25
! Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira em carvão Nota Técnica referente à letra (A) do estudo técnico 2 do Termo de Referência do contrato 49, do ano de 2013, entre CGEE e MDIC, para subsídios em: “Modernização da Produção de Carvão Vegetal”

Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

!""

!

!

Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira em carvão

Nota Técnica referente à letra (A) do estudo técnico 2 do Termo de Referência do contrato 49, do ano de 2013, entre CGEE e MDIC, para subsídios em:

“Modernização da Produção de Carvão Vegetal” "

Page 2: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

#""

$%&'()*+,-.%"&,"/(%&0-.%"&'""1,(2.%"2'3'4,5"

!

!!)678"49:;<:8""

=&<8>;?@7<:6"A8"BC<:<D;:<8"A8":6;EBF@G6"AB"H<6I8@@8"AB"I8AB<F8"BI":8FEG6J"

KF8@LM<8N"&O",HF<MN"#P!Q

Page 3: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

3    

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Presidente Mariano Francisco Laplane Diretor Executivo Marcio de Miranda Santos Diretores Antonio Carlos Filgueira Galvão Gerson Gomes Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE SCS Qd 9, Lote C, Torre C Ed. Parque Cidade Corporate - salas 401 a 405 70308-200 - Brasília, DF Telefone: (61) 3424.9600 Fax. (61) 3424 9659 http://www.cgee.org.br Este relatório é parte integrante das atividades desenvolvidas no âmbito do Contrato Administrativo CGEE/MDIC 49/2013/Ação: Subsídios para Revisão do Plano Siderurgia (Carvão Vegetal) - 29.1.1. Todos os direitos reservados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Os textos contidos neste relatório não poderão ser reproduzidos, armazenados ou transmitidos.

 

Nota  Técnica  A  do  TR:  “Diagnóstico  da  eficiência  da  conversão  de  biomassa  de  madeira  em  carvão”.  Subsídios  2014  ao  Plano  Siderurgia  do  MDIC:  Modernização  da  Produçao  de  Carvão  Vegetal.  Contrato  Administrativo  CGEE/MDIC  49/2013.  Brasília:  Centro  de  Gestão  e  Estudos  Estratégicos,  2014.    25  p.    1.  Carvão  vegetal.  2.  Conversão  de  biomassa.  I.  CGEE.  II.  Título.    

 

 

 

   

                 

Page 4: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

Q""

$%&'()*+,-.%"&,"/(%&0-.%"&'""1,(2.%"2'3'4,5"

!

!!)678"49:;<:8""

=&<8>;?@7<:6"A8"BC<:<D;:<8"A8":6;EBF@G6"AB"H<6I8@@8"AB"I8AB<F8"BI":8FEG6J"

Consultor !"#$"%&'()$"%*+,-+./%0.1.+2.% Equipe Técnica do CGEE &)3"/%4.##.$#"%2.%!.2.$#5/%]5<ABF8;X8"A6"'@7VA6^%6#$/,$"+5%7-85%688+$+%],\6<6"$B76A6M?><:6^%!"#$+"%9#"/$)%],\6<6",AI<;<@7F87<E6^%%

KF8@LM<8N"&O",HF<MN"#P!Q

Page 5: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

5    

 

CONTEÚDO    

RESUMO  EXECUTIVO                   6  

 

1.  INTRODUÇÃO                 7  

2.  CONCEITO  DE  CALOR  E  MECANISMOS  DE  TRANSFERÊNCIA  DE  CALOR     7  

3.  OUTROS  CONCEITOS  E  CONHECIMENTOS           10  

  3.1.  Fluxo  de  produção  do  carvão  vegetal         10  

  3.2.  O  que  é  a  madeira               11  

  3.3.  Como  a  madeira  é  produzida           12  

  3.4.  O  eucalipto  e  o  reflorestamento           13  

  3.5.  Qualidade  da  madeira             14  

4.  O  QUE  É  CARBONIZAÇÃO               15  

  4.1.  Carbonização  ou  queima             16  

5.  CINÉTICA  DA  CARBONIZAÇÃO             17  

6.  BALANÇO  DE  MASSA  E  ENERGIA  DA  CARBONIZAÇÃO            E  SUA  APLICAÇÃO  A  TRÊS  MODELOS  DE  FORNOS         18    7.  RENDIMENTO  GRAVIMÉTRICO             19    8.  FLUXOGRAMA  DE  PRODUÇÃO  E  INDICADORES  DE  DESEMPENHO     21    9.  CONCLUSÃO                   23        REFERÊNCIAS                   24  

Page 6: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

6    

 

RESUMO  EXECUTIVO    

Para   entender   o   que   é   eficiência   na   conversão   da   madeira   em   carvão   precisamos  primeiro  saber  mais  sobre  a  carbonização  e  as  variáveis  que  atuam  no  processo.  

CARBONIZAR  É  CONCENTRAR  CARBONO.  

O   calor   faz   a   madeira   perder   muito   peso,   formando   gases   e   vapores   (fumaça).  A  fumaça  retira  maior  proporção  de  oxigênio  e  de  hidrogênio,  e  deixa  carbono.  

Na   verdade   a   madeira   vira   carvão   antes   de   se   queimar,   a   brasa   já   é   o   carvão   se  queimando.   As   fases   da   carbonização   estão   detalhadas   no   item   Cinéticas   da  Carbonização.  

QUEIMAR  FUMAÇA  É  A  MELHOR  OPÇÃO.  

Ao  queimar  a  fumaça  diminuímos  a  poluição  e  melhoramos  a  eficiência  da  usina,  que  pode  ser  chamada  de  UPC  (Unidade  de  Produção  de  Carvão).  

REDUZIR  A  DEMANDA  TÉRMICA  É  EFICIÊNCIA.  

Eficiência   na   conversão   da   madeira   em   carvão   é   dependente   da   demanda   térmica  característica   de   cada   forno   individualmente.   Para   alto   rendimento   é   imperativo  reduzir  a  demanda  térmica.  Detalhes,  no  item  Balanço  de  Massa  e  Energia.  

INDICADORES  DE  DESEMPENHO.  

A   aplicação   com   excelência   de   um   sistema   de   gestão   produz   indicadores   de  desempenho   que   facilitam   aferir   a   eficiência.   Um   sistema   que   integra   treinamento,  motivação   do   pessoal,   respeito   à   cultura   regional,   permite   resultados   expressivos  mesmo  entre   funcionários  analfabetos.  Os  bons  profissionais  devem  ser  valorizados.,  bem  como  os  outros  detalhes  como  disponibilidade  de  todos  os  periféricos,  máquinas  e  ferramentas.  

Nos   fornos   intensivos   em   mão   de   obra   o   resultado   da   aplicação   deste   sistema   de  gestão   leva   a   resultados   impressionantes,   como   o   exemplificado   na   figura   8.2.  Executivos  da  Queiroz  Galvão  Siderurgia  avaliaram  ganho  de  R$28  milhões  no  ano  de  2009.  

EXCELÊNCIA  EM  UM  SISTEMA  DE  GESTÃO.  

Um  olhar  mais  agudo  sob  a  ótica  da  transmissão  de  calor,  balanços  de  massa  e  energia;  coloca   em   dúvida   a   possibilidade   de   sucesso   de   várias   iniciativas   do   setor.   Enfim,   a  aplicação  do   sistema  de   gestão  permite  o   acompanhamento   sistemático   e   contínuo,  precisão  no  diagnóstico  de  problemas  e  rapidez  nas  ações  corretivas.    

Page 7: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

7    

1. INTRODUÇÃO  

Para   entender   o   que   é   eficiência   na   conversão   da   madeira   em   carvão   precisamos  primeiro  saber  mais  sobre  a  carbonização  e  as  variáveis  que  atuam  no  processo.  

Pirólise   -­‐   (do   Grego  pyr,   pyrós   =   fogo   +   lýsis   =   quebra)   -­‐   Em   sentido   estrito   é   uma  reação   de   decomposição   que   ocorre   pela   ação   de   altas   temperaturas.   Ocorre   uma  ruptura   da   estrutura  molecular   original   de   um   determinado   composto   pela   ação   do  calor  em  um  ambiente  com  pouco  ou  nenhum  oxigênio.  Em  sentido  amplo,  conceitua-­‐se   como  pirólise   todo   e   qualquer   processo  de  decomposição  pela   ação  de   calor   nas  condições   acima   descritas,   como,   por   exemplo,   a   carbonização.   O   produto   dessa  reação   química   é   chamado   de   carvão.   Pela   ação   do   calor,   a   carbonização   remove  hidrogênio   e   oxigênio   do   sólido,   de   modo   que   a   matéria   restante   é   composta  principalmente  de  carbono.    

Carbonização  é   etapa  de  processos   naturais   como  o   fogo,  mas   também  uma   reação  deliberada  e  controlada  utilizada  na   fabricação  de  certos  produtos.  O  mecanismo  de  carbonização   é   parte   da   queima   normal   de   certos   combustíveis   sólidos   tais   como  madeira.  Durante  a  combustão  normal,  os  compostos  voláteis  criados  na  carbonização  são   consumidos   formando   as   chamas   dentro   do   fogo,   enquanto   a   combustão   do  carvão   pode   ser   vista   no   vermelho   incandescente   das   brasas,   que   queimam   sem   a  presença  de  chamas.  

2. CONCEITO  DE  CALOR  E  MECANISMOS  DE  TRANSFERÊNCIA  DE  CALOR  

Se   a   reação   de   carbonização   acontece   devido   ao   efeito   do   calor   sobre   os   tecidos  vegetais   é   necessário   entender   o   que   é   calor,   bem   como   se   dá   a   sua   transferência.  Neste   item,   além   do   conceito   e   descrição   dos  mecanismos,   também   será  mostrado  exemplos  de  aplicação  à  carbonização  da  madeira.  

