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INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO - LACTEC ROSANA SILVIA BORBA REGIANI DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE SOFTWARE EDUCACIONAL PARA ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DE MICROBACIA DO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO NORTE - PR CURITIBA 2017

DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE SOFTWARE … DE AULA ... Estudo de Impactos Ambientais EMATER/PR – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural ... 2.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

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INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO - LACTEC

ROSANA SILVIA BORBA REGIANI

DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE SOFTWARE EDUCACIONAL PARA

ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DE MICROBACIA DO

MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO NORTE - PR

CURITIBA

2017

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ROSANA SILVIA BORBA REGIANI

DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE SOFTWARE EDUCACIONAL PARA

ENSINO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DENTRO DE MICROBACIA DO

MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO NORTE - PR

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento de Tecnologia, Área de Concentração Meio Ambiente e Desenvolvimento (MAD), do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento, em parceria com o Instituto de Engenharia do Paraná, como parte das exigências para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento de Tecnologia.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Tânia Lúcia Graf de Miranda

CURITIBA

2017

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Aos meus pais, Orlando Borba (in memoriam) e Norma Kesseli Borba (in

memoriam), que partiram muito cedo, mas deixaram seus frutos para

amadurecerem. Obrigada por terem aceito a missão de nos orientar.

Com carinho e saudades!!!!

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AGRADECIMENTOS

A realização deste trabalho não seria concreta sem a colaboração e ajuda de pessoas dedicadas e comprometidas que fazem parte da minha existência.

À minha orientadora Prof.ª Dr.ª Tânia Lúcia Graft de Miranda, por plantar esta semente, regar e ajudar a florescer com carinho, dedicação e muito profissionalismo.

À minha filha Natalia, por ser companheira em minhas viagens, necessárias à formação, solidária nos dias e noites de estudo, sempre com muita paciência.

Ao meu marido Anselmo que não colocou obstáculos para que este sonho se realizasse, me incentivou e ajudou a conseguir material para a pesquisa.

Ao meu filho Heitor, minha nora Bruna e minha neta Elisa, que me deram forças e renovaram minhas esperanças em deixar este trabalho para as futuras gerações.

À minha querida irmã Evelise, sua linda família, meu cunhado Serginho, Igor e Natan, meus afilhados, que sempre me fizeram acreditar que era capaz de continuar.

À Tia Isolda, que me acolheu com carinho em sua casa e já divulgava meu trabalho mesmo antes de concluído.

Às pessoas que contribuíram com material, conhecimento e me receberam de portas abertas.

Aos professores que nos conduziram e auxiliaram para que fôssemos ganhando conhecimento e agregando informações, que nos levaram até a realização dos estudos.

Aos colegas de mestrado, que ao longo destes dois anos foram parceiros e colaboradores.

A todas as pessoas que, de uma maneira especial, tiveram um significado no decorrer desta vida, um agradecimento radiante, que nunca poderei expressar só com palavras.

Ao Deus todo-poderoso, por permitir que tudo fosse feito a Sua vontade.

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RESUMO

Embora se observe, atualmente, preocupação crescente quanto ao enfoque ambiental, as informações acerca de critérios do ensino da Educação Ambiental disponibilizados na rede educacional são divergentes quanto à sua concepção e prática. A adoção de estratégias didáticas é necessária para criar condições objetivas e projetos que possam auxiliar como planejadores e selecionadores do material a ser trabalhado. Com base nessas considerações, o objetivo geral deste estudo foi de desenvolver e aplicar um software educativo interativo sobre a microbacia do Ribeirão Palmital, para fins de Educação Ambiental nas escolas municipais do município de Paraíso do Norte, no Paraná. Para tanto, inicialmente foi realizada uma pesquisa junto aos órgãos oficiais do Paraná que atuam na microbacia em questão. Com base nesses levantamentos, procedeu-se então à elaboração do levantamento de dados primários, através de aplicação de entrevistas com alunos do 4.º ano do Ensino Fundamental, a partir de questionários predeterminados para avaliar as informações que o software deveria conter para abranger as dúvidas e dificuldades informativas dos educandos. Aos dados levantados foi aplicada análise de estatística descritiva. Dentre os resultados obtidos, a análise de um conjunto de diagnósticos possibilitou o desenvolvimento de um software, compatível com sistema Android, como tablet, celular e plataforma de jogos Google. Os resultados do estudo foram adequados em informar e permitir que a rede escolar tivesse acesso ao material sobre a microbacia municipal e perceber sua função como fornecedora de água para a região. O software interativo “Projeto Ribeirão Palmital” foi aplicado nas escolas municipais e comprovado através de testes de usabilidade. Permitindo verificar que o resultado ao método foi favorável ao nível de testar competências e modificar comportamentos, dando à educação ambiental regional tom mais específico.

Palavras-chave: Educação ambiental. Microbacia. Software.

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ABSTRACT

Although there is currently growing concern about the environmental approach, information about the criteria of Environmental Education teaching available in the educational network differs in conception and practice. The adoption of didactic strategies is necessary to create objective conditions for the development of projects that can help as planners and selectors of the material to be worked on. Based on these considerations, the general objective of this study was to develop and apply an interactive educational software on the microbasin of Ribeirão Palmital for environmental education purposes in municipal schools in the municipality of Paraíso do Norte, Paraná. For that, a survey was initially carried out with the official agencies of Paraná that operate in the microbasin in question. On the basis of these surveys, the primary data collection was carried out, through the application of interviews with 4th year primary school students, from predetermined questionnaires to evaluate the information that the software should contain to cover the doubts and information difficulties of learners. Data analysis was applied to descriptive statistics. Among the results obtained, the analysis of a set of diagnoses enabled the development of a software compatible with Android system, such as tablet, mobile phone and Google gaming platform. The results of the study were adequate to inform and allow the school network to have access to the material on the municipal microbasin and to perceive its function as water supplier for the region. The interactive software "Projeto Ribeirão Palmital" was applied in municipal schools and proven through usability tests. Allowing to verify that the result to the method was favorable to the level of test competences and modify behaviors, giving regional environmental education more specific tone.

Key-words: Environmental education. Microbasin. Software.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - MAPA DO ESTADO DO PARANÁ COM LOCALIZAÇÃO DO

MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO NORTE ..................................................................... 51

FIGURA 2 - MAPA DO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO NORTE COM A

LOCALIZAÇÃO DA MICROBACIA DO RIBEIRÃO PALMITAL ................................. 51

FIGURA 3 - MAPA DO PERÍMETRO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

DA MICROBACIA MUNICIPAL DO RIBEIRÃO PALMITAL....................................... 53

FIGURA 4 - PERFIL TOPOGRÁFICO DO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO

NORTE ...................................................................................................................... 54

FIGURA 5 - PRINCÍPIOS PARA TESTE DE USABILIDADE, UTILIZADO COM

ALUNOS E PROFESSORES .................................................................................... 69

FIGURA 6 - PLANEJAMENTO GERAL DO SOFTWARE DESENVOLVIDO

PROJETO “RIBEIRÃO PALMITAL” ........................................................................... 73

FIGURA 7 - TELA DE CAPA DO SOFTWARE - PRANCHA 1 .................................. 84

FIGURA 8 - TELA DE INÍCIO DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE -

PRANCHA 2 .............................................................................................................. 84

FIGURA 9 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO

SOFTWARE - PRANCHA 3 ...................................................................................... 84

FIGURA 10 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO

SOFTWARE - PRANCHA 4 ...................................................................................... 84

FIGURA 11 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO

SOFTWARE - PRANCHA 5 ...................................................................................... 85

FIGURA 12 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO

SOFTWARE - PRANCHA 6 ...................................................................................... 85

FIGURA 13 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO

SOFTWARE - PRANCHA 7 ...................................................................................... 85

FIGURA 14 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO

SOFTWARE - PRANCHA 8 ...................................................................................... 85

FIGURA 15 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO

SOFTWARE - PRANCHA 9 ...................................................................................... 86

FIGURA 16 - TELA FINAL DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE -

PRANCHA 10 ............................................................................................................ 86

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FIGURA 17 - FOTO DA PRIMEIRA PÁGINA DAS ATIVIDADES DE REVISÃO

INSERIDA NO SOFTWARE - TELA 1 ....................................................................... 87

FIGURA 18 - FOTO DA SEGUNDA PÁGINA DAS ATIVIDADES DE REVISÃO

INSERIDA NO SOFTWARE - TELA 2 ....................................................................... 87

FIGURA 19 - FOTO DA TELA DO SOFTWARE COM ATIVIDADE PARA

LIGAR - TELA 3 ........................................................................................................ 87

FIGURA 20 - FOTO DA SEGUNDA ATIVIDADE PARA MARCAR A

RESPOSTA CERTA - TELA 4 ................................................................................... 87

FIGURA 21 - FOTO DA TERCEIRA ATIVIDADE PARA MARCAR A

RESPOSTA CERTA - TELA 5 ................................................................................... 88

FIGURA 22 - FOTO DA QUARTA ATIVIDADE PARA MARCAR A RESPOSTA

CERTA - TELA 6 ....................................................................................................... 88

FIGURA 23 - FOTO DA QUINTA ATIVIDADE PARA PLANTAR ÁRVORES NA

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - TELA 7 ............................................. 88

FIGURA 24 - FOTO DA TELA DE CONCLUSÃO DAS ATIVIDADES - TELA 8 ........ 88

FIGURA 25 - FOTO DA TELA FINAL DAS ATIVIDADES COM PALAVRAS DE

INCENTIVO - TELA 9 ................................................................................................ 89

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - PRINCIPAIS LEIS VIGENTES NO BRASIL PARA FINS DE

PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL ......................................................... 32

QUADRO 2 - DOCUMENTOS NACIONAIS EDUCACIONAIS DIRECIONADOS

À EDUCAÇÃO AMBIENTAL ..................................................................................... 33

QUADRO 3 - DIFERENTES CONCEITOS DE MICROBACIAS

HIDROGRÁFICAS ENCONTRADOS NA LITERATURA .......................................... 38

QUADRO 4 - CONCEITOS E SUAS ABRANGÊNCIAS NOS MEIOS FÍSICOS,

BIÓTICOS E ANTRÓPICOS ..................................................................................... 39

QUADRO 5 - LEI DE CRIAÇÃO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA

MICROBACIA DO RIBEIRÃO PALMITAL ................................................................. 52

QUADRO 6 - TIPOS DE SOLOS DA MICROBACIA DO RIBEIRÃO PALMITAL

E SUAS CARACTERÍSTICAS ................................................................................... 56

QUADRO 7 - DESCRIÇÃO DO MEIO BIOLÓGICO, REMANESCENTE

FLORESTAL E PONTOS CRÍTICOS DA MICROBACIA DO RIBEIRÃO

PALMITAL ................................................................................................................. 58

QUADRO 8 - PLANO DE AÇÃO ELABORADO PELA EMATER PARA A

REVITALIZAÇÃO DA MICROBACIA MUNICIPAL DO RIBEIRÃO PALMITAL ......... 59

QUADRO 9 - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS DAS ESCOLAS

MUNICIPAIS DE PARAÍSO DO NORTE ................................................................... 66

QUADRO 10 - TESTE DE USABILIDADE APLICADO COM ALUNOS PARA

COMPROVAR A EFICÁCIA DO SOFTWARE .......................................................... 71

QUADRO 11 - TESTE DE USABILIDADE E COMPROVAÇÃO DO SOFTWARE

REALIZADO COM PROFESSORES ........................................................................ 72

QUADRO 12 - RESULTADOS PERCENTUAIS DO QUESTIONÁRIO

APLICADO COM ALUNOS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE PARAÍSO DO

NORTE ...................................................................................................................... 78

QUADRO 13 - RESULTADO ENCONTRADO PARA MEDIANA NA

ESTATÍSTICA DESCRITIVA APLICADA COM QUESTIONÁRIO EM SALAS

DE AULA ................................................................................................................... 81

QUADRO 14 - RESUMO DE DADOS ENCONTRADOS EM PESQUISA DE

ESTATÍSTICA DESCRITIVA COM QUESTIONÁRIO APLICADO EM SALA............ 82

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QUADRO 15 - RESULTADO DE APLICAÇÃO DE TESTE COM ALUNOS DA

TURMA 1 - ESCOLA “WAGNER BENTO PUPIN” .................................................... 90

QUADRO 16 - RESULTADO DE APLICAÇÃO DE TESTE COM ALUNOS DA

TURMA 2 - ESCOLA “WAGNER BENTO PUPIN” .................................................... 91

QUADRO 17 - RESULTADO DE APLICAÇÃO DE TESTE COM ALUNOS DA

TURMA 3 - ESCOLA “27 DE NOVEMBRO” .............................................................. 92

QUADRO 18 - RESULTADO DE APLICAÇÃO DE TESTE COM ALUNOS DA

TURMA 4 - ESCOLA “27 DE NOVEMBRO” .............................................................. 93

QUADRO 19 - RESULTADO DE TESTE DE USABILIDADE E

COMPROVAÇÃO REALIZADO COM PROFESSORES ........................................... 96

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 - RESPOSTAS OBTIDAS POR TURMA NO QUESTIONÁRIO

APLICADO EM SALAS DE AULAS, NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE

PARAÍSO DO NORTE .............................................................................................. 77

GRÁFICO 2 - RESULTADOS PERCENTUAIS DO QUESTIONÁRIO ...................... 79

GRÁFICO 3 - RESULTADOS FINAIS PARA OBTENÇÃO DA MODA ...................... 80

GRÁFICO 4 - RESUMO DOS DADOS OBTIDOS COM A PESQUISA

UTILIZANDO O MÉTODO DA ESTATÍSTICA DESCRITIVA. ................................... 82

GRÁFICO 5 - RESULTADOS DE TESTES REALIZADOS COM ALUNOS COM

SOFTWARE “PROJETO RIBEIRÃO PALMITAL” ..................................................... 94

GRÁFICO 6 - RESULTADOS DE TESTES REALIZADOS COM ALUNOS SEM

ASSISTIR AO SOFTWARE “PROJETO RIBEIRÃO PALMITAL” .............................. 95

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LISTA DE SIGLAS

ANA – Agência Nacional de Águas

APA – Área de Proteção Ambiental

APP – Área de Preservação Permanente

ASC – Aspectos Sociocientíficos

AVEI – Ambiente Virtual de Ensino Inteligente

CAR – Cadastro Ambiental Rural

CONDEMA – Conselho Municipal do Meio Ambiente

DCNEF – Diretrizes Curriculares Nacionais para Ensino Fundamental

EA – Educação Ambiental

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente

EIA – Estudo de Impactos Ambientais

EMATER/PR – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Governo

do Paraná

EMAS – Eco Management and Audit Scheme

ISO – International Organization for Standardization (Organização

Internacional de Normalização)

IPARDES – Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

LDB – Lei de Diretrizes e Bases

MBH – Microbacia Hidrográfica

MMA – Ministério do Meio Ambiente

MP – Medida Provisória

NASA – National Aeronautics and Space Administration (Administração

Nacional da Aeronáutica e Espaço)

PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais

PDM – Plano Diretor Municipal

PH – Pegada Hídrica

PNE – Política Nacional de Educação

PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental

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PNMA – Política Nacional do Meio Ambiente

ProNEA – Programa Nacional de Educação Ambiental

RCN – Referencial Curricular Nacional

RIMA – Relatório de Impacto Ambiental

SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná

TIC – Tecnologias da Informação e da Comunicação

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 18

1.1 CONTEXTO ........................................................................................................ 18

1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 21

1.2.1 Objetivo geral ................................................................................................... 21

1.2.2 Objetivos específicos........................................................................................ 22

1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 22

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 24

2.1 EDUCAÇÃO FORMAL ........................................................................................ 24

2.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................... 26

2.2.1 Conceitos ......................................................................................................... 26

2.2.2 Princípios .......................................................................................................... 28

2.2.3 Dispositivos legais nacionais e estaduais: leis, decretos e portarias ................ 30

2.3 FERRAMENTAS/INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS PARA EDUCAÇÃO

AMBIENTAL .............................................................................................................. 34

2.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL .............................. 35

2.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA PRESERVAÇÃO DE RECURSOS

HÍDRICOS ................................................................................................................. 36

2.6 MEIOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS E SUA IMPORTÂNCIA NOS ESTUDOS

AMBIENTAIS E DE CONSERVAÇÃO ...................................................................... 39

2.7 SOLOS, RELEVO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E PASSIVOS

AMBIENTAIS ............................................................................................................. 40

2.8 ESTADO DA ARTE DO USO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À

EDUCAÇÃO E ESTUDOS AMBIENTAIS .................................................................. 41

2.8.1 Uso de tecnologias para educação ambiental nas escolas dentro de

softwares educativos ................................................................................................. 41

2.8.2 Preservação do meio ambiente dentro do contexto de microbacias e

conservação .............................................................................................................. 44

2.8.3 Estudos ambientais – meios físicos e biológicos .............................................. 46

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2.8.4 Relações entre solos, relevo, uso e ocupação e passivos ambientais, com

a degradação e preservação. .................................................................................... 47

3 MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 50

3.1 ÁREA DE ESTUDO ............................................................................................. 50

3.1.1 Identificação da microbacia do Ribeirão Palmital ............................................. 50

3.1.2 Lei de criação da APA do Ribeirão Palmital ..................................................... 52

3.1.3 Características gerais da microbacia do Ribeirão Palmital............................... 52

3.1.3.1 Relevo ........................................................................................................... 54

3.1.3.2 Tipos de solos ............................................................................................... 55

3.1.4 Uso e ocupação do solo por área de exploração ............................................. 57

3.1.5 Situação geral da microbacia ........................................................................... 57

3.1.6 Plano de ação implantado na microbacia ......................................................... 58

3.2 ETAPAS DA PESQUISA ..................................................................................... 60

3.2.1 Dados secundários ........................................................................................... 61

3.2.2 Dados primários ............................................................................................... 62

3.2.2.1 Universo amostral ......................................................................................... 62

3.2.2.2 Aplicação das entrevistas às coordenadoras pedagógicas ........................... 63

3.2.2.3 Observações nas escolas ............................................................................. 64

3.2.2.4 Estrutura do questionário aplicado aos alunos .............................................. 64

3.3 ESTATÍSTICA DESCRITIVA ............................................................................... 67

3.4 DESENVOLVIMENTO DO SOFTWARE ............................................................. 67

3.4.1 Elaboração/Estruturação .................................................................................. 67

3.4.2 Codificação/Implementação ............................................................................. 68

3.4.3 Implantação/Teste ............................................................................................ 68

3.4.3.1 Etapa primeira: teste com alunos .................................................................. 70

3.4.3.2 Etapa segunda: aplicação do software com professores .............................. 71

3.4.4 Entrega do software ......................................................................................... 72

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 74

4.1 APLICAÇÃO DE ENTREVISTA COM AS COORDENADORAS DAS

ESCOLAS MUNICIPAIS “WAGNER BENTO PUPIN” E “27 DE NOVEMBRO” ........ 74

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4.2 RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO NA ESCOLAS MUNICIPAIS “WAGNER

BENTO PUPIN” E “27 DE NOVEMBRO” .................................................................. 74

4.3 APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO NAS ESCOLAS MUNICIPAIS WAGNER

BENTO PUPIN E 27 DE NOVEMBRO ...................................................................... 75

4.4 PROCESSAMENTO DOS DADOS DOS QUESTIONÁRIOS .............................. 76

4.5 ANÁLISE DE DADOS EM PERCENTUAIS (%) .................................................. 78

4.5.1 Síntese e visualização de dados ...................................................................... 79

4.6 HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE .............................................................. 83

4.6.1 Atividades de revisão inseridas no software ..................................................... 86

4.7 TESTE DE USABILIDADE COM ALUNOS ......................................................... 89

4.7.1 Teste de usabilidades com alunos: turma 1 ..................................................... 89

4.7.2 Teste de usabilidades com alunos: turma 2 ..................................................... 90

4.7.3 Teste de usabilidades com alunos: turma 3 ..................................................... 92

4.7.4 Teste de usabilidades com alunos: turma 4 ..................................................... 93

4.7.5 Análise geral de dados obtidos através de pesquisa de usabilidade com

alunos ........................................................................................................................ 94

4.7.6 Teste de usabilidade com professores ............................................................. 95

5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 97

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 99

APÊNDICE 1 - RESPOSTAS OBTIDAS POR TURMA NO QUESTIONÁRIO

APLICADO EM SALAS DE AULAS, NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE

PARAÍSO DO NORTE ............................................................................................ 114

APÊNDICE 2 - PREPARAÇÃO ESTATÍSTICA DO QUESTIONÁRIO .................... 115

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTO

A reflexão a partir do tema Educação Ambiental (EA) se faz analisando as

ações realizadas pela população e sua inter-relação com o meio. Aborda-se assim,

uma expressão conservacionista, que, segundo Sauvé (2005, p. 19-20), está

relacionada com a conservação da natureza, sua administração e gestão ambiental.

