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desenvolvimento
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Desenvolvimento da Criança de acordo com a idade :
Tabela 1 Faixa Etária - 2 a 9 Meses (Fonte : Bee, 1986 - Psi. Odontop. - Denise Assunção
DIMENSÃO
FÍSICO-MOTORA
· Começam as mudanças na medida em que as áreas motoras e
perceptivas do cérebro se desenvolvem
· Usa mão e se utiliza dela para atividade exploratória, pega objetos
· Concentra-se nos músculos do tronco e tenta dominar o equilíbrio
· A visão vais se estruturando, abrindo-se o campo visual e em
profundidade
· Com o aparecimento dos dentes começa a morder
DIMENSÃO
COGNITIVA
· Início das explorações e observações de pessoas e objetos
· Início de uma linguagem através de gorjeios e balbucios e de emissão de
sons
· Repetição de ações que julga interessante
DIMENSÃO
EMOCIONAL
· Reage ativamente Quando frustrada ou incompreendida pelos adultos
· Progridem as reações afetivas, ficando claros suas emoções e
sentimentos
· Aumentam os contatos que produzem dor, alterando as sensações
relativas a medo e perigo e afetando as relações com ambiente
DIMENSÃO
SOCIAL
· Incorpora a mãe ativamente(chama, pega)
· Começa a sorrir e estabelecer contato visual regular
· Iniciam-se os primeiros estágios de ligação afetiva com os pais ou pessoa
que cuida
Tabela 2 - Faixa Etária - 9 a 18 Meses ( Fonte Bee, 1986 - Psic. Odontop. - Denise
Assunção)
DIMENSÃO
FÍSICO-MOTORA
· Rápido desenvolvimento neurológico nas áreas motoras e perceptivas ,
alcançando desenvolvimento quase completo
· Descentraliza-se o interesse bucal, embora nesta fase estabeleça a
mastigação com erupção da dentição decídua na boca da criança
· Desloca-se engatinhando, começa a andar e ficar em pé
· Aumenta o uso das mãos, Segura e pega objetos, joga coisas e quebra
objetos
· Satisfaz a necessidade de Domínio do equilíbrio e não se intimida com
quedas, até se divertindo com elas
DIMENSÃO · Explora novos espaços e experimenta intencionalmente
COGNITIVA · Descobre formas e objetos e aprende normas
· O aumento do campo de exploração estimula o desenvolvimento
cognitivo
· Começa falar as primeiras palavras, conceitos e pequenas frases
DIMENSÃO
EMOCIONAL
· Progride na matização de suas reações afetivas
· Apresenta medo de estranhos
· Luta contínua entre o que tem vontade de fazer e a vontade de seus
educadores
DIMENSÃO
SOCIAL
· Possui pelo menos uma ligação afetiva e específica que evolui para
outras ligações posteriores
· Explora o mundo usando sua pessoa central como base de segurança
· O estabelecimento da primeira ligação afetiva será crítico nos vários
aspectos do desenvolvimento futuro
Tabela 3 - Faixa Etária – 18 meses a 3 anos ( Fonte Bee, 1986 - Psic. Odontop. - Denise
Assunção)
DIMENSÃO
FÍSICO-MOTORA
· Rápido desenvolvimento neurológico nas áreas motoras e perceptivas ,
alcançando desenvolvimento quase completo
· Descentraliza-se o interesse bucal, embora nesta fase estabeleça a
mastigação com erupção da dentição decídua na boca da criança
· Desloca-se engatinhando, começa a andar e ficar em pé
· Aumenta o uso das mãos, segura e pega objetos, joga coisas e quebra
objetos
· Satisfaz a necessidade de domínio do equilíbrio e não se intimida com
quedas, até se divertindo com elas
DIMENSÃO
COGNITIVA
· Explora novos espaços e experimenta intencionalmente
· Descobre formas e objetos e aprende normas
· O aumento do campo de exploração estimula o desenvolvimento cognitivo
· Começa falar as primeiras palavras, conceitos e pequenas frases
DIMENSÃO
EMOCIONAL
· Progride na matização de suas reações afetivas
· Apresenta medo de estranhos
· Luta contínua entre o que tem vontade de fazer e a vontade de seus
educadores
DIMENSÃO
SOCIAL
· Possui pelo menos uma ligação afetiva e específica que evolui para outras
ligações posteriores
· Explora o mundo usando sua pessoa central como base de Segurança
· O estabelecimento da primeira ligação afetiva será crítico nos vários
aspectos do desenvolvimento futuro
Tabela 4 - Faixa Etária – 03 a 5 anos (Fonte: Bee, 1986; Mussen, 1988
DIMENSÃO
FÍSICO-MOTORA
· Grande crescimento físico
· Mielinização das conexões entre as áreas do cérebro
· Aprimoramento das capacidades motoras. Melhora o controle global e o
fino
· Estabelece-se controle esficteriano, bexiga e intestinos
DIMENSÃO
COGNITIVA
· Aumento da capacidade verba, seu vocabulário aumenta e a criança é
capaz de usar até 1.000 palavras e constrói frase mas longas
· Desenvolve-se sua capacidade de atenção, classificação e conceito de
gênero
· Maior interesse por si própria com aumento do conhecimento de si
· Pensamento lógico é ainda primitivo, mas aumenta sua capacidade de
atenção
DIMENSÃO
EMOCIONAL
· A criança já tem uma extensa gama de sentimentos como receio, desgosto,
decepção inveja, alegrai, impaciência, ternura, prazer, ciúme, simpatia,
hostilidade, etc.
