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DETECÇÃO DE FALHAS ELÉTRICAS EM MOTORES DE INDUÇÃO UTILIZANDO REDE RADIAL BASIS FUNCTION AVYNER LORRAN DE OLIVEIRA VITOR, FERNANDO MARCOS DE OLIVEIRA, LARISSA AGNES RONQUI, ALESSANDRO GOEDTEL, PAULO ROGÉRIO SCALASSARA, SÉRGIO AUGUSTO OLIVEIRA DA SILVA, MARCOS BANHETI RABELLO VALLIM Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica Av. Alberto Carazzai, 1640, Cornélio Procópio, Paraná, Brasil E-mails: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Abstract The application of three phase induction motors in industry is large, so many studies introduce strategies for the diagnosis and prediction of failures in these engines. The purpose of this paper is to present an alternative tool to traditional methods for detection of several kinds of faults, like short circuit between the coils of the stator, rotor bar breakage, bearing and normal operating conditions using radial basis function artificial neural network. Experimental results are presented to validate the proposal. Keywords Artificial neural networks, three-phase Induction Motors, failures. Resumo A aplicação de motores de indução trifásico na indústria é extensa e, com isso, vários estudos apresentam estratégias para o diagnóstico e predição de defeitos e falhas nestes motores. A proposta deste trabalho consiste em apresentar uma ferramenta alternativa aos métodos tradicionais para a detecção de falhas de curto-circuito entre as espiras do estator, quebra das barras do rotor, rolamento e condições normais de funcionamento utilizando redes neurais artificiais com função de base radial. Resultados experimentais são apresentados para validar a proposta. Palavras-chave Redes neurais artificiais, motor de indução trifásico, falha. 1 Introdução O motor de indução é o tipo de máquina elétrica mais difundida e utilizada em processos industriais. Essa máquina elétrica apresenta um princípio de funcionamento simples, uma construção robusta, facilidade na manutenção, baixo custo e confiabilidade (Suetake, 2011). Esses motores podem ser expostos a uma série de ambientes hostis, desgastes em operações e defeitos de fabricação provocando falhas internas ou externas ao conjunto (Chow, 1997). O prognóstico antecipado de falhas é importante para garantir condições operacionais seguras, a manutenção programada, minimizar os custos operacionais e aumentar a confiabilidade da operação. Existem diversas situações onde é possível monitorar a condição do motor através de sensores específicos no estator e no rotor. Entretanto, todas estas técnicas disponíveis requerem o usuário com alguma experiência para distinguir uma condição de operação normal de um estado em potencial de falha (Rodríguez, 2007). A descoberta de falhas é realizada através de quatro etapas: detecção das falhas, extração de sinais, processamento da informação e diagnóstico das falhas. As origens das causas de falhas nos motores geralmente estão associadas ao rotor, estator e rolamento, refletindo respectivamente em 10%, 38%, 40% das ocorrências, conforme Tabela 1. Segundo Reis (2010) a extração de sinais, ou seja, a obtenção de dados associado ao comportamento da máquina é realizada através de variáveis do motor, tais como: vibração, tensão, corrente, fluxo magnético, entre outros. O processamento da informação consiste em técnicas aplicadas aos sinais medidos para produzir características ou parâmetros sensíveis à presença ou ausência de falhas. Por fim, o diagnóstico de falhas é responsável por examinar estes parâmetros e características gerados e decidir se uma falha ou defeito existe neste motor e, em caso positivo, qual o tipo de falha. Os métodos tradicionais para o diagnóstico de falhas são fundamentados em modelos determinísticos (model-based systems), os quais levam à elaboração de programas complexos, dificultando seu gerenciamento e manutenção (Bellini, 2008). Em vista disso, o diagnóstico baseado em técnicas computadorizadas convencionais tem sido recentemente substituído por sistemas baseados em Inteligência Computacional (IC). Esse termo engloba diversas técnicas distintas, Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014 3830

