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Deputado - Urantia-GAIA · 2018-10-20 · Cidadania, para que o Senado F ederal p ossa colab orar com b om e regular andamen to do pro cesso eleitoral de 2018. Essa e a justi ca c~

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9.1 Deputado Izal i Lu as lembra omiss~ao do TSE . . . . . 819.2 Smartmati , elei� ~oes na Venezuela e no Brasil . . . . . 839.3 Elei� ~oes, demo ra ia om ontagem de votos veri� �avel 849.4 As urnas eletr^oni as brasileiras n~ao tem Inmetro . . . . 869.5 Agrade imento a presen� a de todos . . . . . . . . . . . 8810 Voto em �edula de papel, 2018 8810.1 Lei do voto impresso em papel . . . . . . . . . . . . . . 8910.2 Elei� ~ao transparente e ontagem p�ubli a dos votos . . . 9010.3 Voto em �edula de papel e prote� ~ao militar do eleitor . 9210.4 Soberania da Na� ~ao e do povo Brasileiro unido . . . . . 93

iv

Debate sobre Urna Eletr^oni a e Voto Impresso emPapelComiss~ao de Constitui� ~ao, Cidadania e Justi� a

Senado Federal, 6 de mar� o de 2018

Trans ri� ~ao das falas noVideo da TV Senado1

1Internet: \https://www.youtube. om/wat h?v=XiMga6Cn8AM".

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Sum�ario1 Voto Impresso, Cidadania e Justi� a 11.1 Senador Lasier Martins - Comiss~ao de Constitui� ~ao . . 21.2 Voto impresso resolve d�uvidas sobre as urnas . . . . . . 21.3 Senador, pro urador, engenheiro e professores na mesa 41.4 Pro urador onta hist�oria do sistema eleitoral brasileiro 52 Comit^e Multidis iplinar Independente 112.1 Voto impresso e transpar^en ia na urna eletr^oni a . . . 152.2 Tribunal Eleitoral des umpre Lei do Voto Impresso . . 172.3 Mais de 400 mil urnas preparadas para impressora externa 182.4 TSE tinha verba para umprir a lei do voto impresso . 202.5 TSE exp~oe urnas brasileiras para venezuelanos . . . . . 223 Demo ra ia, voto impresso e soberania 243.1 Senador obra transpar^en ia do Judi i�ario . . . . . . . 273.2 TSE olo a em ris o a soberania na ional . . . . . . . . 284 Voto impresso, biometria, or� amento e lei 314.1 Biometria pode di� ultar auditoria . . . . . . . . . . . 344.2 Livro: \O Mito da Urna" e lei do voto impresso . . . . 384.3 Or� amento dispon��vel para voto impresso . . . . . . . . 414.4 Porque ADI do MP ontra a Lei do Voto Impresso? . . 425 O teste das urnas eletr^oni as 44ii

5.1 Fraude, desvio de votos e exposi� ~ao do eleitor . . . . . 475.2 Vota� ~ao transparente om materializa� ~ao do voto . . . 505.3 Transpar^en ia de uma elei� ~ao s�eria n~ao deveria ter pre� o 515.4 Testes provam poss��veis fraudes na elei� ~ao . . . . . . . 525.5 Direito idad~ao de voto impresso em 100% das urnas . 536 Felipe Gimenes - voz da P�atria Brasil 566.1 TSE, Gilmar Mendes, ometem rime de prevari a� ~ao . 576.2 Viola� ~ao da idadania, da legalidade e da Rep�ubli a . . 586.3 Tribunal Eleitoral usurpou Congresso Na ional . . . . . 606.4 Cidadania e respeito a es olha do povo . . . . . . . . . 617 Resposta evasiva do Pro urador 627.1 Prin ��pio fundamental da demo ra ia �e a transpar^en ia 627.2 Des umprimento da lei? Crime de prevari a� ~ao? Fraude? 657.3 Minist�erio P�ubli o deve defender a lei . . . . . . . . . . 667.4 Bia Ki is do Instituto Resgata Brasil . . . . . . . . . . 677.5 TSE des umpre a lei? Minist�erio P�ubli o se omite? . . 708 Den�un ia de rime ontra a demo ra ia 738.1 H�a uma onspira� ~ao ontra demo ra ia do Brasil . . . 748.2 Denun iamos o Tribunal Superior Eleitoral . . . . . . . 768.3 O Poder Judi i�ario n~ao est�a a ima da lei . . . . . . . . 788.4 Desobede er a lei olo a em ris o a demo ra ia . . . . . 809 Questionamentos �nais e agrade imentos 81iii

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4 1 VOTO IMPRESSO, CIDADANIA E JUSTIC�Adiante do \alto" usto da medida. O orre que a determina� ~ao legal foiimposta em 2015, e isso levanta a ne essidade de entender o porqu^eda atitude do �org~ao eleitoral em deixar essas tratativas em segundoplano no seu planejamento or� ament�ario anual.Portanto, a �m de dirimir essas e outras quest~oes, se faz ne ess�arioum debate nesta Comiss~ao de Constitui� ~ao, Justi� a e Cidadania, paraque o Senado Federal possa olaborar om o bom e regular andamentodo pro esso eleitoral de 2018.Essa �e a justi� a� ~ao que apresentamos no requerimento proto oladono dia 7 do re ente m^es de fevereiro, portanto h�a exatamente um m^es.

1.3 Senador, pro urador, engenheiro e professores na mesa(0:2:41) Senhoras e senhores, n�os onvidamos quatro personalidadespara este nosso debate, esta nossa audi^en ia p�ubli a.Antes de men ion�a-las, quero dizer que esta reuni~ao ser�a reali-zada em ar�ater interativo, om a possibilidade de parti ipa� ~ao po-pular. Dessa forma, os idad~aos que queiram en aminhar oment�ariosou perguntas podem faz^e-lo por meio do Portal e-Cidadania, no en-dere� o www.senado.leg.br/e idadania, ou ligando para o n�umero 0800-612211.N�os temos omo onvidados hoje - e j�a pe� o a �neza de se en ami-nharem �a mesa: Sr. Humberto Ja ques de Medeiros, Vi e-Pro urador-Geral Eleitoral, representado por Jos�e Jairo Gomes, Pro uradorRegional da Rep�ubli a. (Pausa.)Sra� Maria Apare ida da Ro ha Cortiz, advogada espe ialista empro essos eletr^oni os eleitorais, representada por Pedro Dourado deRezende, Professor de Ci^en ia da Computa� ~ao UnB. (Pausa.)Sr. Amil ar Brunazo Filho, engenheiro espe ializado emseguran� a de dados. (Pausa.)

11 Voto Impresso, Cidadania e Justi� a, Senado,2018Senado FederalAta da 4a� reuni~ao, extraordin�aria, daComiss~ao de Constitui� ~ao,Justi� a e Cidadania da 4a� Sess~ao Legislativa Ordin�aria da 55a� Le-gislatura, Realizada em 06 de mar� o de 2018, ter� a-feira, no SenadoFederal, anexo II, ala Senador Alexandre Costa, plen�ario No� 3.�As dez horas e quatorze minutos do dia seis de mar� o de doismil e dezoito, no Anexo II, Ala Senador Alexandre Costa, Plen�ariono� 3, sob a Presid^en ia do Senador Lasier Martins, re�une-se a Co-miss~ao de Constitui� ~ao, Justi� a e Cidadania om a presen� a dos Se-nadores Jo~ao Capiberibe, Simone Tebet. Usam da palavra os Senho-res: Deputado Federal Izal i Lu as; Felipe Mar elo Gimenez, Advo-gado; e Beatriz Ki is, Presidente do Instituto Resgata Brasil. Passa-se �a apre ia� ~ao da Pauta: Audi^en ia P�ubli a Interativa, atendendoao RQJ 3/2018, de autoria do Senador Lasier Martins. Finalidade:Debater a seguran� a do sistema eletr^oni o de vota� ~ao, bem omo aimplementa� ~ao do voto impresso nas elei� ~oes gerais de 2018, on-forme exig^en ia prevista na Lei no� 13.165, de 29 de setembro de2015. Parti ipantes: Sr. JOS�E JAIRO GOMES, Pro urador Regionalda Rep�ubli a (representante de: HUMBERTO JACQUES DE ME-DEIROS, Vi e-Pro urador-Geral Eleitoral (MPE)); Sr. AMILCARBRUNAZO FILHO, Engenheiro espe ializado em seguran� a de da-dos; Sr. DIEGO DE FREITAS ARANHA, Professor da UniversidadeEstadual de Campinas (Uni amp); e Sr. PEDRO DOURADO DEREZENDE, Professor de Ci^en ia da Computa� ~ao da Universidade deBras��lia (UnB) (representante de: MARIA APARECIDA DA ROCHACORTIZ, Advogada espe ialista em pro essos eletr^oni os eleitorais).Resultado: Audi^en ia P�ubli a realizada. Nada mais havendo a tra-tar, en erra-se a reuni~ao �as doze horas e vinte e seis minutos. Ap�osaprova� ~ao, a presente Ata ser�a assinada pelo Senhor Presidente e pu-

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2 1 VOTO IMPRESSO, CIDADANIA E JUSTIC�Abli ada no Di�ario do Senado Federal, juntamente om a ��ntegra dasnotas taquigr�a� as.1.1 Senador Lasier Martins - Comiss~ao de Constitui� ~aowww.youtube. om/wat h?v=XiMga6Cn8AMO SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Bom dia, senhoras e senhores, assessores,jornalistas, telespe tadores, ouvintes.Havendo n�umero regimental, de laro aberta a 4a� Reuni~ao, Extra-ordin�aria, da Comiss~ao de Constitui� ~ao, Justi� a e Cidadania da 4a�Sess~ao Legislativa Ordin�aria da 55a� Legislatura.A presente reuni~ao destina-se �a realiza� ~ao de audi^en ia p�ubli apara debater a seguran� a do sistema eletr^oni o de vota� ~ao bem omo a implementa� ~ao do voto impresso nas elei� ~oes gerais de2018, onforme exig^en ia prevista na Lei no� 13.165, de 29 de setembrode 2015, e de a ordo om o Requerimento no� 3, de 2018, CCJ, deini iativa deste Senador.1.2 D�uvidas sobre a urna eletr^oni a e ne essidade dovoto impressoAli�as, �z o requerimento apresentando omo justi� ativa o seguinte:(0:0:00) A urna eletr^oni a brasileira ome� ou a ser utilizada nad�e ada de 1990. Em seus 20 anos de exist^en ia, o Tribunal SuperiorEleitoral tem trabalhado num pro esso de evolu� ~ao desse me anismo,visando a seguran� a e garantia do sigilo do voto.Apesar desses esfor� os, �e re orrente a per ep� ~ao da popula� ~ao so-bre a efetiva inviolabilidade desse sistema de vota� ~ao, que, in lusive,n~ao foi bem re ep ionado por algumas demo ra ias mais antigas do1.2 Voto impresso resolve d�uvidas sobre as urnas 3

Figura 1: Senador Lasier Martins

mundo. De fato, nesse per��odo, n~ao foram pou os os epis�odios emque foram sus itadas d�uvidas sobre a redibilidade do nossosistema eleitoral, o que �e ruim para a nossa demo ra ia.Some-se a isso o relat�orio do Teste P�ubli o de Seguran� a do sis-tema eletr^oni o de vota� ~ao realizado em novembro de 2017, no qualo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou ter identi� ado falhasque permitiriam o a esso, por parte dos investigadores que �zeram oteste, a tr^es pontos importante da urna eletr^oni a que ser�a usada naspr�oximas elei� ~oes.Por �m, lembramos que o Congresso Na ional aprovou a Lei no�13.165, de 2015, a hamada \Mini reforma eleitoral", que traz entreseus dispositivos a obrigatoriedade da impress~ao do voto naselei� ~oes de 2018, omo mais uma garantia da lisura do pleito que seavizinha.No entanto, o TSE tem se pronun iado pela impossibilidade do umprimento integral da lei, sobretudo pela alegada falta de re ursos

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8 1 VOTO IMPRESSO, CIDADANIA E JUSTIC�A�e eletr^oni o, mas a ontagem dos votos l�a �e feita, sim, de maneiraeletr^oni a.Em outros pa��ses, omo Alemanha por exemplo, houve plebis itopara de�nir isso e rejeitaram o voto eletr^oni o por raz~oes ulturais. Aquest~ao at�e foi levada ao tribunal alem~ao, e o tribunal entendeu que�e um prin ��pio b�asi o da demo ra ia a quest~ao da possibilidade de o idad~ao saber, om transpar^en ia, omo o seu voto foi registrado.Existem v�arias te nologias para al�em do voto impresso. Existemoutras te nologias que, igualmente, resguardam o segredo do voto eque garantem tamb�em essa transpar^en ia. Ou seja, existe um sistema- talvez os olegas aqui da Mesa possam falar melhor sobre isso - emque o voto n~ao �e impresso, mas o sistema emite um �odigo om que o idad~ao pode, depois, veri� ar, onferir omo foi seu voto.Mas dizer que urna brasileira �e totalmente insegura a ho que �e umpou o de exagero, porque, na verdade, ela ont�em uma s�erie de si-tua� ~oes que, ao fun ionarem onjuntamente, garante a seguran� a daurna, garante a seguran� a do voto. Por exemplo, um dos instrumentosmuito signi� ativos, in lusive para a realiza� ~ao de auditoria, �e o ha-mado BU, o boletim de urna. Esse BU emite v�arias informa� ~oes ons-tantes da urna. Por exemplo, ele emite informa� ~oes sobre o n�umero devotantes naquela sess~ao eleitoral, ele informa o dia, a hora, a quanti-dade de pessoas que ompare eram, a quantidade de pessoas ausentes.Isso, por exemplo, permite que se fa� a auditoria. Uma auditoria dessetipo em um onjunto de sess~oes eleitorais a ho que pode, sim, revelaralguma situa� ~ao de irregularidade.Outro sistema que garante �e o sistema de vota� ~ao paralela, ou seja,antes do in�� io da vota� ~ao, no dia anterior, v�arias urnas s~ao aleatoria-mente es olhidas em sorteio, sorteio aleat�orio, e durante todo o dia davota� ~ao essas urnas s~ao re olhidas em diversos pontos da ir uns ri� ~aoeleitoral. Numa elei� ~ao omo a desse ano, por exemplo, elei� ~ao geral,em diversos Muni ��pios, diversas zonas eleitorais, essas urnas ser~ao1.4 Pro urador onta hist�oria do sistema eleitoral brasileiro 5Sr. Diego de Freitas Aranha, professor da UniversidadeEstadual de Campinas (Uni amp).Foi tamb�em onvidado, mas vir�a na pr�oxima ter� a-feira, o Presi-dente do Tribunal Superior Eleitoral, o Ministro Luiz Fux. Houvetratativas om este Presidente em exer �� io desta Comiss~ao e prin i-palmente om o Senador Antonio Anastasia, e o Ministro on�rmou apresen� a para a pr�oxima ter� a-feira, �as 10h.Dito isso, vamos adotar o seguinte rit�erio. Quero propor aos se-nhores o tempo de dez minutos, prorrog�aveis por mais in o, se en-tenderem ne ess�ario. Todos os nossos painelistas falar~ao primeiro e,depois, abriremos para perguntas.Queremos entender sobre essa des on�an� a que se generaliza a adam^es om rela� ~ao ao pro esso eletr^oni o e por que demo ra ias onsa-gradas no mundo inteiro n~ao adotaram um sistema id^enti o ao nosso.Por qu^e? Por que s�o Brasil prati amente? Por que a des on�an� a?Que meios existiriam para fraudar a urna eletr^oni a?En�m, queremos, ao �nal desta audi^en ia p�ubli a de hoje e oma omplementa� ~ao da pr�oxima ter� a-feira, nos onven er de que real-mente n~ao �e on��avel o sistema ou de que �e on��avel. E esta on lus~aovamos retirar dos depoimentos importantes dos nossos onvidados, ques~ao espe ialistas, s~ao autoridades no assunto.

1.4 Pro urador onta hist�oria do sistema eleitoral brasi-leiro(0:6:49) Para ome� ar, eu quero anun iar o Dr. Jos�e Jairo Gomes, Pro- urador Regional da Rep�ubli a, para que fa� a sua exposi� ~ao, transmita-nos o seu ponto de vista sobre as ausas desta audi^en ia p�ubli a.Dr. Jos�e Jairo, bom dia!Por favor.

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6 1 VOTO IMPRESSO, CIDADANIA E JUSTIC�A

Figura 2: Debate sobre seguran� a das urnas eletr^oni o(0:7:10) O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Bom dia, Senador! Bom diaa todos!Figura 3: Pro urador Jos�e Jairo Gomes

1.4 Pro urador onta hist�oria do sistema eleitoral brasileiro 7Essa quest~ao da impress~ao do voto �e algo que est�a no debate pol��ti o-eleitoral h�a algum tempo. Eu me lembro de que houve uma tentativa,em 2009, de se mudar o sistema, para a res entar a possibilidade dese imprimir o voto. Qual a raz~ao disso? A raz~ao disso est�a em umponto b�asi o, fundamental da ideia de demo ra ia, que �e a ideiade transpar^en ia, e na ideia antiga, no prin ��pio antigo que vemligado ao segredo do voto. Na verdade, o segredo do voto �e tamb�emuma garantia do idad~ao que exer e o sufr�agio, no sentido de que n~aohaja espa� o para que ele sofra press~oes externas no sentido de de�nirqual ser�a o seu voto.N�os t��nhamos um sistema prati amente manual, omo todos sabem,em que a Justi� a Eleitoral usava �edulas, e as pessoas, os idad~aosassinalavam as suas op� ~oes nas �edulas. Era um sistema bastante omplexo no sentido da apura� ~ao. A apura� ~ao demorava dias e diase havia tamb�em um pro edimento de ontesta� ~ao de eventuais di�- uldades ou impre is~oes no preen himento das �edulas. Depois, essesistema evoluiu para o sistema de urnas eletr^oni as. O Brasil adotouo sistema Dire t Re ording Ele troni voting ma hine, hamado deDRE.A te nologia da DRE permite a grava� ~ao eletr^oni a dos votos, masn~ao permite a realiza� ~ao de auditoria, ou seja, o software, o programaque estiver na urna pode ser auditado, mas veri� ar o voto, a orre� ~aodo voto, a higidez do voto e se o voto que foi registrado na urna �eexatamente aquele que o eleitor digitou ou depositou n~ao �e poss��velser feito.A onte e, por�em, Senador, que n~ao d�a para omparar o sistemabrasileiro om outros sistemas de outros pa��ses. Para ome� ar, h�apa��ses sobre os quais as pessoas dizem que n~ao h�a nenhum tipo deintermedia� ~ao eletr^oni as no voto, mas, na verdade, quando se vaiveri� ar, t^em sim uma intermedia� ~ao eletr^oni a no voto. Em algummomento do pro edimento de vota� ~ao ou de apura� ~ao, eles t^em. Sobreos Estados Unidos, por exemplo, j�a li v�arias vezes que o voto n~ao

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12 2 COMIT^E MULTIDISCIPLINAR INDEPENDENTE

Figura 5: Membros da mesa que debate urna eletr^oni aganizados espontaneamente na so iedade ivil, na forma de Comit^eMultidis iplinar Independente, do qual n�os tr^es que estamos nestaMesa omo onvidados fazemos parte, nos ouvia atentamente no gabi-nete em privado, mas durante as audi^en ias p�ubli as ele sempre negavaa nossa presen� a omo onvidado.Estou aqui em nome da advogada Maria Cortiz, que tamb�em fazparte do Comit^e Multidis iplinar Independente. A ho que me abe,neste momento, diante da manifesta� ~ao j�a exarada pela plateia, apre-sentar um pequeno ontradit�orio t�e ni o a respeito do que foi dito aquina abertura.Em rela� ~ao ao BU, �e um instrumento que serve para auditoria deuma etapa apenas do pro esso de vota� ~ao, que �e o de totaliza� ~ao, ondeos BUs que v^em das urnas eletr^oni as s~ao somados. O BU impressopela urna pode fazer a veri� a� ~ao de que a totaliza� ~ao est�a orreta,mas ele tem absolutamente nenhum efeito para veri� ar se o softwareest�a ontabilizando os votos que foram prati ados naquela urna or-retamente. Para isso, a auditoria eletr^oni a �e um jogo de gato e1.4 Pro urador onta hist�oria do sistema eleitoral brasileiro 9bus adas nesses lo ais e fun ionar~ao dentro de um sistema de vota� ~aoparalela, onde as pessoas a ompanhar~ao tamb�em a higidez daquelasurnas. Ou seja, o pr�oprio fato de o fun ionamento da urna n~ao ser emrede tamb�em �e uma garantia.Existem tamb�em outras haves em outras situa� ~oes que nos permi-tem a�rmar a seguran� a da urna. �E laro que, eventualmente, numasitua� ~ao determinada, ontrolada, espe ��� a, talvez algu�em, omo foianun iado in lusive pelo Senador que preside estes trabalhos, possa,en�m, quebrar a seguran� a ou ter a esso �a urna, mas isso a�� a onte- eria numa situa� ~ao t~ao espe ��� a e t~ao determinada que eu a reditoque, na pr�ati a, na realidade da vota� ~ao, n~ao seria poss��vel de o orrer.Pelo que eu tenho a ompanhado, in lusive l�a no TSE, nesses sistemasde seguran� a das urnas - porque existe um trabalho permanente que�e feito l�a sobre isso -, as ondi� ~oes em que essas irregularidades apa-re em s~ao t~ao espe ��� as que, na realidade de uma vota� ~ao on reta,a redito eu que elas n~ao seriam poss��veis de o orrer.Eu queria, Senador, para �nalizar minha interven� ~ao, dizer tamb�emo seguinte: j�a foi feito um estudo aqui no Senado, salvo engano em2009, quando se tentou introduzir o voto impresso no sistema pol��ti oeleitoral brasileiro, e a on lus~ao foi de que o voto impresso inviabili-zaria ou pelo menos deformaria os tempos e os prazos de se realizaremas elei� ~oes, porque demandaria um tempo ainda de impress~ao de votoque exigira re on�gurar todas as se� ~oes eleitorais.Eu, parti ularmente, tenho para mim que o voto omo est�a hoje,eletr^oni o, �e uma evolu� ~ao de que o Brasil n~ao pode abrir m~ao. Oque n�os poder��amos dis utir s~ao outras formas talvez de se garantir aoeleitor, ao idad~ao o a esso �aquilo que ele efetivamente fez. A reditoque existem te nologias eletr^oni as tamb�em que d~ao essa garantia.A ho que �e um tema muito importante para a idadania e para ademo ra ia.Muito obrigado.