· Persiste o medo de pessoas estranhas, barulhos altos e movimentos
bruscos
DIMENSÃO
SOCIAL
· A ligação afetiva primária em relação aos pais ainda está presente, e a
separação poderá causar ansiedade em momento críticos
· Apresenta uma relação mais completa com os semelhantes com o uso da
linguagem
Tabela 5 - Faixa Etária – 5 a 7 anos(Fonte: Bee, 1986; Mussem, 1988)
DIMENSÃO
FÍSICO-MOTORA
· Enorme crescimento físico e mental (nivelamento do crescimento do
cérebro)
· Aumenta sua capacidade de atenção
· Aprimoramento das capacidades motoras, controle fino – já segura um
lápis ou enfia contas grandes num cordão
· Maior segurança nas capacidades motoras
DIMENSÃO · Aumento da sociabilidade infantil. A criança relaciona-se cada vez mais
SOCIAL com os companheiros
· A criança procura seu espaço entre os companheiros entre os adultos
DIMENSÃO
EMOCIONAL
· Compete com o adulto no mundo imaginário em que se desenvolvem
seus sentimentos
· Quer ser admirada – aferição de suas qualidades
· Reage com frustração ou antipatia quando sua necessidade de saber
não é satisfeita
· O medo do desconhecido está no seu auge em torno dos 04 anos de
idade, mas diminui o medo de pessoas estranhas
· Diminui a angústia de separação
DIMENSÃO
COGNITIVA
· Fase das perguntas
· Fase do faz-de-conta e das brincadeiras simbólicas
· Aumento dos interesses intelectuais e da curiosidade
· A criança começa a ver as coisas de uma perspectiva que não seja a sua
· Aumenta a capacidade de classificação, e o conceito de gênero se
estabelece
Tabela 6 - Faixa Etária - 7 a 12 anos ( Fonte: Bee, 1986; Mussen, 1988)
DIMENSÃO
FÍSICO-MOTORA
· O crescimento físico torna-se mais lento, até as mudanças que
ocorrerão com a puberdade no final deste período
· Aprimoramento contínuo das capacidades motoras, sendo que a
criança desta idade é capaz de andar de bicicleta, fazer esportes,
jogar bola
· Aumenta a capacidade de coordenação motora
· Aumento da acuidade auditiva e visual
· Estabelece-se a capacidade de prestar atenção
DIMENSÃO
COGNITIVA
· A criança é capaz de realizar operações concretas como soma e
subtração, tanto escrito quanto mentalmente
· Torna-se capaz de raciocinar indutivamente
· Aumenta o seu pensamento lógico
· Iniciam-se os primeiros estágios do raciocínio moral
DIMENSÃO
EMOCIONAL
· A ligação afetiva com os pais tornam-se menos aparente, porém
ainda existe
· Formam-se ligações afetivas com amigos especiais
· Aumenta a capacidade de controle do medo
· Superação do Egocentrismo (segundo Piaste)
DIMENSÃO
SOCIAL
· Torna-se cada vez mais ligada aos companheiros que são Quase
todos do mesmo sexo
· Evidenciam-se os papéis sexuais, sendo que os meninos seguem
mais os modelos do que as meninas
· Iniciam-se sentimentos de comunidade e solidariedade
Tabela 7 - Faixa Etária - 12 a 18 anos (Fonte:Bee; 1986
DIMENSÃO
FÍSICO-MOTORA
· Inicia-se e completa-se a puberdade
· O estirão de crescimento faz o jovem atingir sua altura final
· Ocorrem as mudanças físicas decorrentes da puberdade com
aparecimento dos caracteres sexuais secundários( por ex: pelos
pubianos, maturação e crescimento dos órgãos genitais)
DIMENSÃO
COGNITIVA
· O jovem já é capaz de exibir um pensamento dedutivo e
