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II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte Desmame Precoce como ferramenta para intensificação da produção de bezerros no Bioma Pantanal Urbano G.P. de Abreu 1 , Ismael Almada Neto 2 , Eriklis Nogueira 1 , Luiz Orcírio F. de Oliveira 1 1 Pesquisadores, D.Sc. da Embrapa Pantanal, rua 21 de setembro, 1880 Caixa Postal 109 Corumbá, MS Brasil 79320-900 2 - Zootecnista, M.Sc., Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) - Rodovia Aquidauana/UEMS - Km 12 - Aquidauana, MS Brasil - 79200-000 Planejamento das fazendas do bioma Pantanal. O Brasil possui seis biomas com diferentes características ambientais que permitiram a ocupação econômica de seu território das mais diferentes maneiras e com impactos diferenciados. Os seis biomas continentais brasileiros - Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa, ocupam áreas (em) de, 4.196.943,00 km 2 ; 2.036.448,00 km 2 ; 1.110.182,00 km 2 ; 844.453,00 km 2 ; 176.496,00 km 2 ; 150.355,00 km 2 , respectivamente (Figura 1). O Pantanal ocupa 1.76 % do total do território do Brasil. O Pantanal é a maior área úmida continua do planeta, sendo uma planície sazonalmente inundada pelo rio Paraguai e seus tributários. O Bioma é dividido em sub-regiões chamadas de pantanais (Figura 2), sendo uma imensa planície sedimentar, localizada no centro-oeste do Brasil, com 65% de sua área em Mato Grosso do Sul (MS) e 35% em Mato Grosso (MT). O bioma é limitado ao norte pelas formações meridionais da floresta amazônica (imediações do município de Cáceres), a leste pelos cerrados do planalto central brasileiro, a oeste pelos pantanais das fronteiras boliviano-paraguaias e ao sul pelas florestas chaquenhas, já na fronteira com o Paraguai. Desde o munícipio de Cáceres, extremo norte, até o rio Apa, extremo sul, percorrem-se cerca de 680 km, em linha reta. A maior distância no sentido oeste- leste, partindo-se da fronteira boliviana e progredindo-se em direção ao planalto central, atinge cerca de 300 km. O Pantanal pode ser dividido em 11 sub-regiões distintas conforme as diferenças de características hidrológicas, solo e vegetação: Cáceres, Poconé, Barão de Melgaço, Paiaguás, Nhecolândia, Abobral, Aquidauana, Miranda, Paraguai, Nabileque e Porto Murtinho (Silva & Abdon, 1998). De acordo com o mapa de cobertura vegetal dos biomas do Brasil realizado pelo Ministério de Meio Ambiente (MMA), o Pantanal Mato-grossense é considerado o ecossistema mais conservado do Brasil, com a maior percentagem de cobertura vegetal nativa (86,8%) e menor área com ação antrópica (11,5 %). Entretanto, praticamente 95% da região é constituída de propriedades privadas, das quais, 80% da área é utilizada para bovinocultura de corte a mais de 250 anos (Borges, 1991). O primeiro registro oficial de atividade pecuária na região data de 1737, fato que deveria ter conduzido o Pantanal para se tornar uma área com marcante ação antrópica. Então, como explicar uma região que é a maior planície inundável da terra, ocupada

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II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte

Desmame Precoce como ferramenta para intensificação da produção

de bezerros no Bioma Pantanal

Urbano G.P. de Abreu1, Ismael Almada Neto

2, Eriklis Nogueira

1, Luiz Orcírio F. de Oliveira

1

1– Pesquisadores, D.Sc. da Embrapa Pantanal, rua 21 de setembro, 1880 – Caixa Postal 109 – Corumbá, MS – Brasil – 79320-900 2- Zootecnista, M.Sc., Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) - Rodovia Aquidauana/UEMS - Km 12 -

Aquidauana, MS – Brasil - 79200-000

Planejamento das fazendas do bioma Pantanal.

