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DEZEMBRO 2009 JORNAL DA APAFERJ 1cumprimento ao ditame cons-titucional? Afinal estamos incluídos com as demais car-reiras que exercem as funções essenciais à Justiça? E por quanto

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JORNAL DA APAFERJ 1DEZEMBRO 2009

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JORNAL DA APAFERJ2 DEZEMBRO 2009

Márcio AlemanyPresidente

MENSAGEM DO PRESIDENTE

A palavra não é muito an-tiga nem é muito usual, massomente pronunciada, portoda nossa cultura, quando sepretende negar direitos oupromoções. Coisas do nossoBrasil varonil, feitas nos es-paços de tempo, quando seaguarda novas eleições oumudança da guarda. Esta-mos novamente vivendo nolimbo e nele pouco ou quasenada pode se fazer. Não vaiadiantar espernear ou brigarcom quem está no comando.Vai se perder tempo com a es-terilidade do momento. Masa tecnocracia não foi estabe-lecida apenas para a busca demelhorias, mas, também, emmisteriosas escaramuças,dificultar ou complicar o quepoderia ser resolvido maisceleremente. O que queremou voltam a querer? Que fi-quemos mais uma décadaperdendo quadros para a ma-gistratura ou para o minis-tério público ou até mesmopara a polícia federal ou paraas estaduais que daqui a pou-co perceberão o mesmo valorde subsídio pago aos mem-bros do ministério público?

Ficaremos inertes como meroceleiro para guardar os futurosjuízes, promotores ou já osdelegados de polícia? No dia 23de outubro deste ano o Presi-dente Lula, na posse de Toffoli,disse aos presentes, em alto ebom som, e a imprensa toda no-ticiou, que ele agora sabia oquanto os servidores públicosganhavam mal e quanto o Es-tado lhes devia! Agora iremosesperar nossa lei orgânica coma inclusão da meritocracia.Além das tabelas existentes quenos tornam próximos, iremosaguardar uma nova contagemde pontos ou sei lá o que paraque se efetive uma avaliaçãomuito mais justa na premiaçãode acessos ou nossa valorização,considerando-se especialidades,experiências, iniciativas e ou-tras metas boladas pela tecno-cracia para que alcancemos océu das vantagens remunera-tórias. Quando tudo isso a-contecer, por certo, mais da me-tade de nosso contingente es-tará sepultada. Como é que sedá a meritocracia para os qua-dros da magistratura e do mi-nistério público? Se é que paralá existe tal medida!? Não seriamais adequado e legal dar-secumprimento ao ditame cons-titucional? Afinal estamos

incluídos com as demais car-reiras que exercem as funçõesessenciais à Justiça? E porquanto tempo ainda ficaremosde fora? E, ainda, vamos es-perar a implantação da mere-trização ou da meritocracia?Lembro do cachorro do califa deMalba Tahan, que o nosso que-rido Dr. Robinson volta e meianos conta... “Fique tranqüiladizia à esposa o marido que sedispôs a ensinar o cachorro docalifa a falar em troca de dez mildinares, receba esse dinheiro,pois ele pode não parecer justo,mas até o decurso desse prazode dez anos, certamente, o ca-chorro não vai falar, mas o ca-lifa também já deverá estarmorto, ou eu ou o cachorro.” Osadvogados públicos não podemficar à mercê de estudos ou pro-jetos para que se firmem cadavez mais em suas respectivascarreiras, motivados que devemsempre estar no atendimentodo Estado. Qual de nós nãoassistiu à chegada de um jovembrilhante advogado que su-plantava com o seu talento seuscolegas mais antigos? E quan-tos antigos continuaram a re-passar suas experiências e com-petências aos mais jovens re-cém-chegados? A AdvocaciaPública sempre teve historica-

mente profissionais do maisalto gabarito em todas as es-pecialidades e sempre foi di-fícil para os chefes ou diri-gentes estabelecer aferiçõesou medidas estanques pré-estabelecidas objetivando-sepremiações ou quaisquermelhorias remuneratórias.Melhor e mais justo que secumpra a Constituição e quese devolvam os anuênios, jáhá muito pleiteados pelamagistratura e pelo ministé-rio público. Ademais, a Ad-vocacia Pública Brasileiratem dado constante lucro aoEstado. A todo instante ou-ve-se, por parte de integran-tes dos órgãos dos recursoshumanos, que nossas carrei-ras pagam com folga os sub-sídios que recebem. Por quenos negar o direito à per-cepção remuneratória igualao que é recebido pelo mi-nistério público? Temos cer-teza de que na próxima au-diência com o novo AGU te-remos surpresas mais sen-síveis ou palatáveis. Não po-demos nos esquecer que eleé integrante de uma das car-reiras que compõem a Advo-cacia Pública e sofre na pró-pria pele o mesmo desgasteque há muito sentimos.

MERITOCRACIA

O Plenário do Supremo TribunalFederal (STF) rejeitou (não conhe-ceu), por maioria de votos, o agravoregimental na Reclamação (RCL)5873, apresentado pelo MinistérioPúblico do Trabalho contra o InstitutoEstadual de Meio Ambiente e Recur-

sos Hídricos (Iema) do Espírito Santo.Ao votar pelo não conhecimento dorecurso, o ministro Celso de Melloreafirmou que o Ministério Público doTrabalho não tem legitimidade paraatuar perante o Supremo TribunalFederal.

Segundo o relator, a representaçãoinstitucional do Ministério Público da União,nas causas instauradas na Suprema Corte,inclusive em tema de reclamação, inclui-sena esfera de atribuição do procurador-geralda República, que é, por definiçãoconstitucional (artigo 128, parágrafo 1º) o

chefe do MP da União e em cujo âmbitoestá estruturado o Ministério Público doTrabalho. O ministro Marco Aurélio Mellotem entendimento diverso, na medida emque reconhece a legitimidade do MinistérioPúblico do Trabalho para atuar nessescasos.

Ministério Público do Trabalho não tem legitimidadepara atuar em processo de reclamação no STF

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JORNAL DA APAFERJ 3DEZEMBRO 2009

Milton PinheiroProcurador Federal

O princípio de que a açãotrabalhista corrija as intér-pretes do contrato de tra-balho deve ser norteado paraque empregadores cobremseus haveres alimentares, eque a justiça do trabalho pu-na o mau empregador, aca-ba se transformando numalide complexa, remetendo oprocesso para difícil solução.Muitos são os entraves queexistem na ação trabalhistaaté a sua solução final, coma quitação do débito execu-tado e zerado o processo,inclusive com os tributos so-ciais garantidos. O fato é queexiste um grupo de ações queterminam na JT – mais deum milhão, com os valoresextrapolantes, parte pelaseveridade da sentença e poroutro pela alta de qualidadedo esmero jurídico da recla-mada. Este percentual é a deum lote (de quase 15 mi-lhões) de ações que estãoacumuladas até 9008.

Essas ações estão abando-nadas, sem acompanhamento,com prazos não utilizados, semcontestação de cálculos, embar-gos e outros requisitos de leiprocessualista, ou seja: sem apré-utilização dos mecanismoságeis para que a empresa façaa sua defesa. Há que expor quea química que levou a este qua-dro anômalo não se deve apenasàs falhas de processamento doslitigantes. É certo que a ino-vação consistindo na aplicaçãode teses jurídicas do leito dassentenças de primeiro grauvem aumentando. O TST jáabriu a discussão sobre doistemas que capitaneiam o ju-

diciário trabalhista o controleconcentrado e o da transcen-dência e a difícil equação naesfera trabalhista, até porquetramita no Supremo TribunalFederal (STF ) ação que pededeclaração de inconstitucio-nalidade do art. 1º. da MedidaProvisória nº. 222, e que desdesua publicação em 2002 vemsendo contestada. Neste caso, osministros do TST poderãodecidir se julgam ou não umaação trabalhista após analisa-ram seu conteúdo e sendo dointeresse da sociedade, os mi-nistros devem julgá-la, casocontrário, prevalece a decisãoda segunda instância. Está

bastante claro que a medidaé mais uma para atravancaro Judiciário trabalhista, jáque é critério de aceitaçãona tese é subjetivo, não sepode garantir que a inter-pretação por analogia doTST delibere sobre julga-mento deste ou daquele pro-cesso. É sem a menor dúvidauma queda de braço entre oTST e seus magistrados deprimeiro grau, que, cada vezmais, estão se insurgindocontra as determinaçõesadministrativas ou juris-prudências do TST.

Câmara uma – o im-portante jornal Le Monde,elegeu o presidente brasi-leiro, Luiz Inácio Lula,Presidente do Brasil como o– Homem do Ano. É a pri-meira vez que o famosodiário de Paris elege umapersonalidade diferente. LeMonde também lembrou aluta do PT X a corrupção e adesigualdade do seu povo,são feridas e serem apa-gadas no Brasil de hoje. Econcluiu: lembrando a cor-rupção e o mensalão... Qua-tro páginas contendo a en-trevista do presidente Lula.É justa a honra...

