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:: número 42 :: ano 2 :: 18 de Julho de 2012 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos :: Confusão na assembleia por causa das freguesias Águas do Ribatejo investe 15 milhões no concelho de Benavente Os eleitos da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira discutiram, mais uma vez, durante quase quatro horas, o processo de reorganização administrativa que pode levar à extinção de cinco das 11 freguesias do concelho. No final concluíram apenas, pela terceira vez em pouco mais de quatro meses, que estão contra qualquer mexida no mapa das freguesias vila-franquenses. pags.: 2 e 3 Vila Franca celebra 30 anos do Monumento ao Campino Voz Ribatejana Em frente aos correios de Alverca tel: 219 584 537 Web: www.audiovital.pt 30% desconto ap arelho auditivo* * MODELO 701 FABRICAMOS À MEDIDA: COZINHAS ROUPEIROS PORTAS Rua 1º de Maio 31 BOM SUCESSO ALVERCA [email protected] CASAS DE BANHO Colete Encarnado com afluência recorde Condenado a 19 anos de cadeia por degolar a mulher em Samora pag.: 8 Presidente do Carregado lamenta falta de apoio da Câmara : 21 pag.: 19 ESPECIAL pags.: 10 à 14 pag.: 11 Foto de Ana Serra Inspecção de Jogos penhora verbas do Vilafranquense Atletismo do Arrudense ganha títulos nacionais pag.: 20 pag.: 21 pag.: 21 pag.: 21 Freguesia de Alverca entrega 6 galardões de mérito pag.: 7

DESTAQUES VOZ RIBATEJANA 18 JULHO

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Edição Voz Ribatejana, suplemento Colete Encarnado 2012

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“:: número 42 :: ano 2 :: 18 de Julho de 2012 :: quinzenário regional :: director Jorge Talixa :: preço 0,50 cêntimos ::

Confusão na assembleiapor causa das freguesias

Águas do

Ribatejo

investe

15 milhões

no concelho

de Benavente

Os eleitos da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira discutiram, mais uma vez, durante quase quatro horas, o processo de

reorganização administrativa que pode levar à extinção de cinco das 11 freguesias do concelho. No final concluíram apenas, pela

terceira vez em pouco mais de quatro meses, que estão contra qualquer mexida no mapa das freguesias vila-franquenses. pags.: 2 e 3

Vila Franca celebra 30 anos do Monumento ao Campino

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BANHO

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com afluência recorde

Condenado a 19 anos

de cadeia por degolar

a mulher em Samorapag.: 8

Presidente

do Carregado

lamenta

falta de apoio da Câmara

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ESPECIAL pags.: 10 à 14

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Vilafranquense

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Freguesia de Alverca

entrega 6 galardões

de mérito pag.: 7

02

DESTAQUE

voz ribatejana # 42

Jorge Talixa

Depois de meses de discussão

e da promulgação, em Maio,

da Lei 22/2012, que fixa os

parâmetros de redução do

número de freguesias, a

Assembleia Municipal de

Vila Franca de Xira reuniu,

no dia 12, em sessão extra-

ordinária para deliberar sobre

a “reorganização administra-

tiva do território das fregue-

sias do concelho”. Depois de

quase quatro horas de dis-

cussão, por vezes sobre

questões laterais, pouco ou

nada se evoluiu e o órgão

deliberativo municipal

aprovou uma nova posição (a

terceira semelhante) contra a

legislação elaborada pelo

Governo e aprovada na

Assembleia da República.

Na prática isto significa que,

se até Outubro, a Assembleia

de Vila Franca não emitir

nenhum parecer concreto

sobre as alterações que con-

sidera mais favoráveis no

mapa das freguesias do con-

celho, será a unidade técnica

nomeada pelo Governo a

fazê-lo. Embora a Assembleia

Municipal ainda venha a ser

chamada, então, a pronun-

ciar-se sobre a proposta da

unidade técnica, poderá já

não ter, nessa altura, capaci-

dade legal para alterar muita

coisa.

Certo é que a assembleia da

passada quinta-feira acabou

de um modo algo surpreen-

dente, com a aprovação da

proposta da CDU (ver

caixa com as três pro-

postas) e sem que a proposta

da maioria PS chegasse

sequer a ser votada.

Os socialistas queriam criar

uma comissão alargada que

recolhesse os pareceres das

11 assembleias de freguesia e

elaborasse, depois, uma pro-

posta final para votar na

Assembleia Municipal e

remeter à Assembleia da

República. A bancada da

CDU acusou o PS de, com

esta proposta, estar a recuar

nas suas posições,

depois de se ter

manifestado antes

abertamente contra

esta Lei Nº. 22/2012.

Para a coligação liderada

pelo PCP não se justifica

qualquer comissão e o

eleito Carlos Braga apre-

sentou uma proposta de

pronúncia da Assembleia

Municipal de Vila Franca

que, em três linhas ape-

nas, diz que o órgão

deliberativo municipal

deliberou pronunciar-

se “em desconformi-

dade com a Lei em

causa”. O que, na

prática, quer dizer

que está contra e não pretende

apresentar nenhuma proposta

alternativa.

É que os parâmetros da Lei

22/2012 apontam para a elim-

inação de uma das freguesias

rurais do concelho (a mais

pequena é Cachoeiras) e para

a extinção de quatro das 8

freguesias urbanas (estão

assim em risco

A l h a n d r a ,

C a s t a n h e i r a ,

Forte da Casa e

Sobralinho). A

Coligação Novo

R u m o

( P S D / P P M / M P T )

ainda insistiu que a

Assembleia Municipal

devia apresentar uma pro-

posta concreta sobre este

processo de extinção/agre-

gação de freguesias, sob pena

de vir a ser a unidade técnica

criada pelo Governo a deter-

minar quais as freguesias a

extinguir. O CDS-PP tem

posição semelhante, mas as

restantes bancadas recusam

qualquer proposta de elimi-

nação de freguesias.

Também por isso, Fátima

Pires (PS) apresentou um

extenso documento em que

diz que, para os socialistas,

num concelho com 317

quilómetros quadrados e 140

mil habitantes não há necessi-

dade de reduzir nenhuma

freguesia. “A lógica aritméti-

ca e geométrica triunfa face a

critérios legais claros e pre-

cisos”, observa Fátima Pires,

criticando os parâmetros da

Lei que “implicarão a elimi-

nação de quatro freguesias

urbanas e de uma rural, sem

que tal se traduza em qual-

quer mais-valia real, nem

para a administração do

Estado, nem para as popu-

lações”. Sugeriu, por isso, a

criação de uma comissão com

representantes dos órgãos

municipais e das freguesias

que emita “um parecer final

maturo, sólido e justo a enviar

à Assembleia da República”.

A Coligação Novo Rumo

(CNR), pela voz de Gonçalo

Xufre, ainda defendeu que

“esta reunião não pode con-

tinuar, porque não cumpre os

pressupostos da Lei”. O líder

da bancada da CNR e presi-

dente da Concelhia do PSD,

sustentou que a Assembleia

só poderia pronunciar-se

munida de pareceres da

Câmara e das 11 assembleias

de freguesia sobre esta Lei

22/2012, frisando que a coli-

gação só tinha conhecimento

de três desses pareceres.

A CNR ainda admitiu retirar a

sua proposta e apoiar a do PS,

desde que esta acrescentasse

uma alínea para que as

assembleias de freguesia fo-

ssem questionadas sobre o

Assembleia Municipal

de 4 horas deixa tudo

na mesmaA sessão da Assembleia Municipal de Vila Franca de Xira convocada para emitir parecer sobre o processo

de extinção/agregação de freguesias perdeu-se em discussões, por vezes sem sentido, e acabou por aprovar,

apenas, pela terceira vez em 5 meses, uma posição contra a Lei de Reorganização Administrativa promul-

gada em Maio. Significa isto que, provavelmente, será a unidade técnica nomeada pelo Governo a deter-

minar quais as cinco freguesias do município a extinguir .

Proposta socialista nãochegou a ser votadaA proposta do PS, apresentada por Fátima Pires, reiteraposições anteriores contra esta Lei e propõe a criação deuma comissão que emita “um parecer final maturo, sólidoe justo a enviar à Assembleia da República”. No entenderdos socialistas nesta comissão deveriam ter assento os 11presidentes de junta, eventualmente os 11 presidentes dasassembleias de freguesia, um elemento de cada uma dascinco forças com assento na Assembleia Municipal, umelemento do executivo camarário e o presidente daAssembleia Municipal, que presidiria aos trabalhos destacomissão.

Novo Rumo queria maisdadosA proposta da Novo Rumo, apresentada por GonçaloXufre, acabou por ser rejeitada. O eleito social-democratacomeçou por requerer a mesa cópias dos pareceres daCâmara e das assembleias de freguesia. Percebendo quealguns destes órgãos não se pronunciaram sobre a Lei,mas apenas sobre a anterior proposta de lei, GonçaloXufre referiu que há pelo menos 14 diferenças entre elase propôs um adiamento da deliberação da Assembleia atéque fossem recolhidos todos os pareceres finais. Foi acu-sado pela CDU de estar a arranjar expedientes para

arrastar o processo.

Proposta da CDU apontadesconformidadeA proposta da CDU, que acabou por ser a única aprovadanesta sessão, refere que a Assembleia Municipal de VilaFranca “deliberou pronunciar-se em desconformidade(contra) com a Lei em causa”.

As três propostas

18 de Julho de 2012

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parecer definitivo que dão

sobre a matéria, uma vez que

muitas só se pronunciaram

sobre a proposta de lei e não

sobre a lei. Houve ainda um

intervalo de 10 minutos para

tentar gerar consensos mas

quase nada evoluiu.

João Quítalo, presidente da

Assembleia Municipal, colo-

cou, então as três propostas à

votação, pela ordem em que

foram apresentadas. A pro-

posta da CNR de adiamento

da deliberação para recolha

de pareceres das freguesias

foi rejeitada com votos a

favor desta coligação e do

CDS-PP e contra de PS, CDU

e Bloco de Esquerda (BE).

Mas na proposta da CDU,

votaram a favor os 13 eleitos

presentes desta força política

e do BE. O PS absteve-se e a

Coligação Novo Rumo e o

CDS-PP votaram contra.

Percebendo que a sua posição

estava aprovada, os eleitos da

CDU sustentaram que já não

fazia qualquer sentido votar a

proposta do PS, que isso seria

até ilegal (considerando que

as duas se contrariavam entre

si) e que abandonariam a sala

se o presidente da mesa insis-

tisse na sua votação. A banca-

da do PS, que não esperaria

esta reacção da oposição, ten-

tou por todas as formas que a

sua proposta fosse também

votada. Jorge Ribeiro e Paulo

Afonso insistiram que era

bem diferente da da CDU,

mas o presidente da mesa, o

também socialista João

Quítalo, confessou que tinha

dúvidas legais sobre a

matéria. Ainda foi ventilada

uma hipótese de suspensão da

reunião para consultar um

jurista. Mas toda a oposição

esclareceu que se recusaria a

votar a proposta do PS e Ana

Belchior, eleita do CDS-PP,

questionou mesmo a mesa

para saber, no caso de ficarem

aprovadas as propostas da

CDU e do PS, qual é que

prevaleceria.

João Quítalo acabou por não

a proposta socialista à

votação e por aceitar que a

posição formal da Assembleia

é a proposta pela CDU. “Já

aprovámos anteriormente

duas posições similares.

Lamento que a Assembleia

não tenha podido aprovar

uma posição mais forte”,

rematou o líder da mesa da

assembleia.

Já na sexta-feira, a

Concelhia do PS de Vila

Franca de Xira promoveu

uma conferência de impren-

sa em que comentou os

desenvolvimentos da

Assembleia Municipal da

véspera e procurou clarificar

a sua posição sobre os pró-

ximos passos deste proces-

so. Os socialistas vila-fran-

quenses reafirmaram que

são favoráveis a uma refor-

ma administrativa que con-

duza à criação das regiões e

a uma revisão da Lei

Eleitoral Autárquica que

reforce a governabilidade e

responsabilidade dos órgãos

eleitos. Mas exigem, tam-

bém, que a eventual propos-

ta de extinção de freguesias

no concelho que venha a sair

da unidade técnica “seja pre-

sente à Assembleia

Municipal de Vila Franca de

Xira para análise, num

quadro global de liberdade e

respeito pela legitimidade

democrática das autarquias”.

