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Palestrantes Izelda Teresinha Oro Presidente Siticom/Chapecó l Exigência feminina no mercado de trabalho l Caminhos para diminuir a jornada de trabalho l Contribuição para que a mulher possa efetivar sua realização profissional, maternal e pessoal Isabel Pires Trevisan Delegada de Pronto Atendimento e da Mulher de Bento Gonçalves l Lei Maria da Penha ANO XIV Nº 104 ABRIL 2013 INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE BENTO GONÇALVES 5º Encontro da Mulher 12 de Abril de 2013, 19 horas Auditório do Sitracom BG Após a palestra haverá coquetel. Reservas até o dia 10/04/2013 Valor: R$ 5,00 “O direito de olhar para o horizonte e veres os teus sonhos de Igualdade e Justiça Social se realizarem...”

Desperta - SITRACOM BG · tamente está nas alturas. A grande maioria da obras não segue as normas e os riscos aumentam muito. As normas técnicas estabelecem que elevadores, jaús,

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Page 1: Desperta - SITRACOM BG · tamente está nas alturas. A grande maioria da obras não segue as normas e os riscos aumentam muito. As normas técnicas estabelecem que elevadores, jaús,

Palestrantes

Izelda Teresinha OroPresidente Siticom/Chapecól Exigência feminina no mercado de trabalhol Caminhos para diminuir a jornada de trabalhol Contribuição para que a mulher possa efetivar sua realização profissional, maternal e pessoal

Isabel Pires TrevisanDelegada de Pronto Atendimentoe da Mulher de Bento Gonçalvesl Lei Maria da Penha

ANO XIVNº 104ABRIL2013

INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE BENTO GONÇALVES

DespertaTrabalhador

5º Encontro da Mulher

12 de Abril de 2013, 19 horasAuditório do Sitracom BG

Após a palestra haverá coquetel.Reservas até o dia 10/04/2013Valor: R$ 5,00

“O direito de olhar para o horizonte e veres os teus sonhos de Igualdade e Justiça Social se realizarem...”

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A Confederação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário (Contricom), sediada em Brasília, em seu projeto de descentralização e de encontro com suas bases, realizou um seminário em Foz do Iguaçu para analisar a situação sócio-econômica do País. O presidente do Sitracom BG, Itajiba Soares Lopes participou do encontro junto com sindicalistas de todo o Brasil e destacou a im-portância de um evento como este, realizado para-lelamente com a Fimma Brasil. “Estamos avançando em um processo que está evidenciando o desenvol-vimento do País, mas é preciso pensar também na situação dos trabalhadores e não apenas do cres-cimento empresarial. É por isso que este seminário quer achar caminhos que garantam a inserção dos trabalhadores neste projeto de desenvolvimento. Para que isso aconteça, é fundamental que os direi-tos destes companheiros sejam respeitados”, anali-sou Itajiba.

O seminário da Contricom, presidida pelo sin-dicalista Francisco Chagas Costa, o Mazinho, quer que o governo trabalhista exija dos empresários a

A Fimma Brasil 2013 su-perou as estimativas iniciais de comercialização. As 434 rodadas realizadas por meio do Projeto Comprador ren-deram negócios da ordem de US$ 7,1 milhões, 8% aci-ma do que havia sido pro-jetado pelos organizadores e 9% a mais do que foi fe-

MOBILIÁRIO 2012 (a partir de agosto/2012)Contrato (período experiência 60 dias) = R$ 839,68Salário Intermediário (intervalo entre término de contrato de experiência e salário normativo) = R$ 870,40Salário Normativo (após 6º mês de empresa) = R$ 972,80

CONSTRUÇÃO CIVIL MAIO 2012 SERVENTESl R$ 860,00 - contrato 60 diasl R$ 900,00 - do 61º até 120 dias de contratol R$ 980,00 - a partir do quinto mês de contratoPROFISSIONAISl R$ 1.150,00 - contrato 60 diasl R$ 1.325,00 - normativo

MÁRMORES E GRANITO 2012Até o 4º mês: R$ 930,00 | NORMATIVO: R$ 957,00

OLARIA E CERÂMICA 2012NORMATIVO: R$ 742,00 (SERVENTES) | R$ 900,00 (PROFISSIONAIS)APÓS 6º MÊS: R$ 834,00 (SERVENTES) |R$ 1.015,00 (PROFISSIONAIS)

