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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400, 3824-5433 (teleatendimento), fax (11) 3824-5487 Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienópolis 01230 909 | São Paulo SP Presidente: Luiz Fernando Nóbrega Gestão 2012-2013 S S e e m m i i n n á á r r i i o o Desoneração da Folha de Pagamento – Tributação sobre Receita Elaborado por: Myrian Bueno Quirino O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a). A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184. Fevereiro 2013 Acesso gratuito pelo portal do CRC SP www.crcsp.org.br

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Tel. (11) 3824-5400, 3824-5433 (teleatendimento), fax (11) 3824-5487 Email: [email protected] | web: www.crcsp.org.br Rua Rosa e Silva, 60 | Higienópolis 01230 909 | São Paulo SP Presidente: Luiz Fernando Nóbrega Gestão 2012-2013

SSeemmiinnáárriioo

Desoneração da Folha de

Pagamento – Tributação sobre

Receita

Elaborado por:

Myrian Bueno Quirino

O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).

A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução de apostilas a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTA APOSTILA, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

Fevereiro 2013

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O que é a Desoneração da Folha?

É a substituição da contribuição patronal previdenciária (20% sobre a folha de pagamento de empregados e contribuintes individuais) pelo pagamento de um percentual sobre o faturamento, apenas para as atividades citadas na Lei nº 12.546/11. Só é aplicável às empresas tributadas pelo lucro presumido ou Lucro Real.

A desoneração da folha de pagamento é constituída de duas medidas complementares. - 1ª medida - o governo está eliminando a atual contribuição previdenciária sobre a folha e adotando uma nova contribuição previdenciária sobre a receita bruta das empresas (descontando as receitas de exportação), em consonância com o disposto nas diretrizes da Constituição Federal. - 2ª medida – essa mudança de base da contribuição também contempla uma redução da carga tributária dos setores beneficiados, porque a alíquota sobre a receita bruta foi fixada em um patamar inferior àquela alíquota que manteria inalterada a arrecadação – a chamada alíquota neutra. • A Contribuição Previdenciária sobre o Faturamento Não é uma DESONERAÇÃO. • É uma SUBSTITUIÇÃO da base de cálculo de PARTE da Contribuição Patronal Previdenciária (CPP). • A contribuição de 20% sobre a folha de pagamento dos empregados e contribuintes individuais (incluindo remuneração de Pró-labore e Autônomos) passa a ser: - de 1,5% ou 2,5% sobre o FATURAMENTO até 31/07/2012; e - de 1% e 2% a partir de 01/08/2012. • Abrangem somente as atividades citadas na Lei 12.546/11com as devidas inclusões. • Não abrange as contribuições ao RAT e aos “Terceiros”. • O percentual sobre o FATURAMENTO exclui as vendas canceladas, as EXPORTAÇÕES e os descontos incondicionais concedidos. • Não abrange as empresas tributadas pelo Simples Nacional. • A “desoneração” não é opcional. O que não substitui? Não substitui o RAT Ajustado (riscos ambientais de trabalho multiplicado pelo FAP – Fator Acidentário de Prevenção), que varia de 0,5 a 6% Não substitui a contribuição a “Terceiros”, que pode chegar a 5,8% Não substitui a contribuição de 15% sobre a contratação de cooperativas de trabalho Objetivos e Consequências Objetivos: • Faz parte do Plano Brasil Maior, que trouxe várias resoluções a fim de preservar a competitividade brasileira; • Estimular a contratação de empregados CLT; • Reduzir a carga tributária das empresas exportadoras; • Evitar as terceirizações (facções); • Evitar a criação de PJ “fictícias” prestadoras de serviços, principalmente no setor de TI. Consequências: • Positiva: vários setores pagarão menos contribuição previdenciária • As empresas com maior automação (no caso das confecções) ficam prejudicadas, já que utilizam menos mão de obra. • As empresas de TI com poucos ou sem empregados também ficam prejudicados, já que o custo de mão de obra é pequeno.

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Setores Envolvidos • Setor de TI (Tecnologia da Informação) • Setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) • Setor de Call Center (a partir de 01/04/2012) • Setor Hoteleiro (a partir de 01/08/2012) • Setores Industriais que fabriquem os produtos citados no Anexo da Lei 12.546/11 e posteriores alterações 1 – Análise da Legislação Lei nº 11.774/08 de 17/09/08- Empresas de TI, TIC e Call Center Art. 14. As alíquotas de que tratam os incisos I e III do caput do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, em relação às empresas que prestam serviços de tecnologia da informação - TI e de tecnologia da informação e comunicação - TIC, ficam reduzidas pela subtração de 1/10 (um décimo) do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços, após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda, observados o disposto neste artigo. § 1o Para fins do disposto neste artigo, devem-se considerar as receitas auferidas nos 12 (doze) meses imediatamente anteriores a cada trimestre-calendário. § 2o A alíquota apurada na forma do caput e do § 1o deste artigo será aplicada uniformemente nos meses que compõem o trimestre-calendário. § 3o No caso de empresa em início de atividades ou sem receita de exportação até a data de publicação desta Lei, a apuração de que trata o § 1o deste artigo poderá ser realizada com base em período inferior a 12 (doze) meses, observado o mínimo de 3 (três) meses anteriores. § 4o Para efeito do caput deste artigo, consideram-se serviços de TI e TIC: I - análise e desenvolvimento de sistemas; II - programação; III - processamento de dados e congêneres; IV - elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; V - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI - assessoria e consultoria em informática; VII - suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e VIII - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. § 5o O disposto neste artigo aplica-se também para empresas que prestam serviços de call center. (Vide Medida Provisória nº 563, de 2012 - Vigências incluiu a atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados).

Comentários da Lei nº 11.774/08 de 17/09/08

Por meio da Lei nº 11.774 de 2008 (conversão da MP nº 428 em lei) foram promovidas diversas alterações na legislação tributária federal. Dentre os assuntos tratados, destaca-se:

- as empresas que prestam exclusivamente os serviços de tecnologia da informação (TI) e tecnologia da informação

e comunicação (TIC) podem ter a contribuição previdenciária patronal (sobre a remuneração dos empregados,

trabalhadores avulsos e contribuintes individuais) reduzida pela subtração de um décimo do percentual

correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de

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vendas de bens e serviços.

Para efetuar a redução do encargo previdenciário, as empresas deverão observar a aplicação sucessiva das

seguintes operações:

a) subtrair do valor da receita bruta total de venda de bens e serviços relativa aos 12 (doze) meses imediatamente

anteriores ao trimestre-calendário o valor correspondente aos impostos e às contribuições incidentes sobre venda;

b) identificar, no valor da receita bruta total resultante da operação prevista na letra "a", a parte relativa aos serviços

relacionados às empresas de TI, TIC e call centers que foram exportados;

c) dividir a receita bruta de exportação resultante da letra "b" pela receita bruta total resultante da letra "a";

d) multiplicar a razão decorrente da letra "c" por 1/10 (um décimo);

e) multiplicar o valor encontrado de acordo com a operação da alínea "d" por 100 (cem), para que se chegue ao

percentual de redução;

f) subtrair de 20% (vinte por cento) o percentual resultante da alínea "e", de forma que se obtenha a nova alíquota

percentual a ser aplicada sobre a base de cálculo da contribuição previdenciária.

A alíquota apurada na forma da alínea "f" será aplicada uniformemente nos meses que compõem o trimestre-

calendário.

Medida Provisória nº 540 de 02/08/11- (DOU 3/08/2011). - Aspectos Previdenciários altera a incidência das contribuições previdenciárias devidas pelas empresas

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 7o Até 31 de dezembro de 2012, a contribuição devida pelas empresas que prestam exclusivamente os serviços de tecnologia da informação - TI e tecnologia da informação e comunicação - TIC, referidos no § 4o do art. 14 da Lei no 11.774, de 2008, incidirá sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, à alíquota de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento).

Parágrafo único. Durante a vigência deste artigo, as empresas abrangidas pelo caput não farão jus às reduções previstas no caput do art. 14 da Lei no 11.774, de 2008.

Art. 8o Até 31 de dezembro de 2012, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 1991, as empresas que fabriquem os produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto no 6.006, de 2006:

I - nos códigos 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01 a 63.05, 6812.91.00, 9404.90.00 e nos Capítulos 61 e 62; (Retificado no DOU de 05/08/2011, Seção 1, pág. 14)

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II - nos códigos 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a 64.06; e

III - nos códigos 94.01 a 94.03.

Parágrafo único. No caso de empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas no caput, o cálculo da contribuição obedecerá:

I - ao disposto no caput quanto à parcela da receita bruta correspondente aos produtos relacionados nos seus incisos I a III; e

II - ao disposto nos incisos I e III do art. 22 da Lei no 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre receita bruta de atividades não relacionadas à fabricação dos produtos arrolados nos incisos I a III do caput e a receita bruta total.

Art. 9o Para fins do disposto nos arts. 7º e 8º: (Retificado no DOU de 05/08/2011, Seção 1, pág. 14)

I - a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

II - exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta de exportações;

III - a data de recolhimento das contribuições obedecerá ao disposto na alínea "b" do inciso I do art. 30 da Lei no 8.212, de 1991;

IV - a União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social; e

V - com relação às contribuições de que tratam os arts. 7o e 8o, as empresas continuam sujeitas ao cumprimento demais obrigações previstas na legislação previdenciária.

Art. 10. Ato do Poder Executivo instituirá comissão tripartite com a finalidade de acompanhar e avaliar a implementação das medidas de que tratam os arts. 7o a 9o, formada por representantes dos trabalhadores e empresários dos setores econômicos ali indicados, bem como do Poder Executivo federal.

Art. 22. O Poder Executivo regulamentará o disposto nos arts. 1o a 3o, 7o a 10 e 14 a 20 desta Medida Provisória.

Art. 23. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.

§ 2o Os arts. 7o a 9o e 14 a 21 entram em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente à data de sua publicação.

Comentários às alterações da MP nº 540/2011

A MP 540/11 alterou as regras para calculo da contribuição Patronal das empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI), Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e para as indústrias que atuam no setor têxtil e calçadista.

Nesse informativo iremos apresentar alguns aspectos que impactam direto sobre as empresas de TI e TIC.

MP 540/2011 alterou o artigo 7 da Lei 11.774/2008, que previa a redução proporcional sobre a alíquota do INSS Patronal, de acordo com uma equação entre o total de vendas mercado interno e externo.

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A partir de 01/12/2011 independente se o serviço é direcionado para mercado interno ou externo, todas as empresas enquadradas nas atividades relacionadas deverão recolher a contribuição patronal baseados no novo critério.

Atividades Enquadradas – MP 540/2011

I – análise e desenvolvimento de sistemas;

II – programação;

III – processamento de dados e congêneres;

IV – elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos;

V – licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;

VI – assessoria e consultoria em informática;

VII – suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de

programas de computação e bancos de dados; e

VIII – planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.

Alíquota a ser Aplicada

De 01/12/2011 até 31/12/2012, as empresas inseridas nestas atividades econômicas passarão a recolher 2,50% (dois inteiros e cinco décimos por cento) de contribuição previdenciária incidente sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III art. 22 da Lei nº 8.212/91;

20% de alíquota patronal previdenciária sobre remuneração de empregados; 20% de alíquota patronal previdenciária sobre remuneração de contribuintes individuais

Nota Importante – Deve ser considerada apenas a redução em relação aos 20% sobre salário de empregados e de contribuintes individuais, sendo que as empresas continuam obrigadas aos recolhimentos de RAT + FAP (de 0,50% a 6,00%) e terceiros (normalmente 5,80%) sobre folha de pagamento de empregados;

Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 1º de dezembro de 2011 - DOU de 5.12.2011.

Dispõe sobre a instituição de códigos de receita para os casos que especifica. O ato em questão foi alterado pelo Ato Declaratório Executivo Codac nº 47 de 25 de abril de 2012.

O COORDENADOR-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 305 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto nos arts. 7º a 10 da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, declara:

Art. 1º Ficam instituídos os seguintes códigos de receita para serem utilizados no preenchimento de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf):

I - 2985 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Empresas Prestadoras de Serviços de Tecnologia da Informação – TI e Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC; e

II - 2991 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Demais.

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I - 2985 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Serviços; e (Redação dada pelo Ato Declaratório Executivo Codac nº 47, de 25 de abril de 2012)

II - 2991 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Indústria. (Redação dada pelo Ato Declaratório Executivo Codac nº 47, de 25 de abril de 2012)

Art. 2º Este Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação.

Comentários a ADE Codac nº 86 de 1º/12/2011

Para fins de recolhimento da substituição das alíquotas de 20% da contribuição previdenciária patronal (INSS),

incidente sobre a folha de pagamento de empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais, instituídas

pela Medida Provisória (MP) nº 540/2011, foram divulgados os seguintes códigos de receita, a serem utilizados no

preenchimento de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF):

- 2985 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Empresas Prestadoras de Serviços de Tecnologia da

Informação - TI e Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC;

- 2991 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta - Demais.

Lei nº12. 546 de 14/12/11 - publicada no DOU de 15/12/11 Art. 7º – Até 31 de dezembro de 2014, a contribuição devida pelas empresas que prestam exclusivamente os serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), referidos no § 4º do art. 14 da Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008, incidirá sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, à alíquota de 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento).

Lei 11.774/2008 “Art. 14 – As alíquotas de que tratam os incisos I e III do caput do artigo 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, em relação às empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), ficam reduzidas pela subtração de 1/10 (um décimo) do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços, após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda, observado o disposto neste artigo. ......................................................................................................................... § 4º – Para efeito do caput deste artigo, consideram-se serviços de TI e TIC: I – análise e desenvolvimento de sistemas;

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II – programação; III – processamento de dados e congêneres; IV – elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; V – licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI – assessoria e consultoria em informática; VII – suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e VIII – planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.” ................................................................................................................................

Os incisos I e III do artigo 22, da Lei 8.212/91, determinam que a contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, é de 20% calculada sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais que lhe prestem serviço.

§ 1º – Durante a vigência deste artigo, as empresas abrangidas pelo caput e pelos §§ 3º e 4º deste artigo não farão jus às reduções previstas no caput do art. 14 da Lei nº 11.774, de 2008. § 2º – O disposto neste artigo não se aplica a empresas que exerçam exclusivamente as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador. § 3º – No caso de empresas de TI e de TIC que se dediquem a outras atividades, além das previstas no caput, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá: I – ao disposto no caput quanto à parcela da receita bruta correspondente aos serviços relacionados no caput; e II – ao disposto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços de que trata o caput e a receita bruta total. § 4º – O disposto neste artigo aplica-se também às empresas prestadoras dos serviços referidos no § 5º do art. 14 da Lei nº 11.774, de 2008.

Lei 11.774/2008 “Art. 14 – ........................ § 5º – O disposto neste artigo aplica-se também para empresas que prestam serviços de call center. ................................... ”

§ 5º – (VETADO). Art. 8º – Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento), em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, as empresas que fabriquem os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 2006: I – nos códigos 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01 a 63.05, 6812.91.00, 9404.90.00 e nos capítulos 61 e 62; II – nos códigos 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a 64.06; III – nos códigos 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14;

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IV – nos códigos 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00; e V – no código 9506.62.00.

Esclarecimento: Os códigos dos produtos classificados na Tipi – Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, aprovada pelo Decreto 6.006/2006, compreendem os seguintes produtos: vestuário e seus acessórios, incluídas as luvas, mitenes e semelhantes, de borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer usos; vestuário, seus acessórios, inclusive de couro natural ou reconstituído e outros artefatos de peleteria (peles com pelo); cobertores e manta;, roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha; cortinados, cortinas, reposteiros e estores; sanefas e artigos semelhantes para camas; outros artefatos para guarnição de interiores; sacos de quaisquer dimensões, para embalagem; calçados e chapéus; vestuário e seus acessórios, de malha; vestuário e seus acessórios, exceto de malha; baú para viagem, malas e maletas, com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado e outras obras de couro natural ou reconstituído; artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante, usados; calçados impermeáveis de sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos; outros calçados com sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos; calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e parte superior de couro natural; calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e parte superior de matérias têxteis; outros calçados e partes de calçados; palmilhas amovíveis, reforços interiores e artefatos semelhantes, amovíveis; polainas, perneiras e artefatos semelhantes, e suas partes; couros e peles diversas; grampos, colchetes, ilhoses; rebites tubulares ou de haste fendida; botões de pressão e suas partes; botões de pressão e suas partes, de plásticos, não recobertos de matérias têxteis e de metais comuns, não recobertos de matérias têxteis e bolas infláveis.

Parágrafo único – No caso de empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas no caput, o cálculo da contribuição obedecerá: I – ao disposto no caput quanto à parcela da receita bruta correspondente aos produtos relacionados nos seus incisos I a V; e II – ao disposto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas à fabricação dos produtos arrolados nos incisos I a V do caput e a receita bruta total. Art. 9º – Para fins do disposto nos arts. 7º e 8º desta Lei: I – a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

Lei 6.404/76 “Art. 183 – No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: ........................................... VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. ........................... ”

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II – exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta de exportações; III – a data de recolhimento das contribuições obedecerá ao disposto na alínea “b” do inciso I do art. 30 da Lei nº 8.212, de 1991;

Lei 8.212/91 “Art. 30 – A arrecadação e o recolhimento das contribuições ou de outras importâncias devidas à Seguridade Social obedecem às seguintes normas: I – a empresa é obrigada a: ................................ b) recolher os valores arrecadados na forma da alínea “a” deste inciso, a contribuição a que se refere o inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contribuições a seu cargo incidentes sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência; ...................................... ”

IV – a União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social (RGPS); e

O artigo 68 da Lei Complementar 101/2000 - cria o Fundo do Regime-Geral de Previdência Social, vinculado ao Ministério da Previdência Social, com a finalidade de prover recursos para o pagamento dos benefícios do Regime-Geral da Previdência Social.

V – com relação às contribuições de que tratam os arts. 7º e 8º, as empresas continuam sujeitas ao cumprimento das demais obrigações previstas na legislação previdenciária. Art. 10 – Ato do Poder Executivo instituirá comissão tripartite com a finalidade de acompanhar e avaliar a implementação das medidas de que tratam os arts. 7º a 9º, formada por representantes dos trabalhadores e empresários dos setores econômicos neles indicados, bem como do Poder Executivo federal. ... Art. 46 – (VETADO). ... Art. 50 – O Poder Executivo regulamentará o disposto nos arts. 1º a 3º, 7º a 10, 14 a 20, 46 e 49 desta Lei. ... Art. 52 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. ... § 2º – Os arts. 7º a 9º e 14 a 21 entram em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente à data de publicação da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, observado o disposto nos §§ 3º e 4º deste artigo. § 3º – Os §§ 3º a 5º do art. 7º e os incisos III a V do caput do art. 8º desta Lei produzirão efeitos a partir do primeiro dia do quarto mês subsequente à data de publicação desta Lei.

Comentário da Lei nº 12. 546 de 14/12/11 - Conversão da Medida Provisória nº 540 de 02/08/11 O referido ato, resultante do Projeto de Conversão da Medida Provisória 540, de 2-8-2011, dentre outras normas, institui o Reintegra – Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras com o objetivo de estimular as exportações e fortalecer a indústria brasileira. A referida Lei também desonera a folha de pagamento de setores da indústria, tecnologia da informação e call

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center, que consiste em substituir a contribuição previdenciária patronal de 20%, calculada sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, pela tributação sobre o faturamento. As principais novidades no texto da Lei 12.546/2011, em relação ao da Medida Provisória 540/2011, são: – a proposta de desoneração da folha de pagamento, antes prevista para vigorar até dezembro de 2012, foi estendida para até dezembro de 2014; – as empresas prestadoras de serviços de call center também passam a pagar, a partir de 1-4-2012, a contribuição de 2,5% sobre o faturamento em vez de pagar a contribuição previdenciária patronal sobre a folha; – foram incluídas mais empresas que contribuirão, a partir de 1-4-2012, com a alíquota de 1,5% sobre o faturamento, em substituição à contribuição previdenciária sobre a folha, dentre elas, as que fabricam couros e peles de animais, itens utilizados no vestuário (grampos, colchetes e ilhoses) e bolas infláveis; – foram excluídas da desoneração da folha de pagamento as empresas do setor de fabricação de móveis. Foram vetados os dispositivos que incluíam o setor de transporte público coletivo urbano nas medidas de desoneração da folha (§ 5º do artigo 7º) e que autorizavam a aplicação de recursos do FI-FGTS – Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço em projetos associados à Copa do Mundo FIFA de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016 (artigo 46). Os efeitos das normas constantes desta Lei serão acompanhados por uma comissão tripartite formada por representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores.

Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42, de 15 de dezembro de 2011 (DOU de 16/12/2011)- Regras para o 13º salário

Dispõe sobre a contribuição previdenciária incidente sobre o décimo terceiro salário de segurados empregados e trabalhador avulso cuja contribuição a cargo da empresa esteja sujeita à substituição da contribuição sobre a remuneração por contribuição sobre o valor da receita bruta nos termos dos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540 de 2/08/2011

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e nos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, declara:

Art. 1º A contribuição a cargo da empresa de que trata o inciso I do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, que esteja substituída por contribuição sobre o valor da receita bruta, nos termos dos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, não incidirá sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do décimo terceiro salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos referente à competência dezembro de 2011.

Parágrafo único. Em se tratando de empresas que se dediquem a outras atividades, além da fabricação dos produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi), aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006, nos códigos previstos nos incisos I a III do caput do art. 8º da Medida Provisória nº 540, de 2011, aplica-se o disposto no inciso I do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do décimo terceiro salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos, referente à competência dezembro de 2011, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre receita bruta de atividades não relacionadas à fabricação dos produtos mencionados neste parágrafo e a receita bruta total relativa ao mês de dezembro de 2011.

Art. 2º Sobre o saldo do valor do décimo terceiro salário relativo às competências anteriores a dezembro de 2011, incidirão as contribuições a cargo das empresas na forma do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991.

Comentário do Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42/2011

INSS - 13º salário - Plano Brasil Maior (PBM) - Serviços de TI e TIC - Fabricação de vestuários e seus

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acessórios, artefatos têxteis, calçados, chapéus, dentre outros. Por meio do foram estabelecidas as regras para a contribuição previdenciária incidente sobre o 13º salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos, cuja contribuição patronal esteja sujeita à substituição sobre o valor da receita bruta, nos termos da MP nº 540/2011.

Dentre os assuntos trazidos pelo referido Ato, destacam-se as seguintes regras:

a) 13º salário relativo às competências anteriores a dezembro de 2011 - incidirá a alíquota de 20% do INSS patronal;

b) dedicação a outras atividades, além da fabricação dos produtos previstos na MP nº 540/2011 - a contribuição sobre o valor de 1/12 do 13º salário da competência dezembro de 2011 será realizada de forma proporcional.

Além disso, foi estabelecido que o INSS patronal de 20%, que esteja substituído pela contribuição sobre o valor da receita bruta, não incidirá sobre o valor de 1/12 do 13º salário referente à competência dezembro de 2011.

Art. 9º da Lei 12.546/11: § 3o Relativamente aos períodos em que a empresa não contribuir nas formas instituídas pelos arts. 7º e 8º desta Lei, as contribuições previstas no art. 22 da Lei no 8.212, de 1991, incidirão sobre o décimo terceiro salário (NR) ADI RFB 42/11 Art. 1º A contribuição a cargo da empresa de que trata o inciso I do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, que esteja substituída por contribuição sobre o valor da receita bruta, nos termos dos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, não incidirá sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do décimo terceiro salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos referente à competência dezembro de 2011. Parágrafo único. Em se tratando de empresas que se dediquem a outras atividades, além da fabricação dos produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi), aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28 de dezembro de 2006, nos códigos previstos nos incisos I a III do caput do art. 8º da Medida Provisória nº 540, de 2011, aplica-se o disposto no inciso I do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre o valor de 1/12 (um doze avos) do décimo terceiro salário de segurados empregados e trabalhadores avulsos, referente à competência dezembro de 2011, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre receita bruta de atividades não relacionadas à fabricação dos produtos mencionados neste parágrafo e a receita bruta total relativa ao mês de dezembro de 2011. Art. 2º Sobre o saldo do valor do décimo terceiro salário relativo às competências anteriores a dezembro de 2011, incidirão as contribuições a cargo das empresas na forma do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991. Referente ao Ano de 2011 - A desoneração é do 1/12 avo relativo à DEZEMBRO/2011 para as empresas enquadradas. - Deve ser levantado um RELATÓRIO/PLANILHA para calcular 1/12 avo de todos os empregados, já que pode haver empregados com 13º salário proporcional em 2011. - NÃO É DIVIDIR o 13º total pago por 12, pois há empregados que não tem direito a 12/12 avos e se for feito assim, a empresa terá prejuízo! Exemplo: João tem 13º integral em 2011 e Maria foi admitida em 01/10/2011. Ambos têm salário de R$ 1.200,00. - João – 12/12 avos – R$ 1.200,00 (1/12 avo = R$ 100,00) - Maria – 3/12 avos – R$ 300,00 (1/12 avo = R$ 100,00) - Total pago ref. 13º Salário: R$ 1.500,00 - 20% CPP sobre total pago = R$ 300,00 (valor sem desoneração) - Valor de 2/12 avos relativos a dezembro/2011 = R$ 200,00 - Valor desonerado: = 20% de R$ 200,00 = R$ 40,00 (lançar no campo COMPENSAÇÃO DA GFIP) - CPP a pagar na GPS 13 = R$ 300,00 – 40,00 = 260,00 Nota: Se dividisse 1.500,00 por 12 daria R$ 125,00, com desoneração de apenas R$ 25,00.