Calor  -­‐  é  o  termo  associado  à  transferência  de  energia  térmica  de  um  sistema  a  outro  -­‐  ou   entre   partes   de   um  mesmo   sistema   exclusivamente   em   virtude   da   diferença   de  temperaturas   entre   eles.   Os   conceitos   de   energia   interna   não   devem   jamais   ser  confundidos   com   o  conceito   de   calor;   que  implica   sempre   energia  térmica   em   trânsito   ou  transferida,   devido   a  uma   diferença   de  temperaturas.  

Há,   em   essência,   três  formas  de  transferência  de   calor:   radiação,  convecção   e   condução.  A   radiação   não   precisa  de   meio   físico   para  fazer  a  transferência  de  

Page 8: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

8    

calor.   O   exemplo   clássico   é   o   sol   aquecendo   a   Terra,   pois,   entre   eles,   predomina   o  vácuo.   Uma   fonte   de   calor   por   radiação   precisa   estar   a   temperaturas   superiores   a  500oC  para  que  o  fluxo  de  calor  por  ela  emitido  seja  significativo.  

As  duas  outras  formas  de  transmissão  precisam  do  entrechoque  de  átomos.  À  medida  que   a   temperatura   sobe,   os   átomos   aumentam   a   frequência   de   vibração.   Em   um  choque,  parte  dessa  energia  é  transferida  ao  outro  átomo,  que  eleva  sua  temperatura.  

Na  condução  os  átomos  estão  presos  numa  matriz  sólida,  e  a  liberdade  de  movimento  deles   é   menor;   mas   a   proximidade   transmite   muito   bem   as   vibrações   de   um   para  outro.   A   propriedade   que  mede   a   facilidade   da   transferência   de   calor   nos  materiais  sólidos   é   a   condutividade   térmica.  Metais   têm   a   característica   de   permitir   que   seus  elétrons   desloquem-­‐se   na  matriz   sólida.   São   ótimos   transmissores   de   calor.   Veja   os  valores  da  figura  1:  a  condutividade  do  aço  é  52  W/mK:  1300  vezes  superior  à  da  lã  de  rocha,  que  tem  0,04  W/mK.    

Uma  manta   de   lã   de   rocha   é   um   ótimo   isolante   por   ter   vários   intertícios   vazios.   A  transmissão  da  vibração  atômica  da  parte  sólida  se  esvai  ao  encontrar  micro  bolsões  de  ar.  O  tijolo  tem  uma  condutibilidade  intermediária,  de  0,9  W/mK,  pois  é  constituído  principalmente  de  sílica,  e  não  tem  tantos  intertícios  em  sua  estrutura.  A  madeira  é  um  bom  isolante  (0,15W/mK),  pois  é  um  material  rico  em  carbono  amorfo,  e  com  enorme  quantidade  de  poros,  como  tambem  o  é  o  carvão  vegetal.  

A  convecção  é  a  forma  de  transmissão  em  meios  em  que  átomos,  agregados  em  suas  respectivas   moléculas,   têm   boa   liberdade   de   movimento,   ou   seja:   ocorre   nas   fases  líquidas  e  gasosas.  A  propriedade  que  mede  esta  facilidade  de  transmissão  se  chama  coeficiente   convectivo,   e   seu   cálculo  ou  medição  é  bastante   complexo.  Mas,   quanto  maior  a  probabilidade  de  choque  entre  moléculas,  maior  será  o  valor  deste  coeficente.  Então  dependerá  da  velocidade  de   fluxo;  por  exemplo:  ar  ou  gases,  em  condição  de  fluxo   natural,   têm   coeficiente   convectivo   em   torno   de   18   W/m2K;   em   condição   de  fluxo  impulsionado  por  exaustores  e  ventiladores  o  coeficente  convectivo  forçado  sobe  nove  vezes,  alcançando  165  W/m2K.    

Quanto  maior   a   densidade   do  meio   tambem   será  maior   a   probabilidade   de   choque  entre  as  moléculas.  Por  exemplo,  no  volume  de  um  metro  cúbico  estará  contido  1.000  kg  de  água  líquida  ou  apenas  0,578  kg  de  água  na  fase  vapor.  Ou  seja,  o  vapor  desde  que  não  mude  de  fase,  tem  menor  capacidade  de  transmitir  calor  que  a  água  líquida.  Por  outro   lado  se  ocorrer  essa  mudança  de  fase,   i.e.:  condensação,  nas  moléculas  de  vapor   d’água   ocorrerá   a   liberação   do   calor   latente   sobre   a   parede,   e   se   ganha   uma  enorme   capacidade   de   transmitir   calor   (63.000   W/m2K).   É   por   esta   razão   que   o  aquecimento  via  condensação  de  vapor  é  o  mais  praticado  pela  indústria.  

De  modo  que  quanto  menor  a  densidade  do  material  em  que  ocorre  o   fluxo,  menor  será   o   Coeficente  Global   de   transmissão   de   calor   (termo  U)   que   compõe   a   equação  geral  (1)  apresentada  abaixo.  Onde,  q  é  a  quantidade  de  calor  transmitida  por  unidade  de  tempo;  A  é  a  área  sob  a  qual  acontecerá  o  fluxo  de  calor,  e  ΔTtotal  é  a  diferença  de  temperatura  total  no  sistema  em  avaliação.  

Page 9: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

Z""

𝑞!𝑈"𝐴"#𝑇"#"$%""""""""""""""""""""""]!^"

2Bl8I6@" 8M>V;@" BeBI\M6@" AB" CMVe6" AB" :8M6F" 8\M<:8A6@" m" \F6AVXG6" AB" :8FEG6T"*;<:<8FBI6@" \BM8" 8E8M<8XG6" A6" CMVe6" AB" :8M6F" \BM8" \8FBAB" A6" C6F;6T" )8" C<>VF8" #" 9"I6@7F8A6"6":jM:VM6"A6"CMVe6"\8F8"A6<@"I6ABM6@":6;@7FV7<E6@S"8^","8MEB;8F<8"AB"7<l6M6@":6I"#P" :I"AB" B@\B@@VF8" AB<e8" CMV<F" \8F8" 6" 8IH<B;7B" aRP"wYI#"AB" @V\BFCL:<Bp" H^" ljN"VI8"\8FBAB"AB"8X6N"<@6M8A8N":6I"![":I"AB"MG"AB"F6:k8N"AB<e8Fj"CMV<F"\8F8"6"8IH<B;7B"8\B;8@"Q#"wYI#"AB"@V8"@V\BFCL:<BT"

,<;A8";8"O<>VF8"#"9"I6@7F8A6":6I6"6"CMVe6"AB":8M6F"8:6;7B:B";VI8"76F8"AB"I8AB<F8T"/6F":6;EB:XG6"6"IB<6">8@6@6"8fVB:B"8"@V\BFCL:<B"A8"76F8T"&8LN"\6F":6;AVXG6";8"I87F<W"@?M<A8N" 6" :8M6F" @B" \F6\8>8" B" E8<" C8WB;A6" 6" @BFE<X6" A8" :8FH6;<W8XG6T" )8" :6;EB:XG6";87VF8M"B;:6;7F8I6@"VI"CMVe6"AB"Qa["wYI#N"B"@B"8":6;EB:XG6"C6F"C6FX8A8"6"CMVe6"@6HB"\8F8"[[P"wYI#T""

h" <;7BFB@8;7B" ;678F" 6" BCB<76" <@6M8;7B" A8"I8AB<F8" :6I"xsPN!["wYIxN" \6<@" A<C<:VM78" 8"\F6\8>8XG6"AB":8M6F"8\B@8F"AB"AV8@"@<7V8XoB@S"VI8"\6F":6;EB:XG6";87VF8MN"BI"fVB"6":6BC<:B;7B":6;EB:7<E6";87VF8M"9"AB"k:;87VF8M"s!i"wYI#xN"B"\8F8"8":6;EBXG6"C6FX8A8"9"AB"k:C6FX8A8s"!a["wYI#xT"/8F8"VI8"IB@I8"A<CBFB;X8"AB"7BI\BF87VF8"B;7FB"6"IB<6">8@6@6"B"8"@V\BFCL:<B"A8"76F8"AB"I8AB<F8N"8":6;EB:XG6"C6FX8A8"E8<"7B;78F"H6IHB8F";6EB"EBWB@"I8<@" :8M6F" \8F8" 8" 76F8N"I8@" 8"I87F<W" @?M<A8" \BM8" @V8" H8<e8" :6;AV7<E<A8ABN" 6V" \6ABF"<@6M8;7BN";G6"AB<e8"76A8"B@@8"fV8;7<A8AB"AB":8M6F"B;7F8FT""

,fV<"9";B:B@jF<6"8HF<F"VI"\8FD;7B@B@N"@6HFB"6"BCB<76"A8"VI<A8AB";8"I87F<W"@?M<A8T"/8F8"7B6FB@" AB" VI<A8AB" 8:<I8" A8" C8<e8" AB" iN!Q|N" 8" I87F<W" @?M<A8" C<:8" @6H" BCB<76" A8":6;EB:XG6" <;7BF;8" \F6E6:8A8" \BM8" >8;AB" \FB@B;X8" AB" E8\6F" A{j>V8T"$8@N" \8F8" B@@8":6;EB:XG6" <;7BF;8" @V\BF8F" 8" :8F8:7BFL@7<:8" <@6M8;7B" A8"I8AB<F8N" 8@" 7BI\BF87VF8@" A6"IB<6">8@6@6"Be7BF;6"ABEBI"@BF"F8W68EBMIB;7B"@V\BF<6FB@"8"![P61T""

