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  OLHANDO O MISTÉRIO SAMAEL AUN WEOR [KALKI AVATAR DA ERA DE AQUÁRIO]

Desfazendo Mistérios

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OLHANDO O MISTRIOSAMAEL AUN WEOR [KALKI AVATAR DA ERA DE AQURIO]

OLHANDO O MISTRIO Captulo Um A MORTE 1. - Faz muitos anos quando morreu o meu pai estvamos a velando-o outras pessoas e eu. Ditas pessoas estavam a acompanhar-me quando fiquei adormecida por um momento e de repente vi que meu pai entrou no quarto onde estvamos a vel-lo, levava as suas mos metidas nas bolsas de suas calas e me perguntou quem tinha morrido, quem era aquele que estava deitado, e eu pensei que era meu pai que acabava de morrer e estava a falar-me. PODERIA DIZER-ME A QUE SE DEVEU ESTE FENMENO? R.- indispensvel compreender que as pessoas jamais na vida se preocupam por despertar Conscincia; realmente todas as pessoas do conglomerado social tm a Conscincia profundamente adormecida. obvio que depois da morte; o animal intelectual equivocadamente chamado homem, continua com a sua vida sonhadora; se a algum desencarnado se lhe dissesse que est morto obviamente no acreditaria. ostensivo que os desencarnados pensam sempre que esto vivos, pois nada extranho encontram ao morrer. Eles vem sempre o mesmo sol, as mesmas nuvens, as mesmas aves ensaiando o voo desde os tupidos sauces do jardim. Os chamados mortos, depois do grande passo, deambulam pelas ruas da cidade ou pelos distintos sectores do subrbio onde faleceram. Normalmente continuam com seu trabalho quotidiano, e se sentam mesa em sua casa e at se do ao luxo de se deitar em seu leito, jamais pensariam que passaram ao Mais Alm. Eles se sentem vivendo aqui e agora. Nestas condies ao ver seu corpo no atade, supem que se trata de outra pessoa, nem remotamente suspeitam que se trata de seu prprio veculo falecido; essa a crua realidade dos factos; por isso no se estranhe de modo algum de haver tido essa experincia ntima. 2. - A que se deve o temor que sentia minha irm mais pequena de entrar na habitao onde foi velado meu av? R.- Dito temor tem muito de ancestral. Comummente se transmite de pais a filhos; no h ningum na vida que no o tenha sentido; o mesmo sucede quando penetramos numa caverna tenebrosa ou quando nos encontramos em presena de um fantasma real. A causa Causorum de tudo isto situa-se na psique subjectiva, melhor diramos na Conscincia adormecida. Quando se desperta Conscincia ostensivo que tais temores desaparecem radicalmente. 3. - Por qu as crianas podem ver um desencarnado e os adultos no? Meu filho mais pequeno viu meu pai recm desencarnado e falava com ele. R.- Em nome da verdade devemos ser claros e enfatizar certas ideias. No est de mais dizer que todas os crianas so clarividentes. Disseram-nos que antes de se fechar a fontanela frontal dos recm nascidos, isso que chamam mollera, tm as humanas criaturas o poder de ver o supra sensvel, aquilo que no pertence ao mundo fsico, isso que invisvel para os adultos.

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___OLHANDO O MISTRIO Se os seres humanos reconquistassem a inocncia na mente e no corao inquestionvel que recuperariam a divina Clarividncia, o poder de ver o oculto, o misterioso, o desconhecido. 4. - Quando morremos, no temos o perigo de nos perdermos? Ou algum nos espera? R.- Que isso de nos perdermos distinta dama? Que isso de nos perdermos cavalheiros? At quando vo ter medo? Se perde algum por acaso em seu casa? J falei claro e demasiado, j disse que durante os primeiros dias continuamos vivendo na mesma casa onde falecemos e disso h muitos testemunhos. Ao morrer encontramos aqueles defuntos queridos que se adiantaram, dizer, nossos parentes e amigos. 5. - Podemos reconhecer esses parentes e amigos que encontramos ao desencarnar? R.- Tu podes reconhecer tua me falecida, teu pai, a teus amigos e parentes; supes que pode algum desconhecer seus seres queridos? Tua pergunta bastante estranha, obvio que nenhum filho poderia desconhecer a autora de seus dias, ostensivo que todos temos a capacidade para reconhecer o que conhecemos. 6. - Quando morremos, no sofremos de solido? R.- Cada qual cada qual; o egosta, aquele que se auto-encerra, o misantropo, aquele que no ama ningum, obvio que j aqui mesmo ter que passar pela amargura da solido; Depois da morte resulta pattico, claro e definido seu doloroso estado solitrio na regio dos mortos. 7. - De acordo com isso que chamam Destino certo que temos os dias e as horas contadas? R.- Distinto cavalheiro, com o maior prazer responderei a sua pergunta. Quando voc sai de viagem inquestionvel que leva determinada quantidade de dinheiro para os diversos sistemas de transporte. Obviamente voc deve saber gastar seu dinheiro, porque se o mal gasta sua viagem haver de ser interrompida. Quero que compreenda que ao vir ao mundo os Anjos do Destino depositam em nossos trs crebros determinado capital de valores vitais. claro que se os mal gastamos, se acabamos com dita fortuna, a viagem pelo caminho da existncia ser interrompida prontamente; mas se os poupamos, nossa viagem poder fazer-se longa e assim chegaremos at a ancianidade. 8. - Me surpreende voc com isso dos trs crebros, eu sempre ouvi que temos um crebro, poderia dizer-me quais so esses outros dois? R.- Com que ento lhe surpreende a voc o dos trs crebros... Compreenda-me: entre a caixa craniana temos o crebro intelectual; na parte superior da espinha dorsal temos o crebro motor, o centro capital dos movimentos; no plexo solar e demais centros simpticos est o crebro de emoes. Me entendeu agora?

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9. - Por que sentimos medo ao pensar na morte e por que nos apegamos vida? R.- O desejo de viver muito grande; todos os seres humanos querem viver, esto apegados vida sensual. obvio que a adeso, o apego, o desejo de existncia material nos tm fascinados; nestas condies de nenhuma maneira queremos morrer, temos medo morte, no queremos deixar de existir. Se as pessoas baseando-se em compreenso perdessem o desejo de vida material, ento o temor morte desapareceria. Uma pessoa chega a perder tal temor quando compreende a iluso da existncia, quando v que nada neste mundo permanente. Passam as ideias, as coisas e as pessoas. 10. - Quando uma pessoa desencarna, Que faz a Alma? Aonde se encontra para voltar a encarnar? R.- H que falar claro e compreender; as pessoas tm a mente demasiado dogmatizada; existe deteriorao intelectual; j as pessoas no so capazes de se abrir ao novo, de ver o natural, sempre pensam no artificioso e o consideram como patro de todas as medidas. Em outros tempos os sentidos humanos no se tinham degenerado todavia. Nas arcaicas pocas de nosso mundo, as pessoas podiam ver os desencarnados, ouvi-los, palp-los, etc. Na Lemuria, por exemplo, quando algum ia desencarnar, cavava sua prpria fossa e se deitava nela com a cabea virada para o Oriente; feliz se despedia de seus parentes e estes sorriam alegres. Quem passava ao Mais Alm no ficava invisvel para seus parentes; bem podia seguir convivendo com os seus deliciosamente; o ar parecia transparente; na atmosfera se via claramente os espritos, as almas, as criaturas inocentes da Natureza. Mas sabemos que na atmosfera, debaixo dessas zonas que pertencem ao tridimensional, ao fsico, existem regies metafsicas, a modo de mundos ou espaos, onde as almas dos mortos vivem antes de voltar a tomar novo corpo. 11. - Por que sempre que sonho com meus parentes defuntos, falo com eles e me afirmam que no morreram e que esto em perfeito estado de sade? R.- Distinto cavalheiro, me praz sua pergunta e com o maior gosto lhe respondo. Ante tudo quero que voc entenda o que o processo do sonho. inquestionvel que o sonho uma morte pequena, como diz o dito vulgar. Durante as horas em que nosso corpo jaz adormecido no leito, a Alma deambula fora dele, vai a distintos lugares, se pe em contacto com os que faleceram e at se d ao luxo de falar com eles. claro que os mortos jamais crem que esto mortos porque em sua vida jamais se preocuparam por despertar Conscincia; eles sempre pensam de si mesmos que esto vivos; agora se explicar voc o motivo pelo qual as almas de seus mortos queridos lhe fazem tais asseveraes. 12. - Por qu os espiritualistas tm especial predileco por chamar ou invocar os defuntos?

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___OLHANDO O MISTRIO R.- Bem, assim o aprenderam eles de seus mestres, Allan Kardec, Len Denis, e muitos outros; o grave que tais autores no investigaram a fundo o osso medular desta questo. Ante tudo quero, meu estimvel cavalheiro, que voc saiba que todos os seres humanos tm dentro um eu, um Ego, o mim mesmo, o si mesmo. Por favor no pense que o tal eu o melhor; estude voc o Livro dos Mortos dos antigos egpcios e compreender o que lhe estou dizendo. Voc leu o Fausto de Goethe? Ah! Se voc conhecera o que esse Mefistfeles me daria a razo; inquestionvel o carcter tenebroso de Mefistfeles, o Ego, o eu o mim mesmo. Quem se mete no corpo do mdium espiritualista o eu do defunto, Ahrimn, Mefistfeles. indubitvel que tal eu personifica todos os nossos defeitos psicolgicos, todos os nossos erros. O Ser do defunto jamais vem a nenhuma sesso de espritos; distinga voc entre o Ser e o eu; Quem acode a tais sesses Sat, o mim mesmo. Quero que voc compreenda o que a Lei de Aco e Consequncia; as pessoas que prestam seu corpo, sua matria aos eus dos mortos, a Mefistfeles, a Sat, em seu futuro nascimento tero que padecer muito pela epilepsia. 13. - Poderia voc dizer-me que o Ser? R.- O Ser o Ser e a razo de ser do Ser o prprio Ser; o Ser O Divinal, a Chispa imortal de todo o ser humano, sem princpio nem fim, terrivelmente divino. Todavia os seres humanos no possuem essa Chispa dentro de seus corpos, mas se nos santificamos e eliminamos o eu pecador, o Mefistfeles, claro que um dia a Chispa poder entrar em nossos corpos. Agora o convido a voc a compreender o que o Ser. 14. - Depois da morte Recordamos toda a vida que acaba de passar? R.- Saiba voc senhorita, que depois de haver abandonado o corpo fsico todo o defunto revive de forma retrospectiva a vida que acaba de passar. O desencarnado comear revivendo aqueles instantes que precederam a sua morte; por tal motivo durante os primeiros dias, como j dissemos, viver entre os seus, em sua casa, em sua aldeia, em seu povo, em sua oficina, em seu trabalho; depois, continuando, viver em todos aqueles lugares muito anteriores; em cada faceta de sua existncia passada repetir os mesmos dramas, as mesmas palavras, as mesmas cenas, etc. A ltima parte retrospectiva corresponde aos processos da infncia; terminada a retrospeco temos que nos apresentar ante os Tribunais da Justia Divina; os Anjos da Lei nos julgaro por nossos actos, por nossas obras. Trs caminhos se abrem ante o desencarnado: Primeiro, umas frias nas regies luminosas do espao infinito antes de voltar a tomar corpo. Segundo, voltar a uma nova matriz de forma imediata ou depois de algum tempo. Terceiro: entrar nos mundos infernos dentro do interior do planeta em que vivemos.