Na conferência de imprensa,

Fernando Paulo Ferreira,

presidente da Concelhia

socialista, salientou que o

PS de Vila Franca “manifes-

ta-se mais uma vez

disponível (como o compro-

vou mais uma vez a sua ati-

tude na Assembleia

Municipal) para, com todas

as outras forças políticas

locais, encontrar a solução

que – in fine – melhor venha

a evitar o ataque que a

impreparação governamen-

tal personalizada pelo seu

ministro Miguel Relvas quer

perpetrar cegamente no con-

celho de Vila Franca”.

Recorde-se que, na anterior

Assembleia Municipal, a 14

de Junho, já fora aprovada

uma moção do PS sobre esta

matéria. O documento apre-

sentado por José Manuel

Peixeiro, presidente da Junta

do Sobralinho, não vê “qual-

quer utilidade nesta lei” e

considera que a melhor pro-

posta é manter “as 11

freguesias, as 11 histórias, as

11 culturas e tradições, os 11

rostos da população do

município”.

PS quer autarquias

com “voto na matéria”

Todas as assembleias de freguesia do concelho de Vila

Franca de Xira se têm pronunciado contra a Lei que impõe a

redução do número de freguesias. Em Alverca, no dia 22,

uma moção da CDU foi aprovada por maioria e, para além de

rejeitar a proposta de lei de reorganização administrativa

defende que a questão venha a ser submetida a referendo

local e não apresentar qualquer proposta que implique a

extinção de freguesias no concelho. Já no dia 11, a

Assembleia de Freguesia de Alverca aprovou nova posição,

agora rejeitando a Lei 22/2012.

Na Póvoa de Santa Iria, a Assembleia de Freguesia aprovou

um documento que recorda que a freguesia tem uma popu-

lação de 29.348 habitantes e regista a maior densidade popu-

lacional de todas as freguesias do concelho, ficando próximo

dos 7.500 habitantes/por quilómetro quadrado.

“Verifica-se que a freguesia da Póvoa de Santa Iria reúne os

requisitos e os pressupostos que permitem não ter que se unir

a outra(s) freguesia(s). Em termos populacionais, se tal

viesse a acontecer, a soma populacional viria a superar os

50.000 habitantes (valor que a lei considera máximo) no caso

de agregação com Vialonga ou muito perto desse valor no

caso de agregação com o Forte da Casa, valor que seria rap-

idamente alcançável nos próximos anos face ao contínuo

aumento demográfico das freguesias em causa”, proessgue o

documento, considerando que não se vislumbram “ganhos de

escala e de eficiência e, em muitas situações, poderia ocorrer

o contrário, pois poderiam existir assuntos, interesses e

decisões antagónicos”. Por isso, a Assembleia de Freguesia

povoense decidiu, por unanimidade, afirmar que a Póvoa de

Santa Iria deve manter-se como está sem agregar nenhuma

outra freguesia.

Já a Assembleia de Freguesia da Castanheira aprovou um

documento onde manifesta a sua “oposição à extinção/agre-

gação/fusão da freguesia da Castanheira, e demais freguesias

do País, apelando à Câmara e à Assembleia Municipal para

que se pronunciem contra, recusando ser cúmplices neste

processo”.

A moção reclama, ainda, às forças com assento na

Assembleia da República que “rejeitem este projecto” de

extinção de freguesias, “defendendo a identidade local, a

proximidade às populações e o desenvolvimento e coesão

territorial”.

Alverca, Castanheira e Póvoa contra extinções

Quatro dias antes, também

em conferência de imprensa,

a Concelhia de Vila Franca

do PSD acusou o PS de não

querer trabalhar numa pro-

posta conjunta que impeça a

extinção de cinco das 11

freguesias do concelho e

minimize o impacto da

reforma administrativa em

curso. Gonçalo Xufre avisou

que os socialistas “ainda não

perceberam” que, ao não se

apresentar nenhuma propos-

ta das autarquias locais no

âmbito desta reorganização

administrativa, os eleitos

locais deixam de poder

influenciar esta decisão.

“Esta posição do PS é terrí-

vel e extremamente prejudi-

cial para o concelho. Não

permite tirar partido dos

benefícios da Lei, levando a

uma reestruturação do nosso

território elaborada por ele-

mentos estranhos ao concel-

ho, que promoverá um

número de fusões de fregue-

sias muito superior ao

necessário”, previu. O presi-

dente da Concelhia social-

democrata garantiu que o

seu partido está disponível

para, em conjunto com o PS,

encontrar as melhores

soluções, mas acusou os

socialistas de estarem mais

preocupados com jogos par-

tidários do que com o com

concelho e com os

munícipes.

PSD critica “inércia” do PS

“A leiimplicará aeliminação dequatrofreguesiasurbanas e deuma rural,sem que tal setraduza emqualquermais-valia”

Fátima Pires

Jorge Ribeiro tentou fazer passar aideia de que a proposta socialista era

muito diferente da da CDU

João Quítalo não conseguiu pro-mover consensos entre o PS e as

bancadas da oposição

Extinção de freguesias divide leitoresA eventual redução do número de freguesias noconcelho de Vila Franca de Xira é um tema quedivide os leitores que participaram no inquéritoque estamos a promover no blog do VozRibatejana. Até ao fecho desta edição, 50 porcento dos participantes acham que não devemser reduzidas as actuais 11 freguesias domunicípio, mas outros 50 por cento têm opiniãoexactamante contrária e defendem uma redução.

50%

sim

50%

não

António Manuel Riscado

cumpriu os pagamentos que

lhe foram exigidos, como é

seu timbre, mas não se con-

formou e resolveu desabafar

com o Voz Ribatejana,

revoltado com a forma como

a Sociedade Portuguesa de

Autores (SPA) lhe exigiu, em

Junho, o pagamento do IVA

de uma taxa que já pagara em

Fevereiro. O comerciante

vila-franquense, proprietário

há muito anos do Café Tic-

Tac do Bom Retiro, lamenta

que estejamos a atravessar

uma época em que as mais

variadas entidades procuram

“sacar” taxas e mais taxas e

diz que muitas pequenas

empresas não conseguem

resistir a tudo isto.

“Gosto de estar devi-

damente legalizado e com os

documentos todos”, sublinha,

frisando que também para a

esplanada do café lhe foi

exigida ultimamente, pela

Junta de Freguesia, uma

verba bastante mais elevada.

“Muita gente já tira a publici-

dade luminosa para não pagar

mais taxa. Acho que até

embeleza as ruas e dá mais

segurança aos cidadãos haver

esta iluminação. Mas parece

que só se preocupam em

arranjar sempre mais taxas”,

critica.

Já no que diz respeito à SPA,

António Riscado mostra-se

revoltado. “Tenho outros

colegas que estão indignados

com isto”, garante. É que,

contou ao Voz Ribatejana,

como habitualmente, pagou, a

1 de Fevereiro, a licença

cobrada aos estabelecimentos

por terem regularmente um

televisor ligado no seu

espaço. Pagou, assim, os 81

euros que lhe foram exigidos.

Mas qual não foi a surpresa

de António Riscado quando, a

22 de Junho, recebeu uma

carta dos serviços centrais da

SPA a dizer que tinha que

pagar mais 18, 3 euros,

porque, afinal, estas licenças

estavam, agora, sujeitas a

23% de IVA, de acordo com

as normas do Orçamento de

Estado de 2012. Foi à sede da

SPA, pagou, mas manifestou

toda a sua estranheza por esta

situação. Quem o

aten-

deu, explicou que

a Sociedade Portuguesa de

Autores ainda não tinha con-

hecimento desta incidência

do IVA quando lhe cobrou os

81 euros da licença. António

estranha como é que a SPA

não sabia, quando o

Orçamento de Estado foi

aprovado em Novembro, pub-

licado e estas novas normas

do IVA entraram em vigor a

30 de Dezembro. “Disseram-

me que estas taxas da SPA

sempre estiveram isentas de

IVA e agora, a 30 de

Dezembro, é que veio um

decreto aplicar IVA à taxa de

23%. Mas está errado, eu

paguei a 1 de Fevereiro e

um mês depois ainda não

sabiam disto?”, estranha.

Para o comerciante vila-fran-

quense o mais grave nem são

os 18 euros que teve que

pagar a mais, mas foi o teor

da notificação que recebeu

em Junho, porque, para além

de atribuir a questão do IVA

ao Orçamento de Estado, a

carta diz que, se não pagar os

18 euros no curto prazo, a

licença e os 81 euros que já

pagara em Fevereiro ficam

sem efeito nenhum.

O Voz Ribatejana tentou obter

esclarecimentos junto da

Sociedade Portuguesa de

Autores mas, até ao fecho

desta edição, não tivemos

resposta.

J.T.

05

25 de Julho ’12

15h00

Salão Nobre

dos Paços do Município

Vila Franca de Xira

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60

0

18 de Julho de 2012

Comerciante critica forma como

a SPA cobrou IVA atrasado

Associação quer abrir centroluso-ucraniano no concelhode Vila Franca

A Associação “Sobor”, constituída por imigrantes ucrani-anos radicados em Portugal, pretende instalar, no conce-lho de Vila Franca de Xira, o primeiro Centro Luso-Ucraniano criado no nosso País. Representantes destaassociação de cidadãos ucranianos reuniram, em Junho,com a presidente da Câmara vila-franquense e com overeador Fernando Paulo Ferreira, a quem expuseram osseus objectivos.O encontro, para além do presidente da associação, con-tou com a participação da diretora do Centro deAprendizagem da Língua Materna. Na oportunidadeforam resumidos os resultados de sete anos de colabo-ração. A Associação “Sobor” propõe-se aplicar um projetode criação do Centro Luso-Ucraniano, primeiro emPortugal, “onde os portugueses poderão obter mais infor-mações sobre a Ucrânia e também onde será fornecidaassistência integral aos ucranianos (cursos de língua,informações sobre História e Cultura de Portugal)”, re-fere uma nota da Associação Sobor enviada ao VozRibatejana. Khrystyna Koval, aluna da Faculdade de Letras e membroda associação, explica que esse projecto visa “contribuirpara a integração da comunidade ucraniana na sociedadeportuguesa” e que a associação aguarda novos desen-volvimentos dos contactos com a Câmara de Vila Franca,que poderá ajudar a desbloquear o problema do espaçopara a instalação deste centro.

“Muita gente já tira apublicidade luminosa paranão pagar mais taxa. Achoque até embeleza as ruas e dámais segurança aos cidadãoshaver esta iluminação”

A cobrança de IVA nas licenças de Direito de Autor, para

que estabelecimentos comerciais possam ter televisores liga-

dos, está a motivar protestos de vários comerciantes.

Lisboa, Vila Franca de Xira,

Torres Vedras, Viana do Castelo

Benavente expõetradição ferreira“Uma no cravo outra na fer-radura- a tradição ferreiraem Benavente” é o tema daexposição patente no MuseuMunicipal de Benavente.Uma mostra inaugurada nodia 29 que poderá ver até 20de Outubro.

08

voz ribatejana # 42CASOS

Jorge Talixa

Um imigrante guineense de

26 anos foi condenado por um

colectivo do Tribunal de

Benavente a 19 anos de cadeia

pela prática de um crime de

homicídio qualificado. Os

juízes realçaram a especial

violência do crime, con-

siderando provado que Bouna

Sacko golpeou a sua própria

esposa na garganta, cortando a

veia jugular e a carótida e

provocando-lhe a morte. Ao

arguido foi também aplicada a

pena acessória de expulsão do

território português após o

cumprimento da pena e o imi-

grante foi, ainda, condenado a

pagar indemnizações de um

valor global de 180 mil euros

à mãe da vítima.

Na manhã de 12 de Setembro

de 2011, GNR e bombeiros

depararam com um cenário

macabro num apartamento de

Samora Correia. Helmina

Biem, de 23 anos, funcionária

do Hospital de Vila Franca de

Xira, foi encontrada já sem

vida, nua e coberta de sangue

num quarto da casa. No chão

estavam duas facas de cozi-

nha, a maior das quais com

cerca de 9 centímetros de

lâmina. O marido, Bouna

Sacko, apresentava também

ferimentos na garganta e no

peito e, em Junho, na primeira

audiência do julgamento, con-

tou que teria sido a mulher quem primeiro o tentou gol-

pear com uma faca de cozinha

e que se procurou defender,

não conseguindo explicar

como é que provocara a morte

da esposa. Segundo Bouna

Sacko, a discussão teria sido

motivado por eventuais

ciúmes dela. Mas a mãe da

vítima relatou, na mesma

audiência, que o casal tinha

problemas, porque ele queria

um filho para legalizar a sua

permanência em Portugal e

ela ainda não queria. Na

sessão seguinte, o depoimento

de uma inspectora da Polícia

Judiciária rebateu a tese do

arguido de que a mulher teria

sido a primeira a golpeá-lo.