%V7F8" :8F8:7BF<@7<:8" 9" fVBN" AVF8;7B" 8" @B:8>BIN" 8" I8AB<F8" @B" :6I\6F78" :6I6" VI8":k8MB<F8":6I"j>V8"BI"BHVM<XG6p"@V8"7BI\BF87VF8"C<:8":6;@78;7B";8"C8<e8"AB"!PP61N"fVB"9" 8" 7BI\BF87VF8" AB" \8@@8>BI" A8" j>V8" A8" C8@B" MLfV<A8" \8F8" 8" C8@B" AB" E8\6F" ;6@"\F6:B@@6@"fVB"8:6;7B:BI"m"\FB@@G6"87I6@C9F<:8T"

"

Page 10: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

!P""

"%V7F6" C876F" <I\6F78;7B" 9" 8" >B6IB7F<8" A8@" \BX8@" AB" I8AB<F8T" 2Bl8" ;8" O<>VF8" RT" )6"H8M8;X6"AB"I8@@8"B"B;BF><8N"I6@7F8A8";8"O<>VF8"QN"E8I6@"EBF<C<:8F"fVB"8"ABI8;A8"AB"B;BF><8" \8F8" FB8M<W8F" 8" FB8XG6" AB" :8FH6;<W8XG6" BI" VI8" I8@@8" AB" !P" z>N" ;G6":6;@<ABF8;A6"\BFA8@N"9"AB"ZaiP"z}T"

';7G6N"B@78"IB@I8"I8@@8"8\FB@B;78Fj"7BI\6"AB":8FH6;<W8XG6"A<CBFB;7BN"AB\B;AB;A6"A8"@V8"C6FI8T"UB"BI":VH6@S"[e[e[">8@78F<8"RNR"k6F8@"\8F8":8FH6;<W8Fp"@B"BI"76F8@"AB"i":I"AB"A<uIB7F6"B" :6I\F<IB;76"AB"A6<@"IB7F6@N"\FB:<@8F<8I"AB"Z"k6F8@p" B" @BN" :6I6"VI8"76F8"AB"A<uIB7F6"AB"![:I"B"!N!R"IB7F6@"AB":6I\F<IB;76N";B:B@@<78F<8"AB"!aNR"k6F8@T""

," 7F8;@CBFD;:<8" AB" :8M6F" 9" VI" CB;yIB;6" @V\BFC<:<8MN" B;7G6" fV8;76" I8<6F" 8" FBM8XG6"jFB8YE6MVIB"I8<6F" @BFj"8"EBM6:<A8AB"AB" FB8XG6p"B"IB;6FN"6" 7BI\6"AB" FB@<AD;:<8"A8":8F>8" AB" I8AB<F8" ;6" <;7BF<6F" A6" C6F;6T" ,@@<IN" VI" C6F;6" \8F8" :8FH6;<W8F" :VH6@" AB"[e[e[:I"\6ABF<8"7BF"VI"E6MVIB"#P|"]RNRY!aNR^"IB;6F"fVB"6"C6F;6"fVB"C8X8"6"IB@I6"@BFE<X6" \8F8" 76F8@" AB" ![" :I" AB" A<uIB7F6" B" !N!RI" AB" :6I\F<IB;76T" )8" EBFA8ABN" 8"\8F7<F"AB"[P:I"AB":6I\F<IB;76"9"6"A<uIB7F6"fVB"AB7BFI<;8"6"7BI\6"AB":8FH6;<W8XG6T"%" @B76F" <;AV@7F<8M" \6AB" B@\BF8F" fVBA8" AB" \F6AV7<E<A8AB" A6@" C6F;6@" m"IBA<A8" fVB" 6"A<uIB7F6" A8@" 76F8@" Ej" 8VIB;78;A6" \BM6" BCB<76" A6" IBMk6F8I;B76" >B;97<:6" A8@"CM6FB@78@T"

D& +")*+>!$+($:')+>!:!$+(E:$'=:()+>!

RT!T ?2FGB!H4!50BHFIJB!HB!KA0LJB!L4M4NA2!

%" k6IBIN" kj" I<Mk8FB@" AB" 8;6@N" 6H@BFE6V" fVB" 86" fVB<I8F" 6" :8FEG6" BF8" \6@@LEBM"C8HF<:8F"IB78<@":6I6"6":6HFBN"6"HF6;WB"B"6"CBFF6T"16I"8"fVB<I8"A8"I8AB<F8"<@76";G6"8:6;7B:<8T"

Page 11: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

!!""

%";B>?:<6"@<ABFqF><:6"7BI":6I6"6HlB7<E6"\F6AVW<F"6":8FEG6"EB>B78M"rr":6IHV@7LEBM"fVB"@BFj" V7<M<W8A6" \8F8" 7F8;@C6FI8F" 6" I<;9F<6" BI" CBFF6r>V@8N" CBFF6rM<>8@N" :8FHVFB76" AB":jM:<6N"B7:T"

"

%"7F8H8Mk6"AB":8FH6;<W8F"9"7F8;@C6FI8F"8"I879F<8r\F<I8"]I8AB<F8^";6"\F6AV76":8FEG6"EB>B78MT"*@@6"8:6;7B:B"\6F"E<8"A6"\F6:B@@6"AB":8FH6;<W8XG6";6"<;7BF<6F"A6@"C6F;6@T"'@@B"\F6:B@@6"\FB:<@8" @BF"HBI"B;7B;A<A6"\8F8" @BF"HBI":6;AVW<A6T",@@<I" 7BI6@" 76A6@"6@"BMBIB;76@"fVB":6I\MB78I"VI8"CjHF<:8S"8"CjHF<:8"0/1N"VI8"";<A8AB"AB"#F6AVXG6"AB"$8FEG6T"

,"CjHF<:8"0/1"\6AB"@BF">F8;AB"6V"\BfVB;8N"I8@"7BI"fVB"@BF"@9F<8";6"87B;A<IB;76"A6@":6I\F6I<@@6@":6I"@BV@":M<B;7B@T"4BI"AB"B;7FB>8F"8"fV8;7<A8AB"AB":8FEG6":6IH<;8A8N";6"\F8W6":6IH<;8A6N"B"7VA6":6I"?7<I8"fV8M<A8ABT"/8F8"<@@6N"8;7B@"AB"7VA6N"\FB:<@8"AB"VI" H6I" >BFB;7B" B" AB" CV;:<6;jF<6@" 7FB<;8A6@T" 46A6@" ABEBI" C8WBF" 8@" 78FBC8@" :6I"\FB@7BW8"B"WBM6T"

48IH9I"kj":6I\F6I<@@6":6I"8";87VFBW8"B"6"IB<6r8IH<B;7B" rr";8A8"AB"AB@\BFAL:<6"AB"I8AB<F8~" 46A8@" 8@" 78FBC8@" ABEBI" @BF" 6F>8;<W8A8@" B" :6;AVW<A8@" \8F8" B:6;6I<W8F"I879F<8r\F<I8N"7BI\6"B"B;BF><8p"B"C8WBF"VI"\F6AV76"AB"Be:BMB;7B"fV8M<A8ABT"

"

RT#T +!CF4!O!A!PAH4/0A"

,"I8AB<F8"9"\8F7B"A6":6F\6"AB"VI"@BF"E<E6"rr"8"jFE6FBN"fVB"9"C6FI8A8"\BM6"7F6;:6"B">8Mk6@"B"7BI"CV;XoB@"<I\6F78;7B@S""

• '@7FV7VF8MS" \BM8" H68" FB@<@7D;:<8N" 8"I8AB<F8"A6@"7F6;:6@"B"A6@">8Mk6@"9" fVB" I8;79I" 8" jFE6FB" AB" \9" B"fVB"@V@7B;78"8@"C6Mk8@T"

• )V7F<XG6S" h" \BM6" 7F6;:6" B" >8Mk6@"fVB"CMVB"8"@B<E8N"j>V8"B";V7F<B;7B@"fVB"E8<"A8@" F8LWB@"m@" C6Mk8@N"6;AB"8:6;7B:B" 6" \F6:B@@6" E<78M" A8@"\M8;78@N"8"C676@@L;7B@BT"

,"C<>VF8"I6@7F8"6"fVB"8:6;7B:BS"8@"F8LWB@"B@\8Mk8A8@"\BM6"@6M6"7<F8I"j>V8"B"@8<@N"6@"\6F6@" A6" 7F6;:6" B" >8Mk6@" CV;:<6;8I":6I6" 7VHVM8XG6p" B" ;6" 76\6N" 8@" C6Mk8@"7F8H8Mk8I":6I6"\BfVB;8@"H6IH8@T"

Page 12: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

!#""

,@" C6Mk8@N" :6I6" @G6" IV<78@N" lV;78@" :6;@B>VBI" 7BF"\67D;:<8"\8F8"BMBE8F"8"j>V8"8"I8<@"AB"RP"IB7F6@"A6"@6M6"879"6":VIB"A8"jFE6FBT"'@78" j>V8" 9" fVB" E8<" C6FI8F" 8" VI<A8AB" fVB" 7BI" 8"7B;AD;:<8" AB" CMV<F" AB" H8<e6" \8F8" :<I8T" ," VI<A8AB" ;G6"�>6@78�"AB"AB@:BF"\BM6" 7F6;:6T"&8L" 8" FB:6IB;A8XG6"AB":6M6:8F" 8@" 76F8@" :6I" 8" \6;78" >F6@@8" \8F8" :<I8N" \6<@"8@@<I" C8Wr@B" 8" :8FH6;<W8XG6" ;8" IB@I8" A<FBXG6" fVB" 8"VI<A8AB"CMV<T""

