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5.7.1.4 Escala de Inteligência de Weschsler para Crianças (WISC III) A Escala de Inteligência de Wechsler para crianças foi desenvolvida por David Wechsler em 1949, no entanto em 1991 é elaborada a terceira edição desta escala (WISC III), por uma equipa de investigadores, coordenada pelo Dr. Aurélio Prifitera. A adaptação portuguesa da WISC III foi desenvolvida por uma equipa do Departamento de Investigação e Publicações Psicológicas da CEGOC, no período de quatro anos (1999-2003). A WISC III é considerada a principal, a melhor e a mais utilizada medida de inteligência para crianças e adolescentes. É um instrumento clínico de administração individual a sujeitos com idade compreendidas entre os 6 e os 16 anos e 11 meses. Esta medida pretende explorar o funcionamento intelectual geral e tem como principal objectivo avaliar o desempenho cognitivo da criança ou do adolescente. O desempenho do sujeito é avaliado tendo em conta o QI Verbal, o QI de Realização e o QI da Escala Completa. Através destes resultados é possível avaliar uma série de aptidões intelectuais do sujeito. Da análise factorial feita aos subtestes emergiram 3 Índices Factoriais: Compreensão Verbal, Organização Perceptiva e Velocidade de Processamento. Esta escala é constituída por treze subtestes que se subdividem em 2 grupos, os subtestes verbais (Informação;

Descrição Medida WISC III

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Page 1: Descrição Medida WISC III

5.7.1.4 Escala de Inteligência de Weschsler para Crianças (WISC III)

A Escala de Inteligência de Wechsler para crianças foi desenvolvida por David

Wechsler em 1949, no entanto em 1991 é elaborada a terceira edição desta escala

(WISC III), por uma equipa de investigadores, coordenada pelo Dr. Aurélio Prifitera.

A adaptação portuguesa da WISC III foi desenvolvida por uma equipa do

Departamento de Investigação e Publicações Psicológicas da CEGOC, no período de

quatro anos (1999-2003).

A WISC III é considerada a principal, a melhor e a mais utilizada medida de

inteligência para crianças e adolescentes. É um instrumento clínico de administração

individual a sujeitos com idade compreendidas entre os 6 e os 16 anos e 11 meses. Esta

medida pretende explorar o funcionamento intelectual geral e tem como principal

objectivo avaliar o desempenho cognitivo da criança ou do adolescente. O desempenho

do sujeito é avaliado tendo em conta o QI Verbal, o QI de Realização e o QI da Escala

Completa. Através destes resultados é possível avaliar uma série de aptidões intelectuais

do sujeito. Da análise factorial feita aos subtestes emergiram 3 Índices Factoriais:

Compreensão Verbal, Organização Perceptiva e Velocidade de Processamento.

Esta escala é constituída por treze subtestes que se subdividem em 2 grupos, os

subtestes verbais (Informação; Semelhanças; Aritmética; Vocabulário; Compreensão e

Memória de Dígitos, sendo este último opcional), e os subtestes de realização

(Completamento de Gravuras; Código; Disposição de Gravuras; Cubos; Composição de

Objectos; Pesquisa de Símbolos e Labirintos, sendo os dois últimos opcionais).

A WISC III é um instrumento de avaliação com elevada fidelidade,

particularmente nos QI’s e nos Índices Factoriais. Os valores médios de consistência

interna do QI Verbal, do QI de Realização e do QI Total são: 0.93, 0.88 e 0.89,

respectivamente. Para os Índices Factoriais apresenta os valores médios de consistência

interna de 0.91 para o Índice de Compreensão Verbal, 0.87 para o Índice de

Organização Perceptiva e 0.78 para o Índice de Velocidade de Processamento. Os sub-

testes apresentam valores médios de consistência interna que se situam entre os 0.62

para o sub-teste Pesquisa de Símbolos e 0.84 para os sub-testes Aritmética e Cubos. Os

valores dos coeficientes, quanto ao acordo interavaliadores, varia entre 0.92 para o su-

teste Vocabulário e 0.99 para os sub-testes Semelhanças e Labirintos. Os vários estudos

empíricos sobre as correlações entre os sub-testes e sub-escalas, as análises factoriais

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exploratórias e confirmatórias e também as correlações entre a WISC III e outras provas

de avaliação da inteligência têm demonstrado que esta escala avalia adequadamente o

constructo que pretende medir (Wechsler, 2004).