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10 1 VOTO IMPRESSO, CIDADANIA E JUSTIC�APro urador Felipe Mar elo GimenezRepresentante da P�atria Brasil

(0:16:25) O SR. FELIPE MARCELO GIMENEZ (Fora do mi rofone.)- Senador Lasier, quem vai fazer a ontradita jur��di a dessa fala? Por-que a Mesa s�o est�a omposta por t�e ni os de TI. Quem vai ontraditaro Pro urador juridi amente? Porque a fala dele deve ser ontraditadajuridi amente.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Como �e o seu nome?O SR. FELIPE MARCELO GIMENEZ (Fora do mi rofone.) - Eu souFelipe Mar elo Gimenez, sou Pro urador do Estado de Mato Grossodo Sul, estou aqui representando a Asso ia� ~ao P�atria Brasil.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Est�a bem.Eu devo lhe dizer que n�os n~ao �s alizamos, n~ao pro uramos aus ul-tar qual era a posi� ~ao de ada um dos integrantes. Foram onvidados omo espe ialistas.O SR. FELIPE MARCELO GIMENEZ (Fora do mi rofone.) - Masele pre isa ser ontraditado.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Perfeito, perfeito; admito, at�e porque, omo proponente desta audi^en ia p�ubli a, eu sou um dos maiores in-teressados em ver quem tem raz~ao.Vamos ombinar o seguinte: depois que todos se manifestarem, euvou lhe on eder a palavra por breves instantes.(Manifesta� ~ao da plateia.) (Palmas.)

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Figura 4: Pro urador Felipe Mar elo Gimenez2 Professor Pedro Rezende do Comit^e Multi-dis iplinar Independente(0:17:20) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - Vamos seguir ouvindo nossos onvidados.Anun io a seguir Pedro Dourado de Rezende, Professor de Ci^en iada Computa� ~ao da UnB.Bom dia, Prof. Pedro.(0:17:38) O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE -Bom dia, Senador. �E um prazer e uma honra estar aqui nesta Mesa a onvite de V. Exa�.Digo ao senhor e �a audi^en ia que aguardei por este momento pormais de 15 anos. Na �epo a em que esta Comiss~ao era dirigida peloSenador Dem�ostenes Torres, ele nos re ebia omo espe ialistas, or-

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16 2 COMIT^E MULTIDISCIPLINAR INDEPENDENTE�e quando ele vai agir. Um software que �e inserido na urna por v�ariosmeios poss��veis - que meus olegas v~ao poder expli ar quais s~ao emseguida - vai primeiro testar, veri� ar se ele est�a sendo observado numteste ou se ele est�a numa elei� ~ao verdadeira e s�o vai fazer o que elefoi preparado para fazer de trapa� a se ele per eber que n~ao est�a sendotestado.Ora, om identi� a� ~ao biom�etri a, o teste de vota� ~ao paralela temque simular eleitores de uma se� ~ao eleitoral verdadeira no dia daelei� ~ao, portanto, nenhum dos que v~ao pressionar o bot~ao para in-serir votos no teste vai ser identi� ado orretamente pela biometria.Neste aso a urna que tem identi� a� ~ao biom�etri a vai dar 100% defalha de identi� a� ~ao biom�etri a durante o teste. �E laro que umalinha de programa apenas �e su� iente para dete tar que o softwaretrapa eiro est�a sendo submetido a um teste nesse momento e ele vai� ar quietinho, n~ao vai fazer a trapa� a. Entender isso omo um testede seguran� a �e tentar enganar o eleitor que tem alguma apa idadede ra io ��nio. �E uma afronta do ponto de vista t�e ni o ontinuar in-sistindo que o teste de vota� ~ao paralela ontinua sendo um me anismode auditoria.Continuando: minha fun� ~ao basi amente �e relatar o que houve emrela� ~ao ao pro esso de umprir a lei que exige o voto impresso omoum me anismo de veri� a� ~ao pelo eleitor de omo o seu voto pode ser ontabilizado.A lei foi aprovada em 2015, e a primeira ini iativa da Justi� a Elei-toral para umprir a lei a partir da�� foi um ontrato sem li ita� ~aopara uma entidade sem �ns lu rativos hamada Flextroni s fazer ummodelo de vota� ~ao eletr^oni a om voto impresso, um ontrato de R$7milh~oes, que foi umprido �a ris a pela empresa ou pela entidade e queproduziu, onforme espe i� ado no ontrato, 30 prot�otipos de umaurna que imprimiria votos, Mas, ao pre� o de R$3,7 mil ada novaurna, um desperd�� io totalmente desne ess�ario, que s�o faria sentidose a impressora fosse fazer parte do sistema de vota� ~ao omo um dis-

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Figura 6: Professor Pedro Dourado Rezende

rato que quem entra para �s alizar j�a sabe que est�a perdido, porqueo software que vai na urna para fazer trapa� a sabe omo veri� ar seele est�a sendo �s alizado ou se ele est�a ali numa elei� ~ao verdadeira eele, em podendo alterar a soma dos votos omputados naquela urna,vai apagar o rastro da sua . . . (Pausa.)(0:19:47) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - Eu estou sendo questionadoporque �e do Regimento n~ao apresentar artazes. N�os sabemos queas posi� ~oes est~ao aqui tomadas, mas n~ao pre isa ser de forma osten-siva, que pode inibir, pode pressionar, pode oagir. Ent~ao, por umaquest~ao de edu a� ~ao pol��ti a, vamos respeitar os palestrantes porque,se estiverem sob a mira de um artaz . . . Fi a inadequado.(Manifesta� ~ao da plateia.)O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo- ra ia Progressista/PSD - RS) - Perfeito. Eu quero um voto de on-�an� a por ter proposto esta audi^en ia p�ubli a justamente em raz~ao da

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Figura 7: Cidad~aos brasileiros presentes no debate

pol^emi a que est�a riada e que n�os haveremos de desfazer, se n~ao de�-nitivamente, deveremos en aminhar uma tend^en ia om esta reuni~aode hoje, porque ertamente aqui, neste audit�orio, nesta sala, temospessoas de diferentes posi� ~oes. N~ao vamos deixar que umas se sobre-ponham �as outras, de uma maneira mais ostensiva do que os outros,para que haja demo rati amente o mesmo lima para todos. Ent~ao,vamos pro eder assim: n�os n~ao temos aqui parti pris2. N�os estamosaqui para obter es lare imentos.Siga, Professor.2Do fran ^es parti pris, signi� a \opini~ao pre on ebida; pre on eito" (Di ion�arioda L��ngua Portuguesa)

2.1 Voto impresso e transpar^en ia na urna eletr^oni a 152.1 Sem voto impresso n~ao h�a transpar^en ia na urnaeletr^oni a(0:21:10) O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE -Obrigado.Gostaria de omentar que talvez o mais lament�avel nesse epis�odiotrazido pela interrup� ~ao, em vez da presen� a dos artazes, seja aaus^en ia dos olegas do Senador.(Manifesta� ~ao da plateia.) (Palmas.)O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Apenas oSenador Capiberibe est�a presente nesta audi^en ia. Eu entendo que oSenador fez a sua parte, orajosamente onvo ando esta audi^en ia enos dando a palavra.Ent~ao, ontinuando, o BU serve apenas para veri� ar . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Quero apenas lhe informar que, omon�os temos televisionamento, mais r�adio e mais a imprensa presente, apubli idade do que estamos dis utindo vai a onte er.O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Certo. Oque lamento �e a impossibilidade de dialogar om os Senadores quedefendem a posi� ~ao ontr�aria que a gente est�a trazendo aqui.Bem, ontinuando: o BU �e um elemento que serve para fazer audi-toria em uma parte apenas do pro esso.Em rela� ~ao �a vota� ~ao paralela omo teste de seguran� a, a partir domomento em que foi introduzida a identi� a� ~ao biom�etri a, Senador,ela se tornou absolutamente in�o ua para esse prop�osito porque, umavez . . . O senhor j�a per ebeu omo �e que os batedores de arteira ope-ram? Eles s�o v~ao meter a m~ao na arteira quando o dono da arteiran~ao est�a prestando aten� ~ao. Ent~ao ele tem que observar a v��tima paraver se ela est�a atenta ao que ele est�a fazendo. Se ela n~ao estiver atenta

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20 2 COMIT^E MULTIDISCIPLINAR INDEPENDENTEO SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Olha, para mim pelo menos, o senhorest�a dizendo uma novidade. Ent~ao j�a h�a 400 mil urnas prontas, aptasao voto impresso?O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - N~ao, n~ao. [Aptas℄ a re ebero m�odulo impressor externo, sim.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - N~ao teria que haver maior gasto omelas?O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - N~ao, senhor.O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - N~ao. Teriaque haver, prin ipalmente, desenvolvimento de software por ter eirospara poder fazer uma impressora de votos fun ionar om esse sistemade vota� ~ao.2.4 TSE tinha verba para umprir a lei do voto impresso(0:30:20) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - E o senhor a ha que o gastoseria muito grande ao preparar esse novo software?O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Olha, em2002, quem preparou o software foi a pr�opria Inform�ati a do TSE. Eless�o ompraram impressoras, porque o software que j�a estava na urnaj�a tinha toda a l�ogi a e a infraestrutura ne ess�arias para dialogar omuma impressora, que �e a impressora que sempre esteve na urna paraimprimir BU. S�o pre isava dupli ar aquela forma de interagir om odispositivo para agora falar - o sistema - om uma segunda impressoraque imprimiria ada voto.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - O senhor diria, ent~ao, que essa vers~ao

2.2 Tribunal Eleitoral des umpre Lei do Voto Impresso 17positivo desa oplado da urna, que teria que ser integrada ao sistemade vota� ~ao por um me anismo de omuni a� ~ao que podia ser inter- eptado por eleitores, ao passo que, em 2002, quando a lei pre isouser umprida, a solu� ~ao mais �obvia e simples foi a de a oplar a urna�si amente �a impressora, one tando �si amente, de forma el�etri a, aimpressora �a urna, para que n~ao fosse ne ess�ario repli ar todo o sis-tema de ontabilidade de votos e de prote� ~ao eletr^oni a que a urnaj�a tem para essa impressora. Tanto �e assim que a urna atual, semimpress~ao do voto, j�a tem uma impressora que faz parte da urna, queimprime o BU. Todas elas t^em. Ent~ao o sistema de software da urnaj�a est�a preparado para dialogar om uma impressora, n~ao �e ne ess�ario ontratar uma empresa para desenvolver toda uma repli a� ~ao do sis-tema da urna a pretexto de pre isar imprimir o voto. E foi essa asolu� ~ao que foi en omendada em 2017.

2.2 Tribunal Superior Eleitoral des umpre Lei do VotoImpresso(0:26:44) O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO (Fora do mi rofone.)- Dois mil e dezesseis.O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Em 2016,est�a me orrigindo aqui o Dr. Amil ar.Quando foram entregues os prot�otipos, houve uma audi^en ia naC^amara, se n~ao me engano, em que foi levantada a quest~ao de que,em 2009, quando a lei que exigia o voto impresso vigia, foi ontratadaa ompra de 150 mil urnas que n~ao previam a in lus~ao da impressorado voto. O TSE foi questionado por que ele n~ao estava um-prindo a lei que exigia a impress~ao do voto na ompra de 150mil urnas, e a resposta que o TSE deu, atrav�es de um omuni ado o�- ial, Comuni ado no� 10 daquele ano, foi de que o modelo de urna queestava sendo li itado j�a vinha on�gurado para re eber um m�odulo

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18 2 COMIT^E MULTIDISCIPLINAR INDEPENDENTEde impress~ao de votos a opl�avel a ele e que, portanto, quando fosse o aso, seriam ompradas as impressoras omo um dispositivo adi ionalque seria a oplado �a urna.Bem, ent~ao, quando isso foi trazido �a tona agora em 2017, o TSEsimplesmente ignorou que havia gasto 7 milh~oes om um modelo ar��s-simo e desne ess�ario e fez um edital que foi uma verdadeira afronta �asoberania na ional, porque um edital prati amente dirigido, pois fa-zia exig^en ias desne ess�arias para forne imento de venda asada dematerial - de papel in lusive - om ara ter��sti as desne ess�arias dedurabilidade, et ., e que foram de erta forma dire ionadas para quenenhuma empresa que fabri a simplesmente impressoras pudesse ga-nhar essa li ita� ~ao.2.3 Mais de 400 mil urnas preparadas para impressoraexterna(0:28:42) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - Como o senhor est�a entrandode rijo na quest~ao fundamental desta audi^en ia p�ubli a, que �e a partet�e ni a, ent~ao permita que eu lhe interrompa e fa� a uma ou duasperguntas.O senhor est�a dizendo que 150 mil urnas j�a est~ao preparadas paraa impress~ao, j�a est~ao a opladas a impressoras?(Soa a ampainha.)O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Caso a in-forma� ~ao forne ida pelo TSE na o asi~ao seja verdadeira.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Quantas urnas o Brasil tem? Vi outrodia, es rito num jornal, que seriam 600 mil urnas.O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - O Dr. Amil-

2.3 Mais de 400 mil urnas preparadas para impressora externa 19 ar �e a nossa en i lop�edia ambulante do Comit^e Multidis iplinar Inde-pendente. Em rela� ~ao a n�umeros e datas, ele �e a nossa fonte prin ipal.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Ent~ao, quantas urnas, Prof. Amil ar?

Figura 8: Senador, engenheiro e professor na mesaO SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Atualmente h�a em torno de600 mil urnas. Esse modelo que o Prof. Pedro Rezende itou, que �eo modelo de 2009 . . . Foram primeiramente ompradas 150 mil, mas,depois, omplementaram a li ita� ~ao . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Essas est~ao prontas?O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Est~ao prontas. H�a mais de400 mil dessas urnas.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Quantas?O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Mais de 400 mil.

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24 3 DEMOCRACIA, VOTO IMPRESSO E SOBERANIAO SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Mais tarde o senhor volta.Com a palavra . . .3 Demo ra ia, voto impresso, transpar^en ia esoberania na ional(0:35:16) A SRa� SIMONE TEBET (PMDB - MS) - Presidente . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Senadora Simone Tebet.A SRa� SIMONE TEBET (PMDB - MS. Pela ordem.) - V. Exa� mepermite? Hoje eu estou abusando - na CAE pedi para ser a primeira-, mas eu gostaria de dois minutos apenas, se V. Exa� me permitir,porque eu tenho de voltar para a CAE.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Pois n~ao, eu onhe� o o seu dilema, que�e o que enfrentamos todos os dias: atender dois ou tr^es ompromissosao mesmo tempo.A SRa� SIMONE TEBET (PMDB - MS) - E eu presido . . . N�os aprova-mos requerimento relativo �a obran� a das bagagens pelas ompanhiasa�ereas, e eu sou autora do requerimento. Ent~ao, eu e mais dois estamospresidindo na CAE.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Pe� o a V. Exa� que nos represente beml�a porque n�os pre isamos enfrentar mais essa.A SRa� SIMONE TEBET (PMDB - MS) - Estamos fazendo o poss��vel.�E apenas para parabenizar V. Exa� pelo requerimento, pela oragem,que lhe �e parti ular - eu o a ompanho, olega que sou, junto �a CCJ

2.4 TSE tinha verba para umprir a lei do voto impresso 21 orrente, de que o Tribunal teria que gastar em torno de R$2 bilh~oespara habilitar o voto impresso, n~ao pro ede?O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Isso �e posi� ~aode m�a vontade que en ontrou uma forma de inviabilizar o umpri-mento da lei, primeiro, om o argumento de falta de or� amento. Poruma ini iativa do pessoal que est�a aqui assistindo, da so iedade ivil,foi feito um aporte de emerg^en ia no Or� amento deste ano para su-prir o TSE om R$250 milh~oes adi ionais para ele poder fazer. . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Duzentos e inquenta milh~oes matariama quest~ao?O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Duzentose inquenta milh~oes foram in lu��dos no Or� amento emergen ialmentepara ontrapor o argumento de que o TSE n~ao tinha verba, n~ao tinha omo gastar tanto dinheiro para botar impressora em tantas urnas.O que a onte eu depois, no edital seguinte, deste ano, foi um on-trato de 62 milh~oes, que n~ao gastou nem um ter� o do or� amento queestava dispon��vel e que estava, digamos, heio de espe i� a� ~oes desne- ess�arias para umprir a fun� ~ao de imprimir votos.Eu n~ao sei se meu tempo j�a se esgotou . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - O senhor umpriu o prazo at�e aqui, maso senhor ser�a onvidado, interpelado, seguramente mais adiante sobreo tema.O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - O.k.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Muito obrigado por sua parti ipa� ~ao.

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22 2 COMIT^E MULTIDISCIPLINAR INDEPENDENTE2.5 TSE abre seguran� a riptogr�a� a das urnas brasilei-ras para venezuelanos(0:32:30) O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra- ia e Cidadania/PSB - AP) - Presidente, pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Senador Capiberibe, agrade emos suapresen� a, assim omo a da Senadora Simone Tebet.

Figura 9: Senador Jo~ao CapiberibeO SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP. Pela ordem.) - Prof. Pedro, eu estou deduzindo,a partir de suas palavras e do hist�ori o que eu onhe� o dessa lutapara tornar mais on��avel, digamos, a vota� ~ao . . . At�e porque n�os j�ativemos leis que introduziram o voto impresso, mas essas leis foram ontestadas e, agora, de novo.H�a uma resist^en ia? O TSE n~ao quer imprimir o voto. �E isso?O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Senador,2.5 TSE exp~oe urnas brasileiras para venezuelanos 23infelizmente, eu a ho que �e muito pior do que isso, porque o editalque foi feito a pretexto de umprir a lei, que ter eirizou prati amentetudo, basi amente abriu o ofre de seguran� a do sistema elei-toral brasileiro em tro a de um simples termo de sigilo, para queuma empresa estrangeira, que ganhou a li ita� ~ao, pudesse onhe ertodo o nosso sistema, in lusive o material riptogr�a� o, que �e, diga-mos, o ali er e do me anismo de prote� ~ao que a Justi� a Eleitoral alegater onstru��do no seu sistema. Fez isso para que essa empresa possadesenvolver um sistema de impress~ao do voto integrado ao sistemaque existe hoje para as urnas eletr^oni as, sendo que n~ao haveria ne-nhuma ne essidade de entregar o �odigo do sistema eleitoral para umaempresa que tem omo respons�aveis tr^es venezuelanos e umportugu^es, que n~ao t^em nenhum ompromisso om a legisla� ~ao bra-sileira, in lusive de umprir o tal termo de sigilo sobre o onte�udo domaterial dos sistemas que eles re eberiam a pretexto de desenvolver ovoto impresso. Isso, o que est�a no edital de li ita� ~ao para implementaro voto impresso este ano, a meu ver, �e um ato de trai� ~ao �a soberaniana ional.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - E esse edital n~ao foi ontestado porningu�em?O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Esse editalfoi ontestado pelo CMind em sete peti� ~oes ujas �opias est~ao nasminhas m~aos. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - O senhor pode ler os termos da on-testa� ~ao? �E muito longo?O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - N~ao, euvou ter que es olher alguns par�agrafos que s~ao mais ontundentes.Ent~ao, para a gente n~ao perder tempo, eu pe� o que o senhor adiantea audi^en ia antes de eu voltar a eles para atender o pedido.

