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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’ (Citrus latifolia Tanaka) NAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DA REGIÃO DE COLORADO DO OESTE - RONDÔNIA MARCELO NOTTI MIRANDA C U I A B Á - MT 2010 PDF compression, OCR, web optimization using a watermarked evaluation copy of CVISION PDFCompressor

DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMA …§ões-Teses/Teses/2010... · Kasprgak, do IFRO, pelo auxílio nas avaliações de campo e análises de laboratório. ... Simple and

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’ (Citrus latifolia Tanaka) NAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DA REGIÃO DE COLORADO DO OESTE - RONDÔNIA

MARCELO NOTTI MIRANDA

C U I A B Á - MT 2010

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’ (Citrus latifolia Tanaka) NAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS DA REGIÃO DE COLORADO DO OESTE - RONDÔNIA

MARCELO NOTTI MIRANDA

Engenheiro Agrônomo

Orientador: Prof. Dr. JOSÉ HOLANDA CAMPELO JÚNIOR

Tese apresentada à Faculdade de

Agronomia e Medicina Veterinária da

Universidade Federal de Mato Grosso, para

obtenção do título de Doutor em Agricultura

Tropical.

C U I A B Á - MT

2010

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2

AGRADECIMENTOS

* A Deus, por guiar meu caminho e pela graça de estar concluindo mais

uma etapa da vida.

* À Universidade Federal de Mato Grosso em especial ao Programa de Pós

Graduação em Agricultura Tropical, professores, alunos e funcionários.

* Ao Prof. Dr. José Holanda Campelo Júnior pela orientação, paciência e

confiança.

* Ao Instituto Federal de Rondônia (IFRO), pela oportunidade de realização

deste trabalho e utilização da estrutura de campo e laboratório.

* Aos colegas e amigos professores mestres do IFRO, Carlos Henrique dos

Santos e Luiz Cobiniano Filho, pelo companheirismo.

* Ao colega e amigo professor do IFRO, Dr. Antonio Anicete de Lima, pelo

auxílio na análise estatística.

* Ao Engenheiro Agrônomo Leandro Dias da Silva e ao aluno Wiliam

Kasprgak, do IFRO, pelo auxílio nas avaliações de campo e análises de

laboratório.

* Ao meteorologista da Secretaria de Estado do Desenvolvimento

Ambiental de Rondônia, Sr. Marcelo José Gama da Silva, pelo auxílio na

coleta e processamento de dados meteorológicos.

* A Agência Nacional de Águas (ANA), pelo fornecimento dos dados de

precipitação pluviométrica.

* À Embrapa Unidade Experimental de Vilhena – RO e seus pesquisadores,

pelo fornecimento dos dados meteorológicos.

* Ao meu irmão professor mestre do Instituto de Ensino Superior da

Amazônia, Alexandre Notti Miranda, minha cunhada Dra. Vanda Hoy

Miranda e minha sobrinha Lívia Hoy Miranda, pelo amor e incentivo.

* A minha esposa Lucinara Moreira Miranda e minha filha Maria Júlia

Moreira Miranda, pelo amor, dedicação e compreensão.

* Ao meu sogro Lucas Urusvaldu Rosa Moreira e minha sogra Amália

Regina Irala Moreira, pela dedicação e compreensão.

* Enfim, para todos aqueles que de uma forma ou de outra contribuíram

para a conclusão deste trabalho.

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3

DEDICATÓRIA

A Deus pela vida, meus pais Gilca e José

Sidônio (In Memoriam), minha esposa

Lucinara, minhas filhas Maria Luiza e

Maria Júlia, meu afilhado José Lucas,

meus irmãos Alexandre, André, José

Cândido e Adriane, pelo amor e incentivo.

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4

DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE FRUTOS DE LIMA ÁCIDA ‘TAHITI’ (Citrus latifolia Tanaka) NAS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

DA REGIÃO DE COLORADO DO OESTE - RONDÔNIA

RESUMO - O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e a qualidade

físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’ em diferentes períodos de

desenvolvimento, sem irrigação, em função do regime térmico e hídrico da

região de Colorado do Oeste, no Estado de Rondônia. O experimento foi

realizado no Instituto Federal de Rondônia (IFRO) Campus de Colorado do

Oeste, durante os anos de 2006 a 2009, com o acompanhamento das safras

de 2006/07, 2007/08 e 2008/09. Para cada safra foram avaliados oito períodos

de desenvolvimento dos frutos, da fase de chumbinho à colheita. Foram

selecionados vinte e quatro frutos por safra, três para cada período, para

acompanhamento da duração dos períodos de desenvolvimento, do

crescimento e avaliação das características físico-químicas dos frutos. As

variáveis meteorológicas analisadas foram temperaturas do ar e precipitação

pluviométrica total. Determinou-se soma térmica em graus-dia, saldo de

unidades fototérmicas, chuva efetiva e o armazenamento de água no solo,

durante os períodos de desenvolvimento dos frutos, e o excedente hídrico e

deficiência hídrica como indicador climatológico de disponibilidade hídrica. A

qualidade dos frutos foi avaliada no Laboratório de Análise de Alimentos do

IFRO, com o propósito de determinar: o peso e tamanho dos frutos

(comprimento e diâmetro), volume do suco, rendimento, pH, teor de sólidos

solúveis (SS), acidez titulável (AT), relação SS/AT, índice tecnológico e

vitamina C do suco. Houve diferenças significativas entre as condições

meteorológicas, a duração do período de desenvolvimento, o crescimento e a

qualidade dos frutos. Determinaram-se equações simples e múltiplas de

regressão. Os coeficientes de determinação encontrados foram significativos

no sentido de explicar a influência da soma térmica em graus-dia, saldo de

unidades fototérmicas e precipitação pluviométrica no crescimento e na

qualidade dos frutos e do suco, principalmente, no rendimento e índice

tecnológico do suco. O tamanho e o peso do fruto, o pH, os sólidos solúveis, a

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5

acidez, a relação SS/AT e o teor de vitamina C do suco dos frutos

apresentaram valores adequados aos padrões comerciais exigidos pelo

mercado, mas o índice tecnológico ou rendimento industrial do suco não

apresentou valor adequado à utilização industrial. Os frutos de lima ácida

‘Tahiti’, colhidos em Colorado do Oeste – RO com rendimento de suco

adequado à utilização industrial, necessitam de soma térmica superior a 1.700

GD com saldo de unidades fototérmicas acima de 32.000 e precipitação

pluviométrica total acima de 1.500 mm, sendo necessários mais de 160 dias

de período de desenvolvimento.

Palavras-chave: sazonalidade climática, graus-dia, precipitação

pluviométrica, crescimento de frutos, qualidade de frutos.

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6

DEVELOPMENT AND QUALITY OF ACID LIME FRUITS ‘TAHITI’ (Citrus

latifolia Tanaka) UNDER THE METEOROLOGICAL CONDITIONS OF COLORADO DO OESTE CITY – RONDÔNIA

ABSTRACT - This study aimed to assess acid limes ‘Tahiti’ growth and their

physicochemical quality, in different development stages, with no irrigation,

according to Colorado do Oeste’s thermal and water regime, in Rondônia

state. The experiment was conducted at “Instituto Federal de Rondônia”

(IFRO) in Colorado do Oeste Campus, during the years 2006 the 2009,

monitoring the harvests in 2006/07, 2007/08 and 2008/09. For each crop,

eight periods of fruit development were analyzed, from the post-flowering

phase to the harvest. Twenty-four units of fruit per harvest were selected,

three for each period, to monitor the growth, the duration of the development

periods and to assess the physicochemical characteristics. The analyzed

meteorological variables were air temperature and total rainfall. The total

heat in degree-days, balance of photothermic units, effective rain, soil water

storage, water surplus and water deficit were determined as indicators of

climatic water availability. The fruit quality was assessed in the IFRO

Laboratory of Food Analysis in order to determine: fruits’ weight and size

(length and diameter) and juice’s volume, yield, pH, the soluble solids,

acidity, the relation between soluble solids and acidity, technological index

and juice vitamin C. There were important differences among the

meteorological conditions, the duration of the development period, growth

and fruits quality. Simple and multiple regression equations were determined.

The correlation coefficients which were found were important because they

explained the influence which the total heat in degree-days, balance of

photothermic units and rainfall have on the juice and fruits growth and quality,

especially in the yield and the technological index of the juice. The size, the

weight, the pH, the soluble solids, the acidity, the relation between soluble

solids and acidity and the vitamin C content from the juice showed suitable

quality for commercial standards required by the market. However, the

technological index did not present suitable value for industrial usage. The

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7

acid limes ‘Tahiti’ fruits from Colorado do Oeste - RO with suitable juice yield

for industrial usage need total heat higher than 1.700 degree days, balance

of photothermic units higher than 32.000 and total rainfall higher than 1.500

mm, also needing more than 160 days for development period.

Key-words: seasonal climate, degree-days, rainfall, fruits growth, fruits

quality.

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8

LISTA DE FIGURAS

Página

FIGURA 1. Mapa Geográfico do Estado de Rondônia, 2006............ 34

FIGURA 2. Pluviômetro da Agência Nacional de Águas. Colorado

do Oeste - RO, 2007..........................................................................

38

FIGURA 3. Estação meteorológica automática modelo Campbell.

EMBRAPA. Vilhena - RO, 2007.........................................................

39

FIGURA 4. Área experimental do IFRO Campus Colorado do

Oeste - RO, 2007...............................................................................

42

FIGURA 5. Trado de 120 cm para coleta de solo............................. 43

FIGURA 6. Florescimento, fase de chumbinho e maturação de

frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO, Colorado do Oeste - RO, 2007...

49

FIGURA 7. Marcação de frutinhos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO,

Colorado do Oeste - RO, 2007..........................................................

49

FIGURA 8. Refratômetro manual para medição de sólidos solúveis. 51

FIGURA 9. Temperaturas diárias máximas (Tmax) e mínimas

(Tmin) durante o período de 12 de julho de 2006 a 29 de março de

2007 (safra 2006/07). Vilhena - RO, Embrapa...................................

55

FIGURA 10. Temperaturas diárias máximas (Tmax) e mínimas

(Tmin) durante o período de 8 de novembro de 2007 a 8 de maio

de 2008 (safra 2007/08). Vilhena - RO, Embrapa..............................

55

FIGURA 11. Temperaturas diárias máximas (Tmax) e mínimas

(Tmin) durante o período de 18 de setembro de 2008 a 26 de

março de 2009 (safra 2008/09). Vilhena - RO, Embrapa...................

55

FIGURA 12. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de

frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e soma térmica (GDA) em Colorado do

Oeste - RO. 2006 - 2009....................................................................

57

FIGURA 13. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de

frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e unidades fototérmicas (UF) em

Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009................................................

57

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9

FIGURA 14. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de

frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e precipitação pluviométrica total (PP)

em Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009..........................................

58

FIGURA 15. Precipitação pluviométrica total diária durante o

período de 12 de julho de 2006 a 29 de março de 2007. Safra

2006/07. Colorado do Oeste - RO......................................................

61

FIGURA 16. Precipitação pluviométrica total diária durante o

período de 8 de novembro de 2007 a 8 de maio de 2008. Safra

2007/08. Colorado do Oeste - RO......................................................

61

FIGURA 17. Precipitação pluviométrica total diária durante o

período de 18 de setembro de 2008 a 26 de março de 2009. Safra

2008/09. Colorado do Oeste - RO......................................................

61

FIGURA 18. Relação entre o armazenamento de água medido no

solo (ARM medido) e o armazenamento de água disponível no solo

calculado no balanço hídrico (ARM calculado), nas safras 2007/08

e 2008/09, para precipitação total (PP) em Colorado do Oeste -

RO......................................................................................................

65

FIGURA 19. Relação entre o armazenamento de água medido no

solo (ARM medido) e o armazenamento de água disponível no solo

calculado no balanço hídrico (ARM calculado), nas safras 2007/08

e 2008/09, para chuva efetiva (PPe) em Colorado do Oeste -

RO......................................................................................................

65

FIGURA 20. Tamanho de frutos (comprimento) de lima ácida

‘Tahiti’ em função do período de desenvolvimento, nas condições

meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009......

67

FIGURA 21. Tamanho de frutos (diâmetro) de lima ácida ‘Tahiti’,

em função do período de desenvolvimento, nas condições

meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009......

68

FIGURA 22. Número de frutos no ramo de última ordem onde o

fruto de lima ácida ‘Tahiti’ está inserido em função do período de

desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do

Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009..........................................................

69

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10

FIGURA 23. Número de folhas no ramo de última ordem onde o

fruto de lima ácida ‘Tahiti’ está inserido em função do período de

desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do

Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009..........................................................

70

FIGURA 24. Comprimento do ramo de última ordem onde o fruto

de lima ácida ‘Tahiti’ está inserido em função do período de

desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do

Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009..........................................................

71

FIGURA 25. Distância do fruto de lima ácida ‘Tahiti’ à parte

externa da copa da árvore em função do período de

desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do

Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009..........................................................

72

FIGURA 26. Relação entre período de desenvolvimento e

qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO.

2006 - 2009........................................................................................

85

FIGURA 27. Relação entre soma térmica (GDA) e qualidade físico-

química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009..............

86

FIGURA 28. Relação entre saldo de unidades fototérmicas (UF) e

qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO.

2006 - 2009........................................................................................

87

FIGURA 29. Relação entre precipitação pluviométrica total (PP) e

qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO.

2006 - 2009........................................................................................

88

FIGURA 30. Relação entre chuva efetiva (PPe) e qualidade físico-

química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009..............

89

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11

LISTA DE TABELAS

Página TABELA 1. Períodos de avaliação do desenvolvimento de frutos

de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO Colorado do Oeste - RO. safras 2006 -

2009....................................................................................................

36

TABELA 2. Períodos de avaliação do desenvolvimento de frutos

de lima ácida ‘Tahiti’ e variáveis meteorológicas. IFRO, Colorado

do Oeste - RO. safras 2006 - 2009....................................................

56

TABELA 3. Umidade na capacidade de campo (Cc), umidade no

ponto de murcha permanente (Pmp), densidade aparente (Da) e

capacidade de água disponível (CAD) em solo Argissolo Vermelho

eutrófico. IFRO, Colorado do Oeste - RO..........................................

62

TABELA 4. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’,

nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia,

na safra 2006/07, com CAD de 207,9 mm…......................................

63

TABELA 5. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’,

nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia,

na safra 2007/08, com CAD de 207,9 mm.........................................

63

TABELA 6. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’,

nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia,

na safra 2008/09, com CAD de 207,9 mm…......................................

64

TABELA 7. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de

determinação (r2) encontrados entre a distância do fruto à parte

externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem

onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o

número de folhas deste ramo (fo) e as variáveis meteorológicas

(GDA, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em

Colorado do Oeste, RO......................................................................

73

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12

TABELA 8. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de

determinação (r2) encontrados entre a distância do fruto à parte

externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem

onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o

número de folhas deste ramo (fo) e as variáveis meteorológicas

(UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em

Colorado do Oeste, RO......................................................................

74

TABELA 9. Parâmetros das equações (a, b, c, d, e) e coeficientes

de determinação (r2) encontrados entre o crescimento dos frutos

(tamanho = CF e DF) e a distância do fruto à parte externa da copa

(d), o número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto

marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de folhas

deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, nas condições

meteorológicas de Colorado do Oeste, RO........................................

75

TABELA 10. Período de desenvolvimento e características físicas

de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste -

RO, IFRO, safra 2006/07....................................................................

76

TABELA 11. Período de desenvolvimento e características físicas

de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste -

RO, IFRO, safra 2007/08....................................................................

78

TABELA 12. Período de desenvolvimento e características físicas

de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste -

RO, IFRO, safra 2008/09....................................................................

78

TABELA 13. Período de desenvolvimento e características

químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do

Oeste - RO, IFRO, safra 2006/07.......................................................

79

TABELA 14. Período de desenvolvimento e características

químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do

Oeste - RO, IFRO, safra 2007/08.......................................................

81

TABELA 15. Período de desenvolvimento e características

químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do

Oeste - RO, IFRO, safra 2008/09.......................................................

83

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13

TABELA 16. Valores médios de período de desenvolvimento e

qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’, em três

safras, em função das variáveis meteorológicas (GD, UF, PP).

IFRO. Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009.....................................

84

TABELA 17. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de

determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-químicos

de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação SS/AT,

IT) e as variáveis meteorológicas (GD, PP, ETR, DEF e EXC), nas

safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO..........................

91

TABELA 18. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de

determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-químicos

de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação SS/AT,

IT) e as variáveis meteorológicas (UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas

safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO..........................

92

TABELA 19. Parâmetros das equações (a, b, c, d, e) e coeficientes

de determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-

químicos de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação

SS/AT, IT) e a distância do fruto à parte externa da copa (d), o

número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto

selecionado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de

folhas deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, nas condições

meteorológicas de Colorado do Oeste, RO........................................

93

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14

SUMÁRIO

Página

1 INTRODUÇÃO............................................................................... 15

2 REVISÃO DE LITERATURA......................................................... 17

2.1Considerações gerais.................................................................. 17

2.2 Exigências climáticas e hídricas dos citros sob condições

tropicais.............................................................................................

20

2.3 Florescimento, fixação e crescimento dos frutos cítricos............ 26

2.4 Maturação e qualidade dos frutos cítricos sob condições

tropicais.............................................................................................

29

3 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................. 34

3.1 Descrição climática da região e economia do Estado.................

3.2 Localização e condução do experimento....................................

34

36

3.3 Parâmetros meteorológicos........................................................ 39

3.4 Balanço hídrico e armazenamento de água no solo................... 41

3.5 Caracterização fenológica e crescimento dos frutos................... 47

3.6 Parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos.................. 50

3.7 Delineamento experimental e análises estatísticas.................... 52

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................... 54

4.1 Regimes térmico e hídrico...........................................................

4.2 Balanço hídrico e armazenamento de água no solo...................

4.3 Crescimento e desenvolvimento dos frutos................................

54

62

66

4.4 Parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos.................. 76

5 CONCLUSÕES.............................................................................. 95

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................. 96

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15

1 INTRODUÇÃO

A lima ácida 'Tahiti' (Citrus latifolia Tanaka), conhecida como limão

'Tahiti', destaca-se, no Brasil, como uma das frutas cítricas de maior

importância comercial (Souza et al., 2004). Estima-se que sua área plantada

é de aproximadamente 40 mil ha (Ramos et al., 2002).

No Estado de Rondônia a principal cultura permanente é o café,

seguido pelo cacau. A fruticultura e, em especial, a cultura do limão é pouco

expressiva, mas devido a sua importância para a agricultura familiar, esta

atividade apresenta-se como grande alternativa no desenvolvimento agrícola

do Estado. A área plantada de limão no estado de Rondônia é de 271 ha,

com produção de 1788 t e rendimento médio de 6597 kg ha –1 tendo no

município de Colorado do Oeste uma produção de 18 t.

O interesse sem precedentes do mercado externo pela lima ácida

‘Tahiti’, exige atenção redobrada por parte dos produtores, sobretudo em

relação à qualidade do fruto e regularidade na oferta (Filho et al., 2004).

O Estado de São Paulo é o maior produtor de limas ácidas e de

limões, com aproximadamente 80% da produção nacional. Em seguida,

encontram-se o Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Sergipe, Espírito

Santo e Minas Gerais (Rigon et al., 2005).

No Brasil, o consumo per capita ainda é pequeno, sendo de apenas

0,6 kg por ano, contrastando com outros países, que chega a 20 kg por ano,

demonstrando haver significativo espaço para o crescimento desse mercado

(Wrege et al., 2006). O destino da produção brasileira de lima ácida ‘Tahiti’ é

de 89% para o mercado interno de fruta fresca, 7% para a indústria e 4%

para a exportação (Centro APTA Citros Sylvio Moreira, 2005).

No exterior, a lima ácida ‘Tahiti’ é considerada uma fruta exótica,

tendo ocorrido significativa ampliação de mercado nos últimos anos. Em

2004, as exportações brasileiras de fruta-fresca, suco e óleo essencial de

lima ácida ‘Tahiti’ foram de 37 mil toneladas, representando uma receita de

US$ 25 milhões. A Europa, com destaque para a Alemanha e Reino Unido,

foi o principal destino, seguida pelo Canadá, Países Árabes e China (Rigon

et al., 2005).