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DETECÇÃO DE FALHAS ELÉTRICAS EM MOTORES DE INDUÇÃO UTILIZANDO REDE

RADIAL BASIS FUNCTION

AVYNER LORRAN DE OLIVEIRA VITOR, FERNANDO MARCOS DE OLIVEIRA, LARISSA AGNES RONQUI,

ALESSANDRO GOEDTEL, PAULO ROGÉRIO SCALASSARA, SÉRGIO AUGUSTO OLIVEIRA DA SILVA, MARCOS

BANHETI RABELLO VALLIM

Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR

Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica

Av. Alberto Carazzai, 1640, Cornélio Procópio, Paraná, Brasil E-mails: [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected]

Abstract The application of three phase induction motors in industry is large, so many studies introduce strategies for the diagnosis and prediction of failures in these engines. The purpose of this paper is to present an alternative tool to traditional

methods for detection of several kinds of faults, like short circuit between the coils of the stator, rotor bar breakage, bearing and

normal operating conditions using radial basis function artificial neural network. Experimental results are presented to validate the proposal.

Keywords Artificial neural networks, three-phase Induction Motors, failures.

Resumo A aplicação de motores de indução trifásico na indústria é extensa e, com isso, vários estudos apresentam estratégias para o diagnóstico e predição de defeitos e falhas nestes motores. A proposta deste trabalho consiste em apresentar uma

ferramenta alternativa aos métodos tradicionais para a detecção de falhas de curto-circuito entre as espiras do estator, quebra das

barras do rotor, rolamento e condições normais de funcionamento utilizando redes neurais artificiais com função de base radial. Resultados experimentais são apresentados para validar a proposta.

Palavras-chave Redes neurais artificiais, motor de indução trifásico, falha.

1 Introdução

O motor de indução é o tipo de máquina elétrica

mais difundida e utilizada em processos industriais.

Essa máquina elétrica apresenta um princípio de

funcionamento simples, uma construção robusta,

facilidade na manutenção, baixo custo e

confiabilidade (Suetake, 2011).

Esses motores podem ser expostos a uma série

de ambientes hostis, desgastes em operações e

defeitos de fabricação provocando falhas internas ou

externas ao conjunto (Chow, 1997). O prognóstico

antecipado de falhas é importante para garantir

condições operacionais seguras, a manutenção

programada, minimizar os custos operacionais e

aumentar a confiabilidade da operação.

Existem diversas situações onde é possível

monitorar a condição do motor através de sensores

específicos no estator e no rotor. Entretanto, todas

estas técnicas disponíveis requerem o usuário com

alguma experiência para distinguir uma condição de

operação normal de um estado em potencial de falha

(Rodríguez, 2007).

A descoberta de falhas é realizada através de

quatro etapas: detecção das falhas, extração de sinais,

processamento da informação e diagnóstico das

falhas. As origens das causas de falhas nos motores

geralmente estão associadas ao rotor, estator e

rolamento, refletindo respectivamente em 10%, 38%,

40% das ocorrências, conforme Tabela 1. Segundo

Reis (2010) a extração de sinais, ou seja, a obtenção

de dados associado ao comportamento da máquina é

realizada através de variáveis do motor, tais como:

vibração, tensão, corrente, fluxo magnético, entre

outros. O processamento da informação consiste em

técnicas aplicadas aos sinais medidos para produzir

características ou parâmetros sensíveis à presença ou

ausência de falhas. Por fim, o diagnóstico de falhas é

responsável por examinar estes parâmetros e

características gerados e decidir se uma falha ou

defeito existe neste motor e, em caso positivo, qual o

tipo de falha.