O Brasil possui seis biomas com diferentes características ambientais que permitiram a

ocupação econômica de seu território das mais diferentes maneiras e com impactos

diferenciados. Os seis biomas continentais brasileiros - Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata

Atlântica, Pantanal e Pampa, ocupam áreas (em) de, 4.196.943,00 km2; 2.036.448,00 km

2;

1.110.182,00 km2; 844.453,00 km

2; 176.496,00 km

2; 150.355,00 km

2, respectivamente (Figura

1). O Pantanal ocupa 1.76 % do total do território do Brasil.

O Pantanal é a maior área úmida continua do planeta, sendo uma planície sazonalmente

inundada pelo rio Paraguai e seus tributários. O Bioma é dividido em sub-regiões chamadas de

pantanais (Figura 2), sendo uma imensa planície sedimentar, localizada no centro-oeste do

Brasil, com 65% de sua área em Mato Grosso do Sul (MS) e 35% em Mato Grosso (MT).

O bioma é limitado ao norte pelas formações meridionais da floresta amazônica

(imediações do município de Cáceres), a leste pelos cerrados do planalto central brasileiro, a

oeste pelos pantanais das fronteiras boliviano-paraguaias e ao sul pelas florestas chaquenhas, já

na fronteira com o Paraguai. Desde o munícipio de Cáceres, extremo norte, até o rio Apa,

extremo sul, percorrem-se cerca de 680 km, em linha reta. A maior distância no sentido oeste-

leste, partindo-se da fronteira boliviana e progredindo-se em direção ao planalto central, atinge

cerca de 300 km. O Pantanal pode ser dividido em 11 sub-regiões distintas conforme as

diferenças de características hidrológicas, solo e vegetação: Cáceres, Poconé, Barão de

Melgaço, Paiaguás, Nhecolândia, Abobral, Aquidauana, Miranda, Paraguai, Nabileque e Porto

Murtinho (Silva & Abdon, 1998).

De acordo com o mapa de cobertura vegetal dos biomas do Brasil realizado pelo

Ministério de Meio Ambiente (MMA), o Pantanal Mato-grossense é considerado o ecossistema

mais conservado do Brasil, com a maior percentagem de cobertura vegetal nativa (86,8%) e

menor área com ação antrópica (11,5 %). Entretanto, praticamente 95% da região é constituída

de propriedades privadas, das quais, 80% da área é utilizada para bovinocultura de corte a mais

de 250 anos (Borges, 1991). O primeiro registro oficial de atividade pecuária na região data de

1737, fato que deveria ter conduzido o Pantanal para se tornar uma área com marcante ação

antrópica. Então, como explicar uma região que é a maior planície inundável da terra, ocupada

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com atividade econômica há quase 300 anos, possa ser considerada o ecossistema mais

conservado do Brasil?

Figura 1 – Biomas brasileiros.

A resposta envolve vários importantes aspectos, sociais, ambientais e econômicos, mas

se considerarmos uma tendência de correlação negativa entre pobreza e desequilíbrio ecológico,

ou seja, quanto maior a pobreza de determinada região maior a pressão sobre os recursos

naturais de maneira geral. A pecuária de corte enriqueceu e conservou o Pantanal. Assim sendo,

a meta de conservação do Pantanal passa, necessariamente, pelo fortalecimento da

bovinocultura tradicional dessa região. A sustentabilidade desta atividade econômica garante a

conservação da região.

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Figura 2 – Diferentes sub-regiões do Pantanal.

De maneira geral, a pecuária de corte é considerada uma atividade com forte impacto

ambiental negativo sobre as regiões onde é desenvolvida no país. As generalizações são

perigosas e, no caso do Pantanal, ocorreu e ocorre justamente o contrário, a pecuária de corte

extensiva foi, e é a garantia da conservação deste ecossistema.

