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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA TÓRIDE SEBASTIÃO CELEGATTI FILHO Desenvolvimento e análise mecânica de compressão e fadiga de distratores, Alveolar, Palatino e Mandibular. Development and analisis machanical of compression and fatigue of distractor: alveolar, palatal and mandibular PIRACICABA 2017

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA

TÓRIDE SEBASTIÃO CELEGATTI FILHO

Desenvolvimento e análise mecânica de compressão e fadiga de distratores, Alveolar, Palatino e Mandibular.

Development and analisis machanical of compression and fatigue of distractor: alveolar, palatal and

mandibular

PIRACICABA 2017

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TÓRIDE SEBASTIÃO CELEGATTI FILHO

Desenvolvimento e análise mecânica de compressão e fadiga de distratores,

Alveolar, Palatino e Mandibular.

Development and analisis machanical of compression and fatigue of distractor: alveolar, palatal and mandibular

Tese apresentada à Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do Título de Doutor em Materiais Dentários.

Thesis presented to the Piracicaba Dental School of the University of Campinas in partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor in Dental Materials.

Orientador: Simonides Consani

ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA TESE DEFENDIDA PELO ALUNO TÓRIDE SEBASTIÃO CELEGATTI FILHO, E ORIENTADO PELO PROF. DR. SIMONIDES CONSANI.

PIRACICABA 2017

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Dedicatória.

Dedico este trabalho, bem como todas as conquistas,

aos meus pais Toride e Elza, meus irmãos, minha

família, em especial a minha esposa Caroline, e meus

filhos Manuela e Guilherme. Que sempre estão ao meu

lado apoiando - me em todos os meus objetivos.

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Agradecimento Especial.

Ao Prof. Dr. Simonides Consani. Titular da Área de Materiais Dentários da Faculdade de

Odontologia de Piracicaba, UNICAMP, pela oportunidade de tê-lo conhecido e convivido

com uma pessoa exemplo de vida. Como meu orientador, pela paciência, pelos

ensinamentos para que meu conhecimento acadêmico, pela troca de informações e pelo

apoio que me tem fornecido dentro e fora desta Universidade.

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Agradecimentos.

Á Faculdade de Odontologia de Piracicaba da Universidade Estadual de Campinas,

pela estrutura que tem oferecido para que possa ser desenvolvidos trabalhos de pesquisa

e desenvolvimento na de materiais para a Odontologia.

À área Materiais Dentários da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, UNICAMP,

por possibilitar condições de estudo e trabalho.

Aos professores da área Materiais Dentários, pelo convívio e apoio dado durante

este curso, Prof. Dr. Lourenço Correr Sobrinho, Prof. Dr. Mário Alexandre Coelho

Sinhoreti, Prof. Dr. Mário Fernando de Góes, Regina Puppine e Prof. Dr. Américo

Bortolazzo Correr.

Ao Eng. Marcos Blanco Cangiani, da área Materiais Dentários pelo auxílio sempre

oportuno no uso dos equipamentos para o desenvolvimento deste trabalho.

Á Funcionaria Selma Aparecida Barbosa Segala, da área Materiais Dentários por

todos os serviços de ajuda para que pudéssemos sempre estar atualizado nos

procedimentos internos da Universidade.

Aos colegas de turma, quando construímos sólida amizade e trocamos

conhecimentos adquiridos junto ao programa do Curso.

Á empresa Toride Ind. e Comércio Ltda., Mogi Mirim, SP, Brasil, pelo apoio,

estrutura e facilidades para a conclusão deste trabalho.

Aos colegas do setor de engenharia da empresa Toride Ind. e Comércio Ltda., em

especial Marcos Mariano e Alison A Rocha pela ajuda e compressão pela minha ausência

no trabalho para que eu pudesse desenvolver esta tese de doutorado.

Ao Eng. Ivan Espinhaço, do laboratório CENIC pelo auxílio sempre oportuno no uso

dos equipamentos para o desenvolvimento deste trabalho.

A todos que colaboraram de alguma forma para que esta realização fosse possível.

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Resumo.

O propósito neste estudo foi confeccionar modelos de distratores que atuam na

distração palatina do palatino, alveolar e mandibular, e avaliar o comportamento mecânico

por meio dos testes de resistências à compressão e fadiga. Foram confeccionadas 40

amostras de distratores Palatino, sendo 10 Lilás de comprimento inicial de 22,0 e final de

30,0 mm e 8,0 mm de expansão; 10 Verde de comprimento inicial de 26,0 e final de 40,0

mm e 14,0 mm de expansão; 10 Azul de comprimento inicial de 30,0 e final de 44,0 mm e

14,0 mm de expansão e 10 Amarelo de comprimento inicial de 34,0 e final de 48,0 mm e

14,0 mm de expansão. Foram fabricadas 10 amostras de distratores alveolares com

expansão de até 10,0 mm para serem fixados em duas placas, uma no mancal móvel com

8 furos e outra no mancal fixo com 10 furos para parafuso cortical de 1,5 e 1,7 mm.

Também foram fabricadas 10 amostras de distratores mandíbular com expansão que

podem chegar até 55,0 mm. Os distratores foram confeccionados pela empresa Toride

Indústria e Comercio Ltda., Mogi Mirim, SP, Brasil. Os distratores foram confeccionados

com Titânio comercialmente puro (grau II), conforme norma ASTM F-67 (placas e

conjunto do mancal fixo e móvel para os distratores Alveolar e Mandibular) e liga de

Titânio Alumínio (6%) e Vanádio (4%) (tubo, parafuso, fuso e trava para os distratores

Alveolar e Mandibular e tambor, fuso, base, porca e capa para o Palatino). Os processos

para desenvolvimento dos distratores foram elaborados em programa de desenho Solid

Works. A fabricação dos distratores seguiu a metodologia de fabricação já existente na

empresa, compreendendo processo de usinagem em equipamento tornos de cabeçote

móvel modelo Citizen de 6 eixos, o qual mantém precisão e controle dimensional com

tolerância de ± 0,10 mm. Os testes de compressão e fadiga foram efetuados em máquina

de ensaio universal Shimadzu. No ensaio de fadiga por flexão, determinou-se que a

máquina interrompesse a ciclagem com 162.000 ciclos, variando a carga entre 144,0

kgf/1412,64 N (distrator palatino) e 162.000 ciclos com carga de 1,47 kgf/14,42 N

(distratores alveolar e mandibular).

Os valores de rigidez e força máxima foram numericamente diferentes entre os tipos

de distratores Palatino. No modo de falha, os distratores mostraram eventos de

cisalhamento, trinca e ruptura no fuso de rosca esquerda. Com exceção de uma amostra,

todas alcançaram o mesmo numero de ciclos no teste de fadiga. Os valores de rigidez e

força máxima foram numericamente diferentes entre as amostras do distrator Alveolar. No

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modo de falha, os distratores mostraram eventos de deformação permanente e ruptura.

Com exceção de uma amostra, todas alcançaram o mesmo numero de ciclos no teste de

fadiga. Os valores de rigidez e força máxima foram numericamente diferentes entre as

amostras do distrator Mandibular. No modo de falha, os distratores mostraram eventos de

deformação permanente e ruptura. Os números de ciclos foram diferentes com ruptura em

todas as amostras. Em conclusão, os distratores mostraram diferentemente fatores de

rigidez, força máxima e fadiga. No modo de falha os distratores apresentaram

cisalhamento, deformação permanente e ruptura.

Palavras chave: Propriedades Físicas, Fadiga, Osteogênese por Distração.