Para Silva et al. (2013), o equilíbrio entre sustentabilidade socioeconômica e

ambiental encontra-se em analisar os fluxos econômicos e a capacidade biológica

necessária, para que os impactos ambientais produzidos pela humanidade sejam

absorvidos.

Sustentado por Lima (2009), a política conservacionista faz referência às

características políticas, éticas, pedagógicas, e as embasa de forma epistemológica.

E, segundo Mattos (2006), a legislação também tem um enfoque preservacionista,

mas, nos últimos trinta anos, a paisagem tem se transformado e se homogeneizado

em campos e pastagens; verifica-se, então, um descumprimento das leis vigentes.

Entre as diversas linhas do pensamento ambientalista, ressaltam-se a

fragilidade do conceito de "sustentabilidade", dominante na agenda da última

Conferência de Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), paralelamente ao de Gestão

Ambiental. Sauvé (2005) enfatiza que o projeto de desenvolvimento sustentável

deve promover um desenvolvimento econômico, respeitando os aspectos sociais e

ambientais.

Alguns autores salientam também a dificuldade de aplicação do conceito de

sustentabilidade, como se pode verificar no trabalho de Ramos e Ataide (2013), os

quais relatam o caso da cidade de Anchieta, no Espírito Santo, cujo processo

produtivo, ligado à mineração, apresentava evidências de "insustentabilidade", onde

órgãos oficiais de fiscalização não conseguiam restringir os danos ambientais.

Com relação à sustentabilidade, Silva et al. (2013) nomeiam Pegada Hídrica

(PH) para medir a apropriação humana de água doce no mundo. A PH de um

indivíduo ou comunidade faz-se dos fatores locais e das características hídricas da

região. Ao consumo de água, poluição, conservação, relacionados ao uso da água

residencial, denominam PH direta.

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Para definir esta conservação hídrica regional foram delimitados setores

demarcados como bacias. Cada uma delas se caracteriza por dados únicos,

tornando-as singulares.

Pode-se definir bacias ou microbacia (MBH), segundo Fleischfresser (2011),

como um sistema hidrogeomorfológico, com elementos naturais e antrópicos

interligados, no qual qualquer ação pode afetar sua drenagem e sua salubridade.

A microbacia hidrográfica regional é de vital importância para a população,

pois dela dependem para consumo, agricultura e outras atividades.

Foi implementado no Paraná o Programa de Gestão do Solo e Água em

Microbacia (MBH), no qual técnicos do Instituto Paranaense de Assistência Técnica

e Extensão Rural (EMATER) elaboraram um Manual técnico, onde são

consideradas as dinâmicas das águas em MBHs, inserindo práticas

conservacionistas agropecuárias para não comprometer a produtividade e a

qualidade das águas, com ênfase em meio ambiente (EMATER).

O Programa de Gestão de Solo e Água em MBH - EMATER é conduzido da

seguinte forma: gestão de estradas rurais; capacitação de prefeituras municipais;

assistência técnica a comunidades locais e linhas de crédito para recuperação e

manutenção dos recursos naturais (EMATER).

Por comunidades locais, entende-se agricultores que atuam dentro do

perímetro da MBH, e não todos os habitantes. No caso de a MBH passar pela área

urbana, faz-se necessário conscientização dos munícipes para sua preservação.

Segundo o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA)

coordenado pelo órgão da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), sendo

a escola o principal vinculador de conceitos e formador de gestores ambientais, deve

ter como característica principal o envolvimento e participação na proteção e

conservação ambiental e a manutenção dessas condições em longo prazo.

Uma das diretrizes do Ministério do Meio Ambiente é a participação e o

controle social, também presente no ProNEA (2003). Nesse sentido, as ações e

estratégias são a de gerar e disponibilizar informações para que a participação

social possa formular, implementar, fiscalizar e avaliar as políticas ambientais para a

construção de valores culturais, comprometidos com a qualidade ambiental.

O conceito de meio ambiente abordado nas escolas classifica-se de duas

maneiras: conservador ou crítico (GUIMARÃES, 2007). No modo tradicional

explicava-se o meio como tudo o que o cerca, ou seja, atmosfera, água, ar, solo,

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subsolo, florestas. Já, no conceito crítico (SANTOS; SALCEDO; GALVÃO, 2008), de

que todos os elementos com fluxo contínuo e dinâmico dos processos naturais

conjugados, ou seja, os Aspectos Sociocientíficos (ASC), como: econômicos,

sociais, políticos, históricos, culturais, étnicos, articulados aos conteúdos científicos

possam ser embasados no contexto. O que é fundamental para que os alunos

percebam e compreendam o mundo em que estão inseridos e produzam

conhecimento para exercer sua cidadania com tomadas de decisões responsáveis.

Segundo Guimarães (2007), o trabalho pedagógico através do cognitivo e

afetivo é necessário para a motivação dos educandos, mas não suficiente para

transformar suas práticas. Como a educação ambiental é um dos temas mais

trabalhados no sentido de mudar hábitos, acredita-se que deveria haver consistência

entre a realidade e os conteúdos trabalhados, mas grande parte das realidades

socioambientais são descontextualizadas, fora das quais a escola está inserida.

Nesta mesma premissa da formação de cidadãos críticos, Reigota (2001)

defende que o cidadão ao ter conhecimento, através da EA, de que suas ações

podem ser abrangentes em nível global, passa a atuar conscientemente como

modificador do meio. Espera-se postura de compromisso dos educadores,

pesquisando e direcionando seus educandos para assuntos de relevância.

Para Tiriba (2010), professores devem aprender com o passado,

desenvolver o presente, para a possibilidade de haver um futuro. Defende que as

escolas façam uma interação com a natureza, utilizando-a como objeto de estudo,

fundamental à reprodução da vida e assegurem às crianças contato de reverência

com o meio.

Autora de seis livros infanto-juvenis, baseados em mitos indígenas e focados

na temática ambiental, a escritora Anne Raquel Sampaio defendeu, durante as

reuniões preparatórias da Cúpula dos Povos, que:

Como existe uma preocupação muito grande com os temas maiores, a relação da criança com o meio ambiente é vista como um tema menor. Mas se a gente não fizer a cabeça das gerações futuras, simplesmente não haverá geração futura.

1

1 EBC - Empresa Brasil de Comunicação. Ambientalistas e autores de livros infantis sugerem que

educação das crianças se volte mais à sustentabilidade. Reportagem de Paulo Virgilio. Meio Ambiente. 25/04/2012. Disponível em: <http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2012-04-25/ambientalistas-e-autores-de-livros-infantis-sugerem-que-educacao-das-criancas-se-volte-mais-sustentab>. Acesso em: 19 jul. 2016.

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Ao mesmo tempo em que educar para a natureza faz parte do currículo, as

escolas devem agregar os saberes atualizados, de forma a incluir as tecnologias

para referenciar os conteúdos. É isto que a geração futura espera: avanço

tecnológico. Sposati (1996) qualifica o referencial como utopia da inclusão social,

dividindo-o em sete campos, sendo a qualidade de vida um deles; que representa a

qualidade e a democratização das condições de preservação, seja do homem, da

natureza ou do meio ambiente.

Entende-se que a melhor redistribuição da riqueza social e tecnológica seja

parte do desenvolvimento ecológico, possibilitando menor grau de degradação e

precariedade.

De todo o contexto educacional, estima-se que a inclusão digital esteja

ligada diretamente à inclusão social, segundo Demo (2005, p. 1), que aborda

também a discriminação digital das escolas públicas onde “a infra-estrutura é ainda

muito precária para abrigar a nova mídia em condições mínimas”, correlacionando

educadores com formação específica e qualidade das mídias empregadas.

Muito importantes e difundidos nas instituições são seus potenciais

tecnológicos. Quanto maior o grau de equipamentos e desenvolvimento na área,

maior a sua qualificação e reconhecimento.

Souza e Souza (2010) colocam que a utilização de tecnologias é

indispensável atualmente, atenuando inclusive dificuldades de aprendizagem. Para

aprender algo novo o aluno deve ser motivado através de técnicas diversificadas,

especialmente digitais, que o ajudam a aprender, geram transformações e a relação

escola-aluno se moderniza.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste estudo foi de desenvolver e aplicar um software

educativo interativo sobre a microbacia do Ribeirão Palmital, utilizado para a prática

de Educação Ambiental nas escolas municipais do município de Paraíso do Norte -

Paraná.

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1.2.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos do presente estudo foram:

Identificar nas escolas municipais, através de alunos de 4.º ano do

Ensino Fundamental, coletar dados sobre o conhecimento dos mesmos,

da microbacia e do meio ambiente.

Analisar os dados disponíveis e obtidos, através de método estatístico

descritivo, para identificar as necessidades dos alunos envolvidos no

estudo.

Desenvolver um software para ser utilizado em educação ambiental para

ser aplicado a bacias hidrográficas.

Verificar a eficácia do software através de testes de usabilidade com

educandos e educadores.

1.3 JUSTIFICATIVA

Muito tem sido feito para o desenvolvimento e aplicação da educação

ambiental (EA) e suas metodologias, sendo este um trabalho contínuo de superação

gradativa de obstáculos. Diante da educação, a EA é muito recente.

A EA tem como principal escopo a criação de nova mentalidade com relação

a como usufruir dos recursos oferecidos pela natureza, criando assim novo modelo

de comportamento, buscando equilíbrio entre o homem e o ambiente (SALLES,

2011).

No universo da educação ambiental os recursos hídricos têm sido foco de

campanhas educacionais, devido à crescente degradação, utilização inadequada e

gerenciamento ineficiente, fatos estes que implicam em um risco iminente de

comprometimento da qualidade de vida das populações pela diminuição da

disponibilidade de água (SHUBO, 2003).

A EA se insere no planejamento estratégico do governo federal, no sentido

de promover e articular as ações educativas, potencializando as atividades de

proteção, recuperação e melhoria socioambiental, agilizando mudanças culturais e

sociais (ProNEA, 2003 - Programa Nacional de Educação Ambiental).

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A grande responsabilidade em trabalhar pedagogicamente com a educação

ambiental, sua amplitude de temas, exige que o educador esteja capacitado

adequadamente e tenha a sua disposição ferramentas que o auxiliem nesta nova

dimensão do processo educativo.

Quando combinados os vários aspectos – cognitivo, visual, motor, auditivo –,

o conhecimento adquirido tende a ser mais completo; isto ocorre quando se faz uso

de ferramentas tecnológicas como método para inserir conteúdo dentro do contexto

acadêmico.

Nesses aspectos, buscou-se desenvolver uma ferramenta que englobasse

as áreas sensoriais e que pudesse ser vivenciada pelos utilizadores.

Na coleta de material, foi constatado que as escolas não tinham material

significativo sobre a microbacia em questão, viabilizando a implantação do “Projeto

Ribeirão Palmital, em forma de software.

O software é uma história, contextualizada em sala de aula, onde a

professora relata as características da microbacia do Ribeirão Palmital, direcionando

os alunos para a preservação, tendo ao final um questionário para a fixação do

conteúdo.

Ao realizar este estudo e sua aplicação tem-se a intenção de maximizar o

conhecimento regional dos educandos, para que os mesmos consigam defender seu

ecossistema de maneira consciente e transformadora. Milton Santos (2006, p. 314)

afirma que “cada lugar é, a sua maneira, o mundo”; ele faz referência sobre a

globalização e seu reverso que busca entender as raízes, ou seja o entorno, para

depois procurar compreender o geral.

O desafio é o de formular a educação ambiental, que seja transformadora,

com enfoque na microbacia municipal, buscando uma perspectiva holística de ação

e, ao utilizar o software “Projeto Ribeirão Palmital”, enfatizar a importância do

relacionamento do homem com a natureza.

Utilizando-se de métodos de estudo de caso e de pesquisa bibliográfica,

esta dissertação teve seu desenvolvimento focado na elaboração de um software

sobre a MBH municipal.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo são apresentadas as leis relacionadas à preservação

ambiental brasileira, pedagogia para ensino de educação formal e ambiental,

didática, recursos hídricos e gestão de bacias, meio bióticos, solo, relevo e

ocupação, bem como sua relevância para a preservação, associadas a projetos já

testados e autores pesquisadores destas áreas. E, neste contexto, busca-se

embasar os experimentos e estudos realizados durante a presente dissertação.

2.1 EDUCAÇÃO FORMAL

A educação escolar é um processo de formação social, moral, cognitiva,

afetiva, contextualizada historicamente. Conforme Gatti (2016), envolve pessoas

com vários níveis de conhecimento, com o intuito de compartilhá-lo.

Gadotti (2005), afirma que o envolvimento dos educandos com questões que

fazem parte e sentido para suas vidas é essencial para que sejam ativos em sua

própria aprendizagem.

“A educação, seja formal, informal, familiar ou ambiental, só é completa

quando a pessoa pode chegar nos principais momentos de sua vida a pensar por si

próprio, agir conforme os seus princípios, viver segundo seus critérios” (REIGOTA,

1997, p. 33).

A educação é a afirmação da liberdade (FREIRE, 2014); é através da prática

educativa que se pode alcançar com eficiência e plenitude a participação livre e a

consciência crítica.

Para Vygotsky (1984), é nos momentos de brincadeiras que a criança

(aluno) expressa o que realmente entende sobre as vivências diretas e seus

conceitos de algo relacionado à sua relação com o meio.

Segundo André (2005, p. 27), etnografia significa “descrição cultural”,

através de técnicas para coletar dados sobre valores, hábitos, crenças e

comportamentos de um grupo social.

A escola é uma instituição cultural, construída historicamente. Escola e

cultura não são polos independentes, e sim complementares. Moreira e Candau

(2003) citam as atividades cotidianas como ligações entre a escola e cultura.

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Comportamentos, costumes e hábitos interferem em como ocorre a transmissão do

conhecimento, englobando toda a comunidade escolar, professores, alunos e

colaboradores.

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) – Lei nº 9.394/96 – tem em seu Art. 3.º os

princípios que são assim estabelecidos:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) (BRASIL, 1996)

Havendo uma vinculação entre educação e as práticas sociais, é necessário

que a escola ofereça condições para que o aluno se desenvolva plenamente. E as

bases para a compreensão são os fundamentos teóricos. Representada por Escolas

e Universidades, a educação formal tem objetivos claros e específicos.

Fundamentada por diretrizes educacionais centralizadas como os currículos, suas

estruturas podem variar conforme as instituições, mas sempre com a fiscalização de

órgãos ligados ao Ministério da Educação, conforme Gadotti (2005).

Todo ser humano tem direito à educação, sendo o mesmo requisito

fundamental para que tenha acesso aos bens e serviços disponíveis à sociedade,

segundo Gadotti (2005). Em quase todos os países do mundo, continua o autor, o

direito à educação é reconhecido e regido pelas legislações, principalmente pela

Convenção dos Direitos da Infância das Nações Unidas (particularmente os artigos

28 e 29). No Brasil, esse direito é assegurado pelo Estatuto da Criança e do

Adolescente - ECA - Lei 8.069 (BRASIL, 1990).

Segundo Campiani (2001), o professor como ator social envolvido deve ser

capacitado com novos conceitos e metodologias, que sejam condizentes com a

realidade, para que possa atuar e influenciar para mudar atitudes. O poder público,

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através do MEC e das Secretarias de Educação, deve investir em capacitações

maciças de professores e de cidadãos de forma constante.

Os principais instrumentos educativos são embasados pelas normativas

federais, como a Constituição Federativa do Brasil de 1988, em seu Art. 205:

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988).

Logo após vem a LDB 9394/96, responsável por organizar o processo

educativo e realizar as mudanças necessárias para a qualidade do ensino brasileiro,

como se traduz pelo seu Art. 8.º: “A União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas de

ensino”.

Nessa perspectiva, como formadora de conhecimentos, comportamentos e

valores, baseados na realidade local, cada escola constrói sua proposta curricular

particular.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), as Diretrizes Curriculares

Nacionais para Ensino Fundamental (DCNEF) e também o Referencial Curricular

Nacional (RCN) vão articular as questões normativas. São adaptações dos

documentos oficiais, os quais são necessários para inserir os conteúdos ao contexto

e, através do currículo, executarem o fazer pedagógico. São fontes de consulta e

norteadores para explicitar e construir a identidade pessoal do currículos de cada

escola e seu sistema de ensino.

2.2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

2.2.1 Conceitos

A EA formal é aquela desenvolvida nas escolas, com o intuito de formar

cidadãos conscientes da importância da preservação do meio ambiente. Essa

proposta surgiu depois de 1992, mas só teve uma universalização entre 2001 e

2004, por ocasião da Rio +20. Os maiores desafios da educação ambiental têm sido

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a falta de parâmetros institucionais por parte do Conselho Nacional de Educação

(RIBEIRO, 2016).

Foi na Conferência de Educação da Universidade de Keele, na Inglaterra em

1965 (FREITAS; FREITAS, 2014), que se falou em EA pela primeira vez. Seu

reconhecimento só foi alcançado nas décadas finais do século XX e estruturada com

o intuito de construir a consciência ecológica dos cidadãos através das escolas em

um universo pedagógico multidimensional, relacionando o indivíduo, sociedade,

educação e natureza (LAYRARGUES; LIMA, 2011).

Uma dos tópicos mais discutidos em todas as esferas é a EA. Cabe-nos a

proposta de construir um mundo que não tenha visão exclusivamente econômica,

mas focada nas condições necessárias para o bem-estar geral, como saneamento

básico, educação e outras possibilidades que possam trazer dignidade para o ser

humano em respeito ao meio ambiente (RIBEIRO, 2016).

A definição oficial de Educação Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente é: “Educação ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornam aptos a agir – individual e coletivamente – e resolver problemas ambientais presentes e futuros” (PIVA

2, 2008 citada por SOARES, 2012, p.

3).

Com a promulgação da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA)

pela Lei n.º 9795/1999, tornou-se obrigatório o ensino da Educação Ambiental em

todos os níveis da educação formal, após ambientalistas, educadores e governo

unirem-se para esse desfecho. A Educação Ambiental ficou assim definida em seu

Art. 1.º:

Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política. (BRASIL, 1999)

2 PIVA, I. C. Fundamentos da Educação Ambiental. POSEAD Educação a Distância. Brasília, DF,

2008.

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A EA traz em seu contexto, segundo Piva3 (2008 citada por SOARES, 2012),

um despertar da consciência do homem, para que ele deixe de exercer sua visão

antropocêntrica e assuma que pode ser vítima de todas as alterações que realizar

com o meio ambiente.

É consenso a necessidade de conservação e defesa do meio ambiente.

Sendo assim, há uma certa urgência para que os indivíduos sejam conscientizados

e para que essa tomada de consciência se multiplique a partir das gerações

presentes e passe para as futuras; faz-se vital o trabalho de educação ambiental

dentro e fora da escola, incluindo projetos que envolvam os alunos em sala de aula,

tornando-os multiplicadores de atitudes sustentáveis, do ponto de vista do meio

ambiente. Silva (2012) define o ambiente escolar como de vital importância para a

mudança do pensamento e ações.

2.2.2 Princípios

No “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e

Responsabilidade Global” (TRATADO, 2006), os princípios proclamados são que

todos têm direito à EA, onde se é aprendiz e educador, tendo como base o

pensamento crítico e inovador, promovendo a transformação e construção da

sociedade. Dentre todos os princípios, os mais citados são: a transformação e

mudança dos paradigmas.

Para Pádua e Tabanez4 (1998 citados por BARROS, 2010, p. 4), “a

educação ambiental propicia o aumento de conhecimentos, mudança de valores e

aperfeiçoamento de habilidades, condições básicas para estimular maior integração

e harmonia dos indivíduos com o meio ambiente”.

