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DIAGNÓSTICO DE UM PROCESSO DE SERVIÇO HOSPITALAR UTILIZANDO A ÁRVORE DA REALIDADE ATUAL E O FMEA: UM ESTUDO DE CASO VANESSA PATZLAFF BRANDOLF (U) [email protected] Isaac Pergher (U) [email protected] Um dos principais fatores que motivam a satisfação dos clientes quando ocorre a busca por serviços hospitalares é a rapidez na informação confiável. Frente a essa questão, este estudo apresenta uma análise do processo de autorização de Radiioterapia feita por meio das metodologias FMEA de Processo e a Árvore da Realidade Atual (ARA). A utilização destas metodologias ocorre na seguinte ordem: primeiramente é construída a ARA tendo como meta, a identificação das possíveis “causas- raiz” e também, dos elementos secundários que formam o elo de ligação entre o problema focal e a causa-raiz. No segundo momento, as informações geradas com o desenvolvimento da ARA, são utilizadas no FMEA. Cabe ressaltar que essas informações não seguem uma ordem específica de alocação dos diferentes campos do FMEA. O uso da metodologia FMEA tem por objetivo, identificar os modos de falha que contribuem para que o processo permita o início do tratamento de Radioterapia sem a autorização prévia do convênio de saúde onde o paciente é associado. Os principais resultados refletem na construção de ações que objetiva eliminar ou reduzir os modos de falhas. Palavras-chaves: Árvore da Realidade Atual, FMEA, Autorização XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

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DIAGNÓSTICO DE UM PROCESSO DE

SERVIÇO HOSPITALAR UTILIZANDO A

ÁRVORE DA REALIDADE ATUAL E O

FMEA: UM ESTUDO DE CASO

VANESSA PATZLAFF BRANDOLF (U)

[email protected]

Isaac Pergher (U)

[email protected]

Um dos principais fatores que motivam a satisfação dos clientes quando

ocorre a busca por serviços hospitalares é a rapidez na informação

confiável. Frente a essa questão, este estudo apresenta uma análise do

processo de autorização de Radiioterapia feita por meio das metodologias

FMEA de Processo e a Árvore da Realidade Atual (ARA). A utilização

destas metodologias ocorre na seguinte ordem: primeiramente é

construída a ARA tendo como meta, a identificação das possíveis “causas-

raiz” e também, dos elementos secundários que formam o elo de ligação

entre o problema focal e a causa-raiz. No segundo momento, as

informações geradas com o desenvolvimento da ARA, são utilizadas no

FMEA. Cabe ressaltar que essas informações não seguem uma ordem

específica de alocação dos diferentes campos do FMEA. O uso da

metodologia FMEA tem por objetivo, identificar os modos de falha que

contribuem para que o processo permita o início do tratamento de

Radioterapia sem a autorização prévia do convênio de saúde onde o

paciente é associado. Os principais resultados refletem na construção de

ações que objetiva eliminar ou reduzir os modos de falhas.

Palavras-chaves: Árvore da Realidade Atual, FMEA, Autorização

XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente.

São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010.

2

1. Introdução

Em processos de serviços hospitalares, um dos principais elementos que contribuem com

a satisfação dos clientes em relação aos serviços prestados é a agilidade/confiabilidade na

informação fornecida ao paciente e/ou familiar. Quando a organização hospitalar informa ao

paciente que seu plano de saúde não cobre os custos do tratamento, no mesmo instante que o

serviço é requisitado, esta situação atribui a decisão de pagamento pelo serviço para o solicitante,

que será feita em modo particular. Entretanto, se a informação da não autorização do tratamento

ocorre durante ou então, no final do tratamento, questões relativas à insatisfação e atrasos no

pagamento são despertadas.

Neste sentido, o contexto deste estudo refere-se ao processo dos pacientes que procuram

tratamento Médico de Radioterapia no COR (Centro de Oncologia Radioterápica). Atualmente,

ocorrem casos onde o paciente inicia o tratamento sem que o serviço solicitado receba a

autorização prévia do convênio ao qual o paciente é associado, para sua efetivação. Por causa

dessa falha no processo de “Autorização de Radioterapia” pode ocorrer o atraso no envio da

conta ao convênio, gerando atraso nos recebimentos dos valores referente aos serviços recebidos

pelo paciente com impacto na sustentabilidade do serviço. Também existem situações em que o

convênio firmado entre a operadora do plano de saúde e o paciente, não cobrem os custos de

alguns procedimentos específicos.

