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Informativo do Instituto de Previdência do Município de Cachoeiro de Itapemirim Outubro de 2013 - Distribuição Gratuita - Nº 20 Desafios dos RPPS Aplicações Financeiras e Meta Atuarial em 2013 Segurada do IPACI grava CD através da Lei Rubem Braga A Campanha Outubro Rosa. Pág. 2 Os Gestores dos Regimes Próprios de Previdências Social - RPPS dos Estados e Municípios vivem em 2013 uma nova experiência na alocação da disponibilidade dos recursos financeiros no mercado brasileiro. Experiência essa que, se não traz em si o resultado almejado de bater a meta atuarial, já trouxe grande aprendizado para a gestão dos ativos dos Institutos de Previdência. Cultuou-se durante muito tempo, no ambiente de juros altos, a ideia do risco zero para os investimentos em títulos públicos ou em fundos de investimentos em renda fixa com carteira recheada de títulos públicos. A experiência tem nos mostrado que a alocação de 100% dos recursos em títulos públicos não significa rentabilidade garantida, ou melhor, não está sujeita somente ao risco soberano (risco país), mas também a volatilidade do mercado. A meta atuarial estabelecida pela legislação previdenciária para os RPPS, Portaria MPS 403/2008, que normalmente identificamos como sendo “inflação mais 6% ao ano”, na verdade é uma taxa real de juros (juros nominais menos inflação) de no máximo 6%, definida na Política de Investimentos do RPPS e que deve ser utilizada na Avaliação Atuarial do regime previdenciário. Entretanto, a redução de juros de 1% na meta representa uma elevação exorbitante no custeio do regime previdenciário. Cada caso precisa ser estudado individualmente, mas um ponto percentual a menos na meta atuarial representa um crescimento de cerca de 30% de déficit atuarial (receitas menos despesas de longo prazo). Custo que deverá ser arcado pelo Tesouro Municipal ou Estadual já com dificuldades para suportar o atual passivo atuarial. Na nova realidade da Política Econômica do Brasil dificilmente veremos taxa de juros reais de 6% ao ano. A Taxa Selic saiu de 18,50% ao ano, em dezembro de 2005 para 8,75% ao ano, em dezembro de 2009. A inflação (IPCA) acumulada no ano, nestes dois momentos, era de 5,69% e 5,91% respectivamente. Ou seja, neste período a taxa real de juros fechou de um patamar de mais de 13% para menos de 3% ao ano. Em dezembro de 2012 com a Taxa Selic em 7,25% ao ano e o IPCA em 5,84%, a taxa de juros real observada foi de 1,41% ao ano. Esclarecimento: O décimo terceiro no período do auxílio–doença. Pág. 2. Em entrevista, Lucineide Moreira conta como foi a experiência. Pág. 4. www.ipaci.es.gov.br VISITE NOSSO SITE ANO 2009 2010 2011 2012 set/13 Resultados dos investimentos IPACI META ATUARIAL 10,36% * 12,85% 12,33% 12,19% 8,43% Invetimentos IPACI 10,04% 13,16% 13,66% 23,79% -6,86% *INPC + 6%

Desafios dos RPPS - ipaci.es.gov.bripaci.es.gov.br/dados/jornal/ipaCiculandoOutubro2013N_20.pdf · Os Gestores dos Regimes Próprios de Previdências Social - RPPS dos Estados e Municípios

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Informativo do Instituto de Previdência do Município de Cachoeiro de Itapemirim

Outubro de 2013 - Distribuição Gratuita - Nº 20

Desafios dos RPPSAplicações Financeiras e Meta Atuarial em 2013

Segurada do IPACIgrava CD através da

Lei Rubem Braga

A Campanha Outubro Rosa. Pág. 2

Os Gestores dos Regimes Próprios de Previdências Social - RPPS dos Estados e

Municípios vivem em 2013 uma nova experiência na alocação da disponibilidade

dos recursos financeiros no mercado brasileiro. Experiência essa que, se não traz

em si o resultado almejado de bater a meta atuarial, já trouxe grande aprendizado

para a gestão dos ativos dos Institutos de Previdência.