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Referente ao Ano de 2012 - Sobre o 13º salário a partir de janeiro de 2012 não haverá tributação dos 20% da patronal – inclusive durante o ano sobre o 13º salário pago nas rescisões contratuais – visto que não há “FATURAMENTO 13” a ser tributado. - Exceção: empresas cuja tributação pelo faturamento inicie em meses posteriores a janeiro/2012 (exemplo: empresa de Call Center, cuja regra começou a partir de 01/04/2012 e outros setores industriais que começam a partir de 01/08/2012), quando deverá ser pago o patronal de 20% relativo aos “avos” dos meses não desonerados. - Se houver “outras atividades”, deverá ser feita a proporção e pagar a CPP em percentual igual ao equivalente às outras receitas do mês da rescisão ou dezembro/2012.

Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 19 de dezembro de 2011 - DOU de 20.12.2011 – Orientações da GFIP.

Dispõe sobre os procedimentos a serem observados para o preenchimento da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP) pelas empresas abrangidas pelos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14/12/2011.

O COORDENADOR-GERAL DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 305 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e nos arts. 7º a 10 da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e no Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, declara:

Art. 1º Para fins de aplicação da substituição das contribuições previdenciárias estabelecidas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, prevista no caput do art. 7º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, as empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) deverão observar o disposto neste artigo quando da prestação de informações no Sistema Empresa de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (Sefip), até que ocorra a adequação desse sistema.

§ 1º Os valores de Contribuição Previdenciária Patronal calculada pelo Sefip e demonstrada no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/ Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa deverão ser somados e lançados no Campo "Compensação".

§ 2º Fica mantida a orientação prevista no Ato Declaratório Executivo Codac nº 82, de 1º de outubro de 2009, em relação às contribuições destinadas a Outras Entidades e Fundos para as empresas de TI e TIC que exportam serviços para o mercado externo.

§ 3º A Guia da Previdência Social (GPS) gerada pelo Sefip deverá ser desprezada, devendo ser preenchida GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP).

§ 4º Os relatórios gerados pelo Sefip "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso"

devem ser desprezados e mantidos demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/ compensação.

§ 5º O disposto neste artigo aplica-se às empresas que prestam serviços de call center somente a partir de 1º de abril de 2012.

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Art. 2º A partir de 1º de abril de 2012, para fins de aplicação da redução prevista no inciso II do § 3º do art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, sobre as contribuições previdenciárias estabelecidas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, as empresas que se enquadram nessa hipótese deverão observar o disposto neste artigo quando da prestação de informações no Sefip, até que ocorra a adequação desse sistema.

§ 1º A diferença relativa à Contribuição Previdenciária Patronal entre o valor calculado pelo Sefip (demonstrados no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa) e o valor apurado conforme disposto no inciso II do § 3º do art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, deverá ser informada no campo "Compensação".

§ 2º A GPS gerada pelo Sefip deverá ser desprezada, devendo ser preenchida GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em GFIP.

§ 3º Os relatórios gerados pelo Sefip "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados e mantido demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/ compensação.

Art. 3º Para fins de aplicação da substituição das contribuições previdenciárias estabelecidas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, prevista no art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, as empresas que se enquadram nessa hipótese deverão observar o disposto neste artigo quando da prestação de informações no Sefip, até que ocorra a adequação desse sistema.

§ 1º Os valores de Contribuição Previdenciária Patronal calculados pelo Sefip e demonstrados no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/ Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa deverão ser somados e lançados no Campo "Compensação".

§ 2º A GPS gerada pelo Sefip deverá ser desprezada, devendo ser preenchida GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em GFIP.

§ 3º Os relatórios gerados pelo Sefip "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados e mantidos demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/ compensação.

Art. 4º Para fins de aplicação da redução prevista no inciso II do parágrafo único do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011 , sobre as contribuições previdenciárias estabelecidas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, as empresas que se enquadram nessa hipótese deverão observar o disposto neste artigo quando da prestação de informações no Sefip, até que ocorra a adequação desse sistema.

§ 1º A diferença relativa à Contribuição Previdenciária Patronal entre o valor calculado pelo Sefip (demonstrados no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa) e o valor apurado conforme disposto no inciso II do parágrafo único do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, deverá ser informada no campo "Compensação".

§ 2º A GPS gerada pelo Sefip deverá ser desprezada, devendo ser preenchida GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em GFIP.

§ 3º Os relatórios gerados pelo Sefip "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados e mantido demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/ compensação.

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Art. 5º As contribuições substitutivas das Contribuições Previdenciárias Patronais incidentes sobre a receita bruta referidas nos art. 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 2011, deverão ser recolhidas em Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) conforme disposto no Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 1º de dezembro de 2011.

Parágrafo único. Atos específicos da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) disciplinarão a confissão do débito em Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), bem como a forma de declarar os fatos geradores das contribuições sobre a receita bruta.

Art. 6º Quando da prestação de informações, pelas empresas enquadradas nas hipóteses previstas no caput do art. 7º e no art. 8º, relativas às contribuições incidentes sobre o 13º (décimo terceiro) salário declarado na competência 13 (treze), deverá ser lançado no campo "Compensação" a diferença entre o valor calculado pelo Sefip e o valor apurado pela empresa de acordo com o previsto no Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42, de 15 de dezembro de 2011.

Art. 7º Este Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação.

Comentário a Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 19/12/2011. O Ato Declaratório em destaque transmite os procedimentos a ser observado para o preenchimento da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), pelas empresas abrangidas pelos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011.

I - Empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)

Referidas empresas, quando da prestação de informações no Sistema Empresa de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social - SEFIP, até que ocorra a adequação do Sistema à nova norma, deverão observar:

Os valores da Contribuição Previdenciária Patronal, calculados pelo SEFIP e demonstrados no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa deverão ser somados e lançados no Campo "Compensação".

Fica mantida a orientação prevista no Ato Declaratório Executivo Codac nº 82, de 1º de outubro de 2009, em relação às contribuições destinadas a Outras Entidades e Fundos para as empresas de TI e TIC que exportam serviços para o mercado externo.

A Guia da Previdência Social – GPS gerada pelo SEFIP deverá ser desprezada, devendo ser preenchida outra GPS com os valores efetivamente devidos.

Os relatórios gerados pelo SEFIP "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados. Porém, devem ser mantidos demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/compensação.

O acima disposto também se aplica às empresas que prestam serviços de call Center, porém a partir de 1º de abril de 2012.

As empresas que se enquadram nessa hipótese deverão observar o ora disposto quando da prestação de informações no SEFIP, até que ocorra a adequação desse sistema.

A diferença relativa à Contribuição Previdenciária Patronal calculada pelo SEFIP e o valor apurado na forma do inciso II do parágrafo 3º do artigo 7º da Lei nº 12.546, de 2011, deverá ser informada no campo "Compensação".

A GPS gerada pelo SEFIP deverá ser desprezada, devendo ser preenchida outra GPS com os valores efetivamente devidos.

Os relatórios gerados pelo SEFIP "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados, porém os contribuintes devem manter, demonstrativo de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/ compensação. II- Demais empresas

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Para fins de aplicação da substituição das contribuições previdenciárias estabelecidas nos incisos I e III do artigo 22 da Lei nº 8.212, de 1991, prevista no artigo 8º da Lei nº 12.546/2011, as empresas que se enquadram nessa hipótese deverão observar o ora disposto quando da prestação de informações no Sefip, até que ocorra a adequação desse sistema.

Os valores de Contribuição Previdenciária Patronal, calculados pelo SEFIP e demonstrados no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/ Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa, deverão ser somados e lançados no Campo "Compensação". A GPS gerada pelo SEFIP deverá ser desprezada, devendo ser preenchida outra GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em GFIP. Os relatórios gerados pelo SEFIP "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados e mantidos demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/ compensação. Para fins de aplicação da redução prevista no inciso II do parágrafo único do artigo 8º da Lei nº 12.546/2011 (NCM com o benefício e sem o benefício), as empresas que se enquadram nessa hipótese deverão observar o ora disposto quando da prestação de informações no SEFIP, até que ocorra a adequação desse sistema. A diferença relativa à Contribuição Previdenciária Patronal entre o valor calculado pelo SEFIP (demonstrados no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa) e o valor apurado conforme disposto no inciso II do parágrafo único do artigo 8º da Lei nº 12.546, de 2011, deverá ser informada no campo "Compensação". A GPS gerada pelo Sefip deverá ser desprezada, devendo ser preenchida outra GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em GFIP. Os relatórios gerados pelo SEFIP, "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso", deverão ser desprezados, porém deve ser mantido demonstrativo de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/ compensação. As contribuições substitutivas das Contribuições Previdenciárias Patronais incidentes sobre a receita bruta referidas nos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, deverão ser recolhidas em Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) conforme disposto no Ato Declaratório Executivo Codac nº 86, de 1º de dezembro de 2011. Atos específicos da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) disciplinarão a confissão do débito em Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), bem como a forma de declarar os fatos geradores das contribuições sobre a receita bruta.

III - Décimo Terceiro Salário

Quando da prestação de informações, pelas empresas enquadradas nas hipóteses previstas no caput do artigo 7º e no artigo 8º, relativas às contribuições incidentes sobre o 13º (décimo terceiro) salário declarado na competência 13 (treze), deverá ser lançado no campo "Compensação" a diferença entre o valor calculado pelo Sefip e o valor apurado pela empresa de acordo com o previsto no Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 42, de 15 de dezembro de 2011.

Aplicações Práticas na GFIP - Os valores de 20% de CPP não pagos na GPS devem ser informados no campo “Compensação” da GFIP. - O ADE orienta para desprezar a GPS, mas isso só será necessário por outros motivos (RAT Ajustado com mais de 2 casas decimais, Aviso Prévio Indenizado ou outras situações já previstas na legislação). - Ao fazer a SIMULAÇÃO da GFIP – antes de EXECUTAR – verificar o relatório “Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social” (guardar cópia desse relatório da simulação). - Empresas com atividades 100% desoneradas:

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- O Valor TOTAL das contribuições da empresa sobre “Empregados/Avulsos” e “Contribuintes Individuais” deve ser lançado no campo “Compensação”, como já visto em exercícios. - Empresas com parte de atividades desoneradas: - O valor a ser lançada no campo “Compensação” é apenas o valor desonerado

Demonstrativo das Origens de Crédito

O ADE CODAC 093/11 orienta que as empresas mantenham “Demonstrativo das Origens de Crédito”, sem, no entanto, apresentar modelo específico. Recomenda-se que sejam levantadas PLANILHAS, bem como mantidos os documentos comprobatórios acompanhando os relatórios da GFIP, para os casos de FISCALIZAÇÃO ou pedidos de RESTITUIÇÃO ou COMPENSAÇÃO.

Instrução Normativa RFB Nº 1.252, DE 1o DE MARÇO DE 2012 - DO.U de 02.03.2012 – EFD-Contribuições

Dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições).

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 273 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no art. 11 da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, nos arts. 10 e 11 da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, no art. 35 da Lei nº 12.058, de 13 de outubro de 2009, nos arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, e no Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, resolve:

Art. 1º Esta Instrução Normativa regula a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita, que se constitui em um conjunto de escrituração de documentos fiscais e de outras operações e informações de interesse da Secretaria da Receita Federal do Brasil, em arquivo digital, bem como no registro de apuração das referidas contribuições, referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte.

Capítulo I - das Disposições Gerais

Art. 2º A Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) - (EFD-PIS/COFINS), instituída pela Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 5 de julho de 2010, passa a denominar-se Escrituração Fiscal Digital das Contribuições incidentes sobre a Receita (EFD-Contribuições), a qual obedecerá ao disposto na presente Instrução Normativa, devendo ser observada pelos contribuintes da:

I - Contribuição para o PIS/PASEP;

II - COFINS; e

III - Contribuição Previdenciária incidente sobre a Receita de que tratam os arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011.

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Art. 3º A EFD-Contribuições emitida de forma eletrônica deverá ser assinada digitalmente pelo representante legal da empresa ou procurador constituído nos termos da Instrução Normativa RFB nº 944, de 29 de maio de 2009, utilizando-se de certificado digital válido, emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Pública Brasileira (ICP-Brasil), que não tenha sido revogado e que ainda esteja dentro de seu prazo de validade, a fim de garantir a autoria do documento digital.

Parágrafo único. A EFD-Contribuições de que trata o caput deverá ser transmitido, ao Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), instituído pelo Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, pelas pessoas jurídicas a ela obrigadas nos termos desta Instrução Normativa e será considerada válida após a confirmação de recebimento do arquivo que a contém.

Capítulo II - Da Obrigatoriedade e Dispensa

Art. 4º Ficam obrigadas a adotar e escriturar a EFD-Contribuições, nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, e do art. 2º do Decreto nº 6.022, de 2007:

I - em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;

II - em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2012, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado;

III - em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983;

IV - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, convertida na Lei nº 12.546, de 2011;

V - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos §§ 3º e 4º do art. 7º e nos incisos III a V do caput do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011.

Parágrafo único. Fica facultada a entrega da EFD-Contribuições às pessoas jurídicas não obrigadas, nos termos deste artigo, em relação à escrituração da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, relativa aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2011.

Art. 5º Estão dispensados de apresentação da EFD-Contribuições:

I - as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno Porte (EPP) enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, relativamente aos períodos abrangidos por esse Regime;

II - as pessoas jurídicas imunes e isentas do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja soma dos valores mensais das contribuições apuradas, objeto de escrituração nos termos desta Instrução Normativa, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), observado o disposto no § 5º;

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III - as pessoas jurídicas que se mantiveram inativas desde o início do ano-calendário ou desde a data de início de atividades, relativamente às escriturações correspondentes aos meses em que se encontravam nessa condição;

IV - os órgãos públicos;

V - as autarquias e as fundações públicas; e

VI - as pessoas jurídicas ainda não inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), desde o mês em que foram registrados seus atos constitutivos até o mês anterior àquele em que foi efetivada a inscrição.

§ 1º São também dispensados de apresentação da EFD-Contribuições, ainda que se encontrem inscritos no CNPJ ou que tenham seus atos constitutivos registrados em Cartório ou Juntas Comerciais:

I - os condomínios edilícios;

II - os consórcios e grupos de sociedades, constituídos na forma dos arts. 265 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976;

III - os consórcios de empregadores;

IV - os clubes de investimento registrados em Bolsa de Valores, segundo as normas fixadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou pelo Banco Central do Brasil (BACEN);

V - os fundos de investimento imobiliário, que não se enquadrem no disposto no art. 2º da Lei nº 9.779, de 1999;

VI - os fundos mútuos de investimento mobiliário, sujeitos às normas do BACEN ou da CVM;

VII - as embaixadas, missões, delegações permanentes, consulados-gerais, consulados, vice-consulados, consulados honorários e as unidades específicas do governo brasileiro no exterior;

VIII - as representações permanentes de organizações internacionais;

IX - os serviços notariais e registrais (cartórios), de que trata a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973;

X - os fundos especiais de natureza contábil ou financeira, não dotados de personalidade jurídica, criados no âmbito de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como dos Ministérios Públicos e dos Tribunais de Contas;

XI - os candidatos a cargos políticos eletivos e os comitês financeiros dos partidos políticos, nos termos da legislação específica;

XII - as incorporações imobiliárias sujeitas ao pagamento unificado de tributos de que trata a Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, recaindo a obrigatoriedade da apresentação da EFD-Contribuições à pessoa jurídica incorporadora, em relação a cada incorporação submetida ao regime especial de tributação;

XIII - as empresas, fundações ou associações domiciliadas no exterior que possuam no Brasil bens e direitos sujeitas a registro de propriedade ou posse perante órgãos públicos, localizados ou utilizados no Brasil;

XIV - as comissões, sem personalidade jurídica, criadas por ato internacional celebrado pela República Federativa do Brasil e um ou mais países, para fins diversos; e

XV - as comissões de conciliação prévia de que trata o art. 1º da Lei nº 9.958, de 12 de janeiro de 2000.

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§ 2º As pessoas jurídicas que passarem à condição de inativas no curso do ano-calendário, e assim se mantiverem, somente estarão dispensadas da EFD-Contribuições a partir do 1º (primeiro) mês do ano-calendário subsequente à ocorrência dessa condição, observado o disposto no inciso III do caput.

§ 3º Considera-se que a pessoa jurídica está inativa a partir do mês em que não realizar qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, observado o disposto no § 4º.

§ 4º O pagamento de tributo relativo a anos-calendário anteriores e de multa pelo descumprimento de obrigação acessória não descaracteriza a pessoa jurídica como inativa no ano-calendário.

§ 5º As pessoas jurídicas imunes ou isentas do IRPJ ficarão obrigadas à apresentação da EFD-Contribuições a partir do mês em que o limite fixado no inciso II do caput for ultrapassado, permanecendo sujeitas a essa obrigação em relação ao restante dos meses do ano-calendário em curso.

§ 6º Os consórcios que realizarem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas ou físicas, com ou sem vínculo empregatício, poderão apresentar a EFD-Contribuições, ficando as empresas consorciadas solidariamente responsáveis pelo cumprimento desta obrigação.

§ 7º A pessoa jurídica sujeita à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real ou Presumido ficará dispensada da apresentação da EFD-Contribuições em relação aos correspondentes meses do ano-calendário, em que:

I - não tenha auferido ou recebido receita bruta da venda de bens e serviços, ou de outra natureza, sujeita ou não ao pagamento das contribuições, inclusive no caso de isenção, não incidência, suspensão ou alíquota zero;

II - não tenha realizado ou praticado operações sujeitas a apuração de créditos da não cumulatividade do PIS/PASEP e da COFINS, inclusive referentes a operações de importação.

§ 8º A dispensa de entrega da EFD-Contribuições a que se refere o § 7º, não alcança o mês de dezembro do ano-calendário correspondente, devendo a pessoa jurídica, em relação a esse mês, proceder à entrega regular da escrituração digital, na qual deverá indicar os meses do ano-calendário em que não auferiu receitas e não realizou operações geradoras de crédito.

Capítulo III - Da forma e Prazo de Apresentação

Art. 6º A EFD-Contribuições deverá ser submetida ao Programa Validador e Assinador (PVA), especificamente desenvolvido para tal fim, a ser disponibilizado no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br/sped>, contendo, no mínimo, as seguintes funcionalidades:

I - validação do arquivo digital da escrituração;

II - assinatura digital;

III - visualização da escrituração;

IV - transmissão para o Sped; e

V - consulta à situação da escrituração.

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Art. 7º A EFD-Contribuições será transmitida mensalmente ao Sped até o 10º (décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao que se refira a escrituração, inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial.

Parágrafo único. O prazo para entrega da EFD-Contribuições será encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia fixado para entrega da escrituração.

Art. 8º O processamento do Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP), relativo a créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, observará a ordem cronológica de entrega das EFD-Contribuições transmitidas antes do prazo estabelecido no art. 7º.

Art. 9º A apresentação da EFD-Contribuições, nos termos desta Instrução Normativa, e do Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP, da COFINS e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita, definido em Ato Declaratório Executivo (ADE), editado com base no art. 12, dispensa, em relação às mesmas informações, a exigência contida na Instrução Normativa SRF nº 86, de 22 de outubro de 2001.

Parágrafo único. A geração, o armazenamento e o envio do arquivo digital não dispensam o contribuinte da guarda dos documentos que deram origem às informações neles constantes, na forma e nos prazos estabelecidos pela legislação aplicável.

Art. 10. A não apresentação da EFD-Contribuições no prazo fixado no art. 7º acarretará a aplicação de multa no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por mês-calendário ou fração.

Capítulo IV - Da Retificação da Escrituração

Art. 11. A EFD-Contribuições, entregue na forma desta Instrução Normativa, poderá ser substituída, mediante transmissão de novo arquivo digital validado e assinado, para inclusão, alteração ou exclusão de documentos ou operações da escrituração fiscal, ou para efetivação de alteração nos registros representativos de créditos e contribuições e outros valores apurados.

§ 1º O arquivo retificador da EFD-Contribuições poderá ser transmitido até o último dia útil do ano-calendário seguinte a que se refere a escrituração substituída.

§ 2º O arquivo retificador da EFD-Contribuições não produzirá efeitos quanto aos elementos da escrituração, quando tiver por objeto:

I - reduzir débitos de Contribuição:

a) cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em Dívida Ativa da União (DAU), nos casos em que importe alteração desses saldos;

b) cujos valores apurados em procedimentos de auditoria interna, relativos às informações indevidas ou não comprovadas prestadas na escrituração retificada, já tenham sido enviados à PGFN para inscrição em DAU; ou

c) cujos valores já tenham sido objeto de exame em procedimento de fiscalização;

II - alterar débitos de Contribuição em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido intimada de início de procedimento fiscal; e

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III - alterar créditos de Contribuição objeto de exame em procedimento de fiscalização ou de reconhecimento de direito creditório de valores objeto de Pedido de Ressarcimento ou de Declaração de Compensação.

Capítulo V - Das Disposições Finais

Art. 12. Incumbe ao Coordenador-Geral de Fiscalização estabelecer, em relação à EFD-Contribuições, mediante Ato Declaratório Executivo (ADE):

I - a forma de apresentação, a documentação de acompanhamento e as especificações técnicas do arquivo digital;

II - as tabelas de códigos internas, referenciadas no leiaute da escrituração; e

III - as regras de validação, aplicáveis aos campos e registros do arquivo digital.

Art. 13. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 14. Fica revogada a Instrução Normativa RFB nº 1.052, de 5 de julho de 2010.

Comentário a Instrução Normativa RFB Nº 1.252, DE 1o/03/2012.

EFD-CONTRIBUIÇÕES. PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS A APRESENTAÇÃO E PRAZOS PARA APRESENTAÇÃO

Ficam obrigadas a adotar e escriturar a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (CPRB) - EFD-Contribuições, nos termos do artigo 16 da Lei n º 9.779/1999, do artigo 2º do Decreto n º 6.022/2007 e do artigo 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012:

a) em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1 º de janeiro de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real;

b) em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2012, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado;

c) em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado;

d) em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do artigo 3º da Lei nº 9.718/1998 e na Lei nº 7.102/1983;

e) em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita - CPRB, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos artigos 7º e 8º da Medida Provisória nº 540/2011, convertida na Lei nº 12.546/2011;

f) em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita - CPRB, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1 º de abril de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos §§ 3º e 4º do artigo 7 º e nos incisos III a V do caput do artigo 8 º da Lei n º 12.546/2011.

Fica facultada às pessoas jurídicas referidas nas alíneas “a” e “b”, a entrega da EFD-Contribuições em relação à escrituração da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2011 e de 1º de julho de 2012, respectivamente.

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EFD-CONTRIBUIÇÕES - RETIFICAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO

Nos termos do artigo 11 da Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 01/03/2012, a EFD-Contribuições, entregue na forma desta Instrução Normativa, poderá ser substituída, mediante transmissão de novo arquivo digital validado e assinado, para inclusão, alteração ou exclusão de documentos ou operações da escrituração fiscal, ou para efetivação de alteração nos registros representativos de créditos e contribuições e outros valores apurados, observando-se o que segue:

I – o arquivo retificador da EFD-Contribuições poderá ser transmitido até o último dia útil do ano-calendário seguinte a que se refere a escrituração substituída;

II – o arquivo retificador da EFD-Contribuições não produzirá efeitos quanto aos elementos da escrituração, quando tiver por objeto:

a) reduzir débitos de Contribuição:

1. cujos saldos a pagar já tenham sido enviados à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para inscrição em Dívida Ativa da União (DAU), nos casos em que importe alteração desses saldos;

2. cujos valores apurados em procedimentos de auditoria interna, relativos às informações indevidas ou não comprovadas prestadas na escrituração retificada, já tenham sido enviados à PGFN para inscrição em DAU; ou

3. cujos valores já tenham sido objeto de exame em procedimento de fiscalização;

b) alterar débitos de Contribuição em relação aos quais a pessoa jurídica tenha sido intimada de início de procedimento fiscal; e

c) alterar créditos de Contribuição objeto de exame em procedimento de fiscalização ou de reconhecimento de direito creditório de valores objeto de Pedido de Ressarcimento ou de Declaração de Compensação.

EFD-CONTRIBUIÇÕES - Vencimento - Multa

- Obrigatoriedade: informar as contribuições previdenciárias sobre o faturamento (pagas em DARF) a partir da competência março/2012(art. 4º, IV e V), além do PIS e da Cofins.

- Vencimento: março/2012 VENCEU 15/05/2012 (10º dia útil do 2º mês subsequente). Abril deve ser entregue em junho. Acompanhar a Agenda Tributária da RFB no site www.receita.fazenda.gov.br.

- Retificações: até o último dia útil do ano calendário seguinte (não tem previsão de multa na IN).