Agora, o colectivo presidido

por Carla Ventura deu por

provados quase todos os fa-

ctos constantes da acusação,

considerando que “não

merece nenhuma credibili-

dade a versão do arguido de

que foi Helmina quem

primeiro o atacou”. O

acórdão, resumido no dia 12

pela juíza-presidente do

colectivo Carla Ventura, con-

clui, baseando-se em vários

testemunhos sobre anteriores

agressões do arguido à esposa

e no testemunho da investi-

gadora da PJ, que “não há

dúvidas de que foi o arguido

que se cortou no pescoço e no

peito, já na casa de banho”,

cerca de duas horas depois da

morte da vítima. Carla

Ventura admitiu que o colecti-

vo teve dúvidas em perceber

se Bouna terá tentado suici-

dar-se ou arranjar motivos

para se desculpabilizar, vin-

cando que se fosse provada

esta segunda hipótese a pena

deveria ser mais pesada. A

análise dos vestígios de

sangue recolhidos permitiu,

segundo os juízes, concluir

que Helmina morreu cerca das

21h00 e que os ferimentos do

marido ocorreram já duas

horas depois e fora do quarto

onde o casal terá discutido.

“Já não dormiam em camas

separadas. Não estavam bem

e havia uma situação de ru-

ptura no casal”, referiu a

juíza-presidente, frisando que

o facto de Helmina ter sido

também golpeada nas costas

demonstra que se tentou

defender e fugir das

agressões. Tendo em conta a

violência do crime, a situação

de vulnerabilidade em que a

mulher se encontrava e o facto

do arguido só ter confessado

os factos que não podia negar,

o tribunal decidiu condenar

Bouna Sacko a 19 anos de

cadeia (moldura penal de 12 a

25 anos) pelo crime de

homicídio qualificado e à

pena acessória de expulsão de

Portugal por um período de 10

anos.

“O senhor matou a sua

esposa, fê-lo de forma atroz,

pelo entendemos que deve ser

aplicada uma pena acima do

limite médio, atendendo àqui-

lo que fez e às circunstâncias

em que aconteceu”, rematou

Carla Ventura, prevendo que,

de acordo com o habitual no

nosso País, Bouna Sacko

cumpra dois terços desta pena

em cadeias portuguesas e seja

depois expulso do território

nacional.

Imigrante condenado a 19 anos por

degolar a esposa em Samora CorreiaO caso do imigrante guineense acusado de ter golpeado a esposa (funcionária do Hospital de Vila Franca) em várias partes do corpo, num apartamento de Samora Correia, terminou com

a condenação do arguido a 19 anos de cadeia.

Advogadasconsideramsentença“equilibrada”

Ana Casquinha, advogadaque representa a famíliada vítima, disse, ao VozRibatejana, que, “doponto de vista meramenteracional, é uma penajusta. Do ponto de vistaemocional, quem perdeum ente querido quersempre que seja aplicadaa pena máxima. Mas deuma forma racional con-cordo com os 19 anos”,sublinhou. A causídica mostrou-se“satisfeita” com oacórdão, que consideraque está de acordo com oque se passou em tribu-nal. “Nestas situações dehomicídio nunca se fazjustiça. Há sempre umamargo de boca, é umavida humana que seperde, ainda por cimauma jovem com tantosprojectos de vida”, sublin-hou, criticando a posturado arguido que “nãoapresentou qualquerarrependimento”. Já Dulce Ortiz, que sub-stituiu na sessão de leitu-ra da sentença o seu cole-ga Carlos Arantes, defen-sor oficioso de BounaSacko, considerou a pena“equilibrada”, tendo emconta os factos dadoscomo provados.

Condenadospor assalto aresidência deBenavente

Dois jovens residentes noconcelho de Benaventeforam condenados, tam-bém no dia 12, por crimesde roubo agravado naforma tentada. Em causaestava a forma como, a 11de Agosto de 2008, ten-taram assaltar umaresidência da RuaSerrado do Valverde emBenavente, ameaçando ocasal que ali reside comduas armas de fogo echegando a esmurrar epontapear o dono da casa.Assaltantes e residentesacabaram por se embru-lhar, quando uma dasarmas se partiu eacabaram por sair dolocal sem conseguiremroubar nada. Mas, em jul-gamento, o colectivo pre-sidido por Raquel Costaconsiderou provada aacusação e condenou oarguido Sandro (comantecedentes) a 4 anos e 9meses de prisão efectiva eo arguido Gonçalo (semantecedentes) a 4 anos decadeia com pena suspensapor igual período.

Lei colocavaagressor comoprimeirobeneficiáriodaindemnização

Carla Ventura comentouque “de modo até algocaricato”, a Lei prevê quenestes casos o direito àindemnização por morteviolenta pertence, emprimeira instância, aocônjuge. Como não pode-ria ser Bouna Sacko areceber uma indemniza-ção quando foi elepróprio o autor dos golpesque vitimaram a esposa,cabe nesta situação à mãede Helmina, Rosa Biem, odireito à indemnização. Otribunal decidiu, por isso,condenar o arguido apagar uma indemnizaçãode 180 mil euros à suaantiga sogra.

“O senhormatou a suaesposa, fê-lode formaatroz, peloentendemosque deve seraplicada umapena acimado limitemédio”

Carla Ventura

09

18 de Julho de 2012

Cerca de 40 cartazes da corrida do Colete Encarnado

foram vandalizados na noite de 4 para 5 de Julho, com a

colocação de faixas com frases contra os espectáculos tau-

romáquicos, que apontam a alegada “crueldade” destas

actividades. Também alguns outdoors de divulgação dos

80 anos da festa instalados pelo Município de Vila Franca

de xira foram danificados. Detectados na manhã da quin-

ta-feira em que se realizaram as primeiras actividades do

Colete Encarnado 2012, estes actos motivaram um comu-

nicado da Tauroleve, empresa concessionária da Praça de

toiros de Palha Blanco, que lamenta as atitudes provo-

catórias do grupo em causa.

“A cidade de Vila Franca acordou vandalizada pelos anti-

taurinos que, uma vez mais, mostraram a sua pouca for-

mação ética e de respeito pelas tradições. Mais de

quarenta cartazes referentes aos espetáculos taurinos que

terão lugar na centenária Palha Blanco, bem como ou-

tdoors do Município a anunciar a sua festa maior –

Colete Encarnado – , foram vandalizados com auto-

colantes que demonstram a pouca formação das pessoas”,

refere o comunicado da Tauroleve, frisando que ao longo

de várias ruas e na própria praça de toiros as provas são

mais do que evidentes. “Fica uma vez mais provado o

desrespeito que estas pessoas têm pela cultura”, lamenta

a empresa, considerando que a forte adesão aos espe-

ctáculos e às largadas de toiros serão uma demonstração

da força dos aficionados.

GNR apreende 1600 quilosde amêijoa

A GNR de Vila Franca de Xira apreendeu, na noite de dia9, cerca de 1600 quilos de amêijoa, cuja pesca não é per-mitida nesta área. Avaliados em perto de 6500 euros, estes1600 quilos de amêijoa foram, depois, devolvido ao Tejopelos militares do Núcleo de Protecção Ambiental daGNR.

Grupo “anti-taurino” ataca cartazes

da corrida do Colete Encarnado

PSP descobre estufade liamba em Alverca

Agentes da Esquadra de Investigação Criminal da PSPdetectaram e desmantelaram uma estufa de plantação deliamba, no passado dia 10, em Alverca. Depois de váriasdiligências de investigação, os elementos da DivisãoPolicial de Vila Franca de Xira procederam também àapreensão de liamba suficiente para 22 doses e váriosobjectos alegadamente destinados ao cultivo desta planta,incluindo um desumidificador, uma ventoinha, um ter-mómetro e projectores de luz.Entre os dias 5 e 10, a PSP deteve três homens por con-dução com excesso de álcool no sangue. Têm idades com-preendidas entre os 39 e os 50 anos e apresentaram taxasde álcool no sangue situadas entre os 1,38 gramas/litro eos 1,70 g/l, sendo o máximo permitido por lei de 0,5 g/l.

Comboio rápido vitima idosa em Vila FrancaUm comboio rápido originou a morte de uma idosa, na manhã do passado dia 4, na zona da passagem de nível de acesso ao cais de Vila

Franca. Ao que tudo indica, o sistema electrónico de aviso da aproximação de comboio estava a funcionar correctamente .

Jorge Talixa

Uma mulher de 67 anos,

residente no centro de Vila

Franca de Xira, foi mortal-

mente atingida por um

comboio, na manhã do pas-

sado dia 4, quando circula-

va a pé na zona da pas-

sagem de nível que dá aces-

so ao cais. O acidente deu-

se pouco depois das 7h00 e

os escassos testemunhos

deixam ainda algumas

dúvidas sobre a forma

como tudo aconteceu. O

maquinista do rápido que

circulava no sentido sul-

norte terá referido que viu

a mulher na linha, tentou

travar e apitou para aler-

tar a idosa. Ao que tudo

indica os sinais de aviso

estariam a funcionar e a

senhora, reformada da CP,

estaria a caminho da zona

ribeirinha para um passeio

a pé.

Certo é que terá sido arras-

tada pela deslocação de ar

originada pelo comboio

rápido, que ainda lhe terá

tocado na cabeça. No local

estiveram os bombeiros de

Vila Franca e uma equipa

do INEM, mas já nada

havia a fazer para tentar

salvar a vida da senhora,

residente na Rua 25 de

Abril. O corpo esteve

durante algum tempo a

pouco mais de 10 metros da

passagem de nível e a cir-

culação de comboios foi

retomada já depois das

8h00. Nova passagem

rodoviária sem obra à vista

A obra de construção da

passagem superior de

peões na zona da antiga

lota de Vila Franca está

quase concluída. Mas o

processo da passagem

rodoviária, prevista para

as proximidades da praça

de toiros, está muito mais

atrasado, o que significa

que a passagem de nível

onde se deu este acidente

(acesso ao cais) vai contin-

uar a funcionar por mais

alguns anos, porque não

será possível desactivá-la

sem que exista uma via

rodoviária de acesso à zona

ribeirinha e ao Jardim

Constantino Palha.

O gabinete de comuni-

cação da Refer (empresa

responsável pela gestão da

rede ferroviária nacional)

disse, ao Voz Ribatejana,

que “existe um acordo tri-

partido” visando a sua

supressão desta passagem

de nível, com “repartição

de custos entre a Refer, a

Câmara Municipal de Vila

Franca de Xira e o promo-

tor imobiliário (Obri-

verca). Mas as dificuldades

financeiras das duas

empresas têm levado ao

adiamento de uma obra

que deverá custar mais de

1, 5 milhões de euros.

Sete acidentes

em cinco anos

Já em Março, a Refer adi-

antara, em resposta ao Voz

Ribatejana, que na pas-

sagem de nível de acesso ao

cais de Vila Franca “não

houve nenhum acidente

em 2011, tendo ocorrido

um suicídio”. De acordo

com o gabinete de comuni-

cação da empresa, nos últi-

mos cinco anos, no conce-

lho de Vila Franca de Xira,

ocorreram sete acidentes

em passagens de nível.

Quatro deram-se nesta

passagem de nível de ace-

sso ao cais de Vila Franca e

os restantes três na pas-

sagem de nível do

quilómetro 30,131, que foi

“entretanto suprimida

com a construção da pa-

ssagem superior pedonal

da estação”.

Natália Gromichoexpõe no Bom Sucesso

Uma exposição de pin-tura de NatáliaGromicho vai estarpatente no CentroCultural do BomSucesso. A inaugu-ração está marcadapara as 15h30 do próx-imo sábado.

ESPECIAL COLETE ENCARNADOAs fotos e as reportagens da festa mais típica do Ribatejo. O Voz Ribatejana esteve lá e conta-lhe tudo

Jorge Talixa

Vila Franca de Xira não

deixou os seus créditos por

mãos alheias e celebrou com

muito sentimento os 80 anos

da sua festa maior. O Colete

Encarnado reuniu largas

dezenas de milhares de pe-

ssoas e, dos apaixonados

pelos toiros aos que preferem

uma boa sardinha assada, pa-

ssando pelos mais interessa-

dos pela música ou pela

dança, tudo contribuiu para o

êxito da festa. Nestes 80 anos,

o Colete Encarnado apresen-

tou também um programa

reforçado, com um leque

importante de exposições, a

comemoração dos 30 anos do

Monumento ao Campino, a

inauguração da Rua dos

Varinos, largadas com toiros

de melhor qualidade e uma

tarde de emissão da TVI dedi-

cada às tradições e à principal

festa vila-franquense.