Cultuou-se durante muito tempo, no ambiente de juros altos, a ideia do risco

zero para os investimentos em títulos públicos ou em fundos de investimentos em

renda fixa com carteira recheada de títulos públicos. A experiência tem nos

mostrado que a alocação de 100% dos recursos em títulos públicos não significa

rentabilidade garantida, ou melhor, não está sujeita somente ao risco soberano

(risco país), mas também a volatilidade do mercado.

A meta atuarial estabelecida pela legislação previdenciária para os RPPS,

Portaria MPS 403/2008, que normalmente identificamos como sendo “inflação

mais 6% ao ano”, na verdade é uma taxa real de juros (juros nominais menos

inflação) de no máximo 6%, definida na Política de Investimentos do RPPS e que

deve ser utilizada na Avaliação Atuarial do regime previdenciário.

Entretanto, a redução de juros de 1% na meta representa uma elevação

exorbitante no custeio do regime previdenciário. Cada caso precisa ser estudado

individualmente, mas um ponto percentual a menos na meta atuarial representa

um crescimento de cerca de 30% de déficit atuarial (receitas menos despesas de

longo prazo). Custo que deverá ser arcado pelo Tesouro Municipal ou Estadual já

com dificuldades para suportar o atual passivo atuarial.

Na nova realidade da Política Econômica do Brasil dificilmente veremos taxa de

juros reais de 6% ao ano. A Taxa Selic saiu de 18,50% ao ano, em dezembro de 2005

para 8,75% ao ano, em dezembro de 2009. A inflação (IPCA) acumulada no ano,

nestes dois momentos, era de 5,69% e 5,91% respectivamente. Ou seja, neste

período a taxa real de juros fechou de um patamar de mais de 13% para menos de

3% ao ano. Em dezembro de 2012 com a Taxa Selic em 7,25% ao ano e o IPCA em

5,84%, a taxa de juros real observada foi de 1,41% ao ano.

Esclarecimento:O décimo terceiro no

período do auxílio–doença.Pág. 2.

Em entrevista,Lucineide Moreira conta como

foi a experiência. Pág. 4.

www.ipaci.es.gov.br VISITE NOSSO SITE

ANO2009201020112012set/13

Resultados dos investimentos IPACIMETA ATUARIAL

10,36% *12,85%12,33%12,19%

8,43%

Invetimentos IPACI10,04%13,16%13,66%23,79%-6,86% *INPC + 6%

Page 2: Desafios dos RPPS - ipaci.es.gov.bripaci.es.gov.br/dados/jornal/ipaCiculandoOutubro2013N_20.pdf · Os Gestores dos Regimes Próprios de Previdências Social - RPPS dos Estados e Municípios

Editorial

Outubro de 20132

EditorialAs recentes oscilações do

mercado financeiro trouxeram grandes desafios para os Regimes Próprios de Previdência. Gestores de todo o país tiveram que tomar difíceis decisões diante de um cenário de instabilidade econômica que transformou a meta atuarial num fator ainda mais preocupante e ainda mais difícil de ser atingido.

Na modesta tentativa de tornar o assunto mais próximo e compreensí-vel aos nossos leitores, começamos essa edição de outubro com um artigo que fala sobre essa nova realidade, provocando o debate sobre a busca de alternativas para as aplicações financeiras e os desafios da gestão do passivo atuarial.

Temos a alegria de publicar também uma entrevista com a nossa a p o s e n t a d a e C o n s e l h e i r a Previdenciária do IPACI, Lucineide Moreira. Ela acaba de gravar um CD, através da Lei Rubem Braga, e nos conta como foi realizar o sonho de muitos anos.

E como o IPACI faz todos os anos, mais uma vez abraçamos a Campanha Outubro Rosa.

Boa leitura!

Geraldo HenriquePresidente

Continuação

As mudanças introduzidas pela Resolução CMN 3922/2010, numa estratégia

acertada para um cenário de queda juros, levaram os RPPS a alocar recursos financeiros

em fundos de investimentos de renda fixa atrelados ao Índice de Mercado Anbima

(índice IMA) e, também, a experimentar a volatilidade do mercado.

Em 2012 os resultados foram surpreendentes, com rentabilidade das carteiras de

investimentos dos RPPS muito superior à meta de 11,84% ao ano (IPAC + 6%), em alguns

casos, mais de 24% ao ano. Porém, em 2013, com a Selic saindo de 7,25%, em janeiro,

para 9,50%, em outubro, o índice IMA teve uma variação negativa de -8,10% (IMA-B em

14/10/13) e a rentabilidade das aplicações dos RPPS no ano negativa em torno de -7%,

enquanto a meta atuarial a ser batida, em setembro, era de 8,43%.