Além das perdas provocadas pelo atraso no recebimento dos créditos, ocorre a

insatisfação por parte dos pacientes em relação ao esclarecimento de informações prévias. Faz-se

necessário a adoção de meios que possibilitem ao serviço informar, com antecedência, o paciente

e/ou familiar da não cobertura do tratamento proposto, o que possibilitará a escolha pelo

pagamento particular do tratamento ou busca de um serviço credenciado para realização de tal

procedimento.

Diante dos elementos apresentados nos parágrafos anteriores, a pesquisa relata a

utilização das metodologias Failure Mode Effect Analysis (FMEA) e Árvore da Realidade Atual

(ARA), de forma conjunta e complementar, objetivando definir as variáveis que mais impactam

no problema “início do tratamento de Radioterapia sem a autorização prévia do convênio”. A

utilização destas metodologias ocorre na seguinte ordem: primeiramente é construída a ARA

(Árvore da Realidade Atual) tendo como meta, a identificação das possíveis “causas-raiz” e

também, dos elementos secundários que formam o elo de ligação entre o problema focal e a

causa-raiz. No segundo momento, as informações geradas com o desenvolvimento da ARA, são

utilizadas no FMEA. Cabe ressaltar que as informações obtidas com o uso da ARA, não seguem

uma ordem específica de alocação dos diferentes campos do FMEA. O uso da metodologia

FMEA tem por objetivo, identificar o principal “modo de falha” no processo de autorização que

mais contribui para a ocorrência do problema, por meio do cálculo do RPN. Neste estudo, são

desenvolvidas propostas de melhoria com base nas informações geradas por meio do RPN e pelo

grau de Severidade existente, visando reduzir/eliminar as perdas derivadas do problema focal,

melhorando o nível de satisfação dos clientes em relação à instituição pesquisada e a agilidade no

serviço prestado.

3

A justificativa da realização desta pesquisa refere-se à melhoria da qualidade do processo

de autorizações do tratamento de Radioterapia, o qual impacta diretamente na qualidade

percebida pelo cliente.

2. Metodologia de Pesquisa

Neste artigo, usa-se como estratégia metodológica o Estudo de Caso. Segundo Yin

(2001), ao utilizar essa abordagem, se obtém uma vantagem distinta quando se faz uma questão

do tipo “como” ou “por que” acerca de um conjunto contemporâneo de acontecimentos, a

respeito dos quais o pesquisador tem pouco ou nenhum controle.

No que diz respeito aos objetivos, o trabalho pode ser classificado como exploratório e

foca no uso do FMEA de Processo e da Árvore da Realidade Atual, como ferramentas auxiliares

na determinação dos “modos de falha” pertencentes ao processo de Autorização de Radioterapia,

ocorrendo em algumas situações, a permissão do início do tratamento, sem a devida liberação do

convênio em que o paciente é associado. No que tange às informações geradas pela utilização

destas metodologias, destaca-se a possibilidade da construção de ações de contenção/eliminação

dos modos de falha mais significantes e assim, as perdas derivadas do problema analisado nesta

pesquisa podem ser minimizadas.

3. Análise dos Modos de Falha e Efeitos (FMEA – Failure Mode and Effect Analysis)

Para Helman e Andery (1995), o FMEA é conceituado como uma técnica de análise de

projetos (de produtos ou processos, industriais e/ou administrativos) usada para identificar todos

os possíveis modos potenciais de falha, bem como, determinar o efeito de cada modo sobre o

desempenho do sistema estudado (produto ou processo), frente a um raciocínio dedutivo.

Alguns exemplos de aplicação desta metodologia são apresentados a seguir: i) Zambrano

e Martins (2007) aplicaram o método FMEA para avaliação do risco ambiental durante o

processo produtivo de empresas de pequeno porte. Os estudos de caso foram realizados em seis

empresas de pequeno porte da cidade de São Carlos - SP pertencem aos setores: metal mecânico,

alimentício, têxtil, de plásticos, uma empresa de kits para diagnóstico em laboratórios de análises

clínicas e uma marmoraria; ii) Rosa e Garrafa (2009) utilizaram o FMEA como ferramenta

auxiliar no desenvolvimento de uma metodologia para priorizar modos de falha e seus efeitos

associados, visando determinar ações preventivas para aperfeiçoar processos no cultivo agrícola

de canola, com foco no subprocesso colheita; iii) Roos, João e Rosa (2008) desenvolveram um

modelo para gestão de riscos ocupacionais, através da utilização da ferramenta FMEA e modelo

de gestão de processos, o qual foi testado e validado em um estudo de caso, mais especificamente

em uma empresa distribuidora de combustíveis; iv) Rotondaro (2002) desenvolveu um modelo

denominado SFMEA (Análise do Efeito e Modo da Falha em Serviços), o qual visa prevenir a

ocorrência de falhas durante a produção dos serviços, sendo este, desenvolvido a partir da técnica