RTRT $BPB!A!PAH4/0A!O!50BHFQ/HAR"

%@"8;<I8<@"@B"8M<IB;78I"AB"\M8;78@"B"AB"6V7F6@"8;<I8<@p"A8L" 7BI6@" B;BF><8" \8F8" 76A8@" 8@" ;6@@8@" 87<E<A8AB@N"

:FB@:BI6@N"B;>6FA8I6@TTT"'"8@"\M8;78@N"AB"fVB"BM8@"@B"8M<IB;78IÄ"16I6"BM8@":FB@:BI"AB"VI8"@BIB;7B"879"VI8"jFE6FB"AB"RP"IB7F6@"6V"I8<@T"",@"\M8;78@"C8HF<:8I"6"@BV"8M<IB;76N"\B>8I"6"k<AF6>D;<6"B"6e<>D;<6"A8"j>V8"]d#%^"fVB"@V8@" F8<WB@" 7<F8I" A6" @6M6" B" 6" :8FH6;6" A6" 8FN" fVB" B@78" ;8" C6FI8" A6" >j@" A<?e<A6" AB":8FH6;6"]1%#^T""16I"8"8lVA8"A8"B;BF><8"A8"MVW"@6M8FN"8@"C6Mk8@"7F8H8Mk8I"AVF6"B"C8HF<:8I">M<:6@BN"VI"8:q:8F"fVB"E8<">BF8F"8M<IB;76"B"76A8"8"H<6I8@@8"\8F8"6":FB@:<IB;76"A8@"\M8;78@T"'@7B" \F6:B@@6" 9" :k8I8A6" C676@@L;7B@B" B" 9" 8" :k8EB" A8" E<A8T" UB" 8@" \M8;78@" ;G6"CV;:<6;8@@BI" :6I6" CjHF<:8@" AB" H<6I8@@8N" 6V7F8@" B@\9:<B@" ;G6" 7BF<8I" 8M<IB;76" B" 8"E<A8";G6"Be<@7<F<8T"")8@" jFE6FB@" :6I6" BM8@" \FB:<@8I" @BF" IV<76" C6F7B@N" 8" H<6I8@@8" E8<" @B" 6F>8;<W8;A6"C6FI8;A6"8"I8AB<F8T"16I6"lj"E<I6@"8"I8AB<F8"9":6;@7<7V<A8"AB":8FH6;6"fVB"8"C6Mk8"A8"jFE6FB"7<F6V"A6"8F"B"A6"k<AF6>D;<6"B"A6"6e<>D;<6"A8"j>V8"fVB"8"F8<W"Be7F8<V"A6"@6M6T"")8" I8AB<F8" 8"H<6I8@@8" @B"6F>8;<W8" BI"C<HF8@" AB":BMVM6@BN" @G6":6I6"I<MkoB@"AB"C<6@" AB" M<;k8" AB"8M>6AG6T" ," C<>VF8"I6@7F8" BI" :<;W8"B@78@" C<HF8@" AB":BMVM6@BN" 6H@BFEB"fVB"C6FI8I":6I"8lVA8" A8@"kBI<:BMVM6@B@"VI8" B@7FV7VF8"@<I<M8F" 8" VI8"

Page 13: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

!R""

8FI8XG6"AB"CBFF6"AB"VI"\<M8F"6V"E<>8"A8":6;@7FVXG6":<E<MT"""$8@" 8" \M8;78" V@8" 8" M<>;<;8" ]:6F" AB" F6@8^" \8F8" B;E6MEBF" B@78@" C<HF8@N" B;fV8;76" ;8":6;@7FVXG6" :<E<M" ;?@" kVI8;6@" V@8I6@" 6" :6;:FB76T" h" AB@78" I8;B<F8" fVB" 8" ;87VFBW8":6;@7F6<"8"I8AB<F8N"6@"\<M8FB@"B"E<>8@"fVB"@V@7B;78I"\M8;78@"7G6">F8;AB@"B"I8>B@76@8@":6I6"8@"jFE6FB@"/8F8" C8WBF" 6" \8\BM" fVB" ;6@" \BFI<7B" B@:FBEBF" 76A6" B@7B" :6;kB:<IB;76N" 6" k6IBI":6W<;k8"8"I8AB<F8":6I"@6A8":8V@7<:8N"C8WB;A6"8"M<>;<;8"\BFABF"8"\F6\F<BA8AB"AB":6M8T",@"C<HF8@"AB":BMVM6@B"C<:8I"@6M78@"B"8\?@"M8E8>BI"@G6"FB6F>8;<W8A8@";8"C6FI8"AB"C6Mk8@"AB"\8\BMT"

/6F"7VA6"<@@6";?@"kVI8;6@"7BI6@"AB"7BF"IV<76"FB@\B<76"\BM8@"jFE6FB@N"\F<;:<\8MIB;7B"8@"AB"6F<>BI";87<E8T"'M8@"@G6"VI8"6HF8r\F<I8"A8";87VFBW8"B"\FB@78I">F8;AB@"@BFE<X6@"86"IV;A6T"0I"@BFE<X6"IV<76"<I\6F78;7B"9"M<I\8F"6"8FT""

gV8;A6"8"C6Mk8"AB"VI8"jFE6FB"FB@\<F8"\8F8"C8WBF"8"C676@@L;7B@BN"BM8"@BfVB@7F8":8FH6;6"B"ABE6MEB"6e<>D;<6" CFB@:6"B" M<I\6"\8F8"6"8FT"UBI"B@7B"@BFE<X6"AB" FB;6E8XG6"A6"8FN"6"6e<>D;<6"8:8H8F<8"B"@BI"BMB";G6"\6ABFL8I6@"FB@\<F8FT"

/8F8"fVB"8@"C6Mk8@"FB7<FBI"VI8">F8I8"AB":8FH6;6N"BM8@"\FB@<@8"C<M7F8F"I8<@"AB"[PP"M<7F6@"AB" 8FT" UB" VI8" CM6FB@78" \F6AVW" #P" 76;BM8A8@" AB" H<6I8@@8" \6F" 8;6" ;VI" kB:78FBN"\6ABI6@"<I8><;8F"6"fV8;76"8@"C6Mk8@"7F8H8Mk8IT",@"\M8;78@"@G6"C8HF<:8@"I8F8E<Mk6@8@T"h"H6I"7DrM8@":6I6";6@@8@":6MB>8@"AB"7F8H8Mk6T""

%V7F6"@BFE<X6"<I\6F78;7B"A8"jFE6FB"9"8I6F7B:BF"8":kVE8"BI"@V8@"C6Mk8@"B":6HF<F"6"@6M6":6I"C6Mk8@"@B:8@"B"\BfVB;6@">8Mk6@T"&B@78"I8;B<F8"8"j>V8"A8":kVE8":kB>8":6I"IB;6@"C6FX8";6"@6M6N":6I"IB;6F"EBM6:<A8AB"AB"B@:6FF<IB;76"8"j>V8"9"I8<@"HBI"8H@6FE<A8N"<;A6"\8F8"6"MB;X6M"CFBj7<:6"fVB"E8<"C6FI8F";6@@8@";8@:B;7B@"B"F<6@T"/6F"7VA6"<@76"9"fVB"8@"CM6FB@78@"ABEBI"@BF"FB@\B<78A8@N"BM8@"C8WBI"@BFE<X6@"B@@B;:<8<@"\8F8" 7VA6" fVB" 9" E<A8T" h" IV<76" <I\6F78;7B" \FB@BFE8F" 8@" CM6FB@78@N" ABEBI6@" BE<78F" 6"AB@I878IB;76T"/6F"B@78"F8WG6"9"fVB"8";6@@8"C8HF<:8"AB":8FEG6"7F8H8Mk8":6I"I8AB<F8"AB"FBCM6FB@78IB;76N"8"I8AB<F8"AB"'V:8M<\76T"

RTQT +!4FKA2/5NB!4!B!04S2B043NAP4TNB"

,@@<IN" :6I6"BI" ;6@@8@"CM6FB@78@" 7BI6@"6" I6>;6N" 8":8@78;kB<F8N" 6"<\Dp";8",V@7FjM<8"8@"CM6FB@78@"7BI"'V:8M<\76T" %"'V:8M<\76"9"VI8"I8AB<F8" ;87<E8";8fVBM8" \8F7B"A6"IV;A6T" 5j" 8";87VFBW8" 9"

Page 14: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

14    

adaptada  ao  Eucalipto  tem  até  bicho  que  se  alimenta  de  seus  frutos.  

A  manga,  o  abacate,  o  côco-­‐da-­‐bahia  também  vieram  de  outra  parte  do  mundo,  não  são   nativos   do   Brasil.   Mas   estas   árvores   se   adaptaram   tão   bem   aqui,   que   a  consideramos  nativas  e  totalmente  inte-­‐gradas  no  nosso  cotidiano.  

O   Eucalipto   cresce   rápido,   quando   plantado   no   reflorestamento   com   espaçamento  acertado,  tem  um  tronco  reto  e  longo,  tem  poucos  galhos  e  copa  de  folhas  fica  lá  no  topo.   É   uma   matéria-­‐prima   muito   boa   para   ser   usada   na   fabricação   de   papel   e   de  carvão,  como  em  nossa  UPC.    