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Abstract

The purpose of this study was to create models of commercial disturbances that act

on the distraction of the palate, alveolar process and mandible, and evaluate the

mechanical behavior through the tests of resistance to compression and fatigue. 40

samples of Palatal distractors were made, with 10 Lilás of initial length of 22.0 and final of

30.0 mm and 8.0 mm of expansion; 10 Green with initial length of 26.0 and final of 40.0

mm and 14.0 mm of expansion; 10 Blue of initial length of 30.0 and final of 44.0 mm and

14.0 mm of expansion and 10 Yellow of initial length of 34.0 and final of 48.0 mm and 14.0

mm of expansion,10 samples of alveolar distractors with expansion of up to 10.0 mm were

manufactured to be fixed in two plates, one in the mobile bearing with 8 holes and the

other in the fixed bearing with 10 holes for cortical screw of 1,5 and 1,7 mm. We also

manufactured 10 samples of jaw distractors with expansion that can reach up to 55.0 mm.

The distractors were made by the company Toride Indústria e Comercio Ltda., Mogi Mirim,

SP, Brazil. The distractors were made with commercially pure Titanium (grade II),

according to ASTM F-67 and Titanium Aluminum alloy (6%) and Vanadium (4%) alloy. The

processes for the development of the distractors were elaborated in the Solid Works

drawing program. The manufacture of the distractors followed the existing manufacturing

methodology, comprising the machining process in the equipment of 6-axle Citizen model,

which maintains precision and dimensional control with a tolerance of ± 0.10 mm. The

compression and fatigue tests were performed on a Shimadzu Model universal test

machine (Shimadzu Corporation, Japan). The values of stiffness and maximum strength

were numerically different between the types of distractors Palatal. In the failure mode, the

distractors showed shear, crack and break events in the left-hand screw spindle. With the

exception of one sample, all achieved the same number of cycles in the fatigue test. The

values of stiffness and maximum strength were numerically different between the Alveolar

distractor samples. In the failure mode, the distractors showed events of permanent

deformation and rupture. With the exception of one sample, all achieved the same number

of cycles in the fatigue test. The values of stiffness and maximum force were numerically

different between the samples of the mandibular distractor. In the failure mode, the

distractors showed events of permanent deformation and rupture. Cycle numbers were

different with rupture in all samples. In conclusion, the distractors were shown differently

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factors of stiffness, maximum strength and fatigue. In the failure mode, the distractors

presented shear, permanent deformation and rupture.

Keywords: Physical Properties, Fatigue, Osteogenesis Distraction.

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Sumário

1. INTRODUÇÃO...................................................................................13

2. REVISÃO DA LITERATURA..............................................................15

3. PROPOSIÇÃO...................................................................................25

4. MATERIAL E METODOS...................................................................26

5. RESULTADOS...................................................................................36

6. DISCUSSÃO......................................................................................49

7. CONCLUSÃO.....................................................................................55

REFERÊNCIAS..................................................................................56

ANEXOS............................................................................................61

Anexo 1 – Relatórios de ensaios do distrator palatino ....................61

Anexo 2– Relatórios de ensaios do distrator alveolar .....................81

Anexo 3 – Relatórios de ensaios do distrator mandibular .............86

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Introdução

Os estudos sobre distração osteogênica em ortopedia teve início em 1905

com Codivilla. Porém, o aprimoramento e desenvolvimento ocorreram,

principalmente em 1951, com Garvril Ilisarov quando propôs um dispositivo de

distração osteogênica para consolidação de fraturas ósseas, resultando no

desenvolvimento de nova tendência científica e clínica na área cirurgia óssea que

mais tarde ficou conhecida como distração e compressão de osteossíntese

(Saunders et al., 2012).

A técnica de distração osteogênica permite maior área de regeneração óssea

e se baseia na tração mecânica que produz tensões, resultando na separação

gradual dos segmentos ósseos previamente osteotomizado, estimulando a

neoformação óssea.

Além de água, o osso é composto por uma matriz inorgânica mineralizada

responsável pela resistência mecânica e por constituintes orgânicos que

proporcionam elasticidade e flexibilidade. Portanto, entende-se como distração

osteogênica o processo de aplicação do alongamento controlado à velocidade

apropriada para induzir nova osteogênese por meio da formação de osso

intramembranoso. Esse processo requer um estágio latente pós-fratura ou

osteotomia/corticotomia, outro de distração ativa com a aplicação de carga e uma

fase de consolidação óssea para assegurar mineralização suficiente e recuperação

da atividade funcional (Saunders et al., 2012).

Na Odontologia, as anatomias maxilar e mandibular são significativamente

mais complexas do que de ossos longos (fêmur, tíbia e úmero). Assim, a distração

osteogênica em ossos longos pode ser dirigida adequadamente por uma ação linear

(unidimensional), enquanto a ação não linear (tridimensional) de muitos tipos de

deformidades craniofaciais requer distratores específicos e entendimento da influência

mecânica sobre a diversidade do meio que atuará.

Os procedimentos de distração têm sido indicados principalmente para

pacientes que apresentam síndromes ou deformidades dentofaciais (Faber et al.,

2005); reabilitações de pacientes parcialmente desdentados com aumento vertical do

rebordo alveolar (Khongshei et al.,2013); tratamento da hipoplasia maxilar em

pacientes com fissuras lábiopalatinas; pacientes com anomalias congênitas ou

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adquiridas na infância, com hipodesenvolvimento mandibular que resultou em

discrepância muito grande entre maxila e mandíbula, (Carneiro Junior et al., 2009);

apneias obstrutivas do sono associadas com malformação craniofacial congênita

devido à mandíbula hiploplástica e diminuição da faringe (Rachmiel et al., 2014);

tratamentos das deficiências transversais da mandíbula e apinhamento dentário como

alternativa à distração osteogênica da sínfise mandibular (Maia et al., 2007); e varias

outras anomalias que necessitam de procedimentos cirúrgicos, auxiliados por

distratores osteogênicos.

O material utilizado neste estudo foram dispositivos metálicos fabricados com

liga de titânio (norma ASTM F-136 - 6% de Alumínio, 4% de Vanádio e 90% Titânio e

norma ASTM F – 67 Titânio Puro), conhecidos como distratores osteogênicos que

acionados mecanicamente exercem a função de alongamento ósseo em regiões,

como maxila, mandíbula, palato e processo alveolar objetivando a formação de tecido

ósseo.

Diante dessas considerações, seria interessante e oportuno confeccionar

dispositivos metálicos usados na Odontologia e Medicina para distração osteogênica

palatina, alveolar e mandibular, e verificar o comportamento mecânico em ensaios de

compressão e fadiga.

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Revisão da Literatura

Faber et al. (2005) descreveram que um dos fatores necessários para a

regeneração óssea por meio da distração osteogênica era a preservação do

suprimento sanguíneo da região a ser distraída.

Pinto et al. (2005) descreveram as etapas e procedimentos para distração

osteogênica da maxila com ancoragem externa em pacientes portadores de fissura

lábiopalatina, compreendendo: instalação do aparelho intrabucal: Cimentação na

véspera da cirurgia ou no dia ou após a anestesia em casos de pacientes não

colaboradores; cirurgia e colocação do aparelho de ancoragem externa: Cirurgia Le

Fort I, disjunção septal e pterigoide. Aparelho de ancoragem externa com instalação

de 2-3 parafusos de cada lado do crânio acima do músculo temporal. A barra

horizontal do aparelho paralela ao plano horizontal de Frankfurt e a barra vertical

posicionada no centro da face; distração maxilar: Período de latência em criança de

2-3 dias, e adolescentes e adultos de 5-7 dias, com ativação de 0,5 mm duas vezes

ao dia e avaliação semanal. consolidação atingindo o avanço maxilar para cada

caso (10-20 dias), mantendo o sistema de ancoragem por 2-6 semanas para

consolidação óssea, e remoção do distrator sob anestesia local ou sedação leve;

contenção: Instalação da máscara facial (uso noturno), elástico de tração (340g –

450g) e tempo de uso de 2 - 3 meses.

Maia et al. (2007) descreveram as indicações e objetivos alcançados na

distração osteogênica da sínfise mandibular, tendo indicações como correção da

mordida cruzada posterior completa (Síndrome de Brodie); atresia mandibular;

presença de corredor bucal escuro e perfis retos com apinhamento de até 6 mm com

extração dental não indicada, e objetivos, como: manutenção do perfil facial;

correção da Classe II, divisão I; nivelamento e alinhamento dentário e correção das

inclinações dentárias.