Segundo Santos (2013), muito se fala em preservação, e são tantos os

manifestos de combate à degradação que se confundem e se contradizem no que

seria o correto para sustentar o meio. Mas, na verdade, essa utopia aos poucos está

sendo desmistificada com coadjuvantes auxiliares como: coleta seletiva,

despoluição, preservação e desenvolvimento sustentável. Com essa proposta as

3 PIVA, I. C. Fundamentos da Educação Ambiental. POSEAD Educação a Distância. Brasília, DF,

2008. 4

PÁDUA, S.; TABANEZ, M. (Orgs.). Educação ambiental: caminhos trilhados no Brasil. São Paulo: Ipê, 1998.

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escolas começam, aos poucos, com temas comuns e diários, para que possam

gerar mudanças de comportamento.

Educação Ambiental no âmbito escolar deve ser tratada como científica, ou seja, deve ser uma disciplina que atue separadamente de outras, pois hoje é tida como um tema transversal e que muitas vezes se torna esquecido, devido ao fato de os educandos ficarem presos aos conteúdos que lhes são estabelecidos e que na maioria das vezes são tão extensos que o mesmo não consegue concluí-los até o fim do ano letivo, e muitos professores não se sentem na obrigação da aplicação de um tema transversal, embora este seja de extrema importância. (CUBA, 2011, p. 24)

A EA deve ser parte integrante da grade curricular para realmente conseguir

romper com a barreira história de aproveitamento da Terra na visão antropocêntrica.

O crescimento e difusão da educação ambiental é importante para dar

condições melhores de vida às futuras gerações. Cuba (2011), mais uma vez,

propõe que a educação ambiental deixe de ser um tema transversal e passe a ser

uma disciplina separada. Assim, dar-se-ia uma importância maior ao tema e se teria

mais tempo para trabalhar com a conscientização das pessoas na escola, pois, se

continuar sendo tratada como tema transversal, acabará sempre como fator

secundário no cenário educacional.

O quadro exposto só pode ser transformado por um governo realmente associado às prioridades ambientais, éticas e sociais e liderados por um projeto político cujos fundamentos apontem um compromisso com os setores subalternos. Ora, isto vem demostrar o relevante papel da educação ambiental no sentido de conferir uma participação ativa dos cidadãos por meio do consentimento e do compromisso com o meio ambiente. (RUSCHEINSKY, 2009, p. 13).

A aceleração do crescimento da população mundial tende a aumentar

também o número de poluidores, caso não sejam devidamente orientados. O grande

número de indústrias que afetam o meio pode também prejudicar a qualidade de

vida. Há uma conscientização por parte de empresários e população e uma

fiscalização mais acentuada por parte dos órgãos públicos para diminuir a poluição

emitida (YUS, 2002).

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2.2.3 Dispositivos legais nacionais e estaduais: leis, decretos e portarias

Com a criação do Código Florestal Brasileiro pelo Decreto n.º 23.793, de 23

de janeiro de 1934 (BRASIL, 1934), inicia-se, então, um esboço de como seriam

definidas por categorias as florestas: protetoras, remanescentes, modelo e de

rendimento. Segundo Swioklo5 (1990 citado por BORGES et al., 2011), a legislação

não encontrou respaldo nas autoridades responsáveis, as quais continuaram a

fornecer terra protegida para desmatamento. Nesse mesmo ano foram editados o

Código de Águas (Decreto n.º 24.643/34) e as Medidas de Defesa e Proteção aos

Animais (Decreto n.º 24.645/34), completando o ciclo protetivo.

O Código Florestal Brasileiro de 1934 foi revogado posteriormente pela Lei

4.771/65 (BRASIL, 1965), que estabeleceu o Código Florestal vigente até a

publicação da Lei Federal n.º 12.651, de 25 de maio de 2012, em que se elaborou

uma ideia de proteção ao ecossistema natural do território brasileiro.

Houve necessidade de mais rigor nas leis anteriores, por conflitos e

interpretações dúbias. Foram editadas modificações pela Medida Provisória (MP)

2.166-67 de 2001 (BRASIL, 2001), e as áreas de proteção passaram a ser

chamadas de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Áreas de Reserva Legal.

A MP 2.166-67 de 2001 foi revogada pela Lei n.º 12.651/2012 (BRASIL,

2012), que estabelece mudanças para proteção da vegetação, áreas de

Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a exploração florestal, o

suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem dos produtos florestais e

o controle e prevenção dos incêndios florestais e prevê instrumentos econômicos e

financeiros para o alcance de seus objetivos.

As APPs são determinadas pelas suas funções ambientais, fornecimento de

bens e serviços para a população. Segundo Borges et al. (2011), dentre esses bens

e serviços, pode-se citar a regularização da vazão, retenção de sedimentos,

conservação do solo, recarga do lençol freático, ecoturismo, biodiversidade e

benefícios.

Todas essas mudanças tiveram como objetivo intensificar as punições e

estender as reservas para diluir os danos recorrentes.

5 SWIOKLO, M. T. Legislação florestal: evolução e avaliação. In: CONGRESSO FLORESTAL

BRASILEIRO, 6., 1990, Campos do Jordão, SP. Anais... Campos do Jordão, p. 55-58. 1990.

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A última alteração foi promulgada pela Lei n.º 13.295 de 14 de junho de

2016, a qual estabelece que todos proprietários de terras têm um prazo até 31 de

dezembro de 2017 para realizarem o Cadastro Ambiental Rural (CAR), prevendo

medidas punitivas para quem não cumprir o estabelecido (BRASIL, 2016).

De maneira geral, a Legislação Ambiental, quanto à proteção dos cursos

d’água do Código Florestal, segundo Kauano e Passos (2008), vem sendo

desrespeitada, apesar da necessidade de preservação ao longo de reservatórios,

rios e nascentes, oferecendo riscos para os recursos hídricos.

Conforme Nardini (2009), as APPs são de fundamental importância para a

conservação e manutenção das matas ciliares dentro de uma microbacia, evitando

processos erosivos que possam causar lixiviação de matérias dentro de rios e

córregos, assoreando-os. As APPs são protegidas por leis e devem ser respeitadas,

do contrário podem ser causados danos irreversíveis ao meio ambiente.

No QUADRO 1 tem-se um resumo das leis vigentes que regem o Brasil e

são necessárias para qualificar, representar e muitas vezes defender o meio e

responsabilizar os infratores que as desqualificarem.

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QUADRO 1 - PRINCIPAIS LEIS VIGENTES NO BRASIL PARA FINS DE PROTEÇÃO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

DOCUMENTO PONTOS PRINCIPAIS

Lei da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) – n.º 6.938 de 17/01/1981.

Esta lei obriga o poluidor a pagar indenizações por danos ambientais, dando poderes ao Ministério Público para responsabilizar criminalmente, propondo ações indenizatórias e recuperativas do ambiente danificado. Também criou os estudos e relatórios de impacto ambiental (EIA - RIMA).

Lei da Área de Proteção Ambiental – n.º 6.902 de 27/04/1981.

Lei que criou as Estações Ecológicas “áreas que representam os ecossistemas brasileiros, dos quais 90% não podem ser tocados e somente 10% podem servir de estudo e sofrer alterações para fins científicos. As APAs (Áreas de Proteção Ambiental) são limitadas e proibidas para atividades econômicas em nome da proteção e conservação ambiental.

Lei de Recursos Hídricos – n.º 9.433 de 08/01/1997

Cria o Sistema Nacional de Recursos Hídricos e institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, em que a água deixa de ser bem inesgotável para ser limitado, com múltiplas funções como: consumo humano, produção de energia, transporte, determinando que haja uma gestão eficiente para a coleta, tratamento, armazenamento e controles dos recursos hídricos disponíveis.

Lei de Crimes Ambientais – n.º 9.605 de 12/02/1998

As infrações e punições da Legislação Ambiental brasileira sofrem uma mudança e se tornam mais severas com infratores, que podem ter seus bens apreendidos se facilitarem ou ocultarem um crime ambiental, podendo ser amenizadas se comprovada a recuperação do dano ambiental causado. As multas podem chegar a milhões.

Lei n.º 9.984 de 17/07/2000 Foi elaborada pela Agência Nacional de Águas (ANA), para executar a Política Nacional de Recursos Hídricos, do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Lei de Saneamento Básico - n.º 11.445 de 05/01/2007

Estabelece as diretrizes básicas nacionais para o saneamento, que é definido como “o gerenciamento ou controle dos fatores físicos que podem exercer efeitos nocivos ao homem, prejudicando seu bem-estar físico, mental e social” (PHILIPPI JR., 2010).

FONTE: A autora (2017).

O impacto na qualidade de vida, nas condições ligadas à saúde e à estrutura

de saneamento de uma população dependem da educação, trabalho e ambiente. O

sucesso do saneamento básico envolve a rede institucional e seus agentes

educativos (LEONETI; PRADO; OLIVEIRA, 2011).

A Política Nacional de Educação Ambiental determina que estudos,

pesquisas e experimentações sejam destinadas a enriquecer a dimensão ambiental,

através de instrumentos e metodologias que foquem as experiências locais e

regionais (BERGMANN; PEDROZO, 2008).

Também os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) do Meio Ambiente

(BRASIL, 1997) qualificam o trabalho com a realidade local, como um universo

acessível e conhecido, favorecendo aos alunos compreenderem a heterogeneidade

e grandeza das questões ambientais.

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Algumas leis são especificamente para a EA, onde se referenciam, se

regulam e se detalham as ações a serem desenvolvidas, como é o caso do

QUADRO 2.

QUADRO 2 - DOCUMENTOS NACIONAIS EDUCACIONAIS DIRECIONADOS À EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Parâmetro Curricular Nacional - Meio Ambiente (1997/1998)

Elenca as referências no tratamento das questões ambientais a serem adotadas no Ensino Fundamental

Lei n.º 9.795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) – Decreto n.º 4281/2002

Torna oficiais as diretrizes, objetivos e estratégias na EA nacional

Programa Nacional de Educação (PNE)

Orientação da EA para sustentabilidade

Regulamentação do PNEA, detalhamento e operacionalização do PNEA

Ambiental PNEA (2004) Definição de ação para integração, desenvolvimento e participação da sociedade rumo à sustentabilidade ambiental

FONTE: RODRIGUES; COLESANTI (2008, p. 56).

O Art. 5.° da Lei n.º 9.795/99, segundo Piva6 (2008 citada por SOARES,

2012, p. 3), traz os objetivos fundamentais da Educação Ambiental:

I - o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; II - a garantia de democratização das informações ambientais; III - o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; IV - o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; V - o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; VI - o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia; VII - o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.

6 PIVA, I. C. Fundamentos da Educação Ambiental. POSEAD Educação a Distância. Brasília DF.

2008.

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De acordo com a Lei Estadual de Educação Ambiental, Lei n.º 17.505/2013

(PARANÁ, 2013), a EA é parte do conteúdo curricular das redes públicas e

particulares de ensino do Paraná e entrou em vigor no início do ano letivo de 2014.

Embora a EA já seja trabalhada nas escolas há muito tempo, essa lei estadual

reforça que o tema não entra no quadro como disciplina específica, mas sim como

trabalho educativo integral, interdisciplinar, transdisciplinar e transversal.

2.3 FERRAMENTAS/INSTRUMENTOS PEDAGÓGICOS PARA EDUCAÇÃO

AMBIENTAL

Com a criação de recursos tecnológicos educacionais, cada dia mais

elaborados como: computadores, tablets e aplicativos virtuais, tem-se planejado uma

disseminação do conhecimento de maneira interativa (TOLEDO, 2016).

As tecnologias são construtos sociais, descritos por Peixoto e Araújo (2012),

conforme os resultados de orientações estratégicas, relacionando os objetos

técnicos com o meio social. E, para embasar as mesmas, teoria e prática devem se

completar para criar um software, para que o mesmo seja realmente instrutivo e

didático.

Os softwares ainda continuam a ser muito restritos, pois um aplicativo que é

desenvolvido para determinada idade não poderá e não terá significância para

idades fora do recomendado.

Os ambientes de aprendizagem que utilizam o uso de informática e

tecnologias, segundo Zulian e Freitas (2001), proporcionam atividades educativas

centradas na construção do conhecimento, tendo o aluno como explorador que

busca, questiona, procura e propõe soluções e que consegue, assim, aprender

através do ensaio e erro.

Os defensores da tecnologia acusam professores de estarem ultrapassados

(BUCKINGHAM, 2010) e que são céticos com relação aos benefícios

computacionais e ao acréscimo que o mesmo pode proporcionar na área

acadêmica. Para Jaboinski (2015), os professores necessitam entender que houve

mudanças e introduzir em salas recursos multimídias que motivem e desafiem os

alunos. O problema é que as vezes não possuem conhecimento digital suficiente

para integrá-lo às suas ações pedagógicas.

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Os professores precisam incorporar, em suas metodologias, novas

tecnologias, estímulo à pesquisa com base na informática e estabelecer novas

relações entre a teoria e a prática.

Costa, Reis e Loureiro (2014) analisam as interações dos recursos

educativos, Courseware, “O ser humano e os recursos naturais”, com base no

modelo 4C: comunicação, coordenação, colaboração e cooperação, implementando

ferramentas que permitem melhorar as atividades detectadas como limitadoras. E,

para isso, levam em conta os principais envolvidos: professores e alunos.

Segundo Santos (2007, p. 1), “ciência-tecnologia-sociedade-ambiente -

CTSA propõe uma abordagem de contextualização no ensino de ciências em uma

perspectiva crítica”, movimento este que buscou incorporar reflexão sobre

perspectivas e inter-relações de ciência-tecnologia-sociedade com as implicações e

consequências ambientais.

2.4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Com a globalização, a diminuição dos espaços verdes, Medeiros et al.

(2011) exemplificam que há dificuldade em que as pessoas tenham contato direto

com o meio ambiente e os elementos da natureza. Diante disso, a importância da

EA para a preservação e divulgação de meios preservacionistas para a população.

Segundo Luciane Cortiano Liotti, Técnica Pedagógica da Secretaria de

Estado da Educação do Paraná o Paraná é pioneiro ao cumprir a Resolução de

regulamentar oficialmente a EA de modo transversal ao currículo, visando construir

“a escola como um Espaço Educador sustentável, tendo como eixo estruturante o

território da bacia hidrográfica buscando, deste modo, integrar o conjunto de

políticas públicas”7. Desta forma, os problemas ambientais são relacionados

especificamente aos aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos e tendem a

se refletir dentro das salas de aula. Pretende-se incutir no educando novos valores

7 WRA - Web Rádio Água. Educação Ambiental será incluída no currículo escolar do Paraná. Artigo de Poliana Corrêa. 21/01/2014. Disponível em: <http://www.webradioagua.org/index.php/component/k2/item/1479 educa%C3%A7%C3%A3o-ambiental-ser%C3%A1-inclu%C3%ADda-no-curr%C3%ADculo-escolar-do-paran%C3%A1>.Acesso em: 19 jul. 2016.

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sociais, com uma consciência crítica, reflexiva e participativa em busca de

recuperação e melhoria na qualidade de vida e de todo ecossistema.

Em “Fundamentos da Educação Ambiental”, Soares (2012) esclarece que

através da EA o ser humano pode compreender o meio em que vive, entendendo

que os diversos elementos biológicos, físicos, sociais e culturais se relacionam.

Essas propostas auxiliam o cidadão possa ter uma visão, consciente e

reflexiva, a respeito dos recursos ambientais.

Dentro do ensino de EA, deve-se estimular a observação do meio, como

parte do cotidiano, medindo parâmetros ambientais diários como o vento, chuva e

outros. Ao analisar tais medidas, conforme orienta Dias (2015), o indivíduo toma

conhecimento da forma de relacionamento da sociedade regional com os recursos

naturais, sejam eles chuvas, desmatamento, erosão e tantos outros, sendo instruído

a pensar o que pode modificar nesse relacionamento e quais alternativas podem ser

implementadas para melhorar.

Para Cuba (2011, p. 29), “o trabalho pedagógico deve se concentrar nas

realidades de vida social mais imediatas. O conhecimento da realidade é produzido

a partir das experiências dos indivíduos e suas trajetórias”. Deixando claro que

quanto maior for seu conhecimento regional, maior será sua assistência ao meio.

2.5 EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA PRESERVAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

A Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério de Meio Ambiente buscou

lançar uma proposta através da Lei 9.433/97. Essa lei é de vital importância para a

população brasileira, perante as condições que a água potável disponível estava

sendo submetida, as pressões que vinha sofrendo com o aumento populacional e os

padrões de exigência do desenvolvimento, ao mesmo tempo em que se degradam

os mananciais. O gerenciamento dos recursos hídricos é um dos temas mais

relevantes do século XXI.

A experiência dos países desenvolvidos evidencia que o planejamento e gestão integrada dos recursos hídricos devem tomar como unidade regional a bacia hidrográfica ou um conjunto de bacias interligadas. De fato, como recurso natural renovável, as águas devem ter seus múltiplos valores equacionados dentro da visão conjunta do ciclo hidrológico. Assim, a bacia hidrográfica é o palco unitário de interação das águas com o meio físico, o meio biótico e o meio social, econômico e cultural. Para a gestão dos recursos hídricos subterrâneos, considerações adicionais devem

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ser feitas com relação à circulação, descarga e recarga dos lençóis aqüíferos. (YASSUDA, 1993, p. 8).

Entende-se Bacia Hidrográfica como a unidade territorial que capta

naturalmente as águas pluviométricas, que são drenadas por ravinas, canais e

tributários, despejando-as ao longo de um curso d’água com uma vazão de saída e

desaguando em um curso d’água maior, lago ou oceano.

Bacia Hidrográfica, segundo o estabelecido pela Lei Federal 9.433/1997, são

células naturais primordiais, reconhecidas como unidades físico-territoriais para o

planejamento e gestão de recursos hídricos.

Segundo Rodrigues, Pissarra e Campos (2008), toma-se essa unidade

(bacia hidrográfica) para trabalhos quando a intenção é o estudo e manejo

conservacionista e implementação de ações de preservação, considerando que tudo

o que está nesse perímetro é responsável pela quantidade e qualidade das águas.

Em Alves e Castro (2003), Guerra e Guerra (2003) e Pissarra, Politano e

Ferraudo (2004), a aplicação de análise morfométrica determina os processos

geomorfológicos do ponto de vista quantitativo, tendo em vista a determinação de

parâmetros como: coeficiente de compacidade, forma da bacia, densidade de

drenagem, índice de circularidade, dentre outros. Esses dados são únicos para cada

tipo de bacia, revelando indicadores físicos específicos para cada localidade,

ajudando a determinar as decisões para a conservação dos recursos hídricos do

ambiente.

No contexto bacia hidrográfica ocorre uma subdivisão chamada de

microbacia, aplicando-se uma série de conceitos, abordados através de critérios

como unidades de medida, hidrológicos e ecológicos (TEODORO et al., 2015).

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QUADRO 3 - DIFERENTES CONCEITOS DE MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS ENCONTRADOS NA LITERATURA

AUTORES CONCEITOS

ATTANASIO (2004)

A microbacia é uma unidade básica de planejamento para compatibilização da preservação dos recursos naturais e da produção agropecuária. As microbacias hidrográficas possuem características ecológicas, geomorfológicas e sociais integradoras, o que possibilita a abordagem holística e participativa, envolvendo estudos interdisciplinares, para o estabelecimento de formas de desenvolvimento sustentável inerentes ao local e região onde forem implementados.

SANTANA (2003)

O termo microbacia, embora difundido em nível nacional, constitui uma denominação empírica, sugerindo o autor sua substituição por sub-bacia hidrográfica.

CALUJURI & BUBEL (2006)

Microbacias são áreas formadas por canais de 1.ª e 2.ª ordem e, em alguns casos, de 3.ª ordem devendo ser definida como base na dinâmica dos processos hidrológicos, geomorfológicos e biológicos. As microbacias são áreas frágeis e frequentemente ameaçadas por perturbações, nas quais as escalas espacial, temporal e observacional são fundamentais.

FONTE: TEODORO et al. (2015, p. 142).

A qualidade da água e a determinação das fontes de contaminação são

muito amplas dentro das áreas de estudo hidroambiental. Segundo Lima (2001),

podem geralmente ser decorrentes de: disposições inadequadas dos resíduos

líquidos e sólidos, de natureza doméstica e industrial; alterações provocadas por

empreendimentos para geração de energia (barragens); resfriamento de águas de

termoelétricas, além das práticas agrícolas e de criação de animais em pequenas

áreas nas bacias urbanas. Fica claro, assim, que as ações antropogênicas criam

impacto e podem desestabilizar os processos naturais que ocorrem na bacia em

todas as suas subdivisões.