antecipatório
· Desenvolve-se a capacidade para fazer as operações formais
· O desenvolvimento do julgamento moral e as questões morais
tornam-se um assunto importante para adolescentes
DIMENSÃO
EMOCIONAL
· O jovem começa a questionar os valores de seus pais e da
sociedade
· Pode haver conflitos íntimos, relacionamentos traumáticos com os
pais e indefinições quanto à carreira
· Iniciam-se os namoros e os relacionamentos amorosos
DIMENSÃO
SOCIAL
· Forma-se um senso de identidade com relação a papéis sexuais e
estereótipos
· Forma-se uma identidade vocacional e surge uma preocupação com
a carreira, auto-realização e "status" social
· Cresce o interesse por pessoas do sexo oposto. Formam-se grupos
mistos de amigos
Klatchoian, Denise Ascenção, Psicologia Odontopediatrica – São Paulo : Sarver, 1993
6 - Estereotipo dos Pais :
A – Pais Superprotetores :
É o modelo de Pais que acompanham de forma íntima todos os passos que o filho executa,
favorecendo que a criança não desenvolva a emancipação de sua personalidade de modo
adequado.
A.1 – Causas prováveis da Superproteção :
Algum tipo de ameaça a saúde da criança durante o período de gestação ou depois do
nascimento presenciado pelos Pais.
Ausência do calor humano para com os pais quando jovens ou crianças
Desajuste em sua Família que, posteriormente , tenta compensar com a sua prole.
A.2 – Meios usuais de contornar a situação :
O C.D. deve procurar sempre a calma da criança, expressando para os familiares a sua
preocupação efetiva em realizar o tratamento
Destacar a importância de se estabelecer a relação 1:1 referente ao Dentista com o Paciente
B – Pais Manipuladores :
É manifestado publicamente por uma excessiva exigência em relação aos procedimentos
realizados na criança, bem como sua interferência no percurso normal dos atos clínicos, tais
como o tempo de consulta, diagnóstico e tratamento em si.
As preocupações comuns são referentes a eficácia/eficiência do tratamento, bem como os mitos
oriundos da prática odontológica pertinentes á Radiografias (tempo de exposição) e as demais
técnicas cirúrgicas.
Daí a perspicácia do C.D. no lidar com este estilo de Pais, usando sempre do sereno diálogo na
tentativa de evidenciar a importância da prática clínica e os impecilhos que possam surgir em
relação à colaboração da criança diante destas atitudes paternas.
C - Pais Hostis :
São geralmente aqueles Pais que sempre questionam a eficácia e a necessidade do tratamento
odontológico, promovidas comumente por experiências pessoas desagradáveis em clínicas ou
negativismo geral contra profissionais de saúde, além dos mitos referentes à prática clínica em
odontologia.
Exige-se, então, uma paciência mais acurada por parte do C.D. no trato com estes pais, que é
expressada por uma dose extra de diálogos no sentido de desmitificar as imponderáveis
considerações sobre o desempenho clínico nos cuidados com pacientes infantis.
D – Pais Negligentes :
São marcadamente caracterizados pelas frequentes ausências nas horas marcadas em virtude,
normalmente pelas ocupações exercidas (Profissionais Liberais, Empresários, etc.,) que
contribuem significativamente para que o citado ocorra.