Las Casas et al. (2007) estudaram as forças aplicadas aos dentes de um

paciente durante a mastigação, relatando que para uma carga de oclusão direta,

sem interposição de obstáculo entre cúspide, existe uma força normal de 135 N

associada á uma força tangencial de 44 N. Foi observada também que para

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mastigação de biscoito seria necessário uma força normal de 133 N e uma força

tangencial de 39 N.

Bell e Guerrero (2008) descreveram que a reconstrução do rebordo alveolar

por distração osteogênica pode ser indicada para o processo alveolar atrófico

resultante de trauma maxilofacial, doença periodontal e deformidades patológicas ou

congênitas. Essa técnica também pode ser aplicada em segmentos com dentes

anquilosados, má oclusão e mordidas abertas.

Jensen et al. (2008) comentaram que a distração osteogênica alveolar é

indicada nos casos de grandes defeitos ósseos de rebordo alveolar em altura (maior

que 9,0 mm) associados a defeitos de tecidos mole. A Osteotomia segmentar com

enxerto Interposicional é indicada para casos com defeitos moderados do rebordo

alveolar em altura (4 a 9 mm), sem associação com defeitos de tecidos mole. Outra

indicação para as duas técnicas é o reposicionamento cirúrgico de implantes mal

posicionados.

Mommaerts (2008) descreveu sobre a expansão rápida palatina

cirurgicamente assistida dentossuportada como sendo uma técnica bem

estabelecida para a correção da constrição maxilar; mordida cruzada vestibular (uni

ou bilateral); apinhamento anterior e grandes corredores bucais em pacientes

adultos. A ancoragem dental por expansores dentossuportadas apresentam várias

complicações, dentre elas possível perda de ancoragem, compressão do ligamento

periodontal, reabsorção vestibular da raiz e fenestração cortical, recidiva esquelética

durante e após o período de expansão, tornando a sobrecorreção necessária, e

inclinação dos dentes pilares e do segmento em vez de expansão paralela. Assim, o

distrator transpalatino fixado nas paredes palatais, evita os seguintes problemas:

não há perda da ancoragem porque as placas de suporte são fixadas no osso

palatino, há pouca ou nenhuma recidiva esquelética porque a expansão e a

contenção ocorrem sobre o osso, não há compressão da membrana periodontal,

reabsorção radicular ou fenestração cortical porque os dentes não fazem parte do

processo, e há pouca ou nenhuma inclinação dos segmentos porque as

intervenções ocorrem em local mais alto na abóboda palatina.

Van Sickels (2008) relataram que a distração osteogênica é utilizada para

tratar pacientes com deficiências ósseas e cuidar dos tecidos moles que não podem

ser tratados por meio de procedimentos tradicionais. Como qualquer técnica

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cirúrgica é importante compreender quando deve ser indicada e quais seriam os

princípios biomecânicos fundamentais necessários para aplicação. Além disso,

relataram que o osso funciona como órgão dinâmico quando submetido à carga

mecânica, com comportamento dependente do tamanho, forma e material que o

compõe. Conjuntamente esses aspectos determinam as propriedades mecânicas,

considerando que elas regem o comportamento mecânico do osso.

Carneiro Junior et al. (2009) relataram que a distração osteogênica

mandibular é uma boa opção para pacientes com micrognatia que necessitam de

grandes avanços mandibulares, permitindo além da melhor harmonia facial, aumento

do espaço aéreo superior, e com pacientes traqueostomizados, a distração

osteogênica mandibular permite decanulização precoce e baixa morbidade em

relação a outras técnicas cirúrgicas.

Spiegelberg et al. (2010) descreveram os principios de Ilizarov para correção

de deformidades. Durante os anos 1950, Ilizarov desenvolveu um dispositivo de

distração externa, aplicado com sucesso no primeiro paciente com fratura de tíbia,

reduzindo significativamente o tempo de cura. Com o tempo, Ilizarov verificou que a

distração ostegênica podia distratir o osso em vez de compactá-lo. Também que o

procedimento de Distração osteogênica até 10% do alongamento dos músculos

seria tolerável, considerando que nervos, artérias e veias mostram evidência

histológica de alterações degenerativas temporárias que desaparecem em 2 meses

pós o alongamento concluido. Um fator importante no sucesso alcançado por

Ilisarov é a estabilidade óssea em osteogeneses, estando diretamente ligada à

qualidade e segurança que o dispositivo oferece.

Andrade et al. (2011) estudaram o desenvolvimento e evolução dos distrtores

osteogênicos, concluíndo que a técnica da Distração osteogênica oferecia novas

soluções para o tratamento cirúrgico-ortodôntico de anomalias e defeitos do

esqueleto craniofacial. A osteodistração é um meio pelo qual o osso pode ser

modelado com diferentes abordagens mais adequadas à natureza das deformidades

esqueléticas e assimetrias. Semelhante à distração osteogênica dos ossos longos, a

osteodistração craniofacial evoluiu da tração esquelética às técnicas de osteotomia e

metodos de fixação externa.

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Cheung et al. (2011) relataram alguns pontos importantes na distração

alveolar, como corrigir a discrepância vertical entre a região reconstruída e residual

do reborbo alveolar, conseguir massa óssea vertical numa altura adequada para a

reabilitação de implantes dentários, e o controle de vetores da distração é essencial

para o transporte do segmento de osso para a região onde será implantado o

implante dentário.

Kumar et al. (2011) descreveram algumas condições clinicas para as quais

são recomendadas a distração alveolar, como: atrofia grave do rebordo desdentado,

deficiência segmentar do rebordo alveolar que compromete a colocação do implante,

rebordo alveolar estreito, quando a distração horizontal pode ser aplicada,

movimento vertical graduado dos dentes anquilosados quando o deslocamento

ortodôntico é impossível ou não foi bem sucedido e deslocamento vertical gradual do

implante osseointegrado juntamente com o osso alveolar circundante.

Maheshwari et al. (2011) relataram que as deformidades congênitas e

adquiridas podem ser resolvidas com distração osteogênica, considerando as

vantagens e desvantagens, como síndrome de Pierre Robin, micrognatia congênita

e não sindrômica, mandíbula e maxila severamente atresica; microssomia

craniofacial unilateral e bilateral, e hipoplasia média facial e assimetria facial. As

adquiridas são pertubações do crescimento pós-traumáticos da mandibula

(anquilose temporomandibular), fraturas consolidadas, atrofia dos segmentos

desdentados e defeitos ósseos mandibulares oncológicos. Agumas desvantagens

foram relacionadas como, falta de precisão, controle dimensional pouco preciso,

danos da ATM devido à orientação vetorial incorreta e difícil acesso para o cirurgião

durante a distração. Como vantagens, grandes avanços maxilomandibulares,

indicados para qualquer idade, menor tempo de internação, desnecessidade de

enxerto e osso formado mais natural permitindo resultado satisfatorio na colocação

de implantes.

Noia et al. (2011) descreveram que dentre as técnicas cirúrgicas disponíveis

para correção de defeitos em altura são destacadas a distração osteogênica alveolar

e a osteotomias segmentar com enxerto Interposicional, como sendo as que

apresentam melhores resultados clínicos em defeitos moderados e grandes de

rebordos alveolares em altura. A distração osteogênica alveolar é indicada para

tratamentos de defeitos grandes do rebordo alveolar em altura, sendo a ausência de

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área doadora a principal vantagem, com alto índice de previsibilidade e indicada

para tratamentos de defeitos do rebordo alveolar em altura.

