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AULA 1 - Quebra de Pré Conceitos OBJETIVOS: Reconhecimento da Criatividade como característica de todo ser humano. Desmistificaço da criatividade e inovaço! Desdo"ramento dos si#nos$ si#nificantes e si#nificados %"ertura da "i"&ioteca de ar'uivos mentais (ara desestruturaço$ e)c&uso e or#ani Quebra de Pré Conceitos + comum ouvirmos as (essoas di*erem 'ue no t,m criatividade. Isso no - verdade. a&#umas (essoas e&a est mais af&orada do 'ue em outras. Todos n/s nascemos com cr a diferença - o 'ue fa*emos com e&a. 0ara entender me&hor esse (rocesso$ (recisamo inf2ncia$ e estudar como o desenvo&vimento da criatividade ocorre nas crianças. O manifesta c&aramente nos desenhos infantis$ (rimeiro re#istro concreto da e)(ress desenhos infantis cont,m uma ori#ina&idade e um frescor de conce(ço 'ue - a (r/(r da inf2ncia.0odemos ver um e)em(&o c& ssico no &ivro 3O 0e'ueno 0rínci(e4 ...I Certa ve*$ 'uando tinha seis anos$ vi num &ivro so"re a 5&oresta Vir#em$ 67ist/ri im(onente #ravura. Re(resentava e&a uma 8i"/ia 'ue en#o&ia uma fera. Eis a c/(ia Di*ia o &ivro: 6%s 8i"/ias en#o&em$ sem masti#ar$ a (resa inteira. Em se#uida$ no e dormem os seis meses da di#esto.6 Ref&eti muito ento so"re as aventuras da se&va$ e fi*$ com & (is de cor$ o meu (r eu desenho n;mero < era assim:

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AULA 1 - Quebra de Pr ConceitosOBJETIVOS:

Reconhecimento da Criatividade como caracterstica de todo ser humano.Desmistificao da criatividade e inovao;Desdobramento dos signos, significantes e significadosAbertura da biblioteca de arquivos mentais para desestruturao, excluso e organizao mental.

Quebra de Pr Conceitos

comum ouvirmos as pessoas dizerem que no tm criatividade. Isso no verdade. Apenas em algumas pessoas ela est mais aflorada do que em outras. Todos ns nascemos com criatividade, a diferena o que fazemos com ela. Para entender melhor esse processo, precisamos voltar infncia, e estudar como o desenvolvimento da criatividade ocorre nas crianas. O processo se manifesta claramente nos desenhos infantis, primeiro registro concreto da expresso pessoal. Os desenhos infantis contm uma originalidade e um frescor de concepo que a prpria essncia da infncia.Podemos ver um exemplo clssico no livro O Pequeno Prncipe...ICerta vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, "Histrias Vividas", uma imponente gravura. Representava ela uma jibia que engolia uma fera. Eis a cpia do desenho.

Dizia o livro: "As jibias engolem, sem mastigar, a presa inteira. Em seguida, no podem mover-se e dormem os seis meses da digesto."Refleti muito ento sobre as aventuras da selva, e fiz, com lpis de cor, o meu primeiro desenho. Meu desenho nmero 1 era assim:

Mostrei minha obra prima s pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo.Respondera-me: "Por que que um chapu faria medo?" Meu desenho no representava um chapu. Representava uma jibia digerindo um elefante. Desenhei ento o interior da jibia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas tm sempre necessidade de explicaes. Meu desenho nmero 2 era assim:

As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jibias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferncia geografia, histria, ao clculo, gramtica. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplndida carreira de pintor. Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho nmero 1 e do meu desenho nmero 2. As pessoas grandes no compreendem nada sozinhas, e cansativo, para as crianas, estar toda hora explicando.As crianas menores, principalmente, expressam suas idias, pensamentos e emoes com uma espontaneidade invejada por muitos artistas. O desenho das crianas feito de maneira mais inconsciente, sem a preocupao do que os observadores iro pensar. A criana desenha por puro prazer. At certa idade, ela no limitada pelas barreiras exteriores que nos so impostas, as cobranas da famlia ou da sociedade. O que vale a pura expresso pessoal. Da os desenhos serem mais criativos. O que torna a arte expressiva a manifestao do eu, e suas reaes subjetivas ao meio. (O Desenvolvimento da Criatividade e da Percepo VisualFernanda de Morais Machado)

De acordo com os autores Lowenfeld e Brittain, no livro O Desenvolvimento da Capacidade Criadora o desenho infantil passa por algumas fases de desenvolvimento.(...) entre os doze e o quatorze anos, alguns jovens j tm o sentimento de serem adultos, mas seus desenhos so apreciados como algo infantil. Isso lhes causa um grande choque. Assim, a criana se torna muito crtica em relao aos seus trabalhos, devido presso que ela sente para que ele se conforme aos padres adultos de comportamento. Isso pode sufocar seus impulsos criadores. A nsia e crescer gera certa vergonha na criana em relao aos seus desenhos. A criana no quer ser vista como criana, e sim como adulto, merecedor de respeito perante a sociedade. Assim, a criana sente-se envergonhada de seus desenhos ainda infantis, e acaba por reprimi-los, e reprime sua vontade de desenhar e de se expressar livremente.Est a nosso primeiro bloqueio mental para a expresso criativa: os conceitos estabelecidos.O primeiro conceito estabelecido erroneamente que a criatividade no faculdade de todos e sim de pessoas seletas... As potencialidades e os processos criativos no se restringem, porm, arte. Em nossa poca, as artes so vistas como rea privilegiada do fazer humano, onde ao indivduo parece facultada uma liberdade de ao em amplitude emocional e intelectual inexistente nos outros campos de atividade humana. No nos parece correta essa viso de criatividade. O criar spode ser visto num sentido global, como um agir integrado em um viver humano. De fato,criar e viver se interligam. (Fayga Ostrower Rio de Janeiro, setembro de 1976.)Partindo dessa premissa que todo ser humano criativo podemos conceituar criatividade.CRIATIVIDADEA descoberta consiste em olhar para a mesma coisa como todo mundo e pensar algo diferente.Albert Szent Gyorgi

Numa perspectiva bastante abrangente, a criatividade pode ser definida como o processo mental de gerao de novas idias por indivduos ou grupos. Uma nova idia pode ser um novo produto, uma nova pea de arte, um novo mtodo ou a soluo de um problema. Esta definio tem uma implicao importante, pois, como processo, a criatividade pode ser estudada, compreendida e aperfeioada. Ela tira da criatividade aquela urea de um evento mgico, mstico e transcendental; um beijo de Deus na sua testa.Ser criativo ter a habilidade de gerar idias originais e teis e solucionar os problemas do dia-a-dia. olhar para as mesmas coisas como todo mundo, mas ver e pensar algo diferente.

