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2011 Prof. Julyana Biavatti IFPR Instituto Federal do Paraná Desenho Técnico de Moda

Desenho Técnico de Moda

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Apostila de desenho técnico de moda

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  • 2011

    Prof. Julyana Biavatti

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    Paran

    Desenho Tcnico de Moda

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    Cronograma da disciplina Desenho Tcnico:

    1.O desenho:

    -Introduo ao desenho

    -Conceitos bsicos

    -Base do Desenho Tcnico

    -Principais Linhas do Vesturio

    2. A estrutura das roupas

    - Tipologia das Saias

    - Tipologia das Calas

    - Tipologia de Blusas

    - Tipologia de Vestidos

    - Golas

    - Decotes

    - Mangas

    - Cavas

    - Pences

    - Texturas

    3. Ficha tcnica

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    1. O DESENHO

    Para definir desenho podemos dizer que so linhas e rabiscos feitos numa superfcie

    qualquer, como numa folha de papel.

    O desenho tcnico (Technical Drawing) o desenho da roupa planificada, sem o volume do corpo

    e desenhado na proporo normal da figura humana (sem estar alongada) e serve para a

    construo da modelagem, nele devem constar as informaes tcnicas do modelo. a

    ferramenta mais importante por ser o meio de comunicao entre quem cria e quem fabrica.

    DESENHO TCNICO:

    Observe como as informaes so apresentadas de forma que o modelista possa compreender o

    desenho e fazer o molde como o estilista deseja.

    2. MATERIAIS BSICOS PARA INICIAR O DESENHO

    O lpis conhecido como instrumento de escrita, mas

    para os artistas e estudantes de arte e design ou reas afins

    (pintura, arquitetura, moda...) comeam seus desenhos a partir

    do esboo de um lpis. possvel desenvolver vrios tipos de

    linhas e tons, e h diferentes gradaes de grafite, das mais

    duras s bem macias sendo, portanto, um material

    muito verstil.

    Existem os lpis de grafite de espessura dura, mdia e

    macia. As mais duras permitem traos finos, cinzentos e

    plidos; as mais macias produzem traos mais grossos e mais

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    negros, pois depositam mais grafite no papel.

    Assim temos basicamente a seguinte escala de grafites:

    Os diferentes tipos de papel aumentam as possibilidades de desenhos, pois cada

    superfcie reage de um modo ao lpis. O esfuminho tem o formato de um lpis e feito de papel

    ou camura, tendo por finalidade realizar sombreamento do desenho. O esfumaado permite a

    obteno de grande variedade de tonalidades de grafite, sendo indicado o uso de lpis moles (HB

    ao 6B). Esta tcnica suaviza as linhas do desenho e permite a combinao de tons.

    Para o desenho tcnico, no se utiliza a cor. O desenho deve ser monocromtico (preto e

    branco). Porm o desenho tcnico feito no computador, j aceita cores e detalhes como

    estampas, bordados devido praticidade em testar combinaes e harmonias.

    O papel utilizado desde as superfcies mais lisas s mais rugosas, dando assim,

    uma conotao muito pessoal para cada desenho. Os mais apropriados so os do tipo sulfite e

    canson, que podem ser encontrados em vrios tamanhos e gramaturas.

    natural que utilizemos a borracha para retificar pequenos erros. Mas as funes

    da borracha no se limitam a isso, pode servir para desenhar delineando formas e realando

    brilhos bem como dar efeito de luz e sombra.

    Os desenhos tcnicos de produtos do vesturio so representados com caneta nanquim

    ou similar. Para uma maior clareza, prope se a utilizao de quatro espessuras: 0.7 para

    contornos externos e 0.5 pespontos largos e 0,2 para linhas auxiliares e costuras finas. Porm, na

    prtica pode-se reduzir esta regra utilizao de apenas duas espessuras de canetas de livre

    escolha: a mais grossa para contornos e a mais fina para os detalhes.

