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GOVERNO DO ESTADO DO TOCANTINS
SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO
DIAGNÓSTICO DO AGRONEGÓCIO (P4)
Contrato nº 034/ 2015
JANEIRO
2016
DIAGNÓSTICO AGRONEGÓCIO
Palmas – TO, 30 de novembro de 2015.
DIAGNÓSTICO AGRONEGÓCIO
Este documento tem por finalidade apresentar as
informações de cadeias produtivas agropecuárias
prioritárias do Estado do Tocantins, como também a
rede suporte para a produção. O objetivo deste
documento é fornecer dados e informações para
elaboração de estratégias para o desenvolvimento do
agronegócio no Estado do Tocantins.
Palmas – TO, 30 de novembro de 2015.
SUMÁRIO
1. RESUMO EXECUTIVO ........................................................................................ 2
1.1 Programa de Desenvolvimento através de Polos de Produção: ................... 4
1.2 Plano de ação para cada Polo de Produção: .................................................. 5
1.3 Conclusão .......................................................................................................... 7
2. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 7
3. INFORMAÇÕES GERAIS DO ESTADO DO TOCANTINS ............................ 8
3.1 População .......................................................................................................... 8
3.2 Vegetação .......................................................................................................... 9
3.3 Relevo e Topografia ......................................................................................... 9
3.4 Clima e pluviometria ..................................................................................... 10
3.5 Hidrografia ..................................................................................................... 11
3.6 Produto interno Bruto ................................................................................... 11
3.7 Ocupação Territorial ..................................................................................... 12
3.8 Mercado Interno ............................................................................................ 13
4. RESUMO CADEIAS PRODUTIVAS ................................................................. 13
5. DETALHAMENTO DAS CADEIAS PRODUTIVAS SELECIONADAS ...... 18
5.1 Cadeia Produtiva de Grãos ........................................................................... 18
5.2 Bovinocultura de Corte ................................................................................. 28
5.3 Bovinocultura de Leite .................................................................................. 37
5.4 Ovinocaprinocultura ..................................................................................... 43
5.5 Piscicultura ..................................................................................................... 47
5.6 Cadeia Produtiva da Fruticultura ................................................................ 52
5.7 Apicultura ....................................................................................................... 56
5.8 Cadeia Produtiva da Mandioca .................................................................... 58
5.9 Cadeia Produtiva da Avicultura ................................................................... 63
5.10 Cadeia Produtiva de Látex (seringueira) ..................................................... 68
5.11 Eucalipto ......................................................................................................... 72
5.12 Bioenergia ....................................................................................................... 75
6. SUPORTE PARA PRODUÇÃO DAS CADEIAS PRODUTIVAS .................. 80
6.1 Jazidas de calcário/fosfato ............................................................................. 80
6.2 Logística .......................................................................................................... 82
6.3 Ensino/qualificação profissional ................................................................... 84
6.4 Perímetros irrigados ...................................................................................... 84
6.5 Difusão Agrotecnológica ................................................................................ 87
6.6 Plano de Agricultura de Baixo Carbono ...................................................... 88
6.7 Armazenagem ................................................................................................. 90
6.8 Agricultura Familiar ................................................................................... 106
6.9 Linhas de credito .......................................................................................... 109
6.10 Central de Abastecimento ........................................................................... 110
6.11 Cooperativismo e Associativismo ............................................................... 111
6.12 Assistência Técnica e Defesa Sanitária ...................................................... 112
7. RESULTADO VISITA DE CAMPO – CADEIAS PRODUTIVAS DA SOJA E
BIOENERGIA ............................................................................................................ 116
7.1 Produtores .................................................................................................... 116
7.2 Revendas (sementes, defensivos e maquinarias) ....................................... 120
7.3 Companhia de Armazenagem ..................................................................... 121
7.4 Companhia de Transporte .......................................................................... 122
7.5 Trader (exportadores) ................................................................................. 123
7.6 Agroindústrias (Usinas) ............................................................................... 125
7.7 Logística do transporte de álcool ................................................................ 126
7.8 Agroprocessadoras (esmagadora – Porto Nacional) ................................. 127
7.9 Instituições de apoio ..................................................................................... 128
7.10 Resumo e Conclusões ................................................................................... 128
8. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO ....................................................................... 130
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 133
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Topografia do Estado do Tocantins ......................................................... 9
Figura 02 – Precipitação média anual - Tocantins .................................................... 10
Figura 03 – Hidrografia do Tocantins ........................................................................ 11
Figura 04 – Evolução PIB no Estado do Tocantins – Em milhões de reais ............. 12
Figura 5 – Mercado Interno ........................................................................................ 13
Figura 06 – Comparativo de área de plantio entre as culturas no Estado do
Tocantins, 2015. ............................................................................................................ 18
Figura 07 – Produção de Grãos. .................................................................................. 19
Figura 08 – Área Total ................................................................................................. 20
Figura 09 – Área Plantada de Soja (mil toneladas). .................................................. 21
Figura 10 – Área Plantada de Milho (mil toneladas). ............................................... 21
Figura 11 – Área Plantada Arroz (mil toneladas). .................................................... 21
Figura 12 – Produtividade de Soja, Milho, Arroz (Mil Toneladas) ......................... 22
Figura 13 – Estados com maior Produção Nacional de Soja – 2014 (mil toneladas).
........................................................................................................................................ 23
Figura 14 – Estados com maior Produção Nacional de Milho – 2014 (Mil
Toneladas). .................................................................................................................... 23
Figura 15 – Estados com maior Produção Nacional de Arroz – 2014 (Mil
Toneladas) ..................................................................................................................... 24
Figura 16 - Mapa com regiões produtivas de milho, soja e arroz. ........................... 25
Figura 17 – Comparativo Evolução Rebanho ............................................................ 29
Figura 18 – Evolução do Rebanho TO ....................................................................... 30
Figura 19 – Exportações de carne bovina do Tocantins ........................................... 32
Figura 20 – Comparativo entre a produção, disponibilidade e a exportação da
carne no Brasil .............................................................................................................. 33
Figura 21 – Relação Vacas Ordenhadas e Produção de Litros de Leite ................. 37
Figura 22 – Relação Vacas Ordenhadas X Produtividade ....................................... 38
Figura 23 – Produtividade em Mil/Litros .................................................................. 38
Figura 24 – Relação Produtividade por Região ......................................................... 39
Figura 25 – Evolução Rebanho do Tocantins ............................................................ 44
Figura 26 – Destino das Importações de Carne Ovina em 2014 .............................. 45
Figura 27 – Relação do Volume de Abates inspecionados ........................................ 45
Figura 28 – Evolução da Piscicultura ......................................................................... 47
Figura 29 – Percentual de produção total do potencial ............................................ 48
Figura 30 – Produção de peixes anual em toneladas ................................................. 48
Figura 31 – Relação da Evolução da Produção de Pescado em Toneladas ............. 48
Figura 32 – Relação do destino da Produção de Peixes abatidos no Tocantins ...... 50
Figura 33 – Produção de Frutas no Brasil (Abacaxi/Melancia/Banana). ................ 52
Figura 34 – Produção de Abacaxi nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014) 53
Figura 35 – Produção de Melancia nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014)53
Figura 36 – Produção de Banana nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014) . 54
Figura 37 – Distribuição da Área Plantada de Frutas no Tocantins ....................... 54
Figura 38 – Evolução da Área Plantada de Frutas no Tocantins ............................ 55
Figura 39 – Ranking da Produção de Frutas por município – 2014 ........................ 55
Figura 40 – Evolução da Produção de Mel no Tocantins ......................................... 57
Figura 41 – Comparativo da Área Plantada de Mandioca (Toneladas). ................. 59
Figura 42 – Produção de Mandioca (Toneladas) ....................................................... 60
Figura 43 – Distribuição dos Cerrados, incluídas as áreas de transição com outras
formações. ...................................................................................................................... 60
Figura 44 – Estados/Regiões com maior Produção de Mandioca (Toneladas) ....... 61
Figura 45 – Municípios com maior produção no estado do Tocantins. ................... 61
Figura 46 – Consumo dos derivados da mandioca (per capita) ............................... 62
Figura 47 – Relação de Produção de Carne de Frango no Brasil ............................ 63
Figura 48 – Relação Produção x Exportação x Importação ..................................... 64
Figura 49 – Relação de Comparativo de Exportação de Carnes de frango e outras
carnes ............................................................................................................................. 64
Figura 50 – Mapa com Municípios com Sistema de Integração de engorda de
frangos ........................................................................................................................... 66
Figura 51 – Relação do Consumo Per Capita de Carne de Frango ......................... 67
Figura 52 – Produção Látex coagulado (toneladas) .................................................. 69
Figura 53 – Ranking dos Estados na Produção de Látex (toneladas) ..................... 69
Figura 54 – EVOLUÇÃO DO PLANTIO DE SERINGUEIRA (TONELADAS) .. 70
Figura 55 – Evolução Da Área Colhida De Borracha Natural (Mil Toneladas) .... 71
Figura 56 – Florestas Plantadas no Brasil (2014) ...................................................... 72
Figura 57 – Áreas de Florestas Plantadas no Tocantins (hectare) ........................... 73
Figura 58 – Evolução das Áreas de Eucalipto no Tocantins (hectare) .................... 73
Figura 59 – Produtividade do Eucalipto (m³/há/ano). ............................................... 74
Figura 60 – Plantios de Eucalipto por Microrregião/Tocantins em 2014 (hectare) 75
Figura 61 – Produção Biodiesel e Etanol no Brasil, em m³. ...................................... 76
Figura 62 – Evolução da Área Plantada com Cana-de-açúcar no Brasil (ton.) ...... 76
Figura 63 – Evolução da Área Plantada com cana-de-açúcar no Brasil (ton.) ....... 77
Figura 64 – Produtividade da cana-de-açúcar (toneladas) ....................................... 77
Figura 65 – Área colhida de Cana-de-açúcar na região de Pedro Afonso .............. 78
Figura 66 – Localização das jazidas calcário/fosforo do Estado do Tocantins ....... 80
Figura 67 – Situação do Modal rodoviário do Estado do Tocantins ....................... 82
Figura 68 – Estágio de construção Ferrovia Norte/Sul ............................................. 82
Figura 69 – Hidrovia do Rio Tocantins ...................................................................... 83
Figura 70 – Comparativo de vantagem logística do porto de Itaqui em relação a
outros portos do país. ................................................................................................... 83
Figura 71 – Localização das Instituições de ensino no Estado do Tocantins .......... 84
Figura 72 – Potencial de Irrigação no Estado do Tocantins. .................................... 85
Figura 73 – Localização dos Projetos Hidroagrícolas ............................................... 85
Figura 74 – Evolução das obras de Perímetros Irrigados até 2014. ........................ 86
Figura 75 – Volume de Negócios (ano) ....................................................................... 88
Figura 76 – Número de Expositores ............................................................................ 88
Figura 77 – Munícipios com/sem Regularização Fundiária ..................................... 91
Figura 78 – Programa de aquisição de alimentos .................................................... 107
Figura 79 – Famílias de agricultores por categoria ................................................. 107
Figura 80 – Número de comunidades Quilombolas no Tocantins ......................... 107
Figura 81 – Meta aplicação do FNO no Estado do Tocantins ................................ 110
Figura 82 – Volume Anual da Produção Comercializada (ton). ............................ 111
Figura 83 – Total de cooperativas ativas do ramo agropecuário, em 2014 ........... 111
Figura 84 – Números de cooperativas atuantes no Tocantins por ramo de atuação
em termos percentuais, em 2014. .............................................................................. 112
Figura 85 – Panorama das associações do estado do Tocantins ............................. 112
Figura 86 – Situação da ocupação dos lotes original do PRODECER .................. 117
Figura 87 – Situação da ocupação dos lotes originais do PRODECER ................. 117
Figura 88 – Participação produção COAPA na região de Pedro Afonso ............. 118
Figura 89 – Custo de Produção hectare de SOJA ano 2015 ................................... 119
Figura 90 – Análise produtividade por ha de SOJA na Região Pedro Afonso ..... 119
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 – Polos de Produção ...................................................................................... 4
Tabela 02 – População do Estado do Tocantins por microrregião. ........................... 8
Tabela 03 – Ocupação Territorial do Estado do Tocantins ...................................... 12
Tabela 04 – Evolução Percentual da Produção. ........................................................ 19
Tabela 5 – Evolução Percentual da Área Plantada. .................................................. 20
Tabela 06 – Área Plantada de Grãos .......................................................................... 20
Tabela 07 – Produtividade de Soja (mil toneladas) ................................................... 22
Tabela 08 – Produtividade do Milho (mil toneladas) ................................................ 22
Tabela 09 – Produtividade do Arroz (mil toneladas) ................................................ 23
Tabela 10 – Principais Municípios Produtores de Grãos no Estado do Tocantins 24
Tabela 11 – Empresas comercializadoras de soja/milho no Tocantins.................... 26
Tabela 12 – Relação das Beneficiadoras de Arroz no Estado do Tocantins ........... 27
Tabela 13 – Avanço da Produção animal do Tocantins ............................................ 29
Tabela 14 – Municípios com maiores rebanhos do Estado ....................................... 31
Tabela 15 – Exportações de couros e peles – Estados da Região Norte ................... 33
Tabela 16 – Relação dos frigoríficos – Estado do Tocantins .................................... 34
Tabela 17 – Relação de Curtumes do Estado do Tocantins ...................................... 36
Tabela 18 – Relação Indústrias / entrepostos de captação de Leite do Tocantins .. 40
Tabela 19 – Área e produção de pescado no Estado do Tocantins .......................... 49
Tabela 20 – Relação dos Frigoríficos de Pescado ...................................................... 51
Tabela 21 – Ranking da Produção Nacional (Toneladas) ......................................... 58
Tabela 22 – Produção Anual, Área Plantada e Produtividade, 2014. ..................... 70
Tabela 23 – Plantios de Eucalipto no Tocantins em 2014 (hectares) ....................... 74
Tabela 24 – Produção de Etanol (m³) ......................................................................... 78
Tabela 25 – Autorização para operação e comercialização – ANP .......................... 79
Tabela 26 – Evolução das entregas de Biodiesel das unidades produtoras ............. 79
Tabela 27 – Relação das Empresas/Indústrias de calcário no Estado do Tocantins
........................................................................................................................................ 81
Tabela 28 – Ocupação dos Projetos de Irrigação ...................................................... 86
Tabela 29 – Compromissos do Programa do Plano ABC (até 2010) ....................... 89
Tabela 30 – Metas do Programa do Plano ABC (até 2020) ...................................... 90
Tabela 31 – Municípios com imóveis transferidos e com futuras regularizações ... 91
Tabela 32 – Custo de Produção hectare de Soja ano 2015 ..................................... 118
Tabela 33 – Principais fornecedores de Insumos na Região de Pedro Afonso ..... 120
Tabela 34 – Lista dos armazéns e silos cadastrados na Conab na região de Pedro
Afonso .......................................................................................................................... 121
2
1. RESUMO EXECUTIVO
O diagnóstico é o processo de coleta, avaliação e organização dos dados mais
importantes para o desenvolvimento do agronegócio tocantinense. O seu objetivo é
identificar a situação atual de cadeias produtivas selecionadas como prioritárias para
contribuir para o desenvolvimento sustentável do Estado do Tocantins.