Silva et al. (2013) sugerem que os modelos de gerenciamento adotados têm

importância significativa na avaliação das políticas ambientais. Esses modelos,

descritos por Lanna e Cánepa (1994), podem ser: o burocrático, o mais antigo e

baseado em leis; o econômico-financeiro, que se caracteriza por inserir recursos

para irrigar, reflorestar e remodelar a área, e o modelo sistêmico de integração

participativa, o mais moderno e eficaz, que praticamente engloba os dois primeiros,

associados a um estudo individual e planejamento estratégico da bacia hidrográfica.

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2.6 MEIOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS E SUA IMPORTÂNCIA NOS ESTUDOS

AMBIENTAIS E DE CONSERVAÇÃO

A base fundamental para o diagnóstico ambiental são a identificação e a

apresentação das características da área de influência para o estudo. Tem a

finalidade de conhecer a dinâmica das características físicas, bióticas e antrópicas

com suas interações (FIDALGO, 2003).

Com o desenvolvimento da ciência, relata Sánchez (2015), veio um

conhecimento mais aprofundado sobre a natureza, produzindo especialidades para

cada área específica. Essas contribuições especializadas aos estudos ambientais

são normalmente divididas em três grupos distintos: meio físico, meio biótico e meio

antrópico, agregando conhecimento de disciplina afins.

QUADRO 4 - CONCEITOS E SUAS ABRANGÊNCIAS NOS MEIOS FÍSICOS, BIÓTICOS E ANTRÓPICOS

MEIO FÍSICO MEIO BIÓTICO MEIO ANTRÓPICO

COMPONENTES/ ELEMENTOS DO

MEIO

LITOLOGIA FAUNA ECONOMIA

SOLOS FLORA SOCIEDADE

RELEVO ECOSSISTEMAS CULTURA

AR

ÁGUA

DIFERENTES ACEPÇÕES DO

BINÔMIO NATUREZA/ SOCIEDADE

NATUREZA SOCIEDADE

PAISAGEM

AMBIENTE NATURAL AMBIENTE CONSTRUÍDO

RECURSOS NATURAIS RECURSOS HUMANOS

RECURSOS AMBIENTAIS RECURSOS CULTURAIS

PATRIMÔNIO NATURAL PATRIMÔNIO CULTURAL

FONTE: SÁNCHEZ (2015).

A caracterização da qualidade ambiental pode ser realizada por diferentes

razões, mas sempre com o intuito de traçar linhas de ações, prevenir, controlar e

corrigir problemas ambientais.

As definições e conceitos legais, aborda Sánchez (2015), muitas vezes

acabam por se considerar repetitivas e imprecisas, deixando o conceito de ambiente

com várias interpretações, que podem ser relacionadas a diferentes disciplinas,

cunhadas por diferentes momentos históricos.

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Relacionando conceitos a microbacias, Teodoro et al. (2015) as conceituam

ecologicamente como menor unidade do ecossistema, observando uma relação de

interdependência entre os fatores bióticos e abióticos, onde qualquer interferência

compromete toda a dinâmica.

2.7 SOLOS, RELEVO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E PASSIVOS AMBIENTAIS

Lepsch (2016, p. 15) define solo baseado na visão da pedologia: “solo é uma

coleção de corpos naturais dinâmicos, que contém matéria viva, e resulta na ação

do clima e de organismos, sobre o material de origem, cuja transformação em solo

se realiza durante certo tempo, e é influenciada pelo tipo de relevo”.

O processo de alteração das dinâmicas da natureza, relatam Silva, Dias e

Mathias (2014), iniciou-se quando o ser humano fixou-se à terra para cultivá-la para

seu sustento, começando pela conversão de florestas em pastagens e áreas de

cultivo, sendo os responsáveis pela modificação do ambiente. Os desequilíbrios

ambientais são causados pela ação transformadora da sociedade sobre a natureza,

buscando aperfeiçoar as condições necessárias a sua existência.

No momento em que se modifica o espaço, com interferência negativa nos

recursos vegetais, há perturbação do equilíbrio ambiental, sendo este o objeto de

estudo do uso do solo, ponderam Santos, Salcedo e Galvão (2008).

A área de ocupação do solo, segundo Romão e Souza (2011), está

diretamente ligada à declividade, pois, quanto maior a declividade, maior também

será a instabilidade da área sob ocupação antrópica.

A preocupação com a qualidade de uso e ocupação dos solos tem chamado

a atenção de pesquisadores, como é o caso de Pinto et al. (2004), que traduz a

realidade da exploração desordenada dos recursos naturais, o desmatamento, uso

inadequado dos solos, de fertilizantes, agrotóxicos, corretivos, os quais são

responsáveis por vários problemas ambientais, principalmente em nascentes e

ribeirinhas, contaminando a bacia hidrográfica, especialmente na área de recarga.

A exploração desordenada também é corroborada por Bernardi et al. (2011),

reafirmando que o uso descontrolado de fertilizantes e agrotóxicos, a destinação

equivocada de resíduos e dejetos causam uma desestrutura ambiental.

A preocupação com o ambiente pode ser descrita também na contabilidade

ambiental, setor responsável em registrar as ações da empresa que impactam o

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meio ambiente e os custos que as mesmas podem gerar. Bergamini Junior (1999)

analisa que esses relatórios contábeis ambientais não são expostos por relutância

das empresas em divulgar informações sobre o impacto de suas atividades no meio

ambiente, sendo os passivos ambientais mascarados por não ter uma medida exata

para mensurá-los.

Há uma preocupação das empresas em investir no Sistema de Gestão

Ambiental (SGA), que Freitas e Oleiro (2015) identificam como requisitos para

investimentos financeiros, e o mercado tende a associar o produto à imagem da

empresa que possui postura ambiental correta, que procura minimizar ou até mesmo

eliminar as ações que degradam o meio ambiente.

O enorme passivo ambiental existente no MERCOSUL, conclui Souza

(2002), especialmente no Paraná, deve-se a altas somas destinadas a programas de

conservação de solos e implantação de microbacias hidrográficas. O autor ressalta,

ainda, que urge a criação na educação ambiental de tópicos para conscientizar a

população, para a participação mais efetiva em discussões sobre temas ambientais.

2.8 ESTADO DA ARTE DO USO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO E

ESTUDOS AMBIENTAIS

2.8.1 Uso de tecnologias para educação ambiental nas escolas dentro de softwares

educativos

Freire e Prado (1999), em seu conjunto de textos coletivos de pesquisadores

da Unicamp, demonstram preocupação no desempenho das escolas para preparar

os estudantes, em meio a mudanças de práticas pedagógicas, sociais e culturais. O

livro “O computador na sociedade do conhecimento”, foi elaborado para facilitar a

consulta de projetos que se utilizam do computador e outros meios para criar

ambientes, com o intuito de construir conhecimento, fornecendo novas ferramentas

tecnológicas. Os diferentes tipos de software podem contribuir em projetos

educacionais, sendo importante a formação dos professores em desenvolvimento de

informática educacional.

Através de seu trabalho, Guimarães (2004) traça um paralelo da mudança

da EA conservadora até a crítica, em que relata a promoção de ambientes

educativos interventivos ligados à realidade para mudar paradigmas. Reforça a

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necessidade de prática diferenciada e atualizada das ocorrências globais, pois

manter o trabalho pedagógico da razão (cognitivo) ligado ao da emoção (afetivo)

concentra a motivação para transformar práticas individuais e coletivas.

Silva e Passerino (2007) realizaram uma pesquisa com alunos sobre

softwares de educação ambiental usados nas escolas, em especial jogos. Após

entrevistas realizadas por Clua, Luca Junior e Nabais (2002), em que basearam

seus estudos, constataram que a maioria dos alunos definiu os jogos como pouco

atrativos. Baseando-se nessas informações, e vendo a necessidade de se criar um

ambiente virtual para atrair e envolver os alunos, foi gerada uma ferramenta que

englobasse todas as qualidades procuradas pelos estudantes, que fosse eficiente no

ensino de educação ambiental.

Mediante a crescente preocupação em como se ensinar educação

ambiental, Rodrigues e Colesanti (2008) deram maior significância às Tecnologias

da Informação e Comunicação (TIC) na educação formal, com a elaboração de

materiais audiovisuais, ampliando seu uso na educação escolar, baseando-se no

fato de que, se a pedagogia tiver um suporte digital, poderá melhorar a concepção

de EA.

Uma análise das dificuldades para manter o foco dos alunos em sala de aula

motivou o trabalho de Calisto, Barbosa e Silva (2010). Nele, afirmam que jogos e

tecnologias são aplicados na educação formal com êxito para deixar os conteúdos

mais interessantes, ao mesmo tempo em que simulam o mundo real, dando

parâmetros para que o aprendizado seja vinculado à experiência; fazem também

uma análise comparativa das tecnologias e métodos utilizados para poder servir de

base e desenvolver um jogo para EA.

Em seu artigo, Silva e Campina (2012), ao procurar identificar quais são as

concepções de EA aplicadas nos materiais e práticas escolares, selecionaram três

categorias: conservadora, pragmática e crítica. Em cada concepção foram

analisados os itens: relação ser humano-meio ambiente, ciência e tecnologia,

valores éticos, política e atividades sugeridas. Foram utilizadas pesquisas como:

análise de filmes didáticos, imagens de capas de revistas e práticas escolares. Esse

estudo teve o objetivo de ajudar o ensino formal conservador a realizar as mudanças

para se tornar crítico e transformador.

Mühlbeier et al. (2014) realizaram a aplicação de um software na educação

básica e demonstraram que esse recurso pedagógico tem comprovado a sua

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eficácia para melhorar a metodologia aplicada, encontrando-se ainda certa

resistência entre a classe docente em usá-lo, mas, aos poucos, está havendo uma

mudança de comportamento em razão dos recursos tecnológicos terem

demonstrado resultados positivos. O objeto de estudo foi o M-Learning que é uma

série de tecnologias e processamentos de dados que oferece interação entre

aluno/professor.

O artigo produzido por Rigamonte (2015) apresenta as estratégias didáticas

e pedagógicas aplicadas nas escolas de Mococa - SP, com enfoque em educação

ambiental, encarando-a como ação interdisciplinar para melhor aplicar os objetivos

na formação de professores.

Argumenta Buckingham (2010) que a escola pode desempenhar papel duplo

utilizando fórmulas tradicionais mescladas com a interação cibernética, pois a opção

puramente digital levaria ao fim as instituições como a escola. A maioria dos

professores têm dificuldade em adotar as Tecnologias da Informação e da

Comunicação (TIC), por acharem que as mesmas não acrescentam muito ao

aprendizado e dispensam muito trabalho para serem idealizadas. Faltam softwares

nas áreas, bem como treinamento de professores, para dar amparo a este

acréscimo educacional.

Corroborando Buckingham (2010), Santos (2012) analisa as mudanças de

atitudes dos professores que utilizam as TIC no ambiente escolar, em especial a

plataforma Moodle, ressaltando a falta de profissionais capacitados para aproveitar o

que as tecnologias têm a oferecer nas escolas.

São tantas as opções que educadores precisam ter o mínimo de

conhecimento para analisar e descobrir quais são os materiais relevantes para sua

abordagem.

Os jogos educativos interativos são inovadores e tendem a integrar a

aprendizagem de maneira completa. Segundo a visão de Silva, Calisto e Barbosa

(2010), o jogo educativo pode ser entendido como uma realidade funcional, às vezes

enriquecida com outras características para tornar o ambiente mais real.

Segundo Brenner (2015), há evidência de que os vídeos, fotos e imagens

usados na construção de ferramentas pedagógicas pelos próprios alunos são

fundamentais para novas linguagens e mudanças de conceitos. Durante esse

processo foram utilizadas fotos, imagens para a construção de softwares utilizando

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os aplicativos como: Adobe Photograf, Corel Draw, GIMP, Windows Movie Maker,

VirtualDub e Blender.

Torna-se claro, quando Ramos, Teodoro e Ferreira (2011) apresentam os

softwares como instrumentos que podem contribuir de forma específica para a

inovação educativa, onde podem ser utilizados pelos professores para melhorar o

ensino e a aprendizagem.

Para que um software atinja o objetivo desejado, deve ter coordenação entre

a equipe e os fatores ambientais envolvidos. É certo que os softwares podem trazer

muitas vantagens, mas deve-se cuidar com a qualidade e veracidade das

informações neles contidas, as quais devem ser verificadas antes de serem

contempladas em planos de aulas.

2.8.2 Preservação do meio ambiente dentro do contexto de microbacias e

conservação

Os autores, Almeida e Silva (2010), em estudo realizado em Areia - PB

sobre a Barragem de Vaca Brava e suas características, qualificam as microbacias

hidrográficas como unidades naturais de conservação e planejamento e afirmam que

os índices pluviométricos interferem na disponibilidade hídrica.

Em Pinto e Borges (2015), estudantes visitaram quatro trechos de duas

bacias hidrográficas do município de Seropédica - RJ, documentaram esse projeto e

descreveram as etapas. Durante as visitações os estudantes observaram e

debateram sobre o conceito de bacia hidrográfica e os aspectos socioambientais,

abordando a concepção construtivista e sociointeracionista. A conclusão desse

trabalho foi de que a concepção dos alunos quanto ao meio era utilitarista e

antropocêntrica. Observou-se também que durante as atividades os alunos

construíram novos conceitos e obtiveram conhecimento mais amplo sobre a bacia

hidrográfica.

A pesquisa de Teodoro et al. (2015) teve como objetivo apresentar

diferentes conceitos sobre bacias hidrográficas e a caracterização morfométrica da

microbacia do córrego Marivan, localizado em Araraquara - SP, ressaltando sua

importância e contribuição para o abastecimento da cidade.

Silva et al. (2013) levantam algumas questões sobre o gerenciamento

integrado e suas limitações em entender a realidade social. Sugerem que a definição

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de microbacia hidrográfica como unidade ideal de planejamento deveria ser revista

para unidade estratégica de planejamento e que, analisando o gerenciamento

adotado, pode-se saber quais são os prováveis beneficiários das intervenções e os

objetivos sociais implícitos.

Com seu estudo, Uhlein (2010) avaliou a fragmentação ambiental ocorrida

na microbacia do Córrego Poço Grande, em Ouro Verde do Oeste - PR, afetada pelo

processo de adequação ambiental das propriedades rurais, sugerindo que qualquer

intervenção direta no ecossistema pode prejudicá-lo.

Nesse contexto, Lucatto e Talamoni (2007) usaram como tema gerador a

bacia hidrográfica do município para desenvolver um programa de conscientização

dos alunos nas questões ambientais. Essa é a dimensão que a microbacia pode ter

nesta temática, que visa, sobretudo, contribuir para a diminuição da degradação,

informando o ensino formal sobre a realidade encontrada, já que a escola tem o

poder de sistematizar e socializar os conhecimentos, transformando os educandos

em cidadãos conscientes e atuantes.

Através do estudo envolvendo crianças de 4 a 12 anos, Pedrini, Costa e

Ghilardi (2010) pesquisaram a percepção ambiental e sua representação social,

sendo que o resultado obtido foi de que os elementos pesquisados deram ênfase ao

meio ambiente que visualizavam, deixando clara a importância de que, para haver

conscientização, deve haver interação e participação ativa do sujeito, pois a pessoa

se influencia com o meio em que vive.

O estudo conduzido por Nunes et al. (2001) visa modelar e implementar um

Ambiente Virtual de Ensino Inteligente (AVEI) para trabalhar a seleção do lixo

urbano com crianças de 8 a 10 anos. Através de técnicas de realidade virtual,

simulando cenas do dia a dia de ambientes reais e supervisionados por um tutor

para dirigir as ações dos alunos, trata-se de uma proposta para romper com o

ensino convencional de EA.

Para Abílio, Florentino, Ruffo (2010), é de suma importância que sejam

estabelecidas Políticas Públicas que fortaleçam as escolas de educação básica, pois

são formadoras sociais, culturais, humanas e éticas. O universo escolar necessita de

formação mais holística para relacionar as potencialidades do ser humano dentro do

contexto ambiental e contemplar dimensões relevantes do conhecimento.

Uma experiência interdisciplinar relacionada à educação ambiental em

escola pública de Santarém - PA foi descrita em artigo de Aguiar et al. (2015), onde

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professores e alunos elaboraram e executaram projetos de conservação de recursos

hídricos, de comunidades rurais do entorno da escola, cujo objetivo era observar e

refletir sobre a sua realidade e nela intervir, exibindo os resultados encontrados em

Feira de Ciências, realizada na própria escola.

Alguns trabalhos com enfoque em BH, com a finalidade de contribuir no

processo educativo, foram realizados por Tundisi et al. (1988), Bergmann e Pedrozo

(2008) e em “Estudos Ambientais Aplicados em Bacias Hidrográficas”, Dias e Benini

(2014), os quais compilaram 8 estudos nessa área, realizados com o intuito de

conhecimento de bacia regional, para implantação de Educação Ambiental nas

escolas, com resultados positivos.

Ainda, Bergmann e Pedrozo (2008), baseados em estudos anteriores,

demonstram a importância de se trabalhar com sub-bacias locais, sendo essa

unidade de estudo objeto de promoção de projetos interdisciplinares.

Buscando avaliar o índice de percepção dos usuários das escolas públicas

estaduais de Minas Gerais sobre o uso racional da água nos estabelecimentos,

Oliveira (2013) conduziu os trabalhos em seis municípios. Iniciando com uma

pesquisa sobre o cálculo indicador do consumo de cada unidade e características

das escolas envolvidas, calculou e analisou a percepção dos usuários, usando as

deficiências encontradas para aplicar propostas de educação ambiental.

2.8.3 Estudos ambientais – meios físicos e biológicos

Para Gouveia (1999), o futuro é urbano e, para tal, deve-se promover a

qualidade de vida e saúde ambiental para que as populações futuras possam

conviver em equidade, sem separação conceitual e prática entre meio ambiente e

saúde com abordagem integrada.

Como são muitos os métodos adotados para análise das etapas de

diagnósticos de planejamentos ambientais, segundo vários critérios, Fidalgo (2003)

realizou análise desses procedimentos, através da aplicação do método multicriterial

ao diagnóstico do Plano de Manejo do Parque Nacional da Serra da Bocaina em

cinco cenários simulados. Na conclusão e considerações finais relatou-se que o

método, no geral, respondeu de forma adequada.

No estudo de Torres et al. (2008) foi realizado um diagnóstico ambiental e

análise morfométrica da microbacia do Córrego Lanhoso em Uberaba - MG para

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diagnosticar a deterioração socioeconômica e ambiental da área em questão.

Concluíram seu trabalho com resultados preocupantes pela diminuição da área da

APP, embora os índices obtidos não tenham demonstrado uma deterioração

ambiental elevada.

Ainda no contexto de diagnóstico ambiental, Cremonez et al. (2014)

abordam as principais metodologias de avaliação de impacto ambiental: AD HOC,

Método Checklist, Matrizes de Interação, Redes de Interações, Superposição de

Cartas, Modelos de Simulação, Metodologias Quantitativas e avaliação de impacto

ambiental da inovação tecnológica agropecuária (AMBITEC-AGRO), tendo por

objetivo conhecer as metodologias para avaliação mais precisa e confiável para

mitigar os efeitos negativos no meio ambiente.

Através do sistema de avaliação de impacto ambiental da inovação

tecnológica agropecuária (AMBITEC-AGRO), Rodrigues, Campanhola e Kitamura

(2003) caracterizam o impacto ambiental em quatro aspectos, expressos por oito

indicadores e trinta e seis componentes, após registrar cada um deles em planilhas

que foram avaliadas segundo seus indicadores para a composição do índice de

impacto ambiental em cada uma das simulações.

Oliveira et al. (2008) apresentaram um estudo avaliando a qualidade da

água do córrego Modeneis pertencente à microbacia do córrego Barroca Funda,

afluente do Ribeirão Tatu, na cidade de Limeira - SP. Para tal, foram coletadas

amostras da nascente, do meio e final da microbacia. Ao final dos estudos,

constatou-se que a microbacia estava com toxicidade crônica, evidenciando a

presença de substâncias que podiam causar interferência na sua biota aquática.

