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    Argumento Evolucionista Contra o Naturalismo - Alvin Plantinga

    despertaibereanos.blogspot.com.br/2008/10/argumento-evolucionista-contra-o.html

    Alvin Plantinga o maior filsofo cristo da atualidade. Formado noCalvin College e professor da Universidade de Notre Dame. Seus

    trabalhos so fundamentais para o estudo da Filosofia da Religio.Esse artigo, na verdade, um esboo de uma preleo dele na BIOLAUniversity onde ele mostra que a incompatibilidade do evolucionismono com o tesmo mas sim com o naturalismo (a crena de que tudoque existe o mundo natural, uma espcie de atesmo extremado), jque o propsito da seleo natural produzir sobrevivncia e nocrenas verdadeiras, portanto, no contexto naturalista no temos amenor garantia de que nossas crenas correspondam realidade. Parauma prvia mais simples e menos filosoficamente sofisticada doargumento veja o artigo Evoluo e Naturalismo: Por que eles so comoleo e guado blogApologia.

    Lembrem-se do nosso sorteio do livro God, Freedom & Evil,do prprioPlantinga.

    O Argumento Evolucionista Contra o Naturalismo

    AlvinPlantingaTraduo: Vitor [email protected]

    A. O PROBLEMA

    Tesmo: Ns seres humanos fomos criados por um ser totalmente bom, onipotente e onisciente; um ser que temconhecimento, propsitos eintenes e age de modo que venha a alcan-los. Deus e criao.

    Naturalismo: A descrio testa excluindo Deus. Carl Sagan, Stephen Jay Gould, DavidArmstrong, Darwin, John Dewey, Bertrand Russell.

    Faculdades cognitivas: os poderes ou faculdades de capacidades atravs das quais ns adquirimos conhecimento ouformamos uma crena: memria, percepo, razo, talvez outros.

    Tesmo e a confiabilidade de nossas faculdades cognitivas:

    Tmas de Aquino:J que os seres humanos foram criados imagem de Deus, em virtude de terem uma natureza que inclui um intelecto, tal

    natureza imagem de Deus em virtude de ter alguma capacidade de imitar Deus (ST Ia q. 93 a. 4);

    E,

    Somente em criaturas racionas encontramos uma semelhana de Deus que conta como uma imagem...Pensando sobre a semelhana da natureza divina, criaturas racionais parecem, de alguma forma, obter uma representaodesse tipo de virtude de imitar a Deus no somente no ato de ser e viver, mas especialmente no ato de compreender (ST IaQ.93 a.6).

    A maioria de ns pensamos (ou pensaramos se fossemos refletir) que pelo menos uma funo ou propsito de nossasfaculdades cognitivas nos prover crenas verdadeiras. Mais do que isso, vamos alm e pensamos que quando elasfuncionam apropriadamente, de acordo com a maneira que fomos projetados, ento na maioria das vezes elas fazem

    exatamente isso.

    Faculdades muito mais adaptadas para alcanar a verdade em algumas reas do que outras; aritmtica elementar e lgica,e a percepo de objetos de tamanho mdio em condies comuns. Lembrando alguns tipos de coisas:

    As coisas ficam mais difceis, entretanto, quando o assunto uma reconstruo precisa do que seria ser, por exemplo, um

    http://despertaibereanos.blogspot.com/http://www.apologia.com.br/?p=116#more-116http://www.blogger.com/www.apologia.com.brhttp://www.apologia.com.br/?p=116#more-116http://www.guilhermedecarvalho.com/Filosofos%20cristaos/plantingapage.htmhttp://despertaibereanos.blogspot.com/http://despertaibereanos.blogspot.com/2008/10/sorteio-do-livro-god-freedom-evil-alvin.htmlhttp://www.blogger.com/www.apologia.com.brhttp://www.apologia.com.br/?p=116#more-116http://www.guilhermedecarvalho.com/Filosofos%20cristaos/plantingapage.htmhttp://despertaibereanos.blogspot.com.br/2008/10/argumento-evolucionista-contra-o.html
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    grego do quinto sculo antes de Cristo (para no mencionar ser um morcego) . E trabalhando no limite dos nossos poderes:cosmologia contempornea, por exemplo. Mas no h um problema, aqui, para o naturalista? Em qualquer nvel para onaturalista que pensa que ns e nossas faculdades cognitivas chegaram at aqui aps bilhes de anos de evoluo (porseleo natural, mutaes genticas, e outros processos cegos trabalhando em fontes de variao gentica tais comomutao gentica randmica)?