Os métodos tradicionais para o diagnóstico de

falhas são fundamentados em modelos

determinísticos (model-based systems), os quais

levam à elaboração de programas complexos,

dificultando seu gerenciamento e manutenção

(Bellini, 2008). Em vista disso, o diagnóstico

baseado em técnicas computadorizadas

convencionais tem sido recentemente substituído por

sistemas baseados em Inteligência Computacional

(IC). Esse termo engloba diversas técnicas distintas,

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tal como expert systems, Redes Neurais Artificiais

(RNA), lógica fuzzy, entre outras.

As RNA’s demandam um grande número de

amostras e produzem resultados limitados a

determinados sistemas, aos quais foram treinadas.

Portanto, a fase de treinamento da rede é critica.

Contudo, uma vez que forneça uma base confiável de

dados à rede, essa técnica se mostra eficiente,

confiável e simples, e, em função disso, tem sido

aplicada extensivamente na área de monitoramento

de falhas. Ainda, utilizando RNA’s é possível reduzir

de forma significativa o número de elementos

sensores que monitoram as condições de operação da

máquina. Tais sensores contribuem de forma direta

com o aumento dos custos de implementação das

técnicas tradicionais (Suetake, 2012).

Dentro do cenário de identificação de falhas,

podem-se citar alguns trabalhos. Broniera et al.

(2013) identificaram falhas de curto-circuito entre

espiras de estator de uma mesma fase, utilizando

apenas amostras da forma de onda original de

corrente. As amostras mencionadas serviram

diretamente como entrada para três arquiteturas de

redes neurais, a fim de comparação. Outro exemplo

de análise no domínio do tempo é o trabalho de

Gongora et al. (2013), no qual é proposto um sistema

inteligente para detecção de falhas online,

empregando somente sinais de tensão e corrente no

tempo e redes neurais artificiais. Santos (2013)

apresentou uma metodologia para diagnóstico da

condição do motor, considerando falhas por barras

quebradas e curto circuito no enrolamento de estator.

Foi aplicada a TWD até o terceiro nível para o motor

quando acionado pela rede elétrica e até o quarto

nível quando acionado por inversor. Os coeficientes

de Detalhes do último nível analisado foram

utilizados como entradas para três RNA’s distintas, a

saber: Perceptron Multi Camadas (MLP), rede de

Elman e Radial Basis Function (RBF). Conclui-se

que a rede de Elman exibiu melhor desempenho para

classificação das falhas analisadas. Silva (2014), da

mesma forma, utiliza modelos wavelets e RNAs,

contudo, desenvolve um método baseado em

medidas de previsibilidade, Potência de Previsão

(PP) e Predictable Component Analysis (PrCA).

Após realizar a transformada wavelet-packet, cada

componente da decomposição foi reconstruído

individualmente avaliando-se os respectivos erros de

reconstrução. Posteriormente, foram comparados os

resultados obtidos empregando-se PP e PrCA. A proposta deste trabalho consiste em

desenvolver uma metodologia para a detecção de

falhas de curto-circuito entre as espiras do estator,

quebra das barras do rotor, rolamento e condições

normais de funcionamento através do monitoramento

da corrente trifásica do motor de indução. A

estratégia utilizada para extrair características típicas

de cada falha se fundamenta em transpor os sinais de

correntes trifásicas para o eixo dq, empregando para

tanto as transformadas de Clarke e Park. Por fim, a

rede RBF é aplicada para classificar os padrões e

auxiliar na determinação da existência, ou não, de

falha no motor que originou o sinal e ainda qual o

tipo de falha, se houver.

O artigo está organizado da seguinte maneira: na

Seção 2 apresenta-se uma descrição das principais

falhas nos motores elétricos; na Seção 3 são

apresentados os aspectos relacionados às redes

neurais artificiais; na Seção 4 são apresentados o

desenvolvimento e os resultados experimentais; a

Seção 5 é referente às conclusões.

2 Classificação de falhas em motores de indução

O defeito de um componente em uma máquina

elétrica significa um indício de capacidade reduzida

para atender aos requisitos mínimos especificados.