    Devem ser realizados em escala, necessitando tambm da representao numrica das

    dimenses das partes, evitando dessa forma erros na fabricao do prottipo.

    Para o desenhista tcnico de moda, a roupa deve ser entendida como um objeto que

    repousa sobre o volume do corpo, obedecendo as suas formas e articulaes. No

    desenvolvimento de seu trabalho, o profissional precisar lembrar que suas orientaes serviro

    de base para a confeco da roupa e que esta, fora do corpo, uma superfcie plana, mas que

    ganha volume quando vestida, tornando-se tridimensional. Assim, alm das medidas de altura, o

    desenho precisa reproduzir as reentrncias e os relevos do corpo.

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    3. ESCALAS PARA O DESENHO TCNICO DE MODA

    A escala de um desenho a relao da dimenso de um objeto ou elemento representada

    num desenho para a dimenso real deste objeto ou elemento.

    O desenho pode ser realizado em trs tipos de escala:

    Escala natural: representao do objeto em sua verdadeira grandeza (1:10)

    Escala de ampliao: representao do objeto maior que sua verdadeira grandeza (X:1),

    geralmente utiliza-se esta escala em desenhos de detalhes de peas, que para uma

    melhor compreenso so desenhados separadamente em tamanho maior.

    Escala de reduo: representao do objeto menor que sua verdadeira grandeza (1:X),

    utilizado na maioria dos desenhos de produtos do vesturio, sendo mais utilizadas as

    escalas 1:5 e 1:10.

    A escala escolhida para a representao grfica do produto do vesturio deve ser coerente

    com a complexidade do mesmo. Para representar um desenho com um nmero elevado de

    informaes aconselhvel a utilizao da escala 1:5 com desenhos de detalhes em 1:2. Se a

    pea for pequena, pode-se optar pela escala 1:2 em todo o desenho, ou ainda escolher uma

    escala de ampliao. A escala selecionada deve possibilitar uma leitura clara e rpida da

    informao que deve ser decodificada. No desenvolvimento de produtos do vesturio as escalas

    usualmente adotadas so as escalas de ampliao e reduo.

    3.1.Tipos e espessuras de linhas empregadas no desenho tcnico:

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    4. CONCEITOS BSICOS

    Proporo: Refere-se ao equilbrio ideal de tamanho entre as partes que compe

    um todo.

    No caso do corpo humano, a cabea estabelece uma relao de proporo com

    tronco e as pernas. No desenho, a cabea usada como unidade de medida que

    fornecer alturas e larguras do corpo. Na mulher brasileira, cuja altura mdia fica

    entre 1,60 m e 1,75m, o corpo dividido em aproximadamente 8 cabeas.

    Simetria: Refere-se semelhana entre os lados direito e esquerdo. De um modo

    geral, o corpo humano no mantm exatamente as mesmas medidas de um lado e

    do outro; h pequenas diferenas, muitas vezes imperceptveis quando se olha,

    mas perceptveis quando se mede. No desenho, o eixo de simetria representado

    por uma linha vertical que vai da cabea, passando pelo nariz, at o espao entre

    os ps.

    Volumes e Concavidades: Referem-se s formas do corpo; suas curvas,

    reentrncias e relevos. No desenho, so as linhas sinuosas que o representam.

    5. PRINCIPAIS LINHAS DO VESTURIO

    Ter conhecimento das principais linhas do vesturio faz parte do conhecimento bsico para o

    profissional de moda que dever se expressar atravs do desenho tcnico. Atravs da histria

    da indumentria, desde os tempos antigos at os dias atuais, existe uma diversidade muito

    grande de linhas. Atravs de uma anlise, verificou-se que muitas linhas, diretas ou

    indiretamente, so derivadas de outras, sejam mais enriquecidas ou mais simplificadas.