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No Pantanal, a capacidade de suporte é avaliada subjetivamente pelos produtores rurais.

A taxa de lotação (rebanho/ área) para o Pantanal de acordo com o tamanho das propriedades foi

empiricamente agrupada da seguinte maneira, áreas com média superiores a 4000 ha, os valores

ficaram por volta de 3,4 a 4,2 ha/cab. Enquanto que nas áreas com média inferior a 2000 ha, os

valores estavam em torno de 2,5 ha/cab. Foi estimada em torno de um animal (vaca com cria)

para 3 hectares na parte central e cinco hectares para a parte leste do Pantanal, onde os solos e as

pastagens são de pior qualidade. Considerando que as condições ambientes são variáveis,

surgem muitas dúvidas sobre a real capacidade de suporte. A real capacidade de suporte para

uma invernada na fazenda Nhumirim (campo experimental da Embrapa Pantanal), localizada na

sub-região da Nhecolândia, Pantanal, considerando as fitofisionomias realmente utilizadas por

bovinos (Santos et al., 2005). Verificou-se que a capacidade de suporte das unidades de

paisagem preferidas pelo gado foi variável entre meses e anos, dependente principalmente, da

distribuição mensal das chuvas e da intensidade e duração de inundação no caso da sua

ocorrência. De maneira geral, a capacidade de suporte, em termos de disponibilidade de matéria

seca, diminuiu nos meses de agosto e setembro e nos meses de cheia, enquanto que a capacidade

de suporte em termos de qualidade (proteína) diminuiu de abril a junho.

No Pantanal, ocorre a concentração dos produtores na atividade de cria, havendo recria

apenas das novilhas de reposição. Os principais produtos do sistema de produção de bovinos na

região são os animais representados pelas seguintes categorias: bezerros (as) desmamados(as),

novilhas de recria, garrotes, tourunos (touros de descarte) e vacas boiadeiras (vacas de descarte).

Por meio de modelo matemático de otimização verificou-se que a região produtora do Pantanal,

devido ao sistema extensivo de produção (quase na totalidade baseado em pastagens nativas), e

dada economia de escala (tamanho médio da propriedade em torno de 4.000 hectares), apresenta

o mais baixo volume de custos, embora seja a região detentora da maior área de exploração de

pecuária de corte. Verificou-se correlação positiva entre baixos custos anuais com as fases de

cria-recria (Arruda et al., 1985). Este fato é comprovado pela tendência de alocar as atividades

de cria-recria da pecuária bovina de corte em áreas de mínimo custo operacional, em grandes

propriedades, distantes das regiões de abate e consumo. Avaliando o resultado do balanço das

receitas e despesas anuais, foi observado expressivo balanço positivo em relação a região do

Pantanal (Abreu et al., 2006a). O baixo custo anual é o principal responsável pelo resultado. A

oferta do ambiente é a base do sistema de produção pantaneiro, sendo as forrageiras nativas o

suporte principal para atividade pecuária. A grande variedade de ambientes ocupados por

diferentes espécies vegetais (gramíneas, leguminosas e ciperáceas), favorece a pecuária,

permitindo maior seletividade de pastejo aos bovinos, embora dificulte o controle sobre o

manejo da pastagem. As invernadas de cria na região apresentam diferentes ofertas de

pastagem, havendo necessidade de ajustar a taxa de lotação conforme a disponibilidade da

oferta forrageira de cada invernada de cria. A utilização estratégica de pastagem cultivada para

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determinadas categorias mais sensíveis, especialmente fêmeas de recria e de primeira cria, além

de tourinhos que serão utilizados em monta e touros em repouso sexual, é importante para

minimizar o efeito da sazonalidade das pastagens ativas sobre o desempenho dos animais.