Caso este defeito não seja identificado, ou caso seja

permitido o prosseguimento da operação, isto pode

conduzir a uma falha. Logo, essas falhas são

registradas como causa que conduziram a um colapso

ou a uma parada não planejada da máquina (Thorsen

e Dalva, 1999). Quando uma máquina desenvolve

uma falha, ela apresenta indícios de defeitos de

várias formas: mudanças nos sinais de vibrações,

variação na temperatura, ruídos e alterações no

campo eletromagnético.

As falhas podem ser divididas em dois grandes

grupos, falhas elétricas e falhas mecânicas.

Considerando falhas elétricas, são destacados os

problemas relativos a enrolamento de estator,

enrolamento de rotor, os quais estão presentes em

alguns modelos de motores, barras quebradas no

rotor, anéis quebrados no rotor, conexões, entre

outras. Por outro lado, as falhas mecânicas podem ser

oriundas de problemas de rolamento,

desalinhamento, entre outros, conforme relata Singh

e Kazzas (2003).

O Institute of Eletrical and Electronics

Engineers – IEEE e o Electric Power Research

Institute – EPRI conduziram algumas pesquisas

estatísticas para avaliar a confiabilidade dos motores

e identificar características operacionais. Parte destes

estudos especificaram as razões de falhas dos

motores como mostra a Tabela 1.

Tabela 1. Porcentual de falhas de componentes do motor

Falha no

rolamento Falha no estator

Falha no rotor

Outros

EPRI 40% 38% 10% 12%

IEEE 42% 28% 8% 22%

A Tabela 1 demonstra que o rolamento,

estator e rotor são componentes mais suscetíveis a

falhas, nesta ordem. Estes três componentes

concentram a maioria dos defeitos e falhas

constatados em motores. Essas falhas podem ocorrer

devido a situações internas e externas, como erros na

produção, problemas de montagem ou devido ao

funcionamento incorreto.

Os sinais de corrente para cada uma dessas

condições é tratado, buscando-se características

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específicas para cada tipo de falha. Posteriormente, a

rede deve ser capaz de aprender tais padrões e assim

identificar as diferentes classes de falhas

mencionadas.

3 Redes neurais artificiais

Redes neurais artificiais são técnicas

computacionais que apresentam um modelo

matemático inspirado na estrutura neural de

organismos inteligentes e que adquirem

conhecimento através da experiência. Uma rede

neural artificial é composta por várias unidades de

processamento, cujo funcionamento é bastante

simples (Silva et al, 2010). Essas unidades,

geralmente são conectadas por canais de

comunicação que estão associados a determinado

peso. As unidades fazem operações apenas sobre

seus dados locais, que são entradas recebidas pelas

suas conexões. O comportamento inteligente de uma

Rede Neural Artificial vem das interações entre as

unidades de processamento da rede.

Dentre as arquiteturas de redes neurais que

possibilitam o reconhecimento e classificação de

padrões, podem-se citar a perceptron de camada

simples, a adaline, a perceptron multicamadas, as

redes de Kohonen e a RBF. O perceptron simples é

considerada a mais elementar rede neural capaz de

classificar padrões, desde que estes sejam

linearmente separáveis. A rede adaline sofre da

mesma limitação da perceptron de camada simples.

No caso da perceptron multicamadas, suas camadas

intermediárias permitem que a rede crie mais de um

hiperplano separador, possibilitando uma

representação mais rica e complexa do sistema.

Portanto, essas redes são, a princípio, capazes de

solucionar problemas não-linearmente separáveis.

Contudo, possuir várias camadas não é critério

imprescindível para classificar padrões complexos. A

rede de Kohonen é constituída de uma única camada,

todavia, tem a capacidade de detectar correlações

entre os padrões do conjunto de entrada, agrupando-

os em classes (clusters), mesmo sem qualquer

informação a respeito das saídas desejadas (Silva et

al, 2010). Já a RBF pode ser entendida como uma

rede de alimentação direta. Em sua forma básica a

sua construção envolve três camadas as quais têm

funções específicas. Essa é a arquitetura utilizada na

proposta deste trabalho e, portanto, é detalhada na

subseção seguinte.