    Uma anlise nesta direo dos volumes, e uma verificao das caractersticas e tipologia das

    linhas, as definies de comprimento e o estudo geomtrico das formas e detalhes; percebemos

    que a moda recomeou a trabalhar as formas, baseando-se em linhas rigorosamente

    geomtricas.

    A tipologia das linhas so indicadas

    por letras do alfabeto,

    formas geomtricas ou com nome

    de algum estilo. [A linha a silhueta da vestimenta, a qual mostra

    volume e comprimento.]

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    5.1. Linhas

    Caractersticas (que conduz a costura e modelagem) indicam uma determinada sistematizao

    das partes que compe o modelo.

    Vejamos as seguintes figuras:

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    6. BASE DO DESENHO TCNICO:

    Para comear o desenho tcnico de moda necessrio definir uma base de corpo para que todos

    os desenhos sigam um nico padro.

    Cada base tem bem definida as linhas do pescoo, busto, cintura e quadril, para facilitar o

    desenho das peas. Os braos afastados do corpo para facilitar o desenho de mangas. Assim

    como as pernas, no caso de desenho de calas, bermudas e shorts.

    Vejamos algumas bases para que vocs possam comear a treinar o desenho tcnico:

    6.1. Base de corpo:

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    7. TCNICA DO PAPEL VEGETAL

    a tcnica onde voc desenha no vegetal sobre a base.

    Obedecendo ao limite do corpo e dando os espaamentos

    necessrios para definir caimentos de roupa.

    Vejamos o passo-a-passo abaixo:

    Passo 1

    Dobre um papel vegetal ao meio

    Passo 2

    Coloque o papel dobrado sobre a base e coloque a dobra

    junto linha central do manequim base, fixando-o ao papel.

    Passo 3

    Desenhe um dos lados da pea, de acordo com as linhas guia

    da base.

    Passo 4

    Aps terminar o desenho de um lado da pea, retire o papel

    vegetal e dobre-o com o desenho voltado para dentro

    Passo 5

    Com o papel vegetal dobrado, copie todo o desenho at que

    este passe para o outro lado do papel. Dessa forma a o

    desenho estar completo e simtrico.

    Passo 6

    Agora desdobre o papel vegetal.

    Com um lpis macio (6B ou 4B) voc ir colorir o todo o

    verso do desenho, este voc colocar virado para a folha que

    sair o desenho completo.

    Contornando o desenho todo transfira o esboo para o papel

    definitivo.

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    Passo 7

    Depois de passar o esboo para o papel definitivo, desenhe os detalhes finais e cubra com caneta

    preta.

    Passo 8

    Utilize uma caneta mais grossa para os contornos do desenho e uma mais fina para as linhas

    internas. Pronto!

    Voc tambm pode fazer os dois lados direto no vegetal sem precisar ficar dobrando para fazer o

    outro lado, mas a simetria no sair to perfeita.

    Outra dica tambm: Depois de ter feito um desenho de uma pea perfeita, uma blusa ou uma

    cala, voc poder copiar todo o contorno do mesmo, transferindo para um papel carto ou um

    mais grosso e us-lo como molde para outras peas semelhantes modificando somente os

    detalhes internos do desenho.

    7.1 EXERCCIO:

    Pegar uma pea de roupa bsica, colocar disposta sobre uma

    mesa e fazer o desenho tcnico no papel vegetal sobre a

    base.

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    8. TIPOLOGIA DAS SAIAS

    As saias vestem a regio da cintura e do quadril e pernas. Por isso, devem ser desenhadas de

    modo a indicar a liberao do movimento, o que pode ser obtido por meio de diferentes

    recursos, tais como fenda, pregas, babados, franzidos, enviesamento do tecido e outros.

    Saia Reta: Saia cortada em linha reta, dos quadris barra. muito usada desde a dcada de 40, quando as metragens de tecido econmicas estavam em vigor.