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16

A estratégia para a comercialização de seus frutos constitui-se em

exportá-los e industrializá-los para escoamento da safra no primeiro

semestre. No segundo semestre, quando a produção é menor e a demanda

aumenta, o atendimento maior deve ser o mercado interno para consumo “in

natura” (Donadelli et al., 2000).

O período de safra concentra-se, praticamente, no primeiro semestre

do ano. A colheita deve ser realizada quando os frutos estiverem com a

coloração verde-oliva, cascas lisa e brilhante e com tamanho aproximado de

47 a 65 mm de diâmetro (Ramos et al., 2002).

Os frutos da lima ácida ‘Tahiti’ estão maduros em torno de 120 dias

após a floração (Coelho, 1993). Os frutos de tamanho médio e grande (com

massa superior a 100 g) são os preferidos pelo mercado (Passos et al., 2002

e Coelho, 1993).

O clima como condicionante do cultivo dos citros interfere, de forma

decisiva, em todas as etapas da cultura. Tem influência na adaptação das

variedades, na fenologia, na curva de maturação, na taxa de crescimento,

nas características físicas e químicas da fruta e, principalmente, no potencial

de produção (Ortolani et al., 1991).

O monitoramento do desenvolvimento dos órgãos vegetais, como o

fruto, pode ser de grande interesse científico. O acompanhamento da fase de

crescimento dos frutos pode indicar, dentre outros, a sua relação com fatores

climáticos, como a temperatura (Berilli et al., 2007).

O presente trabalho objetivou avaliar o crescimento e a qualidade de

frutos de lima ácida ‘Tahiti’, produzidos nas condições meteorológicas da

região de Colorado do Oeste, no estado de Rondônia e teve como hipótese

verificar se o regime térmico e hídrico é apropriado para o desenvolvimento

de frutos de boa qualidade.

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17

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Considerações gerais

A lima ácida ‘Tahiti’ é conhecida popularmente como limão ‘Tahiti’.

Classificada como pertencente à família Rutaceae, subfamília Aurantioideae,

gênero Citrus e espécie C. latifolia (Tanaka). Tornou-se conhecido em 1875

na Califórnia (EUA) com origem provável em Tahiti; estabeleceu-se,

definitivamente, no sul do estado da Flórida. Entre os principais produtores

mundiais de limas ácidas encontram-se o México, Estados Unidos da

América, Egito, Índia e Brasil (Embrapa, 1993).

Embora não seja definitivamente esclarecida a origem da variedade

‘Tahiti’, é sabido que se trata de um híbrido, cujos parentais eram uma lima-

ácida com sementes (lima-ácida Galego) e provavelmente uma cidra ou um

limão (Pinto et al., 2004).

A planta de lima ácida ‘Tahiti’ é vigorosa, apresentando,

consequentemente, porte alto, com folhagem exuberante de coloração

verde-escura. Suas flores possuem cinco pétalas, com grande número de

estames contendo pólen inviável. Seus frutos, geralmente, se desenvolvem

sem a formação de sementes. Somente em casos raros, encontra-se algum

fruto com uma única semente (Ramos et al., 2002). Os frutos são ovais,

oblongos, ou levemente elípticos com a base usualmente arredondada, têm

ápice redondo, e a superfície aureolar é elevada num pequeno monte

(Coelho, 1993).

A cultura comercial dos citros tem por base a muda enxertada, que

está alicerçada sobre um número muito reduzido de porta-enxertos, com

ampla predominância do limoeiro ‘Cravo’, cuja participação nos pomares

pode variar desde 70 até 100%. A preferência pela referida espécie está

relacionada à sua ampla adaptação às variações de solo e clima e

combinação com a maioria das variedades-copa, induzindo grande produção

de frutos de boa qualidade (Araújo e Salibe, 2002).

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18

Os solos mais adequados para a lima ácida ‘Tahiti’ são os leves, bem

drenados, arejados, profundos, sem impedimento para penetração das

raízes. Solos areno-argilosos (de arenoso a levemente argiloso) são

preferidos, pH entre 5,5 e 6,5. Topografia plana a levemente ondulada

(Embrapa, 1993).

A lima ácida ‘Tahiti’ apresenta floração principal nos meses de

setembro a outubro, podendo haver várias outras temporãs em função das

condições de temperatura e da disponibilidade de água, possibilitando

produção durante todo o ano, embora concentrada nos meses de janeiro a

junho, com pico de produção em abril e maio (Jomori, 2005).

Nas regiões tropicais, devido às condições térmicas a que está

exposta, a lima ácida ‘Tahiti’ apresenta um desenvolvimento mais acentuado

durante o período de plena disponibilidade de água. A temperatura

determina o ritmo de crescimento vegetativo, a evolução e a qualidade final

dos frutos e a duração do período que vai da antese, abertura da flor, até a

colheita do fruto (Souza, 2001).

Samsom (1980) e Bastos et al. (1997) verificaram que a taxa de

crescimento depende da temperatura, assim, em regiões quentes, o

crescimento é mais rápido que em regiões frias e a maioria dos processos

físicos e químicos das plantas é afetada pela temperatura, além do que cada

espécie exige um ótimo de amplitude térmica.

A precipitação pluviométrica é o parâmetro climático mais importante

para a agricultura na região tropical, tanto em termo de excesso como de

déficit hídrico (Da Silva, 2000). A chuva é fundamental para as plantas, pois

a água é o elemento essencial para o crescimento e desempenha importante

papel na fotossíntese e, portanto, na produção. Essa importância se torna

maior nas regiões tropicais porque, ao contrário das regiões fora dos

trópicos, onde o cronograma agrícola é determinado pelas temperaturas, o

elemento regulador da agricultura é a chuva, dada a sua função na

disponibilidade de água para as plantas durante o ano (Volpe et al., 2002).

Doorenbos e Kassam (1994) citam que os citros são cultivados até

1800 m de altitude nas zonas tropicais. Os cultivos em regiões de diferentes

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19

altitudes são submetidos a diferentes regimes de energia, temperatura e

distribuição da intensidade luminosa (Volpe, 1993).

Há influência do clima e solo na composição do suco cítrico e,

portanto, torna-se necessária a realização de trabalhos de caracterização

para cada cultivar por região (Carvalho et al., 1982).

O estudo das correlações entre o crescimento e os caracteres físico-

químicos do fruto da lima ácida ‘Taithi’ com as variáveis meteorológicas é de

suma importância, pois pode fornecer subsídios para a definição de um

sistema de produção compatível com as diversas regiões agroclimáticas. As

características físicas e químicas dos frutos variam durante o período de

maturação e essa variação depende, entre outros fatores, das condições

meteorológicas durante a formação e maturação dos frutos (Volpe et al.,

2002).

Segundo Sentelhas (2005), as diferenças observadas entre os

padrões climáticos das principais regiões produtoras de citros do mundo

mostra a grande capacidade das plantas cítricas em se adaptar a tipos

distintos de ambiente, tendo como consequência, porém, variações nas

respostas quanto à exigência hídrica, a duração do ciclo e época de

maturação e a qualidade dos frutos.

O estabelecimento de relações entre as diferentes fases de

desenvolvimento da lima ácida “Tahiti’ com as condições físicas do

ambiente, especialmente com a temperatura do ar, o fotoperíodo e a

disponibilidade hídrica do solo, possibilita o conhecimento da resposta da

planta quando submetida a diferentes condições climáticas.

Vários estudos, realizados no Brasil e em outros países, mostram que

a época de maturação e colheita dos frutos é afetada por diversos fatores,

dentre os quais, clima e solo (Sartori et al., 2002).

Atualmente, utilizando tecnologias apropriadas, pode-se produzir nos

ambientes mais adversos. Porém, quando se escolhe uma região com

condições climáticas naturalmente propícias, consegue-se obter frutas de

melhor qualidade, com menor custo e maior produtividade (Wrege et al.,

2006).

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20

2.2 Exigências climáticas e hídricas dos citros sob condições tropicais

Considerando-se o trinômio cultivo-clima-solo, o clima é o

componente que influencia sobremaneira no crescimento, produção e

qualidade dos frutos (Reuther, 1977).

A insolação, como reflexo da radiação solar incidente, é considerada

elemento climático de extrema importância nas árvores frutíferas, visto que

insolação e radiação solar estão associadas à produtividade das plantas

pelo processo da fotossíntese, transpiração, floração e maturação (Samsom,

1980 e Bastos et al., 1997).

Umidade relativa do ar abaixo de 60% pode ser prejudicial, por

aumentar a taxa de transpiração e, acima de 90%, reduz a absorção de

nutrientes, devido à redução da transpiração, além de favorecer a

propagação de doenças fúngicas (Bastos et al., 2002). As variações da

umidade relativa do ar estão mais nitidamente relacionadas com a pressão

de vapor d’água e com a temperatura (Da Silva, 2000). Coelho (1993)

recomenda, para o melhor desenvolvimento da cultura de lima ácida ‘Tahiti’,

que a umidade relativa do ar deve ficar entre 70 e 80%.

A velocidade e direção do vento dependem da variação da pressão

atmosférica, temperatura, altitude e características do relevo (Godinho et al.,

2002). Montenegro (1980) evidenciou a influência da incidência luminosa na

floração, frutificação e qualidade do fruto de plantas cítricas. Outro fator

importante é o fotoperíodo, que acelera o crescimento da planta, favorece a

floração e tipos de flores, atividade e repouso vegetativo (Mota, 1983).

A temperatura do ar é um dos fatores de extrema importância para o

desenvolvimento dos citros, influenciando em praticamente todas as fases

de desenvolvimento das plantas, desde a germinação e crescimento das

mudas até a maturação dos frutos.

Flutuações de temperatura ocorrem ao longo do dia e das estações,

influenciadas pela incidência de raios solares (Godinho et al., 2002). Cunha

Sobrinho et al. (1992) consideraram a temperatura do ar como fator mais

importante do clima dentre aqueles que influenciam a qualidade, como, por

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21

exemplo, tamanho e formato de frutos, coloração da casca e estágio de

maturação.

Doorenbos e Kassam (1994) comentam que o intervalo de

temperatura média diária ótima, para o crescimento das espécies do gênero

Citrus, encontra-se entre 23°C e 30°C.

Vários autores comentam que temperaturas abaixo de 13°C e acima

de 38°C são consideradas limitantes ao crescimento vegetativo da maioria

das espécies de citros (Reuther, 1973; Doorenbos e Kassam, 1994), pois,

fora dessa faixa de temperatura, as plantas cítricas não emitem novas

brotações devido aos danos fisiológicos, exceto em condições especiais

(Koller, 1994).

Segundo Alvarenga e Nogueira (1978), a lima ácida ‘Tahiti’ adapta-se

bem em locais cuja temperatura média anual é superior a 22°C. Ramos et al.

(2002), recomendam para o melhor desenvolvimento da cultura de lima

ácida ‘Tahiti’ temperaturas médias em torno de 25 a 31°C.

A duração do subperíodo antese à colheita da lima ácida ‘Tahiti’ pode

ser afetada pela temperatura do ar, pelo estresse hídrico, pelo estado

nutricional e tratos fitossanitários e culturais. Esses fatores também podem

influenciar o crescimento vegetativo, a evolução e a qualidade final dos

frutos (Souza et al., 2005).

Os graus-dia (GD) ou unidades térmicas, ou ainda graus de calor,

podem ser usados para determinar, em diversas regiões, a duração do

subperíodo compreendido entre o florescimento e a maturação dos frutos

para os diversos cultivares e espécies de citros (Souza, 2001).

Os graus-dia (GD) podem ser determinados somando-se todas as

horas diárias em que as plantas estão em atividade vegetativa ou seja, para

os citros, todas as horas em temperaturas acima de 13°C e abaixo de 38°C

(Souza et al., 2005).

A caracterização das exigências térmicas mediante o conceito de

graus-dia que é a quantidade de calor exigida por uma planta para que os

seus frutos maturem tem sido utilizada por diversos autores, em diversas

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22

culturas, sendo assim um método eficiente para prever antecipadamente a

data da colheita (Tonietto e Tonietto, 2005).

Na prática, para o cálculo de graus-dia, podem ser usadas as

temperaturas médias mensais (Mota, 1989), ou ainda as temperaturas

máximas e mínimas (Ometto, 1981), sendo a soma térmica total obtida pelo

somatório dos graus-dia diários.

Albrigo (1993) comenta que, além da temperatura, a disponibilidade

de água no solo e umidade do ar também influenciam no desenvolvimento

do fruto. Em períodos de umidade excessiva, o fruto aumenta de tamanho,

mas os teores de sólidos solúveis e acidez titulável são diluídos e, em

períodos de estiagens, ocorre o contrário. Outros fatores, como a carga de

frutos na planta, irrigação, porta-enxerto, nutrição, insetos e doenças

também influenciam a qualidade dos frutos cítricos.

No Brasil, em grande parte do seu território, a quantidade média de

chuvas é insuficiente para atender às necessidades das plantas cítricas. Sua

distribuição irregular propicia a ocorrência de longos períodos de déficit

hídrico no solo e consequentemente estresse hídrico às plantas, gerando

grandes quebras de produção (Vieira, 1991). Segundo Coelho (1993), nas

regiões tropicais, a lima ácida ‘Tahiti’ apresenta um desenvolvimento mais

rápido durante o período de plena disponibilidade de água.

Entre os vários fatores limitantes da produção vegetal, o déficit hídrico

ocupa posição de destaque, pois além de afetar as relações hídricas nas

plantas, alterando-lhes o metabolismo, é fenômeno que ocorre em grandes

extensões de áreas cultiváveis (Nogueira et al., 2001).

Nos cultivares de citros, a escassez de água disponível no solo pode

ocasionar sérios danos à cultura, devido a maior utilização de suas reservas

hídricas para que possam tolerar o déficit de água no solo. A perda de água

pelas plantas causa desidratação e turgescência das folhas, o que provoca

intensa competição de água entre as folhas e os frutos, os quais podem se

apresentar murchos devido ao carreamento de água para as folhas (Castro,

1994).

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23

A evapotranspiração de uma planta adulta de ‘Tahiti’ pode chegar a

150 L por dia no verão e a 70 L por dia no inverno, sob condições tropicais

(Marin, 2000), sendo que esta variação depende da área foliar da planta e

do local de produção.

O déficit hídrico leva à queda de muitas folhas e frutos. Dependendo

das condições edafoclimáticas e das plantas, a época de florescimento pode

ser alterada (Castro, 1994). A disponibilidade de água também é

determinante no desenvolvimento vegetativo e dos frutos (Sentelhas, 2005).

O estresse hídrico parece ser o principal fator promotor da floração

dos citros nas regiões de clima tropical (Davenport, 1990). A ocorrência de

déficit hídrico na fase de florescimento é a mais prejudicial, afetando

significativamente a produtividade e a qualidade dos frutos (Wrege et al.,

2006).

Como planta perene, a resposta dos citros à água em um

determinado estádio de desenvolvimento depende da disponibilidade hídrica

anterior a esse estádio (Doorenbos e Kassam, 1994).

Segundo Doorenbos e Kassam (1994), quando os pomares sofrem

deficiência hídrica, a princípio, ocorre um retardamento do crescimento,

seguido do enrolamento das folhas, e subsequente queda dessas e dos

frutos jovens ou redução do crescimento dos frutos já desenvolvidos, com

alteração de sua qualidade (diminuição do teor de suco e da acidez). Esse

efeito é mais significativo entre o florescimento e a “queda fisiológica”,

enquanto que, na fase de maturação, os citros são menos sensíveis ao

déficit hídrico.

A produção dos citros, desde sua implantação à colheita, é submetida

a contínuos e variados estresses de natureza biótica e abiótica de diferentes

intensidades, associados às condições climáticas e edáficas (Cruz, 2003).

Segundo Hilgeman (1977) o déficit hídrico afeta o peso dos frutos

tanto se ocorrer na fase de início de frutificação quanto na fase de

enchimento e maturação. Entretanto, em diversos trabalhos encontrados na

literatura, mostram que é possível a utilização de um controlado nível de

estresse na planta sem danos prejudiciais à mesma.

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24

O efeito do estresse depende da variedade, do grau de duração e do

estádio fenológico da planta, podendo trazer resultados tanto negativos

quanto positivos, conforme revisão feita por Ginestar e Castel (1996).

Souza et al. (2004) verificaram que a duração do estresse hídrico

influenciou na época e na produtividade sazonal da limeira ácida 'Tahiti',

porém não influenciou significativamente a produção total.

Quanto às necessidades hídricas, os citros necessitam de 600 a 1300

mm por ano para se obter altos níveis de rendimento (Ortolani et al., 1991).

Segundo Reuther (1975) para o bom desenvolvimento da cultura sem

irrigação a precipitação anual deve estar entre os limites de 900 mm e 1500

mm. Doorenbos e Kassam (1994) e Pires (1992), comentam que as

necessidades hídricas totais dos citros variam de 900 a 1200 mm por ano e

Ramos et al. (2002), que a região deve apresentar chuvas em torno de 1200

mm anuais (1000 - 2000) bem distribuídos (120 mm mensais) ao longo do

ano.

Segundo Pires (1992), em geral, a necessidade de água das plantas

cítricas varia de acordo com os seguintes fatores: clima, espécie vegetal,

combinação copa-porta-enxerto, idade da planta, limpeza do terreno e

disponibilidade de água do solo.

A necessidade hídrica das culturas pode ser determinada a partir da

estimativa ou medição da evapotranspiração de cultivo, que inclui

evaporação de água do solo, evaporação da água depositada por irrigação,

chuva ou orvalho na superfície das folhas e transpiração vegetal. O estudo

das necessidades hídricas de uma cultura torna-se necessário, uma vez que

pequenas reduções na disponibilidade de água podem diminuir

substancialmente o crescimento. A estimativa da evapotranspiração da

cultura envolve um procedimento que se desenvolve em duas etapas. Na

primeira, estima-se a evapotranspiração de referência (ETo), geralmente

utilizando uma equação empírica. Na segunda, a ETc é obtida multiplicando-

se a ETo por um coeficiente da cultura (Kc) que integra as características

desta, variando de acordo com sua fase fenológica e clima local (Doorenbos

e Pruitt, 1977).

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25

No caso dos citros, as referências na literatura sobre o Kc são

escassas. De acordo com Doorenbos e Pruitt (1977) e Allen et al. (1998),

valores de Kc para pomares cítricos com plantas jovens cobrindo 20% da

área variam de 0,45 a 0,55, em cultivos com controle de plantas daninhas, e

de 0,85 a 0,90 em áreas sem controle do mato. Cobrindo 50% da área, o Kc

varia de 0,55 a 0,65 (com controle de plantas daninhas) e de 0,75 a 0,85 em

cultivo sem controle do mato, enquanto que, com área coberta superior a

70%, Kc varia de 0,60 a 0,75 em terreno sem mato e de 0,75 a 0,85 em área

com mato.

Na agricultura, informações quantitativas da evapotranspiração da

cultura são de grande importância na avaliação da severidade, distribuição e

frequência dos déficits hídricos. Normalmente, os dados de temperatura do

ar em determinado local ou região estão mais disponíveis, permitindo que o

método de Hargreaves-Samani possa ser utilizado para a estimativa da

evapotranspiração de referência (ETo). De acordo com Conceição e Marin

(2004), o cálculo de ETo utilizando o método de Hargreaves-Samani é

relativamente simples e pode ser empregado com facilidade.

A ETo é um elemento climatológico fundamental que corresponde ao

processo oposto da chuva, sendo expressa na mesma unidade de medida

(mm). A comparação entre a chuva e a ETo resulta no balanço hídrico

climatológico, indicando excessos e deficiências de umidade ao longo do

ano ou da estação de crescimento das culturas.