3.1 RBF

A Figura 1 ilustra a topologia da rede com

função de base radial. Na camada de entrada estão os

neurônios que irão conectar a rede a seu ambiente. A

camada intermediária realiza uma transformação não

linear do espaço de entrada para o espaço

intermediário. As ativações das funções de base

radial da camada intermediária são criadas pelos

neurônios não lineares os quais tem ativação local e

os neurônios da camada de saída formam uma

combinação linear das funções de base radial

calculadas na camada intermediaria.

Figura 1. Rede RBF.

As funções de base radial na camada

escondida produzem uma resposta diferente de zero

somente quando o padrão de entrada está dentro de

uma região pequena localizada no espaço de

entradas. Por este motivo a RBF algumas vezes é

citada na literatura como redes de campos receptivos

localizados (Haykin, 1999).

Este tipo de rede apresenta duas fases

distintas de treinamento. A primeira etapa de

treinamento apresenta um estágio não supervisionado

onde é adotado um método de aprendizagem que

dependem apenas das características dos dados de

entrada. Para este estágio a RBF utiliza funções de

ativação do tipo Gaussiana, e, portanto as fronteiras

delimitadoras são definidas por campos receptivos

hiperesféricos. E a segunda etapa apresenta um

estágio no qual são vinculados os ajustes de pesos

dos neurônios da camada de saída e utiliza a regra

delta generalizada para a convergência tal qual a

topologia perceptron multicamadas.

A próxima Seção objetiva exibir o

desenvolvimento e os resultados obtidos a partir dos

sinais oriundos de máquinas com falhas e condições

normais de funcionamento utilizando uma RNA de

função base radial como classificadora de padrões.

4 Detecção de falhas usando RBF

As falhas em motores de indução influenciam

diretamente o seu desempenho, uma vez que essas se

refletem tanto em grandezas elétricas, tais como

corrente elétrica e fluxo eletromagnético, quanto em

grandezas mecânicas, como a vibração, o torque e a

velocidade. As alterações indesejáveis nessas

grandezas podem ser utilizadas para revelar o

problema do Motor de Indução Trifásico (MIT). Para

tanto, as redes neurais mostram-se uma solução

atrativa, uma vez que são capazes de aprender e

generalizar o conhecimento adquirido.

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A estratégia utilizada para classificação dos

sinais de corrente da linha do MIT nas condições

especificadas consiste em evidenciar características

peculiares referentes à cada classe de falha, tornando

possível a utilização da rede neural para realizar o

diagnóstico. O método empregado para extração de

características foi a transformação para o eixo dq e a

rede neural escolhida para classificação de padrões

foi a RBF como ferramenta auxiliar para tomada de

decisão quanto a estado de falha ou não apresentado

no sinal. A Figura 2 ilustra essa metodologia, na qual

ressalta-se que os dados foram obtidos

experimentalmente numa bancada de testes.

Figura 2. Metodologia empregada.

Assim, apresentam-se de forma resumida os

passos metodológicos para o desenvolvimento do

trabalho de acordo com os seguintes tópicos:

Aquisição de dados;

Análise dos dados;

Processamento do sinal;

Fase de treinamento da rede RBF;

Fase de operação.

4.1 Aquisição dos dados

Para realização do presente trabalho foram

utilizadas medições das correntes do motor sem

defeito, com curto circuito da ordem de 7% das

bobinas danificadas, com 4 barras quebradas e com

falha de rolamento oriunda de desgaste excessivo por

falta de lubrificação. Todas as condições de falhas

que proporcionaram as aquisições foram

reproduzidas no Laboratório de Sistemas Inteligentes

da UTFPR – Campus Cornélio Procópio (LSI-

UTFPR/CP) em parceria Laboratório de Automação

Inteligente de Processos e Sistemas da Escola de

Engenharia de São Carlos (LAIPS-USP/SC). As

subseções seguintes possuem a finalidade de

descrever as falhas mencionadas e o modo como

foram recriadas.