O sábado foi o dia mais dedi-

cado, como habitualmente, ao

campino. Logo a partir das

10h00 concentraram-se mais

de 30 junto ao monumento

que lhes é dedicado no centro

da cidade. As cerimónias ini-

ciaram-se com a deposição de

uma coroa de flores, junto ao

monumento, pela presidente

da Câmara de Vila Franca de

Xira e pelos campinos

António Abreu (homenageado

em 2011) e António Verdasca

Júnior, o mais antigo campino

presente neste Colete

Encarnado, nascido em 1929,

hoje com 83 anos.

“Há mais de 50 anos que

venho ao Colete Encarnado. A

festa vai-se mantendo e ainda

aparecem muitos campinos”,

disse António Verdasca Júnior

ao Voz Ribatejana, admitindo

que a maioria dos que ali

estavam a cavalo já “não exe-

cuta a arte de campino”,

porque, no seu dia-a-dia, já

não trabalham a cavalo. “Vila

Franca tem muito orgulho nos

campinos. Acho que a popu-

lação ainda aprecia os

campinos e estas coisas do

campo. E o Colete Encarnado

tem futuro”, acrescentou.

Ao seu lado, o jovem João,

com apenas 7 anos, ouvia

atentamente. Veio da Golegã,

com o seu pai, que é campino

e diz que gostava de trabalhar

também na campinagem.

“Venho vestido de campino

porque gosto. O meu pai tam-

bém é campino. Se puder

gostava de ser campino”, con-

fessa.

O programa do Colete

Encarnado prosseguiu com o

habitual desfile de campinos e

com as provas de destreza

realizadas na Praça de Toiros

Palha Blanco. Inscreveram-se

20 campinos de todas as

idades, incluindo o João e

também o Diogo Reis, vindo

de Samora que, influenciado

pelo avô, parece estar mesmo

empenhado em ser campino.

Certo é que nas provas

demonstrou já muita capaci-

dade.

À conversa com o Voz

Ribatejana, o Diogo adiantou

que gosta do Colete

Encarnado, que já veio mais

vezes e que, tal como o avô,

gostava de ser campino. “Eu

gostava que ele continuasse

nesta arte de campino. Espero

por isso. Já vai encaminhado,

mas tem que aprender

primeiro na escola”, salientou,

por seu turno, o avô, Casimiro

Diogo, com 73 anos, campino

da herdade da Portucale, situ-

ada na freguesia de Samora

Correia, junto ao Infantado.

No seu entender, a festa do

Colete Encarnado “está boa”.

Mas há algumas dificuldades.

“Acho que está com menos

condições do que tinha há uns

anos, para a mobilidade dos

cabrestos e isso tudo, está

mais complicado”, considera.

A tarde de sábado ficou, tam-

bém, marcada pela home-

nagem ao campino Vítor

Guerreiro da Silva, também

conhecido por Vítor ‘Japão?,

funcionário da Companhia

das Lezírias e com quase 50

anos de campinagem. Na

oportunidade foi, ainda,

prestada homenagem aos

campinos José Canário e José

da Costa Laureano, recente-

mente falecidos.

Colete Encarnado enche Vila FrancaVila Franca festejou de forma muito especial os 80 anos do Colete Encarnado. Foram três dias de muita animação e convívio, marcados também pelas homenagens aos campinos, pelas

sempre aguardadas esperas e largadas de toiros, pela inauguração da Rua dos Varinos e por uma tarde de emissão da TVI inteiramente dedicada à grande festa vila-franquense. Muitos

dos mais de 30 campinos que participaram na festa são jovens, o que faz acreditar que a campinagem, apesar de tudo, tem futuro.

Diogo Reis como avô Casimiro Diogo

As sempre animadas provas de campinosrealizadas na Praça de Toiros

Imagem de vídeo de Enguiameneditada no blog Festa Brava no Ribatejo.

A colhida mais grave do Colete Encarnado 2012 deu-se na larga-da de dia 8, na Rua 1º de Dezembro, junto à antiga lota. A vítimafoi rapidamente transportada ao Hospital de Vila Franca de Xira

e deste para Sta Maria, em Lisboa. De resto, há a registar maisalgumas colhidas de menor gravidade.

18 de Julho de 2012

voz ribatejana # 42 11

O Clube Taurino Vila-fran-

quense (CTV) organizou, no

dia 10, uma homenagem aos

membros da comissão pro-

motora do Monumento ao

Campino. Um monumento da

autoria do escultor Domingos

Soares Branco que, hoje, é

um verdadeiro emblema da

cidade. Foi inaugurado a 10

de Julho de 1982, quando se

assinalavam os 50 anos do

Colete Encarnado, numa cer-

imónia presidida pelo mi-

nistro da Cultura de então

Francisco Lucas Pires.

O monumento resulta do

esforço de uma comissão

composta por representantes

de 13 tertúlias vila-fran-

quenses que angariaram fun-

dos e contribuíram eles

próprios para que fosse uma

realidade. A celebração do

passado dia 10 iniciou-se

com a deposição de uma

coroa de flores em memória

de todos os tertulianos e

campinos que fizeram parte

deste esforço de instalação do

monumento de homenagem

ao campino.

Paulo Silva, presidente do

CTV, lembrou que a

Comissão Promotora do

Monumento ao Campi-

no/Tertúlias Vilafranquenses

foi também o embrião do que

é hoje o Clube Taurino

Vilafranquense. A presidente

da Câmara Municipal de Vila

Franca, Maria da Luz

Rosinha, realçou o acto

destacando e congratulando-

se com a iniciativa do CTV,

enaltecendo também o monu-

mento que “hoje é um sím-

bolo e um orgulho de Vila

Franca de Xira”. Destacou,

também, a presença dos

familiares dos tertulianos que

infelizmente já não estão

entre nós, convidando esses

familiares a deporem uma

coroa de flores junto do

Monumento ao Campino.

Em nome da então Comissão

das Tertúlias

Vilafranquenses, o tertuliano

Armando Jorge de Carvalho

(Tertúlia Cirófila) agradeceu

a iniciativa, destacando

alguns factos importantes

daquele processo e lembran-

do todos aqueles que aju-

daram a edificar este sonho

em honra do campino.

Momentos depois, já na sede

do Clube Taurino Vila-fran-

quense, foi feito o descerra-

mento de uma “cabeça de

toiro” oferecida pela afi-

cionada Clara Maria

Fonseca. Trata-se da cabeça

de um toiro lidado em 1901,

aquando da inauguração da

Praça de Toiros Palha

Blanco.

José Serra expõe no AteneuO fotógrafo vila-franquense José Serra expôs alguns dosseus trabalhos, na primeira quinzena de Julho nas insta-lações do Ateneu Artístico Vilafranquense. Intitulada“Percursos”, a mostra esteve patente durante o ColeteEncarnado e apresentou 320 retratos sobre a históriacolectiva da vila levada a cidade, mostrando detalhada-mente um lato conjunto das suas transformações sócio-culturais. “Solto e livre em decidir, o veterano fotógrafovila-franquense foi incrivelmente responsável e selectivono trabalho exposto”, mostrando toda a sua criatividade eas soluções que conseguiu encontrar para ilustrar asmodificações verificadas na vida da cidade.

Clube Taurino

homenageia

promotores do

monumento ao

campino

A Comissão Promotora doMonumento aoCampino/TertúliasVilafranquenses foi o embriãodo que é hoje o Clube TaurinoVilafranquense.

José Serra com a presidentedo Ateneu, Filipa Silva

Catorze agrupamentos e

cerca de 200 artistas pas-

saram pelo Palco

Sevilhanas.Com neste

Colete Encarnado 2012. Na

Rua Manuel de Arriaga,

junto às instalações da esco-

la de sevilhanas com o

mesmo nome, este tem sido

um dos principais palcos de

animação da grande festa

vila-franquense. Desde 2009

que a Sevilhanas.Com

dinamiza o espaço, que este

ano contou, também, com os

habituais comes e bebes e

com uma exposição

fotográfica do espetáculo

“Olé Tú! by

Sevilhanas.Com”, realizada

pela AFCA (Associação de

Fotografia e Cultura de

Alcochete).

Pelo palco passaram

Sevilhanas.Com, Sevilhanas

da Garnacha, Al Kabir com

as Sevilhanas do Clube

Taurino de Alcochete, Doras

Groovy (sexta-feira),

Sevilhanas.Com infantil e

Juvenil, Sevilhanas da Prof.ª

Maria José Navarro,

Beliche, Barking Dog's,

Freddy Cats (sábado),

Marcha Infantil do Bom

Retiro, Vivir Flamenco,

Jamila's Bellydance (dança

oriental/dança do ventre) e

Sevilhanas.Com (domingo).

Um tema a que voltaremos

no início de Outubro, com a

edição nº. 2 da revista Vida

Ribatejana.

200 artistas no Palco Sevilhanas

12 voz ribatejana # 42

Rua homenageia comunidade varina

Jorge Talixa

A aspiração era antiga e

demorou a concretizar-se,

mas a comunidade varina de

Vila Franca de Xira tem,

desde o passado dia 7, uma

rua que realça o papel destas

famílias oriundas da costa do

distrito de Aveiro na vida da

cidade. A placa de atribuição

do nome “Rua dos Varinos” à

antiga “Travessa do Mercado”

foi inaugurada no sábado do

Colete Encarnado, numa ce-

rimónia em que membros de

Rancho Varino e não só fizer-

am questão de se vestirem à

moda desta comunidade e em

que até a presidente da

Câmara de Vila Franca se

vestiu também de varina.

João Conceição foi o primeiro

subscritor de um documento

lançado há anos que destacava

a necessidade de atribuir o

nome de uma rua da cidade

aos Varinos. A petição foi

entregue nas autarquias

locais, os seus objectivos

foram aprovados, mas a con-

cretização do acto demorou. E

João Conceição apontou isso

mesmo em Assembleia de

Freguesia realizada em Abril.

O processo foi então concluí-

do e a inauguração agendada

para o Colete Encarnado. A

rua encheu, com largas

dezenas de membros da

comunidade varina vila-fran-

quense, autarcas, campinos e

outros convidados.

João Conceição reconheceu, à

conversa com o Voz

Ribatejana, que mais vale

tarde que nunca. “As coisas

são pedidas e, às vezes, não

são logo concretizadas, mas é

preciso acompanhar e

explicar às pessoas a razão

desta homenagem aos vari-

nos. É a rua possível e, de

facto, uma rua onde eles pa-

ssavam muito tempo. A outra

que vulgarmente dizemos

“rua dos varinos” é a Luís de

Camões, mas esta acho que

está muito bem. É um marco

histórico para esta comu-

nidade”, sublinha, lembrando

que estes pescadores, oriun-

dos das zonas costeiras de

Ovar, Murtosa e Estarreja, se

começaram a fixar no Tejo e

em Vila Franca no fim do

século XVIII, procurando

melhores condições de vida.

Na pequena intervenção que

leu na cerimó-

nia inau-

gural

d o

n o v o

topónimo

da rua, João Conceição

vincou que os varinos jun-

taram dinheiro, compraram

alguns terrenos e começaram

a construir as suas casas em

Vila Franca, principalmente

nas actuais ruas Vasco da

Gama e Luís de Camões e na

Travessa da Lourença.

“Integraram-se perfeitamente

na sociedade vila-franquense

e até criaram o seu próprio

clube, o saudoso Águia

Vilafranquense”, acrescentou

João Conceição, mostrando-

se comovido com esta home-

nagem e agradecendo à comu-

nidade varina “pela lição de

vida que nos deram”.

No mesmo sentido foi a inter-

venção de Ana Serra, presi-

dente do Rancho Varino de

Vila Franca, que frisou que

esta rua regista ao longo do

tempo a memória da vivência

da comunidade varina. Já Ana

Câncio, presidente da Junta

vila-franquense, lembrou os

últimos passos até à

atribuição do novo nome a

esta rua e salientou que a sua

inauguração durante o Colete

Encarnado “tem um brilho

completamente diferente”.

“É com muito orgulho que

visto hoje esta roupa de vari-

na em dia de festa”, susten-

tou, por seu turno, Maria da

Luz Rosinha, presidente da

Câmara de Vila Franca, já

depois de ter recebido alguma

ajuda de varinas ali presentes

para compor melhor o chapéu

e o lenço. “É um momento de

homenagem e de respeito pela

vivência e contributo daque-

les que, no fim do século

XVIII, começaram a chegar a

esta terra e que começaram a

ser chamados “ovarinos”

pelos vila-franquenses. Fazem

parte integrante de Vila

Franca. São uma parte de Vila

Franca de Xira de que muito

nos orgulhamos e de que não

podemos perder a memória”,

observou a edil, realçando o

facto de neste mesmo dia se

juntarem em Vila Franca

todos os elementos que mais a

distinguem e caracterizam:

“O campo, o rio, os toiros, a

Lezíria, os vila-franquenses e

aqueles que nos visitam”.