O balo de ar quente foi inventado pelos irmos Joseph e Etienne Montgolfier em 1783. A idia teria ocorrido a Joseph ao ver a camisola de sua mulher levitar, depois que ela a colocara perto do forno para secar. Da teria vindo a idia de construir um grande invlucro em forma de pra, de papel e seda, com uma abertura na base para ser inflado com a fumaa de palha queimada. Milhes de pessoas j tinham visto este fenmeno, mas somente os irmos Montgolfier tiraram proveito prtico desta observao. Eles viram muito mais do que uma camisola flutuando isto criatividade.Portanto a criatividade inerente a todo ser humano.No livro Breakpoint and Beyond: Mastering the Future Today (1992), George Land e sua colega Beth Jarman concluram que aprendemos a ser no-criativos. O declnio da criatividade no devido idade, mas aos bloqueios mentais criados ao longo de nossa vida. A famlia, a escola e as empresas tm tido sucesso em inibir o pensamento criativo. Esta a m notcia. A boa notcia que as pesquisas e a prtica mostram que este processo pode ser revertido; podemos recuperar boa parte de nossas habilidades criativas. Melhor ainda, ns podemos impedir este processo de robotizao. Ufa!Para pessoas que exercitam a criatividade sempre existe outra maneira de se fazer as mesmas coisas. Essa pessoa no se d por satisfeita enquanto no encontra uma maneira nova. No se acomoda, no montona, nem rotineira. O bloqueio da nossa criatividade pode vir de vrios fatores externos como internos. Bloqueios mentais so obstculos que nos impedem de perceber corretamente o problema ou conceber uma soluo. Pela ao destes bloqueios ns nos sentimos incapazes de pensar algo diferente, mesmo quando nossas respostas usuais no funcionam mais. Alguns bloqueios so criados por ns mesmos: temores, percepes, preconceitos, experincias, emoes, etc. Outros so criados pelo ambiente: tradio, valores, regras, falta de apoio, conformismo, entre outros. Os bloqueios mentais podem ser classificados em cinco categorias:Bloqueios culturais:Barreiras que impomos a ns mesmos, geradas por presses da sociedade, cultura ou grupo a que pertencemos. Eles nos levam rejeio do modo de pensar de pessoas ou grupos diferentes. Alguns destes bloqueios:Ns no pensamos ou agimos deste jeito aqui.Nosso jeito o certo.Respeitamos nossas tradies.No se mexe em time que est ganhando.

Bloqueios ambientais e organizacionais:Resultantes das condies e do ambiente de trabalho (fsico e cultural):Distraes no ambiente de trabalho, reais ou imaginrias (interrupes, rudos, telefone, e-mail).Ambiente de trabalho opressivo, inseguro, desagradvel.Atitudes inibidoras expresso de sentimentos, emoes, humor e fantasia.Autoritarismo, estilos gerenciais inibidores.Falta de apoio, cooperao e confiana.Rotina estressante e inibidora.

Bloqueios intelectuais e de comunicao:Inabilidade para formular e expressar com clareza problemas e idias. Podem resultar de vrios fatores:Falta de informao e pouco conhecimento sobre o problema ou situao analisada.Informao incorreta ou incompleta.Fixao profissional ou funcional, isto , procurar solues unicamente dentro dos limites de sua especializao ou campo de atividade.Crena de que para todo problema s h uma nica soluo vlida.Uso inadequado ou inflexvel de mtodos para soluo de problemas.Inabilidade para formular e expressar com clareza problemas e idias.

Bloqueios emocionais:Resultantes do desconforto em explorar e manipular idias. Eles nos impedem de comunicar nossas idias a outras pessoas. Alguns exemplos:Medo de correr riscos; desde criana somos ensinados a ser cautelosos e no falhar nunca.Receio de parecer tolo ou ridculo.Dificuldade em isolar o problema.Desconforto com incertezas e ambigidades.Negativismo: procura prematura de razes para o fracasso, por que no vai dar certo.Inabilidade para distinguir entre realidade e fantasia.Bloqueios de percepo:Obstculos que nos impedem de perceber claramente o problema ou a informao necessria para resolv-lo. Inabilidade para ver o problema sob diversos pontos de vista. Exemplos:Esteretipos: ignorar que um objeto pode ter outras aplicaes alm de sua funo usual. Gutenberg adaptou a prensa de uvas para imprimir livros; Santos Dumont usou a corda de piano para substituir as pesadas e grossas cordas usadas nos bales.Fronteiras imaginrias: projetamos fronteiras no problema ou na soluo que no existem na realidade.Sobrecarga de informao: excesso de informaes e de detalhes que restringem a soluo que pode ser considerada.

Os bloqueios so paredes invisveis que nos impedem de sair dos estreitos limites do cubculo que construmos ao longo dos anos. Os tijolos desta parede so feitos de nossos medos, frustraes, ansiedades e imposies da sociedade, famlia, colegas e superiores. Quando se sentir paralisado e incapaz de pensar diferente, relaxe e procure enxergar estes tijolos. A conscincia dos bloqueios mentais j meio caminho andado no desenvolvimento de suas habilidades criativas.INOVAOInovao e criatividade so a mesma coisa?A resposta no.Criatividade pensar coisas novas, inovao fazer coisas novas e valiosas. Inovao a implementao de um novo ou significativamente melhorado produto (bem ou servio), processo de trabalho, ou prtica de relacionamento entre pessoas, grupos ou organizaes. Os conceitos de produto, processo e prtica so totalmente genricos, se aplicando a todos os campos da atividade humana, como indstria, comrcio, governo, medicina, engenharia, artes, entretenimento, etc. O termo implementao implica em ao: s h inovao quando a nova idia julgada valiosa e colocada em prtica. Os irmos Montgolfier transformaram a observao de uma camisola flutuando num balo isto inovao.Nem sempre a inovao o resultado da criao de algo totalmente novo mas, com muita freqncia, o resultado da combinao original de coisas j existentes. A inveno do radar uma combinao de elementos conhecidos: ondas de rdio, amplificadores e osciloscpios. Algumas importantes inovaes consistem de novos usos para objetos e tecnologias existentes. Um bom exemplo o uso da Internet pelos bancos, permitindo aos clientes o acesso direto aos servios bancrios. Outro exemplo: o uso do telefone celular para monitoramento de portadores de doenas cardacas.Como se d ento o processo criativo?Algumas pessoas vem a criatividade como uma atividade relativamente no estruturada de pular em torno de ideias at se deparar com a ideia certa. Embora isto funcione para algumas pessoas, muitas situaes da vida real requerem uma abordagem mais estruturada. A liberdade para experimentar essencial para a criatividade, como tambm alguma disciplina para assegurar objetividade e consistncia.Ento devemos salientar que as IDEIAS no pertencem a ningum, so patrimnio da humanidade como a criatividade. Se tiver uma ideia criativa e no colocar em um processo de inovao, no ver fruto do seu processo.Para ser criativo basta ter uma necessidade e atender a essa necessidade inovar.Destaque : Trecho do filme Robots -http://www.youtube.com/watch?v=IpCmOe5RpwQ

Para ser inovador preciso ter conhecimento, disciplina, educao.Conhecimento para transformar a ideia em algo tangvel. Acreditar na ideia, defend-la e assumir a responsabilidade e riscos sobre ela.

Processo CriativoSeja qual for o nvel de estruturao adotado, o processo criativo se fundamenta em trs princpios:Ateno, Fuga e Movimento.O primeiro princpio nos diz: concentre-se na situao ou problema; o segundo: escape do pensamento convencional; o terceiro: d vazo sua imaginao.Estas trs aes mentais formam uma estrutura integrada em que se baseiam todos os mtodos de pensamento criativo. As diferenas entre os diversos mtodos encontrados na literatura especializada esto na nfase dada a cada um destes princpios e nas ferramentas usadas. As definies destes trs princpios so parcialmente inspiradas no trabalho dePaul E. Plsek(Creativity, Innovation and Quality, ASQ Quality Press).ATENOA criatividade requer que primeiro concentremos nosso foco em algo, um problema ou uma oportunidade. Ao nos concentrarmos, preparamos nossa mente para romper com a realidade existente e se abrir para a percepo de possibilidades e conexes que normalmente no enxergamos.Se estivermos explorando oportunidades, voltamos nossa ateno para o que no funciona ou pode ser aperfeioado:o que difcil e complicado e pode se tornar fcil e simples;o que lento e pode se tornar rpido, ou vice-versa;o que pesado e pode se tornar leve e porttil;o que instvel e pode se tornar estvel e confivel;o que est separado e pode ser combinado e unificado, ou vice-versa;muitas outras possibilidades em que usualmente no prestamos ateno.