Visando conhecer os sistemas de produção reais nas diferentes sub-regiões do Pantanal e

introduzir tecnologias já testadas e/ou adaptadas em condições de campo, dentro dos recursos

que cada propriedade oferece a Embrapa Pantanal trabalhou em diversas propriedades,

monitorando-as e interferindo no seu sistema de produção tradicional (Almeida et al., 1994). O

resultado é avaliado pelo incremento nos índices zootécnicos tradicionais e na análise de

orçamentação parcial, procurando avaliar o retorno econômico do sistema de produção

modificado ao longo do processo de implantação das tecnologias. Esta metodologia permite,

também, identificar os pontos de estrangulamento que merecem ser desenvolvido em projetos

de pesquisa analítica.

Na Tabela 1 são apresentados os índices zootécnicos médios da pecuária bovina de

corte verificados em diferentes propriedades monitoradas no Pantanal. Em propriedade da sub-

região dos Paiaguás, na qual foram monitoradas 1.973 matrizes, sem reposição de novilhas

durante a execução dos trabalhos, um dos principais resultados verificados foi que,

aproximadamente, 17% das vacas de cria foram consideradas improdutivas. Se tal resultado for

extrapolado para o total de vacas da sub-região, um total de 41.300 vacas, que ocupam uma área

de 150 mil hectares, produzem muito pouco ou nada. Apesar da diminuição do número de vacas

de cria (1.973 para 1.535 matrizes) na propriedade acompanhada, o número de bezerros

desmamados depois de quatro anos, aumentou de 525 para 857 animais. Isso mostra que o

descarte realizado não causou diminuição na produção de bezerros, pois as matrizes descartadas

eram de fato improdutivas, sendo a taxa de desmama incrementada pela adoção de tecnologias,

(especialmente a desmama antecipada) que proporcionaram às matrizes maior chance de

reconcepção.

A análise dos dados econômicos da propriedade, por meio de orçamentos parciais

demonstrou que o maior custo das novas tecnologias está na utilização de sal mineral (75%),

sendo os custos com o manejo diferenciado das vacas e touros de 9% e 10%, respectivamente

(Seidelet al., 1998). Neste método, se estima as diferenças no custo e benefício dois cenários

alternativos, um sem adoção de tecnologias, e outro com adoção, só sendo de interesse para a

análise os custos e benefícios que podem mudar como resultado da adoção ou não das

tecnologias. Os principais resultados são mostrados na Tabela 2.

Vale ressaltar que o retorno econômico do processo de introdução de tecnologias no

sistema extensivo de cria é lento, apesar da resposta nos índices produtivos ser rápida, havendo

necessidade de realizar avaliações de longo prazo. Além disso, para que o sistema seja viável

economicamente, há necessidade de que a mudança no processo seja contínua; do contrário, não

haverá lucro sustentado. Isso é particularmente importante quando o produtor, que trabalha com

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gado de cria, realiza empréstimo financeiro para investir no aumento de produtividade da

atividade, pois as condições de pagamento devem ser harmonizadas de acordo com o tempo de

retorno que a atividade proporciona (Abreu et al., 2006a , Abreu et al., 2006b).

O ajuste e equilíbrio das necessidades nutricionais das vacas com a oferta de pastagens

nativas poderão ser baseados no escore de condição corporal das matrizes na época de monta, de

tal maneira que o máximo requerimento nutricional da fêmea seja na época de máxima oferta de

nutrientes das pastagens nativas. Entretanto nas categorias mais sensíveis à sazonalidade

nutricional do Pantanal será necessário o uso de suplementação alimentar e/ou pastagens

cultivadas (Pott et al., 1988).