Núcleo museológicoseria importanteJoão Conceição admite que será impor-tante dar mais alguns passos para perpetu-ar a memória da comunidade varina emVila Franca e concorda que a criação deum núcleo museológico seria importante.“Penso que seria o próximo passo a dar, atéporque para muita gente que vem a VilaFranca passear ou que vem almoçar, é impor-tante ter coisas abertas para ver”, sublinha. “Acho que Vila Franca precisava de ter algunsmuseus, algumas coisas desse género, para deixarmospara os vindouros a memória do que foram os antepassa-dos que aqui viveram. Porque se não a história dos vari-nos apaga-se. Ainda cá vivem, mas a sua actividade hoje écompletamente diferente do que foi, desde que começarama fixar-se aqui no fim do século XVIII até há 20 ou 30anos atrás”, prossegue João Conceição, que até não gostamuito da opção tomada para a estátua da varina, colocadajunto à Estação dos Correios, à beira da Rua JacintoNunes. “Penso que não representa de facto a varina.Bastava ver os azulejos que estão no mercado para perce-bermos que a estátua está desenquadrada. Defendi sempreque, a fazer-se uma varina, ela devia ser colocada maisjunto ao Mercado Municipal, com um pedestalzinho, umacoisa mais gira. Acho aquele monumento pobre, mas foi oque as pessoas na altura fizeram”, conclui.

Maria da Luz Rosinha realçou opapel da comunidade varina nodesenvolvimento de Vila Franca

Elementos do Rancho Varino deVila Franca

A antiga Travessa do

Mercado de Vila Franca de

Xira passa a designar-se

Rua dos Varinos, em home-

nagem a esta comunidade

que se fixou na agora cidade

desde os finais dos séculos

XVIII.

EDITAL Nº 296/2012

ATRIBUIÇÃO DO DIREITO AO ARRENDAMENTODO ESPAÇO MUNICIPAL DESTINADO AESTABELECIMENTO, DESIGNADO POR

“CAFETARIA DAS PISCINAS MUNICIPAISDO FORTE DA CASA”

MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRAROSINHA, PRESIDENTE DA CÂMARAMUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA

Nos termos do artigo 91º, da Lei nº 169/99, de 18 desetembro, com as alterações introduzidas pela Leinº 5-A/2002, de 11 de janeiro, torna público que deacordo com a deliberação de câmara, tomada nasua reunião de 30 de maio de 2012, se procederáno próximo dia 2 de julho de 2012, às 9H30, nasinstalações da Divisão de Desporto e Gestão deEquipamentos, sita na Rua Dr. Vasco Moniz, nº 17,Edificio Varandas da Lezíria 2600-273 Vila Francade Xira, ao ato público, para a abertura das pro-postas destinadas à atribuição do direito ao arrenda-mento do espaço municipal destinado a estabeleci-mento, designado por “Cafetaria das PiscinasMunicipais do Forte da Casa”, em conformidadecom o documento que contém o “Programa eCondições” do procedimento e que está disponívelpara consulta ou obtenção por parte dos interessa-dos que queiram apresentar proposta na moradaacima indicada, a partir da data indicada no pre-sente edital, nos dias úteis, das 09H30 às 12H00 edas 14H30 às 16H30, até à data e hora limite para aentrega das propostas, sendo que:

1. O valor base da renda mensal é de € 250,00(duzentos e cinquenta euros) e o contrato será ce-lebrado pelo prazo de 5 anos, prorrogável por perío-dos de 3 anos, até ao limite máximo de 20 anos,incluindo o contrato inicial.

2. No período inicial de 5 anos o montante da rendamensal é fixo, sendo atualizado em cada renovação,de acordo com o índice de preços ao consumidorapurado pelo Instituto Nacional de Estatística para oano imediatamente transacto.

3. Podem concorrer pessoas singulares (em nomepróprio ou devidamente representado) ou pessoascolectivas através dos seus legais representantes.

4. Os concorrentes deverão apresentar uma propos-ta de acordo com o indicado no “Programa eCondições”, com a indicação do valor mensal darenda, que não poderá ser inferior ao valor base derenda mensal indicado no ponto 1.

5. A proposta deverá também conter um projetocomercial que contemple todos os factores e sub-factores do critério de adjudicação, descritos no“Programa e Condições” do procedimento,nomeadamente, com a descrição dos equipamentose mobiliário a instalar no estabelecimento, investi-mentos a realizar, número de postos de trabalho acriar, podendo conter outros elementos que o con-corrente considere relevantes.

6. O critério de adjudicação será o da proposta eco-nomicamente mais vantajosa, tendo em conta osfactores e a ponderação dos mesmos que se encon-tram descriminados no “Programa e Condições” doprocedimento.

7. Os interessados poderão consultar e/ou solicitar o“Programa e Condições” do arrendamento do esta-belecimento em causa, nas instalações da Divisãode Desporto e Gestão de Equipamentos, sita na ruaDr. Vasco Moniz, nº 17, Edificio Varandas da Lezíria2600-273 Vila Franca de Xira.

8. As propostas apresentadas em invólucro opaco,fechado e lacrado, devem ser apresentadas nomesmo local até às 16h30 do dia 29 de junho de2012, pessoalmente, contra recibo, ou pelo correio,sob registo e com aviso de recepção, não sendoaceites propostas enviadas via postal que deementrada após esta data.

9. A abertura dos envelopes será feita no ato públi-co, no dia 2 de Julho de 2012, às 9H30, nas insta-lações da Divisão de Desporto e Gestão deEquipamentos, sita na rua Dr. Vasco Moniz, nº 17Edificio Varandas da Lezíria 2600-273 Vila Francade Xira.

10. Posteriormente ao ato público será efectuadoum relatório preliminar com o projeto de decisão deadjudicação, que será notificado a todos os conco-rrentes, dispondo os mesmos do prazo de 10 diasúteis contados a partir da data da notificação dorelatório, para se pronunciarem, querendo, sobre oprojeto de decisão de adjudicação.

11. Findo o acima indicado prazo de 10 dias úteis,será elaborado o relatório final de adjudicação, queserá submetido a aprovação em reunião de CâmaraMunicipal, do qual os concorrentes serão notifica-dos.

12. O contrato de arrendamento será celebrado noprazo de trinta dias seguidos a contar da data danotificação da adjudicação e após a entrega dosdocumentos relativos à identificação do adjudi-catário descriminados no “Programa e Condições”do procedimento.

Para constar se publica o presente edital e outros deigual teor que vão ser afixados nos Paços doMunicípio, na página electrónica da CâmaraMunicipal e, ainda, num jornal de circulaçãonacional e num jornal local.

E eu, Maria Paula Cordeiro Ascensão, Diretora doDepartamento de Administração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 31 demaio de 2012

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

1318 de Julho de 2012

Jorge Talixa

O Colete Encarnado terá re-

gistado, este ano, a maior

afluência de pessoas de que há

memória, pelo menos na últi-

ma década. As maiores

enchentes deram-se, como é

habitual, na noite de sábado

para domingo (sardinha assa-

da) e nas tardes do fim-de-

semana, com o domingo a

beneficiar da influência da

transmissão directa da TVI e

da corrida de toiros na Palha

Blanco. Para os autarcas

locais, o balanço é muito po-

sitivo, também pelo conjunto

de exposições organizado e

pelo facto de não terem oco-

rrido distúrbios complicados.

Estes 80 anos do Colete

ficam, por isso, na memória

com uma imagem bem positi-

va.

Maria da Luz Rosinha, presi-

dente da edilidade de Vila

Franca, disse isso mesmo na

reunião camarária de quarta-

feira. “Foi o ano que congre-

gou mais pessoas em todos os

seus dias, beneficiando tam-

bém do facto de ter sido real-

izado aqui um programa da

TVI no domingo, que foi pro-

movido logo desde a quarta-

feira anterior”, vincou.

Positiva foi também a apreci-

ação de Aurélio Marques

(CDU), que destacou sobretu-

do a organização das

exposições dos 80 anos do

Grupo de Forcados Amadores

de Vila Franca e “Glórias”,

frisando que foram “exclusi-

vamente organizadas pela

Câmara, o que é de realçar e

que demonstra que a Câmara

tem quadros devidamente

qualificados e que os seus

serviços podem fazer estas

organizações, isto sem despri-

mor para as outras exposições

da Semana da Cultura

Tauromáquica, que também

têm bastante categoria”. Mas

Aurélio Marques aponta um

único se não ao programa da

Semana da Cultura Tau-

romáquica, o facto de ter con-

tado com mais espanhóis do

que com portugueses nos seus

três colóquios. “Havia dois

terços de espanhóis e um terço

de portugueses. Não tenho

nada contra os nuestros her-

manos, mas acho que, até por

razões de custo-benefício e da

situação, há em Portugal pes-

soas muito importantes no

âmbito da tauromaquia para

participar nestas realizações”,

salientou.

Já João de Carvalho, vereador

da Coligação Novo Rumo,

realçou que o Colete

Encarnado “teve a maior

afluência de gente dos últimos

anos. Notou-se mais no

domingo, provavelmente pelo

atractivo da TVI. Foi, sem

sombra de dúvida, um êxito,

não só por serem os 80 anos.

Este foi o que mais afluência

teve pelos menos nos últimos

10 anos”, sustentou.

Maria da Luz Rosinha acres-

centou que o programa da

TVI “Somos Portugal” foi o

mais visto na televisão por-

tuguesa no domingo e chegou

a atingir mais de 1 milhão de

telespectadores. “Uma exce-

lente forma de promover o

concelho”, observou, admitin-

do que também ocorreram

alguns episódios menos bons,

como o facto de, sobretudo na

sexta-feira à noite, muitos

terem resolvido usar o monu-

mento ao campino como “ele-

mento de diversão”. A autarca

assume que se enervou bas-

tante por ver pessoas a

saltarem por cima do monu-

mento e em cima do cavalo.

“O monumento esteve em

risco”, admite, mas as coisas

acalmaram e, tendo em conta,

a quantidade de pessoas mais

bebidas, considera que “cor-

reu tudo muito bem e não

houve nenhum incidente

merecedor de registo”.

Colete Encarnado com a maior

afluência dos últimos anosA edição 2012 do Colete Encarnado terá sido a mais concorrida dos últimos anos, na opinião dos autarcas locais e de muitos

dos participantes na festa

Foi o Norte que mais viu oColete na TVI

Segundo dados da empresa GFK de medição de audiên-cias televisivas, o programa da TVI dedicado ao ColeteEncarnado foi um dos mais vistos do domingo dia 8 e o21º. mais visto da semana. Mais de um quarto dos queviram televisão naquela tarde sintonizaram o programadedicado à festa de Vila Franca, salientando-se a audiên-cia alcançada no Norte (29, 3%), no escalão etário dos 55aos 64 anos (21, 8%), nos telespectadores de sexo femini-no (62, 7%) e na classe média-baixa (44, 8%).

Perigo na Linha do Norte

João de Carvalho alertou, todavia, para os riscos que cor-rem as pessoas que insistem em colocar-se na linha-fér-rea, na zona da Rua 1ª. de Dezembro, para verem asesperas e largadas de toiros. “É impossível controlar aspessoas, tem que se por ali polícia que diga às pessoas quetêm que sair dali. Dizem que os comboios vêm a 10 àhora, mas a 10 à hora também podem matar. Nos toirosestá quem quer, na linha do comboio é proibido. Não épossível continuar a ver centenas de pessoas penduradasdo lado da linha. As pessoas têm que entender que aoestarem ali estão a pôr a sua vida em risco”, sublinhou. Francisco Vale Antunes, vereador responsável pelopelouro do turismo, explicou que já se realizaram váriasreuniões “tentando minimizar os impactos” desta situ-ação, porque “os comboios reduzem a velocidade, mas háriscos para a segurança das pessoas”. Também por isso,na recente requalificação da Rua 1º. de Dezembro, a edili-dade resolveu afastar as tronqueiras do muro que separaa rua da linha-férrea, de modo a tentar que as pessoas sefixassem no passeio. “No entanto, ainda persistem pessoasdo lado de lá da linha. Foram feitas reuniões com asforças de segurança, que estiveram lá, mas foram apedre-jadas”, refere o edil, sublinhando que a PSP aconselhou,então, que não fossem solicitados agentes para vigiar alinha, porque isso iria gerar uma forte tensão. “A alterna-tiva seria subir a barreira física (muro), de forma a cortara visibilidade, mas esse aspecto ainda não foi concretizadopela CP e pela Refer, por dificuldades financeiras. Eudiria que é este aspecto que falta para conseguirmosresolver o problema”, rematou Francisco Vale Antunes.