O Complexo Processo Trabalhista

- A economia da era do conhecimeno, tem sido levada àtelevisão e a outros meios de comunicação. Mas o interessanteé como cada um viver a economia, principalmente no seucaminho de sucesso. As cores do Arco Iris foram superadas...

- O Rio de Janeiro está pacificado e valorizado. Tendo comosede a Copa do Mundo em 2014 e as olimpíadas em 2016, ocarioca está rindo à toa. E como o Flamengo é campeão doRio e do Brasileiro, com Adriano contratado até 2010, é sócontar com a boa vontade do gênio e da sorte.

- Tememos a solidão porque ela nos traz o silêncio.

- Zico terá estátua no Maracanã.

- E o técnico Scolari elogia o Flamengo campeão.

LANÇAMENTO DE LIVRORegistramos e agradecemos a

remessa do livro: “O Estado comoPromotor de Ações Afirmativas e aPolítica de Cotas para o Acessodos Negros à Universidade”, JuruáEditora/2009, da autoria do Dr. RuiMagalhães Piscitelli, ProcuradorFederal e Diretor da ANPAF.

O referido livro, recentementelançado em Brasília/DF, é umapreciosa obra, lastreada nadoutrina e na jurisprudência

referentes aos temas nelaabordados, representando notávelcontribuição para oenriquecimento do acervo lítero-jurídico brasileiro, impressionandoo leitor, mercê de sua redaçãoescorreita e didática, bem comoem razão do formidável elenco detrabalhos de autores nacionais eestrangeiros que alicerçam osjudiciosos conceitos aliexpendidos.

A partir do dia 31 de janeiro, seisclasses processuais terão tramitaçãoexclusivamente eletrônica no SupremoTribunal Federal. São elas: Reclamação(Rcl), Proposta de Súmula Vinculante(PSV), Ação Direta de Inconstitucio-nalidade (ADI), Ação Declaratória deConstitucionalidade (ADC), AçãoDireta de Inconstitucionalidade porOmissão (ADO) e Arguição de Des-cumprimento de Preceito Fundamental(ADPF).

Esse avanço na tramitação ele-trônica dos processos na Corte foi umainovação trazida pela Resolução 417/2009, do STF, publicada no final deoutubro.

Atualmente, 47 processos estão emcurso no Supremo sem nunca ter havidosuas versões físicas, com capa e eti-queta. Entre estes, estão 10 HabeasCorpus, 24 Mandados de Injunção, 1Mandado de Segurança, além dosprocessos previstos na resolução. Istoporque todas as classes processuais dasquais o STF é competente já podem serpeticionadas eletronicamente, mas, porenquanto, não de forma obrigatória,para que haja uma adaptação gradativa.

Portanto, o trâmite de Rcl, PSV,ADI, ADC, ADO e ADPF servirá comoum laboratório no intuito de que, nofuturo, outras classes sejam incluídasoficialmente nessa novidade.

STF torna obrigatório trâmite eletrônico paraseis classes processuais de sua competência

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JORNAL DA APAFERJ4 DEZEMBRO 2009

Dentre os grandes festejosdo mundo cristão, nenhumsupera a comemoração doNatal em alegria, ansiedadee satisfação. A busca depresentes nas lojas, profusa-mente enfeitadas com luzes ecores, abarrotadas de mer-cadorias que vão desde jóiase utensílios domésticos aosbrinquedos infantis, tudoresultante da ansiedade debrindar familiares e amigoscom um mimo que traduza.atenção, respeito e amor.

Mas é sobretudo no meiofamiliar que esses festejosadquirem especial razão deser, onde se faz presente afigura do Papai Noel e a reu-nião em torno da mesa co-berta de variedade de frutasem meio a rabanadas, nozes,avelãs e bebidas diversas.

O espetáculo luminoso daslojas, das casas, das ruas e edi-fícios ornados com guirlandas

luzentes, o cenário de umaenorme árvore multicolorida aboiar numa lagoa serena, aospés do Corcovado, tudo faz, dacidade do Rio de Janeiro umimenso e inescedível Presépio asaudar o nascimento do Meninoque descera do Céu para repou-sar entre palhas numa humildemanjedoura.

O Cristo Redentor, braços a-bertos, trazendo na palma dasmãos as marcas dos cravos dacrucifixão, é a grande razão deser deste natalício.

Por que Jesus nasceu? Seaquela criaturinha não trou-xesse em si um sentido pro-fundo de sua existência, nãopassaria de um mero nasci-mento como tantos outros. Maso Natal de Jesus surge envoltoem sublime mistério de umDeus que, em seus imprescru-táveis planos, tendo criado o serhumano, fê-lo à sua imagem esemelhança, dotando-o de in-teligência e vontade. E Deus,em sua Perfeição infinda,permanece imutável em seudesígnio, suportando, digamos

assim, as imperfeições e de-satinos do livre arbítrio com quedotou a humanidade.

Como ensinar aos homens amoderar os instintos, e buscaruma ordem de viver em harmo-nia com seus semelhantes? Asaber suportar os revezes da vi-da sem ultrajar seu irmão? Asuportar a injustiça sem neces-sidade de aniquilar o ofensor?

No plano Divino, lá estava apromessa de um Salvador, nosantigos textos, nas vozes dosprofetas, nos cânticos dos sal-mos e mais precisamente nasfalas de Elias e Jeremias.

Um Deus onipotente e in-findo desce dos Céus e se en-carna como um mortal, nas-cendo do ventre de uma mulhervirgem, como já anunciara oProfeta.

Deus fez-se homem para vi-ver como homem e assim provara seus semelhantes a possi-bilidade, nesta terra, de umacoexistência pacífica dentro dospostulados do amor. O Amor éa Virtude Divina, pois é a formacom que Deus se manifesta

doando de si sem nada perdere recebendo sem nada lheacrescentar.

O Natal é o episódio de umDeus, que, sem deixar suanatureza divina, assumeconcomitantemente umanatureza humana, nuna ú-nica e mesma pessoa. É omistério de um Deus que, poramor aos homens, sujeita-sea viver as limitações de umser humano. O Menino nas-cido no Natal vai viver, en-sinar, sofrer e morrer des-prezado, perseguido, vilipen-diado, injustamente acusadoe morrer achincalhado numacruz para oferecer-se ao Paiem redenção dos homenspecadores e, dessa forma,chegar triunfalmente aodomínio sobre a morte, coma própria ressurreição. Daíser a Páscoa a maior festa dacristandade.

Mas tudo começou quandouma virgem aceitou ser mãee, naquela noite fria deBelém, deu à luz um Menino-Deus chamado Jesus.

É NATALMiguelPaschoalDiretor Adm.

Dispõe sôbre a situação jurídicados procuradores das autarquiasfederais.

O CONGRESSO NACIONALdecreta e eu promulgo, nos têrmosdo art. 70, § 4º, da ConstituiçãoFederal, a seguinte Lei:Art. 1º - Os procuradores dasautarquias federais terão, no quecouber, as mesmas atribuições eimpedimentos e prerrogativas dosmembros do Ministério Público daUnião, reajustados os respectivosvencimentos na forma do art. 16 daLei nº 499, de 28 de novembro de1948, de acôrdo com as possibili-dades econômicas de cada enti-

dade autárquica. (Revogado pelaLei nº 9.527, de 1997)§ 1º - O disposto nesta lei não seaplica às entidades autárquicas quetenham sido deficitárias nos trêsúltimos exercícios e enquantoassim permanecerem.§ 2º - A equiparação a que se refereêste artigo tem em vista apenas osvencimentos fixos, excluída a pos-sibilidade de percepção de percen-tagens a qualquer título.Art. 2º - Os atuais cargos ou fun-ções de procurador, consultor ju-rídico, advogado, assistente jurí-dico, adjunto de consultor jurídicoe assistente de procurador, exis-

tentes nas autarquias referidas noartigo anterior, serão transforma-dos em cargos de procurador e ab-sorvidos na respectiva carreira,feito o enquadramento de seusocupantes nas categorias corres-pondentes aos padrões em que seencontram.Art. 3º - Os cargos iniciais da car-reira de procurador das autarquiasfederais serão sempre providosmediante concurso.Parágrafo único - Os atuais pro-curadores interinos serão efetiva-dos mediante a prestação deconcurso de títulos.Art. 4º - Os atuais procuradores

das classes ou padrões iguais ousuperiores a “N” serão classifi-cados na 1ª categoria; os das clas-ses ou padrões “L” e “M”, na 2ª ca-tegoria, e os das classes ou pa-drões, inferiores aos citados,ficarão na 3ª categoria. Art. 5º - Esta lei entrará em vigorna data de sua publicação, revo-gadas as disposições em contrário.Senado Federal, em 1º de De-zembro de 1953.