At 1980, a indstria de computadores dirigia sua ateno para a mquina, como torn-la mais potente. Apple e Windows focaram sua ateno no usurio, em como tornar o computador mais acessvel e mais amigvel, revolucionando toda a indstria de informtica.Se estivermos analisando um problema, concentramos nossa ateno para compreender melhor a situao, suas diferenas e similaridades com outras situaes conhecidas, as peculiaridades do problema analisado e suas possveis causas. Tentamos entender a situao, procurando respostas para as seguintes questes: O que est acontecendo? Onde? Como? Quando? Por qu? Quem est envolvido?Tanto no caso de explorao de oportunidades, quanto no caso de soluo de problemas, devemos ficar atentos aos paradigmas, aos sentimentos e s suposies que podem estar atuando sobre nossa percepo e entendimento da situao.

A verdadeira viagem do descobrimento no consiste na procura de novas paisagens, mas em ter novos olhos.(James L. Adams).

FUGATendo concentrado nossa ateno na maneira como as coisas so feitas atualmente, o segundo princpio do processo criativo nos chama a escapar mentalmente dos nossos atuais modelos de pensamento. a hora de refletir sobre os nossosbloqueios mentaise derrubar as paredes que limitam nossa imaginao ao que sempre fizemos ao que confortvel e seguro.A verdade que os hbitos, mais do que nossas habilidades, predominam na escolha de nossos caminhos. Tendemos a trilhar sempre o mesmo vale, que se torna cada vez mais profundo e mais difcil de escapar.Voc no pode resolver um problema com a mesma atitude mental que o criou.(Albert Einstein).

MOVIMENTOSimplesmente prestar ateno e escapar do modelo de pensamento atual no sempre suficiente para gerar idias criativas. Movimento, o terceiro princpio nos leva a continuar a explorao e combinao de novas idias. o momento de dar asas imaginao e gerar novas alternativas, sem perder de vista os propsitos do processo criativo. o momento de fazer conexes inslitas, de ver analogias e relaes entre idias e objetos que no eram anteriormente relacionados.O conhecimento destes trs princpios abre o caminho para o entendimento dos diversos mtodos etcnicas de criatividadeencontradas nos livros. As tcnicas existentes tm a finalidade de nos auxiliar em pelo menos um dos trs princpios. Diferentes mtodos resultam da diferentes combinaes destas tcnicas. Dominando os trs princpios, Ateno, Fuga e Movimento, voc pode criar o seu prprio mtodo, selecionando, combinando, ou mesmo criando as tcnicas eferramentasque mais se adaptam sua personalidade e preferncias. Voc tambm pode adequar mtodos e tcnicas ao problema especfico que voc est enfrentando.Os quadros abaixo resumem os trs princpios e apresenta um checklist do que voc deve considerar na montagem de suas tcnicas de criatividade.

signos significantes e significados.Signo(latim signum, -i, sinal, marca)Sinal ou smbolo de algo.significante(latim significans, -antis, expressivo, claro, representativo)Que significa.significado(latim significatus, -us, indcio, sinal, sentido)Significao; sentido; acepo.

No processo criativo isso se d de forma mais especfica. Signo o cone, significado o que esse cone representa geralmente (o conceito cabvel no signo) e significante o conceito que esse signo tem para ns.(individualmente).

Barthes (1985), em Elementos de semiologia , define que o signo , pois, composto de um significante e um significado. O plano dos significantes constitui o plano de expresso e o dos significados o plano de contedo (Barthes, 1985: 43).A idia de conceito simblico defendida por Eco ( apud Valente, 1997: 14), da seguinte maneira: Propomos, destarte, definir como signo tudo aquilo quanto, base de uma conveno social previamente aceita, possa ser entendido como algo que est no lugar de outra coisa.Nada pode impedir uma pessoa com a atitude mental correta de realizar seu objetivo; nada na terra pode ajudar uma pessoa com a atitude mental errada.Thomas Jefferson.

Criatividade no meramente uma questo de tcnicas e habilidades, mas sobretudo de uma atitude mental no trato de problemas e de idias. Sem uma atitude mental correta, estas tcnicas no produziro resultados. Para serem eficazes, as tcnicas de criatividade precisam ser acompanhadas de atitudes que nos levem a ver o mundo sob diferentes perspectivas e a trilhar caminhos nunca antes tentados.Algumas atitudes mentais essenciais para o pensamento criativo so apresentadas a seguir.

1.CuriosidadeCriatividade requer uma disposio permanente para investigar, procurar entender e obter novas informaes sobre as coisas que nos cercam. Para se tornar uma pessoa mais criativa voc deve aprender a perguntar por qu? e e se? e incorporar estas perguntas ao seu modo de vida. Infelizmente, com a maturidade perdemos aquela atitude inquisitiva da infncia, quando no dvamos trgua aos nossos pais, querendo saber o porqu sobre tudo. Faz-se necessrio estimular a volta desta curiosidade natural, anulada pela escola, pela famlia e pelas empresas.

2.Confrontando desafiosAs pessoas criativas no fogem dos desafios mas os enfrentam perguntando como eu posso superar isto?. Elas tm uma atitude positiva e vem em cada problema uma oportunidade de exercitar a criatividade e conceber algo novo e valioso.

3.Descontentamento construtivoAs pessoas criativas tm uma percepo aguda do que est errado no ambiente em volta delas. Contudo, elas tm uma atitude positiva a respeito desta percepo e no se deixam abater pelas coisas erradas. Ao contrrio, elas transformam este descontentamento em motivao para fazer algo construtivo. Santos Dumont era um entusiasta dos bales mas no estava satisfeito com suas limitaes e no descansou at inventar uma aeronave dirigvel.4. Mente abertaCriatividade requer uma mente receptiva e disposta a examinar novas idias e fatos. As pessoas criativas tm conscincia e procuram se livrardos preconceitos, suposies e outrosbloqueios mentaisque podem limitar o raciocnio. Quem v um celular apenas como um telefone, jamais pensaria em agregar ao aparelho outras utilidades como fotografia, GPS, e-mail e MP3.5. FlexibilidadeAs pessoas muito criativas so hbeis em adotar diferentes abordagens na soluo de um problema. Elas sabem combinar idias, estabelecer conexes inusitadas e gerar muitas solues potenciais. Elas adoram olhar as coisas sob diferentes perspectivas e gerar muitas idias.6. Suspenso do julgamentoImaginar e criticar ao mesmo tempo, como dirigir com o p no freio. As pessoas criativas sabem que h um tempo para desenvolver idias e outro para julg-las. Elas tm conscincia que toda idia nasce frgil e precisa de tempo para maturar e revelar seu valor e utilidade antes de ser submetida ao julgamento.

7. SnteseOlhe as rvores, sem perder a viso da floresta. A capacidade de se concentrar nos detalhes sem perder de vista o todo uma habilidade fundamental das pessoas criativas. A viso do todo lhe d os caminhos para estabelecer conexes entre informaes e idias aparentemente desconexas.