O concerto da banda do Ateneu

Faixa com pressa de serdescerradaA bandeira do Município de Vila Franca que encobria aplaca alusiva à nova Rua dos Varinos parecia apostadaem acelerar a cerimónia, tantas foram as vezes que caiu,ajudada por algum vento que se fazia sentir. A solução foimesmo segurá-la durante algum tempo com a ajuda deuma vara. Será que depois de tanto tempo à espera quefosse cumprida a promessa de dar o nome dos “Varinos”a uma rua da cidade, a bandeira queria mesmo con-cretizar a homenagem o mais rapidamente possível!?

Rosinha vestida decampino!?É verdade que a presidente da Câmara de Vila Franca deXira surpreendeu ao surgir vestida de varina na recenteinauguração da Rua dos Varinos (ver página 12), mas oque ninguém esperaria talvez foi o desafio lançado àautarca já na reunião camarária de quarta-feira: aparecerno próximo Colete Encarnado vestida de campino.Aurélio Marques, vereador da CDU, destacou a qualidadedas exposições “Glórias” e dos 80 anos dos Forcados deVila Franca e o trabalho dos técnicos e funcionáriosmunicipais envolvidos. E lembrou a forma como Maria daLuz Rosinha decidiu “disfarçar-se” de varina. “Gostavade a ver vestida de campino no próximo ColeteEncarnado”, observou.

OLHO VIVO I

OLHO VIVO II

14voz ribatejana # 42

Texto: João Mascarenhas

Fotos : Ana Serra

No toureio sabe-se que para

se alcançar a excelência e o

reconhecimento, para além

do valor, é preciso ter-se

muita disciplina, determi-

nação e responsabilidade.

Para além da intuição, no

âmbito social, o artista deve

saber contornar os contac-

tos, ponderar as acções e

poder amar um belo status

imbuído no desejo de sin-

grar na vida. Alguns “di-

estros” apontam coisas

interessantes no inicio das

carreiras, mas depois falta-

lhes a ponderação e o saber

estar nos diferentes lugares,

tornando difícil a sua ascen-

são. No domingo do Colete

Encarnado voltou a tourear

o jovem matador espanhol

David Mora, que é apodera-

do por António Tejero, ex-

bandarilheiro da quadrilha

de Enrique Ponce. Tem

escola e, tal como nós, é de

opinião que o David possui

boas chances de sucesso

profissional se seguir em

frente com a arte e beleza do

seu toureio, servindo-se

somente do talento de que é

possuído.

Três excelentes toiros

de Oliveira, Irmãos

António Ribeiro Telles

lidou o primeiro e quarto da

tarde, com 550 e 500 kilos,

respectivamente. O que

abriu praça foi um animal

que cumpriu bastante bem.

Nobre de excelentes investi-

das, sério e muito bem apre-

sentado. O seu segundo foi

diferente, mas o que mais

motivou o ginete da

Torrinha. A lide decorreu em

excelente ritmo, quer com o

toiro no primeiro estado,

quer depois com as bandari-

lhas, em que mexeu no

adversário com brilho,

vindo a reunir-se e a cravar

uma notável série de ferros

curtos. Actuação de nota

alta.

João Ribeiro Telles Júnior

lidou o 2º e 5º da tarde, que

pesaram 525 e 515 kilos, e

não esteve ao seu nível. As

reuniões e a cravagem não

lhe saíram bem, sobretudo

na lide do “colorau”, segun-

do de seu lote, um toiro que

veio de mais a menos e que

também contribuiu para que

as coisas não lhe tenham

funcionado como decerto

desejaria.

Forcados Amadores de

Vila Franca

O cabo Ricardo Castelo

pegou o toiro com maior

peso da corrida e fê-lo com

enorme determinação e

valor numa estupenda pega

à córnea e à primeira tenta-

tiva; Diogo Pereira fechou-

se sem brilho à córnea e ao

3º intento; Márcio Francisco

aguentou violentos derrotes,

rematando uma magnífica

pega à córnea e à primeira.

Por fim, Ricardo Patusco, à

córnea e ao 3º intento, não

conseguiu fazer-se luzir.

Toureio a pé

Dois toiros negros de

Oliveira, Irmãos, bonitos,

bem apresentados, nobres,

de investidas claras e recor-

rido, serviram magnifica-

mente os propósitos artísti-

cos de David Mora, um

jovem “diestro” que

começou a entrar nas feiras

importantes de Espanha e

França e… triunfa. O

primeiro pesou 442 e o

segundo 457 kilos. Sabe

andar pela arena, maneja o

capote e a muleta com acer-

to. A arte de tourear necessi-

ta o corpo como instrumento

e o artista deve tê-lo domi-

nado para que não interfira

nas lides, que não seja um

obstáculo para que as suas

intenções se expressem. O

sentimento deve fluir com

liberdade espiritual, porque

a tarefa mais difícil do

artista consiste em expressar

exactamente o que pensa, o

que sente. E David Mora

possui esses predicados.

Executou dois quites de

capote, diferentes e bem

desenhados e construiu duas

faenas a provar ambos os

“pitons” dos adversários,

levando-os embarcados no

engano com distâncias cer-

tas e rematando as séries na

devida altura. Toureia com a

cabeça despejada e com bom

gosto. Voltou a deixar exce-

lente ambiente na Praça

Palha Blanco. Com ¾ de

entrada, um pouco de vento

e meritório comportamento

das quadrilhas, o espectácu-

lo foi bem dirigido por

Ricardo Pereira.

Duas faenas com juros de Mora

Texto: João Mascarenhas

O espectáculo taurino da madrugada de sábado foi criadocom determinada finalidade. Os mais novos e muitos comoutra idade, enchem a Palha Blanco sem a preocupação demergulhar a alma no outro e em perceber o que ele sente,sonha, precisa ou sofre. A garraiada pretende reunir genteque quer passar uma noite alegre, descontraída, que perce-ba e alie a sua boa disposição ao outro. Sabe-se que estesrequisitos formam um traço que depende da formação

moral de cada um, mas é neste contexto e foi com estepropósito que se imaginou a “Garraiada da SardinhaAssada”. Digamos que é um espectáculo onde se exige umelenco de qualidades, onde se soma simpatia, empatia, gen-erosidade e… clemência.Com a casa quase cheia, foram lidados quatro erales deSantos Silva, que deram bom jogo. Actuaram os jovens ca-valeiros amadores Alexandre Gomes, Jacobo Botero, MartaValente e Andreia Oliveira. Houve detalhes bastante intere-ssantes, sobretudo dos dois primeiros que deixaram na

arena vila-franquense apontamentos de excelente intuiçãotoureira. Pegaram os Forcados Juvenis de Vila Franca,agrupamento que se mostrou desarrumado, salvando-se aboa prestação de Francisco Faria, que se fechou numa rijapega à córnea e à primeira tentativa. Jorge Silva foi dobra-do por João Matos que pegou à 2ª numa barbela inexpressi-va; João Vilaverde Júnior esteve valente nas diferentes ten-tativas: louve-se a determinação e Pedro Loureiro fechou ociclo consumando uma pega à córnea ao 2ª intento. Oespectáculo foi bem dirigido por Pedro Reinhard.

Jovens com habilidade em espectáculo a repensar

Jorge Talixa

A empresa intermunicipal

Águas do Ribatejo (AR) inau-

gurou, no dia 4, a sua nova

Unidade de Atendimento

Comercial (UAC) na cidade

de Samora Correia. Um

espaço amplo, situado no

centro da cidade, que servirá

os já perto de 20 mil habi-

tantes da freguesia e todos os

utentes dos sete municípios

da área de influência da AR

que ali se dirijam. Na sessão

inaugural, os responsáveis da

empresa salientaram que a

Águas do ribatejo está, nesta

altura, a investir cerca de 15

milhões de euros no concelho

de Benavente.

Hélio Justino, presidente da

Junta de Freguesia de Samora

Correia, realçou a importân-

cia deste investimento, que

vem dotar Samora Correia de

melhores infra-estruturas na

área do abastecimento de

água e saneamento. Já

Dionísio Mendes, represen-

tante do conselho de adminis-

tração da AR e presidente da

Câmara de Coruche, obser-

vou que a abertura desta nova

unidade “é mais um passo na

caminhada pelo desenvolvi-

mento que já se concretizou

em mais de 50 milhões de

euros de investimentos em

seis concelhos” e que “irá

atingir 130 milhões até

2015”, dos quais cerca de 30

milhões no Município de

Torres Novas, que passou a

integrar a empresa em

Outubro de 2011.

“Esta região vai ficar dotada

de uma cobertura de quali-

dade no saneamento e

abastecimento de água para

mais de 95 por cento das po-

pulações. Apesar do forte

apoio dos fundos comu-

nitários, há aqui um esforço

significativo da empresa”,

salientou o autarca.

António José Ganhão, presi-

dente da Câmara Municipal

de Benavente, sublinhou, por

seu turno, que o tempo veio

dar razão a quem acreditou no

projeto da Águas do Ribatejo

e congratulou-se com os

resultados obtidos. “Não

havia outro modelo que

servisse melhor o interesse

das nossas populações”,

referiu.

Investimentos de 15 mil-

hões no concelho de

Benavente

Segundo foi revelado nesta

cerimónia, a AR está a desen-

volver investimentos da

ordem dos 15 milhões de

euros na área do Município

de Benavente (o segundo

mais extenso e mais populoso

da sua área de influência). As

obras de saneamento com a

construção/requalificação das

ETAR (estações de tratamen-

to de águas residuais) da

Esteveira, Quinta do Papelão

(Benavente), Barrosa, Santo

Estêvão, Quinta dos Gatos,

Bordalo Pinheiro, Pendente 2

de Porto Alto, respectivas

estações elevatórias e a

ampliação da rede de sanea-

mento com mais de 5 milhões

de euros de investimento, que

permitiu dotar o concelho

duma cobertura superior a 95

por cento, estão concluídas.

Resta a conclusão dos traba-

lhos já iniciados em Foros de

Charneca.

Na área do abastecimento de

água, a AR está a investir

cerca de 10 milhões de euros,

destacando-se o sistema Vale

Tripeiro/Benavente/Samora

Correia, a obra de maior vol-

ume financeiro com um custo

de quase 6 milhões de euros.

“O reservatório, num ponto

quase equidistante de

Benavente e Samora Correia,

tem uma capacidade de 5 mil

m3 e está equipado com um

moderno sistema de desin-

feção e tratamento da água.

Três novas estações ele-

vatórias, irão ajudar a levar a

água até às localidades de

Benavente, Coutada Velha e

Samora Correia, através de

21 quilómetros de novas con-

dutas, já construídas”, refere

a empresa.

Por outro lado, estão a ser

construídas estações de trata-

mento de água (ETA) em Vale

Tripeiro e na Barrosa, que

irão custar cerca de 600 mil

euros e “minimizar os proble-

mas do manganês verificados

em vários locais do concelho

de Benavente”. Acrescenta o

gabinete de comunicação da

Águas do Ribatejo que “sete

reservatórios descentraliza-

dos no território do município

de Benavente, a maioria com

mais de 20 anos, foram

requalificados e os seus

equipamentos reabilitados

para garantir o seu bom fun-

cionamento. Foi ainda instal-

ado o sistema de telegestão

que permite o controlo à dis-

tância de situações anómalas

e respostas mais rápidas per-

ante situações anómalas”.

A instalação de um posto de

transformação de “elevada

capacidade”, que garante a

alimentação do sistema de

Vale Tripeiro, e de um ger-

ador que será accionado em

caso de falha de energia na

rede da EDP e a colocação de

“novos equipamentos ao

serviço da proteção civil para

permitir o abastecimento

mais célere de viaturas em

caso de catástrofe ou situ-

ações de emergência”, são

outras das medidas já

tomadas pela empresa inter-

municipal, que serve os con-

celhos de Almeirim, Alpiarça,

Benavente, Chamusca,

Coruche, Salvaterra e Torres

Novas.

