo por suas
melhoras diárias, aceitar e incentivar o tratamento e informar-se a respeito da
doença e seus sintomas, definir os papéis - não permitir que o familiar
depressivo se vitimize - entre outros e quando solicitado participar da terapia,
são atitudes que os familiares devem adquirir afim de ajudar no processo de
tratamento de seu familiar que se encontra deprimido
25
Em diversos estudos realizados verifica-se a interligação do
sucesso do tratamento do paciente e a participação familiar durante o processo,
pois com as informações corretas sobre a doença, seu tratamento, acolhida e
suporte emocional dos familiares e amigos é o caminho para a reabilitação do
paciente.
Pode-se definir o suporte familiar como o auxílio ou assistência
do grupo ao qual o paciente está inserido, como exemplo temos a valorização
das atitudes, conselhos, carinho, contatos físicos entre outros
26
O suporte familiar, segundo Parker (1979) pode dividir-se em
duas classes, de acordo com a relação familiar estabelecida entre seus
membros, pai, mãe e filhos, são elas:
a) a dimensão carinho versus rejeição e indiferença.
b) super proteção ou controle versus a permissão para a
autonomia.
O suporte familiar é considerado ótimo, quando existem no
grupo altos níveis de carinho e permissão para autonomia e independência,
deste modo o suporte familiar objetiva atenuar e equilibrar os eventos
estressantes que fogem da rotina de vida do paciente. Verificamos que existe
uma pré-disposição dos pacientes que não possuem este suporte familiar a
manter-se depressivo por um período maior que os que o possuem, pois
tendem há apresentar uma maior insatisfação em relação ao meio ao qual faz
parte, diferente dos outros que possuem um sentimento de bem-estar social.
“De acordo com Birtchnell (1988), uma das hipóteses mais
prováveis provindas da aprendizagem, sobre o suporte familiar
e a depressão, é que relacionamentos pobres na infância e
adolescência (pouco afeto provindo dos pais, estimulação,
comunicação etc.) contribuem de forma significativa para a
aquisição de personalidades vulneráveis, os quais auxiliam na
propensão para a depressão e modelos insatisfatórios de
relacionamentos” (BAPTISTA,cit.)
Podemos inferir diante dessa pesquisa que existe uma relação
entre o desenvolvimento da depressão maior em indivíduos que não obtiveram
um suporte familiar adequado de seus pais, seja pelos mesmos também
passarem ou já ter dito no passado um momento depressivo.
As mudanças sociais e, principalmente familiares, que estão
27
ocorrendo atualmente e o aumento das informações que o individuo lida
diariamente, principalmente com os meios de comunicação e a internet,
relações banalizadas, isolamento, economia, enfim, uma sociedade acelerada
contribui para o aumento e a prevalência da depressão. Claro que esses não
são os únicos fatores, mas devem-se levar mais a sério o papel que a família
desempenha na vida de toda a espécie humana.
28
Conclusão
Este tema despertou o meu interesse após verificar nos
atendimentos uma melhora acentuada nos pacientes que a família participava
de forma mais ativa ao tratamento, não se contentando apenas a medicação e
dando maior importância à psicoterapia para tratar a origem dos problemas, que
em sua maioria são emocionais. Cabe ressaltar que a depressão tem atingido
cada vez mais pessoas no mundo e que provavelmente será a doença do
século XXI que mais afastará as pessoas de sua vida social.
Daí verifica-se a importância de trabalhos e pesquisas desse
tema para uma maior divulgação dos seus sintomas, causa e tratamentos
disponíveis nos dias atuais, além de demonstrarmos que existe hoje tratamento
para os indivíduos acometidos por ela, e a importância da família para o
desenvolvimento desse processo.
A terapia dos indivíduos que se encontro acometidos pela
depressão deve ser difundido entre toda a sociedade visto que essa doença
nos dias atuais é a que mais tem crescido na sociedade e embora muitas vezes
as pessoas procurem um atendimento médico para sanar os sintomas físicos
decorrentes dela, tratam os sintomas, mas relegam as causas. Cabe também
uma maior interação entre os diversos segmentos da medicina para que o
paciente que venha apresentando sintomas depressivos seja encaminhado
para o psiquiatra e o psicólogo, afim de que ele tenha um atendimento e
entendimento do que está sofrendo.