8. OtimismoHenry Ford resumiu bem as conseqncias de nossas atitudes: Seja acreditando que voc pode, seja que no pode, voc estar provavelmente certo. Pessoas que acreditam que um problema pode ser resolvido acabam por encontrar uma soluo. Para elas nenhum desafio to grande que no possa ser enfrentado e nenhum problema to difcil que no possa ser solucionado.

9. PerseveranaAs pessoas muito criativas no desistem facilmente de seus objetivos e persistem na busca de solues, mesmo quando o caminho se mostra longo e os obstculos parecem intransponveis. Com muita freqncia, a procura de uma soluo criativa requer determinao e pacincia. Ouamos o Professor Sir Harold Kroto, prmio Nobel de Qumica: Nove entre dez de meus experimentos falham, e isto considerado um resultado muito bom entre os cientistas.

10. Eterno aprendizFreqentemente, a soluo criativa nasce de combinaes inusitadas, estabelecendo analogias e conexes entre idias e objetos que no pareciam ter qualquer relao entre si. A matria prima para estas analogias e conexes so os fatos observados e os conhecimentos e experincias anteriores que a pessoa traz consigo. atravs de seu patrimnio cultural que cada pessoa pode dar seu toque de originalidade. Este patrimnio cultural nasce e se alimenta de uma atitude de insacivel curiosidade e de prazer em aprender coisas novas.Quais destas atitudes mentais caracterizam sua maneira de lidar com seus desafios? Quais so seus pontos fortes? Quais atitudes voc precisa desenvolver para fortalecer sua criatividade? Focalize naquelas que voc considera essenciais para o aprimoramento de sua criatividade e prepare um plano de ao. Mas tenha sempre em mente que atitudes no so mudadas de um dia para outro. Isto requer disciplina, pacincia e perseverana. Pode ser difcil, mas o prmio alto.BIBLIOGRAFIA WIND, YORAM. A fora dos modelos mentais transforme o negcio da sua vida e vida do seu negcio. Porto Alegre: Ed. Bookman, 2005. OSTROWER, FAYGA. Criatividade e processos de criao. Petrpolis: Ed. Vozes, 1990. Saint-Exupry, Antoine de. O pequeno prncipe. Rio de janeiro: Ed. Agir, 1989. Robs. Animao computadorizada de ltima gerao. Histria de Rodney, um aspirante a inventor...Sites:http://criatividadeaplicada.com/http://posgraduacao.catolica-to.edu.br/?p=3Postado porTurma de Design UVA - 2010s06:46Nenhum comentrio:

Continuao da aula 2 - EneagramaENEAGRAMA

O Eneagrama (do grego Ennea = nove e grammos = figura ou desenho) um antigo sistema de sabedoria, criado h cerca de 2500 anos (autores situam sua origem entre 3.500 e 2.000anosatrs), provavelmente no Egito. Seu conhecimento foi mantido sigiloso durante muitos sculos.Este sistema descreve a queda e a ascenso possvel da conscincia humana, segundo nove padres. Mais especificamente, descreve como, segundo nove padres, a perda de Virtudes humanas gera paixes ou vcios emocionais; como a perda de Idias Superiores cria fixaes mentais; e como a perda do Instinto Puro leva construo de estratgias instintivas de sobrevivncia em trs mbitos: auto-preservao, social e sexual (chamados de subtipos ou variantes instintivas, conforme o autor). De acordo com o eneagrama, todos ns temos um pouco de cada uma delas, de acordo com a situao. Entretanto, cada um de ns escolheu e desenvolveu uma delas comoespada. Cada pessoa, assim, pode possuir traos dos nove pontos do Eneagrama, mas possui apenas um Tipo, que no muda. Existe, entretanto, evoluo dentro de cada Tipo, em seus diferentes nveis de desenvolvimento e conscincia.Muitas pessoas que conhecem o Eneagrama concluem que ele um sistema altamente profundo e preciso na descrio de comportamentos humanos. Mais do que uma tipologia, o Eneagrama um mapa que mostra caminhos possveis da evoluo de nossa conscincia, ou seja, da superao da paixo e da fixao de nosso tipo no Eneagrama.Com o tempo, o Eneagrama vem se tornando mais conhecido por muitas pessoas e aplicado com sucesso por pessoas, grupos e importantes organizaes. Quando bem aplicado, este sistema promove aceitao prpria e aceitao mtua e orienta pessoas em seus caminhos de desenvolvimento pessoal, profissional e espiritual.Existem inmeros testes de Eneagrama formulados por diferentes autores, os quais traam uma hiptese inicial do tipo. A maior parte das "escolas" de Eneagrama entendem que a identificao do tipo deve ser feita pela prpria pessoa, a partir de exerccios de auto-observao.O eneagrama foi uma idia originalmente trazida porG.I.Gurdjieffpara o Ocidente (principalmente Frana e Alemanha), aps 20 anos de peregrinao pelo Oriente. Mais que trazer uma viso dos tipos humanos representa um esquema para a compreenso de todos os fenmenos envolvendo a humanidade. Em 1970, o Eneagrama foi transmitido porOscar Ichazopara um grupo de pessoas recrutadas principalmente pelo Psiquiatra ChilenoClaudio Naranjoe reunidas na cidade deArica, no Chile. Claudio Naranjo e outros participantes deste grupo transmitiram este conhecimento para outras pessoas nos Estados Unidos e em centros especficos da Amrica do Sul. Diversos estudos e escolas de Eneagrama surgiram e passaram a explorar este conhecimento antigo e desenvolvendo aplicaes bem sucedidas na Psicologia, na Espiritualidade, no mundo dos negcios, nas artes e em diversos outros campos do conhecimento.

Os 9 tipos

Uma importante observao antes que se discorra sobre os 9 tipos: Apesar de ser divulgado atualmente e de forma mais ampla como um sistema psicolgico de 9 tipos, o eneagrama na verdade um smbolo representativo de qualquer processo evolutivo ou criativo que ocorra dentro do 'raio de criao'(Gurdjieef). Segundo os ensinamentos do 'quarto caminho' (Gurdjieef), algumas leis csmicas universais podem ser aplicadas no sentido de se conhecer qualquer fenmeno, seja fsico, biolgico, psicolgico ou espiritual. O processo de aprendizagem destas leis, leva-nos a conhecer o princpio original que rege o acontecimento de todas as coisas. Destaca-se duas leis fundamentais que so a essncia do conhecimento do eneagrama, a lei de trs, e a lei de sete ou lei das oitavas. O eneagrama a representao grfica do processo de interao destas duas leis. A aplicao do eneagrama aos 9 tipos psicolgicos (como aborda vasta literatura atualmente), fato recente. Portanto devemos tomar um certo cuidado se pretendemos nos apropriar devidamente deste conhecimento, uma vez que o modelo dos nove tipos, ainda que vlido e eficiente como ferramenta psicolgica, reducionismo e no encerra de forma alguma o conhecimento sobre o tema. Para uma introduo ao assunto devemos pesquisar os escritos de P.D. Ouspesky e Bennet.

