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1 ALINE DOS SANTOS NEVES IDENTIFICAÇÃO DOS MODOS DE FALHA E DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE MÁXIMA PRODUTIVA EM UM PROCESSO DE UMA INDÚSTRIA AGROQUÍMICA Lorena 2014

IDENTIFICAÇÃO DOS MODOS DE FALHA E DETERMINAÇÃO …sistemas.eel.usp.br/bibliotecas/monografias/2014/MEQ14032.pdf · modos e efeitos de falhas – FMEA; na qual foi possível determinar

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1

ALINE DOS SANTOS NEVES

IDENTIFICAÇÃO DOS MODOS DE FALHA E DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE

MÁXIMA PRODUTIVA EM UM PROCESSO DE UMA INDÚSTRIA AGROQUÍMICA

Lorena

2014

2

ALINE DOS SANTOS NEVES

Monografia apresentada à Escola de

Engenharia de Lorena – Universidade de

São Paulo como requisito parcial para

obtenção de título de Engenheiro

Químico.

Orientador: Prof. Dr. Marco Antonio Carvalho Pereira

Lorena

2014

3

Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer

meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada

a fonte.

CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO

Assessoria de Documentação e Informação

Escola de Engenharia de Lorena

Neves, Aline dos Santos

Identificação dos modos de falha e determinação da máxima capacidade

produtiva em um processo de uma indústria agroquímica/ Aline dos

Santos Neves; orientador: Marco Antonio Carvalho Pereira. – Lorena

2014

69f.:

Monografia apresentada na disciplina de TCC II da Escola de Engenharia

de Lorena, Universidade de São Paulo, como requisito para a conclusão

de Graduação do Curso de Engenharia Industrial Química.

4

DEDICATÓRIA

Dedico a minha família e a algumas

pessoas que, sem as quais, isto não

seria possível. Muito obrigada Luiz

Antônio Grassano Murta, Diracyr Murta,

Elza Grassano, Marisa Natali, Cynthia

Junqueira e Rosa Braga. A vocês toda

minha gratidão.

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida, da sabedoria, da

resiliência, da paciência e do amor ao próximo.

Agradeço aos meus pais, João e Cleide, pois cada um a seu jeito me

ensinou a ser uma pessoa melhor a cada dia. Porém, agradeço principalmente a

minha mãe, que sempre esteve ao meu lado aconselhando e apoiando.

Agradeço ao Luiz Antônio Grassano Murta, Diracyr Murta, Elza Grassano,

Marisa Natali, Cynthia Junqueira e Rosa Braga por acreditarem em mim e me

apoiarem de todas as formas sempre. Com toda certeza, vocês são anjos

colocados por Deus em minha vida. Serei sempre eternamente grata a vocês!

Agradeço à família que escolhemos, aos meus mais verdadeiros amigos

pois com certeza sem eles esta jornada seria muito mais difícil. Muito obrigada

Helton Santana, Cristiano Reis, João Filizzola, Raul Guilherme D´Stéfano, Lucas

Eduardo Correa, Guilherme Molinero, Arthur Scarparo, Julia Maria, Maria Galvão,

Karen Andrade, Carolina Horie, Margareth Andrade, Ângela Maria, Ana Maria Galli.

Agradeço a todos os meus professores desde o ensino infantil até a

graduação. Em especial, agradeço ao Prof. Dr. Marco Antônio Carvalho Pereira por

sua dedicação, carinho e respeito para com seus alunos. Agradeço também por

sua paixão e entusiasmo com sua profissão, com esta atitude o senhor nos

incentiva e inspira. Marquinhos, como carinhosamente o chamamos, meu sincero

muito obrigada!

Agradeço ao meu padrinho, orientador, gestor e mentor Marcelo Tamashiro

por me ensinar a engenharia na prática, por me ouvir e aconselhar nos momentos

em que eu não sabia como agir, mas principalmente por acreditar em mim e

sempre me apoiar com suas palavras e atitudes sinceras e justas. Tama, com todo

meu carinho, o meu muito obrigada!

6

“Há uma força motriz mais poderosa que

o vapor, a eletricidade e a energia

atômica: a vontade.”

(Albert Einstein)

7

RESUMO

O presente trabalho foi realizado em uma indústria agroquímica, onde dois

produtos foram analisados. O objetivo foi de apurar o principal modo de falha, por

meio da construção de uma FMEA a fim de descobrir o equipamento gargalo do

processo. Para tal, um estudo de caso foi realizado. Inicialmente, foi realizada uma

“tempestade cerebral”, conhecida como brainstorming com funcionários que atuam

no respectivo processo. Nela procurou-se encontrar quais eram os principais

modos de falha do processo em questão. Isto feito elaborou-se uma análise dos

modos e efeitos de falhas – FMEA; na qual foi possível determinar uma relação

causa-efeito para cada falha, quantificar o risco que cada uma proporciona e,

também, sugerir ações de melhorias. Com o intuito de uma melhor visualização dos

dados obtidos pela FMEA, gerou-se um diagrama de pareto, onde foi possível

também a quantificação das falhas acumuladas. Estas análises revelaram que o

principal modo de falha, e que deve ser priorizado, é a manutenção.

Posteriormente fez-se a coleta de tempos de formulação e tempos de moagem

para identificar qual era a etapa gargalo deste processo, porém não foi possível

determiná-la. E, visando saber qual a máxima capacidade produtiva do mesmo,

fez-se uma análise da produção de 7 lotes consecutivos. Nesta análise encontrou-

se 10981 Kg para o produto A e, 10643 Kg para o produto B.

8

ABSTRACT

The present work was done at an agrochemical site at a chemical industry, in which

two products were analyzed. The study began by technical brainstorming, aiming to

find the main failure modes for the cited process. This step was followed by analysis

on failure modes and their effects on the process, which allowed identifying the

relationship between cause and effect for each failure, as well as quantifying the

related risk and the suggested actions for improvements. In order to improve data

visualization, which was obtained by FMEA, a Pareto diagram was made, allowing

the quantification of accumulated failures. These analyses revealed that the main

failure mode that must be a priority in repairing is the maintenance mode. This was

followed by a data collection on formulation, and grinding times, aiming the

identification of the slowest stage; which made itself not possible during this project.

Objectifying the maximum production capacity, an analysis of seven consecutive

lots was made. In such analysis, the results found were 10981 kg for product A and

10643 kg for product B, which were defined as the golden batch for each product.

9

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Exemplo de formulário para ordem de produção (Hansen, 2006) ............................ 29

Figura 1: Exemplo do fluxograma apresentado no processo (Autor, 2014) ............................ 31

10

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Modelo Diagrama de Pareto (Autor) .................................................... 23

Gráfico 2: Diagrama de Pareto de acordo com a FMEA (Autor) .......................... 43

11

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1: Etapas do Brainstorming (Braxter, 1998)) ........................................... 21

Quadro 2: Índice de Severidade (Gevinatti, 2010) (Palady, 1997) ...................... 25

Quadro 3: Índice de Ocorrência (Gevinatti, 2010) (Palady, 1997) ....................... 25

Quadro 4: Índice de Detecção (Gevinatti, 2010) (Palady, 1997) ......................... 26

Quadro 5: Índice de Risco (Gevinatti, 2010) ....................................................... 26

Quadro 6: Modelo de FMEA ................................................................................. 27

Quadro 7: Exemplo do relatório “Indisponibilidade de Manutenção” ................... 34

Quadro 8: Causas das Falhas Indicadas pelo Brainstorming ............................... 36

Quadro 9: FMEA – Análise de Modos e Efeitos de Falhas .................................. 39

Quadro 10: Modelo Relatório Proposto ............................................................... 53

12

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1: Tempos de Formulação Produto A ....................................................... 45

Tabela 2: Tempos de Formulação Produto B ....................................................... 45

Tabela 3: Lotes Consecutivos Formulação A ....................................................... 46

Tabela 4: Lotes Consecutivos Formulação B ....................................................... 46

Tabela 5: Menores Tempos de Formulação A .................................................... 47

Tabela 6: Menor Soma 7 Lotes Consecutivos Formulação A .............................. 47

Tabela 7: Menores Tempos de Formulação B ..................................................... 48

Tabela 8: Menor Soma 7 Lotes Consecutivos Formulação B .............................. 48

Tabela 9: Moagem Formulação A ....................................................................... 49

Tabela 10: Moagem Formulação B ..................................................................... 49

Tabela 11: Menores Tempos Moagem Formulação A ....................................... 50

Tabela 12: Menores Tempos Moagem Formulação B ........................................ 50

13

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

FMEA Análise dos Modos e Efeitos das Falhas

FIFO First in – First Out

RPN Número de Prioridade de Risco

TOC Teoria das Restrições

14

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 15

1.1. Contextualização ................................................................................................................ 15

1.2. Objetivos ............................................................................................................................. 16

1.2.1. Objetivo Geral .............................................................................................................. 16

1.2.2. Objetivos Específicos ................................................................................................. 16

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................... 18

2.1 Teoria das Restrições ........................................................................................................ 18

2.2 Lean Manufacturing ........................................................................................................... 19

2.3 Ferramentas do Lean Manufacturing ............................................................................... 19

2.3.1 Brainstorming .............................................................................................................. 20

2.3.2 Diagrama de Pareto ..................................................................................................... 22

2.3.3. FMEA ................................................................................................................................ 23

2.3.3.1 Origem ............................................................................................................................ 23

2.3.3.2 O que é FMEA e seus benefícios ................................................................................. 23

2.3.3.3 Entendendo a FMEA ..................................................................................................... 24

2.3.3.4 Modelo de FMEA ........................................................................................................... 26

2.4 Coleta de Dados ...................................................................................................................... 27

3. METODOLOGIA .................................................................................................................. 30

3.1 A Empresa ........................................................................................................................... 30

3.2 O Processo Escolhido ............................................................................................................. 30

3.3 Método de Pesquisa ........................................................................................................... 32

3.4 O Roteiro da Pesquisa ....................................................................................................... 32

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................ 32

4.1 Análise do Processo .......................................................................................................... 34

4.2 Resultados do Brainstorming ........................................................................................... 35

4.3 Aplicação da FMEA ............................................................................................................ 37

4.4 Diagrama de Pareto ................................................................................................................. 42

4.5 Coleta de Dados ....................................................................................................................... 43

4.5.1 Análises dos Tempos de Formulação para os Produtos A e B ................................... 43

4.5.2 Análises da Soma de 7 Lotes Consecutivos para os Produtos A e B ................... 45

4.5.3 Análises da Etapa Mais Lenta: A Moagem ................................................................ 48

4.5.4 Análise Comparativa entre o Tempo de Formulação e o Tempo de Moagem do

Produto ....................................................................................................................................... 51

4.6 Discussão dos Resultados apresentados ....................................................................... 52

5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 54

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................ 56

15

1. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

O cenário atual do setor agroquímico brasileiro, especialmente no segmento

de defensivos agrícolas, é de um mercado em expansão e do agravamento da

dependência externa de insumos estratégicos. A posição do Brasil como grande

exportador mundial de commodities agrícolas não parece ameaçada, mas a falta

de uma política regulatória que incentive a produção local e a inovação em

agroquímicos está pressionando perigosamente os custos, e por extensão a

rentabilidade do agronegócio nacional (ABIFINA, 2011). Luis Henrique Rahmeier,

diretor de Desenvolvimento e Registro da Nufarm1, em entrevista a ABIFINA

confirma essas previsões:

"Temos uma estimativa internacional de que a demanda por alimentos continuará alta. Os estoques reguladores não estão folgados. Todas as projeções da FAO, do Banco Mundial e da própria ONU indicam que os preços das commodities vão continuar pressionados para cima e que a necessidade de produtos do Brasil será mantida em níveis elevados. Isto significa que o produtor vai continuar sendo bem remunerado, investindo em tecnologia, e que o Brasil vai continuar sendo um dos grandes celeiros mundiais" (ABIFINA, 2011).

Desta forma, é de grande relevância a otimização do processo produtivo do

agronegócio, pela sua importância estratégica para o Brasil, pois, irá contribuir de

maneira positiva com a economia.

Em geral, uma análise dos ativos fixos de qualquer linha de produção revela

falta de sincronia entre equipamentos, fazendo com que existam desequilíbrios,

doravante chamados de gargalos. Isto também ocorre nas linhas de produção de

produtos agroquímicos.

Gargalo é qualquer obstáculo no sistema produtivo que restringe e

determina o seu desempenho e a sua capacidade de obter uma maior

rentabilidade. Em um processo produtivo, o gargalo é a etapa com menor

capacidade produtiva e que impede a empresa em atender plenamente a demanda

por seus produtos (CEINFO, 2005).

1 A Nufarm é uma empresa do setor agrícola presente em mais de 100 países. No Brasil, possui um parque fabril de 161.000

m² localizado em Maracanaú (CE) e cinco Centros de Distribuição assim localizados: Barueri (SP), Londrina (PR), Carazinho

(RS), Cuiabá (MT) e Maracanaú (CE). Possui ainda um Escritório Comercial e de Marketing em São Paulo (SP). (NUFARM,

2014)

16

Esta monografia procurou identificar equipamentos que podem ser pontos de

estrangulamento em um processo de produção de inseticida. Para tanto, este

estudo foi baseado na Teoria das Restrições (TOC), com o auxilio de duas

ferramentas do Lean Manufacturing: Análise dos Modos e Efeitos de Falhas

(FMEA) e Diagrama de Pareto. A TOC visa identificar os objetivos de alta

prioridade, a FMEA é uma técnica muito utilizada por organizações que tem o

objetivo de identificar problemas, executar projetos, processos ou serviços novos,

além de servir como um registro dos projetos, processos ou serviços (PALADY,

1997). Já o diagrama de Pareto é um gráfico de barra vertical que permite

determinar quais problemas resolver e quais as prioridades (BARREIRA, 2010).

1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo Geral

Identificar o principal modo de falha em um processo produtivo na indústria

agroquímica, por meio da construção de uma FMEA a fim de descobrir o

equipamento gargalo do processo.

1.2.2. Objetivos Específicos

Algumas questões fundamentais, para as quais se busca resposta nesta

monografia são:

1) Quais são os modos de falha deste processo? Quais devem ser

priorizados? Quais ações de melhorias podem ser feitas?

2) Qual a real capacidade produtiva do processo de produção de inseticida

estudado, ou seja, qual o seu golden batch? Qual a maior quantidade de

produto que se consegue obter nesta planta, com o menor tempo

possível sem alterar a qualidade do mesmo?