As cadeias produtivas selecionadas para o estudo são: grãos; carne, couro e leite;
ovino caprinocultura; piscicultura; fruticultura; apicultura; mandioca; avicultura;
seringueira; madeira de eucalipto; flores tropicais e bioenergia.
Nas “Informações Gerais do Estado do Tocantins”, faz-se uma descrição das
informações gerais do estado, de aspectos socioeconômicos como: população, produto
interno bruto, ocupação do território e mercado interno e das condições naturais, como:
vegetação, relevo, topografia, clima e pluviometria e hidrografia.
No “Detalhamento das cadeias produtivas selecionadas”, são relatadas as
informações de cada cadeia produtiva selecionada, analisando a evolução da produção,
os locais de produção no estado, o mercado atual para a venda da produção e as
empresas que comercializam em cada cadeia produtiva.
Em “Suporte para produção das cadeias produtivas”, foram organizadas as
informações sobre os suportes para a produção das cadeias produtivas referente à oferta
de calcário/fosfato, a infraestrutura logística, a qualificação profissional, aos perímetros
irrigados, a difusão agrotecnológica, ao plano de agricultura de baixo carbono,
armazenagem, agricultura familiar, credito fundiário, linhas de crédito, central de
abastecimento, cooperativismo e associativismo, assistência técnica e defesa sanitária.
O “Resultado visita de campo – cadeias produtivas da soja e bioenergia”
apresentam os resultados de uma pesquisa a campo na região de Pedro Afonso, com
objetivo de analisar duas cadeias produtivas: da soja e da cana-de-açúcar, a região foi
selecionada devido ser pioneira na produção de grãos no cerrado tocantinense, a partir
de iniciativa do projeto PRODECER.
Com o diagnóstico, segue algumas considerações observadas sobre o cenário atual
do agronegócio no Estado do Tocantins:
1. Apesar de todo potencial agropecuário e espaço para a produção, ainda é
incipiente a produção no estado se compararmos com a produção nacional e de
outras regiões;
3
2. É baixa a agregação de valor nos produtos agrícolas, com poucas
empresas integradoras e de transformação com sede no Estado;
3. A produção é dispersa no território, sem constituir polos de produção
estruturados e com cooperação entre os elos da cadeia (principio para formação de
arranjos produtivos locais);
4. Baixo nível de integração entre empresas e produtores, gerando excluídos
no processo produtivo, principalmente médios e pequenos produtores;
5. Baixa competitividade da produção devido a distância dos grandes
centros, não sendo aproveitado o potencial logístico do estado
6. Falta de sinergia entre as instituições que atendem o agronegócio, que
contam com bom quadro técnico, mas que fazem ações similares de forma
desconectadas.
Detalhamento do diagnostico realizado em campo focando interesse das tradings
internacionais, principalmente as japonesas, empresas como a Mitsui, Mitsubishi,
Toyota Tsusho, Sojitiz, Marubeni já atuam na região do cerrado, algumas com produção
própria, outras com distribuidoras de insumos, silos e armazéns, logística, mas todos
com firme propósito de originação da produção diretamente com produtores visando
estabilidade no recebimento da safra independente das condições de mercado.
O programa de desenvolvimento do agronegócio em TO deve focar no aumento
da originação da safra pelas empresas japonesas ou asiáticas com parceria mais solida
da cadeia produtiva principalmente entre produção e comercialização com a devida
logística e recursos financeiros que possibilitem avanço maior do aumento da produção.
O Tocantins ainda possui 5 milhões de hectares disponíveis para agricultura,
principalmente áreas de pastos degradados, o que significa que são áreas que não há
necessidade de desmatamento.
O desafio que se pretende almejar é dobrar área de produção nos próximos 04
anos com crescimento de 25% ao ano, atingindo área de produção de 02 milhões de
hectares de soja com produção de 7,2 milhões de toneladas.
O perfil dos produtores de soja no Tocantins é composto por pequenos a médios
agricultores, que cultivam entre 500 a 1.000 hectares de áreas plantadas. A nova cara da
produção agrícola do Estado é composta por famílias vindas principalmente da Região
Sul do País e grupos empresariais.
4
Outra característica importante de TO, é que devido a existência de muitas
manchas de solos aptos para cultivo de grãos e condições de precipitação variável
conforme região, são bastante pulverizadas as regiões produtoras aptas de grãos.
Devida a pulverização das áreas produtivas, surgiu a possibilidade de formatar em
POLOS DE PRODUÇÃO com características diferentes, mas que com devido
tratamento permitirá desenvolver o cluster especifico de cada polo.
1.1 Programa de Desenvolvimento através de Polos de Produção:
a) POLOS (CLUSTER) DE PRODUÇÃO:
Tabela 01 – Polos de Produção
CLUSTER PRODUÇÃO
Norte (Araguaína) – pecuária Pecuária
Nordeste (Campos Lindos) Soja, milho e algodão.
Leste (Mateiros e Dianópolis) Soja, milho e algodão.
Oeste (Pium, Lagoa da Confusão, Formoso do Araguaia e Dueré). Soja, milho e algodão, arroz,
pecuária.
Centro-Sul (Porto Nacional, Silvanópolis e Peixe) Soja, milho e algodão, arroz,
pecuária.
Centro-Norte (Pedro Afonso) Soja, milho e algodão, arroz,
pecuária.
Estimativa e potencial de produção de grãos nos polos de produção – 3 milhões de
hectares.
Especificamente na região Oeste (Pium, Lagoa da Confusão, Formoso do
Araguaia e Dueré), pretende-se desenvolver agricultura irrigada, no sistema de sub-
irrigação de baixo custo que viabiliza irrigação de grãos, com possibilidade de cultivar
03 safras por ano.
Esta região denominada PRODOESTE tem 600.000 hectares de várzea plana com
possibilidade de irrigação com sistema sub-irrigação, que com construção de barragens
de contenção nos rios existentes na região possibilitando irrigação durante época de
pouca chuva.
Esses 600.000 hectares com 03 safras significam área equivalente de 1.800.000
hectares sequeiro, o que torna a região extremamente competitiva em custo e baixo risco
de produção devido a irrigação.
5
Essa região permite que sejam construídos programas especificas de produção
planejada, como atualmente já é a maior região de produção de sementes de soja na
entressafra de outras regiões com qualidade sanitária (sem doenças) e alta germinação,
pois colhe em agosto/setembro para distribuição para outras regiões que plantam em
outubro e novembro.
Esta região permitirá produção especifica de soja para consumo humano (tofu,
edamane, orgânica, etc.) e outras culturas especificas.
1.2 Plano de ação para cada Polo de Produção:
Atividades:
Planejamento/ordenamento para o desenvolvimento sustentável;
(i) Gestão Ambiental;
(ii) Apoio para a adequação ambiental;
(iii) Produção responsável.
(iv) Escoamento safra – infraestrutura do governo
(v) Financiamento investimento e custeio dos produtores
a) ESTRATEGIA – OPERACIONALIZAÇÃO:
Criar ambiente de negócio econômico e socialmente justo, ambientalmente
correto e sustentável com melhoria da segurança para possibilitar melhor
relacionamento das empresas que participam da cadeia produtiva (empresas de
sementes), fertilizantes, defensivos, máquinas e equipamentos, armazenagens, logística
e comercialização para fins de plano de securitização dos recursos financeiros para
produção de investimento de abertura de novas áreas, custeio, investimentos dos
produtores.
(i) Troca de insumos por produção (barter) das empresas de insumos
com produtores;
(ii) Aquisição da produção antecipada pelas tradings japonesas;
(iii) Assistência técnica pelas empresas de insumos;
(iv) Fornecimento de recursos financeiros de securitização pelos
Compradores finais do Japão.
6
b) INVESTIMENTOS DE INFRAESTRUTURA
Os investimentos decorrentes dos estudos dos polos de produção que cabe ao
governo deverão ser realizados com os devidos estudos para verificar possibilidade de
financiamento pelo governo japonês ou bancos privados japoneses ou outras fontes
internacionais.
Dentro deste foco, há necessidade urgente de infraestrutura de responsabilidade
governamental, como a construção da ponte interligando região de produção com
terminal ferroviário de Palmas, construção de ponte no rio Araguaia que permitirá
transporte de 05 milhões de ton. de grãos do MT para Ferrovia Norte Sul colaborando
acentuadamente na competividade da FNS.
c) INVESTIMENTO AGROINDUSTRIAL
Conforme clusters formatados nos polos de produção, deverão ser realizados os
devidos estudos de agroindustrialização que vai permitir análise conjunta com as
tradings ou empresas compradoras finais do Japão para formatação de consorcio ou
outra forma de parceria.
d) RECURSOS FINANCEIROS DE CUSTEIO E INVESTIMENTOS AOS
PRODUTORES DE GRÃOS DE TO
Atualmente existem mecanismos de alavancagem financeira denominada FIDC
que permite fornecimento de recursos a taxas competitivas diretamente pelos
compradores finais numa operação de baixo risco para aplicador.
Uma das opções é desenvolver esta modalidade para empresas estrangeiras que
atuam no varejo de cada pais.
Os parceiros tomadores daqui serão as grandes empresas fabricantes e
distribuidoras de insumos que serão responsáveis diretamente pelo fornecimento de
insumos aos produtores responsáveis pela compra antecipada de grãos em troca de
fornecimento de insumos e investimentos aos produtores.
A construção de silos e assistência técnica dos produtores serão da
responsabilidade dos fabricantes de insumos que também necessitará de recursos de
securitização para seus investimentos.