FMEA; e v) Chen (2007) propõe a utilização do FMEA de forma sinérgica com a metodologia de

Interpretive structural model, a qual fornece um índice quantitativo denominado UPN, que pode

ser utilizado em paralelo ao RPN, para seqüenciar ações de melhoria. Em ambientes hospitalares,

o FMEA tem sido utilizado como ferramenta de auxílio no desenvolvimento de ações de

melhoria e também na gestão dos riscos envolvidos nos processos. Nesta linha, se destacam os

seguintes estudos: i) Spath (2003); ii) Paparella (2007); e iii) Trucco e Cavallin (2006).

4

Nesta pesquisa, será utilizado o FMEA de Processo, que conforme Aguiar e Salomon

(2007), é conceituado como um método analítico para detectar e eliminar problemas potenciais

de forma sistemática e completa, sendo este, utilizado pela equipe responsável pela manufatura,

tendo como finalidade a avaliação dos modos de falha do processo, bem como suas causas e

mecanismos de controle.

Com base nos elementos severidade, ocorrência e detecção, o método FMEA leva à

priorização de quais modos de falha acarretam os maiores riscos ao cliente e que, portanto,

merecem atenção (FERNANDES e REBELATO, 2006).

3.1. Estrutura do FMEA

A estrutura do FMEA pode variar conforme cada organização que aplica essa técnica. No

entanto, as modificações feitas promovem sinergias com outros métodos, mantendo o escopo

central de aplicabilidade. A estrutura base do FMEA é apresentado na Figura 1.

Figura 1 – Estrutura do FMEA. Fonte: Adaptado de Paladay (1997).

O conceito de cada elemento pertencente à estrutura apresentada na Figura 1 será relatado

a seguir (PALADAY, 1997): No “Cabeçalho” são descritas as seguintes informações: i) do que se

trata o FMEA; ii) quais os integrantes da equipe; iii) quais as influências que motivaram este

desenvolvimento; iv) data de início; v) responsáveis; iv) qual é o produto, processo ou serviço

que será analisado; e vii) outras informações que a organização julgar necessária. Na coluna

“Funções”, são relatados os papéis que o projeto, processo, ou serviço deve fazer para satisfazer

os clientes. No campo referente aos “Modos de Falha”, é descrito a maneira de como o projeto,

processo ou serviço deixa de desempenhar cada um dos papéis (tarefas a serem feitas para

satisfazer as expectativas dos clientes) descritos anteriormente na coluna “Funções”. É ponderada

a maneira pela qual o elemento estudado por vir a fracassar na sua função estabelecida.

Posteriormente, são analisados e descritos na coluna “Efeitos”, as conseqüências da ocorrência

dos “Modos de Falha” abordados. Neste estudo, a avaliação é feita utilizando a escada descrita no

Quadro 1.

Classe Efeito (Severidade do Efeito no processo de

autorização de Radioterapia)

10 Não envio para o convênio

Não é desencadeado o processo de autorização

para o convênio

Atraso no início do tratamento do paciente

5

Início do tratamento sem a

resposta do convênio

Paciente inicia o tratamento sem a autorização

Paciente não tem a certeza de que seu

procedimento será autorizado

9 Atraso no envio do plano para o

convênio

Demora da resposta do convênio

8 Aumento do tempo que o paciente aguarda para

iniciar o tratamento

7 Atraso na resposta do convênio Atraso do início do tratamento do paciente

6 Gerar ponto de auditoria Mais um processo a ser incorporado gerando

aumento do leadtime

5 Retrabalho das atividades Aumento do leadtime do processo

4 Pessoa para cobrar novamente o

preenchimento

Aumento das atividades do profissional

Atraso no envio do plano para o convênio

Quadro 1 – Escala de Severidade. Fonte: Adaptado do Manual FMEA 4º edição.

Na coluna “Causas” são listadas todas as causas ou razões possíveis que poderiam resultar

no modo de falha descrito na coluna “Modo de Falha”. São listados na seção “Ocorrências” a

freqüência com que ocorre o modo de falha, sendo possível a utilização de históricos de

acontecimentos, bases de dados, entre outros, para uma melhor análise. Duas questões podem

auxiliar nesta etapa: i) “com que freqüência o modo de falha ocorrerá” e ii) “com que freqüência

a causa do modo de falha ocorrerá”. Para esta questão, existem tabelas que contribuem na seleção

de valores para a Ocorrência, a partir de um padrão de freqüência e uma escala pré-definida. O

Quadro 2 apresenta a escala de Ocorrência utilizada no desenvolvimento do FMEA.