3) Quais equipamentos restringem tal capacidade? Em qual equipamento o

processo leva mais tempo? Qual o motivo que faz este equipamento ser

o mais demorado?

4) Como melhorar a eficiência e a eficácia destes equipamentos? O que

pode ser feito para que este equipamento tenha sua eficiência

17

melhorada? Apenas um ajuste no mesmo será o suficiente? Deve-se

substituí-lo? Ou deve-se colocar outro equipamento do mesmo modelo

em série?

18

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Teoria das Restrições

Para Goldratt (1993) a meta de uma empresa é ganhar dinheiro hoje e no

futuro. Os estudos desenvolvidos por Goldratt permitiram desenvolver métodos de

alcançar esse objetivo, pois ele percebeu que a maioria dos recursos numa fábrica

tinha a capacidade de gerar excessos, e poucos utilizavam 100% da sua

capacidade disponível sem causar inflação de estoques (COX III; SPENCER,

2002).

A teoria das Restrições (TOC) é definida como sendo “... uma filosofia de

gestão desenvolvida por Eliyahu Goldratt que pode ser vista como três áreas

separadas, mas inter-relacionadas: logística, indicadores de desempenho e

pensamento lógico”. (APICS, 1994).

Goldratt (1984) propõe que a TOC possui cinco passos:

1. Identificar a(s) restrição(ões) do sistema: elas podem ser internas ou externas à empresa. Quando a demanda total de um dado mix de produtos é maior do que a capacidade da fábrica diz-se que se teme um gargalo de produção. Todavia, quando a capacidade de produção é superior à demanda de produção a restrição é externa ao sistema produtivo, ou seja, a restrição está relacionada com o mercado e ao desempenho da área comercial da empresa. 2. Explorar da melhor forma possível a(s) restrição(ões) do sistema: se a restrição é interna à fábrica, a melhor decisão consiste em maximizar o ganho no(s) gargalo(s). Se for externa ao sistema em um dado tempo, não existem gargalos na fábrica e o ganho estará limitado pelas restrições do mercado e ao desempenho das vendas da empresa. 3. Subordinar todos os demais recursos à decisão anterior: a lógica deste passo, independentemente da restrição ser externa ou interna, consiste em reduzir ao máximo os inventários e as despesas operacionais e ao mesmo tempo garantir o ganho teórico máximo do sistema de produção. 4. Elevar a capacidade da(s) restrição(ões): se o gargalo for interno é necessário aumentar sua capacidade produtiva. Isso pode ser feito através de mudanças de layout, compra de equipamentos, redução da variabilidade, redução de setup, etc. Nesse passo, o Sistema Toyota de Produção (OHNO, 1997) apresenta uma série de ferramentas de melhoria que podem ser usadas. 5. Voltar ao passo 1: não deixar que a inércia tome conta do sistema. Ao elevar a capacidade produtiva da restrição o sistema torna-se, a priori, um sistema genérico, o que gera a necessidade de analisá-lo novamente.

Os passos 4 e 5 explicitam o caráter de melhoria contínua buscada na TOC,

com o objetivo de atingir permanente e sistematicamente a meta global do sistema:

“gerar lucro hoje e no futuro”.

19

Em suma, a TOC é uma ferramenta que permite encontrar os gargalos de

um sistema e operá-lo de maneira que eles, os gargalos, deixem de ser o fator

limitante. A TOC também permite a identificação de um novo ponto de

estrangulamento.

2.2 Lean Manufacturing

Segundo Ghinato (1996) o Sistema Toyota de Produção (Toyota Production

System – STP) tem sido mais recentemente, referenciado como “Sistema de

Produção Enxuta”. O termo “Lean” foi cunhado originalmente no livro “A Máquina

que Mudou o Mundo” de Womack, Jones e Roos (1990), como resultado de um

amplo estudo sobre a indústria automobilística mundial realizada pelo MIT

(Massachusetts Institute of Technology, EUA), no qual se evidenciou as vantagens

no uso do STP. O estudo evidenciou, entre outras questões, que o STP

proporcionava expressivas diferenças em relação à produtividade, qualidade,

desenvolvimento de produtos e explicava o sucesso da indústria japonesa na

época. Nesse sentido, os 5 princípios do Lean, segundo Womack e Jones (1996)

são:

1. Definir o que é valor, por produto, e sob a ótica do cliente;

2. Identificar o fluxo de valor para cada produto;

3. Fazer o valor fluir sem interrupções;

4. Puxar;

5. Buscar a perfeição.

No Lean perda é tudo o que não agrega valor, sendo assim toda ação de

melhoria deve ser direcionada para a área do processo que sofre forte impacto dos

gargalos. Para isto, o Lean Manufacturing possui ferramentas específicas.

2.3 Ferramentas do Lean Manufacturing

O Lean Manufacturing surgiu como uma alternativa à produção em massa, a

fim de reduzir o desperdício de recursos humanos, de matéria prima e de tempo.

Para tanto, conta com o auxílio de algumas ferramentas, dentre as quais, para fins

deste trabalho, três se destacam:

o Brainstorming

20

o Diagrama de Pareto

o Análise dos Modos e Efeitos de Falhas (FMEA)

2.3.1 Brainstorming

Brainstorming significa tempestade de ideias, pensamentos e ideias que

cada participante do grupo pode expor sem restrições (Miguel, 2001), ou em uma

tradução literal “tempestade cerebral”.

É uma técnica usada com o intuito de aproveitar ideias e explorar a

potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo, de modo colocá-las a

serviço de objetivos pré-determinados (SANTOS, 2004).

Para a elaboração de um brainstorming existem princípios e regras que

devem ser seguidos, são eles:

Princípios:

- Julgar o menos possível e

- Excesso de criatividade tanto quantitativa quanto qualitativamente

Regras:

- Não existência de críticas esta é com certeza a regra mais importante

para que um brainstorming aconteça, é o que o diferencia de reuniões

tradicionais. Esta regra permite que o princípio do não julgamento

aconteça. Pois críticas podem deixar as pessoas inibidas e assim não

haverá exposição ou até mesmo geração de ideias.

- Ser criativo permite a geração de um grande número de idéias. Não

raro, as saídas dos problemas são encontradas justamente onde se

pensava ser o mais longe de uma solução. Desta forma, nenhuma ideia

deve ser menosprezada.

- Quantidade é importante, portanto deve-se garantir a igualdade de

oportunidade, todos devem ter a chance de expor suas idéias, pois

quanto mais ideias maiores são as chances de se ter qualidade e assim

resolver o problema.

- Combinação de ideias ou modificações nas mesmas, isto permite que

estas sejam reprocessadas e melhoradas, sem, contudo, gerar

julgamento.

21

O brainstorming pode ser elaborado nas etapas mostradas no quadro 1,

segundo Baxter (1998):

Quadro 1 – Etapas do Brainstorming

Etapa Preparação

Orientação Fase inicial do brainstorming. O coordenador orientará a equipe e mostrará o problema ou o briefing a ser trabalhado.

Preparação O coordenador estipula um tempo determinado, geralmente 30 minutos, para o provimento das ideias por parte de toda a equipe. Todas as informações apontadas devem ser anotadas pelo relator.

Análise Após o término do tempo inicial determinado, entra-se numa segunda marcação de tempo, também flexível, porém é sugerido um tempo de 15 minutos para agrupar as ideias levantadas.

Ideação Ainda no segundo tempo, inicia-se uma fase de associação, escolha das ideias mais relevantes, refinamento ou junção das alternativas propostas visando escolher a ideia (ou ideias) a ser detalhada.

Incubação A incubação é a interrupção ou retomada da técnica criativa, com ou intervalo de horas ou dias, quando o rendimento da mesma não for suficiente. Durante esta interrupção pode-se coletar outros dados, estudos similares, etc.

Síntese e Avaliação

Fase em que o coordenador deve determinar um intervalo de tempo para realizar a conclusão. Normalmente, o tempo determinado gira em torno de 15 a 20 minutos. A finalidade dessa fase é detalhar, delinear a solução (ou soluções) proposta, e confrontá-la com o briefing, verificando sua adesão.

Fonte: Baxter (1998)

O quadro 1 apresenta a obrigatoriedade da existência de 3 elementos para a

realização de um brainstorming, são eles: 1 (um)coordenador (ou líder); 1 (um)

relator (ou secretário) e os membros em si. Estas pessoas devem ter um

conhecimento profundo sobre o assunto, isto para que realmente boas ideias sejam

geradas em quantidade; e de preferência deve-se ter pessoas que estejam no

mesmo patamar hierárquico dentro da empresa; ou seja, deve-se evitar a presença

de “chefes”, visto que isto pode causar a inibição por parte dos “subordinados”.

O coordenador deve ser uma pessoa com facilidade e conhecimento sobre a

técnica do brainstorming e também uma pessoa de temperamento tranqüilo, para

que uma atmosfera descontraída seja mantida, evitando desta forma o julgamento.

Já o relator deve ser uma pessoa com facilidade em resumir ideias, sem

prejudicar o seu conteúdo, e transcrevê-las rapidamente, sendo que o nome do

sugestor da ideia não deve ser anotado, para que constrangimento não seja

causado.

O ambiente, onde será feito o brainstorming, é também muito importante. As

pessoas que irão realizá-lo devem sentir-se confortáveis e a vontade. Uma boa

22

ideia seria a sua realização se dar fora do ambiente de trabalho, isto pode levar as

pessoas a pensarem “fora da caixa”.

Vê-se, portanto, que esta técnica através da exploração da capacidade criativa

de seus realizadores, permite identificar problemas no processo, determinar as

suas causas e gerar ideias inovadoras para a sua resolução.

2.3.2 Diagrama de Pareto

Diagrama de Pareto é uma ferramenta da qualidade, que utiliza de um

gráfico em barras verticais que permitem a identificação dos problemas a serem

resolvidos e quais são os mais urgentes. Ou seja, ele permite uma priorização da

ação, já que está atacará o problema de maior impacto primeiramente.

As barras verticais ordenam as ocorrências de forma decrescente

permitindo, desta forma, a localização dos problemas mais vitais. Para Rodrigues

(2012), “A construção do diagrama de Pareto, deve-se seguir as seguintes etapas:

primeiramente, coletam-se os dados, identificam quantas vezes os problemas ou

não conformidades ocorreram, em seguida elabora-se uma planilha de dados onde

deve ter os totais individuais, os totais acumulados, as percentagens do total geral

e as porcentagens acumuladas.”

A base para a elaboração deste gráfico se sustenta no Princípio de Pareto.

O economista sociopolítico Vilfredo Pareto no século XIX, ao analisar a sociedade,

concluiu que grande parte da riqueza se encontrava nas mãos de um número

reduzido de pessoas, onde determinou matematicamente que 80% da riqueza

estava nas mãos de 20% da população (GOMES, 2009).

Ou seja, por meio desta ferramenta pode-se determinar e mensurar as

prioridades do processo estudado a partir da relação 80/20, o que significa que

80% dos problemas têm raízes em 20% das causas.

Desta forma, pode-se encontrar de uma forma visual e mais rápida qual

ação deve ser tomada e onde. Portanto, o Diagrama de Pareto auxilia os

tomadores de decisão a definir o seu foco e a quantificar o esforço que será

empreendido em cada ação. O gráfico 1 apresenta um exemplo de diagrama de

Pareto.

Gráfico 1 – Exemplo de Diagrama de Pareto

23

Fonte: Autora

2.3.3. FMEA

2.3.3.1 Origem

Assim como muitas outras ferramentas de qualidade, a análise de modos e

efeito de falhas (FMEA – Failure Modes and Effects Analysis) teve sua origem em

operações militares. Surgiu no final da década de 40, nos EUA, e era designada

como Procedures for Performing a Failure Mode, Effects and Criticality Analysis

(Indústria Hoje, 2013).

Anos depois a NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço)

veio fazer uso desta ferramenta, já fazendo algumas modificações e;

posteriormente a FORD Motor Company (Companhia de Motores Ford) com o

objetivo de cumprir normatizações também lançou mão a esta ferramenta (Indústria

Hoje, 2013).

Hoje em dia, a FMEA é empregada nos mais vastos segmentos industriais.

2.3.3.2 O que é FMEA e seus benefícios

A FMEA pode ser considerada uma ferramenta de análise de projetos, com

o intuito de caracterizar os prováveis modos de falha potenciais e estabelecer seus

efeitos sobre o desempenho do sistema, com base em raciocínio dedutivo

(HELMAN e ANDEREY, 1995).

A utilização de ferramentas como a FMEA permite identificar equipamentos

e/ou processos que possuem maior risco de ocorrência de modos de falha durante

a sua operação. Assim, é possível eliminar ou minimizar todos os modos de falha

24

que são considerados críticos ao sistema, ou ainda, criar uma sistemática de

priorização de manutenção a custos baixos (LAFRAIA, 2001; SIQUEIRA, 2005).

Aguiar e Salomon (2007) listaram os seguintes benefícios da FMEA:

Melhorar a qualidade, confiabilidade e segurança dos produtos ou serviços;

Melhorar a imagem e a competitividade da organização;

Contribuir para aumentar a satisfação do cliente;

Reduzir o tempo e o custo de desenvolvimento de produtos;

Estabelecer uma prioridade para a tomada de ações de melhoria;

Identificar características críticas ou significativas;

Contribuir na análise de um novo processo de montagem ou de manufatura;

Contribuir na definição de ações corretivas;

Listar as falhas potenciais e identificar a magnitude relativa de seus efeitos;

Desenvolver critérios rápidos para manufatura, processos, montagem e serviços;

Prover documentação histórica para futuras referências, auxiliando nas mudanças de projetos, processos e serviços.

Atuando efetivamente em falhas potenciais, a FMEA analisa três elementos

importantes para o sistema produtivo: o prejuízo que a falha pode gerar, a

possibilidade de ocorrência da falha e como esta falha pode ser detectada antes

que o produto chegue ao cliente. Deste modo, esta técnica oferece à abordagem

integrada um caráter preventivo (REBELATO et al., 2008).

2.3.3.3 Entendendo a FMEA

A análise da FMEA consiste em identificar o processo e suas funções,

evidenciando as falhas potenciais e os efeitos causados por elas. Em seguida,

realizar uma avaliação dos modos de falha que as mesmas possam oferecer por

meio de índices de severidade, ocorrência e detecção. Posteriormente, são

destacadas as ações de melhorias recomendadas a fim de reduzir esses riscos

(CHIN et al., 2009).

