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FAED – Faculdade Educacional de Dois Vizinhos Leocádio Ceresoli Marcos J. Chaves Maurício Meurer Osny Balardini Jr Roni S. dos Santos Thiago L. Veronese DIAGNÓSTICO AMBIENTAL PARA ADEQUAÇÃO DE PROPRIEDADES RURAIS SÍTIO CERESOLI MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIO VORÁ MUNICÍPIO DE NOVA PRATA DO IGUAÇU, PR Diagnóstico ambiental elaborado na disciplina de Projetos Ambientais Rurais como critério parcial de aprovação, sob a orientação do Professor Dr. José Roberto Winckler. Dois Vizinhos, 19 de Abril de 2010

Diagnóstico de Propriedade Rural II

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Diagnósticp ambiental, Propriedade Rural

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Page 1: Diagnóstico de Propriedade Rural II

FAED – Faculdade Educacional de Dois Vizinhos

Leocádio Ceresoli

Marcos J. Chaves

Maurício Meurer

Osny Balardini Jr

Roni S. dos Santos

Thiago L. Veronese

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL PARA

ADEQUAÇÃO DE PROPRIEDADES RURAIS

SÍTIO CERESOLI

MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIO VORÁ

MUNICÍPIO DE NOVA PRATA DO IGUAÇU, PR

Diagnóstico ambiental elaborado na

disciplina de Projetos Ambientais Rurais

como critério parcial de aprovação, sob a

orientação do Professor Dr. José Roberto

Winckler.

Dois Vizinhos, 19 de Abril de 2010

Page 2: Diagnóstico de Propriedade Rural II

2

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4

2. IDENTIFICAÇÃO.......................................................................................................................... 5

2.1 PROPRIEDADE...................................................................................................................... 5

2.2 ROTEIRO DE ACESSO ........................................................................................................... 5

2.2.1 Localização da Propriedade através de Imagem de Satélite........................................ 6

2.2.2 Mapa de Uso do Solo ................................................................................................... 6

2.2.3 Hipsometria (m) ........................................................................................................... 7

2.2.4 Mapa de Declividade (%).............................................................................................. 7

2.3 PROPRIETÁRIO..................................................................................................................... 8

3. DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL DA REGIÃO ................................................. 8

3.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO EM RELAÇÃO AO PAÍS, ESTADO E REGIÃO... 8

3.2 Aspectos gerais da hidrografia .......................................................................................... 10

3.3 Aspectos climáticos do município ..................................................................................... 10

3.4 Situação social demográfica do município........................................................................ 10

3.5 Situação social fundiária do município.............................................................................. 10

3.6 Aspectos da economia local.............................................................................................. 11

3.6.1 Atividades econômicas;.............................................................................................. 11

3.6.2 Principais produtos agropecuários............................................................................. 12

3.6.4 Programas de desenvolvimento estaduais e/ou locais.............................................. 12

3.6.5 Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e/ou Ambiental. ............................ 12

4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA PROPRIEDADE......................................................... 13

4.1 LEVANTAMENTO DO MEIO FÍSICO/QUADRO NATURAL ................................................... 13

5. VEGETAÇÃO EXISTENTE........................................................................................................... 15

6. HIDROGRAFIA E REGIME HÍDRICO .......................................................................................... 16

7. ASPECTOS DA FAUNA EXISTENTE NA PROPRIEDADE.............................................................. 16

8. LEVANTAMENTO DO MEIO FÍSICO / BENFEITORIAS E MELHORIAS ........................................ 16

Page 3: Diagnóstico de Propriedade Rural II

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8.1 REDE VIÁRIA E ELETRICA EXISTENTE ................................................................................. 16

8.2 EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES;........................................................................................... 16

8.3 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS ......................................................................................... 17

9. MEIO SÓCIO-ECONÔMICO E CULTURAL.................................................................................. 17

9.1 Histórico da área considerada:.......................................................................................... 17

9.2 As pessoas ligadas a área e Organização Social ................................................................ 17

9.3 Sistema Produtivo ............................................................................................................. 18

9.4 Atividades Produtivas Não-Agrícolas ................................................................................ 18

10. SITUAÇÃO FINANCEIRA DO AGRICULTOR ............................................................................. 18

11. MEDIDAS PARA READEQUAÇÃO DA PROPRIEDADE.............................................................. 18

11.1 Reformulação do Mapa de Uso e Ocupação do Solo...................................................... 18

11.2 Silvicultura na Propriedade ............................................................................................. 19

11.3 Utilização de águas pluviais............................................................................................. 21

12. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 24

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 25

Page 4: Diagnóstico de Propriedade Rural II

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1. INTRODUÇÃO

O presente estudo objetiva fazer um levantamento planialtimétrico da

área em questão, delimitando suas divisas e mostrando o uso atual do solo,

além de seus aspectos ambientais.