Os resultados invertidos dos dois últimos anos, entre outros fatores, devem-se ao

fato de que na “marcação a mercado” o valor da NTN – B (Nota do Tesouro Nacional série

B), normalmente oscila de forma inversa à taxa Selic devido ao cupom de juros fixado na

compra. E cerca de 90% dos recursos do RPPS estão alocados nestes títulos públicos.

Nesta nova realidade, entre aprendizados e resultados esperados, os gestores dos

RPPS terão de buscar novas alternativas para alocação dos recursos financeiros

previdenciários, pensando não somente na remuneração dos investimentos, mas no

custeio do passivo atuarial, considerando, sobretudo, a capacidade de financiamento de

cada ente federativo.

(Geraldo Henrique – Presidente Executivo do IPACI)

Dez/02 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Out/13

25%12,5%12,5%

16,5%9,3%7,2%

17,8%7,6%

10,15%

18,0%5,69%

12,31% 13,3%3,14%

10,11%

11,25%4,46%6,79%

13,75%5,9%

7,85%

8,75%4,31%4,44%

10,75%5,91%4,84%

12,5%6,87%5,63%

11,0%6,5%4,5%

7,25%5,84%1,41%

9,5%5,86%3,64%

SelicIPCAJuros Reais

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Aniversariantes de NovembroAniversariantes de Novembro01

01

02

03

03

04

04

04

05

05

05

05

07

07

07

08

09

09

12

Efigênia da Silva Oliveira

Jose Candido da Silva

Felipe da Cunha Mello

Arlete Feu Neves

Laudicea da Rocha Guimarães

Leticia Guimarães Bosio

Nilza Sant'ana de A. Guimarães

Osmar Fernandes Oliveira

Carlos Heleno Pereira

Celizete Ramos Dias

Maria Aparecida M. Tofano

Vania Maria de Lima Mardegan

Adeir Camara Lopes

Jacineia Rodrigues da S. Morais

Yrapuã Bandeira Saraiva

Maria Ana Affonso da Silva

Nelly Almeida de Souza

Olandina Ferri Fabris

Francisca Pernambuco da Silva

12

13

13

13

14

15

16

16

16

20

20

20

20

20

21

24

25

25

25

Tania Coelho dos Santos Gomes

Lycia Miranda Marques Leal

Marlene Valadão Missi

Terezinha Lima dos Santos

Maria da Penha Mendes

Antonio Carlos C. dos Santos

Claudete Tofano Cansi

Cremilda Batista

Solimar Cagnin

Lucila da Cunha Camargo

Luiz Henrique Oliveira da Silva

Marco Antonio da Silva

Maria da Penha Silva Baptista

Maria Thea Baptista Cardoso

Maria da Penha Gonçalves Neves

Eliene de Oliveira

Maria Cecilia Ugeri Dezan

Marionaldo de Aguiar

Regina Aparecida B. Souza

Novos aposentados e

pensionistas de Setembro

Marlene de Souza Cesar

Dilma Macedo Bastos

Rosa Maria Zerbone Machado

Evandro Colodete

Outubro de 2013 3

30

30

Joete Pinto da Fraga

Lucia Gonçalves

Esclarecimento: O décimo terceiro noperíodo do auxílio – doença

De acordo com o decreto municipal nº 11693 de

1999, o Décimo terceiro salário (Gratificação Natalina)

deve ser pago ao servidor público efetivo e aos

celetistas no mês de seu aniversário. Entretanto, para o

servidor que se encontra de auxílio-doença, a legislação

estabelece prazos e datas diferentes.

A Portaria nº 044/2007 determina que, aos

servidores que se encontram em gozo do benefício de

auxílio-doença, o pagamento do décimo terceiro seja

realizado nas datas em que os mesmos obtiverem alta

médica do IPACI. Em outras palavras, se o servidor fizer

aniversário no período do auxílio-doença, só receberá a

gratificação quando tiver alta.

Vale lembrar que, diferente dos efetivos e celetistas,

para os demais vínculos o décimo terceiro é pago em

duas parcelas, sendo a primeira no mês de junho e a

segunda até o mês de dezembro.