Daí algumas medidas que o C.D. deve administrar em seu Consultório para amenizar os efeitos
da falta de seus pacientes :
Aconselhar os Pais sobre a importância da Saúde Oral para seus filhos
Estabelecer programação a longo prazo para paciente e perceber a coincidência dos objetivos
dos pais para com os filhos
Esclarecer com Slides ou outros afins para favorecer sua participação no tratamento
Muitas vezes é necessário a 1º intervenção nos pais com o intuito de esclarecer a terapia clínica
para depois chegar nos filhos
7 – Estratégias da Equipe Odontológica :
Uma equipe odontológica para desenvolver uma exímio trabalho é imprescindível uma harmonia
quanto às funções e responsabilidades desempenhadas pelos componentes desta equipe com a
límpida finalidade de ofertar um trabalho menos cansativo e mais produtor para o impaciente
paciente infantil.
O lidar com o ente psicológico se exige do profissional, além da habilidade intelectual, uma
significante experiência clínica na delicada tarefa de mudança de comportamento da criança,
porque irá de encontro com o lado subjetivo e emergente da personalidade da criança.
Pensando nisto então, algumas Técnicas de Mudanças de Comportamento foram desenvolvidas,
tendo algumas tradicionalizadas no que se refere ao trato com o paciente infantil na clínica
odontológica, sendo ambas norteadas pela Teoria da Aprendizagem Continuada comum do
gênero humano.
Diante disto cumpre relatar algumas Técnicas de Mudanças de Comportamento mais
empregadas, segundo pesquisadores, na Clinica :
Filmes ou Slides
Estimula a criança a reproduzir o comportamento exibido
Exibido previamente ao tratamento
Tem que ser criterioso com os filmes/slides apresentados
Modelos de Pacientes vivos
Apresentação do exercício da prática odontológica com a presença na sala clínica do futuro
paciente infantil para sensibilizá-lo e desmitificá-lo sobre qualquer impressão
É de usual quando da intervenção nos Pais ou parentes
Correspondência antes da Consulta – Mala Direta :
Deve se usar uma Correspondência leve com instruções concisas sobre a importância da Saúde
Oral e não um bombardeio de Panfletos massantes que apenas assustam o cliente
7.1 – Fundamentos do Controle do Comportamento
Vários Métodos surgiram de controle de criança, mas alguns são fundamentais para um íntegro
atendimento Odontopediatrico, pois embora a odontologia operatória deva ser perfeita a consulta
se torna um fracasso se a criança vai embora chorando.
A Odontologia por quadrante tem dado um passo significativo no que tange à redução do tempo
de permanência do paciente infantil, bem como tolerância dos procedimentos clínicos relativos ao
stress que a criança.
Todavia, para que isto seja realmente alcançado é indispensável lançar mãos sobre os Métodos
empregados no controle do paciente infantil, entre os quais podemos citar :
a) - Paciência
É a qualidade sem a qual não se pode exercer a Odontopediatria. Cameron(1928) traduz a
importância desse atributo através da citação: "Ninguém poderá ter êxito manejando crianças, se
antes não houver adquirido a arte de ocultar-lhes o poder que elas têm de nos transformar".
Abordagem Positiva
É de suma importância o adotar de forma rotineira afirmações positivas no tratamento com
crianças, pois está intimamente relacionado com o sucesso da consulta
Atitude da Equipe
A franqueza, interesse e o sorriso distribuído pela equipe clínica favorece, em muito, o início de
futuras conversas e colaboração do mancebo.
Deve-se ressaltar ainda que a acolhida informal, ou seja, tratar por alcunhas(apelidos) ou outros
trejeitos, bem como uma sondagem da vida extracurricular do paciente(Escotismo, Esportes
preferidos etc) é de muita valia para uma colaboração mais serena nas atividades clínicas.
Devendo, então, estar isso devidamente registrado em suas Fichas Clínicas.
Organização
Cada Consultório deve elaborar seus próprios planos de contingência e toda a equipe deve
saber, antecipadamente, o que se esperar dela e como agir. Daí o manuseio com o paciente
infantil desde a recepção até à clinica deve ter os seus passos sutilmente delegado aos diversos
componentes da equipe para amenizar qualquer tipo de ansiedade.
Veracidade:
O uso da verdade acima de tudo, pois para os mais jovens a equipe odontológica é confiável ou
não.
Tolerância:
Consiste na solidária paciência que o CD deve apresentar racionalmente para lidar com o mau
comportamento, sem perder a compostura.