Mas  o  Eucalipto  também  é  uma  árvore  normal  e  como  todas  também  precisam  beber  água   pela   raiz.   Apesar   da   crença   que   secaria   nascentes,   não   tem  mais   sede   do   que  outras   árvores.   O   Eucalipto   não   deve   ser   plantado   a   menos   de   50   metros   das  nascentes  e  nem  em  beira  de  rios.  Um  reflorestamento  bem  feito  deve  respeitar  estas  regras  e  ter  muita  floresta  nativa  na  sua  vizinhança.  

Pois   como   todo   estrangeiro,   o   Eucalipto   pode   ser  muito   apetitoso   para   os   insetos   e  doenças  daqui.  A  melhor  maneira  de  manter  a  saúde  do  reflorestamento  é  ter  a  sua  volta  um  ambiente  bem  equilibrado.  Locais  próximos  onde  todas  as  espécies  de  bichos  se  sintam  seguras  e  possam  viver  em  paz.  O  único  jeito  de  fazer  isto  é  deixar  bastante  floresta  nativa  por  perto.  

 

3.5. Qualidade  da  madeira  

É  mais  fácil  trabalhar  com  madeira  de  bom  formato,  toras  retas  e  com  bom  diâmetro.  Toras  muito  grossa  são  muito  pesadas,  demoram  a  secar  e  para  carbonizar.  

Page 15: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

![""

46F8@"IV<76" C<;8" 7DI"8" E8;78>BI" AB" @B:8F"I8<@" Fj\<A6T" $8@" ;8"\<Mk8" B" ;8" :8F>8" A6"C6F;6N" 6:V\8I"IV<76"E6MVIB" B" AB<e8I"IV<76" B@\8X6" E8W<6T"/6V:6" \B@6" AB"I8AB<F8" C8W" \6V:6"\B@6" AB" :8FEG6T" ,":8FH6;<W8XG6"78IH9I" 9" I8<@"Fj\<A8" B" Be<>B" I8<@"\FB@B;X8"A6":8FH6;<W8A6F"\8F8"6"H6I":6;7F6MB"A6"C6F;6T""

%" AB@>8Mk8IB;76" 7BI" fVB" @BF" FB;7B" 86" 7F6;:6N" 76F8@" :6I6" 8@" A8" C676" :6I" :B\8@">F8;AB@" @G6" VI" \F6HMBI8T" ,M9I" AB" @B" B;>8;:k8FBI" VI8" ;8@" 6V7F8@N" A<C<:VM78I" 8":6;CB:XG6"AB"\<Mk8@"B"6"8FF8;l6"A8":8F>8"A6"C6F;6p"FB\FB@B;78I"78IH9I"I8<6FB@"F<@:6"AB"8:<AB;7B@N"\6<@"7F8H8Mk8A6FB@"\6ABI"@B"CBF<F"86":8<F"BI":<I8"6V"86"B@H8FF8F";B@78@":B\8@T" 46A6@" ABEBI" B@78F"87B;76@" 8" B@7B@" AB78MkB@N"6H@BFE8;A6" B" :6FF<><;A6"B@7B@" \F6HMBI8@" AB"fV8M<A8ABT"

16I6" 76A6" @BF" E<E6"I8<@" A8"IB78AB" A6" \B@6" AB" VI8"jFE6FB"BI"\9"9"j>V8N"8@@<I"8"I8AB<F8" M6>6" 8\?@" 8"Be\M6F8XG6" 7BI" I8<@" AB"!PP|" AB" VI<A8AB" BI" H8@B"@B:8T" ,6" AB<e8F" 8@" 76F8@" ;6":8I\6N" 6" :8M6F" A6" @6M" B" 6"EB;76" AB" VI8" C6FI8"\8FB:<A8N" I8@" IV<76"I8<@" MB;78" fVB" VI8"F6V\8" ;6" E8F8MN" E8<"@B:8;A6"8"I8AB<F8T""

%" fV8AF6" 8" @B>V<F"I6@7F8" 8M>VI8@"<;C6FI8XoB@" @6HFB" 8"VI<A8ABN" M6>6" 8\?@" 8"ABFFVH8A8" B" :6F7BN" VI8"76F8" AB" #P" :I" AB"A<uIB7F6" \B@8Fj" :BF:8"AB" [P" z>T" $8@" IB78AB"AB@7B"\B@6"9"j>V8"fVB"9"FB\FB@B;78A8" \BM6"

Page 16: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

!a""

AB@B;k6"AB"VI"7VH6"AB"E<AF6":6I"#["z>"AB"j>V8T")6@"\F<IB<F6@"RP"A<8@"6:6FFB"VI8"\BFA8"8:BMBF8A8"AB"VI<A8AB"8"76F8"E8<"\8@@8F"AB"[P"z>"\8F8"Ra"z>"AB"\B@6T",:6;7B:BFj"8"\BFA8"AB"!Q"z>"AB"j>V8T"

"

V&!+!U":!W!$;*X+('Y;-.+!!

16I6" A<@:V7<A6" ;6" <7BI" VIN" :8FH6;<W8XG6" 9" 8" fVBHF8" A8" B@7FV7VF8" I6MB:VM8F" A8"I8AB<F8"\BM8"8XG6"A6":8M6F"fVB"86"C<;8M"\F6AVW"6":8FEG6"EB>B78MT"/BM8"6H@BFE8XG6"A8@"C676@"\BF:BHBr@B"fVB"8"I8AB<F8"B@:VFB:BV"B"@B"76F;6V";B>F8N"BF8"\B@8A8"B"C<:6V"MBEBT"%" :8FEG6" @B" fVBHF8" :6I"I8<@" C8:<M<A8ABT" 'I" 6V7F8@" \8M8EF8@" \6AB" @B" 8C<FI8F" fVB" 8"I8AB<F8" \BFABV"I8@@8" B" FB@<@7D;:<8"IB:u;<:8T" ,:6;7B:BF8I"IVA8;X8@" ;8" B@7FV7VF8"<;7BF;8"A8"I8AB<F8T"

O676@" \6F" I<:F6@:?\<:6" 8lVA8I" 8" B;7B;ABF" B@78@" IVA8;X8@S" %" I<:F6@:?\<6" I6@7F8"AB78MkB@"fVB";G6"\6AB"@BF"E<@76"\6F";6@@6@"6Mk6@N"8"I8AB<F8"9"\6F6@8N"@G6"I<MkoB@"AB"\BfVB;6@":8;8<@"6F>8;<W8A6@";8"A<FBXG6"EBF7<:8M"86" M6;>6"A6"7F6;:6T")B@7B@":8;8<@"9"fVB"7F8CB>8"8"@B<E8N"fVB"E8<"A8@"F8LWB@"879"8@"C6Mk8@"A8@"jFE6FB@T"

,"C676"A8"I8AB<F8"I6@7F8"\8FBAB@":BMVM8FB@">F6@@8@"B"C6F7B@"B"8"C676"A6":8FEG6"I6@7F8"\8FBAB@" :BMVM8FB@" C<;8@" B" CF8:8@T" /6AB" @B" :6;:MV<F" fVB" ;8" :8FH6;<W8XG6" 8@" \8FBAB@":BMVM8FB@"@G6":6;@VI<A8@N"\BFAB;A6"\B@6"B"FB@<@7D;:<8T"

%"\B@6"B"8"8;jM<@B"fVLI<:8"78IH9I"I6@7F8I"6V7F8@"IVA8;X8@S"%":8M6F"C8W"8"I8AB<F8"\BFABF" IV<76" \B@6N" C6FI8;A6" >8@B@" B" E8\6FB@" ]CVI8X8^T" ," CVI8X8" FB7<F8" I8<6F"\F6\6FXG6"AB"6e<>D;<6"B"AB"k<AF6>D;<6"B"AB<e8"I8<@":8FH6;6T"

%"FB@VM78A6"9"fVB"6";6@@6"\F6AV76N"6":8FEG6"7BI"I8<@":8FH6;6"fVB"8"I8AB<F8T""

$;*X+('Y;*!W!$+($:()*;*!$;*X+(+&!

%":8FH6;6"9"\FB76"B"6":8FEG6"EB>B78M"B;7G6"8@@VIB"78IH9I"B@78":6FT"16I6"7BI"I8<@":8FH6;6N"86"fVB<I8F":8FEG6"@B"C6FI8I"IB;6@"M8H8FBA8@"B">BF8"I8<@":8M6F"fVB"8"I8AB<F8T"

V&% $A0ZBT/QAIJB!BF!CF4/PA!

)8"EBFA8AB"8"I8AB<F8"E<F8":8FEG6"8;7B@"AB"@B"fVB<I8FT","HF8@8"9"6":8FEG6"@B"fVB<I8;A6"B"8":k8I8"9"8"CVI8X8"fVB<I8;A6T",@"C<>VF8@"A8"\8><;8"@B>V<;7B"8lVA8I"8"B;7B;ABF"B@7B":6;:B<76T"

)8"\F<IB<F8" C<>VF8" VI8" 76F8" AB"I8AB<F8" C6<" 8fVB:<A8" BI" MV>8F" 8HBF76N" 9" 6" fVB"6H@BFE8I6@";VI8" C6>VB<F8" 6V" ;6" C6>G6" AB" MB;k8T" %" 8F" E8<" fVB<I8F" 8" CVI8X8" C6FI8;A6" 8" M8H8FBA8" B"78IHBI"fVB<I8F"6":8FEG6"C6FI8;A6"8"HF8@8T"

"

)8"6V7F8"C<>VF8"8"76F8"9">V8FA8A8"AB;7F6"AB"VI8":8<e8"AB"E<AF6"6;AB"6"8F";G6"B;7F8T"'@7B"Be\BF<IB;76"\6AB"@BF"CB<76"BI"\BfVB;8"B@:8M8":6I"VI"\BfVB;6"7VH6"AB"E<AF6T"

Page 17: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

!b""

,"I8AB<F8"9"8fVB:<A8"\6F"VI"C6>6"Be7BF;6"86"E<AF6"E8<">BF8;A6"CVI8:8"HF8;:8"fVB"C6FI8">678@"AB"j>V8";8"\8FBAB"A6"E<AF6N"8"I8AB<F8"E8<"B@:VFB:B;A6"8"CVI8:8"78IH9I"E8<"B@:VFB:B;A6"B"8VIB;78;A6"AB"fV8;7<A8ABT",@">678@";8"\8FBAB"AB"E<AF6"\8@@8I"8"@BF"AB"VI"?MB6"I8FF6IN"6"8M:87FG6"EB>B78MT"

&B\6<@" AB" VI" 7BI\6" ;G6" @8<" I8<@" CVI8X8" B" 8" I8AB<F8" C<:6V" ;B>F8N" E<F6V" :8FEG6T"&B;7F6" A6" E<AF6" ;G6" 8F" \6F" <@@6" ;G6" 7BEB" ;BI" M8H8FBA8" B" ;BI" HF8@8" 8" >B;7B" \6AB":6;:MV<FS"

>:!(.+!):=!;*!(.+!):=!U":'=;&!