7
e) PPP (PARCERIA PUBLICA PRIVADA)
Uma das principais opções de desenvolvimento da infraestrutura necessária é o
incremento do PPP. O Estado de Tocantins já tem negociado com BIRD recursos
financeiros para estruturar a implementação dos PPPS que o Estado necessita, sendo
que o primeiro modelo de PPP que se pretende implementar.
1.3 Conclusão
Com a implementação da Ferrovia Norte Sul e provável hidrovia
Tocantins/Araguaia, o Estado de TO, se tornará uma das regiões mais competitivas para
produção de grãos e carnes visando mercado externo. Para melhor aproveitamento desta
posição de logística privilegiada aliada a condições edafoclimáticas propicias para
produção, o Estado deve criar marco regulatório (infraestrutura, econômico, social,
tributos, ambiental, etc.) confiável e atrativo no mais curto espaço de tempo para que as
empresas privadas entrem pesadamente com seus investimentos, pois o TO é uma das
poucas fronteiras agrícolas disponíveis para aumentar o volume da produção de
alimentos em 40% nos próximos 20 anos conforme informações da ONU.
2. INTRODUÇÃO
O Estado do Tocantins vem apresentando um crescente desenvolvimento no setor
do agronegócio, sendo considerada a nova fronteira agrícola do Brasil, juntamente com
os estados participantes do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
Vários são os fatores que proporcionam o bom cenário atual a nível regional e que
surgem como potencialidades para melhores resultados do Tocantins em termos
nacionais. A topografia do estado é 82% plana, a precipitação média entre os anos de
1995 e 2013 foi de 1.899 mm e a luminosidade fica entorno de 2.470 horas/ano. Além
disso, verifica-se a grande presença de rios e a vasta disponibilidade de áreas para
irrigação cuja utilização é apenas 3,5% do potencial total.
Convém ressaltar que em 2011 o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foi de 4,1
trilhões de reais, sendo que o valor gerado pelas atividades agropecuárias representou
4,65% desse montante. No Tocantins, no mesmo período, a agropecuária foi
responsável por 15,60% do PIB estadual, ou seja, mais de 10% acima da média
nacional.
8
Atualmente os setores prioritários, são as cadeias produtivas de produção de
grãos, a bovinocultura de corte e leite, as florestas plantadas (seringueira e eucalipto), a
produção de mel, a fruticultura, a bioenergia (biodiesel e etanol), a ovinocaprinocultura,
a piscicultura, da produção de mandioca, de flores tropicais e avicultura.
Neste sentido, algumas políticas e estratégias são fundamentais para a
sustentabilidade do setor do agronegócio no Tocantins, sendo possível ressaltar: (1) a
inclusão da agricultura familiar no sistema produtivo, (2) a difusão tecnológica e
assistência técnica, (3) o fomento a agricultura de baixo carbono e o (4) fortalecimento
da cultura do cooperativismo e associativismo, (5) a melhoria do sistema logístico e
armazenagem e a (6) segurança cientifica e a defesa sanitária.
3. INFORMAÇÕES GERAIS DO ESTADO DO TOCANTINS
3.1 População
Com relação a população, o Estado do Tocantins teve um crescimento de 20%
entre os anos 2000 e 2010, em 2000 a população do Estado era de 1.157.690 pessoas em
2000 e 1.388.445 em 2010. Segue abaixo tabela com população por microrregião.
Tabela 02 – População do Estado do Tocantins por microrregião.
Posição Nome da Microrregião Área em km² População Número de Municípios
01 Bico do Papagaio 15 767,856 km² 198 388 25
02 Araguaína 26 493,499 km² 260 498 17
03 Miracema do Tocantins 34 721,860 km² 145 535 24
04 Jalapão 53 416,435 km² 65 705 15
05 Porto Nacional 21.197,989 km² 304 110 11
06 Rio Formoso 51 405,340 km² 112 020 13
07 Gurupi 27 445,292 km² 127 816 14
08 Dianópolis 47 172,643 km² 118 377 20
Total 277 621,858 km² 1 383 453 139 Fonte: IBGE, Censo 2010.
9
3.2 Vegetação
A vegetação do Tocantins é bastante variada; apresenta desde o campo cerrado,
cerradão, campos limpos ou rupestres a floresta equatorial de transição, sob forma de
"mata de galeria", extremamente variada.
Em área, o cerrado ocupa o primeiro lugar no estado do Tocantins. As árvores do
cerrado estão adaptadas à escassez de água durante uma estação do ano. Caracterizam-
se por uma vegetação campestre, com árvores e arbustos esparsos.
3.3 Relevo e Topografia
O relevo do estado do Tocantins pertence ao Planalto Central Brasileiro.
Caracteriza-se, sobretudo, pelo solo sob cerrados, predominando, na sua maioria,
superfícies tabulares e aplainadas, resultantes dos processos de pediplanação.
O estado, num todo, é caracterizado por variadas gamas de rochas ígneas e
metamórficas do complexo cristalino e unidades sedimentares de diversas idades.
Conforme gráfico abaixo, 82% da área do Estado é plana.
Figura 01 – Topografia do Estado do Tocantins
Fonte: EMBRAPA
10
3.4 Clima e pluviometria
O clima predominante no estado é o tropical seco, que é caracterizado por uma
estação chuvosa (de outubro a abril) e outra seca (de maio a setembro). É condicionado
fundamentalmente pela sua ampla extensão latitudinal e pelo relevo de altitude gradual
e crescente de norte a sul, que variam desde as grandes planícies fluviais até as
plataformas e cabeceiras elevadas entre duzentos e seiscentos metros, especialmente
pelo relevo mais acidentado, acima de seiscentos metros de altitude, ao sul.
A precipitação média entre 1995 a 2013 foi de 1.898,6 mm. Abaixo segue mapa
com pluviometria do Estado.
Figura 02 – Precipitação média anual - Tocantins
Fonte: SEPLAN/Governo do Estado.
11
3.5 Hidrografia
A hidrografia do estado do Tocantins é delimitada a oeste pelo Rio Araguaia e
ao centro pelo Rio Tocantins. Ambos correm de sul para norte e se unem no município
de Esperantina, banhando boa parte do território tocantinense.
A bacia do Araguaia (cor azul do mapa 3) representa 37,7% do total da
hidrografia do estado, e a bacia do Tocantins (cor rosa do mapa 3) representa os outros
62,3%. Os principais rios da bacia Araguaia são os rios: Araguaia, Kaiapó e Javaes e os
principais da bacia do Tocantins são os rios: Sono, Balsas Paranã e Manoel Alves.
3.6 Produto interno Bruto
O PIB (Produto Interno Bruto) do Estado do Tocantins teve um crescimento
significativo no período de 2000 a 2012, com aumento de 241% no período. Em 2000 o
PIB do estado era 5.607 milhões de reais e em 2012 19.130 milhões de reais.
Figura 03 – Hidrografia do Tocantins
Fonte: SEPLAN/Governo do Estado
12
Figura 04 – Evolução PIB no Estado do Tocantins – Em milhões de reais
Fonte: IBGE
3.7 Ocupação Territorial
A tabela abaixo apresenta a ocupação territorial do Estado do Tocantins:
Tabela 03 – Ocupação Territorial do Estado do Tocantins
Fonte: SEPLAN/Governo do Estado.
13
3.8 Mercado Interno
Segue no mapa uma apresentação gráfica do mercado interno do Estado do
Tocantins, a distância é medida da cidade de Palmas-TO.
Figura 5 – Mercado Interno
Fonte: SEAGRO/TO
4. RESUMO CADEIAS PRODUTIVAS
Grãos
Apesar de apresentar crescimento na produção de milho, feijão e arroz, destaca-se
no estado o aumento na produção de soja. Na safra de 2010/2011 a produção anual de
soja foi 1,2 milhões de toneladas e na safra de 2013/2014 a produção subiu para 2,05
milhões de toneladas.
Com inicio das atividades da Ferrovia Norte Sul, a competitividade da soja e
milho produzidas no Estado de Tocantins serão bastante otimizadas sendo que estas
culturas serão o carro-chefe dos proximos anos. Com cenário de continuidade de
aumento desta produção, já encontra-se em fase de obras a primeira esmagadora e
processamento da soja no estado, o que gerará oportunidades para os pequenos
produtores rurais devido ao programa selo combustível social, onde a empresa para
participar de leilões precisa comprar uma parte dos pequenos produtores, como também
a oportunidade de desenvolver um projeto de encadeamento produtivo com a empresa,
14
devido a necessidade de fornecimento de insumos e serviços o que pode ser feito pelos
pequenos empreendedores da região (SEAGRO, EMBRAPA, 2014).
Alem da soja, o milho com cambio favorecido tem se configurado como bastante
competitiva com exportação americana e atraves da FNS se tornará uma cultura
competitiva e esta dobradinha deverá incrementar que o processamento de aves/suinos
seja consequencia natural para exportação de frangos e suinos via FNS.
Bovinocultura de Corte e Leite
A Bovinocultura de corte continua sendo o destaque da pecuária estadual e tem
atraído empresas e conquistando novos mercados sendo registrado 8.082.745 cabeças de
bovinos em 2014. Com avanço da tecnologia do sistema de produção lavoura-pecuária-
floresta, e com logística da FNS cada vez mais será profissionalizada a sua produção.
Quanto a bovinocultura de leite, convém salientar que em todo estado que em 2014
foram produzidos 269.890 litros de leite, sendo uma atividade em sua maioria feita pela
agricultura familiar ou por pequenos produtores (ADAPEC, SEAGRO, 2014).
Ovinocaprinocultura
O Brasil detém aproximadamente 2% do rebanho mundial de caprinos e ovinos
com um rebanho de aproximadamente 25,975 milhões de cabeças e 69% deste está
localizado no Nordeste, região que ocupa o segundo lugar no ranking nacional (IBGE,
2010). Indicadores mostram que a produção de ovinos e caprinos representa uma opção
na oferta de carne, leite e derivados, favorecendo o aspecto alimentar, especialmente da
população rural. No Tocantins, o número de ovinos saltou de 125.990 em 2011 para
135.073 mil em 2014. Com a implementação da tecnologia existente na EMBRAPA de
carcaça mais homogenea e qualificada e com implementação de pequenos frigorificos
em locais estrategicos poderá ser uma boa alternativa de renda para pequenos
produtores de TO. Tal informação reforça o crescimento do setor que atualmente se
encontra em expansão no Estado e no Brasil (ADAPEC, 2014).
Piscicultura
O Estado apresenta um enorme potencial para o desenvolvimento da atividade
aquícola e pesqueira, além dos fatores naturais (clima, baixa declividade e rios) no
15
estado existem 04 plantas industriais com SIF (Sistema Inspeção Federal), sendo que a
oferta atual não consegue atender esta demanda, se tornando a atividade uma grande
oportunidade para os produtores. A produção de 2014 alcançou 15.000 toneladas,
produzidos em tanques escavados, no entanto o grande potencial para a atividade está na
instalação de tanques redes nas represas formadas pelas usinas hidrelétricas.
No mercado interno atual a procura de produto com qualidade é maior que a
oferta, sem considerar o mercado externo favorável o que faz que devemos analisar e
encarar o desenvolvimento da piscicultura de maneira bastante profissional.
Hoje com um total de 528.483 hectares de lamina de água, o potencial de
produção alcançaria 882 mil toneladas ano. O projeto mais adiantado é no lago de
Palmas com área definida, licenciamento ambiental liberado e licitação feita para 230
empreendimentos aquícolas. O desafio é a estruturação do arranjo produtivo e apoio a
produção aos aquicultores, desde o financiamento, assistência técnica, logística e
comercialização do pescado.
Fruticultura
A produção de frutas no Tocantins aumentou 63,52% em quatro anos, segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2014). Em 2010, a
produção foi de 170 mil toneladas, já em 2013 este número saltou para 278 mil
toneladas, com destaque para a produção de abacaxi, banana e melancia.
O Tocantins tem mais de 3,5 milhões de hectares disponíveis para produção
agrícola por meio da irrigação, e para a produção de frutas são destacados três projetos
hidro agrícolas: São João, Manuel Alves, e Gurita. O estado é um dos maiores
produtores brasileiros de abacaxi e as principais culturas produzidas são abacaxi,
banana, melancia, caju, melão, limão, coco, manga. Para cada hectare plantado, 23 mil
frutos são colhidos e a expectativa para este ano de 2015 é fechar com a colheita de
mais de 90 mil toneladas do fruto (IBGE, 2014, SEAGRO, 2014).