Isto posto, é mister realizar uma autocrítica sobre os níveis individuais de tolerância e aprender os
momentos em que as pessoas estão mas dispostas a serem atendidas no tratamento.
7.2 – Diálogo com a Criança :
a) Estabelecendo a Comunicação
O princípio da comunicação consiste em expressar de modo entendível aquilo que se deseja que
entenda, principalmente quando se trata de uma criança.
Aprecia-se então, com base na assertiva, o primeiro parâmetro. A idade cronológica da criança
para nivelar o que será dito. Daí que o início geralmente é introduzido com comentários
elogiosos, seguidos de perguntas que requeiram respostas diferentes do tradicional sim ou não.
b)Estabelecimento do Comunicador
É importante que a comunicação provenha de uma única fonte, pois um diálogo truncado (CD e
Auxiliar) poderá provocar uma resposta indesejável ao paciente infantil.
c) Clareza da Mensagem
A concisão e brevidade das palavras devem ser usualmente seguidas, bem como o uso de
eufemismo para explicar determinados procedimentos para se nivelar ao nascente vocabulário da
criança.
Deve-se evitar os rótulos de linguagem, daí ser cuidadoso na seleção das palavras e frases
empregadas no dia-a-dia que favorecerá o processo de identificação conhecido com
Discriminação.
d) – Controle da Voz
Algumas entonações devem ser evitadas, e outras empregadas, principalmente os comandos
súbitos e firmes de voz para manter a atenção da criança ou para interromper qualquer ação
praticada por ela.
Isto vem confirmar observações feitas por Grenbown e cols., quanto a eficiência dos comandos
de voz altos seguido de uma técnica de punição reduzem os comportamentos indesejáveis.
Portanto o que se ouve é mais importante porque o CD está tentando influenciar o
comportamento diretamente, e não através do entendimento.
e) – Comunicação Multisensorial
Consiste no contato físico CD-Criança demonstrada com abraços, sorriso, aperto de mão, etc.,
surgindo assim, uma nascente relação de afeto e amizade que contribui significativamente para
amenizar os efeitos da ansiedade da criança.
Deve-se remover do quadro de atitudes do CD o lado autoritário e insensível e partir para uma
compreensão mais fraterna do fantasioso mundo da criança.
f) – Problema de Domínio
Esta é pertinente ao autoritarismo que desenvolvem em alguns profissionais quando à
elaboração de ordens excessivas à criança que, fatalmente, desenvolverá um negativismo e
prejudicar de sobremaneira a relação entre o CD-Criança ao inferir que ela está errada.
É necessário, então, ser mais categórico com as frases que visam a participação do mancebo,
empregando-se, entre outras mais, a seguinte pergunta : " Eu não posso consertar seus dentes
se você não abrir a boca" .
g) – Escuta Ativa
Segundo Wepman e Sonnenberg o paciente é estimulado a expressar sentimentos quando o CD
escuta-o ativamente estabelecendo, então, uma comunicação genuína.
Nota-se uma relação onde se esclarece que a medida que a criança for mais avançada na idade,
mais se deve escutar suas declarações.
h)– Respostas apropriadas
A propriedade das respostas depende primariamente da magnitude e natureza do relacionamento
com criança, da sua idade e da avaliação do motivo do comportamento dela, por isso é
imprescindível a paciência com as crianças de pouca idade.
8) - Manejo Da Criança No Consultório
Deve se basear mais em relação à faixa etária para traçar um plano de tratamento adequado
dentro dos moldes psicológicos da criança.
8.1) Abordagem da Criança
Deve ser de forma tranquila e, quando acompanhada, cumprimentar a Mãe na sala de espera.
Muitas vezes a resposta da criança ao cumprimentá-la pode ser de indiferença, noutras, ainda,
ela pode se retrair fungindo ao cumprimento. Se a manifestação for negativa, devemos prosseguir
de forma natural, mostrando a mesma postura de traquilidade e amizade.
O primeiro diálogo, de acordo com idade, deve ser desenvolvido ou na sala de espera ou na
própria clínica, através do preenchimento dos dados clínicos(anamnese, dados sociais) sempre
perguntando diretamente à criança, fazendo desta forma que ela participe da conversa, mesmo
não respondendo à maioria das perguntas.