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28 3 DEMOCRACIA, VOTO IMPRESSO E SOBERANIAa umpre? O Judi i�ario. Vo ^e, para tentar entrar, para bus ar umainforma� ~ao no Judi i�ario, tem que deixar o seu CPF, vo ^e . . . Primeiro,vo ^e tem de ser espe ialista em navega� ~ao para poder en ontrar ainforma� ~ao nos tribunais de Justi� a do Brasil, qualquer um, do Brasiltodo. O Judi i�ario brasileiro n~ao se v^e na obriga� ~ao de umprir a lei.Eles umprem as resolu� ~oes deles. Se eles baixarem uma resolu� ~aopara n~ao imprimir o voto, a abou: a�� s�o Deus tira.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Muito bem! Muito obrigado por suainterven� ~ao.Todos n�os estamos aqui om a mesma uriosidade de ouvir - evamos ouvir atentamente daqui a pou o - a palavra do nosso eminenterepresentante do Minist�erio P�ubli o.

3.2 TSE olo a em ris o a soberania na ional(0:41:06) O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Eulo alizei o par�agrafo, Senador, que o senhor soli itou que eu lesse.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - �E longo?O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - N~ao, s~ao in o linhas.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Ent~ao o senhor pode l^e-lo agora.O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - �E o seguinte.[. . . ℄Maria Apare ida Ro ha Cortiz, advogada ins rita na Se ional daOAB/SP [. . . ℄ , e Pedro Antonio Dourado de Rezende, professor deCi^en ia da Computa� ~ao da Universidade de Bras��lia (UnB) [. . . ℄, mem-

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Figura 10: Senadora Simone Tebet

-, de enfrentar esta que �e uma das quest~oes mais relevantes para ademo ra ia brasileira. E aqui eu n~ao quero saber de pre� o, eu n~aoquero saber se vai ustar 50 milh~oes ou 100 milh~oes, n�os temos dota� ~aoor� ament�aria e remanejamento para isso. At�e a ho que a Justi� a hojen~ao tem esse re urso dispon��vel, mas o Caixa �Uni o da Uni~ao tem, eo Congresso Na ional pode autorizar um remanejamento de re urso,a destina� ~ao desse re urso para a Justi� a. (Palmas.)Por que eu estou dizendo isso, Presidente? Eu n~ao vou entrar naquest~ao se eu tenho d�uvida em rela� ~ao �a seguran� a do voto eletr^oni o,n~ao vou entrar nesse m�erito, n~ao pensei muito sobre isso at�e agora- deveria ter pensado -, mas a grande realidade �e: a so iedade temd�uvida, prin ipalmente a so iedade dos Muni ��pios onde a disputa�e por um voto, de vereador, ou de vinte votos a mais ou a menospara um andidato a prefeito ou mesmo a governador, nas disputaspresiden iais extremamente apertadas, omo a que tivemos na elei� ~aopassada. Se a so iedade tem d�uvida . . . Nada �e mais representativopara a demo ra ia do que o voto. �E o voto que estabele e que o

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26 3 DEMOCRACIA, VOTO IMPRESSO E SOBERANIApovo tem o poder, e n�os apenas representamos esse poder. (Palmas.)�E �obvio que tudo ome� a por a��, o resto tem que esperar.Ent~ao, nesse sentido, por onta disso, sabendo que h�a dota� ~aoor� ament�aria poss��vel, sabendo que a popula� ~ao tem d�uvida em rela� ~ao�a quest~ao do voto, a ho que V. Exa� est�a orret��ssimo, tem realmenteque levar essa bandeira �a frente, utilizar o plen�ario do Senado om aajuda dos olegas Parlamentares para que n�os possamos sair, in lu-sive, om uma omiss~ao para ver omo resolver essa quest~ao e dar atranquilidade ao povo brasileiro de que o poder �e dele. Ele quer es o-lher os seus representantes e ele vai ter o representante que es olheu.Para o bem ou para o mal, �e livre a es olha dele, gerindo a sua vida eatendendo os seus interesses.Eu pe� o novamente des ulpas, Presidente, mas eu n~ao poderia dei-xar de vir aqui para parabenizar V. Exa� por este assunto, que �e damais alta relev^an ia. (Palmas.)O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Presidente . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - A sua ontribui� ~ao, Senadora Simone,j�a foi muito valiosa, om esse objetivo pronun iamento aqui. Foi exa-tamente pela d�uvida so ial que tomei a ini iativa de requerer estaaudi^en ia p�ubli a e fazer um pronun iamento da tribuna do Senado.Eu tamb�em tenho essa grande d�uvida, e n�os estamos diante de umadas elei� ~oes mais importantes da hist�oria do Brasil . . . (Palmas.). . . que ser~ao essas elei� ~oes de outubro. Se o povo tem ido �as ruas,se h�a um lamor jamais visto por moralidade na pol��ti a, por �eti a napol��ti a, por transforma� ~oes so iais, isso pre isa ome� ar pelas elei� ~oesde outubro. (Palmas.)Agora eu estou satisfeito om as palmas e pe� o que �quemos poraqui, sen~ao vira programa de audit�orio.

3.1 Senador obra transpar^en ia do Judi i�ario 273.1 Senador obra transpar^en ia do Judi i�ario(0:39:03) O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra- ia e Cidadania/PSB - AP) - Presidente . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Sim, Senador Capiberibe.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP. Pela ordem.) - Presidente, V. Exa�, na realidade,aprovou esta audi^en ia p�ubli a n~ao para tratar de legisla� ~ao, porque alegisla� ~ao . . . J�a umprimos a nossa parte: n�os aprovamos a legisla� ~aoestabele endo a impress~ao do voto.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Exato.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Agora, eu estou ansioso para ouvir o Dr. JairoGomes, Pro urador Regional, daqui a pou o, para saber o que o Mi-nist�erio P�ubli o est�a fazendo em rela� ~ao a essa de is~ao de des umpri-mento da lei. (Palmas.)Esta audi^en ia p�ubli a aiu do �eu, porque, se n�os n~ao nos movi-mentarmos politi amente, n~ao vai haver impress~ao do voto, porqueessa �e a de is~ao de um grupo muito fe hado que onsidera estar a imada lei.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Exato. At�e este momento . . .O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - O problema �e que o Judi i�ario brasileiro est�a a imada lei.Eu tenho uma lei - proposta minha aqui neste Senado, no CongressoNa ional - aprovada, que hoje est�a sendo umprida no Brasil todo,que �e a Lei Complementar 131, a Lei da Transpar^en ia. Quem n~ao

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32 4 VOTO IMPRESSO, BIOMETRIA, ORC�AMENTO E LEIe esse jogo de gato e rato, esse p^endulo, met�afora que �as vezes usa-mos, do voto impresso. Uma hora ele �e aprovado; outra �e reprovado;outra hora �e aprovado; outra �e reprovado. Vou falar um pou o sobreisso, tentando me ater ao seu pedido de falar da import^an ia do votoimpresso, omo �e no resto do mundo, omo se faz, se ele resolve oun~ao resolve o problema. E, depois, no aso mais pr�ati o, o que est�aa onte endo om a implanta� ~ao do voto impresso na elei� ~ao deste ano.Eu gostaria de ontestar algumas observa� ~oes feitas pelo Dr. Jos�eJairo Gomes. O Dr. Pedro j�a apresentou, ent~ao vou ser su into e vous�o to ar nos assuntos.O modelo da urna brasileira realmente �e omo ele disse o modeloDRE, o modelo de registro eletr^oni o do voto puro e simples. Esse mo-delo ome� ou a ser usado no mundo todo em 1991 em v�arios pa��ses;no Brasil, ome� ou em 1996. Holanda e �India ome� aram antes. Del�a para �a, esse modelo tem evolu��do. J�a existem modelos . . . Eu e oProf. Pedro, pelo CMind, j�a riamos a ideia de gera� ~oes de m�aquinasde votar. Essa m�aquina DRE �e a primeira gera� ~ao, porque foi a que ome� ou tudo. E, nos outros pa��ses, ome� aram a evoluir para se-gunda, ter eira, e j�a existe quarta gera� ~ao. O Dr Jos�e Jairo falou so-bre novas te nologias que entregam do umentos riptografados. Essa�e a quarta gera� ~ao, hamada te nologia end-two-end, mas ela impli ater materializa� ~ao do voto. Ou seja, nenhuma te nologia de segunda,ter eira e quarta gera� ~ao, que foram a evolu� ~ao do voto eletr^oni o,existe sem materializa� ~ao do voto. Todas t^em materializa� ~ao dovoto.Nos Estados Unidos, ali �e realmente uma federa� ~ao, mais de 40Estados dos 50 usam sistemas eletr^oni os om vota� ~ao. Ali eles usamo sistema do voto es aneado, a maior parte deles. Alguns om votoimpresso, outros om voto es aneado, mas, en�m, no mundo inteiro aevolu� ~ao sempre foi do voto manual . . . A maioria dos pa��ses ontinuano voto manual. Dos 200 pa��ses a�� que existem, 150 ontinuam omvoto manual.

3.2 TSE olo a em ris o a soberania na ional 29bros do Comit^e Multidis iplinar Independente, ente da so iedade ivil,v^em �a presen� a do egr�egio Tribunal de Contas da Uni~ao apresentar re-presenta� ~ao em fa e do Tribunal Superior Eleitoral para anula� ~ao daLi ita� ~ao 106, de 2017, apura� ~ao de responsabilidades e demais pro-vid^en ias para ressar imento ao er�ario p�ubli o de eventuais preju��zosgerados, onforme abaixo arti ulado.E o par�agrafo que ita o oment�ario que eu �z em resposta aoSenador Capiberibe �e o seguinte - Viola� ~ao e ris o �a seguran� a esoberania na ional, item 4.Certo �e, e onsta de forma expressa do edital, que haver�a om-partilhamento de informa� ~oes on�den iais, sens��veis �a segu-ran� a do pro esso de vota� ~ao, entre a empresa estrangeira e oTSE, para �ns de desenvolvimento, desne essariamente ter eirizado,da interfa e entre os equipamentos de vota� ~ao e os de impress~ao dosvotos. A seguran� a do pro esso de vota� ~ao em fa e de tal aberra� ~ao ontratual, na vis~ao inexpli avelmente ing^enua do TSE, estaria ga-rantida pelo mero e simples ompromisso dos respons�aveis envolvidos,�rmado atrav�es de um termo de sigilo. Esse termo de sigilo teria oefeito de vin ular �as leis brasileiras os seus signat�arios, mas, nesse aso,quem vai administrar o ons�or io das empresas ven edoras da li ita� ~aos~ao tr^es idad~aos venezuelanos e um portugu^es, que n~ao est~ao subme-tidos in totum3 �a legisla� ~ao na ional. Tem ada qual seu territ�oriode domi ��lio e na ionalidade distintos do nosso, o que, em sendo a in-ten� ~ao, os garante, por prin ��pios jurisdi ionais, imunidade em fa e atal ompromisso, a despeito de qualquer legisla� ~ao que lhes seja extra-territorial. Assim agindo na ilegalidade, o TSE olo a em ris oa soberania na ional, ao ompartilhar, om tais entes estrangeiros,informa� ~oes on�den iais do sistema de vota� ~ao usado em elei� ~oes o�- iais no Brasil, in lusive material riptogr�a� o que pode ser utilizadopara simular origem aut^enti a de programas que omp~oem tal sistema.3Do Latim in totum que signi� a no todo.

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30 3 DEMOCRACIA, VOTO IMPRESSO E SOBERANIAFa� o uma interrup� ~ao aqui, Senador, para omentar que o a esso aesse material riptogr�a� o foi negado aos espe ialistas que estiveramno TSE para desenvolver os testes de seguran� a, omo o Prof. Diegovai atestar na fala dele em seguida.Com esse material riptogr�a� o, programas \stealth" [ amu ados℄ apazes de, nas 95% das se� ~oes para as quais n~ao est�a prevista aimpress~ao de voto, fraudar per entualmente as vota� ~oes, de formaindete t�avel sob as regras atuais para �s aliza� ~ao externa [in lusive omo eu omentei em rela� ~ao a vota� ~ao paralela℄, os quais poderiam serante ipadamente onfe ionados e plantados �a sorrelfa para inser� ~aopor ter eiros, in lusive desavisados do ris o, omo se fossem programasleg��timos - pois passar~ao omo tal perante os dispositivos internos deautenti a� ~ao -, ao longo de qualquer dos pontos intermedi�arios das adeias de ust�odia dos omponentes do referido sistema, om o efeitonefasto de ontamin�a-lo para �ns in onfess�aveis. Com o agravante nofato de os entes ontratados para ustodiar esse material riptogr�a� on~ao terem v��n ulo ou obriga� ~ao om o Estado de direito na ional, oque ompromete o erne da nossa atual demo ra ia.Quando tentamos, om esse argumento, impugnar a li ita� ~ao, noargumento do TSE, os senhores n~ao v~ao a reditar. Para n�os do CMind(Comit^e Multidis iplinar Independente), est�a no edital, mas n~ao vaiser feito, n�os n~ao vamos entregar. Ent~ao por que est�a no edital?O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Perfeito.Obrigado, Prof. Dr. Pedro de Rezende.Pe� o que o senhor nos onsiga uma �opia dessa pe� a.

314 Voto impresso, biometria, or� amento e lei(0:45:16) Dr. Engenheiro Amil ar Brunazo Filho.Bom dia.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Bom dia.

Figura 11: Engenheiro Amil ar Brunazo FilhoPrimeiramente quero agrade er ao Senador Lasier Martins por estaoportunidade, esta ini iativa que ele teve muito oportuna, sempre a hooportuno esse assunto. J�a estive aqui nesta Casa, nesta sala, deba-tendo outras vezes essa quest~ao. Milito nessa quest~ao desde o anode 1999, quando fui trazido pelo Senador Roberto Requi~ao, naquelaoportunidade, para falar pela primeira vez sobre a transpar^en ia dopro esso eletr^oni o de vota� ~ao. Estive aqui algumas vezes onvidadopelo Senador Capiberibe, a quem agrade� o a presen� a, que muito mehonra.Ent~ao, vamos voltar a falar sobre esse assunto. Eu estou h�a 20anos brigando por mais transpar^en ia sobre o voto eletr^oni o,

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36 4 VOTO IMPRESSO, BIOMETRIA, ORC�AMENTO E LEIO SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Bom, mas tem o presidente, o se ret�ario,normalmente tr^es ou quatro integrantes na mesa.O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Senador, o fabri antedo me anismo de identi� a� ~ao biom�etri a garante que o equipamentoque ele forne e ao TSE est�a homologado para apresentar um��ndi e deerro de falso negativo de 1%. O pre� o do dispositivo �e propor ional aesse ��ndi e de erro. Muito bem. O que a onte eu na elei� ~ao brasileiraprimeira que teve biometria em 68 se� ~oes eleitorais e p^ode, mais doque isso, divulgar os resultados estat��sti os? Um ��ndi e de erro deidenti� a� ~ao biom�etri a de 7%. Em algumas se� ~oes eleitorais de Ala-goas e do Piau��, o ��ndi e de erro de identi� a� ~ao biom�etri a foi a imade 50%. Isso, Senador, �e ind�� io de fraude, segundo o fabri ante dodispositivo, porque o mes�ario est�a liberando vota� ~ao a ima dos errosque s~ao esperados para aquele dispositivo de identi� a� ~ao.Como o eleitor n~ao est�a preo upado om isso porque ele a ha que aidenti� a� ~ao biom�etri a �e sa rossanta, se houver ali um mes�ario mal-inten ionado, ele est�a sem a supervis~ao do eleitor e dos �s ais pelo queele est�a fazendo, a pretexto de que o dispositivo est�a dando erro todahora.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Ent~ao, diga-nos. N�os estamos diantede duas hip�oteses de fraude: uma que �e da urna e a outra que �e daidenti� a� ~ao biom�etri a?O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Como professor de segu-ran� a omputa ional, estou onven ido de que a identi� a� ~ao biom�etri a�e um avalo de Tr�oia para a seguran� a do sistema eleitoral, do pontode vista do eleitor que quer elei� ~ao limpa; do ponto de vista de quemquer ontrolar todo o pro esso entralizadamente, �e um me anismo deseguran� a.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra-

33Os que foram para o voto eletr^oni o, ome� aram indo para o votomodelo DRE, que �e o modelo brasileiro. Alguns abandonaram o mo-delo DRE, omo Holanda e Alemanha. Eles abandonaram e de lara-ram que era in onstitu ional, porque n~ao dava transpar^en ia, o eleitorn~ao podia onferir para quem foi gravado o seu voto. Outros migrarampara a segunda gera� ~ao, que �e a urna eletr^oni a om voto impresso. J�ah�a pa��ses na ter eira e j�a h�a pa��ses na quarta gera� ~ao, todos om votomaterializado. O �uni o pa��s que ainda est�a esta ionado na pri-meira gera� ~ao �e o Brasil, que ontinua om o modelo de primeiragera� ~ao de 1991. O resto dos pa��ses j�a o abandonou.Ent~ao, um argumento muito omum de quem �e ontra o voto im-presso �e dizer que ele �e um retro esso, que vai voltar para o votomanual. N~ao, ele n~ao �e igual ao voto manual, �e diferente, �e outra oisa, e �e uma evolu� ~ao. Eu desa�o a quem disser que o voto impresso�e um retro esso que me apresente um �uni o pa��s que evoluiu da urna om voto impresso para urna sem voto impresso, n~ao existe. (Palmas.)S�o existem dezenas de pa��ses que evolu��ram da urna sem votoimpresso para urna om voto impresso. Isso �e evolu� ~ao.Sobre a s�erie de defesas que existem no sistema eletr^oni o brasileiro,o Dr. Jos�e Jairo falou, por exemplo, do BU, e o Pedro j�a expli ou. OBU serve apenas para auditar a totaliza� ~ao, n~ao serve para auditar aurna.N�os estamos falando aqui ex lusivamente da urna eletr^oni a e n~aodo sistema eleitoral eletr^oni o todo. A totaliza� ~ao �e a segunda etapado pro esso de vota� ~ao. A primeira etapa �e a oleta do voto e aapura� ~ao dos votos, que hama boletim de urna; a segunda etapa �e atotaliza� ~ao. N~ao estamos falando da totaliza� ~ao, estamos falando daurna s�o. O BU n~ao serve para auditar o resultado que a urna apurou.