O balanço hídrico é um método que quantifica as entradas e as

saídas de água no perfil do solo, em determinado intervalo de tempo. Nesse

método, o solo funciona como um reservatório de água, sendo a entrada

quantificada pela irrigação e precipitação, enquanto as saídas são dadas pela

evapotranspiração, pela drenagem da água subsuperficial para o lençol

freático e pelo escoamento superficial. Os dois últimos parâmetros são

considerados como excedente hídrico (Bernardo et al., 2005).

Em termos gerais o excedente hídrico (EXC) representa o quanto a

água extrapolou a capacidade de água disponível (CAD), por outro lado,

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26

quando o armazenamento de água no solo for menor que a CAD, será a

deficiência hídrica (DEF).

Deve-se considerar a grande diversificação agroclimática do Brasil e

suas condições particulares de cultivo, compreendendo uma multiplicidade

de ambientes, nos quais se verifica desde a ocorrência de geadas

ocasionais ou frequentes e até estresses hídricos ou térmicos, implicando

múltiplas floradas com crescimento e maturação irregulares dos frutos

(Cerqueira et al., 2004).

2.3 Florescimento, fixação e crescimento dos frutos cítricos

As plantas cítricas têm ampla distribuição geográfica, adaptando-se a

diferentes condições climáticas, o que determina comportamentos

diferenciados das plantas e variações entre locais e anos, nas

características fenológicas da floração (Tonietto e Tonietto, 2005).

De acordo com Velarde (1991), a determinação da data da plena

floração é considerada como um dado-base para os cultivos, pois este dado

é específico de uma variedade e é influenciado pelo microclima, conferindo a

sua determinação caráter puramente local.

A fenologia varia em função do genótipo e das condições climáticas

de cada região produtora, ou em uma mesma região, devido às variações

estacionais do clima ao longo do ano (Leão e Silva, 2003).

A taxa de crescimento medida em frutos em desenvolvimento tem

sido determinada com base no diâmetro, comprimento, circunferência, peso,

volume, coloração e formato do fruto, desde a antese até a maturação do

fruto (Neto e Reinhardt, 2003). O estudo da taxa de crescimento dos frutos

tem grande importância para o conhecimento das diferentes fases

fenológicas envolvidas no seu desenvolvimento, como a época de maior

ganho de massa ou a época de início da maturação para definir os períodos

de colheitas. A partir de estudos dessa natureza, podem-se revelar períodos

críticos em seus desenvolvimentos que possibilitem a produção dos mesmos

com alta qualidade, satisfazendo, assim, os consumidores mais exigentes

(Berilli et al., 2007).

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27

A queda das flores e dos frutos jovens é condicionada por diversos

fatores, sendo o ambiental o mais importante, como: altas temperaturas,

chuvas intensas, rajadas de vento e deficiência hídrica (Reuther, 1973;

Davies e Albrigo, 1994; Doorenbos e Kassam, 1994).

A maior competição ocorre quando os frutos possuem entre 5 a 20

mm de diâmetro (Davies e Albrigo, 1994). Na realidade, até os frutos

atingirem cerca de 40 mm de diâmetro, estão passíveis de caírem (Moss,

1976). Monselise (1986) comenta que o período de queda estende-se de

poucas semanas antes da antese até aproximadamente quatorze semanas

após a mesma.

Cultivares sem sementes estão mais sujeitos à queda dos frutos, se

ocorrerem variações de temperatura ou qualquer outro tipo de estresse

durante ou depois da queda natural dos frutinhos (El-Otmani, 1992).

Bertonha et al. (2004) verificaram que tanto o estresse hídrico quanto

o excesso de umidade no solo aumentaram o número de frutos caídos em

laranjeira ‘Pêra’. No período de fixação, de acordo com Moreira (1985), altas

temperaturas durante dias seguidos aumentaram muito a queda natural dos

frutos jovens.

Os citros podem ter duas safras de frutos simultaneamente, e também

vários fluxos de crescimento vegetativo durante o ano. As atividades

reprodutivas e vegetativas competem por carboidratos e podem interferir nas

brotações das plantas (Castle, 1995).

A ocorrência e a intensidade das brotações estão diretamente

relacionadas à quantidade de frutos em crescimento, os quais atuam como

fortes drenos de assimilados (Castro, 2003).

A causa do desenvolvimento do fruto é a acumulação de metabólitos

pelo mesmo. Esta pode ser limitada pela incapacidade do fruto em acumulá-

los ou pela falta de disponibilidade na própria planta (Agusti e Almela, 1991).

Pode-se encontrar correlação entre a abscisão e os teores de

carboidratos em folhas e frutos (Ruiz et al., 2001) já que o número de frutos

(Garcia-Luis et al., 1988) ou de folhas (Mehouachi et al., 1995) pode alterar a

competição por açúcares na planta.

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28

Levando em consideração que as plantas cítricas se adaptam a uma

grande diversidade de condições climáticas (Reuther, 1977), é difícil

identificar as causas da queda de frutos ao longo do seu desenvolvimento.

No entanto, fatores de ordem fisiológica, ambiental (umidade do ar) e

fitossanitária (pragas e doenças) são os principais responsáveis (Oliveira,

2005).

Agustí et al. (1996), mencionam três fases de crescimento dos frutos:

exponencial, linear e de maturação. A síntese dos ácidos orgânicos é

intensa nos dois primeiros estádios de desenvolvimento do fruto: Fase I, de

crescimento exponencial, desde a antese até o final da queda natural dos

frutos, e Fase II, de crescimento linear, desde a queda natural dos frutos até

o início da coloração da casca, mantendo-se, então, constante na Fase III,

em valor absoluto, até o final da maturação. Contudo, com o aumento do

tamanho final do fruto, ocorre uma redução na concentração de ácidos por

um efeito de diluição.

Este decréscimo em concentração da acidez titulável, concomitante

com o incremento dos sólidos solúveis, durante todo o desenvolvimento do

fruto, resulta em um incremento da relação sólidos solúveis / acidez titulável

(SS/AT), usado como parâmetro para indicar o ponto de maturação

comercial (Davies e Albrigo, 1994).

A taxa de crescimento do fruto para diferentes regiões é função da

temperatura durante cada estádio de desenvolvimento e da umidade do

solo, principalmente durante as fases de expansão celular e maturação.

Temperaturas médias mais altas provêm taxas mais rápida de crescimento

de frutos e temperaturas médias mais baixas, taxas mais lentas, o que é

consistente com o conceito de unidades térmicas. O conteúdo de água do

solo adequado via chuva ou irrigação aumenta significativamente o tamanho

do fruto durante a fase de expansão celular, mas resulta numa

correspondente diluição de sólidos solúveis (Davies e Albrigo, 1994).

O crescimento do fruto é afetado por fatores que podem ser

classificados dentro de duas categorias maiores: fatores da planta e

meteorológicos, sendo que na primeira categoria devem ser considerados o

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29

tamanho e o número de frutos e, na segunda, temperatura e estresse hídrico

(Ben Mechlia e Carrol, 1989).

Há um efeito positivo do aumento de temperatura no crescimento do

fruto. Sob condições frias ocorre crescimento lento, suportando a hipótese

de crescimento limitado do fruto em temperaturas baixas. O efeito negativo

de temperaturas muito altas não é claramente estabelecido, mas é

fortemente sugerido pela supressão do nível de crescimento onde

temperaturas altas (acima de 35°C) prevalecem (Paulino, 2005).

O estresse hídrico pode resultar em crescimento mais lento do fruto

ou retração diária. Geralmente o aumento no tamanho do fruto durante a

estação chuvosa reflete o efeito de mais disponibilidade de água, menor

demanda evaporativa, menor temperatura ou o conjunto de todas as três

condições (Paulino, 2005). Ginestar e Castel (1996) apontam que estresse

hídrico, durante o segundo estádio de desenvolvimento, causa redução do

tamanho dos frutos.

A fase de crescimento é uma etapa de desenvolvimento do fruto onde

ocorrem as alterações quantitativas que resultam no aumento de peso e

volume desse órgão. Tal fase é bastante influenciada por fatores

meteorológicos, como temperatura, radiação solar e precipitação, além de

fatores genéticos intrínsecos de cada material vegetal (Berilli et al., 2007).

2.4 Maturação e qualidade dos frutos cítricos sob condições tropicais

A maturação dos frutos cítricos é caracterizada por uma fase de

reduzida taxa de crescimento. Este estádio caracteriza-se também pelo

aumento dos teores de sólidos solúveis, sobretudo açúcares, e de

compostos nitrogenados, aminoácidos principalmente e uma concomitante

redução de ácidos orgânicos (Agustí et al., 1996).

Conforme Marchi (1993), o aumento da concentração de açúcares

ocorre durante toda a fase de crescimento e maturação dos frutos, estando

diretamente relacionado à intensidade do processo fotossintético e, por sua

vez, à temperatura e à intensidade de luz.

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30

Nem todo efeito na frutificação é, estritamente, devido ao melhor

suporte fotossintético para acumulação de açúcares. Por vezes são

decorrentes do estresse hídrico, resultando numa menor diluição de sólidos

solúveis em áreas com maior exposição à radiação solar (Albrigo, 1993).

O ácido cítrico é o mais acumulado no fruto, começando esse

processo logo após a sua formação e rapidamente alcança o valor máximo.

Particularmente a temperatura é o fator que mais influencia no acúmulo

desse ácido. Após atingir valor máximo, a concentração desse ácido

decresce. O decréscimo na concentração, durante a maturação, é

parcialmente devido ao aumento do tamanho do fruto, pela absorção de

água, que causa a diluição do ácido e a taxa respiratória, que é dependente

da temperatura. Quanto maior é a temperatura durante a maturação, maior é

o decréscimo da concentração de ácidos (Rasmussen et al., 1996 e Albrigo,

1993).

O processo de maturação ocorre devido a um conjunto de mudanças

externas, de sabor e de textura quando se alcança o máximo tamanho e

desenvolvimento. A maturação dos frutos inclui processos característicos,

tais como a coloração, perda de firmeza, aumento na concentração de

açúcares solúveis, redução da acidez e outras mudanças físicas e químicas

sendo que nesta fase os frutos atingem qualidade ideal para o consumo “in

natura” (Agusti, 2000).

Segundo Irtwange (2006), os parâmetros que são considerados para

a determinação de índices de maturidade para frutas são, entre outros, idade

cronológica (dias decorridos do florescimento até a colheita), tamanho,

forma, cor, dureza e fatores de sua composição (sólidos solúveis, açucares e

acidez).

Para Fallik e Aharoni (2004), os índices de maturidade devem ser

fixados para cada variedade e região. A maturação é a fase do

desenvolvimento em que o fruto completou seu crescimento natural e está

pronto para a colheita. A maturação do fruto na colheita é um dos principais

fatores que determinam a sua qualidade (Irtwange, 2006).

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31

A qualidade dos frutos cítricos é de extrema importância para uma

melhor comercialização e as características internas e externas dos frutos

devem ser consideradas, visando uma melhor aparência e também uma

melhor qualidade organoléptica. Entre as características internas tem-se o

rendimento em suco, pH, acidez titulável, sólidos solúveis, açúcares e

vitamina C, e entre as externas destacam-se a forma, o tamanho, a cor e

injúrias (Jackson, 1991; Souza et al., 1994). Entretanto, cada variedade

cítrica produz frutas com características próprias e a qualidade varia em

função de muitos fatores (Davies e Albrigo, 1994).

As características físicas e químicas dos frutos variam no decorrer do

período de maturação, e essa variação depende, entre outros fatores, das

condições meteorológicas durante a formação e a maturação dos frutos,

combinação porta-enxerto/variedade copa, a idade da planta, os estresses

hídricos e de temperatura, a localização do fruto na árvore, a radiação solar,

as práticas de manejo, a nutrição e o espaçamento entre as plantas

(Reuther, 1973; Volpe et al., 2002).

A temperatura afeta sensivelmente a forma, a coloração da casca, a

textura e outras características físico-químicas dos frutos. Frutos produzidos

em regiões ou em épocas quentes são maiores, mais oblongos e de casca

menos colorida do que os produzidos em regiões onde ocorrem baixas

temperaturas durante a maturação e colheita (Koller, 1994).

Diferentes condições de disponibilidade de energia solar e fotoperíodo

podem influenciar no tamanho, na composição da fruta e na relação dos

sólidos solúveis totais e acidez (Richardson et al., 1997).

Albrigo (1990) demonstrou que 60% a 70% da variabilidade entre

anos agrícolas para o total de sólidos solúveis no suco podem ser devido às

variações nas temperaturas do ar e às chuvas durante a indução floral e o

período de diferenciação, antes da florada.

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32

Teores mais elevados de sólidos solúveis, segundo Reuther e Rios-

Castaño (1969), estão associados ao estresse por seca, a umidade do solo

moderada durante o período de maturação e água disponível, apenas nos

períodos mais secos e quentes. Longos períodos de chuva diminuem os

sólidos solúveis, assim como longos períodos nublados podem reduzir a

fotossíntese e o acúmulo de açúcares (Albrigo, 1993).

Vários autores, entre eles Blondel e Cassin (1972); Sánchez et al.

(1978); Sánchez e Fernández (1981) encontraram que a temperatura e as

chuvas dos meses anteriores à colheita influem decisivamente na

concentração de sólidos solúveis (SS) e acidez do suco dos frutos. Sanchez

et al. (1978) observaram uma tendência para maiores valores de SS, nos

anos de menores precipitações, e em alguns anos de menores temperaturas

– menores acúmulos térmicos, ou grau-dia – os frutos apresentaram maiores

valores de SS e acidez. Outra observação interessante é relativa à

intensidade de precipitação, ou seja, nos anos de fortes precipitações em

setembro e outubro, ocasionaram frutos com menores SS e menores acidez.

Volpe et al. (2000) correlacionaram os graus-dia acumulados com a

acidez do suco e com SS, mostrando que a acidez diminui e os SS

aumentam com o acúmulo de graus-dia, e que a relação quadrática é a que

melhor explica essas relações. Chen (1990), na Califórnia e Flórida, mostrou

que o acúmulo de graus-dia pode representar o acúmulo de sólidos solúveis

e o aumento no índice de maturidade do fruto a partir do mês de julho.

Nos estudos realizados por Kefford e Clandler, citados por Chitarra e

Chitarra (1979), os frutos cítricos apresentaram um crescente aumento da

relação SS/AT, seguido de um pequeno decréscimo na fase final. O sabor

dos citros (doce ou azedo) é dependente de quantidades relativas de

açúcares (sólidos solúveis) e acidez titulável no suco, sendo que a relação

SS/AT é considerada como um importante índice de maturidade dos frutos,

embora uma determinada relação não seja garantia de qualidade a menos

que associada à concentração de sólidos solúveis (Jackson, 1991; Costa,

1994).

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33

Os sólidos solúveis medidos em ºBrix indicam a quantidade de

substâncias que se encontram dissolvidos no suco, sendo constituído na sua

maioria por açúcares (Alves, 1996). Conforme Viegas (1998) a quantidade

de açúcares no suco determina o rendimento industrial. Ferreira et al. (2000)

mencionam que entre os carboidratos se encontram em primeiro lugar os

açúcares, que podem ser considerados como as principais substâncias das

frutas.

Da Silva et al. (1999), avaliando as características tecnológicas dos

frutos cítricos no ano agrícola 1998/99, observaram que o peso, diâmetro,

altura dos frutos, e % de suco, foram superiores nos tratamentos irrigados,

enquanto os frutos do tratamento sem irrigação encontravam-se menores e

mais ácidos. Não foram observadas diferenças para o ºBrix.

Aróstegui et al. (1955) observaram que ocorre relação entre os fatores

climáticos e o teor de vitamina C dos frutos da aceroleira e que diferenças do

teor dessa vitamina nos frutos colhidos em épocas distintas são

consideráveis, merecendo as causas, investigações detalhadas.

O ácido ascórbico (Vitamina C) é uma substância orgânica simples

que tem despertado grande interesse, devido aos efeitos benéficos como

vitamina (Huang et al., 1995). A caracterização de ácido ascórbico em frutos

tropicais é relevante, pois pode contribuir para um aproveitamento mais

racional dos recursos naturais gerando benefícios sociais e econômicos

(Andrade, 2002). Segundo Gayet et al. (1995), os frutos de lima ácida

‘Tahiti’, ideais para exportação, devem ter teor de ácido ascórbico entre 20 e

40 mg / 100ml de suco.

Segundo Salibe (1977), os frutos para consumo in natura devem

apresentar um teor de suco acima de 35%. Chitarrra e Chitarra (1990) e

Koller (1994), citam que os frutos cítricos destinados à industrialização

devem conter um teor mínimo de suco igual a 40%. Para Coelho (1993), o

suco do fruto tem teores médios de 9º Brix e acidez em 6%.

As características de qualidade dos frutos cítricos são de extrema

importância para uma boa comercialização, seja para o consumo “in natura”

ou para processamento industrial (Chitarra, 1994).

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34

3 MATERIAL E MÉTODOS

Para avaliar o crescimento e qualidade dos frutos de lima ácida ‘Tahiti’

na região de Colorado do Oeste, no Estado de Rondônia, nas condições

térmicas e hídricas locais, foram observados os padrões edafoclimáticos da

região e adotou-se a metodologia descrita a seguir:

3.1 Descrição climática da região e economia do Estado

O Município de Colorado do Oeste está situado, na região do chamado

Cone Sul do Estado de Rondônia, entre as latitudes 13o 00’ e 13o 20’ S e

longitudes 60o 20’ e 60o 50’ W de Greenwich, tendo como municípios limítrofes

Vilhena (Nordeste), Corumbiara (Noroeste), Cerejeiras (Oeste), Pimenteiras

(Sudoeste), Cabixi (Sul) e o Estado do Mato Grosso (Sudeste) (Figura 1).

Fonte: SEDAM – Governo do Estado de Rondônia, 2006

Figura 1. Mapa Geográfico do Estado de Rondônia, 2006.

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35

A dinâmica espacial no Estado de Rondônia é fundamentalmente

determinada pelo uso agrícola, tendo como culturas principais o café, o cacau,

a soja e em relação à pecuária do Estado, a de bovinos (carne e leite) é a que

representa a maior importância.

O relevo de Colorado do Oeste varia de ondulado a montanhoso,

porquanto a maior parte do município está situada na calha sudoeste da

encosta da Chapada dos Parecis, em altitudes superiores a 400 m acima do

nível do mar. Há dois tipos básicos de vegetação: floresta tropical que ocupa a

maior parte do município e o cerrado, localizado na região Noroeste, na divisa

com os municípios de Corumbiara e Vilhena. A área restante do município é

recoberta na sua maior parte por pastagem, tendo como objetivo a pecuária

bovina de corte (SEPLAN - RO, 2002).

Os solos predominantes são do tipo Argissolos Vermelho-Amarelo,

Argissolos vermelho eutróficos e Cambissolos, em áreas de relevo mais

acentuado, e de Latossolos Amarelo distróficos e Neossolos Quartzarênicos

em relevo mais suave. O solo da área experimental foi classificado como

Argissolo Vermelho eutrófico (Embrapa, 1999).

Segundo a classificação de Köppen, o clima predominante no Estado

de Rondônia é do tipo Aw – Clima Tropical Chuvoso (quente e úmido), com

média de temperatura do ar durante o mês mais frio, superior a 18oC e um

período seco bem definido durante a estação de inverno, quando ocorre no

Estado um moderado déficit hídrico com índices pluviométricos inferiores a 50

mm/mês. A média da precipitação pluvial para os meses de junho, julho e

agosto é inferior a 20 mm/mês. Em razão de estar sob a influência do clima

Aw, a precipitação pluvial varia entre 1400 a 2600 mm/ano, enquanto a média

anual da temperatura do ar varia entre 23 a 26oC (SEDAM – RO, 2007).

Para Colorado do Oeste a temperatura média anual é 23ºC, máxima de

33ºC e mínima de 12ºC, com amplitude térmica de 10ºC. Média anual de

precipitação pluviométrica de 2400 mm e a maior precipitação ocorre nos

meses de janeiro à março (IBGE, 2008).