Os tipos de controles/sistemas a serem empregados, visando detectar cada modo de falha,

são descritos no campo “Controles”. A “Detecção” é definida, com base nos controles planejados

ou utilizados, qual a probabilidade de detectar o modo de falha. O Quadro 3 ilustra a escala de

Detecção utilizada neste trabalho, visando auxiliar na determinação dos índices para cada modo

de falha a partir dos controles delineados.

Probabilidade de

falha

Ocorrência de Causa - PFMEA Classificação

(Incidentes por itens)

Muito Alta > 1 por 1 10

Alta

1 em 5 9

1 em 10 8

1 em 15 7

Moderada

1 em 18 6

1 em 20 5

1 em 25 4

Baixa 1 em 50 3

1 em 70 2

6

Muito Baixa A falha é eliminada através de

controle preventivo 1

Quadro 2 – Escala de Ocorrência. Fonte: Adaptado do manual FMEA 4º edição.

Oportunidade

para

Detecção

Probabilidade de detecção por controle de

processo Classificação

Probabilidade

de detecção

Nenhuma

oportunidade

de detecção

Nenhum controle de processo. Não se pode

detectar. 10

Praticamente

impossível

Detecção do

problema pós-

processamento

Detecção do modo de falha pós-processamento,

pelo operador, através de meios visuais / táteis /

audíveis.

8 Remota

Detecção do

problema na

origem

Detecção do modo de falha, na estação, pelo

operador, através de meios visuais / táteis /

audíveis, ou pós-processamento.

6 Muito baixa

Detecção do

problema pós-

processamento

Detecção do modo de falha pós-processamento da

atividade pelo digitador que irá impedir

processamento subseqüente.

4 Moderadamente

Alta

Quadro 3 – Escala de detecção. Fonte: Adaptado do manual FMEA 4º edição.

É calculado para cada modo de falha o valor do (RPN) “Graus de Prioridade de Risco”.

Este indicador é utilizado para nortear as ações de correção e melhoria. O modelo de cálculo é

dado pela multiplicação do índice da Severidade, Ocorrência e Detecção. De modo geral, as

ações de melhoria devem ser norteadas da seguinte maneira: i) para um modo de falha que

apresenta um alto valor de RPN e baixo valor de Severidade; e ii) para um modo de falha que

apresente alto índice de Severidade e pode, ou não apresentar, o maior valor de RPN. No campo

“Ações Recomendadas” são abordadas quais as ações objetivando: i) prevenir os problemas

potenciais; ii) reduzir a severidade/conseqüências dos problemas potenciais; iii) aumentar a

probabilidade de detectar os problemas antes de chegarem ao clientes; e iv) fornecer ao cliente

mecanismos de detecção ou advertência precoce no caso de problemas que envolvam alta

severidade. Por fim na coluna “Status” são avaliados os custos relativos à implantação das ações

de recomendação, bem como, é feita uma análise da possibilidade de surgimento dos novos

modos de falha derivados dos métodos propostos para prevenir os Modos de Falha inicial,

apresentados no FMEA.

4. Árvore da Realidade Atual (ARA)

A Árvore da Realidade Atual (ARA) é uma das cinco ferramentas que fazem parte o

Processo de Pensamento da Teoria das Restrições. Para Cox e Spencer (1998), a Árvore da

Realidade Atual fornece mecanismos para: i) identificar o impacto de políticas, procedimentos e

ações em uma determinada área ou em toda a organização; ii) comunicar, clara e concisamente, a

causalidade dessas políticas, procedimentos e ações; iii) identificar claramente o problema central

frente a uma situação; iv) formar uma equipe de trabalho direcionada a resolver o problema.

7

Conforme Alvarez (1995), a interpretação da ARA deve ser feita a partir da causa, da seguinte

forma: se ocorre a “causa” então o “efeito” se manifesta.

5. Estudo de caso

Nesta seção, são apresentadas as particularidades do processo de Autorização de

Radioterapia. O processo inicia pela chegada do paciente com diagnóstico de câncer, sendo

realizadas diversas etapas até o término do tratamento de Radioterapia. Para fins de delimitação

desta pesquisa, será estudado apenas o processo de autorização deste tratamento.