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34 4 VOTO IMPRESSO, BIOMETRIA, ORC�AMENTO E LEI4.1 Biometria pode di� ultar auditoria e violar segredodo votoA vota� ~ao paralela - o Pedro tamb�em j�a expli ou - paralela om urnabiom�etri a �e fa ��lima de ser burlada. Ela n~ao serve omo teste paraveri� ar se o software est�a ��ntegro. No �ultimo teste de veri� a� ~ao, queo Prof. Diego vai expli ar om mais detalhe, a primeira oisa a queeles tiveram a esso foi ao arquivo de log da urna. Eles onseguiramalterar o software da urna. Com o software alterado, eles onseguiammexer no arquivo de log da urna. Esse arquivo de log �e o arquivo queregistra os a onte imentos da urna: hora, minuto, a onte imento.Basta ter esse a esso que o Prof. Diego provou que �e poss��vel fa-zer, um software que a esse esse arquivo de log, e veri� ar: tem l�aa identi� a� ~ao biom�etri a re usada, ou seja, o eleitor n~ao foi identi�- ado om a pr�opria biometria, �e o aso da vota� ~ao paralela. No testede vota� ~ao paralela que o TSE faz, o eleitor n~ao �e identi� ado pelabiometria, porque o eleitor n~ao est�a l�a no TRE para fazer a vota� ~ao.O fun ion�ario do TRE que est�a l�a p~oe o dedo dele, �e rejeitado, di-gita uma senha, libera e vota. E � a registrado num arquivo de log.Ent~ao, basta o programa fraudulento veri� ar que no arquivo de loga libera� ~ao foi n~ao biom�etri a e n~ao faz a fraude. O teste de vota� ~aoparalela que �e um teste que existe por lei, a lei obriga ter teste devota� ~ao paralela, se tornou in�util om a urna biom�etri a. A urnabiom�etri a n~ao atende a lei que manda ter o teste de vota� ~aoparalela em ondi� ~oes normais de uso, porque a urna biom�etri an~ao permite fazer uma simula� ~ao em ondi� ~oes normais de uso, que �eidenti� ar o eleitor om o dedo dele mesmo. Essa dis uss~ao �e t�e ni a,mas a quest~ao �e de que a vota� ~ao paralela n~ao serve omo teste deintegridade do software.(0:52:02) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - A sua posi� ~ao �e de que a iden-ti� a� ~ao biom�etri a se presta para fraude?

4.1 Biometria pode di� ultar auditoria 35O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Ela se presta no sentido,se me permite, Senador, de que deixa o eleitor relaxado em rela� ~ao �aposi� ~ao e �a fun� ~ao dele de �s al do adastro. Porque, se ele a haque a identi� a� ~ao biom�etri a �e inven ��vel, ele n~ao vai se preo uparse na se� ~ao dele h�a algu�em votando por algu�em, quando toda identi-� a� ~ao biom�etri a, por ser probabil��sti a, �e pass��vel de erro e pre isater umme anismo de ba kup para permitir falsos negativos, falsa iden-ti� a� ~ao, n~ao violar o direito do eleitor de votar. Ent~ao, a senha queo mes�ario usa para liberar o voto ontinua l�a fun ionando. Por isso, omes�ario mal-inten ionado pode liberar o voto para gente que vai vo-tar em nome de outro, omo ele podia fazer antes, s�o que agora omo eleitor des ansado, a hando que n~ao h�a mais esse ris o, porque aidenti� a� ~ao biom�etri a vai dar resultado orreto, 100%.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Ent~ao, na biom�etri a ele n~ao apresentao t��tulo? E se ele mostra uma arteira om fotogra�a?O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Mas, se o mes�ario est�a omprometido om a fraude, ele vai ignorar que a identi� a� ~ao �e falsa.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Est�a bom, mas n�os temos de ter o mes�ario omprometido.O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - O que eu quis dizer �eque o eleitor deixa de ter o olho no mes�ario, porque ele a ha que am�a-f�e do mes�ario n~ao est�a mais na equa� ~ao, n~ao pode mais ser partede um pro esso de viola� ~ao do adastro.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Mas o mes�ario, muitas vezes, n~ao �e um,s~ao v�arios.O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Por se� ~ao eleitoral, �eum.

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40 4 VOTO IMPRESSO, BIOMETRIA, ORC�AMENTO E LEIem 2015. De l�a para �a, o TSE ontratou uma empresa, pagou umdinheiro sem on orr^en ia, para fazer um novo modelo de urna. N~aopre isava de um novo modelo de urna. J�a havia uma urna, e bastavaa oplar o m�odulo impressor. Essa impressora para voto basta ser umaimpressora omum, de mer ado. �E laro que ela tem de ter o jeitinho,tem de ser a oplada, tem de ter um visor. Ela pre isa ter um visor,para o eleitor ver o voto atrav�es do visor, porque a lei diz que o eleitortem de omparar um om outro. Ela tem esse visor a mais que osmodelos de mer ado, mas �e s�o isso. Ela n~ao pre isa ter grava� ~ao riptografada do voto digital, omo eles est~ao fazendo. Eles �zeramum edital super ompli ado, pedindo um monte de oisas que n~ao s~aone ess�arias na impressora, e �zeram a impressora ustar mais de R$2mil, nessa on orr^en ia que o Prof. Pedro itou.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Cada uma?O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Cada uma! Enquanto isso,no mer ado, impressoras �s ais, estas sim s~ao omplexas, porque asimpressoras �s ais t^em de ter mem�oria segura . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - N~ao houve on orr^en ia?O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Houve uma on orr^en ia, en-trou s�o uma empresa estrangeira, a Smartmati , e a outra empresabrasileira, que entrou para fantasia, s�o para �ngir que era uma on- orr^en ia. Ela �e uma empresa omer iante que s�o vende artigos deR$1,99.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Quer dizer que faltou seriedade por a��.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - E, quando a segunda empresafoi hamada para apresentar o prot�otipo, ela desistiu, falou: \N~aotenho ondi� ~oes de fazer." Ela nem o prot�otipo fez!

4.1 Biometria pode di� ultar auditoria 37 ia Progressista/PSD - RS) - Vamos dizer que a identi� a� ~ao biom�etri aseja honesta, ali adiante, pode haver a fraude na urna?O SR. PEDRODOURADO DE REZENDE - A identi� a� ~ao biom�etri a�e honesta, Senador, vai dar em torno de, em se� ~oes eleitorais om 300eleitores, 3 falsos negativos em m�edia por vota� ~ao. Esses v~ao ter queser liberados para votar pelo mes�ario. Se o mes�ario libera 200 om se-nha porque a identi� a� ~ao biom�etri a deu errado, isso �e um ind�� io deque ou a m�aquina est�a mal on�gurada ou a m�aquina est�a om defeitoou ele est�a agindo de forma desonesta na identi� a� ~ao do eleitor.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Como orrigir isso a essa altura, doutor?N�os estamos vendo milh~oes de pessoas em �la fazendo a identi� a� ~aobiom�etri a. Pelo menos nos tribunais do meu Estado tem a onte idoisso, �las e �las para fazerem a biometria.O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Senador, esse adastrode identi� a� ~ao biom�etri a vale ouro na guerra de informa� ~ao quea gente est�a vivendo hoje. No Senado, em 2013, na CCTI, eu fui onvidado para uma audi^en ia p�ubli a de um outro projeto de lei queintroduziria o voto impresso, de 2010, onde eu mostrei que o TSEestava fazendo a ordo de ompartilhamento desse adastrode biometria, violando a lei do adastro eleitoral de 1995.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Isso �e muito grave.O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Sim. Eu apresentei noSenado essa den�un ia.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - E n~ao no Minist�erio P�ubli o?O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - O Senador Capiberibe�e testemunha porque ele estava presente a essa audi^en ia.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra-

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38 4 VOTO IMPRESSO, BIOMETRIA, ORC�AMENTO E LEI ia Progressista/PSD - RS) - Mas ao Minist�erio P�ubli o o senhor n~aolevou essa representa� ~ao?O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Senador, eu tenho depreservar a minha integridade f��si a. Ent~ao, eu tenho de saber at�eonde eu posso ir. Da primeira vez, eu fui a uma audi^en ia p�ubli a;dessa vez, eu fui at�e o TCU; da pr�oxima, se tiver uma plateia omoesta, eu posso ir al�em, mas eu tenho de tomar uidado om a minhavida. (Palmas.)4.2 Livro: \O Mito da Urna" e lei do voto impresso(0:57:37) O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Senador, eu gostariade falar da biometria.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Engenheiro Amil ar, on lua.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Eu gostaria de ompletar essaquest~ao da biometria. Re entemente, no �nal de 2017, um professorde riptogra�a da Universidade Federal de Minas Gerais, hamadoJeroen Van De Graaf, holand^es de nas imento, titular agora da adeira- ele parti ipou em 2002 da auditoria que a So iedade Brasileira deComputa� ~ao fez sobre o sistema eleitoral, foi ao TSE e estudou todoo sistema -, resolveu ontar a verdade do que ele viu. Ele soltou esserelat�orio, um livro que se hama \O Mito da Urna"4, em que ele dizque, quando ele vai a ongressos de inform�ati a sobre seguran� a dovoto eletr^oni o fora do Brasil, porque existem esses ongressos eminform�ati a, o pessoal d�a risada da urna brasileira quando elediz que a urna brasileira n~ao imprime o voto e identi� a oeleitor na pr�opria urna. Eles falam: \Mas vo ^e est�a malu o?" OBrasil �e o �uni o pa��s do mundo onde o eleitor �e identi� adona urna.4Do umento: \. . . gaia/so ial/elei ao/mito-da-urna.pdf".

4.2 Livro: \O Mito da Urna" e lei do voto impresso 39A biometria �e usada em muitos pa��ses. Eu n~ao estou ondenandoa biometria, estou ondenando a biometria sendo usada na urna quefaz a identi� a� ~ao do eleitor, e o �uni o pa��s do mundo que usa isso �e oBrasil. E �e essa identi� a� ~ao da biometria na urna que torna o testede vota� ~ao paralela ine� az, que �e o teste que faria a veri� a� ~ao se osoftware da urna estava fun ionando orretamente no dia da elei� ~ao.Ent~ao, o que est�a errado �e a identi� a� ~ao biom�etri a na urna.Agora, essas oisas de que o Prof. Pedro falou realmente a onte em.O TSE n~ao est�a onseguindo implementar a biometria de maneira orreta, est�a dando taxas de falso negativo, in lusive taxas de falsopositivo dez, quinze vezes al�em do normal a eitado no mer ado.Eu queria responder sobre a m�a vontade do TSE. O senhor pergun-tou se �e evidente ou n~ao que existe uma vontade do TSE ontra a leido voto impresso. Essa lei foi aprovada em 2015, Senador, e at�e agoran~ao foi feito absolutamente nada efetivo.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Se o senhor permite, omo estamos emtransmiss~ao, eu quero ler o que diz a lei.Lei no� 9.504, de setembro de 1997.\Art. 59-A - No pro esso de vota� ~ao eletr^oni a, a urna imprimir�ao registro de ada voto, que ser�a depositado, de forma autom�ati ae sem ontato manual do eleitor, em lo al previamente la rado." [In- lu��do pela Lei no� 13.165. A lei de 2015 absorveu essa norma que j�aveio de 1997℄.\Par�agrafo �uni o. O pro esso de vota� ~ao n~ao ser�a on lu��do at�eque o eleitor on�rme a orrespond^en ia entre o teor do seu voto e oregistro impresso e exibido pela urna eletr^oni a." Tamb�em in lu��dopela Lei 13.165, de 2015.Con lua.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Ent~ao, essa lei foi aprovada

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44 5 O TESTE DAS URNAS ELETR ^ONICAS ia Progressista/PSD - RS) - Engenheiro Amil ar, o Senador Anas-tasia esteve aqui agora rapidamente para on�rmar que re ebeu umtelefonema do Ministro Luiz Fux, dizendo que vir�a aqui na pr�oximater� a-feira5. A minha assessoria est�a aqui hoje bem refor� ada. N�osestamos anotando todos esses dados, que n�os repassaremos tamb�empara o Ministro na vinda dele.Por enquanto, obrigado! Daqui a pou o, o senhor ser�a hamado.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Est�a bom.

5 O teste das urnas eletr^oni as(1:06:06) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - Vamos on eder a palavra aoProfessor da Universidade Estadual de Campinas Diego de FreitasAranha. Bom dia!O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - Bom dia!Eu agrade� o o onvite e umprimento os membros da Mesa.�E um prazer estar aqui de novo. A �ultima vez em que estive noSenado para tratar desse tema foi h�a in o anos. Ent~ao, � o felizpor poder ontribuir novamente om o debate, mas entriste ido aoobservar que houve muito pou o progresso nos �ultimos in o anos.Nessa outra o asi~ao em que estive aqui, eu vim relatar sobre osresultados dos testes de 2012 obtidos pela equipe que oordenei nes-ses testes. A nossa equipe ven eu aquela edi� ~ao dos testes do TSE.A gente apresentou, para ven er aquela ompeti� ~ao - era um modelode ompeti� ~ao -, um ataque que quebrava o sigilo do voto. Ent~ao,a gente demonstrou, nas restri� ~oes do teste, que era poss��vel re-5O Ministro Luiz Fux n~ao foi na audi^en ia, ele viajou, e enviou representantesdo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

4.3 Or� amento dispon��vel para voto impresso 414.3 Or� amento dispon��vel para voto impresso em 500 milurnas(1:02:03) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - Engenheiro Amil ar, o Dr. Pe-dro disse, h�a pou o, que j�a h�a 400 mil urnas aptas.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Est~ao aptas a re eber o m�odulode impressora externo. H�a pelo menos 400 mil. Talvez, haja mais. Eun~ao tenho todos os n�umeros.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Faltariam 200 mil, ent~ao, se o Brasil tem600 mil urnas.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Mas talvez haja mais. Eu n~aotenho todos os n�umeros ertinhos de abe� a, mas eles ompraram, naprimeira li ita� ~ao, 250 mil. Isso foi aumentado. Aumentaram para350 mil, passando de 400 mil. H�a mais urnas j�a aptas.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - O usto para preparar essas elei� ~oes omvoto impresso . . .O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Bastaria omprar a impres-sora.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - . . . �e relativamente pequeno?O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - �E pequeno. �E s�o fazer um �al ulo. Uma impressora �s al �e mais omplexa; tem de haver a rip-togra�a dos dados l�a dentro. A impressora do voto n~ao pre isa ripto-grafar o voto. Ela vai imprimir, mostrar e uspir o papel, que vai airna sa ola l�a atr�as. Ela n~ao pre isa riptografar informa� ~ao nenhuma.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - E, para um Governo que libera R$1,5

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42 4 VOTO IMPRESSO, BIOMETRIA, ORC�AMENTO E LEIbilh~ao para o Fundo Eleitoral, isso a�� n~ao �e nada.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Uma impressora �s al ustamenos de R$500. Isso �e pago se vo ^e for omprar uma para o seu om�er io. Vo ^e �e obrigado a ompr�a-la para prestar ontas para aRe eita Federal.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Ah bom!O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - N~ao pre isa omprar 500 mil!O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Posso passar a palavra para o Dr. Diego?(1:03:16) O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Eu s�o queria a abarde falar sobre essa m�a vontade do TSE. O TSE n~ao est�a mos-trando interesse. Ele fez esse or� amento, enrolou at�e novembro de2017, dizendo que pre isava omprar urnas espe iais, que ustavamum dinheir~ao. A�� n�os onseguimos in luir no or� amento a verba para omprar s�o a impressora. Se vo ^e �zer a onta, om o pre� o deR$500, 500 mil urnas ustam R$250 milh~oes; foi o que foiaprovado no or� amento.

4.4 Porque ADI do MP ontra a Lei do Voto Impresso?A�� houve uma audi^en ia na C^amara, e n�os apresentamos um do u-mento do TSE, do Ministro Ayres Britto, que o deu em resposta auma peti� ~ao da Dra� Maria Apare ida Cortiz, dizendo que as urnas demodelo 2009 estavam aptas a re eber a impressora, que n~ao pre isavade um omputador novo ou de uma urna nova. E a�� eles mudaram,eles resolveram fazer a li ita� ~ao s�o das impressoras.Ent~ao, est�a na ara que eles est~ao protelando, empurrando. Agora,eles onseguiram, n~ao sei omo . . . Eu at�e pediria para o Dr. Jos�eJairo, se onseguisse, me expli ar de onde surgiu a ideia do Mi-4.4 Porque ADI do MP ontra a Lei do Voto Impresso? 43nist�erio P�ubli o, no dia 5 de janeiro, no �ultimo dia de possedo Ministro Gilmar Mendes, de apresentar uma ADI ontraa Lei do Voto Impresso, que estava aprovada tr^es anos antes.Por que de repente . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo- ra ia Progressista/PSD - RS) - O senhor j�a quer responder a essapergunta, Dr. Jos�e Jairo?O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - �E que n~ao d�a para entendero argumento que foi apresentado, que �e muito pobre.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Ele prefere responder ao �nal.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - O.k.En�m, eu gostaria s�o de fazer mais uma a�rma� ~ao sobre a quest~aodo a esso ao �odigo das urnas, da an�alise do �odigo.Eu tamb�em, omo representante de partido pol��ti o, pelo PSDB,parti ipei da auditoria espe ial das urnas de 2014. N~ao nos foi dadoa esso a toda a programa� ~ao do �odigo. A gente n~ao p^ode fazer aauditoria. Nossa auditoria foi in on lusiva, porque o TSE n~ao deua esso a tudo para a gente, ao que a gente queria ver. Ent~ao, n~ao �everdade que �e poss��vel fazer auditoria do �odigo, da urna.Agora, o TSE inventou mais uma. Saiu mais uma not�� ia doTSE, fake news tamb�em, de que vai ser permitida a auditoria dofun ionamento da urna no dia da elei� ~ao ou antes de ome� ar a elei� ~ao.Isso a�� n~ao �e auditoria oisa nenhuma! Eles v~ao fazer vo ^e � ar debra� os ruzados, olhando a urna. A urna vai dizer: \Olha, aqui est�atudo bem." Isso a�� n~ao �e auditoria oisa nenhuma!En�m, n~ao existe auditoria, de fato, no pro esso eletr^oni o brasi-leiro.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra-

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48 5 O TESTE DAS URNAS ELETR ^ONICASno ambiente da urna eletr^oni a. Nosso trabalho ome� ou apturandouma have riptogr�a� a que o TSE se esque eu de apagar no �odigo-fonte, para de riptar os art~oes de mem�oria que ont^em software paraser instalado na urna eletr^oni a. Ent~ao, esses art~oes de mem�oriat^em software, existe uma erim^onia de arga em que o software �etransmitido ou transportado dos art~oes para as urnas eletr^oni as, e ada art~ao desses pode instalar dezenas de urnas. �E um ponto muitointeressante para um fraudador, porque a manipula� ~ao de um �uni o art~ao tem o poder de ampli� ar esse ataque para dezenas de urnas.De posse dessa have riptogr�a� a - memorizamos e opiamos tre- ho a tre ho para o ambiente de testes, porque n~ao pod��amos fazernotas em papel -, n�os onseguimos revelar o onte�udo desses art~oesde mem�oria, tendo a esso, portanto, aos me anismos de seguran� a ede prote� ~ao de integridade do software de vota� ~ao neles implemen-tado. Obtendo a esso ao software de vota� ~ao, a gente des obriu quehavia dois m�odulos do programa que n~ao tinham sua integridade ve-ri� ada. Esses dois m�odulos umpriam duas fun� ~oes: uma delas era ade manter o registro ronol�ogi o de eventos pela urna eletr^oni a, desdeo pro esso de instala� ~ao at�e o en erramento da vota� ~ao, e a outra erabasi amente a de proteger o registro digital do voto, que �e aquela listaembaralhada, armazenada em formato eletr^oni o, das es olhas do elei-tor. O TSE alega ser esse o me anismo de re ontagem, mas, omo ele�e produzido pelo pr�oprio software, ele n~ao pode veri� ar a ontagemeletr^oni a feita por ele pr�oprio.No ter eiro dia de testes, a gente j�a tinha a esso a esses dois om-ponentes do software para injetar tre hos de �odigo de nossa autoria.Ent~ao, a primeira oisa que a gente fez foi, por exemplo, manipu-lar os registros ronol�ogi os mantidos pela urna eletr^oni aem um arquivo espe ��� o, invalidando o poder de auditoria oude exame posterior, depois das elei� ~oes, do onte�udo desse arquivo,porque j�a havia onte�udo adulterado. Novamente, isso depende uni a-mente do software de vota� ~ao. Se o software de vota� ~ao �e adulterado,

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Figura 12: Professor Diego de Freitas Aranha uperar os votos de uma urna eletr^oni a em ordem, sabendoexatamente omo o primeiro, o segundo, o ter eiro eleitor e assim pordiante votaram, om base apenas em informa� ~ao p�ubli a.Outra onsequ^en ia, outro resultado importante nesses testes, que agente n~ao teve tempo de explorar, porque isso tem es opo e tempo limi-tados, �e que a integridade do software de vota� ~ao e, onsequentemente,dos resultados produzidos pela urna eletr^oni a dependia de segredosinseridos diretamente no �odigo-fonte do software, do programa, o que�e uma de is~ao de projeto que viola as boas pr�ati as desde osanos 90 na �area de seguran� a. Isso �e quest~ao de livro-texto, n~ao�e fronteira de te nologia. Isso �e desa onselhado desde que a �area deseguran� a �e uma �area formalmente onstitu��da.�E importante observar que, num sistema puramente eletr^oni o devota� ~ao, todas as suas propriedades prin ipais, omo o sigilo do votoe a integridade dos resultados, dependem uni amente da qua-lidade do software, dos me anismos de seguran� a nele implementa-dos e da resist^en ia desses me anismos a uma subvers~ao, a um ataque