O psicoterapeuta ao iniciar o contato com o seu paciente deve
também preocupar-se em desmistificar o seu papel e a forma de tratamento
adequado para o paciente, através de um diálogo aberto e um contato maior
com a família do paciente, afim de que sendo necessário para o
prosseguimento da terapia, possa contar com o apoio e participação efetiva da
29
família durante o tratamento.
Os familiares devem ser informados que no inicio de um
tratamento, geralmente é necessário a associação entre a terapia e a
medicação, pois possibilita uma melhora na concentração mental, reduz
emoções dolorosas e/ou excitação fisiológica, diminui os pensamentos
distorcidos ou irracionais, facilitando assim a psicoterapia. Em contrapartida
nota-se que com a realização da psicoterapia ocorre em pacientes que resistem
ao uso da medicação, uma maior aderência à medicação, pois a terapia ajuda
aos pacientes a melhor compreender e lidar com a doença, e facilita a retirada
da medicação quando desejado.
Os profissionais entrevistados citam a necessidade dos
familiares desenvolverem atitudes como saber escutar, encarar a depressão
como uma doença e se livrar dos preconceitos que pairam sobre esta ela,
ficarem atento as queixas, serem compreensivos, estarem presentes,
observarem se o paciente está comparecendo as sessões e consultas, se
realmente está fazendo uso da medicação, e principalmente incentivar
mudanças de hábitos (alimentação, exercícios físicos, vida social) do paciente.
Falta ainda hoje por parte dos representantes governamentais
uma estratégia e um serviço público de saúde que atendam todas as camadas
da sociedade, que em sua maioria por sua baixa escolaridade e rendimentos
financeiros escassos, não tem acesso a um tratamento adequado do seu
quadro depressivo. Dados esses comprovados nas diversas pesquisas e
estudos realizados nas últimas décadas e comprovada nos dados em anexo
sobre a condição financeira das pessoas que procuram tratamento em sua
grande maioria em clínicas particular. Além disso, devemos nos preocupar em
desmistificar a figura de que quem procura o atendimento psiquiátrico e realiza
a psicoterapia é “louco”, sendo isso possível através do atendimento para
todos.
Por fim cabe a nós profissionais da saúde desenvolver da
30
melhor forma possível o nosso trabalho, possibilitando uma melhor qualidade
de vida aos nossos pacientes e seus familiares.
31
Bibliografia
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Jurema A. Cunha. Porto Alegre : Artes Médicas
32
Minuchin, S. e Fishman, H.C. (1990). Técnicas de Terapia Familiar. Trad.
Claudine Kinsch e Maria Efigênia F. R. Maia. Porto Alegre: Artes Médicas.
Papp, Pegg. (1992). O Processo de Mudança: Uma Abordagem Prática à
Terapia Sistêmica da Família. Porto Alegre: Artes Médicas.
Pruett, K. D. (1995). Desenvolvimento da Família e os Papéis de Mães e Pais
na Criação dos Filhos In: M. Lewis Tratado de Psiquiatria da Infância e
Adolescência. Porto Alegre: Artes Médicas.
BAPTISTA, Makilim Nunes, BAPTISTA, Adriana Said Daher e DIAS, Rosana
Righetto. Estrutura e suporte familiar como fatores de risco na depressão de
adolescentes. Psicol. cienc. prof. [online]. jun. 2001, vol.21, no.2 [citado 21
Janeiro 2009], p.52-61. Disponível na World Wide Web: <http://pepsic.bvs-
psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932001000200007&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1414-9893.
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Anexo I
Questionário
Curso: Especialização Saúde da Família – Universidade Cândido Mendes
Aplicador (a): Márcia Regina de Morais Almeida
Prezado Psicólogo:
Gostaria de solicitar o preenchimento desse questionário visando a sua colaboração na coleta de dados referentes à pesquisa Depressão x Família, que busca analisar a importância do relacionamento familiar no tratamento da depressão.
1. Qual o sexo da maior parte de seus pacientes atendidos com sintomas ou diagnóstico de depressão (Cite um percentual aproximado):
( ) Masculino ___ ( ) Feminino ___
2. Existe uma faixa etária com maior incidência de depressão:
( ) Não.