A partir dessas informações, é possível montar um planejamento para

que o produtor rural possa melhorar o modo como utiliza sua propriedade, os

recursos que ela oferece e dessa forma administrar suas ações, possivelmente

aumentando sua renda e ao mesmo tempo agindo em prol do meio ambiente,

proporcionando a ele, à família e à sociedade, melhor qualidade de vida.

É necessário nos dias de hoje fazer com que a propriedade realize

projetos para melhorar o uso e ocupação do solo, aumentando assim a

produtividade. Também é importante utilizar a água das chuvas para fazer

irrigação e para higienização das instalações preservando assim o uso dos

recursos naturais. A silvicultura atualmente mostra-se como uma fonte de

renda auxiliar para o futuro podendo assim ser implementada juntamente com

as áreas de pastagens formando um sistema agrosilvopastoril. As propriedades

rurais devem estar sempre procurando inovar, diminuindo os custos de

produção e aumentando a produtividade com responsabilidade ambiental.

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5

2. IDENTIFICAÇÃO

2.1 PROPRIEDADE

Nome da propriedade: Sítio Ceresoli

Área total: 14,52 ha

Localização: Linha Nova Gaúcha.

Microbacia hidrográfica do Rio Vorá

Município: Nova Prata do Iguaçu, Estado do Paraná, BRASIL

2.2 ROTEIRO DE ACESSO

Saindo da cidade de Nova Prata do Iguaçu pela Avenida Iguaçu, usa-se a

Rodovia PR-180 em direção a Usina Hidrelétrica de Salto Caxias. Após

percorrer 2 km, entrar à direita para chegar à sede da propriedade.

Figura 01: Mapa de acesso até a propriedade

Fonte: Google Maps

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6

2.2.1 Localização da Propriedade através de Imagem de Satélite

Figura 02: Mapa da área da propriedade Fonte: Google Earth

2.2.2 Mapa de Uso do Solo

Figura 03: Mapa de uso do solo

Fonte: Coleta com GPS particular

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7

2.2.3 Hipsometria (m)

Figura 04: Mapa hipsométrico

Fonte: Coleta com GPS particular

2.2.4 Mapa de Declividade (%)

Figura 05:Mapa de declividade do terreno

Fonte: Coleta com GPS particular

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8

2.3 PROPRIETÁRIO

Nome: Celso Ceresoli

CPF: 123.456.789-00

Posse da terra: Proprietário

Endereço do proprietário: Linha Nova Gaúcha

Endereço: Rodovia PR 180.

CEP: 85685-000

Telefone/e-mail/CP: (46) 3545 - 2185

Cidade: Nova Prata do Iguaçu, PR

3. DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL DA REGIÃO

3.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO EM RELAÇÃO AO PAÍS, ESTADO E REGIÃO

O município de Nova Prata do Iguaçu situa-se no interior do estado do

Paraná (Figura 6) em relação ao Brasil.

Figura 06: Localização do Paraná em relação ao Brasil

Fonte: www.wikipedia.org

Page 9: Diagnóstico de Propriedade Rural II

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Nova Prata do Iguaçu esta inserida na região sudoeste do Paraná,

fazendo divisa com o Norte do Estado de Santa Catarina e com o Nordeste da

República Argentina (Figura 7)

Figura 07: Localização do Sudoeste em relação ao Paraná

Fonte: www.wikipedia.org

O Município de Nova Prata do Iguaçu situa-se entre a região sudoeste e

oeste do estado do Paraná. (Figura 8)

Figura 08: Localização de Nova Prata do Iguaçu em relação ao Paraná

Fonte: www.wikipedia.org

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3.2 Aspectos gerais da hidrografia O município de Nova Prata do Iguaçu esta inserida no na bacia do Rio

Iguaçu.