Bilbao et al. (2012) relataram que a distração osteogênica pode ser aplicada

em pacientes com tumores com envolvimento frequente da mandíbula/maxila com

resseção marginal ou segmentar e radioterapia. O alto transplante tipo vascularizado

é o melhor tratamento para reconstrução desses casos; embora, o procedimento

não seja ideal para pacientes com maior risco cirúrgico e que exigem qualidade de

tecido mole sobrejacente muito espesso.

Sesenna et al. (2012) relataram que a distração osteogênica para resolver

desconforto respiratório em pacientes pediátricos com micrognatia severa exige

quatro etapas de procedimento, como: colocação do dispositivo e osteotomia,

periodo de latência de cura primária, distração ativa com taxa de 2 mm ao dia até o

nível desejado de distração, e despois de completada a distração, os dispositivos

ficam no local durante 4 a 6 semanas para permitir que o osso regenerado se

consolide.

Karun et al. (2013) relataram desvantagens da distração osteogênica, como o

dispositivo tem que permanecer no paciente por um periodo mais longo até a

cictrização do osso podendo causar efeito psicológico na criança, os dispositivos

externos deixam cicatrizes, o tratamento exige muito dedicação do paciente e ajuda

de familiares, e custo elevedo dos dispositivos também pode impedir o acesso ao

tratamento. As vantagens são superiores às desvantagens, como melhores

resultados funcional e estético devido à correção das anomalias mandibulares.

Oliveira et al. (2013) descreveram que a hipoplasia mandibular é uma

malformação craniofacial que pode causar obstrução das vias aereas e pode afetar

a função mastigatoria. Esta anomalia é comum em muitas síndromes, incluindo a

Sequência de Pierre Robim e a Síndrome de Moebius. Com o propósito de evitar a

traqueostomia ou para permitir a descanulização precoce em crianças gravemente

afectadas, a Distração osteogênica mandibular externa bem sucedida induz a

remoção da obstrução das vias aereas, permitindo a respiração espontânea sem

dispositivos, um processo de alimenação independente sem a necessidade de

sondas nasogástrica ou gastrotomia, além de melhorar a assimetria linguística e

facial.

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Sayáns et al. (2013) descreveram que a distração osteogênica vertical

alveolar permite o aumento do rebordo alveolar para colocar implantes dentários em

rebordos alveolares atróficos. Em comparação com outras técnicas cirúrgicas

proposta para este fim, a distração osteogênica vertical alveolar oferece vantagens,

desnecessidade de área do doador, redução do risco de reabsorção e colocação de

implantes em período de tempo relativamente curto.

Baykul et al. (2014) descreveram que a reconstrução da mandíbula com

enxerto de osso fibular livre é uma das opções de tratamento mais comum após a

resseção do tumor, e a distração osteogênica para reconstrução da mandibula pode

ser boa escolha para a reparação com retalho fibular.

Kobayashi et al. (2014) descreveram que o desenvolvimento de um sistema

de distração osteogênese facial híbrido que combina as vantagens dos dispositivos

de distração externo e interno para permitir o controle, tanto da distância do vetor de

distração quanto do avanço da maxila em rotação no sentido horário, permitindo

controle da distância vertical sem complicações durante os procedimentos. Os

autores acreditam que este sistema pode ser eficaz em crianças com síndrome de

craniossinostese, pois envolve duas osteotomias, uma na direção horizontal e outra

na vertical com alongamento.

Mampilly et al. (2014) descreveram que maior conhecimento da tecnologia

moderna e melhor compreensão biológica nos princípios da distração osteogênica

estão cada vez mais aplicados à estrutura craniofacial, sendo opção viável para

aumentar o osso alveolar natural da maxila e mandíbula.

Rachmiel et al. (2014) descreveram as vantagens e desvantagens dos

dispositivos de distração osteogênica externos e internos no alongamento da

mandíbula para correção no tratamento de distração da apneia obstrutiva do sono

em anomalias craniofaciais, conforme Quadro a seguir:

Dispositivos Externo Interno

Aproximação Intraoral, inserção pino externo, menor

e mais simples operação. Submandibular extrabucal, com

dissecção dos tecidos moles.

Osteotomia Fácil de executar e colocar os pinos em

várias estruturas anatômicas. De acordo com a anatomia local

e dimensão do dispositivo

Localização Fácil de colocar no espaço limitado

como em criança com micrognatia. Limitado pelo lugar

subperiósteo para a distração

ou dificuldade de fixação do

parafuso

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Comprimento da

distração Permite mais distração Limitado pelo espaço

subperiósteo Conforto Desconfortável, pode ser danificado por

forças externas acidentais. Confortável e seguro

Vetor de distração Menos previsível Mais previsível pré-fixado pelo

dispositivo.

Precisão do

alongamento Menos preciso Mais preciso

Mudança do

dispositivo Possível Precisa de operação adicional

Estabilidade do

Dispositivo Possível afrouxamento do pino, pode

comprometer o período de retenção Estável por longo período de

retenção, melhor ossificação.

Recaída após um ano Maior recaída Recaída diminui.

Lesão no nervo facial Menor risco. Maior risco.

Infecção Mais infecção no local do pino Menos infecção no local do pino

Remoção do

dispositivo Simples, apenas desapertar os pinos. Segunda operação sob

anestesia geral.

Cicatriz na pele Duas bucais visíveis. Uma submandibular menos

visível.

Gupta et al. (2014) relataram que dois fatores significantes da distração

mandibular eram a capacidade de fornecer ossos fortes com exelente fornecimento

de sangue e a capaciadade de fornecer efetiva expanção do tecido mole chamado

de distração histogênese. Concluíram que a distração osteogênica foi eficaz para

melhorar os resultados funcionais e estéticos do paciente em casos de hipoplasia

mandibular secundária de anquilose temporomandibular.

Rath et al. (2014) estudaram a distração osteogênica do rebordo alveolar é

indicação para alveolares atróficos resultantes de doença periodontal, trauma,

deformidade congênita, resseção marginal de tumor ou fenestração de cisto,

mordida aberta causada pelo mau posicionamento vertical de segmentos de dentes,

dentes anquilosados, e extração ou alvulsão traumática de dentes. Também

comentou que a distração alveolar com rebordo ósseo não é recomendada para

mandíbulas severammente atróficas em pacientes com osteoporose grave ou idade

extremamente avançada e pacientes com limitações de espaço para colocação do

dispositivo. A distração osteogênica fornece oportunidade de obter formação natural

do osso entre o segmento distraido e o osso basal em curto espaço de tempo,

evitando a necessidade de colheita de osso autôgeno. O resultado bem sucedido do

aumento de reborbo por distração é responsavel pela formação de qualidade e

quantidade adequada de tecido ósseo, proporcionando estabilidade primária de

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implantes e favoravelmente suporta as exigências biomecânicas dos implantes

dentários.

Boonzaier et al. (2015) estudaram um dispositivo para distração osteogênica

de grandes defeitos maxilares, e relacionaram algumas exigências práticas para a

reconstrução maxilar, considerando a complexa geometria da região maxilar, como

instalação e ativação intra-bucal que evita protuberâncias da pele, facilmente

customizado para combinar a geometria específica para cada caso, capacidade para

distrair uma distância ilimitada dentro da cavidade bucal, capacidade de fornecer

calo ósseo alongado que possa resistir força de até 60 N, e proporciona boa

ancoragem na região óssea de suporte.

Lee et al. (2015) relataram o sucesso do tratamento de um grande defeito

osseo após a reconstrução do local onde o implante dental foi retirado usando o

procedimento de Distração osteogênica, com enxertia óssea utilizando malha de

titanio e osso bovino. O volume de osso regenerado foi insuficiente para colocação

de novos implantes. Em seguida, foi feito procedimento para aumento vertical no

local do procedimento com distração osteogênica, obtendo altura óssea suficiente

para a colocação de novos implantes.