- Não apresentação: Multa de R$ 5 mil (art. 10).

- Art. 10 da IN nº 1.252 de 2012 foi alterada pela Lei nº 12.766 de 28/12/2012 em seu art.8º

“O sujeito passivo que deixar de apresentar nos prazos fixados declaração, demonstrativo ou escrituração digital exigidos nos termos do art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, ou que os apresentar com incorreções ou omissões será intimado para apresentá-los ou para prestar esclarecimentos nos prazos estipulados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e sujeitar-se-á às seguintes multas:

I - por apresentação extemporânea (fora de seu tempo normal). a) R$ 500,00 (quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro presumido; b) R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) por mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas que, na última declaração apresentada, tenham apurado lucro real ou tenham optado pelo autoarbitramento; II - por não atendimento à intimação da Secretaria da Receita Federal do Brasil, para apresentar declaração, demonstrativo ou escrituração digital ou para prestar esclarecimentos, nos prazos estipulados pela autoridade fiscal,

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que nunca serão inferiores a 45 (quarenta e cinco) dias: R$ l.000,00 (mil reais) por mês-calendário; III - por apresentar declaração, demonstrativo ou escrituração digital com informações inexatas, incompletas ou omitidas: 0,2% (dois décimos por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), sobre o faturamento do mês anterior ao da entrega da declaração, demonstrativo ou escrituração equivocada, assim entendido como a receita decorrente das vendas de mercadorias e serviços. Salientamos ainda que a multa prevista no inciso I será reduzida à metade, quando a declaração, demonstrativo ou escrituração digital for apresentado após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício. Alterações sobre EFD - Contribuições

EFD-CONTRIBUIÇÕES - PESSOA JURÍDICA TRIBUTADA PELO LUCRO PRESUMIDO OU ARBITRADO, SUJEITA À CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA SOBRE A RECEITA BRUTA (CPRB)

Nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.305, de 26/12/2012, a pessoa jurídica tributada pelo lucro presumido ou arbitrado, sujeita à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB, nos termos dos artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, com as alterações posteriores, poderá excepcionalmente efetuar a transmissão da EFD-Contribuições com a escrituração unicamente desta contribuição previdenciária (Bloco P da EFD-Contribuições), relativos aos períodos mensais do ano de 2012 (a partir dos fatos geradores ocorridos em março/2012 ou abril/2012, conforme o caso), até o 10º dia útil de fevereiro de 2013.

A referida Instrução Normativa também prorrogou para o 10º (décimo) dia útil do mês de março de 2013 o prazo de entrega da EFD-Contribuições, relativa a fatos geradores ocorridos nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2012, para os importadores e as pessoas jurídicas que procedam à industrialização de Cervejas de malte e cervejas sem álcool, em embalagem de lata, classificadas nos códigos 2203.00.00 e 2202.90.00 Ex 03, da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (Tipi), aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011.

Note-se que:

a) a partir dos fatos geradores ocorridos em janeiro/2013, as pessoas jurídicas tributadas pelo lucro presumido ou arbitrado ficam obrigadas ao envio mensal da EFD-Contribuições com as informações da Contribuição para o PIS/PASEP, da COFINS e da CPRB (Blocos A, C, D, F, M, P e 1); e

b) como regra, a EFD-Contribuições será transmitida mensalmente ao SPED até o 10º (décimo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao que se refira à escrituração, inclusive nos casos de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.280, DE 13 DE JULHO DE 2012 - MINISTÉRIO DA FAZENDA - SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL - DOU de 16/07/2012 (nº 136, Seção 1, pág. 21).

Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012, que dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/PASEP, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições).

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto no art. 11 da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, no art. 16 da Lei nº 9.779, de 19 de janeiro de 1999, no art. 35 da Lei nº 12.058, de 13 de outubro de 2009, e no Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007, resolve:

Art. 1º - Os arts. 4º e 9º da Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 4º - ..................................

CRC SP - Material exclusivo para uso nas atividades promovidas por este Regional.

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...................................

II - em relação à Contribuição para o PIS/Pasep e à Cofins, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado;

.....................................

Parágrafo único - Fica facultada às pessoas jurídicas referidas nos incisos I e II do caput, a entrega da EFD-Contribuições em relação à escrituração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2011 e de 1º de julho de 2012, respectivamente." (NR)

Art. 2º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

Comentário a Instrução Normativa RFB Nº 1.280, DE 13/07/2012.

Instrução Normativa RFB nº 1.280, de 13 de Julho de 2012 - Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012, que dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita (EFD-Contribuições).

A Instrução Normativa 1.280, de 13 de julho de 2012 prorroga para janeiro de 2013 do prazo de entrega do SPED EFD-Contribuições PIS/Cofins das empresas no Lucro Presumido.

Ressalta-se que o prazo anterior para os optantes desses regimes de apuração do Imposto sobre a Renda, Lucro Presumido ou Arbitrado, era a partir de 1º de julho do corrente ano.

A EFD-Contribuições trata de arquivo digital instituído no Sistema Publico de Escrituração Digital – SPED, a ser utilizado pelas pessoas jurídicas de direito privado na escrituração da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, nos regimes de apuração não cumulativo e/ou cumulativo, com base no conjunto de documentos e operações representativos das receitas auferidas, bem como dos custos, despesas, encargos e aquisições geradores de créditos da não cumulatividade. Com o advento da Lei nº 12.546/2011, arts. 7º e 8º, a EFD-Contribuições passou a contemplar também a escrituração digital da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, incidente nos setores de serviços e indústrias, no auferimento de receitas referentes aos serviços e produtos nela relacionados. Os documentos e operações da escrituração representativa de receitas auferidas e de aquisições, custos, despesas e encargos incorridos, serão relacionadas no arquivo da EFD-Contribuições em relação a cada estabelecimento da pessoa jurídica. A escrituração das contribuições sociais e dos créditos, bem como da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta, será efetuada de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica. O arquivo da EFD-Contribuições deverá ser validado, assinado digitalmente e transmitido, via Internet, ao ambiente Sped. Conforme disciplina a Instrução Normativa RFB nº 1.252 de 1 de março de 2012, estão obrigadas à escrituração fiscal digital em referencia: I - em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2012, as pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real; II - em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2012, as demais pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Presumido ou Arbitrado; III - em relação à Contribuição para o PIS/PASEP e à COFINS, referentes aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013, as pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, e na Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983;

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IV - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos arts. 7º e 8º da Medida Provisória nº 540, de 2 de agosto de 2011, convertida na Lei nº 12.546, de 2011; V - em relação à Contribuição Previdenciária sobre a Receita, referente aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012, as pessoas jurídicas que desenvolvam as atividades relacionadas nos §§ 3º e 4º do art. 7º e nos incisos III a V do caput do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011. A pessoa jurídica poderá retificar os arquivos originais da EFD-Contribuiçõe até o ultimo dia útil do ano-calendário seguinte ao que se refere à escrituração, sem penalidade. Todavia, a retificação não será validada pela Receita Federal: - Para reduzir débitos que já tenham sido encaminhados à PFN, que tenham sido objeto de auditoria interna ou de procedimento de fiscalização; - Para alterar débitos em relação aos qual a pessoa jurídica tenha sido intimada de início de procedimento fiscal; - Para alterar créditos já objeto de exame em procedimento de fiscalização ou objeto de análise de PERDComp.

Bloco P da EFD-Contribuições para o Lucro Presumido: O quê enviar no arquivo?

As pessoas jurídicas sujeitas à tributação do Imposto de Renda na sistemática do lucro presumido, tem como regra de obrigatoriedade da escrituração do PIS/Pasep e da Cofins, em relação aos fatos geradores a ocorrer a partir de janeiro de 2013, conforme dispõe a Instrução Normativa RFB nº 1.280/2012. Todavia, caso se enquadre nas hipóteses de incidência da contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta, conforme Lei nº 12.546, de 2011, deve: - apresentar a EFD-Contribuições APENAS com as informações da contribuição previdenciária sobre Receita Bruta, em relação aos fatos geradores ocorridos de março (ou abril, conforme o caso – Ver Tabela 5.1.1) a dezembro de 2012; e - apresentar a EFD-Contribuições com as informações das três contribuições (da contribuição previdenciária sobre Receita Bruta, do PIS/Pasep e da Cofins) a partir dos fatos geradores ocorridos em janeiro de 2013. Fonte: Guia Prático da EFD-Contribuições

Medida Provisória nº 563/12- de 03/04/12 – DOU de 04.04.2012 – Ret. DOU – Ed. Ext. de 04.04.2012 – Ret. DOU de 23.04.2012 - Inclui novas atividades a partir da competência Agosto/2012.

Art. 44 – O art. 14 da Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 14 – ...

Lei 11.774/2008 “Art. 14 – As alíquotas de que tratam os incisos I e III do caput do artigo 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, em relação às empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), ficam reduzidas pela subtração de 1/10 (um décimo) do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços, após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda, observado o disposto neste artigo.

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.......................................................................................................................... § 4º – Para efeito do caput deste artigo, consideram-se serviços de TI e TIC: I – análise e desenvolvimento de sistemas; II – programação; III – processamento de dados e congêneres; IV – elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; V – licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI – assessoria e consultoria em informática; VII – suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e VIII – planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.”

Os incisos I e III do artigo 22, da Lei 8.212/91, determinam que a contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, é de 20% calculada sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais que lhe prestem serviço.

... § 5º – O disposto neste artigo aplica-se também a empresas que prestam serviços de call center e que exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados. ... (NR) Art. 45 – Os arts. 7º a 10 da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 7º – Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, à alíquota de dois por cento, as empresas que prestam os serviços referidos nos §§ 4º e 5º do art. 14 da Lei nº 11.774, de 2008, e as empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0). ... (NR) “Art. 8º – Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de um por cento, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, as empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos referidos no Anexo a esta Lei.” (NR) “Art. 9º – ...

Lei 12.546/2011 “Art. 9º – Para fins do disposto nos arts. 7º e 8º desta Lei: ... .”

§ 1º – No caso de empresas que se dedicam a outras atividades, além das previstas nos arts. 7º e 8º, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá:

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I – ao disposto no caput desses artigos quanto à parcela da receita bruta correspondente às atividades neles referidas; e II – ao disposto no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços de que trata o caput e a receita bruta total.

Nota: o texto original que consta na lei 12.546/11 é “ao disposto nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991”, e não somente “ao disposto no art. 22” (que nesse caso inclui o RAT e a Contribuição Patronal sobre contratação de cooperativas). Pode dar margem à interpretação que a MP 563/11 estaria incluindo o RAT e a Contribuição Patronal sobre contratação de Cooperativas de Trabalho, mas acredito que tenha havido um ERRO no texto, devendo aguardar a conversão da MP nº 563/11.

§ 2º – A compensação de que trata o inciso IV do caput será feita na forma regulamentada em ato conjunto da Secretaria da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda e Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. § 3º – Relativamente aos períodos em que a empresa não contribuir nas formas instituídas pelos arts. 7º e 8º “desta Lei, as contribuições previstas no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, incidirão sobre o décimo terceiro salário.” (NR) “Art. 10 – ...

Lei 12.546/2011 “Art. 10 – Ato do Poder Executivo instituirá comissão tripartite com a finalidade de acompanhar e avaliar a implementação das medidas de que tratam os arts. 7º a 9º, formada por representantes dos trabalhadores e empresários dos setores econômicos neles indicados, bem como do Poder Executivo federal.”

Parágrafo único – Os setores econômicos referidos nos arts. 7º e 8º serão representados na comissão tripartite de que trata o caput. (NR) Art. 46 – A Lei nº 12.546, de 2011, passa a vigorar acrescida do Anexo a esta Medida Provisória. ... Art. 53 – Ficam revogados: ... III – a partir do primeiro dia do quarto mês subsequente à data de sua publicação, os §§ 3º e 4º do art. 7º, o parágrafo único e os incisos I a V do caput do art. 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011; e ... Art. 54 – Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos: ... § 2º – Os arts. 43 a 46 entram em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente à data de sua publicação.

Comentário da Medida Provisória nº 563/12 de 03/04/12 – DOU de 04.04.2012

O referido ato altera, dentre outras, a Lei 12.546, de 14-12-2011 que instituiu o Reintegra – Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras com o objetivo de estimular as exportações e fortalecer a indústria brasileira, bem como estabeleceu a desoneração da folha de pagamento para algumas

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atividades empresariais.

A respectiva desoneração consiste em substituir a contribuição previdenciária patronal de 20%, calculada sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, pela tributação sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

A MP 563/2012 reduziu as alíquotas de contribuição, antes previstas em 1,5% ou 2,5% sobre o faturamento, para 1%

ou 2%, conforme a atividade empresarial.

Sendo assim, somente a partir de 1-8-2012, o enquadramento da desoneração ficará da seguinte forma: – contribuirá à alíquota de 2% sobre a receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, as empresas dos setores: a) TI – Tecnologia da Informação e TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação; b) Call Center; c) Design House (chips) – exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; e d) Hotelaria. – contribuirá à alíquota de 1% sobre a receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, as empresas dos setores: a) Têxtil; b) Confecções; c) Couro e Calçados; d) Móveis; e) Plásticos; f) Material elétrico; g) Autopeças; h) Peças e Acessórios para Ônibus; i) Naval; j) Aéreo; e k) BK Mecânico.

Ficam alterados os artigos 7º a 10 da Lei 12.546/2011 e o § 5º do artigo 14 da Lei 11.774, de 17-9-2008.

Para saber se a atividade da empresa se encaixa nesta desoneração, deve-se conferir a descrição da atividade da empresa (CNAE) com a descrição da atividade na Tabela TIPI (www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/downloadarqtipi.htm), e conferir se o código NCM encontra-se no Anexo da

MP nº 563/2012.

A redução das alíquotas e inclusão de atividades ocorrerá conforme descrito na tabela abaixo:

* Atividades que não possuem alíquota até Julho de 2012 na tabela, serão abrangidas somente a partir de Agosto de 2012.

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Referência: CNAE – Subclasse 5510-8/01: www.cnae.ibge.gov.br

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CNAE 2.0 – Subclasses Hierarquia Seção: I ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO

Divisão: 55 ALOJAMENTO

Grupo: 551 HOTÉIS E SIMILARES

Classe: 5510-8 HOTÉIS E SIMILARES

Subclasse 5510-8/01 HOTÉIS

Notas Explicativas: Esta subclasse compreende: - as atividades dos hotéis e pousadas combinadas ou não com o serviço de alimentação

Enquadram-se na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0) as seguintes atividades:

Código Descrição CNAE

5510-8/01 Administração de Hotéis.

5510-8/01 Hotel.

5510-8/01 Hotel com ou sem Serviço de Restaurante.

5510-8/01 Hotel Fazenda.

5510-8/01 Pousada.

5510-8/01 SPA com Serviço de Alojamento.

Esta subclasse não compreende: - a venda de títulos, com direito a uso por tempo determinado de hotéis – time sharing (7990-2/00) Nota: Não inclui motéis e outros tipos de alojamento.

Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012 - DOU de 18.9.2012 – Altera a alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha de salários pelas empresas e traz novos setores são beneficiados com a desoneração da folha de pagamento.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 54 – O art. 14 da Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 14 – ... § 5º – O disposto neste artigo aplica-se também a empresas que prestam serviços de call center e àquelas

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que exercem atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados. ...... ”(NR)

Lei 11.774/2008 “Art. 14 – As alíquotas de que tratam os incisos I e III do caput do artigo 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, em relação às empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), ficam reduzidas pela subtração de 1/10 (um décimo) do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços, após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda, observado o disposto neste artigo. ... § 4º – Para efeito do caput deste artigo, consideram-se serviços de TI e TIC: I – análise e desenvolvimento de sistemas; II – programação; III – processamento de dados e congêneres; IV – elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; V – licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI – assessoria e consultoria em informática; VII – suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e VIII – planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas.” Os incisos I e III do artigo 22, da Lei 8.212/91, determinam que a contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, é de 20% calculada sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais que lhe prestem serviço.

Art. 55 – A Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 7º – Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, à alíquota de 2% (dois por cento): I – as empresas que prestam os serviços referidos nos §§ 4º e 5º do art. 14 da Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008; II – as empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.0; III – as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0. ................ § 2º – O disposto neste artigo não se aplica a empresas que exerçam as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador, cuja receita bruta decorrente dessas atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total. ..................................................................................................................................

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§ 6º – No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no caput, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços."(NR)

O artigo 31 da Lei 8.212/91 determina que a empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia. Entende-se como cessão de mão de obra a colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação.

“Art. 8º – Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de 1% (um por cento), em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos referidos no Anexo desta Lei. I – (revogado); II – (revogado); III – (revogado); IV – (revogado); V – (revogado). § 1º – O disposto no caput: I – aplica-se apenas em relação aos produtos industrializados pela empresa; II – não se aplica: a) a empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas no caput, cuja receita bruta decorrente dessas outras atividades seja igual ou superior a 95% (noventa e cinco por cento) da receita bruta total; e b) aos fabricantes de automóveis, comerciais leves (camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões), caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas autopropelidas. § 2º – Para efeito do inciso I do § 1º, devem ser considerados os conceitos de industrialização e de industrialização por encomenda previstos na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI. § 3º – O disposto no caput também se aplica às empresas: I – de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; II – de transporte aéreo de carga; III – de transporte aéreo de passageiros regular; IV – de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; V – de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; VI – de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; VII – de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso;

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VIII – de transporte por navegação interior de carga; IX – de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e X – de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário. § 4º – A partir de 1º de janeiro de 2013, ficam incluídos no Anexo referido no caput os produtos classificados nos seguintes códigos da Tipi: I – 9503.00.10, 9503.00.21, 9503.00.22, 9503.00.29, 9503.00.31, 9503.00.39, 9503.00.40, 9503.00.50, 9503.00.60, 9503.00.70, 9503.00.80, 9503.00.91, 9503.00.97, 9503.00.98, 9503.00.99;

Os códigos dos produtos classificados na Tipi – Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, aprovada pelo Decreto 7.660/2011, compreendem, dentre outros, os seguintes produtos: triciclos, patinetes, carros de pedais e outros brinquedos semelhantes com rodas; carrinhos para bonecos; bonecos, mesmo vestidos, com mecanismo a corda ou elétrico; outros bonecos, mesmo vestidos; partes e acessórios; com enchimento; trens elétricos, incluindo trilhos, sinais e outros acessórios; modelos reduzidos, mesmo animados, em conjuntos para montagem, exceto os do item 9503.00.40; outros conjuntos de brinquedos, para construção; quebra-cabeças (puzzles); outros brinquedos, apresentados em sortidos ou em panóplias; instrumentos e aparelhos musicais, de brinquedo; outros brinquedos com motor elétrico e outros brinquedos com motor não elétrico.

II – (VETADO). "(NR) “Art. 9º –...

Lei 12.546/2011 “Art. 9º – Para fins do disposto nos arts. 7º e 8º desta Lei: I – a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; II – exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta de exportações; III – a data de recolhimento das contribuições obedecerá ao disposto na alínea “b” do inciso I do art. 30 da Lei nº 8.212, de 1991; IV – a União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social (RGPS); e V – com relação às contribuições de que tratam os arts. 7º e 8º, as empresas continuam sujeitas ao cumprimento das demais obrigações previstas na legislação previdenciária.”

VI – (VETADO). § 1º – No caso de empresas que se dedicam a outras atividades além das previstas nos arts. 7º e 8º, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá: I – ao disposto no caput desses artigos quanto à parcela da receita bruta correspondente às atividades neles referidas; e II – ao disposto no art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços de que trata o caput do art. 7º ou à fabricação dos produtos de que trata o caput do art. 8º e a receita bruta

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total, apuradas no mês. § 2º – A compensação de que trata o inciso IV do caput será feita na forma regulamentada em ato conjunto da Secretaria da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, Instituto Nacional do Seguro Social – INSS e Ministério da Previdência Social, mediante transferências do Orçamento Fiscal. § 3º – Relativamente aos períodos anteriores à tributação da empresa nas formas instituídas pelos arts. 7º e 8º desta Lei, mantém-se a incidência das contribuições previstas no art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, aplicada de forma proporcional sobre o 13º (décimo terceiro) salário. § 4º – Para fins de cálculo da razão a que se refere o inciso II do § 1º, aplicada ao 13º (décimo terceiro) salário, será considerada a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao mês de dezembro de cada ano-calendário. § 5º – O disposto no § 1º aplica-se às empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas nos arts. 7º e 8º somente se a receita bruta decorrente de outras atividades for superior a 5% (cinco por cento) da receita bruta total. § 6º – Não ultrapassado o limite previsto no § 5º, a contribuição a que se refere o caput dos arts. 7º e 8º será calculada sobre a receita bruta total auferida no mês. § 7º – Para efeito da determinação da base de cálculo, podem ser excluídos da receita bruta: I – as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; II – (VETADO); III – o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, se incluído na receita bruta; e IV – o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. § 8º– (VETADO). "(NR). “Art. 10 –...

Lei 12.546/2011 “Art. 10 – Ato do Poder Executivo instituirá comissão tripartite com a finalidade de acompanhar e avaliar a implementação das medidas de que tratam os arts. 7º a 9º, formada por representantes dos trabalhadores e empresários dos setores econômicos neles indicados, bem como do Poder Executivo federal.”

Parágrafo único – Os setores econômicos referidos nos arts. 7º e 8º serão representados na comissão tripartite de que trata o caput. "(NR). ... Art. 56 – A Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar acrescida do Anexo desta Lei. .................................................................................................................................. Art. 70 – Para fins de incidência de tributos federais, inclusive contribuições previdenciárias, ficam submetidas às regras de tributação aplicáveis aos bancos de desenvolvimento as agências de fomento referidas no art. 1º da Medida Provisória nº 2.192-70, de 24 de agosto de 2001.

O artigo 1º da Medida Provisória 2.192-70/2001 estabelece, dentre outras normas, que o Conselho Monetário Nacional, no âmbito de sua competência, baixará normas, preferencialmente mediante a privatização, extinção, ou transformação de instituições financeiras sob controle acionário de Unidade da

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Federação em instituições financeiras dedicadas ao financiamento de capital fixo e de giro associado a projetos no País, denominadas agências de fomento.

§ 1º – O disposto no caput aplica-se a partir de 1º de janeiro de 2013. § 2º – As agências de fomento poderão, opcionalmente, submeter-se ao disposto no caput a partir de 1º de janeiro de 2012. ... Art. 78 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos: ... § 2º – Os arts. 53 a 56 entram em vigor no 1º (primeiro) dia do 4º (quarto) mês subsequente à data de publicação da Medida Provisória n° 563, de 3 de abril de 2012, produzindo efeitos a partir de sua regulamentação, à exceção: .................................................................................................................................. II – do disposto no inciso III do caput do art. 7º e no § 3º do art. 8º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, que entra em vigor em 1º de janeiro de 2013; III – da contribuição sobre o valor da receita bruta relativa às empresas que fabricam os produtos classificados nas posições 2515.11.00, 2515.12.10, 2516.11.00, 2516.12.00, 6801.00.00, 6802.10.00, 6802.21.00, 6802.23.00, 6802.29.00, 6802.91.00, 6802.92.00, 6802.93.10, 6802.93.90, 6802.99.90, 6803.00.00, 8473.30.99, 8504.90.10, 8518.90.90 e 8522.90.20 da Tipi, que entra em vigor no 1º (primeiro) dia do 4º (quarto) mês subsequente à data de publicação desta Lei; e

Os referidos códigos da Tipi são relativos aos seguintes produtos: mármores travertinos em bruto ou desbastados; mármores; granito em bruto ou desbatado; granito simplesmente cortado a serra ou por outro meio, em blocos ou placas de forma quadrada ou retangular; pedras para calcetar, meios-fios e placas (lajes) para pavimentação, de pedra natural (exceto a ardósia); ladrilhos, cubos, pastilhas e artigos semelhantes, mesmo de forma diferente da quadrada ou retangular, cuja maior superfície possa ser inscrita num quadrado de lado inferior a 7 cm; grânulos, fragmentos e pós, corados artificialmente; mármore, travertino e alabastro; granito; outras pedras; outras pedras calcárias; esferas para moinho; ardósia natural trabalhada e obras de ardósia natural ou aglomerada; núcleos de pó ferromagnético; dentre outros.

IV – da contribuição sobre o valor da receita bruta relativa às empresas que fabricam os produtos classificados nas posições 01.03, 02.06, 02.09, 05.04, 05.05, 05.07, 05.10, 05.11, 10.05, 11.06, 12.01, 12.08, 12.13, no Capítulo 15, no Capítulo 16, no Capítulo 19, nas posições 23.01, 23.04, 23.06, 2309.90, 30.02, 30.03, 30.04 da Tipi, que entra em vigor em vigor no 1º (primeiro) dia do 4º (quarto) mês subsequente à data de publicação desta Lei.