Para a classificação dos modos de falha, existem 3 parâmetros que devem

ser quantificados entre os valores de 1 a 10, são eles:

1) Severidade: deve dizer qual a gravidade do efeito da falha sobre o

cliente. Quanto maior o grau mais grave é o efeito da falha, no quadro 2

pode observar a consequência de acordo com o seu respectivo grau.

25

Quadro 2 – Índice de Severidade

Grau Conseqüência

1 Falhas de menor importância. Quase não são percebidos os efeitos sobre o produto ou o processo.

2 a 3 Provoca redução de performance do produto e surgimento gradual de ineficiência. O cliente perceberá a falha mas não ficará insatisfeito com ela.

4 a 6 O produto sofrerá uma degradação progressiva, ineficiência moderada, produtividade reduzida, início de frustração por parte do operador do processo ou do cliente.

7 e 8 Entre 50 a 70% das vezes não se consegue manter a produção e, requer grande esforço do operador. Queda na produtividade e eficiência. Alta taxa de refugo. O cliente ficará muito insatisfeito com a falha.

9 e10 Não se consegue produzir. Podem ocasionar danos às pessoas ou aos bens. Risco à continuidade operacional da planta. Cliente muito insatisfeito.

Fonte: Adaptado de Giovanetti (2010) e Palady (1997)

2) Ocorrência: relata a probabilidade de ocorrência da causa de uma

falha. Quanto maior o grau, mais provável que a falha ocorra. No quadro 3

tem-se a probabilidade de ocorrência de cada causa de acordo com o seu

grau.

Quadro 3 – Índice de Ocorrência

Fonte: Adaptado de Giovanetti (2010) e Palady (1997)

3) Detecção: descreve a chance de detecção de uma falha. Quanto

maior o grau, menor é a chance da falha ser encontrada. No quadro 4 os

graus possíveis e suas respectivas probabilidades de detecção.

Grau Probabilidade de Ocorrência

1 Muito remota

2 Muito pequena

3 Pequena

4 a 6 Moderada

7 e 8 Alta

9 e 10 Muito Alta

26

Quadro 4 – Índice de Detecção

Grau Probabilidade de Detecção

1 Muito alta

2 a 3 Alta

4 a 6 Moderada

7 e 8 Pequena

9 Muito pequena

10 Remota, a falha pode não ser detectada

Fonte: Adaptado de Giovanetti (2010) e Palady (1997)

Após a determinação destes 3 índices, pode-se obter o número de

prioridade de risco (RPN), que é dado pela multiplicação dos mesmos. Ou seja, a

determinação do RPN é dada pela equação 1:

RPN = Severidade x Ocorrência x Detecção (1)

O quadro 5 informa qual a avaliação do risco que se encontrará caso a

multiplicação destes 3 índices fique em algumas faixas de valores.

Quadro 5 – Índice de Risco

Pontuação Avaliação do Risco

1 – 50 Baixa

50 – 100 Média

100 – 200 Alta

200 – 1000 Muito alta

Fonte: Adaptado de Giovanetti (2010)

É de acordo com o índice de risco obtido que as ações, para a não

ocorrência de falhas, são tomadas.

2.3.3.4 Modelo de FMEA

O quadro 6 apresenta o exemplo de uma FMEA. No qual primeiramente

devem ser preenchidos os seguintes dados:

- Processo de fabricação

- O nome do produto

- Em qual fábrica (planta) foi realizada

27

- Por quem foi elaborado

Na sequência a primeira coluna, chamada de “Função”, deve dizer o que

este processo deve fazer ou conter para que a necessidade do cliente seja

atingida. Na segunda coluna, deve-se descrever os “modos de falha”, ou seja, o

que acontece neste processo para que ele não cumpra seu papel. Na terceira

coluna diz-se quais os efeitos que este modo de falha causa. Na quinta coluna,

têm-se as causas que ocasionaram cada modo de falha. Na quarta, na sexta e na

oitava coluna, devem ser anotados os graus das escalas de severidade, ocorrência

e detecção, explicados anteriormente. A multiplicação de cada um destes fatores

resulta no valor do RPN que está representado na nona coluna. Na sétima coluna

encontra-se as formas de controle de cada modo de falha para que ele não volte a

ocorrer, ou sua incidência seja diminuída. Na última coluna anota-se quais ações

serão tomadas para que o controle descrito possa ser conseguido de fato.

Quadro 6– Modelo de FMEA

FMEA – Análise de Modos e Efeitos de Falhas

Processo de Fabricação:____ Fábrica:______

Produto:_____________ Elaborado por:_____________________

Função Modo de

Falha Efeito Severidade Causa Ocorrência Controle Detecção RPN

Ação Recomendada

Fonte: Autora

2.4 Coleta de Dados

A obtenção de bons resultados depende que a coleta de dados tenha

credibilidade. A forma de coletá-los deve ser unificada para todos os equipamentos.

Ter um padrão é uma boa prática. Outro hábito que auxilia nas análises destes

dados, é a coleta de evidências físicas (como peças ou fragmentos), quando

possível. Para uma eficaz coleta de dados, onze tipos de dados devem ser

coletados, conforme detalhado abaixo, segundo Hansen (2006):

1) O quê. A identificação da falha da função.

2) Quando. Data e horário do evento, relatório da data e horário e

cronometragem do tempo, como a leitura da hora, do contador de ciclo

28

do sistema e o tempo do processo (por exemplo, início, estado

permanente e transição).

3) Onde. Serviço ou processo, centro de trabalho, sistema, fluxo do

processo, componente do equipamento (especialmente o que quebrou),

identificação do equipamento (número e sistema). Guarde qualquer parte

ou peça para exame físico.

4) Importância ou Impacto. Segurança, meio ambiente, produção, custo

estimado do reparo e frequência.

5) Testemunhas. Quem tem informações para responder perguntas sobre o

acompanhamento do assunto?

6) Por quê? Causa da falha e modo da falha. O que foi visto, cheirado,

ouvido e sentido (por exemplo, vibração, temperatura, posição).

7) Tipo de reparo.

8) Quem fez o reparo.

9) Partes ou peças usadas ou ajustadas (que ajustes foram feitos).

10) Tempo requerido para reparo. O reparo foi feito sem problemas? Em

caso negativo, quais as razões para aumentar o tempo de reparo.

11) Leituras básicas no reinício da operação (exemplos: amperagens,

vibrações e posições de válvulas).

Hansen (2006) aponta que quando se coleta dados de uma falha de

equipamento, as informações devem ser registradas como se fosse a cena de um

crime. Dos onze tipos de dados listados anteriormente, os itens de 1 a 6 e o item

11 devem registrados para todas as falhas. Todos os onze itens devem ser

registrados como falhas possíveis de serem reparáveis. Um exemplo de formulário

para a coleta de dados, sugerido por Hansen (2006), encontra-se na figura 1.

29

Figura 1 - Exemplo de formulário para ordem de produção

Fonte: HANSEN, 2006

Uma coleta de dados bem feita assegura o sucesso da Investigação da

Causa Raiz da Falha.

30

3. METODOLOGIA

3.1 A Empresa

No presente trabalho a indústria química retratada é de origem alemã,

possui unidades de produção distribuídas em cerca de 40 países e tem clientes em

mais de 170 nações. Possui um vasto portfólio, desde defensivos agrícolas,

passando por plásticos, até petróleo e gás.

Tem como norteadores os seguintes princípios: qualidade, segurança,

saúde, meio ambiente e responsabilidade social. Com isto ela visa à satisfação de

seus clientes.

O trabalho foi realizado no complexo químico de Guaratinguetá, em uma

das unidades de produtos agroquímicos, unidade esta responsável por diversos

produtos, desde inseticidas, fungicidas e herbicidas.

3.2 O Processo Escolhido

O processo de produção escolhido foi de um inseticida e consiste em uma

formulação do tipo suspensão concentrada. Os produtos químicos biologicamente

ativos não são apropriados para aplicação na forma pura, porque suas formas

físicas não permitem uma distribuição uniforme e também porque solventes,

emulsificantes ou adjuvantes e similares (usados nas formulações) facilitam a

penetração do produto químico ativo no alvo a ser atingido. Esses produtos

químicos devem ser transformados convenientemente em produtos formulados.

Formulação diz respeito ao método pelo qual o ingrediente ativo de um produto é

apresentado pela forma mais efetiva, em relação à aplicação (ZAMBOLIM;

CHAVES, 1990).

A formulação estudada foi de uma suspensão concentrada, ou seja, de uma

formulação constituída de uma suspensão estável de ingrediente(s) ativo(s) em um

veículo líquido que podia conter ingredientes ativos dissolvidos para aplicação após

diluição em água (NBR 12679).

31

E esta formulação foi preparada através dos seguintes equipamentos,

conforme a descrição que segue:

1) Dispersor: nele foram dosadas algumas matérias primas juntamente com

água e após um processo de moagem os ativos foram adicionados.

2) Moinhos: após a adição dos ativos, a solução passou pelos moinhos em

reciclo. Foi nesta etapa que o produto adquiriu o tamanho de partícula adequado

para a aplicação no campo.

3) Tanque de gel: o gel foi formulado em um tanque diferente para ser

adicionado ao produto somente quando a base moída já está no adensador. Ele

conferiu uma maior consistência ao produto.

4) Adensador: o tanque adensador recebeu a base moída que passou pelos

moinhos e o gel. Nele também foi realizada a adição de algumas matérias primas.

Após algum tempo de agitação, para melhor homogeneização do produto, o

mesmo foi enviado para o tanque pulmão.

5) Tanque Pulmão: após o adensador, o produto foi enviado para o tanque

pulmão, ou também tanque de produto acabado, onde ficou em repouso esperando

até ter sido envasado.

Figura 2 - Exemplo de fluxograma do processo estudado

Fonte: Autora

32

3.3 Método de Pesquisa

O método de pesquisa foi de estudo de caso, que consiste num estudo de

caráter empírico que investiga um fenômeno atual no contexto da vida real,

geralmente considerando que as fronteiras entre o fenômeno e o contexto onde se

insere não são claramente definidas (YIN, 2001).

Neste caso, o estudo de caso foi do tipo exploratório, que consiste nas

fases iniciais de uma investigação, onde se pode usar um ou mais casos para

desenvolver ideias e perguntas de investigação (VOSS et al, 2002).

O estudo de caso foi pautado na confiabilidade e validade, que são critérios

para julgar a qualidade da pesquisa. A confiabilidade visa demonstrar que as

operações de um estudo (como, por exemplo, os procedimentos para a coleta dos

dados) podem ser repetidas, apresentando os mesmos resultados (YIN, 2001).

3.4 O Roteiro da Pesquisa

O estudo de caso foi realizado nas seguintes etapas:

1) Análise do processo como um todo: esta análise foi feita visando

determinar o ponto de estrangulamento (gargalo) do processo. O ponto de partida

foi um relatório que é preenchido pelos operadores, onde eles descrevem os

motivos de paradas do processo. A análise deste relatório possibilitou a verificação

que a maior incidência de paradas ocorria nos moinhos por motivos diversos.

Sendo assim, adotou-se o moinho como o primeiro equipamento a ser investigado

neste estudo;

2) Análise de falhas: foi feita uma análise de quais falhas ocorriam no

gargalo (moinho), do por que e com qual incidência elas ocorriam. Esta análise foi

feita usando a ferramenta “Árvore de Falhas”. Todas as falhas, apontadas no

relatório preenchido pelos operadores (conforme etapa 1) foram classificadas e

divididas em categorias a fim de apurar o motivo de falha real e de maior

incidência;

3) Obtenção de dados: foram feitas medições no equipamento

responsável pelo gargalo, para que se pudesse comprovar que realmente ali

estava o principal gargalo produtivo e tentar compreender a razão disto.

33

Inicialmente, foi feita a análise do relatório FIFO (First in – First out) para se

averiguar qual a duração total do processo estudado e, posteriormente, analisou-se

o trend do moinho utilizado no mesmo, para se ter o tempo real que o produto ficou

naquele equipamento.

4) Análise dos dados coletados e apresentação de uma conclusão que

possibilitava ganhos do processo, e em consequência, um aumento da sua

produtividade. Com base nas duas análises realizadas: (i) - análise do relatório

FIFO e (ii) - análise do trend do moinho, a fim de determinar o golden batch e

também, por meio de uma comparação entre o tempo total da campanha e o tempo

de permanência do produto no moinho determinar, se para uma primeira análise, o

moinho realmente é o gargalo do processo.

5) Proposta: montar um relatório diário que deverá ser preenchido pelos

operadores. Nele, as seguintes informações deverão ser fornecidas: início da

formulação no moinho, término da passagem do produto por este equipamento, a

ocorrência de falha e seu motivo (quando houver).

34

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Análise do Processo

O processo em questão é composto basicamente por quatro etapas,

relacionadas de acordo os equipamentos nos quais elas são realizadas. Essas

operações são realizadas em série, e são as seguintes:

1) Reator de Dispersão

2) Reator de Base a Moer

3) Moinhos

4) Reator de Adensamento

Existe também uma etapa em paralelo, no qual há um tanque, também

conhecido como reator de gel, cuja formulação é descarregada no “Reator de

Adensamento”.

Em conversa com os operadores e com os engenheiros do setor, foi apurado

que eles, através de suas observações e experiência no processo, acreditam que é

no moinho que os produtos levam mais tempo.

Mesmo com esta informação, fez-se uma análise dos dados obtidos a partir

do formulário preenchido a cada turno, pelos operadores, denominado

“Indisponibilidade de Manutenção”. Este formulário é mostrado no Quadro 7, no

qual na primeira coluna, o operador anota a data em que a produção parou; na

segunda coluna o horário do início da parada, na coluna seguinte, o horário de

reinicio do processo. Na quarta coluna, o operador apura o tempo da duração da

parada, enquanto na quinta coluna registra o código de falha da parada. O

operador que registra a parada deve assinar na sexta coluna. Na coluna seguinte,

ele deve informar qual era o produto que estava sendo produzido quando a parada

ocorreu e em seguida, registrar o número do respectivo lote. Na última coluna,

deve-se anotar a descrição do motivo da parada ou, alguma observação que julgar

necessário.