Mohanty et al. (2015) estudaram a eficácia da distração osteogênica no

aumento dos rebordos alveolares deficientes nas dimensões verticais e concluíram

que a distração osteogênica vertical é um método previsível para os genes de

tecidos duros e moles e que o ganho de massa óssea vertical atinge mais de 10

mm, sem necessidade de transplante ósseo e mostra redução da morbidez. O

ganho de osso no final da distração pareceu duradouro e a taxa de infecção foi

extremamente limitada. A maioria das complicações foi fácil de ser resolvida e a

colocação de implantes foi viável com a estabilidade primária do osso em

crescimento na região distraída. Como também uma resseção de ameloblastoma

mandibular, tratado com distração osteogênica bilateral e uni-vetorial utilizando uma

placa de reconstrução como suporte e apoio. Quarenta milímetros foram distraídos

em cada lado. A duração da consolidação foi cerca de 120 dias, havendo

necessidade de outra cirurgia para enxerto ósseo na região inferior da mandíbula,

porque o distrator unidirecional não consegue exercer movimento em curvatura. Os

autores concluíram que este tipo de dispositivo pode resolver casos de grandes

defeitos mandibulares.

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Srivastava et al. (2015) descreveram o tratamento bem sucedido com

dispositivos internos de distração osteogênica em pacientes com deficiência maxilar,

mordida cruzada e lábio leporino (abertura no lábio e fenda palatina) obtendo

melhora na função da mandíbula, boa estética e estabilidade oclusal sem recaída.

Rachmiel et al. (2015) descreveram que a distração osteogênica em cirurgia

bucal e maxilo-facial tem aumentando nas últimas décadas especialmente para

deficiência óssea grave, como: maxila deficiente no terço médio da face, mandíbula

hipoplásica deficiente e osso alveolar deficiente antes da colocação do implante. As

etapas do procedimento de distração são: corticotomia ou osteotomias e

posicionamento dos dispositivos de distração, período de latência de 5 a 7 dias,

distração gradual numa taxa de 0,5 - 1 mm por dia, e período de retenção/

consolidação de vários meses para maturação do calo e mineralização óssea.

Ylikontiola et al. (2015) relataram que a distração osteogênica sequencial da

maxila em dois planos perpendiculares entre si é uma abordagem segura e estável

para o tratamento de pacientes com fissura labiopalatina com transversia grave e

discrepâncias ânteroposterior. Os riscos associados com a distração osteogênica

das estruturas médiofaciais são semelhantes aos dos riscos ocorridos com

osteotomias tradicionais. O planejamento pré-operatório cuidadoso dos vetores de

distração é essencial para garantir que não ocorra convergência e que o segmento

distraido avança plenamente na direção desejada sem a interferência de estruturas

ósseas circundantes aos dentes.

Balaji (2016) relatou que a distração osteogênica total seria um beneficio

potencial para pacientes com defeitos ósseos após a retirada de tumor na

mandíbula, sendo um tratamento indicado para pacientes que não podem ser

submetidos a procedimentos cirúrgicos muito agressivos e tempo prolongado de

cirurgia devido às condições de saúde. A distração osteogênica é um procedimento

confiável para situações de ganho ósseo após a retirada de tumores. A facilidade da

técnica de distração e a eficaz da formação óssea são condições favoráveis no caso

de tumor benigno em comparação ao tumor maligno.

Sahoo et al. (2016) relataram que o transporte ósseo por distração

osteogênica do ramo mandibular é eficaz opção terapêutica no tratamento de

anquilose e que a distração com distrator Zurique pediátrico proporciona resultados

previsíveis na reconstrução do ramo condilar (RCU) evitando a mordida aberta pós-

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operatório. É considerada excelente alternativa ao enxerto ósseo autógeno e

reconstrução protética, com resultado funcional e estético para pacientes operados

por anquilose da ATM

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Proposição

O propósito neste estudo foi confeccionar modelos de distratores que atuam

na distração palatina, alveolar e mandibular, e avaliar o comportamento mecânico

por meio dos testes de resistências à compressão e fadiga.

A hipótese testada foi que os comportamentos mecânicos de compressão e

fadiga seriam similares nos modelos desenvolvidos.

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MATERIAL E MÉTODOS

Os distratores osteogênicos palatino, alveolar e mandibular foram fabricados

para atender o conceito de ósseo fixação pelo processo osteogênico pela empresa

Toride Indústria e Comercio Ltda., Mogi Mirim, SP. Brasil. Os distratores foram

confeccionados com Titânio comercialmente puro (grau II), conforme norma ASTM

F-67 (placas e conjunto do mancal fixo e móvel para os distratores Alveolar e

Mandibular) e liga de Titânio Alumínio (6%) e Vanádio (4%) (tubo, parafuso, fuso e

trava para os distratores Alveolar e Mandibular e tambor, fuso, base, porca e capa

para o Palatino).

Após a usinagem, os componentes dos distratores foram submetidos ao

processo de rebarbação, e tratamento de superfície em equipamento para polimento

magnético. Em seguida foi feito a limpeza ultrassônica dos componentes e

tratamento em meio acido ( acido sulfúrico 0,11 molar e 0,17 molar) para produzir

uma camada de óxido sobre a superfície (passivação). A definição de cores dos

modelos dos distratores palatino foi feita alterando do potencial da corrente elétrica

no meio acido. Depois, as peças foram para o setor de controle de qualidade,

montados e embalados.

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Distrator Palatino

Os distratores palatino foram projetados com quatro diferentes comprimentos

definidos por cores (Quadro 1).

Quadro 1 – Código, descrição, capacidade de ativação e desenho do distrator

palatino.

Código Descriçã

o

Ativação (mm) Desenho

Inicio Final Expansão

3.00.011 Distrator

palatino

22,0

30,0

8,0

3.00.012

Distrator

palatino

26,0

40,0

14,0

3.00.013

Distrator

palatino

30,0

44,0

14,0

3.00.014

Distrator

palatino

34,0

48,0

14,0

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Distrator alveolar

O distrator alveolar foi projetado com tamanho único (Quadro 2).

Quadro 2 – Código, descrição, capacidade de ativação e desenho do distrator

alveolar.

Código Descrição Expansão Desenho

04.00.013

Distrator alveolar

10,0 mm

Distrator mandibular

O distrator mandibular foi projetado com tamanho único (Quadro 3).

Quadro 3 – Código, descrição, capacidade de ativação e desenho do distrator

mandibular.

Código

Descrição

Expansão

Desenho

04.00.001

Distrator

mandibular

55,0 mm

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29

Componentes dos distratores

Palatino (1 lilás)

Quadro 4 - Componentes do distrator palatino (1 lilás).

Código

Descrição

Identificação

Desenho

3.11.001

Tambor

TI – 004.426

3.11.002

Fuso com rosca direita

TI – 004.428

3.11.003

Fuso com rosca esquerda

TI – 004.429

3.11.006

Base

TI – 004.423

3.11.007

Porca

TI – 004.425

3.11.008

Capa

TI – 004.424

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30

Palatino (2 verde)

Quadro 5 - Componentes do distrator palatino (2 verde).

Código

Descrição

Identificação

Desenho

3.12.001

Tambor

TI – 004.426

3.12.002

Fuso com rosca direita

TI – 004.428

3.12.003

Fuso com Rosca Esquerda

TI – 004.429

3.11.006

Base

TI – 004.423

3.11.007

Porca

TI – 004.425

3.11.008

Capa

TI – 004.424

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Palatino (3 azul)

Quadro 6 - Componentes do distrator palatino (3 azul).

Código

Descrição

Identificação

Desenho

3.13.001

Tambor

TI – 004.426

3.13.002

Fuso com rosca direita

TI – 004.428

3.13.003

Fuso com Rosca Esquerda

TI – 004.429

3.11.006

Base

TI – 004.423

3.11.007

Porca

TI – 004.425

3.11.008

Capa

TI – 004.424

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Palatino (4 amarelo)

Quadros 6 - Componentes do distrator palatino (4 amarelo).