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15. - possvel que essa retrospeco se faa em vida? R.- Muitas pessoas que estiveram a ponto de morrer afogados, viram passar a sua vida de forma retrospectiva; isto mesmo lhes sucedeu a pessoas que estiveram perto da morte por tal ou qual motivo. 16. - Certo dia, tramitando assuntos de fossas e criptas para sepultar familiares, falando com o administrador do cemitrio, de repente fiquei calado e com os olhos desorbitados durante um bom tempo; ele seguiu falando e ao ver que no lhe fazia caso, me perguntou se, se passava algo comigo; ao me falar forte, despertei de meu ensimesmamento e lhe relatei o que me havia acontecido. Resulta que quando deixei de falar comecei a sentir a presena de algum e ao me virar vi junto a mim a minha sogra recm desencarnada por quem estava eu arranjando os assuntos do cemitrio; depois ela sorriu amavelmente e me convidou a passar fazendo um gesto. Como no podia mover-me se limitou a despedir-se e desaparecer de minha vista. Ao terminar meu relato o homem tinha os pelos em p e a carne de galinha e nervosamente me dizia que nos anos que levava no panteo nunca tinha tido uma sensao como essa. Poderia voc dizer-me a que se deveu este fenmeno? R.- Com o maior prazer responderei a sua pergunta, distinto cavalheiro. Em modo algum deve voc estranhar-se por uma viso supra sensvel; nos tempos da Lemuria, j disse, os mortos eram visveis na atmosfera para todo o mundo; que lstima que agora as pessoas se surpreendam com este tipo de vises. Nada tem de raro que um falecido possa fazer-se visvel de quando em quando na atmosfera e isso lhe consta a voc mesmo; obvio que o pde verificar com percepo directa; o administrador do panteo no chegou to longe mas sim pode ter certa sensibilidade psquica, o suficiente para que seus cabelos se tenham posto de p e sua pele como couro de galinha. 17. - Sempre que sonho com minha av materna e a vejo triste, me assinala algo que ao despertar no recordo, mas me dei conta atravs dos anos que aos oito dias depois de sonhar, algum da minha famlia se pe em estado de gravidade. Poderia voc dizer-me a que se deve isto? R.- Distinta senhorita, j disse muito em minhas conferncias que, durante as horas do sonho normal comum e corrente, as almas dos vivos escapam do corpo que dorme no leito e ento se pem em contacto com as almas dos mortos. Que se veja voc com sua avozinha, isso normal na Dimenso Desconhecida. Ela visita-a em instantes de angstia ou quando vai adoecer alguma pessoa de sua famlia, j v voc como os mortos esto to perto de ns!

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___OLHANDO O MISTRIO Captulo Dois OS DUENDES 1. - Num lugar da Cordilheira Central Colombiana, se encontrava uma fazenda de gado qual se dirigiram dois trabalhadores acompanhados de quatro grandes ces; ao se aproximarem as horas da noite, um deles se dirigiu a trazer gua, mas ao sair da casa deu alguns gritos; o companheiro ao ouvi-lo lhe disse que no o fizesse porque era perigoso, j que nessa mesma cordilheira habitava Patasola e podia responder-lhe e vir em direco a eles; o homem no lhe fez caso e se dirigiu para a corrente de gua sempre gritando; quando tinha recolhido a gua, j de regresso casa, voltou a parar e comeou a gritar, ento lhe responderam nas partes altas das cordilheiras. O companheiro teve de dizer-lhe novamente que no continuasse gritando porque j tinha visto o resultado, j que lhe tinha respondido Patasola nas partes altas das cordilheiras; o homem no lhe fez caso e continuou gritando e Patasola lhe seguiu respondendo aproximando-se cada vez mais de onde eles se encontravam. Ao ver que se aproximava a Patasola, os dois homens tiveram que se refugiar dentro da casa e fechar bem as portas; em pouco tempo a Patasola chegou casa e ento os quatro mastins que os acompanhavam tiveram que enfrentar uma verdadeira batalha com a Patasola. Os homens encerrados a nica coisa que faziam era sofrer e no h dvida de que a sua defesa foram os ces, que depois de largas horas de luta, puseram em fuga a Patasola quem ao se retirar continuava dando gritos semelhantes a um alarido. Os homens ao compreender que se tinha retirado, saram da casa e se afastaram de forma rpida sem voltar ali. PODERIA VOC DAR-ME UMA EXPLICAO SOBRE ESTE RELATO, MESTRE? R.- As pessoas comuns e correntes vivem neste mundo de trs dimenses ignorando a existncia de uma Quarta Coordenada, de uma Quarta Dimenso. necessrio saber que mais alm de nosso mundo tridimensional, est a Dimenso Desconhecida, a Regio Etrica. Se cuidadosamente observamos a cor das longnquas montanhas, poderamos ver um intenso azul, bastante formoso. bvio que dita cor o ter da Quarta Dimenso; foi-nos dito que num futuro remoto todo o ter ser visvel de forma plena no mesmo ar que respiramos. Os cientficos modernos negam enfaticamente o ter e dizem que s existe nos campos magnticos. As pessoas da Idade Mdia negavam a redondez da Terra, supondo que esta era plana. Quando Galileu afirmou que a Terra era redonda e que no estava quieta, esteve a ponto de ser condenado morte. Quando se lhe exigiu jurar que no era redonda e que no se movia, pondo as mos sobre a Santa Bblia, disse: o juro; mas que se move, se move.

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OLHANDO O MISTRIO Assim tambm, ainda que neguemos a existncia do ter, ainda que juremos que no existe, teremos que dizer parodiando a Galileu: mas que existe, existe. Nessa Regio Etrica, nessa Quarta dimenso vivem as criaturas Elementais da Natureza, e isto algo que devemos compreender profundamente. A tais criaturas se lhes dar o nome de Elementais, precisamente porque vivem nos elementos. Saiba voc meu querido amigo, que o fogo est povoado de criaturas Elementais; entenda que o ar est tambm densamente povoado por essa classe de criaturas e que a gua e a terra, esto povoadas por esses mesmos Elementais. s criaturas do fogo, desde os tempos mais antigos, se lhes conhecia com o nome de Salamandras; aos Elementais do ar se lhes designa com o nome de Silfos; aos seres da gua se lhes chama Ondinas, Nereidas, Sereias, etc., etc.; as criaturas que vivem entre as rochas da terra se lhes baptizou com o nome de Pigmeus, Gnomos, etc. ostensvel que a forma destas criaturas varia muitssimo. As criaturas do fogo so delgadas e secas, muito semelhantes ao chapuln ou grilo, ainda que de tamanho muito maior. As criaturas do ar parecem crianas pequenas muito formosos com rostos rosados como a aurora. Os Elementais da gua tm diversas formas; algumas parecem como damas inefveis, felizes entre as ondas do imenso mar, outras tm formas de sereias-peixes, com cabea de mulher, e por ltimo h Ondinas que jogam com as nuvens ou moram nos lagos e rios que se precipitam entre seus leitos de rochas. Os Gnomos da terra, os Pigmeus, parecem ancios com sua longa barba branca e continente cerimonioso. Eles vivem normalmente nas minas da terra ou cuidam os tesouros que por a subjazem escondidos. Todos estes Elementais da Natureza so teis na grande criao; alguns animam o fogo; outros impulsionam o ar formando os ventos; aqueles animam as guas; estes outros trabalham na alquimia dos metais dentro das entranhas da terra. Existem muitas outras criaturas que povoam os bosques, os desertos, as montanhas. Voc distinto cavalheiro, nos falou da Patasola, um Elemental muito particular de alguma regio nevada em seu pas; bvio que se trata de alguma srie de criaturas Elementais com muita fora e poder. O acontecimento narrado por voc nos indica claramente que dito tipo Elemental tem potncia suficiente para se fazer sentir no mundo das trs dimenses, no mundo fsico; no citado relato inquestionvel que houve luta entre os ces e o ser desconhecido; posso assegurar-lhe de forma enftica que se no tivesse sido pelos ces; os dois citados homens teriam morrido. Realmente, no seio profundo da Natureza, nas paragens mais longnquas, no mistrio das selvas, existem Duendes, Fadas, criaturas que as pessoas da cidade nem remotamente suspeitam.

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___OLHANDO O MISTRIO No faz muito tempo pelo mundo inteiro correu a notcia sobre uma estranha morte. Certo explorador da Antrtida foi encontrado degolado debaixo da sua tenda de campanha nesse continente do Plo Sul. O interessante foram suas palavras encontradas em sua bitcula de viagem. Nesta ltima se puderam ler frases como as seguintes: J vem, j o vejo, se aproxima o monstro, est aqui, Ai, ai, ai!. Que classe de monstro seria esse? Algum guardio da Quarta Dimenso, isso obvio. Desenvolvendo a Clarividncia poderemos verificar a realidade da Quarta Dimenso e das criaturas Elementais que nela vivem. 2. - A propsito de Duendes Mestre, quisera relatar-lhe um facto que aconteceu faz 20 anos numa povoao chamada Gnova Caldas, Colmbia: uma menina foi enviada por seus pais na manh a uma tenda; ao regressar a sua casa se encontrou no caminho com uma mulher que tinha certa parecena com a sua me, a qual lhe convidou a que lhe seguisse; a menina seguiu-a, saindo da povoao. Ao chegar s horas da noite e vendo seus pais que a menina no regressava, puseram em conhecimento das autoridades seu desaparecimento; Horas mais tarde se organizou um grupo que foi em busca da citada menina; Seguiram por um lugar onde algum lhes tinha informado t-la visto passar, e ao se aproximarem da Cordilheira Central, uma pessoa lhes indicou que por a tinha passado e que ela lhe tinha perguntado a onde ia, respondendo-lhe a menina que ia com sua mam. Continuaram a busca ao largo da cordilheira e depois de trs dias encontraram a menina seminua sentada sobre um velho tronco de uma rvore, sem poder falar; ao traz-la ao povo depois de que recuperou o fala, explicou que a tinha conduzido uma pessoa muito idntica a sua me at esse lugar e depois a tinha abandonado. Quisera explicar-me a que se deveu isto, e se efectivamente foi um Duende como a gente desse lugar assegurava? R.- Com o maior prazer responderei a sua pergunta. Obviamente a menina foi raptada por um Duende que tomou a mesma forma de sua me; as pessoas cpticas das cidades no crem nestas coisas; mas, as pessoas simples dos bosques do testemunhos viventes sobre a realidade dos Duendes, os quais no fundo no so mais que simples Elementais da Natureza, habitantes da Quarta Dimenso, da Quarta Coordenada, da Quarta Vertical. Ns os gnsticos temos meios e procedimentos cientficos para entrar nessa Quarta Dimenso vontade, conscientemente, positivamente. Assim podemos entrevistar-nos com tais criaturas da Natureza e falar com elas. 3. - Poderia voc me explicar de que maneira possvel penetrar com corpo de carne e osso dentro da Quarta Dimenso? A mim me gostaria ver esses Duendes, esses Elementais, e se voc tem o procedimento, ensine-mo. R.- Mas, amigo meu, voc me est pedindo algo sensacional; quero que saiba que aos gnsticos no nos gosta o egosmo; tenho a chave e os procedimentos e com o maior prazer lhe vou ensinar um. Ante tudo convm que voc saiba que a Natureza no algo inconsciente, como muitos supem; a Natureza realmente a Me Natura, dispe de poderes psquicos formidveis os

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OLHANDO O MISTRIO quais podemos utilizar para conscientemente, positivamente. penetrar na Quarta Dimenso voluntariamente,