Após a realização da consulta médica no paciente e sendo identificada a real necessidade

de tratamento radioterápico, o Médico faz o preenchimento manual do plano de tratamento que já

está fixado ao prontuário do paciente. O Médico faz a entrega do prontuário para secretária que

verifica o preenchido do plano de tratamento e entrega para o setor de digitação. O plano de

tratamento contém as seguintes informações: i) dados de identificação do paciente que já foram

preenchidos previamente pela recepcionista, no instante de ingresso do paciente; ii) informações

do diagnóstico; e iii) itens do tratamento que são preenchidos pelo Médico. Este formulário foi

desenvolvido, pela unidade de tratamento radioterápica, baseado nas informações mínimas

solicitadas pelos convênios para facilitar a digitação.

Através da secretária do Médico, o setor de digitação recebe o plano preenchido

manualmente para digitação em formulário eletrônico. Nesta fase, são descritas também, as

especificações de códigos, pertencentes a cada convênio. Caso o digitador perceba a falta de

preenchimento de alguma informação, o plano é devolvido para secretária do Médico, sendo

solicitado o preenchimento das informações faltantes. Posterior ao preenchimento das

informações faltantes, o plano é reenviado para o setor de digitação. Este formulário é padrão

para todos os convênios e na maioria dos casos, são digitados no mesmo dia. Caso um plano seja

preenchido pelo Médico no término do expediente do setor de digitação, este plano é enviado

para o setor e permanece em espera do processo até o dia seguinte.

Após a digitação, o plano é enviado para o setor de auditoria, que verifica a conformidade

das informações contidas no plano. Nesta etapa, é observada no plano, a correta digitação dos

dados referentes ao tipo de tratamento estabelecido pelo Médico, de acordo com uma tabela

padrão de códigos definida previamente com o convênio. Quando o setor de auditoria aprova a

digitação do plano, este é repassado para o setor de digitação, que encaminha o plano para a

assinatura do Médico. Uma vez reprovado o plano, este é enviado para o setor de digitação para

correção dos erros e posteriormente, é realizada nova auditoria. Cabe ressaltar a possibilidade de

ocorrência de esperas durante a etapa de obtenção de assinatura do médio, devido a não

disponibilidade em tempo integral dos Médicos na unidade radioterápica.

Posterior à assinatura do Médico, o plano retorna para o setor de digitação, que o

despacha para o setor de autorizações. Neste setor, ocorre o envio do plano para o convênio. Este

envio pode ser realizado por telefone, através da solicitação de uma senha de autorização, por fax

ou pela internet sendo preenchido um formulário online específico para cada convênio. Todas as

informações solicitadas pelos convênios já estão contempladas no formulário em papel. Cabe

ressaltar que esta atividade é realizada por um funcionário que desempenha diversas atividades,

esta não sendo prioridade, podendo gerar uma espera do processo.

Após o envio ao convênio, é aguardado o retorno e parecer, sendo o tempo máximo de

resposta igual a 72horas. Contudo, esta informação apresenta um elevado grau de desvio padrão.

8

A resposta do convênio pode ser de três maneiras: i) autorização reprovada; ii) autorizada; e iii)

pendente. Quando o convênio reprova o tratamento solicitado, imediatamente o paciente e/ou

familiar deve ser informado. Se o convênio deixa a autorização pendente de liberação, este fato

motiva a necessidade de envio de informações extras, antes da definição do parecer. Neste

sentido, faz-se necessário identificar e buscar as informações solicitadas, para responder e/ou

encaminhar aos convênios. Para esta situação, é necessário esperar novamente, um prazo de

72horas para obter um novo parecer do convênio. Quando o convênio autoriza o tratamento o

paciente está liberado para agendar o início da Radioterapia. Após a realização de todas as

sessões da Radioterapia, em média com duração de 5-8 semanas, a conta do paciente deve ser

encaminhada ao faturamento para cobrança.

6. Desenvolvimento da ARA e FMEA de processo

A escolha pela construção da ARA foi feita devido a sua característica metodológica de

auxiliar no processo de pensamento, referente ao entendimento dos possíveis fatores,

conceituados como “causas-raiz” que fazem com que o processo admita a liberação do paciente

para iniciar o tratamento de Radioterapia, se a prévia autorização do convênio. Na Figura 4 é

ilustrada a ARA, sendo utilizado para o desenvolvimento do FMEA de processo, as “causas-raiz”

e os fatores que ligam essas causas ao problema focal. O uso das informações geradas na ARA

não seguiram uma seqüência determinada de alocação nos campos do FMEA. No entanto, a partir

do desenvolvimento da ARA, foi possível promover o aprendizado na equipe envolvida na

construção, no que tange os princípios que motivam a ocorrência do problema abordado nesta

pesquisa e a partir deste conhecimento foi desenvolvido o FMEA de processo.