Apicultura
A produção de mel no Tocantins em 2014 foi de 118 toneladas, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2014). São mais de 1.400
produtores envolvidos neste processo, divididos em 52 Associações e duas Cooperativas
16
Apícolas, sendo o município de Nova Olinda, na região norte do estado, o maior
produtor.
De acordo com a União Nordestina de Apicultura e Meliponicultura (UNAMEL),
o Brasil é o nono maior produtor de mel, ficando atrás de países como China, Estados
Unidos e Argentina e é o quinto maior exportador, com 16,7 mil toneladas vendidas ao
exterior. Nos últimos dez anos, as regiões Norte e Nordeste, consideradas as novas
fronteiras apícolas do Brasil, foram as que mais cresceram em produção de mel (IBGE,
2014).
Mandioca
A produção de mandioca do Estado é realizada basicamente por produtores
familiares que se caracterizam por uma produção destinada à comercialização in-natura
da raiz e a farinha de mesa, que são beneficiadas em casas de farinhas rústicas e/ou
agroindústrias de pequeno porte, para consumo próprio, venda em mercados e feiras
livres próximas às unidades produtoras. O Estado do Tocantins é o decimo oitavo
colocado como produtor de mandioca com uma área cultivada de 11.827 hectares e uma
produtividade de 18,15 toneladas em 2014 (IBGE, SIDRA), representando
estatisticamente o sétimo lugar no ranking de produtividade, sendo a quase totalidade da
produção destinada à produção de farinha de mesa.
Em 2012 foi instalada no estado a primeira indústria de amido de mandioca, a
“Anil Indústria de Fécula e Polvilho”, localizada no município de Aparecida do Rio
Negro, com capacidade para processar 100 toneladas de raiz por dia.
Avicultura
O Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial dos maiores produtores de
carne de frango, sendo superado apenas por Estados Unidos e China. A avicultura
brasileira é uma das mais desenvolvidas do mundo, com índices de produtividade
excepcionais graças a programas de qualidade com destaque para a genética, nutrição,
manejo, bioseguridade, boas práticas de produção e de preservação do meio ambiente
(UBA, 2009).
Como atividade que se expande no Estado do Tocantins garantindo campo de
atuação para médios, grandes produtores e como alternativa para a agricultura familiar,
17
a avicultura no estado conta com quase 7,3 milhões de aves em potencial para o abate.
Aproximadamente 4,8 milhões de aves em sistema de confinamento de granjas e 2,5
milhões na produção familiar (ADAPEC, 2013).
A produção de frango cresceu de 2003 para 2011 mais de 400% no estado do
Tocantins, e a expectativa é de mais crescimento para os próximos anos. Atualmente a
região norte do estado conta com duas grandes empresas que trabalham com sistema de
produção integrada entre empresas e pequenos produtores e são responsáveis pela
maioria da produção de frangos no Estado. A produção anual das duas empresas soma
mais de 2,7 milhões de quilos de frango por ano (SEAGRO, 2014).
Florestas Plantadas (Látex e Eucalipto)
O eucalipto continua sendo a cultura mais plantada de reflorestamento,
representando 92% do plantio do estado. Apesar de ser feito por grandes empresas de
reflorestamento, surge várias oportunidades para pequenos negócios e também como
suprimento e fomento para o setor moveleiro.
A seringueira apresenta uma grande oportunidade para o pequeno produtor e
agricultura familiar, sendo uma cultura permanente e que permite a diversificação
produtiva, a cultura apresentou um aumento considerável nos últimos 4 anos, quando
em 2011 a área plantada era de 1.840 hectares passando para 5.265 hectares em 2014.
(SEBRAE,2014).
Bioenergia
A cadeia produtiva de bioenergia no estado do Tocantins é composta pela
produção do etanol a partir da cana-de-açúcar na região de Pedro Afonso e do Biodiesel
na região de Pedro Afonso.
O Biodiesel produzido em torno de 360 m3/dia abastecerá os mercados nas regiões
norte e nordeste, a operação é feita pela GRANOL no município de Porto Nacional.
Quanto a cana-de-açúcar em 2013, a área colhida de cana-de-açúcar foi de 22,3 mil ha,
tendo uma moagem de 1.788 mil toneladas de cana e uma produção de 173 mil litros de
etanol. (IBGE, 2013).
18
Flores Tropicais
Não foram encontrados dados oficiais sobre a cadeia de Flores Tropicais do
Estado, mas a região sul do estado tem desenvolvido impelmentação de flores tropicais
voltadas para fornecimento no mercado de Goiania e Brasilia.
5. DETALHAMENTO DAS CADEIAS PRODUTIVAS
SELECIONADAS
5.1 Cadeia Produtiva de Grãos
Evolução do plantio de grãos no Estado
Os principais grãos produzidos no Estado do Tocantins são a soja, milho e o arroz.
A soja consolidou-se como a principal cadeia produtiva agrícola, com 68,07% da área
plantada em 2015, segundo levantamento da CONAB (Companhia Nacional de
Abastecimento). Ao todo, o estado tem 849,63 mil hectares de soja plantada,
apresentando um aumento de 13,5% em relação a 2014, comum aumento de 101 mil
plantados.
Figura 06 – Comparativo de área de plantio entre as culturas no Estado do Tocantins, 2015.
Fonte: IBGE
SOJA
68%
MILHO
18%
ARROZ
10%
OUTROS
4%
AREA PLANTADA
19
A produção também aumentou sobremaneira, conforme a Conab, o Tocantins teve
em agosto a quantidade de 2.476,02 mil toneladas de soja. No ano passado (2014), a
quantidade foi de 2,059,09 toneladas de soja, um aumento de 416,92 mil toneladas de
soja, ou seja, 20,2% a mais do que a safra passada.
Já no período entre os anos de 2011 e 2014, a área plantada de grãos teve um
acréscimo de 56,11%, com aumento de 53,11% de produção. Conforme gráficos e
tabelas abaixo:
Figura 07 – Produção de Grãos.
Fonte: IBGE
Tabela 04 – Evolução Percentual da Produção.
Evolução Percentual da Produção (2011 - 2014)
Arroz 11,96% Feijão -71,28% Milho 77,39% Soja 67,78% Total 53,11%
Fonte: SEAGRO/Governo do Estado
20
Figura 08 – Área Total
Fonte: IBGE
Tabela 5 – Evolução Percentual da Área Plantada.
Evolução Percentual da Área Plantada (2011 - 2014)
Arroz -19,11%
Feijão -28,42%
Milho 56,44%
Soja 84,93%
Total 54,16% Fonte: SEAGRO
Produção de Grãos e a Região do MATOPIBA
No ano de 2014 a área plantada de grãos (soja/milho/arroz) aumentou 5,33%
frente à área plantada em 2013. Nessa avaliação, o Tocantins liderou com maior
acréscimo de área plantada de grãos, com uma participação de 27,06%, seguido pela
Bahia (11,04%), Maranhão (8,94%) e Piauí (7,34%). Na evolução individual apenas o
arroz apresentou declínio na expansão de área cultivada. Conforme gráficos e tabelas
abaixo:
Tabela 06 – Área Plantada de Grãos
Área Plantada De Grãos (Soja, Milho, Arroz)
MA TO PI BA BRASIL
2.013 1.485.930 747.051 1.060.536 1.901.522 46.043.793
2.014 1.618.843 949.209 1.138.371 2.111.541 48.497.612
Crescimento 8,94% 27,06% 7,34% 11,04% 5,33%
Fonte: IBGE
21
Figura 09 – Área Plantada de Soja (mil toneladas).
Fonte: IBGE
Figura 10 – Área Plantada de Milho (mil toneladas).
Fonte: IBGE
Figura 11 – Área Plantada Arroz (mil toneladas).
Fonte: IBGE
MA TO PI BA
Área Plantada 2013 564.546 536.545 551.561 1.211.267
Área Plantada 2014 677.540 719.356 626.799 1.276.369
Diferença 112.994 182.811 75.238 65.102
Crescimento 20,02% 34,07% 13,64% 5,37%
0200.000400.000600.000800.000
1.000.0001.200.0001.400.000
Mil
Ton
elad
as
Área Plantada - SOJA
MA TO PI BA
Área Plantada 2013 511.361 95.565 383.743 679.597
Área Plantada 2014 551.885 121.113 405.631 825.897
Diferença 40.524 25.548 21.888 146.300
Crescimento 7,92% 26,73% 5,70% 21,53%
0100.000200.000300.000400.000500.000600.000700.000800.000900.000
Mil
Ton
elad
as
Área Plantada - MILHO
MA TO PI BA
Área Plantada 2013 410.023 114.941 125.232 10.658
Área Plantada 2014 389.418 108.740 105.941 9.275
Diferença -20.605 -6.201 -19.291 -1.383
Crescimento -5,03% -5,39% -15,40% -12,98%
-50.0000
50.000100.000150.000200.000250.000300.000350.000400.000450.000
Mil
Ton
elad
as
Área Plantada - ARROZ
22
Evolução na Produtividade no Plantio de Grãos
Com referência a produtividade de Grãos, destaca-se a cultura do milho,
representando 18,12% acima da produção do ano anterior. Tal ganho é justificado pela
tecnificação nos plantios de primeira e segunda safra do grão.
Figura 12 – Produtividade de Soja, Milho, Arroz (Mil Toneladas)
Fonte: IBGE
Tabela 07 – Produtividade de Soja (mil toneladas)
SOJA
MA TO PI BA TOTAL
Produtividade
2013
2802 2904 1670 2283 9659
Produtividade
2014
2769 2911 2375 2512 10567
Crescimento -1,18% 0,24% 42,22% 10,03% 9,40%
Fonte: IBGE
Tabela 08 – Produtividade do Milho (mil toneladas)
MILHO
MA TO PI BA TOTAL
Produtividade
2013
2585 3669 1264 3104 10622
Produtividade
2014
2754 3701 2556 3536 12547
Crescimento 6,54% 0,87% 102,22% 13,92% 18,12%
Fonte: IBGE
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
MA
TO PI
BA
TOTA
L
MA
TO PI
BA
TOTA
L
MA
TO PI
BA
TOTA
L
SOJA MILHO ARROZ
Produtividade
Produtividade 2013 Produtividade 2014
23
MT PR GO MS MGMATOPI
BARS SP SC
Produção 18.071.3 15.823.2 9.088.02 8.251.12 6.966.93 5.926.08 5.389.52 3.983.89 3.149.72
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
18.000.000
20.000.000
Ton
elad
as
MILHO
Tabela 09 – Produtividade do Arroz (mil toneladas)
ARROZ
MA TO PI BA TOTAL
Produtividade
2013
1174 4259 722 1480 7635
Produtividade
2014
1507 4700 1362 1101 8670
Crescimento 28,36% 10,35% 88,64% -25,61% 13,56%
Fonte: IBGE
Nos gráficos abaixo, indicam-se o comparativo entre os estados e a região do
MATOPIBA:
Figura 13 – Estados com maior Produção Nacional de Soja – 2014 (mil toneladas).
Fonte: IBGE
MT PR RS GO MATOPIBA MS MG
Produção 26.495.884 14.913.173 13.041.720 8.938.560 8.664.902 6.339.386 3.345.549
0
5.000.000
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
30.000.000
Ton
elad
as
SOJA
Figura 14 – Estados com maior Produção Nacional de Milho – 2014 (Mil Toneladas).
Fonte: IBGE
24
Figura 15 – Estados com maior Produção Nacional de Arroz – 2014 (Mil Toneladas)
Fonte: IBGE.
Principais Regiões Produtivas do Estado
Tabela 10 – Principais Municípios Produtores de Grãos no Estado do Tocantins
ARROZ MILHO SOJA
Município % Município % Município %
Lagoa da Confusão 47,17 Campos Lindos 47,85 Campos Lindos 11,09
Formoso do Araguaia 25,76 Goiatins 4,69 Lagoa da Confusão 7,13
Dueré 7,58 Dianópolis 4,69 Porto Nacional 5,19
Pium 6,22 Darcinópolis 4,28 Dianópolis 5,01
Cristalândia 2,13 Palmas 4,00 Mateiros 4,91
Porto Nacional 3,74 Monte do Carmo 3,79
Taguatinga 2,51 Santa Rosa do
Tocantins
3,72
Fonte: IBGE
RS MATOPIBA SC MT
Produção 8.241.840 1.176.593 1.082.441 581.439
0
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
9.000.000To
nel
adas
ARROZ
25
1 – Dueré 2 – Dianópolis 3 – Darcinópolis 4 – Palmas 5 – Porto Nacional 6 – Taguatinga 7 – Campos Lindos 8 – Mateiros 9 – Monte do Carmo 10 – Santa Rosa do Tocantins 11 – Goiatins 12 – Lagoa da Confusão 13 – Formoso do Araguaia 14 – Pium 15 – Cristalândia
14
12
13
1
15 10
9
4 5
7
8
2
6
11
3
Figura 16 - Mapa com regiões produtivas de milho, soja e arroz.