JOÃO CAFÉ FILHO PRESIDENTE DO SENADO

FEDERALEste texto não substitui o pu-

blicado no D.O.U. de 3.12.1953

Presidência da RepúblicaCasa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 2.123, DE 1º DE DEZEMBRO DE 1953.

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JORNAL DA APAFERJ 5DEZEMBRO 2009

Allan SoaresP r o c u r a d o rFederal

I

A Conferência Nacional de

Comunicação, com custo pre-

visto de 8 milhões à U. Federal,

teve cerca de 1500 delegados

para debater proposições a

uma política nacional de comu-

nicação, sendo integrada por

representantes governamen-

tais, notórias ONGs e conhe-

cidos sindicalistas. Seis enti-

dades que reúnem os grupos

de rádio, TV, jornais, revistas

e internet desistiram de inte-

grar essa Conferência, já que

o conjunto de propostas suge-

ria o controle da mídia – o que

acabou confirmando-se para

elas.

Entre as propostas consta-

vam as seguintes: aprovação

de uma nova Lei de Imprensa;

concessão de canais abertos de

TV para as Centrais Sindicais;

taxação da publicidade para

que se crie um fundo público;

reserva de 30% da verba pu-

blicitária oficial para as cha-

madas TVs comunitárias, jor-

nais de baixa tiragem e in-

ternet; criação de horário sin-

dical gratuito nos meios de co-

municação; flexibilizar a Lei de

Licitações e criar uma norma

legal que regule a classificação

indicativa dos programas te-

levisivos.

Lembro, agora, que, con-

forme a respeitada Organi-

zação Internacional Repórteres

sem Fronteiras, há 178 jor-

nalistas presos no mundo, “ por

terem escrito ‘o que não deviam’”

(E.S.P.-13.12.09). Se essas pro-

postas se tornarem leis, por

certo, vai aumentar esse número,

com o acréscimo de alguns jorna-

listas brasileiros, além de tornar

mais burocrática a programação

televisiva.

Por fim, ressalto que é es-

tranha essa tentativa de controle

da mídia, quando é ela que, na-

cional e internacionalmente, vem

dando ao nosso Presidente o des-

taque que o coloca entre os líde-

res que forjaram a década pas-

sada.

II

Está na moda o endeusa-

mento de personalidades mortas

ou vivas, através da descrição

parcial da História.

São recentes a peça e o filme

em que competente estilista é a-

presentada de forma extrema-

mente simpática. Acontece que

Madame, ao tempo da ocupação

da França pelos nazistas, hospe-

dou-se no Hotel Ritz, que, em

Paris, era o quartel general dos

hitleristas, com os quais convi-

veu muito bem, sendo voluntária

e assídua acompanhante de

Hans Gunther Von Dincklage,

um dos oficiais que auxiliou na

preparação da invasão do ter-

ritório francês.

Finda a guerra, mulheres con-

sideradas colaboracionistas – en-

tre outras, prostitutas pobres e

sem destaque e as que se apaixo-

naram por alemães – tiveram as

cabeças raspadas e foram mos-

tradas em praça pública, ter-

minando reclusas em duros pre-

sídios. Enquanto isso, Madame

mandou-se para a Suíça, só re-

tornando a Paris em meados da

década de 50, para brilhar,

mundialmente, com lançamentos

na moda.

Há, também, conhecido e ta-

lentoso arquiteto, nacional e

internacionalmente conhecido

como gênio da “raça”. Ele cons-

truiu prédios públicos fechados

e, muitas vezes, a meu leigo

juízo, de gosto duvidoso, com

características artificiais, que os

tornam carentes de funcio-

nalidade.

Talvez o mais falso endeusa-

mento na literatura seja o de no-

tável compositor popular, com

repertório que permanecerá no

cancioneiro nacional, mas, a meu

ver, com pífia obra literária, bom-

basticamente louvada, possivel-

mente por razões ideológicas e

não por rigorosa avaliação crí-

tica.

Paro por aqui, até assistir a

estreia de um filme que já é con-

siderado o mais importante de

2010, pois pretende retratar de-

terminado período biográfico de

relevante político brasileiro, cuja

fama atravessa fronteiras e é vis-

to, por populistas e autoritários,

como um grande companheiro e,

por importantes liberais, como

um exemplar democrata.

III

Há uma história em qua-

drinhos de Art Spiegelman a res-

peito de como se sobreviveu no

holocausto. Ela começa com o

filho de um sobrevivente, que

nasceu no pós-guerra e residia

nos EUA. Ele se aproxima do pai,

com olhar lacrimoso, pois fora

abandonado pelos amigos, após

uma queda. O pai, que sobre-

viveu aos horrores do holocausto,

com o realismo que marcou os que

passaram por esta tragédia,

responde: “Amigos? Amigos

seus? Se você os trancar num

quarto por uma semana, sem

comida, aí sim, reconhecerá

quem é amigo!”

Conto esta história a pro-

pósito do debate travado na

15ª Conferência das Nações

Unidas que findou, em Co-

penhage, sem nenhuma meta

de redução das emissões por

parte dos países industria-

lizados, além de não haver

garantia de que se financie a

adaptação dos países pobres.

Houve de tudo: alguns paí-

ses cobram metas obrigatórias

para emergentes, outros di-

zem aceitar o pagamento de

ações de mitigação interna,

mas recusam inspeção inter-

nacional. Há os que não que-

rem sacrificar demais a eco-

nomia para cortar emissões e

um pequeno grupo de língua

espanhola nada aceitou, apro-

veitando a Conferência, apa-

rentemente, apenas para ma-

nifestações políticas e/ou ideo-

lógicas.

Como sempre, nosso País

“saiu bem na fita”, pois seu

Representante, mesmo afir-

mando não ter dito isso aos

brasileiros, nem consultado

sua bancada ou o Congresso,

declarou que estaria disposto

a um sacrifício a mais: co-

locaria dinheiro para ajuda

aos que mais precisassem.

Bem, um consenso mínimo

e eficaz ficou para a futura

Conferência, no México. Mas

como ter esperança se os inte-

resses e quase todos os atores

serão os mesmos? A razão

talvez esteja com manifes-

tantes, que não vislumbravam

propostas autênticas dos par-

ticipantes, e portavam um

cartaz em que pediam: “change

the politics, not the climate”

(mudem os políticos, não o

clima).

Impressões

“É impossível devolver amaçã à arvore doconhecimento. Depois de ver,procurar força para ver mais,não menos, é nosso destino edesafio.” (Arthur Miller)

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JORNAL DA APAFERJ6 DEZEMBRO 2009

Ney MachadoProcurador Federal, Professorda UFF e Membro do IAB.

A sociedade encontra-seassombrada face à corrupçãoenvolvendo políticos e em-presários na capital federal,numa demonstração de totalfalta de ética e respeito com obem público.

Esquecem os atravessa-dores da moral e da ética quedo homem público, exige-seum comportamento atreladoaos princípios éticos para oexercício de seus deveres eprerrogativas.

A sociologia ensina que ocomportamento do ser hu-mano exprime-se em vibra-ções positivas ou negativasque o espírito transmite aocorpo físico.

Por outro lado, a psicote-

rapia informa que procedi-mentos sem a necessária re-flexão sobre ações e conse-quêntes objetivos acabam acar-retando desvios comporta-mentais.

O que se vem observando éque comportamentos totalmen-te divorciados dos princípioséticos, tornam-se cada vez maisfreqüentes, nos quais os agen-tes mercadejam propinas emrazão de sua função, num ver-dadeiro balcão de negócios.

Por sua atualidade vale apena citar um texto de NelsonHungria ao comentar a obra deMaurice Sarcon sobre o tema:

“De quando em vez re-benta um escândalo, em quese ceva o sensacionalismojornalístico. A opinião pú-blica vozeia indignada eTêmis ensaia o seu gládio,mas os processos penais ini-ciados com estrépito, resul-tam, a mais das vezes, numcompleto fracasso quando

não na iniquidade da conde-nação de uma meia dúzia deintermediários deixadosabandonados a sua própriasorte. São raras as moscasque caem na teia da Aracne.O estado maior da corrupçãoquase sempre fica resguar-dado, menos pela dificuldadede provas do que pela razãode Estado, pois a revelaçãode certas cumplicidadespoderia afetar as própriasinstituições”.Assim, de tudo o que foi posto

sobressai a necessidade deacompanhamento atento eintransigente nessa bofetadametafísica na sociedade.