/8F8":8FH6;<W8F"9"\FB:<@6":8M6FN"B;7G6N"9"\FB:<@6"7BF"8M>VI8"fVB<I8"AB;7F6"A6@"C6F;6@T","I8AB<F8N" 8" CVI8X8" B" :8FEG6N" 76A6@" B@7G6" fVB;7B@" ;6" <;7BF<6F" A6" C6F;6" B" @B" 7<EBF">F8;AB"B;7F8A8"AB"8F"EG6"@BF"fVB<I8A6@"B"E<F8FBI":<;W8T"gV8M"AB@78@"7FD@":6<@8@"9"\FBCBF<EBM"fVB<I8FS"

• ,6" fVB<I8F" I8AB<F8N" :BF78" fV8;7<A8AB" AB" I879F<8r\F<I8" ;G6" E8<" @B"7F8;@C6FI8F"BI";6@@6"\F6AV76N"6" :8FEG6N" <@76"A<I<;V<Fj"8"BC<:<D;:<8"AB";6@@8"CjHF<:8T"

• ,6"fVB<I8F":8FEG6N";6@@6"\F6AV76"E8<"@BF"fVB<I8A6p"6"fVB"78IH9I"A<I<;V<"8"BC<:<D;:<8"AB";6@@8"CjHF<:8T"

• ,6"fVB<I8F"8"CVI8X8"A<I<;V<I6@"8"\6MV<XG6"AB";6@@8"C8HF<:8"B"IBMk6F8I6@"8"BC<:<D;:<8"AB";6@@8"C8HF<:8T"

gVB<I8F" CVI8X8" 9" 8" IBMk6F" 6\XG6N" 6" \F6HMBI8" 9" fVB" BM8" ;G6" 9" >BF8A8" ;6"8:B;A<IB;76" A6" C6F;6T" ';7G6N" ;6" 8:B;A<IB;76" 9" @BI\FB" ;B:B@@jF<6" fVB<I8F" VI8"\BfVB;8"fV8;7<A8AB"AB"I8AB<F8T"

,":<B;:<8"A6":8FH6;<W8A6F"9"A6I<;8F"6"C6>6N"87F8EB@"A6":6;7F6MB"A8"B;7F8A8"AB"8F"\BM6"787VT",M<8A8"86":6;7F6MB"A8"7<F8>BI"A8"CVI8X8"\BM8":k8I<;9"6":8FH6;<W8A6F"8AI<;<@7F8"6"@BFE<X6"A6":8M6F">8F8;7<;A6"VI8"H68":8FH6;<W8XG6T"

)6" <7BI"@6HFB" :6;7F6MB"A6" C6F;6"8@"H68@"\Fj7<:8@"\8F8"fVB<I8F"\FBCBFB;:<8MIB;7B"8"CVI8X8"@G6"8\FB@B;78A8@":6I"AB78MkB@T"

"

[& $'(W)'$;!,;!$;*X+('Y;-.+!

,6" FB\B7<F" 8" Be\BF<D;:<8" A8":8FH6;<W8XG6" ;6" 7VH6" AB"E<AF6" B" @B" 6H@BFE8F"A<FB<7<;k6" 8@" C8@B@" A8":8FH6;<W8XG6" @G6"\BF:BH<A8@N"6">F8C<:6"8H8<e6"78IHBI"8lVA8"8"B;7B;ABFS"

• >4KAM4PS" ,6" @BF"8fVB:<A8" E8<" @8<;A6"AB" AB;7F6" A8"I8AB<F8"VI8"CVI8X8"AB":6F"HF8;:8"fVB"86"B;:6;7F8F" 6" E<AF6" 9"

\]^!

DD!

Page 18: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

18    

condensada  na  forma  de  gotas  de  água  bem  limpa.  Esta  água  é  a  umidade  que  envolve  as   fibras  da  madeira  e   sua  perda  acontece  até  100  a  110oC.  Se  parar  neste   ponto   vamos   ver   que   a  madeira   não   teve   sua   estrutura  modificada.   O  peso  perdido  foi  apenas  o  da  umidade.  

•  Torrefação:   a  madeira   vai   ficando   escura.   A   celulose   que   forma   as   fibras   vai  sendo  alterada  e   gera  água  de   constituição  e   gas  em  pequena  quantidade.  O  condensado  na  parede  do  vidro  vai  ficando  amarelado,  mostrando  que  já  não  é  só  água.  Madeira  torrada  é  o  nome  técnico  para  o  tiço,  que  é  formado  por  volta  de  240oC;  cerca  de  15%  do  peso  inicial  é  perdido  até  este  ponto.Ao  observar  e  analisar   o   tiço,   o   peso   será  menor   que   o   da  madeira   e   bem  maior   que   o   do  carvão.  

• Carbonização:   Ao   chegar   próximo   a   260   oC   a   decomposição   se   intensifica   a  fumaça   escurece,   aumenta   de   volume   e   fica   mais   pesada.   Esta   fumaça   ao  encontrar   a   parede   fria   do   vidro   se   condensa   como   um   óleo   marron,   é   o  alcatrão.  A   madeira   vai   se   tornando   negra,   ao   alcançar   350oC   a   carbonização   está  praticamente  pronta,  pois  o  carvão  já  tem  75%  de  carbono  fixo.  Cerca  de  60%  do   peso   inicial   virou   fumaça,   permanecendo   40%   como   carvão.   Esta   fase   é  exotérmica,  ou  seja,  gera  calor  enquanto  as  demais  fases  consomem  calor.  

• Fixação:  O  carvão  já  está  pronto  mas  se  continua  a  ser  aquecido  e  ainda  perde  voláteis,   pincipalmente   gás   combustível,   e   aumenta   o   teor   de   carbono   fixo   e  cair  o  rendimento.  A  500oC  o  carvão  representa  33%  do  peso  inicial  e  apresenta  carbono  fixo  de  90%.  

 

6. BALANÇO   DE   MASSA   E   ENERGIA   DA   CARBONIZAÇÃO   E   SUA  APLICAÇÃO  A  TRÊS  MODELOS  DE  FORNOS  

Na   figura   6.1   é  mostrado   o   balanço   de  massa   e   energia   da   carbonizaçãode  madeira  com  35%  de  umidade   inicial,   as   enerrgias  ou  demandas   térmicas   são  divididas  pelas  três  principais  etapas  da  cinética  de  carbonização  (vide  item  5).  No  final  deste  calculo  se   conclui   que   para   carbonizar   uma   tonelada   de  madeira   anidra   é   necessario   suprir  2,18  MJ  de  demanda  térmica  

Na   figura   6.2   outras   demandas   térmicas   normais   nos   fornos   de   carbonização   são  listadas  e  calculadas  para  o  forno  circular  de  5m  de  diâmetro,  para  o  forno  AM-­‐700  e  para  o  Forno  DPC.  Nesta  figura  se  percebe  a  grande  influencia  do  material  construtivo  do   forno,   do   tempo   de   residência   na   etapa   de   carbonização.   Foi   estimada   a   fração  queimada   de   subprodutos   ou   de   madeira   necessárias   para   suprir   a   soma   das  demandas   térmicas.   Então   chegamos   a   principal   conclusão   desta   Nota   Técnica:  Eficiência   na   conversão   da  madeira   em   carvão   é   dependente   da   demanda   térmica  caracteristica   de   cada   forno   individualmente.   Para   alto   rendimento   é   imperativo  reduzir  a  demanda  térmica.  

Assim  um  forno  circular  terá  rendimentos  proximos  de  31%,  pois  a  sua  relação  de  área  de  superfície  ppara  cada  tonelada  de  madeira  enfornada  por  cada  metro  quadrado  de  superfície   de   forno   (57  m2/6,83t   =   8,3   m2/t)   é   bem  maior   que   no   forno   retangular  

Page 19: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

19    

(738m2/240t  =3  m2/t).  Então  as  perdas  termicas  pela  parede  do  forno  circular  são  bem  maiores  que  do  forno  retangular.  