Após a construção da ARA, foi desenvolvido o FMEA, utilizando as informações geradas

na ARA. A seguir, é apresentada uma descrição das oito funções que o processo de liberação para

Radioterapia deve praticar.

1) Preenchimento das informações médicas no plano de tratamento: Os modos de falha

identificados neste processo podem gerar o preenchimento incompleto das informações médicas

que acarretam a necessidade de uma pessoa cobrar as informações não preenchidas ou o não

preenchimento das informações que acarreta o não envio do plano de tratamento ao setor de

digitação. A criação de um processo de auditoria neste processo aumentaria o leadtime do

processo, agregando demora e burocracia.

2) Recebimento do plano de tratamento manual: O modo de falha identificado neste processo é

o extravio do plano preenchido manual por não ter um local de armazenagem deste plano quando

o digitador não encontra-se em seu local de trabalho. Atualmente não existe controle neste

processo, pois o digitador não sabe quais planos foram preenchidos e devem ser digitados.

3) Digitação do plano de tratamento em formulário eletrônico: O modo de falha identificado

neste processo é a digitação errada das informações que acarretam o retrabalho das informações

após a revisão da auditoria que faz a conferência desta digitação. Foi identificado que as causas

destas falhas estão relacionadas a falta de atenção do digitador, falta de treinamento específico

para realizar esta atividade e falta de procedimento que informe ao digitador as alterações de

códigos dos convênios quando houver alguma modificação.

4) Auditoria do formulário eletrônico: A falha identificada neste processo é o atraso da

liberação do plano revisado acarretando um aumento do leadtime do processo e atraso no envio

para o convênio. Esta auditoria é realizada por um profissional estratégico na empresa, com

9

diversas atividades sendo desenvolvidas. O treinamento do digitador para realizar esta auditoria

eliminaria uma etapa do processo conseqüentemente reduzindo o leadtime do processo. 5)

Solicitar a assinatura do Médico: Por exigência do convênio, faz-se necessário que o Médico

solicitante assine o plano. Como os Médicos não disponibilizam tempo integral no serviço

gerasse um atraso na assinatura ocasionando um atraso na liberação do plano para envio ao

convênio. Não existe controle neste processo.

6) Enviar para o convênio: Até este processo foi feita a preparação correta do plano para envio

ao convênio que torna-se uma etapa fundamental e necessária para a autorização do

procedimento. A demora do envio do plano ao convênio gera um atraso na resposta e liberação da

autorização.

7) Resposta do convênio: Após o envio do plano ao convênio temos a resposta à solicitação

que em muitos casos pode demorar mais tempo que o estabelecido para o retorno. Esta situação

pode gerar o início do tratamento do paciente sem a prévia autorização. Este atraso pode ser

ocasionado pelo atraso do envio, pelo serviço, do plano e pela falta de organização do convênio

que extravia os documentos e não solicita o reenvio. É identificado que o plano não está em

processo de análise somente se o retorno do convênio demora a chegar e o serviço faz contato por

telefone para verificar a demora.

8) Paciente liberado para agendar a Radioterapia: O agendamento do início da Radioterapia é

feito sem a checagem da resposta do convênio para a autorização acarretando o início do

tratamento sem a autorização. É identificado que o convênio não liberou o tratamento depois que

o paciente iniciou o tratamento. Quando este processo é identificado, faz-se necessário comunicar

imediatamente o paciente que fica incomodado, pois a informação foi posterior ao início do

tratamento.

6.1. Resultados obtidos e Análise

A partir do desenvolvimento do FMEA apresentado no Quadro 4, é possível observar

através do maior valor obtido no RPN, bem como o valor da Severidade, os modos de falha mais

impactantes. Com este foco, as ações de melhoria são definidas da seguinte maneira: se o modo

de falha apresentar um alto valor de RPN e baixo valor de Severidade, ou então, para um modo

de falha que apresente alto índice de Severidade, podendo ou não ilustrar o maior valor de RPN.

No Quadro 5, é ilustrado uma lista que propõe uma seqüência de implantação das “Ações

recomendadas” pela equipe que desenvolveu a ARA e o FMEA. É válido ressaltar que as práticas

de melhoria no processo, iniciam pelo desenvolvimento de um processo para verificar a resposta

do convênio de saúde, antes do agendamento de início do tratamento, bem como a criação de um

indicador que monitore o tempo de retorno da resposta da solicitação feita para o convênio e por

fim, a possibilidade de padronização e conscientização da equipe para importância da digitação

correta e informação das alterações de códigos e negociações por e-mail.