Tipo 1 - O PerfeccionistaVcio Emocional =Raiva

Caractersticas Positivas Disciplinados Objetivos Determinados ComprometidosCaractersticas Negativas Intransigentes Rgidos, intolerantes Exageradamente exigentes Tensos

As pessoas que adotaram o Tipo 1 so centradas na ao, tm um senso prtico exigente, que d prioridade s tarefas a serem realizadas. O vcio emocional a Raiva, que, por ser inconsciente, justificada com a atitude esforada e auto-imagem virtuosa Eu estou fazendo a minha parte.O nome Perfeccionista vem do alto nvel de exigncia, que as faz serem conhecidas como "cri-cris". Se isso tem que ser feito, no interessa se voc gosta ou no, tem que ser feito...A principal conseqncia negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas duras e intransigentes, apegadas dicotomia do certo-errado, justo-injusto, adequado-inadequado, acreditando que o esforo as faz merecedoras. Se todos fossem como eu, no teramos de passar por isso...Nas empresas, encontramos o Tipo 1 normalmente ligado a uma rea em que seu esforo possa ser mensurado. Contabilidade, financeiro, organizao e mtodos so algumas das reas comuns. Seu senso prtico muito til nas situaes em que os temas principais so a organizao e a realizao. Mas em sua compulso, sero poucos aqueles que se adaptaro ao seu alto nvel de exigncia. Os detalhes tornam-se desproporcionais. obvio que isto no est bom; se voc se esforasse mais, entenderia que bom inimigo de timo.Para maior equilbrio:Quando os Tipo 1 reconhecem seu padro de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e no o que realmente so, esto abertos a desenvolver a neutralizao do vcio emocional (Raiva) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Serenidade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, no mais por meio do certo-errado, permitindo uma integrao maior de seus sentimentos, pensamentos e aes.Exemplos de Tipo 1: Lilian Witte Fibe, Luiz Carlos Prates.

Tipo 2 - O PrestativoVcio Emocional =Orgulho

Caractersticas Positivas Empticos Carismticos Voluntariosos EnvolventesCaractersticas Negativas Inconseqentes Ingnuos Teimosos Intempestivos

As pessoas que adotaram o Tipo 2 so centradas na emoo, tm uma percepo aguda dos outros, tornando-se conquistadoras, que sabem como conseguir o que querem das pessoas. O vcio emocional o Orgulho, que, por ser inconsciente, justificado com a atitude solcita e a auto-imagem bem-intencionada. Esta emoo sustenta um comportamento baseado na sensao de auto-suficincia e capacidade. Eu posso...O nome Prestativo se adapta mais ao subtipo preservao; j o Sexual poderia ser chamado de Sedutor, e o Social, de Independente. De qualquer forma, a atitude comum a de Eu posso, eu sei, eu fao. Hbeis nas relaes, costumam ser conhecidos como pessoas queridas.A principal conseqncia negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas centradas nos outros, que se tornam agressivas quando no atendidas. Desenvolvem uma baixa tolerncia a qualquer coisa que se traduza em cuidar de si mesmos. Sofrem quando tm de pedir algo ou quando no conseguem estar altura da imagem idealizada.Nas empresas, encontramos o Tipo 2 normalmente ligado a uma rea em que haja relacionamentos com pessoas. Vendas, RH, secretariado e reas assistenciais so comuns. Seu alto nvel de empolgao e envolvimento com pessoas cria movimento onde havia marasmo, desperta nas pessoas a vontade de se envolver. Mas em sua compulso, tornam-se manipuladores agressivos, que cobram cada movimento que tenham feito em direo ao outro, podendo mover as pessoas umas contra as outras.Para maior equilbrio:Quando os Tipo 2 reconhecem seu padro de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e no o que realmente so, esto abertos a desenvolver a neutralizao do vcio emocional (Orgulho) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Humildade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, no mais por meio da ateno do outro ou do valor que lhes do, permitindo uma integrao maior de seus sentimentos, pensamentos e aes.Exemplos de Tipo 2: Ana Maria Braga, Xuxa, Tarcsio Meira.

Tipo 3 - O Bem-SucedidoVcio Emocional =Vaidade

Caractersticas Positivas Dedicados Eficientes Objetivos NegociadoresCaractersticas Negativas Dissimulados Calculistas Impessoais Manipuladores

As pessoas que adotaram o Tipo 3 so centradas na ao ou no planejamento, visando reconhecimento.Tm uma viso mercantilista, que os guia na sua perseguio pelo sucesso. O vcio emocional a Vaidade, que, por ser inconsciente, justificada com a atitude progressista e auto-imagem eficiente.O nome Bem-Sucedido vem do seu apego imagem e ao valor que ela traduz; o sucesso um meio de conquistar valor prprio.A principal conseqncia negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas frias, que disfaram sua frieza com uma imagem humanista. So aficionadas pelo resultado, estressando todos ao seu redor em nome de uma excelncia. Os fins justificam os meios...se os ventos mudaram, ajuste as velas. Andam com um taxmetro nas costas, comprometendo-se com as pessoas na justa medida em que elas se tornam teis para alcanar as metas.Nas empresas, encontramos o Tipo 3 normalmente ligado a reas em que haja possibilidades de crescimento. Vendas, advocacia, administrao, autnomos, consultoria e assessoriasso algumas das reas comuns. Sua capacidade de sintetizar idias e comunicar-se gera orientao em funo das metas. Mas em sua compulso, tornam-se impessoais, exigindo das pessoas mais do que elas poderiam dar; e descomprometidos, podendo abandonar o barco diante de uma proposta mais atraente.Para maior equilbrio:Quando os Tipo 3 reconhecem seu padro de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e no o que realmente so, esto abertos a desenvolver a neutralizao do vcio emocional (Vaidade) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Sinceridade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, no mais por meio do sucesso, admirao e reconhecimento, permitindo uma integrao maior de seus sentimentos, pensamentos e aes.Exemplos de Tipo 3: Ana Paula Padro, Silvio Santos, Fernando Henrique Cardoso.

Tipo 4 - O RomnticoVcio Emocional =Inveja

Caractersticas Positivas Sensveis Criativos Detalhistas ExigentesCaractersticas Negativas Instveis Crticos mordazes Queixosos Pouco objetivos

As pessoas que adotaram o Tipo 4 so pessoas centradas na emoo, so sensveis ao ambiente e emocionalmente instveis. A sensvel percepo emocional faz delas pessoas que vem o que a maioria no v. O vcio emocional a Inveja, que, por ser inconsciente, justificada com a atitude insatisfeita e auto-imagem de singularidade. Das 9 emoes descritas no eneagrama, a inveja a mais incompreendida, agravando a dificuldade dos Romnticos em se identificarem no eneagrama. O que facilmente reconhecem a insatisfao.O nome Romntico vem da comparao de sua vida com uma outra idealizada, em que A, sim, as coisas poderiam ser melhores. A crtica e a exigncia de originalidade faz delas pessoas conhecidas como autnticas.A principal conseqncia negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas centradas no que falta, indo atrs, no caso do subtipo Preservao; sendo mordazes, no Sexual; ou, ainda, queixosos, no Social. Mas a caracterstica comum a insatisfao. ...Se pelo menos fosse assim...Como o foco para o que falta e a comparao constante, tornam-se pessoas crticas e muitas vezes irnicas. H uma sensao bsica de que foram sacaneadas pelo mundo ou por outras pessoas.Vale ressaltar que os subtipos do 4 so os que mais apresentam diferenas caracteriais, parecendo Tipos diferentes entre si.Nas empresas, encontramos o Tipo 4 normalmente ligado a uma rea em que a criatividade e a originalidade possam ser expressadas. Estilismo, decorao, psicologia e jornalismo so algumas das reas comuns. Seu senso crtico apurado e o gosto pelo diferente criam um ambiente humano, onde se deseja estar. Quando sentem liberdade para se expressar, inundam o ambiente com cores. Mas em sua compulso, tornam-se melanclicos, carregando o ambiente com sua sensao de insatisfao. Bom dia! - Diz Joo - S se for para voc! - Responde Vera.Para maior equilbrio:Quando os Tipo 4 reconhecem seu padro de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e no o que realmente so, esto abertos a desenvolver a neutralizao do vcio emocional (Inveja) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Equanimidade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, no mais por meio da obteno do que falta ou no que est fora, permitindo uma integrao maior de seus sentimentos, pensamentos e aes.Exemplos de Tipo 4: Paulo Coelho, Caetano Veloso, Miguel Falabella, Arnaldo Jabor.