( ) Sim. Qual?
( ) crianças (5 a 10 anos) ( ) de 30 a 39 anos
( ) adolescentes (11 a 16 anos) ( ) de 40 a 49 anos
( ) de 17 a 19 anos ( ) de 50 a 59 anos
( ) de 20 a 29 anos ( ) maior de 60 anos
3. Qual o nível de escolaridade predominante de seus pacientes:
( ) Ensino Fundamental incompleto ( ) Superior incompleto
( ) Ensino Fundamental completo ( ) Superior completo
( ) Ensino Médio incompleto ( ) Outros. Quais?_________________
( ) Ensino Médio completo
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4. Qual o nível de escolaridade dos progenitores da família (Caso de dependentes)?
4.1 Pai: 4.2 Mãe:
( ) Sem escolaridade ( ) Sem escolaridade
( ) 1º grau incompleto ( ) 1º grau incompleto ( ) 1º grau completo ( ) 1º grau completo ( ) 2º grau incompleto ( ) 2º grau incompleto ( ) 2º grau completo ( ) 2º grau completo ( ) 3º grau incompleto ( ) 3º grau incompleto
( ) 3º grau completo ( ) 3º grau completo ( ) Fez mestrado ou doutorado ( ) Fez mestrado ou doutorado
5. Qual a média salarial dos seus pacientes com depressão?
( ) menos de um salário mínimo ( ) de 6 a 10 salários mínimos
( ) de 1 a 2 salários mínimos ( ) Superior a 10 salários mínimos
( ) de 3 a 5 salários mínimos
6. O tratamento mais indicado para o individuo diagnosticado com depressão é:
( ) somente tratamento médico com uso de antidepressivos
( ) somente a psicoterapia
( ) tratamento médico com uso de antidepressivos e psicoterapia
7. A medicação é indicada para todos os pacientes que iniciam o tratamento contra a depressão? ( ) Não ( ) Sim.
8. Quando há indicação de psicoterapia, qual a abordagem terapêutica mais indicada? ___________________________________________________________________
9. A psicoterapia é indicada normalmente para:
( ) Somente o paciente (INDIVIDUAL)
( ) O paciente e o conjugue (CASAL)
( ) O paciente e um familiar (FAMILIAR)
( ) O paciente e outros. Quais __________________
10. Existe uma relação entre o sucesso do tratamento e o apoio familiar?
( ) Não ( ) Sim. Cite ___________________________________________
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11. Quando é solicitada a presença de familiares na terapia eles geralmente:
( ) Comparecem prontamente
( ) Resistem
( ) Não comparecem
12. Qual a estrutura das famílias de seus pacientes atendidos? ( ) Família padrão (pai e mãe) ( ) Pais divorciados ( ) Outros: ___________________________________________________________
13. Os pacientes diagnosticados com depressão resistem ao uso da medicação? ( ) Não. ( ) Sim. _________________________________________ 14. Os pacientes diagnosticados com depressão resistem à psicoterapia? ( ) Não. ( ) Sim. _________________________________________ 15. Existe relação entre o abandono ao tratamento e o apoio que o paciente recebe da família? ( ) Não ( ) Sim. __________________________ 16. Cite as atitudes que os familiares devem desenvolver para apoiar o tratamento de um familiar depressivo:____________________________________________________________
MUITO OBRIGADO POR SUA COLABORAÇÃO!
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Anexo II
Tabulação do Questionário aplicado
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16. Cite as atitudes que os familiares devem desenvolver para apoiar o tratamento de um familiar depressivo
• Encarar a depressão como uma doença e se livrar dos pré-conceitos que pairam sobre este problema.
• Escutar.
• Entender o que é a depressão.
• Informar-se o máximo possível sobre a doença.
• Ficar atento as queixas, ouvir, ser compreensivo, estar presente, observar se o paciente está comparecendo as sessões e consultas, se está fazendo uso da medicação e incentivar mudanças de hábitos (alimentação, exercícios físicos, vida social).
• Motivação.
• Aceitação do tratamento e informar-se a respeito da doença e seus sintomas.
• Definições dos papéis - não permitir que o familiar depressivo se vitimize - entre outros
• Colaborar e entender que a depressão é uma doença e não uma encenação do paciente.