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36

3.2 Localização e condução do experimento

O experimento foi realizado no Instituto Federal de Rondônia (IFRO),

Campus de Colorado do Oeste (13o 06’ S e 60o 29’ W, 407 m de altitude), no

município de Colorado do Oeste, no Estado de Rondônia, durante os anos de

2006, 2007, 2008 e 2009, com o acompanhamento das safras de 2006/07

(ano 1), 2007/08 (ano 2) e 2008/09 (ano 3).

A possibilidade do bom desenvolvimento e qualidade dos frutos de lima

ácida ‘Tahiti’ em condições tropicais, no estado de Rondônia, merece ser

investigada, pois a identificação de condições meteorológicas adequadas

incentiva e fortalece seu uso agrícola.

Para cada safra foram avaliados oito períodos de desenvolvimento dos

frutos, da fase de chumbinho à colheita, nos intervalos de julho de 2006 a

março de 2007 (safra 2006/07), de novembro de 2007 a maio de 2008 (safra

2007/08) e de setembro de 2008 a março de 2009 (safra 2008/09), conforme

Tabela 1.

Tabela 1: Períodos de avaliação do desenvolvimento de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO Colorado do Oeste - RO. safras 2006 - 2009.

Período Safra 2006/07 Safra 2007/08 Safra 2008/09

1 12/07/06 – 18/12/06 08/11/07 – 28/02/08 18/09/08 – 08/01/09

2 12/07/06 – 02/01/07 08/11/07 – 27/03/08 18/09/08 – 22/01/09

3 03/08/06 – 30/01/07 06/12/07 – 27/03/08 02/10/08 – 08/01/09

4 09/08/06 – 10/01/07 06/12/07 – 24/04/08 02/10/08 – 22/01/09

5 23/08/06 – 13/02/07 20/12/07 – 27/03/08 16/10/08 – 05/02/09

6 09/10/06 – 30/01/07 20/12/07 – 10/04/08 27/11/08 – 26/03/09

7 09/10/06 – 14/03/07 03/01/08 – 24/04/08 11/12/08 – 19/03/09

8 20/11/06 – 29/03/07 03/01/08 – 08/05/08 11/12/08 – 26/03/09

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37

Foram utilizadas plantas de limeiras ácidas ‘Tahiti’ (Citrus latifolia

Tanaka) do clone ‘Quebra-galho’ enxertadas sobre plantas de limoeiro ‘Cravo’

(Citrus limonia, Ostebeck) em pomar já estabelecido no espaçamento 6 x 6 m

com um total de quarenta e seis plantas em uma área de aproximadamente

2.448,75 m2.

Foram selecionadas seis plantas dispostas em linha e voltadas para 7o

NE e os frutos utilizados como unidade experimental.

O plantio foi realizado em maio de 2003, sendo a calagem e adubação

realizadas de acordo com programação do IFRO, sendo aplicado NPK

formulação 04 -14 - 08 (400 g planta-1) e calcário (300 g planta-1) no início e

final das águas (outubro e abril).

Não foi utilizado sistema de irrigação e os tratos culturais consistiram de

roçagem de plantas daninhas e coroamento na área de projeção da copa.

As variáveis meteorológicas analisadas foram temperaturas do ar

média (Ti), máxima (T max), mínima (T min) e precipitação pluviométrica total

(PP).

Determinou-se soma térmica acumulada em graus-dia (GDA), o saldo

de unidades fototérmicas (UF), chuva efetiva (PPe) e armazenamento de água

no solo (ARM), durante os períodos de desenvolvimento e crescimento dos

frutos, e o excedente hídrico (EXC) e deficiência hídrica (DEF), como

indicador de disponibilidade hídrica no solo e seus efeitos sobre o bom

desenvolvimento e qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’, conforme fatores

meteorológicos de interesse citados na literatura.

Os registros de precipitação pluviométrica total foram coletados em

pluviômetro da Agência Nacional de Águas (ANA), localizado no município de

Colorado do Oeste (Latitude 13o 06’ S e Longitude 60o 32’ W), situado a

aproximadamente 5 km de distância da área experimental (Figura 2).

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38

Figura 2. Pluviômetro manual (ANA). Colorado do Oeste - RO, 2007.

Os registros de temperatura do ar foram obtidos na estação

meteorológica do Campo Experimental da Embrapa (12o 46’ S, 60o 05’ W, 612

m de altitude), no município de Vilhena - RO (município que melhor representa

a situação climática do local onde o experimento foi realizado), situada a

aproximadamente 80 km de distância da área experimental (Figura 3).

A estação encontra-se conectada a um sistema de aquisição e

armazenamento de dados “datalogger”, programado para armazenar registros

a cada 60 minutos, sendo posteriormente convertidos em médias diárias.

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39

Figura 3. Estação meteorológica automática modelo Campbell (EMBRAPA). Vilhena – RO, 2007.

3.3 Parâmetros meteorológicos

Com o objetivo de ajustar o efeito da temperatura do ar e do

fotoperíodo sobre a resposta da planta, empregou-se a unidade fototérmica

(UF). A temperatura basal inferior foi considerada como 13oC (Monselise,

1986). O método proposto baseia-se na aplicação das equações (1), (2), (3) e

(4) (Villa Nova et al., 1999).

1___

1

2

NiNf

NiNf

GDn

UF (1)

)( TbTGD min)( TseTb

min)max(2)max( 2

TTTbTGD min)( TseTb (2)

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40

tgtgNfouNi .arccos133,0 (3)

80

365360

45,23 Djsen (4)

Nessas equações, UF se refere ao número de unidades fototérmicas

acumuladas no período de maturação dos frutos; GD os graus-dia médios do

período de n dias; n ao número de dias no período; à média das

temperaturas médias do período; Tb à temperatura base inferior de 13oC;

max à média das temperaturas máximas do período; min à média das

temperaturas mínimas do período; Nf ao valor do fotoperíodo (horas e

décimos de horas) no final do período de crescimento; Ni ao valor do

fotoperíodo (horas e décimos de horas) no início do período de crescimento;

ao valor da declinação solar (graus e décimos) para a latitude do local de

cultivo e Dj o dia Juliano (número de ordem a partir de 01 de janeiro).

Depreende-se, das equações (1) a (4), que o crescimento é resultado não só

da ação da e da Tb, mas também é afetado pelo fotoperíodo, que é variável

em função da latitude do local (graus e décimos) ( ) e da época (estação) do

ano (, sendo, portanto, dependente da unidade fototérmica (UF).

Para o cálculo dos graus-dia acumulados (GDA) foram utilizadas

temperatura diária mínima (T min), máxima (T max) e média (Ti), registradas

nos períodos de desenvolvimento dos frutos. Foram utilizadas as equações

(5) e (6), conforme o método de Arnold (1959): sendo Tb a temperatura basal

mínima de crescimento e n o número de dias do período.

n

iTbTiGDA

1

min)( TseTb (5)

n

i TTTbTGDA

1

2

minmax2max min)( TseTb (6)

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41

3.4 Balanço hídrico e armazenamento de água no solo

O consumo de água pelas plantas é o parâmetro fundamental a ser

considerado. Os métodos utilizados para determinar esse consumo são os

diretos, como os lisímetros, e os indiretos, baseados em modelos a partir da

utilização de elementos climáticos, podendo-se destacar o balanço de água

no solo.

Embora outros métodos para determinação das necessidades de

água da planta sejam considerados mais precisos e possam ser preferidos

por pesquisadores, o método do balanço hídrico ainda é bastante útil para

tais determinações (Pereira et al., 1997).

Por meio do cálculo do balanço hídrico diário, realizado de acordo com

o método proposto por Doorenbos e Kassan (1994), determinou-se a

evapotranspiração da cultura (ETc), obtida pela equação (7):

EToKcETc (7)

Onde:

ETo = evapotranspiração de referência

Kc = coeficiente de cultivo

O coeficiente de cultivo (Kc) para o cálculo da ETc foi definido

baseando-se nos valores apresentados por Doorenbos e Pruitt (1977),

sendo que o valor médio utilizado foi de 0,80 recomendado para culturas já

estabelecidas com plantas jovens cobrindo 70% da área em terreno com

mato (Figura 4).

A evapotranspiração de referência (ETo) foi calculada diariamente

(mm dia-1) utilizando-se o método de Hargreaves-Samani, desenvolvido

segundo metodologia proposta por Pereira et al. (1997), e estimada pela

equação (8). O valor de Qo foi estimado para a região de Colorado do Oeste

- RO em latitude de 13° S, conforme determinado por Doorenbos e Kassan

(1994).

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42

8,17minmax0023,0 5,0 TiTTQoETo (8)

Onde:

Qo = irradiância solar extraterrestre (mm dia-1)

Tmax = temperatura máxima (°C)

Tmin = temperatura mínima (°C)

Ti = temperatura média diária (°C)

Figura 4. Área experimental do IFRO Campus de Colorado do Oeste - RO, 2007.

A umidade no solo (% massa seca), durante os períodos de

desenvolvimento dos frutos, foi monitorada a cada quatorze dias, do início da

marcação dos frutinhos (fase de chumbinho) até a colheita, utilizando o

método-padrão de estufa e obtido pela equação (9) e o armazenamento de

água disponível no solo foi calculado no balanço hídrico.

1003221%

PPPPUmidade (9)

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43

Onde:

P1 = peso do solo + água + peso da lata de amostragem

P2 = peso do solo seco + peso da lata de amostragem

P3 = peso da lata de amostragem

As amostras do solo foram coletas, nas profundidades de 15 cm, 45 cm

e 75 cm, utilizando-se um trado com 120 cm de alcance, próprio para retirada

de amostras de solo na projeção da copa de fruteiras (Figura 5). A

determinação da densidade média aparente do solo (Da), foi obtida pela

equação (10):

..../ 3

SVSMcmgDa (10)

Onde:

M.S. = massa do solo seco

V.S. = volume do solo

Figura 5. Trado de 120 cm para coleta de solo

A água armazenada no solo em milímetros (ARM medido) foi obtida

pela equação (11). As retenções de umidade foram determinadas para as

profundidades de 0 – 30 cm (camada 1), 30 – 60 cm (camada 2) e 60 – 90 cm

(camada 3). Cs é o índice para representar a espessura das camadas do solo.

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44

CsDaMSDaMSDaMSARMmedido pppppp 332211 x 10 (11) Onde:

ARM medido = umidade armazenada no solo (mm)

M.S. = umidade do solo (% massa seca)

Da = densidade aparente do solo (g cm-3)

p1 = profundidade do solo (camada 1)

p2 = profundidade do solo (camada 2)

p3 = profundidade do solo (camada 3)

Cs = 30 cm

Foram coletadas amostras de solo, nas camadas 1, 2 e 3, por abertura

de trincheira e com o uso de anéis volumétricos, para e determinação da

capacidade de campo (Cc) e ponto de murcha permanente do solo (Pmp),

para verificar a capacidade de água disponível no solo (CAD), que representa

a lâmina de água armazenada na camada radicular explorada pelas raízes,

obtido pela equação (12):

DaPmpCcCAD

10

(h = 90 cm) (12)

Onde:

CAD = capacidade de água disponível no solo (mm cm-1 de solo)

Cc = capacidade de campo (% em peso)

Pmp = ponto de murcha permanente (% em peso)

Da = densidade aparente do solo (g cm-3)

h = profundidade específica do sistema radicular

A determinação da “capacidade de campo” e “ponto de murcha

permanente” foi realizada pelo método de Richard, no Laboratório de Análises

Físicas do Solo, no Departamento de Ciência do Solo da Escola Superior de

Agricultura Luis de Queiroz (ESALQ/USP) - SP.

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45

Para a realização dos cálculos diários do balanço hídrico, utilizaram-se

os parâmetros de solo e cultura, a precipitação pluviométrica total (PP) e

chuva efetiva (PPe) e a evapotranspiração da cultura (ETc).

Como a umidade do solo no início do período de interesse não era

conhecida, fez-se o balanço hídrico com estimativa de armazenamento inicial

de 125 mm.

Chuva efetiva ou precipitação efetiva (PPe) é a parte da precipitação

total (PP) que precipitou no solo. Vários fatores influem na porção efetiva da

precipitação total, os quais podem atuar isoladamente ou interagindo com

outros. Qualquer fator que afete a infiltração, o escoamento superficial ou a

evapotranspiração, tem influência no valor da precipitação efetiva.

Para o cálculo da PPe utilizou-se a equação (13), onde o coeficiente de

escoamento superficial (c) utilizado foi de 0,5, conforme valores tabelados

recomendados pelo Soil Conservation Service (USDA), para solos com textura

média e pouca declividade. O coeficiente (c) representa a relação entre a

lâmina de água que escoa sobre a superfície do solo e a lâmina total de água

que foi precipitada.

PPcPPe (13)

O balanço hídrico é uma das várias maneiras de estimar o

armazenamento médio de água do solo ao longo do tempo. Os valores

estimados foram para períodos de quatorze dias, entre os intervalos de

medição dos frutos.

Partindo-se do suprimento natural de água ao solo, simbolizado pelas

chuvas, e da demanda atmosférica, simbolizada pela evapotranspiração, e

com uma capacidade de água disponível (CAD) apropriado, o balanço hídrico

fornece estimativas da evapotranspiração real (ETR), da deficiência hídrica

(DEF), do excedente hídrico (EXC) e do armazenamento da água no solo

(ARM).

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46

A perda de água, pelo processo de evapotranspiração, é diretamente

proporcional ao conteúdo de água no solo (Thornthwaite e Mather, 1955),

assumindo-se que a evapotranspiração varia linearmente com o

armazenamento de água no solo, consequentemente, esse armazenamento

varia exponencialmente com o negativo acumulado (NEG-AC), conforme

apresentado na equação (14):

CADACNEG

eCADARM

(14)

O negativo acumulado (NEG-AC) pode ser entendido como o módulo

da diferença acumulada das chuvas e evapotranspiração ótima da cultura

(ETc), o qual é estimado utilizando as equações (15 e 16) se PP-ETc < 0 e (17

e 18) se PP-ETc > 0.

ETcPPACNEGACNEG nn 1 (15)

CADACNEG

eCADARM

(16)

ETcPPARMARM nn 1 (17)

CADARMInCADACNEG (18)

Estimou-se a evapotranspiração real (ETR) pelo método proposto por

Thornthwaite e Mather (1955), utilizando a equação (19) se PP ≥ ETc e (20)

se PP < ETc.

ETcETR (19)

VAPPETR (20)

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47

em que VA é a variação de armazenamento (ALT), sendo calculada pela

equação (21):

1 nn ARMARMALT (21)

A deficiência hídrica (DEF) é definida como a diferença entre ETc e a

ETR, conforme a equação (22):

ETRETcDEF (se PP < ETc) (22)

Existe deficiência hídrica quando a ETR é menor que a ETc, em

consequência do total de chuva e da variação de água armazenada no perfil

de solo não suprirem à demanda evapotranspiratória. Se PP ≥ ETc, a

deficiência hídrica é nula (DEF = 0).

O excedente hídrico (EXC) é definido como a diferença entre a

quantidade de chuva e a evapotranspiração real mais a variação do

armazenamento, conforme a equação (23):

VAETRPPEXC (se PP ≥ ETc) (23)

Existe excedente hídrico quando a chuva excede a soma da

evapotranspiração real e a quantidade de água que falta no solo para atingir a

sua capacidade de armazenamento máximo (CAD). Se PP < ETc, o

excedente hídrico é nulo (EXC = 0).

3.5 Caracterização fenológica e crescimento dos frutos

O acompanhamento fenológico foi realizado considerando-se as

épocas de florescimento, fase de chumbinho dos frutos, maturação e colheita

(Figura 6).

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48

As datas de plena floração determinaram à época de início de formação

dos frutos e originaram cada medição na fase de chumbinho (Tabela 1). As

épocas de florada, envolvidos neste estudo, tiveram início em julho e

setembro de 2006; novembro de 2007; setembro e outubro de 2008.

A marcação dos frutinhos foi realizada em cada fluxo de brotação, em

todas as safras, no início da florada, após o surgimento do chumbinho (Figura

7). Em cada planta foram marcados e medidos de três a seis frutos escolhidos

aleatoriamente, de um total de seis plantas.

O crescimento do fruto foi definido pela medida de seu comprimento e

diâmetro, conforme mencionado por Neto e Reinhardt (2003), os quais relatam

que a taxa de crescimento medida em frutos em desenvolvimento tem sido

determinada com base no diâmetro, comprimento, circunferência, peso e

volume do fruto, desde a antese até a maturação do fruto.

Foram realizadas avaliações entre o surgimento do chumbinho e a

colheita, em diferentes períodos de desenvolvimento, sendo as medições

feitas em intervalos de quatorze dias, com o uso de um paquímetro.

Foram marcados no máximo um fruto por ramo com lacre numerado e

de diferentes cores, para identificar os diferentes períodos avaliados. Para

escolha dos frutos observou-se o tamanho mínimo de 6 mm de diâmetro e

máximo de 16 mm de diâmetro, cujas características assemelhavam-se a um

padrão médio da árvore, evitando os ramos sem folhas ou com um número

muito elevado de frutos.

Para efeito de avaliação do crescimento e desenvolvimento dos frutos

foi medida, a cada vinte e oito dias, a distância do fruto à parte externa da

copa, o número de frutos do ramo de última ordem (ramo novo), onde o fruto

marcado estava inserido, o comprimento e o número de folhas deste ramo.

Marcaram-se frutos na altura média, no interior e no exterior da copa

das árvores, totalizando 180 frutos na safra 2006/07 (ano 1), 210 frutos na

safra 2007/08 (ano 2) e 276 frutos na safra 2008/2009 (ano 3).

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49

Figura 6. Florescimento, fase de chumbinho e maturação de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste – RO, IFRO, 2007.

Figura 7. Marcação de frutinhos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste – RO, IFRO, 2007.

Foi observada a queda contínua de frutos jovens em todas as árvores,

durante os períodos de desenvolvimento, nas três safras avaliadas. De acordo

com Davies e Albrigo (1994) o estresse hídrico, além de outros fatores como a

competição dos frutos por carboidratos e água, aumenta a queda fisiológica,

principalmente quando os frutos possuem entre 5 a 20 mm de diâmetro.

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50

Do total de frutos marcados foram selecionados, dentre os que não

caíram até a colheita, vinte e quatro frutos (56 mm diâmetro) por safra, três

para cada período, para acompanhamento do crescimento, duração do

período de desenvolvimento e avaliação das características físico-químicas de

qualidade.

A colheita foi realizada quando os frutos apresentavam coloração

verde-oliva, casca lisa e brilhante e tamanho aproximado de 56 mm de

diâmetro transversal, conforme sugerido por Ramos et al. (2002).

3.6 Parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos

A qualidade dos frutos foi avaliada no Laboratório de Análise de

Alimentos do IFRO, Campus de Colorado do Oeste - RO, com o propósito de

determinar o peso (PF) e tamanho dos frutos (CF = comprimento do fruto e DF

= diâmetro do fruto) e peso do suco (PS), volume do suco (VS), rendimento do

suco (RS), pH, teor de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), relação

SS/AT, índice tecnológico (IT) e vitamina C do suco (VC).

Conforme normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz (1985),

determinaram-se as características físico-químicas dos frutos, onde foram

medidos o RS com a extração mecânica, pesando o volume de suco extraído

e dividindo-se o mesmo pelo peso do fruto (expresso em porcentagem), os SS

expressos em oBrix, com uso de um refratômetro portátil (Figura 8), o pH,

utilizando um potenciômetro digital, a AT, realizada por titulometria com

solução de hidróxido de sódio 0,1 N e os resultados expressos em gramas de

ácido cítrico por 100 ml de suco e a relação SS/AT.

O teor de ácido ascórbico ou vitamina C foi determinado pelo método

volumétrico de Tilmans, baseado na redução de 2,6 diclorofenolindofenol –

DCFI e expresso em mg por 100 ml de suco (AOAC, 1992). O IT, segundo Di

Giorgi et al.(1990), foi obtido pela equação (24), calculando-se assim, o teor

de SS em uma caixa de colheita de frutos para o comércio ‘in natura’ de fruta

fresca (caixa de 27 kg) e para utilização industrial (caixa de 40,8 kg).