Ainda segundo a AR, estas

obras são financiadas pela

União Europeia, mas exigem

“um grande esforço da Águas

do Ribatejo, que suporta uma

parte significativa dos mon-

tantes recorrendo em exclusi-

vo aos valores pagos pelos

clientes. Para além das obras

financiadas têm sido rea-

lizadas várias intervenções

que não foram financiadas

pela União Europeia, mas

revelavam-se inadiáveis e por

isso a empresa avançou com

recurso a capitais próprios”,

conclui.

19

18 de Julho de 2012

EDITAL Nº 336/2012MARIA DA LUZ GAMEIRO BEJA FERREIRA ROSINHA, PRESI-

DENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA

FAZ SABER que, por despacho de 2012/06/04, do Sr. Vice-Presidente, Alberto Mesquita, proferido ao abrigo do despacho nº2/2011, de 10 de janeiro, que remete para o despacho nº 32/2009, de4 de novembro, de delegação de competências da signatária:

1. Fica notificado o Sr. João Teixeira, residente na Avenida Manuel daMaia, nº 48, 2º esq, em Lisboa, do teor ofício nº 2371, de 2012/05/11:“Assunto da notificação - Imóvel degradado na Rua Serpa Pinto, nº67, 69, 71 e 73 - Vila Franca de Xira

Relativamente ao assunto acima mencionado e, em conformidadecom o despacho exarado em 2012/04/17 pelo Vice-Presidente Sr.Alberto Mesquita, informa-se de acordo com o seguinte:

1. Trata-se de um edifício antigo, com três pisos, tendo no piso 0 umespaço comercial e no piso 1 e 2 habitação.

2. Verificou-se que o revestimento/reboco da parede exterior do alça-do principal, se encontra num avançado estado de degradação, tendojá ocorrido a queda de parte deste revestimento/reboco para a viapública e existindo um risco iminente de ocorrerem novas quedas.Face ao exposto notifica-se V. Ex.ª para, num prazo de 15 dias, ini-ciar os trabalhos de reparação necessários à correção das anomaliasexistentes, devendo obter as necessárias licenças de ocupação davia pública junto da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira.Mais se informa que serão imputadas a V. Ex.ª todas as responsabil-idades por danos pessoais ou patrimoniais que possam ocorrer emconsequência do estado de degradação do imóvel de sua pro-priedade.

Com os melhores cumprimentos.

Por delegação do Diretor do Departamento, O Chefe da Divisão deFiscalização, Pedro J. A. Cairrão, (Eng.º Civil)”

2. Procede-se à notificação por edital nos termos da alínea d), do nº1, do artigo 70º do CPA – Código do Procedimento Administrativo,depois de se terem frustrado várias tentativas para efetuar a notifi-cação postal ao interessado.

A este assunto corresponde o processo camarário nº 99/00ONEREDPDM.

Para constar se publica o presente edital e outros de igual teor vãoser afixados nos locais do costume, na morada a que o mesmo aludee publicado nos jornais locais. E eu,Maria Paula Cordeiro Ascensão, Diretora do Departamento deAdministração Geral, o subscrevi.

Paços do Município de Vila Franca de Xira, 19 de junho de 2012

A Presidente da Câmara Municipal,

- Maria da Luz Rosinha -

A Águas do Ribatejo está a investir cerca de 15 milhões de euros no concelho de Benavente, segundo foi anunciado na cer-

imónia inaugural da nova unidade de atendimento da empresa em Samora Correia.

Águas do Ribatejo inaugura

loja em Samora Correia

Opel Adam disponível em 2013A GM Portugal anunciou o próximo lançamento do OpelADAM, modelo que será apresentado no final deSetembro no salão de Paris e que estará disponível nomercado no início de 2013. Segundo a empresa, com onovo ADAM, “a Opel estreia um automóvel urbano‘chique’ e elegante num segmento de mercado bastantevirado para o estilo”. O Opel ADAM “combina um designarrojado com possibilidades de personalização pratica-mente ilimitadas, as quais podem tornar cada ADAM numautomóvel singular”. “O novo modelo também oferece tecnologias típicas desegmentos superiores, tais como um novo sistema deinformação e entretenimento que permite integrar smart-phones (Android e Apple iOS), tornando acessíveis fun-cionalidades e aplicações assentes na Internet através dosdispositivos do automóvel”, acrescenta a GM Portugal,frisando que o Opel ADAM, com 3,7 ms de comprimento e1,7 ms de largura, é um “modelo de três portas perfeitopara o meio urbano”. “O novo Opel ADAM representa grande potencial decrescimento para a marca e estamos orgulhosos do quealcançámos, com um produto que integra a excelência daengenharia neste segmento», afirma o CEO da Opel,Karl-Friedrich Stracke. «O ADAM é o primeiro automóveldo segmento A a ser produzido exclusivamente naAlemanha. Estamos seguros de que terá uma receçãoentusiástica na estreia mundial em Paris, em Setembro”,refere. Na fase inicial de comercialização, o Opel ADAMoferecerá à escolha três motores a gasolina (1.2 de 70 cv,1.4 de 87 cv e 1.4 de 100 cv), associados a caixas manuaisde cinco velocidades.Esta região

vai ficardotada deumacobertura dequalidade nosaneamento eabastecimentode água paramais de 95por cento daspopulações

A inauguração da loja de SamoraCorreia da Águas do Ribatejo

Futsal do Alverca City tricampeãono Xira 2011/12A equipa de futsal do Alverca City sagrou-se tri-campeãdos jogos concelhios de Vila Franca de Xira, com umtotal de 11 vitórias e uma derrota. A equipa alverquensemarcou 89 golos e sofreu 20, conseguindo também omelhor ataque e a melhor defesa do campeonato. Osmelhores marcadores da equipa foram TiagoCarvalho e Geovani Quitumbo ambos com 24golos marcados em 12 jogos.

20

DESPORTO

voz ribatejana # 42

Acção da Inspecção de Jogos leva à penhora

de verbas do Vilafranquense

Jorge Talixa

O bingo, que durante anos foi

uma boa fonte de receita da

União Desportiva Vila-fran-

quense (UDV), acabou, nos

últimos anos, por se transfor-

mar num problema. Desacti-

vado em 2009, quando já fun-

cionava no Vilafranca

Centro, por falta de afluên-

cia, gerou então situações

complicadas com os paga-

mentos aos funcionários.

Mais recentemente, os diri-

gentes da colectividade de

Vila Franca foram surpreen-

didos com uma acção da

Inspeção-Geral de Jogos

(IGJ) que reclama equipa-

mentos alegadamente não

devolvidos. O Voz Ribatejana

apurou que, em 2010, uma

empresa contratada pela

Inspecção de Jogos esteve em

Vila Franca e, segundo os

dirigentes, levou todo o

equipamento existente. Só

que não deixou, nem lhe terá

sido pedido, um documento

com a descrição completa do

equipamento devolvido.

Nove meses depois, a UDV

recebeu uma comunicação da

IGJ que diz que parte do

equipamento não foi entregue

e avalia em 25 mil euros os

materiais alegadamente em

falta. Não tendo nada em seu

poder, o clube procurou

esclarecer e contestou várias

vezes a posição da IGJ. Mas

este organismo insiste na sua

tese e, com multas e juros, já

reclama, nesta altura, cerca

de 70 mil euros, tendo tam-

bém em conta que a UDV

não teve condições para apre-

sentar uma garantia bancária

de 90 mil euros que aquela

entidade exigiu. Os respon-

sáveis da União Vilafran-

quense estão até dispostos a

contestar toda esta acção em

tribunal, reafirmando que o

clube não ficou com qualquer

tipo de equipamento do

bingo. Entretanto, a IGJ terá

procurado, em articulação

com as Finanças, alguns bens

da UDV para penhorar e,

como o pavilhão já foi dado

como garantia para outra

situação, resolveu reclamar

as verbas do PAMA

(Programa de Apoio Muni-

cipal ao Associativis-mo),

que a Câmara de Vila Franca

atribui anualmente às cole-

ctividades para apoio ao seu

funcionamento. O Voz

Ribatejana sabe que, no mês

passado, a comissão adminis-

trativa que gere o clube foi

surpreendida com a comuni-

cação desta penhora dos 22

mil euros que a UDV devia

receber este ano da Câmara.

Os dirigentes já apresentaram

contestação e admitem levar

o caso a tribunal, mas é mais

uma situação que vem com-

plicar a já difícil vida do

Vilafranquense.

A Inspecção de Jogos alega que o Vilafranquense não terá entregue todo o equipamento

depois de ter desactivado a sua sala de bingo e exigiu 25 mil euros. O clube contesta com-

pletamente esta versão, mas as multas e os juros somados já elevaram este valor para cerca

de 70 mil euros e motivaram uma penhora das verbas que a UDV devia receber em 2012 da

Câmara de Vila Franca. O caso pode seguir para tribunal.

Atletas do Arrudense em destaque nos 1500 metros

do nacional de juvenis

“A prova teve 144 equipas

inscritas. Gonçalo Cláudio e

Rafael Rucha tinham rea-

lizado mínimos de partici-

pação. No entanto, os seus

tempos não indicavam que

pudessem chegar entre os 10

primeiros classificados. Mas

acabariam por surpreender

ao ter uma excelente

prestação, apesar do vento

que se fazia sentir, con-

seguindo assim uma

prestação coletiva fabulosa,

sendo mesmo a melhor de

sempre para atletas do

CRDA e a única equipa com

2 atletas nas 10 primeiras

posições, a nível nacional.

No final da prova, ouvimos

os atletas, que, satisfeitos,

falaram da prova e da forma

como se sentiram. O

primeiro a falar foi Rafael

Rucha que, confrontado com

várias perguntas, explicou

que, “baseado nos rankings

nacionais e na lista dos

inscritos, achei que tinha

capacidade de fazer uma boa

prova, desde que não pio-

rasse demasiado o tempo.

Senti que acabei bem, mas

com a sensação que podia

ter feito ainda melhor. A

meio da prova não me senti

mal, mas o vento dificultou

muito as coisas e também

ajudou a que o tempo da

prova não fosse o melhor”.

“Apesar de não ter batido o

recorde pessoal e não ter

obtido um lugar mais alto,

estou contente porque tive

uma semana pré-competiti-

va bastante complicada,

com um início de lesão que

poderia deixar-me de fora

desta prova muito impor-

tante”, prosseguiu Rafael

Rucha, que terminou na

sexta posição com 4’12’’11.

Falámos também com o

atleta Gonçalo Cláudio, que

nos fez uma breve abor-

dagem da prova. “As

condições não eram as me-

lhores, principalmente por

causa do vento que per-

maneceu durante toda a

prova. No entanto, sabia que

esta era a prova da época,

senti-me bastante concentra-

do na mesma e acabei por

conseguir um bom resulta-

do, pelo que os objectivos

foram claramente ultrapas-

sados. Com a época a termi-

nar, este resultado abre boas

expectativas para uma pró-

xima época, que, em com-

panhia de todo o grupo de

treino, dos treinadores e

especialmente do meu cole-

ga Rafael Rucha, espero que

venha a ser ainda mais pro-

dutiva”, referiu o Gonçalo,

que ficou na sétima posição,

com o tempo de 4’12’’84.

Gonçalo Cláudio e Rafael Rucha representaram o Arrudense no recente Campeonato

Nacional de Juvenis, disputado na pista de Abrantes. Correram os 1500 metros e

alcançaram o sexto e o sétimo lugares, no que constituiu a melhor prestação de sempre em

nacionais da equipa do CRDA, que foi mesmo a única a colocar dois atletas nos primeiros

10 desta final nacional. Ana Monteiro e Jéssica Cruz, colegas de equipa dos jovens atletas

do CRDA, elaboraram uma oportuna reportagem que o Voz Ribatejana reproduz nesta

página.

Atletismo do Arrudense traz três títulosindividuais dos nacionais de veteranos

A equipa de atletismo do Arrudense alcançou um excelente quarto lugar colectivo noCampeonato Nacional de Veteranos, disputado no passado fim-de-semana no Luso (con-celho da Mealhada). Os atletas arrudenses trouxeram mesmo quatro títulos individuais,conquistados por Fernanda Nunes (escalão F 55) nos 800 e nos 1500 metros, por RosaVassindula (F35) nos 800 metros e por Alexandre Monteiro (M45) nos 3000 metrosobstáculos.Destaque também para a vitória de Anabela Gomes nos 5000 metros (Extra), com umreorde pessoal de 18’18”91 e para os segundos lugares de Luísa Monteiro (nos 200 metrosescalão F45), Rosa Vassindula (dardo, no escalão F35), Francisco Fernandes (5000 me-tros no escalão de M65) e da equipa de 4x400 metros composta por Zulmira Belo, RosaVassindula, Luísa Monteiro e Fernanda Nunes.Os veteranos do Clube Recreativo e Desportivo Arrudense trouxeram ainda quatro ter-ceiros lugares (Luísa Monteiro, Alexandre Monteiro, David Fernandes e equipa de 4x100composta por Zulmira Belo, Rosa Vassindula, Luísa Monteiro e Fernanda Nunes.