MARCENARIAS 2012(Dois Lajeados, Guaporé, Nova Araçá, Nova Bassano, Paraí, São Valentim do Sul, União da Serra)PISO ÚNICO - Contrato: R$ 732,60 | Após 60 dias: R$ 792,00

Pisos Salariais

Contricom almeja desenvolvimento econômico paralelo ao social

contrapartida para os benefícios concedidos. “Não há outro caminho, o Governo Federal vem desone-rando folhas de pagamento de vários setores, redu-zindo IPI, diminuindo o valor das taxas de energia elétrica, cortando juros para importação de máqui-nas e para capital de giro. Essas medidas exigem que haja uma contrapartida imediata para o traba-lhador e nós, como sindicalistas, temos que estar atentos para lutar por isso junto com todos os com-panheiros trabalhadores”, observou Mazinho.

Acabar com as disparidades entre o desenvolvi-mento econômico e social é um dos grandes desa-fios que o movimento sindical tem para o futuro. As novas tecnologias empregadas nas indústrias estão tirando cada vez mais empregos. Itajiba diz que os sindicatos não são contrários a este desenvolvimen-to, mas é preciso valorizar o trabalhador. “Vivemos um momento histórico, com a menor taxa de de-semprego já vista no Brasil. O momento político e social é propício para mudanças como, por exem-plo, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais”, finalizou.

Presidente do Sitracom BG, Itajiba Soares Lopes participou do encontro

Sucesso da Fimma passa pelas mãos dos trabalhadoreschado na edição de 2011. Os encontros, organizados com apoio da Agência Bra-sileira de Promoção de Ex-portações e Investimentos, por meio Projeto Orchestra Brasil, reuniram 20 impor-tadores e 72 empresas ex-positoras. Os compradores vieram da Bolívia, Colôm-

bia, Costa Rica, dos Estados Unidos, do Paraguai, da Ve-nezuela e, com destaque, do Chile e Peru.

A Fimma também supe-rou a expectativa inicial de 40 mil visitantes. Em ter-mos de negócios, o cres-cimento foi de 9% sobre 2011, totalizando em torno de US$ 439 milhões. Só um fabricante de máquinas te-ria negociado mais de R$ 10 milhões na feira.

Os números são muito promissores e o mercado moveleiro, carro chefe da economia de Bento Gonçal-ves, comprova que as ações do Governo Federal vêm trazendo resultados positi-vos com a desoneração da folha de pagamento, a re-

dução do IPI, das taxas de energia elétrica, corte de juros para importação de máquinas e para capital de giro.

O Sitracom BG também comemora os bons resulta-dos da Fimma Brasil, pois vê a feira como uma gran-de oportunidade para ala-vancar a expansão do setor e, em consequência, valori-zar a mão de obra dos tra-balhadores que fazem a o desenvolvimento do setor.

“A feira comprovou o sucesso e a qualidade dos componentes aqui fabrica-dos. E para chegar a este grau de valorização, eles passam pelas mãos de há-beis trabalhadores, com-prometidos com a qualida-

de destes produtos. Sendo assim, nada mais justo do que o reconhecimento des-te mérito”, observa o sin-dicalista Arcelo Rossini. O reconhecimento, segundo ele, “deve vir na mesma medida que o sucesso da feira, com a distribuição da renda gerada”.

A visão de Arcelo é com-partilhada pelo presidente do Sitracom BG, Itajiba So-ares Lopes. “Temos milha-res de famílias em Bento Gonçalves que dependem diretamente do sucesso do setor moveleiro e são pes-soas comprometidas com a qualidade desta produção. É por isso que o Sindicato insiste e não abre mão do desafio de transformar a realidade e do conceito de um socialismo vivo”, obser-vou.