2.8.4 Relações entre solos, relevo, uso e ocupação e passivos ambientais, com a

degradação e preservação.

Uma descrição pormenorizada do solo é detalhada por Lepsch (2016),

conceituando o solo, como se dá a formação, como a interferência do clima,

organismos e material podem reagir e se modificar com a ação do tempo.

Apresenta, ainda, o sistema brasileiro de classificação de solos, como são

produzidos os mapas e como ocorre a degradação e preservação do solo.

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48

O uso e ocupação de solo têm preocupado autoridades. Bem definidos em

suas legislações, foram sendo transpassados por um determinado padrão de

desenvolvimento espacial diferente do que inicialmente proposto.

No intuito de reduzir os impactos ambientais e desenvolver propostas de

adequação, Bernardi et al. (2011) utilizaram como área de estudo a microbacia do

rio Pioneiro, em Palotina, noroeste do Paraná. Os impactos observados foram: a

erosão, a falta de tratamento de dejetos e a falta da proteção dos cursos de água e

da nascente, devido ao desmatamento da vegetação nativa. Já a adequação

proposta foi de que seja restaurada a mata ciliar, recebida negativamente por

produtores que teriam reduzida sua área de cultivo e, consequentemente, a fonte de

renda diminuída.

Com o objetivo de caracterizar as nascentes da bacia hidrográfica do

Ribeirão Santa Cruz, Lavras – MG, Pinto et al. (2004) reuniram mapas de área de

recarga, rede de drenagem, declividade, solos, matas nativas e APP. Após a

avaliação, concluiu-se que apenas 14,69% das nascentes encontravam-se

preservadas e as áreas de recarga também apresentavam algum tipo de

comprometimento e uso conflitante.

Segundo Santos, Salcedo e Galvão (2008), há poucos estudos sobre a

relação entre uso e ocupação dos solos com a produtividade em microbacias,

principalmente na microbacia de Vaca Brava - PB, onde o mesmo foi realizado.

Analisando o material disponível e amostras coletadas, verificaram que o uso do

solo, a posição no relevo e a textura tinham importância para o nível de fertilidade

dos solos da bacia, influenciando nos níveis de elementos químicos presentes,

principalmente Potássio (K) e Fósforo (P).

O estudo desenvolvido por Romão e Souza (2011), também, foi em relação

ao uso do solo sobre a Bacia do Ribeirão São Tomé, na cidade de São Tomé,

noroeste do Paraná. Nele constatou-se que as atividades antrópicas têm causado

algumas alterações físicas no ambiente, que apresentam diferentes tipos e estágios

de erosão, pelo uso de maquinários e insumos agrícolas, diminuindo a cobertura

vegetal, propiciando, assim, assoreamento no ribeirão e suas nascentes.

Dada a importância das alterações ambientais provocadas pela ação

antrópica, Silva, Dias e Mathias (2014) abordam o tema de maneira significativa, de

como a retirada da cobertura vegetal potencializa a ação erosiva e modifica a

configuração da paisagem. Sendo que o uso e ocupação do solo modificam o fluxo

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de escoamento superficial e os processos geomorfológicos (erosão, transporte e

deposição). As áreas em estudo foram os municípios de Goiânia (GO), São Pedro

(SP) e Presidente Prudente (SP).

Contabilidade e risco ambientais são descritos de maneira clara por

Bergamini Junior (1999), avaliando os instrumentos para a medição dos impactos

ambientais e os benefícios de se utilizar a contabilidade ambiental. A transparência

das atividades de uma empresa se deve à sua correta aplicação da contabilidade

ambiental, com obtenção da certificação em gerenciamento e auditoria ambientais,

no âmbito da ISO (International Organization for Standardization) 14000 e do EMAS

(Eco Management and Audit Scheme).

A responsabilidade social e ambiental é descrita também por Freitas e Oleiro

(2015), que defendem a transparência da contabilidade ambiental das empresas,

cujo objetivo é de assegurar que os ativos, passivos e custos ambientais sejam

anexados ao processo financeiro, assegurando ações e investimentos com a

preservação/recuperação de ambientes degradados.

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3 MATERIAL E MÉTODOS

Neste capítulo serão apresentados a área de estudo, os métodos utilizados

para atender os objetivos propostos neste trabalho e informações relevantes para a

total compreensão de como este estudo foi desenvolvido. Foram realizadas

entrevistas, baseadas na obra de Segura (2001), observações através dos estudos

de Maturana e Varela (1995), questionário com alunos (BOURDIEU8, 1999 citado

por BONI; QUARESMA, 2005), desenvolvimento de Software educativo (sistema

Android), aplicação do mesmo nas escolas e validação dos resultados obtidos,

através dos princípios heurísticos de Alves e Pires (2002).

3.1 ÁREA DE ESTUDO

3.1.1 Identificação da microbacia do Ribeirão Palmital

A microbacia do Ribeirão Palmital situa-se no município de Paraíso do Norte,

Paraná, tendo como seu principal curso d’água o Ribeirão Palmital, o qual deságua

no Ribeirão 19, que por sua vez tem sua foz no Rio Ivaí, ambos pertencendo à Bacia

do Rio Ivaí. As coordenadas do ponto central da microbacia são: UTM SAD69, Fuso

22K: 7.425.680 S e 338.144 W (EMATER, 2013).

Na microbacia, conforme a classificação climatológica de Köppen, o clima é

Subtropical Úmido Mesotérmico (Cfa), com verões quentes, geadas pouco

frequentes e chuvas com tendência de concentração nos meses de verão. Sua

temperatura média anual é de 22ºC, nos meses mais quentes, e nos mais frios de

18ºC, com chuvas entre 1.600 a 1.900 mm e umidade relativa do ar de 80%, sem

deficiência hídrica (EMATER, 2013).

Paraíso do Norte está localizado geograficamente no mapa do estado do

Paraná, conforme mostra a FIGURA 1.

8 BOURDIEU, P. O poder simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand,

1998.

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FIGURA 1 - MAPA DO ESTADO DO PARANÁ COM LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO NORTE

FONTE: IPARDES (2004).

Dentro do Município de Paraíso do Norte pode-se visualizar, pelo mapa

representado na FIGURA 2, a localização da microbacia do Ribeirão Palmital e sua

passagem pela zona urbana:

FIGURA 2 - MAPA DO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO NORTE COM A LOCALIZAÇÃO DA MICROBACIA DO RIBEIRÃO PALMITAL

FONTE: Base cartográfica da Copel inserida no Plano Diretor Municipal (PDM) de Paraíso do Norte.

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3.1.2 Lei de criação da APA do Ribeirão Palmital

No ano de 2005, a Câmara Municipal aprovou a Lei de Criação da APA do

Ribeirão Palmital, com as finalidades descritas no QUADRO 5. A referida Lei

encontra-se em vigor até a presente data, sem alterações.

QUADRO 5 - LEI DE CRIAÇÃO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA MICROBACIA DO RIBEIRÃO PALMITAL

CRIAÇÃO DA APA 15/04/2005

LEI MUNICIPAL N.º 14/2005

ÁREA TOTAL 1.456.1794 hectares

OBJETIVOS: Preservar o manancial hídrico de abastecimento de água; controlar a expansão urbana desordenada e os usos inadequados do solo; recuperar áreas degradadas e erodidas, evitando o assoreamento dos recursos hídricos; promover o ecoturismo; implantar uma política municipal eficiente e compatível com a realidade ambiental existente, impedindo ações degradadoras; recuperar a qualidade da água nos recursos hídricos existentes na APA.

ENTIDADE ADMINISTRADORA E CONSULTIVA

Conselho Municipal do Meio Ambiente (CONDEMA)

FONTE: Lei Municipal 14/2005.

3.1.3 Características gerais da microbacia do Ribeirão Palmital

A microbacia possui 23 nascentes georreferenciadas, todas dentro da Área

de Proteção Ambiental (APA). Sendo que algumas com extensão de menos de 100

metros da nascente até a foz e outras, até 2 quilômetros de extensão. Como são

muitas, algumas em áreas de difícil acesso, são pouco monitoradas e não recebem

visitas regulares, segundo o técnico responsável pela EMATER - PR da cidade de

Paraíso do Norte (EMATER, 2013).

A FIGURA 3 ilustra a área da APA, as nascentes e as estradas que cruzam

o perímetro. São todas estradas rurais, não pavimentadas, necessitando, portanto,

de um atendimento constante, principalmente em épocas muito chuvosas. As

estradas rurais cruzam o Ribeirão através de pontes construídas e mantidas pela

Prefeitura Municipal de Paraíso do Norte.

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FIGURA 3 - MAPA DO PERÍMETRO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DA MICROBACIA MUNICIPAL DO RIBEIRÃO PALMITAL

FONTE: Elaborado pela EMATER (2013) - Paranavaí - Paraíso do Norte - PR.

Os proprietários fazem parte da comunidade da microbacia e participam

ativamente de reuniões destinadas a assuntos referentes a ela, promovidas pela

EMATER do município. São eles que relatam o atual estado dos trechos do Ribeirão

Palmital e suas nascentes, inseridas em suas propriedades.

Ao longo do Ribeirão existem 85 propriedades dentro do perímetro da APA.

Esse cadastramento foi realizado pela EMATER no ano de 2013, com nomes de

proprietários e área de cada lote.

O Ribeirão Palmital é a principal fonte de abastecimento de água potável em

Paraíso do Norte (EMATER, 2013). Dele depende toda a população da zona urbana

e da zona rural próximas a seu leito e nascentes e, portanto, a conservação de sua

biodiversidade é fundamental para a manutenção da qualidade da água. Os projetos

trabalhados pela SANEPAR e EMATER do município visam à conscientização da

comunidade local para a conservação através de ações positivas. Esse trabalho é

desenvolvido com os proprietários e arrendatários que estão localizados em sua

APA.

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54

3.1.3.1 Relevo

O relevo varia de plano a moderadamente ondulado, sem planícies

alagadiças definidas. Apresenta 99,01% da área com classes de declividade até

15% e 0,99 da área restante entre 15 a 20% de declividade.

Há pouca declividade da microbacia em questão, a qual determina a

velocidade do escoamento e infiltração da água como média para a região. O que

pode interferir também nestas questões são a cobertura vegetal, tipo e uso de solos

adjacentes em cada ponto.

Verifica-se na FIGURA 4 o perfil topográfico do município e, traçado um

paralelo com a microbacia de referência (FIGURA 3), observa-se que há uma

inclinação de sua nascente, ponto mais alto (B), no seu percurso até sua foz (entre B

e C) dentro do mapa municipal.

FIGURA 4 - PERFIL TOPOGRÁFICO DO MUNICÍPIO DE PARAÍSO DO NORTE

FONTE: PDM de 2010 (p. 78).

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A principal característica da topografia do município de Paraíso do Norte,

segundo consta em seu PDM de 2010, é a declividade e/ou inclinação que variam

na altimetria, em menor altitude no Rio Ivaí, com 250 metros, e a maior altitude a

noroeste do município na divisa dos Ribeirões Palmital e Suruquá com 434 metros

de altitude.

O relevo da mesorregião noroeste do Paraná, segundo o IPARDES (2004), é

condicionado ao Grupo Caiuá e à Formação Paranavaí, susceptíveis à erosão

hídrica. A declividade de 60% da região é de 3 a 10% (até 6 graus de inclinação),

com relevo suavemente ondulado. E em outros 35% da área da mesorregião

noroeste é caracterizado por um relevo plano de 0 a 3% de inclinação (menor que 3

graus), principalmente no vales dos rios Ivaí, Paraná e Paranapanema.

3.1.3.2 Tipos de solos

Os solos encontrados na microbacia do Ribeirão Palmital representam a

interação entre o clima mesotérmico úmido subtropical e as rochas do seu substrato,

na sua maioria de origem basáltica (Informativo técnico da EMATER – Paraíso do

Norte - PR, 2013).

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QUADRO 6 - TIPOS DE SOLOS DA MICROBACIA DO RIBEIRÃO PALMITAL E SUAS CARACTERÍSTICAS

MICROBACIA DO RIBEIRÃO

PALMITAL

TIPOS DE SOLOS CARACTERÍSTICAS

latossolos vermelhos - LV Ocorrem em grande parte da microbacia e apresentam textura média a argilosa, com alta porosidade e permeabilidade, ocorrendo em áreas de relevo suave, ondulado a plano.

latossolos vermelhos distróficos- LVd Necessitam de corretivos e maiores cuidados quanto ao manejo, além de proporcionarem maior dificuldade à mecanização.

latossolos vermelhos eutróficos típicos – LVet

São aptos à mecanização, férteis e com maior resistência à erosão.

latossolos vermelhos eutróficos abrúpticos - LVea

Encontrados na porção sudeste da microbacia, têm textura arenosa a média, sendo razoavelmente aptos à mecanização; no entanto, são ácidos e pouco férteis, geralmente localizados em área de relevo ondulado, necessitando de correção e manejo adequados.

argissolos vermelhos - AV Há uma grande ocorrência desse solo na microbacia, sendo oriundo, predominantemente, de rochas sedimentares, que apresentam tendência de moderada a alta nos processos erosivos

neossolo quartzarênico - NQ Encontrado próximo à calha do Ribeirão Palmital, se originam de depósitos arenosos e apresentam textura de areia.

FONTE: A autora (2017), com dados técnicos fornecidos pela EMATER – Paraíso do Norte.

Os vários tipos de solos encontrados na região acabam dificultando a

manutenção, pois são diferentes e exigem técnicas diversas para que não sofram

com o manejo. Cada tipo deve ter um estudo separado e ter um protocolo de

tratamento eficiente. Os solos estão relacionados diretamente com a infiltração e

armazenamento da água e a sua suscetibilidade de erosão.

Os estudos dos solos foram elaborados e executados pelo técnico Emi

Limberger, EMATER de Paranavaí, em abril de 2013.

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57

3.1.4 Uso e ocupação do solo por área de exploração

Para descrever as culturas desenvolvidas na área da bacia foi realizado um

estudo pelo órgão governamental encarregado, no caso EMATER, que mediu e

catalogou os tipos de ocupação. Para Romitelli e Paterniani (2007, p. 4), “o uso da

terra pressupõe a interação entre território e atores sociais que fazem parte dele”.

A grande maioria das terras da microbacia são ocupadas com o plantio da

cultura de cana-de-açúcar. Essa é uma cultura que requer pouca aplicação de

agrotóxico, embora, segundo o PDM de 2010, o Ribeirão Palmital já apresente sinais

de poluição, após a represa de captação. Essa poluição é provocada principalmente

por defensivos agrícolas utilizados nas lavouras agrícolas.

O agrotóxico utilizado nas lavouras e solos sem a proteção vegetal é levado

através de enxurradas, contaminando e assoreando os rios e córregos,

desencadeando sérios problemas e áreas de risco.

3.1.5 Situação geral da microbacia

O estado do Paraná tem um sistema integrado de manejo de microbacias

hidrográficas. Tendo a bacia hidrográfica como unidade básica para conservação de

solo, equilibrando os fluxos que compõem a cadeia, tem-se obtido sucesso nos

projetos em andamento, segundo Stipp e Stipp (2010).

As espécies de fauna que apresentam ocorrência na APA da microbacia

são: tatu, lebre, capivara, lagarto, ouriços e cobras, porém sem causar prejuízos à

produção. Não se tem conhecimento de espécies de fauna e flora invasoras com

importância na região (EMATER, 2013).

Conforme Alfredo, Franco e Dias (2011), para que houvesse o crescimento

agrícola desde o início das exploração até a atualidade, ocorreu um desmatamento

e áreas de mata virgem foram derrubadas deliberadamente. Apesar da preservação

de algumas localidades, o desmatamento foi intenso no decorrer das décadas.

Foi o que ocorreu nesta região, e o remanescente florestal da microbacia foi

reduzido a tal ponto de necessitar de medidas para minimizar e preservar. Está em

andamento um projeto de parcerias para plantio de árvores e manutenção da área.

Alguns pontos críticos foram identificados durante vistorias e relatos de

proprietários cadastrados pela EMATER.

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QUADRO 7 - DESCRIÇÃO DO MEIO BIOLÓGICO, REMANESCENTE FLORESTAL E PONTOS CRÍTICOS DA MICROBACIA DO RIBEIRÃO PALMITAL

Situação do meio biológico

Área de preservação e remanescente florestal

(ha) Pontos críticos da microbacia

Flora e fauna têm se mantido

estáveis com a preservação das áreas de mata ciliar e reserva

legal da microbacia, mas correm o risco de

extinção se as áreas forem reduzidas.

Há apenas 9,36% do remanescente florestal,

cerca de 200 ha. Está sendo realizado

em parceria com a Prefeitura, proprietários e EMATER o plantio de arvores nativas para a

regeneração da área de preservação.

Córregos assoreados em virtude da baixa utilização de técnicas de conservação de solo, tais como: falta de terraços, plantio em desnível e plantio direto de forma inadequada.

Perda de solos pelo uso excessivo da mecanização nos plantios.

Escorrimento superficial de águas advindas das propriedades nas estradas e vice-versa.

Acesso de animais (criação) nas áreas de APP (mata ciliar) ou na reserva legal.

FONTE: A autora (2017).

Os pontos críticos são muitos e as causas podem ter várias origens. As mais

comuns são: monitoramento ambiental insuficiente; conflitos pelo uso da água;

ausência de saneamento; desmatamento; manejo inadequado do solo; uso de

agrotóxicos; redução da biodiversidade; erosão e assoreamento dos rios e

nascentes.

A usina responsável pela Destilaria de Álcool e Açúcar da região tem um

projeto de aplicação de uma porcentagem de adubos orgânicos para nutrir as terras

e um cuidado especial para combater erosões e conservação do solo, que podem

ser considerados pontos positivos para a preservação ambiental.

3.1.6 Plano de ação implantado na microbacia

O plano de ação foi elaborado pela EMATER e SANEPAR, através dos

estudos realizados na área e de maneira a diagnosticar os problemas. No decorrer

dos últimos anos, tem-se seguido os termos do plano para a manutenção da APP e

sua preservação. As dificuldades maiores são as chuvas intensas em curtos

períodos, que têm causado erosões e muitos afloramentos de água deixando a

região completamente vulnerável, e o alto custo para manter máquinas e operários

para conservar os estragos. O leito do Ribeirão já foi dragado para minimizar o

assoreamento e corre o risco de ter que ser feito novamente (EMATER, 2013).

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Como se pode observar no plano de ação (QUADRO 8), há uma série de

medidas para auxiliar na manutenção da APP, mas nenhuma delas busca a

conscientização dos moradores do município, principalmente nas escolas, onde os

alunos deveriam receber orientação de como podem colaborar para manter as

fontes de água em perfeitas condições, visto que o Ribeirão passa pela zona urbana

de grande parte do município.

QUADRO 8 - PLANO DE AÇÃO ELABORADO PELA EMATER PARA A REVITALIZAÇÃO DA MICROBACIA MUNICIPAL DO RIBEIRÃO PALMITAL

Fonte: A autora (2017), com dados da EMATER.

No livro “Planejamento Ambiental”, Santos (2004) relata que a observação e

a interpretação das ocupações das terras são necessárias para mostrar a extensão

dos impactos ambientais. As observações das mudanças nas paisagens naturais

são imprescindíveis para entender os danos e propor medidas para a solução dos

mesmos. Embora essas propostas sejam relevantes para a bacia, só têm resultado

direto e localizado em espaços determinados.

Manejo correto de solos e

águas

através de terraceamento de

solos, através de tecnologia de

sistema silvipastoril; redução da

degradação das águas;

aumento da produtividades das

lavouras

Implantação de rede de água

para dessedentação dos

animais

por meio de construção de rede

d’água encanada, para evitar

acesso dos animais às

nascentes e ribeirão.

Introdução de distribuição de

calcário e esterco seco

dar preferência à adubação

orgânica por ser mais natural.

Melhoria nas instalações de

ordenha

para fins de diminuir o

escoamento de líquidos

contaminantes para lençol

freático

Proteção de nascentes e APP Isolar a área da APP através de

cercas.