Page 20: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

#P""

/8F8"6"C6F;6"&/1"@B"7BI"VI8"FBM8XG6"<;7BFIBA<8F<8"]![#I#Y#Q7"s"aNR"I#Y7^N"I8@"6"V@6"AB"I87BF<8M"<@6M8;7B"C8W":6I"fVB"6":6BC<:<B;7B":6;EB:7<E6">M6H8M"@Bl8"IV<76"I8<@"H8<e6"fVB" A6@" C6F;6@" AB" 8MEB;8F<8N" 8Ve<M<8A6" 78IH9I" \BM6" IB;6F" 7BI\6" AB" FB@<AD;:<8T,":6IH<;8XG6"AB@7B@"A6<@"C876FB@"FBAVW"AF8@7<:8IB;7B"8@"\BFA8@"79FI<:8@"B"\BFI<7B"fVB"B@78"7B:;6M6><8"7B;k8"8M76"AB@BI\B;k6"B"6@"FB;A<IB;76@"AB":8FEG6"B"8M:87FG6"@Bl8I"HBI"\F?e<I6@"A6@"7B?F<:6@T"

"

b& *:(,'=:()+!`*;c'=W)*'$+!

(B;A<IB;76" >F8E<I97F<:6" 9" VI" ;VIBF6" fVB" <;A<:8" fV8;76" A6" \B@6" AB" I8AB<F8" C6<"7F8;@C6FI8A6"BI"\B@6"AB":8FEG6T"'@7B";qIBF6"<;A<:8"8"BC<:<D;:<8"A8";6@@8"CjHF<:8"AB":8FEG6T"%H7BF" E8M6FB@" 8:<I8"AB"RP|"B"fVB"\6ABI":kB>8F" 879" QP|N" 9"VI8" <;A<:8XG6"fVB"6";6@@6"7F8H8Mk6"B@7j"HBI"CB<76T"

Page 21: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

#!""

""

%"FB;A<IB;76"\6AB"@BF":8M:VM8A6"\6F"C6F;8A8"6V"\8F8"76A8"8"0/1N"6"\F6HMBI8"9"fVB"8"H8M8;X8" E8<" <;A<:8F" 6" \B@6" A8"I8AB<F8" B" A6" :8FEG6" :6I" 8" VI<A8ABT" ';7G6" 9" \FB:<@6":6FF<><F" 6" \B@6" 7<F8;A6" 8" VI<A8ABN" fVB" @BFj" AB7BFI<;8A8" BI" M8H6F87?F<6" :6I" 8"@B:8>BI"AB"8I6@7F8@"]A<@:6@"A8@"76F8@^T'@7B@"A<@:6@"@G6"@B:6@"BI"B@7VC8"FB>VM8A8"\8F8"!P[61" 879" \B@6" :6;@78;7BN" @B" 6" \B@6" ;G6" E8F<8" ;8" 7BI\BF87VF8" fVB" 8" j>V8" CBFEB"@<>;<C<:8"fVB"76A8"8"VI<A8AB"lj"@8<V"A6"<;7BF<6F"A8@"8I6@7F8@"AB"I8AB<F8T","A<CBFB;X8"B;7FB"6"\B@6"qI<A6"B"6"\B@6"@B:6N"9"6"\B@6"AB"VI<A8AB"fVB"@8<V"A8"I8AB<F8T"%"7B6F"AB"VI<A8AB"6V"8"\F6\6FXG6"AB"VI<A8AB"E8<"@BF"6H7<A8"A<E<A<;A6"6"\B@6"AB"VI<A8AB"\BM6"\B@6"A8"8I6@7F8"@B:8T""

""

16I" 6" 7B6F" AB" VI<A8AB" V@8I6@" 8" C6FIVM8" 8H8<e6" B" :8M:VM8I6@" 6" \B@6" @B:6" AB"I8AB<F8T"/F6:BA<IB;76"\8FB:<A6"78IHBI"9"CB<76":6I"6":8FEG6"\8F8"6H7BF"6"@BV"\B@6"@B:6T""

")6FI8@"\8F8"AB7BFI<;8F"8"VI<A8AB"B":8M:VM8F"6"FB;A<IB;76N"AB;7F6"AB"VI"\F6>F8I8"AB" :6;7F6MB" A6" \F6:B@@6" AB" :8FH6;<W8XG6N" @G6" I879F<8@" A<@\6;LEB<@N" I8@" fVB" ;G6":6I\6FG6" B@78" )678" 49:;<:8T" /6F" k6F8" E8I6@" I6@7F8F" C876FB@" fVB" <;CMVB;:<8I" ;6"FB;A<IB;76T"h" <I\6F78;7B" FB@@8M78F"fVB"H6I"FB;A<IB;76"B"H68"fV8M<A8AB"A6":8FEG6"@<>;<C<:8I"I8<@"C87VF8IB;76T""

/F<IB<F6"E8I6@"8;8M<@8F"B@78@"<;CMVD;:<8@"87F8E9@"A6@"B@7VA6@"AB"M8H6F87?F<6N"fVB"@G6"FB8M<W8A6@" @6H" :F<E6" :<B;7LC<:6" B" \F6:VF8I" 8;8M<@8F" 8" <;CMVD;:<8" AB" :8A8" E8F<jEBM"<@6M8A8IB;7B"BI"8IH<B;7B@"IV<76" :6;7F6M8A6@T"," C<>VF8" FB@VIB"8@"6H@BFE8XoB@"A6@":<B;7<@78@S"

%@" A8A6@" A8"78HBM8" I6@7F8I"fVB"6" FB;A<IB;76":8<" :6I" 6"8VIB;76" A8"7BIBF87VF8" AB":8FH6;<W8XG6T"%V7F8" 6H@BFE8XG6"9" IB;6F"FB;A<IB;76" BI"

Page 22: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

##""

:8FEG6N"fV8;A6"6@"E6Mj7B<@"@G6"Be7F8<A6@"AB"C6FI8"Be7FBI8IB;7B"Fj\<A8"\BM6"V@6"AB"Ej:V6"BY6V"7BI\6"AB"FB@<AD;:<8"BI"@B>V;A6@T"16I"6"V@6"AB"\FB@@G6N"6@"E6Mj7B<@"C<:8I"\FB@6@"8"I87F<W"@?M<A8N":6fVB<C<:8I"B"8VIB;78I"6"FB;A<IB;76"BI":8FEG6T"

%@" FB@VM78A6@" AB" M8H6F87?F<6" 8\6;78I" \8F8" VI8" :6;AVXG6" A8" :8FH6;<W8XG6" BI"7BI\BF87VF8"I6ABF8A8"B"fVB"@BF<8"H6I":6;78F":6I"I8AB<F8@"AB"8M76"7B6F"AB"M<>;<;8T"

*;CBM<WIB;7B";8"C8HF<:8XG6"A6":8FEG6"BI";6@@8@"0/1@N"V7<M<W8;A6"C6F;6@"AB"8MEB;8F<8"6"8IH<B;7B" ;G6" 9" 7G6" :6;7F6M8A6" :6I6" ;VI" M8H6F87?F<6" B" 6V7F8@" E8F<jEB<@" >8;k8I"<I\6F7u;:<8T"/8F8"VI8"H6I"FB;A<IB;76"9";B:B@@jF<6"6\BF8F"6"C6F;6"@B>V;A6"VI"H6I"H8M8;X6"AB"B;BF><8N"6V"@Bl8N"8\F6EB<78F"HBI"6":8M6F"B"8@@<I"FBAVW<F"8@"\BFA8@"79FI<:8@N":6I6"A<@:V7<A6";6"<7BI"aT"

"

d& ?<"e+`*;=;!,:!#*+,"-.+!:!'(,'$;,+*:>!,:!,:>:=#:(E+!

)6":6;lV;76"AB"C<>VF8@">B;7<MIB;7B":BA<A8@"\BM8"';BF><8"2BFABN"@VH@<A<jF<8"A8"gVB<F6W"38MEG6"U<ABFVF><8"@B"8\FB@;78"VI":8@6"AB"@V:B@@6"BI"C6F;6@":<F:VM8FB@T")8"C<>VF8"iT!"9"8\FB@B;78A6"6"\F6:B@@6"AB"\F6AVXG6"AB":8FEG6":6I"@V8@"EjF<8@"6\BF8XoB@N"6V"B78\8@T"'@78"BI\FB@8"7BI"VI"Be:BMB;7B":6;lV;76"AB"*;@7FVXoB@"AB"4F8H8Mk6"\8F8"8"\F6AVXG6"

BI" C6F;6@" :<F:VM8FB@" B"C6F;6@" FB78;>VM8FB@N" :6I" B"@BI"7F6:8A6FB@"AB":8M6FT"

)8"C<>VF8"iT#"@G6"I6@7F8A6@"6"\B@6"AB":8FEG6"B"8"I8@@8"AB" I8AB<F8" B;C6F;8A8" BI"C6F;6@"A6"7<\6"F8H6"fVB;7BN"6H7<A6@" \8F8" 8" 5<;k8" AB"K8@B"A6"/F6lB76"AB"$&5"A8"gVB<F6W" 38MEG6" U<ABFVF><8T"," I9A<8" AB" FB;A<IB;76"\8F8" B@7B" C6F;6" C6<" AB"8\B;8@" #Q|T" ,":8FH6;<W8XG6" A8" I8AB<F8";B@7B@" C6F;6@" 8:6;7B:B" BI"BM8E8A8" 7BI\BF87VF8" :6I"IV<78"fV<BI8"AB"I8AB<F8T"

?'`"*;!d&%f!?<"e+`*;=;!,:!#*+$:>>+!