Os respectivos códigos da Tipi referem-se, dentre outros, aos seguintes produtos: animais vivos da espécie suína; miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina, cavalar, asinina e muar, frescas, refrigeradas ou congeladas; toucinho sem partes magras, gorduras de porco e de aves, não fundidas nem extraídas de outro modo, frescos, refrigerados, congelados, salgados ou em salmoura, secos ou defumados; tripas, bexigas e estômagos, de animais, inteiros ou em pedaços, exceto de peixes, frescos, refrigerados, congelados, salgados ou em salmoura, secos ou defumados; peles e outras partes de aves, com as suas penas ou penugem, penas e partes de penas (mesmo aparadas), penugem, em bruto ou

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simplesmente limpas, desinfetadas ou preparadas tendo em vista a sua conservação; pós e desperdícios de penas ou de partes de penas; marfim, carapaças de tartaruga, barbas, incluindo as franjas, de baleia ou de outros mamíferos marinhos, chifres, galhadas, cascos, unhas, garras e bicos, em bruto ou simplesmente preparados, mas não cortados em forma determinada; pós e desperdícios destas matérias; âmbar-cinzento, castóreo, algália e almíscar; cantáridas; bílis, mesmo seca; glândulas e outras substâncias de origem animal utilizadas na preparação de produtos farmacêuticos, frescas, refrigeradas, congeladas ou provisoriamente conservadas de outro modo; produtos de origem animal, não especificados nem compreendidos noutras posições; animais mortos dos Capítulos 1 ou 3, impróprios para alimentação humana; farinhas, sêmolas e pós, dos legumes de vagem, secos, da posição 07.13, de sagu ou das raízes ou tubérculos da posição 07.14 e dos produtos do Capítulo 8; soja, mesmo triturada; farinhas de sementes ou de frutos oleaginosos, exceto farinha de mostarda; palhas e cascas de cereais, em bruto, mesmo picadas, moídas, prensadas ou em pellets; gorduras e óleos animais ou vegetais; produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal ou vegetal; preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos; preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria; farinhas, pós e pellets, de carnes, de miudezas, de peixes ou crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos, impróprios para alimentação humana; torresmos; tortas e outros resíduos sólidos, mesmo triturados ou em pellets, da extração do óleo de soja, e de gorduras ou óleos vegetais, exceto os das posições 23.04 e 23.05; outras preparações dos tipos utilizados na alimentação de animais; sangue humano; sangue animal preparado para usos terapêuticos, profiláticos ou de diagnóstico; antissoros, outras frações do sangue e produtos imunológicos, mesmo modificados ou obtidos por via biotecnológica; vacinas, toxinas, culturas de microrganismos (exceto leveduras) e produtos semelhantes; medicamentos (exceto os produtos das posições 30.02, 30.05 ou 30.06) constituídos por produtos misturados entre si, preparados para fins terapêuticos ou profiláticos, mas não apresentados em doses nem acondicionados para venda a retalho; e medicamentos (exceto os produtos das posições 30.02, 30.05 ou 30.06) constituídos por produtos misturados ou não misturados, preparados para fins terapêuticos ou profiláticos, apresentados em doses (incluindo os destinados a serem administrados por via percutânea) ou acondicionados para venda a retalho.

Art. 79 – Ficam revogados: .... III – a partir do 1º (primeiro) dia do 4º (quarto) mês subsequente à data de publicação da Medida Provisória nº 563, de 3 de abril de 2012, ou da data da regulamentação referida no § 2º do art. 78 desta Lei, o que ocorrer depois, os §§ 3º e 4º do art. 7º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011;

Comentário da Lei Nº 12.715, de 17/09/2012 – DOU de 18.9.2012.

O referido ato é resultante do Projeto de Conversão da Medida Provisória 563, de 3-4-2012, e, dentre outras normas, amplia o rol de setores da economia com a isenção da contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento em substituição pelo pagamento da alíquota de 1% ou 2% sobre a receita bruta.

Já haviam sido beneficiadas com a desoneração da folha de pagamento as empresas dos setores de: – Serviços TI – Tecnologia da Informação e TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação; Call Center; Design Houses (concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados) e hotelaria, com alíquota de 2% sobre o faturamento; – Indústria têxtil; confecções; couro e calçados; móveis; plásticos; material elétrico; autopeças; peças e acessórios

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para ônibus, navios e aviões; e BK Mecânico, com alíquota de 1% sobre o faturamento.

As principais novidades no texto da Lei 12.715/2012, em relação ao da Medida Provisória 563/2012, são:

– as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros passam a recolher, a partir de 1-1-2013, a contribuição de 2% sobre a receita bruta em vez de pagar a contribuição previdenciária patronal sobre a folha; – foram incluídas mais empresas que contribuirão, a partir de 1-1-2013, com a alíquota de 1% sobre o faturamento, em substituição à contribuição previdenciária sobre a folha, dentre elas, as empresas de transporte de cargas e passageiros (marítimo e aéreo), manutenção de aeronaves, fabricantes de brinquedos (bonecos, triciclos, trens elétricos e aparelhos musicais), fornecedoras de pedras (granitos, mármores e ardósia), parte das empresas de agronegócio (carnes, milho e farinhas) e de medicamentos (terapêuticos e profiláticos); – as empresas que contratarem serviços de TI e TIC, Call Center, Design House, hotelaria e transporte rodoviário coletivo de passageiros, executados mediante cessão de mão de obra, deverão reter a contribuição de 3,5% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviço e recolher, em nome da empresa contratada, a importância retida.

A Lei 12.715/2012 altera o § 5º do artigo 14 da Lei 11.774, de 17-9-2008, bem como altera os artigos 7º ao 10º e revoga os §§ 3º e 4º do artigo 7º da Lei 12.546, de 14-12-2011.

A partir de 1-1-2013, ficam incluídos novos produtos da TIPI no Anexo da Lei 12.546/2011.

Medida Provisória nº 582, de 20 de setembro de 2012 - DOU de 21.9.2012- Altera a Lei nº 12.546 de 14/12/2011 quanto à contribuição previdenciária de empresas dos setores industriais e de serviços, e amplia rol de setores beneficiados com a desoneração da folha de pagamento.

Art. 1º – A Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 9º –... § 1º –...

Lei 12.546/2011 “Art. 9º – Para fins do disposto nos arts. 7º e 8º desta Lei: ... § 1º – No caso de empresas que se dedicam a outras atividades além das previstas nos arts. 7º e 8º, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá:” I – ao disposto no caput desses artigos quanto à parcela da receita bruta correspondente às atividades neles referidas; e

II – ao disposto no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor da contribuição dos incisos I e III do caput do referido artigo ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços de que trata o caput do art. 7º ou à fabricação dos produtos de que trata o caput do art. 8º e a receita bruta total." (NR)

Os incisos I e III do artigo 22, da Lei 8.212/91, determinam que a contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, é de 20% calculada sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais que lhe prestem serviço.

Art. 2º – O Anexo referido no caput do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, passa a vigorar: I – acrescido dos produtos classificados nos códigos da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos

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Industrializados – Tipi, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, constantes do Anexo a esta Medida Provisória; e II – subtraído dos produtos classificados nos códigos 3923.30.00 e 8544.49.00 da Tipi.

Os produtos classificados nos códigos da TIPI acrescidos pelo Anexo constante da Medida Provisória 582/2012 são os seguintes, dentre outros: carnes e miudezas, comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, de galos, galinhas, patos, gansos, perus, peruas e galinhas-d’angola; peixes vivos; peixes frescos ou refrigerados ou congelados, exceto os filés de peixes e outra carne de peixes da posição 03.04; crustáceos, com ou sem carapaça, vivos, frescos, refrigerados, congelados, secos, salgados ou em salmoura; moluscos, com ou sem concha, vivos, frescos, refrigerados, congelados, secos, salgados ou em salmoura; complementos alimentares; “Outras” do item “águas, incluindo as águas minerais e as águas gaseificadas, adicionadas de açúcar”; “Outros” do item “sal (incluindo o sal de mesa e o sal desnaturado) e cloreto de sódio puro”; óleos de creosoto; pastas, gazes, ataduras e artigos análogos; tintas e vernizes; águas-de-colônia; produtos de beleza ou de maquiagem; fios dentais; preparações para barbear; desodorantes corporais e de ambiente; sabões; massas ou pastas para modelar; ceras para dentistas; artigos de laboratório ou de farmácia; pneumáticos novos e câmaras de ar de borracha; preservativos; bolsas para gelo ou para água quente; papel de jornal, em rolos ou em folhas; meias calças de fibras sintéticas; tijolos para construção; vidro em blocos ou massas; machados, cadeados; interfones; bicicletas; lentes de contato; artigos e aparelhos ortopédicos; e escovas de dentes. •Os produtos classificados nos códigos 3923.30.00 e 8544.49.00 da Tipi subtraídos do Anexo referido no artigo 8º da Lei 12.546/2011 são, respectivamente, garrafões, garrafas, frascos e artigos semelhantes de plástico; e “Outros” do item “Outros condutores elétricos, para uma tensão não superior a 1.000 V”.

... Art. 20 – Esta Medida Provisória entra em vigor: I – a partir do primeiro dia do quarto mês subsequente ao da publicação desta Medida Provisória, em relação aos arts. 1º a 3º e 14 a 17;

Comentários a MP nº 582, de 20/09/2012 – DOU de 21.9.2012

O referido ato altera, dentre outras, a Lei 12.546, de 14-12-2011, ampliando o rol de setores da economia que contribuirão, a partir de 1-1-2013, com 1% sobre a receita bruta em substituição a contribuição previdenciária de 20% incidente sobre a folha de pagamento.

Segundo a Medida Provisória 582/2012 serão beneficiados, dentre outros, os setores de aves e suínos, pescado; equipamentos médicos e odontológicos; bicicletas; pneus e câmaras de ar; papel e celulose; vidros; cerâmicas, tintas e vernizes; construção metálica; equipamento ferroviário; fabricação de ferramentas; fabricação de forjados de aço; parafusos, porcas e instrumentos óticos.

A Medida Provisória 582/2012 altera o inciso II do § 1º do artigo 9º e o Anexo da Lei 12.546/2011.

Interpretações com as alterações da Lei 12.715/12 e da MP 582/12

Observação:

1) § 6º No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no caput, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, a empresa

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contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços." (NR).

Nota: Essa retenção (como referenciado ao art. 31 da lei 8.212/91) deve ser recolhida pela contratante no CNPJ da Contratada, podendo ser compensado por esta, que deve gerar sua GFIP no código 150, alocando a retenção e a remuneração dos trabalhadores por TOMADOR (Contratante).

Observações gerais:

1) Aumento para 8,6% na Cofins-Importação a partir de 01/08/2012 para importação dos produtos citados na lei.

2) A lei não se aplica a empresas que se dediquem a outras atividades cuja receita bruta decorrente dessas outras atividades seja igual ou superior a 95% da receita bruta total.

3) Não ultrapassado o limite, a contribuição a que se referem os artigos 7º e 8º da Lei 12.546/11 será calculada sobre a receita bruta total auferida no mês.

4) Empresas que se dediquem a outras atividades com receita menor que 95% nas outras atividades: Pagar a CPP (20%) proporcionalmente à receita de outras atividades.

Exemplo dos tópicos 2, 3 e 4:

5) Exclusões da receita bruta das atividades citadas na lei: EXPORTAÇÕES, vendas canceladas, descontos incondicionais concedidos, IPI (se incluído na Receita Bruta), ICMS Substituído. As DEVOLUÇÕES (embora não citadas na lei), por se trataram de Receita NÃO REALIZADA, também podem ser excluídas, em nosso entendimento.

6) Empresas com matriz e filiais deve apurar toda a receita bruta em todos os estabelecimentos da empresa, pagando o DARF centralizado pela matriz e as GPS devem ser pagas por estabelecimento (matriz e filiais).

7) Art. 8º lei 12.546/11 § 2o (alterado pela Lei 12.715/12). Para efeito do inciso I do § 1o, devem ser considerados os conceitos de industrialização e de industrialização por encomenda prevista na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

Nota: ver o Dec. 7.212/10 – Regulamento do IPI – art. 4º - que caracteriza como industrial também a transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento ou reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, de forma que as empresas que desenvolvam essas atividades também passam a entrar na Desoneração a partir de 01/08/2012, mesmo quando houver “industrialização por encomenda.

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8) Os valores não pagos em GPS devem ser informados no campo COMPENSAÇÃO da GFIP.

9) 13º Salário 2011: não incide CPP (20%) sobre o “avo” relativo a dezembro/2011 para as empresas que já estavam enquadradas na lei. Em caso de outras atividades, a proporção para o pagamento é calculada em relação a receita bruta de dezembro/2011.

10) 13º salário 2012: Relativamente aos períodos anteriores à tributação da empresa nas formas instituídas pelos arts. 7o e 8o desta Lei mantém-se a incidência das contribuições previstas no art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, aplicada de forma proporcional sobre o 13º (décimo terceiro) salário.

Para fins de cálculo da razão a que se refere o inciso II do § 1o, aplicada ao 13º (décimo terceiro) salário, será considerada a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao mês de dezembro de cada ano-calendário.

11) A lei é omissa em relação à CPP (20%) do sobre as rescisões (inclusive o 13º salário) e férias pago durante o ano.

12) A MP 582/12, embora com vigência somente a partir de 01/01/2013, corrige um erro no texto da lei 12.546/11, quando cita a proporcionalidade em relação a todo o artigo 22 da Lei 8.212/91 (que inclui as contribuições de RAT ajustado e patronal de 15% na contratação de cooperativas), citando agora apenas os incisos I e III (20% sobre a folha de pagamentos dos empregados e contribuintes individuais).

13) As contribuições recolhidas em DARF deverão ser objeto de informação em DCTF e EFD-Contribuições (IN 1.252/12) conforme regras, vigências e legislações específicas para tais declarações.

Decreto nº 7.828, de 16-10-2012 - (DO-U DE 17-10-2012) – Regulamentação desoneração da folha de pagamento.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, DECRETA: Art. 1º – A incidência da contribuição previdenciária devida pelas empresas de que tratam os arts. 7º a 9º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, ocorrerá em conformidade com o disposto neste Decreto.

Esclarecimento: Os artigos 7º a 9º da Lei 12.546/ 2011 especificam, dentre outras, as empresas dos seguintes setores: TI – Tecnologia da Informação e TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação; Call Center; Design Houses (concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados); hotelaria; têxtil; confecções; couros e calçados; móveis; plásticos; material elétrico; autopeças; peças e acessórios para ônibus; naval; aéreo; BK Mecânico; de transporte rodoviário coletivo de passageiros; de transporte de cargas e passageiros (marítimo e aéreo), de manutenção de aeronaves; fabricantes de brinquedos (bonecos, triciclos, trens elétricos e aparelhos musicais); fornecedores de pedras (granitos, mármores e ardósia); parte das empresas de agronegócio (carnes, milho e farinhas); de medicamentos (terapêuticos e profiláticos); aves e suínos; pescado; de equipamentos médicos e odontológicos; bicicletas; pneus e câmaras de ar; papel e celulose; vidros; cerâmicas, tintas e vernizes; de construção metálica; de equipamento ferroviário; de fabricação de ferramentas; de fabricação de forjados de aço; de parafusos, porcas; e de instrumentos óticos.

Art. 2º – Entre 1º de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2014, incidirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de

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julho de 1991, as contribuições das empresas que prestam exclusivamente os serviços de Tecnologia da Informação – TI e de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC, assim considerados:

Esclarecimento: Os incisos I e III do caput do artigo 22, da Lei 8.212/91, determinam que a contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, é de 20% calculada sobre as remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais que lhe prestem serviço.

I – análise e desenvolvimento de sistemas; II – programação; III – processamento de dados e congêneres; IV – elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos; V – licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI – assessoria e consultoria em informática; VII – suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e VIII – planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. § 1º – O disposto neste artigo não se aplica às empresas que exerçam exclusivamente as atividades de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador. § 2º – Entre 1º de abril de 2012 e 31 de dezembro de 2014, será aplicado o disposto no caput às empresas de call center e de TI e TIC, ainda que se dediquem a outras atividades, além das previstas nos incisos I a VIII do caput, observado o disposto no art. 6º. § 3º – Entre 1º de agosto de 2012 e 31 de dezembro de 2014: I – aplica-se o disposto no caput às empresas: a) do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE 2.0; e b) que exerçam atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; II – não se aplica o disposto no caput às empresas que exerçam as atividades de representação, distribuição ou revenda de programas de computador e cuja receita bruta que decorra dessas atividades seja igual ou superior a noventa e cinco por cento da receita bruta total; e III – no caso de contratação de empresas para execução dos serviços referidos neste artigo, por meio de cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, a empresa contratante deverá reter três inteiros e cinco décimos por cento do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços.

Esclarecimento: O artigo 31 da Lei 8.212/91 define como cessão de mão de obra a colocação à disposição do contratante, em suas dependências ou nas de terceiros, de trabalhadores que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-fim da empresa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação.

§ 4º – Entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, será aplicado o disposto no caput às empresas: I – de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região

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metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0; II – de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; III – de transporte aéreo de carga; IV – de transporte aéreo de passageiros regular; V – de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; VI – de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; VII – de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; VIII – de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso; IX – de transporte por navegação interior de carga; X – de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e XI – de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário. § 5º – As alíquotas da contribuição a que se refere o caput serão de: I – dois inteiros e cinco décimos por cento, no período entre 1º dezembro de 2011 e 31 de julho de 2012; II – dois por cento, no período entre 1º de agosto e 31 de dezembro de 2012; III – dois por cento, no período entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, para as empresas referidas no inciso I do § 4º; e IV – um por cento, no período entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, para as empresas referidas nos incisos II a XI do § 4º § 6º – Não farão jus às reduções previstas no caput do art. 14 da Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008:

Remissão: Lei 11.774/2008 “Art. 14 – As alíquotas de que tratam os incisos I e III do caput do artigo 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, em relação às empresas que prestam serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), ficam reduzidas pela subtração de 1/10 (um décimo) do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços, após a exclusão dos impostos e contribuições incidentes sobre a venda, observado o disposto neste artigo.”

I – a partir de 1º de dezembro de 2011, as empresas que prestam exclusivamente os serviços de TI e TIC referidos nos incisos I a VIII do caput; e II – a partir de 1º de abril de 2012, as empresas que se dediquem a outras atividades além das referidas nos incisos I a VIII do caput e as empresas de call center. § 7º – As empresas que prestam exclusivamente os serviços a que se referem os incisos I a VIII do caput e as empresas de call center continuam fazendo jus às reduções das contribuições devidas a terceiros a que se refere o § 7º do art. 14 da Lei nº 11.774, de 2008.

Esclarecimento: O § 7º do artigo 14 da Lei 11.774/2008 dispõe que os valores das contribuições devidas a terceiros, assim entendidos outras entidades ou fundos, ficam reduzidos pela subtração de 1/10 do percentual correspondente à razão entre a receita bruta de venda de serviços para o mercado externo e a receita bruta total de vendas de bens e serviços.

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Art. 3º – Entre 1º de dezembro de 2011 e 31 de dezembro de 2014, incidirão sobre o valor da receita bruta, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, as contribuições das empresas que fabriquem os produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados – TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos seguintes códigos: I – 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01 a 63.05, 6812.91.00, 9404.90.00 e nos capítulos 61 e 62; e II – 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a 64.06.

Esclarecimento: Os códigos e posições classificados na Tipi – Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, aprovada pelo Decreto 7.660/ 2011, compreendem os seguintes produtos: vestuário e seus acessórios, incluídas as luvas, mitenes e semelhantes, de borracha vulcanizada não endurecida, para quaisquer usos; vestuário, seus acessórios, inclusive de couro natural ou reconstituído e outros artefatos de peleteria (peles com pelo); cobertores e manta; roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha; cortinados, cortinas, reposteiros e estores; sanefas e artigos semelhantes para camas; outros artefatos para guarnição de interiores; sacos de quaisquer dimensões, para embalagem; calçados e chapéus; vestuário e seus acessórios, de malha; vestuário e seus acessórios, exceto de malha; baú para viagem, malas e maletas, com a superfície exterior de couro natural ou reconstituído, ou de couro envernizado e outras obras de couro natural ou reconstituído; artefatos de matérias têxteis, calçados, chapéus e artefatos de uso semelhante, usados; calçados impermeáveis de sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos; outros calçados com sola exterior e parte superior de borracha ou plásticos; calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e parte superior de couro natural; calçados com sola exterior de borracha, plásticos, couro natural ou reconstituído e parte superior de matérias têxteis; outros calçados e partes de calçados; palmilhas amovíveis, reforços interiores e artefatos semelhantes, amovíveis; polainas, perneiras e artefatos semelhantes, e suas partes.

§ 1º – Entre 1º de abril de 2012 e 31 de dezembro de 2014, aplica-se o disposto no caput às empresas que fabriquem os produtos classificados na TIPI nos seguintes códigos e posições: I – 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14; II – 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00; e III – 9506.62.00.

Esclarecimento: Os códigos e posições classificados na Tipi referem-se aos seguintes produtos: couros e peles diversas; grampos, colchetes, ilhoses; rebites tubulares ou de haste fendida; botões de pressão e suas partes; botões de pressão e suas partes, de plásticos, não recobertos de matérias têxteis e de metais comuns, não recobertos de matérias têxteis e bolas infláveis.

§ 2º – Entre 1º de agosto de 2012 e 31 de dezembro de 2014: I – aplica-se o disposto no caput às empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI nos códigos referidos no Anexo I; e II – não se aplica o disposto no caput às empresas: a) que se dediquem a atividades diversas das previstas neste artigo, cuja receita bruta delas decorrente seja igual ou superior a noventa e cinco por cento da receita bruta total; e

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b) aos fabricantes de automóveis, comerciais leves – camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões; caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas autopropelidas. § 3º – Entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, aplica-se o disposto no caput às empresas que fabricam os produtos classificados na TIPI nos códigos referidos no Anexo II. § 4º – As alíquotas das contribuições referidas neste artigo serão de: I – um inteiro e cinco décimos por cento, no período de 1º dezembro de 2011 a 31 de julho de 2012; e II – um por cento, no período de 1º de agosto de 2012 a 31 de dezembro de 2014. § 5º – O disposto no caput aplica-se apenas em relação aos produtos industrializados pela empresa. § 6º – Para os fins do § 5º, serão considerados os conceitos de industrialização e industrialização por encomenda previstos na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI. § 7º – Nos casos em que a industrialização for efetuada parcialmente por encomenda, o disposto no caput aplica-se também às empresas executoras, desde que de suas operações resulte produto discriminado neste artigo. Art. 4º – As contribuições de que tratam os arts 2º e 3º têm caráter impositivo aos contribuintes que exerçam as atividades neles mencionadas. Parágrafo único – As empresas que se dedicam exclusivamente às atividades referidas nos arts. 2º e 3º, nos meses em que não auferirem receita, não recolherão as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991. Art. 5º – Para fins do disposto nos arts. 2º e 3º: I – a receita bruta deve ser considerada sem o ajuste de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976; e

Remissão: Lei 6.404/76 “Art. 183 – No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios: ................................................................................................................................. VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. ................................................................................................................................. .”

II – na determinação da base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a receita, poderão ser excluídos: a) a receita bruta de exportações; b) as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; c) o IPI, quando incluído na receita bruta; e d) o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. § 1º – As contribuições de que tratam os arts. 2º e 3º deverão ser apuradas e pagas de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica. § 2º – A informação e o recolhimento das contribuições de que tratam os arts. 2º e 3º ocorrerão na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda, em ato próprio. § 3º – As empresas a que se referem os arts. 2º e 3º continuam sujeitas ao cumprimento das demais

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obrigações previstas na legislação previdenciária. Art. 6º – No caso de empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas nos arts. 2º e 3º, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá: I – ao disposto nos arts. 2º e 3º, em relação às receitas referidas nesses artigos; e II – quanto à parcela da receita bruta relativa a atividades cuja contribuição não se sujeita às substituições previstas nos arts. 2º e 3º ao disposto no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor das contribuições referidas nos incisos I e III do caput do mencionado art. 22 ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços de que trata o caput do art. 2º ou à fabricação dos produtos de que trata o caput do art. 3º e a receita bruta total. § 1º – Nos meses em que não auferirem receita relativa às atividades previstas nos arts. 2º e 3º, as empresas a que se refere o caput deverão recolher as contribuições previstas nos incisos I e III do caput do art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, sobre a totalidade da folha de pagamentos, não sendo aplicada a proporcionalização de que trata o inciso II do caput. § 2º – Nos meses em que não auferirem receita relativa a atividades não abrangidas pelos arts. 2º e 3º, as empresas deverão recolher a contribuição neles prevista, não sendo aplicada a proporcionalização de que trata o inciso II do caput. § 3º – O disposto neste artigo aplica-se às empresas que se dediquem a outras atividades, além das previstas nos arts. 2º e 3º somente se a receita bruta decorrente dessas outras atividades for superior a cinco por cento da receita bruta total. § 4º – Não ultrapassado o limite previsto no § 3º, as contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º serão calculadas sobre a receita bruta total auferida no mês. Art. 7º – Relativamente aos períodos anteriores à tributação da empresa nas formas instituídas nos arts. 2º e 3º, mantém-se a incidência das contribuições previstas no art. 22 da Lei nº 8.212, de 1991, aplicada de forma proporcional sobre o décimo terceiro salário. Parágrafo único – Para fins de cálculo da razão a que se refere o inciso II do caput do art. 6º, aplicada ao décimo terceiro salário, será considerada a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao mês de dezembro de cada ano-calendário. Art. 8º – A União compensará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, de que trata o art. 68 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, por meio de transferência do Orçamento Fiscal, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro do Regime Geral de Previdência Social.