Código

Descrição

Identificação

Desenho

3.14.001

Tambor

TI – 004.426

3.14.002

Fuso com rosca direita

TI – 004.428

3.14.003

Fuso com Rosca Esquerda

TI – 004.429

3.11.006

Base

TI – 004.423

3.11.007

Porca

TI – 004.425

3.11.008

Capa

TI – 004.424

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33

Alveolar

Quadros 7 - Componentes do distrator alveolar.

Código

Descrição

Identificação

Desenho

04.07.001

Placa com 8 furos

TI-004.464

04.13.001

Placa com 10 furos

TI-005.224

04.14.000

Tubo

TI-005.215

04.11.000

Parafuso trava

TI-005.216

04.12.000

Mancal móvel

TI-005.217

04.10.000

Fuso

TI-005.218

04.13.000

Mancal fixo

TI-005.219

14.17.000

Conjunto do mancal móvel

TI-005.237

14.20.000

Conjunto do mancal fixo

TI-005.293

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34

Mandibular

Quadros 8 - Componentes do distrator mandibular.

Código

Descrição

Identificação

Desenho

04.01.006

Tubo.

TI – 004.434

04.01.008

Fuso.

TI – 004.436

04.01.002

Mancal móvel

.

TI - 004.437

04.01.003

Mancal fixo

.

TI – 004.438

04.01.011

Parafuso trava .

TI – 005.282

04.01.001

Placa 44.

TI – 004.446

04.01.004

Conjunto mancal móvel.

TI – 005.284

04.01.005

Conjunto mancal fixo.

TI – 005.286

04.01.007

Trava.

TI – 004.435

04.01.009

Parafuso menor.

TI – 004.439

04.01.010

Parafuso maior.

TI – 004.440

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Ensaio de carregamento.

Os testes de compressão e fadiga foram efetuados em máquina de ensaio

universal (Shimadzu, Tóquio, Japão), tendo como objetivo avaliar as propriedades

das resistências à compressão e fadiga, objetivando a força máxima (N), conforme

Figura 1.

Figura 1 - Máquina universal de ensaio Shimadzu.

Os distratores foram fixados pela base nos bloco de ensaio polimérico da

maquina de ensaio, com parafusos corticais. (figura 1)

No ensaio estático de compressão, os distratores foram submetidos ao

carregamento até que a máquina de ensaio detectasse algum evento de falha

(cisalhamento trinca ou ruptura). No ensaio de fadiga por flexão, determinou-se que

a máquina interrompesse a ciclagem com 162.000 ciclos, variando a carga entre

144,0 kgf/1412,64 N (distrator palatino) e 162.000 ciclos com carga de 1,47

kgf/14,42 N (distratores alveolar e mandibular). Esses diferentes valores de carga

para o ensaio de resistência à fadiga por flexão foram obtidos em ensaio pré-teste

(ensaio piloto).

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Resultados

Distrator palatino

Carregamento estático de compressão

Quando a carga de compressão foi aplicada no sentido vertical foram

analisados os fatores comprimento, rigidez (N/mm), força máxima (N) e modo de

falha.

Verifica-se na Tabela 1 que a rigidez (N/mm) e a força máxima (N) foram

numericamente diferentes entre as amostras (2110,72 a 2971,13 e 1868,75 a

2450,16, respectivamente). No modo de falha, três amostras mostraram

cisalhamento da rosca esquerda (60%), e ocorreu ruptura na rosca esquerda nas

demais amostras (40%), como mostra a Figura 2.

Tabela 1 - Resultados numéricos e média dos valores de rigidez, força máxima e

modo de falha das amostras do distrator lilás.

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Figura 2 – Ilustração do modo de falha das amostras do distrator lilás.

Verifica-se na Tabela 2 que a rigidez (N/mm) e a força máxima (N) foram

numericamente diferentes entre as amostras (1438,53 a 2371,22 e 1470,13 a

2064,53, respectivamente). No modo de falha, três amostras mostraram

cisalhamento da rosca esquerda (60%), e ruptura na rosca esquerda nas demais

amostras (40%), como mostra a Figura 3.

Tabela 2 - Resultados numéricos e média dos valores de rigidez, força máxima e

modo de falha das amostras do distrator verde.

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Figura 3 – Ilustração do modo de falha das amostras do distrator verde.

Verifica-se na Tabela 3 que a rigidez (N/mm) e a força máxima (N) foram

numericamente diferentes entre as amostras (1827,78 a 2250,31 e 1900,16 a

2071,72, respectivamente). No modo de falha, todas as amostras mostraram ruptura

na rosca esquerda (100%), como mostra a Figura 4.

Tabela 3 - Resultados numéricos e média dos valores de rigidez, força máxima e

modo de falha das amostras do distrator azul.

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Figura 4 – Ilustração do modo de falha das amostras do distrator azul.

Verifica-se na Tabela 4 que a rigidez (N/mm) e a força máxima (N) foram

numericamente diferentes entre as amostras (1255,32 a 2277,57 e 1536,75 a

1945,47, respectivamente). No modo de falha, todas as amostras mostraram trinca

na rosca esquerda (100%), como mostra a Figura 5.

Tabela 4 - Resultados numéricos e média dos valores de rigidez, força máxima e

modo de falha das amostras do distrator amarelo.

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Figura 5 – Ilustração do modo de falha das amostras do distrator amarelo.

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Fadiga

Quando a carga de flexão foi aplicada no sentido vertical foram analisados os

seguintes fatores: força máxima (N), número de ciclos e evento de falha.

Verifica-se na Tabela 5 que os valores de força máxima (N) e número de

ciclos foram numericamente similares (100%) em todas as amostras (1412,64 e

162.000, respectivamente). No modo de falha, duas amostras mostraram ruptura,

uma no fuso próximo à base (20%) e outra na base (20%), como mostra a Figura 6,

enquanto as outras amostras não mostraram eventos de falha (60%).

Tabela 5 - Resultados numéricos dos valores da força máxima, número de ciclos e

evento de falha das amostras do distrator lilás.

Figura 6 – Ilustração do evento de falha das amostras do distrator lilás.

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Verifica-se na Tabela 6 que os valores de força máxima (N) foram

numericamente similares (100%) em todas as amostras (1412,64), enquanto o

número de ciclos mostrou similaridade para quatro amostras com 162.000 ciclos

(80%), e uma com 145.982 ciclos (20%). No modo de falha, uma amostra mostrou

ruptura no fuso e base (20%), como mostra a Figura 7, e as demais não mostraram

eventos de falha (80%).

Tabela 6 - Resultados numéricos dos valores da força máxima, número de ciclos e

evento de falha das amostras do distrator verde.

Figura 7 – Ilustração do evento de falha da amostra do distrator verde.

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Verifica-se na Tabela 7 que os valores de força máxima (N) e número de

ciclos foram numericamente similares (100%) em todas as amostras (1412,64 e

162.000, respectivamente). No modo de falha, todas as amostras não mostraram

evento de falha (100%).

Tabela 7 - Resultados numéricos dos valores da força máxima, número de ciclos e

evento de falha das amostras do distrator azul.

Verifica-se na Tabela 8 que os valores de força máxima (N) e número de

ciclos foram numericamente similares (100%) em todas as amostras (1412,64 e

162.000, respectivamente). No evento de falha, uma amostra mostrou ruptura na

base (20%), como mostra a Figura 8, e as demais não mostraram eventos de falha

(80%).

Tabela 8 - Resultados numéricos dos valores da força máxima, número de ciclos e

evento de falha das amostras do distrator amarelo.

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Figura 8 – Ilustração do evento de falha da amostra do distrator amarelo.

Distrator alveolar

Carregamento de compressão

Quando a carga de compressão foi aplicada no sentido vertical foram

analisados os fatores rigidez (N/mm), força máxima (N) e modo de falha.

Verifica-se na Tabela 8 que a rigidez (N/mm) e a força máxima (N) foram

numericamente diferentes entre as amostras (33,15 a 41,51 e 31,50 a 37,09,

respectivamente). No modo de falha, quatro amostras mostraram deformação

permanente na placa do mancal móvel (80%), e uma apresentou ruptura na placa

com o mancal móvel (20%), como mostra a Figura 9.