    Saia God: Cortada de um ou dois pedaos de tecido, a saia god era coqueluche na

    dcada de 50, quando costumava ser usada com camadas de anguas. muito associada

    poca do rock n' roll. Saia Franzida: Saia rodada com leve franzido no cs, de maneira a criar pregas suaves.

    Originariamente parte do traje campons, pensa-se que ela tenha surgido no Tirol, na

    ustria. Esse estilo popular desde a dcada de 40.

    Saia Balo: Saia lanada na Segunda Guerra Mundial. Era franzida na cintura e costurada

    de forma a se curvar em direo aos joelhos, onde era presa por uma tira circular na

    bainha.

    Saia-Cala: Originariamente calas de operrios franceses, so calas bem amplas. No

    sculo XIX, era usada para ciclismo. A palavra passou a designar uma saia de comprimento

    variado que dividida em duas partes, a fim de cobrir cada perna. Na dcada de 30, era

    bem rodada, tornando menos bvia a diviso. Desde aquela poca, muito popular para

    ocasies informais, tanto no vero quanto no inverno. Nos anos 60 e 70, verses de saia-

    cala que iam at o meio da canela, chamadas bombachas, estiveram em moda.

    Saia Envelope: Saia aberta, em que a frente ou costas, quase duplas no sentido da

    largura, fecham com um plano sobreposto ao outro.

    Saia com Pala: Saia com a parte que vai da cintura at o quadril ajustado ao corpo. A pala

    pode ser dianteira, traseira ou em ambas as partes.

    Saia Tulipa: Saia franzida na cintura formando um balo que se fecha em direo barra.

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    Saia Rabo de Peixe: Saia com faixa de tecido, geralmente god, costurada no traseiro ou

    dianteiro parecendo um rabo de peixe.

    Saia Evas: Saia ampla com movimento a partir do quadril, com corte em crculo ou semi-

    crculo.

    Saia Pare: Retngulo de tecido que se ata em torno da cintura, muito usada como sada

    de praia.

    Saia Lava Rpido: Inspiradas nos lava rpidos, so montada com tiras de tecidos.

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    8.1.desenhos de saias passo a passo:

    8.1.1 Desenho da Saia Reta

    A saia reta clssica tem a sua modelagem em forma de tubo, descendo reta do quadril at a barra e

    ajustada cintura por meio de pences. O cs reto e a cintura alta.

    Para desenhar essa saia contorne o quadril com a curva francesa e depois desa at a altura do joelho.

    Depois desenhe as pences e o cs, que deve ficar exatamente em cima da linha da cintura. O cs tem uma

    leve curva para baixo para dar o volume do corpo.

    Nas costas, proceda da mesma maneira da frente, porm, o cs reto. Lembrando que a saia bsica deve

    ter um recorte no centro das costas com um fechamento com zper.

    8.1.2. Desenho da Saia Evas

    A saia evas aquela que tem a barra ligeiramente mais larga, em relao saia reta. Essa saia ajustada

    at o quadril, onde comea a abrir em direo barra, tambm conhecida como a saia em A. bom

    lembrar que toda saia bsica tem a cintura no lugar e a barra na altura dos joelhos. Veja abaixo as partes

    dessa saia:

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    Para desenhar a saia evas contorna-se o quadril com a curva francesa e a partir da prolonga-se essa

    linha uma reta em diagonal, at a linha dos joelhos. Depois se acrescenta as pences e o cs, que

    semelhante ao da saia reta.

    Nas costas, proceda da mesma maneira da frente, porm, o cs reto. Lembrando que a saia evas bsica

    deve ter um recorte no centro das costas com um fechamento com zper.

    8.1.3. Desenho da Saia Franzida

    A saia franzida bsica tem um cs reto, com

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    cintura franzida e comprimento na altura dos joelhos.