Quadro 7 - Exemplo do relatório “Indisponibilidade Manutenção”

Fonte: Autora

Data Início Término Tempo Código Responsável Produto Lote Descrição

35

A partir dos dados apurados no relatório “Indisponibilidade Manutenção” (Quadro

7), pode-se comprovar que o motivo mais apontado como razão de parada do

processo, era o moinho, o que já havia sido apurado junto às pessoas que

possuíam experiência e tempo de observação do processo. Em face disso, definiu-

se que o moinho seria o primeiro equipamento a ser investigado como possível

gargalo.

É importante destacar que no relatório “Indisponibilidade Manutenção” (Quadro

7), nem sempre que uma parada ocorria era por uma falha em algum equipamento,

pois, tudo o que pudesse parar o processo, seja qual fosse a razão deveria ser

anotada nesta planilha, como, por exemplo, a falta de embalagem. Os motivos de

falhas que eram apontados nesta tabela eram bem abrangentes, o que não se fazia

necessário para o levantamento de dados que este tudo pretendia, dizia-se, por

exemplo, que o motor da bomba PXXXX havia quebrado. No presente estudo este

nível de detalhe não se faz necessário. Sendo assim, modificou-se a árvore de

falhas, para que pudesse abranger a tudo o que pudesse acontecer neste

processo, mas com maior assertividade, não se atendo a detalhes.

4.2 Resultados do Brainstorming

No tópico anterior, viu-se a necessidade de se criar uma nova árvore de

falhas. Então, primeiramente, fez-se uma análise dos fatores que poderiam compor

a mesma para o sistema produtivo (vide Figura 2 – seção 3.2), a fim de analisar os

principais motivos de paradas do sistema estudado, que são:

1) Paradas Programadas: são as paradas que são planejadas com certa

antecedência e que estão programadas no calendário anual da planta, como, por

exemplo, quando há implementação de um projeto em andamento, ou quando se

deve fazer a desinfecção química entre um produto e outro.

2) Paradas Inesperadas: são as paradas que ocorrem por falhas de

equipamentos ou operacionais, ou por falta de insumos necessários ao processo,

mas que não foram planejados.

3) Capacidade Não Utilizada: isso ocorre quando não há demanda de

mercado para o produto, ou quando o pedido para um lote teve seu tamanho

reduzido.

36

Estes três principais tipos de paradas do sistema produtivo foram então

analisados e desdobrados de acordo com a sistemática apresentada. Estas

análises foram feitas por meio da técnica do brainstorming, onde estiveram

presentes engenheiros e coordenadores de formulação. O Quadro 8 apresenta os

resultados obtidos através do brainstorming. A primeira coluna desta tabela indica

os principais motivos de paradas, conforme já detalhado. A segunda coluna

apresenta um desdobramento em subcategorias para cada um dos motivos de uma

parada podendo ser técnico, operacional, infraestrutura, qualidade ou demanda. A

terceira coluna é um desdobramento da segunda e apresenta um motivo mais

específico dentro de cada subcategoria.

Quadro 8 – Causas das Falhas Identificadas por meio do Brainstorming

Principal Motivo de uma Parada

Subcategoria Motivo Específico

Paradas Programadas

Técnicas Manutenção Preventiva

Operacionais

Projetos e Modificações

Setup (descontaminação, limpeza, ajustes)

Start up ou ShutDown (desinfecção)

Parada Administrativa

Infraestrutura

Falta de Utilidades (Água, Vapor, N2) fora do site.

Falta de matéria prima no site

Falta de matéria prima fora do site

Paradas Inesperadas

Técnicas Manutenção Corretiva

Operacionais

Limpeza

Falha Operacional

Falta de mão de obra

Aguardando encerramento de etapas anteriores

Parada Administrativa

Infraestrutura

Falta de utilidades (água, vapor, N2) no site

Falta de utilidades (água, vapor, N2) fora do site

Falta de matéria prima no site

Falta de matéria prima fora do site

Qualidade Reprocesso

Capacidade Não Utilizada Sem Demanda Lote Reduzido

Falta de demanda

Fonte: Autora

O que permitiu, também, a elaboração do quadro acima foi a análise dos

relatórios de “Indisponibilidade de Manutenção” (vide seção 4.1), onde estão

descritas as paradas e seus respectivos motivos. Aqueles que apareceram com

maior frequência foram:

37

1) Aumento da temperatura e/ou pressão - Não estão citados na árvore de

falhas porque é algo intrínseco ao processo, que ocorre naturalmente e não é

considerado uma falha operacional ou de equipamento, pois não há nada no

processo que aponte para a ocorrência de vazão maior, ou do aumento na

quantidade de esferas.

2) Aguardando o encerramento de etapas – um exemplo que pode ser dado

é da etapa de adensamento, quando o tanque ainda se encontra ocupado, já que o

produto ainda não está todo envasado. Neste caso, trata-se de paradas

inesperadas, devido a problemas operacionais.

3) Tamanho de partícula baixo – refere-se a partículas fora da

especificação, o que é considerado como parada inesperada devido a problemas

de qualidade.

4) Limpeza – entre um produto e outro é necessário a limpeza dos

equipamentos, através de uma desinfecção química, pois algumas das matérias

primas de um produto podem interferir de maneira negativa em outro produto. Caso

isso venha a ocorrer, um resultado indesejado pode ser a não eficiência do produto

no campo ou até mesmo a ocorrência de um efeito reverso ao que deveria

apresentar. Para evitar que isto ocorra, entre campanhas de produtos diferentes, os

equipamentos são devidamente limpados. Este tipo de limpeza química é

classificado como parada programada operacional.

5) Equipamento danificado (selo mecânico) – com o aumento da

temperatura, ou mesmo da pressão dentro do moinho, o selo mecânico deste

acaba por se danificar sendo necessário o seu conserto ou até mesmo a sua

substituição, esta falha é classificada como parada inesperada técnica.

4.3 Aplicação da FMEA

Com a etapa do brainstorming concluída, pode-se identificar as principais

causas de falhas. Desta forma, em uma segunda etapa fez-se uma FMEA para 11

das 21 causas apontadas no brainstorming. As 10 causas que não foram

analisados pela metodologia da FMEA são de controle externo à planta, como por

exemplo, quando faltam utilidades fora do site. Ou se repetiria a análise, como

exemplo pode ser citada a “parada administrativa” que é mencionada duas vezes

no quadro 8 (vide seção 4.2).

38

Desta maneira, com os modos de falhas melhor evidenciados, a relação

causa-efeito de cada um foi determinada, como também a forma de controle atual

sobre eles. Posteriormente quantificou-se os índices de severidade, ocorrência e

detecção, sendo atribuída uma pontuação de 1 a 10 para cada um destes. Com

esta etapa concluída pode-se obter o RPN de cada modo de falha, através da

multiplicação dos três índices citados e assim propor ações de melhorias a serem

tomadas.

No quadro 9 pode-se verificar as análises feitas para cada modo de falha

apontado pelo brainstorming.

1

Quadro 9 – FMEA: Análise de Modos e Efeitos de Falhas

Processo de Fabricação: Suspensão Concentrada Fábrica: XXXX

Produto: A e B Elaborado por: Autora

Função Modo de Falha Efeito Severidade Causa Ocorrência Controle Detecção RPN Ação Recomendada

Evitar possíveis

erros e falhas

dos

equipamentos

Manutenção

Preventiva

Falha do

equipamento por

falta de

manutenção

9 Falta de uma política de

incentivo 9 Não existente 4 324

Criação de políticas de

incentivo à manutenção

preventiva

Obter melhorias

que aumentem a

capacidade

produtiva do

processo

Projetos e

Modificações

Atrasos no

tempo de

produção

5

Falta de planejamento

adequado para que se

cumpra o prazo

5

Leadtime

estipulado no

ato da abertura

dos projetos

2 50

Melhor estudo dos

prazos estipulados,

para que realmente

possam ser cumpridos

Obter os níveis

adequados de

limpeza, para

que não se tenha

contaminantes

Setup

(descontaminação,

limpeza, ajustes)

Atrasos no

tempo de

produção

Contaminação

do produto

7

Falta de planejamento

Falta de mão de obra

Métodos Ineficientes de

controle

8

Planilha de

plano de

produção

4 224

Investigação da

principal causa de

atraso

Recomeçar a

produção após

modificações

Start up ou

ShutDown

(desinfecção)

Modificações

dos valores de

controles já

conhecidos

5

Falta de informação de

parâmetros anteriores

Falta de especificação

do equipamento

4

Planilhas com os

valores de

controles

parametrizados

durante testes

7 140

Melhor organização da

documentação e

controle mais efetivo

sobre seu

preenchimento

Cumprir

legislação

Parada

Administrativa

Falta de mão de

obra 1

Falta planejamento na

distribuição das pessoas 2

Planejamento

Operacional 2 4

Estudos preliminares

dos treinamentos

2

Quadro 9 – FMEA: Análise de Modos e Efeitos de Falhas (Continuação)

Processo de Fabricação: Suspensão Concentrada Fábrica:XXX

Produto: A e B Elaborado por: Autora

Função Modo de Falha Efeito Severidade Causa Ocorrência Controle Detecção RPN Ação Recomendada

Produzir o

Produto

Falta de Utilidades

(água, vapor, N2) no

site

Interrupção da

produção 3

Falta de

planejamento

Falta de

manutenção

adequada

2 Planejamento prévio 2 12 Planejamento integrado

Produzir o

Produto

Falta de matéria

prima no site

Interrupção da

produção 3

Planejamento

não

adequado

2

Controle de estoques

e previsão de

pedidos

2 12

Estudo de como

melhorar o controle de

estoques e pedidos

Corrigir erros e

falhas dos

equipamentos

danificados

Manutenção

Corretiva

Interrupção da

produção 9

Falta de

manutenção

preventiva

9

Relatório de

Indisponibilidade de

Manutenção

4 324

Incentivo à manutenção

preventiva

Treinamento

Colaboradores

Produzir o

Produto Falha Operacional

Interrupção da

produção 5

Instruções

operacionais não

adequadas ou

inexistentes

3

Divulgação dos

procedimentos

operacionais com

lista de presença

4 60

Revisão dos

procedimentos

operacionais

Dar

sequenciamento

ao processo

produtivo

Aguardando

encerramento de

etapas anteriores

Interrupção da

produção

3 Falta de tecnologia

e/ou automação do

processo

9 Inexistente 6 162

Estudo das novas

tecnologias de mercado

e como utilizá-las no

processo

3

Quadro 9 – FMEA: Análise de Modos e Efeitos de Falhas (Continuação)

Processo de Fabricação: Suspensão Concentrada Fábrica: XXX

Produto: A e B Elaborado por: Autora

Função Modo de Falha Efeito Severidade Causa Ocorrência Controle Detecção RPN Ação Recomendada

Retrabalhar o

produto para que

ele atenda a

especificação

requerida

Reprocesso

Atraso no

tempo de

produção

Gastos a mais

4

Erros durante a

formulação por

falta de atenção

do operador ou

por equipamento

não funcionando

adequadamente

Embalagem ou

rótulos

inadequados

6

Treinamento dos

operadores

Testes das

embalagens

7 168

Reciclagem periódica

dos operadores

Incentivo à manutenção

preventiva

Revisão dos rótulos

com certa periodicidade

Fonte: Autora

1

A análise da FMEA apresentada no quadro 9, revela que os maiores

valores de RPN são justamente para aqueles modos de falhas que foram relatados

pelo relatório de “Indisponibilidade de Manutenção” (vide seção 4.2).

É importante ressaltar a relevância de se colocar em prática as ações

recomendadas com maiores valores de RPN primeiramente. Vê-se que os quatro

modos de falhas que possuem maior RPN são: manutenção preventiva empatada

com manutenção corretiva, com 324 pontos; desta forma a ação de melhoria

recomendada foi a criação de políticas de incentivo à manutenção preventiva. Em

seguida tem-se o setup (descontaminação, limpeza) com 224 pontos. Este modo

de falha possui mais de uma causa raiz, portanto, propôs-se uma investigação para

que se encontre a principal. Em quarto lugar está o reprocesso com 168 pontos,

sendo sugeridas três ações de melhorias, entre elas o incentivo à manutenção

preventiva.

Todos os 11 modos de falhas analisados receberam sugestões de ações de

melhorias. Observando as ações propostas verifica-se que o incentivo à

manutenção preventiva é o mais citado. A empresa deve agora fazer uma

avaliação da sua política de manutenção. Outro ponto que pode ser levantado, foi a

recomendação em mais de um modo de falha, quanto a verificação periódica de

documentos e de se efetuar treinamentos. Verifica-se, portanto, que para se atingir

a excelência operacional, deve-se sempre revisar e observar o que está sendo feito

e como isto acontece; com certeza oportunidades de melhorias aparecerão.

4.4 Diagrama de Pareto

Para uma rápida identificação dos conceitos obtidos por meio da FMEA

gerou-se um diagrama de pareto. Nele pode-se observar quais os modos de

falhas com maior RPN e qual o seu impacto quando são acumulados.

Observa-se que manutenção preventiva aliada à manutenção corretiva

representa quase 50% do risco de falha desta planta. Isto nos diz que a

intervenção da manutenção nos equipamentos da planta se dá com grande

frequência.

Desta forma, alguns pontos de melhorias podem ser levantados para o

sistema estudado; são eles:

1) Incentivo à manutenção preventiva

2

2) Treinamento e capacitação dos operadores

3) Revisão periódica das documentações

4) Busca por novas tecnologias

5) Análises constantes do processo

Gráfico 2 – Diagrama de Pareto de acordo com a FMEA

Fonte: Autora

4.5 Coleta de Dados

4.5.1 Análises dos Tempos de Formulação para os Produtos A e B

Esta etapa ocorreu de janeiro a agosto de 2014, e nela foram estudados

dois produtos que são formulados no mesmo processo produtivo descrito na seção

3.2, e ambos fazem uso dos mesmos equipamentos.

Os dados coletados para os tempos de formulação foram retirados do

relatório FIFO (First in – First Out). Este método consiste em uma regra de

sequenciamento, geralmente usada para determinar a sequência ou a priorização

das ordens de produção de materiais a serem processados, também podendo ser

usado como limitador de produção nos processos nos quais é inviável manter

supermercados, como peças sob encomenda, peças que tenham uma curto ciclo

de vida de armazenamento, peças dispendiosas que são usadas com pouca

frequência. (SHOOK E ROTHER, 2003).