Tabela 8 - Resultados numéricos e média dos valores de rigidez, força máxima e

modo de falha das amostras do distrator alveolar.

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Figura 8 – Ilustração do modo de falha das amostras do distrator alveolar.

Fadiga

Quando a carga de flexão foi aplicada no sentido vertical foram analisados os

fatores força máxima (N), número de ciclos e evento de falha.

Verifica-se na Tabela 9 que os valores de força máxima (N) foram

numericamente similares (100%) em todas as amostras (14,42), enquanto o número

de ciclos mostrou similaridade para quatro amostras com 162.000 ciclos (80%), e

uma com 110.678 ciclos (20%). No modo de falha, uma amostra mostrou ruptura na

placa com o mancal móvel (20%), como mostra a Figura 9, e as demais não

mostraram eventos de falha (80%).

Tabela 9 - Resultados numéricos dos valores da força máxima, número de ciclos e

evento de falha das amostras do distrator alveolar.

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Figura 9 – Ilustração do evento de falha da amostra do distrator alveolar.

Distrator mandibular

Carregamento de compressão.

Quando a carga de compressão foi aplicada no sentido vertical foram

analisados os fatores rigidez (N/mm), força máxima (N) e modo de falha.

Verifica-se na Tabela 10 que a rigidez (N/mm) e a força máxima (N) foram

numericamente diferentes entre as amostras (6,26 a 8,83, e 26,69 a 30,44,

respectivamente). No modo de falha, quatro amostras mostraram ruptura na placa

do mancal fixo (80%), como mostra a Figura 10, e uma apresentou deformação

permanente na placa com o mancal fixo (20%).

Tabela 10 - Resultados numéricos e média dos valores de rigidez, força máxima e

modo de falha das amostras do distrator mandibular.

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Figura 10 – Ilustração do modo de falha das amostras do distrator mandibular.

Fadiga

Quando a carga de flexão foi aplicada no sentido vertical foram analisados os

fatores força máxima (N), número de ciclos e evento de falha.

Verifica-se na Tabela 11 que os valores de força máxima (N) foram

numericamente similares (100%) em todas as amostras (14,42), enquanto o número

de ciclos não mostrou similaridade entre amostras (21.235 a 130.614). No modo de

falha, todas as amostras mostraram ruptura na placa com o mancal fixo (100%),

como mostra a Figura 11.

Tabela 11 - Resultados numéricos dos valores da força máxima, número de ciclos e

evento de falha das amostras do distrator alveolar.

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Figura 11 – Ilustração do evento de falha das amostras do distrator alveolar.

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Discussão

A hipótese testada foi que os comportamentos mecânicos de compressão e

fadiga seriam similares nos três modelos desenvolvidos. Considerando que os

valores de rigidez, força máxima, fadiga e eventos de ruptura foram diferentes em

cada modelo de distratores, a hipótese testada foi rejeitada.

Distrator Palatino

Compressão

Verifica-se nas Tabelas 1 e 2 que a rigidez (2110,72 a 2971,13 e 1438,53 a

2371,22 N/mm, respectivamente) e força máxima (1868,75 a 2450,16 e 1470,13 a

2064,53 N, respectivamente) foram numericamente diferentes entre as amostras em

cada distrator. No modo de falha, três amostras de cada modelo mostraram

cisalhamento da rosca esquerda (60%), e ruptura na rosca esquerda nas demais

amostras (40%), como mostram as Figuras 2 e 3.

Com base nesses resultados, é possível supor que se a carga de

compressão fosse aumentada ocorreria fratura dessas amostras na região da

deformação por cisalhamento, como ocorreu nas amostras fraturadas. Um estudo

anterior mostrou que parafusos expansores desenvolveram forças de 16 – 20 kg, os

quais foram adequados para obter rápida expansão da maxila. Com o uso desses

dispositivos para expansão ocorreu falha da estrutura somente com maior força

(cerca de 20 kg), a qual não poderia ser observada em situação clínica (Camporesi

et al., 2013)

Verifica-se nas Tabelas 3 e 4 que a rigidez (1641,30 a 2250,31 e 1255,32 a

2277,57 N/mm, respectivamente) e força máxima (1900,16 a 2071,72 e 1536,75 a

1945,47 N, respectivamente) foram numericamente diferentes entre as amostras em

cada distrator. No modo de falha, todas as amostras exibiram ruptura no eixo da

rosca esquerda próxima à porca de aperto (Figura 4) e trinca na região do eixo da

rosca esquerda próxima à porca de aperto (Figura 5). Pode-se supor que aplicação

de maior carga de compressão promoveria fratura dessas amostras na mesma

região onde ocorreram as trincas.

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Considerando que para uma carga de oclusão direta, ou seja, sem

interposição de nenhum obstáculo entre cúspides, existiria uma força normal de 135

N associada ao esforço tangencial de 44 N. Foi observada também que para

mastigação de biscoito seria necessária uma força normal de 133 N e uma força

tangencial de 39 N (Las Casas et al., 2007). Além disso, trabalhos anteriores

mostraram que as forças de oclusão ocorridas na área de incisivos estão numa

escala de 120 a 225 N para homens e de 64 N a 185 N para mulheres.

(Paphangkorakit & Osborn, 1997; Paphangkorakit & Osborn, 1998; Presente et al.,

2008).

Com base nos relatos dos autores anteriormente mencionados, as falhas do

distrator palatino sob a influência da compressão ocorreram com valores muito

acima dos quais os dentes estão sujeito durante a mastigação normal. Diante deste

fato, pode-se supor que os distratores quando em uso clinico não teriam o

desempenho mecânico negativamente influenciado pelas falhas mecânicas que

ocorreram durante o ensaio de compressão neste estudo.

Além disso, as vantagens do distrator palatino fixado nas paredes ósseas

evitam os seguintes problemas: perda da ancoragem porque as placas de suporte

são fixadas no osso palatino, pouca ou nenhuma recidiva óssea porque a expansão

e a contenção ocorrem apoiadas no osso, não há compressão da membrana

periodontal, reabsorção radicular ou fenestração cortical porque os dentes não

fazem parte do processo, e pouca ou nenhuma inclinação porque as intervenções

ocorrem no alto da abóbada palatina (Mommaerts, 2008). Com esses fatores, alega-

se que o tratamento com distrator seria bem sucedido em pacientes com deficiência

maxilar, mordida cruzada e lábio leporino (abertura no lábio e fenda palatina)

obtendo consequentemente melhora na função da mandíbula, boa estética e

estabilidade oclusal sem recidiva (Srivastava et al., 2015).

Fadiga

Os valores de força máxima (N) e número de ciclos foram numericamente

similares (100%) em todas as amostras (Tabela 5). No modo de falha, 40% das

amostras mostraram ruptura, enquanto 60% não mostraram eventos de falha (Figura

6). Os valores de força máxima (N) foram numericamente similares (100%),

enquanto o número de ciclos mostrou similaridade em 80% (Tabela 6). Ocorreu

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ruptura em 20% das amostras, enquanto 80% não mostraram falhas (Figura 7). Nas

Tabelas 7 e 8, os valores de força máxima (N) e número de ciclos foram 100%

similares. Em 100% (Figura 8) e 80% (Figura 9) das amostras não ocorreram

nenhum evento de falhas.

Um fato importante a ser destacado no ensaio de fadiga foi a localização dos

eventos de falhas. As falhas ocorreram no fuso e na base do distrator porque o

ensaio de fadiga por flexão promoveu, provavelmente, maior tensão nessas duas

regiões. O local de fratura no fuso foi na região de menor diâmetro, o que pode ter

favorecido o aumento da rigidez pelo encruamento a frio, facilitando a fratura. Na

base, a fratura pode ter ocorrida porque existe uma folga no encaixe entre a

extremidade do fuso e o encaixe na base (articulação para fixação do distrator).