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46 5 O TESTE DAS URNAS ELETR ^ONICASexterno. Portanto, esses sistemas s~ao espe ialmente vulner�aveis.�E o que a gente hama de fraude interna: um programador mal-inten ionado, de repente, trabalha no tribunal, tem a esso privilegi-ado ao sistema e est�a numa posi� ~ao tamb�em privilegiada para montaruma fraude em larga es ala, talvez indete t�avel, se ele for so�sti adoo su� iente. Esse tipo de abordagem de fraude interna n~ao pode serexer itado nos testes de seguran� a do TSE. Ent~ao, os testes de segu-ran� a do TSE for� am os pesquisadores e as pessoas que parti ipam atentarem montar o que a gente hama de fraude externa: algu�em n~aotem esse a esso privilegiado ao sistema de vota� ~ao para program�a-lo,para que ele se omporte de maneira desonesta, mas tenta des obrir omo esses me anismos foram implementados e tenta ontorn�a-los dealguma forma.Ent~ao, eu oordenei novamente uma equipe em 2017, nos testes deseguran� a, equipe omposta por Pedro Yossis, Caio L�uders, ThiagoCardoso e Paulo Matias, de diferentes Estados do Brasil. A gente,novamente, obteve resultados, posso dizer, de muito su esso nos testes.Foi um su esso para a equipe, n~ao exatamente para o TSE.Foi dito aqui que esses testes o orrem em ondi� ~oes parti ulares.Isso �e fato. As ondi� ~oes de trabalho de pesquisadores nos testes doTSE s~ao tipi amente piores que as que um fraudador teria na pr�ati a.Eu vou listar algumas das restri� ~oes. A gente tinha, por exemplo,quatro dias para observar o �odigo-fonte, e h�a mais de dez milh~oes delinha de �odigo. �E imposs��vel que qualquer ser humano possa fazer issonum prazo t~ao urto. A gente tinha quatro dias para montar ataques ontra o sistema. Imagino que um fraudador n~ao pre isa obede er arestri� ~oes de tempo t~ao rigorosas. A gente tinha ini ialmente apenasum omputador para a equipe poder usar. Ent~ao, a gente teve desoli itar mais omputadores, o que demanda, no ambiente dos testes,buro ra ia. Tivemos de soli itar autoriza� ~ao para a entrada de soft-ware que era do nosso dom��nio, para poder utiliz�a-lo dentro dos testes,e autoriza� ~ao para instalar aquele software nos omputadores forne-5.1 Fraude, desvio de votos e exposi� ~ao do eleitor 47 idos pelo TSE. No total, a gente preen heu m�ultiplas inst^an ias demais de oito tipos diferentes de formul�arios, s�o para fun ionar duranteos testes.Ent~ao, durante os testes, vo ^e perde muito tempo lidando om asrestri� ~oes dos pr�oprios testes, e n~ao exatamente montando os ataquese tentando analisar a seguran� a do sistema, que �e o objetivo original.Uma grande novidade desses testes �e que a gente p^ode fazer notasem papel, o que n~ao era poss��vel em 2012. Ent~ao, a gente p^ode opiartre hos de �odigo em papel, mas a gente n~ao podia ruzar a sala omessas notas, para usar as notas obtidas a partir do �odigo-fonte, numambiente onde a gente, de fato, avaliava a seguran� a do equipamento.Eu a ho que, novamente, um fraudador n~ao teria esse tipo de restri� ~ao,espe ialmente se ele tem a esso privilegiado ao sistema.5.1 Urna fraudada om desvio de votos e a esso aos da-dos do eleitor(1:10:36) Outra novidade desses testes �e que o TSE tomou a liberdadede apagar tre hos de �odigos sens��veis ontendo haves riptogr�a� asdo �odigo-fonte do sistema, ou seja, a base de �odigo forne ida paraos pesquisadores n~ao estava ompleta, talvez por re onhe er que oa esso a essas haves riptogr�a� as forne ia tamb�em a essoprivilegiado ao sistema6, j�a que todas as suas propriedades de se-guran� a terminam dependendo do seu onhe imento.De qualquer forma, onseguimos ontornar todas essas restri� ~oese exploramos uma sequ^en ia de vulnerabilidades durante os testes, oque permitiu que heg�assemos at�e o ponto de adulterar o softwarede vota� ~ao para injetar �odigo de nossa autoria para ser exe utado6�E importante lembrar que o TSE forne eu estas haves riptogr�a� as parauma empresa estrangeira, administrada por tr^es venezuelanos e um portugu^es, onforme denun iou anteriormente o professor Pedro Rezende

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52 5 O TESTE DAS URNAS ELETR ^ONICAS�E isso.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Com a sua permiss~ao, eu vou anotar essasua frase e vou us�a-la - n~ao hoje - oportunamente.O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - Tudo bem. N~ao obroroyalties.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - A transpar^en ia de uma elei� ~aos�eria n~ao deveria ter pre� o.O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - Sim.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Gostei.O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - �E um requisito.5.4 Testes provam poss��veis fraudes na elei� ~ao e fakenews do TSE(1:17:53) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - Antes de passar �aquele senhorque me pediu a palavra - s�o um momentinho -, h�a uma perguntaatrasada aqui do Dr. Pedro, mas o engenheiro Amil ar queria tamb�emlhe fazer uma pergunta.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - �E apenas uma pequena ob-serva� ~ao sobre o que o Prof. Diego apresentou agora.Al�em da equipe do Prof. Diego, houve outra equipe da Pol�� iaFederal que tamb�em teve su esso no ataque, em identi� ar a havede seguran� a, em mexer no software da urna, en�m. O que as duasequipes �zeram, para simpli� ar bem e vo ^es entenderem, foi: eles5.1 Fraude, desvio de votos e exposi� ~ao do eleitor 49ele pode produzir arquivos arbitrariamente es olhidos pelo ata ante.A gente tamb�em des obriu omo injetar �odigo para que o registrodigital do voto pudesse ser apturado e de ifrado, om o seu onte�udorevelado, entre votos onse utivos. Isso permitiria, por exemplo,que um mes�ario mali ioso apturasse esse arquivo antes e depois de erto eleitor ilustre e saber exatamente omo esse eleitor votou,pela diferen� a entre as duas vers~oes do arquivo.No �ultimo dia dos testes, a gente teve os prin ipais progressos, por-que a gente des obriu . . . A gente passou a n~ao mais interferir nas fun- ionalidades forne idas por esses dois omponentes de software, masa utilizar esses dois omponentes de software para alterar o ompor-tamento do software de vota� ~ao. Ent~ao, uma das oisas que a gentefez na tarde do �ultimo dia de testes foi alterar mensagens de textoque s~ao exibidas para o eleitor durante a vota� ~ao para fazerpropaganda para erto andidato. Novamente, se a gente tinha a essoao software de vota� ~ao para introduzir omandos nossos, ele podiase omportar exatamente omo a gente queria. Ent~ao, �e uma formamuito f�a il e evidente de mostrar que a gente tinha ontrole sobre osoftware de vota� ~ao era alterar uma mensagem vis��vel para o eleitor.A gente tamb�em fez bastante progresso na dire� ~ao de desviar vo-tos de um andidato para outro. A gente hegou a ter uma vers~aodo ataque pronta e fun ional nas nossas m�aquinas, nas m�aquinas emque a gente estava trabalhando, mas a gente n~ao teve tempo de tes-tar essa vers~ao do ataque na urna eletr^oni a, porque, nos testes, emtodas as nossas tentativas de ataque, a gente demorava 40 minutospara instalar a urna, para rodar todas as rotinas de autoteste, parareini iar, para dar in�� io a uma vota� ~ao. Ent~ao, todos esses pro e-dimentos tomam muito o tempo do investigador, o que, novamente,n~ao ne essariamente �e restrito no aso de um fraudador minimamentehabilidoso.

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50 5 O TESTE DAS URNAS ELETR ^ONICAS5.2 Para transpar^en ia da vota� ~ao �e ne ess�ario materi-aliza� ~ao do voto(1:15:04) N~ao �e exatamente uma surpresa que o software de vota� ~aotenha essas vulnerabilidades, no sentido de que todo software �e in-trinse amente vulner�avel. �E exatamente por isso que a gente n~ao deve on�ar resultados de elei� ~ao in ondi ionalmente a software de vota� ~ao.�E por isso que �e importante haver outro omprovante f��si o . . .(Soa a ampainha.)O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - . . . um registro f��si o do voto,que permita ao eleitor, que n~ao tem treinamento espe ializado, auditarse o voto espe ��� o dele, se as es olhas que ele onseguiu inserir noequipamento s~ao registradas orretamente em outra m��dia, para queessa outra m��dia sirva para auditoria, para re ontagem, dependendodos pro edimentos eleitorais.Essa n~ao �e a minha opini~ao pessoal, esse �e o entendimento da omu-nidade t�e ni o- ient��� a interna ional, e isso segue exatamente a ex-peri^en ia de todos os outros pa��ses que implantaram o voto eletr^oni oem algum momento. N~ao h�a outro pa��s que utilize ainda sistemas devota� ~ao puramente eletr^oni os baseados em m�aquinas de votar. To-dos eles j�a migraram para sistemas que forne em maior trans-par^en ia, usando o registro f��si o do voto.A gente pode debater aqui por uma semana qual a melhor formade implementar esse registro, qual a melhor forma de integr�a-lo nosistema brasileiro, mas eu n~ao onsidero que a presen� a de um re-gistro f��si o seja nego i�avel. �E simplesmente um requisito b�asi opara a transpar^en ia. Em �epo as de pol��ti as e de elei� ~oes ada vezmais polarizadas, em que vai haver vit�orias ada vez mais apertadas,n~ao pode haver uma d�uvida, uma inde is~ao sobre qual o resultado orreto e a urado das nossas elei� ~oes. (Palmas.)Sobre a quest~ao or� ament�aria, eu gostaria de �nalizar, basi amente5.3 Transpar^en ia de uma elei� ~ao s�eria n~ao deveria ter pre� o 51dizendo que a possibilidade de auditoria de uma elei� ~ao n~aodeveria ter pre� o. Basi amente este �e o requisito fundamental dequalquer elei� ~ao: provar para os eleitores, provar para os parti ipantes,provar para a so iedade que o resultado �e a urado e honesto. Isso n~aodeveria ser nego i�avel.

5.3 Transpar^en ia de uma elei� ~ao s�eria n~ao deveria terpre� o(1:16:56) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - Como �e que o senhor disse?Que a elei� ~ao n~ao deveria ter pre� o? O que n~ao deveria ter pre� o?O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - Transpar^en ia n~ao deveriater pre� o; �e um requisito fundamental.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Gostei da frase. Gostei! A transpar^en iade uma elei� ~ao n~ao deveria ter pre� o.O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - N~ao deveria ter pre� o.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Ainda mais a deste ano.O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - Exatamente.Ent~ao, essa dis uss~ao em torno de ser ou n~ao poss��vel a omodaro sistema brasileiro para que ele possa ser transparente, para mim,inverte ompletamente a sequ^en ia l�ogi a das oisas. Transpar^en ia�e um requisito. A gente n~ao deveria onsiderar se elas podem sertornadas transparentes ou n~ao. A gente deveria en ontrar uma formade torn�a-las transparentes e, depois, des obrir exatamente qual �e oor� amento e omo a gente pode fazer isso da maneira mais e� iente.Esse deveria ser o ra io ��nio. (Palmas.)

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56 6 FELIPE GIMENES - VOZ DA P �ATRIA BRASIL6 Pro urador Felipe Gimenes - voz da P�atriaBrasilBem, a sua pergunta . . . Por gentileza, o senhor se identi�que paran�os, at�e para �ns de registro da Se retaria: seu nome, onde trabalha,sua pro ed^en ia . . . Por favor.(1:22:31) O SR. FELIPE MARCELO GIMENEZ - Permita-me falarde p�e, Ex el^en ia, porque a minha adeira aqui est�a estragada.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Bem, isso �e outro problema.O SR. FELIPE MARCELO GIMENEZ - Eu sou Felipe Mar elo Gi-menez, sou Pro urador do Estado de Mato Grosso do Sul, minha OAB�e MS-7580, e estou aqui representando a Asso ia� ~ao P�atria Brasil.

Figura 14: Felipe Gimenez da Asso ia� ~ao P�atria BrasilN~ao �e propriamente uma pergunta, Ex el^en ia. Eu quero usar umaexpress~ao l�a da sua terra. N�os somos advogados - o senhor �e advogado,5.5 Direito idad~ao de voto impresso em 100% das urnas 53 onseguiram duas oisas que o TSE alega que n~ao �e poss��vel. No sitedo TSE, onde fala do Teste de Seguran� a, h�a um videozinho de quatrominutos que diz tr^es oisas: n~ao �e poss��vel rodar o software da urnaem um omputador qualquer, porque h�a sistemas riptogr�a� os deseguran� a; e n~ao �e poss��vel adulterar o software da urna e rodar oadulterado na urna. O que a equipe do Prof. Diego e a do pessoal daPol�� ia Federal �zeram foi exatamente isto: eles pegaram o softwareda urna, rodaram no omputador deles - o software o� ial, a pe� ade grava� ~ao do software da urna -, adulteraram o software da urna,puseram na urna, e ele rodou. Ele rodou, es reveu mensagens esp�uriasna tela, leu o onte�udo do log, omo falei, que �e uma etapa parase fazer a fraude ontra o teste de vota� ~ao. En�m, eles �zeramexatamente aquilo que a publi idade o� ial do TSE diz quen~ao �e poss��vel.Por isso eu digo, quanto a essa de is~ao do atual Presidente doTSE de que pretende ata ar a quest~ao das fake news, que ele devia ome� ar a se preo upar om as fake news que h�a na p�agina doTSE. (Palmas.)

5.5 Direito idad~ao de voto impresso em 100% das urnas(1:19:40) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - Perfeito.Antes de passar �a pergunta do Prof. Pedro, eu quero dizer que, peloPortal e-Cidadania j�a vieram algumas manifesta� ~oes, que leio aqui -pelo menos algumas - rapidamente.Mar io Camargo Cordeiro, do A re, est�a nos assistindo e diz: \Es-peramos que a vontade popular seja respeitada nestas elei� ~oes, om 100% dos votos impressos, para mais transpar^en ia dopleito e fortale imento da demo ra ia brasileira. �E pre iso queo eleitor tenha mais on�an� a na hora de votar. A Justi� a Eleitoral

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54 5 O TESTE DAS URNAS ELETR ^ONICAStem o dever de garantir isso."Siumara Martins, de S~ao Paulo: \Onde est�a es rito na Constitui� ~aoque o TSE pode legislar e de idir se, quando e omo vai umprir umalei aprovada pelo Congresso Na ional? O povo n~ao pode de idir se umprir�a ou n~ao uma lei. Por que o TSE pode?" (Palmas.)\Voto se reto, impresso e es rut��nio p�ubli o em 2018 em100% das urnas!" - prossegue Siumara Martins, de S~ao Paulo.Thiago Ribeiro, de Minas Gerais: \Voto impresso em 100% dasurnas j�a para a pr�oxima elei� ~ao ou o �m da urna eletr^oni a."Prof. Pedro, o senhor tinha deixado uma pergunta aqui para o Dr.Jos�e Jairo. N~ao pre isa mais?O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE (Fora do mi rofone.) -N~ao.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Certo.O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Mas posso tentar res-ponder a pergunta do ouvinte: onde est�a na Constitui� ~ao que o TSEpode tudo? Na omposi� ~ao, a �ultima inst^an ia do Judi i�ario brasileirotem metade dos omponentes do Tribunal Superior Eleitoral.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Perfeito.O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Por isso, o poder emassuntos eleitorais est�a on entrado em uma entidade quejulga, exe uta e normatiza seus pr�oprios atos. Nun a vai serposs��vel ganhar essa orrida de gato e rato para obrigar essa entidadea agir onforme a vontade popular se n~ao for a inten� ~ao deles, nessaforma de organizar a Rep�ubli a, a meu ver.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Perfeito. Essa express~ao \ orrida de gato5.5 Direito idad~ao de voto impresso em 100% das urnas 55e rato" j�a foi usada aqui tr^es vezes. Isso n~ao deve ter a onte ido pora aso.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - O Prof. Pedro roubou a minhamanifesta� ~ao �nal. Eu ia en errar falando isso.

Figura 13: Senador Capiberibe e Deputado Izal iO SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Registro om muita satisfa� ~ao a presen� ano nosso plen�ario do Deputado Izal i Lu as, do PSDB, do Distrito Fe-deral, que tem grande interesse tamb�em no andamento desse tema.

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60 6 FELIPE GIMENES - VOZ DA P �ATRIA BRASIL6.3 O Tribunal Eleitoral usurpou as ompet^en ias do Con-gresso Na ional

(1:28:41) N�os pre isamos olhar para esse problema sob a �oti a da lei -sob a �oti a da lei! N�os n~ao podemos ontinuar a eitando esse engodo.E a lei que os senhores votaram om uma representa� ~ao ma i� a daoutorga popular. S�o os senhores t^em legitimidade para repre-sentar o povo brasileiro. S�o os senhores! Os Ministros da Justi� an~ao t^em essa legitimidade. Eles est~ao usurpando dos senhores as suas ompet^en ias. Eles est~ao olo ando este Congresso Na ionalde joelhos, porque est~ao se re usando a umprir a lei. (Palmas.)Ex el^en ia, eles est~ao ometendo abuso de autoridade. Abuso!Porque essa lei que os senhores votaram om 71% do Con-gresso Na ional, a derrubada do veto, teve um peso de outorgapopular maior do que as emendas �a Constitui� ~ao. Setenta e um por ento do Congresso Na ional disseram, em nome do povo:\Ser�a impresso o voto." E a lei, Ex el^en ia, n~ao tem dis ri ionari-edade; a lei n~ao permite fra ionamento. Fra ionar o umprimentoda lei �e um abuso, �e uma viola� ~ao, �e uma teratologia.(Soa a ampainha.)O SR. FELIPE MARCELO GIMENEZ - N~ao h�a possibilidade de sefra ionar o umprimento da lei.Imagine, se o senhor fosse sujeito passivo de uma ordem de GilmarMendes, se ele a eitaria ouvir do senhor o seguinte: \Ministro, eu vou umprir sua ordem um pouquinho a ada ano. At�e 2050, Gilmar Men-des, eu termino de umprir a sua ordem." Imagine se ele a eitaria issodo senhor! A lei n~ao tem dis ri ionariedade. N~ao �e poss��vel umpri-lapela metade. Em resumo, �e isso, Ex el^en ia.

6.1 TSE, Gilmar Mendes, ometem rime de prevari a� ~ao 57eu sou advogado - e, quando esses ientistas falam da te nologia dainforma� ~ao, n�os � amos mais perdidos que us o em pro iss~ao.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Ah, essa �e uma frase muito dita l�a.