Ao admitir-se tal comporta-mento afrontar-se-á, sem som-bra de qualquer dúvida ouhesitação, a liberdade, a cidada-nia, a segurança jurídica, fontesde todo o direito.

É imperioso que se apercebade pronto, que os fundamentosde uma sociedade livre, justa e

solidária jamais comportamtais atos, sob pena de embotara consciência democrática,numa demonstração terato-lógica de que o crime com-pensa.

A poesia do pranteado ami-go e colega Moacyr Felixespelha essa realidade quan-do, em seus versos, acentua:

“Quereis vê-los espon-josos a grudar na face suacor mais desumana? Jogaicor de poder ou de dinheironos olhos frios como esqui-fes dos que se separam doamor, da moral, da ética edos compromissos assu-midos”.Assim, esquecem eles que,

ao descerem os degraus e asrampas de seus gabinetes, atéo piso da estrada, do asfalto,nenhum olhar lhes será vol-tado a sua imagem, nenhumaceno ou aperto de mão seefetivará.

Acorda Brasil!

Anorexia Moral.

O Supremo Tribunal Federal (STF)entendeu haver repercussão geral noRecurso Extraordinário (RE) 603583,que questiona a obrigatoriedade doExame da Ordem dos Advogados doBrasil para que bacharéis em Direitopossam exercer a advocacia. Avotação foi unânime e ocorreu por meiodo Plenário Virtual da Corte.

O recurso contesta decisão doTribunal Regional Federal da 4ª Região,segundo a qual somente bacharéis emDireito podem participar do Exame daOrdem. Para o TRF-4, a exigência deaprovação no Exame de Ordem comorequisito para o exercício da advocacianão conflitaria com o princípio daliberdade profissional, previsto no artigo5º, inciso XIII, da Constituição Federal.

De acordo com o RE, a submissãodos bacharéis ao Exame de Ordematenta contra os princípiosconstitucionais da dignidade da pessoahumana, da igualdade, do livreexercício das profissões, bem comocontra o direito à vida. Conforme orecurso, impedir que os bacharéisexerçam a profissão de advogado apósa conclusão do curso universitáriotambém representaria ofensa aosprincípios da presunção de inocência,do devido processo legal, docontraditório e da ampla defesa.

Por isso, no recurso, há alegaçãode violação aos artigos 1º, inciso II, IIIe IV; 3º, incisos I, II, III e IV; artigo 5º,incisos II e XIII; 84, inciso IV; 170;193; 205; 207; 209, inciso II; e 214,

incisos IV e V, todos da ConstituiçãoFederal.

Ainda, conforme o recursoextraordinário, não há pronunciamentodo Supremo quanto àconstitucionalidade do Exame deOrdem. Também discorre sobre o valorsocial do trabalho e diz que a exigênciade aprovação no Exame de Ordemrepresenta censura prévia ao exercícioprofissional.

Dessa forma, sustenta caber apenasà instituição de ensino superior certificarse o bacharel é apto para exercer asprofissões da área jurídica. Por fim,argumenta ser inconstitucional aautorização, que consta do artigo 8º daLei 8.906/94, para regulamentação doExame de Ordem pelo Conselho

Federal da OAB, por afronta aoprincípio da legalidade e usurpação dacompetência privativa do presidente daRepública para regulamentar leis.

O relator do recurso, ministroMarco Aurélio, manifestou-se pelaexistência de repercussão geral, e foiseguido por unanimidade. “Bacharéisem Direito insurgem-se nos diversosórgãos do Judiciário contra odenominado Exame de Ordem, que,segundo argumentam, obstaculiza deforma setorizada, exclusivamentequanto a eles, o exercício profissional.O Supremo há de pacificar a matéria,pouco importando em que sentido ofaça”, disse o ministro, ressaltando quea presente situação é retratada eminúmeros processos.

Reconhecida repercussão geral sobre obrigatoriedade doExame da OAB para o exercício da advocacia

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JORNAL DA APAFERJ 7DEZEMBRO 2009

Outros flagrantes do X CONPAF

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JORNAL DA APAFERJ8 DEZEMBRO 2009JORNAL DA APAFERJ

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JORNAL DA APAFERJ 9DEZEMBRO 2009 JORNAL DA APAFERJ 9

Ainda os festejos de Natal

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JORNAL DA APAFERJ10 DEZEMBRO 2009

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JORNAL DA APAFERJ 11DEZEMBRO 2009

CarmenLucia VieiraRamos LimaProcuradoraFederal

Reflexões:

Olhar com curiosidade, interessee divertimento para as coisas doquotidiano estimula a memória, emgeral, ativando o exercício do pen-sar e do fazer. Esta prática era co-nhecida pelos povos primitivos, fi-lósofos e artistas desde que tais se-res existem. Este é um olhar que re-flete a verdadeira interação dohomem com o seu meio; provocareações em quem se apropria des-ses momentos: reações produtivas,divertidas, perversas, interessantes,lucrativas, inovadoras, estimulantesetc; traz à tona o absurdo, a cum-plicidade, o desdobramento deintenções, a leitura de realidadesnucleares ou globais; pode carac-terizar de pronto a mediocridade deuma situação como despertaremoções ou reações relativas a fatospassados, que se refletem numareleitura de signos e símbolos. AModa veicula muito esta linguagem:Quantas coisas ridículas ou hiláriasou interessantes são desfiladas pormodelos esquálidos e famintos naspassarelas! Quanto desejo se ob-serva nos rostos daqueles que estãona platéia de um desfile de modas,assistindo ou, somente, fazendo oseu trabalho de mídia, porém, a-guardando por uma cirurgia re-dutora corporal, para também ad-quirir aquela magreza diáfana e asensação de estar andando nas nuvens...

Passeando o olhar pela culturalatino-americana, capta-se na li-teratura, no estilo literário dos es-critores latino-americanos, nos seusromances, a famosa ironia que tantoencanta os leitores de Machado deAssis, o qual sabia como ninguémocultar, em melíflua engrenagem defrases, ambíguas situações que, porsi só, ativam a imaginação e avivama memória de leitores, desde entãoaté hoje. M. Assis sabia, destra-mente, sintonizar emoção e reali-dade, fato e época, deixando aos

seus leitores a delícia de enfatizardetalhes que a memória se encarregade refres-car, quando traz à lembrançao enredo romanesco.

O uso do realismo mágico dos es-critores latino-americanos (principal-mente Gabriel Garcia Marques, VargasLhosa, J.L.Borges, Pablo Neruda,Otavio Paz, também Jorge Amado,entre outros) estimula a memória comcheiros e sabores, personagens e lu-gares, histórias fantásticas que per-mitem (com ou sem pinceladas deimaginação do leitor) a reconstruçãode momentos culturais vivenciados ousituados em contexto social, cujas lem-branças alimentam a continuidade davida humanitária. Por exemplo, a abo-lição da escravatura: esta teve nos seusmomentos preliminares, eminentesfiguras públicas, escritores, humanistasque usaram o estilo irônico latino-americano, característico dos povoscolonizados, para mascarar verda-deiras intenções libertárias. Os aman-tes dos discursos históricos, acom-panhando o curso dos acontecimentosdaquela época, sempre terão emmemória os elos condutores doseventos sociais que construíram o passado dos seus ancestrais.

Ora, quantas frases já ditas, re-lembradas, estimulam operadores docaos e da mídia? Quantas guerras,menções honrosas, premiações,conquistas, descobertas, garantiram umlugar de destaque na história, para quemas disse? Um dos pilares da modamundial, Coco Chanel, morrendo(dizem) falou: “Então, morrer é isto?”

Não se pode esquecer de quemrealmente governa, para quem segoverna e por quem se governa; oPOVO. O monarca D.Pedro I, emsignificativo gesto de amor, disse: “Seé para o bem de todos e felicidadegeral da Nação, diga ao povo quefico”. O Dia do Fico consta docalendário de eventos históricos,comemorativos.

O Pres. Luiz Inacio Lula da Silvagera grande comoção sempre quedefende o motivo maior de sua luta: oPovo. E fez e faz História. E é maisglobal do que o próprio Prêmio Nobelda Paz, Exmº Sr. Barak Obama, Pres.dos EUA. História é contada pelo

conquistador, envolvendo o momentoem que se realiza. É fato e emoção.Não é racionalização de pretensões;isto é somente ficção. Vive-se virtu-almente até certo ponto: porém, se nãohá comida, bebida, emprego e regrasde convivência, o canibalismo dosprimórdios (literalmente falando,indivíduos se comendo) somado aocanibalismo do capital (renda para pe-quenos grupos, robotização, desem-prego etc) pode ser a racionalizaçãodo absurdo, qual seja: para que guer-ra, se a vida já está sendo sugada e paraque conquista de espaço geográfico seo clima não está sendo preservado?