4.1.1 Curto circuito no estator

Com o passar do tempo, o esmalte das

bobinas tende a ressecar, podendo ter sua

propriedade isolante prejudicada. A temperatura na

qual o motor está condicionado é um fator de grande

influência na determinação do tempo de vida útil

dessa isolação. Para simular um curto circuito entre

as espiras em função da degradação dos isolantes

térmicos é procedida a danificação da proteção dos

fios de cobre das bobinas de estator. Quanto maior o

número de espiras avariadas, maior a corrente de

curto circuito na bobina. Para o estudo em questão

foram utilizados dados de ensaios a partir de um

curto circuito oriundo de 7% de espiras danificadas.

4.1.2 Falta de lubrificação no rolamento

A correta lubrificação dos rolamentos, além

de promover o aperfeiçoamento do rendimento, ajuda

a evitar a elevação da temperatura prejudicial a vida

útil dessas peças. Os defeitos referentes à falta de

lubrificação nos rolamentos foram obtidos

substituindo o lubrificante original da peça por uma

pasta abrasiva. O motor foi submetido a tensões e

conjugado nominal no eixo durante uma hora de

funcionamento.

4.1.3 Barras de rotor quebradas

Quando do motor é exigido um carregamento

excessivo, ou ainda sob condições de vibração,

excentricidade e desalinhamento, pode ocorrer a

ruptura das barras do rotor (Gongora, 2012). Essa

condição pode ser simulada em laboratório

perfurando-se o rotor com auxílio de uma furadeira.

Os dados de corrente utilizados para essa condição

são referentes ao motor em funcionamento com 4

barras perfuradas.

4.2 Análise dos dados

Esta fase inclui o pré-processamento do sinal e o

exame das curvas obtidas. Uma vez que as aquisições

foram realizadas com tempos de amostragem e

durante períodos de tempo diferentes, é necessário

tratamento dos dados para uniformizar as amostras e

permitir uma análise adequada.

A escolha das correntes trifásicas para esta

aplicação consiste no fato de que estas demonstram

maiores deformidades características em cada tipo de

falha. As Figuras 3 a 6 mostram as características de

corrente no tempo para cada falha considerando um

carregamento de 1Nm constante.

Verifica-se que para nenhum dos casos a

corrente apresenta uma senóide perfeita, nem para o

caso do motor sem falhas, como o exemplo ilustrado

na Figura 3. Isso ocorre principalmente em função de

problemas de qualidade de energia na rede elétrica à

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qual o equipamento está conectado. Tais condições

são comuns no ambiente industrial e impossível de

ser eliminados completamente. À vista disso, não

podem ser desconsideradas no presente estudo. Nas

Figuras 4, 5 e 6, percebe-se que cada tipo de falha

provoca distorções diferentes nos sinais de corrente,

sendo essa constatação o ponto de partida para o

desenvolvimento do trabalho.

Figura 1. MIT Sem falhas.

Figura 2. MIT com falhas de Curto circuito.

Figura 3. MIT com falhas de barras quebradas.

Figura 4. Corrente do MIT com falha de Rolamento.

4.3 Processamento do sinal

Os sinais de corrente no tempo apresentados no

tópico anterior são transformados para o eixo dq, de

modo a obter os sinais característicos de cada tipo de

falha no eixo síncrono. Para tanto, foram utilizadas

as transformações de Clarke e Park. Esta abordagem

propõe, primeiramente, a mudança de coordenadas

do eixo estacionário trifásico abc para o eixo αβo,

também conhecida como Transformação de Clarke,

através da Equação (1), na qual e

representam as grandezas de corrente de cada fase do

MIT.