Deite-se voc do lado do corao com a cabea posta sobre a palma da mo esquerda, concentre-se intensamente na Me Natureza, suplique-lhe, pea-lhe, rogue-lhe com frases sadas do corao, com palavras simples, que o transporte, que o leve por entre a Quarta Dimenso a um bosque qualquer, a alguma paragem prxima e quando voc comece a sentir suas pernas e braos em estado de lassitude, quando comece a dormir, sentindo-se em estado de sonolncia, cheio de f intensa, levante-se de sua cama, dizendo: Me minha, em nome do Cristo te peo que me leves com meu corpo a tal lugar: (diga agora o lugar a onde voc queira ir). Lhe aconselho, meu bom amigo, que antes de sair rua, d primeiro um saltinho com a inteno de flutuar no ambiente circundante, para verificar se realmente est na Quarta Dimenso. claro que se voc no flutua, se no logra ficar suspenso na atmosfera, porque todavia no penetrou no mundo da Quarta Dimenso; neste ltimo caso, meta-se entre sua cama novamente e repita a experincia. Algumas pessoas triunfam imediatamente, outras tardam meses e anos inteiros nesta aprendizagem. urgente saber que cada ser humano tem sua Me Natureza Particular, aquele princpio inteligente que criou seu prprio corpo fsico, que uniu espermatozide e vulo para a fecundao, que deu forma a cada clula orgnica. Nossa Me Divina Particular pode ajudar-nos com a condio de uma conduta recta. Trabalhe voc com esta tcnica e quando logre o xito, poder conviver no mundo da Quarta Dimenso com todas as criaturas Elementais da Natureza. 4. - Numa selva espessa do Departamento de Huila, na Repblica da Colmbia, sucedeu a um campons que, estando entre a viglia e o sonho, sentiu rudos prximo de sua casa nas horas da noite e ouviu uma voz que dizia: prende a candeia, prende a candeia, prende a candeia. O homem no prestou nenhuma ateno, mas quando estava ficando adormecido, voltou a ouvir que lhe repetiam as mesmas palavras trs vezes; em vista disto, se levantou e prendeu a candeia, sentando-se ao p dela. Quando j tinha avanado a noite, o homem voltou a ficar adormecido, voltando a ouvir outra vez a mesma voz que lhe repetia: prende a candeia, prende a candeia, prende a candeia. Despertou e viu que a candeia se estava apagando, voltou a aviv-la com a lenha e, enquanto o fazia, lhe veio memria nesse momento um sonho que tinha tido sete anos atrs estando em outra regio, onde viu que se encontrava s numa selva e que uma fera o atacava. Poderia voc explicar-me quem lhe dava essas ordens e que tinha que ver seu sonho de sete anos atrs com o que lhe estava sucedendo nesses momentos?

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___OLHANDO O MISTRIO R.- Distinto senhor, me grato responder a sua pergunta. Seu relato est interessante. O cavalheiro de tal aventura, sonhou sete anos antes o evento citado e claro que seu sonho se cumpriu ao p da letra; no h dvida de que seu sonho foi proftico, se converteu em realidade. Inquestionavelmente pessoas desencarnadas, melhor diramos, almas de falecidos que em outros tempos viviam em tais selvas como pastores de animais porcinos, ajudaram o citado senhor, viram o perigo que lhe esperava. No h dvida de que em tais selvas h bestas ferozes, tigres, panteras, feras de toda a espcie, etc., etc.; os defuntos lhe indicaram a necessidade de acender o fogo para conjurar o perigo, para se defender desses assaltos nocturnos, possivelmente de tigres, falando especificamente. V voc como temos amigos invisveis que velam por ns e nos ajudam? 5. - Faz dois anos numa reunio em que se relatavam casos raros, uma das pessoas que trabalhava numa companhia de artigos elctricos, nos contava que na Esccia havia muitos Duendes e que a ele, no particular, lhe surpreendeu muito o seguinte caso: Um amigo ntimo dele, lhes narrava que se tinha feito amigo de um Duende e que falava largas horas com ele, relatando-lhe que ao Duende lhe gostava muito comer certas cerejas agridoces que havia em muito escassos lugares do bosque. Como no acreditavam, pensou fazer-lhes uma demonstrao fsica, para o qual props ao Duende lev-lo ao lugar a onde se encontravam as cerejas que tanto gostava; mas como no podiam caminhar lado a lado, lhe indicou que se mete-se numa bolsa de manta para poder transport-lo. Uma vez que o Duende esteve dentro da bolsa, o escocs correu casa de seu amigo dando de gritos para lhe demonstrar-lhe que era amigo de um Duende e que o levava consigo na bolsa de manta, mas grande foi sua surpresa ao abri-la e ver que esta estava vazia; saiu desconsolado e envergonhado da casa, caminhando rumo ao lugar onde se encontravam as cerejas agridoces que tanto gostava o Duende. Pelo caminho se deu conta que algo se movia dentro da bolsa de manta que todavia trazia na mo. Ao chegar ao lugar onde se encontravam as cerejas, saltou da bolsa um coelhinho branco que foi devorar as cerejas, transformando-se depois no Duende; ao v-lo o escocs o recriminou dizendo-lhe: Por que me fizeste essa m jogada? No vs que fiquei por tua culpa em ridculo com meus amigos? Respondendo-lhe o Duende que ele no se prestava a essa classe de demonstraes e que se queria continuar sendo bom amigo dele, lhe prometera no volt-lo a utilizar para convencer seus amigos da amizade que os unia. possvel que os Duendes desapaream e apaream mudando de forma? R.- Com o maior gosto responderei a sua pergunta; foi-nos dito que tais Duendes assumem formas masculinas muito formosas com louros cabelos e rosada pele; alguns at afirmam que se enamoram das mulheres jovens nos bosques, e que costumam dar-lhes deliciosas serenatas. Velhas tradies afirmam que s com uma competncia de orquestras, fazendo ressoar deliciosa msica, podem ser afastados. Seu relato muito interessante; j v voc como algum se pode fazer amigo de um Duende; desgraadamente, tal pessoa cometeu o erro de querer fazer demonstraes com seu amigo invisvel; obvio que os Duendes so inimigos dos exibicionismos; quando oferecem sua amizade, o fazem sinceramente; desgraadamente as pessoas tm a tendncia exibicionista e isso muito grave.

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OLHANDO O MISTRIO Que teria tomado aquela criatura a forma de um coelhinho? Isso no nada raro. Que teria devorado as cerejas? No se estranhe voc disso. Eles comem distintas substncias, princpios e frutos da Natureza; so criaturas que existem, que tm vida, vivem normalmente na Quarta Dimenso, mas em algumas paragens solitrias dos bosques; podem fazer-se visveis e tangveis para o homem de carne e osso, quando assim o desejam; as pessoas vs do mundo j no aceitam nada disto porque esto demasiado sumidas na barbrie, degeneraram seus sentidos psquicos e se encontram demasiado materializados. Ns os gnsticos pensamos de forma diferente; temos exerccios e sistemas para desenvolver as faculdades psquicas e, mediante certos procedimentos, at nos damos ao luxo de pr-nos em contacto no somente com os Duendes, seno tambm com os Devas e Elementais desta grande criao.

Captulo Trs BRUXAS 1. - Numa fazenda que foi habitada em tempos da conquista pelos espanhis, se ouviam constantemente rudos meia noite e se sentia chegar um homem a cavalo, que desmontava e entrava em casa a abrir as portas das habitaes; at que um dia o administrador decidiu sair para ver o que era que produzia esses rudos. Ao faz-lo, viu no ptio um homem montado a cavalo, ao qual lhe disse: Em nome de Deus Todo-poderoso, dizei-me que quereis? Respondendo-lhe o homem: Acompanhaime. O administrador o seguiu at um riacho prximo da fazenda, onde o ginete parou dizendo-lhe: neste lugar h um tesouro enterrado que te suplico que saques. O administrador o sacou e instantaneamente cessaram os rudos na fazenda. Poderia voc dizer-me algo acerca deste relato? R.- No h dvida de que este caso inslito e inusitado tem fundamentos slidos. Tratandose da vida, devemos enfatizar certas ideias transcendentais; ostensivo a existncia das dimenses superiores do espao. A todas as luzes ressalta com inteira claridade meridiana que na Dimenso Desconhecida vivem as almas dos mortos. Resulta palmria e manifesta a materializao de uma entidade metafsica. claro que os desencarnados, o defunto que cavalgando em brioso corcel falou assim ao surpreendido homem, tinha deixado enterrado um valioso tesouro; o arrependimento, o apego ao vil metal, etc., etc., foi motivo mais que suficiente para lograr a inusitada apario. Resulta interessante o facto concreto de to manifesta materializao de tipo psquico. Nisto devemos afirmar em tom severo que aquele defunto abandonou a Dimenso Desconhecida para penetrar no mundo fsico onde se fez visvel e tangvel. compreensvel que ao se descobrir tal tesouro, os estranhos rudos metafsicos se tivessem suspenso.

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___OLHANDO O MISTRIO Casos como estes abundam muito por todas partes; aqui no Mxico, os Plateados (correligionrios de Pancho Villa) deixaram fabulosos tesouros escondidos, e at sei de algum lugar onde aconteceram fenmenos psquicos extraordinrios; isto sucede em todas as partes do mundo. 2. - Uma Sexta-feira Santa, ao passar pela Lagoa de Montiver, viram umas pessoas uma belssima mulher de cabelos dourados to largos que lhe cobriam seu corpo, banhando-se no meio da lagoa; depois de um momento a observ-la, foi grande sua surpresa ao ver que a mulher desaparecia no meio das guas. Poderia voc dizer-me que classe de mulher pode ser esta? R.- Com o maior prazer darei ao cavalheiro resposta a sua pergunta. J falmos claramente sobre os Elementais do fogo, dos ares, das guas e da terra. No estranho de modo algum que um desses Elementais com aparncia de mulher e singular beleza se fizesse visvel ante as pessoas nas cristalinas guas do lago; essas Ondinas fazem seus palcios no fundo das guas, e bvio que resplandecem abrasadoramente na misterioso paisagem. Alguma vez tambm tive eu mesmo uma experincia similar navegando no oceano Atlntico. Quando o sol comeava a sair de entre as profundas guas, pois assim parecia, vi duas Nereidas extraordinrias que, caminhando entre as guas, vinham em direco oposta a nosso pequeno navio. Uma tinha cor violeta, no somente em sua cabea e em seus olhos, seno tambm em sua tnica e sandlias; a outra, tinha mais bem o cor dos corais, e seu gesto era majestoso e sublime. Algo me disseram aquele par de belezas e de novo se detiveram sobre os acantilados, contemplando-me profundamente. No nego que logrei estabelecer amizade com aquelas Nereidas do imenso mar. Elas fazem suas casas com matria etrica no fundo abismal do borrascoso oceano, e at dizem que quando se enamoram de algum homem, levam a sua Alma para conviver com ele em sua morada ocenica. 3. - Aqui no Mxico, durante a poca da Inquisio, sucedeu um caso inslito de bruxarias. Duas mulheres foram acusadas ante o Santo Ofcio, e quando os clrigos e guardies entraram na casa das mulheres s viram num leito quatro pernas, pois os corpos no estavam a; encontravam-se ausentes. Os clrigos procederam liturgicamente com exorcismos e conjuraes de todo o tipo. De repente algo estranho sucede: dois horrveis passares penetram naquela estncia ante os assombrados clrigos, e logo se precipitam no leito onde as pernas jaziam. Os clrigos, horrorizados, surpreenderam-se ao ver que aquelas aves de mau agoiro assumiam humanas formas.