    Abaixo o passo-a-passo para desenhar a frente da Saia Franzida. O desenho dessa saia muito

    semelhante ao desenho da Saia Evas, porm, a barra da Saia Franzida bem mais rodada e possui um

    caimento semelhante da saia god. A nica diferena entre a Saia God e a Saia Franzida que a

    segunda possui um franzido na cintura.

    As costas da Saia Franzida no diferem muito da frente e so desenhadas da mesma forma, como mostra

    a figura abaixo.

    preciso

    treinar

    bastante o

    efeito do

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    franzido e o movimento que este proporciona na barra da saia.

    1.Traar a linha da barra encurvada para baixo.

    2.Traar linhas em pares de baixo para cima, em movimentos leves, sem compromisso com

    simetria.

    3.Arredondar as linhas que formam o movimento da barra, conforme a indicao das setas.

    4.Desenhar o cs e os efeitos do franzidos na cintura da saia.

    Muitas podem ser as variaes dessa saia. Abaixo alguns exemplos de como desenvolver outros modelos

    a partir dessa base.

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    9. TIPOLOGIA DAS CALAS

    Reta :Tambm conhecida como cala unissex, pois pode ser usada indistintamente pelo homem e

    pela mulher.Segue o estilo tradicional, o padro clssico de calas comprida, possui pences na

    frente e costas.

    Calas Capri: Calas com comprimento na canela. Durante a dcada de 50, eram calas

    razoavelmente folgadas que se afunilavam at o meio da canela e que se tornaram traje elegante

    de vero. Receberam o nome em homenagem ilha de Capri, na Itlia, balnerio muito popular

    na poca.

    Calas de Ciclista: Calas largas que iam at o meio da canela, geralmente feitas com punhos, os

    quais estiveram em moda durante a dcada de 50.

    Bermuda Ciclista: Modela as pernas e seu comprimento acima dos joelhos.

    Calas de Tradicional (Five pockets): Cs na cintura, confortvel. Bolsos chapados na parte de

    trs, bolso embutido na frente com bolso relgio. Barra convencional, boca reta ou levemente

    afunilada.

    Calas Cargo: Inspiradas nos uniformes dos militares dos anos 70, cs solto cado no quadril,

    bolsos com lapela ou abertos. Modelagem mais larga.

    Calas Legging: Modela bem o corpo, ajustada como uma segunda pele, confeccionada,

    geralmente, em malha. Faz o estilo de roupa prpria para ginstica. Usada na dcada de 80.

    Calas Fuseaux: um tipo de cala de um tecido que adere ao corpo; como malha, lycra, helanca,

    etc. Possui ala de elstico ou da prpria malha que se encaixa sobre o p. Usada na dcada de 50.

    Calas Cigarrete: uma cala bem justa, que modela as linhas do corpo e geralmente possui

    aberturas laterais nas pernas. Foi lanada nas dcadas de 40 e 50.

    Calas Corsrio: Justa, tapando o joelho

    Calas Clochard ou com elstico: Larga, franzida por cinto ou elstico na cintura. Cintura

    alta.Muito usada na dcada de 80.

    Calas Boca de Sino: Justa at os joelhos, e bem larga at a barra.

    Calas Pantalona: Reta no cs e larga nas pernas a partir do quadril. Foi muito usada por volta de

    1965.

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    Calas Baggy: uma cala mais folgada, que no marca muito as linhas do corpo e tem cintura

    alta. Possui pernas largas e afunila na barra.

    Calas Saint Tropez: Cintura baixa, cs bem abaixo da cintura. Anos 90.

    Calas Knicker: Pode ser justa ou folgada, franzidas abaixo do joelho arrematando com elstico ou

    cs com abotoamento preso por um boto ou fivela.

    Calas Pescador: Justa na boca e com barra virada.

    Calas Sarouel: Usada pelos marroquinos com grade quantidade de tecido. Foi lanada nos anos

    80, possui o gancho bem baixo.

    Bermuda: Cala esportiva que no desce alm dos joelhos.

    Macaco: Pea inteiria, com mangas e calas.