3

Dessa forma, o FIFO é um método de controle de estoque, que indica que o

material que deve ser retirado do almoxarifado é aquele que está há mais tempo no

setor, ou seja, o primeiro que entrou. O método proporciona um maior controle de

produtos, reduzindo a possibilidade de haver produtos ultrapassados do prazo de

validade e, portanto, descartados, prejudicando a empresa em diversos fatores

(VIANA, 2002; NOVAES, 2004).

Assim, por meio do FIFO obteve-se o início e o término de cada lote, sendo

possível a determinação do tempo de formulação para os dois produtos em

questão (Tempos de Formulação para o Produto A / Produto B). Com esta análise

foi possível determinar o golden batch para cada produto, ou seja, qual foi o lote

que teve o menor tempo de produção, devendo o mesmo ser adotado como padrão

a ser implementado.

Os dados completos obtidos encontram-se no Apêndice A (Formulação A) e

Apêndice B (Formulação B). As tabelas 1 e 2 apresentam uma amostra dos dados

obtidos. Em ambas as tabelas, a primeira coluna apresenta a etapa do processo

produtivo: adensamento ou dispersão; a segunda coluna apresenta os dados

referentes ao momento exato do início do processamento de cada lote e a terceira

coluna apresenta os dados referentes ao momento exato do final da referente

etapa. Os dados da quarta coluna referem-se à quantidade que foi produzida em

cada etapa por lote e os dados da quinta coluna referem-se ao número do lote

conforme classificação interna da fábrica. Por fim, os dados da sexta e última

coluna possuem o tempo de duração de cada etapa, ou seja, a diferença entre o

tempo da terceira coluna (tempo final) subtraído do tempo da segunda coluna

(tempo inicial).

4

Tabela 1 – Amostra dos Tempos de Formulação para o Produto A

31.1.2014 – 20.4.2014

Fonte: Autora

Tabela 2 – Amostra dos Tempos de Formulação para o Produto B

17.1.2014 – 20.1.2014

Etapa Início Fim Quantidade Lote Duração

Dispersão 17/01/2014 09:43 17/01/2014 11:30 3,830 Kg 011-14-09900 1:47:00

Dispersão 17/01/2014 19:00 17/01/2014 22:00 3,791 Kg 012-14-09900 3:00:00

Dispersão 18/01/2014 14:45 18/01/2014 16:20 3,805 Kg 013-14-09900 1:35:00

Adensamento 18/01/2014 18:55 18/01/2014 19:50 8,503 Kg 011-14-09900 0:55:00

Dispersão 18/01/2014 22:25 19/01/2014 00:51 3,811 Kg 014-14-09900 2:26:00

Adensamento 19/01/2014 02:40 19/01/2014 03:15 10,402 Kg 012-14-09900 0:35:00

Dispersão 19/01/2014 13:30 19/01/2014 15:30 3,812 Kg 015-14-09900 2:00:00

Adensamento 19/01/2014 14:31 19/01/2014 15:53 10,398 Kg 013-14-09900 1:22:00

Adensamento 19/01/2014 23:00 19/01/2014 23:58 10,754 Kg 014-14-09900 0:58:00

Dispersão 19/01/2014 23:27 20/01/2014 01:20 3,807 Kg 016-14-09900 1:53:00

Fonte: Autora

4.5.2 Análises da Soma de 7 Lotes Consecutivos para os Produtos A e B

Depois fez-se uma análise da soma de 7 lotes consecutivos (Soma de 7

lotes consecutivos para o Produto A/Produto B). Esta análise permitiu encontrar a

melhor sequência de produção para 7 lotes, devendo ser repetida nas demais

campanhas. As tabelas 3 e 4 apresentam uma pequena amostra dos dados

obtidos. As análises completas encontram-se no Apêndice C (Lotes Consecutivos –

Formulação A) e no Apêndice D (Lotes Consecutivos – Formulação B). Nas tabelas

3 e 4 observa-se na primeira coluna o início da etapa de dispersão, que representa

Etapa Início Fim Quantidade Lote Duração

Dispersão 31/01/2014 00:02 31/01/2014 02:00 4,262 Kg 001-014-07450 01:58:00

Dispersão 31/01/2014 03:35 31/01/2014 05:05 4,278 Kg 002-014-07450 01:30:00

Dispersão 31/01/2014 09:00 31/01/2014 16:30 4,350 Kg 003-014-07450 07:30:00

Adensamento 31/01/2014 12:00 31/01/2014 12:35 7,921 Kg 001-014-07450 00:35:00

Adensamento 31/01/2014 21:40 31/01/2014 22:28 8, 714 Kg 002-014-07450 00:48:00

Adensamento 02/02/2014 23:47 03/04/2014 01:22 9, 823 Kg 003-014-07450 01:46:00

Dispersão 19/04/2014 20:57 19/04/2014 23:17 4,281 Kg 008-014-07450 02:20:00

Adensamento 20/04/2014 10:16 20/04/2014 11:00 7,820 Kg 008-014-07450 00:44:00

Dispersão 20/04/2014 15:27 20/04/2014 19:30 5,419 Kg 009-014-07450 04:03:00

Dispersão 20/04/2014 21:14 20/04/2014 23:20 5,515 Kg 010-014-07450 02:06:00

5

o início da formulação do lote. Na segunda coluna tem-se o final da etapa de

adensamento, que retrata quando a formulação do lote se encerrou. Desta forma,

através da subtração da segunda coluna pela primeira, tem-se a terceira coluna,

onde nota-se a duração de lote. Na quarta coluna observa-se a soma da duração

de 7 lotes consecutivos. E, na última coluna, apresenta-se o lote descrito pelas

colunas anteriores.

Tabela 3 – Amostra Lotes Consecutivos Formulação A 31.1.2014 – 25.4.2014

Fonte: Autora

Tabela 4 – Amostra Lotes Consecutivos Formulação B

17.1.2014 – 22.1.2014 Início Dispersão Final Adensamento Duração Soma 7 Lotes Consecutivos Lote

17/01/2014 09:43 18/01/2014 19:50 34:07:00 172:48:00 011-14-09900 17/01/2014 19:00 19/01/2014 03:15 32:15:00 160:01:00 012-14-09900 18/01/2014 14:45 19/01/2014 15:53 25:08:00 146:36:00 013-14-09900 18/01/2014 22:25 19/01/2014 23:58 25:33:00 144:13:00 014-14-09900 19/01/2014 13:30 20/01/2014 08:35 19:05:00 137:10:00 015-14-09900 19/01/2014 23:27 20/01/2014 17:30 18:03:00 133:50:00 016-14-09900 20/01/2014 08:38 21/01/2014 03:15 18:37:00 133:47:00 017-14-09900 20/01/2014 20:45 21/01/2014 18:05 21:20:00 132:25:00 018-14-09900 21/01/2014 09:40 22/01/2014 04:30 18:50:00 126:56:00 019-14-09900 21/01/2014 20:40 22/01/2014 19:25 22:45:00 126:26:00 020-14-09900

Fonte: Autora

Vale ressaltar que a sequência de 7 lotes, é o padrão adotado pela empresa

em todos os países no qual ela atua, pois uma sequência composta por 7 lotes

trazia dados estatísticos confiáveis sobre como se determinar a melhor campanha

produzida e por consequência qual a capacidade produtiva da planta.

Em sequência retirou-se os melhores de dados de cada tabela. Das tabela 1

e 2 obteve-se os menores tempos de formulação, que colocados em ordem

crescente, originaram as tabelas 5 e 7; onde na primeira coluna observa-se a

sequência dos sete menores tempos, na coluna do meio a duração da formulação

e por último o seu respectivo lote. Já, das tabelas 3 e 4 obteve-se as menores

somas para os 7 lotes consecutivos que dispostas, também, de forma crescente

originaram as tabelas 6 e 8; nas quais na primeira coluna observa-se a sequência

Início Dispersão Final Adensamento Duração Soma 7 Lotes Consecutivos Lote

31/01/2014 00:02 31/01/2014 12:35 12:33:00 275:42:00 001-14-07450 31/01/2014 03:35 31/01/2014 22:28 18:53:00 327:44:00 002-14-07450 31/01/2014 09:00 03/02/2014 01:33 64:33:00 331:43:00 003-14-07450 19/04/2014 20:57 20/04/2014 11:00 14:03:00 290:10:00 008-14-07450 20/04/2014 15:27 21/04/2014 22:53 31:26:00 312:35:00 009-14-07450 20/04/2014 21:14 23/04/2014 19:50 70:36:00 310:53:00 010-14-07450 21/04/2014 07:42 23/04/2014 23:20 63:38:00 283:37:00 011-14-07450 21/04/2014 20:45 24/04/2014 13:20 64:35:00 239:54:00 012-14-07450 24/04/2014 12:30 25/04/2014 11:22 22:52:00 192:39:00 013-14-07450 24/04/2014 18:10 25/04/2014 17:10 23:00:00 205:27:00 014-14-07450

6

de 3 menores somas de formulação de 7 lotes consecutivos, na segunda coluna a

soma das duração destes 7 lotes, na terceira coluna diz-se quais são estes lotes,

na quarta se encontra uma média da quantidade produzida por eles, e por último

uma média da coluna anterior, que será adotada como quantidade padrão para

produção.

Tabela 5 - Menores tempos de Formulação A

Sequência Duração da Formulação Lote

1 12:33:00 001-14-07450 2 14:03:00 008-14-07450 3 14:25:00 025-14-09700 4 14:50:00 028-14-09700 5 15:18:00 023-14-09700 6 15:35:00 026-14-09700 7 15:39:00 024-14-09700

Fonte: Autora

Da tabela 5, verifica-se que o lote “001-14-07450” foi o lote com menor

tempo de duração – 12horas e 33 minutos -, desta forma, o mais rápido a ser

produzido, seguido pelo lote “008 -14-07450” e assim em diante.

Tabela 6 - Menor soma consecutiva de 7 lotes Formulação A

Sequência Duração de 7 Lotes

Consecutivos

Lotes Correspondentes Média Produzida Nestes

Lotes

Quantidade

Padrão

1 118:00:00 022 ao 028 10948 Kg 10981Kg

2 122:12:00 023 ao 029 11028 Kg

3 146:34:00 024 ao 030 10965 Kg

Fonte: Autora

Da tabela 6, verifica-se que a sequência de 7 lotes consecutivos que teve

menor tempo, foi iniciada no lote “022” e terminou no lote “028” e teve como

quantidade produzida por lote uma média de 10948Kg. Este mesmo raciocínio

pode-se adotar para as linhas seguintes. E, observa-se que na quinta coluna foi

feito uma média da coluna anterior, encontrando-se o valor de 10981Kg, que pode

ser considerado como a capacidade máxima de produção do produto A, neste

processo, no menor tempo possível.

7

Tabela 7 - Menores tempos de Formulação B Sequência Duração da Formulação Lote

1 15:45:00 022-14-09900 2 15:51:00 025-14-09900 3 17:15:00 024-14-09900 4 17:52:00 177-14-09900 5 17:58:00 034-14-09900 6 18:00:00 023-14-09900 7 18:03:00 016-14-09900

Fonte: Autora

Da tabela 7, verifica-se que o lote “022-14-09900” foi o lote com menor

tempo de duração – 15horas e 45 minutos - desta forma, o mais rápido a ser

produzido, seguido pelo lote “025 -14-09900” e assim em diante.

Tabela 8 - Menor soma consecutiva de 7 lotes Formulação B

Sequência Duração de 7 Lotes

Consecutivos

Lotes Correspondentes Média Produzida Nestes

Lotes

Quantidade

Padrão

1 122:26:00 21 ao 27 10616 Kg 10643

2 126:26:00 20 ao 26 10659 Kg

3 126:56:00 19 ao 25 10655 Kg

Fonte: Autora

Da tabela 8 verifica-se que a sequência de 7 lotes consecutivos que teve

menor tempo, foi iniciada no lote “021” e terminou no lote “027” e teve como

quantidade produzida por lote uma média de 10616Kg. Este mesmo raciocínio

pode-se adotar para as linhas seguintes. E, observa-se que na quinta coluna foi

feito uma média da coluna anterior, encontrando-se o valor de 10643Kg, que pode

ser considerado como a capacidade máxima de produção do produto B, neste

processo, no menor tempo possível.

4.5.3 Análises da Etapa Mais Lenta: A Moagem

Com as etapas descritas acima concluídas, buscou-se no SDCD (Sistema

Digital de Controle Distribuído) o trend (gráficos) da etapa moagem deste processo

para os dois produtos. O trend fornece o início e o final de uma etapa por meio de

gráficos, nele se consegue visualizar o momento no qual o moinho entrou em

operação e acompanhar até o seu desligamento. Podendo-se, assim, obter quanto

tempo durou a etapa de moagem de cada lote, e também a soma da duração de 7

8

moagens consecutivas. Desta forma, uma pequena amostra dos dados coletados

pode ser verificada nas tabelas 9 e 10 (Moagem Formulação A/Formulação B) em

que, na primeira coluna tem-se o início da etapa de moagem, na segunda coluna o

final desta etapa. Calculou-se a duração da mesma na terceira coluna, e na quarta

a soma de 7 lotes consecutivos e, na última coluna tem-se o lote em questão. Os

dados completos podem ser encontrados, respectivamente, nos Apêndice E

(Moagem Formulação A) e F (Moagem Formulação B).