Ivo Vailatti, diretor de Educação do Sitracom BG, lembra que o Brasil é a sexta economia do mun-do, mas o seu Índice de Desenvolvimento Humano o coloca na septuagésima colocação entre 169 países. “Precisamos urgentemente mudar esta situação e isto somente acontece com a valorização dos nossos tra-balhadores”, concluiu.Sindicalistas querem a valorização dos trabalhadores

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Reduzir a zero o núme-ro de acidentes envolvendo trabalhadores nos canteiros de obras é uma meta que o Sitracom BG vem perse-guindo arduamente. Diante da resistência oferecida por parte de empresários e do-nos de obras em seguir as normas técnicas vigentes na legislação brasileira, a mobi-lização do Departamento de Segurança da entidade tem sido ampliada e as vistorias nos canteiros intensificadas. Somente em 2012, os técni-cos em segurança do Sindi-cato realizaram cerca de 280 vistorias em obras de Bento Gonçalves e na sua área de abrangência, que atinge lo-calidades como Nova Prata, Guaporé, Veranópolis e ou-tras.

Estas vistorias são feitas em caráter instrutivo e os técnicos realizam um levan-tamento minucioso para que os responsáveis pela obra saibam exatamente onde estão localizados os proble-mas. “Realizamos um traba-lho orientando empresários, donos de obras e trabalha-dores para que se adaptem às normas previstas. Quando isso não ocorre encaminha-mos a situação para o Minis-tério do Trabalho e Emprego que tem o poder de embar-gar a obra e tomar outras providências”, disse o dire-tor sindical, Ivo Vailatti. Ele lidera a equipe de segurança do Sitracom BG, junto com os técnicos Vicente Kinalski e Ricardo Vargas. Para Vailatti, os números de acidentes que acabam por vitimar trabalha-dores são muito altos e não se justificam. “Temos todos os meios para impedi-los e evitar tragédias que deixam

Uma delegação do Sitracom BG partici-pou da 7ª Marcha das Centrais Sindicais e Movimentos Sociais realizada em Brasília no último mês de março. A mobilização reuniu mais de 50 mil pessoas para uma caminha-da de cinco quilômetros (do estádio Mané Garrincha até o Palácio do Planalto). O tema da marcha foi “Desenvolvimento, Cidadania e Valorização do Trabalho”. Os diretores do Sindicato, Nei Fernandes, Artêmio Borges e Juvenil Tavares de Souza fizeram o percurso.

Com a união de todas as centrais sindi-cais em torno de temas que interessam di-retamente aos trabalhadores (entre elas CUT e Força Sindical), os participantes pediram a redução da carga horária de 44 para 40 horas semanais. “Estamos confiantes que esta redução, que deve ser sem prejuízo aos

Sitracom BG quer zerar acidentesde trabalho em canteiros de obras

marcas nos trabalhadores, em suas famílias. Dessa for-ma vamos também desobri-gar a sociedade a arcar com os elevados custos prove-nientes destes acidentes”, concluiu.

Na entrevista a seguir, os membros do departamento de segurança do trabalho, do Sitracom BG, expõem suas impressões sobre o tra-balho realizado.

Quais os maiores pro-blemas que os técnicos en-contram nas obras?

Vicente Kinalski - O maior problema esta na re-sistência em seguir as nor-mas reguladoras que foram criadas para prevenir os aci-dentes. Em nossas vistorias detectamos que na maioria dos casos, os responsáveis pela obra não contratam um técnico para que faça um plano de prevenção que poderia evitar muitos proble-mas de segurança. Sem esse plano, os riscos de acidentes crescem verticalmente.

Existem muitos traba-lhadores terceirizados nos canteiros de obras e que também estão expostos aos riscos. Como é possível controlar esta situação?

Ricardo Vargas - Quan-do existe um plano de pre-venção feito por um técnico competente as coisas ficam claras e os riscos são contro-lados. Qualquer trabalhador que colocar o pé no canteiro, seja ele um operário contra-tado ou terceirizado, tem que estar devidamente protegido utilizando os equipamentos de proteção individuais e co-letivos. As pessoas precisam saber que existe uma coisa

que se chama responsabili-dade solidária. Caso algum trabalhador terceirizado ve-nha a sofrer algum aciden-te, a responsabilidade passa a ser também do dono da obra. Se o responsável pela obra seguir corretamente as normas de prevenção de aci-dentes, de saúde e de riscos ambientais, estes riscos de-saparecem, pois um técnico competente irá detalhar o plano. Então é só segui-lo.

Onde estão os maiores riscos para a vida dos tra-balhadores?