Esclarecimento: O artigo 68 da Lei Complementar 101/2000, cria o Fundo do Regime Geral de Previdência Social, vinculado ao Ministério da Previdência Social, com a finalidade de prover recursos para o pagamento dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social.

Parágrafo único – A compensação de que trata o caput será feita na forma regulamentada em ato conjunto da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, e do Instituto Nacional do Seguro Social. Art. 9º – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. (Dilma Rousseff – Nelson Henrique Barbosa Filho)

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Comentários ao Decreto nº 7.828, de 16-10-2012.

– a contribuição substitutiva incidente sobre a receita bruta tem caráter impositivo aos contribuintes que se enquadram nas regras da Lei 12.546, de 14-12-2011; – as empresas que contribuam exclusivamente sobre a receita bruta, nos meses em que não auferirem receita, não recolherá a contribuição previdenciária patronal de 20% calculada sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais; – as contribuições sobre a receita bruta deverão ser apuradas e pagas de forma centralizada pelo estabelecimento da matriz;

O inciso II, do art. 3º do Decreto nº 7.828/12, dispõe que não será aplicada a substituição, às empresas:

I – que se dediquem a atividades diversas das previstas nos códigos da TIPI a seguir transcritos, cuja receita bruta delas decorrente seja igual ou superior a 95% da receita bruta total:

a) entre 01/12/2011 e 31/12/2014 – 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01 a 63.05, 6812.91.00, 9404.90.00 e nos capítulos 61 e 62; e 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a 64.06.

b) entre 01/04/2012 e 31/12/2014 – 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14; 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00; e 9506.62.00.

II – aos fabricantes de automóveis, comerciais leves – camionetas, picapes, utilitários, vans e furgões; caminhões e chassis com motor para caminhões, chassis com motor para ônibus, caminhões-tratores, tratores agrícolas e colheitadeiras agrícolas auto propelidas.

III – às empresas que exerçam as atividades de representação, distribuição ou revenda de programas de computador e cuja receita bruta que decorra dessas atividades seja igual ou superior a 95% da receita bruta total, de acordo com inciso II, § 3º do art. 2º do Decreto 7.828/12.

Medida Provisória nº 601, de 28 de Dezembro de 2012 - (DOU de 28/12/2012 - Edição extra)

Altera as Leis nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, para prorrogar o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras - Reintegra, e para desonerar a folha de pagamentos dos setores da construção civil e varejista; nº 11.774, de 17 de setembro de 2008, que reduz as alíquotas das contribuições de que tratam os incisos I e III do caput do art.22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, que dispõe sobre o patrimônio de afetação de incorporações imobiliárias; nº 12.431, de 24 de junho de 2011; e nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, para permitir às pessoas jurídicas da rede de arrecadação de receitas federais deduzir o valor da remuneração dos serviços de arrecadação da base de cálculo da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins; e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

Art. 1º A Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 3º O Reintegra será aplicado às exportações realizadas até 31 de dezembro de 2013.” (NR)

“Art. 7º .........................................................................

IV - as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0.

.................................................................................” (NR)

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“Art. 8º Até 31 de dezembro de 2014, contribuirão sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos, à alíquota de um por cento, em substituição às contribuições previstas nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, as empresas que fabricam os produtos classificados na Tipi, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos referidos no Anexo I .

§ 1º ..............................................................................

II - ...............................................................................

c) às empresas aéreas internacionais de bandeira estrangeira de países que estabeleçam, em regime de reciprocidade de tratamento, isenção tributária às receitas geradas por empresas aéreas brasileiras.

.............................................................................................

§ 3º ..............................................................................

XI - de manutenção e reparação de embarcações;

XII - de varejo que exercem as atividades listadas no Anexo II.

§ 4º A partir de 1º de janeiro de 2013, ficam incluídos no Anexo I referido no caput os produtos classificados nos seguintes códigos da Tipi:

............................................................................................

§ 5º No caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no § 3º, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo art. 31 da Lei nº 8.212, de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços.” (NR)

“Art. 9º .......................................................................

II - exclui-se da base de cálculo das contribuições a receita bruta:

a) de exportações; e

b) decorrente de transporte internacional de carga;

............................................................................” (NR)

Art. 2º O Anexo único `a Lei nº 12.546, de 2011, passa a ser denominado Anexo I e passa a vigorar:

I - acrescido dos produtos classificados nos códigos da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, constantes do Anexo I a esta Medida Provisória; e

II - subtraído dos produtos classificados nos códigos 3006.30.11, 3006.30.19, 7207.11.10, 7208.52.00, 7208.54.00, 7214.10.90, 7214.99.10, 7228.30.00, 7228.50.00, 8471.30, 9022.14.13 e 9022.30.00 da TIPI.

Art. 3o A Lei nº 11.774, de 17 de setembro de 2008, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 14 ......................................................................

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§ 4º ..............................................................................

VII - suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados, bem como serviços de suporte técnico em equipamentos de informática em geral; e

...........................................................................” (NR)

Art. 4o A Lei nº 10.931, de 2 de agosto de 2004, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 4º Para cada incorporação submetida ao regime especial de tributação, a incorporadora ficará sujeita ao pagamento equivalente a quatro por cento da receita mensal recebida, o qual corresponderá ao pagamento mensal unificado do seguinte imposto e contribuições:

.............................................................................” (NR)

“Art. 8º Para fins de repartição de receita tributária e do disposto no § 2º do art. 4º, o percentual de quatro por cento de que trata o caput do art. 4º será considerado:

I - 1,71% (um inteiro e setenta e um centésimos por cento) como Cofins

II - 0,37% (trinta e sete centésimos por cento) como Contribuição para o PIS/Pasep;

III - 1,26% (um inteiro e vinte e seis centésimos por cento) como IRPJ; e

IV - 0,66% (sessenta e seis centésimos por cento) como CSLL.

..........................................................................” (NR)

Art. 5º A Lei no 12.431, de 24 de junho de 2011, passa a vigorar com as seguintes alterações:

"Art. 1o Fica reduzida a zero a alíquota do imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos definidos nos termos alínea "a" do § 2o do art. 81 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995, quando pagos, creditados, entregues ou remetidos a beneficiário residente ou domiciliado no exterior, exceto em país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a vinte por cento, produzidos por:

I - títulos ou valores mobiliários adquiridos a partir de 1o de janeiro de 2011, objeto de distribuição pública, de emissão de pessoas jurídicas de direito privado não classificadas como instituições financeiras; ou

II - fundos de investimento em direitos creditórios constituídos sob a forma de condomínio fechado, regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, cujo originador ou cedente da carteira de direitos creditórios não seja instituição financeira.

§ 1o Para fins do disposto no inciso I do caput, os títulos ou valores mobiliários deverão ser remunerados por taxa de juros pré-fixada, vinculada a índice de preço ou à taxa referencial - TR, vedada a pactuação total ou parcial de taxa de juros pós-fixada, e ainda, cumulativamente, apresentar:

I - prazo médio ponderado superior a 4 (quatro) anos;

II - vedação à recompra do título ou valor mobiliário pelo emissor ou parte a ele relacionada nos 2 (dois) primeiros anos após a sua emissão e à liquidação antecipada por meio de resgate ou pré-pagamento, salvo na forma a ser regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional;

III - inexistência de compromisso de revenda assumido pelo comprador;

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IV - prazo de pagamento periódico de rendimentos, se existente, com intervalos de, no mínimo, 180 (cento e oitenta) dias;

V - comprovação de que o título ou valor mobiliário esteja registrado em sistema de registro devidamente autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela CVM, nas suas respectivas áreas de competência; e

VI - procedimento simplificado que demonstre o compromisso de alocar os recursos captados no pagamento futuro ou no reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionados aos projetos de investimento, inclusive os voltados à pesquisa, desenvolvimento e inovação.

§ 1o-A Para fins do disposto no inciso II do caput, a rentabilidade esperada das cotas de emissão dos fundos de investimento em direitos creditórios deverá ser referenciada em taxa de juros pré-fixada, vinculada a índice de preço ou à TR, observados, cumulativamente, os seguintes requisitos:

I - o fundo deve possuir prazo de duração mínimo de seis anos;

II - vedação ao pagamento total ou parcial do principal das cotas nos dois primeiros anos a partir da data de encerramento da oferta pública de distribuição de cotas constitutivas do patrimônio inicial do fundo, exceto nas hipóteses de liquidação antecipada do fundo, previstas em seu regulamento;

III - vedação à aquisição de cotas pelo originador ou cedente ou por partes a eles relacionadas, exceto quando se tratar de cotas cuja classe se subordine às demais para efeito de amortização e resgate;

IV - prazo de amortização parcial de cotas, inclusive as provenientes de rendimentos incorporados, caso existente, com intervalos de, no mínimo, cento e oitenta dias;

V - comprovação de que as cotas estejam admitidas a negociação em mercado organizado de valores mobiliários, ou registrados em sistema de registro devidamente autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela CVM, nas suas respectivas áreas de competência;

VI - procedimento simplificado que demonstre o objetivo de alocar os recursos obtidos com a operação em projetos de investimento, inclusive os voltados à pesquisa, desenvolvimento e inovação; e

VII - presença obrigatória no contrato de cessão, no regulamento e no prospecto, se houver, na forma a ser regulamentada pela CVM:

a) do objetivo do projeto ou projetos beneficiados;

b) do prazo estimado para início e encerramento ou, para os projetos em andamento, a descrição da fase em que se encontram e a estimativa do seu encerramento;

c) do volume estimado dos recursos financeiros necessários para a realização do projeto ou projetos não iniciados ou para a conclusão dos já iniciados; e

d) do percentual que se estima captar com a venda dos direitos creditórios, frente às necessidades de recursos financeiros dos projetos beneficiados.

VIII - percentual mínimo de oitenta e cinco por cento de patrimônio líquido representado por direitos creditórios, e a parcela restante por títulos públicos federais, operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais ou cotas de fundos de investimento que invistam em títulos públicos federais.

§ 1o-B Para fins do disposto no inciso I do caput, os certificados de recebíveis imobiliários deverão ser remunerados por taxa de juros pré-fixada, vinculada a índice de preço ou à TR, vedada a pactuação total ou parcial de taxa de juros pós-fixada, e ainda, cumulativamente, apresentar os seguintes requisitos:

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I - prazo médio ponderado superior a quatro anos, na data de sua emissão;

II - vedação à recompra dos certificados de recebíveis imobiliários pelo emissor ou parte a ele relacionada e o cedente ou originador nos dois primeiros anos após a sua emissão e à liquidação antecipada por meio de resgate ou pré-pagamento, salvo na forma a ser regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional;

III - inexistência de compromisso de revenda assumido pelo comprador;

IV - prazo de pagamento periódico de rendimentos, se existente, com intervalos de, no mínimo, cento e oitenta dias;

V - comprovação de que os certificados de recebíveis imobiliários estejam registrados em sistema de registro, devidamente autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela CVM, nas respectivas áreas de competência; e

VI - procedimento simplificado que demonstre o compromisso de alocar os recursos captados no pagamento futuro ou no reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionados a projetos de investimento, inclusive os voltados à pesquisa, desenvolvimento e inovação.

§ 1o-C O procedimento simplificado previsto nos incisos VI dos §§ 1o , 1o -A e 1o -B deve demonstrar que os gastos, despesas ou dívidas passíveis de reembolso ocorreram em prazo igual ou inferior a vinte e quatro meses da data de encerramento da oferta pública.

§ 1o -D Para fins do disposto neste artigo, os fundos de investimento em direitos creditórios e os certificados de recebíveis imobiliários podem ser constituídos para adquirir recebíveis de um único cedente ou devedor ou de empresas pertencentes ao mesmo grupo econômico.

§ 2o O Conselho Monetário Nacional definirá a fórmula de cômputo do prazo médio a que se refere o inciso I dos §§ 1o e 1o -B, e o procedimento simplificado a que se referem os incisos VI dos §§ 1o , 1o -A e 1o -B.

...................................................................................

§ 4o ............................................................................

II - às cotas de fundos de investimento exclusivos para investidores não residentes que possuam no mínimo oitenta e cinco por cento do valor do patrimônio líquido do fundo aplicado em títulos de que trata o inciso I do caput .

§ 4o -A O percentual mínimo a que se refere o inciso II do § 40 poderá ser de, no mínimo, sessenta e sete por cento do valor do patrimônio líquido do fundo aplicado em títulos de que trata o inciso I do caput no prazo de dois anos contado da data de encerramento da oferta pública de distribuição de cotas constitutivas do patrimônio inicial do fundo.

.....................................................................................

§ 8o .............................................................................

II - o cedente, no caso de certificados de recebíveis imobiliários e de cotas de fundo de investimento em direitos creditórios.

.......................................................................... "(NR)

"Art. 2o No caso de debêntures emitidas por sociedade de propósito específico, constituída sob a forma de sociedade por ações, e de cotas de emissão de fundo de investimento em direitos creditórios, constituídos

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sob a forma de condomínio fechado, relacionados à captação de recursos com vistas em implementar projetos de investimento na área de infraestrutura, ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação, considerados como prioritários na forma regulamentada pelo Poder Executivo federal, os rendimentos auferidos por pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no País sujeitam-se à incidência do imposto sobre a renda, exclusivamente na fonte, às seguintes alíquotas:

....................................................................................

§ 1o O disposto neste artigo aplica-se somente aos ativos que atendam ao disposto nos §§ 1o, 1o -A, 1o -B e 2o do art. 1o, emitidos entre a data da publicação da regulamentação mencionada no § 2o do art. 1o e a data de 31 de dezembro de 2015.

§ 1o-A As debêntures objeto de distribuição pública, emitidas por concessionária, permissionária, autorizatária ou arrendatária, constituídas sob a forma de sociedade por ações, para captar recursos com vistas em implementar projetos de investimento na área de infraestrutura, ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação, considerados como prioritários na forma regulamentada pelo Poder Executivo federal também fazem jus aos benefícios dispostos no caput, respeitado o disposto no

.....................................................................................

§ 5o Ficam sujeitos à multa equivalente a vinte por cento do valor captado na forma deste artigo não alocado no projeto de investimento, a ser aplicada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda :

I - o emissor dos títulos e valores mobiliários; ou

II - o cedente, no caso de fundos de investimento em direitos creditórios.

.......................................................................... "(NR)

"Art. 3o ........................................................................

§ 1o-A O percentual mínimo a que se refere o caput poderá ser de, no mínimo, sessenta e sete por cento do valor do patrimônio líquido do fundo aplicado nos ativos no prazo de dois anos contado da data de encerramento da oferta pública de distribuição de cotas constitutivas do patrimônio inicial do fundo ou, no caso de fundos abertos, da data da primeira integralização de cotas.

........................................................................... "(NR)

Art. 6º A Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 3º .........................................................................

......................................................................................

§ 10. As pessoas jurídicas integrantes da Rede Arrecadadora de Receitas Federais - Rarf poderão excluir da base de cálculo da Cofins o valor auferido em cada período de apuração como remuneração dos serviços de arrecadação de receitas federais, dividido pela alíquota referida no art. 18 da Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003.

§ 11. Caso não seja possível fazer a exclusão de que trata o § 10 na base de cálculo da Cofins referente ao período em que auferida remuneração, o montante excedente poderá ser excluído da base de cálculo da Cofins dos períodos subsequentes.

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§ 12. A Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda disciplinará o disposto nos §§ 10 e 11, inclusive quanto à definição do valor auferido como remuneração dos serviços de arrecadação de receitas federais.” (NR)

Art. 7º Esta Medida Provisória entra em vigor:

I - na data de sua publicação, em relação ao art. 1º, nas partes em que altera o art. 3º da Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011, em que inclui a alínea “c” no inciso II do §1º do art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, e na parte em que altera o inciso II do caput do art. 9º, da Lei nº 12.546, de 2011, e em relação ao art. 5º;

II - na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013, em relação aos arts. 4o e 6o; e

III - a partir do primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação, em relação aos demais dispositivos.

Brasília, 28 de dezembro de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

DILMA ROUSSEFF Guido Mantega Fernando Damata Pimentel Marco Antonio Raupp

ANEXO I (Acréscimo ao Anexo I à Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011)

NCM

39.23 (exceto 3923.30.00 Ex.01)

4009.41.00

4811.49

4823.40.00

6810.19.00

6810.91.00

69.07

69.08

7307.19.10

7307.19.90

7307.23.00

7323.93.00

73.26

7403.21.00

7407.21.10

7407.21.20

7409.21.00

7411.10.10

7411.21.10

74.12

7418.20.00

76.15

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NCM

8301.40.00

8301.60.00

8301.70.00

8302.10.00

8302.41.00

8307.90.00

8308.90.10

8308.90.90

8450.90.90

8471.60.80

8481.80.11

8481.80.19

8481.80.91

8481.90.10

8482.10.90

8482.20.10

8482.20.90

8482.40.00

8482.50.10

8482.91.19

8482.99.10

8504.40.40

8507.30.11

8507.30.19

8507.30.90

8507.40.00

8507.50.00

8507.60.00

8507.90.20

8526.91.00

8533.21.10

8533.21.90

8533.29.00

8533.31.10

8534.00.1

8534.00.20

8534.00.3

8534.00.5

8544.20.00

8607.19.11

8607.29.00

9029.90.90

9032.89.90

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ANEXO II (Anexo II à Lei Lei nº 12.546, de 14 de dezembro de 2011)

Lojas de departamentos ou magazines, enquadradas na Subclasse CNAE 4713-0/01

Comércio varejista de materiais de construção, enquadrado na Subclasse CNAE 4744-0/05

Comércio varejista de materiais de construção em geral, enquadrado na Subclasse CNAE 4744-0/99 Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática, enquadrado na Classe CNAE 4751-2

Comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação, enquadrado na Classe CNAE 4752-1

Comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo, enquadrado na Classe CNAE 4753-9 Comércio varejista de móveis, enquadrado na Subclasse CNAE 4754-7/01

Comércio varejista especializado de tecidos e artigos de cama, mesa e banho, enquadrado na Classe CNAE 4755-5 Comércio varejista de outros artigos de uso doméstico, enquadrado na Classe CNAE 4759-8

Comércio varejista de livros, jornais, revistas e papelaria, enquadrado na Classe CNAE 4761-0 Comércio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas, enquadrado na Classe CNAE 4762-8

Comércio varejista de brinquedos e artigos recreativos, enquadrado na Subclasse CNAE 4763-6/01

Comércio varejista de artigos esportivos, enquadrado na Subclasse CNAE 4763-6/02 Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas, enquadrado na Subclasse CNAE 4771-7/01 Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, enquadrado na Classe CNAE 4772-5

Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, enquadrado na Classe CNAE 4781-4

Comércio varejista de calçados e artigos de viagem, enquadrado na Classe CNAE 4782-2 Comércio varejista de produtos saneantes domissanitários, enquadrado na Subclasse CNAE 4789-0/05

Comércio varejista de artigos fotográficos e para filmagem, enquadrado na Subclasse CNAE 4789-0/08

Observação: As Classes e Subclasses CNAE referidas nestes Anexos correspondem àquelas relacionadas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0.

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Comentários da Medida Provisória nº 601, de 28/12/2012.

MP concede desoneração da folha para Empresas do Setor da Construção Civil e dos Setores do Comércio Varejista de Diversos Produtos. Foi publicada na Edição Extra, do Diário Oficial de 28-12-2012, a Medida Provisória 601, de 28-12-2012, que, dentre outras normas, altera a Lei 12.546/2011, para ampliar o rol de setores da economia com a isenção da contribuição previdenciária de 20% sobre a folha de pagamento em substituição ao pagamento da alíquota de 1% ou 2% sobre a receita bruta. As principais novidades no texto da Medida Provisória 601/2012 são: - as empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0 passam a recolher, a partir de 1-4-2013, a contribuição de 2% sobre a receita bruta em vez de pagar a contribuição previdenciária patronal sobre a folha;

Enquadram-se nos grupos 412, 432, 433 e 439 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE 2.0) as seguintes atividades:

Grupos Descrição CNAE

412 Construção de Edifícios.

432 Instalações Elétricas, Hidráulicas e outras Instalações.

433 Obras de Acabamento.

439 Outros Serviços Especializados para Construção.

Nota: As Classes e Subclasses CNAE referidas acima correspondem àquelas relacionadas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0.

- as empresas que contratarem serviços executados mediante cessão de mão de obra das empresas de manutenção e reparação de embarcações, deverão reter a contribuição de 3,5% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviço e recolher, em nome da empresa contratada, a importância retida.

De acordo com a publicação da Medida Provisória nº 601/12, o Anexo Único a Lei nº 12.546/11 passa a ser denominado Anexo I e vigora:

a) acrescido dos produtos classificados nos códigos da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/11, constantes do Anexo I a seguir transcrito; e

b) subtraído dos produtos classificados nos códigos 3006.30.11, 3006.30.19, 7207.11.10, 7208.52.00, 7208.54.00, 7214.10.90, 7214.99.10, 7228.30.00, 7228.50.00, 8471.30, 9022.14.13 e 9022.30.00 da TIPI.

A seguir, os Anexos I e II da Lei nº 12.546/11, alterada pela Medida Provisória nº 601/12, que traz as atividades de acordo com a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) da Lista TIPI, a partir de 01/04/2013.

Anexo I (Acréscimo ao Anexo I da Lei nº 12.546/11)

NCM

39.23 (exceto 3923.30.00 Ex.01) 4009.41.00 4811.49

4823.40.00 6810.19.00 6810.91.00

69.07 69.08 7307.19.10

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7307.19.90 7307.23.00 7323.93.00

73.26 7403.21.00 7407.21.10

7407.21.20 7409.21.00 7411.10.10

7411.21.10 74.12 7418.20.00

76.15 8301.40.00 8301.60.00

8301.70.00 8302.10.00 8302.41.00

8307.90.00 8308.90.10 8308.90.90

8450.90.90 8471.60.80 8481.80.11

8481.80.19 8481.80.91 8481.90.10

8482.10.90 8482.20.10 8482.20.90

8482.40.00 8482.50.10 8482.91.19

8482.99.10 8504.40.40 8507.30.11

8507.30.19 8507.30.90 8507.40.00

8507.50.00 8507.60.00 8507.90.20

8526.91.00 8533.21.10 8533.21.90

8533.29.00 8533.31.10 8534.00.1

8534.00.20 8534.00.3 8534.00.5

8544.20.00 8607.19.11 8607.29.00

9029.90.90 9032.89.90 - foram incluídos os seguintes segmentos do comércio varejista que contribuirão, a partir de 1-4-2013, com a alíquota de 1% sobre o faturamento, em substituição à contribuição previdenciária sobre a folha, dentre eles: lojas de departamentos ou magazines; materiais de construção; equipamentos e suprimentos de informática; equipamentos de telefonia e comunicação; eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo; móveis; tecidos e artigos de cama, mesa e banho; livros, jornais, revistas e papelaria; discos, CDs, DVDs e fitas; brinquedos e artigos recreativos; artigos esportivos; cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal; e calçados e artigos de viagem; Anexo II - Acréscimo ao Anexo II da Lei nº 12.546/11 Lojas de departamentos ou magazines, enquadradas na Subclasse CNAE 4713-0/01

Comércio varejista de materiais de construção, enquadrado na Subclasse CNAE 4744-0/05

Comércio varejista de materiais de construção em geral, enquadrado na Subclasse CNAE 4744-0/99

Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática, enquadrado na Classe CNAE 4751-2

Comércio varejista especializado de equipamentos de telefonia e comunicação, enquadrado na Classe CNAE 4752-1

Comércio varejista especializado de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo, enquadrado na Classe CNAE 4753-9

Comércio varejista de móveis, enquadrado na Subclasse CNAE 4754-7/01

Comércio varejista especializado de tecidos e artigos de cama, mesa e banho, enquadrado na Classe CNAE 4755-5

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Comércio varejista de outros artigos de uso doméstico, enquadrado na Classe CNAE 4759-8

Comércio varejista de livros, jornais, revistas e papelaria, enquadradas na Classe CNAE 4761-0

Comércio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas, enquadrados na Classe CNAE 4762-8

Comércio varejista de brinquedos e artigos recreativos, enquadrado na Subclasse CNAE 4763-6/01

Comércio varejista de artigos esportivos, enquadrado na Subclasse CNAE 4763-6/02

Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas, enquadrado na Subclasse CNAE 4771-7/01

Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal, enquadrado na Classe CNAE 4772-5

Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, enquadrado na Classe CNAE 4781-4

Comércio varejista de calçados e artigos de viagem, enquadrado na Classe CNAE 4782-2

Comércio varejista de produtos saneantes domissanitários, enquadrado na Subclasse CNAE 4789-0/05

Comércio varejista de artigos fotográficos e para filmagem, enquadrado na Subclasse CNAE 4789-0/08

Nota: As Classes e Subclasses CNAE referidas acima correspondem àquelas relacionadas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0.