21

18 de Julho de 2012

Miguel António Rodrigues

[email protected]

O Carregado tem estado, nos

últimos anos, na alta roda do

futebol nacional. A sua equipa

principal lutou, na época pas-

sada, pelo regresso à Liga de

Honra e vai apostar em

2012/2013 numa época tran-

quila na Zona Sul da II

Divisão. Continuar a apostar

na formação e aumentar o

número de sócios são dois dos

grandes objectivos da

direcção da Associação

Desportiva do Carregado

(fundada em 1950). Aurélio

Lameiras continua à frente

dos destinos da colectividade

carregadense e, em entrevista

ao Voz Ribatejana, lamenta a

falta de apoios da Câmara de

Alenquer, que, refere, no ano

passado, não entregou qual-

quer verba ao clube. Aurélio

Lameiras está ligado à

direcção da ADC há 10 anos,

por convite do então presi-

dente. Chegou à colectividade

porque o seu filho era atleta

do clube.

A residir em Alenquer,

Aurélio Lameiras lamenta que

muitas pessoas não compreen-

dam a necessidade da existên-

cia desta instituição, mas sub-

linha que o Carregado con-

segue congregar muitas pes-

soas à volta do seu projecto.

Para o presidente “existem

dois Carregados. Um novo e

um velho”. E explica que ao

novo pertencem aquelas pe-

ssoas que só vão dormir ao

Carregado. Ao velho pertence

uma outra geração de pessoas.

Uma geração mais velha que

se dá mais às colectividades e

que aparece no campo para

apoiar à equipa principal, que

este ano se manteve com tran-

quilidade na II Divisão

nacional. Aliás, o Carregado,

tem, segundo o responsável,

uma massa associativa que vai

aparecendo, apoiando o clube,

“em casa e fora”, nos princi-

pais jogos.

Mas, como quase todos os

clubes, também a ADC luta

contra uma crise directiva.

Aurélio Lameiras é presidente

pela segunda vez, sendo que

antes presidiu a uma comissão

administrativa, porque não

apareceu nenhuma lista.

Entretanto, há poucas se-

manas, voltou a encabeçar

uma lista e, em conjunto com

um grupo de pessoas, volta

igualmente a liderar o projec-

to que se prevê dinâmico e

inovador para um clube que

terá este ano perto de 25/30

mil euros de orçamento para a

equipa principal de futebol.

Como todas as colectividades

do país, também a ADC

procura apoios junto das

empresas e do município. Da

parte da Câmara de Alenquer,

o clube refere que no ano pas-

sado não teve qualquer apoio.

Aurélio Lameiras diz que,

neste caso, a Lei 8/2012 (Lei

dos Compromissos), que

impede as autarquias de faz-

erem planos no âmbito finan-

ceiro sem cabimento orça-

mental, veio prejudicar as

associações. Para ultrapassar

essa situação, o clube está a

negociar com a autarquia a

venda de publicidade à “Vila

Presépio” nas camisolas dos

atletas. Essa será uma forma,

acrescenta, de ultrapassar a

situação. A outra passa pelas

receitas próprias que, para

além da publicidade e das

quotizações, implica também

muita criatividade. A venda de

bebidas e comidas em algu-

mas festas da região tem sido

um folêgo financeiro impor-

tante. O clube já esteve repre-

sentado nas Festas da

Ascensão e prepara-se agora

para outros eventos, igual-

mente importantes, que

podem gerar mais alguma

receita.

Aurélio Lameiras lamenta,

contudo, que a autarquia não

“olhe” para a associação

como gostariam os carre-

gadenses. O presidente lem-

bra a falta de equipamentos

desportivos municipais na

freguesia e sublinha que,

neste caso, é a ADC que se

substitui ao Estado no fomen-

to da prática desportiva.

Todavia, Aurélio Lameiras

destaca o empenho e a entrega

dos jogadores e técnicos, o

que contrasta com a atitude

mais distante dos associados.

A Associação Desportiva do Carregado movimenta mais de 800 atletas. O futebol é a principal

actividade do maior clube da freguesia. Para além de ter a equipa sénior da região mais bem colo-

cada nos nacionais (lutou pela subida à Liga de Honra na época passada), o Carregado dá car-

tas também na formação de jovens futebolistas.

68 mil euros em quotaspara cobrar

A Associação Desportiva do Carregado tem perto de 2500sócios. Todavia, o distanciamento de parte dos associadosfaz-se sentir no dia-a-dia do clube. Aurélio Lameirasdestaca que a situação não é favorável economicamente,mas poderia melhorar se o clube conseguisse cobrar pertode 68 mil euros de quotas em atraso.Pese embora todas as tentativas, os colaboradores do ADCnão têm tido muito sucesso. Em alguns casos, conseguemrecuperar alguns meses, mas noutros nem por isso, algoque faz toda a diferença.De acordo com o responsável, o “cobrador” não tem tidosucesso, embora existam campanhas de desconto emquase 50 por cento sobre as dívidas a cobrar no imediato. Ainda assim e crentes que os sócios, mais tarde ou maiscedo, vão aparecer, a ADC vai agora implantar medidaspara angariar mais associados.Para já o clube oferece descontos em algumas situações.A começar pela redução de 10% na Farmácia Varela doCarregado e nas mensalidades aos interessados no healthclublocal.Para o futuro, refere o presidente, está pensado o Dia doSócio com descontos no Intermarché do Carregado, bemcomo vales de desconto em gasolina e outros. Medidas,que refere Aurélio Lameiras, a direcção espera que sejamuma mais-valia para a instituição. Para além destasideias, o clube quer ainda organizar eventos desportivos,recreativos, culturais e lúdicos e rentabilizar os espaçosdesportivos. Por outro lado, anuncia ainda AurélioLameiras ao Voz Ribatejana, há planos para “divulgaçãoe promoção do nosso merchandising” e a abertura deuma loja com produtos do clube.Para além do futebol, modalidade “rainha” do clube, aADC promove também a prática de ginástica, trampolins,judo e taekwon-do, entre outras modalidades.

Futebol aposta namanutenção na ll divisão

A manutenção da equipa principal na II Divisão nacionalde futebol é uma preocupação da actual direcção. O presi-dente refere que os bons resultados da equipa estão rela-cionados com o espírito de grupo e com a política que aADC tem implantado.Para não descaracterizar o clube, Aurélio Lameirasdefende apenas a manutenção na próxima época, já que aADC não tem condições logísticas para o futebol profis-sional. A começar pelo campo e pelas estruturas, tudoteria de ser mudado, ou então, à semelhança de anosanteriores, o Carregado teria de jogar em casa empresta-da, como aconteceu no Estádio Municipal do Cartaxo, oque levou à perda de sócios.A aposta na manutenção e numa política desportiva sus-tentada, é a bases do clube para o sucesso. Este ano, aADC já tem o plantel praticamente fechado. Vieramjogadores da Castanheira, de Fazendas de Almeirim e,assim, aos poucos, a colectividade vai preenchendo oslugares vazios criados pelas saídas de jogadores para ou-tros clubes.Mas até nos atletas, o clube pretende poupar e inovar.Para isso, a aposta vai ser em jogadores formados nacasa. Este é um projecto de curto/médio prazo que dará aoclube a garantia de que os seus jogadores têm a formaçãoadequada, evitando custos com compras ou transferênciasde jogadores. Trata-se do projecto “Horizonte Sénior”,uma “aposta forte e bem identificada na formação dejogadores da casa que, dentro do perfil desportivo e socialtraçado por esta direcção” para que sejam parte inte-grante “na totalidade ou quase totalidade da equipa defutebol sénior”.

Presidente do Carregado

lamenta falta de apoios

da Câmara de

Alenquer

Sucessos da ADC

A equipa de futebol sénior, que começou no CampeonatoNacional da III Divisão na época de 2001/2002, chegouem 2007/2008 ao Campeonato Nacional da II Divisão;Na época de 2009/2010, a equipa de futebol sénior par-ticipou no campeonato profissional – Liga Vitalis; Desde a época de 2010/2011 que a equipa de futebolsénior participa no Campeonato Nacional da II Divisão;Na época de 2007/2008, a equipa de Juvenis sagrou-secampeã distrital da 1.ª Divisão, garantindo a subida paraa Divisão de Honra; Na época de 2011/2012, a equipa de Juniores iniciou asua participação no Campeonato Nacional da 2.ª divisão,onde teve uma excelente actuação, apesar de ser a suaestreia em campeonatos nacionais terminou em 8.º lugar,com 33 pontos, na fase regulamentar.

Voz Ribatejana

ALVERCA

:: número 42 :: ano 2 :: 18 de Julho de 2012 :: quinzenário regional ::

Adriano Pires

O estádio do Futebol Clube

de Alverca (FCA) recebeu,

no dia 7, uma iniciativa

solidária de apoio às

famílias mais carenciadas do

concelho. No âmbito do

chamado “Futrebol”, um

conjunto de figuras públicas

como o próprio Paulo Futre,

o actor Fernando Mendes e o

árbitro Pedro Proença dis-

putaram um jogo de futebol.

A animar a jornada de soli-

dariedade estiveram também

o Corpo Nacional de Escutas

(agrupamento de escuteiros

de Alverca), o Moto Clube

de Alverca, a equipa de

ginástica acrobática do

Grupo Desportivo do

Pessoal da Cimpor de

Alhandra, a Escola de

Futebol Geração do Benfica,

a tuna da Sociedade

Filarmónica Recreio Alver-

quense e o campeão nacional

de street Fábio Simões, entre

outros.

A iniciativa contou ainda

com os apoios do Hotel

Lezíria (Vila Franca de Xira)

SIC, RTP, TVI, Rádio

Popular, Boa–Vai–Ela e do

jornal Voz Ribatejana.

Se o resultado do jogo foi de

3 a 1, já o balanço desta ini-

ciativa resultou na recolha

de 5 toneladas e meia de ali-

mentos, o que, para os pro-

motores, mormente para a

equipa diretiva do FCA, li-

derada por Fernando Orge,

foi um sucesso, “mostrando,

assim, que a freguesia de

Alverca do Ribatejo é uma

freguesia solidária”.

Estrelas do futebolajudam famíliascarenciadasO jogo de futebol solidário organizado no estádio do Alverca permitiu recolher 5, 5

toneladas de alimentos que serão distribuídos pelas famílias mais carenciadas do concelho

de Vila Franca. As centenas de espectadores foram convidados a entregar alguns bens ali-

mentares em troca de bilhetes de entrada na iniciativa.

Teatro na Póvoa recolhe alimentos para sem-abrigo

O Grupo de Teatro Gruta Forte e a Associação “Os Companheiros da Noite” promovem,na tarde do próximo sábado(16h30), um espectáculodiferente de teatro solidário.A parceria entre estas duasinstituições visa recolherbens alimentares que OsCompanheiros da Noite dis-tribuirão, depois, pelos sem-abrigo que apoiam umpouco por todo concelho. Ainiciativa realiza-se nosjardins do Palácio daQuinta da Piedade (junto àbiblioteca). De acordo comOs Companheiros da Noite,esta representação do GrutaForte (Forte da Casa) seráfeita solidariamente deforma aquela associação devoluntários sedeada naPóvoa, “permitindo que amesma continue a desen-volver o seu trabalho deapoio a pessoas sem-abrigoe carenciadas do concelho.Os alimentos recolhidosserão distribuídos, atravésde rondas nocturnas, porequipas de voluntários”.

CASBApromove festa grande no Bom Sucesso

A festa de encerramento do ano lectivo 2011/2012 do CASBA atraiu milhares de pessoas,entre utentes, funcionários, familiares e outros amigos da instituição e moradores dazona. Para além das actividades ligadas às crianças que frequentam o Centro de ApoioSocial do Bom Sucesso e Arcena, a festa incluiu concertos com o Grupo Banza (dia 15) ecom o conhecido João Pedro Pais (16). A festa, que se realizou no Jardim Central do BomSucesso, prolongou-se pela noite e culminou com lançamento de fogo-de-artifício.Com cerca de 320 utentes nas valências de infância, o CASBA passou a incorporar, tam-bém, recentemente, os serviços da Instituição de Apoio a Idosos de São Romão.

Algumas das estrelas que participaramno evento solidário

Fernando Orge, presidente do Alverca, entregaalgumas lembranças aos participantes

Fotos de F

ilipe Martins