(1)

O sistema trifásico estacionário abc pode ser

representado por um sistema bifásico apenas pelas

grandezas e . Após obter as grandezas de

corrente em uma nova operação se faz necessária

para transformação no sistema de coordenadas

síncrona. Este método e conhecido como

Transformada de Park e pode ser visto conforme a

Equação (2).

(2)

Após essa transformação, as componentes

das correntes na frequência angular fundamental

tornam-se grandezas contínuas e os distúrbios

presentes em cada tipo de falha, podem ser

observados na saída da transformada de Park de

forma oscilatória, com características e amplitudes

próprias.

Os sinais no eixo síncrono, para todos os

casos de falha e não falha, podem ser conferidos na

Figura 5. Caso os sinais de corrente de entrada

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apresentassem forma de senóides perfeitas, os sinais

dos eixos d e q seriam totalmente contínuos. Percebe-

se que em nenhum dos casos isso foi alcançado.

Como já foi destacado, mesmo o sinal de corrente do

motor sem defeito possui imperfeições, que são

representadas pelas oscilações visualizadas na Figura

5.

Figura 5. Correntes no eixo síncrono

A partir dos dados de corrente no eixo dq,

foram separadas as amostras de treinamento e de

validação. Os dados utilizados foram os valores de

corrente apenas no eixo d. Os vetores foram

amostrados tais que cada ciclo da rede seja

representado por um vetor no eixo d constituído de

49 pontos. Sendo assim, cada amostra de treinamento

ou validação utilizada na RBF possui 49 entradas.

4.4 Fase de treinamento da RBF

Na etapa anterior os sinais originais de corrente

do motor de indução submetido a diversas condições

foram transformados em sinais no eixo síncrono.

Posteriormente, foram amostrados, formando um

conjunto de 88 amostras para cada condição, que

totalizam 264 amostras. Para a fase de treinamento

foi utilizado um total de 75% dessas amostras. Como

mencionado, cada amostra contém 49 entradas. Essas

por sua vez devem ser separadas em grupos na

camada escondida da RBF. Portanto, essa camada

deve possuir um número de neurônios capaz de

agrupar corretamente as entradas dentro do domínio

das fronteiras delimitadoras dos respectivos campos

receptivos hiperesféricos. Métodos empíricos foram

utilizados para determinar o número de neurônios

necessários nessa fase.

Uma vez que existem 3 tipos de falhas a serem

classificadas, além do motor sadio, a rede neural

deve ser constituída de 4 neurônios na saída. A

função de ativação utilizada na camada de saída é a

tangente hiperbólica, o que significa que a resposta é

limitada no intervalo [-1,1]. No entanto, o valor da

saída é arredondado após a operação, de forma que

apresente somente respostas “-1” ou “1”. Por

convenção, uma saída positiva indica ocorrência de

determinada condição de falha, enquanto que uma

saída negativa indica o oposto. Em outras palavras,

cada um dos 4 neurônios é responsável pelo

julgamento de um tipo de falha.

Nesta etapa foi utilizada uma taxa de

aprendizagem no segundo estágio de

treinamento e uma precisão de . Foram

necessárias 13 iterações no estágio não-

supervisionado e 18397 iterações no estágio

supervisionado.

4.4 Fase de operação

Nesta etapa, a validação da rede foi realizada

com 25% das amostras contendo as mesmas

quantidades de entrada e saída da etapa de

treinamento. A Tabela 2 apresenta os resultados de

classificação da rede RBF para qual foram utilizados

5 neurônios na camada escondida, considerando os

sinais do MIT com carregamento de 1Nm.