Por se tratar de um processo de serviços hospitalares, onde o tipo de informação gerada

provoca impactos significativos na satisfação do cliente, bem como o atraso no recebimento da

fatura, as “Ações de recomendação” serão implantadas de forma paralela, através da definição de

equipes de melhoria, onde cada equipe será responsável pela implantação de um grupo de

propostas.

10

Tip

o

Modos de Falha

Sev

erid

ad

e

RP

N

Ações recomendadas

Seq

üên

cia

de

pri

ori

da

des

1

Preenchimento

incompleto

4 96 Treinamento da secretária para melhor identificação correta

das informações 5

6 288 Conscientização da equipe médica para importância do

preenchimento

Atraso no

preenchimento do

plano

10 360 Definição de um método de controle dos planos abertos sem

definição do tipo de tratamento 2

2 Extravio do plano 10 300 Definir um local adequado e treinar equipe

3 Digitação errada 5

100 Analisar a possibilidade de padronização

6 120 Trabalho de conscientização da equipe para importância da

digitação correta

80 Informação das alterações de códigos e negociações por e-

mail

4

Aumento do leadtime

do processo 9

450 Criar um indicador que meça o tempo de atravessamento

3 Atraso na liberação do

plano revisado 540

Treinamento da digitadora para realizar esta auditoria no

momento da digitação do plano

5 Atraso na liberação do

plano assinado 9 540 Criar assinatura digital para cada Médico

6

Demora no envio

7 420

Criar uma lista de atividades priorizando as mais importantes

4 Alocação desta atividade para outro posto de trabalho

Conscientização da equipe para o rápido envio do plano para

o convênio

7 Demora no retorno da

resposta do convênio 10 600

Criar indicador para monitorar o tempo de retorno da

informação do convênio

1

8

Não existe verificação

sobre o parecer antes

de agendar a

Radioterapia

10 600 Estabelecer processo de verificação antes do agendamento e

treinar equipe

Quadro 4 – FMEA de Processo de liberação de Radioterapia. Fonte: Autores

7. Conclusão

O presente estudo teve por objetivo analisar o processo de autorização de Radioterapia,

onde o problema focal estudado é a liberação do paciente para iniciar o tratamento de

Radioterapia sem a prévia autorização do plano de saúde, onde o paciente solicitante do serviço é

associado. Nesta análise foram utilizadas como ferramentas auxiliares o FMEA e a ARA.

Primeiramente foi desenvolvida a ARA que é uma metodologia voltada ao processo de

pensamento, onde os resultados obtidos foram utilizados nos campos do FMEA, sem qualquer

11

seqüência ordenada. Para tanto, poderia ser possível a utilização da ARA como ferramenta para

contribuir na definição dos efeitos dos modos de falha, ou então, para validar a seqüência de

realização das ações de recomendação. Essa flexibilidade é admissível devido às relações

possíveis de serem construídas por meio da relação “se” e “então” posteriormente a lista de

prováveis causas que propiciam a ocorrência de determinado problema. Como proposta de

trabalho futuro, a intenção é expandir a análise feita neste estudo, utilizando a metodologia de

Pensamento Sistêmico e FMEA, para analisar o processo de Quimioterapia, onde também

ocorrem problemas de liberação para tratamento sem a prévia autorização do convênio.

Figura 2 – Árvore da Realidade Atual. Fonte: Autores.

LEGENDA

CR Causa raiz

Retrabalhos

Ocorre a falta de verificação sobre o

parecer do procedimento antes de

agendar a Radioterapia

Extravio do plano

Digitação errada

Falta de priorização das

atividades do setor

Ausência do auditor

responsável

Falta de uma pessoa que

conheça o processo para fazer a

auditoria na falta do auditor

Excesso de outras atividades na

rotina da auditoria

Aumento do leadtime auditoria Atrasos na obtenção da assinatura do

Médico responsável, validando a aprovação

da autorização do tratamento

Falta de atenção do Médico

Preenchimento incompleto das informações médicas

no plano de tratamento.