Fonte: SEAGRO/2014
26
Mercado para grãos
(a) Soja
A soja é uma das culturas mais difundidas no mundo. Apesar da sua grande
importância econômica no mercado mundial, a exportação da soja em grão é feita para a
Ásia e a União Europeia.
(b) Milho
Atualmente o maior importador de milho é o Japão, com expectativa de 15
milhões de toneladas importadas na safra 15/16, devido ao relevo e ao clima, esse país
não produz o cereal e tem que importar todo milho consumido. Logo atrás do Japão,
vêm a União Europeia e o México.
(c) Arroz
O crescimento da produção permitiu ao país tornar-se autossuficiente em arroz,
com produção voltada ao mercado interno. Hoje apenas 5% da produção nacional são
destinadas à exportação.
Companhias de comercialização/agroindústrias de Grãos no Estado
Tabela 11 – Empresas comercializadoras de soja/milho no Tocantins
TRADER’S INSTALADAS NO TOCANTINS
ADM
BUNGE
CARGIL
CHS
CGG
GRANOL
NIDEIRA
FAZENDÃO
AMAGGI
MULTIGRAIN
SODRU
ALGAR
GLENCORE
NOVAS: EM INSTALAÇÃO
GAVILON
TOYOTA
27
Tabela 12 – Relação das Beneficiadoras de Arroz no Estado do Tocantins
Município Empresa Localização Situação
Araguaína
Cerealista
Magalhães Ltda.
Av. Santos Dumont, Nº 922,
Setor Rodoviário
Ativa
Cariri do Tocantins Cerealista
Araguaia Ltda.
BR 153 – Fazenda Santo Antônio
Parte do Lt. 05/13
Zona Rural
CEP: 77.453-000
Ativa
Formoso do Araguaia
CIA Brasileira de
Agropecuária –
COBRAPE
Loteamento Pantanal de Cima, Lt.
05,
Vila COBRAPE
CEP: 77.470-000
Ativa
Guaraí
Elizabete Gross
Hendges (Cereais
Guaraí)
Rua 12 B, Nº 1089 Setor Planalto
CEP: 77.700-000 Ativa
Gurupi
Indústria e
Comércio de
Cereais Bom de
Gosto
Rua 05 Nº 155,
Setor Paulo de Tarso
CEP: 77.400-000
Ativa
Gurupi
CDA – CIA de
Distribuição
Araguaia
BR 153 Km 675,
Gleba 7, 4ª Etapa,
Lto. Fazenda Santo Antônio
CEP: 77.402-970
Ativa
Gurupi
Indústria e
Comércio de
Cereais Sabor
Brasil
BR 153 Km 662.4, Lt.38 F – Parte
Remanescente do Lt. 8
CEP: 77.445-590
Ativa
Gurupi
Costa e Mendes
Ltda. -
(Cerealista Rio
Jordão)
Rua Primária 02 – Qd. 05 – Lt. 11 –
Parque Agroindustrial de Gurupi
CEP: 77.445-510
Ativa
Gurupi
Araújo e Brito
Ltda.
Rua 01 Nº 400, Galpão 01 – Parte da
Chácara 81 e 85
CX. Postal 14
CEP: 77.402-970
Ativa
Lagoa da Confusão
CDA – CIA de
Distribuição
Araguaia
TO 255 Km 91
CEP: 77.493-000
Em
implantação
Lagoa da Confusão
Cooperativa dos
Produtores de
Arroz da Lagoa
TO 255 Km 91
CEP: 77.493-000
Ativa
Palmas
Cerealista Santa
Fé Ltda.
912 Sul, Al. 15, Lt. 11
CEP: 77.016-524 Ativa
Palmas
Ferreira e Cunha
Ltda.- (Cerealista
Grão de Ouro)
412 Norte, Qd. 07, Alameda 08, Lt.
17 A
CEP: 77.006-534
Ativa
28
Município Empresa Localização Situação
Paraíso do Tocantins SLC Alimentos
BR 153 Km 484
Cx. Postal 141
CEP: 77.600-000
Ativa
Paraíso do Tocantins
CDA – CIA de
Distribuição
Araguaia
BR 153 Km 483, Qd. 02 Módulo 01
a 09 – Parque Agroindustrial de
Paraíso
Cx. Postal 112
CEP: 77.600-000
Ativa
Paraíso do Tocantins
Maria Angélica
Pontes - (Paiol
Cereais)
Av. 23 de Outubro,
Nº 2490, Qd. 09
Lt.03 a 05
Jardim América
CEP: 77.600-000
Ativa
Paraíso do Tocantins
R & M –
Indústria e
Comércio de
Cereais – (Arroz
Natural)
Av. Waldir Lins,
Nº 1061 –
Setor Serrano II
CEP: 77.600-000
Ativa
Porto Nacional
Gilmar
Martinazzo –
(Cerealista
Amigão)
Av. Tocantins, Nº 3137
Setor Vila Nova
CEP: 77.500-000
Ativa
Fonte: SEAGRO/2014
5.2 Bovinocultura de Corte
Evolução do rebanho bovino no Estado
A bovinocultura de corte tem se destacado na economia nacional e vem
assumindo posição de liderança no mercado mundial de carnes. O Brasil possui hoje o
maior rebanho comercial do mundo; é o segundo maior produtor mundial de carne
bovina, com cerca de 1,1 milhão de toneladas anualmente.
O rebanho bovino brasileiro chegou a 212,3 milhões de cabeças em 2014, um
acréscimo de 569 mil animais em relação a 2013. Com isso, o Brasil manteve-se como
segundo colocado no ranking mundial, atrás apenas da Índia. Os dados são do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Brasil é um dos únicos países que ainda possui potencial de crescimento da
pecuária, uma vez que tradicionais fornecedores estão com restrição em sua capacidade
de produção por limitações climáticas e econômicas.
Com a nova realidade conjuntural que o Brasil atravessa, muitos pecuaristas estão
migrando cada vez mais para o norte do país. Atraídos pelos baixos preços das terras,
29
pelas boas condições para a criação de bovinos (bom regime de chuvas, boas
pastagens), incentivo do governo local e acesso facilitado a linhas de crédito para
investimentos, aspectos que contribuem para a redução dos custos e viabilidade da
atividade. Foi na região Norte o maior crescimento registrado no rebanho brasileiro.
Houve aumento de 141,7% em dez anos, cerca de 2,56 milhões de cabeças a cada ano.
Figura 17 – Comparativo Evolução Rebanho
Fonte: IBGE/MAPA
Tabela 13 – Avanço da Produção animal do Tocantins
2011 2014 Avanço (%)
Bovinos (cab.) 8.025.400 8.082.745 0,71%
Leite (litros/ano) 267.310 269.890 0,97%
Apícola (kg/ano) 153.485 260.000 69,40%
Ovinos (cabeças) 110.000 125.000 13,64%
Aves Alojadas 5.000.000 5.458.000 9,16% Fonte: IBGE, ADAPEC, MAPA.
Segundo o diretor do CBNA (Colégio Brasileiro de Nutrição Animal), pecuária
nacional tem atualmente taxa de lotação inferior a 01 “Unidade Animal” (01 UA = 450
kg) por hectare. O Brasil pode dobrar o tamanho de seu rebanho sem ter que derrubar
uma única árvore. Para isso basta empregar as tecnologias já disponíveis aos criadores.
O principal gargalo para isto é a fonte de alimento das criações no Tocantins: as
pastagens. Mesmo com grande quantidade de áreas de pastagens, muitas vezes os
produtores pecam na qualidade do alimento dado aos rebanhos. (Rodrigo Patussi
/CONFINAR 2014).
0
50.000.000
100.000.000
150.000.000
200.000.000
250.000.000
2009 2010 20112012
20132014
Comparativo da Evolução do Rebanho no Brasil, Região Norte e
Tocantins
BRASIL NORTE TOCANTINS
30
No Tocantins, no período de 2011, a agropecuária foi responsável por 15,60% do
PIB estadual, ou seja, mais de 10% acima da média nacional. A cadeia produtiva da
carne bovina do Estado apresenta um cenário em processo de formação, vários são os
fatores que proporcionam o cenário atual no Tocantins e que surgem como
potencialidades para melhores resultados. Apesar da tenra idade, o Estado do Tocantins
desponta no contexto do agronegócio brasileiro, mantendo laços com sua vocação para
a agropecuária.
O Tocantins é um dos estados brasileiros com maior tradição na criação de
bovinos de corte, contando, atualmente, com um rebanho de mais de 8 milhões de
animais, distribuídos em todas as regiões do estado.
Figura 18 – Evolução do Rebanho TO
Fonte: SEAGRO/ADAPEC
Principais Regiões Produtivas do Estado
A região norte do estado especialmente o município de Araguaína é a que se
destaca na engorda de bovinos e a região sul é mais especializada na produção de
bezerros – cria e recria. Os principais municípios produtores de bovinos são:
7.605.249
7.994.200 8.025.400 8.082.336
8.108.912
8.075.517
8.180.224
7.200.000
7.400.000
7.600.000
7.800.000
8.000.000
8.200.000
8.400.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Evolução do Rebanho Tocantinense
TOCANTINS
31
Tabela 14 – Municípios com maiores rebanhos do Estado
Municípios Rebanho
Araguaçu - TO 278.168
Araguaína - TO 223.985
Formoso do Araguaia - TO 218.744
Peixe - TO 189.944
Gurupi - TO 106.664
Paraíso do Tocantins - TO 91.104
Fonte: SEAGRO/2014
As regiões no Estado que registraram maior montante de exportação foram
Araguaína, por meio da empresa Minerva S.A. e Gurupi pela Cooperativa dos
Produtores de Carne e Derivados – Cooperfrigu.
Grande parte da exportação de carne do Tocantins tem como destino a Rússia,
Venezuela, Egito, Irã, entre outros. Os principais blocos econômicos de destino da carne
tocantinense é a Associação Latino Americana de Integração (Aladi), África, Oriente
Médio, Ásia e a União Europeia, que tem demonstrado um interesse maior pela carne
bovina tocantinense.
O Estado possui programas de incentivo à industrialização (agroindustrialização)
coordenada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo, pela
Agência Tocantinense de Ciência, Tecnologia e Inovação e pela Secretaria de Estado da
Fazenda.
Em números totais, 1,2 milhão de toneladas de produtos agropecuários do Estado
vendidos ao exterior nos primeiros seis meses de 2015, ante 634,4 mil toneladas no
mesmo período do ano passado. Ao todo, entre grãos, carnes de boi e frango, couro e
frutas, o agronegócio tocantinense movimentou recursos no valor de mais de US$ 542,4
milhões.
Para os próximos anos a perspectiva é de aumento das exportações e de
continuidade na abertura de novos mercados. Com o início das atividades da Ferrovia
Norte-Sul, os fretes das cargas poderão reduzidos em 30% e, através do Porto do Itaqui
(MA), a produção do Estado estará mais próxima dos mercados da Europa e da África
que os produtos do Sul e Sudeste do país.
32
Mercado para bovinocultura de corte
A exportação da carne bovina no Tocantins alcançou o valor de US$ 205.697
milhões em 2013, o crescimento representou um aumento de 26,23% comparado com o
valor de exportação em 2012, que foi de US$162.951 milhões. Em volume o Tocantins
exportou no ano de 2012, um total de 37.737 toneladas, enquanto que em 2013 foram
exportadas 50.354 toneladas de carne processada mostrando um crescimento de 33,43%
(SEAGRO).
Embora ainda não repitam o desempenho de 2014, as exportações brasileiras de
carne bovina in natura e processada em outubro mantiveram seu crescimento em
relação aos meses anteriores de 2015, segundo informações da Secretaria do Comércio
Exterior (SECEX), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC), compiladas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO).