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OLHANDO O MISTRIO As pernas vieram a formar ento parte do conjunto de aquelas mulheres que, instantes antes, s eram sinistras criaturas areas. A Inquisio processou estas bruxas e as condenou a morrer na fogueira. Poderia dar-me o Mestre alguma explicao? R.- O caso que voc relatou resulta interessante, e obvio que tem sua resposta. Muito se falou sobre a bruxaria, e na Idade Mdia morreram muitas mulheres queimadas na fogueira, acusadas de tal delito. No h dvida de que estas so simplesmente magas negras que sabem meter seu corpo fsico dentro da Quarta Dimenso, quer para voar pelos ares, quer para caminhar sobre as guas, ou assistir a seus horripilantes aquelarres. Foi-nos dito que aqui em Mxico essas horripilantes criaturas podem vontade deixar seus pernas fsicas para voar nos ares com mais comodidade. Desde o ponto de vista rigorosamente clnico, luz da anatomia oficial, bvio que nenhum mdico aceitaria to tremenda afirmao. Nestes instantes me vem memria as bruxas de Tesalia e as metamorfoses de Ovdeo. Contam que Apuleio se transformava num asno. No haveis ouvido falar sobre a licantropia e sobre o homem lobo? O organismo humano tem infinitas possibilidades que os homens de cincia nem remotamente suspeitam. Quando um corpo fsico se submerge dentro da Quarta Dimenso pode assumir qualquer figura e at abandonar parte de seus membros. inquestionvel que os cientficos desta poca se escutassem nossa conversa, indignados rasgariam suas vestes tornando e relampejando e pronunciando palavras terrveis contra ns, os irmos do Movimento Gnstico. A cincia oficial no toda a cincia. O dia chegar em que os sbios possam verificar a realidade da Quarta Coordenada e todas as suas infinitas possibilidades de tipo metafsico. Que as bruxas possam abandonar suas pernas ou transformar-se em bestas, no caso novo. J Eneias, o troiano, encontrou nas ilhas Estrofazas esses passares encabeados pela execrvel Selene, que tanto dano lhe causara. Aqueles que se burlam de nossas palavras, no est de mais que estudem A Eneida de Virglio, o poeta de Manta. De modo algum aplaudimos essas sinistras criaturas da sombra: obvio que lhes aguarda horrendo porvir nos mundos infernos. Quem tenha estudado A Divina Comdia do Dante encontrar as bruxas do aquelarre no Averno, martirizando com suas horrendas garras as humanas plantas. Cruis hrpias que aborrecendo a Deus e Divina Me se precipitam asquerosas no negro precipcio.

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___OLHANDO O MISTRIO 4. -Mestre, como voc falou muito em seus livros da Quarta Dimenso, vrios me dizem que no crem que exista, porque eles querem v-lo e toc-lo; como eu no soube dar a resposta adequada, quisera que voc me explicasse de que forma posso faz-lo. R.- Valha-me Deus e Santa Maria! Isto no questo de crenas: estamos falando de assuntos cientficos. As crenas so para assuntos religiosos, mas a cincia algo diferente; por favor ponha-me ateno: a Quarta Dimenso o Tempo, e o que quisera saber algo sobre esta Quarta Coordenada que estude a Teoria da Relatividade de Einstein. A vejo a voc sentada numa mesa escrevendo. Se voc observa este mvel ver que tem trs dimenses: largura, comprimento e altura. Mas existe uma Quarta Vertical e esta o Tempo. Quanto tempo faz que o carpinteiro construiu esta mesa? A Quarta Dimenso a est vendo todo o mundo, porque no h pessoa que no tenha um determinado nmero de anos; haver pessoas que estejam recm nascidas, outras que tenham vinte anos e muitos ancios que s aguardam a morte. O Tempo em si mesmo tem dois aspectos: o cronomtrico, que somente superficial e o espacial, que o fundamental. Reflicta voc; no lhe estou falando de crenas, estamos tratando assuntos meramente cientficos. necessrio ter um pouquinho de maturidade para entender. A conquista do espao exterior, as viagens csmicos, sero impossveis enquanto no tenhamos logrado conquistar o Tempo, dizer, a Quarta Coordenada. Se uma nave csmica pudesse sair de nosso mundo velocidade da luz (trezentos mil quilmetros por segundo) e se depois de vrias horas de viagem csmica regressasse Terra conservando a mesma velocidade, pode voc estar absolutamente segura de que a seu retorno os tripulantes de tal navio no encontrariam o mundo que deixaram, seno um mundo futuro, uma Terra adiantada em muitos milhares de anos; isto j o demonstrou Einstein com seus clculos matemticos. No dia em que os homens de cincia inventem naves csmicas capazes de passar alm da velocidade da Luz tero conquistado o Tempo; noutras palavras, tero conquistado a Quarta Dimenso. Isso tudo. O mundo de trs dimenses o resultado da velocidade da luz ao quadrado; se passamos mais alm da velocidade da luz, entramos na Quarta Dimenso. As bruxas do citado relato, com procedimentos tenebrosos, atravessam instantaneamente a barreira da velocidade da luz e penetram na Quarta Dimenso. Mas, isto no nada recomendvel. Existem procedimentos Santos e virtuosos, como os de Pedro, o Apstolo de Jesus, ou os do Divino Nazareno, por meio dos quais podemos entrar na Quarta Dimenso. 5. - Numa reunio se contava que as avs de vrios dos presentes relatavam sobre as bruxas o seguinte caso: nos tempos da Revoluo Mexicana algumas pessoas encontraram vrios pares de pernas entre as cinzas de um fogo ou dos grandes braseiros que se usavam nas casonas daquela poca; assustadas de tal acontecimento, esperaram para ver que era o que sucedia e se surpreenderam de que algum tempo depois regressavam as bruxas que vinham em suas vassouras sem pernas e que as colocavam novamente por arte de magia; celebravam a mesmo um grito estranho e iam a suas casas como qualquer pessoa normal.

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OLHANDO O MISTRIO Estes rumores circulavam de boca em boca entre os vizinhos da regio, causando assombro. Seria to amvel de nos explicar se so certos estes acontecimentos? R.- Distinto senhor, j falmos claramente sobre tudo isto e podemos asseverar de que tais coisas so muito certas. Este tipo de pessoas tenebrosas, aqui no Mxico, abandona suas pernas quando entram na Quarta Dimenso. 6. -Nada mais que aqui no Mxico? R.- Sim, ns que explormos nos distintos terrenos da metafsica sabemos que isto de abandonar as pernas s ocorre aqui em nossa ptria. Explormos distintos pases e lugares e a investigao nos levou muito longe. Permita-me informar-lhes que em Salamanca, Espanha, existe o Castelo de Klingsor, dentro do qual funciona o Salo da Bruxaria; as horripilantes bruxas, afiliadas a esse antro de trevas, assistem a suas reunies e suas pernas no as deixam em seus leitos, nem ao p da chamin, nem em nenhuma parte. Essa classe de pessoas se vo tornando cada vez mais e mais perversas e ao fim se precipitam no abismo tenebroso onde s se ouve o pranto e o ranger de dentes. 7. - Em certa paragem que conheci na Amrica do sul, encontrando-me deitado de boca acima, senti rudos na parte do quarto onde me encontrava. Percebi um odor desagradvel que penetrava por debaixo da porta, e minutos depois senti que uma pessoa se sentava sobre o meu peito paralisando-me todo o corpo. No podia nem falar, nem fazer nenhum movimento muscular. Ao fim de poucos minutos lembrei-me que me poderia salvar fazendo uma conjurao, mas como no podia falar, a nica coisa que pude fazer, mentalmente, foi o signo da Estrela Flamgera de cinco pontas e a entidade se retirou. Poderia voc fazer-me o favor de aclarar-me que classe de entidade foi esta, Mestre? R.- Responderei ao distinto cavalheiro sua pergunta. Sabemos por experincia directa que essas abominveis criaturas do aquelarre costumam se lanar-se sobre os corpos de suas vtimas, ora para morder-lhes o corpo formando horrveis mculas em sua pele, ora para sacar-lhes da forma densa a Alma e lev-la a qualquer lugar do mundo, ou bem para atorment-los de qualquer modo. Nestes casos, aconselhamos ns orar com grande veemncia, recitar a Conjurao dos Sete do Sbio Salomo, ou a Conjurao dos Quatro; este tipo de oraes de eficcia extraordinria para a defesa mental e fsica. Com estas conjuraes fogem as horripilantes rpias deixando-nos em paz. CONJURAO DOS QUATRO CAPUT MORTUM imperet tibi Dominus per vivum et devotum serpentem! CHERUB, imperet tibi Dominus per ADAM JOT CHAVAH! AQUILA ERRANS, imperet tibi Dominus per ALAS TAURI! SERPENS imperet tibi Dominus TETRAGRAMMATON per ANGELUM et LEONEM! MICHAEL, GABRIEL, RAPHAEL, ANAEL! FLUAT UDOR per spiritum ELOHIM. FAT FIRMAMENTUM Per IAHUVEHU-ZEBAOT. MANEAT TRRA per ADAM JOT CHAVAH.

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___OLHANDO O MISTRIO FAT JUDICIAUM per ignem in virtute MICHAEL. ANJO DE OLHOS MORTOS, obedece ou dissipa-te com esta gua santa. TOURO ALADO, trabalha, ou volta terra se no queres que te aguilhoe com esta espada. GUIA ENCADEADA, obedece a este signo, ou retira-te ante este sopro. SERPENTE MVEL, arrasta-te a meus ps ou sers atormentada pelo fogo sagrado e evapora-te com os perfumes que eu queimo. Que a GUA volta gua; que o FOGO arda; Que o AR circule; que a TERRA caia sobre a terra. Pela virtude do PENTAGRAMA, que a ESTRELA MATUTINA, e no nome do TETRAGRAMA que est escrito no centro da CRUZ DE LUZ. men. CONJURAO DOS SETE Em nome de MICHAEL, que JEHOVA te mande e te afaste de aqui, Chavajoth! Em nome de GABRIEL, que ADONAI te mande e te afaste de aqui, Bael! Em nome de RAPHAEL, desaparece ante ELIAL, Samgabiel! Por SAMAEL ZEBAOTH, e em nome de ELOHIM GIBOR, afasta-te Andramelek! Por ZACHARIEL e SACHEL-MELEK, obedece ante ELVAH, Sanagabril! No nome Divino e humano de SCHADDAI e pelo signo do Pentagrama que tenho na mo direita, em nome do Anjo ANAEL pelo poder de ADO e de EVA que so JOTCHAVAH, retira-te Lilit!, Deixa-nos em paz, Nahemah! Pelos Santos ELOHIM e em nome dos Gnios CASHIEL, SEHALTIEL, APHIEL e ZARAHIEL, e ao mandato de ORIFIEL, retira-te de ns MOLOCH! Ns no te daremos nossos filhos para que os devores. men. men. men.