    Richard Dawkins (de acordo com Peter Medawar, "um dos mais brilhantes da recente gerao de bilogos") uma vezconfessou e afirmou para A.J. Ayer em um daqueles elegantes, a luz de velas e beberres jantares dos acadmicos deOxford que ele no poderia imaginar ser ateu antes de 1859 (o ano em que foi publicadoA Origem das Espcies de Darwin

    "... embora o atesmo pudesse ser sustentvel antes de Darwin", ele disse, "Darwin tornou possvel ser um ateuintelectualmente completo." O Relojoeiro CegoDawkins continua:

    Contra todas as aparncias contrrias, o nico relojoeiro na natureza so as foras cegas da fsica, ainda que organizadasde uma maneira muito especial. Um verdadeiro relojoeiro tem prescincia: ele desenha as engrenagens, as molas, e planejsuas interconexes, com um propsito futuro em mente. A seleo natural, o processo cego e inconsciente que Darwindescobriu, e o qual ns agora sabemos que a explicao para a existncia e o propsito aparente de toda a forma de vidano tem propsito algum. Se h um relojoeiro, certamente um relojoeiro cego.

    Agora, Dawkins acha que Darwin tornou possvel se tornar um ateu intelectualmente satisfeto. Mas talvez Dawkins estejacompletamente errado aqui. Talvez a verdade esteja na direo oposta. O propsito ltimo da evoluo sobrevivncia eno a produo de crenas verdadeiras.

    Patricia Churchland:

    Essencialmente, um sistema nervoso permite ao organismo funcionar nos quatro F's: alimentao ( feeding), fuga (fleeing),luta (fighting), e reproduo. A principal incumbncia dos sistemas nervosos ajustar as partes do corpo onde elas devemestar para que o organismo sobreviva... Avanos no controle sensrio-motor conferiu uma vantagem evolutiva: umexorbitante estilo de representao vantajosa apenas quando dirigida forma de vida do organismo e aumenta aschances de sobrevivncia (nfase da autora). A verdade, seja l o que ela for, fica por ltimo.

    W. v. O. Quine e Karl Popper, Popper: Visto termos evoludos e sobrevividos, ns podemos estar bastante certos de quenossas hipteses e conjeturas em relao a como o mundo realmente so em sua maioria corretas. Como diz Quine, eleencontra encorajamento em Darwin:

    H algum encorajamento em Darwin. Se o espaamento inato de qualidade um trao ligado geneticamente, ento oespaamento que fez as indues mais bem sucedidas teve a tendncia de predominar atravs da seleo natural. Ascriaturas equivocadas em suas indues tem uma pattica, mas louvvel tendncia de morrer antes de reproduzir suaespcie.

    Quine encontra ainda mais encorajamento em Darwin do que o prprio Darwin:

    "Uma terrvel dvida sempre surge em mim, qual seja, se as convices da mente do homem, que se desenvolveram a partida mente de animais inferiores, so de algum valor ou confiveis. Qualquer um confiaria nas convices da mente de ummacaco, se que h quaisquer convices em tal mente?"

    Quine e Popper por um lado e Darwin e Churchland de outro. Quem est certo?

    Mas ser que podemos estreitar a pergunta? Sobre o que, precisamente, fala o argumento? Darwin e Churchland pareciaacreditar que a evoluo (naturalista) uma razo para duvidar de que nossas faculdades cognitivas so confiveis(produzindo crenas verdadeiras em sua maioria): Chame isso de "A Dvida de Darwin". Quine e Popper, por outro lado,aparentemente pensavam que a evoluo nos d uma razo para crer que nossas faculdades cognitivas de fato produzemcrenas verdadeiras ou verossmeis na maior parte das vezes. Como devermos entender essa briga?

    B. A DVIDA DE DARWIN

    Uma possibilidade: talvez Darwin e Churchland queriam propor que uma certa probabilidade condicional baixa: aprobabilidade das faculdades cognitivas humanas serem "confiveis, visto que as faculdades cognitivas humanas foramproduzidas pela evoluo (A evoluo cega de Dawkins, no dirigida por Deus ou qualquer outra pessoa). Se a evoluo(naturalista) verdadeira, ento nossas faculdades cognitivas so resultado de mecanismos cegos como a seleo natural,

    trabalhando em fontes de variao gentica tais como mutao gentica randmica. E o propsito ltimo ou funo (a'incumbncia' de Churchland) de nossas faculdades cognitivas, se de fato tiverem um propsito ou funo, este asobrevivncia - do indivduo, espcie, gene, ou gentipo. Mas ento improvvel que elas tenham a produo de crenasverdadeiras como funo. Ento a probabilidade de nossas faculdades serem confiveis, dada a evoluo naturalista, seriamuito baixa. Popper e Quine, por outro lado, pensam que probabilidade bastante alta.