Tipo 5 - O ObservadorVcio Emocional =Avareza

Caractersticas Positivas Planejadores Analticos Ponderados LgicosCaractersticas Negativas Apticos Distantes Frios Calculistas

As pessoas que adotaram o Tipo 5 so centradas na mente, tm uma curiosidade pelo entendimento, tornando-se planejadores extremamente racionais. O vcio emocional a Avareza, que, por ser inconsciente, justificada com a atitude pouco expressiva e auto-imagem lgica e prudente.O nome Observador vem da atitude de no-envolvimento, como se preferisse estar em segundo plano, de onde pode ver melhor sem perder seu senso crtico.Dos Tipos do Eneagrama so os mais na deles; preferem estar consigo mesmos, envolvidos em atividades que s dizem respeito a si prprios.A principal conseqncia negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas frias e calculistas, que crem na mente como meio de conseguir as coisas, substituindo emoes por pensamentos. Deus colocou a cabea mais alto que o corao para que a razo pudesse dominar o sentimento.Preferem o racionalismo ao empirismo, no se permitindo sequer desejar algo que no seja "lgico", ou expressar sentimentos, que, por sua vez, so vistos como inadequados.Nas empresas, encontramos o Tipo 5 normalmente ligado a uma rea do planejamento. Engenharias, pesquisa e informtica so algumas das reas comuns. Sua capacidade de anlise faz deles verdadeiros jogadores de xadrez, trazendo ao grupo o valor das metas de longo prazo e do planejamento estratgico. Mas em sua compulso, tornam-se distantes e inacessveis; com respostas curtas e diretas afastam as pessoas, mostrando pouco ou nenhum apreo pela presena delas.Para maior equilbrio:Quando os Tipo 5 reconhecem seu padro de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e no o que realmente so, esto abertos a desenvolver a neutralizao do vcio emocional (Avareza) e o contato consigo mesmos por meio da virtude do Desapego da mente. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, no mais por meio da racionalizao. Aceitam e expressam mais seus sentimentos, permitindo uma integrao maior de seus sentimentos, pensamentos e aes.Exemplos de Tipo 5: Jorge Bornhausen, Delfin Neto, Antnio Ermnio de Moraes, Lzaro Brando.

Tipo 6 - O QuestionadorVcio Emocional =Medo

Caractersticas Positivas Leais Gregrios Organizados ComprometidosCaractersticas Negativas Ansiosos Preocupados Desconfiados Legalistas

As pessoas que adotaram o Tipo 6 so centradas na ao ou na emoo, visando ao controle. So atentas e desconfiadas, embora no necessariamente expressem isso. Preferem se preparar a atirar-se de improviso. O vcio emocional o Medo, que, por ser inconsciente, justificado com a auto-imagem de precavido e realista.O nome Questionador vem da atitude desconfiada e alerta, do tipo Enquanto voc est indo, eu j fui e estou voltando... No subtipo sexual encontramos a forma contrafbica do medo, que reconhecida com atitudes opostas ao medo, do tipo O que voc est olhando ai? Vai encarar?A principal conseqncia negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas ansiosas, que sempre tm um p atrs, que preferem o conhecido e querem se preparar para o desconhecido. Mais vale um pssaro na mo do que dois voando. Ou, ainda, Melhor prevenir do que remediar.No caso dos contrafbicos, a expresso sempre oposta, de no se submeter ao mando de outro ou pelo menos questionar agressivamente as intenes do outro. A melhor defesa o ataque. Enquanto voc est indo, eu j estou voltando. Esta uma atitude que encobre uma desconfiana sobre as reais intenes dos outros e uma pr-disposio a interpretar os outros como ameaa.Nas empresas, encontramos o Tipo 6 normalmente ligado s gerncias de pessoas e procedimentos. Produo, financeiro e RH so algumas das reas comuns. Sua capacidade de perceber riscos faz deles hbeis crticos de processos, trazendo um leque de possibilidades de falhas. Alm disso, so gerentes gregrios, que facilmente conseguem trazer o esprito de equipe, no qual vale o Um por todos e todos por um. A lealdade uma marca registrada deste padro de comportamento. Mas na compulso, tornam-se rgidos cobradores de normas e procedimentos, como maneira de garantir o controle.Os contrafbicos so encontrados em lideranas, assumindo riscos como colaboradores ou empresrios.Para maior equilbrio:Quando os Tipo 6 reconhecem seu padro de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e no o que realmente so, esto abertos a desenvolver a neutralizao do vcio emocional (Medo) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Coragem e da confiana em si mesmos. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, no mais por meio da regra ou do que mais lgico ou seguro. Aceitam e expressam mais suas emoes, permitindo uma integrao maior de seus sentimentos, pensamentos e aes.Exemplos de Tipo 6: Lula, Luiz Felipe Scolari.

Tipo 7 - O SonhadorVcio Emocional =Gula

Caractersticas Positivas Criativos Bem-Humorados Improvisadores OtimistasCaractersticas Negativas Dificuldades com regras Anti-rotina Argumentadores compulsivos Pouco sensveis aos valores dos outros

As pessoas que adotaram o Tipo 7 so centradas na mente; tm uma agilidade mental para lidar com vrias coisas ao mesmo tempo, dando prioridade ao prazer. O vcio emocional a Gula, que, por ser inconsciente, justificada com a atitude entusiasta e auto-imagem de hbil improvisador. Fao do limo uma limonada.O nome Sonhador vem da grande quantidade de idias e planos, beirando o impossvel.A principal conseqncia negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas superficiais, que se sobrecarregam com atividades como meio de fugir das dificuldades emocionais. O otimismo exagerado tambm revela pessoas que evitam o desprazer, olhando para o mundo com culos cor-de-rosa.Nas empresas, encontramos o Tipo 7 normalmente ligado a uma rea em que no haja rotina e a criatividade seja necessria. Marketing, vendas, planejamento e negociao so algumas das reas comuns. Seu otimismo e criatividade so muito teis nas situaes em que o tema principal a busca de novas solues. Mas em sua compulso, so indisciplinados e irresponsveis, fugindo da rotina por meio de argumentos manipuladores. Chocam-se com aqueles que so mais rgidos e querem seguir os passos previstos.Para maior equilbrio:Quando os Tipo 7 reconhecem seu padro de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e no o que realmente so, esto abertos a desenvolver a neutralizao do vcio emocional (Gula) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Sobriedade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, no mais por meio do prazer imediato, permitindo uma integrao maior de seus sentimentos, pensamentos e aes.Exemplos de Tipo 7: J Soares, Tom Cavalcante, Didi, Regina Cas.