O potencial de crescimento no presente e no futuro é excelente, tornando um
importante vetor no crescimento econômico e social do Brasil.
0
1.000.000
2.000.000
3.000.000
4.000.000
5.000.000
6.000.000
7.000.000
8.000.000
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EXPORTAÇÕES * ATE AGOSTO DE 2014
FATURAMENTO (MIL US$) US$ / TONELADA
Figura 19 – Exportações de carne bovina do Tocantins
Fonte: MAPA / 2014
33
Figura 20 – Comparativo entre a produção, disponibilidade e a exportação da carne no Brasil
Fonte: MAPA/2014
As exportações de couros e peles apresentadas pela Secex (Secretaria de
Comércio Exterior) referentes ao mês de outubro de 2015 registraram o valor de US$
158,262 milhões, uma redução de 36,5% em relação ao mesmo mês do ano passado,
quando foram exportados US$ 4.249,256 milhões. Houve também uma queda de 6,6%
em relação ao mês anterior, quando o total foi de US$ 169,407 milhões.
Quanto à quantidade, considerando somente os couros bovinos, em outubro foram
embarcadas 2,902 milhões de unidades, aumento de 3,0% em relação a setembro
quando o total foi de 2,818 milhões.
Tabela 15 – Exportações de couros e peles – Estados da Região Norte
DISTRIBUIÇÃO POR ESTADOS DO NORTE DA EXPORTAÇÃO DE COUROS E PELES
JAN-OUT/2013 JAN-OUT/2014 JAN-OUT/2015 2015 2015/2014 2015/2013
BRASIL –
TOTAL 2.055.098.454 2.486.324.057 1.924.194.060 100% -22,60% -6,40%
PARÁ 80.241.415 86.503.255 62.541.084 3,30% -27,70% -22,10%
TOCANTINS 10.095.822 13.655.912 11.524.842 0,60% -15,60% 14,20%
AMAPÁ 0 0 437.895 0
RONDONIA 117.008 1.360.942 0 0 -100,00% -100,00%
RORAIMA 611.046 0 0 0 -100,00% -100,00%
Fonte: IBGE Pesquisa Pecuária Municipal/2015
50%
9%
41%
2014
Produção de Carne(Mil/Ton)
Exportação (Mil/Ton)
Disponibilidade (Mil/Ton)
34
Companhias de comercialização/agroindústrias de Carne no Estado
Na agroindústria para o abate, são dez frigoríficos com Serviço de Inspeção
Estadual, nove com Serviço de Inspeção Federal e 21 matadouros com o selo de
inspeção Municipal. (SEAGRO/2015) e 4 curtumes.
Tabela 16 – Relação dos frigoríficos – Estado do Tocantins
Município Empresa Produtos
Serviço de Inspeção
Situação
SIM SIE SIF
Alvorada HBC Ind e Com
Alimentos Imp. Exp
Ltda
Carne Bovina,
Ovina e Derivados -- -- 1723 Ativa
Araguaína Assocarne Carne Bovina e
Suína -- 24 -- Ativa
Araguaína Minerva X/A Carne Bovina -- -- 1940 Ativa
Araguaína Boi Forte Frigorífico
Ltda Carne Bovina -- -- 723 Ativa
Colmeia LOPESCO Ind. De
Subprodutos
Animais Ltda
Embutido -- -- 2624 Ativa
Gurupi Frigorífico Paulo &
Maia Ltda Carne Bovina e
Suína -- 9 -- Ativa
Gurupi Cooperfrigu Carne Bovina -- -- 93 Ativa
Nova Olinda Masterboi Ltda Carne Bovina -- -- 860 Ativa
Palmas Entreposto Mel/WW
Soares Produtos Cárneos -- 75 -- Ativa
Palmas Frigocapa Produtos Cárneos -- 21 -- Ativa
Palmas Lucas Frios Produtos Cárneos -- 39 -- Ativa
Palmas Cesílio
Agroindustrial Ltda Carne Bovina e
Derivados -- -- 3651 Não implantada
35
Município Empresa Produtos
Serviço de Inspeção
Situação
SIM SIE SIF
Paraíso do
Tocantins Casa do Pit Dog Produtos Cárneos -- 14 -- Ativa
Paraíso do
Tocantins
Paraíso Ind e Com
de Alimentos e
Abate de Aves Ltda
Aves e Coelho -- -- 634 Ativa
Paraíso do
Tocantins
Plena Indústria e
Comércio de
Alimentos Ltda
Carne Bovina -- -- 3215 Ativa
Porto
Nacional Comercial Jatobá Carne Bovina -- 56 -- Ativa
Porto
Nacional Frigorífico Ideal Carne Bovina -- 13 -- Ativa
Porto
Nacional Linguiça Porto Real Linguiça -- 12 -- Ativa
Silvanópolis Frigorífica Savana Carne Bovina -- 55 -- Ativa
Arguianópolis Matadouro
Municipal/CESTE Carne Bovina x -- -- Ativo
Aliança (Matadouro
Particular) Carne Bovina x -- -- Ativo
Araguaçu (Matadouro
Particular) Carne Bovina -- -- -- Ativo
Colinas do
Tocantins
Matadouro Coli-
Frigo Carne Bovina x -- -- Ativo
Dianópolis (Matadouro
Particular) Carne Bovina x -- -- Ativo
Esperantina (Matadouro
Municipal) Carne Bovina -- -- -- Inativo
Fátima (Matadouro
Municipal) Carne Bovina x -- -- Ativo
Guaraí Matadouro São
Raimundo Carne Bovina x -- -- Ativo
Guaraí Matadouro Giglos Carne Bovina x -- -- Ativo
Lagoa da
Confusão Abatedouro Paraíso Carne Bovina x -- -- Ativo
36
Município Empresa Produtos
Serviço de Inspeção
Situação
SIM SIE SIF
Lagoa da
Confusão Matadouro Lagoa Carne Bovina x -- -- Ativo
Natividade Matadouro Frigo
Castro Carne Bovina x -- -- Ativo
Novo Acordo (Matadouro
Municipal) Carne Bovina -- -- -- Inativo
Palmeirópolis Fri Palmeiras Carne Bovina x -- -- Ativo
Pedro Afonso (Matadouro
Municipal) Carne Bovina -- -- -- Ativo
Pindorama (Matadouro
Municipal) Carne Bovina x -- -- Inativo
Ponte Alta Matadouro Frigo-
Palta Carne Bovina x -- -- Ativo
Taguatinga (Matadouro
Municipal) Carne Bovina -- -- -- Inativo
Sítio Novo (Matadouro
Municipal) Carne Bovina -- -- -- Inativo
Formoso do
Araguaia
(Matadouro
Particular) Carne Bovina X -- -- Lei criada
Fonte: Seagro/2014
Tabela 17 – Relação de Curtumes do Estado do Tocantins
RELAÇÃO DE CURTUMES
Colinas
Curtidora
Tocantins
LTDA
BR-153 Couro
Branco e
Azul -- -- x 3000 couros/dia
Gurupi JBS S.A
Perimetral
Leste, 236,
Parque
Industrial
Couro
Azul -- -- -- 1.500 couros/dia
Porto Nacional *Curtume
Nacional
Parque
Agroindustri
al de Porto
Nacional
Couro
verde/azul -- -- -- 600 couros/dia
37
RELAÇÃO DE CURTUMES
Wanderlândia Durlicouros
BR-153, km
127, Fazenda
Ezequiel –
Zona Rural
Couro
verde/azul -- -- 1940 1200 couros/dia
* Possui registro na VISA
5.3 Bovinocultura de Leite
Evolução da produção de leite no Estado do Tocantins
A produção de leite no Brasil é uma das cadeias produtivas do agronegócio que
tem os maiores ganhos marginais a incorporar em todos os seus elos da produção nos
próximos anos. Trata-se de um setor que evoluiu menos em termos de
profissionalização e organização do que outras cadeias produtivas porem apresenta
grande potencial de melhoria.
A EMBRAPA (2003), afirma que a Produção de Leite pela Agricultura Familiar é
muito importante, pois representa mais de 58% da produção total do Brasil e ainda
possui um enorme potencial de produção a ser buscado.
Nos gráficos abaixo fica claro que o rebanho no Estado do Tocantins, segundo a
Pesquisa de Pecuária do Município, teve significativo aumento, porém a produtividade
não apresentou alterações semelhantes.
Figura 21 – Relação Vacas Ordenhadas e Produção de Litros de Leite
Fonte: IBGE
5,3
6,6 6,7
0
1
2
3
4
5
6
7
8
210000
220000
230000
240000
250000
260000
270000
280000
2009 2010 2011
Relação entre vacas ordenhadas e litros de leite
Vacas Ordenhadas / Efetivo de rebanho no Brasil (%) Litros de Leite(1000lt)
38
Figura 22 – Relação Vacas Ordenhadas X Produtividade
Fonte: IBGE
Segundo BASTO et. al. (2013), terceiro maior produtor de leite bovino da região
Norte do país, o Tocantins tem como meta ampliar a produção e aumentar a qualidade
dos laticínios produzidos no Estado. Atualmente o Estado produz uma média de 280
milhões de litros de leite bovino por ano (SEAGRO, 2014). Entretanto, ainda está longe
de atender as perspectivas da produção nacional.
Figura 23 – Produtividade em Mil/Litros
Fonte: IBGE
455 512
628
0
100
200
300
400
500
600
700
0500000
10000001500000200000025000003000000350000040000004500000
2009 2010 2011
Relação entre Vacas Ordenhadas e Produtividade
Vacas Ordenhadas Produtividade
0
2.000.000
4.000.000
6.000.000
8.000.000
10.000.000
12.000.000
14.000.000
SUDESTE SUL CENTRO OESTE NORDESTE NORTE
Produtividade (mil/litros)
2012 2013
39
A produtividade animal cresceu em todas as regiões, exceto no Norte do País,
onde o maior volume de leite produzido se deu em decorrência do crescimento do
rebanho de vacas ordenhadas e não pela melhoria dos sistemas de produção.
FONTE: Embrapa 2015
Fonte:IBGE
No Tocantins, mais de 15 mil propriedades rurais são voltadas para a produção de
leite e seus derivados, predominantemente em 43 municípios tocantinenses.
Principais regiões produtivas no Estado
Com destaque para os municípios de maior produtividade de leite no Estado:
Augustinópolis, Buriti do Tocantins, Aurora do Tocantins, Colinas, Paraiso do
Tocantins, Monte Santo, Itaporã, Santa Fé do Araguaia, Muricilândia, Araguaína e
Aragominas, Bernardo Sayao.
Mercado para o leite do Tocantins
O Leite no Tocantins é destinado à fabricação de queijos mussarela e para o
consumo interno.
-10
-5
0
5
10
15
BRASIL NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE
%LEITE % VACA % PRODUTIVIDADE
Figura 24 – Relação Produtividade por Região
Fonte: IBGE
40
Companhia de comercialização/agroindústria de Leite no Estado do
Tocantins
Na agroindústria, de acordo com o departamento de Desenvolvimento Animal da
SEAGRO, atualmente o Tocantins conta com 30 laticínios, entre Serviço de Inspeção
Estadual (SIE), Serviço de Inspeção Federal (SIF) e com o selo de inspeção municipal.
–(SEAGRO/2013).