PLANO DE AÇÃO

com instituições

como:

Prefeitura,

território

Noroeste,

Sanepar, Copel,

Agentes

financeiros –

PRONAF,

Conselho do

meio ambiente,

Consórcio de

Patrulhas Rurais

, IAP,

COAFNOR,

Laticínios

Aliança,

CRESOL, Banco

do Brasil

Organização de

grupos e

mobilização de

comunidade local

(moradores e

proprietários das

terras da APP)

AÇÕES MÉTODOS ESTRATÉGIAS PARCERIAS

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Viu-se aí uma oportunidade para enriquecer o projeto com a inserção do

desenvolvimento da EA para os alunos do município, oferecendo meios para

modificar atitudes e comportamentos que visem o envolvimento da comunidade

escolar em ações estratégicas de conservação, informando-os sobre a realidade.

Segundo Silva9 (1995 citada por SILVA; LEITE, 2008), a EA deve iniciar na escola,

para depois alcançar os demais segmentos, pois é no ambiente estudantil que há

material, podendo ser estruturado para desempenhar um trabalho contínuo e

permanente, e as mudanças, naturalmente, vão se alastrando para toda a

sociedade.

3.2 ETAPAS DA PESQUISA

Os dados secundários foram necessários para a introdução e coleta de

materiais sobre a microbacia do Ribeirão Palmital para que servissem de base na

elaboração do material a ser aplicado na segunda etapa da pesquisa que foi a

aplicação de questionários e entrevistas nas escolas, dando início aos dados

primários com a escolha do universo amostral e sua aplicação.

Analisando o organograma representado na FIGURA 5, a pesquisa foi

conduzida por meio de coleta de dados de várias fontes e estudo nas escolas, para

análise dos dados e aplicação em software.

9 SILVA, M. M. P. da. Educação ambiental integrada a coleta seletiva de lixo. 1995. Monografia

(Especialização em Educação Ambiental) – UEPB, Campina Grande.

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61

FIGURA 5 - Organograma de materiais e métodos desenvolvidos na pesquisa

Fonte : A autora (2017).

3.2.1 Dados secundários

Inicialmente, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, com leitura e triagem de

material que foi catalogado e separado por relevância e tipo de informação. Em

seguida, o acervo foi revisto e lido criteriosamente, as contribuições científicas

colocadas em ordem e as temáticas desenvolvidas para compor a base teórica do

estudo e os demais tópicos.

Os setores com possíveis ligações e informações com a Bacia Hidrográfica

do Ribeirão Palmital foram analisados e registrados através de fotos e visitas às

nascentes para coleta de dados.

No setor de Engenharia e Mapas da Prefeitura Municipal de Paraíso do

Norte, o Engenheiro Civil responsável mostrou o acervo e foi constatado que os

mapas e informações ali contidos estavam há muito defasados e sem nenhuma

perspectiva de atualizações por se tratar de zona rural. Havia apenas a localização

do Ribeirão, nada constando sobre suas nascentes e características.

Na sequência, foi agendada uma visita à EMATER/PR - Empresa de

Assistência Técnica e Extensão Rural do Governo do Paraná localizada na cidade

de Paraíso do Norte. O encarregado do Setor de Mapas apresentou exemplares de

mapas e planilhas realizados pela unidade de Paranavaí, em conjunto com a

MATERIAIS E MÉTODOS

Pesquisa de materiais sobre a

microbacia

prefeitura municipal

SANEPAR

EMATER Pesquisa bibliográfica

elaboração de questionário

aplicação do questionário nas

escolas

roteiro de observação de alunos

entrevista com

coordenação

estatística descritiva

elaboração do software "Projeto Ribeirão Palmital"

codificação/ implementação

implantação/ teste de

usabilidade

validação do software como

material de conhecimento

sistematização e análise dos dados

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unidade local, determinando a localização exata de cada nascente do Ribeirão e a

real situação de sua conservação.

Como a captação de água do município é realizada no ribeirão em questão

pela SANEPAR, onde foram verificadas as informações sobre a bacia hidrográfica,

conseguiu-se material para estudo a ser explorado e que seria de relevância para a

presente pesquisa.

Após a reunião do material e o estudo detalhado do mesmo, foram visitados

os locais determinados pelos mapas para realizar um trabalho de campo de triagem,

fotográfico e descritivo para preparar o material a ser utilizado na ferramenta

pedagógica.

3.2.2 Dados primários

3.2.2.1 Universo amostral

Identificou-se que as escolas não têm material impresso sobre a microbacia

do Ribeirão Palmital, apenas conhecimento empírico. Baseiam todo o ensinamento

desta área em livros didáticos com informações gerais de localidades distantes da

realidade local. Viu-se então a necessidade de preparar um material que fosse

compatível com os recursos utilizados nas escolas e de fácil acesso. Começou-se a

formular uma metodologia de coleta de dados com as escolas municipais para

agregar informações sobre o nível de conhecimento formal ou casual que

professores e alunos pudessem ter.

As perguntas para a entrevista nas escolas foram montadas, considerando-

se as informações coletadas nos dados secundários e a didática acadêmica vigente

e baseada no livro “Educação Ambiental nas Escolas Públicas” de Segura (2001) em

que procura analisar a consciência ambiental dos integrante da comunidade escolar.

O livro “Case study research” (YIN, 2013) elucida a importância do estudo de

caso e os cinco passos para que a entrevista seja bem estruturada, permitindo

coletar indícios de como aquele sujeito sente a sua realidade e a maneira como o

grupo pode se manifestar com relação ao seu modo de vida. Deve ser muito bem

planejada e elaborada para que consiga ter os seus fundamentos preservados.

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3.2.2.2 Aplicação das entrevistas às coordenadoras pedagógicas

As entrevistas foram elaboradas para serem respondidas pela equipe de

coordenação da escola, com objetivo de verificar se a Educação Ambiental está

sendo trabalhada na escola e o que se tem de material sobre a Microbacia

Hidrográfica do Ribeirão Palmital, responsável pelo fornecimento de água do

município. As questões abordadas foram:

a) A escola possui um programa de Conservação Ambiental?

b) Como é realizada a limpeza do pátio? Os alunos colaboram?

c) EA é parte do currículo escolar? No caso de negação: Qual é a área

que trabalha EA?

d) Os órgãos responsáveis pelo Meio Ambiente do município visitam a

escola e realizam palestras de conscientização?

e) Existe na escola algum material impresso sobre a Microbacia

municipal?

f) Com que frequência os alunos têm aulas na sala de informática?

g) Existe algum material pedagógico em forma de software que tenha sido

desenvolvido sobre conscientização ambiental local?

h) Qual é o maior projeto sobre conservação em que a escola já

participou?

No decorrer da análise, foram encontradas literaturas que citaram a

entrevista como estratégia na captação de dados. Alguns artigos e livros a utilizaram

como tema central e descreveram a sua importância para o desempenho real do

trabalho a ser analisado. A relevância de passos estipulados a serem seguidos

foram citados em vários deles. No livro de Kvale e Brinkmann (2009), é descrito

como deve ser a prática da entrevista de investigação e seus estágios. Em Araújo,

Cruz e Almeida (2010), é realizada uma pesquisa em 23 trabalhos em que a

entrevista realizada foi consistente e adequada ao estudo nas diversas áreas,

seguindo mesmo roteiro de uma maneira fluida e flexível para que os dados fossem

captados em sua especificidade.

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Nesta entrevista foi autorizado o retorno à escola, para examinar o currículo

aplicado e o material didático utilizado pelos professores nas áreas afins deste

estudo.

3.2.2.3 Observações nas escolas

As observações foram realizadas de forma assistemática (espontâneas) na

Escola Municipal “Wagner Bento Pupin” e na Escola Municipal “27 de Novembro”, no

município de Paraíso do Norte - Paraná, no sentido de obtenção de determinados

dados comportamentais e etnográficos dos alunos para a condução dos trabalhos

com a ferramenta pedagógica de acordo com a realidade. As observações

realizaram-se durante o intervalo das aulas, durante a permanência dos alunos de

4.º ano no pátio da escola.

A observadora ficava parada em um dos pontos do pátio, sem interferir no

desenvolvimento das ações, anotando os comportamentos dos alunos.

É indutivo, de maneira que os dados obtidos são cumulativos e tendem a

formar um padrão holístico de todo o processo.

A pesquisa por observação auxilia o pesquisador a “identificar e obter provas

a respeito de objetivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que

orientam seu comportamento” (LAKATOS; MARCONI10, 1996, p. 79 citados por

BONI; QUARESMA, 2005, p. 71). Através desse contato mais direto, sem

planejamento ou controle, o observador faz o registro sem utilização de meios

técnicos.

3.2.2.4 Estrutura do questionário aplicado aos alunos

O questionário foi outra fase da pesquisa, na qual a preparação foi muito

importante, pois exigiu alguns cuidados, como o planejamento do que seria

objetivado, a escolha dos entrevistados, sua disponibilidade, a antecipação,

autorização e condições para que o formulário fosse aplicado com um roteiro. A

escolha do 4.º ano se deu por terem um grau de alfabetização que torna a pesquisa

mais precisa, já que alguns alunos dos anos anteriores não têm compreensão para

acompanhar os textos escritos.

10

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Técnicas de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

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Devido à idade dos entrevistados em questão (de 9 a 11 anos), foi optado

por um questionário estruturado, ou seja, formulado para que o entrevistado não

possa fugir de uma resposta objetiva, que possibilita a comparação de respostas de

maneira mais clara. Os questionários foram aplicados pelo pesquisador com a

mesma metodologia em todas as turmas.

Partindo desta situação-problema, buscou-se as indagações que melhor

pudessem exemplificar os objetivos propostos. Nesse sentido, tornou-se

imprescindível fazer questionamentos simples em uma linguagem em que poderiam

ser interpretados e respondidos. Para chegar a um resultado satisfatório, foram

necessárias pesquisas dos trabalhos realizados por outros autores para tornar o

programa consistente.

Nesse questionamento foram aplicadas cinco áreas de relevância para o

estudo e o objetivo foi explorar o conhecimento dos alunos para construir suas

relações e entender os diferentes padrões de entendimento de perguntas simples e

sua interpretação.

Os critérios para a elaboração das perguntas foram baseados no

conhecimento dos alunos valorizando sua vivência e sua participação junto ao meio

em que vivem.

Com as perguntas estruturadas buscou-se conhecer se o aluno é um ser

observador da natureza, identificar o grau de conhecimento sobre a microbacia

municipal, se sabe aspectos de vida diária como coleta e separação do lixo, se tem

noção de economia de energia e água e se tem familiaridade com o computador.

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QUADRO 9 - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE PARAÍSO DO NORTE

ITENS PERGUNTAS

OBSERVA A NATUREZA

OBSERVA AS ESTRELAS Á NOITE NO CÉU?

JÁ OBSERVOU O NASCER DO SOL?

SABE DO QUE É FEITO O PAPEL?

CUIDA DO MEIO AMBIENTE

SEPARAM O LIXO EM CASA?

SABE PARA ONDE VAI O LIXO SEPARADO?

JÁ PLANTOU UMA ÁRVORE?

QUANDO TEM LIXO NA MÃO E NENHUMA LIXEIRA POR PERTO, JOGA NO CHÃO?

REUTILIZAM EMBALAGENS VAZIAS EM CASA?

ECONOMIZA ENERGIA/ÁGUA

DESLIGA AS LUZES QUANDO NÃO HÁ NINGUÉM NOS AMBIENTES?

FECHA A TORNEIRA PARA LAVAR A LOUÇA E ESCOVAR OS DENTES/

SUA FAMÍLIA LAVA O CARRO COM A MANGUEIRA?

CONHECIMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA

SABE DE ONDE VEM A ÁGUA UTILIZADA EM CASA?

SABE O NOME DO RIO QUE FORNECE ÁGUA PARA A CIDADE?

SABE COMO UM RIO É FORMADO?

TEM ACESSO A COMPUTADOR

TEM COMPUTADOR EM CASA?

SABE USAR O COMPUTADOR SOZINHO?

FONTE: A autora (2017).

A formulação das questões demandou estudos dos conteúdos de EA

presentes nos currículos das escolas que foram alvos da investigação. O

questionário tem que ter um sentido lógico e contínuo, sem ser ambíguo, arbitrário

ou tendencioso, conforme Bourdieu11 (1999 citado por BONI; QUARESMA, 2005).

No total foram selecionadas cinco turmas de 4.º ano do Ensino Fundamental

de duas escolas públicas municipais. Cinco itens foram analisados diante de

dezesseis questões objetivas com resposta direcionada para “sim” ou “não”. Foi

ressaltada a importância desse questionamento para limitar e direcionar o que deve

ser trabalhado no desenvolvimento da ferramenta pedagógica. Embora o foco fosse

a Bacia Hidrográfica local, realizou-se a pesquisa de forma global e abrangente com

o meio ambiente, sua conservação, preocupação e conhecimento de como a

natureza age.

11

BOURDIEU, P. O poder simbólico. Tradução de Fernando Tomaz. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand, 1998.

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3.3 ESTATÍSTICA DESCRITIVA

Através da estatística, com o planejamento, coordenação dos questionários

e a organização, análise e interpretação dos resultados, iniciou-se com a inserção

dos dados em uma planilha e o estudo minucioso de todas as informações

disponíveis, subdividindo-as em variáveis independentes e dependentes. Por meio

dos resultados obtidos, foram analisados o Histograma e a Tendência Central, para

uma melhor análise da distribuição de probabilidades, através da Média, Mediana,

Moda e Ponto Médio. Essas medidas de tendência central foram usadas para

representar adequadamente as características do grupo estudado. A Variância e

Desvio Padrão também foram analisados.

Para realizar essa análise foram consideradas as perguntas com: peso 1

(um) para as respostas positivas e 0 (zero) para as negativas. Duas questões

tiveram seus pesos invertidos para questões estatísticas, já que seu significado real

necessitava de uma resposta negativa. As questões foram: “Sua família lava o carro

com a mangueira?” e “Quando tem lixo na mão e nenhuma lixeira por perto, joga no

chão?”. Foram divididos em dois conjuntos: variáveis independentes, as que são

manipuladas, e variáveis dependentes, medidas ou registradas (como resultado da

manipulação das variáveis independentes), por diagnosticar que o conhecimento

adquirido pode gerar a qualidade e habilidades necessárias para entender o meio

como parte de um ciclo.

3.4 DESENVOLVIMENTO DO SOFTWARE

3.4.1 Elaboração/Estruturação

Para a montagem da ferramenta pedagógica foram necessários o estudo

dos dados obtidos com as entrevistas, questionários e acervo de material e os itens

a serem trabalhados para estimular os alunos a terem visão completa sobre o

Ribeirão Palmital e o que significa sua preservação. No segundo momento, uma

história deu vida a personagens que tornaram a mensagem mais realista.

Após a elaboração da história iniciou-se a elaboração dos quadros para

ilustração, deixando uma mensagem visual mais nítida e definida, colocando-os

como protagonistas e sensíveis às mudanças que estavam vivenciando.

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3.4.2 Codificação/Implementação

O software foi desenvolvido no sistema operacional Android, que é do

Google. É usado em diversos aparelhos de marcas como Samsung, Motorola, LG e

Sony, sendo o mais popular do mundo. Esse sistema foi utilizado no primeiro

smartphone em 2008 e vem recebendo atualizações periódicas, sempre com nome

de doces; alguns dos utilizados hoje em dia são Android 4.4 (KitKat), Android 5.0

(Lollipop), Android 6.0 (Marshmallow) e assim por diante.

Inicialmente foi utilizado o CorelDRAW X6 para vetorizar os desenhos a

serem utilizados no software. O Corel X6 reúne um conjunto completo de recursos e

ferramentas de desenho que podem criar, ilustrar e editar figuras e animar gráficos.

Vetorizar quer dizer transformar linhas e contornos de uma foto ou imagem em

marcações numéricas, para que o programa reconheça suas linhas e cores,

conseguindo assim animá-las e modificar suas cores. Uma vez vetorizada a imagem,

permanecerá sempre com o mesmo tamanho de arquivo, não importando se tem

100X100 pixels ou se ampliarmos para 1000X1000 pixels.

O software é em linguagem Java de programação, que foi criada a partir de

1990 pela Sun Microsystems (GUDWIN, 1997). Esse aplicativo é utilizado em

computadores, smartphones, tablets, videogames, cartão de créditos, sendo usado

inclusive pela NASA. Ele é rápido, seguro e valida a maioria dos games atuais.

3.4.3 Implantação/Teste

A implantação foi realizada através da apresentação do software nas

escolas, de forma individual para que os utilizadores pudessem ser observados de

forma global.

A International Organization for Standardization – ISO entende que a

usabilidade é a forma de interação entre homem/máquina de maneira eficiente,

efetiva e satisfatória.

Os testes foram realizados nas duas Escolas Municipais “Wagner Bento

Pupin”, com duas turmas, e “27 de Novembro”, com duas turmas, ambas do 4.ª ano.

As principais vantagens deste estudo de usabilidade é elevar a produtividade

dos utilizadores e os níveis de utilização do produto, reduzir e minimizar a

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necessidade de formatação, custos com suporte técnico e tempo de

desenvolvimento e alterações após a finalização.

Para a condução dos testes dos utilizadores foram usados tablets com o

software e realizado um teste em 2 grupos distintos: um fazendo uso do software

“Projeto Ribeirão Palmital” e outro grupo sem utilizar o software. O teste foi aplicado

dentro do laboratório de informática das escolas, onde o ambiente era silencioso e

preparado para que nada desviasse a atenção dos alunos analisados. Foi utilizado

um conjunto de tarefas que, segundo Alves e Pires (2002), é definido como

princípios heurísticos, representado pela FIGURA 5, incluindo navegação, grafismo

límpido, funcionalidade, linguagem, consistência, ajuda e suporte e feedback.

FIGURA 5 - PRINCÍPIOS PARA TESTE DE USABILIDADE, UTILIZADO COM ALUNOS E PROFESSORES

FONTE: ALVES; PIRES (2002), adaptado pela autora (2017).

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Nesta etapa final foram observados todos estes itens durante o teste: se o

usuário aprendeu facilmente os meios de navegação; se o design era nítido e

atraente; se era funcional, ou seja, consegue-se fazer tudo aquilo de que se

necessita; a linguagem utilizada é gramaticalmente correta, obedecendo aos

padrões morais e éticos e de fácil entendimento; se o programa tem consistência, os

sons, design e os caminhos são lógicos; se os erros são raros e, quando há

necessidade, obtém-se ajuda facilmente; o feedback é claro e consegue eliminar as

dúvidas.

Os testes foram conduzidos conforme as etapas descritas a seguir.

3.4.3.1 Etapa primeira: teste com alunos

Para dar maior legitimidade à aplicação e comprovação do software, foram

divididas cada turma em duas. A primeira assistiu ao vídeo do software com a

história e, na sequência, realizou os mesmos testes contidos no questionário do

software, na versão impressa. A outra metade recebeu o questionário impresso sem

assistir ao vídeo e respondeu as mesmas perguntas.

Foi aplicado o questionário descrito no QUADRO 10, para verificar se o

software gera conhecimento sobre a microbacia municipal e preservação ambiental.

Através dessa informação pode-se compreender se a abordagem realmente está

ajudando o aluno e desenvolver novos conceitos sobre a EA. Conforme Baker,

Isotani e Carvalho (2011), para ser tomada uma decisão, é necessário que seja

constatada a relação entre os dados coletados, associados a descoberta de novos

conhecimentos.

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QUADRO 10 - TESTE DE USABILIDADE APLICADO COM ALUNOS PARA COMPROVAR A EFICÁCIA DO SOFTWARE

TESTE DE USABILIDADE COM ALUNOS

1 Qual é o nome do rio que fornece agua para a cidade?

2 A Água é captada e tratada por que órgão?

3 preservar é:

Cuidar, plantar, defender

Aproveitar, derrubar, abater

Destruir as matas e animais

Nenhuma das anteriores

4 Microbacia é:

Uma estrada conservada

Utensilio de cozinha

Parte da hidrografia da região

Nenhuma das anteriores

5 O que é Ribeirão?

Rio enorme

Rio pequeno

Lagoa, tanque

Nenhuma das anteriores

FONTE: A autora (2017).

3.4.3.2 Etapa segunda: aplicação do software com professores

Os professores avaliaram o software através do QUADRO 11, com dados de

usabilidade e com parecer pedagógico do software, classificando-os como:

excelente, ótimo, bom e ruim.