Tipo 8 - O ConfrontadorVcio Emocional =Luxria

Caractersticas Positivas Assertivos Objetivos Realizadores EficazesCaractersticas Negativas Insensveis Autoritrios Intimidadores Agressivos

As pessoas que adotaram o Tipo 8 so centradas na ao, tm uma facilidade em mandar e liderar, dando prioridade realizao. O vcio emocional a Luxria, que, por ser inconsciente, justificada com a atitude dominadora e auto-imagem realizadora. Tudo ao seu redor tem de ser intenso e desafiador, numa atitude de Dar um boi para no entrar e uma boiada para no sair.O nome Confrontador vem da facilidade com que se posicionam a respeito do que querem, expressando-se de forma direta e objetiva, intimidando com sua aparente segurana.A principal conseqncia negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas insensveis, apegadas fora e ao poder. Dominadores agressivos, tornam-se conhecidos como verdadeiros rolos-compressores. Facilmente tendem ao exagero, desconsiderando o que os outros pensam e sentem.Nas empresas, encontramos o Tipo 8 normalmente ligado a liderana. Este o perfil tpico do empresrio megalmano, que cresce rapidamente. Seu feeling para os negcios e sua autoconfiana fazem deles pessoas que inspiram crescimento e superao. Por meio de atitudes diretas e eficazes, transformam as organizaes rapidamente. Mas em sua compulso, assumem a centralizao do poder. Manda quem pode, obedece quem tem juzo. Ou, ainda, Ser do meu jeito ou de jeito nenhum.Para maior equilbrio:Quando os Tipo 8 reconhecem seu padro de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e no o que realmente so, esto abertos a desenvolver a neutralizao do vcio emocional (Luxria) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Inocncia. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, no mais por meio do poder e da dominncia, permitindo uma integrao maior de seus sentimentos, pensamentos e aes.Exemplos de Tipo 8: Antnio Carlos Magalhes, Eurico Miranda, Fidel Castro.

Tipo 9 - O PreservacionistaVcio Emocional =Indolncia

Caractersticas Positivas Calmos Mediadores Flexveis CarismticosCaractersticas Negativas Indecisos Apticos Procrastinadores Dependentes

As pessoas que adotaram o Tipo 9 so centradas na emoo ou na mente, tm uma atitude mediadora, dando prioridade ao bem comum. O vcio emocional a Indolncia, que, por ser inconsciente, justificada com a atitude tranqila e auto-imagem conciliadora, Se cada um ceder um pouco, todos ficaro bem.O nome Preservacionista vem da busca de preservar o status quo, evitando conflito em prol da paz e da tranqilidade.A principal conseqncia negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas apticas, que desenvolveram um estado de anestesia para no sofrerem atritos com a realidade. Uma atitude de hiper-flexibilidade os deixa amorfos, adequando-os facilmente ao ambiente.So pessoas que expressam serenidade e calma, mesmo no sendo estes seus sentimentos reais. A apatia emocional os deixa indecisos, a ponto de serem conhecidos como tanto faz.Nas empresas, encontramos o Tipo 9 nas mais variadas reas. Sua facilidade em se adaptar permite manterem-se em atividade por longos prazos, resistindo inicialmente a mudanas, mas adaptando-se no decorrer do tempo. Administrativo, secretariado, atendimento ao pblico e auxiliares so algumas das reas comuns. Sua habilidade mediadora muito til nas situaes em que necessrio desenvolver tarefas de longo prazo. Mas em sua compulso, acabam cedendo para evitar o conflito. Tornam-se indecisos e procrastinadores, preferindo a realizao de tarefas ao envolvimento ativo na busca de solues Vou me fingir de morto para sobreviver.Para maior equilbrio:Quando os Tipo 9 reconhecem seu padro de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e no o que realmente so, esto abertos a desenvolver a neutralizao do vcio emocional (Indolncia) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Ao Correta. Esta ferramenta os auxiliam a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, no mais na atitude adaptativa ao meio em que esto inseridos, permitindo uma integrao maior de seus sentimentos, pensamentos e aes.Exemplos de Tipo 9: Dorival Caymmi, Tom Jobim, Martinho da Vila.

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Postado porTurma de Design UVA - 2010s06:03Nenhum comentrio:

Aula 2 - O Universo Fora da caixa: MscarasO Universo dentro e fora da caixaObjetivos: Materialidade e imaginao criativa Pensar especfico sobre um fazer concreto Fechamento (descartes e gerenciamento de escolhas) Aplicao e implementao Autoconhecimento

1-MscaraUma mscara um acessrio utilizado para cobrir o rosto, utilizado para diversos propsitos: ldicos (como nos bailes de mscaras e no carnaval), religiosos, artsticos ou de natureza prtica (mscaras de proteco). A palavra tem, provavelmente, origem no latim mascus ou masca = "fantasma", ou no rabe maskharah = "palhao", "homem disfarado". As mscaras podem ser compradas, mas quem quer uma e tem poucas condies financeiras mais vale fazer uma. Muitas vezes tribos africanas usam mscaras em cerimnias de passagem entre a vida e a morte.Principais funes de uma mscara:disfarce;smbolo de identificao;esconder revelando;transfigurao;representao de espritos da natureza, deuses, antepassados, seres sobrenaturais ou rosto de animais;participao em rituais (muitas vezes presente, porm sem utilizao prtica);interao com dana ou movimento;fundamental nas religies animalistas;mero adereo.