Tabela 9 – Amostra Moagem Formulação A 31.1.2014 – 25.4.2014

Fonte: Autora

Tabela 10 – Amostra Moagem Formulação B 17.1.2014 – 22.1.2014

Início Moagem Final Moagem Duração Soma 7 Lotes Consecutivos Lote

17/01/2014 17:12 18/01/2014 01:05 07:53:00 54:27:00 011-14-09900 18/01/2014 03:26 18/01/2014 12:38 09:12:00 54:51:00 012-14-09900 18/01/2014 19:58 19/01/2014 03:34 07:36:00 45:39:00 013-14-09900 19/01/2014 01:15 19/01/2014 08:38 07:23:00 46:39:00 014-14-09900 19/01/2014 16:57 20/01/2014 00:13 07:16:00 46:55:00 015-14-09900 20/01/2014 02:49 20/01/2014 10:02 07:13:00 39:39:00 016-14-09900 20/01/2014 11:27 20/01/2014 19:21 07:54:00 32:26:00 017-14-09900 21/01/2014 08:42 21/01/2014 16:59 08:17:00 32:06:00 018-14-09900

019-14-09900 21/01/2014 23:01 22/01/2014 07:37 08:36:00 31:20:00 020-14-09900

Fonte: Autora

Posteriormente, foi feita uma análise destes dados (Apêndices E e F) e os

melhores de cada tabela (Moagem Formulação A/Formulação B) foram extraídos,

ou seja, os menores tempos de moagem para cada formulação, que estão

retratados nas tabelas 11 e 12:

Início Moagem Final Moagem Duração Soma 7 Lotes Consecutivos Lote

31/01/2014 03;35 31/01/2014 07:00 3:25:26 22:41:00 001-14-07450 31/01/2014 08:02 31/01/2014 11:24 3:22:00 24:01:00 002-14-07450 31/01/2014 20:59 31/01/2014 23:54 2:55:00 25:31:00 003-14-07450 20/04/2014 01:30 20/04/2014 05:12 3:42:00 27:27:00 008-14-07450 20/04/2014 22:10 21/04/2014 01:37 4:27:00 26:17:00 009-14-07450 21/04/2014 03:24 21/04/2014 08:14 4:50:00 27:06:00 010-14-07450

011-14-07450 21/04/2014 23:30 22/04/2014 04:15 4:45:00 27:36:00 012-14-07450 24/04/2014 18:01 24/04/2014 22:53 4:52:00 28:26:00 013-14-07450 25/04/2014 00:22 25/04/2014 05:13 4:51:00 28:25:00 014-14-07450

9

Tabela 11 - Menores Tempos de Moagem Formulação A Sequência Duração da Moagem Lote

1 2:00:00 030-14-09700

2 2:32:00 015-14-07450

3 2:55:00 003-14-07450

4 3:22:00 002-14-07450

5 3:25:00 001-14-07450

6 3:42:00 008-14-07450

7 4:25:00 033-14-09700

Fonte: Autora

Da tabela 11, verifica-se que o lote em que a moagem teve seu menor

tempo de duração, foi o de número “030-14-09700”, seguido pelo lote “015-14-

07450”.

Tabela 12 - Menores Tempos de Moagem Formulação B Sequência Duração da Moagem Lote

1 6:45:00 036-14-09900

2 6:53:00 173-14-09900

3 7:10:00 030-14-09900

4 7:13:00 016-14-09900

5 7:16:00 015-14-09900

6 7:23:00 014-14-09900

7 7:29:00 201-14-09900

Fonte: Autora

Na tabela 12, verifica-se que para a formulação B o lote em que a moagem

teve seu menor tempo de duração, foi o de número “036-14-09900”, seguido pelo

lote “173-14-09900”.

E, posteriormente seria calculada as menores somas de 7 lotes

consecutivos para a etapa de moagem de cada formulação, porém não pode-se

obter todos os dados necessários para esta análise.

10

4.5.4 Análise Comparativa entre o Tempo de Formulação e o Tempo de

Moagem do Produto

Visando analisar se o moinho é a etapa gargalo deste processo, foi feita

uma comparação entre as tabelas 5 e 7 (Menores Tempos de Formulação A/B)

com as tabelas 11 e12 (Menores Tempos de Moagem Formulação A/B).

Entende-se que o tempo menor de formulação, para um lote, encontrados

nas tabelas 5 e 7 deve ser correspondente ao menor tempo de moagem, dado

pelas tabelas 11 e 12. Fez-se, então, uma comparação entre estas tabelas para

cada formulação.

1) Para a formulação A:

Vê-se que apenas os lotes “001-14-07450” e “008-14-07450” aparecem

ambas. Todos os demais lotes são distintos. Isto, portanto, não nos permite dizer,

com precisão, que o moinho é a etapa gargalo da formulação A.

2) Para a formulação B:

Vê-se que apenas o lote “016-14-09900” aparece em ambas. Isto, também,

não nos permite dizer, com precisão, que o moinho é a etapa gargalo da

formulação B.

4.6 Discussão dos Resultados apresentados

No presente estudo buscou-se utilizar a ferramenta FMEA para identificar os

modos de falhas que ocorrem neste processo produtivo (vide seção 3.2). Ela

permitiu encontrar os pontos críticos do mesmo e, também, propor ações de

melhorias que possam diminuir os riscos apontados.

Observa-se que o modo de falha manutenção, seja preventiva ou corretiva,

apareceu com grande destaque neste processo, ambas com 324 pontos e, que

juntas chegam a cerca de 50% das causas de riscos - informação esta apurada

através do diagrama de pareto. Portanto, deve ser priorizado. Deve-se incentivar a

11

política de manutenção preventiva. Quanto à manutenção corretiva, deve-se ter

uma melhor capacitação dos seus colaboradores, para que as operações sejam

feitas mais rapidamente e com melhor precisão, para que uma nova intervenção

não seja necessária.

Outra oportunidade de melhoria encontrada foi quanto a capacitação e

treinamento dos colaboradores. Isto pode ser feito por aqueles que têm mais

experiência.

Verifica-se também que com uma periodicidade de revisão dos documentos

utilizados pela fábrica pode-se diminuir alguns dos modos de falhas, como por

exemplo, as falhas operacionais.

Para nenhum dos 11 modos de falhas estudados, foi apontada alguma ação

de melhoria que demandasse alto custo. Vê-se, portanto, que uma ferramenta

como a FMEA é eficaz na determinação de quais são os riscos do seu processo, e

também ao dizer qual deve ser priorizado.

Observa-se, também, que a união da FMEA com o gráfico de pareto é de

grande utilidade, pois este permite identificar de forma mais rápido os resultados

obtidos por ela.

Quanto à coleta de dados, e determinação do gargalo esperava-se

encontrar uma correspondência entre os tempos de moagem e o tempo total de

formulação, pois onde a moagem demorasse mais, provavelmente seria o lote com

maior tempo total de formulação. Porém, não foi o que ocorreu.

Os resultados obtidos permitem observar que ter adotado a etapa de

moagem como gargalo deste processo, não foi uma boa opção. Visto que somente

em alguns casos o tempo de maior moagem coincide com o tempo maior de

formulação.

Recomenda-se à empresa que continue a coleta de dados, porém com uma

outra etapa, ou que faça o monitoramento do processo como um todo, para que

possa, de fato encontrar a real etapa gargalo deste processo.

Como resultado deste trabalho, deixa-se à empresa a sugestão de um novo

relatório, onde as falhas que serão adotadas (vide seção 4.2) representarão de

maneira assertiva o que realmente acontece neste processo, sem, porém, conter

informações desnecessárias. Neste relatório poderá observar-se na primeira coluna

o início da parada, na segunda o seu término. A terceira e a quarta coluna estão

relacionadas com a falha, naquela diz-se o seu motivo e nesta a sua descrição,

12

ambas de acordo com o modelo aqui apresentado na seção 4.2. Na quinta coluna

será informado o produto e na sexta o seu respectivo lote. A penúltima coluna dirá

qual a condição do processo no momento da falha; ou seja:

1) Se não estava produzindo,

2) Se estava produzindo e o processo foi interrompido ou

3) Se continuou produzindo porém com uma capacidade reduzida.

E, a última coluna será informado quem observou a falha relatada.

Quadro 10 – Modelo Relatório Proposto

Início Parada Fim da Parada Motivo da

Falha Descrição da

Falha Produto Lote

Condição do Processo no momento da

Falha

Responsável

Fonte: Autora

Um resultado positivo desse estudo foi a determinação do o golden batch

para os dois produtos estudados, conforme explicado anteriormente (vide seção

4.3.2), e representado na última coluna das tabelas 6 e 8.

Produto A: capacidade máxima de 10981 Kg

Produto B: capacidade máxima de 10643 Kg

13

5. CONCLUSÃO

Ao final deste trabalho, obtiveram-se as seguintes respostas:

1) Como principal modo de falha deste processo encontrou-se a falta de

uma boa política de manutenção, chegando a cerca de 50% dos riscos

do processo.

2) Para a formulação do produto A, este processo tem a capacidade

máxima de 10981 Kg, e para o produto B de 10643 Kg. Estes são os

valores que deverão ser adotados como o golden batch para cada um

dos produtos, respectivamente.

3) O moinho é o equipamento que mais falha, e o que mais precisa de

intervenções por parte da manutenção. Porém, não se pode afirmar que

ele é realmente o gargalo do processo, visto que somente em alguns

casos o tempo de maior moagem coincide com o tempo maior de

formulação. Portanto, verifica-se que, por meio de uma árvore de falhas

fidedigna pode-se determinar quais os motivos de parada de um

processo e, até mesmo, com qual incidência ele ocorre.

4) Não foi possível afirmar que o moinho é o gargalo deste processo, mas,

sim que ele falha constantemente, talvez seja necessária uma árvore de

falhas mais específica, onde se possa determinar quais os motivos que

levam o moinho a parar, para que se possa dizer, com precisão, se

apenas um ajuste será necessário ou se será preciso realmente uma

substituição do equipamento.

Desta forma, apesar de não encontrar por definitivo a etapa gargalo do

processo em questão, o presente estudo mostrou que com uma coleta de dados e

através de uma árvore de falhas pode-se determinar a etapa gargalo de um

processo e quais os motivos que a levam a ser a etapa mais lenta. Sendo possível,

também, determinar quão confiável e disponível um equipamento é.

Este trabalho mostrou também como é possível a determinação da

capacidade máxima de um processo produtivo. E, como se pode observar, neste

estudo a capacidade máxima dos dois produtos foi aumentada, sem ser necessária

nenhuma modificação no processo produtivo, apenas este estudo comprovou que a

planta tem capacidade de produzir mais do que produz atualmente.

14

Sugere-se que seja continuada a investigação deste processo produtivo até

que se determine, de fato, qual é a sua etapa gargalo.

15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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APÊNDICE A - TEMPOS DE FORMULAÇÃO PARA O PRODUTO A