Ainda viajando pela América Latinae, no caso, pela Colombia, que temum “slogan” turístico mais ou menosassim: Visitar a Colombia só tem umrisco: o de querer ficar, é difícil não selembrar do artista plástico FernandoBotero, mundialmente famoso, aqueledas figuras rechonchudas, cômicas,interessantes, instigantes. Por que não?Usar personagens, situações paracriticar, deixar vir à tona abusos deautoridade, denúncias culturais,questionar e ridicularizar modismos étão antigo quanto a Filosofia. E Boterodemonstra o seu amor à arte ao fazerseus trabalhos, pontuando-os ironi-camente, segundo a motivação socialmundial e/ou colombiana: gordos=cheios de grana? corrompidos? UmaBarbie perplexa= a anorexia, a doençada magreza que assola o mundo dossem gordura? Bocas fechadas =comprados? E por aí vai...

É a linguagem fazendo o retratosocial, ajudando a memória -individuale coletiva – reforçando culturas, unindogrupos sociais, identificando nações epovos, gerando confiabilidade, de-nunciando injustiças, irmanandopessoas, comunidades, liberando noimaginário coletivo toda sorte de saídaspara uma vida melhor, mais produtiva,mais humanitária.

Que o homem possa ter as qua-lidades de independência e autosu-ficiência de um felídeo, sem que paraisso tenha que se tornar um verdadeiroanimal, ainda mais predador do que noinício dos tempos. Simplesmente umgato.Talvez um Garfield... menosgordo e menos ganancioso.

A arte da ironia de viver, sobrevivendo.

-Albert Einstein dizia que,algumas vezes, parava parapensar se ele era louco ouse loucos eram os outros.-O recentemente falecidoantropólogo Claude Lévi-Strauss disse: “o mundocomeçou sem o homem e vaiterminar sem ele”.-A imaginação não temlimites.-A arte como forma deexpressão da loucura ésempre objeto de exposiçãoe estudo.-O homem é arte e ima-ginação. E ganância.-Nos primórdios, os povos jásabiam que podiam usar aarte como instrumento detratamento para desordensmentais.-O indivíduo é visto cultu-ralmente, enquanto elemen-to componente do conceitode cultura (nação, povo),fazendo uso da linguagem,de artes de sobrevivência,produção de alimentos,artefatos necessários à suavida.-As estratégias para contar,escrever, pincelar, moldar ashistórias populares sãoinfinitas.-A neurolinguistica é o es-tudo linguístico das difi-culdades da fala (Enci-clopédia e Dic. IlustradoKoogan/Houaiss - EdiçõesDelta).-Freud dizia que donos degatos tinham o desejo in-consciente de adquirir assuas características de inde-pendência face ao meioambiente.-Aquecimento global e su-perpopulação são os prin-cipais ingredientes de umabomba de alta destruição.

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JORNAL DA APAFERJ12 DEZEMBRO 2009

Antonio C. Calmon N. da GamaDiretor de Divulgação da APAFERJ

Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .Fatos . Fatos . Fatos . Fatos . Fatos .

PENSAMENTO

MomentoLiterárioFlash

FESTA NATALINAAconteceu no restaurante Sol e Mar,no dia 27 de novembro, mais umaconfraternização natalina daAPAFERJ. Desta feita a festaocorreu nos salões do restauranteReal Astoria, localizado na enseadade Botafogo, com vista privilegiada,onde mais de trezentos associados,familiares e convidados compare-ceram para, ao som da orquestraPingos e Gotas, comemorar a pas-sagem de mais um natal festivo, commuita alegria e acreditando que o anoque se aproxima será melhor ainda.Está de parabéns toda a Diretoria daAPAFERJ pelo sucesso da festa.

CASAMENTOFoi realizado no dia 28 de novembropretérito o casamento de Ana Ca-rolina e Bruno, ele advogado e filhoda nossa colega Rosa Maria Ro-drigues Motta e Heraldo José Ri-beiro Motta, ela, filha de FátimaLuiza Lopes Ferreira Genovese ePaulo Roberto Genovese. A ceri-mônia religiosa foi realizada na IgejaNossa Senhora do Brasil, na Urcae a recepção na casa do Minho, noCosme Velho. Desejamos aos re-cém-casados felicidades e muitosucesso, e que a vida conjugal lhestraga muitas alegrias.

CONVITERecebemos o convite do nosso co-lega Mario Oliveira dos Santos paraa festa de seus oitenta anos de exis-tência, que se realizará no dia 6 deJaneiro de 2010 às 19horas, noClube dos Marimbás – no Posto 6em Copacabana. Parabenizamosantecipadamente o Dr. Mario pelo

aniversário, desejando saúde, paz emuitos anos de vida. São os votos detoda a Diretoria da APAFERJ.

MISSÃOINTERNACIONAL

A Diretoria do Departamento Inter-nacional da AGU, acompanhou, no fi-nal de novembro, o Ministro da JustiçaTarso Genro, à Suíça, e participou dasnegociações para recuperar dinheirodepositado em bancos suíços pormembros do esquema de corrupçãooriginário do propinoduto. Segundo aDra. Danielle Aleixo, o governo suíçocomprometeu-se a analisar a pos-tulação brasileira. É a AGU buscandoa recuperação de créditos na áreainternacional.

PRÊMIO DIEGO DEFIGUEIREDO

O Prêmio “Diego de Figueiredo Mo-reira Neto de Advocacia Federal deEstado”, será entregue pelo Pro-curador Regional da União da 1ªRegião, Dr. Manoel de MedeirosDantas. O prêmio foi criado por elepara incentivar os membros e servi-dores da PRU que se destacaram notrabalho no ano de 2009. Está deparabéns o Dr. Manoel pela iniciativa,que, certamente, motivará pelo re-conhecimento ainda mais àquelesservidores que laboram na proteçãodo patrimônio público.

AGUO Advogado-Geral da União, ministroLuís Inácio Lucena Adams, empossouno dia 7 de Dezembro, no auditórioDom João VI, em Brasília, os novosdirigentes da AGU: o Dr. FernandoLuiz Albuquerque Faria, passou aocupar os cargos de Advogado-GeralSubstituto e Secretário-Geral deConsultoria; a Dra.Helia Maria deOliveira Bettero assumiu a Direção daProcuradoria-Geral da União naCorregedoria-Geral da União tomou

posse o Dr. Ademar Passos Veiga e aAdjunta do Advogado-Geral da Uniãoé a Dra. Rosangela Silveira de Oliveira.Foram mantidos na PGF o Dr. Mar-celo de Siqueira Freitas e na Secre-taria-Geral de Contencioso a Dra.Grace Maria Fernandes Mendonça.Desejamos a todos pleno êxito nacondução de suas Diretorias.

LANÇAMENTOForam lançadas no início de De-zembro, pela Editora Fórum, as obrasjurídicas: “Mediação de Conflitos”,coordenada por Luciane Moessa ePaulo Borba Casella e “Advocacia deEstado” coordenado por LucianaMoessa e Paulo Guedes. O aconte-cimento ocorreu na livraria da Vila Ca-sa do Saber, na rua Dr. Mario Ferraz ,414 Itaim – São Paulo.

VERNISSAGERecebemos o convite para visitação na“ HABITAT BRASILIS” sito na Av.RioBranco, 251 – Centro, das obras donosso amigo César Suypeene,advogado, pintor e artista plástico. Avernissage aconteceu no dia 7 deDezembro de 2009. Está de parabéns

Festa de Natal

“O pior pecado contra osnossos semelhantes,mais que odiá-los, é serindiferente a eles.”

George Bernard Shaw

Aquela árvore, assim, detronco enormee, perdulariamente, desga-lhada,deu ao pássaro esplêndidamorada.A ave canta, nidifica. Edorme.

E já foi flor, raquítica, mirrada,balouçando numa hastedesconforme.Foi menos: um pozinho louro,informe,que um vento mau soprou pelavalada.

Por isso é que, vendo a árvoree me vendo,nem me agasto, nem choro,nem me ofendo.Antes, bendigo os vendavaisadversos.

Em pólen voarei por estemundo.E, morta como a flor, irei,fecunda,arborescer em cânticos eversos.

Marília Ruas

o artista pelas belas obrasapresentadas.

JANTARA Diretoria da APAFERJ, come-morou o encerramento de suasatividades no ano de 2009, no dia14 de Dezembro, com um jantar noRestaurante Real Astoria, em Bo-tafogo. Na oportunidade, além daentrega dos presentes de amigooculto, o Presidente José MarcioAlemany teceu considerações sobreo trabalho realizado pelos Diretorese renovou os votos de um feliz anonovo, conclamando a todos paratrabalhar em prol de novasconquistas para a categoria.