6.1 TSE, Gilmar Mendes, ometem rime de prevari a� ~ao(1:23:08) O SR. FELIPE MARCELO GIMENEZ - Pois �e. A onte eque o nosso povo vem sendo enganado por essa m�aquina, essaarapu a, porque sempre que olhamos para o problema tentamos en-xerg�a-lo atrav�es da te nologia. E, na verdade, Ex el^en ia, n�os temosde olhar para essa m�aquina om a luz da lei. Antes da ferramenta,deve prevale er a ordem jur��di a. A ferramenta deve servir �aordem jur��di a, e n~ao o inverso, Ex el^en ia. N�os estamos vivendouma invers~ao em que a ordem jur��di a �e posta de joelhos diante daferramenta.Por falar em olo ar de joelhos, a onduta do Ministro GilmarMendes em protelar por dois anos o umprimento dessa leideu motivo ao pedido de impea hment. E eu vou al�em: pare e-me que,na verdade, a onduta dele on�gura o rime de prevari a� ~ao,porque se omitir na obriga� ~ao do of�� io �e prevari a� ~ao.O que est�a a onte endo aqui, Ex el^en ia? Um dos pilares da Rep�u-bli a est�a sendo quebrado. Nossa demo ra ia e a idadania desse povoest~ao sendo violadas, desrespeitadas.No entanto, eu quero lembrar aqui uma frase de Billy Graham,um homem que dedi ou 99 anos da vida ao bem do pr�oximo. Ele dizia:\A oragem �e ontagiosa." E o senhor est�a vendo aqui s�o algunsdos orajosos que se levantaram. H�a uma onda gigantes a sendo le-vantada neste Pa��s, um tsunami, que vem em dire� ~ao a Bras��lia. Os idad~aos est~ao indignados! O Tribunal Superior Eleitoral n~aopode re usar o umprimento �a lei. Se fosse uma ordem judi ial, o

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58 6 FELIPE GIMENES - VOZ DA P �ATRIA BRASILsenhor, Ex el^en ia, n~ao teria o direito de umpri-la par eladamente. �Euma lei. N~ao tem v�� ios de forma, nem de ini iativa, nem de onte�udo.6.2 Viola� ~ao da idadania, da legalidade e da Rep�ubli a(1:24:57) Vou ao ponto. Fala-se muito da m�aquina; eu quero falar doato jur��di o. O senhor, omo advogado, entende bem desse assunto.Somente o exer �� io do voto �e se reto para garantir ao idad~ao aliberdade de es olha. O ato seguinte - porque o pro esso eleitoral �efeito de etapas - �e um ato administrativo. A ontagem de um voto�e um ato administrativo e submete-se a um requisito de validade,sob pena de ser nulo, que �e o prin ��pio da publi idade. Qualquerato administrativo deve ser p�ubli o. Entenda, Ex el^en ia: n�osqueremos auditar o fato jur��di o; n~ao a m�aquina. N~ao nos interessao software nem a m�aquina, nem antes nem depois. N�os queremosauditar o fato, que, por natureza, �e um evento. O evento se perde.Por isso a ne essidade de dar orpo f��si o ao fato da ontagemdo voto, para que se onhe� a, para que se umpra o prin ��pio dapubli idade. Porque a publi idade �e erga omnes7, �e para todos os idad~aos; n~ao �e s�o para o eleitor que olha no visor. Essa ontagem dovoto deve ser feita para que todos os idad~aos tenham a oportunidadede �s aliz�a-la. E n~ao �e a ontagem de milh~oes de votos; a ontagemde um voto, de ada voto �e um ato administrativo. E ser�anulo se n~ao for p�ubli o.H�a v�arios prin ��pios onstitu ionais que v^em sendo quebra-dos desde que essa arapu a foi inventada, l�a em 1997: a idadania, apubli idade, a moralidade, a legalidade e a pr�opria Rep�ubli a,porque n�os idad~aos n~ao temos sido respeitados na nossa es olha. Anossa es olha s�o ser�a respeitada se for retratada no orpo f��si o da7Erga omnes �e uma express~ao em latim que signi� a \frente a todos". Costumaser usada no ^ambito jur��di o para se referir a uma lei ou norma que vale para todosos indiv��duos.

6.2 Viola� ~ao da idadania, da legalidade e da Rep�ubli a 59impress~ao para umprir o prin ��pio da publi idade. O exer �� io dovoto �e se reto, mas a ontagem deve ser p�ubli a. E qual �e aartimanha da urna? Ela estende o segredo do exer �� io at�e a �ultimaetapa. E o sagrado BU - vou usar uma express~ao de algu�em; n~aolembro quem �e o propriet�ario desta frase -, a \seita do santo byte"tem no altar o BU. O BU n~ao prova nada, Ex el^en ia. Quando o BU�e imprimido, j�a houve a ontagem dos votos em segredo. A fraudej�a a onte eu! Porque ada voto ontado deve ser p�ubli o. O BUinforma, Ex el^en ia, o total. Nem no ondom��nio onde eu moro a ei-tariam uma elei� ~ao assim. Imagine, Ex el^en ia, se eu fosse andidatoa s��ndi o, olhesse a urna, fosse ontar dentro do meu apartamento,voltasse e omuni asse aos ond^ominos: \Aqui est�a o resultado: eu fuieleito!" (Palmas.)O BU �e a prova da fraude, Ex el^en ia! O BU �e a prova da fraude!A Dra� Simone, apesar de muito jovem, foi minha professora nafa uldade. Ela �e talvez a abe� a mais quali� ada neste Senado pararezar esse dis urso, para dizer o que �e um ato administrativo. Eugostaria que ela estivesse aqui.O que a onte e? N�os estamos sofrendo uma viola� ~ao dos prin ��-pios republi anos, dos prin ��pios onstitu ionais e, prin ipalmente,Ex el^en ia, da idadania, porque nossa idadania s�o existe namedida em que o nosso voto seja respeitado, porque ele �e oinstrumento do exer �� io da idadania, porque atrav�es dele elegemosos nossos es olhidos. E a nossa elei� ~ao, a nossa es olha tem sidoapurada em segredo, e o fato se perde.Por isso que os adeptos da \seita do santo byte" dizem que nun ah�a fraude. Porque, quando se pro urar o fato dentro da m�aquina, elej�a n~ao est�a mais l�a; ele est�a no BU. E o BU s�o tem o total da ontagemdos votos, Ex el^en ia.

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64 7 RESPOSTA EVASIVA DO PROCURADORque n�os estamos questionando aqui, eminente Presidente, exatamentea ess^en ia do voto, omo ele �e feito; quest~oes que deveriam ter sidopensadas quando da implanta� ~ao desse voto.Vejam, n�os evolu��mos da urna eletr^oni a - e eu me lembro de que,no Minist�erio P�ubli o, eu heguei a a ompanhar duas elei� ~oes em quea apura� ~ao era feita manualmente. Eu me lembro de uma elei� ~ao, numMuni ��pio em que eu era Promotor Eleitoral. N�os ontamos durantequatro dias, 24 horas por dia, os votos em um Muni ��pio pequeno.Todos se lembram aqui de que, naquela �epo a, os resultados daselei� ~oes demoravam para serem apresentados. Chegamos �a urna eletr^o-ni a e depois hegamos �a biometria, que, surpreendentemente, est�asendo tamb�em ontestada neste momento. A biometria tem um sen-tido de evitar fraudes na identi� a� ~ao dos eleitores, que eram muitas.Eu poderia, Prof. Pedro, elen ar aqui v�arias fraudes ligadas �avota� ~ao antes da implanta� ~ao da biometria. A biometria foi umatentativa de se evitarem essas fraudes. Ela �e imune a fraudes? N~ao,n~ao �e imune a fraudes. Dever��amos aperfei� o�a-la? Sim, dever��amosaperfei� o�a-la. Ela �e um sistema perfeito de identi� a� ~ao dos eleitores?N~ao, ela n~ao �e um sistema perfeito. Mas, repito, ela foi uma evolu� ~aodaquilo que se prati ava antes. E, al�em disso, a biometria n~ao fun- iona isoladamente; o idad~ao tem de se identi� ar e apresentar umdo umento om foto no momento em que ompare e para o voto.�E laro que n~ao poder��amos tamb�em passar a onsiderar a teoriada onspira� ~ao. Todo mundo est�a empenhado. O presidente da mesare eptora de votos, os auxiliares dele, o vi e-presidente da mesa e to-dos os demais, os �s ais dos partidos que est~ao presentes na hora davota� ~ao, o juiz, o Minist�erio P�ubli o tamb�em, en�m, todo mundo deve-ria se juntar ali para identi� ar essa fraude que todos t^em denun iado.A redito que, na realidade, n~ao �e bem assim.Vejam, a urna de lona tamb�em era sus et��vel de muitas fraudes.Eu poderia elen ar aqui v�arias fraudes que o orriam na �epo a da urna6.4 Cidadania e respeito a es olha do povo 616.4 N~ao h�a idadania se a es olha do povo e a lei fordesrespeitada

(1:30:26) Por �m, o direito dos senhores, a sua autoridade omo re-presentantes do povo est�a sendo vilipendiada. E por quem? Vou dizermais: n~ao �e por ju��zes. Os Ministros, quando se sentam na adeira doTribunal Superior Eleitoral para administrar esse servi� o p�ubli o que�e a elei� ~ao - a elei� ~ao �e um servi� o p�ubli o, n~ao �e jurisdi� ~ao, n~ao�e um ato jurisdi ional -; quando eles l�a, sentados em seus gabinetes,est~ao administrando o pro esso eleitoral, s~ao administrado-res, sujeitos aos prin ��pios onstitu ionais omo qualquer agente doExe utivo. (Palmas.)A hibridez da Justi� a Eleitoral tem onfundido o povo. Mas a om-pet^en ia se d�a, a fun� ~ao se d�a em raz~ao do argo, n~ao do indiv��duo.Quando eles est~ao se desin umbindo do pro esso eleitoral, est~ao exe u-tando ato administrativo; n~ao s~ao ju��zes. E veja o absurdo, Ex el^en ia:um administrador p�ubli o, que por a aso usa toga, se avo ao poder de desrespeitar a lei que os senhores votaram.Nossa Rep�ubli a est�a �a beira do abismo! Se os senhores n~aose olo arem em p�e, defenderem a sua legitimidade da outorga e a ei-tarem esse abuso de autoridade, a abou a Rep�ubli a, Ex el^en ia! A a-bou a idadania! Ent~ao, n�os somos es ravos. N�os seremos es ravosse a nossa es olha e a lei que os senhores votaram n~ao forrespeitada.Obrigado. (Palmas.)

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62 7 RESPOSTA EVASIVA DO PROCURADOR7 Resposta evasiva do Pro urador Regional daRep�ubli a(1:31:57) O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra- ia e Cidadania/PSB - AP) - Presidente . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Antes de passar a palavra ao Senador Ca-piberibe, eu quero dizer que n�os ouvimos aqui pronun iamentos muitovaliosos. Os objetivos desta audi^en ia p�ubli a est~ao sendo al an� ados.N�os estamos saindo daqui hoje mais uma vez om a onvi � ~ao de queas des on�an� as t^em pro ed^en ia, at�e que se prove o ontr�ario.A SRa� DILETA CORREA SILVA (Fora do mi rofone.) - N~ao �e des- on�an� a; �e onstata� ~ao.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Bem, os fatos on retos estariam aindapor ser devidamente on�rmados e avaliados.Mas, antes de passar a V. Exa�, Senador Capi, eu queria deixar,porque me pediu a palavra antes, o Dr. Jos�e Jairo Gomes, que �ePro urador da Rep�ubli a.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Ci-dadania/PSB - AP) - Era esse que queria ouvir. J�a iria reivindi ar,exatamente, ouvi-lo em ima dessas quest~oes olo adas.

7.1 Prin ��pio fundamental da demo ra ia �e a transpar^en ia(1:33:08) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - E atualmente �e o Pro uradorRegional da Rep�ubli a aqui, em Bras��lia.Depois de tantos pronun iamentos, o que V. Exa� tem a dizer?

7.1 Prin ��pio fundamental da demo ra ia �e a transpar^en ia 63O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Eminente Presidente, quero dizer aV. Exa� que este, ertamente, �e um dos debates mais prof�� uosde que eu tenho parti ipado sobre Direito Eleitoral e sobre,talvez, o que �e o erne, o ora� ~ao, que �e exatamente o momento emque o idad~ao deposita o seu voto ou faz a sua es olha. Esse �e umproblema ser��ssimo.N�os ouvimos oisas aqui bastante graves. Por exemplo, havia um artaz ali atr�as, dizendo o seguinte: \Urnas eletr^oni as s~ao fraud�aveis."Houve uma outra a�rma� ~ao que foi feita de que o BU �e a prova dafraude - e foi dito ainda que n~ao prova nada! Eu a ho que provaalgumas oisas; talvez n~ao prove o que queiramos que provasse.Eu on ordo bastante om a fala do Prof. Diego. H�a um ministrodo Supremo Tribunal Federal ameri ano que dizia o seguinte: \Queo prin ��pio fundamental da demo ra ia �e a transpar^en ia."E nada melhor para impor a transpar^en ia do que a lareza. \O sol[dizia ele℄ �e o melhor desinfetante para as oisas p�ubli as."Eu quero rer, Presidente, que eu fui um pou o, talvez, mal inter-pretado pelos olegas da Mesa, que a abaram me atirando bastantepedras. Vejam, n�os temos o sistema em transi� ~ao. No Imp�erio brasi-leiro n~ao havia nada. O sujeito hegava l�a na par�oquia, anun iava-se omo eleitor e era admitido ou n~ao naquele momento. A oisa, desdeessa �epo a, vem evoluindo. Evoluiu om aquela lei de 1888, quandov�arias melhorias foram implantadas no sistema eleitoral; evoluiu nad�e ada de 30, om a ria� ~ao de um C�odigo Eleitoral em 1932; evo-luiu om a organiza� ~ao do adastro de eleitores; evoluiu na d�e adaseguinte, om a implanta� ~ao do voto em �edula, e n�os t��nhamos, at�epou o tempo atr�as, o voto nas urnas de lona.Talvez este debate, eminente Senador Capiberibe, esteja om algunsanos de atraso. Talvez devesse ter sido feito quando da implanta� ~aodas urnas eletr^oni as. Eu n~ao me lembro, na �epo a, se houve um de-bate da envergadura que n�os estamos travando neste momento, por-

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68 7 RESPOSTA EVASIVA DO PROCURADORauditado? �E isso que o senhor est�a dizendo?O SR. JOS�E JAIRO GOMES - N~ao �e isso que estou dizendo.A SRa� BEATRIZ KICIS DE SORDI (Fora do mi rofone.) - Mas est�apare endo.O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Eu n~ao sou . . .O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - �E a minhaa usa� ~ao de fraude.O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Eu n~ao estou aqui . . .A SRa� BEATRIZ KICIS DE SORDI (Fora do mi rofone.) - Eu estiveno TSE.Eu quero falar. Eu sou Beatriz Ki is . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - A senhora n~ao est�a pedindo nem per-miss~ao.A SRa� BEATRIZ KICIS DE SORDI (Fora do mi rofone.) - Disserama mim que eu tenho de . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Mas a Mesa tem um ontrole.A SRa� BEATRIZ KICIS DE SORDI (Fora do mi rofone.) - Estou de orpo presente aqui.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Eu at�e admito que as suas pondera� ~oessejam pro edentes, s�o que n�os pre isamos manter a ordem.O art. 184 do Regimento Interno diz o seguinte:Art. 184. �E permitido a qualquer pessoa assistir �as sess~oes p�ubli as,do lugar que lhe for reservado, desde que se en ontre desarmada e se onserve em sil^en io, sem dar qualquer sinal de aplauso ou de re-prova� ~ao ao que nelas se passar.

7.2 Des umprimento da lei? Crime de prevari a� ~ao? Fraude? 65de lona n~ao s�o na hora da vota� ~ao omo na fase seguinte, que era afase da apura� ~ao, ou seja, a introdu� ~ao do voto eletr^oni o no Brasilfoi uma tentativa justamente de orrigir esse pro esso, de trazer maistranspar^en ia, omo muito bem salientou aqui, o Prof. Diego, dea res entar, de agregar on�abilidade, on�an� a na vota� ~ao.Vota� ~ao paralela e boletim de urna n~ao s~ao os instrumentos de i-sivos para a realiza� ~ao de auditoria; eles s~ao instrumentos que, junta-mente om outros, propi iam algum tipo de avalia� ~ao, algum tipo deju��zo a respeito daquelas elei� ~oes.Eu n~ao disse, em nenhum momento aqui, que a vota� ~ao paralelaou o boletim de urna eram os instrumentos apitais da realiza� ~ao deauditoria. Eles s~ao instrumentos om que, agregados a outros instru-mentos e fun ionando em onjunto om outros instrumentos, talvez,eventualmente, se possa fazer um ju��zo a respeito daquela vota� ~ao.

7.2 Des umprimento da lei? Crime de prevari a� ~ao?Fraude?(1:40:14) Ora, o fato, por exemplo, de se des on�ar do pro esso li- itat�orio que levou �a aquisi� ~ao de urnas . . . O Prof. Pedro enfatizoubastante, na fala dele, esse momento, ou seja, foi adquirido sem li- ita� ~ao, ou a li ita� ~ao foi fraudulenta . . . Eu tenho a impress~ao deque isso n~ao �e o erne da nossa dis uss~ao neste momento.O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - N~ao useiessa palavra, Pro urador. N~ao usei a palavra \fraude" em nenhummomento.O SR. JOS�E JAIRO GOMES - V. Exa� disse, se n~ao me falha amem�oria, que houve problemas na li ita� ~ao.O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE - Por exig^en- ias desne ess�arias.

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66 7 RESPOSTA EVASIVA DO PROCURADORO SR. JOS�E JAIRO GOMES - Algu�em disse que a ompra que foifeita pelo TSE foi uma li ita� ~ao sem onsist^en ia. Para mim, isso,se traduzido em um sin^onimo, seria fraude. A ho que o Minist�erioP�ubli o, eminente Presidente, deveria formalmente soli itado a tomarprovid^en ias. Chegou-se a dizer que houve rime de prevari a� ~aotamb�em. A ho que essas oisas s~ao muito relevantes e muito impor-tantes.A ho que n~ao podemos perder de vista . . . O que eu defendo - esempre defendi n~ao s�o nos textos que eu tenho es rito, mas nas aulasque dou a respeito dessas mat�erias - �e que n�os tenhamos um sistematransparente. A transpar^en ia �e a base da demo ra ia. N~aose onstr�oi uma so iedade justa, demo r�ati a e igualit�aria sem trans-par^en ia. Ou seja, a oisa p�ubli a tem que ser resolvida, tem que serde idida �a luz do sol. N~ao abem sombras, n~ao abem meios-termos.Agora, o que fazer? A lei est�a sendo des umprida, eminenteSenador Capiberibe? O Judi i�ario des umpre frequentemente as leis?Parti ularmente, n~ao posso responder pelo Poder Judi i�ario e tamb�emn~ao posso responder pela Pro uradoria-Geral da Rep�ubli a, porque eun~ao sou Presidente do Supremo nem o Pro urador-Geral da Rep�ubli a.

7.3 O Minist�erio P�ubli o deve investigar o des umpri-mento da lei(1:42:28) O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra- ia e Cidadania/PSB - AP) - Pro urador, n~ao abe ao Minist�erioP�ubli o tomar a ini iativa de investigar?O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Claro que abe ao Minist�erio P�ubli o,quando ele veri� a, . . .O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - O que falta?

7.4 Bia Ki is do Instituto Resgata Brasil 67O SR. JOS�E JAIRO GOMES - . . . por exemplo, que houve um rimeou que houve uma irregularidade desse porte. Pode haver, mas eletem de veri� ar isso. Quer dizer . . .O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Cabe ao Minist�erio P�ubli o investigar o des- umprimento da lei. Pare e que �e a fun� ~ao do Minist�erio P�ubli o.O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Veja, o que �e des umprimento da lei?O TSE n~ao disse que n~ao implantaria o voto impresso . . .(Interven� ~ao fora do mi rofone.)O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Veja, a biometria est�a sendo implan-tada h�a quanto tempo? H�a mais de in o anos. Ou seja . . .O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - N~ao existe lei que obriguehaver biometria.O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Eu me lembro de que, h�a pou o tempo,houve uma degola no Or� amento, uma restri� ~ao or� ament�aria. In lu-sive, houve at�e extin� ~ao de zonas eleitorais. Por falta de re ursosna Justi� a Eleitoral, v�arias zonas eleitorais foram extintas. Que eume re orde, o TSE n~ao disse que n~ao implantaria o voto impresso. Eua redito que a transpar^en ia na vota� ~ao ser�a, om erteza, a onquistamaior da demo ra ia brasileira. Agora, isso �e um pro esso.