O contato físico diferido pelo odontopediatra é interessante, pois transmite à criança a nossa
segurança e traz de alguma forma a intimidade que mais tarde vai favorecer o tratamento. E
evitar contatos efusivos e festeiro, pois a criança não nos conhece, e isto não aumenta o grau de
simpatia e amizade e só assusta e afasta.
Não se recomenda beijos e pegar no colo, sem ainda haver qualquer intimidade com a criança. É
importante lembra que fazer nos mais íntimos não é forçar atitudes de amizade, carinho ou algo
assim. É através de atitudes expontâneas que nos tornamos mais íntimos.
Feito isto com êxito, solicita a criança que adentre na Sala de Consulta, podendo, então ocorrer
as seguintes situações :
Aceita o Convite Ideal
Fuga para Mãe Solicitamos à mãe e à criança que entrem, o que normalmente ocorre sem
problemas
Não quer entrar Buscar os motivos :
· Medo Subjetivo ;
· Meda da Separação da Mãe
· Medo do Desconhecido, etc
Birra · Colocar as mãos sobre os seus ombros e por três dela conduzirmos para
dentro do consultório, neste momento a mãe deve ir a frente facilitando a sua
entrada, mesmo em caso de choro, para não transparecer qualquer emoção
negativa, achamos esta postura mais conveniente;
· A Mãe deve sempre estar em concordância determinadas pelo CD
· Não pegá-la no colo, pois ao retirá-la do chão tiramos o seu apoio,
preferimos que ela caminhe mesmo sendo conduzido, além disso, o fato de
pegar alguém no colo sempre estabelece uma relação de dependência e
inferioridade
8.2) – Contato Físico
É um importante meio de se desenvolver um vínculo de ligação e de transmitir confiança,
segurança e autoridade, desde que, como obvio, o clínico esteja de posse destas qualidades.
Quando se introduza a criança no Consultório, deve-se fazer com as mãos apoiadas sobre seus
ombros, principalmente naquelas de menor idade, acompanhados sempre de palavras
tranquilizadoras e de carinho.
8.3) – Condicionamento Gradual com o Instrumental
Deve ser celebrado antes de iniciarmos o tratamento e de forma simples e direta, mostrando o
Espelho, Explorador, Escareadores, Seringa Tríplice, Alta e baixa rotação...etc.,.
Todavia, acreditamos que as crianças devem conhecer como funcionam os equipamentos e
instrumentos, entretanto não achamos conveniente que a criança veja instrumentos que possam
provocar temores como as seringas e agulhas, bisturis e fórceps. Isto não significará que vamos
esconder e, sim que não vamos deixar a vista.
No período inicial do tratamento, costumamos explicar para a criança que, se pôr acaso ela
quiser falar durante o tratamento, deverá levantar a mão esquerda, que pararemos para saber o
que está acontecendo.
8.4) – Visão do Sangue
Para algumas crianças, esta visão é muito traumatizante, provocando terrível mal estar. Daí,
diante dos atos cirúrgicos improrrogáveis, todo e qualquer resíduos proveniente do ato deve ser
discretamente passar desapercebido, o que sugere que seja passado pôr detrás da cabeça do
paciente. Isto favorece em muito o comportamento e consequente seu relacionamento com a
equipe.
8.5) – Hora da Consulta
É necessário levar em conta alguns aspectos antes de estabelecê-la em determinadas situações,
pôr exemplo:
Idade da Criança Forma da Consulta
Criança com baixa idade Evitar as horas estas constumam dormir para que não provoquem
irritação e não colabore no tratamento
Crianças que Estuda Não deve marcar hora para depois das aulas, pois o ritmo da escolar
já deixou-a ligeiramente estressada e não muito participativa
8.6) – Ambiente do Consultório
O Consultório, antes de possuir algumas qualidades excepcionais ou maravilhosas, deve não ter
defeitos graves. É essencial que não seja descuidado quanto à limpeza e à arrumação.
Não é interessante a sala de consulta cheia de equipamentos. A cores do consultório tanto
quanto possível devem ser claras, tendendo para o discreto.
As crianças possuem senso de observação muito mais amplo que os adultos, isto implicando que
os detalhes são muito mais fáceis de serem percebidos por elas que pôr nós.
8.7) – Pessoal Auxiliar
No Consultório de Odontopediatria, à medida que vamos evoluindo na especialidade e que
aumentamos nosso volume de trabalho, mais dependemos da colaboração eficiente da Auxiliar.