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51

000.10

... caixaPPSSRSIT (24)

Onde:

IT = índice tecnológico em Kg SS caixa

RS = rendimento de suco (%)

SS = teor de sólidos solúveis (oBrix)

P.P.caixa. = peso padrão da caixa de colheita de limão ‘Tahiti’

Figura 8. Refratômetro manual para medição de sólidos solúveis

Para determinar a AT do suco, foi diluído 5 ml de suco de limão em 30

ml de água destilada, acrescentando 3 gotas de fenolftaleína 1% como

indicador. A amostra foi titulada com solução de NaOH 0,1 N, quando a

solução titulada mudava a coloração de incolor para róseo-claro.

Foram feitas duas titulações para cada amostra e quando os dois

valores diferiam em mais de 3 ml de solução de NaOH, fazia-se uma terceira

determinação. Para o cálculo da AT, utilizou-se a equação (25):

..

100º

..

100/.AVHnMPNV

mlcoácidocítrig

(25)

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52

Onde: V = volume em ml da solução de hidróxido de sódio gasto na titulação

N = normalidade da solução de hidróxido de sódio (0,1 N)

P.M. = peso molecular do ácido predominante (P.M. ácido cítrico = 192,08)

nº [H+] = número de íons H+ (H+ = 3)

V.A = volume da amostra (5 ml suco de limão).

Para determinação da vitamina C do suco foi adicionado em um becker

de 50 ml, 10 ml de amostra e 10 ml de solução de ácido acético – ácido

metafosfórico (solução ácida da amostra) seguido de filtragem. Foi preparado

3 ml desta solução com 5 ml da solução ácida da amostra e titulou-se com

solução de 2,6-diclorofenolindofenol até coloração rosa. Foram feitas duas

titulações para cada amostra. Para determinar a concentração de Vitamina C,

utilizou-se a equação (26):

2..

100..AV

FTVVC (26)

Onde:

V.C. = concentração de vitamina C mg / 100 ml

Volume Titulante (V.T.) = volume em ml da solução de 2,6-

diclorofenolindofenol gasto na titulação

F = fator de padronização da solução de 2,6-diclorofenolindofenol (mgVC/ml)

Volume Amostra (V.A.) = suco do limão (3 ml solução ácida da amostra)

3.7 Delineamento experimental e análises estatísticas

O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado

sendo os tratamentos constituídos de oito períodos de desenvolvimento de

frutos de lima ácida ‘Tahiti’, com três repetições, avaliados em três safras

diferentes, sendo cada repetição constituída por um fruto.

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53

Os parâmetros envolvidos no crescimento e desenvolvimento dos

frutos (distância do fruto à parte externa da copa, número de frutos do ramo

de última ordem, onde o fruto selecionado está inserido e comprimento e

número de folhas deste ramo) e os parâmetros físico-químicos de qualidade

dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, SS/AT, IT, VC) foram correlacionados

com as condições meteorológicas por meio de equações lineares múltiplas de

regressão. As condições meteorológicas foram consideradas como variáveis

independentes (xi) e os parâmetros envolvidos no crescimento e qualidade

dos frutos como variáveis dependentes.(y)

O tamanho dos frutos e os parâmetros físico-químicos de qualidade

foram correlacionados com parâmetros envolvidos no crescimento e

desenvolvimento dos frutos por meio de equações lineares múltiplas de

regressão. Os parâmetros envolvidos no crescimento e desenvolvimento

foram considerados como variáveis independentes (xi) e os parâmetros de

crescimento (tamanho do fruto) e qualidade dos frutos como variáveis

dependentes (y).

A relação entre o armazenamento de água no solo medido na área

experimental (ARM medido) e o armazenamento de água disponível calculado

no balanço hídrico (ARM calculado) foi analisada por regressão linear simples.

Os valores do armazenamento de água disponível no solo foram considerados

como variáveis independentes (xi) e os valores de armazenamento de água

no solo como variáveis dependentes (y).

Para cada equação de regressão foi calculado um coeficiente de

determinação (r2). Os dados de qualidade físico-químicas dos frutos foram

submetidos à análise de variância com aplicação do teste F e as médias

comparadas pelo teste de Tukey ou Scott-Knott, ao nível de 5% de

probabilidade. O software estatístico utilizado foi o SISVAR 5.1 (UFLA).

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54

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 Regimes térmico e hídrico

Observou-se que os valores diários de temperatura do ar máxima,

durante os períodos de desenvolvimento dos frutos, nas três safras avaliadas,

foram inferiores a 38oC e os valores diários das mínimas mantiveram-se na

maioria dos períodos superiores a 13oC (temperatura basal) exceto nos dias

18, 30 e 31 de julho e 01 de agosto de 2006 (safra 2006/07) e 04 de maio de

2008 (safra 2007/08), que apresentaram temperatura do ar mínima pouco

abaixo dos 13oC. Vários autores comentam que temperaturas do ar abaixo de

13°C e acima de 38°C são consideradas limitantes ao crescimento vegetativo

da maioria das espécies de citros (Reuther, 1973; Doorenbos e Kassam,

1994),

Os resultados indicam que as condições de temperatura do ar foram

favoráveis ao crescimento vegetativo da lima ácida ‘Tahiti’ (Figuras 9, 10 e

11). O regime térmico, durante os períodos de desenvolvimento dos frutos,

nas três safras avaliadas, está dentro da média da região de Colorado do

Oeste – RO e apresentou valores variando entre 11,6oC para temperatura

mínima e 33,8oC para temperatura máxima e, segundo Medina e Silva (2003),

esses valores são compatíveis com as exigências climáticas dos citros e

adequados para o desenvolvimento da cultura no campo. A temperatura do ar

média (22,7oC) registrada, situa-se na faixa de temperatura para a exploração

comercial dos citros e está de acordo com Alvarenga e Nogueira (1978) que

afirmam que a lima ácida ‘Tahiti’ adapta-se bem em locais cuja temperatura do

ar média anual é superior a 22ºC.

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55

10

15

20

25

30

35

12/7/06 12/8/06 12/9/06 12/10/06 12/11/06 12/12/06 12/1/07 12/2/07 12/3/07data

tem

pera

tura

(º C

)

T max

T min

Figura 9. Temperaturas diárias máximas (T max) e mínimas (T min) durante o período de 12 de julho de 2006 a 29 de março de 2007 (safra 2006/07). Vilhena - RO, Embrapa.

10

15

20

25

30

35

8/11/07 8/12/07 8/1/08 8/2/08 8/3/08 8/4/08 8/5/08data

tem

pera

tura

(º C

)

T max

T min

Figura 10. Temperaturas diárias máximas (T máx) e mínimas (T min) durante o período de 8 de novembro de 2007 a 8 de maio de 2008 (safra 2007/08). Vilhena - RO, Embrapa.

10

15

20

25

30

35

18/9/08 18/10/08 18/11/08 18/12/08 18/1/09 18/2/09 18/3/09data

tem

pera

tura

(º C

)

T max

T min

Figura 11. Temperaturas diárias máximas (T max) e mínimas (T min) durante o período de 18 de setembro de 2008 a 26 de março de 2009 (safra 2008/09). Vilhena - RO, Embrapa.

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56

Determinou-se os graus-dia acumulados (GDA), as unidades

fototérmicas (UF) e a precipitação pluviométrica total (PP) acumulada durante

os períodos de desenvolvimento dos frutos, nas safras 2006/07, 2007/08 e

2008/09, da fase de chumbinho (marcação do fruto) até a colheita, e a

duração dos períodos em dias (Tabela 2).

Tabela 2. Períodos de avaliação do desenvolvimento de frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e variáveis meteorológicas. IFRO, Colorado do Oeste - RO. safras 2006 - 2009.

Período de

desenvolvimento

Marcação do fruto

Colheita do fruto

Duração do

período (dias)

Soma térmica (GDA)

Unidades fototérmicas

(UF)

Precipitação pluviométrica

total (mm)

Safra 2006/07 1 12/07/06 18/12/06 160 1695,7 32033,1 862,7 2 12/07/06 02/01/07 175 1850,1 34845,2 1119,4 3 03/08/06 30/01/07 181 1936,6 37206,1 1500,9 4 09/08/06 10/01/07 155 1653,2 32189,9 1254,7 5 23/08/06 13/02/07 175 1855,6 34554,6 1595,6 6 09/10/06 30/01/07 114 1200,8 23033,4 1274,7 7 09/10/06 14/03/07 157 1647,4 31071,2 1549,7 8 20/11/06 29/03/07 130 1350,8 23658,4 1304,5

Safra 2007/08 1 08/11/07 28/02/08 113 1117,0 19309,8 1222,9 2 08/11/07 27/03/08 141 1390,1 23769,9 1459,5 3 06/12/07 27/03/08 113 1111,2 18939,0 1136,2 4 06/12/07 24/04/08 141 1384,2 23206,8 1373,2 5 20/12/07 27/03/08 99 961,2 16128,7 965,7 6 20/12/07 10/04/08 113 1098,8 18167,7 1174,3 7 03/01/08 24/04/08 113 1097,2 18048,4 1098,0 8 03/01/08 08/05/08 127 1215,7 19646,8 1138,5

Safra 2008/09 1 18/09/08 08/01/09 113 1203,8 23260,9 661,4 2 18/09/08 22/01/09 126 1355,6 26048,7 755,1 3 02/10/08 08/01/09 99 1051,9 20314,4 653,3 4 02/10/08 22/01/09 113 1203,7 23102,2 747,0 5 16/10/08 05/02/09 113 1195,8 22547,2 743,7 6 27/11/08 26/03/09 120 1241,2 21271,0 1192,8 7 11/12/08 19/03/09 99 1024,0 18151,0 1039,2 8 11/12/08 26/03/09 106 1094,7 18569,9 1106,3

Média 129,0 1330,7 24128,1 1122,1 CV (%) 19,8 21,7 25,6 24,7

De acordo com o coeficiente de variação (CV) encontrado, o uso de

graus-dia e unidades fototérmicas como variáveis para estabelecer o tempo

gasto para as mudanças ocorridas durante o desenvolvimento, crescimento e

qualidade dos frutos, parece não ser melhor que o uso do próprio tempo

cronológico (dias) que apresentou menor variabilidade, com coeficiente de

variação de 19,8%.

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57

A relação entre as variáveis meteorológicas (GDA, UF, PP) e o

período de desenvolvimento dos frutos de lima ácida ‘Tahiti’, nas três safras

avaliadas (2006 a 2009), é apresentada nas Figuras de 12 a 14. A soma

térmica em graus-dia (GDA) foi a variável que mais influenciou no

desenvolvimento dos frutos, apresentando melhor coeficiente de

determinação (0,97).

y = -4E-06x2 + 0,0986x + 4,9731r2 = 0,9743

80

100

120

140

160

180

200

800 1000 1200 1400 1600 1800 2000Soma térmica (GDA)

Figura 12. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e soma térmica (GDA) em Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009.

y = 7E-08x2 + 0,0003x + 79,422r2 = 0,8874

80

100

120

140

160

180

200

15000 20000 25000 30000 35000 40000Unidades fototérmicas (UF)

Figura 13. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e unidades fototérmicas (UF) em Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009.

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58

y = 0,0001x2 - 0,1713x + 185,85r2 = 0,4262

80

100

120

140

160

180

200

500 700 900 1100 1300 1500 1700Precipitação pluviométrica (mm)

Figura 14. Relação entre período de desenvolvimento (dias) de frutos de lima ácida ‘Tahiti’ e precipitação pluviométrica total (PP) em Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009.

A duração dos períodos está localizada entre 114 e 181 dias com

média de 155,9 dias na safra 2006/07, entre 99 e 141 dias com média de 120

dias na safra 2007/08 e entre 99 e 126 dias com média de 111,1 dias na safra

2008/09. O período médio das três safras é 129 dias. De acordo com Donadio

et al. (2005), o período de desenvolvimento dos frutos, desde a floração até a

fase de maturação, é de até 170 dias, enquanto que Marcondes (1991) e

Coelho (1993) afirmam que este período é de 120 dias. Na verdade, esse

período é variável, dependendo do regime térmico e hídrico da região

produtora.

O acúmulo médio de graus-dia foi de 1648,8 na safra 2006/07, de

1171,9 na safra 2007/08 e de 1171,3 na safra 2008/09. Os graus-dia (GDA)

médio das três safras é 1330,7. Segundo Sam et al. (1988) para o período

total de desenvolvimento dos frutos de lima ácida ‘Tahiti’ o acúmulo de graus-

dia é de 1220, considerando-se a temperatura basal de 13ºC, enquanto Souza

(2001) concluiu que são necessários 1493 GDA entre a antese e a colheita.

Os valores médios encontrados situam a lima ácida ‘Tahiti’ entre as

variedades precoces de citros que requerem até 2500 GDA para atingir a

maturação, de acordo com valores apresentados por Pedro Júnior (1991).

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59

Os períodos nos quais os frutos foram marcados na florada

antecipada em julho e agosto (safra 2006/07) apresentaram maior acúmulo de

graus-dia e saldo de unidades fototérmicas, para o desenvolvimento dos

frutos, em relação aos períodos onde os frutos foram marcados a partir de

meados de setembro e início de outubro.

O crescimento e desenvolvimento dos frutos foram melhores em

períodos de temperaturas mais elevadas associadas a maiores precipitações

pluviométricas (Figura 15, 16 e 17). Condições estas que podem ter acelerado

as reações envolvidas na utilização de fotoassimilados, que leva ao

crescimento e à maturação mais precoce, e que foram encontradas nos

meses de outubro a meados de abril em todos os períodos e anos avaliados.

Paulino (2005) encontrou um efeito positivo do aumento de

temperatura no crescimento e desenvolvimento do fruto. Segundo Richardson

et al. (1997), as condições climáticas, particularmente a temperatura e a luz

podem influenciar no tamanho e na composição da fruta.

As plantas foram expostas a diferentes regimes de energia,

temperatura e distribuição da intensidade luminosa e, segundo Tonietto e

Tonietto (2005), as diferenças entre estes fatores têm efeitos importantes na

taxa fotossintética diária e, consequentemente, no desenvolvimento da planta.

A unidade fototérmica (UF) é uma grandeza que associa o fotoperíodo

e a temperatura do ar (média, máxima e mínima), e que, portanto, combina

dois elementos climáticos (luz e temperatura do ar) (Alcântara et al., 1993). O

saldo de unidades fototérmicas nos diferentes períodos nas safras avaliadas,

variou de 16128,7 a 37206,1 e comparando-se as safras obteve-se em média

24128,1.

O desenvolvimento e a maturação dos frutos cítricos, apesar de ser

bastante influenciado pela temperatura do ar, também, sofre influência da

precipitação pluviométrica (Pedro Jr., 1991) e disponibilidade de água no solo

(Albrigo, 1993).

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60

A precipitação pluviométrica total, nos diferentes períodos nas safras

avaliadas, variou de 653,3 a 1595,6 mm e comparando-se as safras obteve-se

em média 1122,1 mm (Tabela 2).

A safra 2006/07 foi a mais chuvosa, com precipitação total média de

1307,8 mm e a menos chuvosa foi a safra 2008/09 com precipitação total

média de 862,4 mm. Em todos os períodos e safras, a precipitação

pluviométrica total dos meses de junho, julho e agosto foram inferiores a 41,0

mm. As menores precipitações ocorreram nos meses de maio a setembro e as

maiores precipitações foram concentradas, principalmente, em outubro e

dezembro de 2006 e de janeiro a abril de 2007, na safra 2006/07 (Figura 15),

de outubro a dezembro de 2007 e de janeiro a março de 2008, na safra

2007/08 (Figura 16) e de outubro a dezembro de 2008 e de janeiro a abril de

2009, na safra 2008/09 (Figura 17).

Os resultados encontrados confirmam que para a região de Colorado

do Oeste, conforme a Secretaria de Planejamento do Estado de Rondônia

(SEPLAN - RO, 2002), nos meses de outubro a abril tem-se o período de

maiores precipitações e nos meses de maio a setembro as precipitações

pluviométricas são menores, mas a precipitação total média nas três safras

avaliadas foi de 1122,1 mm estando abaixo do normal para a região que é

entre 1470 mm e 1500 mm

O desenvolvimento dos frutos variou e apresentou crescimento mais

rápido durante os meses de maior precipitação pluviométrica. Segundo

Coelho (1993), nas regiões tropicais, a lima ácida ‘Tahiti’ apresenta um

desenvolvimento mais rápido, durante o período de plena disponibilidade de

água.

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61

0102030405060708090

100

12/7/06 12/8/06 12/9/06 12/10/06 12/11/06 12/12/06 12/1/07 12/2/07 12/3/07

Data

Figura 15. Precipitação pluviométrica total diária durante o período de 12 de julho de 2006 a 29 de março de 2007. Safra 2006/07. Colorado do Oeste - RO.

0102030405060708090

100

8/11/07 8/12/07 8/1/08 8/2/08 8/3/08 8/4/08 8/5/08

Data

Figura 16. Precipitação pluviométrica total diária durante o período de 8 de novembro de 2007 a 8 de maio de 2008. Safra 2007/08. Colorado do Oeste - RO.

0102030405060708090

100

18/9/08 18/10/08 18/11/08 18/12/08 18/1/09 18/2/09 18/3/09

Data

Figura 17. Precipitação pluviométrica total diária durante o período de 18 de setembro de 2008 a 26 de março de 2009. Safra 2008/09. Colorado do Oeste - RO.

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62

4.2 Balanço hídrico e armazenamento de água no solo

Os valores médios da umidade do solo na capacidade de campo (Cc),

no ponto de murcha permanente (Pmp), a densidade do solo (Da) e a

capacidade de água disponível (CAD), estão apresentados na Tabela 3.

Tabela 3. Umidade na capacidade de campo (Cc), umidade no ponto de murcha permanente (Pmp), densidade aparente (Da) e capacidade de água disponível (CAD) em solo Argissolo Vermelho eutrófico. IFRO, Colorado do Oeste - RO.

Camada do

solo (cm)

Cc*

(% em peso)

Pmp*

(% em peso)

Da*

(g cm-3)

CAD

(mm cm-1 solo)

CAD x h**

0 – 30 40,05 24,62 1,47 2,27 68,1

30 – 60 45,60 25,65 1,46 2,91 87,3

60 – 90 43,09 30,55 1,40 1,75 52,5

0 – 90 42,91 26,94 1,44 2,31 207,9

* média de 3 amostras; ** profundidade do sistema radicular (cm)

Os resultados do balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’,

com capacidade de água disponível no solo (CAD) de 207,9 mm conforme as

características do solo, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste –

Rondônia, nas safras avaliadas, utilizando dados de precipitação pluviométrica

total (PP) e chuva efetiva (PPe), são apresentados nas Tabelas 4, 5 e 6.

Levando-se em consideração a precipitação pluviométrica total (PP),

a safra 2006/07 apresentou DEF de 64,8 mm, a safra 2007/08 DEF de 2,7 mm

e a safra 2008/09 DEF de 2,6 mm. O balanço hídrico para a safra 2006/07

apresentou DEF maior nos meses de julho a setembro (período de seca na

região), consequentemente, baixo armazenamento de água no solo (ARM)

durante este período, mas a precipitação pluviométrica elevada nos meses de

outubro a abril proporcionou a maior média de chuva para esta safra.

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63

Tabela 4. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia, na safra 2006/07, com CAD de 207,9 mm.