- as empresas que contratarem serviços executados mediante cessão de mão de obra das empresas de manutenção e reparação de embarcações, deverão reter a contribuição de 3,5% do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviço e recolher, em nome da empresa contratada, a importância retida. Através da Medida Provisória nº 601, publicada no Diário Oficial da União, edição extra, do dia 28/12/2012, foram alterados diversos atos tributários, são eles: Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras - Reintegra - Prorrogação de prazo Foi prorrogado até 31.12.2013 o benefício fiscal do Reintegra, que tem por objetivo reintegrar os valores referentes a custos tributários federais residuais existentes nas suas cadeias de produção. Pelo Reintegra, a pessoa jurídica produtora que efetuar exportação de bens manufaturados no País pode apurar valor para fins de ressarcir parcial ou integralmente o resíduo tributário existente na sua cadeia de produção. Tal valor é calculado mediante a aplicação de percentual estabelecido pelo Poder Executivo, que poderá variar entre zero e 3% sobre a receita decorrente da exportação de bens produzidos pela pessoa jurídica. O Reintegra não se aplica a empresa comercial exportadora nem a bens que tenham sido importados. Regime Especial Tributário do Patrimônio de Afetação - RET - Redução de alíquota Foi reduzido de 6% para 4% o percentual aplicável sobre a receita mensal recebida para cada incorporação submetida ao RET, correspondendo a 1,71% de COFINS; 0,37%, de PIS/PASEP, 1,26%, de IRPJ e, 0,66%, de CSLL. A redução produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013. COFINS-Importação - Majoração de alíquota - Inclusão e exclusão de novos produtos A partir de 1º de abril de 2013, os produtos acrescidos ao Anexo I da Lei nº 12.546/2011, estarão sujeitos a alíquota de 8,6% da COFINS-Importação, conforme disposto no § 21 do art. 8º da Lei nº 10.865/2004 e, os produtos excluídos voltarão à alíquota de 7,6%. A relação de produtos alcançados pela alteração da alíquota são os mesmos que tiveram alteração em relação a desoneração da folha de pagamento. COFINS - Remuneração dos serviços de arrecadação federais - Exclusão da base de cálculo As pessoas jurídicas integrantes da Rede Arrecadadora de Receitas Federais - Rarf poderão excluir da base de cálculo da COFINS o valor auferido em cada período de apuração como remuneração dos serviços de arrecadação

CRC SP - Material exclusivo para uso nas atividades promovidas por este Regional.

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de receitas federais, dividido pela alíquota referida no art. 18 da Lei nº 10.684/2003. Não sendo possível fazer a exclusão na base de cálculo da COFINS referente ao período em que auferida remuneração, o montante excedente poderá ser excluído da base de cálculo da COFINS dos períodos subsequentes. Caberá à Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinar essa nova disposição, inclusive quanto à definição do valor auferido como remuneração dos serviços de arrecadação de receitas federais. A exclusão da base de cálculo produzirá efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013. IRRF - Residentes ou domiciliados no exterior - Alíquota zero Foram alterados os arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 12.431/2011, a fim de estipular novas condições para a: a) redução a zero no caso do imposto de renda incidente sobre rendimentos produzidos por títulos ou valores mobiliários adquiridos a partir de 1º de janeiro de 2011, objeto de distribuição pública, de emissão de pessoas jurídicas de direito privado não classificadas como instituições financeiras e regulamentados pela Comissão de Valores Mobiliários ou pelo Conselho Monetário Nacional, quando pagos, creditados, entregues ou remetidos a beneficiário residente ou domiciliado no exterior, exceto em país que não tribute a renda ou que a tribute à alíquota máxima inferior a 20%; b) incidência exclusiva na fonte do imposto de renda e os percentuais aplicáveis sobre os rendimentos auferidos no caso de debêntures emitidos por sociedade de propósito específico constituída para implementar projetos de investimento na área de infraestrutura, considerados como prioritários.

2 – Vigência e Percentual sobre o Faturamento

Já previstos na lei 12.546/11 (Conversão da MP 540/11)

Atividades Período Percentual sobre o Faturamento

TI e TIC, exclusivamente. 01/12/2011 a 31/12/2014 2,5% até 31/07/2012 e 2% de 01/08/2012 a 31/12/2014

TI, TIC (também com outras

atividades) e Call Center.

01/04/2012 a 31/12/2014 2,5% até 31/07/2012 e 2% de 01/08/2012 a 31/12/2014

I – nos códigos 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01 a 63.05, 6812.91.00, 9404.90.00 e nos capítulos 61 e 62; II – nos códigos 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a 64.06;

01/12/2011 a 31/12/2014 1,5% até 31/07/2012 e 1% de 01/08/2012 a 31/12/2014

III – nos códigos 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14; IV – nos códigos 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00; e V – no código 9506.62.00.

01/04/2012 a 31/12/2014 1,5% até 31/07/2012 e 1% de 01/08/2012 a 31/12/2014

Alterações da MP 563/12

Atividades Período Percentual sobre o Faturamento

Empresas do setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da CNAE (Hotéis e Pousadas) • TI, TIC e Call Center (já incluídas na Lei 12.546/11)

01/08/2012 a 31/12/2014 2% - de 01/08/2012 a 31/12/2014

Empresas do Anexo da Lei nº 12.546/11 (o Anexo Inclui os códigos anteriores da Lei 12.546 e inclui novas atividades)

01/08/2012 a 31/12/2014 1% - de 01/08/2012 a 31/12/2014

2.1 – Resumo das Atividades enquadradas a partir de Agosto de 2012 e 2013

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Atividades Período Percentual sobre

o Faturamento

Empresas de Tecnologia da Informação (TI), de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), call center, concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados e o setor hoteleiro (CNAE 5510-8/01);

De 01/08/2012 a 31/12/2014

Alíquota de 2%

Empresas que fabricam fluidos para freios hidráulicos, plásticos, vestuário e seus acessórios, peles, couros, sedas, lãs, tapetes e outros revestimentos para pisos, chapéus e artefatos de uso semelhante, máquinas e aparelhos, válvulas redutoras de pressão, dentre outros, de acordo com a tabela da TIPI, conforme Decreto nº 7.660/11, e nos códigos determinados nos Anexos I e II do Decreto nº 7.828/12.

De 01/08/2012 a 31/12/2014

Alíquota de 1%

Empresas que prestam serviços de transporte rodoviário coletivo de passageiros (CNAE 4921-3 e 4922-1);

- 4921-3- Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal e em região metropolitana; - 4922-1- Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, intermunicipal, interestadual e internacional.

De 01/01/2013 a 31/12/2014

Alíquota de 2%

Empresas do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0.

De 01/04/2013 a 31/12/2014

Alíquota de 2%

Empresas que prestam serviços de:

– manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos;

– transporte aéreo de carga;

– transporte aéreo de passageiros regular;

– transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem;

– transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem;

– transporte marítimo de carga na navegação de longo curso;

– transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso;

– transporte por navegação interior de carga;

– transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e

De 01/01/2013 a 31/12/2014

Alíquota de 1%

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– navegação de apoio marítimo e de apoio portuário.

Empresas que fabricam brinquedos; mármores, cerâmicas, pedras; animais vivos e miudezas; glândulas e outras substâncias de origem animal utilizadas na preparação de produtos farmacêuticos; milho, soja, cereais e farinhas; produtos de pastelaria, pós e pellets de carnes, de miudezas e de pescados, impróprios para alimentação humana; sangue humano, sangue animal preparado para usos terapêuticos, profiláticos ou de diagnóstico, vacinas; medicamentos, conforme classificação na Tabela da (TIPI), “definidos nos Anexos I e II do Decreto nº 7.828/12;

De 01/01/2013 a 31/12/2014

Alíquota de 1%

Empresas de manutenção e reparação de embarcações de acordo com o art. 8º da Lei nº 12.546/11, alterado pela Medida Provisória nº 601/12;

De 01/04/2013 a

31/12/2014

Alíquota de 1%

Lojas de departamentos ou magazines, enquadradas na Subclasse CNAE 4713-0/01; comércio varejista de materiais de construção, enquadrado na Subclasse CNAE 4744-0/05; Comércio varejista de materiais de construção em geral, enquadrado na Subclasse CNAE 4744-0/99; comércio varejista especializado em equipamentos e suprimentos de informática, enquadrado na Classe CNAE 4751-2; comércio varejista especializado em equipamentos de telefonia e comunicação, enquadrado na Classe CNAE 4752-1; comércio varejista especializado em eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo, enquadrado na Classe CNAE 4753-9; comércio varejista de móveis, enquadrado na Subclasse CNAE 4754-7/01; comércio varejista especializado em tecidos e artigos de cama, mesa e banho, enquadrado na Classe CNAE 4755-5; comércio varejista de outros artigos de uso doméstico, enquadrado na Classe CNAE 4759-8; comércio varejista de livros, jornais, revistas e papelaria, enquadrado na Classe CNAE 4761-0; comércio varejista de discos, CDs, DVDs e fitas, enquadrado na Classe CNAE 4762-8, determinados no Anexo II da Lei nº 12.546/11, alterado pela Medida Provisória nº 601/12.

De 01/04/2013 a 31/12/2014

Alíquota de 1%

3 – Aumento da Cofins-Importação • A COFINS-Importação passará de 7,6% para 8,6% a partir de 01/08/2012, para os produtos do Anexo da Lei 12.546/11. LEI 10.865/04 Art. 8º. As contribuições serão calculadas mediante aplicação, sobre a base de cálculo de que trata o art. 7º desta Lei, das alíquotas de: I - 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento), para o PIS/PASEP importação; e II - 7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), para a COFINS-Importação. MP 563/12:

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Art. 43. O art. 8o da Lei no 10.865, de 30 de abril de 2004, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 8o ........................................................................ § 21. A alíquota de que trata o inciso II do caput é acrescida de um ponto percentual, na hipótese de importação dos bens classificados na TIPI, aprovada pelo Decreto no 7.660, de 23 de dezembro de 2011, relacionados no Anexo à Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011.” (NR) - Vigência: 01/08/2012. 4 – Vencimentos de DARF e GPS/Retificações • O vencimento do DARF é o no dia 20 do mês seguinte à ocorrência do fato gerador (mesmo dia de vencimento da GPS), antecipando em caso de dia não útil. • As contribuições não pagas da forma acima deverão ser objeto de pagamento com juros e multa (DARF) • Caso a GFIP tenha sido feita de forma incorreta, deverá ser retificada. • A contribuição previdenciária paga a maior em GPS poderá ser objeto de COMPENSAÇÃO nas competências posteriores. 5 – Empresas com atividades exclusivamente enquadradas O cálculo é simples. Basta aplicar o percentual sobre o faturamento, excluídas as receitas de EXPORTAÇÃO, as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos e recolher no DARF no código citado, além das demais contribuições não desoneradas e as retenções efetuadas.

6 - Empresas sem Faturamento Mensal Nos meses em que a empresa não tiver faturamento, mas tiver gastos com folha de pagamento, pagará como? Deixará de contribuir à Previdência Social em relação aos percentuais desonerados, pagando o RAT Ajustado, a Contribuição para Outras Entidades e, caso contrate cooperativa de trabalho, os 15% de contribuição patronal sobre o valor devido.

7 - Empresas com Atividades enquadradas e não enquadradas Art. 9º - Lei 12.546/11 (alterado pela MP 563/11) determina: § 1o No caso de empresas que se dedicam a outras atividades, além das previstas nos arts. 7o e 8o, até 31 de dezembro de 2014, o cálculo da contribuição obedecerá: I - ao disposto no caput desses artigos quanto à parcela da receita bruta correspondente às atividades neles referidas; e II - ao disposto no art. 22 da Lei no 8.212, de 1991, reduzindo-se o valor da contribuição a recolher ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não relacionadas aos serviços de que trata o caput e a receita bruta total. (considerando somente o que consta nos INCISOS I e III, ou seja, os 20% sobre a folha de empregados e contribuintes individuais). 8 – Matriz e Filial Temos uma empresa industrial composta por matriz e mais 3 filiais, sendo que as filiais apenas industrializam. Toda a venda é feita pelo estabelecimento matriz (faturamento único).

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Como fica o pagamento dessa contribuição? Se ela é feita com base no faturamento e as filiais não possuem faturamento?

A Lei nº 12.546 alterado pela Medida Provisória nº 563, de 2012, é obrigatório para as empresas abrangidas por essas disposições legais, e os recolhimentos dos valores referentes à CPRB devem ser efetuados de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, nos mesmos moldes das demais contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta, de modo que a respectiva base de cálculo alcança, inclusive, portanto, a receita bruta auferida por filiais, ainda que, na hipótese, estas últimas exerçam, exclusivamente, atividade comercial.

O recolhimento será centralizado pelo estabelecimento matriz, se, as filiais não efetuam vendas, os recolhimentos serão apenas o valor faturado pela matriz e recolhido pelo CNPJ da Matriz, é o meu entendimento.

SOLUÇÃO DE CONSULTA N o 38, DE 21 DE MAIO DE 2012 ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB). O regime da chamada Contribuição Previdenciária Patronal substitutiva da folha de pagamento, instituído, na espécie, pelo art. 8º da Lei nº 12.546, de 2011, alterado pela Medida Provisória nº 563, de 2012, é obrigatório para as empresas abrangidas por essas disposições legais, e os recolhimentos dos valores referentes à CPRB devem ser efetuados de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, nos mesmos moldes das demais contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta, de modo que a respectiva base de cálculo alcança, inclusive, portanto, a receita bruta auferida por filiais, ainda que, na hipótese, estas últimas exerçam, exclusivamente, atividade comercial. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 12.546, de 2011, arts, 7º a 10, com redação da Medida Provisória nº 563, de 2012; Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 2010, art. 6º, inciso XII, § 11, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.258, de 2012; Ato Declaratório Executivo Codac nº 93, de 2011, art. 5º, parágrafo único. ISABEL CRISTINA DE OLIVEIRA

9 – DCTF

Conforme previsto no artigo 6º, inciso XII e § 11 da Instrução Normativa RFB nº 1.110/2010, na redação dada pela Instrução Normativa RFB nº 1.258/2012, a DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais) conterá informações relativas à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB, de que tratam os artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546, de 14/12/2011, com as alterações da Medida Provisória nº 563/2012.

Note-se que os valores referentes à Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - CPRB, cujos recolhimentos deverão ser efetuados de forma centralizada pelo estabelecimento matriz, nos mesmos moldes das demais contribuições sociais incidentes sobre a receita bruta, deverão ser informados na DCTF apresentada pelo estabelecimento matriz.

Pela DCTF, o Fisco é informado pelas empresas e órgãos públicos sobre os tributos apurados em cada mês, os pagamentos, eventuais parcelamentos e as compensações de crédito. Com essas informações, a Receita faz um cruzamento de dados e identifica quais contribuintes estão inadimplentes.

Com a mudança da base de cálculo da folha de pagamento para faturamento, muda o atendimento às obrigações acessórias. O INSS sobre a receita bruta passa a ser informado na DCTF.

A Receita também incluiu, entre os dados que as empresas precisam prestar por meio da DCTF, a contribuição sobre o faturamento para os setores que tiveram desoneração na folha de salários no ano passado.

Apesar de o governo ter criado esta contribuição para compensar a retirada do pagamento da contribuição patronal ao INSS dos setores de calçados, confecções e softwares, as empresas não tinham espaço na DCTF para informarem os valores pagos.

Nota:

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Retificação da DCTF A Receita Federal vai ser mais rigorosa com as empresas que retificarem a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais – DCTF.

A partir de abril2012, o Fisco passou a cruzar os dados declarados pelas empresas com as informações dos órgãos públicos para identificar os contribuintes inadimplentes.

Antes de aceitar a declaração retificadora, a Receita fará uma auditoria eletrônica, para conferir irregularidades. Se houver indícios de fraude, a declaração não será aceita e o contribuinte precisará justificar as informações prestadas.

Setores que tiveram desoneração na folha de salários no ano passado terão que incluir a contribuição sobre o faturamento entre os dados a serem apresentados na DCTF.

Se a empresa não recolher o DARF da contribuição previdenciária sobre a receita, é necessário declarar esse débito na DCTF? Sim. Os débitos de tributos federais de pessoas jurídicas são declarados por meio da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF Mensal), onde se inclui as informações relativas à contribuição previdenciária sobre a receita bruta de que tratam os artigos 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011 (Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24 de dezembro de 2010 com alterações da Instrução Normativa RFB nº 1.258, de 13 de março de 2012). 10 - Perguntas e Respostas

1) Quais as atividades enquadradas pela Desoneração da Folha de Pagamento e em que data passou a ter o recolhimento da contribuição previdenciária substituída pela contribuição sobre a receita? I) Atividades citadas no artigo 2º do Decreto nº 7.828/12: a) vigência 1º de dezembro de 2011 a 31 de dezembro de 2014: Serviços de Tecnologia da Informação - TI e de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC; b) vigência 1º de abril de 2012 a 31 de dezembro de 2014: Empresas de call center e de TI e TIC que se dediquem a outras atividades; c) vigência 1º de agosto de 2012 a 31 de dezembro de 2014: Setor hoteleiro enquadradas na subclasse 5510-8/01 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0; e empresas que exerçam atividades de concepção, desenvolvimento ou projeto de circuitos integrados; d) vigência 1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2014: I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadrada nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0; II - de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; III - de transporte aéreo de carga; IV - de transporte aéreo de passageiros regular; V - de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; VI - de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; VII - de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; VIII - de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso; IX - de transporte por navegação interior de carga; X - de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e XI - de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário. II) Atividades citadas no artigo 3º do Decreto nº 7.828/12 que fabriquem os produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos seguintes códigos: a) vigência 1º de dezembro de 2011 a 31 de dezembro de 2014: I - 3926.20.00, 40.15, 42.03, 43.03, 4818.50.00, 63.01 a 63.05, 6812.91.00, 9404.90.00 e nos capítulos 61 e 62; e II - 4202.11.00, 4202.21.00, 4202.31.00, 4202.91.00, 4205.00.00, 6309.00, 64.01 a 64.06.

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b) vigência 1º de abril de 2012 a 31 de dezembro de 2014: I - 41.04, 41.05, 41.06, 41.07 e 41.14; II - 8308.10.00, 8308.20.00, 96.06.10.00, 9606.21.00 e 9606.22.00; e III - 9506.62.00. c) vigência 1º de agosto de 2012 a 31 de dezembro de 2014: As fabricantes dos produtos classificados na TIPI nos códigos referidos no Anexo I do Decreto nº 7.828/12. d) vigência 1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2014: As fabricantes dos produtos classificados na TIPI nos códigos referidos no Anexo II do Decreto nº 7.828/12. 2) A contribuição sobre a receita prevista na Lei n° 12.546/2012 altera a forma de recolhimento da contribuição para o RAT (1%, 2%, 3% - acrescidas do FAP) e a contribuição para Outras Entidades e Fundos (Terceiros)? As contribuições citadas continuam sendo recolhidas normalmente por meio de GPS, tendo em vista que a substituição da contribuição sobre a receita foi apenas em relação aos 20% patronal sobre o salário de contribuição na folha de pagamento, não substituindo os recolhimentos em questão. 3) Durante a vigência da Lei n° 12.546/2011, as empresas que prestam os serviços exclusivos de TIC e TIC e as empresas de Call Center que exportam serviços, continuam fazendo jus às reduções previstas no artigo 14 da Lei nº 11.774/2008? Segundo o § 7º do artigo 2° do Decreto n° 7.828/2012, tais empresas continuam fazendo jus apenas em relação às reduções das contribuições devidas a terceiros (Outras entidades e Fundos) a que se refere o § 7º do artigo 14 da Lei nº 11.774, de 2008. 4) Quais as alíquotas a serem aplicadas sobre a receita? As alíquotas a serem aplicadas sobre a receita são: a) Atividades citadas no artigo 3º do Decreto nº 7.828/12: I – 2,5% por cento, no período entre 1º dezembro de 2011 e 31 de julho de 2012; II – 2%, no período entre 1º de agosto e 31 de dezembro de 2014; III – 2%, no período entre 1o de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, para as empresas de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, intermunicipal em região metropolitana, intermunicipal, interestadual e internacional enquadrada nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0; IV – 1%, no período entre 1º de janeiro de 2013 e 31 de dezembro de 2014, para as empresas de: a) de manutenção e reparação de aeronaves, motores, componentes e equipamentos correlatos; b) de transporte aéreo de carga; c) de transporte aéreo de passageiros regular; d) de transporte marítimo de carga na navegação de cabotagem; e) de transporte marítimo de passageiros na navegação de cabotagem; f) de transporte marítimo de carga na navegação de longo curso; g) de transporte marítimo de passageiros na navegação de longo curso; h) de transporte por navegação interior de carga; i) de transporte por navegação interior de passageiros em linhas regulares; e j) de navegação de apoio marítimo e de apoio portuário. b) Atividades citadas no artigo 3º do Decreto nº 7.828/12 que fabriquem os produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011 nos códigos abrangidos: I – 1,5% no período de 1º dezembro de 2011 a 31 de julho de 2012; e II – 1% no período de 1º de agosto de 2012 a 31 de dezembro de 2014. 5) Quais empresas são consideradas de TI e TIC? Consideram-se serviços de Tecnologia da Informação (TI) e de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) aquelas referidas no § 4° do artigo 14 da Lei nº 11.774/08, a saber: I - análise e desenvolvimento de sistemas; II - programação; III - processamento de dados e congêneres; IV - elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos;

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V - licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; VI - assessoria e consultoria em informática; VII - suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados; e VIII - planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. 6) As empresas que exercem atividades exclusivas de representante, distribuidor ou revendedor de programas de computador estão enquadradas na Lei n° 12.546/2011? Não. De acordo com o disposto no § 1º do artigo 2° do Decreto n° 7.828/2012, as regras da Lei n° 12.546/2011 não se aplica às empresas que exerçam exclusivamente as atividades citadas. Todavia, estará abrangida pela regra da Lei n° 12.546/2012 quando a empresa for de TIC e TIC e exercer atividade de representação, distribuição ou revenda de programas de computador e cuja receita bruta que decorra dessas atividades seja inferior a 95% por cento da receita bruta total (§ 3°, inciso II, do artigo 3° do Decreto n° 7.828/2012). 7) A empresa é obrigada a enquadrar-se nas regras da Lei n° 12.546/2011 ou é opcional? Segundo o artigo 4° do Decreto n° 7.828/2012, as contribuições calculadas sobre a receita têm caráter impositivo aos contribuintes que exercem as atividades abrangidas pela Lei n° 12.546/2011. Portanto, a empresa não poderá optar. 8) É permitido quais exclusões sobre o valor da receita bruta? Em conformidade com o inciso II do artigo 5° do Decreto n° 7.828/2012, na determinação da base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a receita, poderão ser excluídas: a) a receita bruta de exportações; b) as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; c) o IPI, quando incluído na receita bruta; e d) o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. 9) Para fins do cálculo da contribuição previdenciária, deve-se considerar a receita de revenda de produtos (adquiridos de terceiros)? Não. O § 5º do artigo 3° do Decreto n° 7.828/2012 determina que deva ser considerada apenas a receita em relação aos produtos industrializados pela empresa. Em outras palavras, deve se considerar apenas as receitas advindas da venda dos produtos fabricados pela empresa, cujo NCM esteja na lista das atividades sujeitas à contribuição previdenciária sobre a receita. 10) As regras da Lei n° 12.546/2011 aplica-se também em relação a receita dos produtos industrializados por encomenda? Sim. Neste caso deve ser considerada também a receita dos produtos industrializados por encomenda, uma vez que o § 6° do artigo 3° do Decreto n° 7.828/2012 determina que devam ser considerados os conceitos de industrialização e industrialização por encomenda prevista na legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI. 11) Qual é o conceito de industrialização por encomenda? Nos termos do inciso IV do artigo 9° do Decreto nº 7.212/10, industrialização por encomenda é aquela realizada por outro estabelecimento da mesma empresa ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos. 12) As regras da Lei n° 12.546/2011 aplicam-se também em relação a empresa executora da encomenda? Sim. O § 7º do artigo 3° do Decreto n° 7.828/2012 dispõe que nos casos em que a industrialização for efetuada parcialmente por encomenda, as regras da Lei n° 12.546/2011 aplica-se também às empresas executoras, desde que de suas operações resulte produtos com códigos NCM abrangidos pela desoneração.