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JORNAL DA APAFERJ 13DEZEMBRO 2009

Durante a sessão solene de possedo novo Advogado-Geral da União,ministro Luís Inácio LucenaAdams,realizada no dia 23 de outubro noPalácio do Itamaraty, o presidente daRepública Luiz Inácio Lula da Silvaenalteceu o importante e excelentetrabalho realizado pelos advogadospúblicos em favor da defesa do Estadoe do País. O Presidente tambémreforçou o entendimento e a neces-sidade de que os advogados públicossejam mais bem remunerados para osucesso em suas atividades.

No discurso de posse do novoAGU, o Presidente Lula fez umbalanço da gestão do ministro Toifolie não poupou elogios à atuação do ex-AGU, empossado no mesmo dia nocargo de ministro do Supremo TribunalFederal. “Penso que o importante queo Toifoli fez na Advocacia-Geral daUnião, primeiro, foi não permitir quevingassem apenas os interesses cor-porativos, mas ao mesmo tempo de-fender com unhas e dentes os direitosque ele entendia e que os advogadose as advogadas da União entendiamter. Não tivemos nenhum problemadurante todo o mandato do com-panheiro Toifoli, porque entre uma boabriga e um bom acordo, nós semprepreferimos fazer um bom acordo.Toifoli, o Estado brasileiro e, so-

bretudo, o Presidente da República sesentem condignamente representadospela Advocacia-Geral da União.”

Advogados públicos devemser bem remunerados

Quanto à constatação de que osadvogados públicos necessitam deremuneração condizente com as ati-vidades que desempenham, o Pre-sidente Lula fez uma comparação comos advogados da iniciativa privadaque, em geral, ganham mais. “Precisoueu chegar à Presidência da República,para perceber que havia o engano dodiscurso fácil em época de campanhaeleitoral, e eu constatei que a máquinapública brasileira era muito malremunerada, e o salário não condiziacom a capacidade profissional damaioria das pessoas que trabalhavamna máquina pública brasileira. Aspessoas só querem saber quantoganha um Advogado-Geral da União,mas não querem saber quantas causasele ganhou, para evitar que o governoperdesse bilhões e bilhões de reais najustiça”.

E continuou: “as pessoas muitasvezes acreditam que a máquina públicaé composta por pessoas altamenteremuneradas quando, na verdade, sea gente for olhar a diferença salarialque o Estado brasileiro paga em

comparação com a iniciativa privada,qualquer pessoa de nível superior quetrabalhe no Banco Central, noMinistério da Fazenda, na Receita, naAdvocacia ou em outras áreas ga-nharia, certamente, cinco vezes maistrabalhando na iniciativa privada. Forao tal do bônus que se paga, que a gentenunca sabe quanto é. E aqui setrabalha sem bônus, mas muitas vezes,se trabalha por amor a uma causa queas pessoas acreditam”.

Ao final do seu discurso, o Presi-dente Lula externou a esperança deque a AGU continue a avançar, dia-riamente, no fornecimento de umaadvocacia pública de qualidade.“Estou convencido de que a Advo-cacia-Geral da União prestou e pres-tará um serviço extraordinário nestemomento que o Brasil está vivendo”.

Ápice de uma carreira públicaInicialmente, em seu discurso, o

novo Advogado-Geral da União falousobre o contentamento em assumir ocargo. “Como servidor público federalé a maior aspiração que posso ter erepresenta o ápice de uma bem su-cedida carreira pública”, disse Adams.

Adams fez um balanço de suaatuação na Procuradoria da FazendaNacional, onde iniciou sua carreira háexatos 16 anos, e posteriormente na

Presidente Lula enaltece trabalho dos advogadosao dar posse ao novo AGU

AGU, onde teve a oportunidade de serchefiado por ministros ilustres ecapazes, como Gilmar Mendes, JoséBonifácioAndrada, Álvaro RibeiroCosta e José Antônio Dias Toifoli.“Todos eles imprimiram à AdvocaciaPública a responsabilidade pela defesado Estado, mediante o exercício ativodo assessoramento jurídico dogoverno e a representação judicial daUnião”.

O novo AGU também enfatizou aimportância dos advogados públicosna prestação jurisdicional: “a presençados advogados públicos nos diversosórgãos e entes do governo permite acompreensão das dificuldades en-frentadas na execução das tarefas a-tribuidas ao Estado pela ConstituiçãoFederal, ao mesmo tempo em que aorganização desse sistema pela hie-rarquização técnica dada pelo Ad-vogado-Geral permite uma harmo-nização jurídica destas tarefas, tudoem consonância com os objetivos deum governo eleito democraticamente”.

Quanto ao futuro, após ter cum-prido 16 anos de vida pública, Adamsdisse ter testemunhado o aperfei-çoamento progressivo das instituições,e a conseqüente ampliação de desafiosà Advocacia de Estado, entre as quais,a redução da crescente litigiosidadeque assoberba o Judiciário brasileiro.

“A cláusula de imunidade judiciáriaprevista no art. 142, inciso I, do CódigoPenal, relacionada à prática da advo-cacia, reveste-se da maior relevância,ao assegurar, ao advogado, a inviola-bilidade por manifestações que hajaexteriorizado no exercício da profissão,ainda que a suposta ofensa tenha sidoproferida contra magistrado, desde queobservado vínculo de pertinente cau-salidade com o contexto em que sedesenvolveu determinado litígio.”

Esse foi um dos fundamentos do votodo ministro Celso de Mello, relator do

Habeas Corpus (HC) 98237, seguido porunanimidade pelos membros da SegundaTurma do Supremo Tribunal Federal(STF). Ao julgar o pedido formulado pelaOrdem dos Advogados do Brasil (OAB)em favor dos advo-gados Sérgio Robertode Niemeyer Salles e Raimundo HermesBarbosa a Turma extinguiu o processopenal instaurado contra os dois pro-fissionais pelo Ministério Público Federalpela suposta prática dos crimes decalúnia, injúria e difamação contra ahonra do juiz titular da 9ª Vara Federalde São Paulo.

Celso de Mello, decano da Corte,considerou que o Ministério Públicoagiu além dos limites materiais pre-viamente delineados na representaçãodo magistrado federal contra os ad-vogados. O juiz apresentou represen-tação somente pela prática de injúria(artigo 140 do Código Penal). Ocorreque o Ministério Público foi além edenunciou os profissionais também porcalúnia (artigo 138 do Código Penal) edifamação (artigo 139 do CódigoPenal).

“O que fez o advogado, na espécie,

foi apenas descrever de maneira clara,ainda que em tom crítico e duro, umcomportamento que lhe pareceu equi-vocado. Trata-se de um direito que,fundado na prerrogativa de crítica pro-fissional, assiste aos advogados nadefesa legítima dos interesses de seusconstituintes”, afirmou o ministrodecano do STF acrescentando que oMP extrapolou os limites da representa-ção ao imputar aos dois advogados aprática de delitos (calúnia e difamação)pelos quais o magistrado representantenão quis ver instaurada a ação penal.

2ª Turma: cláusula de imunidade judiciária garante aosadvogados o pleno exercício da profissão

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JORNAL DA APAFERJ14 DEZEMBRO 2009

O Tribunal de Justiça do Rio deter-minou que usuários dos planos Amico,Sul América e Itauseg com contratosanteriores a 1998 poderão pedir adevolução de valores pagos a mais porconta de reajustes feitos com base nafaixa etária desde 1988. As operadorasainda podem recorrer da decisão.

A ação inclui todos os clientes des-ses convênios cujos contratos não in-cluem cláusula que prevê o reajuste e opercentual a ser aplicado. De acordo coma sentença do juiz Luiz Roberto Ayoub, épreciso aplicar as regras do Código deDefesa ao Consumidor (CDC) e oEstatuto do Idoso, já que a lesão ao con-sumidor se repete a cada cobrança demensalidade reajustada indevidamente.

Durante o processo, as empresasreclamaram que a proibição do au-mento levaria a um desequilíbrio, maso juiz argumentou que contratos deadesão devem ser interpretados da

forma mais favorável ao consumidor,que é parte mais frágil na relação,segundo orientação do CDC.

A advogada do Instituto Brasileiro deDefesa do Consumidor (Idec), DanielaTrettel, esclarece que a regulamentaçãodos planos de saúde, que vale a partir de1999, permite expressamente o reajustepor mudança de idade, desde que a infor-mação esteja no contrato. Depois disso,a Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS) organizou os aumentos.