Tabela 18 – Relação Indústrias / entrepostos de captação de Leite do Tocantins
Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos
Serviço de Inspeção
Situação
SIM SIE SIF
Araguaína Asa Agroindustrial
de Alimentos S/A
Av. Filadélfia n°100-
Bairro JK, CEP:77816-
540
Usina
Benefic. Leite -- -- 1343 Ativa
Araguaína Laticínios Biana
Com. E Ind Ltda
BR-153,KM117, Zona
Rural CEP:77800-000
Usina
Benefic. Leite -- -- 3554 Ativa
Araguaína Original Laticínios
Ind. E Com. Ltda
Rua Araguanã, 537, Bairro
JK, CEP:77817-040
Usina
Benefic. Leite -- -- 444 Ativa
Arapoema Laticínio Sonho
Dourado Fazenda São José Mussarela -- 68 -- Ativa
Arapoema
Ind. E Com de
Laticínios da
Serrinha
Av. Tocantins n° 13, Setor
Agroindustrial, CEP:
77780-000
Fábrica de Laticínios
-- -- 1960 Ativa
Augustinópolis
Leite Carinho
Rua Pres. Kennedy nº93-A
Centro
Leite
Pasteurizado,
Mussarela e
Iogurte
Ativa -- 28 --
Augustinópolis
Bernardino Silva &
Silveira (Laticínios
2000)
Av. Goiás n° 3727, Centro
CEP:77960-000
Usina
Benefic. Leite -- -- 3625 Ativa
Aurora do
Tocantins Laticínio Aguiar
Fazenda Lagoa Feia km 20
rod TO 110 Mussarela e leite
semi e desnatado -- 74 -- Ativa
Bernardo
Sayao
Cremolat Ind. E Com
de Laticínios
Rua Dois, n° 1188 - Centro
CEP:77755-000 Fábrica de
Laticínios -- -- 4623 Ativa
41
Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos
Serviço de Inspeção
Situação
SIM SIE SIF
Brasilândia Laticínios Majestade
Ltda
Rodovia BR-153 Km 245,
Zona Rural CEP:77735-000 Fábrica de
Laticínios -- -- 4082
Inativo
(07/2008)
Buriti do
Tocantins
Laticínio Duarte
Rua Travessa, n 105 Mussarela -- 51 -- Ativa
Buriti do
Tocantins
Laticínio Fortaleza ---- -- 65 -- Ativa
Buriti do
Tocantins Laticínios Mendes Rua das Crianças, n 60 Mussarela -- 45 -- Ativa
Colinas Palac - Ind e Com de
Laticínios Ltda
Rua 08 de Dezembro, n° 245
CEP:77760-000
Fábrica de
Laticínios -- -- 3866 Ativa
Colinas
Leite Pasteurizado
Colinas Av Paraguai n 1312, Setor
Campinas Mussarela e leite
pasteur -- 80 -- Ativa
E.A.Alburquerque e
CIA Ltda.
Colmeia
Laticínio Pureza
Lote 2, Loteamento Itaporã
Leite Pasteurizado
desnatado e
integral,
Mussarela, provolone e minas
frescal
-- 48 --
Ativa
Colmeia Pasteurização Leite
Mel W.W..Soares
Av Castelo Branco lote 45 e
31N Leite Pasteur -- 10 -- Ativa
42
Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos
Serviço de Inspeção
Situação
SIM SIE SIF
Combinado Boa Vista Chácara das Mangueiras Mussarela e
requeijão
-- 26 -- Ativa
Combinado MJ Pereira de Souza
Rua Gercina Borges
Guimarães,S/N Chácara
Creme de Leite, CEP:77350-
000
-- -- 688 Ativa
Guaraí COOPAG Av. Rio Grande do Sul n
3156, Setor Nova Querência
Leite Pasteurizado desnatado e
integral,
Mussarela, Bebida Lactea e minas
frescal
-- 37 -- 10.000
l/dia
Gurupi Jandira Com. De Prod.
Alimentícios Ltda
Rodovia TO 280 Km 4,55-
Zona Rural
Usina Benefic.
Leite -- -- 864 --
Itaporã do
Tocantins
Laticínios Guerra -
Nilton D. da Silva ME
Av. 15 de Novembro, s/n°,
Centro, CEP:77740-000
Fábrica de
Laticínios -- -- 2461 --
Miracema Leite Bem Bom LTDA-
ME
Rua 27 n 685 S.
Universitário
Leite
Pasteurizado -- 67 --
5.000
l/dia
Monte Santo
Milk Norte-
TO 080 km 103
Queijo ralado,
Mussarela, requeijão, bebida
láctea
-- 72 -- 10.000
l/dia Fabricação de Produtos
do Laticínio - LTDA
Nova Olinda
Laticínio Três Irmãos -
Rua Rui Barbosa, nº 1620
--
69
--
5.000
l/dia V.G. Lima - ME
Paraíso do
Tocantins Coopernorte Br 153 km 491
Leite
Pasteurizado -- 84 -- Ativa
Paraíso do
Tocantins Queijo Paraíso
Rua 12 Qd 15 Lt 15 Pq
Buritis
Minas Frescal,
manteiga
bebida lactea
-- 25 -- Ativa
Pequizeiro Palac - Ind. E Com de
Laticínios Ltda
Av. Imperatriz, n° 592,
Centro, CEP:77730-000
Posto de
Resfriamento -- -- 2458 Ativa
Porto Nacional Nutrileite-Fabricação
de Laticínios LTDA. Av 13 de Julho Qd 260 lote 8
Leite
Pasteurizado,
Minas frescal e
ralado
-- 67 -- Ativa
43
Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos
Serviço de Inspeção
Situação
SIM SIE SIF
Santa Fé do
Araguaia
Laticínios Minas
Queijo Ind. E Com.
Ltda
Av. Araguaia, n° 123,
CEP:77848-000 Fábrica de
Laticínios -- -- 34 Ativa
Fonte: SEAGRO/2014
5.4 Ovinocaprinocultura
Evolução da produção da ovinocaprinocultura no Estado do Tocantins
Atentos às exigências da sociedade, a ovinocultura e a caprinocultura vêm
demonstrando um crescente aumento nos últimos anos: o rebanho brasileiro conta
atualmente com 16,78 milhões de cabeças distribuídas em todo o país, segundo dados
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Distribuído em 436 mil
estabelecimentos agropecuários, colocou o Brasil em 18º lugar do ranking mundial de
exportação.
Carne, pele e lã estão entre os principais produtos. A produção de leite de cabra é
de cerca de 21 milhões de litros e envolve, em grande parte, empresas de pequeno porte.
No Norte do país, os Caprinos mantiveram a estabilidade do efetivo. O aumento
no rebanho de ovinos deve-se ao incentivo dos governos regionais, distribuindo
matrizes para os pequenos produtores de alguns municípios, como ocorrido no Acre.
“As dificuldades que a cadeia vem enfrentando dizem respeito a uma
produção insuficiente em quantidade e qualidade, principalmente, para
viabilizar a operacionalização de frigoríficos. O intuito é estimular a
formalização do abate e assim abastecer o mercado interno, que hoje é
importador de carnes de outros países” aponta Christiane assessora
técnica da FAEG.
A criação de ovinos e caprinos são atividades econômicas de grande potencial de
geração de emprego, renda e inclusão social, contribuindo para a fixação do homem no
campo. Representam ainda uma alternativa importante para a diversificação produtiva
em regiões de ambientes tipicamente semiáridos, cujas famílias vivem uma situação de
vulnerabilidade social, a exemplo do sudeste do Tocantins.
O Tocantins tem fortalecido a criação de ovinos e caprinos (ovelhas e cabras).
Com medidas que beneficiam esta cadeia produtiva, o Estado tem presenciado um
crescimento acentuado desta cadeia produtiva. A criação de ovinos e caprinos no
44
Tocantins possui um rebanho de 124.391 e 21.698, respectivamente, e vem crescendo
em todo o Estado (SEAGRO 2013).
Figura 25 – Evolução Rebanho do Tocantins
Fonte: SEAGRO Novembro/2014
Regiões Produtivas no Estado
Nos municípios de Barrolândia, Marianópolis, Santa Terezinha do Tocantins,
Paraiso, Monte Santo, Aliança, Gurupi, Dueré e algumas partes próximas ao município
de Dianópolis, são encontradas criações de ovinos e algumas de caprinos em menor
quantidade.
Mercado
No Tocantins não possuindo frigoríficos especializados para o abate de ovinos e
caprinos, compromete o mercado que é pouco desenvolvido. São encontradas as carnes
destas espécies em restaurantes e algumas casas de carnes, oriundas de importações de
outros estados.
Em 2014, as importações brasileiras de carne ovina atingiram a marca recorde das
9,93 mil toneladas (peso de embarque), um incremento de 12% comparado a 2013, com
um valor de US$ 56,8 milhões de dólares, aproximadamente 23,7 pontos percentuais
acima dos valores alcançados no ano anterior.
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Evolução Rebanho no Tocantins
OVINOS
CAPRINOS
45
Diante da manutenção do tamanho do rebanho nacional – de 16,78 milhões de
cabeças – a demanda interna continuará sendo suprida por cortes importados. (MAPA-
2014/2015).
Figura 26 – Destino das Importações de Carne Ovina em 2014
Fonte: EMBRAPA 2014
A queda contínua nos abates é um fenômeno nacional. Embora os reais motivos
ainda não estejam completamente claros, a redução drástica da produção formal ao
longo dos últimos anos envolve tanto fatores impactando na oferta de cordeiros para
plantas com SIF quanto nos registros oficiais de abate.
Figura 27 – Relação do Volume de Abates inspecionados
Fonte: Associação Brasileira de Santa Inês.
SC 36%
MS 29%
RS 13%
SP 12%
PE 4%
MG 2%
PR 2%
OUTROS 2%
Destino Das Importações De Carne Ovina Em 2014
0
100
200
300
400
2009 2014
Volume de abates inspecionados
Volumes de abates, milunidades
46
É positiva a expectativa do setor para os próximos anos, em comparação com o
cenário existente em 2013. O preço da carne ovina, no Rio Grande do Sul, no primeiro
semestre de 2014, atingiu R$ 8,84 o quilo. Aumento de 6,9%. Na Bahia o quilo da carne
chegou a R$ 10,32, aumento de 17,5%. E, em São Paulo, R$ 11,53, elevação de 1,1%
(MAPA-2014/2015).
A indústria de processamento de carne, no Brasil, possui algumas
particularidades:
São poucos os frigoríficos especializados no processamento de ovinos e caprinos;
A maioria dos frigoríficos especializados é situada no Sudeste, sobretudo em São
Paulo;
Muitos não possuem a certificação federal (S.I.F.);
A maioria dos frigoríficos concentra suas vendas nos mercados regionais e
comercializam suas próprias marcas;
A maioria tem dificuldade em operar a plena capacidade. A capacidade de abate
varia de 50 a 3.500 animais/mês;
Os maiores mercados consumidores se concentram nas regiões Sul e Sudeste.
Estima-se que 90% da comercialização da carne de ovinos e caprinos sejam feitas
no mercado informal. É um reflexo da baixa articulação entre produtores e indústria;
Frigoríficos alegam a falta de qualidade mínima dos animais para abate; Porém, os
produtores sustentam que a baixa e irregular demanda dos frigoríficos não justificam
maiores investimentos na qualidade da produção animal (DATAMETRICA).
No mercado formal, há muitos frigoríficos não especializados. Esses frigoríficos
têm como atividade principal o processamento de suínos e bovinos. O processamento de
ovinos e caprinos para eles é uma atividade secundária, geralmente intensificada durante
período de pico da demanda sazonal.
Políticas públicas podem reduzir significativamente os custos de integração entre
frigoríficos e pequenos produtores.
O direcionar das ações dos atuais programas de fomento para facilitar a integração
entre frigoríficos e produtores e um pacote de incentivos aos frigoríficos para
47
desenvolverem parcerias com pequenos e médios produtores aumentaria a atratividade
da integração.
Companhia de comercialização/agroindústria no Estado
Não tem no Estado tocantinense frigorífico especializado no processamento de
ovinos e caprinos.
5.5 Piscicultura
Evolução produção piscicultura
Para a história da piscicultura do Estado um dos marcos foi à criação, em 2002, do
Centro de Produção e Pesquisa em Peixes Nativos (CPPPN), em parceria entre o
governo do estado e FURNAS, no município de Palmas. Outro marco foi a inauguração
da Fazenda Tamborá (município de Almas) no ano de 2003, com o primeiro entreposto
de pescado do estado e uma grande área de produção.
No âmbito institucional, a instalação da superintendência estadual da então
Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca - SEAP (atual Ministério da Pesca e
Aquicultura) em 2003 e a criação da Embrapa Pesca e Aquicultura em 2009, ambas em
Palmas, foram dois marcos importantes.
O Estado apresenta um enorme potencial para o desenvolvimento da atividade
aquícola e pesqueira. Além da pesca que é desenvolvida principalmente nos rios
Tocantins e Araguaia, cujos principais envolvidos são as comunidades ribeirinhas, tem-
se a exploração aquícola como uma oportunidade a ser explorada. As usinas/represas
Figura 28 – Evolução da Piscicultura
48
representam um total de 528.483 ha, o que representa um potencial de produção de 882
mil toneladas ano.