Tabela 1 - Índices zootécnicos médios da pecuária bovina de corte do Pantanal

Índices Zootécnicos Início do

acompanhamento

Após no mínimo quatro anos

de acompanhamento

Taxa de natalidade (%) 45-56 65-70

Taxa de desmama (%) 39-42 60-68

Taxa de mortalidade (%) 18-25 5-10

Vida útil da vaca (anos) 10-15 12

Idade à primeira cria (meses) 42-48 36-40

Idade de desmama (meses) 10 6-8

Taxa de mortalidade de adultos (%) 5 3

Relação touro:vaca 1:10-1:15 1:20-1:30

Índice de lotação (ha/UA) 4.08 Ajustado em cada invernada

Idade de comercialização 2.5 a 3 anos 6-8 meses

Utilização da desmama no Pantanal.

Diversos estudos têm demonstrado que os índices de natalidade e de desmame no

rebanho de gado de corte, criado em pastagens nativas do Pantanal, são baixos. Cadavid Garcia

(1981, 1986) citam índices médios de natalidade entre 50 e 58% e os de desmame entre 40 e

50%. Almeida et al. (1996) verificaram índices médios ainda menores: 44,3% e 36,6% para

natalidade e desmame, respectivamente. Por outro lado esta pecuária tradicional de baixo aporte

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de insumos é um fator importante na conservação de toda região e a coexistência pacífica da

atividade pecuária com a fauna e a flora da região (Santos et al., 2008).

Tabela 2 - Principais características financeiras dos cenários de adoção e não-adoção

das tecnologias (US$)

Cenários Total de

recursos

( A )

Total dos

custos

(C = M + I)

Custos com

mortalidade

(M)

Custos com

investiment

o (I)

Retorno

líquido

(V=A-C)

91 - ano base 370.566 27.018 23.802 3.216 343.548

92 - adoção 378.259 44.444 9.506 34.938 335.815

92 - sem adoção 366.811 23.069 20.060 3.009 343.742

93 - adoção 406.042 42.643 10.801 31.802 363.399

93 - sem adoção 400.988 27.390 24.650 2.740 373.598

94 - adoção 533.499 58.921 24.663 34.258 474.578

94 - sem adoção 480.596 30.315 26.711 3.604 450.281

Fatores relacionados à genética, à sanidade e à nutrição podem contribuir para a baixa

natalidade no Pantanal, mas têm sido apontadas como causas principais a diminuição ou

paralisação do crescimento e perda da qualidade das pastagens nativas durante o inverno seco,

bem como o fato de que as melhores pastagens podem também ser encobertas total ou

parcialmente pelas águas, no período chuvoso (Pott et al.,1989; Almeida et al., 1996). Assim,

relacionando índices de natalidade de propriedades da sub-região do Paiaguás com o nível do

rio Paraguai, Cadavid Garcia (1981) concluiu que o aumento de 10% do nível da água esteve

associado com uma queda de 2,02% da taxa de natalidade. A restrição alimentar imposta às

vacas em lactação provoca o anestro nutricional, em virtude da maior necessidade de nutrientes

nesse período, e, consequentemente, um número elevado de matrizes somente cicla após a

desmama. Dessa maneira, a subnutrição e a amamentação podem aumentar o intervalo entre

partos, e, consequentemente, baixar o índice de natalidade.

No Pantanal, Tullio et al. (1980), comparando o intervalo de partos de vacas em regime

de monta o ano todo, com bezerros desmamados no 4o, 6

o e 8º mês, verificaram aumento no

intervalo entre partos, relacionado com maior idade à desmama. Almeida et al. (1994), em

estudo semelhante, na sub-região do Paiaguás, encontraram diferenças no intervalo de partos de

vacas com bezerros desmamados no 6o e 8

o mês. Estes resultados mostram claramente maior

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inibição da atividade ovariana nas vacas lactantes. Apesar do efeito positivo no intervalo entre

partos, os bezerros desmamados aos quatro meses tiveram alta taxa de mortalidade, e

crescimento prejudicado, pesando, em média, 109 kg aos 12 meses, inviabilizando esta prática

de manejo (Tullio & Brum, 1980). Os autores citados constataram que a restrição

alimentardurante a lactação é a principal causa da baixa taxa de natalidade emvacas de cria em

pastagens nativas no Pantanal. Esta situação é pior emfêmeas primíparas, pois além da demanda

nutricional para manutenção elactação, apresenta ainda a de crescimento, todas prioritárias em

relação àreprodução.