Captulo Quatro NARRAES PSQUICAS Amigos meus, urgente aprender a viajar por entre a Quarta Dimenso. A muitos lhes parecer difcil tal aprendizagem, mas isto no assim to trabalhoso, o que se necessita fora de vontade, tenacidade incansvel e pacincia infinita. Vm a minha memria nestes instantes alguns episdios muito importantes relacionados com os Estados de Jinas. Quando eu comecei minha aprendizagem, certamente tive que sofrer um pouco. Me deitava tranquilo no leito com a cabea apoiada sobre a palma da mo esquerda; me concentrava em minha Me Natureza e no Cristo, rogando-lhe de todo o corao me levara com corpo de carne e osso a remotos lugares da Terra; quando me sentia j em certo estado de lassitude, quando comeava a dormir, suavemente me levantava da cama e saa ao ptio da casa; ali dava saltos longos com a inteno de flutuar no espao; muitas vezes estava chovendo e ento tinha que suportar a gua e o frio; vestido com roupa de dormir e logo ao ver que no flutuava, regressava cama para repetir o experimento uma e outra vez incansavelmente durante toda a noite; meus desvelos eram enormes, meu corpo se estava adelgaando, meu rosto estava plido e meus olhos cheios de grandes olheiras de tanto desvelo, mas eu era teimoso e um dia desses tantos obtive o xito. Em estado de sonolncia me levantei do leito e grande foi meu assombro ao encontrar trs damas dentro de minha recmara; uma delas me ajudou-me a levantar da cama, enquanto as outras duas ante uma mesa lanavam sortes com uns naipes, a ver qual delas fazia cargo de minha insignificante pessoa; ostensivo que a sorte recaiu sobre a que me levantou do

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OLHANDO O MISTRIO leito; ela me ajudou a sair do quarto, me conduziu ao longo de um corredor que conduzia at rua, abriu o porto da casa e me levou rua; ento vi muitas outras pessoas que igualmente estavam ocupadas no mesmo labor naquele povoado, onde na poca vivia. A dama em0 meno me disse que podia flutuar no ambiente, e ao faz-lo senti grande alegria; no desconheo que houve certa falta de prudncia em meus actos, pois to rapidamente cheio de alegria me lanava s nuvens como me precipitava terra para voar sobre as casas, as torres das igrejas, etc., etc. 1. - E no o via ningum? R.- Oh!, Distinta dama, de certo lhe digo que ningum me via porque meu corpo se tinha metido dentro da Quarta Dimenso, tinha escapado do mundo de trs dimenses e por isso se tinha feito invisvel para as pessoas deste mundo. A dama me levou a Nova Iorque; ali havia um cavalheiro que tambm estava trabalhando da mesma forma; aquela mulher o ajudou tambm e os tirou de seu apartamento, de maneira que j fomos dois os viajantes da Quarta Dimenso. Atravessamos o oceano Atlntico e logo voamos sobre a Europa passando por distintas cidades em runas, pois estvamos na Segunda Guerra Mundial. Aquele homem me disse: no sei o que vejo em ti, mas a nica coisa que sei que dentro de ti mesmo h muito de filosofia e muito de ocultismo. O cavalheiro me advertiu sobre os perigos que existiam nas terras de Europa; me disse que tivssemos muito cuidado porque se chegvamos a sair da Quarta Vertical, cairamos nesses pases sem documentao de nenhuma espcie, pelo qual nos assassinariam ou nos meteriam no crcere. Tem voc razo, lhe respondi; de nenhuma maneira devemos abandonar a Quarta Coordenada. Durante o trajecto nos detivemos uns instantes para entrar numa casa de modistas. A dama que nos conduzia nos manifestou o desejo de ajudar algumas pessoas que ali viviam; entretanto ns permanecemos dentro de uma habitao contgua, conversando. Quando samos daquela casa com o nosso guia, continumos flutuando sobre o cu da Europa para chegar at ao lugar onde nos proponhamos. Uma vez feitas as investigaes requeridas, me despedia de meu guia e do amigo e regressei a casa. J vem vocs, distintos amigos e amigas, como com vontade e pacincia podem vocs aprender a meter o seu corpo fsico dentro da Quarta Dimenso; a mim isto me custou como um ano de amarguras. 2. -Como sabia o guia que nessa casa que voc menciona necessitavam ajuda? E que tipo de ajuda? R.- Com o maior gosto responderei a sua pergunta, estimada dama. claro que as pessoas que viviam em tal casa eram amigas do guia; a ajuda que prestou a dama que nos guiava se relacionava com os estudos Jinas; tinha por objectivo ajudar uma pessoa a entrar na Quarta Dimenso; isso tudo. 3. - Quanto tempo esteve voc fazendo essa viagem? R.- Bem, distinta senhora, considero que em ir e vir pode haver transcorrido um par de horas. 4. - Como soube regressar sozinho?

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R.- Esta pergunta muito interessante e d oportunidade para uma formosa explicao. Sucede que no mundo da Quarta Dimenso tudo regressa a seu ponto de partida original; se abrimos uma porta, esta se fecha de imediato por si mesma; se levamos um objecto de um lugar a outro, este retorna por si mesmo a seu lugar. Por exemplo, em certa ocasio sa da casa por entre a Quarta Dimenso; me situei exactamente numa rua de distncia e logo tirei a camisa de dormir, atirei-a ao espao e observei cuidadosamente o curso que esta seguia; ento vi com assombro que flutuando tal objecto na atmosfera regressou a casa, penetrou pela porta e foi dar ao leito. Assim pois, no estranho que eu me deixasse levar pela fora do retorno para regressar de forma, digamos instintiva e automtica ao dormitrio at ficar o corpo colocado na posio em que antes estivera. 5. - Numa regio nevada da Amrica do Sul, um homem que cuidava do gado, estando cansado se deteve numa cabana solitria acompanhado de um co. Prendeu fogo para estar mais cmodo. meia-noite sentiu rudos estranhos e ouviu ladrar o co como se, se aproximasse uma pessoa estranha; ao observar que era o que sucedia, viu um homem coberto de pelo sem roupa alguma; tomou a sua carabina para atacar o visitante, o qual lhe disse: amigo meu, no me ataque, no me faa dano, que venho em paz, contando-lhe como tinha chegado at quele estado, por ter feito uma promessa fazia muitos anos de viver longe da civilizao e no voltar a deixar-se ver por nenhuma mulher. O pastor lhe ofereceu comida e teto na cabana e lhe indicou que ele vivia numa fazenda onde no habitam mulheres, que quando quisesse, podia ir por alm para falar com ele e oferecer-lhe de comer o que a ele lhe apetece-se. Um dia qualquer, o homem peludo o visitou na fazenda e, estando falando com ele, observou que estavam olhando-o algumas damas dali, fugindo sem voltar jamais a aparecer por esses lugares. Poderia voc explicar-nos, Mestre, por que tomou esta determinao de viver na solido e longe das mulheres? R.- Com o maior prazer responderei a sua pergunta, distinto cavalheiro. Seu relato me parece muito interessante. Certamente muito lamentvel o caso do peludo. Em tudo isto vejo um pouco de ignorncia: fugir das mulheres me parece demasiado absurdo porque seria impossvel chegar liberao, salvao, j que elas so um elemento importante na vida. O Amor o fundamento da liberao, da salvao, da iluminao. S amando podemos chegar a Deus, s querendo de verdade podemos conseguir a eterna bem-aventurana. Ns escrevemos muitas obras e bem vale a pena que nossos leitores as estudem; O Matrimnio Perfeito, por exemplo, um desses livros que podem ensinar s pessoas o que o Amor; h alguns outros textos importantes; por exemplo: O Mistrio do ureo Florescer, O Parsifal Desvelado, e muitos outros. No h dvida de que o peludo se converteu num autntico selvagem. Em contacto com a Natureza lhe brotou a pele de gorila, se converteu num homem macaco, involuu at se converter num smio; isso tudo. 6. - No tempo da colnia, dois cavalheiros que cavalgavam para a cidade num dia chuvoso, tratando de descansar e de abrigar-se da chuva, viram nos arredores um mesn onde parecia que havia uma festa, pois os que estavam a bailavam, bebiam e riam; entraram e tambm ficaram a compartir a festa. Ao se sentirem cansados, se retiraram a seu quarto para dormir; ao outro dia, quando despertaram, grande foi sua surpresa ao ver que naquele lugar s havia p de muito tempo

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OLHANDO O MISTRIO e esqueletos disseminados por toda a casa; espantados, fugiram dali espavoridos. Poderia voc dizer-me a que se deveu este fenmeno? R.- Interessante seu relato, distinto cavalheiro. Eis a um fenmeno maravilhoso da Quarta Dimenso. No h dvida de que os viajantes tiveram um aceso momentneo Quarta Dimenso em que puderam ver e ouvir muitas pessoas desencarnadas, defuntos digamos, com os quais partilharam amigavelmente. Ao outro dia receberam a surpresa ao descobrir em tal mesn s ossos de mortos. 7. - Um bomio que costumava viver nas tabernas, um dia ao sair de uma cantina para se dirigir a sua casa, sentiu um rudo estranho que vinha detrs dele; ao olhar para trs, viu uma figura humana sem cabea que o seguia a certa distncia; o homem lanou-se a correr dando gritos, com os quais saram as pessoas de suas casas a auxili-lo; ao chegar a perto de sua casa, caiu privado do conhecimento. Horas mais tarde, quando despertou, relatou o sucedido. Quisera explicar-me por que viu um homem sem cabea?

R.- O senhor nos fala de um decapitado; muitas pessoas que pereceram na guilhotina durante a Revoluo Francesa continuaram no Mais Alm, na Dimenso Desconhecida com figura de decapitados; sucede que aqueles que morreram dessa maneira costumam s vezes fazer-se visveis com to sinistra figura no mundo fsico. Amigos meus, bom que vocs saibam que existem terras encantadas, regies das mil e uma noites e que tudo isso pertence Quarta Dimenso. A Natureza tem maravilhas e prodgios; recordo que em algumas de minhas viagens que fiz por terras da Amrica cheguei casa de um menino que estava muito enfermo; os corvos, zopilotes, galinazos, zamuros, chulos, tiosos etc. paravam sobre o tecto daquela casa; antes os mdicos prognosticaram que o menino morreria. O que espanta que tais aves, que evidentemente se desenvolvem no Raio de Saturno, adivinharam com tanto acerto e conheceram com preciso absoluta o lugar a onde ia falecer uma criatura; No est de mais asseverar que em realidade tal menino morreu sem que a cincia mdica pudesse salv-lo; no h dvida de que esse tipo de aves do cu cumpre uma misso belssima, limpando a Natureza de toda a podrido. claro que tm faculdades que lhes permitem conhecer o lugar onde algum h-de morrer. Tudo isto nos convida a reflectir sobre os poderes da Natureza. Ns todos poderamos pr-nos em contacto com os Elementais e conhecer as maravilhas e prodgios da Natureza se aprendssemos a viajar por entre a Quarta Dimenso.

Captulo Cinco REENCARNAO Quando chega a hora da morte, concorre ao leito do agonizante o Anjo encarregado de cortar o Fio da Existncia. No instante preciso em que exalamos o ltimo alento, o Anjo da Morte tira a Alma do corpo e corta com a sua foice o Cordo de Prata, certo fio misterioso, prateado, que

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___OLHANDO O MISTRIO conecta a Alma com o corpo fsico. Tal cordo magntico pode alargar-se ou encolher at ao infinito. O sonho se diz que uma morte pequenina; sabido que durante o sonho a Alma no est entre o corpo; viaja a remotas distncias e ento o Fio de Prata se alarga infinitamente. Graas a tal fio pode a Alma regressar ao corpo fsico no momento do despertar depois do sonho. Os moribundos costumam ver o Anjo da Morte com uma figura espectral, esqueltica, ataviado com os trajes funerais. claro que esta figura to sinistra s a assume quando est trabalhando; fora de seu trabalho assume formosas figuras, de crianas, de damas ou de venerveis ancios. Os Anjos da Morte nunca so maus ou perversos. Eles sempre trabalham de acordo com a Grande Lei; cada qual nasce em sua hora e morre exactamente em seu tempo. As almas dos mortos recapitulam ou repassam de forma detalhada a vida que acaba de passar; este procedimento se realiza sempre retrospectivamente; durante tal processo as almas recolhem seus passos, vivem naqueles lugares onde antes viveram, repetem sempre o mesmo, os mesmos feitos, os mesmos sucessos. Quando chegam a reviver os instantes da primeira infncia parecem crianas. bvio que uma vez repassada a vida tal como sucedeu, se apresentam ante os Senhores do Karma, ante os Tribunais da Lei, prontos para ser julgados. Isto o que se chama apresentar-se ante os tribunais de Deus. De tal juzo, de tal feito, resulta o porvir de cada Alma. Algumas almas sobem s regies celestes antes de regressar a este mundo; outras entram nos mundos infernos, situados estes ltimos dentro do interior da Terra; e outras, finalmente, regressam imediatamente ou mediatamente a este vale de lgrimas. Isto de retornar ou regressar a este mundo costuma ser bastante doloroso. Desgraadamente, sempre nos toca regressar. Os Anjos da Vida conectam o Fio de Prata com o espermatozide que vai ser fecundado numa matriz. A criatura se gesta no ventre, mas a Alma que regressa s entra realmente no corpo no instante em que o menino faz a primeira inalao de ar. Compreender isto vital e indispensvel. Assim pois ns, antes desta vida que temos actualmente, tivemos no s uma passada existncia, seno muitas outras. Cada qual nasce de acordo com seu prprio destino; uns nascem em famlias ricas e muito endinheiradas, e outros regressam ou retornam entre pessoas pobres e miserveis. Se fizemos bem em nossa passada existncia, recolhemos agora o prmio, voltamos a lares onde nada nos falta e teremos comodidades de toda espcie.

