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Infra-estrutura 2 Poços Artesianos 2.06 Desenvolvimento, ensaio de vazão, entrega do poço 2.06.05 1 01. DEFINIÇÃO Esta especificação tem por objetivo estabelecer as regras e procedimentos a serem obedecidos no desenvolvimento, execução dos ensaios e entrega dos poços tubulares para captação de água subterrânea. Terminologia Para os fins desta especificação, serão adotadas as seguintes definições: Aquífero Formação ou grupo de formações geológicas portadoras e condutoras de águas subterrâneas. Teste de alinhamento Verificação do perfil retilíneo de um poço. Cimentação Processo de vedação de qualquer espaço anular com argamassa ou pasta de cimento. Desenvolvimento Conjunto de processos mecânicos e/ou químicos que possibilitem favorecer o fluxo de água do aquífero para o poço através da desobstrução das vias por onde esse fluxo se processará. Filtro Tubulação ranhurada ou perfurada colocada no poço com a finalidade de facilitar o fluxo de água proveniente do aquífero. Furo-piloto ou furo-guia Perfuração efetuada com o fim de se obter dados preliminares das características das rochas em superfície. Em muitos casos, constitui-se na primeira etapa de construção de um poço. Lama de perfuração Fluido utilizado com a finalidade múltipla de sustentar as paredes do furo, transportar os resíduos de perfuração, resfriar e lubrificar as ferramentas. Limpeza Remoção, mediante processos mecânicos e/ou químicos, dos resíduos da perfuração e de partículas do aquífero. Litologia Estudo dos diferentes tipos de rocha. Nível estático Profundidade do nível de um poço em repouso, isto é, sem bombeamento, medida em relação à superfície do terreno no local. Nível dinâmico Profundidade do nível de água de um poço bombeado a uma dada vazão, referida ao correspondente tempo de bombeamento, medida em relação à superfície do terreno no local. Perfilagem Conjunto de grandezas físicas medidas em um poço através de ferramentas específicas, registradas mecânica ou fotograficamente. Poço tubular Obra ou captação de água subterrânea executada com sonda, mediante perfuração vertical. Pré-filtro Material granular colocado no espaço anular entre a coluna de tubos lisos e filtros e as paredes do poço. Rocha Agregado natural formado de um ou mais minerais, que constitui parte essencial da crosta terrestre e é nitidamente individualizado. Rocha sedimentar Material proveniente da destruição de qualquer tipo de rocha, transportado, depositado ou precipitado em um dos muitos ambientes de sedimentação da superfície do globo terrestre. Rocha cristalina Material cristalizado em sua origem.

Desenvolvimento, Ensaio de Vazão, Entrega Do Poço

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Infra-estrutura2 Poos Artesianos2.06 Desenvolvimento, ensaio de vazo, entrega do poo2.06.05 1 0 01 1. .D DE EF FI IN NI I O O Estaespecificaotemporobjetivoestabeleceras regraseprocedimentosaseremobedecidosno desenvolvimento,execuodosensaioseentrega dospoostubularesparacaptaodegua subterrnea. Terminologia Para os fins desta especificao, sero adotadas as seguintes definies: Aqufero Formaoougrupodeformaesgeolgicas portadoras e condutoras de guas subterrneas. Teste de alinhamento Verificao do perfil retilneo de um poo. Cimentao Processodevedaodequalquerespaoanular com argamassa ou pasta de cimento. Desenvolvimento Conjuntodeprocessosmecnicose/ouqumicosquepossibilitemfavorecerofluxodeguado aquferoparaopooatravsdadesobstruodas vias por onde esse fluxo se processar. Filtro Tubulaoranhuradaouperfuradacolocadano poocomafinalidadedefacilitarofluxodegua proveniente do aqufero. Furo-piloto ou furo-guia Perfuraoefetuadacomofimdeseobterdados preliminaresdascaractersticasdasrochasem superfcie.Emmuitoscasos,constitui-sena primeira etapa de construo de um poo. Lama de perfurao Fluidoutilizadocomafinalidademltiplade sustentarasparedesdofuro,transportaros resduosdeperfurao,resfriarelubrificaras ferramentas. Limpeza Remoo,medianteprocessosmecnicose/ou qumicos,dosresduosdaperfuraoede partculas do aqufero. Litologia Estudo dos diferentes tipos de rocha. Nvel