    Jardineira: Cala com peitilho e suspensrios que passam sobre os ombros.

    Bloomer: Short estilo fofoca, com franzido ou pregas, arrematando com punho nas pernas.

    Saia Cala: Seu comprimento de saia normal, ou Chanel, com pernas amplas, seja franzida,

    com pregas, gods, etc.

    Cala Pijama: Larga, com ribana no cs e cadaros ou rolots na cintura.

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    10. TIPOS DE VESTIDOS

    Vestido Envelope: Estilo do sculo XX que teve origem no sarongue. A parte da saia, feita de um

    pedao retangular de tecido, enrolada uma vez em torno do corpo, sendo o painel da

    frente transpassado para amarrar-se na cintura. Roupas em estilo envelope so populares para

    ocasies informais, por exemplo, praia e em verses que chegam ao tornozelo para a noite.

    Vestido-avental: Forma de avental com um peitilho, frente nica e saia comprida amarrada atrs,

    na cintura.

    Vestido Frente nica: deixam os ombros mostra sendo amarrados no pescoo.

    Vestido Chemisier: Inspirados nas camisas masculinas de corte reto, gola esportiva

    e abotoamentos. Possui abotoamento frontal e as vezes o uso de cinto.

    Vestido Tubo ou Reto: Pode ser justo, largo, curto ou comprido, contanto que o tubo desa reto

    at a barra. Clssico da moda criado por Coco Chanel.

    Vestido Recortado: Possui recortes no corpo do vestido seja nas laterais, frente e costas. Criado

    por Courrges na dcada de 60.

    Vestido Justo Afunilado: bsico e clssico, possui inmeras variaes. s vezes tem fenda,

    depende do tecido ou malha com o qual foi confeccionado.

    Vestido Evas: Justo at o quadril, abrindo at a barra.

    Vestido Imprio ou Diretrio: A cintura deslocada para embaixo dos seios. Estilo que marcou no

    incio do sculo XIX.

    Vestido Cintura no Lugar: Possui recorte na altura da cintura.

    Vestido Cintura Baixa ou Melindrosa: Recorte abaixo da cintura.

    Vestido Blusado: Possui recorte na cintura, rolots ou elstico.

    Vestido God ou Trapzio: Cortado em god. bem rodado e no marca as formas do corpo.

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    11. DECOTES Parte da roupa onde, eventualmente, so aplicadas as golas. O decote pode ser cortado em diferentes formatos, profundidades e larguras. desenhado sobre a regio do colo, onde se definem o seu formato e a sua altura. Na linha do ombro, define-se a sua largura. Decote Campons: Decote baixo, redondo e franzido inspirado numa blusa camponesa e lanado na dcada de 20. Foi popular tanto para vestidos quanto para blusas. Decote Canoa: Decote raso, em forma de canoa, que vai de um ombro a outro e tem a mesma profundidade na frente e nas costas. Desde o incio da dcada de 20, muito usado

    em vestidos e blusas. Tambm conhecido como decote bateau ("canoa", em francs). Decote Corao: Decote de vestidos e blusas cortado em duas curvas quase semicirculares, que lembram um corao. Vem sendo muito usado ao longo do sculo XX. Decote em U: Decote profundo, em forma de U, muito usado durante o sculo XX em vestidos, corpetes e camisetas. Decote em V: Decote em forma de V, decote V profundo deve passar a linha dos seios. Decote Frente nica: Ombros e costas de fora, amarrando-se no pescoo. Decote Meia Taa: Recortado distante do pescoo, deixa os ombros a mostra.