Prazos para pagamento do décimo terceiro

Servidor efetivo e celetistas O décimo terceiro é pago no mês do aniversário.

Servidor em gozo do benefício do auxílio-doença

no mês do aniversário

O décimo terceiro é pago quando o servidor

obtiver alta médica.

Demais vínculos O décimo terceiro é pago em duas parcelas,

a primeira no mês de junho e a segunda

até o mês de dezembro.

Parabéns

Segurados!

Fiquem atentos ao

Recadastramento anual

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Outubro de 20134

ConvêniosBancos:Banestes Caixa Econômica Federal Banco do Brasil Banco BMG Sicoob Banestes

Ótica:Óticas Perfil - 3511-0611

Jornalista Responsável

Sarah Louzada (ES 2840)

Fotos

Arquivos IPACI

Projeto Gráfico Croma Fotolitos

Impressão Gráfica Alternativo

Tiragem 2500 exemplares

Rua Rui Barbosa, 16, Centro,

Sala 401/402,

Ed. Santa Cecília - Centro

Cep: 29.300-042

Cachoeiro de Itapemirim-ES

Telefone (28)3155-5364

Horário de atendimento 8 às 18h

www.ipaci.es.gov.br

Plano Odontológico:Prodent – (27) 3315-5004

Segurada do IPACI grava CD atravésda Lei Rubem Braga

Quando surgiu a ideia de gravar esse CD?

Isso era um sonho antigo. Eu sempre quis gravar um CD, mas nunca tinha conseguido porque o processo todo é muito caro. Daí eu ouvi falar da Lei Rubem Braga, mas não imaginava que conseguiria. Na véspera de encerrar as inscrições eu resolvi me inscrever. Preenchemos o formulário, entregamos e, graças a Deus, fui contemplada.

O que sentiu quando soube que seu projeto havia sido escolhido?

Nossa, eu dei pulos de alegria. Mal podia acreditar que eu estava bem perto de realizar um sonho. Eu canto desde os noves anos e só agora, com 68, eu ia conseguir gravar um CD.

Como foi o processo de gravação? Gostou do resultado?

Eu pude contar com a ajuda de gente muito capaz. E o CD foi feito com muito capricho e muito carinho, porque era uma realização, um sonho e tinha que ser muito bem feito né! Ficou realmente do jeito que eu queria.

O lançamento do CD aconteceu no dia 21 de setembro, no Shopping Cachoeiro. Como foi essa experiência?

Foi muito emocionante. A praça de alimentação estava cheia. Minha família e amigos estavam todos lá e até parentes de fora também vieram me prestigiar. Eu fiquei muito feliz.

O que você tem a dizer sobre a Lei Rubem Braga?

Eu acho um excelente projeto, algo que nunca tinha existido por aqui. Cachoeiro tem muita gente boa em

todas as formas de arte e a gente precisava disso, de um projeto que nos apoiasse. Foi através dessa Lei que realizei meu sonho.

Gostaria de agradecer a alguém?

Agradeço em especial ao Rhamon Macedo que se empenhou bastante pra fazer esse trabalho, ao meu irmão Evandro Moreira e ao Arnoldo Silva. Mas agradeço também a todos que me ajudaram direta e indiretamen-te e que me deram tanto apoio para a realização desse sonho.

Lucineide Moreira trabalhou durante 22 anos no setor de contabilidade da prefeitura. Mas antes mesmo de

ingressar no serviço público, já mostrava interesse pela música. Aos nove anos começou a desenvolver seu talento

e ainda jovem, se apresentou em conhecidos veículos de comunicação da década de 60 como a Rádio Nacional, a

Rádio Tupi e a TV Excelsior. Na época, ganhou o primeiro lugar no programa de calouros do famoso compositor Ary

Barroso, da Rádio Nacional. Mãe de duas filhas e avó de quatro netas, Lucineide Moreira conta como foi a

experiência de gravar seu primeiro CD aos 68 anos.

Os CDs estão à venda no Café Mourad's (em frente àsede da Prefeitura Municipal) e também com a própriasegurada. O projeto foi financiado pela Prefeitura por

meio da edição 2012 da Lei Rubem Braga deCachoeiro de Itapemirim.