Catto & Afonso (2001) em experimento desenvolvido no Pantanal da Nhecolândia

alcançaram taxas de natalidade e de desmama em torno de 80%, e verificaram que a interrupção

da lactação foi importante para a concepção das vacas multíparas, mas não para as primíparas,

pois há necessidade de maior cuidado com a categoria. Os autores salientaram sobre sérias

restrições quanto ao uso destes resultadosnos sistemas produtivos de gado de corte no Pantanal.

Para os poucos sistemas que utilizam estação de monta, o desmame antecipado teria que ser

realizado aos dois ou três meses de idade para que as matrizes pudessem ciclar durante a estação

de monta. Bezerros desmamados aos dois meses, no entanto, necessitam de arraçoamento e

manejo difícil de ser realizado nas condições peculiares do Pantanal. Para os sistemas que não

utilizam estação de monta e, consequentemente com nascimentos distribuídos durante o ano, o

manejo do rebanho seria também impraticável. E concluíram que: 1) o uso de pastagens nativas

vedadas do Pantanal, associado à suplementação alimentar, permite ganhos de peso durante a

estação seca dos bezerros desmamados; 2) a antecipação da desmama de oito para cinco meses

aumenta a taxa deconcepção posterior; 3) a suplementação alimentar de bezerros pode ser uma

estratégia viável para antecipar o desmame, e aumentar a taxa de natalidade no Pantanal, desde

que a propriedade tenha um manejo condizente.

Produtividade e viabilidade econômica do desmame precoce.

O desmame precoce é uma das técnicas mais recomendadas quando se busca

incrementar as taxas reprodutivas dos rebanhos de bovinos de corte, pois os nutrientes que

seriam direcionados à produção de leite para a alimentação do bezerro, passariam a ser

direcionados para a reposição das reservas do organismo da vaca, favorecendo na melhoria do

seu estado corporal e antecipando o retorno ao cio pós-parto (Neumann et al, 2005).

Ao mesmo tempo em que o desmame precoce favorece a recuperação da matriz, deve-se

ter cuidado para não prejudicar o futuro desenvolvimento produtivo do bezerro (Pellegrini et al,

2006). De acordo com Restle et al. (1999), quando o ganho de peso do bezerro desmamado

precocemente é baixo, o seu futuro produtivo fica comprometido. Com relação ao bezerro, tal

suplementação destina-se a compensar a quantidade insuficiente de leite produzida pela mãe,

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principalmente a partir do terceiro mês pós-parto, ou durante períodos desfavoráveis do ano. Em

se tratando de raças zebuínas, a situação é ainda mais crítica no que diz respeito à produção

leiteira da vaca.

Ao estudarem época de desmame precoce e desempenho reprodutivo de vacas de corte,

Almeida et al. (2002) constataram que aquelas submetidas ao desmame precoce tiveram maior

peso ao parto (11,1kg) que as submetidas ao desmame tradicional, provavelmente devido à

desgaste nutricional, anteriormente destinada à lactação, o que possibilitou maiores ganhos de

peso. Segundo Pascoal e Vaz (1997), em se tratando de melhoria do desfrute da pecuária

brasileira, nenhumaoutra tecnologia impactaria positivamente o aumento da taxa de

reconcepção, que pode ser alcançada com adoção do desmame dos bezerros nas propriedades

que apresentam uma taxa inferior a 65%.

Almada Neto (2012) analisou dados de 5.400 bovinos da raça Nelore pertencentes à

fazenda do Pantanal na sub-região do Abobral, que implementou a tecnologia de manejo de

desmama precoce. Foram coletados os dados econômicos do ano pecuário de 2010 e 2011.