Etapa Início Fim Quantidade Lote Duração

Dispersão 31/01/2014 00:02 31/01/2014 02:00 4,262 Kg 001-14-07450 01:58:00

Dispersão 31/01/2014 03:35 31/01/2014 05:05 4,278 Kg 002-14-07450 01:30:00

Dispersão 31/01/2014 09:00 31/01/2014 16:30 4,350 Kg 003-14-07450 07:30:00

Adensamento 31/01/2014 12:00 31/01/2014 12:35 7,921 Kg 001-14-07450 00:35:00

Adensamento 31/01/2014 21:40 31/01/2014 22:28 8,714 Kg 002-14-07450 00:48:00

Adensamento 02/02/2014 23:47 03/02/2014 01:33 9,823 Kg 003-14-07450 01:46:00

Dispersão 19/04/2014 20:57 19/04/2014 23:17 4,281 Kg 008-14-07450 02:20:00

Adensamento 20/04/2014 10:16 20/04/2014 11:00 7,820 Kg 008-14-07450 00:44:00

Dispersão 20/04/2014 15:27 20/04/2014 19:30 5,419 Kg 009-14-07450 04:03:00

Dispersão 20/04/2014 21:14 20/04/2014 23:20 5,515 Kg 010-14-07450 02:06:00

Dispersão 21/04/2014 07:42 21/04/2014 11:50 5,494 Kg 011-14-07450 04:08:00

Dispersão 21/04/2014 20:45 21/04/2014 23:50 47,070 Kg 012-14-07450 03:05:00

Adensamento 21/04/2014 22:15 21/04/2014 22:53 10,744 Kg 009-14-07450 00:38:00

Adensamento 23/04/2014 14:20 23/04/2014 19:50 10,990 Kg 010-14-07450 05:30:00

Adensamento 23/04/2014 21:40 23/04/2014 23:20 11,002 Kg 011-14-07450 01:40:00

Adensamento 24/04/2014 12:25 24/04/2014 13:20 10,875 Kg 012-14-07450 00:55:00

Dispersão 24/04/2014 12:30 24/04/2014 16:40 5,477 Kg 013-14-07450 04:10:00

Dispersão 24/04/2014 18:10 24/04/2014 21:20 5,496 Kg 014-14-07450 03:10:00

Dispersão 24/04/2014 23:40 25/04/2014 01:30 5,556 Kg 015-14-07450 01:50:00

Adensamento 25/04/2014 00:05 25/04/2014 11:22 10,880 Kg 013-14-07450 11:17:00

Dispersão 25/04/2014 11:26 25/04/2014 16:00 5,523 Kg 016-14-07450 04:34:00

Adensamento 25/04/2014 16:20 25/04/2014 17:10 10,938 Kg 014-14-07450 00:50:00

Dispersão 25/04/2014 19:10 25/04/2014 23:40 88,814 Kg 017-14-07450 04:30:00

Adensamento 26/04/2014 11:20 26/04/2014 12:08 10,763 Kg 015-14-07450 00:48:00

Adensamento 26/04/2014 16:20 26/04/2014 17:10 10,807 Kg 016-14-07450 00:50:00

Adensamento 27/04/2014 10:45 27/04/2014 14:30 11,839 Kg 017-14-07450 03:45:00

Dispersão 30/04/2014 01:10 30/04/2014 04:10 5,432 Kg 018-14-09700 03:00:00

Dispersão 30/04/2014 10:00 30/04/2014 13:00 5,500 Kg 019-14-09700 03:00:00

Dispersão 30/04/2014 16:30 30/04/2014 21:20 5,404 Kg 020-14-09700 04:50:00

Adensamento 30/04/2014 20:15 30/04/2014 21:05 10,150 Kg 018-14-09700 00:50:00

Dispersão 30/04/2014 23:26 01/05/2014 03:20 5,450 Kg 021-14-09700 03:54:00

Adensamento 01/04/2014 02:40 01/04/2014 03:20 10,670 Kg 019-14-09700 00:40:00

Dispersão 02/05/2014 03:05 02/05/2014 08:00 5,358 Kg 022-14-09700 04:55:00

Adensamento 02/05/2014 03:30 02/05/2014 04:10 11,091 Kg 020-14-09700 00:40:00

Dispersão 02/05/2014 20:42 02/05/2014 23:30 5,410 Kg 023-14-09700 02:48:00

Adensamento 02/05/2014 21:20 02/05/2014 23:30 10,804 Kg 021-14-09700 02:10:00

Adensamento 03/05/2014 04:20 03/05/2014 04:53 10,614 Kg 022-14-09700 00:33:00

Dispersão 03/05/2014 04:56 03/05/2014 09:30 5,405 Kg 024-14-09700 04:34:00

Adensamento 03/05/2014 11:10 03/05/2014 12:00 11,190 Kg 023-14-09700 00:50:00

18

Fonte: Autora

Dispersão 03/05/2014 12:15 03/05/2014 15:10 5,364 Kg 025-14-09700 02:55:00

Dispersão 03/05/2014 19:15 03/05/2014 22:35 5,419 Kg 026-14-09700 03:20:00

Adensamento 03/05/2014 19:55 03/05/2014 20:35 10,971 Kg 024-14-09700 00:40:00

Dispersão 04/05/2014 00:35 04/05/2014 03:50 5,401 Kg 027-14-09700 03:15:00

Adensamento 04/05/2014 02:00 04/05/2014 02:40 10,925 Kg 025-14-09700 00:40:00

Dispersão 04/05/2014 08:30 04/05/2014 12:00 5,404 Kg 028-14-09700 03:30:00

Adensamento 04/05/2014 09:00 04/05/2014 10:50 11,174 Kg 026-14-09700 01:50:00

Adensamento 04/05/2014 16:57 04/05/2014 17:00 10,724 Kg 027-14-09700 00:03:00

Dispersão 04/05/2014 15:00 04/05/2014 17:10 5,399 Kg 029-14-09700 02:10:00

Dispersão 04/05/2014 20:15 04/05/2014 23:00 5,420 Kg 030-14-09700 02:45:00

Adensamento 04/05/2014 22:45 04/05/2014 23:20 11,041 Kg 028-14-09700 00:35:00

Dispersão 05/05/2014 01:55 05/05/2014 04:00 5,432 Kg 031-14-09700 02:05:00

Adensamento 05/05/2014 19:30 05/05/2014 21:00 11,172 Kg 029-14-09700 01:30:00

Dispersão 06/05/2014 05:10 06/05/2014 11:20 5,397 Kg 032-14-09700 06:10:00

Adensamento 06/05/2014 10:50 06/05/2014 11:55 10,751 Kg 030-14-09700 01:05:00

Adensamento 06/05/2014 16:40 06/05/2014 17:20 11,152 Kg 031-14-09700 00:40:00

Dispersão 06/05/2014 20:50 07/05/2014 00:30 5,412 Kg 033-14-09700 03:40:00

Adensamento 07/05/2014 01:00 07/05/2014 02:05 10,685 Kg 032-14-09700 01:05:00

Dispersão 07/05/2014 02:20 07/05/2014 05:10 5,385 Kg 034-14-09700 02:50:00

Dispersão 07/05/2014 13:18 07/05/2014 16:05 5,492 Kg 035-14-09700 02:47:00

Adensamento 07/05/2014 15:00 07/05/2014 15:50 11,157 Kg 033-14-09700 00:50:00

Dispersão 08/05/2014 03:15 08/05/2014 07:22 5,524 Kg 036-14-09700 04:07:00

Adensamento 08/05/2014 03:50 08/05/2014 04:20 10,886 Kg 034-14-09700 00:30:00

Dispersão 08/05/2014 10:30 08/05/2014 14:55 5,458 Kg 037-14-09700 04:25:00

Adensamento 08/05/2014 10:50 08/05/2014 12:52 11,489 Kg 035-14-09700 02:02:00

Dispersão 08/05/2014 19:38 08/05/2014 22:40 5,397 Kg 038-14-09700 03:02:00

Adensamento 08/05/2014 20:34 08/05/2014 21:12 11,151 Kg 036-14-09700 00:38:00

Dispersão 09/05/2014 11:48 09/05/2014 15:30 5,189 Kg 039-14-09700 03:42:00

Adensamento 09/05/2014 13:30 09/05/2014 14:10 11,194 Kg 037-14-09700 00:40:00

Adensamento 10/05/2014 11:35 10/05/2014 12:20 11,218 Kg 038-14-09700 00:45:00

Adensamento 11/05/2014 07:35 11/05/2014 09:45 11,494 Kg 039-14-09700 02:10:00

Dispersão 03/08/2014 16:05 03/08/2014 21:38 5,384 Kg 053-14-09700 05:33:00

Dispersão 04/08/2014 01:30 04/08/2014 05:20 4,961 Kg 054-14-09700 03:50:00

Adensamento 05/08/2014 09:15 05/08/2014 10:40 9,889 Kg 053-14-09700 01:25:00

Adensamento 07/08/2014 14:00 07/08/2014 16:50 11,762 Kg 054-14-09700 02:50:00

19

APÊNDICE B - TEMPOS DE FORMULAÇÃO PARA O PRODUTO B

Etapa Início Fim Quantidade Lote Duração

Dispersão 17/01/2014 09:43 17/01/2014 11:30 3830 011-14-09900 1:47:00

Dispersão 17/01/2014 19:00 17/01/2014 22:00 3791 012-14-09900 3:00:00

Dispersão 18/01/2014 14:45 18/01/2014 16:20 3805 013-14-09900 1:35:00

Adensamento 18/01/2014 18:55 18/01/2014 19:50 8503 011-14-09900 0:55:00

Dispersão 18/01/2014 22:25 19/01/2014 00:51 3811 014-14-09900 2:26:00

Adensamento 19/01/2014 02:40 19/01/2014 03:15 10402 012-14-09900 0:35:00

Dispersão 19/01/2014 13:30 19/01/2014 15:30 3812 015-14-09900 2:00:00

Adensamento 19/01/2014 14:31 19/01/2014 15:53 10398 013-14-09900 1:22:00

Adensamento 19/01/2014 23:00 19/01/2014 23:58 10754 014-14-09900 0:58:00

Dispersão 19/01/2014 23:27 20/01/2014 01:20 3807 016-14-09900 1:53:00

Adensamento 20/01/2014 07:55 20/01/2014 08:35 10590 015-14-09900 0:40:00

Dispersão 20/01/2014 08:38 20/01/2014 10:28 3808 017-14-09900 1:50:00

Adensamento 20/01/2014 16:50 20/01/2014 17:30 10666 016-14-09900 0:40:00

Dispersão 20/01/2014 20:45 20/01/2014 23:40 3813 018-14-09900 2:55:00

Adensamento 21/01/2014 01:55 21/01/2014 03:15 10560 017-14-09900 1:20:00

Dispersão 21/01/2014 09:40 21/01/2014 11:40 3800 019-14-09900 2:00:00

Adensamento 21/01/2014 17:10 21/01/2014 18:05 10599 018-14-09900 0:55:00

Dispersão 21/01/2014 20:40 21/01/2014 22:30 3829 020-14-09900 1:50:00

Adensamento 22/01/2014 03:37 22/01/2014 04:30 10632 019-14-09900 0:53:00

Dispersão 22/01/2014 07:10 22/01/2014 09:10 3820 021-14-09900 2:00:00

Dispersão 22/01/2014 18:15 22/01/2014 21:15 3800 022-14-09900 3:00:00

Adensamento 22/01/2014 18:30 22/01/2014 19:25 10719 020-14-09900 0:55:00

Adensamento 23/01/2014 00:40 23/01/2014 01:40 10966 021-14-09900 1:00:00

Dispersão 23/01/2014 01:15 23/01/2014 04:25 3808 023-14-09900 3:10:00

Adensamento 23/01/2014 09:23 23/01/2014 10:00 10606 022-14-09900 0:37:00

Dispersão 23/01/2014 10:00 23/01/2014 11:40 3779 024-14-09900 1:40:00

Adensamento 23/01/2014 18:40 23/01/2014 19:15 10692 023-14-09900 0:35:00

Dispersão 23/01/2014 19:05 23/01/2014 22:45 3810 025-14-09900 3:40:00

Adensamento 24/01/2014 02:25 24/01/2014 03:15 10401 024-14-09900 0:50:00

Dispersão 24/01/2014 02:50 24/01/2014 04:30 3812 026-14-09900 1:40:00

Dispersão 24/01/2014 10:00 24/01/2014 11:50 3749 027-14-09900 1:50:00

Adensamento 24/01/2014 10:13 24/01/2014 10:56 10570 025-14-09900 0:43:00

Dispersão 24/01/2014 19:10 24/01/2014 21:40 3801 028-14-09900 2:30:00

Adensamento 24/01/2014 20:20 24/01/2014 21:10 10662 026-14-09900 0:50:00

Adensamento 25/01/2014 04:00 25/01/2014 04:45 10418 027-14-09900 0:45:00

Adensamento 25/01/2014 22:10 25/01/2014 22:58 11166 028-14-09900 0:48:00

Dispersão 07/02/2014 12:32 07/02/2014 15:30 3795 029-14-09900 2:58:00

Dispersão 07/02/2014 23:00 08/02/2014 01:15 3835 030-14-09900 2:15:00

20

Dispersão 08/02/2014 09:00 08/02/2014 10:10 3825 031-14-09900 1:10:00

Adensamento 08/02/2014 10:58 08/02/2014 11:35 8789 029-14-09900 0:37:00

Adensamento 08/02/2014 21:30 08/02/2014 22:25 10801 030-14-09900 0:55:00

Dispersão 08/02/2014 22:40 09/02/2014 01:00 3810 032-14-09900 2:20:00

Adensamento 09/02/2014 07:45 09/02/2014 09:00 10556 031-14-09900 1:15:00

Dispersão 09/02/2014 09:00 09/02/2014 12:00 3809 033-14-09900 3:00:00

Adensamento 10/02/2014 00:05 10/02/2014 01:10 10541 032-14-09900 1:05:00

Dispersão 10/02/2014 02:52 10/02/2014 04:08 3784 034-14-09900 1:16:00

Adensamento 10/02/2014 10:50 10/02/2014 11:40 10665 033-14-09900 0:50:00

Dispersão 10/02/2014 11:25 10/02/2014 13:22 3800 035-14-09900 1:57:00

Adensamento 10/02/2014 20:12 10/02/2014 20:50 10985 034-14-09900 0:38:00

Dispersão 10/02/2014 20:37 10/02/2014 22:25 3790 036-14-09900 1:48:00

Dispersão 11/02/2014 07:15 11/02/2014 09:20 45641.97917 037-14-09900 2:05:00

Adensamento 11/02/2014 07:30 11/02/2014 08:10 10440 035-14-09900 0:40:00

Adensamento 12/02/2014 20:00 12/02/2014 21:10 10044 036-14-09900 1:10:00

Adensamento 13/02/2014 14:55 13/02/2014 19:00 11121.1 037-14-09900 4:05:00

Dispersão 01/07/2014 04:40 01/07/2014 08:50 3832 173-14-09900 4:10:00

Dispersão 01/07/2014 13:55 01/07/2014 17:05 3834 174-14-09900 3:10:00

Dispersão 01/07/2014 21:40 01/07/2014 23:30 3782 175-14-09900 1:50:00

Adensamento 02/07/2014 02:40 02/07/2014 03:25 9098 173-14-09900 0:45:00

Dispersão 02/07/2014 07:05 02/07/2014 09:15 3807 176-14-09900 2:10:00

Adensamento 02/07/2014 08:07 02/07/2014 09:04 10567 174-14-09900 0:57:00

Adensamento 02/07/2014 16:35 02/07/2014 17:20 10695 175-14-09900 0:45:00

Dispersão 02/07/2014 21:40 02/07/2014 23:25 3820 177-14-09900 1:45:00

Adensamento 03/07/2014 00:50 03/07/2014 01:55 10874 176-14-09900 1:05:00

Dispersão 03/07/2014 07:30 03/07/2014 10:50 3796 178-14-09900 3:20:00

Adensamento 03/07/2014 14:31 03/07/2014 15:32 10209 177-14-09900 1:01:00

Dispersão 03/07/2014 19:10 03/07/2014 20:45 3805 179-14-09900 1:35:00

Adensamento 04/07/2014 11:00 04/07/2014 11:47 10801 178-14-09900 0:47:00

Dispersão 04/07/2014 11:35 04/07/2014 13:10 3825 180-14-09900 1:35:00

Dispersão 04/07/2014 21:10 04/07/2014 22:35 3811 181-14-09900 1:25:00

Adensamento 04/07/2014 21:48 04/07/2014 22:20 10719 179-14-09900 0:32:00

Adensamento 05/07/2014 08:00 05/07/2014 08:40 10595 180-14-09900 0:40:00

Dispersão 05/07/2014 08:30 05/07/2014 10:30 3806 182-14-09900 2:00:00

Dispersão 05/07/2014 19:30 05/07/2014 20:50 3804 183-14-09900 1:20:00