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    P(R/N&E)

    N naturalismo metafsico. (Crucial para o naturalismo metafsico, claro, a viso de que no h nenhuma pessoa comoDeus do tesmo tradicional). E: faculdades cognitivas humanas surgiram pela evoluo (como concebida pela cinciaevolucionista contempornea). R: a alegao de que nossas faculdades cognitivas so confiveis. E a pergunta : Qual apropabilidade de R, visto N&E? Darwin e Churchland propuseram que essa probabilidade seria relativamente baixa.Enquanto Quine e Popper pensaram que bastante alta.

    1. DESENVOLVENDO A DVIDA.

    Vamos supor que pensssemos, primeiro, no sobre ns mesmos e nossos ancestrais, mas sobre uma populao hipotticde criaturas um tanto parecidas conosco num planeta similar a Terra. (Darwin props que pensssemos sobre uma outraespcie, como macacos.) Vamos supor que essas criaturas tenham faculdades cognitivas, tenham crenas, mudem decrenas, faam inferncias, e por ai vai; e suponha que essas criaturas tenham surgido por processos de seleoendossados pelo pensamento evolutivo contemporneo. Qual a probabilidade de as crenas deles serem confiveis? Oque P(R/N&E), especificado, no para ns, mas para eles? De acordo com Quine e Popper, bem alta: crena conectadacom ao de tal forma que as crenas falsas levariam a comportamentos no adaptados, o que provvel que os ancestraidesses criaturas tenham apresentado essa pattica mas louvvel tendencia que Quine menciona.

    Mas: primeiro, talvez seja provvel que o comportamento deles seja (ou tenha sido) adaptativo; mas nada segue da em

    relao as suas crenas. Tudo depende de como o comportamento deles est relacionado com suas crenas.

    (a) Talvez as crenas deles no eram a causa do comportamento ( Epifenomenalismo: T.H. Huxley). Se for assim, ento elseriam invisveis evoluo; e ento o fato de que elas surgiram durante a histria evolutiva desses seres no conferirianenhuma probabilidade da maioria das crenas serem verdadeiras, ou quase todas quase verdadeiras, ao invs deamplamente falsas. De fato, a probabilidade de elas serem verdadeiras em sua maioria teria que ser estimada como muitobaixa; a probabilidade de que um conjunto amplo de proposies escolhidos pelo acaso conter muito mais crenasverdadeiras do que falsas baixo. (Poderia ser que uma dessas criaturas acredite que est no elegante jantar de Oxford,quando de fato ele est nadando num pntano primitivo, lutando desesperadamente contra crocodilos famintos.) J.M. Smith"Poucos anos atrs, ele escreveu que nunca tinha entendido porque organismos tinham sentimentos. Bilogos ortodoxosacreditam que o comportamento, embora seja complexo, governado puramente por bioqumica e que as sensaescriadas - medo, dor, admirao, amor - so apenas sombras dessa bioqumica, no vitais para o comportamento do

    organismo...TimeDe. '92

    (b) crenas, de fato, causam comportamento, mas simplesmente em virtude de suas propriedades eletro-qumicas, no porvirtude de seu contedo. Essa possibilidade dita como sendo a "opinio recebida" por Rob Cummins (RepresentaoMental e de Sentido); se voc aceitar o materialismo da mente, difcil ver uma alternativa.

    (c) uma terceira possibilidade: poderia ser que a crena cause o comportamento pelo contedo, mas seja inadequada adaptao. Novamente, possibilidade baixa.

    (d) as crenas de nossas criaturas hipotticas causam seu comportamento e tambm adaptativo. Probabilidade (dessapossibilidade junto com N&E) de que suas faculdades cognitivas so confiveis?

    No to alta quanto voc pode imaginar. Crenas geralmente no produzem comportamento por si mesmas; so crenas,desejos, e outros fatores que juntos levam ao comportamento. Ento o problema que claramente haveriam um nmero depadres diferentes de crena e desejo que iriam resultar na mesma ao; junto com esses haveriam muitos nos quais essacrenas so amplamente falsas. Paulo um homindeo pr-histrico; as exigncias de sobrevivncia exigem dele umcomportamento que evite a aproximao de tigres. Havero muitos comportamentos que so apropriados: fugir,por exemplou escalar uma rocha ngreme, ou pular num buraco pequeno demais para que o tigre entre, ou pular num lago. Peguequalquer um desses comportamentos apropriados B. Paulo se engaja em B, ns pensamos, por ser um cara sensvel eletem averso a ser comido e acredita que B uma forma apropriada de frustrar as intenes do tigre.