Smbolos:s vezes a mscara deixa de ser um mero adereo e passa a se tornar um smbolo de carter enganoso. Vemos isso nas histrias em quadrinhos a mscara no esconde somente a identidade, mas transforma a vida de quem a possui. Os super-hrois colocam as mscaras e se transformam naquilo que no so na frente dos outros...O ENIGMA DAS MSCARASDe utenslios ritualsticos psicologia moderna, a histria das mscaras est ligada prpria histria do homempor Natlia Klein ([email protected])Carnaval hoje sinnimo de pouca roupa, gente bonita e muito barulho. No Nordeste, especialmente na Bahia, a festa fica por conta dos blocos e o traje oficial o abad. J no Sudeste, influenciado pelo carnaval carioca, ocorre o tradicional desfile de escolas de samba que, apesar de ainda preservar alguns elementos dos antigos carnavais, deixou de ser uma festa popular h muito tempo para se tornar evento comercial no calendrio turstico do pas.At a dcada de 1950, contudo, eram nos bailes fantasia onde se encontravam os folies. O costume de se mascarar no carnaval se acentuou no Brasil em meados do sculo XIX, mas a tradio no tupiniquim. Os bailes de mscara surgiram na Renascena Italiana, no sculo XIV, influenciados pela popular Commedia Dell'Arte . Foram os personagens deste gnero teatral, como o Arlequim e a Colombina, que serviram de inspirao para as mscaras carnavalescas que conhecemos.O uso da mscara como elemento cnico surgiu no teatro grego, por volta do sculo V a.C. O smbolo do teatro uma aluso aos dois principais gneros da poca: a tragdia e a comdia. A primeira tratava de temas referentes natureza humana, bem como o controle dos deuses sobre o destino dos homens, enquanto a ltima funcionava como um instrumento de crtica poltica e sociedade atenienses. Durante um espetculo, os atores trocavam de mscara inmeras vezes, cada uma delas representava uma emoo ou um estado do personagem.No Japo do sculo XIV, nasceu o teatro N, que tambm utilizou a mscara como parte da indumentria. Um dos objetivos era no revelar para a platia as caractersticas individuais dos atores. Como as mulheres eram proibidas de atuar, as mscaras femininas eram usadas pelos homens, assim como as infantis. Atualmente, em pleno sculo XXI, as mscaras ainda so objeto de estudo e trabalho de diversas companhias teatrais em todo o mundo. Aqui no Brasil, o Grupo Teatral Moitar trabalha h 17 anos com a linguagem da mscara teatral e coordenado pelos artistas e pesquisadores Vencio Fonseca e rika Rettl. O nosso propsito pesquisar a Mscara enquanto linguagem, sendo ela um instrumento fundamental para o treinamento do ator e desenvolvimento de um teatro essencial. Neste estudo que realizamos, o que mais nos interessa revelar o que temos de verdadeiro e humano, demolindo os preconceitos para assim compartilhar com o pblico uma relao plena em sua potencialidade de vida , diz Vencio.O grupo trabalha com o conceito de mscara teatral e explica que, para ela ganhar vida, necessrio que o ator se desfaa de sua mscara cotidiana . Diferente da mscara cotidiana que busca ocultar e proteger, a mscara teatral revela a essncia da persona representada, imprimindo uma identidade especial e genuna. Ao representar com uma mscara, o ator forosamente entende como elevar o personagem para uma dimenso teatral, para alm do cotidiano, ento ele compreende o que um verdadeiro personagem de teatro, inventado da vida e no um personagem da vida. Assim, quando a Mscara Teatral est viva em cena ela , em si, o prprio Teatro, pois os princpios bsicos que regem sua vida so os alicerces fundamentais da arte teatral. Ela um arqutipo que prope ao ator a criao de um estado, com qualidade de energia especfica, representando uma natureza que est alm do convencional, diz o artista.Sob o ponto de vista ritualstico, o uso desse objeto ainda mais antigo. As primeiras mscaras surgiram na pr-histria e representavam figuras da natureza. Nas cerimnias religiosas, as tribos indgenas desenhavam uma mscara no prprio rosto, utilizando pigmentos. Os egpcios tinham o costume de confeccionar mscaras funerrias, para que o morto fosse reconhecido no alm. Uma das mais famosas a do fara Tutankhamon, que data do sculo XII a.C e se encontra atualmente exposta no Museu do Cairo. A mscara acompanha a histria da humanidade desde os primrdios. Quando o homem primitivo ia caar se mascarava para poder se aproximar de sua caa ou para ganhar poder sob sua presa. Ela era utilizada, tambm, para se aproximar dos deuses e das foras da natureza. A mscara sempre esteve ligada a uma necessidade vital e comunitria, explica Vencio que, alm de ator e diretor, tambm trabalha na confeco de mscaras teatrais.FETICHEEm um conto intitulado O Estratagema do Amor, Donatien Alphonse Franois, o Marqus de Sade, narra a trajetria da jovem libertina Augustine de VilleBranche e de um rapaz enamorado que resolve conquist-la. O encontro dos dois ocorre em um baile de mscaras carnavalesco, onde a Menina de VilleBranche se veste de homem e o jovem Franville disfara-se de mulher.Do sculo XVIII at hoje, o conceito de proibido vem se tornando cada vez mais distante. Vivemos numa poca em que as lojas de produtos erticos no necessariamente se encontram em pontos isolados. As sex shops podem ser vistas em locais pblicos e os clientes, cada vez mais jovens, no se sentem mais to constrangidos como antigamente. As mscaras, se vistas dessa forma, so sem dvida um fetiche. Nada mais sadista do que a Tiazinha (vocs lembram dela, no?).Fetiche que vai alm de quatro paredes, a mscara faz parte da nossa cultura. Os super-heris, cones do inconsciente coletivo da sociedade, sempre andam disfarados. O propsito deles talvez seja mais nobre que o da Menina de VilleBrache. Enquanto a jovem Augustine apenas ia procurar aventuras, os super-heris tm a misso de salvar os inocentes. No poderiam, portanto, arriscar sua identidade e comprometer uma causa maior.Outro personagem clssico no universo das mscaras o Fantasma da pera, do musical homnimo de Andrew Lloyd Webber. O protagonista um compositor de rosto desfigurado que vive enclausurado no subsolo de um teatro de Paris e se apaixona pela jovem de voz promissora Christine Daae. Ser que a histria teria a mesma graa sem a mscara que, diga-se de passagem, a logomarca do musical? Pulando para as comdias, no poderia deixar de citar O Mskara . Dos quadrinhos para as telonas, o personagem Stanley Ipkiss colocou o comediante Jim Carrey no estrelato e ainda lhe rendeu uma indicao ao Globo de Ouro de melhor ator de comdia. O filme mostra o que acontece com bancrio Ipkiss ao colocar a mscara do deus escandinavo Loki. De tmido e desajeitado, ele passa a fazer tudo o que antes no tinha coragem, alm de ganhar poderes sobre-humanos.A MSCARA COTIDIANANa vida real, fora do universo dos rituais, bem longe dos bailes de carnaval, dos palcos e do cinema, tambm nos mascaramos. A palavra personalidade vem do grego persona , que significa mscara. Na psicologia existem diversos estudos sobre a personalidade humana e uma das principais a do suo Carl Gustav Jung, que sugere a existncia de oito tipos de personalidade.Outro estudo que vem chamando a ateno o Eneagrama . O conhecimento tem aproximadamente 4.500 anos e sua origem desconhecida. A teoria divide em nove as mscaras, ou personalidades, humanas. De acordo ela, a personalidade funciona como uma mscara invisvel, uma casca que criamos para nos adaptarmos ao meio social. Para despir a mscara, preciso contrariar os hbitos, vcios e paixes que cada tipo de personalidade adquire desde a primeira infncia. Algo que no nada fcil. Mas uma das funes desse estudo exatamente a de nos dizer qual o nmero da caixa onde nos empacotamos para que possamos sair da priso da mecanicidade e despertar o nosso verdadeiro ser, que consciente e no mecnico , explica o estudioso em Eneagrama Mrio Margutti.Alm de ser um instrumento de auto-conhecimento, o estudo das mscaras cotidianas tambm serve como fonte para a criao teatral. Quando se conhece bem os nove tipos bsicos de personalidade do ser humano, temos um manancial de informaes que pode ser transposto com facilidade para o trabalho de construo ou interpretao de personagens, alm de ser um apoio para o improviso , afirma Margutti.Para a antroploga e pesquisadora Zuleica Dantas, o ato se mascarar uma forma de se ir de encontro moralidade estabelecida pela sociedade sem comprometimento do reconhecimento . Trata-se de uma necessidade de proteo, privacidade ou talvez da tentativa de ver, reconhecer, ouvir sem ser reconhecido, diz. O mundo capitalista, competitivo. Devemos nos mostrar fortes, inteligentes, bonitos, bem sucedidos. Se expressarmos nossos sentimentos abertamente nos fragilizamos , completa. Desde que o primeiro homem das cavernas resolveu cobrir o rosto, as coisas jamais foram as mesmas. O fato que, ao contrrio dos outros animais, nem sempre podemos manifestar nossos sentimentos, o que acaba por tornar a mscara til para a convivncia. Mas nem os super-heris resistem ao anonimato. Assim como nos bailes de carnaval, sempre h o momento em que as mscaras caem. Cedo ou tarde, nossas verdades sero reveladas e nossos verdadeiros rostos sero mostrados. Resta saber de quem ser a iniciativa.http://designuva2010.blogspot.com.br/2010_04_01_archive.html