Esse fato pode ter aumentado à tensão nesse local porque o fuso funcionou como

um fator impactante sobre a base, enfraquecendo a resistência mecânica de ambos.

Distrator Alveolar

Compressão

Na Tabela 8 verifica-se que a rigidez (N/mm) e força máxima (N) foram

numericamente diferentes entre as amostras. No modo de falha, 80% das amostras

mostraram deformação permanente na placa do mancal móvel, e 20% ruptura na

placa com o mancal móvel (Figura 8). Com base nesses resultados, foi possível

supor que a aplicação de maior carga de compressão promoveria ruptura das

amostras devido ao aumento da rigidez na mesma região da deformação

permanente.

Como o evento de ruptura ocorreu na solda entre a placa de fixação e o

mancal móvel em 20% das amostras, seria possível também supor que a resistência

da solda tenha sido negativamente influenciada por fatores aleatórios, como

porosidade, contração por esfriamento ou tensão induzida, influência que não foi

evidenciada em 80% das amostras, nas quais o evento de falha foi deformação

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permanente. A fratura talvez pudesse ser evitada se um processo de soldagem

adicional fosse efetuada na região entre a placa e o mancal, reforçando a resistência

da união soldada.

A distração osteogênica alveolar tem sido indicada para grandes defeitos do

rebordo alveolar. Além disso, a ausência de área doadora seria a principal vantagem

da técnica, com maior índice de previsibilidade e indicação para tratamentos de

defeitos do rebordo alveolar em altura (Noia et al., 2011). Atrofia grave do rebordo

desdentado, deficiência segmentar do rebordo alveolar que compromete a

colocação do implante, rebordo alveolar estreito, quando a distração horizontal pode

ser aplicada, movimento vertical graduado dos dentes anquilosados, quando o

deslocamento ortodôntico é impossível ou não foi bem sucedido e deslocamento

vertical gradual do implante osseointegrado juntamente com o osso alveolar

circundante são outros fatores para indicação desse procedimento (Kumar et al.

(2011). Por essas indicações clínica, um dos principais requisitos deste projeto

envolvendo o distrator alveolar foi que a guia linear pudesse oferecer controle e

precisão do vetor de distração para o transporte do segmento ósseo na região onde

será colocado o implante dentário, conforme critério alegado na literatura (Cheung et

al., 2011)

Fadiga

Os valores de força máxima (N) foram numericamente similares (100%)

(Tabela 9), enquanto o número de ciclos apresentou similaridade em 80%. No modo

de falha, 20% das amostras mostraram ruptura, enquanto 80% não mostraram

eventos de falha (Figura 9).

Com resultados similares aos do ensaio de compressão, o evento de ruptura

também ocorreu na solda entre a placa de fixação e o mancal móvel em 20% das

amostras. Da mesma forma, seria possível supor que a resistência da solda tenha

sido negativamente influenciada por fatores aleatórios, como porosidade, contração

por esfriamento ou tensão induzida, influência que não foi evidenciada em 80% das

amostras, nas quais ocorreu deformação permanente. Como alegado no ensaio de

compressão, a fratura talvez pudesse ser evitada se um processo de soldagem

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adicional fosse efetuado na região entre a placa e o mancal, reforçando a resistência

da união soldada

Este modelo de distrator foi projetado com uma diferença quando comparado

com os disponíveis atualmente no mercado, ou seja, na base do corpo do distrator

onde corre o mancal foi projetada uma guia linear para que o mancal móvel soldado

na placa deslizasse com maior precisão quando do acionamento do distrator,

facilitando o transporte ósseo.

Segundo alega Cheung et al.(2011), um dos pontos mais importantes da

distração alveolar seria a possibilidade de corrigir a discrepância vertical na região

reconstruída residual do rebordo alveolar e conseguir massa óssea vertical numa

altura adequada para reabilitação com implantes dentários. Além disso, a

possibilidade de controlar o vetor da distração seria essencial para o transporte do

segmento ósseo para a região onde será colocado o implante dentário.

Distrator Mandibular

Compressão

Na Tabela 10 verifica-se que a rigidez (N/mm) e a força máxima (N) foram

numericamente diferentes entre as amostras. No modo de falha, 20% das amostras

mostraram deformação permanente na placa do mancal fixo e 80% ruptura na placa

com o mancal fixo (Figura 10). Com base nesses resultados, foi possível supor que

aplicação de maior carga de compressão promoveria ruptura das amostras devido

ao aumento da rigidez na mesma região da deformação permanente.

Como o evento de ruptura ocorreu na solda entre a placa de fixação e o

mancal fixo em 80% das amostras, seria possível também inferir que a resistência

da solda tenha sido negativamente influenciada por fatores aleatórios, como

porosidade, contração por esfriamento ou tensão induzida, influência que não foi

evidenciada em 20% das amostras, nas quais foi observada apenas evento de

deformação permanente. A fratura talvez pudesse ser evitada com uma

complementação do processo de soldagem na região da placa com o mancal, onde

possivelmente a resistência do distrator seria aumentada, amenizando o efeito da

carga efetuada no ensaio. Com isso, seria possível aumentar a segurança mecânica

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dos tratamentos indicados para o distrator de mandíbula, como anomalias e

síndromes polimalformadas incluindo a Sequência de Pierre Robim e a Síndrome de

Moebius. Além disso, poderia evitar a traqueostomia ou permitir a descanulização

precoce em crianças gravemente afectadas (Oliveira et al., 2013), e tambem

fornecer osso forte para a mandíbula com exelente fornecimento de sangue e

capaciadade efetiva de expanção do tecido mole (distração histogênese), e eficaz

opção para melhorar os resultados funcionais e estéticos do paciente em casos de

hipoplasia mandibular secundária de anquilose temporomandibular (Gupta et al.,

2014).

Fadiga

Os valores de força máxima (N) foram numericamente similares (100%)

(Tabela 11), enquanto o número de ciclos apresentou diferença em todas as

amostras (100%). No modo de falha, 100% das amostras mostraram ruptura (Figura

11).

Similar aos resultados do ensaio de compressão, o evento de ruptura também

ocorreu na solda entre a placa de fixação e o mancal fixo. Pode ser alegado que a

resistência da solda tenha sido negativamente influenciada pelo tipo de

carregamento (flexão) que influenciou a tensão resultante sobre a área soldada

entre a placa e o mancal fixo. Essa hipótese torna mais evidente quando não houve

nenhuma fratura na solda entre a placa e o mancal móvel, distante 40,5 mm do

ponto de flexão do mancal fixo, funcionando como extremidade livre do braço de

uma alavanca.

Nessas condições, um reforço de soldagem seria necessário, conforme

descrito para o ensaio de compressão, para aumentar a resistência dos pontos onde

houve a falha e proporcionar segurança e atender os casos nos quais as vantagens

do tratamento de distração são superiores as desvantagens, como os resultados

funcional e estético (Karun et al., 2013).

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Conclusão

A análise mecânica dos distratores fabricados permitiu emitir as seguintes

conclusões:

1 - Os valores de rigidez e força máxima foram numericamente diferentes nos tipos

de distratores palatino. No modo de falha, os distratores mostraram eventos de

cisalhamento, trinca e ruptura no fuso de rosca esquerda;

2 - Os valores de rigidez e força máxima foram numericamente diferentes entre as

amostras do distrator alveolar. No modo de falha, os distratores mostraram eventos

de deformação permanente e ruptura;

3 - Os valores de rigidez e força máxima foram numericamente diferentes entre as

amostras do distrator mandibular. No modo de falha, os distratores mostraram

eventos de deformação permanente e ruptura.

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ANEXOS.

ANEXO 1 - Relatórios de ensaio do distrator Palatal.

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Anexo 2 - Relatórios de ensaio do distrator Alveolar.

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Anexo 3 - Relatórios de ensaio do distrator Mandibular

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