    Mas claramente esse comportamento de escape poderia resultar de milhares de outras combinaes crena-desejo:indefinidamente muitos outros sistemas crena-desejo se encaixam perfeitamente em Bda mesma forma. Talvez Paulogoste muito da idia de ser comido, mas quando v um tigre, ele sempre se desloca para um lugar melhor, pois ele acha qu improvvel que o tigre que ele v v com-lo. Isso colocar as partes do corpo nos lugares certos em relao asobrevivncia, sem envolver muito a crena. Ou talvez ele ache que o tigre um gatinho grande, fofo e amistoso e queirabrincar com ele; mas ele tambm cr que a melhor maneira de brincar com ele correr do tigre. Ou talvez ele confundacorrer em direo ao tigre com correr para longe do tigre, crendo que a ao de correr do tigre, seja na verdade, correr emdireo ao tigre; ou talvez ele ache que o tigre seja uma iluso recorrente, e com a inteno de manter a forma, resolve

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    correr uma milha sempre que se depara com tal iluso; ou talvez ele ache que est prestes a comear uma corrida de 1600metros e quer vencer, e cr que a apario do tigre seja o sinal para comear a prova; ou talvez...

    Certamente existem um sem-nmero de sistemas crena-desejo que igualmente se encaixem em um determinadocomportamento. Tentando combinar essas probabilidades numa forma apropriada, ento, seria razovel supor que aprobabilidade de R, do sistema cognitivo dessas criaturas ser confivel, relativamente baixa, algo menos do que a metad

    Agora voltemos para a dvida de Darwin. O raciocnio que se aplica a essas criaturas hipotticas, claro, tambm se aplicans; ento se ns pensarmos que a probabilidade de Rem relao eles relativamente baixa em N&E, ns deveramos

    pensar a mesma coisa sobre a probabilidade de Rem relao a ns. Algo similar a esse raciocnio, talvez, seja o que estpor trs da dvida de Darwin. Ento deveramos pensar que P(R/N&E) para ns bem baixo. E se aceitarmos N&E, isso nd um invalidador para nossa crena em R: uma razo para duvidar, para ser agnstico em relao a isso. Se R improvdada a forma que nossas faculdades se desenvolveram, ento temos uma razo para rejeitar R.

    C. O ARGUMENTO CONTRA O NATURALISMO

    1. A DVIDA DESENVOLVIDA NOVAMENTE

    Claro que o argumento para uma baixa estimativa de P(R/N&E) meio fraco. Em particular, nossas estimativas de vriasprobabilidades envolvidas em estimar P(R/N&E) em relao populao hipottica foram fracas. Ento talvez o melhorcaminho seja simplesmente o agnosticismo: essa probabilidade inescrutvel; ns simplesmente no podemos dizer qual

    Isso tambm parece sensato. Qual seria, ento, a atitude apropriada em relao a R (especificamente em relao a essapopulao hipottica)? Algum que aceite N&E e tambm acredita que a atitude apropriada em relao P(R/N&E) seja dagnosticismo, certamente, tem boas razes para ser agnstico em relao Rtambm.

    Agora, suponha que aplicssemos o mesmo tipo de raciocnio a ns mesmos e a nossa condio. Supomos quepensssemos que N&E seja verdadeiro: ns tambm evolumos de acordo com os mecanismos sugeridos pela teoriaevolucionista contempornea, no dirigida e no orquestrada por Deus ou outro algum. Supomos que ns pensssemos,mais alm, que no h nenhuma forma de determinar P(R/N&E) (especificado a ns). Qual seria a atitude apropriada a sertomada em relao a R? Bem, se ns no tivermos nenhuma informao mais avanada, ento a atitude apropriada aquino seria, assim como em relao a populao hipottica, a do agnosticismo, rejeitando a crena? Se essa probabilidade

    inescrutvel, ento ns temos um invalidador para R, assim como no caso onde a probabilidade baixa.Ento P(R/N&E) tanto baixo ou inescrutvel; e se aceitarmos N&E, ento em ambos os casos temos um invalidador paraR.

    2. ALGUMAS ANALOGIAS

    (a) Um crente em Deus vem a crer que tal crena produzida por satisfao de um desejo (wish fulfillment - freud). Supomque ele creia que a probabilidade objetiva de que a satisfao de um desejo, como um mecanismo produtor de crenas, sejconfivel: baixa ou inescrutvel: tal que ns no podemos dizer. Em ambos os casos ele tem um invalidador para qualquercrena que venha a ser produzida pelo mecanismo em questo. Razo para rejeit-lo, para no afirm-lo, para neg-lo.