7.4 Questionamentos de Beatriz Ki is do Instituto Res-gata Brasil(1:43:43) A SRa� BEATRIZ KICIS DE SORDI (Fora do mi rofone.) -Sr. Pro urador, depois de tudo o que senhor ouviu dos t�e ni os e doDr. Felipe, o senhor est�a onvi to de que o TSE est�a umprindo alei? E que a transpar^en ia est�a sendo observada e umpridoo prin ��pio? Ou isso n~ao tem import^an ia? Pode ser umprido emdez anos? Os eleitores n~ao t^em direito a que seu voto seja

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72 7 RESPOSTA EVASIVA DO PROCURADORO SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Agora, permita-me, Dr. Jos�e Jairo - e,ao mesmo tempo, eu lhe agrade� o por haver me presenteado aqui omum alentado volume sobre Direito Eleitoral -, n~ao seria do Minist�erioP�ubli o Eleitoral en aminhar um pedido �a Presid^en ia do TSE per-guntando se n~ao �e verdade que h�a 400 mil urnas prontas para traba-lhar nessas elei� ~oes, o que ustariam as restantes, en�m, levar adianteesses questionamentos para n~ao sofrer uma interpela� ~ao, omo a quen�os ouvimos aqui, de que poderia estar havendo omiss~ao do Minist�erioP�ubli o Eleitoral?O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Presidente, esse debate a onte e tamb�emdentro do Tribunal Superior Eleitoral. Existe um setor de te nologial�a que dis ute essas quest~oes, a onveni^en ia ou a n~ao onveni^en ia.Veja V. Exa� que, em 2009, neste Senado Federal, havia uma lei, umprojeto de lei oriundo da C^amara dos Deputados que hegou aqui, aeste Senado, e este Senado emitiu um pare er dizendo da impossibi-lidade t�e ni a de implantar o voto impresso naquela altura. Ent~ao, oque n�os vamos dizer? Vamos dizer que houve fraude aqui no Senado?Existe um voto, salvo engano de relatoria do ent~ao Senador EduardoAzeredo, que dizia expressamente isso. Ou seja, �e um pro esso que vaisendo realizado.A redito que a transpar^en ia maior . . . Eu tamb�em ressinto de ha-ver um pou o mais de transpar^en ia, um pou o mais de seguran� anesse pro esso de vota� ~ao, prin ipalmente, Prof. Diego, na hora datransmiss~ao dos dados, na hora da totaliza� ~ao dos votos. Para mim,ainda est�a um pou o . . . N~ao est�a muito bem expli ado ainda. Masisso �e um pro esso.A redito que eventos omo esse ertamente ontribuir~ao para n�osmelhorarmos a te nologia de vota� ~ao e agregarmos mais on�an� a epossibilidades, in lusive de auditoria.

7.4 Bia Ki is do Instituto Resgata Brasil 69(Interven� ~ao fora do mi rofone.)O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - N~ao, om rela� ~ao aos protestos, n�os j�aos ouvimos aqui �a sa iedade.O pronun iamento aqui do Dr. Felipe Gimenes foi muito forte, on-tundente e deve ter muita pro ed^en ia, mas, agora, n�os temos limitesaqui, porque os objetivos que n�os temos om esta audi^en ia p�ubli a �esaber a opini~ao de t�e ni os e, ao mesmo tempo, dos aspe tos jur��di os,para podermos levar adiante. A partir de agora, n�os vamos nos reunirpara ver qual o en aminhamento que n�os vamos dar dentro da CCJ,da Comiss~ao de Constitui� ~ao e Justi� a.Agora, se transformarmos isto aqui em um a irrado debate, a�� fu-giremos ao nosso objetivo.(Interven� ~ao fora do mi rofone.)O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Mas o que a senhora . . .

Figura 15: Deputada Beatriz Ki is de Sordi

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70 7 RESPOSTA EVASIVA DO PROCURADORA SRa� BEATRIZ KICIS DE SORDI (Fora do mi rofone.) - H�a pessoasque � am mandando perguntas pela Internet . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Sim, qual �e a sua pergunta?A SRa� BEATRIZ KICIS DE SORDI (Fora do mi rofone.) - Eu possodeixar para o �nal.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - N~ao, pode ser agora.

7.5 O TSE des umpre a lei? Minist�erio P�ubli o est�a seomitindo?(1:45:49) A SRa� BEATRIZ KICIS DE SORDI (Fora do mi rofone.) -Ent~ao, eu queria saber do Pro urador se ele . . . N�os temos um institutoque age onde o Minist�erio P�ubli o n~ao atua ou n~ao atua devidamente.Assim, eu gostaria de saber se ele a ha que o Minist�erio P�ubli o est�aatuando da forma orreta diante de agrante des umprimento dalei ou se ele a ha que o TSE, quando j�a h�a um of�� io ao Congresso, quevotou a lei om essa grande margem de representa� ~ao, dizer que vai umprir essa lei om dez anos, se isso �e umprir a lei. Se oMinist�erioP�ubli o n~ao est�a se omitindo no seu mister onstitu ional de�s al da lei?Essa �e a minha pergunta. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Perfeito! Essa �e a pergunta.Estou sendo bastante liberal pela import^an ia do tema e pelos ob-jetivos a que queremos hegar.O senhor quer responder �a pergunta . . .Como �e o seu nome? A senhora n~ao se . . .

7.5 TSE des umpre a lei? Minist�erio P�ubli o se omite? 71A SRa� BEATRIZ KICIS DE SORDI (Fora do mi rofone.) - Meu nome�e Beatriz Ki is, eu sou Presidente do Instituto . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Como? Por gentileza, repita o seu nome.A SRa� BEATRIZ KICIS DE SORDI - Beatriz Ki is, Presidentedo Instituto Resgata Brasil8.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Est�a bem.O senhor pode responder?O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Sr. Presidente, �e omo eu ia dizendo:eu tenho a impress~ao . . . Ali�as, eu n~ao tenho a impress~ao, eu tenhoa onvi � ~ao de que a transpar^en ia �e, ertamente, o prin ��pio funda-mental da demo ra ia. Ningu�em aqui est�a ontra a transpar^en ia;ningu�em aqui est�a dizendo ontra a honestidade dos resultados dasurnas. O que n�os estamos dizendo �e o seguinte: existe um sistema im-plantado no Brasil que, num determinado momento da nossa hist�oriapol��ti a, entendeu-se que seria o sistema mais adequado, que �e jus-tamente o sistema eletr^oni o de vota� ~ao. Em algum momento, esteParlamento entendeu isso e olo ou na lei. Existe uma lei prevendoisso.Agora, de que maneira n�os vamos realizar isso? A forma omo est�asendo realizado �e a melhor forma? Existem defasagens te nol�ogi as?Existem avan� os que n�os poder��amos in orporar? OMinist�erio P�ubli oest�a �s alizando o des umprimento da lei?Bem, omo eu disse, o TSE n~ao disse que n~ao implantaria o voto.Ele disse que implantaria dentro das possibilidades, in lusive �nan ei-ras. Pou o tempo atr�as, eu re ordava, houve um aperto no or� amentot~ao grande, t~ao grande, que at�e zonas eleitorais foram extintas.8Beatriz Ki is foi eleita deputada federal pelo DF no primeiro turno das elei� ~oesde 2018 no Brasil

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76 8 DEN �UNCIA DE CRIME CONTRA A DEMOCRACIAO SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Eu lhe agrade� o, Senador, a sua genero-sidade de re onhe er que teve raz~ao de ser . . .O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Esta audi^en ia.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - . . . esta audi^en ia.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Claro!O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - E est�a atingindo seus objetivos. E apartir disso eu pe� o en are idamente �as pessoas que est~ao se manifes-tando - e est~ao aqui se manifestando por patriotismo e por amor �a lei- que re onhe� am o m�erito desta audi^en ia p�ubli a.(Manifesta� ~ao da plateia.) (Palmas.)8.2 Denun iamos que o Tribunal Superior Eleitoral des- umpre a lei(1:54:22) O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra- ia e Cidadania/PSB - AP) - N~ao h�a a menor d�uvida! O que n�osestamos fazendo aqui �e uma den�un ia formal de que o TribunalSuperior Eleitoral des umpre a lei.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Exato. N�os estamos bus ando aquilo deque j�a suspeit�avamos.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - O Minist�erio P�ubli o deve agir, sim.O SR. JOS�E JAIRO GOMES - E agir�a, Senador. Agir�a.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-

738 Deputado denun ia rime ontra a demo ra- ia e ontra a lei do voto impresso(1:50:48) O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra- ia e Cidadania/PSB - AP) - Pela ordem, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Eu s�o lhe fa� o uma �ultima pergunta.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Sr. Presidente, pela ordem.(Interven� ~ao fora do mi rofone.)O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - J�a vamos dar, estou lhe devendo.Mas, Dr. Jos�e Jairo, existe ou n~ao uma lei, h�a v�arios anos,determinando esse voto impresso? (Palmas.)(Interven� ~ao fora do mi rofone.)O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Essa lei . . . Senador, existe, veja,existe uma lei de 2015 . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Se existe, n�os n~ao devemos umpri-la?O SR. JOS�E JAIRO GOMES - Existe uma lei de 2015 e existe tamb�em,�e bom dizer isso, uma de is~ao do Supremo Tribunal Federal dizendo,na legisla� ~ao anterior, que era in onstitu ional, por exemplo. Havia,por exemplo, o voto . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - �E in onstitu ional essa lei?O SR. JOS�E JAIRO GOMES - N~ao. Essa n~ao. A anterior. Havia umalei anterior, anterior a essa, dizendo, por exemplo, o voto . . . Um dos

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74 8 DEN �UNCIA DE CRIME CONTRA A DEMOCRACIAargumentos que se diziam �e o de que o voto, quando o eleitor retira ovoto, isso poderia, por exemplo, servir para o me anismo de omprade voto.O SR. PEDRO DOURADO DE REZENDE - Retirar voto? O que �eisso?O SR. JOS�E JAIRO GOMES - N~ao . . .(Interven� ~oes fora do mi rofone.)O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Depois eu tenho que dar a palavra aoSenador Capiberibe, ao Deputado Izal i, e n�os temos que en errar,porque aos objetivos n�os j�a hegamos. N�os j�a estamos om umaideia bem lara do que est�a a onte endo.O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - Eu gostaria de fazer umaparte tamb�em, se poss��vel, antes de terminar.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - O senhor seja breve, por favor.(Interven� ~oes fora do mi rofone.)

8.1 H�a uma onspira� ~ao ontra demo ra ia do BrasilO SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Presidente, Presidente Lasier Martins, eu exijo queV. Exa� umpra o Regimento Interno. Eu exijo que V. Exa� umpra. . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Eu sou obrigado a umprir o Regimento.O Regimento �e lei. �E lei.Senador Capiberibe.

8.1 H�a uma onspira� ~ao ontra demo ra ia do Brasil 75(Interven� ~oes fora do mi rofone.)O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Muito obrigado.(1:52:51) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - Capiberibe.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Obrigado.N�os j�a nos manifestamos em rela� ~ao ao voto impresso. H�a 15 anosaqui trabalhamos, apresentamos projetos de lei na C^amara por in-term�edio da Deputada Janete Capiberibe, om assessoria do Dr. Amil- ar Brunazo e de Maria Apare ida . . .O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - S�o um lembrete: o senhor foirelator desse projeto de lei do Azeredo que o Pro urador Jos�e Jairoapresentou, e esse projeto foi arquivado.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Exatamente.O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Aqui no Senado.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - N�os aprovamos uma lei do voto impresso em 2003,que aiu em 2004. A lei n~ao foi umprida na elei� ~ao muni ipal. Ouseja, h�a de fato uma inten� ~ao de n~ao fazer valer a lei.E esta audi^en ia - V. Exa� tem inteira raz~ao de hamar esta audi^en ia- �e para revelar �a Na� ~ao que h�a uma onspira� ~ao ontra a demo- ra ia.(Manifesta� ~ao da plateia.) (Palmas.)O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - Perfeito.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Dr. Jos�e Jairo . . .

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80 8 DEN �UNCIA DE CRIME CONTRA A DEMOCRACIAO SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Eu j�a vou on luir.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Est�a bem.

8.4 Conspira� ~ao de desobede er a lei olo a em ris o ademo ra ia(1:59:10) O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra- ia e Cidadania/PSB - AP) - Mas quero on luir dizendo o seguinte:est�a em ris o a demo ra ia. J�a se fala em n~ao haver elei� ~oes nesteano. V. Exa� sabe que isso orre aqui dentro. Eu j�a fui abordado porSenadores que me falaram isso. Est�a em ris o a demo ra ia, ou ha-ver�a uma mitiga� ~ao dos Poderes nestes pr�oximos meses, at�e a elei� ~ao.Com mais essa onspira� ~ao, que me pare e muito lara, dedesobede er �a lei, realmente aminhamos para um pro essoobs uro.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Muito bem! Obrigado.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Obrigado, Senador.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - O senhor sabe, Senador Capiberibe, quen�os ompartilhamos de v�arios des ontentamentos om esta Casa, ondelaboramos. N�os nos identi� amos em v�arios apelos e em desa ordos om o que a onte e.Numa defer^en ia, Deputado, ao prest��gio da sua presen� a aqui, V.Exa� tem a palavra, Deputado Izal i.

8.2 Denun iamos o Tribunal Superior Eleitoral 77dania/PSB - AP) - A Pro uradora-Geral de Justi� a, Raquel Dodge -foi levantado aqui pelo Dr. Amil ar Brunazo - entrou om uma ADI ontestando a Lei 13.165. Pare e-me que h�a um entendimentodessa inst^an ia superior de desrespeitar a vontade popular,porque n�os sabemos que as urnas eletr^oni as s~ao inseguras. Vo ^esabe que vo ^e digita o n�umero, mas n~ao sabe para quem vai essen�umero. �E o voto �as egas. E a so iedade brasileira sabe disso. Equem insiste? Quem insiste �e, neste momento . . . Quando eu tomei onhe imento da ADI, eu disse: olha, estamos perdidos, porque oTribunal insiste em n~ao umprir a lei, agora o Minist�erioP�ubli o, que deveria obrar . . .O SR. AMILCAR BRUNAZO FILHO - �E, em vez de ata ar quemn~ao umpre a lei, est�a ata ando a lei! (Palmas.)O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - N�os n~ao pre isamos . . . Eu sugiro �a Presid^en ia, omo onsequ^en ia desta audi^en ia p�ubli a, que prepare um arrazo-ado em torno dos ind�� ios apresentados e a ione o Minist�erio P�ubli o,a ione a Dra� Raquel Dodge para tomar as provid^en ias. As pessoasest~ao indignadas porque ningu�em �e idiota. As pessoas est~aoper ebendo.(Manifesta� ~ao da plateia.) (Palmas.)O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Eu tentei fazer auditagem de urna eletr^oni a. Est�aa�� o Dr. Amil ar, que foi a pessoa que trabalhou nisso. A resposta doTSE: \N~ao h�a omo fazer auditagem de urna eletr^oni a." Foiou n~ao foi essa a resposta? Isso foi em 2006. Eu perdi uma elei� ~ao paraurna eletr^oni a. Sabem por qu^e? Porque eu estava disputando omum dos homens mais poderosos da Rep�ubli a, que era Jos�e Sarney. Eun~ao poderia ganhar dele! Ent~ao, o povo queria uma oisa, mas, paraven er, eles tiveram que lan� ar m~ao de todos os artif�� ios poss��veis,in lusive da urna eletr^oni a. E esse neg�o io da urna eletr^oni a pre isa

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78 8 DEN �UNCIA DE CRIME CONTRA A DEMOCRACIAprevale er esta elei� ~ao.Eu sugiro que a gente forme uma omiss~ao de Senadores e de Se-nadoras.8.3 O Poder Judi i�ario n~ao est�a a ima da lei(1:56:58) O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o ParlamentarDemo ra ia Progressista/PSD - RS) - Aqui, h�a um do umento en a-minhado por uma dezena de parti ipantes que est�a tamb�em sugerindoisso. �E o que n�os vamos fazer: a forma� ~ao de uma omiss~ao de Se-nadores para esse devido en aminhamento, porque n~ao pode � ar porisso.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - O Ministro Fux vir�a aqui na semana que vem.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Ele vir�a aqui na ter� a-feira que vem.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - E ele vai ouvir exatamente tudo que foi dito aqui,porque ele pre isa tomar provid^en ias.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Exatamente.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - O Judi i�ario n~ao est�a a ima da lei. Eu a abeide falar que o Judi i�ario se omporta omo se estivesse a ima da lei.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Perfeito!O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - E eu n~ao falo s�o da legisla� ~ao eleitoral, falo tamb�emde outras leis que ele des umpre. Falei da Lei da Transpar^en ia, Lei

8.3 O Poder Judi i�ario n~ao est�a a ima da lei 79Complementar 131, de 2009. Eles fazem letra morta da lei. Vo ^e,para a har uma informa� ~ao, pre isa ser espe ialista em navega� ~ao daInternet, para en ontrar uma informa� ~ao nos sites dos Tribunais deJusti� a dos Estados. O Minist�erio P�ubli o tem de agir em rela� ~ao aisso, ao umprimento da lei. O Minist�erio P�ubli o age em rela� ~ao aosprefeitos, quando um prefeito n~ao umpre a Lei da Transpar^en ia.V. Exa�, Dr. Jos�e Jairo, falou muito em transpar^en ia, disse queo sol �e o melhor antiss�epti o. Mas o Judi i�ario n~ao umpre a Lei daTranspar^en ia. Como �e que vivemos em um Pa��s em que n�os, aqui,no Congresso Na ional, votamos leis e em que essas leis n~aos~ao umpridas? (Palmas.)Agora, abe uma r��ti a, Senador Lasier Martins: quando o Con-gresso Na ional amputa um peda� o das suas fun� ~oes e deixa de legislarsobre temas onstitu ionais, quando aprova uma interven� ~ao no Riode Janeiro, isso se d�a por que esse Congresso Na ional �e submisso a in-teresses es usos, a outros interesses, e n~ao aos interesses da so iedadebrasileira, da oletividade brasileira. Essa �e a grande verdade!O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Obrigado.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - V. Exa� tem de ter pa i^en ia.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Eu lhe agrade� o.O SR. JO~AO CAPIBERIBE (Blo o Parlamentar Demo ra ia e Cida-dania/PSB - AP) - Eu vou umprir o Regimento Interno. Se eu tiverde falar aqui durante duas horas, V. Exa�, omo Presidente da Mesa,vai ter a obriga� ~ao de me ouvir, mas eu n~ao vou lhe fazer essa desfeita,n~ao. Pode � ar tranquilo.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - V. Exa� ser�a razo�avel.

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84 9 QUESTIONAMENTOS FINAIS E AGRADECIMENTOSO SR. FELIPE MARCELO GIMENES (Fora do mi rofone.) - Osenhor me des ulpe. �E apenas uma frase. Parte da desgra� a queest�a a onte endo no Pa��s Venezuela foi patro inada por essasurnas fraudulentas da Smartmati , essa mesma empresa que est�aaqui no Brasil querendo omandar nossas elei� ~oes. �E s�o isso.Muito obrigado. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Muito obrigado.Eu quero ent~ao agrade er os nossos onvidados Jos�e Jairo Gomes,Pedro Ant^onio Dourado de Rezende, Amil ar Brunazo Filho, Diegode Freitas Aranha; os nossos Parlamentares que ompare eram.(Interven� ~ao fora do mi rofone.)O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Su intamente.

9.3 Peti� ~ao por lisura nas elei� ~oes, demo ra ia limpa e ontagem de votos veri� �avel(2:04:52) O SR. PEDRO ANT^ONIO DOURADO DE REZENDE -Sim, Senador. J�a que eu fui itado omo tendo a usado o TSE de pro-mover uma li ita� ~ao fraudulenta, sobre omiss~ao do Minist�erio P�ubli o,vou lhe passar uma �opia da peti� ~ao que eu apresentei e proto olei nasede da Pro uradoria-Geral da Rep�ubli a, no dia 4 de dezembro doano passado, em ujo �ultimo se l^e o seguinte:Ante a gravidade da situa� ~ao, requer a peti ionante seja desig-nada audi^en ia p�ubli a para apresenta� ~ao de justi� ativas quanto�a persist^en ia dessas vulnerabilidades [des ritas no relat�orio do Dr.Diego℄, e debate sobre alternativas de rumo apazes de ofe-re er �a so iedade lisura nas elei� ~oes em forma e em medidaansiadas por quem lama por demo ra ia limpa om elei� ~oes

819 Questionamentos, den�un ias, on lus~oes e agra-de imentos(2:00:10) O SR. IZALCI LUCAS (PSDB - DF) - Obrigado, Senador.

Figura 16: Deputado Izal i Lu asPrimeiro, quero parabenizar V. Exa� pela ini iativa desta audi^en ia.Tive a oportunidade de fazer duas audi^en ias na C^amara em anosanteriores. Tenho j�a um requerimento para a Comiss~ao de Ci^en ia eTe nologia aprovar agora uma pr�oxima reuni~ao.