“A bacia do rio Iguaçu apresenta-se como uma das mais

importantes do estado do Paraná, na medida em que seu rio principal

atravessa a maior parte do estado na direção Leste-Oeste, desaguando

no rio Paraná”. (SANTOS, 2005 p. 72)

3.3 Aspectos climáticos do município O município de Nova Prata do Iguaçu possui clima do tipo Cfa (subtropical),

que caracteriza-se por ter chuvas bem distribuídas, sem estação seca, verões

rigorosos, geadas menos frequentes, médias térmicas entre 17ºC e 19ºC e

ocorre em altitudes inferiores a 850m.

Possui precipitação média em torno de 2.000mm/ano.

3.4 Situação social demográfica do município

O município possui 11.615 habitantes, sendo que destes 4.171(36%)

residem na área urbana e 7.444(64%) na área rural.

3.5 Situação social fundiária do município

O município de Nova Prata do Iguaçu é composto, além de seu território

urbano, por 1079 terras próprias, 201 terras arrendadas, 121 em parceria e 66

ocupadas.

Áreas cujo tamanho corresponde até 10ha somam 693 propriedades; de 10

a 20ha: 388; de 20 a 50ha: 287; de 50 a 100ha: 65; de 100 a 200ha: 19; de 200

a 500ha: 10; de 500 a 1000ha: 5 e de 1000 a 2000ha: 1.

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11

propriedades rurais Nova Prata do Iguaçu

47,21%

26,43%

19,55%

4,43%

1,29%

0,68%

0,41%

menor que 10ha

10 a 20ha

20 a 50ha

50 a 100ha

100 a 500ha

500 a 1000ha

mais que 1000ha

Figura 09: Gráfico de propriedades rurais.

Fonte: IBGE

3.6 Aspectos da economia local A economia do Município de Nova Prata do Iguaçu é caracterizada pela

agricultura familiar, agropecuária, indústria e serviços.(IPARDES, 2009).

3.6.1 Atividades econômicas;

As principais atividades econômicas desenvolvidas pelo Município de

Nova Prata do Iguaçu dividem-se em: Agricultura, silvicultura, criação de

animais, extração vegetal e pesca, comércio atacadista, instituições de crédito,

serviços médicos, odontológicos e veterinários (IPARDES, 2009).

Page 12: Diagnóstico de Propriedade Rural II

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3.6.2 Principais produtos agropecuários

Os principais produtos agropecuários explorados no Município de Nova

Prata do Iguaçu atualmente são: leite, soja, milho, trigo, feijão, mandioca,

silvicultura, suinocultura, avicultura e gado de corte. (IPARDES 2009)

3.6.4 Programas de desenvolvimento estaduais e/ou l ocais

Existem programas estaduais que fornecem linhas de crédito para os

agricultores para a aquisição de máquinas e equipamentos. Entre eles está o

programa de Governo do Estado do Paraná com o Trator Solidário que

proporciona taxas de juro menores que o praticado no mercado. A linha Pronaf

de financiamentos junto aos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e o

Programa Mais Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Agrário para

maquinas e equipamentos.

3.6.5 Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e/ou Ambiental.

A secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Nova Prata do Iguaçu

juntamente com a administração municipal desenvolve programas relacionados

a atividades agropecuárias e Meio Ambiente. Entre eles estão o Programa

Balde Cheio destinado aos agricultores que se dedicam a produção de leite no

município. Esses recebem assistência técnica para o melhoramento de

pastagens, assistem palestras e fazem visitas a diferentes propriedades. Junto

a esse programa existe outro paralelamente, do qual trata de Bebedores

Ecológicos para os animais. São fornecidos palanques e arames para o

produtor rural cercar as nascentes de água impedindo que os animais tenham

acesso. A água é levada através de mangueiras para recipientes que então os

animais possam saciar a sede sem provocar contaminação e desperdício.

Em Março de 2009 é lançado o Programa Porteira Adentro onde os

produtores que comprovarem a compra de mercadorias no município de Nova

Prata do Iguaçu através de notas fiscais poderão trocar estas notas por

Page 13: Diagnóstico de Propriedade Rural II

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hora/máquina para melhorias na propriedade. Este programa vai disponibilizar

de máquinas que passarão em cada comunidade do município trabalhando em

cada uma das propriedades seguindo um cronograma, fazendo cascalhamento,

conservação de estradas e práticas para a conservação do solo dentro das

propriedades. Não haverá deslocamento dessas máquinas para outros fins

enquanto que o restante do maquinário da prefeitura continuará com a

conservação das estradas principais e outras obras de interesse social.