Os testes foram aplicados na sala pedagógica individualmente, após os

professores acompanharem os testes com os alunos. Os professores receberam o

software com instruções de uso. Após assistirem à história, realizaram o quizz no

final e responderam ao teste por escrito. A finalidade dessa avaliação foi de verificar

se o software tem os requisitos necessários para sua aplicação em sala de aula.

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QUADRO 11 - TESTE DE USABILIDADE E COMPROVAÇÃO DO SOFTWARE REALIZADO COM PROFESSORES

Requisitos de usabilidade EXCELENTE ÓTIMO BOM RUIM

1 A linguagem usada no material é adequada à faixa etária sugerida: (ensino fundamental)

2 O software é apresentado de forma lúdica e oferece uma interação com os usuários:

3 Quanto à clareza dos conteúdos são abordados de maneira

4 O tempo de exibição do software é:

5 Como classifica o layout do software (apresentação)

6 Como foi a aceitação dos alunos ao material.

7 O aluno consegue interagir com o software, oferecendo possibilidade de autonomia.

Requisitos pedagógicos

1

O que achou do Tema? Educação Ambiental: Projeto Ribeirão Palmital

2 Quanto à coerência da História e referência ao universo cotidiano dos alunos:

3 Como nomeia o nível de aprendizagem com o material e conteúdo apresentado:

4 Sua adequação para os níveis sugeridos (de 1.ª a 5.ª série – fundamental), dentro de Educação Ambiental é:

5 Achou que as atividades complementares são de que forma relevantes para o feedback do tema:

6 Como classifica a influência do software como formador de cidadão:

7 Dentro dos padrões pedagógicos como seria sua classificação:

FONTE: A autora (2017).

3.4.4 Entrega do software

O software foi entregue após concluída a etapa de testes e comprovação de

sua usabilidade. Ele será inserido em tablet dos professores e alunos e também será

inserido na Plataforma de Jogos do Google, onde poderá ser acessado por qualquer

usuário na rede mundial. Este trabalho tem já uma continuação com a adesão do

Projeto “Eu cresço, eu cuido” pelas escolas municipais participantes deste estudo.

As etapas do projeto foram desenvolvidas durante a semana pedagógica de 2017

com a participação da autora em palestra para professores da rede municipal.

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FIGURA 6 - PLANEJAMENTO GERAL DO SOFTWARE DESENVOLVIDO PROJETO “RIBEIRÃO PALMITAL”

FONTE: A autora (2017).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 APLICAÇÃO DE ENTREVISTA COM AS COORDENADORAS DAS ESCOLAS

MUNICIPAIS “WAGNER BENTO PUPIN” E “27 DE NOVEMBRO”

A entrevista na escola “Wagner Bento Pupin” foi realizada no dia 05 de abril

de 2016, às quatorze horas. A diretora encaminhou para a coordenação, setor

responsável pelo cumprimento do currículo da escola e sua organização

pedagógica. Informou que a escola não possui nenhum projeto de EA em

andamento. Verificou-se o planejamento, constatou-se que EA não tem uma

conotação expressiva dentro das áreas determinadas, nem é citada como área

específica. Alguns temas como: reciclagem, água, plantas têm como objetivo seu

conhecimento como parte da natureza, não como preservação. A escola não tem

nenhum informativo sobre a bacia hidrográfica municipal e o sistema e captação de

água do município.

Já a entrevista na escola municipal “27 de Novembro” foi realizada no dia 19

de abril de 2016, às treze horas e trinta minutos. A coordenadora da escola foi a

primeira entrevistada e nos questionamentos relatou que não consta educação

ambiental no currículo da escola, sendo o mesmo trabalhado dentro de outras áreas

e em forma de projetos. Foi constatado ainda que nada se tem sobre a microbacia

municipal e sua importância para o abastecimento da cidade. Em resposta aos

questionamentos sobre a EA formal e de que forma a escola ensina na prática seus

alunos, a coordenadora informou que os alunos são responsáveis por manter a

ordem no pátio sob a supervisão de um membro da escola e participam da feira do

meio ambiente, que basicamente faz trabalhos artesanais com sucatas e material

para reciclagem.

4.2 RELATÓRIOS DE OBSERVAÇÃO NA ESCOLAS MUNICIPAIS “WAGNER

BENTO PUPIN” E “27 DE NOVEMBRO”

As observações na escola “Wagner Bento Pupin” ocorreram no período de

05 a 28 de abril de 2016, em seis dias diferentes, dentro de sala de aula e no pátio

durante o intervalo de recreio. Os dados observados foram a limpeza do local e o

comportamento dos alunos para com o meio. Nas salas de aula, foi observado que

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os alunos se preocuparam com a limpeza do local. Os materiais eram bem

conservados e estavam em ótimas condições de uso, com os cadernos todos

encapados e limpos. Durante o intervalo, foi observado que alguns alunos pisaram

no gramado existente em um dos lados do pátio, jogaram papel de lanche fora das

lixeiras disponíveis, arrancaram algumas folhas dos vasos existentes e no

bebedouro deixaram as torneiras abertas por longos períodos.

Na escola “27 de Novembro” as observações aconteceram do dia 06 a 29 de

abril de 2016, em dias diferentes, dentro de sala de aula e durante o intervalo de

recreação. Também foram observados o asseio e os cuidados dos alunos para com

o meio. Dentro das salas foi observado que alguns dos alunos levantaram para

apontar os lápis no cesto de lixo, mas acabaram sujando em volta dele e não se

incomodaram em limpar; arrancaram folhas de caderno e amassaram embaixo da

carteira e tinham o material em péssimo estado de conservação. No pátio os alunos

têm um bebedouro com um fluxo pequeno de água para evitar desperdício, mas,

mesmo assim, apertavam-no por períodos mais longos do que estavam bebendo.

Foram detectados papéis fora da lixeira durante a permanência dos alunos no

intervalo.

4.3 APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO NAS ESCOLAS MUNICIPAIS WAGNER

BENTO PUPIN E 27 DE NOVEMBRO

Houve um retorno à escola “Wagner Bento Pupin” nos dias 26 a 28 de abril

do ano de 2016, onde foram realizados os questionários nas salas de aula, quatro

no total, dois no período matutino e dois no vespertino. Todos os alunos são da

mesma faixa etária, de 9 a 11 anos, do 4.º ano do Ensino Fundamental. Dos 82 que

participaram do estudo, 35 alunos são do sexo feminino e 47 do sexo masculino.

Antes de iniciar as atividades, foi conversado com as professoras

responsáveis pelas salas e nenhuma delas sabia ou tinha dados sobre a hidrografia

municipal. Esse item nunca foi trabalhado e nem se tinha conhecimento que o

Ribeirão Palmital era o responsável pelo abastecimento da cidade. Quanto à

preservação, também não tinham tido acesso a informações nesse sentido. Ao

iniciar o questionamento com os alunos, o procedimento foi sempre o mesmo.

Depois da distribuição do material, foi realizada a leitura de cada item e dado um

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tempo para resposta individual, uma após a outra, até a finalização e entrega do

material.

Já na escola “27 de Novembro”, após a entrevista com a coordenadora,

dirigiram-nos para a sala de 4.ª ano do Ensino Fundamental para a aplicação do

questionário direcionado para os alunos em questão. Antes da aplicação, foi

explicado como seria aplicado o teste e o comportamento durante o mesmo. Foram

distribuídos os questionários e a leitura foi realizada em voz alta pela autora deste

projeto. Ao final de cada item os alunos deveriam marcar “sim” ou “não” na folha e

aguardar a próxima leitura. Ao final do procedimento foram recolhidas as folhas e

anexadas ao material a ser analisado.

4.4 PROCESSAMENTO DOS DADOS DOS QUESTIONÁRIOS

Após a aplicação do questionário nas turmas, foram contabilizados os

resultados e os dados obtidos foram gerados em forma de gráfico informativo. O

quadro com todas as respostas encontra-se no APÊNDICE 1.

As respostas obtidas podem ser visualizadas no GRÁFICO 1, onde

perguntas são relacionadas com as respostas.

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GRÁFICO 1 - RESPOSTAS OBTIDAS POR TURMA NO QUESTIONÁRIO APLICADO EM SALAS DE AULAS, NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE PARAÍSO DO NORTE

FONTE: A autora (2017).

Durante a realização do processo de estudo das perguntas nos

questionários aplicados foram invertidas as respostas da pergunta: “Sua família lava

o carro com a mangueira?”; a resposta foi 81,70% positiva. Quando realizada a

checagem se tinham entendido as perguntas após a aplicação e o recolhimento do

questionário, responderam que era certo lavar o carro com a mangueira. A

professora explicou, então, que o item “lavar o carro com o balde evita o desperdício

de água” não foi trabalhado na escola. Em todas as turmas ocorreu o mesmo índice

de respostas. Na pergunta “Sabe o nome do rio que fornece água para a cidade?”,

obtivemos 41,46% de respostas positivas. Logo abaixo uma linha pedia para colocar

o nome do rio. Ninguém conseguiu escrever o nome do Ribeirão Palmital,

demonstrando um falso positivo, colocando a porcentagem obtida nessa resposta

em valores bem mais baixos.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Gráfico geral de respostas

RESPOSTAS POSITIVAS RESPOSTAS NEGATIVAS

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4.5 ANÁLISE DE DADOS EM PERCENTUAIS (%)

Levando-se em conta os dados obtidos, após o somatório de cada item e

suas respostas, foi realizada a regra de três simples para obter o número da

porcentagem de respostas.

QUADRO 12 - RESULTADOS PERCENTUAIS DO QUESTIONÁRIO APLICADO COM ALUNOS NAS

ESCOLAS MUNICIPAIS DE PARAÍSO DO NORTE

ITENS RESPOSTA POSITIVA RESPOSTA NEGATIVA

OBSERVA A NATUREZA 73,98 26,02

CUIDA DO MEIO AMBIENTE 76,6 23,4

ECONOMIZA ENERGIA/ÁGUA 62,6 37,4

CONHECIMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA

48,78 51,22

TEM ACESSO AO COMPUTADOR 83,53 16,47

FONTE: A autora (2017).

Observa-se que o acesso ao computador e a observação à natureza são os

que mais foram assertivos e o conhecimento da Microbacia do Ribeirão Palmital o

que mais teve respostas errôneas, atestando pouco conhecimento nessa área. No

QUADRO 12, demonstra-se por porcentagem e no GRÁFICO 2 verifica-se a mesma

porcentagem descrita em forma de barras.

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GRÁFICO 2 - RESULTADOS PERCENTUAIS DO QUESTIONÁRIO

FONTE: A autora (2017).

4.5.1 Síntese e visualização de dados

Fazendo análise do quadro do APÊNDICE 2, pode-se observar que foram

classificados os grupos de perguntas como: “Observa a natureza”, “Economiza

energia/água”, “Tem acesso ao computador” como variáreis independentes e

utilizados os grupos de: “Cuida do meio ambiente” e “Conhece a Microbacia” como

variáreis dependentes para pontuar os itens e chegar a uma conclusão de

consequência dos termos referidos.

Foram escolhidos os primeiros por serem pré-requisitos de bom

entendimento dos subsequentes, ou seja, deve-se ter um conhecimento prévio e

observar a natureza, ter noção de economia e acesso ao computador, pois sabe-se

que tudo hoje tem uma ligação muito rápida e uma dependência do computador e

multimídias para adquirir conhecimentos. Vê-se nitidamente que os alunos não têm

conhecimento algum sobre a microbacia municipal, poucos sabem como é formado

um rio e não têm uma ideia clara de como cuidar do ambiente, o que afeta o

conhecimento adquirido como zelador do meio em que habita.

Baseando-se nos livros de Lakatos e Marconi (2003) e Hair et al. (2009), a

variável independente é aquela que influencia e determina ou afeta outra variável e

seu resultado não pode ser manipulado. Já a variável dependente é aquela que

pode ser influenciada por uma outra variável independente e pode ser manipulada e

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

OBSERVA A NATUREZA

CUIDA DO MEIO AMBIENTE

ECONOMIZA ENERGIA/AGUA

CONHECIMENTO DA BACIA HIDROGRAFICA

TEM ACESSO AO COMPUTADOR

TABELA DE RESPOSTAS QUESTIONÁRIO

RESPOSTA NEGATIVA RESPOSTA POSITIVA

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80

alterada em seu resultado. Em uma pesquisa a variável independente é a

antecedente e a dependente é a consequente. As variáveis são os elos de ligação

entre teorias, hipóteses para as observações.

Mediante as respostas, foram analisados os dados através da estatística.

A estatística descritiva busca descrever e analisar somente uma amostra da

população, sem que se conclua que esse seja o padrão para todo o grupo. Neste

caso foi realizada uma amostragem com intuito de resumir os dados obtidos de

forma a informar o conhecimento sobre a bacia hidrográfica e educação ambiental

municipal.

Os termos da estatística descritiva abordados foram abaixo descritos por

ordem de análise.

A Média Aritmética dos dados positivos encontrados foi a soma de todas as

respostas dividido por 82. O valor da Média é de 10,20 respostas assertivas para 16;

portanto, 63,75% do total.

A Moda é o número mais frequente encontrado, que, nesse exemplo,

configura-se pelo numeral 10, demonstrado no GRÁFICO 3.

GRÁFICO 3 - RESULTADOS FINAIS PARA OBTENÇÃO DA MODA

FONTE: A autora (2017).

Dos entrevistados, 19 acertaram 10 questões; ou seja, a Moda é 10.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Análise de moda

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81

A Mediana da classificação são os termos centrais do total de participantes.

Ou seja, dos 82 entrevistados, a mediana serão os termos 41.º e 42.º, somados e

divididos por dois. Portanto, a Mediana é 10.

QUADRO 13 - RESULTADO ENCONTRADO PARA MEDIANA NA ESTATÍSTICA DESCRITIVA APLICADA COM QUESTIONÁRIO EM SALAS DE AULA

1.º 2.º 3.º ... 41.º 42.º ... 82.º

6 7 7 ... 10 10 ... 14

Fonte: A autora (2017).

O Ponto Médio também será analisado pelo mesmo quadro. Para achá-lo,

soma-se o menor com o maior e divide-se por dois. Ou seja, o Ponto Médio é 10.

Nas medidas de Variação, foi encontrado o Máximo que é o número 14 (acertos); o

Mínimo de acertos é representado pelo numeral 6 e a Amplitude é o numeral 8,

obtido subtraindo-se o mínimo do máximo.

A Variância é a soma do número real menos a média elevada ao quadrado

(x-y)² de todos os itens constantes no quadro. Obtém-se, então, o número 259,88 e

divide-se por 81 (82-1). Tem-se, então, o numeral 3,20. Essa é a Variância.

Para obter o Desvio Padrão, foi extraído a raiz quadrada da variância, ou

seja, √ 3,20 = 1,78. O Desvio Padrão é 1,78.

No GRÁFICO 4, estão agrupados todos os resultados obtidos através da

estatística descritiva aplicada às questões.

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82

GRÁFICO 4 - RESUMO DOS DADOS OBTIDOS COM A PESQUISA UTILIZANDO O MÉTODO DA ESTATÍSTICA DESCRITIVA.

FONTE: A autora (2017).

Observam-se as causas presentes e o registro de suas variações na fase

operacional; cabe assim determinar o resultado final e que influências tem cada uma

delas.

No QUADRO 14, os dados de tendência central e medidas de dispersão

podem ser analisados separados.

QUADRO 14 - RESUMO DE DADOS ENCONTRADOS EM PESQUISA DE ESTATÍSTICA DESCRITIVA COM QUESTIONÁRIO APLICADO EM SALA

medidas de tendência central medidas de dispersão

espaço amostral média moda mediana

ponto médio máximo mínimo amplitude variância

desvio padrão

82 alunos 10,2 10 10 10 14 6 8 3,20 1,78

FONTE: A autora (2017).

Nota-se que a média aritmética, moda, mediana e ponto médio, ou seja,

medidas da tendência central, têm pouca ou nenhuma variação, caracterizando que

os dados amostrais tiveram uma percentagem média de 62,50% de acertos.

Medidas de dispersão (valores mínimo e máximo, desvio padrão e variância),

descritas no estudo, comprovam que houve pouca diferença entre os entrevistados,

viabilizando um projeto unificado para atender as dificuldades encontradas.

02468

10121416

RESUMO DOS DADOS OBTIDOS

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83

Mediante a análise estatística dos questionários aplicados, comprovou-se

que o conhecimento e as defasagens das turmas são semelhantes e que um tipo de

software que englobasse todas as dúvidas seria adequado para a aplicação nas

escolas do município.

4.6 HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE

Não bastaria inserir os dados em um software sem que ele tivesse um

significado para o utilizador. Foi escrita então uma história com os dados da

hidrografia, meios de conservação, leis, compondo um texto a ser inserido no

software. A história foi montada em quadros separados, no qual as ilustrações

ajudaram a definir o que estava se passando. Além da escrita nas páginas, há

também um áudio com a leitura da história e ao final da história o aluno tem um

questionário para resolver e revisar o conteúdo do software.

Todo o material desenhado e escrito foi repassado para o Senhor Roberto

Canoff, responsável por fazer a parte de informática do software. Todos os

desenhos foram trabalhados no Corel, e na linguagem Java, para ser apresentado

em sistema Android.

Na sequência as figuras que compõem o software.

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84

FIGURA 7 - TELA DE CAPA DO SOFTWARE - PRANCHA 1

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 8 - TELA DE INÍCIO DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE - PRANCHA 2

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 9 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE -

PRANCHA 3

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 10 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE -

PRANCHA 4

FONTE: A autora (2017).

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85

FIGURA 11 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE -

PRANCHA 5

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 12 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE -

PRANCHA 6

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 13 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE -

PRANCHA 7

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 14 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE -

PRANCHA 8

FONTE: A autora (2017).

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FIGURA 15 - TELA DE CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE -

PRANCHA 9

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 16 - TELA FINAL DA HISTÓRIA INSERIDA NO SOFTWARE - PRANCHA 10

FONTE: A autora (2017).

4.6.1 Atividades de revisão inseridas no software

Ao final da história o programa inicia os exercícios complementares para

verificar a aprendizagem. O usuário deve realizar cada um deles e passar ao

próximo nível. Após cada tentativa, recebe palavras de incentivo gravadas no

programa, direcionando se está correto ou deve corrigir as respostas.

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FIGURA 17 - FOTO DA PRIMEIRA PÁGINA DAS ATIVIDADES DE REVISÃO INSERIDA

NO SOFTWARE - TELA 1

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 18 - FOTO DA SEGUNDA PÁGINA DAS ATIVIDADES DE REVISÃO INSERIDA

NO SOFTWARE - TELA 2

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 19 - FOTO DA TELA DO SOFTWARE COM ATIVIDADE PARA LIGAR -

TELA 3

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 20 - FOTO DA SEGUNDA ATIVIDADE PARA MARCAR A RESPOSTA

CERTA - TELA 4

FONTE: A autora (2017).

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FIGURA 21 - FOTO DA TERCEIRA ATIVIDADE PARA MARCAR A RESPOSTA

CERTA - TELA 5

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 22 - FOTO DA QUARTA ATIVIDADE PARA MARCAR A RESPOSTA CERTA -

TELA 6

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 23 - FOTO DA QUINTA ATIVIDADE PARA PLANTAR ÁRVORES NA ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - TELA 7

FONTE: A autora (2017).

FIGURA 24 - FOTO DA TELA DE CONCLUSÃO DAS ATIVIDADES - TELA 8

FONTE: A autora (2017).

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89

FIGURA 25 - FOTO DA TELA FINAL DAS ATIVIDADES COM PALAVRAS DE

INCENTIVO - TELA 9

FONTE: A autora (2017).

Durante todo este processo foram realizadas observações e aplicados os

testes abaixo descritos, fazendo a avaliação geral para concluir a aplicação do

software.

4.7 TESTE DE USABILIDADE COM ALUNOS

Os alunos receberam as perguntas impressas e orientações dos comandos,

sendo solicitado aos mesmos que após a leitura de cada item marcassem a resposta

que achassem correta. Os testes foram realizados de forma a expor a realidade dos

fatos, sem omitir qualquer item.

4.7.1 Teste de usabilidades com alunos: turma 1

A Turma 1 foi analisada no dia 05 de dezembro do ano de 2016, às quatorze

horas. Essa turma tem 20 alunos. Participaram 20 alunos do 4.º ano do Ensino

Fundamental e dois professores da sala. O grupo foi dividido em dois: 10 alunos

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90

ficaram na sala e os 10 restantes foram levados para a Sala de informática da

escola.