Page 23: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

#R""

h" <I\6F78;7B" CF<@8F" fVB" 6@" :6BC<:B;7B@" AB" E8F<8XG6" \8F8" B@7B@" A6<@" <;A<:8A6FB@" AB"AB@BI\B;k6"I6@7F8I"fVB"8"E8F<8XG6"A6"\B@6"AB":8FEG6"9"IV<76"I8<6F"fVB"8"A6"\B@6"AB"I8AB<F8"\6F"C6F;8A8T"$8AB<F8"\6AB"@BF"8AI<7<A8":6I6"FBM87<E8IB;7B":6;@78;7BN"6V"@Bl8N"\FB:<@8"\6V:8@"IBA<A8@"\8F8"@B"6H7BF"B@7B"<;A<:8A6F"AB"AB@BI\B;k6T"}j"6"\B@6"I9A<6"AB":8FEG6"\6F":6FF<A8"9"8"CBFF8IB;78":k8EB"\8F8"VI8"H68">B@7G6"A8"\F6AVXG6N"9"VI"Be:BMB;7B" <;A<:8A6F"AB"AB@BI\B;k6N"A<FB78IB;7B"87FBM8A6"86"FB;A<IB;76"B"AB"Cj:<M"6H7B;XG6T"%H7B;XG6"AB@78"<;C6FI8XG6"\BFI<7<F<8"86"\BfVB;6"\F6AV76F"8\F<I6F8F"@V8@"\F87<:8@"BI"HV@:8"AB"I8<6F"FB;A<IB;76">F8E<I97F<:6N"6V"@Bl8N"IB;6F":6;@VI6"AB"I8AB<F8"\8F8"VI8"AB7BFI<;8A8"\F6AVXG6"AB":8FEG6T"*@76"9"IB;6F":V@76"B"IBMk6F<8"A6"MV:F6T"

';C<IN"8"8\M<:8XG6"A6"H8M8;X6"AB"I8@@8"B"A6"@<@7BI8"AB">B@7G6"\F6AVW"<;A<:8A6FB@"AB"AB@BI\B;k6"fVB"C8:<M<78I"8">B@7G6T"*@76"8M<8A6"8"7FB<;8IB;76N"I67<E8XG6"A6"\B@@68MN"FB@\B<76"m":VM7VF8"FB><6;8MN"\BFI<7B"FB@VM78A6@"Be\FB@@<E6@"IB@I6"B;7FB"CV;:<6;jF<6@"8;8MC8HB76@"BI"M6:8<@"fVB"8"\6HFBW8"9"78;78"fVB";BI"8":VM7VF8"A6"BI\FB>6"Be<@7BT"%@"H6;@" \F6C<@@<6;8<@" ABEBI" @BF" E8M6F<W8A6@T" KBI" :6I6" 6@" 6V7F6@" AB78MkB@" :6I6"A<@\6;<H<M<A8AB"AB"76A6@"6@"\BF<C9F<:6@N"IjfV<;8@"B"CBFF8IB;78@T"

';C<IN" 8" 8\M<:8XG6" A6"H8M8;X6" AB" I8@@8" B" A6"@<@7BI8" AB" >B@7G6" \F6AVW"<;A<:8A6FB@" AB"AB@BI\B;k6"fVB"C8:<M<78I"8" >B@7G6N" \BFI<7<;A6" 6"8:6I\8;k8IB;76"@<@7BIj7<:6" B" :6;7L;V6N"\FB:<@G6";6"A<8>;?@7<:6"AB"\F6HMBI8@" B" F8\<ABW" ;8@"8XoB@" :6FFB7<E8@T" )6@"C6F;6@" <;7B;@<E6@" BI"IG6"AB" 6HF8" 6" FB@VM78A6" A8"8\M<:8XG6" AB@7B" @<@7BI8" AB" >B@7G6" MBE8" 8" FB@VM78A6@" <I\FB@@<6;8;7B@T" 'eB:V7<E6@" A8"gVB<F6W"38MEG6"U<ABFVF><8"8E8M<8F8I"BI">8;k6"AB"(n#i"I<MkoB@";6"8;6"AB"#PPZT"

?'`"*;!d&9f!'(,'$;,+*:>!,:!,:>:=#:(E+!?+*(+!*;X+!U":():!

O*30(,"iTRS"O'((,$')4,"&'"3'U4.%"Å"4('*),$')4%"'"1,/,1*4,-.%"&'"/'UU%,U"

Page 24: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

#Q""

!

\& $+($<">.+!

'@78";678"79:;<:8"7BI"A<EBF@8@"<;C6FI8XoB@"fVB"\FB:<@8I"@BF"AB@A6HF8A8@"\8F8"8;jM<@B"A6@" C6F;6@" FB78;>VM8FB@" B" \8F8" 8@"IBMk6F<8@" \F6\6@78@" \BM6@" 79:;<:6@" A6" @B76FT" 0I"6Mk8F"I8<@" 8>VA6" @6H"8"?7<:8"A8" 7F8;@I<@@G6"AB" :8M6FN" H8M8;X6@"AB"I8@@8"B"B;BF><8p":6M6:8"BI"AqE<A8"8"\6@@<H<M<A8AB"AB"@V:B@@6"AB"EjF<8@"AB@78@"<;<:<87<E8@T"

/6F" BeBI\M6N" 8" @B:8>BI" Be7BF;8"A8"I8AB<F8N"\BM8" C<>VF8"ZN" EBI6@"fVB"\6V:6"8M<E<8F<8";8"FBAVXG6"A8"ABI8;A8"79FI<:8">M6H8MT",XG6";6"IBMk6F" <@6M8IB;76" A6" C6F;6N" 86"M8A6" AB" IVA8;X8@" ;8" C6FI8" AB"C8WBF" FB@CF<8IB;76N" 7F8F<8" I8<@"HB;BCL:<6@T" UBI" VI8" FBAVXG6" A8"

:8F>8"79FI<:8";G6"@B"7BFj"fV8M<A8AB"A6">j@"\8F8"@V@7B;78F"8"6\BF8XG6"A6"fVB<I8A6FT"4B:;<:8IB;7B";G6"@B"FB:6IB;A8"7F8H8Mk8F":6I">j@":6I"/1*"8H8<e6"AB"#T[PP"z}Y)IR&!

?'`"*;!d&V&f!c;*'gc:'>!U":!'(?<":($';=!(+!*:(,'=:()+!

Page 25: Diagnóstico da eficiência da conversão de biomassa de madeira

25    

Cabe   aos   executivos   e   técnicos   do   setor   tomar   conhecimento   dessas   limitações   e  propor  mudanças  e  atitudes  com  efetiva  capacidade  de  melhoria  do  processo.  Resta,  assim,   a   boa   expectativa   para   que   consigam   obter   toda   a   potencialidade   guardada  nesta  rica  matéria-­‐prima,  que  é  a  madeira.  

 

REFERÊNCIAS  

Kreith,  Frank  –  Princípios  da  Transmissão  de  Calor  –  tradução  da  3ª  edição  americana  por  Yamane,  Eitaro  et  al  -­‐São  Paulo,  Edgar  Blucher,  1977.  

Quern,  Donald  Q.  –  Processos  de  Transmissão  de  Calor  -­‐  Traduzido  por  Adir  M.  Luiz  –  Professor  Adjunto  da  UFRJ  –  Rio  de  janeiro,  Editora  Guanabara  Dois  S.A.,  1980.  

Beglinge,   Edward   R,   Chemical   Engineer   Hardwood-­‐Distillation   Industry   -­‐   No.   738  Revised  February  1956;  Forest  Products  Laboratory,  MADISON  5,  WISCONSIN  —  Forest  Service   U.   S.   Department   of   Agriculture   -­‐  http://ir.library.oregonstate.edu/xmlui/bitstream/handle/1957/929/FPL_738ocr_rev.pdf;jsessionid=67C5BA0E9FFA00CF8D1582499502256E?sequence=1  

Briane,   Dominique   e   Doat,   Jacqueline   –  Guide   Technique   de   la   Carbonisation   –   La  fabrication  du  charbon  de  bois  –  Centre  technique  forestier  tropical,  ÈDISUD  –  1985.  

Horta   Nogueira,   Luiz   Augusto   et   al     Sustainable   charcoal   production   in   Brazil  http://www.fao.org/docrep/012/i1321e/i1321e04.pdf  

Pimenta,  Alexandre   -­‐  Curso  de  atualização  em  carvão  vegetal-­‐  Universidade  Federal  de  Viçosa  –  Depto.  de  Engenharia  Florestal.  2002.    

Pinheiro,  PCC,  Rezende,  MEA  e  Sampaio,  RS  -­‐  A  produção  de  carvão  vegetal:  teoria  e  prática  -­‐  Belo  Horizonte,  2006.  

Oliveira,  A.  C.  et  al.  Viabilidade  econômica  da  produção  de  carvão  -­‐  Floresta,  Curitiba,  PR,  v.  44,  n.  1,  p.  143  -­‐  152,  jan.  /  mar.  2014,  

Rezende,   Maria   Emilia   et   al     -­‐   A   Continuous   Charcoal   Production   -­‐   A   Brazilian  Experience   –   in   A.   V.   Bridgwater   (ed.),   Advances   in   Thermochemical   Biomass  Conversion   ©   Springer   Science+Business   Media   Dordrecht   1993  http://link.springer.com/chapter/10.1007%2F978-­‐94-­‐011-­‐1336-­‐6_101#page-­‐1  

Rezende,   Maria   Emília   –   Calor   da   Reação   de   Pirólise   da   Madeira   Aplicação   aos  Balanços   de  Massa   e   Energia   da   Carbonização   contínua.   Dissertação  de  Mestrado   -­‐  Depto.  Engenharia  Mecânica  da  UFMG  –  1983.  

Rezende,   M.E.,   et   al   -­‐   Dissemination   of   knowledge   and   management   tools   as  transforming   factors   in   the   charcoal   industry   –   in   the   17thEuropean   Biomass  Conference  &  Exhibition  -­‐  From  Research  to  Industry  and  Markets  july  2009,  Hamburg  Germany.