Para a seleção do pessoal temos que nos ater a alguns requisitos primordiais, que são :
Características da Auxiliar
Aparência e Asseio · Boa aparência agradável , tranquila e educada;
· Roupas alinhadas, fino trato nas mãos, cabelos, unhas, dentes
em bom estado etc.
Forma de se expressar
(vocabulário)
· Gentil, educado em tom de voz adequada, sem muita festa
· Não ser excessivamente formal, uma vez que estamos
cuidando de crianças
Grau de Cultura · Saber escrever sem erros grosseiros e tome nota dos recados
adequadamente, bem como transmita bem os mesmos
Organização e Dinamismo · É importante se desenvolta no trabalho e ser organizada
Não ter aversão ao sangue · Além de outros agravante no consultório.
GUIA DE ORIENTAÇÃO AOS PAIS
1. Não se inquiete se seu filho chora. O choro é uma forma normal de reação da criança ante
situações desconhecidas ou temidas. Não lhe digue que não deve chorar, seu ainda é uma criança
e pode estar muito assustado. Respeito o seu temor. Trataremos de aliviá-lo e fazer que
naturalmente perca o medo.
2. Não se inquiete se a reação de seu filho for ainda mais violenta, sem dúvida ele terá motivo.
Sempre haverá métodos para resolver o problema odontológico.
3. Nunca engane. Diga-lhe que vai levá-lo ao dentista. Faça-o compreender que ele vai visitar uma
pessoa que o quer como amigo. Explique-lhe que o dentista, como o médico e como o professor
são pessoas que se preocupam com a saúde fí8sica e menta. Estudaram para isto e empregam
seus conhecimento para seu total bem-estar.
4. Se você prometeu algum presente para melhorar sua conduta, não inclua o dentista nessas
promessas, seria prejudicial para o bom andamento dos serviços.
5. Deixe a criança se expressar sua curiosidade por tudo que houver no consultório. O dentista terá
prazer de explicar-lhe e esclarecer suas dúvidas, mas somente o dentista deverá prestar tais
esclarecimentos.
6. Controle seus temores, Evite, em presença dos seus filhos, relatar coisas desagraveis e não
permita que outros o façam. Existem palavras que assustam e é necessário evitá-las.
7. A melhor situação no tratamento se alcança quando a criança está só no consultório, o que
conseguiremos paulatinamente. Favoreça-o com sua atitude é confiança no dentista.
8. Enquanto você acompanhar seu filho no consultório, procure não intervir na conversação entre
ele é o dentista. A criança se confunde quando falam várias pessoas ou recebe indicações de
vários lados, podendo ou não entender nenhum. Evite que várias pessoas acompanhem seu filho.
9. Permita que seu filho se desenvolva só, Seguramente ele o conseguira. O dentista está para
ajudá-lo é solicitará sua cooperação quando julgá-la necessária.
10. Neste consultório se atende somente com hora marcada, pois somente, assim conseguiremos
realizar um serviço correto. Rogo-lhe, pois, pontualidade para benefício de todos. Todavia, se você
não puder comparecer, solicito-lhe que, com antecipação de 24 horas, me comunique para que eu
possa utilizar esse tempo com outra criança.
11. Periodicamente, costumo convidar seu filhar para uma visita de controle dos tratamentos é
efetuar uma limpeza dentária. Se tiver alguma dúvida, consulte-me é terei prazer em esclarecer
(Guedes Pinto et al., p. 189-90).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. ALMEIDA, A.M & BARBOSA, N.B. – O Odontopediatra e a Psicologia comportamental – Rev
Paulista de Odontologia, v. 3, mai./jun. 1983
2.GUEDES-PINTO, A. C. Odontopediatria, Santos, 4 ed. 1993, p. 155-276
3. KLATCHOIAN, D. A. Psicologia Odontopediatrica. Sarvier: São Paulo, 1993.
4. McDONALD, R.E Odontopediatria. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan.
5.MORAES, A. B. A.; PESSOTI, I. Psicologia Aplicada a Odontologia. São Paulo: Sarvier, 1985.
105p
6. PROFFIT, W. Ortodontia Contemporânea, Guanabara-Koogan, 2 ed. 1995, p. 39-4