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OLHANDO O MISTRIO Se fizemos mal, sem mal gastmos o dinheiro, se fomos avaros, se explormos ao prximo, se cometemos o erro de roubar ou de arruinar os outros, se fizemos mau uso do dinheiro, evidente que nos toca voltar entre famlias miserveis, vestidos com corpos de mendigos, infelizes, esfomeados e desnutridos. Assim cada qual recolhe o fruto de suas prprias aces. ostensivo que as pessoas no recordam suas vidas passadas porque tm a Conscincia adormecida; se as pessoas tivessem a Conscincia desperta, ento bvio que recordariam todas as suas anteriores existncias. Uma pessoa deve esforar-se por fazer obras de caridade, vestir o nu, dar de comer ao esfomeado, dar de beber ao sedento, ensinar o que no sabe, etc., etc., etc., para que em seu futuro retorno, para que de regresso Terra depois da morte, renasa em lugares belos, formosos, entre pessoas de bons costumes, com muita abundncia, paz e prosperidade. 1. -Existem Anjos da Vida e Anjos da Morte? R.- Com o maior gosto responderei sua pergunta. Os Anjos da Morte concorrem aos leitos dos agonizantes e vivem normalmente na Quinta Dimenso, no Mundo Astral de qual nos fala o esoterismo e o ocultismo. Os Anjos da Vida tm figuras de crianas, sabem muito de medicina oculta, tm poder sobre as guas da existncia, sobre a matriz, sobre o lquido amnitico, sobre os rgos criadores, e vivem normalmente na Quarta Dimenso, no Mundo Etrico. No h dvida de que os Anjos da Vida trabalham com as mulheres durante o parto. Eles podem abrir toda a matriz e ajudar em todo o nascimento; costumam ser mdicos assombrosos, realmente eles so os encarregados de conectar o Fio da Vida com o espermatozide fecundante; eles so os agentes secretos que ajudam a toda mulher grvida. 2. - Ento, de acordo com o que voc nos explica, existe a predestinao e pode um chegar a mud-la? R.- Distinta dama, vamos dar resposta a tal pergunta. ostensivo que existe a predestinao. Realmente esta ltima o resultado de todas as aces boas e ms de nossas passadas existncias. Se algum rouba, o roubaro; se mata, o mataro; etc., etc., etc. Por exemplo, vou narrar-lhes agora um caso muito interessante. Sucedeu que um jovem e trs companheiros amigos saram de viagem desde o Mxico para os Estados Unidos. Mas tiveram um acontecimento trgico: O carro em que viajavam foi golpeado por outro e nisto houve contra-golpes com outros veculos que tambm circulavam pela estrada com um saldo de dois mortos e dois feridos. Quando ns investigamos nos mundos superiores pudemos evidenciar o que a Lei da Predestinao. Um dos mortos, o primeiro deles, foi, digamos, instantnea a sua morte; pereceu no momento preciso do choque. Outro sofreu queimaduras de terceiro grau e depois de vinte dias exalou o ltimo alento. O terceiro foi o condutor do carro, o qual s teve uma deslocao do brao e uma pequena ferida numa perna. E outro, o quarto, sofreu to s uma leve ferida na cabea. Ns investigamos especialmente os trs primeiros e o resultado foi o seguinte: quem pereceu primeiro tinha vivido no Mxico durante a poca de Don Porfirio Daz; claro que tinha sido um rico poderoso, um grande fazendeiro dspota,

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___OLHANDO O MISTRIO que gozava atropelando os pobres trabalhadores, lanando os cavalos sobre os camponeses nos caminhos, etc., etc. Quem morrera de queimaduras graves, tinha cometido o erro de lanar gasolina sobre os corpos de seus irmos quando estes ltimos dormiam na noite e logo lhes tinha pegado fogo; esse tinha sido pois seu delito mais grave em sua passada existncia e agora perecia entre um carro incendiado, morria com queimaduras de terceiro grau. Quanto ao terceiro, tinha feito sofrer um jovem em sua passada existncia. Resulta que em grupo de rapazes o tinham golpeado e lhe tinham deslocado um brao puxando-o violentamente; agora recebia a consequncia durante o acidente. Assim pois cada qual nasce com seu prprio destino. Poderia ser modificado o destino fazendo muitas obras de caridade, dedicando-se ao bem, praticando as obras de misericrdia, etc., etc. Fica pois aclarado o facto concreto de que o destino tambm pode ser modificado, porque quando uma lei inferior transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior. Faz boas obras para que pagues tuas dvidas.

Captulo Seis KARMA 1. -Amigos meus, existe uma lei que se chama Karma; esta significa em si mesma causa e efeito, aco e consequncia. Vs deveis compreender o que a Lei da Compensao; tudo o que se faz h que pagar, pois no existe causa sem efeito nem efeito sem causa. Nos foi dada liberdade, livre arbtrio e podemos fazer o que queiramos, mas claro que temos que responder ante Deus por todos os nossos actos. No somente se paga Karma pelo mal que se faz, seno pelo bem que se deixa de fazer podendo-se fazer. Quando algum vem a este mundo traz o seu prprio destino; uns nascem em colcho de plumas e outros na desgraa. Se em nossa passada existncia matamos, agora nos matam; se ferimos, agora nos ferem; se roubmos, agora nos roubam, e com a vara com que medimos os outros seremos medidos. Sem embargo, possvel modificar o nosso prprio destino, porque quando uma lei inferior transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior. Ao Leo da Lei se combate com a balana. Se num prato da balana pusermos as nossas boas obras e no outro pusermos as ms, ambos os pratos pesaro iguais ou haver algum desequilbrio. Se o prato das ms aces pesa mais, devemos pr boas obras no prato das boas aces com o propsito de inclinar a balana a nosso favor; Assim cancelamos

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OLHANDO O MISTRIO Karma. Fazei boas aces para que pagueis as vossas dvidas; recordai que no somente se paga com dor; tambm se pode pagar fazendo o bem. Muitas pessoas que sofrem, s se lembram de suas amarguras desejando remedi-las, mas no se acordam dos sofrimentos alheios, nem remotamente pensam em remediar as necessidades do prximo. Este estado egosta de sua existncia no serve para nada; assim a nica coisa que conseguem realmente agravar os seus sofrimentos. Se tais pessoas pensassem nas demais, em servir a seus semelhantes, em dar de comer ao faminto, em dar de beber ao sedento, em vestir o nu, em ensinar o que no sabe, etc., etc., etc., claro que poriam boas aces no prato da balana csmica para inclinar a seu favor; assim alterariam o seu destino e viria a sorte em seu favor. dizer ficariam remediadas todas as suas necessidades; Mas as pessoas so muito egostas e por isso que sofre; ningum se lembra de Deus nem de seus semelhantes seno quando esto no desespero, e isto algo que todo o mundo pde comprovar por si mesmo; assim a humanidade. 2. - As boas obras de que nos fala voc, devem fazer-se desinteressadamente ou se nos tomam em conta mesmo fazendo-as com o interesse de obter alguma mudana? R.- Se deve trabalhar sempre desinteressadamente, com infinito Amor pela humanidade; assim alteramos aquelas ms causas que originaram os maus efeitos; no olvide voc que alterando a causa se altera o efeito. Queres sanar? Sanai outros Alguns de vossos parentes esto na priso? Trabalhai pela liberdade de outros. Tendes fome? Comparte o po com os que esto pior que tu; etc., etc., etc. 3. - Mestre, poderia dizer-me se todas as enfermidades so krmicas? R.- Nem todas as enfermidades so krmicas. A mquina humana pode ser danificada por mltiplos motivos; podem ser de ordem krmico ou simplesmente acidental; isso tudo. 4. - Mestre, ao estar em meditao pude recordar algo de minha vida passada quando passei pelo Mxico em viagem a Acapulco, tal como voc me tinha informado. Quisera explicar-me se foi correcta minha meditao ou se foi uma fantasia? R.- Pela forma da pergunta tal como foi feita, posso evidenciar claramente que tu todavia tens a Conscincia adormecida, pois se a tivesses desperta, a palavra fantasia teria ficado excluda de tua pergunta; o que algum sabe bem, nada tem de fantstico; o que ignora, ou aquele que entrev ligeiramente, ainda que seja real, tomado como fantstico; despertar Conscincia vital quando se trata de investigar vidas anteriores. claro que estiveste na passada reencarnao aqui no Mxico, que me acompanhaste tambm em tua passada existncia at Porta de Acapulco; isto sucedeu na poca de Don Porfirio Daz, e agora obvio que o repetiste de acordo com a Lei da Recorrncia. Tudo volta a suceder como sucedeu, tudo se repete. Assim trabalha a Grande Lei do Karma. 5. - Mestre, de acordo com o que voc me diz compreendo que estou bem adormecido; sem embargo estas pequenas recordaes que tenho da vida passada, assim como de outra em

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___OLHANDO O MISTRIO terras espanholas e cujas recordaes pude trazer, no indicam um pequeno despertar de Conscincia? R.- Indubitavelmente houve um pequeno despertar da Conscincia; aumentou a percentagem. As pessoas comuns e correntes tm uns trs por cento de Conscincia desperta, mas neste caso podemos evidenciar uns dez por cento, e isso bastante; dificilmente encontraramos uma pessoa que tivesse uns cem por cento de Conscincia desperta; d-se voc por satisfeito de ter sequer essa percentagem de Conscincia superior ao de todos os seus semelhantes. 6. - Em meditaes tive experincias de ver que em minha vida anterior cometi muitos erros, j que era um latifundirio que tinha uma fazenda em Cuautla, Morelos, na que tinha muitos empregados os quais tratava a chicotadas, cometendo adultrios e violaes, at que chegou a Revoluo na que perdi todas as minhas posses. Me alistei na Revoluo ao lado de Pancho Villa, sofrendo fome e todos os horrores da guerra, e ainda que morri velho e ao lado de minha famlia, desde ento at data tenho vindo sofrendo amarguras e dissabores; Pensei que estou pagando meu Karma. Que poderia voc dizer-me a respeito, Mestre? R.- Distinto frater, muito me alegra que voc recorde sua passada existncia; tenho que informar-lhe que precisamente eu o conheci a voc em sua vida anterior; obvio que voc est me falando a verdade e nada mais que a verdade. Como voc tambm esteve entre as filas do general Francisco Villa, natural que no poderia deixar de o conhecer pessoalmente. Que como proprietrio de uma fazenda antes da revoluo tivesse cometido erros dando chicotadas a seus trabalhadores e etc., etc., etc., contraiu Karma, isso obvio; agora poder explicar voc o porqu de ter tido tantos sofrimentos em sua vida actual. A outros voc fez sofrer e agora sofreu; a outros fez trabalhar intensivamente e agora foi explorado pelos amos em certos empregos nos que lhe tocou trabalhar para ganhar o po de cada dia; assim como pagamos o que devemos; lei lei e a lei se cumpre.