    (b) as coisas no plano da sesso: o segundo de tipo de coisa: aqui ele no vem a crer que a probabilidade da coisa ser

    vermelha, visto que parece vermelho, baixa. De fato, ele agnstico em relao a probabilidade.(c) voc vem a crer que foi criado por um demnio Cartesiano malfico que tem prazer em enganar aqueles que ele cria: Amaioria das crenas de suas criaturas so falsas.

    Ento, voc tem um invalidador para qualquer crena que tiver. E o mesmo vale quando voc pensa que a probabilidade equesto baixa ou inescrutvel.

    Agora supomos que ns voltemos para a pessoa convencida de N&Eque agnstica em relao a P(R/N&E): algo similavale para ele. Ele est na mesma posio em relao a qualquer crena Bsua, como est o crente em Deus acima. Ele estna mesma posio que a pessoa que vem a pensar que foi criada pelo demnio Cartesiano maligno. Ento ele tambm temum invalidador para B, e uma boa razo para ser agnstico em relao a isso.

    3. O ARGUMENTO

    Agora, o argumento de que irracional crer em N&E: P(R/N&E) ou baixo ou inescrutvel; em ambos os casos (se vocaceitar N&E) voc tem um invalidador para R, e portanto para qualquer outra crena Bque voc possa ter; mas Bpode sprprio N&E; ento algum que aceita N&Etem um invalidador para N&E, uma razo para duvidar ou ser agnstico emrelao a isso. Se ele no tem nenhuma evidncia independente, N&E auto-refutvel e, portanto, irracional.

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    Poderia ele arranjar um invalidador que destruisse esse invaliadador - um invaliador-invalidador? Talvez fazendo algumacincia, por exemplo, determinando por mtodos cientificos que suas faculdades so confiveis?

    Mas claro, isso teria que pressupor que suas faculdades so confiveis. Thomas Reid (Essays on the Intellectual PowersMan):Se a honestidade de um homem fosse colocada em questo, seria ridculo se referir a prpria palavra do homem, sendo elehonesto ou no. O mesmo absurdo existe em tentar provar, por qualquer tipo de raciocnio, provvel ou demonstrativo, quenossa razo no falaciosa, visto que o ponto em questo exatamente se a nossa razo pode ser confiada. (276)

    Esxiste alguma forma sensata de se argumentar em favor de R? Qualquer argumento que for produzido ter premissa; eessas premissas, alega-se, provem boas razes para crer em R. Mas, claro, ele tem o mesmo invalidador para cada umdessas premissas que ele tem para Rento essa invalidador no pode ser invalidado.

    Ns poderamos colocar desta forma: qualquer argumento oferecido, para R, circular ou uma petio de prncipio. Aevoluo naturalista prov aos seus adeptos uma razo para duvidar de que nossas crenas so em sua maioriaverdadeiras; talvez elas estejam na sua maioria erradas; pois a mesma razo para no confiar nossas faculdades cognitivageralmente, ser uma razo para no confiar nas faculdades que produzem crena para o bem de um argumento.

    Assim, o devoto de N&E tem um invalidador Dpara N&E- um invalidador que no pode ser invalidado. Ento N&E auto-refutvel, e no pode ser racionalmente aceito.

    Algum que cogita aceitar N, e esta preso, vamos dizer, entre Ne o tesmo, racionaria da seguinte forma: Se eu fosse acei

    N, eu teria boas razes para ser agnstico em relao a N; ento eu no deveria aceitar isso. (Um argumento para airracionalidade de N, no para sua falseabilidade)

    O testa tradicional, por outro lado, no tem nenhuma razo correspondente para duvidar de que um propsito de nossossistemas cognitivos a produo de crenas verdadeiras, nem nenhuma razo para pensar que a probabilidade de umacrena ser verdadeira, dada que uma produo de suas faculdades cognitivas, seja baixa ou inescrutvel. Ele pode, defato, endossar alguma forma de evoluo; mas se o fizer, ser uma forma de evoluo dirigida e orquestrada por Deus. Ecomo testa tradicional - seja Judeu, Muulmano, ou Cristo - ele cr que Deus o conhecedor primrio e que nos criou sua imagem, uma parte importante disso envolve o dom que necessrio para ter conhecimento, assim como Ele tem.

    A concluso que devemos tirar disso, portanto, que a juno de naturalismo com teoria evolucionista auto-refutvel:prov para si mesma um invalidador-invalidvel. , portanto, inaceitvel e irracional.

    [Fonte: http://hisdefense.org/articles/ap001.html ]

    http://hisdefense.org/articles/ap001.html