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    12. TIPOS DE GOLAS Gola de Marinheiro: Gola feita de tecido pesadas em duas camadas costuradas juntas e cortada num quadrado que cai nas costas e vai estreitando-se at formar uma ponta na frente, onde se amarra um lao. Foi muito usada pelas mulheres na dcada de 20. Gola em U: Gola profunda que, a partir do incio da dcada de 1950, apareceu nas blusas e nos casaquinhos de costumes. Gola Plo: Na virada do sculo, era uma gola de camisa masculina, branca, redonda e engomada. Gradativamente, o nome passou a descrever uma gola mole, alta e circular virada para baixo em torno do pescoo. freqentemente usada em malhas e roupas informais esportivas.

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    Gola Role: Gola alta e justa em malha ou pulver de tric. Muito usada na dcada de 60. Gola Xale: Gola de casaco ou vestido que dobrada para baixo formando uma linha contnua que circunda o pescoo at a frente. Muito usada na dcada de 30 e, novamente, na de 50, quando a forma foi muito exagerada. Gola Redonda: Golas largas, redondas e engomadas que, no princpio, era usada por menininhos no comeo do sculo XX. Diversos estilistas adaptaram a roupas femininas esse tipo de gola. Gola Peter Pan: Gola chata, redonda, com cinco a 7,5 centmetros de largura, s vezes bem engomada em homenagem ao heri da pea de J.M. Barrie (1904) e do livro infantil de mesmo nome (1911). A gola Peter Pan foi muito usada pelas mulheres na dcada de 20, contribuindo para as silhuetas de menino da poca. Retornou em dcadas posteriores. Gola Jab: Gola com babado em renda ou do mesmo tecido. Golas Altas: Golas enterteladas ou mesmo de ribanas com aspecto engomado que cobrem totalmente o pescoo. Gola Dior: Avana larga nos ombros, pode ser usada em vestidos e casacos.

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    12.1 Abotoamento de camisas A parte da camisa que recebe os botes chamada tira de vista, ou simplesmente vista. Essa denominao vem do Frances patt, que significa tira. Ela pode receber diferentes tratamentos, como nos desenhos a seguir. Na camisa feminina, o abotoamento feito da direita para a esquerda.

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    12. PENCES E RECORTES DA BLUSA

    As pences so dobras costuradas no verso do tecido com a funo de diminuir a largura da vestimenta para ajust-la ao corpo. Nas blusas, so recursos usados para modelar os seios. Todas as pences partem de um ponto e convergem em direo ao pice do busto. Podem se transformar em recortes, quando se encontram e formam uma linha contnua.

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    13. TIPOS DE CAVAS

    Chama-se cava o recorte feito no molde da roupa para liberar a passagem do brao. As cavas so desenhadas mais encurvadas na frente e mais suaves e longas nas costas, liberando o movimento dos braos. Variam em caimento, amplitude e forma.

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    14. Tipos de Mangas A manga a parte do corpo que veste o brao. Pode ser construda a partir do prolongamento do ombro seguindo diretamente o molde da roupa, ou ser ligada pela cava. As mangas podem ser classificadas em: Mangas com cava variam de acordo com o caimento do ombro, a forma e a amplitude da cava; Manga sem cava variam de acordo com a forma e a amplitude; Mangas mistas so mangas sem recorte de cava, montadas em meia cava, ou mangas cujas costas pertencem a um tipo e a frente a outro.