(PEREIRA 2009)

4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA PROPRIEDADE

4.1 LEVANTAMENTO DO MEIO FÍSICO/QUADRO NATURAL

Figura 10 – Uso atual do Solo

Na determinação do levantamento do meio físico elaborou-se o mapa

(croqui) de uso atual, separando as diferentes classes de capacidade de uso

do solo, conforme a figura 10, e após chegou-se ás conclusões enumeradas na

tabela 1 para cada gleba da propriedade.

Page 14: Diagnóstico de Propriedade Rural II

Talhões e suas características

GLEBA Fertilidade Profund. Permeab. Decliv.(%) Pedreg.(%) Drenagem Eros. Laminar

Erosão em Sulcos

Tipo de

Solo Uso Atual Uso

Recomendado

01 Baixa 0,5-0,25 Lenta 10-20 20-50 Fraca 5-15 Rasos frequentes

IV Pastagem Pastagem com práticas simples

02 Média <2 Rápida 10-20 <1 Fraca 5-15 Rasos frequentes

II Lavoura Lavoura com práticas simples

03 Média <2 Moderada 5-10 Sem pedras

Fraca 5-15 Rasos ocasionais

VII Floresta e pastagem

Floresta

04 Baixa <2 Lenta 0-2 Sem pedras

Fraca 5-15 Inexistente III Sede e benfeitorias

Lavoura com práticas intensas

05 Média <2 Moderada 5-10 Sem pedras

Fraca 5-15 Inexistente II Pastagem Lavoura com práticas simples

06 Alta <2 Moderada 0-2 Sem pedras

Fraca 25 Inexistente I Horticultura Lavoura sem restrições

07 Média <2 Moderada 10-20 Sem pedras

Adequada 25 Inexistente II Lavoura Lavoura com práticas simples

08 Média <2 Lenta 20-40 1-10 Adequada 25 Rasos ocasionais

III Floresta Lavoura com práticas intensas*

09 Alta <2 Moderada 10-20 Sem pedras

Adequada 25 Rasos ocasionais

II Lavoura Lavoura com práticas simples

10 Média <2 Lenta 5-10 Sem pedras

Adequada 5-15 Rasos ocasionais

II Floresta Lavoura com práticas simples*

Tabela 1 – Talhões e suas Características *Essa área está averbada como reserva legal da propriedade.

Page 15: Diagnóstico de Propriedade Rural II

Conforme mostrado nas características de cada talhão, a propriedade

apresenta as seguintes classes de capacidade de uso do solo:

CLASSE I: formada por terras que não têm limitações ao aparentes ao uso ou

riscos de depauperamento e que podem ser utilizadas segura e

permanentemente para culturas anuais. As terras desta classe, não necessitam

de práticas de controle à erosão e/ou de melhoramento, devendo serem

usadas apenas as práticas de manutenção.

CLASSE II: formada por terras que têm limitações moderadas ao uso. Estão

sujeitas a riscos moderados de depauperamento, requerendo práticas simples

de controle àerosão e de melhoramento, para assegurar o uso agrícola.

CLASSE III: formada por terras com fortes limitações ao uso. Estão sujeitas a

severos riscos de depauperamento, requerendo medidas intensivas e

complexas de conservação do solo e da água, para poderem ser cultivadas

segura e permanentemente com culturas anuais adaptadas.

CLASSE VI: formada por terras impróprias para culturas anuais, mas

adaptadas para pastagens e/ou reflorestamentos com moderados problemas

de conservação, podendo ser utilizadas em casos especiais, para culturas

perenes, que sejam protetoras do solo.

CLASSE VII: formada por terras que, por estarem sujeitas a muitas limitações

permanentes, além de serem impróprias para culturas anuais, apresentam

severas limitações, mesmo para as permanentes, que são protetoras do solo,

como pastagens e florestas.

5. VEGETAÇÃO EXISTENTE

É cultivada soja, milho, aveia de inverno e de verão e cana-de-açúcar; Existe

um pequeno pedaço de vegetação secundária, cerca de 1 (um) ha; A área de

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16

preservação permanente encontra-se semi-degradada, porém em estágio de

recuperação; A área de reserva legal encontra-se em estágio avançado.