Todos os custos da fazenda foram utilizados para os cálculos, além dos insumos para o

desenvolvimento da tecnologia da desmama aos 90 dias, sendo o principal a utilização de rações

para cada fase do estágio fisiológico do rúmen dos bezerros em crescimento. O orçamento de

2010 da fazenda destinou R$ 289 mil para a aquisição de 249 toneladas de rações de

suplementação no programa de desmama precoce. A limpeza de pastagem por meio de roçada

mecânica já estava no orçamento, e a formação de novas áreas de pastagens constava do

cronograma. Outros recursos foram despendidos na instalação de mais dois fios de arame nas

cercas das invernadas que iriam receber os animais da desmama; instalação de balancins nos

cantos de duas invernadas; construção de dois açudes e de 70 cochos de 50 litros cada. Todo o

material e a mão-de-obra custaram R$ 22.760,00.

A desmama precoce proposta foi aos 90 dias de idade, porém como cada lote de

bezerros tem seu nascimento distribuído ao longo de um mês, em um mesmo lote de desmama

os bezerros mais novos estavam com 60 dias e os mais velhos com 90 dias. Em geral, a média a

desmama foi de 75 dias. Todos os animais a serem desmamados foram separados das mães e

levados para o mangueiro no 1ºdia do 3° mês de vida, onde foram alimentaram durante 48 horas

com ração de alto consumo e água. Após esse período, durante trinta dias, os animais receberam

dois tipos de suplementos. O primeiro foi constituído de uma ração de alto consumo (950

gramas/animal/dia), utilizada para nutrir, fornecida no cocho, no mangueiro; o segundo, de

consumo menor (entre 120 e 150 gramas/ animal/dia), destinado a minorar o estresse pós-

desmame, fornecida no cocho, no pasto.

A ração de alto consumo era composta de farelos de milho, arroz, soja e aveia; casca de

aveia e minerais; o composto anti-estresse, glúten de milho, cloreto de sódio, enxofre, óxido de

magnésio, ferro, sulfato de cobre, farelo de trigo e de soja. Concluído o período de trinta dias o

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suplemento anti-estresse foi retirado, permanecendo a ração de alto consumo e a forragem da

pastagem até o animais completarem 8 meses quando foram vendidos.

O valor presente líquido (VPL) representou a diferença entre os fluxos de caixa trazidos

a valor presente pelo custo de oportunidade do capital e o investimento inicial. Assim, o VPL

avaliou a contribuição do projeto de investimento no aumento do valor do empreendimento,

pois estabeleceu que sempre que o valor presente dos retornos fosse maior que o valor presente

do investimento, calculado com a taxa mínima requerida (custo de capital), o projeto deveria ser

aceito VPL > 0, e rejeitando se VPL < 0 (Lapponi, 2000).

Com objetivo de analisar o custo de capital e o perfil do VPL na introdução de

tecnologias foramrealizadas simulações aplicando-se diferentes taxas de desmama. O cálculo do

VPL foi realizado utilizando o fluxo de caixa de acompanhamento de fazenda e de introdução

da tecnologia de desmama antecipada como base para simulações de cenários. Foi utilizado o

programa de simulação de pecuária de corte Gerenpec® desenvolvido por Costa et al, (2004)

para simular cenários com os dados coletados na Fazenda São Bento. Considerando que a

tecnologia pode resultar em diferentes taxas de prenhez, e visando verificar o efeito dessa

variabilidade no resultado econômico do sistema, realizou-se uma análise de sensibilidade

calculando o VLP para as taxas de prenhez de 45%, 50%, 55%, 60%, 65%, 70%, 75% e 80%.

Os cenários foram desenvolvidos por meio da simulação da evolução no período de 10

anos, a partir dos dados levantados no primeiro ano. Os valores coletados no primeiro ano da

implantação da tecnologia e inseridos no sistema Gerenpec® proporcionou a construção de

cenários.