Tabela 2. Resultados da classificação

SAÍDA

DESEJADA

SAÍDA

RBF

SAÍDA

DESEJADA

SAÍDA

RBF

1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 45 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

2 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 46 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

3 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 47 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

4 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 48 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

5 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 49 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

6 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 50 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

7 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 51 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

8 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 52 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

9 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 53 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

10 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 54 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

11 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 55 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

12 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 56 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

13 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 57 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

14 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 58 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

15 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 59 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

16 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 60 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

17 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 61 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

18 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 62 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

19 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 63 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

20 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 64 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

21 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 65 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

22 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 66 -1 -1 1 -1 -1 -1 1 -1

23 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 67 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

24 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 68 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

25 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 69 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

26 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 70 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

27 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 71 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

28 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 72 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

29 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 73 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

30 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 74 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

31 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 75 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

32 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 76 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

33 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 77 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

34 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 78 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

35 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 79 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

36 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 80 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

37 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 81 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

38 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 82 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

39 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 83 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

40 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 84 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

41 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 85 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

42 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 86 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

43 -1 1 -1 -1 -1 -1 -1 -1 87 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

44 -1 1 -1 -1 -1 1 -1 -1 88 -1 -1 -1 1 -1 -1 -1 1

Cada uma das 4 colunas representa a resposta de

um neurônio da camada de saída. Cada um das 88

linhas representa a saída da rede para uma

determinada amostra. Essas por sua vez estão

dispostas da seguinte maneira: as linhas 1 a 22

indicam saída para amostras de motor sem falhas; as

linhas 23 a 44 indicam saída para amostras de motor

com curto circuito; as linhas 45 a 66 indicam saída

Anais do XX Congresso Brasileiro de Automática Belo Horizonte, MG, 20 a 24 de Setembro de 2014

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para amostras de motor com barras quebradas; as

linhas 65 a 88 indicam saída para amostras de motor

com falta de lubrificação no rolamento. Foi possível

obter um erro de 1,13%, no qual apenas uma

classificação resultou em um falso negativo (linha

43), haja vista que a rede deveria indicar uma falha

de curto circuito, todavia, apresentou um resultado

inconclusivo.

A rede foi retreinada para outros níveis de

carregamento, a saber, 2Nm, 3Nm, 4Nm e 5Nm. Foi

utilizada a mesma arquitetura, contudo, o número de

neurônios da camada escondida da RBF foi

modificado a fim de se encontrar resultados

satisfatórios.

A Tabela 3 indica os resultados obtidos para

os carregamentos supramencionados. As tabelas

referentes à validação para cada carregamento foram

omitidas, todavia, percebe-se que, para torque no

eixo de 2Nm e 3Nm a rede apresentou somente uma

resposta equivocada. Ainda, para os carregamentos

de 4Nm e 5Nm, o erro apresentado na etapa de

validação foi nulo.

Tabela 3. Resultados obtidos para demais carregamentos.

2Nm 3Nm 4Nm 5Nm

Neurônios na camada

escondida 8 7 6 7

Iterações estágio não-

supervisionado 15 22 8 9

Iterações estágio

supervisionado 2986 19871 6908 2045

Erro percentual 1,136 1,136 0 0

5 Conclusão

Os sinais de corrente de um motor de indução

trifásico submetidos a diversas condições de falhas

foram tratados e processados por meio de

transformadas no eixo síncrono. Foram realizadas as

classificações dos sinais com auxílio da rede RBF,

indicando as amostras referentes aos sinais sem

falhas e com os 3 tipos de falhas. Verificou-se que a

rede apresentou 1,33% de erro para carregamentos de

1Nm, 2Nm e 3Nm e erro nulo para carregamento de

4Nm e 5Nm. Portanto, a metodologia utilizada

realizou a correta classificação dos sinais

apresentados para esta aplicação.

Agradecimentos

Este trabalho foi financiado pela Fundação Araucária

de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico do

Paraná (Processo No 06/56093-3), Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico – CNPq (Processo No 474290/2008-5,

473576/2011-2 e No 552269/2011-5) e Capes-DS.

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