Data PP* ETc* ARM ETR DEF EXC PPe* ETc* ARM ETR DEF EXC mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm

26/07/06 0 43,8 168,4 43,4 0,4 0,0 0,0 43,8 168,4 43,4 0,4 0,0 09/08/06 0 48,2 133,5 34,9 13,3 0,0 0,0 48,2 133,5 34,9 13,3 0,0 23/08/06 0 50,6 104,7 28,8 21,8 0,0 0,0 50,6 104,7 28,8 21,8 0,0 05/09/06 33,1 50,2 96,4 41,4 8,8 0,0 16,6 50,2 89,1 32,2 18,0 0,0 19/09/06 25,1 49,8 85,6 35,9 13,9 0,0 12,6 49,8 74,5 27,2 22,6 0,0 03/10/06 105,3 45,0 145,9 45,0 0,0 0,0 52,7 45,0 82,2 45,0 0,0 0,0 17/10/06 128,6 49,1 207,9 49,1 0,0 17,5 64,3 49,1 97,4 49,1 0,0 0,0 31/10/06 258,6 47,2 207,9 47,2 0,0 211,4 129,3 47,2 179,5 47,2 0,0 0,0 15/11/06 9,9 54,7 167,6 50,2 4,5 0,0 5,0 54,7 189,5 15,0 39,7 0,0 29/11/06 41,7 51,7 159,7 49,6 2,1 0,0 20,9 51,7 163,4 47,0 4,7 0,0 13/12/06 209,1 45,1 207,9 45,1 0,0 115,8 104,6 45,1 207,9 45,1 0,0 15,0 27/12/06 148,3 46,4 207,9 46,4 0,0 101,9 74,2 46,4 207,9 46,4 0,0 27,8 10/01/07 294,3 43,4 207,9 43,4 0,0 250,9 147,2 43,4 207,9 43,4 0,0 103,8 24/01/07 74,9 50,2 207,9 50,2 0,0 24,7 37,5 50,2 195,6 49,8 0,4 0,0 07/02/07 222,1 44,7 207,9 44,7 0,0 177,4 111,1 44,7 207,9 44,7 0,0 54,1 21/02/07 118,2 44,0 207,9 44,0 0,0 74,2 59,1 44,0 207,9 44,0 0,0 15,1 07/03/07 67,5 47,1 207,9 47,1 0,0 20,4 33,8 47,1 195,0 46,7 0,4 0,0 21/03/07 103,7 43,6 207,9 43,6 0,0 60,1 51,9 43,6 203,3 43,6 0,0 0,0 29/03/07 24,7 29,6 203,0 29,6 0,0 0,0 12,4 29,6 195,7 20,0 9,6 0,0 PP = Precipitação pluviométrica total. PPe = Precipitação pluviométrica efetiva (c = 0,5). ETc = Evapotranspiração da cultura calculada diariamente para Kc = 0,8. *Valor do período de 14 dias.

Tabela 5. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia, na safra 2007/08, com CAD de 207,9 mm.

Data PP* ETc* ARM ETR DEF EXC PPe* ETc* ARM ETR DEF EXC mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm 22/11/07 187,7 50,7 207,9 50,7 0,0 54,1 93,9 50,7 168,2 50,7 0,0 0,0 06/12/07 135,6 43,4 207,9 43,4 0,0 92,2 67,8 43,4 192,6 43,4 0,0 0,0 20/12/07 170,5 52,4 207,9 52,4 0,0 118,1 82,3 52,4 207,9 52,4 0,0 14,6 03/01/08 104,7 45,9 207,9 45,9 0,0 58,8 52,4 45,9 207,9 45,9 0,0 6,5 17/01/08 69,8 47,6 207,9 47,6 0,0 22,2 34,9 47,6 195,6 47,2 0,4 0,0 31/01/08 252,6 37,8 207,9 37,8 0,0 214,8 126,3 37,8 207,9 37,8 0,0 76,2 14/02/08 179,5 43,5 207,9 43,5 0,0 136,0 89,8 43,5 207,9 43,5 0,0 46,3 28/02/08 121,4 44,6 207,9 44,6 0,0 76,8 60,7 44,6 207,9 44,6 0,0 16,1 13/03/08 107,8 41,7 207,9 41,7 0,0 66,1 53,9 41,7 207,9 41,7 0,0 12,2 27/03/08 129,5 43,7 207,9 43,7 0,0 85,8 64,8 43,7 207,9 43,7 0,0 21,1 10/04/08 208,6 43,6 207,9 43,6 0,0 165,0 104,3 43,6 207,9 43,6 0,0 60,7 24/04/08 8,9 43,2 176,3 40,5 2,7 0,0 4,5 43,2 172,6 39,8 3,4 0,0 08/05/08 60,4 41,2 195,5 41,2 0,0 0,0 30,2 41,2 163,7 39,1 2,1 0,0 PP = Precipitação pluviométrica total. PPe = Precipitação pluviométrica efetiva (c = 0,5). ETc = Evapotranspiração da cultura calculada diariamente para Kc = 0,8. *Valor do período de 14 dias.

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64

Tabela 6. Balanço hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - Rondônia, na safra 2008/09, com CAD de 207,9 mm.

Data PP* ETc* ARM ETR DEF EXC PPe* ETc* ARM ETR DEF EXC mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm mm

02/10/08 8,1 53,1 167,4 50,5 2,6 0,0 4,1 53,1 164,2 43,3 9,8 0,0 16/10/08 113,2 54,6 207,9 54,6 0,0 18,1 56,6 54,6 166,2 54,6 0,0 0,0 30/10/08 136,4 53,0 207,9 53,0 0,0 83,4 68,2 53,0 181,4 53,0 0,0 0,0 13/11/08 55,0 53,7 207,9 53,7 0,0 1,3 27,5 53,7 205,8 51,9 1,8 0,0 27/11/08 83,8 49,2 207,9 49,2 0,0 34,6 41,9 49,2 202,8 44,9 4,3 0,0 11/12/08 86,5 50,7 207,9 50,7 0,0 35,8 43,3 50,7 195,7 50,4 0,3 0,0 25/12/08 65,2 48,6 207,9 48,6 0,0 16,6 32,6 48,6 181,2 47,1 1,5 0,0 08/01/09 110,3 47,5 207,9 47,5 0,0 62,8 55,2 47,5 188,9 47,5 0,0 0,0 22/01/09 96,6 53,5 207,9 53,5 0,0 43,1 48,3 53,5 193,7 53,1 0,4 0,0 05/02/09 105,0 47,6 207,9 47,6 0,0 57,4 52,5 47,6 198,6 47,6 0,0 0,0 19/02/09 153,8 43,6 207,9 43,6 0,0 110,2 76,9 43,6 207,9 43,6 0,0 24,0 05/03/09 322,3 49,7 207,9 49,7 0,0 272,6 161,2 49,7 207,9 49,7 0,0 111,5 19/03/09 178,3 46,3 207,9 46,3 0,0 132,0 89,2 46,3 207,9 46,3 0,0 42,9 26/03/09 74,8 25,2 207,9 25,2 0,0 49,6 37,4 25,2 207,9 25,2 0,0 12,2

PP = Precipitação pluviométrica total. PPe = Precipitação pluviométrica efetiva (c = 0,5). ETc = Evapotranspiração da cultura calculada diariamente para Kc = 0,8. *Valor do período de 14 dias.

O maior armazenamento de água no solo (ARM), possibilitou maior

crescimento do fruto e redução no período de desenvolvimento, entre outubro

e abril, de acordo com a umidade do solo medida e calculada neste período,

nas safras 2007/08 e 2008/09. Isto mostra a influência do armazenamento de

água no solo para o melhor desenvolvimento dos frutos.

A relação entre o armazenamento de água no solo (umidade no solo)

medido na área experimental (ARM medido) e o armazenamento de água

disponível no solo calculado no balanço hídrico (ARM calculado) e, as

equações de regressão linear com coeficientes de determinação (r2), nas

safras de 2007/08 e 2008/09, são apresentados nas Figuras 18 e 19.

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65

y = 1,4358x + 54,93r2 = 0,3115

0

100

200

300

400

500

120 140 160 180 200 220ARM calculado (mm)

Figura 18. Relação entre o armazenamento de água medido no solo (ARM medido) e o armazenamento de água disponível no solo calculado no balanço hídrico (ARM calculado), nas safras 2007/08 e 2008/09, para precipitação pluviométrica total (PP) na região de Colorado do Oeste - RO.

y = 1,517x + 52,497r2 = 0,3802

0

100

200

300

400

500

120 140 160 180 200 220ARM calculado (mm)

Figura 19. Relação entre o armazenamento de água medido no solo (ARM medido) e o armazenamento de água disponível no solo calculado no balanço hídrico (ARM calculado), nas safras 2007/08 e 2008/09, para chuva efetiva (PPe) na região de Colorado do Oeste - RO.

Os coeficientes de determinação encontrados quando comparados à

umidade no solo medida na área experimental (ARM medido) e o

armazenamento de água disponível no solo calculado no balanço hídrico,

foram semelhantes para valores de PP e PPe, portanto é possível utilizar

valores de precipitação total ou efetiva no calculo do balanço hídrico para as

condições edafoclimáticas da região de Colorado do Oeste - RO.

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66

4.3 Crescimento e desenvolvimento dos frutos

Como o cultivo não foi irrigado o crescimento dos frutos em períodos

de menor precipitação pluviométrica foi mais lento, onde o armazenamento de

água no solo foi menor, apresentando ampliação do período de

desenvolvimento.

Segundo Paulino (2005) o estresse hídrico pode resultar em

crescimento mais lento do fruto. Geralmente o aumento no tamanho do fruto

durante a estação chuvosa reflete o efeito de mais disponibilidade de água.

Ginestar e Castel (1996) apontam que o estresse hídrico causa redução do

tamanho dos frutos.

Segundo Davies e Albrigo (1994) a taxa de crescimento do fruto para

diferentes regiões é função da temperatura durante cada estádio de

desenvolvimento e da umidade do solo, principalmente durante as fases de

expansão celular e maturação e, o conteúdo de água do solo adequado via

chuva ou irrigação aumenta significativamente o tamanho do fruto durante a

fase de expansão celular.

Segundo Berilli et al. (2007), a fase de crescimento é uma etapa de

desenvolvimento do fruto, onde ocorrem as alterações quantitativas que

resultam no aumento de peso e volume desse órgão. Tal fase é bastante

influenciada por fatores meteorológicos, como temperatura do ar e

precipitação pluviométrica, além de fatores genéticos intrínsecos de cada

material vegetal.

As curvas de regressão mostram uma boa relação entre o

crescimento do fruto (tamanho do fruto) e as condições meteorológicas

estudadas, apresentando períodos de desenvolvimento de 99 a 181 dias

(Figuras 20 e 21).

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67

Safra 2006/07

y = -0,0011x2 + 0,4717x + 13,172R2 = 0,9133

0

20

40

60

80

0 28 56 84 112 140 168 196Dias

Safra 2007/08

y = -0,0016x2 + 0,5702x + 11,638R2 = 0,9047

0

20

40

60

80

0 28 56 84 112 140 168Dias

Safra 2008/09

y = -0,0022x2 + 0,6754x + 9,8448R2 = 0,944

0

20

40

60

80

0 28 56 84 112 140Dias

Figura 20. Tamanho de frutos (comprimento) de lima ácida ‘Tahiti’ em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.

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68

Safra 2006/07

y = -0,0012x2 + 0,4765x + 8,9349R2 = 0,8992

0

20

40

60

80

0 28 56 84 112 140 168 196Dias

Safra 2007/08

y = -0,0014x2 + 0,5507x + 8,5288R2 = 0,9191

0

20

40

60

80

0 28 56 84 112 140 168Dias

Safra 2008/09

y = -0,0017x2 + 0,6157x + 7,4183R2 = 0,9553

0

20

40

60

80

0 28 56 84 112 140Dias

Figura 21. Tamanho de frutos (diâmetro) de lima ácida ‘Tahiti’ em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.

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69

Nas Figuras 22 a 25 são apresentados o comportamento das

variáveis distância do fruto à parte externa da copa das árvores (d), número

de frutos do ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f) e

comprimento (c) e número de folhas deste ramo (fo), nas condições

meteorológicas de Colorado do Oeste - RO.

Safra 2006/07

y = 0,0003x2 - 0,0702x + 5,1656R2 = 0,2847

0

5

10

15

20

0 28 56 84 112 140 168 196Dias

Safra 2007/08

y = 1E-05x2 - 0,0022x + 1,1185R2 = 0,063

0

1

2

3

4

0 28 56 84 112 140 168Dias

Safra 2008/09

y = 0,0003x2 - 0,0424x + 2,8991R2 = 0,1816

0

2

4

6

8

10

0 28 56 84 112 140Dias

Figura 22. Número de frutos no ramo de última ordem onde o fruto de lima ácida ‘Tahiti’ está inserido em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.

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70

Safra 2006/07

y = 0,0004x2 - 0,0609x + 18,747R2 = 0,0125

0

10

20

30

40

50

0 28 56 84 112 140 168 196Dias

Safra 2007/08

y = 0,0002x2 - 0,0197x + 9,22R2 = 0,0032

0

10

20

30

40

0 28 56 84 112 140 168Dias

Safra 2008/09

y = -4E-05x2 - 0,0037x + 13,136R2 = 0,0014

0

10

20

30

40

50

0 28 56 84 112 140Dias

Figura 23. Número de folhas no ramo de última ordem onde o fruto de lima ácida ‘tahiti’ está inserido em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.

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71

Safra 2006/07

y = 0,0016x2 - 0,1652x + 290,31R2 = 0,0029

0

200

400

600

800

0 28 56 84 112 140 168 196Dias

Safra 2007/08

y = 0,0025x2 - 0,2597x + 188,74R2 = 0,002

0

200

400

600

0 28 56 84 112 140 168Dias

Safra 2008/09

y = 0,0005x2 - 0,0227x + 257,59R2 = 0,0001

0

200

400

600

800

0 28 56 84 112 140Dias

Figura 24. Comprimento do ramo de última ordem onde o fruto de lima ácida ‘Tahiti’ está inserido em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.

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72

Safra 2006/07

y = 0,0116x2 + 0,6053x + 612,95R2 = 0,1685

0

400

800

1200

1600

0 28 56 84 112 140 168 196Dias

Safra 2007/08

y = -0,0154x2 + 2,1513x + 807,85R2 = 0,0055

0

400

8001200

1600

2000

2400

0 28 56 84 112 140 168Dias

Safra 2008/09

y = 0,014x2 - 1,1452x + 751,58R2 = 0,0068

0

400

800

1200

1600

2000

0 28 56 84 112 140Dias

Figura 25. Distância do fruto de lima ácida ‘Tahiti’ à parte externa da copa da árvore em função do período de desenvolvimento, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste - RO. IFRO. 2006 - 2009.

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73

Os resultados do cálculo das equações lineares múltiplas de regressão,

entre a distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do

ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento

(c) e o número de folhas deste ramo (fo) (parâmetros envolvidos no

crescimento e desenvolvimento dos frutos) e as variáveis meteorológicas

(GDA, UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, são

apresentados nas Tabelas 7 e 8. Os coeficientes de determinação

encontrados não são significativos a 5% de probabilidade.

Tabela 7. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre a distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de folhas deste ramo (fo) e as variáveis meteorológicas (GDA, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO.

Variáveis

Dependentes (y)

Variáveis

independentes (xi)

Y = a + b x1 + c x2 r2

a b c

d (mm) X1 = GDA 671,80 + 0,1645 - 0,0548 0,0322

f (unidade) X2 = PP 2,40 + 0,0002 - 0,0013 0,0763

fo (unidade) 12,66 + 0,0055 - 0,0060 0,0249

c (mm) 227,16 + 0,0925 - 0,0924 0,0291

d (mm) X1 = GDA 994,04 + 1,0171 - 3,0774 0,0864

f (unidade) X2 = ETR 4,56 + 0,0050 - 0,0203 0,1242

fo (unidade) 17,12 + 0,0133 - 0,0425 0,0188

c (mm) 307,45 + 0,2474 - 0,7727 0, 0306

d (mm) X1 = GDA 664,03 + 0,0943 + 2,0486 0,0519

f (unidade) X2 = DEF 2,36 - 0,0012 + 0,0203 0,1059

fo (unidade) 12,34 - 0,0009 + 0,1077 0,0780

c (mm) 221,62 - 0,0041 + 1,5769 0,0775

d (mm) X1 = GDA 664,98 + 0,1103 + 0,0507 0,0359

f (unidade) X2 = EXC 2,62 + 0,0 - 0,0021 0,1169

fo (unidade) 13,46 + 0,0049 - 0,0087 0,0552

c (mm) 235,71 + 0,0708 - 0,1036 0,0401

GDA = graus-dias acumulado (soma térmica °C); PP = precipitação pluviométrica total (mm); ETR = evapotranspiração real (mm); DEF = deficiência hídrica (mm); EXC = excedente hídrico (mm).

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74

Tabela 8. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre a distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de folhas deste ramo (fo) e as variáveis meteorológicas (UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO.

Variáveis

Dependentes (y)

Variáveis

Independentes (xi)

Y = a + b x1 + c x2 r2

a b c

d (mm) X1 = UF 674,54 + 0,0065 - 0,0066 0,0287

f (unidade) X2 = PP 2,40 + 0,0 - 0,0012 0,0762

fo (unidade) 12,44 + 0,0003 - 0,0059 0,0361

c (mm) 224,62 + 0,0048 - 0,0856 0,0375

d (mm) X1 = UF 836,69 + 0,0307 - 1,5512 0,0539

f (unidade) X2 = ETR 4,15 + 0,0002 - 0,0165 0,1240

fo (unidade) 18,93 + 0,0010 - 0,0627 0,0626

c (mm) 320,11 + 0,0160 - 0,9297 0,0659

d (mm) X1 = UF 670,78 + 0,0045 + 2,0065 0,0480

f (unidade) X2 = DEF 2,38 - 0,0 + 0,0228 0,1095

fo (unidade) 12,21 - 0,0 + 0,1071 0,0769

c (mm) 220,49 - 0,0001 + 1,5631 0,0773

d (mm) X1 = UF 662,98 + 0,0054 + 0,0731 0,0354

f (unidade) X2 = EXC 2,64 + 0,0 - 0,0021 0,1166

fo (unidade) 13,25 + 0,0002 - 0,0081 0,0611

c (mm) 232,79 + 0,0038 - 0,0949 0,0454

UF = unidades fototérmicas; PP = precipitação pluviométrica total (mm); ETR = evapotranspiração real (mm); DEF = deficiência hídrica (mm); EXC = excedente hídrico (mm).

Os resultados do cálculo das equações lineares múltiplas de regressão,

entre o crescimento do fruto (CF = comprimento e DF = diâmetro) e a

distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de

última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o

número de folhas deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, são

apresentados na Tabela 9.

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75

Tabela 9. Parâmetros das equações (a, b, c, d, e) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre o crescimento dos frutos (tamanho = CF e DF) e a distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de folhas deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste, RO.

Variáveis

dependentes (y)

Variáveis

independentes (xi)

Y = a + b x1 + c x2 + d x3 + e x4 r2

a b c d e

CF X1 = d (mm)

X2 = f (unidade)

X3 = fo (unidade)

X4 = c (mm)

39,10 + 0,0047 - 2,5107 + 0,0551 + 0,0074 0,1169

DF X1 = d (mm)

X2 = f (unidade)

X3 = fo (unidade)

X4 = c (mm)

36,07 + 0,0036 - 2,5921 - 0,0072 + 0,0111 0,1207

CF = comprimento do fruto (mm) e DF = diâmetro do fruto (mm)

As equações não apresentaram coeficiente de determinação

significativo. Portanto, não houve influência significativa dos parâmetros

estudados envolvidos no crescimento e desenvolvimento dos frutos (d, f, fo, c)

na determinação do crescimento e tamanho dos frutos.

O crescimento dos ramos foi mínimo ou praticamente não houve

crescimento, provavelmente em função do uso dos fotoassimilados para o

crescimento dos frutos. O número de frutos e folhas no ramo variou em função

da queda e do surgimento de folhas e frutos novos durante o período de

crescimento e desenvolvimento ou manteve-se constante. A distância do fruto

até a parte externa da copa da árvore variou em função do crescimento dos

frutos, observando-se que o aumento de tamanho destes frutos forçou o

deslocamento do ramo, em função do peso, aumentando a distância inicial do

fruto à parte externa da copa da árvore.

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76

4.4 Parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos

A obtenção de produtos de alta qualidade é o objetivo comum dos

produtores de citros e da indústria de suco. A indústria de suco avalia a

qualidade dos frutos a partir de suas características químicas (concentração

de sólidos solúveis e ácidos orgânicos, e a razão entre esses dois parâmetros)

e as características físicas (peso médio do fruto e o rendimento do suco) que

estão relacionadas ao rendimento do produto final ou rendimento industrial

(Volpe et al., 2000).