Falta de conscientização da

importância do processo (Médicos)

Atraso no preenchimento do plano

Atraso na conclusão total do requerimento

O digitador não é informado

imediatamente quando ocorre

a troca de um código ou

novas negociações motivadas

pelo convênio

Falta de treinamento e atenção

Excesso de trabalho

(Médicos)

Início do tratamento de Radioterapia sema

autorização prévia do convênio

O paciente tem necessidade de

iniciar o tratamento

imediatamente, por causa do

estado atual de saúde dos

pacientes

Demora na análise que

libera o procedimento por

parte do convênio

Maior o tempo para a obtenção da informação

referente à liberação do procedimento

Demora no envio do plano auditado e já assinado pelo Médico

CR

CR

CR

CR

CR

CR

CR

CR

CR

CR

Falta de sincronização

das agendas dos

(Médicos) CR

Tratamento a ser aplicado

não esta definido pelos

Médicos

CR

CR

CR

13

FMEA – Análise de Efeitos e Modos de Falha

Processo: Autorização de Radioterapia Responsável pelo processo: ___________ FMEA N°: 01/2009

Equipe: _______________________ Data: ___/___/____ Pág: 1 a 2

Data FMEA (Início): 03/12/2009 Preparado por: AUTORES

Tip

o

Funções Modos de Falha Efeitos

Sev

erid

ad

e

Causas

Oco

rrên

cias

Controles

Det

ecçã

o

RP

N

Ações

recomendadas

1

Preenchimento das

informações médicas no

plano de tratamento

Preenchimento incompleto

Cobrar

novamente o

preenchimento

4 Falta de conscientização da

urgência no processo 3

Secretária do Médico

visualiza de forma

rápida se o plano foi

preenchido sem um

procedimento e

treinamento

correspondente a

atividade de revisão

8

96

Treinamento da

secretária para melhor

identificação correta

das informações

Gerar ponto de

auditoria 6

Falta de atenção do Médico

Excesso de trabalho do

Médico

6 288

Conscientização da

equipe médica para

importância do

preenchimento

Atraso no preenchimento

do plano

Atraso no envio

do plano para o

convênio

10

Falta de atenção do médico

Falta de definição do tipo do

tratamento a ser aplicado no

paciente

6

Conferência pela

secretária 6 360

Definição de um

método de controle

dos planos abertos

sem definição do tipo

de tratamento

2 Recebimento do plano de

tratamento manual Extravio do plano

Atraso no envio

do plano para o

convênio

10

Ausência de local padrão e

identificado para

armazenagem

3 Não existe 10 300

Definir um local

adequado e treinar

equipe

14

3

Digitação

do plano de

tratamento

Digitação

errada Retrabalho 5

Padronização

do formulário e

códigos

5

Já existe

um setor

de

4 100

Analisar a

possibilidade de

padronização

15

em

formulário

eletrônico Falta de

treinamento e

atenção

6

auditoria

para

checagem

desta

falha

120

Trabalho de

conscientização

da equipe para

importância da

digitação

correta

Falta de um

procedimento

que informe o

digitador

imediatamente

quando ocorre a

troca de um

código ou novas

negociações

motivadas pelo

convênio

4

80

Informação das

alterações de

códigos e

negociações por

e-mail

4

Auditoria do

formulário

eletrônico

Aumento do

leadtime do

processo Atraso no

envio para

o convênio

do plano

de

tratamento

9

Excesso de

atividades na

rotina da

auditoria

5

Não

existe

10 450

Criar um

indicador que

meça o tempo

de

atravessamento

Atraso na

liberação do

plano

revisado

Falta de uma

pessoa que

conheça o

processo para

fazer a auditoria

na ausência do

auditor

6 10 540

Treinamento da

digitadora para

realizar esta

auditoria no

momento da

digitação do

plano

5

Solicitar a

assinatura

do Médico

Atraso na

liberação do

plano

assinado

Atraso no

envio para

o convênio

9

Falta de

sincronização

das agendas dos

Médicos

6 Não

existe 10 540

Criar assinatura

digital para

cada Médico

6

Enviar para

convênio

Demora no

envio

Atraso na

resposta do

convênio

7

Falta de

priorização das

atividades

6

Não

existe 10 420

Criar uma lista

de atividades

priorizando as

mais

importantes

Conscientização

da equipe da

importância do

processo

6

Alocação desta

atividade para

outro posto de

trabalho

Conscientização

da equipe para

o rápido envio

do plano para o

convênio

7 Resposta do

convênio

Demora no

retorno da

resposta do

convênio

Início do

tratamento

sem a

resposta do

convênio

10

Deficiências

dos processos

internos do

convênio.

6 Não

existe 10 600

Criar indicador

para monitorar

o tempo de

retorno da

informação do

16

Quadro 5 – FMEA de Processo de liberação de Radioterapia. Fonte: Autores

convênio

8

Paciente

liberado

para

agendar a

Radioterapia

Não existe

verificação

sobre o

parecer do

procedimento

antes de

agendar a

Radioterapia

Início do

tratamento

sem

autorização

10

Falta de um

procedimento

que gerencie

esse modo de

falha

6 Não

existe 10 600

Estabelecer

processo de

checagem antes

do

agendamento e

treinar equipe

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