Idade ao primeiro parto e o intervalo entre partos, são duas características determinantes

da eficiência reprodutiva dos rebanhos bovinos de corte, devido a sua influência sobre taxa de

natalidade e longevidade produtiva das vacas (Abreu, et al., 1996).

Na propriedade analisada, o bezerro ao desmame, com 90 dias, pesou 89,3 kg e a

bezerra, 84,2 kg. Aos sete meses, após 140 dias de suplementação, o peso médio de machos e

fêmeas atingiu 168,7 kg, isto corresponde a um ganho diário de 580 gramas. A desmama

tradicional no Pantanal ocorre geralmente aos nove meses, ou 270- 300 dias de vida, com peso

médio de 150 kg e 130 kg, para bezerros e bezerras, respectivamente (Abreu et al. 1997).

Também houve aumento de 39,47% na produção de bezerros nascidos, que se elevou de 760

machos para 1.060. O custo de produção de cada animal produzido foi de R$ 86,00 a mais

comparada ao sistema de desmama tradicional (8meses), no total despendeu-se R$ 25,8 mil,

para a produção de mais 300 bezerros/ ano. A receita adicional com a venda destes bezerros

elevou-se em R$ 157.500,00.

A taxa de desfrute calculada foi de 53%, ficando muito acima aos valores médios

referidos para Nova Zelândia, Estados Unidos e Austrália, que são, respectivamente, de 38; 34;

e 32% (BIRD citado por Mielitz Netto (1994)). Segundo Kay et al. (2004) o método do VPL é

II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte

amplamente utilizado por que é apropriado para quantificar o valor do dinheiro corrigido no

tempo. Com a simulação dos dados com 50% de taxa de natalidade observa-se um valor

presente líquido positivo, demonstrado que o valor obtido na fazenda (81%) está muito acima

dessa margem, comprovando a segurança e a eficiência do sistema em médio prazo (Figura 3).

Figura 3 – Simulação do VPLda margem líquida em 10 anos, variando a taxa de prenhez.

Aspectos potenciais e limitantes do desmame precoce em sistemas intensivos.

Os sistemas de produção de gado de corte são complexos e diversificados, motivo pelo

qual é necessário que cada produtor desenvolva e adapte seu sistema conforme as condições de

ambiente e de mercado. O desmame precoce é uma das técnicas recomendadas quando se busca

incrementar as taxas reprodutivas dos rebanhos de bovinos de corte, esta técnica favorece a

recuperação da matriz, porém deve-se ter cuidado para não prejudicar o desenvolvimento

produtivo do bezerro.

A análise econômica mostrou que a suplementação alimentar de bezerros pode ser uma

estratégia viável técnica e financeiramente para antecipar o desmame e aumentar a taxa de

natalidade no Pantanal, porém mais estudos que enfoquem o desenvolvimento dos bezerros

devem ser realizados para garantir que os animais não tenham o crescimento restringido após os

7 meses de idade.Os resultados obtidos na propriedade do Abobral, com a desmama precoce

foram muito positiva, e podem ser alcançados por outras fazendas pantaneiras, e assim se

poderá aumentar a oferta de bezerros produzidos na região. Entretanto para a adoção do sistema

de produção, um dos fatores principais a considerar é o custo do frete. Assim como as

possibilidades de acesso a vias de aterro, como é o caso da Estrada Parque no Mato Grosso do

Sul e da Transpantaneira, no Mato Grosso. Além da escala de produção mínima de 1.200

-500.000,00

0,00

500.000,00

1.000.000,00

1.500.000,00

2.000.000,00

45 50 55 60 65 70 75 80

R$

Taxa de Prenhez

II SIMBOV – II Simpósio Matogrossense de Bovinocultura de Corte

bezerros e a qualificação da mão de obra local para programar a implantação e desenvolvimento

da tecnologia.

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