esttico Profundidade do nvel de um poo em repouso, isto ,sembombeamento,medidaemrelao superfcie do terreno no local. Nvel dinmico Profundidadedonveldeguadeumpoo bombeadoaumadadavazo,referidaao correspondentetempodebombeamento,medida em relao superfcie do terreno no local. Perfilagem Conjunto de grandezas fsicas medidas em um poo atravsdeferramentasespecficas,registradas mecnica ou fotograficamente. Poo tubular Obraoucaptaodeguasubterrneaexecutada com sonda, mediante perfurao vertical. Pr-filtro Materialgranularcolocadonoespaoanularentre acolunadetuboslisosefiltroseasparedesdo poo. Rocha Agregadonaturalformadodeumoumaisminerais, queconstituiparteessencialdacrostaterrestree nitidamente individualizado. Rocha sedimentar Materialprovenientedadestruiodequalquertipo derocha,transportado,depositadoouprecipitado emumdosmuitosambientesdesedimentaoda superfcie do globo terrestre. Rocha cristalina Material cristalizado em sua origem. Infra-estrutura2 Poos Artesianos2.06 Desenvolvimento, ensaio de vazo, entrega do poo2.06.05 2 Teste de aqufero Conjuntodeparmetrosobtidosnobombeamento deumpoocomintuitodedeterminaras caractersticas hidrodinmicas do aqufero. Teste de verticalidade Verificao do prumo de um poo. 0 02 2. .M M T TO OD DO O E EX XE EC CU UT TI IV VO O Desenvolvimento do Poo Umavezinstaladaacolunadetuboslisosefiltros, deverserprocedidoodesenvolvimentodopoo, durante o perodo que se fizer necessrio, at que o teorlimitedeareiasejaadmissvelaumadada vazo, determinada pelo projeto. Odesenvolvimentodeverserefetuado,sempre quepossvel,atravsdacombinaodemtodos escolhidosemconformidadecomascaractersticas do aqufero. Nospoosperfuradoscomlama,poderoser utilizados,duranteodesenvolvimento,agentes qumicosdispersantes(polifosfatos),afimde facilitar a remoo das argilas. Nenhumbombeamentoefetuadoduranteo desenvolvimentodeverserconsideradocomo teste de aquferos. Testes de bombeamento e recuperao O teste de produodo poo dever ser procedido, na presena da Fiscalizao, a fim de se determinar a vazo explorvel. A bomba de teste dever ter capacidade para extrair vazo igual ou maior que a prevista em projeto.S deverserempregadoarcomprimido excepcionalmenteecomaprovaoda Fiscalizao. Nainstalaodoequipamentodebombeamentono poo,deversercolocadaumatubulaoauxiliar, destinadaamedirosnveisdagua.Essa tubulaodeversercolocadaatummetroacima do crivo da bomba. As medies de nvel de gua no poo devero ser feitascommedidoreltrico,comfionumeradode metroemmetroemarcadoacadameiometro,ou pneumtico,detalmodoqueasleiturastenhama preciso de centmetros. Namediodavazobombeada,deveroser empregadosdispositivosqueasseguremuma determinaocomrelativafacilidadeepreciso.Paravazesdeat40m3/h,deveroser empregados recipientes de volume aferido, de 200 a 220litros,indeformadoseembomestadode conservao.Vazes acima de 40m3/h devero ser determinadaspormeiodesistemascontnuosde medida,taiscomovertedores,orifcioscalibrados, tubo de Venturi e outros. A tubulao de descarga da gua dever ser dotada de vlvula de regulagem sensvel e de fcil manejo, permitindo controlar e manter constante a vazo em diversos regimes de bombeamento. Olanamentodaguaextradadeverserfeitoa umadistnciade25metrosdajusantedopoo.Noscasosdeaquferoslivresarenososoude aquferosfissurados,adistnciasermaior, devendo ser determinada em projeto. Antesdedarincioaobombeamento,ooperador devercertificar-sedaposiodonveldagua original,efetuandopelomenostrsmedidasde nvel a cada meia hora. Otestedeproduodeverseriniciadocomo bombeamentoavazomximadefinidanoprojeto, em um perodo mnimo de 24 horas. Umavezterminadootestedeproduoavazo mxima,deverserprocedidootestede recuperao do nvel. Notestederecuperao,afrequnciadostempos demedidadonveldaguanopoodeverser idntica do teste de bombeamento. O teste de produo dever ser efetuado em quatro etapasdemesmadurao,comvazes progressivas em regime contnuo de bombeamento, mantendo-seavazoconstanteemcadaetapa.A passagem de uma etapa para outra dever ser feita deformainstantnea,seminterrupodo bombeamento. Oplanodetestedeverpreverumescalonamento devazesdeaproximadamente50%,65%,80%e 100% da vazo mxima. Infra-estrutura2 Poos Artesianos2.06 Desenvolvimento, ensaio de vazo, entrega do poo2.06.05 3 Asmedidasdevazodeveroserefetuadasem correspondnciacomasdenveldegua.No poderhavervariaodevazosuperiora10% durante o bombeamento. Noscasosdevazodopooinferiora10m3/h,o testefinaldebombeamentopoderserefetuadoa umasvazo,constante,comacondiodeque tenhaumaduraototalnoinferiora24horas, assegurando-seumaestabilizaodonvel dinmico durante um mnimo de 6 horas. Desinfeco do poo Havendonecessidade,deverserexecutadaa desinfecodopoo,procedimentoqueser determinado no seu projeto. 