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13) As empresas que possuem receitas de natureza operacional ou não operacional, como os aluguéis, aplicações financeiras, venda do ativo imobilizado e etc, devem considerá-las no cálculo da contribuição previdenciária sobre receita? Não. Estas receitas não são advindas da venda de serviços ou de produtos industrializados pela empresa, portanto não estão alcançadas pela incidência da contribuição previdenciária sobre receita, e por isso não deve ser somada a base de cálculo. (Fonte: Site da Receita Federal - FAQ EFD-Contribuições - pergunta de n° 98 - http://www1.receita.fazenda.gov.br/faq/efd-contribuicoes.htm). 14) Deve ser considerada como “Outras Atividades, Produtos e Serviços” as receitas de natureza operacional ou não operacional, como os aluguéis, aplicações financeiras, venda do ativo imobilizado e etc.? Não. Estas receitas não são consideradas como “Outras Atividades, Produtos e Serviços”. (Fonte: Site da Receita Federal - FAQ EFD-Contribuições - pergunta de n° 98 - http://www1.receita.fazenda.gov.br/faq/efd-contribuicoes.htm). 15) Como deve ser calculada a contribuição previdenciária sobre a receita das empresas com atividades abrangidas pela Lei n° 12.546/2011? Se a empresa possuir atividade exclusiva abrangida pela Lei n° 12.546/2011, aplica-se a alíquota de 1% ou 2% conforme a atividade sobre a receita bruta, excluindo: a) a receita bruta de exportações; b) as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; c) o IPI, quando incluído na receita bruta; e d) o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário. 16) Como deve ser calculada a contribuição previdenciária da empresa que auferir receitas de outras atividades não abrangidas pela Lei n° 12.546/2011, cuja receita bruta delas decorrente seja igual ou inferior a 5% da receita bruta total? Em conformidade com os §§ 3° e 4° do artigo 6° do Decreto n° 7.828/2012 NÃO será aplicada qualquer proporcionalização. A empresa pode aplicar a alíquota de 1% ou 2% conforme a atividade sobre a receita bruta total auferida no mês, excluindo os descontos permitidos. Exemplo (empresa de TI e TIC): Receita da atividade abrangida pela desoneração: R$ 96.000,00 (96%) Receita Outras atividades: R$ 4.000,00 (4%) Receita Total de todas as atividades: R$ 100.000,00 Contribuição sobre a receita a recolher: R$ 2.000,00 (R$ 100.000,00 x 2%) • Valor INSS Patronal (Darf) = % INSS Patronal sobre a Receita Bruta Total (R$ 100.000,00 x 2% = R$ 2.000,00) • Redutor % INSS Patronal = R$ 0,00. Ou seja, isenção total dos 20% da parte Patronal. 17) Como fica a empresa enquadrada na Lei n° 12.5462011, mas que auferir receitas de Outras Atividades diversas não enquadradas e estas for igual ou superior a 95% do valor total da receita bruta total? Em conformidade com o § 2°, inciso II, alínea “a” do artigo 3° do Decreto n° 7.828/2012, não será aplicada as regras da Lei n° 12.546/2011. Isso quer dizer que a empresa deve recolher as contribuições patronais de 20% normalmente, sobre a totalidade do salário de contribuição na folha de pagamento, não sendo aplicada qualquer proporcionalização. Exemplo: Receita da atividade abrangida pela desoneração: R$ 4.000,00 (4%) Receita Outras atividades: R$ 96.000,00 (96%)

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Receita Total de todas as atividades: R$ 100.000,00 Salário de Contribuição na Folha de Pagamento: R$ 20.000,00 Contribuição Previdenciária a recolher: R$ 4.000,00 (R$ 20.000,00 x 20%) Entretanto, vale salientar que a regra acima é válida apenas para as seguintes atividades: a) TIC e TIC que exerce as atividades de representação, distribuição ou revenda de programas de computador e cuja receita bruta que decorra dessas atividades seja igual ou superior 95% por cento da receita bruta total (§ 3°, inciso II, do artigo 3° do Decreto n° 7.828/2012); e • Valor INSS Patronal (Darf) = R$ 0,00 (não entra na regra da desoneração) • Redutor % INSS Patronal = R$ 0,00 (não entra na regra da desoneração) Reflexos: GPS % INSS Patronal: Salário de Contribuição = R$ 20.000,00 (Base INSS Empresa + Base INSS Empresa 13°Salário) x 20% = R$ R$ 4.000,00 b) Atividades citadas no artigo 3º do Decreto nº 7.828/12 que fabriquem os produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, aprovada pelo Decreto nº 7.660, de 23 de dezembro de 2011, nos códigos referidos (§ 2°, inciso II, alínea “a” do artigo 3° do Decreto n° 7.828/2012). • Valor INSS Patronal (Darf) = R$ 0,00 (não entra na regra da desoneração) • Redutor % INSS Patronal = R$ 0,00 (não entra na regra da desoneração) Reflexos: GPS % INSS Patronal Salário de Contribuição = R$ 20.000,00 (Base INSS Empresa + Base INSS Empresa 13° Sal) x 20% = R$ R$ 4.000,00 18) Como deve ser calculada a contribuição previdenciária da empresa que auferir receitas abrangidas pela Lei n° 12.546/2011 e receitas de outras atividades não enquadradas cuja receita bruta delas decorrente seja superior a cinco por cento da receita bruta total? Neste caso, deve ser aplicada a proporcionalização. I) Quanto à parcela da receita correspondente a atividade abrangida pela Lei nº 12.546/2011 aplica-se a alíquota de 1% ou 2%, conforme a atividade (inciso I do artigo 6° do Decreto n° 7.828/2012); II) Quanto à receita de outras atividades não enquadradas na Lei n° 12.546/2011, o cálculo será efetuado, reduzindo-se o valor da contribuição patronal ao percentual resultante da razão entre a receita bruta de atividades não abrangidas e a receita bruta total (inciso II do artigo 6° do Decreto n° 7.828/2012). Exemplo (empresa de TI e TIC): Receita da atividade abrangida pela desoneração: R$ 90.000,00 (90%) Receita Outras atividades: R$ 10.000,00 (10%) Receita Total de todas as atividades: R$ 100.000,00 Salário de Contribuição na Folha de Pagamento: R$ 20.000,00 • Valor INSS Patronal (Darf) = % INSS Patronal sobre a Receita Bruta Atividade (R$ 90.000,00 x 2% = R$ 1.800,00) • Redutor % INSS Patronal = Receita Bruta Outras Atividades divido pela Receita Brutal Total (R$ 10.000,00 / R$ 100.000,00 x 100 = 10%) Cálculos: a) Receita bruta das atividades relacionadas: Receita bruta atividade abrangida pela desoneração x alíquota correspondente: R$ 90.000,00 x 2% = R$ 1.800,00 b) Receita bruta outras atividades: Receita bruta outras atividades / receita bruta total: R$ 10.000,00 / R$ 100.000,00 = 0,10 Salário de Contribuição na Folha de Pagamento: R$ 20.000,00 x 20% = R$ 4.000,00 Contribuição Previdenciária x Percentual Redutor: R$ 4.000,00 x 0,10 = R$ 400,00 Contribuição Previdenciária Patronal em relação a outras atividades: R$ 400,00 Reflexos: GPS % INSS Patronal Salário de Contribuição = R$ 20.000,00 (Base INSS Empresa + Base INSS Empresa 13° Sal) x 20% = R$ R$ 4.000,00 INSS Patronal com Redução = R$ 4.000,00 x 10% (Redutor % INSS Patronal) = R$ 400,00 19) Como deve ser calculada a contribuição previdenciária sobre a receita no caso de empresas matriz e filial?

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Segundo o § 1º do artigo 5° do Decreto n° 7.828/2012, as contribuições devem ser apuradas somando-se as receitas da matriz e da filial. E ainda, as contribuições devem ser pagas de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica. 20) Qual a base de cálculo da contribuição previdenciária sobre a receita, no caso de um hotel que a sua receita é composta com diárias de hospedagens e revenda de bebidas e refeições? Seguindo o disposto em soluções de consultas pertinentes a outros tributos, a atividade de hoteleira que possui receita de diárias (hospedagens) e receitas de refeições, há de se observar o seguinte: a) Na hipótese de hotéis que fornecem refeições, ou qualquer outro tipo de mercadoria e estas se encontram embutidas e cobráveis juntamente com as diárias (hospedagem), entende-se como receita única de serviços; b) Na hipótese de hotéis que fornecem refeições, ou qualquer outro tipo de mercadoria e estas se encontram separada e cobrável a parte das diárias (hospedagem), entende-se como receita de serviços distintos. Assim, para fins de aplicação da desoneração da Folha de Pagamento deve ser considerada como receita apenas os serviços de hotelaria relativos à cobrança de diária pela ocupação da unidade habitacional e os serviços que tiverem incluído nessas diárias. 21) Como as empresas enquadradas na Lei n° 12.546/2011 devem efetuar o recolhimento da contribuição previdenciária sobre a receita? O recolhimento da contribuição sobre a receita em substituição a contribuição previdenciária patronal (20%) é feito por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) nos seguintes códigos (Ato Declaratório Executivo Codac nº 86/2011 com alterações do Ato Declaratório Executivo Codac nº 47/2012). a) 2985 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta – Serviços; e b) 2991 - Contribuição Previdenciária Sobre Receita Bruta – Indústria. Vale salientar que em relação às contribuições previdenciárias descontados dos empregados e contribuintes individuais, RAT e terceiros não houve qualquer alteração, permanecendo o recolhimento por meio da Guia da Previdência Social (GPS), utilizando os mesmos códigos de recolhimento que a empresa utilizava anteriormente à entrada em vigor da Lei nº 12.546/2011. 22) Como deve ser efetuado o recolhimento das contribuições previdenciárias no caso de empresas que possuem atividades abrangidas e não abrangidas pela Lei n° 12.546/2011, mas em determinado mês auferiu apenas receita relativa às atividades não abrangidas pela lei? Em conformidade com o § 1° do artigo 6° do Decreto n° 7.828/2011, se em determinado mês a empresa possuir apenas receitas relativas a Outras Atividades, as contribuições patronais de 20% devem ser recolhidas normalmente, sobre a totalidade do salário de contribuição na folha de pagamento, não sendo aplicada qualquer proporcionalização. 23) Como deve ser efetuado o recolhimento das contribuições previdenciárias no caso da empresa que possui receita de atividade abrangida pela Lei n° 12.546/2011 e também possui receita de Outras Atividades, mas em determinado mês auferiu apenas receita relativa as atividade enquadrada na Lei? Determina o § 2° do artigo 6° do Decreto n° 7.828/2011 que, se em determinado mês a empresa não auferir receita relativa a outras atividades, deve recolher a contribuição previdenciária apenas sobre a receita. 24) No mês em que a empresa enquadrada pela Lei n° 12.546/2011 não auferir receitas deve ser recolhida a contribuição patronal de 20% sobre o salário de contribuição na folha de pagamento? De acordo com o parágrafo único do artigo 4° do Decreto n° 7.828/2011, se a empresa se dedicar exclusivamente às atividades abrangidas pela Lei 12.546/2011, mas em determinado mês não auferir receita, não deve recolher as contribuições patronais de 20% sobre o salário de contribuição na folha de pagamento. Nota: Entende-se que, se a empresa se dedicar as atividades abrangidas pela Lei nº 12.546/2011 e também se dedicar a outras atividades e não possuir receitas deve ser recolhido à contribuição patronal de 20% normalmente.

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25) Como as empresas que se dedicam as atividades previstas na Lei n° 12.546/11 devem prestar as informações no SEFIP/GFIP? O preenchimento do SEFIP/GFIP das empresas que se dedicam as atividades previstas na Lei n° 12.546/2011, deve-se observar as seguintes informações a que dispõe o Ato Declaratório Executivo Codac nº 93/2011, a saber: I) Empresas que se dediquem exclusivamente às atividades previstas nos artigos 7° e 8° da Lei n° 12.546/11: a) Os valores de Contribuição Previdenciária Patronal calculada pelo Sefip e demonstrado no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/ Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa deverão ser somados e lançados no Campo "Compensação". b) A Guia da Previdência Social (GPS) gerada pelo Sefip deverá ser desprezada, devendo ser preenchida GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP). c) Os relatórios gerados pelo Sefip "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados e mantidos demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/ compensação. II) Empresas que se dedicam a Outras Atividades, além das previstas nos artigos 7° e 8° da Lei n° 12.546/12: a) A diferença relativa à Contribuição Previdenciária Patronal entre o valor calculado pelo SEFIP (demonstrados no "Comprovante de Declaração das Contribuições a Recolher à Previdência Social" nas linhas "Empregados/Avulsos" e "Contribuintes Individuais" abaixo do título Empresa) e o valor apurado conforme disposto no inciso II do § 1° do artigo 9º da Lei nº 12.546, de 2011, deverá ser informada no campo "Compensação". b) A GPS gerada pelo SEFIP deverá ser desprezada, devendo ser preenchida GPS com os valores efetivamente devidos sobre os fatos geradores declarados em GFIP. c) Os relatórios gerados pelo SEFIP "Relatório de Valor de Retenção", "Relatório de Compensações" e "Relatório de Reembolso" devem ser desprezados e mantidos demonstrativos de origem do crédito para fins de fiscalização e/ou pedido de reembolso/restituição/ compensação. 26) Como deve ser recolhida a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento do 13º salário das empresas enquadras na Lei n° 12.546/2011? Em conformidade com o artigo 7° do Decreto n° 7.828/2011, em relação aos meses em que a Lei n° 12.546/2011 não estava em vigência para a empresa deve ser recolhido os 20% de contribuição patronal sobre o salário de contribuição do 13º salário em relação aos avos deste período. Exemplo: Supondo que as regras da Lei n° 12.546/2011 entrou em vigor para a empresa somente em agosto de 2012, teremos: a) No tocante ao salário de contribuição dos avos de 13° salário de janeiro até julho de 2012 será calculada a contribuição patronal de 20% normalmente; b) Em relação ao salário de contribuição dos avos de 13° salário de agosto até dezembro de 2012 não será devida nenhuma contribuição a esse título. 27) Como deve ser recolhida a contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamento do 13º salário das empresas com atividades abrangidas pela Lei n° 12.546/2011 e que possuir outras atividades? Segundo as disposições do parágrafo único do artigo 7° do Decreto n° 7.828/2011, neste caso, deve ser aplicado o cálculo de forma proporcional, observando que: a) Em relação aos meses em que a Lei n° 12.546/2011 não estava em vigência para a empresa deve ser recolhido os 20% de contribuição patronal sobre o salário de contribuição na folha de pagamento do 13º salário em relação

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aos avos deste período; b) Em relação ao período enquadrado na Lei n° 12.546/2011, o cálculo será efetuado, reduzindo-se o valor da contribuição patronal sobre o 13º salário, ao percentual resultante da razão entre a receita bruta da atividade não abrangida e a receita bruta total. Observa-se que para fins de cálculo do redutor citado na letra “b” será considerada a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao mês de dezembro de cada ano-calendário. Exemplo: Supondo que as regras da Lei n° 12.546/2011 entrou em vigor para a empresa somente em abril de 2012, teremos: a) No tocante ao salário de contribuição dos avos de 13° salário de janeiro até março de 2012 será calculada a contribuição patronal de 20% normalmente; b) Em relação ao salário de contribuição dos avos de 13° salário de abril até dezembro de 2012, o cálculo será efetuado, reduzindo-se o valor da contribuição patronal sobre o 13º salário, ao percentual resultante da razão entre a receita bruta da atividade não abrangida e a receita bruta total (receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao mês de dezembro). 28) A empresa enquadrada na Lei n° 12.546/2012, mas sem folha de pagamento, ou seja, em decorrência de não possuírem empregados e/ou autônomos e os sócios não retirarem pró-labore, deve recolher a contribuição sobre receita? A Lei n° 12.546/2011 estabelece que a contribuição calculada sobre a receita é em substituição a contribuição patronal de 20% sobre o salário de contribuição. Por isso, em princípio pode-se interpretar que a empresa sem folha de pagamento, não há o que substituir. Por outro lado, o Decreto n° 7.828/2012 informa que as contribuições calculadas sobre a receita têm caráter impositivo aos contribuintes que exercem as atividades abrangidas pela Lei n° 12.546/2011. Por sua vez, seguindo este entendimento, mesmo a empresa sem folha de pagamento estaria obrigada contribuir sobre a receita. Todavia, sugerimos por medida preventiva verificar o posicionamento da Receita Federal do Brasil. 29) A empresa optante pelo Simples Nacional deve recolher a contribuição previdenciária sobre a receita? Em via de regra as empresas optantes pelo Simples Nacional não recolhe a contribuição patronal de 20%, com exceção daquelas enquadradas no Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006 as quais prevalecem à legislação aplicável aos demais contribuintes ou responsáveis. Entretanto, a Receita Federal do Brasil se manifestou por meio da seguinte solução de consulta: SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 70 de 27 de Junho de 2012 ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias EMENTA: Contribuição Substitutiva - Empresas Optantes Pelo Simples Nacional - Não Aplicação. 1. Às empresas optantes pelo Simples Nacional, cujos segmentos tenham sido contemplados pelo art. 7º da Medida Provisória nº 540, de 2011, e pelo art. 7º da Lei nº 12.546, de 2011, não se aplica o regime substitutivo de desoneração da folha de salários. 2. Havendo interesse da pessoa jurídica de recolher as contribuições na forma do regime substitutivo, ela deverá solicitar sua exclusão do Simples Nacional, considerando que não é possível a utilização de regime misto, com incidência, concomitante, da Lei Complementar nº 123, de 2006, e das normas que regulam o regime substitutivo de desoneração da folha de pagamento. Desta forma, entende-se que às empresas optantes pelo Simples Nacional, independentemente do anexo em que se encontrem enquadrada, não se aplicará as regras da Lei nº 12.546/2011, em decorrência de já estarem sujeitas ao sistema de tributação das contribuições previdenciárias próprio. Todavia, sugerimos por medida preventiva verificar o posicionamento da Receita Federal do Brasil. 30) A partir de qual data as empresas enquadradas na Lei n° 12.546/11, passaram a ser obrigadas a entrega da EFD-Contribuições (bloco “P”) contento as informações da contribuição previdenciárias sobre a receita? A Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012 determina a obrigatoriedade da EFD-Contribuições

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(bloco “P”) para fatos geradores ocorridos a partir de março/2012 observando que: a) Para as empresas que foram abrangidas pela Lei nº 12.546/2011 a partir de 1°/12/2011, a entrega da EFD-Contribuições (bloco “P”) passou a ser obrigatória para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de março de 2012 (entrega até o 10º dia útil do mês de maio de 2012); b) Para as empresas que foram abrangidas pela Lei nº 12.546/2011 a partir de 1°/04/2012, a entrega da EFD-Contribuições (bloco “P”) passou a ser obrigatória para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2012 (entrega até o 10º dia útil do mês de junho de 2012); c) Para as empresas que foram abrangidas pela Lei nº 12.546/2011 a partir de 1°/08/2012, a entrega da EFD-Contribuições (bloco “P”) passou a ser obrigatória para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de agosto de 2012 (entrega até o 10º dia útil do mês de outubro de 2012); d) Para as empresas que serão abrangidas pela Lei nº 12.546/2011 a partir de 1°/01/2013, a entrega da EFD-Contribuições (bloco “P”) passará a ser obrigatória para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013 (entrega até o 10º dia útil do mês de março de 2013). 31) Empresa do lucro presumido, sujeita a contribuição previdenciária sobre a receita bruta, também deve apresentar a EFD-Contribuições? Sim. Tanto a empresa sujeita à tributação do IRPJ na sistemática do lucro Real quanto a do Presumido e que estejam enquadras nas hipóteses de incidência da contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta, conforme determina a Instrução Normativa RFB nº 1.252/2012, deve apresentar a EFD-Contribuições contendo as informações da contribuição previdenciárias sobre a receita (bloco “p”). 32) Houve redução na alíquota de 11% de retenção sobre a nota fiscal das empresas abrangidas pelo artigo 7° da Lei n° 12.546/2011 que prestarem serviços mediante cessão de mão de obra? Sim. Em conformidade com o § 6º do artigo 55 da Lei 12.715/2012, no caso de contratação de empresas para a execução dos serviços referidos no artigo 7° da Lei n° 12.546/2011, mediante cessão de mão de obra, na forma definida pelo artigo 31 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, a empresa contratante deverá reter 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços.

11 – Anexos da Lei 12.546/11 e MP 582/12 – “Anexo da Lei 12.546/11 já com a alteração da lei 12.715/12”

Anexo da Lei 12.546/11 alterado pela Lei 12.715/12

NCM NCM (VETADO)

02.03 02.06 02.09

02.10.1 05.04 05.05 05.07 05.10 05.11

(VETADO) (VETADO) (VETADO) (VETADO) (VETADO) (VETADO) Capítulo 16 Capítulo 19 (VETADO) (VETADO) (VETADO) (VETADO) 2515.11.00 2515.12.10 2516.11.00

4009.32.90 4009.42.10 4009.42.90 4010.31.00 4010.32.00 4010.33.00 4010.34.00 4010.35.00 4010.36.00 4010.39.00

40.15 4016.10.10 4016.91.00 4016.93.00 4016.99.90

41.04 41.05 41.06 41.07 41.14

4202.11.00 4202.12.20 4202.21.00 4202.22.20 4202.31.00

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2516.12.00 30.02 30.03 30.04

3005.90.90 3815.12.10 3819.00.00

39.15 39.16 39.17 39.18 39.19 39.20 39.21 39.22 39.23 39.24 39.25 39.26

4009.11.00 4009.12.10 4009.12.90 4009.31.00 4009.32.10

4202.32.00 4202.91.00 4202.92.00

42.03 4205.00.00

43.03 4421.90.00 4504.90.00 4818.50.00 5004.00.00 5005.00.00 5006.00.00

50.07 5104.00.00

51.05 51.06 51.07 51.08 51.09

5110.00.00 51.11 51.12

5113.00 5203.00.00

52.04 52.05

52.06 52.07 52.08 52.09 52.10 52.11 52.12 53.06 53.07 53.08 53.09 53.10

5311.00.00 Capítulo 54 Capítulo 55 Capítulo 56 Capítulo 57 Capítulo 58 Capítulo 59 Capítulo 60 Capítulo 61 Capítulo 62 Capítulo 63 Capítulo 64

Capítulo 65 (exceto código 6506.10.00) 6801.00.00 6802.10.00 6802.21.00 6802.23.00 6802.29.00 6802.91.00 6802.92.00 6802.93.10 6802.93.90 6802.99.90 6803.00.00 6807.90.00 6812.80.00 6812.90.10 6812.91.00 6812.99.10

7309.00.10 7309.00.90 7310.10.90 7310.29.10 7310.29.90 7311.00.00 7315.11.00 7315.12.10 7315.12.90 7315.19.00 7315.20.00 7315.81.00 7315.82.00 7315.89.00 7315.90.00 7316.00.00 7320.10.00 7320.20.10 7320.20.90 7320.90.00 7326.90.90 7419.99.90 7612.90.90 8205.40.00 8207.30.00 8301.20.00 8302.30.00 8308.10.00 8308.20.00 8310.00.00 8401.10.00 8401.20.00 8401.40.00

84.02 84.03 84.04 84.05 84.06 84.07 84.08

84.09 (exceto código 8409.10.00)

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6813.10.10 6813.10.90 6813.20.00 6813.81.10 6813.81.90 6813.89.10 6813.89.90 6813.90.10 6813.90.90 6909.19.30 7007.11.00 7007.21.00 7009.10.00 7303.00.00 7308.10.00 7308.20.00

84.10 84.11 84.12 84.13

8414.10.00 8414.20.00 8414.30.11 8414.30.19 8414.30.91 8414.30.99 8414.40.10 8414.40.20 8414.40.90 8414.59.10 8414.59.90 8414.80.11

8414.80.12 8414.80.13 8414.80.19 8414.80.21 8414.80.22 8414.80.29 8414.80.31 8414.80.32 8414.80.33 8414.80.38 8414.80.39 8414.80.90 8414.90.10 8414.90.20 8414.90.31 8414.90.32 8414.90.33 8414.90.34 8414.90.39 8415.10.90 8415.20.10 8415.20.90 8415.81.10 8415.81.90 8415.82.10 8415.82.90 8415.83.00 8415.90.00

84.16 84.17

8418.50.10 8418.50.90 8418.61.00 8418.69.10 8418.69.20 8418.69.31 8418.69.32 8418.69.40 8418.69.91 8418.69.99 8418.99.00

84.19 84.20

8421.11.10 8421.11.90 8421.12.90 8421.19.10 8421.19.90 8421.21.00 8421.22.00 8421.23.00

8421.39.30 8421.39.90 8421.91.91 8421.91.99 8421.99.10 8421 .99.20 8421.99.91 8421.99.99

84.22 (exceto código 8422.11.10) 84.23 (exceto código 8423.10.00)

84.24 84.25 84.26 84.27 84.28 84.29 84.30 84.31 84.32 84.33 84.34 84.35 84.36 84.37 84.38 84.39 84.40 84.41 84.42

8443.11.10 8443.11.90 8443.12.00 8443.13.10 8443.13.21 8443.13.29 8443.13.90 8443.14.00 8443.15.00 8443.16.00 8443.17.10 8443.17.90 8443.19.10 8443.19.90 8443.39.10 8443.39.21 8443.39.28 8443.39.29 8443.39.30 8443.39.90 8443.91.10 8443.91.91

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8421.29.20 8421.29.30 8421.29.90 8421.31.00 8421.39.10 8421.39.20

8443.91.92 8443.91.99

84.44 84.45 84.46 84.47

84.48 84.49

84.50.20 84.51 (exceto código 8451.21.00)

84.52 (exceto códigos 8452.90.20 e 8452.10.00) 84.53 84.54 84.55 84.56 84.57 84.58 84.59 84.60 84.61 84.62 84.63 84.64 84.65 84.66