Adensamento 05/07/2014 21:00 05/07/2014 21:45 9800 181-14-09900 0:45:00

Adensamento 06/07/2014 04:32 06/07/2014 05:10 10642 182-14-09900 0:38:00

Dispersão 06/07/2014 07:25 06/07/2014 08:55 3802 184-14-09900 1:30:00

Adensamento 06/07/2014 14:20 06/07/2014 15:09 10573 183-14-09900 0:49:00

Dispersão 06/07/2014 15:41 06/07/2014 17:25 3803 185-14-09900 1:44:00

Dispersão 07/07/2014 01:37 07/07/2014 03:49 3822 186-14-09900 2:12:00

Adensamento 07/07/2014 06:55 07/07/2014 07:55 10166 184-14-09900 1:00:00

Dispersão 07/07/2014 18:32 07/07/2014 21:10 3826 187-14-09900 2:38:00

21

Fonte: Autora

Adensamento 07/07/2014 19:25 07/07/2014 20:15 10800 185-14-09900 0:50:00

Dispersão 08/07/2014 03:35 08/07/2014 05:10 3806 188-14-09900 1:35:00

Adensamento 08/07/2014 07:24 08/07/2014 08:05 10196 186-14-09900 0:41:00

Dispersão 08/07/2014 13:08 08/07/2014 14:55 3799 189-14-09900 1:47:00

Adensamento 08/07/2014 14:08 08/07/2014 14:38 10320 187-14-09900 0:30:00

Dispersão 08/07/2014 20:55 08/07/2014 22:40 3816 190-14-09900 1:45:00

Adensamento 08/07/2014 22:20 08/07/2014 23:10 10121 188-14-09900 0:50:00

Dispersão 09/07/2014 03:30 09/07/2014 04:50 3814 191-14-09900 1:20:00

Adensamento 09/07/2014 07:55 09/07/2014 08:40 9907 189-14-09900 0:45:00

Dispersão 09/07/2014 13:10 09/07/2014 15:30 3800 192-14-09900 2:20:00

Adensamento 09/07/2014 16:30 09/07/2014 17:30 10278 190-14-09900 1:00:00

Dispersão 10/07/2014 02:00 10/07/2014 03:40 3796 193-14-09900 1:40:00

Adensamento 10/07/2014 06:45 10/07/2014 07:25 10352 191-14-09900 0:40:00

Adensamento 10/07/2014 14:15 10/07/2014 15:00 10366 192-14-09900 0:45:00

Dispersão 10/07/2014 14:40 10/07/2014 16:40 3774 194-14-09900 2:00:00

Adensamento 11/07/2014 01:30 11/07/2014 02:30 10001 193-14-09900 1:00:00

Dispersão 11/07/2014 02:33 11/07/2014 04:20 3774 195-14-09900 1:47:00

Dispersão 11/07/2014 10:10 11/07/2014 12:30 3804 196-14-09900 2:20:00

Adensamento 11/07/2014 10:50 11/07/2014 11:30 10435 194-14-09900 0:40:00

Dispersão 11/07/2014 19:03 11/07/2014 21:00 3824 197-14-09900 1:57:00

Adensamento 12/07/2014 01:05 12/07/2014 01:55 10291 195-14-09900 0:50:00

Dispersão 12/07/2014 06:57 12/07/2014 08:50 3809 198-14-09900 1:53:00

Adensamento 12/07/2014 12:05 12/07/2014 12:56 10541 196-14-09900 0:51:00

Adensamento 12/07/2014 20:45 12/07/2014 21:42 10432 197-14-09900 0:57:00

Dispersão 12/07/2014 20:45 12/07/2014 22:20 3806 199-14-09900 1:35:00

Dispersão 13/07/2014 03:37 13/07/2014 04:57 3806 200-14-09900 1:20:00

Adensamento 13/07/2014 08:11 13/07/2014 09:12 10398 198-14-09900 1:01:00

Dispersão 13/07/2014 14:57 13/07/2014 16:50 3804 201-14-09900 1:53:00

Adensamento 13/07/2014 15:34 13/07/2014 16:25 10568 199-14-09900 0:51:00

Adensamento 14/07/2014 03:37 14/07/2014 04:32 10519 200-14-09900 0:55:00

Adensamento 15/07/2014 03:10 15/07/2014 03:55 11711.5 201-14-09900 0:45:00

22

Apêndice C – Lotes Consecutivos Formulação A

Fonte: Autora

Início da Dispersão

Final do Adensamento

Duração Soma7 Lote

31/01/2014 00:02 31/01/2014 12:35 12:33:00 275:42:00 001-14-07450 31/01/2014 03:35 31/01/2014 22:28 18:53:00 327:44:00 002-14-07450 31/01/2014 09:00 03/02/2014 01:33 64:33:00 331:43:00 003-14-07450 19/04/2014 20:57 20/04/2014 11:00 14:03:00 290:10:00 008-14-07450 20/04/2014 15:27 21/04/2014 22:53 31:26:00 312:35:00 009-14-07450 20/04/2014 21:14 23/04/2014 19:50 70:36:00 310:53:00 010-14-07450 21/04/2014 07:42 23/04/2014 23:20 63:38:00 283:37:00 011-14-07450 21/04/2014 20:45 24/04/2014 13:20 64:35:00 239:54:00 012-14-07450 24/04/2014 12:30 25/04/2014 11:22 22:52:00 192:39:00 013-14-07450 24/04/2014 18:10 25/04/2014 17:10 23:00:00 205:27:00 014-14-07450 24/04/2014 23:40 26/04/2014 12:08 36:28:00 230:31:00 015-14-07450 25/04/2014 11:26 26/04/2014 17:10 29:44:00 219:51:00 016-14-07450 25/04/2014 19:10 27/04/2014 14:30 43:20:00 205:25:00 017-14-07450 30/04/2014 01:10 30/04/2014 21:05 19:55:00 177:44:00 018-14-09700 30/04/2014 10:00 01/05/2014 03:20 17:20:00 172:14:00 019-14-09700 30/04/2014 16:30 02/05/2014 04:10 35:40:00 170:29:00 020-14-09700 30/04/2014 23:26 02/05/2014 23:30 48:04:00 151:14:00 021-14-09700 02/05/2014 03:05 03/05/2014 04:53 25:48:00 118:00:00 022-14-09700 02/05/2014 20:42 03/05/2014 12:00 15:18:00 122:12:00 023-14-09700 03/05/2014 04:56 03/05/2014 20:35 15:39:00 146:34:00 024-14-09700 03/05/2014 12:15 04/05/2014 02:40 14:25:00 170:20:00 025-14-09700 03/05/2014 19:15 04/05/2014 10:50 15:35:00 176:50:00 026-14-09700 04/05/2014 00:35 04/05/2014 17:00 16:25:00 180:15:00 027-14-09700 04/05/2014 08:30 04/05/2014 23:20 14:50:00 189:50:00 028-14-09700 04/05/2014 15:00 05/05/2014 21:00 30:00:00 198:34:00 029-14-09700 04/05/2014 20:15 06/05/2014 11:55 39:40:00 186:31:00 030-14-09700 05/05/2014 01:55 06/05/2014 17:20 39:25:00 174:31:00 031-14-09700 06/05/2014 05:10 07/05/2014 02:05 20:55:00 175:48:00 032-14-09700 06/05/2014 20:50 07/05/2014 15:50 19:00:00 200:50:00 033-14-09700 07/05/2014 02:20 08/05/2014 04:20 26:00:00 224:25:00 034-14-09700 07/05/2014 13:18 08/05/2014 12:52 23:34:00 285:45:00 035-14-09700 08/05/2014 03:15 08/05/2014 21:12 17:57:00 262:11:00 036-14-09700 08/05/2014 10:30 09/05/2014 14:10 27:40:00 244:14:00 037-14-09700 08/05/2014 19:38 10/05/2014 12:20 40:42:00 216:34:00 038-14-09700 09/05/2014 11:48 11/05/2014 09:45 45:57:00 175:52:00 039-14-09700 03/08/2014 16:05 05/08/2014 10:40 42:35:00 129:55:00 053-14-09700 04/08/2014 01:30 07/08/2014 16:50 87:20:00 87:20:00 054-14-09700

23

Apêndice D – Lotes Consecutivos Formulação B

Início da Dispersão

Final do Adensamento

Duração Soma7 Lote

17/01/2014 09:43 18/01/2014 19:50 34:07:00 172:48:00 011-14-09900 17/01/2014 19:00 19/01/2014 03:15 32:15:00 160:01:00 012-14-09900 18/01/2014 14:45 19/01/2014 15:53 25:08:00 146:36:00 013-14-09900 18/01/2014 22:25 19/01/2014 23:58 25:33:00 144:13:00 014-14-09900 19/01/2014 13:30 20/01/2014 08:35 19:05:00 137:10:00 015-14-09900 19/01/2014 23:27 20/01/2014 17:30 18:03:00 133:50:00 016-14-09900 20/01/2014 08:38 21/01/2014 03:15 18:37:00 133:47:00 017-14-09900 20/01/2014 20:45 21/01/2014 18:05 21:20:00 132:25:00 018-14-09900 21/01/2014 09:40 22/01/2014 04:30 18:50:00 126:56:00 019-14-09900 21/01/2014 20:40 22/01/2014 19:25 22:45:00 126:26:00 020-14-09900 22/01/2014 07:10 23/01/2014 01:40 18:30:00 122:26:00 021-14-09900 22/01/2014 18:15 23/01/2014 10:00 15:45:00 131:44:00 022-14-09900 23/01/2014 01:15 23/01/2014 19:15 18:00:00 139:02:00 023-14-09900 23/01/2014 10:00 24/01/2014 03:15 17:15:00 144:27:00 024-14-09900 23/01/2014 19:05 24/01/2014 10:56 15:51:00 151:12:00 025-14-09900 24/01/2014 02:50 24/01/2014 21:10 18:20:00 161:51:00 026-14-09900 24/01/2014 10:00 25/01/2014 04:45 18:45:00 170:11:00 027-14-09900 24/01/2014 19:10 25/01/2014 22:58 27:48:00 169:24:00 028-14-09900 07/02/2014 12:32 08/02/2014 11:35 23:03:00 162:21:00 029-14-09900 07/02/2014 23:00 08/02/2014 22:25 23:25:00 187:51:00 030-14-09900 08/02/2014 09:00 09/02/2014 09:00 24:00:00 224:11:00 031-14-09900 08/02/2014 22:40 10/02/2014 01:10 26:30:00 222:56:00 032-14-09900 09/02/2014 09:00 10/02/2014 11:40 26:40:00 215:35:00 033-14-09900 10/02/2014 02:52 10/02/2014 20:50 17:58:00 208:35:00 034-14-09900 10/02/2014 11:25 11/02/2014 08:10 20:45:00 209:27:00 035-14-09900 10/02/2014 20:37 12/02/2014 21:10 48:33:00 206:34:00 036-14-09900 11/02/2014 07:15 13/02/2014 19:00 59:45:00 186:18:00 037-14-09900 01/07/2014 04:40 02/07/2014 03:25 22:45:00 153:43:00 173-14-09900 01/07/2014 13:55 02/07/2014 09:04 19:09:00 152:03:00 174-14-09900 01/07/2014 21:40 02/07/2014 17:20 19:40:00 157:29:00 175-14-09900 02/07/2014 07:05 03/07/2014 01:55 18:50:00 158:29:00 176-14-09900 02/07/2014 21:40 03/07/2014 15:32 17:52:00 159:18:00 177-14-09900 03/07/2014 07:30 04/07/2014 11:47 28:17:00 165:56:00 178-14-09900 03/07/2014 19:10 04/07/2014 22:20 27:10:00 166:13:00 179-14-09900 04/07/2014 11:35 05/07/2014 08:40 21:05:00 169:31:00 180-14-09900 04/07/2014 21:10 05/07/2014 21:45 24:35:00 168:32:00 181-14-09900 05/07/2014 08:30 06/07/2014 05:10 20:40:00 163:32:00 182-14-09900 05/07/2014 19:30 06/07/2014 15:09 19:39:00 162:24:00 183-14-09900 06/07/2014 07:25 07/07/2014 07:55 24:30:00 163:20:00 184-14-09900 06/07/2014 15:41 07/07/2014 20:15 28:34:00 166:45:00 185-14-09900

24

Fonte: Autora

07/07/2014 01:37 08/07/2014 08:05 30:28:00 164:01:00 186-14-09900 07/07/2014 18:32 08/07/2014 14:38 20:06:00 158:03:00 187-14-09900 08/07/2014 03:35 08/07/2014 23:10 19:35:00 158:47:00 188-14-09900 08/07/2014 13:08 09/07/2014 08:40 19:32:00 162:34:00 189-14-09900 08/07/2014 20:55 09/07/2014 17:30 20:35:00 169:48:00 190-14-09900 09/07/2014 03:30 10/07/2014 07:25 27:55:00 175:52:00 191-14-09900 09/07/2014 13:10 10/07/2014 15:00 25:50:00 174:12:00 192-14-09900 10/07/2014 02:00 11/07/2014 02:30 24:30:00 168:02:00 193-14-09900 10/07/2014 14:40 11/07/2014 11:30 20:50:00 168:27:00 194-14-09900 11/07/2014 02:33 12/07/2014 01:55 23:22:00 184:35:00 195-14-09900 11/07/2014 10:10 12/07/2014 12:56 26:46:00 161:13:00 196-14-09900 11/07/2014 19:03 12/07/2014 21:42 26:39:00 134:27:00 197-14-09900 12/07/2014 06:57 13/07/2014 09:12 26:15:00 107:48:00 198-14-09900 12/07/2014 20:45 13/07/2014 16:25 19:40:00 81:33:00 199-14-09900 13/07/2014 03:37 14/07/2014 04:32 24:55:00 61:53:00 200-14-09900 13/07/2014 14:57 15/07/2014 03:55 36:58:00 36:58:00 201-14-09900

25

Apêndice E – Moagem Formulação A

Fonte: Autora

Início Moagem Fim moagem Duração Soma 7 Lote

31/01/2014 03:35 31/01/2014 07:00 3:25:00 22:41:00 001-14-07450

31/01/2014 08:02 31/01/2014 11:24 3:22:00 24:01:00 002-14-07450

31/01/2014 20:59 31/01/2014 23:54 2:55:00 25:31:00 003-14-07450

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20/04/2014 21:10 21/04/2014 01:37 4:27:00 26:17:00 009-14-07450

21/04/2014 03:24 21/04/2014 08:14 4:50:00 27:06:00 010-14-07450

011-14-07450

21/04/2014 23:30 22/04/2014 04:15 4:45:00 27:36:00 012-14-07450

24/04/2014 18:01 24/04/2014 22:53 4:52:00 28:26:00 013-14-07450

25/04/2014 00:22 25/04/2014 05:13 4:51:00 28:25:00 014-14-07450

25/04/2014 13:30 25/04/2014 16:02 2:32:00 28:16:00 015-14-07450

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017-14-07450

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01/05/2014 02:26 01/05/2014 07:17 4:51:00 27:54:00 020-14-09700

01/05/2014 03:17 01/05/2014 07:59 4:42:00 27:40:00 021-14-09700

022-14-09700

02/05/2014 21:17 03/05/2014 01:53 4:36:00 32:45:00 023-14-09700

03/05/2014 12:07 03/05/2014 16:50 4:43:00 30:09:00 024-14-09700

03/05/2014 19:31 04/05/2014 00:03 4:32:00 25:26:00 025-14-09700

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04/05/2014 08:30 04/05/2014 13:07 4:37:00 25:53:00 027-14-09700

04/05/2014 15:01 04/05/2014 19:37 4:36:00 25:53:00 028-14-09700

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04/05/2014 23:00 05/05/2014 01:00 2:00:00 25:28:00 030-14-09700

031-14-09700

06/05/2014 16:35 06/05/2014 21:39 5:04:00 32:26:00 032-14-09700

07/05/2014 02:17 07/05/2014 06:42 4:25:00 27:22:00 033-14-09700

07/05/2014 12:57 07/05/2014 17:34 4:37:00 27:43:00 034-14-09700

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Apêndice F– Amostra Moagem Formulação B

Início Moagem Fim moagem Duração Soma 7 Lote

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Fonte: Autora

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