Vicente Kinalski - Cer-tamente está nas alturas. A grande maioria da obras não segue as normas e os riscos aumentam muito. As normas técnicas estabelecem que elevadores, jaús, guinchos, linha de vida e outros devem ter projetos específicos ava-liados por um engenheiro. Isso é obrigatório, mas mes-mo assim a grande maioria opera de maneira desleixada e os equipamentos são prati-camente rudimentares.

Com relação ao registro legal dos trabalhadores dos canteiros de obras, qual a situação encontrada?

Ivo Vailatti - Infelizmen-te ainda predomina uma situação de desrespeito as legislações trabalhistas. Na maioria das obras existem trabalhadores atuando sem registro na Carteira de Tra-balho. Esta situação tem que acabar. Não podemos mais tolerar que nossos compa-nheiros trabalhadores sejam expostos a riscos diários sem ter ao menos o registro que oficializa sua condição de trabalhador.

O que mais o Sitracom BG pode fazer para ameni-zar esta situação, além das vistorias de caráter educa-tivo?

Ivo Vailatti - Estamos trabalhando em conjunto com o Ministério do Traba-lho e Emprego. Criamos uma força-tarefa conjunta para que de fato as empresas que foram fiscalizadas e não se adequaram sejam obrigadas a isso. Dessa maneira vários canteiros foram vistoriados

novamente e alguns foram embargados. A partir daí ele só volta a operar depois de cumprir todas as obrigações previstas em lei. Além disso, o sindicato tem realizado au-diências públicas em vários municípios da região, onde participam empresários, construtores, trabalhadores e diversos profissionais que atuam no setor para orien-tar e conscientizar para a importância do trabalho de prevenção.

Departamento de Segurança intensificou vistorias nos canteiros

Sitracom BG participa de marcha em Brasíliasalários, irá propiciar que se criem novos postos de trabalho”, argumentou Nei Fer-nandes. Outra importante reivindicação dos trabalhadores diz respeito ao fim do fator previdenciário. “A adoção deste sis-tema é uma agressão ao trabalhador, que vê sua aposentadoria ser drasticamente re-duzida. E isso tem que acabar”, observou o vice-presidente do Sitracom BG, Artêmio Borges.

As principais reivindicações são: 40 ho-ras semanais sem redução de salários, fim do fator previdenciário, reforma agrária, igualdade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho, distribuição de 10% do PIB para educação e 10% para a saúde, correção da tabela do Imposto de Renda, ratificação da OIT e sua regulamentação.

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PRESIDENTE: ITAJIBA SOARES LOPES | 1º VICE-PRESIDENTE: ARTEMIO DA COSTA BORGES | SECRETÁRIO GERAL: CARLOS LAERTE ARANGUIZ JOSENDE | 1º SECRETÁRIO: MARIA LISETE MOTTA | TESOUREIRO GERAL: ARCELO JOSÉ ROSSINI | 1º TESOUREIRO: JORCI GIURIATTI | DIRETOR DE EDUCAÇÃO: IVO VAILATTI | SUPLENTES DA DIRETORIA: Juvenil Tavares de Souza, Clademar Verdi, Fernanda Calza, Denise Raquel Quadri, Valdemar John Berndt, Alexandro Giuriatti da Silva, Rivail Louzada Guimarães | CONSELHO FISCAL - EFETIVOS: Lionina Salete Cabral Piegas, Jandir Rimoldi e Maria de Lourdes F. de Oliveira | CONSELHO FISCAL - SUPLENTES: Armindo Ormar Ritter, Darcy Defendi, Paulo João Dal Magro| DELEGADOS JUNTO À FEDERAÇÃO: Efetivos: Ivo Vailatti e Itajiba Soares Lopes | Suplentes: Nei Edison Fernandes e Ivalino Ceriotti

Edição e Fotos: Giovani Nunes | Editoração: Arte & Texto | Impressão: Pioneiro | Tiragem: 3.000 exemplares | Distribuição Gratuita

DESPERTA TRABALHADOR | INFORMATIVO DO SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DE BENTO GONÇALVES

Rua Candelária, 235 | Bento Gonçalves (RS) | Fone: (54) 3452.2538 | E-mail: [email protected] | www.sitracombg.com.br

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direitotrabalhadordireito do

direito

trabalhadortrabalhador

Assédio moral no ambiente de trabalho: conheça o que é e proteja-seO assédio moral no ambiente de trabalho pode ser definido como toda e

qualquer conduta abusiva do chefe ou superior hierárquico que exponha o trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, que atentem contra a dignidade ou a integridade física ou psíquica, e que degrada o clima de trabalho, podendo até ameaçar o emprego.