84.67.11.10 84.67.11.90 84.67.19.00 84.67.29.91 84.67.29.93 84.67.81.00 84.67.89.00 84.67.91.00 84.67.92.00 84.67.99.00 84.68.10.00 84.68.20.00 84.68.80.10 84.68.80.90 84.68.90.10 84.68.90.20 84.68.90.90 84.69.00.10 84.70.90.10 84.70.90.90 84.71.80.00 84.71.90.19 84.71.90.90 84.72.10.00 84.72.30.90 84.72.90.10 84.72.90.29 84.72.90.30 84.72.90.40 84.72.90.91 84.72.90.99 84.73.10.10 84.73.30.99

84.74 84.75 84.76 84.77

84.78.10.10

84.78.10.90 84.78.90.00

84.79 84.80

8481.10.00 8481.20.10 8481.20.11 8481.20.19 8481.20.90 8481.30.00 8481.40.00 8481.80.21 8481.80.29 8481.80.39 8481.80.92 8481.80.93 8481.80.94 8481.80.95 8481.80.96 8481.80.97 8481.80.99 8481.90.90 8482.30.00 8482.50.90 8482.80.00 8482.91.20 8482.91.30 8482.91.90 8482.99.11 8482.99.19

84.83 8483.10.1

84.84 84.86 84.87 85.01 85.02

8503.00.10 8503.00.90 8504.21.00 8504.22.00 8504.23.00 8504.31.11 8504.31.19 8504.32.11 8504.32.19 8504.32.21 8504.33.00 8504.34.00 8504.40.22 8504.40.30 8504.40.50 8504.40.90 8504.90.10 8505.19.10 8505.20.90 8505.90.10

8505.90.80 8505.90.90 8507.10.00

8517.62.55 8517.62.59 8517.62.62

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8507.10.10 8507.10.90 8507.20.10 8507.90.10 8507.20.90 8507.90.90 8508.60.00 8508.70.00

85.11 (exceto 8511.50.90) 85.12 (exceto código 8512.10.00)

85.13 8514.10.10 8514.10.90 8514.20.11 8514.20.19 8514.20.20 8514.30.11 8514.30.19 8514.30.21 8514.30.29 8514.30.90 8514.40.00 8514.90.00 8515.11.00 8515.19.00 8515.21.00 8515.29.00 8515.31.10 8515.31.90 8515.39.00 8515.80.10 8515.80.90 8515.90.00 8516.10.00 8516.71.00 8516.79.20 8516.79.90 8516.80.10 8516.90.00 8517.18.91 8517.18.99 8517.61.30 8517.62.12 8517.62.21 8517.62.22 8517.62.23 8517.62.24 8517.62.29 8517.62.32 8517.62.39 8517.62.41 8517.62.48 8517.62.51 8517.62.54

8517.62.72 8517.62.77 8517.62.78 8517.62.79 8517.62.94 8517.62.99 8517.69.00 8517.70.10 8518.21.00 8518.22.00 8518.29.90 8518.90.90 8522.90.20 8526.92.00 8527.21.10 8527.21.90 8527.29.00 8527.29.90 8528.71.11 8531.10.90 8532.10.00 8532.29.90 8535.21.00 8535.30.17 8535.30.18 8535.30.27 8535.30.28 8536.10.00 8536.20.00 8536.30.00 8536.41.00 8536.49.00 8536.50.90 8536.61.00 8536.69.10 8536.69.90 8536.90.10 8536.90.40 8536.90.90 8537.10.20 8537.10.90 8537.20.90 8538.10.00 8538.90.90 8539.29.10 8539.29.90 8540.89.90

85.41 8543.10.00 8543.20.00 8543.30.00 8543.70.13 8543.70.39 8543.70.40

8543.70.99 8543.90.90 8544.30.00 8544.42.00

85.46 (exceto código 8546.10.00) 85.47 (exceto código 8547.20.10)

8548.90.90 8601.10.00 8607.19.19 8701.10.00 8701.30.00 8701.90.10 8701.90.90

8708.50.91 8708.50.99 8708.60.10 8708.60.90 8708.70.10 8708.70.90 8708.80.00 8708.91.00 8708.92.00 8708.93.00 8708.94.11 8708.94.12 8708.94.13

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87.02 (exceto código 8702.90.10) 8704.10.10 8704.10.90 8705.10.10 8705.10.90 8705.20.00 8705.30.00 8705.40.00 8705.90.10 8705.90.90 8706.00.20

87.07 8707.10.00 8707.90.10 8707.90.90 8708.10.00 8708.21.00 8708.29.11 8708.29.12 8708.29.13 8708.29.14 8708.29.19 8708.29.91 8708.29.92 8708.29.93 8708.29.94 8708.29.95 8708.29.96 8708.29.99 8708.30.11 8708.30.19 8708.30.90 8708.31.10 8708.31.90 8708.39.00 8708.40.11 8708.40.19 8708.40.80 8708.40.90 8708.50.11 8708.50.12 8708.50.19 8708.50.80 8708.50.90

8708.94.81 8708.94.82 8708.94.83 8708.94.90 8708.94.91 8708.94.92 8708.94.93 8708.95.10 8708.95.21 8708.95.22 8708.95.29 8708.99.10 8708.99.90 8709.11.00 8709.19.00 8709.90.00 8710.00.00 8714.10.00 8714.19.00 8714.94.90 8714.99.90 8716.20.00 8716.31.00 8716.39.00

88.02 88.03

8804.00.00 Capítulo 89 9005.80.00 9005.90.90 9006.10.10 9006.10.90 9007.20.90 9007.20.91 9007.20.99 9007.92.00 9008.50.00 9008.90.00 9010.10.10 9010.10.20 9010.10.90 9010.90.10 9011.10.00 9011.80.10

9011.80.90 9011.90.90 9013.10.90 9015.10.00 9015.20.10 9015.20.90 9015.30.00 9015.40.00 9015.80.10 9015.80.90 9015.90.10 9015.90.90 9016.00.10 9016.00.90 9017.10.10 9017.10.90 9017.30.10 9017.30.20 9017.30.90 9017.90.10 9017.90.90 9018.90.91 9019.10.00

9027.20.29 9027.30.11 9027.30.19 9027.30.20 9027.50.10 9027.50.20 9027.50.30 9027.50.40 9027.50.50 9027.50.90 9027.80.11 9027.80.12 9027.80.13 9027.80.14 9027.80.20 9027.80.30 9027.80.91 9027.80.99 9027.90.10 9027.90.91 9027.90.93 9027.90.99 9028.30.11

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9022.19.10 9022.19.91 9022.19.99 9022.29.10 9022.29.90 9024.10.10 9024.10.20 9024.10.90 9024.80.11 9024.80.19 9024.80.21 9024.80.29 9024.80.90 9024.90.00 9025.11.90 9025.19.10 9025.19.90 9025.80.00 9025.90.10 9025.90.90 9026.10.19 9026.10.21 9026.10.29 9026.20.10 9026.20.90 9026.80.00 9026.90.10 9026.90.20 9026.90.90 9027.10.00 9027.20.11 9027.20.12 9027.20.19 9027.20.21

9028.30.19 9028.30.21 9028.30.29 9028.30.31 9028.30.39 9028.30.90 9028.90.10 9028.90.90 9028.10.11 9028.10.19 9028.10.90 9028.20.10 9028.20.20 9028.90.90 9029.10.10 9029.20.10 9029.90.10 9030.33.21 9030.39.21 9030.39.90 9030.40.30 9030.40.90 9030.84.90 9030.89.90 9030.90.90 9031.10.00 9031.20.10 9031.20.90 9031.41.00 9031.49.10 9031.49.20 9031.49.90 9031.80.11 9031.80.12

9031.80.20 9031.80.30 9031.80.40 9031.80.50 9031.80.60 9031.80.91 9031.80.99 9031.90.10 9031.90.90 9032.10.10 9032.10.90 9032.20.00 9032.81.00 9032.89.11 9032.89.2 9032.89.8 9032.90.10 9032.90.99 9033.00.00 9104.00.00 9107.00.10 9109.10.00 9401.20.00

9401.30

9401.40 9401.5 9401.6 9401.7

9401.80.00 9401.90

94.02 94.03

9404.2 9404.90.00 9405.10.93 9405.10.99 9405.20.00 9405.91.00 9406.00.10 9406.00.92 9506.62.00 9506.91.00

96.06 96.07

9613.80.00

Anexo da MP 582/12, todos com vigência partir de 01/01/2013

(Acréscimo no Anexo à Lei no 12.546, de 14 de dezembro de 2011)

NCM NCM 02.07

0210.99.00 03.01 03.02

33.06 33.07 34.01

3407.00.10

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03.03 03.04 03.06 03.07

1211.90.90 2106.90.30 2106.90.90 2202.90.00 2501.00.90 2520.20.10 2520.20.90 2707.91.00

30.01 30.05 30.06 32.08 32.09 32.14

3303.00.20 33.04 33.05

3407.00.20 3407.00.90 3701.10.10 3701.10.21 3701.10.29 3702.10.10 3702.10.20

38.08 3814.00

3822.00.10 3822.00.90 3917.40.10 3923.21.90 3926.90.30 3926.90.40 3926.90.50 4006.10.00

40.11 4012.90.90

40.13 4014.10.00 4014.90.10

4014.90.90 4015.11.00 4015.19.00 4415.20.00 4701.00.00 4702.00.00

4703 4704

4705.00.00 4706

4801.00 4802

4803.00 4804 4805 4806 4808 4809 4810

4812.00.00 4813 4816 4818 4819

5405.00.00 5604.90.10 6115.96.00 6307.90.10 6307.90.90 6810.99.00 6901.00.00

69.02 69.04 69.05

6906.00.00 6910.90.00

69.11 6912.00.00

69.13 69.14

7001.00.00 70.02 70.03 70.04 70.05

70.18 70.19

7020.00 7201.10.00 7204.29.00 7207.11.10 7208.52.00 7208.54.00 7214.10.90 7214.99.10 7228.30.00 7228.50.00 7302.40.00 7306.50.00 7307.21.00 7307.22.00 7307.91.00 7307.93.00 7307.99.00 7308.90.10 7318.12.00 7318.14.00 7318.15.00 7318.16.00 7318.19.00 7318.21.00 7318.22.00 7318.23.00 7318.24.00 7318.29.00 7321.11.00 7325.10.00 7325.99.10 7326.19.00 7415.29.00 7415.39.00 7616.10.00 7616.99.00 8201.40.00 8203.20.10 8203.20.90 8203.40.00 8204.11.00 8204.12.00 8205.20.00

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7006.00.00 70.07

7008.00.00 70.09 70.10 70.11 70.13

7014.00.00 70.15 70.16 70.17

8205.59.00 8205.70.00

82.12 8301.10.00 8418.10.00 8418.21.00 8418.30.00 8418.40.00 8419.19.90 8419.20.00 8419.89.19

8421.29.11 8421.29.19 8443.32.23 8450.11.00 8450.19.00 8450.20.90

8471.30 8473.30.49 8473.40.90 8480.10.00 8480.20.00 8480.30.00

8480.4 8480.50.00 8480.60.00

8480.7 8482.10.10 8482.99.90 8483.10.20 8483.10.90 8504.10.00 8504.40.10 8504.40.21 8504.40.29 8504.90.30 8504.90.40 8504.90.90 8507.80.00 8517.18.10 8517.61.99 8517.62.13 8517.62.14 8517.70.91 8518.90.10 8525.50.19 8525.60.90 8529.10.11 8529.10.19 8529.10.90 8529.90.40 8530.10.90 8531.20.00 8531.80.00 8531.90.00 8532.22.00 8532.25.90 8533.40.12 8534.00.39 8535.29.00 8535.40.10 8538.90.10 8538.90.20 8543.70.92 8544.49.00 8602.10.00 8603.10.00

8604.00.90 8605.00.10 8606.10.00 8606.30.00 8606.91.00 8606.92.00 8606.99.00 8607.11.10 8607.19.90 8607.21.00 8607.30.00 8607.91.00 8607.99.00 8608.00.12 8712.00.10 8713.10.00 8713.90.00

87.14 8716.90.90 9001.30.00 9001.40.00 9001.50.00 9002.90.00 9003.11.00 9003.19.10 9003.19.90 9003.90.10 9003.90.90 9004.10.00 9004.90.10 9004.90.20 9004.90.90 9011.20.10 9011.90.10 9018.11.00 9018.12.10 9018.12.90 9018.13.00 9018.14.10 9018.14.90 9018.19.10 9018.19.20 9018.19.80 9018.19.90 9018.20.10 9018.20.20 9018.20.90 9018.31.11 9018.31.19 9018.31.90 9018.32.11 9018.32.12 9018.32.19 9018.32.20 9018.39.10 9018.39.21

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9018.39.22 9018.39.23 9018.39.24 9018.39.29 9018.39.30 9018.39.91 9018.39.99 9018.41.00 9018.49.11 9018.49.12 9018.49.19 9018.49.20 9018.49.40 9018.49.91 9018.49.99 9018.50.10 9018.50.90 9018.90.10 9018.90.21 9018.90.29 9018.90.31 9018.90.39 9018.90.40 9018.90.50 9018.90.92 9018.90.93 9018.90.94 9018.90.95 9018.90.96 9018.90.99 9019.20.10 9019.20.20 9019.20.30 9019.20.40 9019.20.90 9020.00.10 9020.00.90 9021.10.10 9021.10.20 9021.10.91 9021.10.99 9021.21.10 9021.21.90 9021.29.00 9021.31.10 9021.31.20 9021.31.90 9021.39.11 9021.39.19 9021.39.20

9021.39.30 9021.39.40 9021.39.80 9021.39.91 9021.39.99 9021.40.00 9021.50.00 9021.90.11 9021.90.19 9021.90.81 9021.90.82 9021.90.89 9021.90.91 9021.90.92 9021.90.99 9022.12.00 9022.13.11 9022.13.19 9022.13.90 9022.14.11 9022.14.12 9022.14.13 9022.14.19 9022.14.90 9022.21.10 9022.21.20 9022.21.90 9022.29.90 9022.30.00 9022.90.11 9022.90.12 9022.90.19 9022.90.80 9022.90.90 9025.11.10 9027.80.99 9402.10.00 9402.90.10 9402.90.20 9402.90.90 9406.00.99 9603.21.00

96.16

12. Bibliografia

Lei nº 8.212/91 – Art. 22– Plano de Custeio e Lei Orgânica da Previdência Social Lei nº 11.774/08 de 17/09/08 Medida Provisória nº 540 de 02/08/11 ADE CODAC 86/11 de 01/12/2011 (DOU 05/12/2011) – códigos de DARF Lei 12.546/11 de 14/12/2011 (DOU 15/12/2011) – conversão da MP 540/11, artigos 7º, 8º, 9º e 52. ADI RFB 042/11 de 15/12/2011 (DOU 16/12/2011) – Regras para o 13º Salário ADE CODAC 93/11 de 19/12/2011 (DOU de 20/12/2011) - orientações da GFIP IN RFB 1.252/12, de 01/03/2012 – EFD - Contribuições. Medida Provisória n º 563/12 (DOU 04/04/2012) – inclui novas atividades a partir de 01/08/2012 e reduz os percentuais, alterando a Lei 12.546/11.

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LEI 12.715, DE 17-9-2012 - (DO-U DE 18-9-2012) – c/ Retificação no DO-U DE 19-9-12 Medida Provisória nº 582, DE 20-9-2012 (DO-U DE 21-9-2012). Decreto nº 7.828, de 16-10-2012 –(DO-U de 17/10/2012). Instrução Normativa nº 1.305 – 26-12-2012 Medida Provisória n 601, de 28 de Dezembro de 2012 – (Ed.Extra, do DO-U de 28-12-2012).

13 – Exercícios s/ Desoneração

Atividades 100% Desoneradas 1. Uma empresa de TI com as características abaixo, quanto pagará à Previdência Social com a nova sistemática? Faturamento em Agosto/2012 R$ 100.000,00 Folha de Pagamento de Empregados R$ 20.000,00 Folha de Pró-labore R$ 1.000,00 Retenções de empregados e Pró-labore R$ 2.000,00 RAT Ajustado: 2% x FAP Neutro (1,00) 2% Terceiros 5,8%

Descrição Valor Recolhimento 1 - RAT Ajustado: 2% x FAP Neutro (1,00) sobre a folha dos empregados

2 - Terceiros: 5,8% sobre a folha dos empregados

3 - Retenções de empregados e Pró-labore R$ 2.000,00

4 - Total da GPS a pagar (RAT + Terceiros + Retenções) = 1 + 2 +3

GPS no código 2100

5 - Valor da CPP não recolhida em GPS = 20% sobre a folha dos empregados e Pró-labore

Informar na GFIP no campo

COMPENSAÇÃO 6 - Percentual de 2% sobre o Faturamento DARF no código

2985

7 - Diferença (valor economizado ou aumentado) = 5 – 6 valor da CPP não recolhida em GPS(-) valor do recolhimento em DARF

---------------------

Qual o valor a ser informado no campo compensação da GFIP? 2. Uma Indústria de confecções com as características abaixo, quanto pagará à Previdência Social com a nova sistemática? Faturamento em Agosto/2012 R$ 100.000,00 Folha de Pagamento de Empregados R$ 20.000,00 Folha de Pró-labore R$ 1.000,00 Retenções de empregados e Pró-labore R$ 2.000,00 RAT Ajustado: 3% x FAP Neutro (1,00) 3%

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Terceiros 5,8%

Descrição Valor Recolhimento 1 - RAT Ajustado: 3% x FAP Neutro (1,00) sobre a folha dos empregados

2 - Terceiros: 5,8% sobre a folha dos empregados

3 - Retenções de empregados e Pró-labore R$ 2.000,00

4 - Total da GPS a pagar (RAT + Terceiros + Retenções) = 1 + 2 +3

GPS no código 2100

5 - Valor da CPP não recolhida em GPS = 20% sobre a folha dos empregados e Pró-labore

Informar na GFIP no campo

COMPENSAÇÃO 6 - Percentual de 1% sobre o Faturamento DARF no código

2991

7 - Diferença (valor economizado ou aumentado) = 5 – 6 valor da CPP não recolhida em GPS(-) valor do recolhimento em DARF

---------------------

Qual o valor a ser informado no campo compensação da GFIP?

Atividades parcialmente Desoneradas 1- Uma empresa de TI que também comercializa produtos de informática com as características abaixo, quanto pagará à Previdência Social com a nova sistemática? Faturamento Total em Agosto/2012 R$ 100.000,00 Faturamento de TI (70%) R$ 70.000,00 Faturamento de Vendas de Produtos (30%) R$ 30.000,00 Folha de Pagamento de Empregados R$ 20.000,00 Folha de Pró-labore R$ 1.000,00 Retenções de empregados e Pró-labore R$ 2.310,00 RAT Ajustado: 2% x FAP Neutro (1,00) 2% Terceiros 5,8%

Descrição Valor Recolhimento 1 - RAT Ajustado: 2% x FAP Neutro (1,00) sobre a folha dos empregados

2 - Terceiros: 5,8% sobre a folha dos empregados

3 - Retenções de empregados e Pró-labore R$ 2.310,00

4 – Percentual do faturamento de outras atividades(30%) aplicado sobre a CPP calculada

GPS no código 2100

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sobre a folha (20%) 5 - Total da GPS a pagar (RAT + Terceiros + Retenções) = 1 + 2 +3+4

6 - Valor da CPP não recolhida em GPS = 20% sobre a folha dos empregados e Pró-labore (-) linha 4

Informar na GFIP no campo

COMPENSAÇÃO 7 - Percentual de 2% sobre o Faturamento. DARF no código

2985

8- Diferença (valor economizado ou aumentado) = 6 – 7, valor da CPP não recolhida em GPS(-) valor do recolhimento em DARF

---------------------

Qual o valor a ser informado no campo compensação da GFIP? 2 - Uma Indústria de confecções que também comercializa presentes com as características abaixo, quanto pagará à Previdência Social com a nova sistemática? Faturamento Total em Agosto/2012 R$ 100.000,00 Faturamento da Indústria (70%) R$ 70.000,00 Faturamento do Comércio (30%) R$ 30.000,00 Folha de Pagamento de Empregados R$ 20.000,00 Folha de Pró-labore R$ 1.000,00 Retenções de empregados e Pró-labore R$ 2.310,00 RAT Ajustado: 3% x FAP Neutro (1,00) 3% Terceiros 5,8%

Descrição Valor Recolhimento 1 - RAT Ajustado: 3% x FAP Neutro (1,00) sobre a folha dos empregados

2 - Terceiros: 5,8% sobre a folha dos empregados

3 - Retenções de empregados e Pró-labore R$ 2.310,00

4 – Percentual do faturamento de outras atividades(30%) aplicado sobre a CPP calculada sobre a folha (20%)

GPS no código 2100

5 - Total da GPS a pagar (RAT + Terceiros + Retenções) = 1 + 2 +3+4

6 - Valor da CPP não recolhida em GPS = 20% sobre a folha dos empregados e Pró-labore (-) linha 4

Informar na GFIP no campo

COMPENSAÇÃO 7 - Percentual de 1% sobre o Faturamento. DARF no código

2991 8- Diferença (valor economizado ou aumentado) = 6 – 7, valor da CPP não recolhida em GPS(-) valor do recolhimento em DARF

---------------------

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Qual o valor a ser informado no campo compensação da GFIP?

13º Salário Exercício referente a 2011 com 13º proporcional para alguns empregados. 1) Empresa de TI com atividades 100% desoneradas em 2011: Na folha de pagamento abaixo, quanto a empresa deverá pagar de CPP, relativamente à Folha do 13º Salário de 2011? Empregados

Avos de 13º em 2011

Valor Total do 13º em 2011

Valor de 1/12 ref.dez/2011 (desonerado)

Valor sobre o qual incidirá a CPP a ser paga na GPS 13/2011

João 12/12 1.200,00 100,00 1.100,00 Maria 06/12 600,00 100,00 500,00 Pedro 01/12 100,00 100,00 0,00 Totais 1.900,00 300,00 1.600,00 Economia (20% da CPP sobre 1/12 de cada empregado ref. A dez/2011): ___________________________________ Pagamento dos 20% em GPS: _________________________ 2) Empresa industrial com atividades parcialmente desoneradas em 2011: Na folha de pagamento abaixo, quanto a empresa deverá pagar de CPP, relativamente à Folha do 13º Salário de 2011? Empregados

Avos de 13º em 2011

Valor Total do 13º em 2011

Valor de 1/12 ref.dez/2011 (desonerado)

Valor sobre o qual incidirá a CPP a ser paga na GPS 13/2011

João 12/12 1.200,00 100,00 1.100,00 Maria 06/12 600,00 100,00 500,00 Pedro 01/12 100,00 100,00 0,00 Totais 1.900,00 300,00 1.600,00 Faturamento DEZEMBRO/2011: Faturamento em dezembro/2011 R$ 100.000,00 Faturamento da Indústria (70%) R$ 70.000,00

Faturamento do outras atividades (30%) R$ 30.000,00

Valor parcialmente desonerado (R$ 300,00) x 30%

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CPP não desonerada de dezembro = valor da linha acima x 20% (a ser recolhida em GPS 13, juntamente com a CPP sobre os demais “avos” do 13º salário). Valor a ser informado em GFIP, no campo compensação = valor parcialmente desonerado (-) CPP não desonerada de dezembro/2011

Exercício - Décimo Terceiro Salário referente a 2011 com 13º integral para todos os empregados.

1. Em 2011 a Indústria de Confecções (receita exclusiva de atividades desoneradas) pagou R$ 20.000,00 referente ao 13º Salário, que foi pago de forma integral para todos os empregados. Quanto deixará de pagar de contribuição patronal previdenciária? Resposta: 2. Em 2011, a Indústria de Confecções XYZ, que também vende artigos para presentes, pagou R$ 20.000,00 referente ao 13º salário de forma integral para todos os seus empregados. Sua receita em dezembro/2011 foi de R$ 100.000,00, sendo que R$ 80.000,00 foi da indústria de confecções e R$ 20.000,00 de outras atividades. Quando deixará de pagar de contribuição patronal previdenciária? Resposta: Exercícios – Décimo Terceiro Salário 2012 de empresas só com atividades desoneradas.

1. Em 2012 a Indústria de Confecções (receita bruta exclusiva de indústria e que já estava na desoneração desde 2011) pagou R$ 20.000,00 referente ao 13º Salário, que foi pago de forma integral para todos os empregados. Quanto deixará de pagar de contribuição patronal previdenciária? Resposta: 2. Em 2012, a Indústria de Confecções XYZ, que também vende artigos para presentes, pagou R$ 20.000,00 referente ao 13º salário de forma integral para todos os seus empregados. Seu faturamento de dezembro de 2012 foi de R$ 100.000,00, sendo que R$ 80.000,00 foi da indústria de confecções e R$ 20.000,00 das vendas de presentes. Quanto deixará de pagar de contribuição patronal previdenciário?

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Resposta: 3. Em 2012, a Tell Call Center Ltda, pagou R$ 20.000,00 referente ao 13º salário de forma integral para todos os seus empregados Sua desoneração começou em abril/2012 e só teve receita desta atividade. Quando deixará de pagar de contribuição patronal previdenciária? Resposta:

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CONTATO:

[email protected]

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