    Outras variantes ocorrem no corpo da manga: comprimentos, recortes, fio do tecido, largura e ajustes de largura, tais como franzidos, pregas e aplicaes de elsticos, que tambm formam modelos. Manga Presunto: Justa desde o pulso at o cotovelo, a manga presunto avoluma-se do cotovelo ao ombro, onde franzida ou pregueadas e presa ao CORPETE de um vestido ou blusa. Foi muito usada no final do sculo XIX e durante o retorno do estilo EDUARDIANO, no final da dcada de 60 e incio da de 70. Manga Bufante: Manga Curta, franzida e presa aos ombros para criar um efeito cheio. Usada desde o sculo XIX em vestidos toalete, tambm foi empregada em vestidos e blusas de criana. No sculo XX, aparece com freqncia em roupas femininas de vero. Manga Dlm: Cortada como a extenso do CORPETE de um vestido, blusa ou casaco. No possui um recorte no ombro, criando assim uma cava profunda e larga, que se afunila da cintura ao punho. Esse tipo de manga foi muito usado na dcada de 30. tambm chamada manga morcego. Manga Balo: Manga do sculo XIX, com volume generoso na parte superior do brao e justa desde o cotovelo at o pulso. Manga Ragl: Cria uma linha diagonal nos ombros a partir da gola Manga de Aba: Manga pequena, triangular, que forma uma abinha dura ou cai sobre os braos, dando uma proteo mnima. A manga de aba vem sendo usada em vestidos e blusas durante todo o sculo XX. usada principalmente em roupas de vero. Manga Quimono: exageradamente larga, presa a uma cava profunda, que vai do ombro at a cava. Desde o final do sculo 19 vem sendo usada pelos estilistas ocidentais em casacos diversos, inclusive na malharia.

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    Punhos

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    13. Tipologia das Blusas:

    Caracterizao: A blusa uma pea avulsa do vesturio, que pode ser usada como complemento de saias, calas, shorts, e bermudas.Os tecidos utilizados para sua confeco variam conforme o modelo, a ocasio e as tendncias da moda

    Jaqueta um tipo de casaco, de comprimento na altura da cintura e arrematado com cs, podendo ser anatmico, fechada por zper ou botes. feita de tecido plano, malha, couro ou jeans.

    Camisa Bsica Pea bsica do guarda roupa feminino. Aparece em varias verses e estilos. Ex: Manga longa, curta, barra, quadrada, arredondada, etc.

    Blazer Clssico um tipo de casaco na altura dos quadris, com gola e mangas. O abotoamento de 3 botes.

    Top, Espartilho ou Corpete Tomara que caia: normalmente ajustado ao corpo seu comprimento na altura da cintura, possui barbatanas nas costas. Usado no passado par afinar a cintura e levantar o busto.

    Blazer Jaqueto Possui abotoamento duplo, transpassado. S pode ser usado abotoado.

    Spencer um tipo de casaco de comprimento na cintura, geralmente com gola e mangas longas. bem ajustado no corpo.

    Colete Bsico um tipo de casaco geralmente sem gola e sem mangas, de comprimento na cintura. usado normalmente, sobre blusas ou camisas, abotoado na frente ou aberto.

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    Bolero um casaco de comprimento acima da cintura geralmente sem gola e geralmente com mangas.

    Cardig Tipo de casaco na altura dos quadris, geralmente sem gola, podendo ser com ou sem mangas, confeccionado em tric, linha ou boucl.

    Blusa Cigana uma blusa sem gola, de decote bateau, com mangas fofas. Essa blusa presa nos ombros por elsticos. Pode ser larga ou ajustada no corpo.

    Pelerine um tipo de capa, usado como complemento de roupas mais finas geralmente sem gola e confeccionada em tecidos leves.

    Capa Uma pea de vesturio que se usa como complemento; a altura pode variar, geralmente tem gola e usada no inverno.

    Busti Espcie de soutien usado geralmente no vero, sozinho ou com uma camisa por cima.

    Camisa Regata Camiseta sem manga.

    Camiseta ou T-Shirt Possui forma de T, clssica e universal. Usada tambm como divulgao de marcas e idias.

    Blusa Bsica Geralmente em malha, ajustada ao corpo, possui um grande nmero de variaes.

    Camisete Camisa mais curta e ajustada. Possui pences.

    Casaco 7/8 Casaco com comprimento quase nos joelhos. As vezes possui na altura da cintura.

    Manteau Casaco em l pesada, comprimento perto dos tornozelos.

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    14. Tipos de bolsos

    Espaos externos ou internos das roupas, que tm a funo de guardar

    pequenos objetos. Podem ser chapados, embutidos ou abaulados.

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