0 03 3. .C CR RI IT T R RI IO OS S D DE E C CO ON NT TR RO OL LE E Devero ser efetuados os seguintes procedimentos: Realizao,napresenadaFiscalizao,dos seguintes ensaios: Teste de verticalidade Teste de alinhamento Ensaio de vazo Determinao do nvel esttico Determinao do nvel dinmico Os referidos testes e ensaios devero ser realizados emconformidadecomoqueprescrevemas especificaes. AContratadadeverprovidenciartodosos equipamentos,aparelhosauxiliareseacessrios necessriosparaaefetivaodoscitadosensaios, em condies tais que seja garantida a continuidade daoperaoduranteoperodonecessriosua execuo. Avaliaogeomtricadascaractersticas dimensionaisdopooemconfrontaocomas coordenadas do projeto. Ensaios da qualidade da gua extrada A coleta de gua para anlise fsico-qumica dever serfeitaemgarrafadeplsticolimpacomvolume de 3 a 5 litros.Antes da coleta, a garrafa dever serlavada com a gua do poo; em seguida, dever ser feitaacoleta,diretamentenabocadomesmo.O prazoentreacoletaeaentregadaamostrano laboratrio no dever exceder 24 horas. A coleta de gua para anlise bacteriolgica dever serfeitaemfrascoapropriadoeseguiras recomendaes do laboratrio. Duranteacoletadeguaparaanlisedeveroser feitasmedidasdepHedatemperaturadaguana boca do poo. Apresentao do Relatrio Final Apsdosensaios,aContratadadeverlacraro poocomchapasoldada,tampodechapae concreto ou tampo rosquevel com cadeado. Casonosejamrealizadastodasasexigncias,o poo no ser recebido. Relatrio Final Umavezconcludastodasasetapasdeexecuo, aContratadadeverencaminharFiscalizaoum relatriofinaldescritivo,paracadapooperfurado, documento sem o qual a obra no ser recebida. Esserelatriodeverconterosseguintes elementos: Fichadalocaodopoo(local,stio,rua, fazenda, municpio, estado); Cota do terreno; Fichadasondagemdopoo,comoperfil litolgico e a profundidade final; Perfilcomposto,elaboradocombasena descriodasamostrascoletadas,nas informaesdodiriodeperfuraoenos registrosgama-eltricos.Operfilcontera posio dos intervalos ou zonas aquferas; Ficha das caractersticas construtivas do poo; Mtodo de perfurao e equipamentos utilizados; Materiais utilizados (dimetro, tipo, espessura); Infra-estrutura2 Poos Artesianos2.06 Desenvolvimento, ensaio de vazo, entrega do poo2.06.05 4 Cimentao (indicao dos trechos cimentados); Planilhadetestefinaldebombeamento,com todasasmedidasefetuadas:durao,data, equipamentos e aparelhos utilizados; GrficoRebaixamento X Tempo; Grfico Rebaixamento X Vazo; Grfico Recuperao do Poo X Tempo; Anlisedeguafirmadaporlaboratrioidneo, comapresentaodaanlisefsico-qumicade todos os itens solicitados em projeto. 0 04 4. .C CR RI IT T R RI IO OS SD DE EM ME ED DI I O OE E P PA AG GA AM ME EN NT TO O Osserviosdedesenvolvimentodopooea execuo dos ensaios sero medidos com base nos quantitativosefetivamenteexecutados,conformeas unidades da planilha oramentria:

AemissoeentregadoRelatrioFinalnosero objeto de medio. Amedio final dos servios somente se proceder mediantearealizaodosprocedimentos especificadosnoCritriodeControledesta especificao. Opagamentoserfeitodeacordocomamedio aprovada pela Fiscalizao. Nospreosunitriospropostosdeveroestar includastodasasdespesasprevistascomfretes, seguros,equipamentos,mquinas,modeobra, encargossociais,materiaisemgeral,tributose tarifas, combustveis e eventuais. 0 05 5. .D DO OC CU UM ME EN NT TO OS S D DE E R RE EF FE ER R N NC CI IA A FONTECDIGODESCRIO ABNTNB-588 NBR-12212 Projeto de poo para captao de gua subterrnea ABNTNB-1290 NBR-12244 Construo de poo para captao de gua subterrnea SABESPEspecificao Tcnica, Regulamentao de Preos e Critrios de Medio