Na safra 2006\07 houve significância pelo teste de Tukey para todas

as características físicas dos frutos de lima ácida ‘Tahiti’, avaliadas nos

diferentes períodos de desenvolvimento (Tabela 10).

Tabela 10. Período de desenvolvimento e características físicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2006/07.

Período de Desenvolvimento

Duração do período (dias)

CF (mm)

PF (g)

PS (g)

VS (ml)

RS (%)

1 160 59,00 bc 96,10 b 31,23 cd 30,67 c 32,50 cd 2 175 59,50 bc 98,83 ab 40,07 bc 39,50 bc 40,57 ab 3 181 61,00 ab 104,90 ab 47,00 ab 46,50 ab 44,83 ab 4 155 62,83 a 107,40 a 47,70 ab 46,00 ab 44,47 ab 5 175 62,83 a 105,00 ab 48,97 a 48,50 a 46,67 a 6 114 59,50 bc 101,90 ab 30,53 d 30,50 c 29,73 d 7 157 58,00 c 99,27 ab 39,30 bcd 38,50 bcd 39,60 abc 8 130 58,50 c 97,27 ab 36,27 cd 35,00 cd 37,20 bcd

Média 155,9 60,1 101,3 40,1 39,4 39,8 Cv (%) 1,35 3,68 7,65 7,51 6,92

CF = comprimento do fruto; PF = peso do fruto; PS = peso do suco; VS = volume do suco; RS = rendimento do suco. As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

Nos períodos de soma térmica (GDA) mais elevada os frutos

aumentaram de tamanho (comprimento do fruto). Cunha Sobrinho et al. (1992)

consideram a temperatura do ar como fator mais importante que influencia o

tamanho dos frutos. Albrigo (1993) comenta que, além da temperatura do ar, a

disponibilidade de água no solo aumenta o tamanho dos frutos.

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77

Nos períodos onde a precipitação pluviométrica foi mais acentuada os

frutos aumentaram de peso (PF). Segundo Coelho (1993) e Sentelhas (2005),

nas regiões tropicais, a lima ácida ‘Tahiti’ apresenta um desenvolvimento mais

rápido durante o período de plena disponibilidade de água. Segundo Hilgeman

(1977) o déficit hídrico afeta o peso dos frutos.

As diferenças foram significativas, contudo não influenciaram na

qualidade dos frutos, uma vez que, em todos os períodos os frutos colhidos

apresentaram tamanhos (CF) e peso que atendem ao mercado consumidor à

exceção do período 1 que apresentou frutos com peso inferior, provavelmente

devido à baixa precipitação pluviométrica. Os frutos com tamanho entre 47 e

65 mm de diâmetro (Ramos et al., 2002), comprimento de 55 a 70 mm

(Luchetti et al., 2003) e com massa superior a 100 g (Passos et al., 2002) são

os preferidos pelo mercado.

De acordo com Koller (1994) frutos produzidos em regiões ou em

épocas quentes são maiores e ainda, segundo Albrigo (1994) uma boa

disponibilidade de água no solo durante o desenvolvimento dos frutos pode

aumentar a turgescência e consequentemente seu tamanho.

Nos períodos onde a soma térmica (GDA) foi mais elevada associada

à precipitação pluviométrica mais acentuada os frutos apresentaram melhor

rendimento de suco (RS), atendendo às necessidades para o consumo “in

natura” e indústria. De acordo com Chitarra e Chitarra (1990) e Koller (1994),

para a utilização industrial os frutos devem apresentar RS de no mínimo 40%

e segundo Salibe (1977) a qualidade dos frutos para o consumo ‘in natura’

deve apresentar RS de no mínimo 35%.

Na safra 2007\08 não houve diferença significativa para as

características físicas dos frutos (Tabela 11). Os frutos colhidos nos diferentes

períodos de desenvolvimento apresentaram a mesma qualidade em tamanho,

peso e RS. O tamanho e o peso dos frutos atende ao mercado consumidor, no

entanto, o RS está abaixo dos padrões comerciais, tendo sido prejudicado

devido à soma térmica (GDA) e precipitação pluviométrica inferior ocorrida

nesta safra.

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78

Tabela 11. Período de desenvolvimento e características físicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2007/08.

Período de Desenvolvimento

Duração do período (dias)

CF (mm)

PF (g)

PS (g)

VS (ml)

RS (%)

1 113 60,33 a 101,73 a 37,17 a 36,67 a 36,50 a 2 141 58,00 a 107,67 a 35,77 a 35,67 a 33,37 a 3 113 58,00 a 104,10 a 29,90 a 30,50 a 28,70 a 4 141 56,50 a 100,40 a 33,47 a 33,00 a 33,30 a 5 99 58,33 a 105,47 a 27,77 a 28,33 a 26,57 a 6 113 59,00 a 108,83 a 31,20 a 30,67 a 28,27 a 7 8

113 127

59,50 a 60,00 a

112,07 a 108,23 a

29,23 a 27,87 a

29,50 a 27,67 a

26,20 a 25,83 a

Média 120 58,7 106,1 31,5 31,5 29,9 Cv (%) 4,20 9,17 17,95 17,00 15,08

CF = comprimento do fruto; PF = peso do fruto; PS = peso do suco; VS = volume do suco; RS = rendimento do suco. As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

Na safra 2008\09 só houve diferença significativa para o tamanho do

fruto (Tabela 12). Nos períodos de soma térmica (GDA) mais elevada os frutos

aumentaram de tamanho. A diferença foi significativa, contudo não influenciou

na qualidade, uma vez que, em todos os períodos os frutos apresentaram

tamanho que atendem ao mercado consumidor.

Tabela 12. Período de desenvolvimento e características físicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2008/09.

Período de Desenvolvimento

Duração do período

(dias)

CF (mm)

PF (g)

PS (g)

VS (ml)

RS (%)

1 113 59,33 abc 88,53 a 33,47 a 32,67 a 38,30 a 2 126 59,33 abc 89,97 a 29,30 a 29,00 a 32,60 a 3 99 61,67 ab 95,37 a 24,57 a 24,00 a 25,90 a 4 113 62,33 a 97,30 a 33,30 a 32,67 a 34,23 a 5 113 63,67 a 102,13 a 35,83 a 35,00 a 34,90 a 6 120 55,00 c 90,80 a 24,40 a 24,30 a 27,00 a 7 99 55,33 c 90,60 a 24,87 a 24,60 a 27,33 a 8 106 56,33 bc 93,83 a 25,73 a 25,77 a 27,37 a

Média 111,1 59,1 93,6 28,9 28,5 30,9 Cv (%) 3,33 8,76 15,02 14,92 14,81

CF = comprimento do fruto; PF = peso do fruto; PS = peso do suco; VS = volume do suco; RS = rendimento do suco. As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

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79

Os frutos colhidos nos diferentes períodos apresentaram a mesma

qualidade em peso e RS. O peso dos frutos está um pouco abaixo do exigido

pelo mercado consumidor, provavelmente devido às precipitações

pluviométricas mais baixas ocorridas nesta safra, e o RS está abaixo dos

padrões comerciais exigidos, tendo sido prejudicado devido à soma térmica

(GDA) e a precipitação pluviométrica terem sido inferiores.

Todas as características químicas de frutos de lima ácida ‘Tahiti’

avaliadas nos diferentes períodos de desenvolvimento na safra 2006\07

apresentaram significância pelo teste de Tukey (Tabela 13).

Tabela 13. Período de desenvolvimento e características químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2006/07.

Período de Desenvolvimento

Duração do período (dias)

pH SS AT SS/AT IT

1 160 2,03 ab 9,93 a 5,73 abc 1,73 a 0,90 abc 2 175 2,10 a 9,10 ab 5,83 ab 1,60 bc 1,00 ab 3 181 1,67 d 9,23 ab 6,07 a 1,57 bc 1,13 a 4 155 2,03 ab 8,93 b 6,00 ab 1,50 cd 1,10 ab 5 175 1,70 d 8,07 c 5,63 abc 1,40 d 1,03 ab 6 114 1,83 cd 8,67 bc 5,30 c 1,63 ab 0,70 c 7 157 1,90 bc 8,67 bc 6,00 ab 1,50 cd 0,90 abc 8 130 1,93 abc 8,77 bc 5,60 bc 1,57 bc 0,87 bc

Média 155,9 1,9 8,9 5,8 1,6 1,0 Cv (%) 3,17 3,26 2,72 2,66 8,60

SS = sólidos solúveis (ºBrix); AT = acidez titulável (gramas de ácido cítrico / 100ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa). As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

Todos os frutos apresentaram suco com índices de pH adequado à

qualidade industrial à exceção dos frutos colhidos nos períodos 3 e 5. De

acordo com Ting e Attaway (1971) o pH dos frutos cítricos geralmente varia

em torno de 2,0 para limas e limões.

Nos períodos onde a soma térmica (GDA) foi mais elevada associada

à precipitação pluviométrica menos acentuada, os frutos apresentaram melhor

teor de sólidos solúveis (SS) e acidez titulável (AT).

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80

Teores mais elevados de SS, segundo Reuther e Rios-Castano

(1969), estão associados ao estresse por seca e umidade do solo moderada,

e longos períodos de chuva diminuem os SS. Volpe et al. (2000), mostraram

que o teor de SS aumenta com o acúmulo de graus-dia, e que a relação

quadrática é a que melhor explica essas relações. Chen (1990) mostrou que o

acúmulo de graus-dia pode representar o acúmulo de SS.

Em todos os períodos os frutos apresentaram suco com teores de SS

ou dentro dos padrões comerciais para exportação (indústria de suco) ou para

o mercado interno, à exceção do suco dos frutos colhidos no período 5 onde a

precipitação pluviométrica foi superior e promoveu a diluição dos SS. Luchetti

et al. (2003), mencionam que o suco do fruto de lima ácida ‘Tahiti’ tem teores

médios de 9º Brix. Os SS (º Brix) indicam a quantidade de substâncias que se

encontram dissolvidos no suco, sendo constituído na sua maioria por açúcares

(Alves, 1996).

De acordo com Rasmussen et al. (1996) e Albrigo (1993) o ácido

cítrico é o mais acumulado no fruto e particularmente a soma da temperatura

do ar o fator que mais influencia no acúmulo desse ácido. Kimbal (1984)

observou que no inicio da maturação, a soma da temperatura do ar, está,

provavelmente, mais diretamente relacionada ao crescimento do fruto e,

consequentemente, ao aumento da capacidade do mesmo em absorver e

reter água, o que, por sua vez, provoca a diluição do ácido.

Conforme Coelho (1993) o suco dos frutos com teores médios de 6 g

de ácido cítrico por 100 ml suco, está de acordo com os teores médios de AT

desejáveis, portanto os frutos colhidos em todos os períodos, apresentam

suco com teores de AT adequado ao mercado consumidor, à exceção do suco

dos frutos colhidos no período 6, onde a soma térmica (GDA) foi inferior e

diminuiu o acúmulo de ácido.

Em todos os períodos o suco dos frutos apresentou uma boa relação

SS/AT, à exceção do período 5 onde a precipitação pluviométrica elevada

reduziu os SS e a soma térmica (GDA) elevada promoveu o acúmulo de

ácidos reduzindo a relação SS/AT. Segundo Luchetti et al. (2003) a relação

SS/AT deve ser de no mínimo 1,5.

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81

A relação SS/AT é um fator que indica o sabor dos frutos (doce ou

ácido), sendo dependente das quantidades relativas de açúcares e AT no

suco, sendo considerada como um importante índice de maturidade dos frutos

(Jackson, 1991; Costa, 1994).

O índice tecnológico (IT), que determina o rendimento industrial, não

constitui o resultado de uma medida e, sim, de um cálculo, cujos parâmetros

são o teor de SS e o RS; portanto, ele é influenciado por todos os fatores que

afetam o comportamento desses parâmetros. Nos períodos onde o RS foi

adequado para comercialização e o teor de SS foi melhor obteve-se índice

tecnológico (IT) com rendimento igual ou acima de 0,9 kg SS caixa, o que

atende o mercado interno para consumo, mas a indústria exige índices

superiores.

Na safra 2007/08 houve diferença significativa para pH, teor de SS,

relação SS/AT e conteúdo de vitamina C ou ácido ascórbico (Tabela 14).

Tabela 14. Período de desenvolvimento e características químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2007/08.

Período de

desenvolvimento

Duração do período

(dias)

pH SS AT SS/AT IT VC

1 113 2,27 a 8,03 c 5,63 a 1,43 ab 0,83 a 30,33 ab 2 141 2,40 a 8,07 bc 5,77 a 1,40 b 0,73 a 29,63 ab 3 113 2,37 a 8,20 bc 5,60 a 1,47 ab 0,63 a 30,57 ab 4 141 2,30 a 9,17 a 5,13 a 1,80 a 0,80 a 24,20 ab 5 099 2,43 a 8,10 bc 5,43 a 1,50 ab 0,60 a 33,30 a 6 113 2,00 b 8,00 c 5,30 a 1,53 ab 0,63 a 28,10 ab 7 8

113 127

2,27 a 2,33 a

8,90 ab 9,23 a

5,37 a 5,37 a

1,67 ab 1,73 ab

0,60 a 0,67 a

22,20 b 25,40 ab

Média 120,0 2,3 8,5 5,5 1,6 0,7 27,9 Cv (%) 3,13 3,53 7,95 8,40 12,94 13,52

SS = sólidos solúveis (ºBrix); AT = acidez titulável (gramas de ácido cítrico / 100ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa); VC = vitamina C (mg / 100 ml suco). As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

A diferença foi significativa, contudo não influenciou na qualidade dos

frutos, uma vez que, em todos os períodos os frutos apresentam suco com

pH, teor de vitamina C e relação SS/AT dentro dos padrões comerciais, à

exceção do período 2 que apresentou relação SS/AT inferior devido à soma

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82

térmica (GDA) elevada ter promovido o acúmulo de ácidos e a precipitação

pluviométrica elevada reduzido o teor de SS.

O valor dos SS variou entre 8,0 e 9,2, provavelmente em função da

variação da precipitação pluviométrica e do acumulo de graus-dia. A média na

safra foi de 8,5, estando o valor médio encontrado próximo ao teor de SS

adequado a comercialização do fruto ‘in natura’ e do suco para a indústria.

Os argumentos encontrados na literatura para relacionar o conteúdo

de SS com a quantidade de água via irrigação ou chuva baseiam-se no fato

de que, em condições de menor disponibilidade de água no solo, a

concentração de açúcares nos frutos tende a elevar-se, haja vista a menor

absorção de água pela planta e, consequentemente, a menor diluição desses

sólidos quando submetido a déficit hídrico (Shalhevet e Levy, 1990; Ginestar e

Castel, 1996). Hilgeman (1977), em trabalho realizado com a laranjeira

‘Valência’, observou que a umidade elevada do solo contribui para a redução

dos SS no suco.

Segundo Gayet et al. (1995) e Luchetti et al. (2003) o teor de vitamina

C deve estar entre 20 e 40 mg por 100 ml de suco, o que está de acordo com

os valores encontrados.

Os frutos colhidos nos diferentes períodos apresentaram a mesma

qualidade em teores médios de AT e IT de suco. Os índices de AT estão

próximos aos padrões comerciais exigidos pelo mercado, mas o IT encontrado

não foi adequado para a comercialização dos frutos, provavelmente, devido ao

baixo RS.

Na safra 2008/09 houve diferença significativa para pH, AT, relação

SS/AT e IT (Tabela 15). A diferença foi significativa, contudo não influenciou

na qualidade dos frutos, uma vez que, em todos os períodos os frutos

apresentam suco com pH, AT e relação SS/AT adequado aos padrões

comerciais, à exceção da AT encontrada nos períodos 6 e 7 onde a

precipitação pluviométrica elevada promoveu a diluição dos ácidos diminuindo

a AT e a relação SS/AT encontrada no período 2 onde a soma térmica (GDA)

elevada promoveu o acúmulo de ácidos reduzindo a relação SS/AT, que

ficaram um pouco abaixo do ideal .

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83

Tabela 15. Período de desenvolvimento e características químicas de qualidade de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. Colorado do Oeste - RO, IFRO, safra 2008/09.

Período de

desenvolvimento Duraçãodo período

(dias)

pH SS AT SS/AT IT VC

1 113 2,40 a 8,13 a 5,77 ab 1,43 ab 0,83 a 25,60 a 2 126 1,93 b 7,20 a 5,70 ab 1,27 b 0,63 ab 32,60 a 3 99 2,47 a 7,73 a 5,63 abc 1,40 ab 0,57 b 29,37 a 4 113 1,93 b 8,07 a 6,17 a 1,33 ab 0,73 ab 35,93 a 5 113 2,40 a 7,87 a 6,17 a 1,37 ab 0,77 ab 35,07 a 6 120 2,33 a 7,50 a 4,53 c 1,67 a 0,57 b 38,70 a 7 99 2,53 a 7,10 a 5,00 bc 1,43 ab 0,53 b 32,10 a 8 106 2,33 a 7,47 a 5,13 abc 1,50 ab 0,57 b 36,20 a

Média 111,1 2,3 7,6 5,5 1,4 0,7 33,2 Cv (%) 4,80 6,25 7,00 8,12 12,56 15,26

SS = sólidos solúveis (°Brix); AT = acidez titulável (gramas de ácido cítrico / 100ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa); VC = vitamina C (mg/100 ml suco). As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade.

Os frutos colhidos nos diferentes períodos apresentaram a mesma

qualidade em teores médios de SS e teores de vitamina C no suco. Os teores

de vitamina C estão de acordo com os padrões comerciais exigidos pelo

mercado e os SS não apresentaram valores adequados, provavelmente em

função do baixo acúmulo de graus-dia, apesar da baixa precipitação.

Os frutos apresentaram diferentes índices tecnológicos de suco (IT),

estando todos abaixo dos padrões comerciais, provavelmente, devido ao

baixo RS, não apresentando rendimento industrial adequado.

Determinou-se as características físico-químicas de qualidade dos

frutos de lima ácida ‘Tahiti’ colhidos nos diferentes períodos de

desenvolvimento, levando-se em consideração os valores médios das três

safras avaliadas, nas condições meteorológicas da região de Colorado do

Oeste, entre os anos de 2006 e 2009 (Tabela 16).

Houve diferença significativa pelo teste de Scott-Knott para período de

desenvolvimento dos frutos, PF, RS, pH, SS e IT. O tamanho médio dos

frutos, a AT, a relação SS/AT e a vitamina C do suco, não apresentaram

diferença significativa e, estão de acordo com as necessidades do mercado.

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84

Tabela 16: Valores médios de período de desenvolvimento e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’, em 3 safras, em função das variáveis meteorológicas (GD, UF, PP). IFRO. Colorado do Oeste - RO. 2006 - 2009.

Safra Período CF PF RS pH SS AT SS/AT IT VC 2006/07 155,9 a 60,1a 101,3b 39,8a 1,9 b 8,9 a 5,8 a 1,6 a 1,0a - 2007/08 120,0 b 58,7a 106,1a 29,9b 2,3 a 8,5 a 5,5 a 1,6 a 0,7b 27,9a 2008/09 111,1 b 59,1a 93,6c 30,9b 2,3 a 7,6 b 5,5 a 1,4 a 0,7b 33,2a Média 129,0 59,3 100,3 33,5 2,2 8,3 5,6 1,5 0,8 30,6 Cv (%) 13,08 3,79 4,08 13,46 9,37 5,89 6,52 8,74 12,38 14,63 Período = duração do período de desenvolvimento dos frutos (dias); CF = comprimento do fruto (mm); PF = peso do fruto (g); RS = rendimento do suco (%); SS = sólidos solúveis (°Brix); AT = acidez titulável (g ácido cítrico / 100 ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa); VC = vitamina C (mg / 100 ml suco). As médias seguidas pela mesma letra na mesma coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade.

O peso médio dos frutos colhidos na safra 2008/09 apresentou

valores um pouco abaixo do recomendado para o mercado, provavelmente

devido às precipitações pluviométricas mais baixas ocorridas nesta safra.