Com o Estatuto do Idoso, que proíbereajustes no plano para quem tem maisde 60 anos, a ANS criou dez faixas – aúltima par quem tem 59 anos ou mais –e definiu que o valor do plano pode va-riar 500% entre elas. “A decisão daANS desconfigurou a proteção aoidoso. O Superior Tribunal de Justiça(STJ) tem duas decisões que afirmamque não pode haver reajuste paraidosos a partir da entrada em vigor do

Recadastramento para o ano 2010

IMPORTANTE

A Gerência Executiva Centro doRio de Janeiro, através de sua Seçãode Recursos Humanos, em cumpri-mento ao que dispõe o Decreto no2.251, de 12/06/1997, o qual deter-mina a atualização de dados cadastraisde aposentados e pensionistas, con-voca o(a) Senhor(a) para realizar oRecadastramento anual de 2010,no mês de seu aniversário em 2010,se aposentado(a), ou no mês doaniversário do instituidor dapensão em 2010, no caso depensionista.

Assim, solicitamos seu compare-cimento no prazo estipulado acima(mês do aniversário do aposentadoou do instituidor da pensão,conforme o caso), na Rua PedroLessa n° 36 — 8° andar, sala 807 –Centro/RJ, no horário de 09:00 às17:00 hs, munido dos originais dosseguintes documentos, sem os quais orecadastramento não será efetuado:· contracheque recente;· carteira de identidade;· CPF/CIC;· comprovante de residência atual (não

podendo ser o contracheque, docu-mento objeto do recadastramento);· certidão de nascimento para as pen-sões de filha maior solteira;· comprovante de conta correnteindividual, na qual recebe seus pro-ventos ou pensões (talão de chequeou declaração do Banco, não serve ocartão);· no caso de servidor aposentado comidade inferior a 70 (setenta)anos, trazero título de eleitor;

Salientamos, ainda, que o Recadas-tramento deve ser efetuado pelopróprio aposentado ou pensionista.No entanto, em caso de haver im-pedimento/impossibilidade do seucomparecimento, poderá ser feito porPROCURADOR ou CURADOR,desde que sejam apresentados osdocumentos originais que o habilitemcomo representante legal, ressaltandoque no caso de procuração deverá serpassada por instrumento público e comvalidade de 06 (seis) meses, constandoa especificação para fins de reca-dastramento, sendo vedada sua re-validação, e, no caso de Curatela, de-verá ser apresentado, também, ates-tado médico, o qual comprove a con-dição atual do curatelado. Há que seressaltar que quando a atualização

cadastral for efetuada por represen-tação legal, mediante procuração decartório será admitida apenas nasseguintes hipóteses:· Moléstia Grave: comprovada porlaudo médico-pericial ou porantecedentes médicos periciais;· Impossibilidade de Locomoção:comprovada por laudo médico-pericial ou por declaração de órgãopúblico;· Ausência: comprovada por qualquerdocumento que indique a impossi-bilidade de presença do titular dobenefício no local da atualizaçãocadastral por motivo de força maior.

Expirando o prazo de validade daprocuração (06 meses), o não com-parecimento do recadastrando ou dorepresentante legal para atualizaçãocadastral ou para apresentação denova procuração acarretará a sus-pensão do pagamento dos beneficios.De acordo com o preconizado noparágrafo 1 do Art. 6 do Decreto2.251/97.

Quando da impossibilidade docomparecimento do aposentado oupensionista (sem procurador oucurador) será necessário a solicitaçãode VISITA DOMICILIAR, feita porAssistente Social, a qual deverá ser

Ofício INSS/GEXRJC/SRHIs/n°/2010.requerida nesta SRH, por qualquerpessoa do conhecimento do apo-sentado(a) ou pensionista, desde queapresente Identidade e CPF do pró-prio requerente e do aposentado(a)/pensionista a ser recadastrado(a) einforme o local onde se encontre o(a)mesmo(a), mediante apresentação,também de atestado médico (A-TUAL), que comprove a impos-sibilidade de sua locomoção, res-saltamos que, sem a referida com-provação NÃO será possível procedera liberação de viatura, nem deAssistente Social.

Alertamos que o não compa-recimento, dentro do prazo esti-pulado, acarretará a suspensão dopagamento do aposentado oupensionista até que o mesmo atualizeseus dados cadastrais.

Atenciosamente,

CONSUELO LOPES PADRÃOChefe da Seção de Recursos

Humanos

SEÇÃO DE RECURSOSHUMANOS - INSS/GEXRJCRua Pedro Lessa n° 36 - 8° andar -Sala 807 - Centro/Rio de Janeiro

Tel: 21 2272-3727 Telefax: 22723724

estatuto”, afirma Trettel.Rodrigo Araújo, do escritório Araújo

e Conforti, alerta que, quanto mais an-tigos os contratos, mais inespecíficaseram as cláusulas de reajuste. Ele lem-bra que a decisão só entra em vigor aofim do processo. “O consumidor podeajuizar ação individual para se bene-ficiar dos efeitos de uma liminar em que,desde logo, poderá ter o valor de suamensalidade reduzido”, explica.

Vitória dos maiores de 60 anosEntenda a evolução do caso

Situação a partir de 1990.Clientes e operadoras firmavam con-tratos entre as partes sem regulação.Não havia regra para reajustes

Situação a partir de 1999.Contratos passam a ter regula-mentação.

Criada legislação sobre reajustes.Lei 9656/98 permite aumentos por faixaetária previstos em contrato

Situação a partir de 2004, com oEstatuto do Idoso.Reajustes para maiores de 60 anos sãoproibidos.ANS cria dês faixas paraaumentos, sendo a última para quemtem mais de 50 anos.

Exemplo atualO cliente que ingressa no plano pagandoR$100 aos 20 anos, poderá ter au-mentos sucessivos até os 59 anos. Aocompletar a idade-limite para reajustespoderá pagar até R$ 600

O cliente que ingressa no plano pagandoR$100 ao nascer, terá aumentosdistribuídos ao longo do tempo, maschegará aos 59 anos pagando, nomáximo, os mesmos R$ 600

Dinheiro de volta do plano de saúde

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JORNAL DA APAFERJ 15DEZEMBRO 2009

ANIVERSARIANTES janeiro

D I R E T O R I APRESIDENTE - José MarcioAraujo de AlemanyVICE-PRESIDENTE - RosemiroRobinson Silva JuniorDIRETOR ADMINISTRATIVO -Miguel Carlos Melgaço PaschoalDIRETOR ADMINISTRATIVOADJUNTO - Maria AuxiliadoraCalixtoDIRETOR FINANCEIRO -Fernando Ferreira de MelloDIRETOR FINANCEIRO ADJUNTO- Dudley de Barros Barreto FilhoDIRETOR JURÍDICO - Hélio ArrudaDIRETOR CULTURAL - CarlosAlberto MambriniDIRETOR DE COMUNICAÇÃO -Antonio Carlos Calmon N. da GamaDIRETOR DE PATRIMÔNIO -Celina de Souza LiraDIRETOR SOCIAL - GracemilAntonio dos Santos

CONSELHO DELIBERATIVONATOS:1. WAGNER CALVALCANTI DEALBUQUERQUE2. ROSEMIRO ROBINSON SILVAJUNIOR3. HUGO FERNANDES

TITULARES:1. FRANCISCO PEDALINOCOSTA2. LUIZ CARLOS DE ARAUJO

A P A F E R JRua Álvaro Alvim, 21/2º andar CEP: 20031-010

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Jornal da APAFERJEditor Responsável: Milton Pinheiro - Reg. Prof. 5485Corpo Editorial: Antonio Calmon da Gama, Carlos Alberto Mambrini,Fernando Ferreira de Mello, Miguel Carlos Paschoal,RosemiroRobinson Silva Junior.Supervisão Geral: José Márcio Araújo de AlemanySupervisão Gráfica: Carlos Alberto Pereira de AraújoReg. Prof.: 16.783Editoração e Arte: Jane Fonseca - [email protected]ão: Gráfica MECTiragem: 2.000 exemplares

Distribuição mensal gratuita.Os artigos assinados

são de exclusiva responsabilidade dos autores

3. ALLAM CHERÉM SOARES4. FERNANDO CARNEIRO5. EMYGDIO LOPES BEZERRANETTO6. EDSON DE PAULA E SILVA7.SYLVIO MAURICIOFERNANDES8. TOMAZ JOSÉ DE SOUZA9. SYLVIO TAVARES FERREIRA10. PEDRO PAULO PEREIRADOS ANJOS11.MARIA DE LOURDESCALDEIRA12. MARILIA RUAS13. IVONE SÁ CHAVES14. NEWTON JANOTE FILHO15. JOSÉ PIRES DE SÁ

SUPLENTES:1. ROSA MARIA RODRIGUESMOTTA2. MARIA LUCIA DOS SANTOS DESOUZA3. PETRÓNIO LIMA CORDEIRO

CONSELHO FISCALTITULARES:1. JOSÉ CARLOS DAMAS2. JOSÉ SALVADOR IÓRIO3. WALDYR TAVARES FERREIRA

SUPLENTES:1. JOSÉ RUBENS RAYOL LOPES2. EUNICE RUBIM DE MOURA3. MARIA CONCEIÇÃO FERREIRADE MEDEIROS

As matérias contidas neste jornal poderão ser publicadas,desde que citadas as fontes.