7. - Mestre, quero relatar-lhe um acontecimento que me sucedeu quando tinha seis anos de idade. Vi num sonho que caam bolas de fogo sobre a Terra e as pessoas corriam e clamavam a Deus desesperadamente, como se fosse o fim do mundo. Mais tarde j sendo grande, vi uma Bblia ilustrada na que aparecia um quadro exactamente como eu o tinha sonhado. Quisera voc dizer-me se isto foi um anncio? R.- Distinto Cavalheiro, me muito grato dar resposta a sua pergunta; no h dvida de que assim como existe o Karma humano, tambm existe o Karma das naes e do mundo; estamos falando de Karma e creio que voc me compreende. Sua viso corresponde ao Karma mundial, o qual se encontra condensado em muitos versculos bblicos e do Coro, assim como numa multido de livros sagrados do oriente e do ocidente do mundo. O mal do mundo to grande que j chegou ao cu e obvio que esta perversa civilizao de vboras ser destruda e no ficar pedra sobre pedra.

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Uma srie de terramotos se desencadearam em todas as regies da Terra, mas isto no seno o princpio do fim; haver guerras atmicas, fome e pestilncias em toda a redondez da Terra e morrero os seres humanos aos milhes, to numerosos como as areias do mar e no haver remdio. O abuso da energia nuclear ser muito grave; dia chegar em que vir a decomposio do tomo em cadeia, e ento se intensificaro os maremotos e terramotos. Ondas gigantescas nunca antes vistas acoitaro as areosas praias e um som estranho e misterioso sair de entre as profundidades abismais do oceano. Quero que voc saiba, amigo meu, quero que entendam todos os meus amigos que um mundo vem viajando atravs do espao infinito e que um dia chocar magneticamente com este afligido planeta em que vivemos. O que voc viu, o que voc pode comprovar na Santa Bblia, corresponde exactamente a tal acontecimento csmico. necessrio que voc entenda que as duas massas planetrias ao chocar magneticamente se mesclaro entre si formando um mundo novo; ento s haver fogo e vapor de gua; e de toda esta perversa civilizao no ficaro vestgios de nenhuma espcie. Assim ficar selado todo o Apocalipse de So Joo. Depois, pouco a pouco, de entre as guas caticas da vida, surgir um novo continente, novas terras, novos cus, para que se cumpra o que j est escrito no Apocalipse e na epstola segunda de Pedro aos romanos. Voc viu, pois, algo extraordinrio, algo que est por suceder; no olvide que j os cientficos esto informados sobre aquele mundo que viaja precisamente rumo rbita de nosso planeta Terra; At ouvi dizer que o chamam o Planeta Vermelho; Querem desvilo baseando-se em exploses atmicas, mas tudo ser intil, aquele mundo chocar com o nosso precisamente no ano 2.500; Assim terminar esta Idade de Ferro chamada Kali Yuga. bom que voc saiba que esta horripilante Idade comeou com o ciclo electroqumico durante a cultura greco-romana e que terminar com dito ciclo exactamente o ano 2.500; assim o Karma das naes, amigo meu. O convido a seguir a senda de perfeio, se que no quer ingressar com os perdidos nos mundos infernos onde s se ouve o pranto e o ranger de dentes. 8. - Com relao ao chamado Planeta Vermelho, sabido que existe um livro de esse nome onde os cientficos narram o facto de que um planeta se est aproximando em direco rbita da Terra e que chegar um momento em que ambos os planetas chocaro fazendo uma fuso de massa, mas que antes de chocar, no processo de aproximao, haver uma grande quantidade de calor e radiaes que comearo a esterilizar plantas, animais e toda a classe de vida at chegar a secarem os rios e lagos, faltando a gua, ao se ir aproximando o planeta, por atraco magntica; os lugares onde h grandes quantidades de gua, comearo a sair de seu leito provocando grandes cataclismos e que isto suceder ao redor do ano 2.400 e tantos. Que nos pode voc dizer a respeito? R- Distinto amigo, muito interessante o que voc diz. J v voc que os cientficos no ignoram a futura coliso que nos aguarda; permita-me dissentir quanto data; a Loja Branca informou que dito acontecimento csmico, como j disse, vir a realizar-se exactamente no ano 2.500; por aquela poca j a Torre de Babel (os foguetes csmicos)

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___OLHANDO O MISTRIO estar levantada de forma total; ento muitas pessoas podero viajar Lua, Mercrio, Vnus, e em geral a todos os planetas do sistema solar. Com o choque planetrio, a Torre de Babel ser fulminada e a Terra ficar convertida em fogo e vapor de gua; isso tudo. 9. - Tambm na poca de menino tive a viso aproxima de que comeavam a resplandecer no cu umas naves que desciam em direco a Terra, baixando delas uns homens brancos muito altos e de olhar profundo, os quais informaram que ia haver uma srie de cataclismos que terminariam com a humanidade, acreditando neles s umas quantas pessoas, as quais pediram que as levassem com eles a seu planeta, contando-lhes que s se podiam levar os que o mereceram de acordo com as suas obras. Ento comearam a fazer uma seleco em forma de Clarividncia e de centenas de pessoas que chegaram a escolher unicamente seis ou sete que a juzo deles o mereciam. Quando estavam fechando as portas das naves, muitos pretenderam subir pela fora, mas isto no foi possvel e partiram para seus planetas. Que nos poderia voc dizer acerca desta viso? R- Permita-me dizer que estas percepes estiveram maravilhosas; ostensivo de que a voc lhe revelaram o que est por vir. Da Terra ser sacada a semente; quero referir-me aos seres humanos seleccionados que havero de servir num futuro pela formao da futura sexta grande raa. claro que depois do grande cataclismo que se avizinha surgiro novas terras de entre o caos, de entre as guas da vida, e nela h-de viver um povo novo. Agora compreender voc por que haver de se salvar a semente; isto indispensvel, e no h dvida de que antes do cataclismo final ser levada em naves csmicas a outros mundos do espao infinito; mais tarde, a seu tempo e a sua hora, quando a Terra volte a estar em condies de estar habitada, tal humana semente ser trazida de regresso a este planeta, para a formao da futura raa; e desta, nossa presente humanidade, s ficaro as recordaes entre os Registros Akshicos da Natureza.

Captulo Sete O APAGO DE NOVA IORQUE Amigos meus, vamos comentar esta noite certo artigo muito interessante que vi por a numa revista e que se titula: dvida sobre o apago de Nova Iorque; e a seguir transcreveremos algumas passagens do citado artigo. Exactamente s cinco da tarde com vinte e oito minutos do dia 9 de Novembro de 1965, ocorreu a falha tcnica mais grande e inexplicvel da histria. A essa hora e nessa data, doze milhes de nova-iorquinos sofreram as consequncias de uma total interrupo na administrao de energia elctrica. Mas o que ignoravam os habitantes de Nova Iorque era que, alm da cidade onde viviam, havia outras mais sumidas nas trevas. Faa funcionar as luzes de emergncia, nos expomos a um roubo.

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Pertencentes a territrio norte-americano: Albany, Rochester, Boston e Providence estavam s escuras; situados no Canad: Quebec e Ottawa padeciam da mesma falha tcnica. Em uma imensa rea de 207.184 quilmetros quadrados, que compreendia os estados de Quebec, Ontario, Vermont, parte de New Hampshire, Massachussets, Rhode Island, Connecticut, Nova Iorque, New Jersey e Pensilvnia, nenhum instrumento que dependesse da electricidade funcionava. Trinta e seis milhes de pessoas, ou seja, mais do que a povoao de Argentina, Bolvia, Chile, Paraguai e Uruguai juntas!, ficaram s escuras. Elevadores, semforos, rdio, televiso e rotativas deixaram de funcionar. Fornos elctricos, estufas elctricas, refrigeradores, liquidificadores, torradeiras de po, pulmones de ao e inclusive fresadoras de dentistas se tornaram inutilizveis. Nas ruas se produziram engarrafamentos espantosos. A situao se agravou ainda mais pelo facto de que os veculos que ficaram sem gasolina no puderam abastecer nas estaes de servio. As bombas elctricas no funcionavam, e os automveis eram abandonados. Nas estaes do metro haveria quase um milho de pessoas impossibilitadas de usar o transporte. Vivo a trinta milhas daqui e meu filho est enfermo. No podemos mover-nos. A cidade est congestionada com o apago. Os avies que iam a aterrar ou despegar tiveram dificuldades ao apagar-se momentaneamente a iluminao das pistas. urgente que aterremos! J quase no nos fica combustvel! A anarquia ia em aumento. Houve mortos por acidente, ladres e gente enlouquecida pelas trevas. A situao foi to grave e imprevista que no Palcio de Cristal das Naes Unidas em Nova Iorque, tiveram que suspender as sesses que se estavam celebrando. Conforme a durao do apago se prolongava, as mais altas autoridades eram conscientes de que enfrentavam uma perigosa alterao do ordem. Os reportes de ltima hora indicam que o pnico e a desordem aumenta nas ruas. o caos! S contam com luz elctrica edifcios como este, que tm planta de luz prpria. Mas s uns quantos! Mas o verdadeiramente grave, que unidos ao pnico e ao caos deste momento nesta imensa zona de 207.184 quilmetros quadrados... Os sistemas de radar no funcionam, Esto cegos! Qualquer projctil areo pode cruzar o nosso cu neste preciso momento. No poderamos detectar a sua presena! E mais, nem sequer poderamos enviar um de nossos projecteis dirigidos a intercept-lo, porque os botes de comando com que se lhes ordena despegar dependem da electricidade para seu funcionamento. intil este imenso aparelho, no serve para nada!

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___OLHANDO O MISTRIO Senhores, somos um dos pases mais poderosos da Terra; gastamos cada ano milhares de milhes de dlares em armamento e em fortalecer nossos sistemas de segurana, mas ante uma situao como esta, somos impotentes. Uma civilizao to tecnolgica e poderosa como a nossa tem um calcanhar de Aquiles, uma grande debilidade, a electricidade; se perguntaram todos vocs... De que nos serve o radar, os projecteis teledirigidos, o telgrafo, o telefone e a televiso? De nada! Absolutamente de nada! Claro! Tem razo o general! No podemos transmitir uma ordem No podemos receber informao! Esta a quebra de nosso poderio militar e industrial: tudo est paralisado! Senhores, por favor, um pouco de cordura. No por de mais que lhes recorde que o governo ao que todos ns pertencemos totalmente consciente da terrvel importncia da electricidade. Em cada central elctrica existem grandes crebros electrnicos e computadores encarregados de vigiar cada centmetro dos grandes cabos que conduzem o fluido elctrico. Quando um dos crebros electrnicos descobre, por exemplo, que um dos cabos est sendo sobrecarregado de electricidade e que h o perigo de que se funda... a linha cinco est em perigo. Automaticamente essa carga repartida entre outros ramos do sistema. A sobrecarrega se repartiu entre as linhas sete e oito. Assim mesmo, os computadores indicam quando um grande fusvel se queimou, a que linha pertence e o lugar exacto da avaria. o terceiro cabo do ramo de Albany; a avaria se localiza entre a torre 17-B e a 18-B. Samos de imediato para alm. Inclusive, se numa zona se chegasse a produzir uma avaria que no tivesse sido captada pelas centrais electrnicas, essa zona se isola das demais para que no cause danos em outros sistemas de conduo elctrica. Temos isolada a zona de Montgomery e procedemos a fazer a reparao. Cada relevador, cada fusvel, cada switch e cada conexo so cuidadosamente revistas cada instante. Estou seguro que de um momento a outro se corrigir a falha que houve e teremos novamente electricidade. O apago s leva uma hora de durao. Desgraadamente esses optimistas clculos no foram confirmados pela realidade. Meu filho, meu filho! No o vi nesta obscuridade, saiu correndo do caminho. O grande apago duraria exactamente doze horas. Nem um dcimo de segundo mais! Frank, vem j temos luz! Os mais precisos crongrafos elctricos, ao receber a descarga da electricidade no tiveram que ser tocados em seus manecillas para que seguissem indicando a hora com grande exactido. Est marcando a hora que ! Devemos exigir uma investigao. Da mesma misteriosa maneira que se havia interrompido a luz, comeava a fluir por cada cabo. Um apago de durao inusitada que tinha tido isto e que curiosamente tinha durado doze horas, provocou incerteza num grande sector de Amrica do Norte.