O teor médio de SS do suco dos frutos colhidos em todas as safras

apresentou valores satisfatórios para atender ao mercado, à exceção do

encontrado na safra 2008/09. Na safra 2006/07 os frutos tiveram teor de SS

mais elevado, provavelmente em função da baixa precipitação pluviométrica

ocorrida nos meses de julho a meados de setembro (período de seca na

região).

Na safra 2006/07 o RS apresentou índices satisfatórios e adequados

ao mercado, provavelmente devido as maiores precipitações pluviométricas,

que promoveu maior absorção de água pelo fruto e aumento de peso e

conteúdo de suco. O maior DEF encontrado foi em função do período de seca

avaliado e não afetou o RS, pois ocorreu grande precipitação pluviométrica

nos meses seguintes até a colheita.

O valor médio de IT encontrado na safra 2006/07 atende ao mercado

“in natura” mas não apresenta rendimento industrial adequado. Nas safras

2007/08 e 2008/09 os frutos colhidos não apresentaram padrões comerciais

adequados para RS e IT.

A relação da duração dos períodos (dias) e das variáveis

meteorológicas (GDA, UF, PP, PPe) com a qualidade físico-química dos frutos

de lima ácida ‘Tahiti’, nas safras de 2006 a 2009, são apresentados nas

Figuras de 26 a 30.

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85

y = -0,0006x2 + 0,2301x + 81,628r2 = 0,0234

70

80

90

100

110

120

130

80 100 120 140 160 180 200

Período de desenvolvimento (dias)

y = 0,0007x2 - 0,0066x + 21,538r2 = 0,4924

1520253035404550

80 100 120 140 160 180 200

Período de desenvolvimento (dias)

y = -1E-05x2 - 0,0034x + 2,7827r2 = 0,3894

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

80 100 120 140 160 180 200

Perríodo de desenvolvimento (dias)

y = -0,0003x2 + 0,087x + 1,4861r2 = 0,3363

6

7

8

9

10

11

80 100 120 140 160 180 200

Período de desenvolvimento (dias)

y = 3E-05x2 - 0,0013x + 5,2805r2 = 0,101

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

80 100 120 140 160 180 200

Período de desenvolvimento (dias)

y = -6E-05x2 + 0,0183x + 0,2113r2 = 0,0751

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

80 100 120 140 160 180 200

Período de desenvolvimento (dias)

y = 4E-06x2 + 0,0051x + 0,0345r2 = 0,6741

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

80 100 120 140 160 180 200

Período de desenvolvimento (dias)

y = -0,0026x2 + 0,5243x + 5,7745r2 = 0,062

15

20

25

30

35

40

45

50

80 100 120 140 160 180 200

Período de desenvolvimento (dias)

Figura 26. Relação entre período de desenvolvimento e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009.

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86

y = 2E-05x2 - 0,0452x + 130,1r2 = 0,0206

70

80

90

100

110

120

130

800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Soma térmica (GDA)

y = -1E-06x2 + 0,0212x + 7,0497r2 = 0,5368

1520253035404550

800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Soma térmica (GDA)

y = -2E-08x2 - 0,0006x + 2,931r2 = 0,4342

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Soma térmica (GDA)

y = -1E-06x2 + 0,0042x + 4,5703r2 = 0,2582

6

7

8

9

10

11

800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Soma térmica (GDA)

y = -2E-07x2 + 0,0011x + 4,4269r2 = 0,1247

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Soma térmica (GDA)

y = -2E-07x2 + 0,0007x + 0,9867r2 = 0,0215

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Soma térmica (GDA)

y = -4E-08x2 + 0,0007x - 0,0685r2 = 0,6953

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Soma térmica (GDA)

y = -2E-05x2 + 0,0395x + 9,647r2 = 0,0101

1520253035404550

800 1000 1200 1400 1600 1800 2000

Soma térmica (GDA)

Figura 27. Relação entre soma térmica (GDA) e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009.

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87

y = 8E-08x2 - 0,0041x + 151,49r2 = 0,0725

70

80

90

100

110

120

130

10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

Unidades fototérmicas (UF)

y = -8E-09x2 + 0,0013x + 7,0031r2 = 0,571

1520253035404550

10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

Unidades fototérmicas (UF)

y = -1E-10x2 - 2E-05x + 2,7577r2 = 0,4572

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

Unidades fototérmicas (UF)

y = 2E-09x2 - 2E-05x + 7,9708r2 = 0,2024

6

7

8

9

10

11

10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

Unidades fototérmicas (UF)

y = -2E-09x2 + 0,0001x + 3,7309r2 = 0,186

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

Unidades fototérmicas (UF)

y = 5E-10x2 - 3E-05x + 1,8218r2 = 0,0091

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

Unidades fototérmicas (UF)

y = 1E-10x2 + 2E-05x + 0,1976r2 = 0,6971

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

Unidades fototérmicas (UF)

y = 4E-08x2 - 0,0014x + 44,243r2 = 0,0041

1520253035404550

10000 15000 20000 25000 30000 35000 40000

Unidades fototérmicas (UF)

Figura 28. Relação entre saldo de unidades fototérmicas (UF) e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009.

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88

y = -1E-05x2 + 0,0435x + 71,11

r2 = 0,1263

70

80

90

100

110

120

130

500 800 1100 1400 1700 2000

Precipitação pluviométrica (mm)

y = 4E-05x2 - 0,08x + 68,999r2 = 0,3396

1520253035404550

500 800 1100 1400 1700 2000

Precipitação pluviométrica (mm)

y = -1E-06x2 + 0,0017x + 1,5061

r2 = 0,261

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

500 800 1100 1400 1700 2000

Precipitação pluviométrica (mm)

y = -9E-07x2 + 0,0027x + 6,4785r2 = 0,0817

6

7

8

9

10

11

500 800 1100 1400 1700 2000

Precipitação pluviométrica (mm)

y = 3E-06x2 - 0,0058x + 8,6793r2 = 0,1773

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

500 800 1100 1400 1700 2000

Precipitação pluviométrica (mm)

y = -8E-07x2 + 0,002x + 0,3775r2 = 0,2288

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

500 800 1100 1400 1700 2000

Precipitação pluviométrica (mm)

y = 8E-07x2 - 0,0015x + 1,365r2 = 0,3077

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

500 800 1100 1400 1700 2000

Precipitação pluviométrica (mm)

y = -2E-05x2 + 0,0294x + 18,68

r2 = 0,0507

1520253035404550

500 800 1100 1400 1700 2000

Precipitação pluviométrica (mm)

Figura 29. Relação entre precipitação pluviométrica total (PP) e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009.

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89

y = -6E-05x2 + 0,0871x + 71,11r2 = 0,1263

60

80

100

120

140

200 400 600 800 1000

Chuva efetiva (mm)

y = 0,0002x2 - 0,1601x + 68,999r2 = 0,3396

10

20

30

40

50

60

200 400 600 800 1000

Chuva efetiva (mm)

y = -4E-06x2 + 0,0035x + 1,5061r2 = 0,261

1,0

1,5

2,0

2,5

3,0

200 400 600 800 1000

Chuva efetiva (mm)

y = -4E-06x2 + 0,0054x + 6,4785r2 = 0,0817

6

7

8

9

10

11

200 400 600 800 1000

Chuva efetiva (mm)

y = 1E-05x2 - 0,0116x + 8,6793r2 = 0,1773

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

200 400 600 800 1000

Chuva efetiva (mm)

y = -3E-06x2 + 0,004x + 0,3775r2 = 0,2288

1,0

1,2

1,4

1,6

1,8

2,0

200 400 600 800 1000

Chuva efetiva (mm)

y = 3E-06x2 - 0,0031x + 1,365r2 = 0,3077

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

200 400 600 800 1000

Chuva efetiva (mm)

y = -7E-05x2 + 0,0588x + 18,68r2 = 0,0507

15

20

25

30

35

40

45

50

200 400 600 800 1000

Chuva efetiva (mm)

Figura 30. Relação entre chuva efetiva (PPe) e qualidade físico-química de frutos de lima ácida ‘Tahiti’. IFRO. 2006 - 2009.

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90

O uso de soma térmica (GDA) e unidades fototérmicas como variáveis

de influência na avaliação do crescimento e qualidade dos frutos apresentou

coeficientes de determinação (r2) semelhantes aos encontrados quando

utilizou-se o tempo cronológico (dias) como variável de determinação.

Houve variação na qualidade físico-química dos frutos durante o

período de desenvolvimento e o RS e IT foram mais influenciados pelas

condições meteorológicas. Segundo Chitarra (1994) as características de

qualidade dos frutos cítricos são de extrema importância para uma boa

comercialização, seja para o consumo “in natura” ou para processamento

industrial e para Reuther (1973) e Volpe et al. (2002) as características físicas

e químicas dos frutos variam no decorrer do período de desenvolvimento, e

essa variação depende, entre outros fatores, das condições meteorológicas

durante a formação e maturação dos frutos.

O RS, IT, AT e SS aumentaram com o acúmulo de soma térmica

(GDA) e maior saldo de unidades fototérmicas (UF). Segundo Marchi (1993), o

aumento da concentração de açúcares ocorre durante toda a fase de

crescimento e maturação dos frutos, estando diretamente relacionado à

intensidade do processo fotossintético e, por sua vez, à temperatura do ar e à

intensidade de luz. O peso dos frutos, RS e IT ou rendimento industrial aumentaram e o

teor de vitamina C diminuiu em função da precipitação pluviométrica. Estes

resultados reforçam a importância do aspecto da manutenção da umidade do

solo em níveis adequados para a obtenção de maiores teores de suco nos

frutos. Segundo Alves Júnior (2006), o déficit hídrico diminui a percentagem

de suco em frutos cítricos.

Os resultados do cálculo das equações lineares múltiplas de regressão,

entre os parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos e as variáveis

meteorológicas (GDA, UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009,

são apresentados nas Tabelas 17 e 18.

As equações referentes ao rendimento de suco (RS) e índice

tecnológico do suco (IT) apresentaram coeficiente de determinação

estatisticamente significante a 5% de probabilidade.

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91

Tabela 17. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação SS/AT, IT) e as variáveis meteorológicas (GDA, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO.

Variáveis

Dependentes (y)

Variáveis

independentes (xi)

Y = a + b x1 + c x2 r2

a b c

CF X1 = GDA 57,98 + 0,0039 - 0,0034 0,1460

PF X2 = PP 90,76 - 0,0038 + 0,0130 0,1214

RS 8,90 + 0,0181 + 0,0003 0,5365

PH 3,02 - 0,0005 - 0,0001 0,4436

SS 6,46 + 0,0013 + 0,0001 0,2514

AT 5,07 + 0,0009 - 0,0006 0,2224

SS/AT 1,34 - 0,0 + 0,0001 0,0730

IT 0,04 + 0,0005 + 0,0 0,6761

CF X1 = GDA 55,30 + 0,0011 + 0,0057 0,0589

PF X2 = ETR 101,19 + 0,0072 - 0,0229 0,0098

RS 4,74 + 0,0131 + 0,0247 0,5449

pH 3,36 - 0,0001 - 0,0022 0,4825

SS 7,67 + 0,0027 - 0,0066 0,3003

AT 4,66 + 0,0005 + 0,0006 0,1296

SS/AT 1,57 + 0,0002 - 0,0008 0,0377

IT 0,08 + 0,0006 - 0,0002 0,6768

CF X1 = GDA 60,22 - 0,0012 + 0,0461 0,1004

PF X2 = DEF 102,73 - 0,0025 + 0,0650 0,0134

RS 6,83 + 0,0203 - 0,0261 0,5385

pH 3,10 - 0,0007 + 0,0016 0,4371

SS 7,57 + 0,0004 + 0,0123 0,2899

AT 4,81 + 0,0006 + 0,0005 0,1288

SS/AT 1,55 - 0,0 + 0,0015 0,0315

IT 0,17 + 0,0004 + 0,0015 0,6863

CF X1 = GDA 58,89 + 0,0023 - 0,0039 0,1846

PF X2 = EXC 88,32 + 0,0021 + 0,0134 0,1405

RS 9,93 + 0,0183 - 0,0013 0,5386

pH 2,99 - 0,0006 - 0,0 0,4334

SS 6,31 + 0,0014 + 0,0003 0,2606

AT 5,21 + 0,0006 - 0,0007 0,2499

SS/AT 1,28 + 0,0 + 0,0002 0,1284

IT 0,05 + 0,0005 - 0,0 0,6765

GD = graus-dias acumulado (soma térmica °C); PP = precipitação pluviométrica total (mm); ETR = evapotranspiração real (mm); DEF = deficiência hídrica (mm); EXC = excedente hídrico (mm); CF = comprimento do fruto (mm); PF = peso do fruto (g); RS = rendimento do suco (%); SS = sólidos solúveis (°Brix); AT = acidez titulável (g. ácido cítrico / 100 ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa).

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92

Tabela 18. Parâmetros das equações (a, b e c) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação SS/AT, IT) e as variáveis meteorológicas (UF, PP, ETR, DEF e EXC), nas safras de 2006 a 2009, em Colorado do Oeste, RO.

Variáveis

Dependentes (y)

Variáveis

independentes (xi)

Y = a + b x1 + c x2 r2

a b c

CF X1 = UF 58,14 + 0,0001 - 0,0030 0,1729

PF X2 = PP 90,82 - 0,0001 + 0,0127 0,1257

RS 10,20 + 0,0008 + 0,0027 0,5790

pH 2,99 - 0,0 - 0,0001 0,4879

SS 6,70 + 0,0 + 0,0003 0,2136

AT 5,12 + 0,0 - 0,0005 0,2539

SS/AT 1,36 - 0,0 + 0,0001 0,0775

IT 0,09 + 0,0 + 0,0 0,6952

CF X1 = UF 57,97 + 0,0002 - 0,0091 0,1039

PF X2 = ETR 94,62 - 0,0002 + 0,0243 0,0057

RS 8,81 + 0,0007 + 0,0152 0,5732

pH 3,26 - 0,0 - 0,0018 0,4921

SS 7,47 + 0,0 - 0,0023 0,2070

AT 5,15 + 0,0 - 0,0018 0,1934

SS/AT 1,40 - 0,0 + 0,0004 0,0064

IT 0,17 + 0,0 - 0,0 0,6828

CF X1 = UF 57,34 + 0,0 + 0,0193 0,1026

PF X2 = DEF 110,84 - 0,0005 + 0,1531 0,0420

RS 8,06 + 0,0011 - 0,0579 0,5794

pH 3,04 - 0,0 + 0,0026 0,4686

SS 8,27 - 0,0 + 0,0185 0,2841

AT 4,44 + 0,0 - 0,0045 0,1954

SS/AT 1,76 - 0,0 + 0,0037 0,0839

IT 0,24 + 0,0 + 0,0013 0,6897

CF X1 = UF 58,82 + 0,0001 - 0,0035 0,1947

PF X2 = EXC 88,78 + 0,0 + 0,0137 0,1396

RS 10,53 + 0,0009 + 0,0020 0,5744

pH 2,99 - 0,0 - 0,0001 0,4771

SS 6,52 + 0,0 + 0,0005 0,2296

AT 5,21 + 0,0 - 0,0005 0,2647

SS/AT 1,31 + 0,0 + 0,0002 0,1193

IT 0,09 + 0,0 + 0,0 0,6938

UF = unidades fototérmicas; PP = precipitação pluviométrica total (mm); ETR = evapotranspiração real (mm); DEF = deficiência hídrica (mm); EXC = excedente hídrico (mm); CF = comprimento do fruto (mm); PF = peso do fruto (g); RS = rendimento do suco (%); SS = sólidos solúveis (°Brix); AT = acidez titulável (g. ácido cítrico / 100 ml suco); IT = índice tecnológico (kg SS caixa).

Os resultados do cálculo das equações lineares múltiplas de regressão,

entre os parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos e as variáveis

distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de

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93

última ordem onde o fruto selecionado está inserido (f), o comprimento (c) e o

número de folhas deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, são

apresentados na Tabela 19.

Tabela 19. Parâmetros das equações (a, b, c, d, e) e coeficientes de determinação (r2) encontrados entre os parâmetros físico-químicos de qualidade dos frutos (CF, PF, RS, pH, SS, AT, relação SS/AT, IT) e a distância do fruto à parte externa da copa (d), o número de frutos do ramo de última ordem onde o fruto marcado está inserido (f), o comprimento (c) e o número de folhas deste ramo (fo), nas safras de 2006 a 2009, nas condições meteorológicas de Colorado do Oeste, RO.

Variáveis

dependentes (y)

Variáveis

independentes (xi)

Y = a + b x1 + c x2 + d x3

+ e x4 r2

a b c d e

CF (mm) X1 = d (mm)

X2 = f (unidade)

X3 = fo (unidade)

X4 = c (mm)

57,65 +0,0019 +0,5038 +0,1238 - 0,0088 0,1591

PF (g) X1 = d (mm)

X2 = f (unidade)

X3 = fo (unidade)

X4 = c (mm)

94,10 +0,0120 - 1,1400 +0,3511 - 0,0269 0,2642

RS (%) X1 = d (mm)

X2 = f (unidade)

X3 = fo (unidade)

X4 = c (mm)

27,67 +0,0015 +1,4080 +0,2210 - 0,0004 0,1126

PH X1 = d (mm)

X2 = f (unidade)

X3 = fo (unidade)

X4 = c (mm)

2,51 - 0,0002 - 0,0710 - 0,0107 +0,0002 0,2253

SS (°Brix) X1 = d (mm)

X2 = f (unidade)

X3 = fo (unidade)

X4 = c (mm)

7,99 +0,0003 +0,1961 +0,0237 - 0,0021 0,1310

AT (g ácido cítrico /

100 ml suco);

X1 = d (mm)

X2 = f (unidade)

X3 = fo (unidade)

X4 = c (mm)

5,46 +0,0003 +0,0447 +0,0172 - 0,0017 0,1359

Relação SS/AT X1 = d (mm)

X2 = f (unidade)

X3 = fo (unidade)

X4 = c (mm)

1,50 - 0,0000 +0,0119 - 0,0008 +0,0001 0,0091

IT (kg SS caixa) X1 = d (mm)

X2 = f (unidade)

X3 = fo (unidade)

X4 = c (mm)

0,59 +0,0001 +0,0448 +0,0069 - 0,0001 0,1365

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94

As equações não apresentaram coeficiente de determinação

significativo. Portanto, não houve influência significativa dos parâmetros

estudados envolvidos no crescimento e desenvolvimento dos frutos (d, f, fo, c)

na determinação da qualidade dos frutos.

Torna-se necessário a realização de novos estudos, pois

provavelmente, para a produção de frutos com rendimento e índice

tecnológico adequados ao uso industrial, na região de Colorado do Oeste seja

necessário antecipar a florada, o que é possível com o uso de irrigação, e

atrasar a colheita, permitindo maior crescimento dos frutos até o tamanho

máximo recomendado (65 mm) ou utilizar outro parâmetro para determinar o

momento da colheita, aumentando, assim, o período de desenvolvimento e o

suporte térmico e hídrico para a cultura da lima ácida ‘Tahiti’.

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95

5 CONCLUSÕES

Os frutos de lima ácida ‘Tahiti’ produzidos nas condições térmicas e hídricas

de Colorado do Oeste, no Estado de Rondônia, apresentaram:

- Crescimento e desenvolvimento adequados nos meses de outubro a março,

provavelmente em função da temperatura do ar mais elevada associada às

maiores precipitações pluviométricas.

- Variação na qualidade físico-química durante o crescimento e

desenvolvimento e o rendimento de suco e índice tecnológico foram

influenciados de forma mais significativa.

- Tamanho, peso, pH, sólidos solúveis, acidez, relação entre sólidos solúveis

e acidez e teor de vitamina C adequados aos padrões comerciais exigidos

pelo mercado ‘in natura’ de fruta fresca e para o uso industrial, mas não

apresentam rendimento industrial adequado.

- Rendimento de suco adequado à utilização industrial quando o acúmulo de

soma térmica foi superior a 1.700 GD, com saldo de unidades fototérmicas

acima de 32.000 e precipitação pluviométrica total acima de 1.500 mm, sendo

necessários mais de 160 dias para o desenvolvimento.

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96

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