6. HIDROGRAFIA E REGIME HÍDRICO

A área da propriedade está situada na Mesobacia Hidrográfica do Rio

Iguaçu pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio Vorá.

7. ASPECTOS DA FAUNA EXISTENTE NA PROPRIEDADE

São encontradas algumas espécies de aves como pombos, bem-te-vis,

beija-flores, gaviões, entre outros. Cobras e lagartos são encontrados

esporadicamente.

Quanto aos mamíferos, tatus, morcegos, raposas e gatos do mato são

avistados com freqüência.

8. LEVANTAMENTO DO MEIO FÍSICO / BENFEITORIAS E MELHORIAS

8.1 REDE VIÁRIA E ELETRICA EXISTENTE

A única rede viária encontrada na propriedade é a rodovia PR 180, que a

corta ao meio.

8.2 EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES;

A propriedade possui um barracão de 20x12m servindo como garagem,

paiol, estábulo, chiqueiro e galinheiro.

Casa mista com tamanho de 10x11m e porão com tamanho de 8x11m.

Page 17: Diagnóstico de Propriedade Rural II

17

8.3 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS

Quadro 01: Equipamentos da propriedade

TIPO QUANTIDADE CONSERVAÇÃO Trator 3 Ótima Arado de disco 1 Boa Grade 2 Regular Batedor de cereais 1 Boa Carreta agrícola 1 Boa Plantadeira Tatu 8/4 1 Boa Escarificador 2 Boa Pulverizador jato AMD 1 Ótima Ordenhadeira 1 Boa

9. MEIO SÓCIO-ECONÔMICO E CULTURAL

9.1 Histórico da área considerada:

Os proprietários da área, Sr. Celso Ceresoli e Sra. Izabel R. Ceresoli,

chegaram em meados de 1980, onde adquiriram parte da propriedade e, com o

tempo, compraram a área que a compõe hoje.

Estas pessoas sempre viveram da agricultura e pecuária, sendo sua única

fonte de renda.

9.2 As pessoas ligadas a área e Organização Social

São quatro os ocupantes da casa, sendo que os mais jovens possuem

idade de 19 e 28 anos, e seus pais com idade de 55 e 54 anos.

Nenhum deles é beneficiado em termos de aposentadoria ou outros

benefícios periódicos do governo, apenas com os programas agrícolas.

Page 18: Diagnóstico de Propriedade Rural II

18

9.3 Sistema Produtivo

O sistema produtivo adotado na propriedade é o de agricultura familiar,

englobando todos os membros da família, assim como acontece na maior parte

das propriedades da região.

9.4 Atividades Produtivas Não-Agrícolas

Prestação de serviços de plantio, gradeamento, aração, subsolagem,

pulverização, entre outros. Embora estejam ligados ao setor agrícola, este

serviço é feito para terceiros, não tendo relação com a produtividade da

propriedade em questão.

10. SITUAÇÃO FINANCEIRA DO AGRICULTOR

Possui vínculo com programas governamentais diretamente ligados ao

setor agrícola como PRONAF, Mais Alimentos do Ministério do

Desenvolvimento Agrário e financiamentos do Banco do Brasil.

11. MEDIDAS PARA READEQUAÇÃO DA PROPRIEDADE

O trabalho consistiu em visitas à propriedade e verificação dos principais

problemas existentes. Como forma de aumentar a rentabilidade da propriedade

e o padrão de vida dos moradores definiu-se como atitudes a serem tomadas a

reformulação do mapa de uso e ocupação do solo, a captação da água pluvial

e o plantio de eucalipto para renda futura.

11.1 Reformulação do Mapa de Uso e Ocupação do Solo

Dados levantados de GPS auxiliaram na elaboração do atual mapa de

uso e ocupação do solo, com as informações em mãos dividiu-se a área em

talhões e elaborou-se a classe de capacidade de uso do solo de cada talhão.

Depois de analisadas as informações chegou-se a conclusão de que

Page 19: Diagnóstico de Propriedade Rural II

19

para os talhões 01, 02, 04, 07, 09 e 10 não deve haver alterações quanto ao

uso do solo, pois estes estão adequados. Desde que utilizadas práticas

conservacionistas, o atual modelo de uso para esses talhões está correto.

Para o talhão 03 deve-se vetar a utilização da área como pastagem e

recomenda-se a silvicultura, como será detalhada posteriormente.