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OLHANDO O MISTRIO Que se deslindem responsabilidades. Cidados comuns e correntes, homens de empresa e periodistas pediram do governo dos Estados Unidos uma explicao sobre o ocorrido. Continuam chegando telegramas, senhor. Nos exigem que esclarecemos o ocorrido. At aqui as palavras do mencionado artigo. No h dvida de que uns poucos Homens extraterrestres foram capazes por si mesmos de paralisar todo o sistema elctrico de Nova Iorquee muitas outras cidades, tal como j est dito. Vejamos pois a diferena fundamental entre o Homem e o animal intelectual; bvio que todas as pessoas se consideram dentro do reino hominal ou humano, para ser mais claros. Digenes com sua lanterna andou pelas ruas de Atenas com uma lmpada acendida buscando um Homem e no o encontrou. Pilatos apresenta o Cristo dizendo: Exce Homo, eis aqui o Homem. Quo difcil alcanar o Estado Humano! E sem embargo, todos se crem Homens. O Homem o verdadeiro rei da criao e pode fazer maravilhas to grandes como as do apago de Nova Iorque. Estamos seguros de que uma meia dzia de Homens poderia paralisar no somente o sistema elctrico de Estados Unidos, seno ademais, todas as actividades do mundo inteiro. Meia dezena de Homens autnticos, legtimos e verdadeiros poderiam tomar o planeta Terra sem disparar um s tiro e em questo de minutos. 1. -Como poderia ser que meia dezena de Homens podessem lograr isto? R.- Oh!, Distinta senhorita, Se espanta voc com minhas palavras? necessrio que compreenda que o Homem autntico o rei da criao; um s Homem poderia em questo de segundos desintegrar o planeta Terra, convert-lo em fragmentos que girariam ao redor do Sol. 2. - Esta classe de Homem poderia realizar tanto sem estar auto-realizado? R.- Quando me vai entender, distinta dama? No possvel que exista um Homem sem se auto-realizar; o que sucede que voc pensa equivocadamente, supe que os animais intelectuais que povoam a face da Terra so Homens; eis a seu erro. Dentro do animal intelectual existem possibilidades surpreendentes; o homnculo racional comummente chamado homem uma crislida dentro da qual pode formar-se o Homem, me entendeu voc? 3. - E que poderamos fazer para que se formasse o Homem dentro dessa crislida? R.- Oh! Distinta senhorita neste livro elemental no poderia dar-lhe a voc estas explicaes; venha a nossos estudos gnsticos; estude nossos livros; leia O Matrimnio Perfeito, O Mistrio do ureo Florescer, As Trs Montanhas, O Parsifal Desvelado, etc., etc., etc.

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___OLHANDO O MISTRIO 4. - Ento, de acordo com o que voc nos diz, so perigosos os Homens verdadeiros? R.- Escute-me, nobre dama; estes Homens legtimos, no mais completo sentido da palavra, realmente no so to perigosos como voc os supe; se eles tivessem querido fazer saltar em pedaos o Planeta terra, j o teriam feito; se tivessem querido invadir-nos e escravizarnos, faz muitos sculos que j o teriam podido fazer; os Homens autnticos no assassinam, nem escravizam, nem invadem naes, nem mundos. O que sucede que eles nos visitam para nos ajudar; so compassivos; e eles nos assistiro na hora suprema do grande cataclismo; eles, depois da tremenda catstrofe que nos aguarda, quando a Terra esteja em condies de voltar a ter vida, fundaro neste planeta, por ento transformado, uma nova civilizao e uma nova cultura. Os animais intelectuais se estranham pelo facto concreto de que estes extraterrestres no encaixem muito com nosso ambiente, nem se submetam a esta ordem de coisas caduca e degenerada. 5. - Com o que voc nos diz, ento neste planeta no existem Homens verdadeiros? Todos so extraterrestres? R.- Distinta senhorita, escute-me, em nosso mundo tambm h Homens, mas h que busclos com a lanterna de Digenes; muito difcil encontr-los e sem embargo, j v voc, todos se presumem de Homens. 6. - Qual o objectivo que existe para ns sermos um autntico Homem? R.- Oua-me, distinta senhorita. Da crislida sai a mariposa que ditosa voa sobre a luz do sol; assim tambm da crislida humanide pode sair o Homem autntico, legtimo, verdadeiro; esse o propsito original da Divindade. Caso contrrio, estaria voc contra dos propsitos de Deus. Ele quer que cada um de ns se converta num rei da criao; s assim poderamos ingressar no Reino de Melquisedec; s assim poderamos ir ao Paraso; por isso foi que veio Jesus o Cristo ao mundo; se props auxiliar-nos, queria que cada um de ns fosse um rei da Natureza; agora compreender voc o motivo pelo qual devemos preocupar-nos. 7. - Que se supe que ocasionou realmente o apago de Nova Iorque? R.- Darei resposta ao senhor. Escute-me, se eles tivessem querido reduzir a cinzas Nova York o teriam podido fazer em questo de segundos, mas eles no so perversos; olham esta raa de animais intelectuais com infinita compaixo. Perseguiram-nos com avies de caa, quiseram-nos destruir; no se lhes deu, por certo umas formosas boas vindas; no se receberam como irmos e, sem embargo, o nico que fizeram para demonstrar ao animal intelectual o estado de inconscincia e debilidade em que se encontra, foi dar-lhe uma demonstrao, paralisando todo o sistema elctrico de Nova Iorque, tratar de os fazer compreender as bestas racionais o vergonhoso estado em que estes se encontram,. J a estas horas, o animal racional, depois de tal evento deveria estar estudando-se a si mesmo, eliminando as suas paixes e seus vcios, purificando-se e santificando-se arrependido. 9. - Voc considera que o tenhamos entendido assim os seres terrestres?

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OLHANDO O MISTRIO R.- Distinto amigo, obvio que este reino de animais tem a Conscincia adormecida, e por tal motivo est mais longe de compreender o ensinamento que lhes foi dado. Os animais racionais no so Homens, mas se crem assim mesmos omnipotentes, poderosos, super civilizados, super desenvolvidos, etc., etc., etc. 10. - Poderia explicar-nos voc cientificamente que fizeram para poder produzir o apago? R.- Oh!, Distinto senhor, isto j uma cincia de tipo elctrico superior. Creio firmemente que possvel desviar a electricidade orientando a corrente de forma diferente, alterar as polaridades, fazer carga inversa, e ento ostensivo que qualquer cidade fica em trevas. Estudar isto de forma detida e expor logo publicamente o ensinamento seria tanto como entregar as armas do Homem s bestas racionais. Que fariam tais bestas com este tipo de conhecimentos? Ponha voc a mo no corao e responda-me pergunta, entendido?

Captulo Oito OS HOMENS GLACIAIS Bem, amigos, vamos comentar agora algo sobre os Homens Glaciais. urgente compreender o processo de revoluo dos eixos da Terra, os quais acarretam distintas glaciaes. Foi-nos dito que antes da passada glaciao, os Plos da Terra se encontravam na zona que hoje corresponde linha equatorial, de tal forma que o que era Equador se converteu em Plos e vice-versa; isto originou o afundamento da Atlntida; claro que por tal motivo mudou a geografia terrestre. Se encontrou no Plo Norte carvo vegetal, e na Sibria, nas margens dos grandes rios, se descobriram animais antediluvianos que pereceram pelo frio e o gelo; tais criaturas, completamente tropicais, foram de um momento a outro surpreendidas pelo gelo e a neve, e ento pereceram. A primeira raa humana que existiu no mundo viveu na casquete polar do Norte, na Ilha Secreta. Tal regio foi tropical e esteve, como j dissemos, na zona equatorial, ainda que mais tarde, devido revoluo dos eixos da Terra, via-se a ocupar o lugar que actualmente tem. A primeira raa que viveu, pois, nessa regio, foi completamente protoplasmtica. Os corpos das pessoas eram dcteis, elsticos, podiam aumentar vontade ou diminuir; no tinham a consistncia fsica da humanidade actual. Sem embargo, as pessoas de tal raa eram felizes, percebiam o mundo e as coisas em forma ntegra, completa. No s viam o meramente fsico, seno que tambm ademais podiam ver a Alma e o Esprito de todos os seres e as coisas.

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___OLHANDO O MISTRIO A Terra inteira tinha ento uma belssima cor azulada intensa com seus mares e montanhas. Ainda que parea incrvel, a primeira raa que existiu no mundo foi de uma belssima cor negra. Mas, resulta um pouco difcil compreender as pessoas actuais que nos pmulos daquelas pessoas e em seus rostos em geral, apesar de ser de raa de cor, pudesse brilhar certa cor e certa matiz semelhante ao do fogo. O sistema de reproduo era completamente diferente do actual; os seres humanos se reproduziam numa forma muito parecida da diviso das clulas orgnicas. J sabemos que uma clula se divide em duas e que as duas se dividem em quatro e as quatro em oito, etc., etc. Assim tambm o organismo do pai-me, totalmente andrgino, pois no era masculino nem feminino, seno que tinha ambas as polaridades, por sua vez, em determinado momento se dividia em dois. Do pai-me se desprendia, por assim dizer, o filho, e este era um acontecimento profundamente religioso. A muitas pessoas poder parecer-lhes estranho uma raa de andrginos, mas bvio que a primeira raa humana foi assim. As pessoas da Raa Protoplasmtica tiveram templos maravilhosos, grandiosas cidades e riqussima sabedoria divina. Por ento viveu na Terra o Anjo Uriel, que teve corpo fsico humano. Ele escreveu um grandioso livro com caracteres rnicos, nrdicos, e cumpriu uma belssima misso ensinando a humanidade daquela poca. Esta Raa Protoplasmtica o Adam-Solus de que fala a Bblia; esse Ado do qual no se tinha extrado a Eva da mitologia hebraica. Passaram os sculos, muitssimos milhes de anos e sem embargo, aquela raa, apesar de se ter transformado noutras, se conserva todavia em formas muito originais, e isto algo que pode surpreender o auditrio. Quero dizer que no todos os indivduos daquela raa desapareceram da face da Terra; h certo grupo de tais pessoas primognitas que todavia vivem aqui na Terra. Esse misterioso grupo reside actualmente numa cidade secreta subterrnea situada exactamente no Plo Norte. Esses so os Homens Glaciais que, para bem desta pobre humanidade doente, ainda existem. O que mais assombra que ditos indivduos ou dito grupo correspondente primeira raa, apesar de se ter isolado para evitar todas essas transformaes orgnicas que deram origem aos milhes de seres humanos que povoam a face da Terra, no s tenham conservado sua pureza original, seno que ademais, e isto o mais notvel lograram uma metamorfose nica, especial, extraordinria. Actualmente os membros de tal grupo tm formosas presenas de tamanho humano semelhante ao nosso, corpos perfeitos de carne e osso e grande sabedoria. Eles so realmente o prottipo vivente do que deveriam ser todas as pessoas da Terra.

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OLHANDO O MISTRIO

No h dvida de que a sua cidade subterrnea debaixo dos gelos polares formidvel, maravilhosa; possuem uma alta tecnologia ultramoderna; contam com aparelhos mecnicos que correspondem a um remoto futuro; esto pois, adiantados no tempo. ostensivo que tais Homens Glaciais havero de nos auxiliar muito especialmente nas guerras futuras, seja a travs da medicina, curando enfermos, sanando feridas, seja a travs da cincia atmica, qumica, procurando servir a