Com a sua presença haverámais alegria e confraternização.

COMPAREÇA.

No próximo dia 26 de janeirovamos fazer uma festa

para comemorar o seu aniversário

01 ANA MARIA DE OLIVEIRA -MOG02 CARLOTA MOURA SOJKA -INSS03 APARECIDA MARIA NOLASCOLIMA - IBAMA/AGU03 REGINA DE MOURAABELHEIRA - C.P.II04 LYRIA MOREIRA PAIVA - MPAS05 ANNA LUCIA TAMM DE ARAUJOMOREIRA - INCRA06 REYNALDO FREITAS - INSS06 RITA CRISTINA ZAMPA DA SILVA- AGU06 RONALDO de CASTRO A.P.eALBUQUERQUE - MPAS07 DAVID DOS SANTOS ANDRADE- UNIRIO07 MILTON GOMES MONTEIRO -INPI08 RICARDO JOSÉ DE SOUZA ESERPA - AGU08 RONALDO LOURENÇOCATALDI - M.TRANS10 DAGMAR CARDOSO - INSS11 IRANAH DA SILVA L. DOS S.SOUZA - INSS11 SYLVIO MONTEIRO C.CAMPELLOINSS12 NEISA THEREZINHA S. DEMORAES - M.SAÚDE13 ANTONIO VIDAL ASSIMOS -M.SAÚDE13 EDUARDO HENRIQUE A.C.deMORAES - AGU14 LUIZ CARLOS CHAVESFERRER - AGU15 FELISBINA DE JESUS AMADORPRETO - INSS16 MARIA ARGENTINA L. DEMACEDO - M.SAÚDE17 SILENE DA FONSECA

MONTEIRO - INSS18 JORGE GONÇALVES DOSSANTOS - M.FAZ19 HELENA ROSA VARELLA -CNEN19 HILDA AFONSO ECHEVERRIAPINHO - M. FAZ20 ELZA SEBASTIANA BARRETO- M.SAÚDE20 SEBASTIÃO HERMESPEREIRA - INSS22 ANTONIO CESAR SILVAMALLET - AGU23 LUCY CAMINHA DE ALMEIDA- INSS23 LUIZ CARLOS RABELO -M.SAÚDE24 EGÍDIO ANTONIO DA SILVA -UFRJ24 VANDERLEI JOSÉ DA COSTA- C.P.II26 FRANCISCO JOSÉ FELICIANO- AGU26 HELIO ROSALVO DOSSANTOS - INSS26 IVANA DE ASSIS DORIA - UFRJ27 AHYR DELÍCIO MOZER -INCRA27 RAYMUNDO BELFORD ROXO- M.TRANSP27 WALTER FARIA PACHECO -INSS29 MARIA CONCEIÇÃO F. deMEDEIROS - INSS29 MARIA ROSA de AZEVEDOFERREIRA - FRP29 MARLENE CARNEIRO - C.P.II30 DINIZ FIGUEIREDO DOSPASSOS - C.P.II30 ELOISA ELENA DE S. L.FERREIRA - INSS31 ROGERIO TOMPSON DE LIMA- INSS

Page 16: DEZEMBRO 2009 JORNAL DA APAFERJ 1cumprimento ao ditame cons-titucional? Afinal estamos incluídos com as demais car-reiras que exercem as funções essenciais à Justiça? E por quanto

JORNAL DA APAFERJ16 DEZEMBRO 2009

PEÇO A PALAVRA

Rosemiro RobinsonS. JuniorVice-Presidente

Meus caros e fiéis leitores:como é notório, há mais de meioséculo, precisamente 56 anos, oPresidente do Senado Federal,João Café Filho, acolhendo eaprovando o magnífico trabalhofeito pelo Relator, SenadorKerginaldo Cavalcanti, pro-mulgou a Lei nº. 2.123, de 1º dedezembro de 1953, publicadano Diário Oficial da União de 3de dezembro de 1953, dispondosobre a situação jurídica dosprocuradores das autarquiasfederais, diploma legal que estápublicado, na íntegra, nestaedição, homenageando os va-lorosos Procuradores que lu-taram denodadamente, à época,por uma situação funcionalcompatível com a importânciae complexidade de suas atri-buições e lembrando aos novose brilhantes colegas que ostatus de que hoje desfrutamfoi obtido mercê da obstinação,coragem e dedicação daquelesvelhos samurais, cujas con-quistas foram ampliadas emrazão dos ingentes esforçosdaqueles que os sucederam.

Torna-se, ainda, oportuno,recordar que, após, um longo e

tenebroso período de esque-cimento e menoscabo, foi fun-dada a APAFERJ em 2 de de-zembro de 1981, mercê da firmeatuação de excepcional grupode Procuradores AutárquicosFederais, capitaneados pelo Dr.Wagner Cavalcanti de Albu-querque, seu primeiro pre-sidente e, por notável coin-cidência, filho do saudoso Se-nador Kerginaldo Cavalcanti,liminarmente mencionado,dando início a uma luminosa eprofícua trajetória associativa,que já ultrapassa um quarto deséculo.

Nunca será demasiado enal-tecer, nessa trajetória, os nomesdo Dr. Saulo Ramos, o GrandePioneiro, mentor da AdvocaciaConsultiva da União e autor doanteprojeto que criava a Pro-curadoria-Geral da União, pos-teriormente, Advocacia-Geralda União, pondo termo à in-justificável dicotomia da atua-ção do Ministério Público daUnião, transferindo para aAGU o Contencioso, secular-mente a cargo daquele Mi-nistério; do Dr. Geraldo da CruzQuintão, que fixou os alicercespara futuros avanços; do Dr.

Gilmar Ferreira Mendes, autore mentor da Medida Provisórianº. 2048/2000, que fortaleceu evalorizou a Advocacia PúblicaFederal e seus integrantes, re-petindo, mutatis mutandis, asupracitada Lei nº. 2123/53; doDr. Álvaro Augusto RibeiroCosta, que, apesar dos nume-rosos óbices que encontrou nasua caminhada, lutou, tenaz-mente, na defesa dos lídimosdireitos e interesses dos Ad-vogados Públicos Federais, lutaque está explícita e indelével naExposição de Motivos nº. 11/2006-AGU, endereçada ao Ex-celentíssimo Senhor Presidenteda República, peça que honra edignifica o supracitado ex-Ad-vogado-Geral da União e, porfim, do Dr. Antonio Dias Toffoli,cuja atuação contribuiu paraelevar, ainda mais, o conceito daAGU, instituição que, inequi-vocamente, enriquece o univer-so jurídico brasileiro.

Contudo, não podemos nemdevemos dormir sobre os lourosconquistados, mesmo porquemuito resta a ser feito, no sen-tido de obtermos uma posiçãoadequada e definida no elencodas instituições que exercem

Funções Essenciais à Justiça, oque será alcançado com a im-plantação do reajuste auto-mático dos subsídios, a exemplodo que já ocorre em relação aoMinistério Público da União;com a integração plena e nítidada Procuradoria-Geral daUnião e de seus integrantes naAdvocacia-Geral da União e,por derradeiro, com a pro-mulgação da Nova Lei Or-gânica da AGU, que atualizaráe aperfeiçoará a Lei Com-plementar nº. 73/93, já inega-velmente superada, em razãoda realidade fático-legal hodier-namente enfrentada.

O ano de 2010, que célere seavizinha, além do tradicionalCarnaval, a maior festa bra-sileira, verá a Copa do Mundode Futebol, a ser realizada naÁfrica do Sul e, fundamen-talmente, as eleições gerais noBrasil, que definirão os nomesdos novos parlamentares egovernantes, que terão a difícilincumbência de estabelecer osrumos deste País-Continente.

Assim, celebremos o Natal,evento que se espraia pelo mun-do, independentemente da re-ligião dos povos; brinquemos oCarnaval, olvidando, por al-guns dias, as preocupações e osaborrecimentos, torçamos pelaSeleção Brasileira, para que,como o meu Flamengo, ganhe ohexa-campeonato e, por fim,votemos com consciência, es-colhendo candidatos que sejamdignos dos mandatos que irãoexercer, consolidando ou atémesmo ampliando as conquistasociais até aqui obtidas, tra-zendo mais segurança, confortoe tranqüilidade ao generosopovo brasileiro.

Feliz Natal e

Próspero Ano Novo

MOSAICO

Vigilantibus, non

dormientibus jura

subveniunt

“O direito protege os

que estão vigilantes,

não os que dormem”.