9.1 Deputado Izal i Lu as lembra omiss~ao do TSEEu queria, primeiro, ressaltar dois pontos. Primeiro, em todas asaudi^en ias que �zemos nesta Casa, o TSE se omitiu, n~ao om-pare eu. In lusive, na �ultima feita na C^amara, havia uma audi^en iap�ubli a mar ada para o dia seguinte, ele a ante ipou para o dia da

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82 9 QUESTIONAMENTOS FINAIS E AGRADECIMENTOSaudi^en ia da C^amara, exatamente para n~ao ompare er e justi� ar aaus^en ia do TSE.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Qual �e a pessoa? Quem n~ao ompare eu?O SR. IZALCI LUCAS (PSDB - DF) - O TSE n~ao mandou nenhumrepresentante para as audi^en ias que �zemos.De forma� ~ao, eu sou ontador, sou auditor. E n~ao existe l�ogi a, omo foi dito aqui muito bem pelo Dr. Pedro, nessa possibilidadede um mesmo Poder legislar, opera ionalizar - que �e o quea onte e -, �s alizar e julgar. Isso �e um absurdo ompleto! N�osn~ao podemos admitir que haja esse pro edimento ompleto no TSE.Talvez em fun� ~ao disso, perda de poder, que eles n~ao queiram mudaresse sistema.A quest~ao da auditoria. Como foi dito tamb�em aqui pelo Amil ar,que o PSDB soli itou essa auditoria, o �org~ao auditado n~ao pode de�niro que pode e o que n~ao pode. A auditoria deve ser feita de formaaleat�oria e pelos auditores; n~ao �e pelo Poder. Ent~ao, o TSE n~ao temesse poder de dizer o que pode e o que n~ao pode. Portanto, � oumuito laro aqui o que n�os queremos, e o Congresso tem obriga� ~ao defazer isso, �e umprir a lei.Eu �z aqui um requerimento para o Ministro Gilmar Mendes, em2017, om 16 questionamentos exatamente sobre isso: sobre a quest~aodas urnas, quanto usta, quanto h�a, quantos foram adquiridos. Depois,ainda refor ei om o Presidente da C^amara, �z um of�� io ao PresidenteRodrigo Maia, agora em dezembro de 2017; refor ei, em janeiro de2018, para o Ministro Gilmar Mendes soli itando informa� ~oes, in lu-sive de a ordo om a Lei de A esso �a Informa� ~ao. Eles s~ao obrigadosa dar para a gente essas informa� ~oes.N~ao abe realmente ao TSE dizer que vai umprir, omo foi aresposta do Ministro ao Presidente da C^amara . . . O Ministro Gil-mar Mendes respondeu que o ronograma de distribui� ~ao do parque9.2 Smartmati , elei� ~oes na Venezuela e no Brasil 83eletr^oni o vai em 2020. Ora, omo o TSE pode pegar uma lei apro-vada por esta Casa, pelo Congresso Na ional, e dizer que s�o vai um-prir em 2020? Ser�a que, numa senten� a do tribunal no STF ou noSTJ, ou qualquer que seja a senten� a, n�os �e que vamos de�nir quandon�os vamos umprir, ou se �e que vamos umprir, ou se vamos umprirpar ialmente?Ent~ao, n�os n~ao podemos admitir, omo Congresso Na ional, essaquest~ao. Realmente exigimos o voto impresso j�a que n~ao temnada a ver om essa a� ~ao de in onstitu ionalidade. O argumentoutilizado pelo Minist�erio P�ubli o quanto �a quest~ao do segredo, do votose reto, n~ao �e ompat��vel om o que est�a na lei, a qual �e muito lara.E j�a aberia ao TSE bus ar alternativas administrativas, te nol�ogi as,para realmente fazer a elei� ~ao de uma forma isenta, omo d�a parafazer. Qualquer t�e ni o pode mostrar que n~ao haver�a manipula� ~ao,n~ao haver�a nada disso, omo foi olo ado nos argumentos do Minist�erioP�ubli o.Portanto, parabenizo V. Exa� e espero que o TSE de fato ompare� aaqui na ter� a-feira, para realmente dar maiores es lare imentos.Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Perfeito.

9.2 A mesma Smartmati parti ipa das elei� ~oes na Ve-nezuela e no Brasil(2:04:15) O SR. FELIPE MARCELO GIMENES (Fora do mi rofone.)- Agora s�o mais uma quebra de proto olo. Eu s�o levantei para dizerque . . .O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - O senhor j�a estra� alhou o proto olo.

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88 10 VOTO EM C�EDULA DE PAPEL, 2018adi ionando mais re ursos eletr^oni os para tornar o sistema om essaspropriedades n~ao faz nenhum sentido. Qualquer sistema de vota� ~aoque est�a sob ontrole de um fraudador, de um advers�ario ter�a todos osseus me anismos de transpar^en ia e seguran� a tamb�em sob ontroledesse advers�ario, desse fraudador.9.5 Agrade imento a presen� a de todosO SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Muito obrigado.Nada mais havendo a tratar, de laro en errada a presente reuni~ao,agrade endo a presen� a de todos.(Ini iada �as 10 horas e 14 minutos, a reuni~ao �e en errada �as 12horas e 26 minutos.)10 Peti� ~ao: voto em �edula de papel j�a no se-gunto turno das elei� ~oes de 2018Voto em C�edula de Papel J�a no 2o Turno de 2018!9peti aopubli a. om.br10Para: Exmos. Srs. Ministros do TSE, Exmos. Srs. Ministros do STF,Exmos. Srs. Senadores, Exmos. Srs. Deputados Federais, Exmos.Srs. Comandantes MilitaresUltimato da Vontade do Povo Brasileiro ao TSE:\Voto por C�edula J�a no Segundo Turno das Elei� ~oes de 2018"9Do umento: \. . . gaia/gaia/ artaz/voto edula papel.pdf".10Internet: \https://peti aopubli a. om.br/pview.aspx?pi=BR108361".

9.3 Elei� ~oes, demo ra ia om ontagem de votos veri� �avel 85veri� �aveis, in lusive exigida em Lei [. . . ℄, ao arrepio de pro-tela� ~oes arti� iosas e ampla propaganda de quem porventura insisteem um urso que vai se tornando ada vez mais perigoso para o Brasil.Isso foi depois do ontrato de 7 milh~oes sem li ita� ~ao om a Flex-troni s para entregar os 30 prot�otipos de urnas superfaturadas queimprimem votos e antes de apare er o edital para li ita� ~ao de urnas om muitos aditivos �a ompra de m�odulo de impress~ao sem ne es-sidade, por estar fazendo uma li ita� ~ao de omponentes de d��spares,diferentes, software om dispositivo de impress~ao e tudo, que foi ganhapela Smartmati .Houve audi^en ia, Ministro? Houve resposta do Minist�erio P�ubli oa essa peti� ~ao? Houve o que eu estou ouvindo aqui agora, o que paramim n~ao �e resposta satisfat�oria. Houve uma audi^en ia p�ubli a omdois dias de ante ed^en ia, om um edital daquele tamanho, om aquela omplexidade, j�a preparado, onde apare eram apenas duas empresas adastradas para ompetir. Uma delas �e essa que foi itada na �ultimafala, que a abou ganhando a li ita� ~ao e que tem os problemas que euli antes, na peti� ~ao.O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Perfeito.Isso tudo ser�a levantado tamb�em na audi^en ia om Ministro Fux,na pr�oxima ter� a-feira, ap�os o que n�os vamos en aminhar um pedido�a Comiss~ao, ao Presidente da Comiss~ao de Constitui� ~ao e Justi� a paranomea� ~ao de um pequeno grupo para n�os estudarmos om breve prazo,porque n�os estamos a sete meses das elei� ~oes e n~ao podemos nos de-morar nesse tema, tem que ser tudo muito r�apido para uma on lus~ao,no mais tardar, vamos dizer, at�e o �m do m^es que vem. Devemos ter on lus~oes e entendemos que realmente a situa� ~ao �e grave, �e mais doque suspeita.Houve elementos, pelo menos para mim, des onhe idos hoje. Ti-nha uma ideia, por esse lamor geral que aumenta no Brasil

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86 9 QUESTIONAMENTOS FINAIS E AGRADECIMENTOSinteiro, om rela� ~ao �a falta do voto impresso, da des on�an� ada urna eletr^oni a, e, diante da import^an ia dessas elei� ~oes - repitoo que disse l�a no ome� o -, uma das elei� ~oes mais importantes daHist�oria do Brasil diante da degrada� ~ao a que hegou o Pa��s, om des-moronamento institu ional, �eti o, e on^omi o, pol��ti o, et . Portanto,nun a houve uma ne essidade de transforma� ~ao que s�o as elei� ~oes po-der~ao ajudar - n~ao resolver, mas ajudar a resolver.N�os temos um item a resolver, que �e o das pr�oprias elei� ~oes. Essaselei� ~oes t^em que ser transparentes. Sen~ao, n�os podemos ter umanova frustra� ~ao.Obrigado aos senhores.O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - Gostaria de fazer um aparte.�E poss��vel?O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo- ra ia Progressista/PSD - RS) - Se for r�apido, e 13h30 tenho outra omiss~ao para parti ipar.O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - �E muito r�apido, apenasporque fui itado.A SRa� DILETA CORREA SILVA (Fora do mi rofone.) - Por genti-leza, uma �ultima den�un ia, senhores. A redito que talvez n~ao . . .(Interven� ~ao fora do mi rofone.)

9.4 As urnas eletr^oni as brasileiras n~ao tem InmetroO SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Qual �e o seu nome?(2:08:58) A SRa� DILETA CORREA SILVA (Fora do mi rofone.) -Meu nome �e Dileta Correa Silva, sou de Santa Catarina.N�os �zemos uma omiss~ao em Santa Catarina e entramos om um

9.4 As urnas eletr^oni as brasileiras n~ao tem Inmetro 87

Figura 17: Dileta Correa Silva de Santa Catarina

pedido de vista ao TSE e ao Minist�erio P�ubli o. Ini iamos em setem-bro do ano passado e estamos reiterando um posi ionamento e umaresposta do TSE e do Minist�erio P�ubli o para saber por que as ur-nas eletr^oni as n~ao t^em Inmetro. �E uma den�un ia grav��ssima,porque qualquer equipamento de seguran� a pre isa, por lei,ter Inmetro.Ent~ao, gostaria que os senhores pudessem levar adiante este pedido,em nome de Santa Catarina e a redito que de todo o povo brasileiro,este questionamento: por que as urnas eletr^oni as n~ao t^em In-metro?O SR. PRESIDENTE (Lasier Martins. Blo o Parlamentar Demo ra- ia Progressista/PSD - RS) - Muito obrigado. (Palmas.)(2:09:56) O SR. DIEGO DE FREITAS ARANHA - Eu gostaria s�ode registrar, para a gente n~ao air na mesma armadilha que a Justi� aEleitoral vem repetindo, que essa informa� ~ao de que a forma de tornaro sistema eletr^oni o brasileiro de vota� ~ao mais seguro e transparente �e

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92 10 VOTO EM C�EDULA DE PAPEL, 2018garantir a legitimidade dessa vontade!Assim, se o STF e o STE negam o umprimento da lei n~ao restaao Povo Brasileiro outra inst^an ia, em vista da fal^en ia do Estado deDireito e da rise institu ional, sen~ao mais um manifesto e a mobi-liza� ~ao popular tomando as ruas do nosso Brasil ontinental, om oobjetivo de garantir a sagrada vontade popular na es olha deseus representantes.

10.3 Voto em �edula de papel e prote� ~ao militar do elei-torA solu� ~ao est�a em umprir-se a Constitui� ~ao que determina a pu-bli idade da ontagem dos votos, e omo a impress~ao do voto est�asustada pelo STF, que seja ent~ao disponibilizada a �edula em papel,que j�a est�a prevista na legisla� ~ao eleitoral e dispon��vel nas zonas eleito-rais, para uso quando do mal fun ionamento do sistema eletr^oni o devota� ~ao. As �edulas existem em modelos aprovados pelo TSE, sendovi�avel o emprego para todos os eleitores, j�a que a impress~ao �e umaprovid^en ia banal e dispon��vel em larga es ala.Objetivamente, esta �e a nossa vontade omo idad~aosBrasileiros:a) Que as elei� ~oes no segundo turno, seja implementada por meiode �edula em papel tradi ional, da forma omo sempre se realizouno Brasil. N~ao ser�a um retorno ao passado, mas t~ao somente umaprova de transpar^en ia e legitimidade ao pro esso eleitoral, on-forme pre eito onstitu ional da publi idade, at�e que possa ser umprida a Lei 13.165/15 aprovada pelo Congresso Federal e arbi-trariamente sustada pelo TSE.

10.1 Lei do voto impresso em papel 89N�os, eleitores Brasileiros de todos os partidos, estamos trans-tornados om a inexist^en ia de transpar^en ia no nosso pro essoeleitoral, deixando pairar sobre a Na� ~ao Brasileira d�uvidas sobre o umprimento da nossa vontade soberana de omo idad~aos Bra-sileiros termos nosso voto omputado ao andidato que es olhemos. Aurna eletr^oni a sem o voto impresso impossibilita, ap�os a realiza� ~aoda vota� ~ao, a apura� ~ao p�ubli a da ontagem dos votos, n~ao possibi-litando a auditagem do resultado da vota� ~ao, ou seja, a re ontagemdos votos.A justi� ativa da presente manifesta� ~ao eviden iando as nossasang�ustias e esperan� as, deve-se ao fato de vivermos uma grave riseinstitu ional ante a onstata� ~ao de que o poder Judi i�ario, e mais es-pe i� amente o Superior Tribunal Federal (STF), guardi~ao da nossaConstitui� ~ao, se re usa a umprir a lei vigente e os pre eitos onsti-tu ionais da auditagem da apura� ~ao p�ubli a dos votos, olo ando-sea ima das leis, dos outros poderes e da moral omum. Todo idad~aoBrasileiro tem o direito ontitu ional de saber para quem seuvoto foi omputado.

10.1 Lei do voto impresso em papel e publi idade na on-tagem dos votosTal re usa foi on�rmada re entemente pelo STF, quando do umpri-mento da Lei 13.165/2015, mais onhe ida omo a Lei do VotoImpresso, que determina a impress~ao dos votos, uma vez que a on-tagem de ada voto �e ato administrativo sujeito ao prin ��pioda \publi idade" para ser v�alido (Art. 37 da Constitui� ~aoFederal 1988).Ressaltamos que a Lei 13.165/2015 aprovada por esmagadoramaioria no Congresso, vetada integralmente pela ent~ao PresidenteDilma, teve o veto derrubado em 18 de Novembro de 2015, no Con-

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90 10 VOTO EM C�EDULA DE PAPEL, 2018gresso e no Senado, tamb�em por maioria esmagadora nessas asas, ques~ao os verdadeiros e �uni os representantes da vontade soberanado povo Brasileiro (88% na C^amara e 92% no Senado).Adi ionalmente, de maneira tr�agi a, em junho de 2018, de modo to-talmente injusti� �avel, arbitr�ario e esquizofr^eni o, tivemos outro asoemblem�ati o de des umprimento da vontade popular, quando o STFa atou a medida autelar des abida e suspeita da Pro uradora Geralda Rep�ubli a (PGR) om a absurda e mentirosa alega� ~ao de que o em-prego das pou as 35 mil urnas om impressora dispon��veis (ao inv�esdas 600 mil ne ess�arias a todo o Brasil, aproximadamente 5% do total)violaria o prin ��pio do sigilo do voto.Ou seja, ap�os o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter prevari adopor mais de dois anos o umprimento da Lei, o STF entendeu que,embora a impress~ao do voto aprovada pelo Congresso n~ao ontrarienenhum dispositivo da Constitui� ~ao e viabilize a transpar^en ia im-pres ind��vel do pro esso eleitoral, a Lei deve ser implantada gradual-mente. Mais um absurdo, se n~ao ontraria a Constitui� ~ao e foi apro-vada ma i� amente pelo Congresso e pelo Senado e om quase tr^es anosde ante ed^en ia, de�nitivamente, n~ao abe ao STF nenhuma a� ~aoque interrompa o umprimento da Lei de import^an ia apital para anossa demo ra ia!10.2 Demo ra ia, elei� ~ao transparente, ontagem p�ubli ade votos em papelIsto fere diretamente nossa idadania, uma vez que a soberana ma-nifesta� ~ao da vontade do idad~ao n~ao est�a sendo umprida. Epasmem, h�a 20 anos de uso da urna eletr^oni a, nesta elei� ~ao de 2018seria a 1a� vez que uma lei obrigaria o umprimento da publi idadede nosso voto!!! Portanto, o STF protagonizou, uma vez mais, intro-miss~ao indevida em outro Poder, desrespeitando a Constitui� ~ao no

10.2 Elei� ~ao transparente e ontagem p�ubli a dos votos 91mais sagrado ato da demo ra ia { o voto.Como j�a dissemos, a ontagem de ada voto �e ato administrativosujeito ao prin ��pio da publi idade para ser v�alido (Art. 37 da Cons-titui� ~ao Federal de 1988) e omo n~ao h�a nenhum tra� o sequer dein onstitu ionalidade na Lei 13.165/2015 que determina a impress~aodo voto, reiteramos que n~ao �e admiss��vel em um regime Republi anoque a es olha soberana do idad~ao seja pro essada em segredo e em ompleto desprezo ao prin ��pio onstitu ional da publi idade.Portanto, n~ao se trata de fraude ou favore imento a andidatos,mas t~ao somente que a sagrada e soberana vontade do povoBrasileiro, express~ao m�axima da demo ra ia seja respeitada,pela possibilidade de auditar a ontabilidade dos votos, viabilizando o umprimento da Constitui� ~ao! Ao se permitir que o voto seja pro es-sado se retamente, o Brasileiro renun ia �a sua idadania e entregaseu futuro e a soberania na ional ao arb��trio mono r�ati o de re-presentante aleat�orio e o ulto da Justi� a Eleitoral, dando todas asevid^en ias de regime de absoluto totalitarismo.As raz~oes insond�aveis que levam o poder judi i�ario a negar vig^en ia�a lei n~ao importam. H�a urg^en ia em se garantir um pro esso eleitoraltransparente nesta que ser�a uma das mais importantes elei� ~oes dahist�oria republi ana brasileira. No momento em que agentes p�ubli os ontribuem om regimes ditatoriais e solidarizam-se om ideologias om hist�ori o geno ida e que massa ram a liberdade individual, apropriedade privada e os valores morais da fam��lia, o ris o para ofuturo da P�atria Brasileira �e gigantes o. Nossa soberania est�a �a beirado abismo.O que desejamos �e que o pr�oximo Presidente seja eleito demo r�ati- a e legitimamente, representando a vontade popular soberana on-forme previsto em nossa Constitui� ~ao Federal. \todo poder emanado povo, que o exer e por meio de representantes eleitos porsua vontade, nos termos da Constitui� ~ao". Portanto, h�a de se

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10.4 Soberania da Na� ~ao e do povo Brasileiro unido 93b) O emprego das for� a na ional, poli ia federal e das for� asarmadas, omo j�a �e tradi� ~ao no Brasil, na seguran� a das se� ~oes elei-torais e entros de apura� ~ao.10.4 Soberania da Na� ~ao e do povo Brasileiro unidoEn�m, o momento �e grave, omo outros que vivemos em passado re- ente. H�a a tentativa de dividir a nossa popula� ~ao em temas ques~ao variados e alien��genas �a nossa so iedade. Temas que nos levam �adis �ordia e �a desuni~ao. S~ao fomentados on itos entre Negros e Bran- os, Homos e Heteros, Norte e Sul. Pobres e Ri os, Esquerda e Direita,So ialistas e Capitalistas, Ideologia de G^enero e outros que a irram asepara� ~ao e in itam ao �odio.N~ao podemos permitir que haja uma onvuls~ao so ial, que ertamente o orrer�a, se pairar qualquer d�uvida sobre o re-sultado nas pr�oximas elei� ~oes.Como sempre �e esperado, o pr�oximo Presidente, ter�a a tarefa demanter unido o povo Brasileiro e trabalhar pela paz so ial, desen-volvimento e prosperidade de todos, e para isso ter�a que ser eleito, re-petimos, por meio de um pro esso eleitoral simples, seguro, leg��timoe audit�avel.Dessa forma exigimos, omo Brasileiros, que obede� am aConstitui� ~ao e as leis no sagrado pro esso eleitoral, para termosuma solu� ~ao legal e demo r�ati a no lugar da tirana urna eletr^oni a,tranq�uilizando os ^animos a irrados que hoje retiram a paz da nossaso iedade e a redibilidade do Brasil perante o en�ario interna ional.Viva a vontade soberana do povo Brasileiro.Salve a Na� ~ao Brasileira

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