Para o talhão 05 a melhor utilização é a lavoura, porém torna-se inviável,

pois a propriedade necessita de uma área de pastagem para a criação de gado

de leite, o que complementa a renda da família.

O talhão 06 poderia ser utilizado para lavoura, mas pela sua pequena

área ela continuaria a ser utilizada para o plantio de hortaliças e leguminosas

para a alimentação da família.

O talhão 08 é a área de reserva legal da propriedade, não podendo ser

alterada.

11.2 Silvicultura na Propriedade O talhão 03, como proposto anteriormente, pode ter um melhor

aproveitamento sendo utilizado para a silvicultura, mais especificamente o

plantio de eucalipto.

Page 20: Diagnóstico de Propriedade Rural II

20

O termo silvicultura provém do Latim silva (floresta) e cultura (cultivo de

árvores), considera-se como sendo o conjunto de todas as medidas para

incrementar o rendimento econômico das árvores até se alcançar um nível que

se permita o manejo sustentável (Ribeiro et al, 2002). A área desse talhão é de

1,12 há, sendo que toda sua extensão pode ser utilizada para tal prática.

Para atender a demanda atual de produtos florestais, tem aumentado a

área plantada com florestas puras, sendo que, em vários países, e em especial

no Brasil, essas florestas têm sido estabelecidas com espécies do gênero

eucalyptus, cujos materiais genéticos são adaptados a diferentes condições

ambientais.

O cultivo do eucalipto tem sido amplamente utilizado para fins de

produção de papel e celulose, energia, madeira para serraria, dentre outros,

em razão da grande diversidade de espécies e de usos, elevada taxa de

crescimento e, capacidade de regenerar-se por brotação a partir da cepa e ser

manejada em várias rotações.

O mercado alvo para a comercialização de eucalipto é servir como lenha

para empresas que utilizam caldeiras, como cerealistas. Por isso foi escolhida

a espécie eucalyptus grandis por ser uma espécie que fornece grande

quantidade de lenha em curto prazo, possuir grande disponibilidade dessa

espécie e melhor adaptação em nossa região.

A literatura indica que o espaçamento entre linhas deve ser de 2,5m e

entre árvores de 2,5m, sendo 1600 mudas por ha, totalizando 1792 árvores nos

1,12 ha da área em questão.

Para uma área desse tamanho recomenda-se o plantio manual, que

consiste em balizamento e alinhamento, abertura de covas, distribuição de

mudas e plantio propriamente dito.

Depois de plantado, é necessária limpeza periódica através das capinas

entre linhas e por roçadas. A prevenção ao ataque das formigas cortadeiras

deve ser realizada constantemente, através da vigilância e do combate na fase

de preparo do solo, na qual a localização e o próprio combate são facilitados.

Serão utilizadas iscas granuladas nos caminhos e olheiros e pulverização de

inseticidas.

Page 21: Diagnóstico de Propriedade Rural II

21

O replantio deverá ser realizado num período de trinta dias após o plantio,

sendo que normalmente a sobrevivência é inferior a 90%.

Os desbastes são cortes parciais realizados em povoamentos imaturos,

com o objetivo de estimular o crescimento das árvores remanescentes e

aumentar a produção da madeira utilizável.

A condução dos talhões de eucalipto geralmente é realizada para corte

aos cinco, dez e quinze anos.

Quando o povoamento de eucalipto atinge a idade para o primeiro corte,

deve-se efetuar a limpeza do local para facilitar os trabalhos de corte e retirada

da madeira. O corte deverá ser chanfrado a 5 cm acima do solo.

A produção média estimada é de 300m3 por ha, sendo a produção da

área total de 336m3. O faturamento total estimado é de R$11.760,00.

11.3 Utilização de águas pluviais

A preservação da qualidade a água constitui, hoje, um dos principais

desafios da humanidade. Sabe-se que a água é um recurso renovável, porém,

grande parte é água salgada, em forma de gelo ou ainda, está poluída.

Segundo OLIVEIRA (2004, p.351) “a água é um dos mais importantes

elementos da natureza. Ela se reveste de um caráter de imprescindibilidade,

pois, sem a sua presença não há vida, muito menos possibilidade de as

pessoas adquirirem riquezas. ’’ Na propriedade rural, sua importância não é

menor, sendo utilizada na dessedentação dos animais, limpeza de instalações,

irrigação entre outros usos que exigem respectivamente certo nível de

qualidade da água.