Os que permaneceram na sala receberam uma folha com o teste escrito a

ser respondido (Quadro 15), sem terem assistido ao software “Projeto Ribeirão

Palmital”.

Os que foram conduzidos para o laboratório de informática, assistiram ao

software “Projeto Ribeirão Palmital” e na sequência foram submetidos ao mesmo

teste que os outros.

QUADRO 15 - RESULTADO DE APLICAÇÃO DE TESTE COM ALUNOS DA TURMA 1 - ESCOLA “WAGNER BENTO PUPIN”

TURMA 1

Alunos que assistiram ao vídeo do Software

respostas

certa errada

1 Qual é o nome do rio que fornece água para a cidade? 10 0

2 A água é captada e tratada por que órgão? 9 1

3 Preservar é: 9 1

4 Microbacia é: 8 2

5 O que é Ribeirão? 8 2

Alunos que NÃO assistiram ao vídeo do Software

respostas

certa errada

1 Qual é o nome do rio que fornece água para a cidade? 2 8

2 A água é captada e tratada por que órgão? 1 9

3 Preservar é: 7 3

4 Microbacia é: 0 10

5 O que é Ribeirão? 3 7

FONTE: A autora (2017).

No QUADRO 15, observando os resultados obtidos, pode-se comparar e

comprovar que os que assistiram ao vídeo tiveram um número mais expressivo de

acertos que os que não assistiram.

4.7.2 Teste de usabilidades com alunos: turma 2

A Turma 2 foi analisada no dia 05 de dezembro do ano de 2016, às quinze

horas e trinta minutos. Essa turma tem 25 alunos, mas para fins estatísticos um

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91

aluno ficou como auxiliar nas tarefas de sala e não fez parte da pesquisa.

Participaram 24 alunos do 4.º ano do Ensino Fundamental e dois professores da

sala. O grupo foi dividido em dois: 12 alunos ficaram na sala e os 12 restantes foram

levados para a Sala de informática da escola.

Os que permaneceram na sala receberam uma folha com o teste escrito a

ser respondido (Quadro 16), sem terem assistido ao software “Projeto Ribeirão

Palmital”.

Os que foram conduzidos para o laboratório de informática, assistiram ao

software “Projeto Ribeirão Palmital” e na sequência foram submetidos ao mesmo

teste que os outros.

QUADRO 16 - RESULTADO DE APLICAÇÃO DE TESTE COM ALUNOS DA TURMA 2 - ESCOLA “WAGNER BENTO PUPIN”

TURMA 2

Alunos que assistiram ao vídeo do Software

respostas

certa errada

1 Qual é o nome do rio que fornece água para a cidade? 11 1

2 A água é captada e tratada por que órgão? 9 3

3 Preservar é: 10 2

4 Microbacia é: 9 3

5 O que é Ribeirão? 7 5

Alunos que NÃO assistiram ao vídeo do Software

respostas

certa errada

1 Qual é o nome do rio que fornece água para a cidade? 1 11

2 A água é captada e tratada por que órgão? 4 8

3 Preservar é: 8 4

4 Microbacia é: 1 11

5 O que é Ribeirão? 10 2

FONTE: A autora (2017).

Também no QUADRO 16, observando os resultados obtidos, pode-se

comparar e comprovar que os que assistiram ao vídeo tiveram um número mais

expressivo de acertos que os que não assistiram.

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92

4.7.3 Teste de usabilidades com alunos: turma 3

A Turma 3 foi analisada no dia 06 de dezembro do ano de 2016, às treze

horas e trinta minutos. Participaram 18 alunos do 4.º ano do Ensino Fundamental e

dois professores da sala. O grupo foi dividido em dois: 9 alunos ficaram na sala e os

9 restantes foram levados para a Sala de informática da escola.

Os que permaneceram na sala receberam uma folha com o teste escrito a

ser respondido (Quadro 17), sem terem assistido ao software “Projeto Ribeirão

Palmital”.

Os que foram conduzidos para o laboratório de informática, assistiram ao

software “Projeto Ribeirão Palmital” e na sequência foram submetidos ao mesmo

teste que os outros.

QUADRO 17 - RESULTADO DE APLICAÇÃO DE TESTE COM ALUNOS DA TURMA 3 - ESCOLA “27 DE NOVEMBRO”

TURMA 3

Alunos que assistiram ao vídeo do Software

respostas

certa errada

1 Qual é o nome do rio que fornece água para a cidade? 7 2

2 A água é captada e tratada por que órgão? 5 4

3 Preservar é: 9 0

4 Microbacia é: 8 1

5 O que é Ribeirão? 7 2

Alunos que NÃO assistiram ao vídeo do Software

respostas

certa errada

1 Qual é o nome do rio que fornece água para a cidade? 3 6

2 A água é captada e tratada por que órgão? 2 7

3 Preservar é: 8 1

4 Microbacia é: 2 7

5 O que é Ribeirão? 1 8

FONTE: A autora (2017).

No QUADRO 17, observando os resultados obtidos, pode-se comparar e

comprovar que os que assistiram ao vídeo tiveram um número mais expressivo de

acertos que os que não assistiram.

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93

4.7.4 Teste de usabilidades com alunos: turma 4

A Turma 4 foi analisada no dia 06 de dezembro do ano de 2016, às quinze

horas. Essa turma tem 24 alunos. Participaram 24 alunos do 4.º ano do Ensino

Fundamental e dois professores da sala. O grupo foi dividido em dois: 12 alunos

ficaram na sala e os 12 restantes foram levados para a Sala de informática da

escola.

Os que permaneceram na sala receberam uma folha com o teste escrito a

ser respondido (Quadro 18), sem terem assistido ao software “Projeto Ribeirão

Palmital”.

Os que foram conduzidos para o laboratório de informática, assistiram ao

software “Projeto Ribeirão Palmital” e na sequência foram submetidos ao mesmo

teste que os outros.

QUADRO 18 - RESULTADO DE APLICAÇÃO DE TESTE COM ALUNOS DA TURMA 4 - ESCOLA “27 DE NOVEMBRO”

TURMA 4

Alunos que assistiram ao vídeo do Software

respostas

certa errada

1 Qual é o nome do rio que fornece água para a cidade? 10 2

2 A água é captada e tratada por que órgão? 9 3

3 Preservar é: 8 4

4 Microbacia é: 7 5

5 O que é Ribeirão? 10 2

Alunos que NÃO assistiram ao vídeo do Software

respostas

certa errada

1 Qual é o nome do rio que fornece água para a cidade? 3 9

2 A água é captada e tratada por que órgão? 5 7

3 Preservar é: 6 6

4 Microbacia é: 2 10

5 O que é Ribeirão? 4 8

FONTE: A autora (2017).

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94

Também no QUADRO 18, observando os resultados obtidos, pode-se

comparar e comprovar que os que assistiram ao vídeo tiveram um número mais

expressivo de acertos que os que não assistiram.

4.7.5 Análise geral de dados obtidos através de pesquisa de usabilidade com alunos

Dos 86 alunos participantes da pesquisa, 43 responderam às perguntas

APÓS assistirem ao vídeo “Projeto Ribeirão Palmital”; os outros 43, SEM assistirem

ao vídeo.

Para os 43 que assistiram ao vídeo, os resultados foram de 79% de acertos,

conforme GRÁFICO 5.

GRÁFICO 5 - RESULTADOS DE TESTES REALIZADOS COM ALUNOS COM SOFTWARE “PROJETO RIBEIRÃO PALMITAL”

FONTE: A autora (2017).

Seguindo as mesmas diretrizes de aplicação dos testes SEM o uso do vídeo

“Projeto Ribeirão Palmital, podemos verificar nos resultados, através do GRÁFICO 6,

que os acertos ficaram em 34%.

79%

21%

RESULTADOS DE TESTE DE USABILIDADE COM VÍDEO

respostas certas

respostas erradas

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95

GRÁFICO 6 - RESULTADOS DE TESTES REALIZADOS COM ALUNOS SEM ASSISTIR AO SOFTWARE “PROJETO RIBEIRÃO PALMITAL”

FONTE: A autora (2017).

A análise detalhada exploratória dos dados, através dos GRÁFICOS 5 e 6,

representa os resultados e a efetiva colaboração do vídeo “Projeto Ribeirão Palmital”

na aquisição do conhecimento sobre a microbacia municipal.

Os GRÁFICOS 5 e 6 demonstram os resultados condensados dos testes

aplicados. Comparando os dois, tem-se uma diferença significativa de respostas

corretas dos alunos que assistiram ao software para os que não assistiram. Pode-se

concluir que o software cumpriu sua função de fornecer informações para os alunos

quanto à questão ambiental da Microbacia do Ribeirão Palmital.

4.7.6 Teste de usabilidade com professores

Os testes dos professores foram aplicados na sala pedagógica das escolas

durante a h/a – hora atividade, ou seja, seu período fora de sala para preparação de

material e estudo.

No QUADRO 19, os resultados gerais dos testes aplicados a 10 professores

das escolas “Wagner Bento Pupin” e “27 de Novembro” nos dias 05 e 06 de

dezembro de 2016:

34%

66%

RESULTADO DE TESTE DE USABILIDADE SEM VIDEO

respostas certas

respostas erradas

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96

QUADRO 19 - RESULTADO DE TESTE DE USABILIDADE E COMPROVAÇÃO REALIZADO COM PROFESSORES

0 Requisitos de usabilidade EXCELENTE ÓTIMO BOM RUIM

1 A linguagem usada no material é adequada à faixa etária sugerida: (ensino fundamental)

6 4

2 O software é apresentado de forma lúdica e oferece uma interação com os usuários:

10

3 Quanto à clareza dos conteúdos são abordados de maneira

9 1

4 O tempo de exibição do software é: 10

5 Como classifica o layout do software (apresentação)

10

6 Como foi a aceitação dos alunos ao material.

10

7 O aluno consegue interagir com o software, oferecendo possibilidade de autonomia? de que forma?

10

Requisitos pedagógicos

1 O que achou do Tema? Educação Ambiental: Projeto Ribeirão Palmital

10

2 Quanto à coerência da História e referência ao universo cotidiano dos alunos:

10

3 Como nomeia o nível de aprendizagem com o material e conteúdo apresentado:

10

4 Sua adequação para os níveis sugeridos (de 1.ª a 5.ª série – fundamental), dentro de Educação Ambiental é:

10

5 Achou que as atividades complementares são de que forma relevantes para o feedback do tema:

10

6 Como classifica a influência do software como formador de cidadão:

9 1

7 Dentro dos padrões pedagógicos como seria sua classificação:

10

FONTE: A autora (2017).

Acompanhando o QUADRO 19 com os resultados, verifica-se que os

requisitos de usabilidades foram classificados entre excelente e ótimo e quanto aos

requisitos pedagógicos foram classificados em sua maioria como excelente e

apenas um ótimo.

Pode se dizer que a análise foi quantificada analisando os dados recolhidos,

sendo os mesmos favoráveis e comprovando as questões pedagógicas e usuais do

software em questão.

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97

5 CONCLUSÃO

A EA, para dar melhores condições às futuras gerações, deve proporcionar

informações que qualifiquem o homem como colaborador e conservador do meio. E

quando colocada em foco regional, defendendo um ecossistema local como a

microbacia municipal, fonte de abastecimento da cidade, torna-se real e pode ser

contemplada visualmente.

A aplicação do questionário realizado nas escolas municipais demonstra que

o “conjunto escolar” (professores, alunos, pedagogos) das escolas públicas de

Paraíso do Norte possui uma visão unificada quanto à temática EA, especificamente

sobre a microbacia do Ribeirão Palmital, e embora saibam a importância, não

possuem conhecimentos nesta área.

De uma forma geral, pode-se evidenciar que existem grandes dificuldades

para entender o conceito. Percebe–se a necessidade de incentivar nas escolas o

processo de reflexão sobre a consciência ambiental, ressaltando a importância dos

fatores sociais estruturados na conservação e preservação.

O software construído, baseado na pesquisa por intermédio de questionários

aplicados nas escolas municipais, e analisados sob o prisma da estatística

descritiva, serviu para verificar que os alunos tinham a mesma visão sobre EA e

buscou englobar, em um só instrumento, os aspectos físicos da microbacia do

Ribeirão Palmital e as dúvidas encontradas pelos alunos.

Os dados foram analisados através de testes com alunos e professores da

rede pública. Foi utilizando o princípio heurístico de usabilidade, incluindo a parte

didática/pedagógica e tecnológica.

Durante a aplicação dos testes finais, os usuários responderam aos

questionários aprovando o software e classificando-o entre excelente e ótimo.

Diante dos resultados obtidos, após a exposição dos dados e a aplicação

dos testes de usabilidade, através do software “Projeto Ribeirão Palmital”, pode-se

afirmar que foram observados efetivos avanços e concluir que, através do software,

os usuários puderam adquirir conhecimento significativo sobre a microbacia do

Ribeirão Palmital.

Verificou-se a eficácia do software quando os testes comprovaram que

houve um aproveitamento de 45% maior nos alunos que assistiram ao software e o

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98

mesmo serviu para ampliar seus conhecimentos sobre preservação e conhecer a

realidade hídrica da região.

Assim, acredita-se que o software tem grande potencial para ajudar as

Escolas Municipais de Paraíso do Norte e se destacar no cenário educacional,

através do uso de tecnologia que complementa o ensino de EA em sala de aula.

O Tema gerador descrito no software “Projeto Ribeirão Palmital”: “Eu cresço,

eu cuido”, propondo visitas às nascentes, contemplação da mata ciliar,

acompanhada de descrição das árvores encontradas e condições atuais de todo o

entorno, foi implantado no ano de 2017 nas escolas municipais, durante a Semana

Pedagógica no início de fevereiro/17, onde a autora apresentou e capacitou

professores para o trabalho a ser desenvolvido.

O referido projeto centra a EA no meio regional, no sentimento de pertença e

o compromisso em relação à conservação do meio, oferecendo uma proposta

concreta de atuações responsáveis.

A entrega do software foi efetuada para a diretoria das escolas participantes

do estudo e agregado ao acervo de material pedagógico disponível para o

enriquecimento da grade curricular.

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APÊNDICE 1 - RESPOSTAS OBTIDAS POR TURMA NO QUESTIONÁRIO

APLICADO EM SALAS DE AULAS, NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE PARAÍSO

DO NORTE

PERGUNTAS TURMA 1 14 alunos

TURMA 2 15 alunos

TURMA 3 9 alunos

TURMA 4 22 alunos

TURMA 5 22 alunos

SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO

OBSERVA AS ESTRELAS À NOITE NO CÉU? 9 5 15 0 5 4 20 2 21 1

JÁ OBSERVOU O NASCER DO SOL? 9 5 8 7 7 2 12 10 17 5

SEPARAM O LIXO EM CASA? 14 0 15 0 9 0 22 0 19 3

SABE PARA ONDE VAI O LIXO SEPARADO? 13 1 11 4 5 4 15 7 9 13

JÁ PLANTOU UMA ÁRVORE? 10 4 12 3 5 4 10 12 13 9

SABE DO QUE É FEITO O PAPEL? 14 0 8 7 5 4 17 5 15 7

DESLIGA AS LUZES QUANDO NÃO HÁ NINGUÉM NOS AMBIENTES? 10 4 6 9 9 0 18 4 16 6

REUTILIZAM EMBALAGENS VAZIAS EM CASA? 13 1 9 6 4 5 17 5 15 7

SABE DE ONDE VEM A ÁGUA UTILIZADA EM CASA? 13 1 13 2 7 2 15 7 18 4

SABE O NOME DO RIO QUE FORNECE ÁGUA PARA A CIDADE? 0 14 15 0 0 9 11 11 8 14

SABE COMO UM RIO É FORMADO? 2 12 3 12 1 8 10 12 4 18

FECHA A TORNEIRA PARA LAVAR A LOUÇA E ESCOVAR OS DENTES/ 13 1 15 0 9 0 21 1 22 0

SUA FAMÍLIA LAVA O CARRO COM A MANGUEIRA? 13 1 14 1 7 2 18 4 15 7

QUANDO TEM LIXO NA MÃO E NENHUMA LIXEIRA POR PERTO, JOGA NO CHÃO? 4 10 1 14 2 7 1 21 0 22

TEM COMPUTADOR EM CASA? 10 4 11 4 6 3 14 8 19 3

SABE USAR O COMPUTADOR SOZINHO? 14 0 15 0 7 2 20 2 21 1

161 63 171 69 88 56 241 111 232 120

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APÊNDICE 2 - PREPARAÇÃO ESTATÍSTICA DO QUESTIONÁRIO

VARIÁVEIS INDEPENDENTES VARIÁVEIS DEPENDENTES

Nº SEXO OBSERVA A NATUREZA

ECONOMIZA ENERGIA/

ÁGUA

ACESSO AO COMPUTADOR

CUIDA DO MEIO AMBIENTE CONHECE A

MICROBACIA MUNICIPAL

TOTAL

TURMA 1

aluno 1 M 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 0 0 10

aluno 2 M 1 1 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 0 1 10

aluno 3 M 0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 0 1 10

aluno 4 F 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 11

aluno 5 F 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 12

aluno 6 F 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 11

aluno7 M 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 11

aluno 8 M 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 13

aluno 9 F 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 11

aluno 10 F 1 1 1 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 11

aluno 11 M 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 10

aluno 12 M 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 11

aluno 13 M 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 12

aluno 14 M 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 12

aluno 15 M 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0 0 10

TURMA 2

aluno 16 F 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 12

aluno 17 M 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 11

aluno 18 M 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 0 9

aluno 19 M 1 0 0 1 1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 0 0 7

aluno 20 M 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 10

aluno 21 F 1 0 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 11

aluno 22 M 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 0 0 1 10

aluno 23 M 1 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 8

aluno 24 M 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 10

aluno 25 M 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 1 0 0 11

aluno 26 M 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 12

aluno 27 F 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 11

aluno 28 F 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 11

aluno 29 F 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 14

aluno 30 M 1 0 1 0 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 9

TURMA 3

aluno 31 F 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 10

aluno 32 F 0 1 1 1 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 8

aluno 33 M 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 0 1 12

aluno 34 M 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 0 1 1 0 0 8

aluno 35 F 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 10

aluno 36 M 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 0 1 1 0 0 12

aluno 37 F 0 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 11

aluno 38 M 0 1 0 1 1 0 0 1 1 0 1 0 1 0 0 0 7

aluno 39 M 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 10

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TURMA 4

aluno 40 F 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 13

aluno 41 M 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 10

aluno 42 F 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 12

aluno 43 M 1 1 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 12

aluno 44 F 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 11

aluno 45 M 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 9

aluno 46 F 1 0 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 8

aluno 47 M 1 0 1 0 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 10

aluno 48 F 1 0 1 1 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 9

aluno 49 M 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 12

aluno 50 F 1 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 7

aluno 51 M 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 13

aluno 52 M 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 10

aluno 53 M 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 10

aluno 54 F 1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 9

aluno 55 M 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 8

aluno 56 F 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 0 0 9

aluno 57 M 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 1 0 0 9

aluno 58 M 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 14

aluno 59 M 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 12

aluno 60 F 1 0 1 0 0 0 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 8

aluno 61 F 1 0 0 0 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 8

TURMA 5

aluno 62 M 1 1 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 11

aluno 63 M 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 12

aluno 64 M 1 1 0 0 0 0 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 7

aluno 65 M 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 15

aluno 66 M 1 1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 9

aluno 67 M 1 1 0 0 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 0 0 9

aluno 68 F 1 0 1 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 8

aluno 69 M 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 9

aluno 70 F 1 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 0 1 1 0 0 9

aluno 71 F 1 1 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 11

aluno 72 F 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 6

aluno 73 M 1 0 0 1 0 0 1 1 1 1 0 1 1 1 0 0 9

aluno 74 F 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 1 0 0 7

aluno 75 F 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 1 0 1 0 1 12

aluno 76 F 0 1 0 1 0 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 0 7

aluno 77 M 1 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 12

aluno 78 M 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 12

aluno 79 F 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 0 0 0 10

aluno 80 M 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 12

aluno 81 F 1 1 1 0 1 0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 0 8

aluno 82 F 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 10

68 53 59 58 68 11 59 77 78 53 52 57 67 64 0 13 837