O assédio moral não se caracteriza em um episódio esporádico, mas sim por condutas repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho, ca-pazes de ofender e humilhar o trabalhador, gerando-lhe danos à sua saúde física e mental, que podem evoluir para uma incapacidade laborativa, para um pedido de demissão ou até mesmo para a morte.

Saliente-se que o assédio moral não se trata de um mero estresse ou so-brecarregamento de atividades, assim como também não se trata de uma agressão verbal pontual. No assédio moral, o trabalhador percebe a má in-tenção do chefe ou do superior hierárquico e passa a ser uma vítima esco-lhida.

Podemos citar como exemplos de assédio moral, as seguintes condutas reiteradas e repetitivas: dar instruções confusas e imprecisas; atribuir erros imaginários que o trabalhador não cometeu; ignorar a presença do traba-lhador na frente de outros funcionários; não cumprimentar o trabalhador; solicitar trabalhos urgentes sem haver a necessidade; mandar o trabalhador realizar tarefas abaixo de sua capacidade profissional; fazer críticas ou co-mentários maldosos em público sobre o trabalhador, cujas palavras sejam in-juriosas; impor horários injustificados; forçar o trabalhador a pedir demissão; impedir o trabalhador de almoçar ou de conversar com um colega; isolar o trabalhador do convívio de seus colegas; retirar o material necessário à exe-cução do trabalho (computador, telefone); dentre outras.

Dessa forma, a humilhação repetitiva e prolongada passa a interferir na vida e no trabalho da pessoa, pois se constitui de uma violência psicológica, razão pelo qual, deve-se combater e repelir tais condutas.

Mas como o trabalhador que está sendo vítima de assédio moral no am-biente de trabalho pode se defender ou tentar acabar com tal situação?

Primeiramente orientamos que o trabalhador passe a anotar com deta-lhes todas as humilhações sofridas (dia, mês, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa, etc). Também procure a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor. Evite conversar com o agressor, sem testemunhas. Se necessário, procure o auxílio médico ou psi-cológico e relate as humilhações sofridas. E, procure seu sindicato ou um advogado e relate o que vem acontecendo.

Destaque-se que a Constituição Federal, bem como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), protegem e dignificam o trabalho e a pessoa do tra-balhador, viabilizando o ajuizamento de ações para fazer cessar a prática do assédio moral e indenizar o trabalhador pelas agressões e humilhações sofridas.

Além disso, se você já foi ou é testemunha de cenas de humilhação e ridicularização no ambiente de trabalho, seja solidário com o seu colega e ajude-o a comprovar o que vem acontecendo, pois o medo de as pessoas se manifestarem contra tais atos, apenas fortalece o poder do agressor.

Assim sendo, você trabalhador que vem sofrendo algum tipo de cons-trangimento ou humilhação reiterada e prolongada durante o exercício de suas funções, que está lhe ocasionando graves danos à saúde física ou men-tal e que vem degradando o seu ambiente de trabalho, deve fazer valer os seus direitos e denunciar tal conduta abusiva e repugnante, para fins de que o agressor seja responsabilizado pela prática do assédio moral.

Maiores esclarecimentos poderão ser obtidos junto ao Departamento Ju-rídico do Sitracom BG no horário das 8h às 10h, de segunda a sexta-feira, e das 16h às 18h, às quartas e quintas-feiras.

Vanderlei Zortéa / Rosângela CarraroAdvogados

Domingo da

Solidariedade

A última edição do Domingo da Solidarie-dade da temporada de Verão 2012/2013 reuniu a família Sitracom para mais uma confraterniza-ção, no dia 17 de mar-ço. Para o presidente do Sindicato, Itajiba Soares Lopes, a iniciativa foi um grande sucesso. “A intenção da diretoria sempre foi a de usar o Centro de Lazer para que os associados te-nham um local próprio para se encontrar e pas-sar momentos agradá-veis. Com o Domingo da Solidariedade aumen-tamos ainda mais esta participação”.

Além do tradicional almoço, os associados participaram de compe-tições de sinuca e ping-pong.