O sistema de captação de águas pluviais é uma das alternativas para a

redução da escassez de água e conservação dos mananciais. Deve-se levar

em consideração que a água da chuva deve ser utilizada para usos menos

nobres, não podendo ser consumida diretamente pelo homem sem prévio

tratamento.

A propriedade em estudo é composta pelas seguintes benfeitorias:

Barracão de 20 m x 12 m e casa de 10 m x 11 m, totalizando 350 m2 de área

Page 22: Diagnóstico de Propriedade Rural II

22

construída que servirá para captação da água. Considerando a precipitação

média anual de 2000 mm, teremos uma captação anual de 700m3 de água.

Para o projeto em questão sugere-se uma cisterna de tijolos de

capacidade de 15.000 litros, necessitando dos seguintes materiais e

respectivos valores estimados para sua construção:

Quantidade Material Preço unitário Preço total

4.000 tijolo 0,025 100,00

15 saco de cimento 7,80 117,00

10 saco de cal 2,20 22,00

0,5 m³ brita/seixo 70,00 35,00

48 kg de ferro 1/4" 1,00 48,00

Total 322,00

6 dias de pedreiro e servente

15,00 90,00

Total 412,00

Devem ser observados alguns fatores importantes para a qualidade da água pluvial, tais como: • A área de captação deve ser conservada limpa, impermeabilizada, feita com

material não tóxico e livre de fissuras e vegetações;

•Um sistema de filtragem deverá ser implementado antes da água entrar na

cisterna;

• Para evitar entrada de animais na cisterna, deve-se colocar proteções em

todas as entradas do tanque;

• O tanque deve ser mantido fechado impedindo a entrada de iluminação para

evitar o crescimento de algas e microorganismos e sua proliferação;

• Periodicamente deve-se realizar a limpeza de calhas, telas e outros materiais

que compõem o sistema de captação;

• Não deve ser realizado o consumo direto da água do tanque sem qualquer

tratamento após a primeira precipitação;

• Deve-se evitar misturar a água captada da chuva com outras fontes de água.

Page 23: Diagnóstico de Propriedade Rural II

23

Para uma melhor qualidade da água captada é recomendado o descarte dos

primeiros milímetros de água de chuva devido à concentração de poluentes

tóxicos na atmosfera de áreas urbanas como o dióxido de enxofre (SO2) e o

óxido de nitrogênio (NO), além da poeira e fuligem acumulada nas superfícies

coletoras (calhas e cobertura).

Fica evidente que o sistema de captação de águas pluviais apresentado

apresenta baixo custo de implantação e sua utilização representa garantia no

abastecimento da propriedade principalmente em períodos de estiagem.

Page 24: Diagnóstico de Propriedade Rural II

24

12. CONCLUSÃO

Para um melhor uso e ocupação do solo das propriedades rurais é

necessário que se elabore projetos objetivando sempre a maximização dos

lucros das propriedades. Também são necessários projetos que utilizem os

recursos naturais de forma sustentável e que não agridam o meio ambiente. A

utilização de água das chuvas se mostra como uma interessante forma de

maximizar o uso da água. A geração de renda nas propriedades rurais se faz

necessária. A implementação de sistema agrosilvopastoril melhora o uso e

ocupação do solo. A sombra das arvores serve para abrigo do gado em

períodos de forte insolação e no futuro uma excelente fonte de renda. Também

pode-se usar a madeira na propriedade para construções e como forma de

lenha.

Page 25: Diagnóstico de Propriedade Rural II

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13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

www.wikipedia.org Acesso em 20 de Março de 2010

www.maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl Acesso em 20 de Março de

2010.

www.ibge.gov.br Acesso em 20 de Março de 2010.

SANTOS, Edelso dos - MAPEAMENTO DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DA

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JIRAU MUNICÍPIO DE DOIS VIZINHOS –

PARANÁ – Curitiba, 2005

IPARDES Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social –

Caderno Estatístico – Município de Nova Prata do Iguaçu, Novembro 2009.

PEREIRA, Mauricio, Secretário de Agricultura do Município de Nova Prata do

Iguaçu, Nova Prata do Iguaçu, 2009.

OLIVEIRA, Celso Maran, Instrumentos da Política Nacional de Recursos

Hídricos do Brasil in Bacia Hidrográfica: Diversas Abordagens em Pesquisa -

Ed. RIMA, São Carlos: 2004.