Figura 29 – Percentual de produção total do potencial
Figura 30 – Produção de peixes anual em toneladas
Fonte: SEAGRO/2014
Figura 31 – Relação da Evolução da Produção de Pescado em Toneladas
Fonte: SEAGRO/RURALTINS/IBAMA/IBGE (*Previsto)
Verifica-se um crescimento expressivo no número de piscicultores de pequeno
porte em Tocantins. Apesar de não haver dados oficiais, especialistas do setor estimam
2%
Potencial Produção
2011 2014
7.000
15.000
Produção de peixes
49
que existam mais de 1.000 piscicultores no estado, compostos majoritariamente por
pequenos produtores. (EMBRAPA 2014).
Tabela 19 – Área e produção de pescado no Estado do Tocantins
DESCRIÇÃO 2010 2011 2012 2013 2014
ÁREA / Há - 2.500 2.500 3.300 4.500 PRODUÇÃO/t 6.500 7.500 10.000 12.000 15.000
Fonte: SEAGRO/RURALTINS
Principais municípios/regiões com produção
Verifica-se uma concentração da produção em quatro regiões no Estado, as quais
constituem os principais polos de piscicultura: Sudeste, Bico do Papagaio, Oeste (região
do Cantão), Centro (Lago de Palmas).
O polo produtivo do sudeste é o mais importante e já se configura como um dos
centros de produção da piscicultura nacional (Kubitza et al., 2012.)
Com a perspectiva de implantação do Parque Aquícola do lago do Lajeado, é possível
que o “Polo do Lago” se destaque como um dos maiores do estado, tendo em vista o
potencial de produção estimado em mais de 60.000 toneladas/ano.
Apesar de pouco expressivo, do ponto de vista de volume total de produção, o
polo do Oeste/Cantão se destaca pelo grande número de piscicultores familiares
envolvidos. Apenas nos municípios de Divinópolis e Abreulândia há cerca de 80
piscicultores familiares, dos quais grande parte desenvolve a piscicultura com dupla
finalidade: consumo e venda de excedentes.
O polo do Norte/Bico do Papagaio também vem apresentando um importante
desenvolvimento da piscicultura, gerada em boa parte pela proximidade com mercados
das cidades de médio porte – estas em pleno crescimento econômico – tais como
Imperatriz – MA, Marabá - PA e Araguaína - TO.
O estado conta com 10 estações de alevinagem, sendo nove privadas e uma
pública (IFTO Araguatins). Essas estações estão distribuídas em diferentes regiões,
localizadas próximas aos principais polos de piscicultura: Almas, Brejinho de Nazaré e
região do Bico do Papagaio.
50
A distribuição geográfica das empresas de alevinagem é um fator favorável, uma
vez que é possível para um produtor localizado em qualquer parte do estado acessar um
fornecedor de alevinos dentro de um raio máximo de 368 km. Isto representa um
aspecto positivo, pois à distância e o tempo de viagem têm uma grande importância em
termos de custo e qualidade dos alevinos.
A Fazenda São Paulo (Município de Brejinho de Nazaré), uma das pioneiras no
setor de alevinagem tocantinense, possui mais de 20 anos de experiência na atividade e
é também uma das maiores produtoras de alevinos do Brasil. As principais espécies
produzidas são os peixes redondos (tambaqui, caranha e tambacu,) seguidos pelo
curimatã, pintado, piau, tambatinga, matrinxã (piabanha), patinga (híbrido) e piraqui
(híbrido). Além de alevinos, as empresas também comercializam pós-larvas e juvenis.
Principais Mercados para piscicultura
Tradicionalmente, os pequenos piscicultores têm conseguido comercializar sua
produção localmente através de feiras livres, pequenas peixarias e venda direta ao
consumidor. No entanto, com o aumento do volume de produção, os produtores têm
enfrentado problemas devido à saturação desses mercados locais. Como consequência,
verifica-se um aumento da competição levando a queda nos preços e dificuldade em
escoar a produção.
Recentemente, na capital Palmas, alguns microempreendedores têm se dedicado à
venda de cortes e produtos processados a partir de espécies produzidas nas pisciculturas
do estado. Deste modo, já é possível encontrar uma vasta gama de produtos como filé,
peixe defumado, espetinho de peixe e costelinha.
Figura 32 – Relação do destino da Produção de Peixes abatidos no Tocantins
Fonte: SEAGRO
51
Principais Agroindústrias
Os grandes empreendimentos localizados no estado comercializam mais de 86%
de sua produção em outras unidades federativas como Goiás, Distrito Federal e São
Paulo. O estado conta com três entrepostos de peixe certificados pelo Serviço de
Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura.
A gama de produtos oriundos da piscicultura em Tocantins consiste
essencialmente em espécies amazônicas e seus híbridos (tambaqui, caranha, surubim,
matrinxã, etc.), dentre as quais o tambaqui e a caranha são as mais importantes,
representando, aproximadamente, 75% do total de pescado processado nos abatedouros
do estado.
As principais espécies oriundas da pesca vendidas em Tocantins são: pirarucu,
matrinxã, piau, tucunaré, pirarara e fidalgo.
Tabela 20 – Relação dos Frigoríficos de Pescado
Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos
Serviço de
Inspeção Situação
SIM SIE SIF
Aliança Bonnutti Fish
Indústria de
Pescado
BR 153, Km 625. Lot.
Crixás, Lote 38 Parte. Frigorífico -- -- 476 Ativo
Almas
Rod.Almas/Pindorama
Entreposto
de pescado -- --
Agroindústria
de Pescado
Tamborá
Km 20, S/Nº - CEP:
77310-000 2882 Ativo
Almas Frigorifico
Piracema
Ltda.
Rod. TO 040, Km 35,
Margem Direita a 5km,
S/Nº - Fazenda Piracema
CEP: 77310-000 Zona
Rural
Entreposto
de pescado -- --
1383
Ativo
52
Município Empresa Localização/Estratigrafia Produtos Serviço de
Inspeção Situação
Brejinho
de
Nazaré
Indústria de
Pescado
Barra Mansa
Rod. TO 255- Porto a
Fátima, Km 22 a esq. Km
18, S/Nº Zona Rural.CEP:
77560-000
Entreposto de pescado -- --
761 Ativo
O setor de equipamentos é um elo ainda incipiente dentro da cadeia produtiva da
piscicultura em Tocantins. O estado não conta com nenhuma empresa especializada na
produção e distribuição de equipamentos aquícolas.
5.6 Cadeia Produtiva da Fruticultura
Evolução da Produção da Fruticultura
A cadeia produtiva da fruticultura é um dos segmentos da economia brasileira que
mais tem se destacado nos últimos anos e continua em plena evolução tanto no que diz
respeito à produção de frutas in natura, como na industrialização de sucos e néctares.
Figura 33 – Produção de Frutas no Brasil (Abacaxi/Melancia/Banana).
Fonte: IBGE
53
Figura 34 – Produção de Abacaxi nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014)
Fonte: IBGE
Dentre as culturas analisadas a melancia apresentou o maior crescimento nos
últimos dez anos, elevando sua produção nacional de 1.637.428 para 2.171.288
toneladas/ano. A banana aumentou sua produção em 3,63% e com 15,35% o abacaxi
alcançou 1.762.938 frutos no ano de 2014.
No Tocantins a evolução da fruticultura oscilou nas microrregiões do estado como
mostram os gráficos abaixo:
Figura 35 – Produção de Melancia nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014)
Fonte: IBGE
54
Figura 36 – Produção de Banana nas Microrregiões do Tocantins (2013 – 2014)
Fonte: IBGE
Em 2014 a área destinada ao cultivo de banana, melancia e abacaxi no Tocantins
foi de 13.179 hectares, distribuídos em 87 municípios.
Figura 37 – Distribuição da Área Plantada de Frutas no Tocantins
Fonte: IBGE
55
Figura 38 – Evolução da Área Plantada de Frutas no Tocantins
Fonte: IBGE
A fruticultura também é desenvolvida no Estado por meio de projetos agrícolas de
irrigação.
Principais municípios/regiões com produção no Tocantins
O gráfico abaixo indica os municípios com maior índice de Produção do estado.
Figura 39 – Ranking da Produção de Frutas por município – 2014
Fonte: IBGE
56
Mercados para a Fruticultura
A comercialização da banana é voltada para o abastecimento do mercado interno,
além de ser comercializada para os estados vizinhos, como Maranhão, Pará e Goiás. Já
melancia produzida abastece todas as regiões brasileiras, com volume mais expressivo
para os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Pará, Maranhão, São Paulo e Rio
de Janeiro. Cerca de 90 % do abacaxi produzido no Tocantins é comercializado para
outros Estados. Os principais compradores são: Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Minas
Gerais, Bahia e Distrito Federal.
O destino da produção na Fruticultura (mercado “in natura” ou indústria), gera
oportunidades na fabricação de sucos e refrescos alcançando diretamente o
processamento de polpas que, congeladas, também podem ser transformadas em
sorvetes, doces, néctares e geleias para mercados compradores, tanto atacadistas quanto
varejistas.
Principais Agroindústrias
Não encontrado
5.7 Apicultura
Evolução na Produção de mel
De acordo com a Confederação Brasileira de Apicultura – CBA, o mercado de
mel brasileiro é da ordem de 350 milhões de dólares, tendo crescido cerda de 4,5% nos
últimos 10 anos. A exportação de mel equivalente a 98, 6 milhões de dólares B em 2014
colocou o País no posto de 8º maior exportador de mel do mundo.
No Estado do Tocantins atualmente a produção encontra-se no patamar de 118
toneladas ao ano, a tendência é de aumento de produção e consumo, em função da busca
constante por alimentos saudáveis e orgânicos, pela diversificação no portfólio dos
produtos da colmeia, bem como pela expectativa da legalização das Unidades de
Extração – Casas de Mel e dos Entrepostos com a obtenção do Selo de Inspeção Federal
– SIF.
57
Gráfico 33: Relaciona a Evolução da Produção de Mel em Tocantins
Figura 40 – Evolução da Produção de Mel no Tocantins
Fonte: SEAGRO
Com uma produtividade de 13,8 kg de mel por colmeia, o Tocantins se aproxima
da média nacional, que é de 15 kg por colmeia.
Em 2013 foram inauguradas oito casas de mel nos municípios de Brejinho de
Nazaré, Aliança, Crixás, Jaú do Tocantins, Araguaçu, Formoso do Araguaia,
Wanderlândia e Nova Olinda; além de dois entrepostos nos municípios Figueirópolis e
Colinas.
O Tocantins tem hoje 1.300 apicultores associados à Federação Tocantinense de
Apicultores e uma produção de mel de 118 toneladas, em 2014, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados de 2015, ainda não
foram fechados.
Principais municípios/regiões com produção
O município com maior produção de mel é Nova Olinda. A região Central é a
primeira produtora de mel do estado, onde abrange 14 municípios na região. Seguida
pela região Norte é a segunda maior produtora de mel do estado, onde abrange 12
municípios na região. E sucessivamente vem região sul é a terceira maior produtora de
mel do estado, onde abrange 16 municípios na região, a região do jalapão é a quarta
produtora de mel do estado, onde abrange 08 municípios na região, a região Bico do
Papagaio é a quinta produtora de mel do estado, onde abrange 14 municípios na região,
a região Nordeste é a sexta produtora de mel do estado, onde abrange 2 municípios da
região e por fim a região Sudeste é a sétima produtora de mel do estado, onde abrange 6
municípios na região.
58
Principais Agroindústrias
Para fortalecer o setor, foram construídos com recursos da Fundação Banco do
Brasil três entrepostos, em Figueirópolis, Palmas, Colinas e Axixá, além de dez casas de
mel.
As Casas do Mel estão nos municípios de Brejinho de Nazaré, Aliança, Crixás,
Figueirópolis, Jaú do Tocantins, Araguaçu, Wanderlândia, Nova Olinda, Colinas.
5.8 Cadeia Produtiva da Mandioca
Evolução da Mandiocultura no Estado do Tocantins
A mandioca é hoje a mais importante cultura de subsistência tropical do mundo,
sendo o Brasil é maior produtor de mandioca das Américas. Em 2014 a produção
chegou a 23.242.064 toneladas. No ranking nacional o Tocantins pulou da posição de
21º em 2012 para o 18º lugar em 2014.
Tabela 21 – Ranking da Produção Nacional (Toneladas)
UF 2011 2012 2013 2014
Brasil 25.349.542 23.044.557 21.484.218 23.242.064
Norte 7.596.861 7.421.480 7.467.943 8.037.507
Nordeste 7.919.997 6.019.471 4.803.212 5.668.126
Sudeste 2.554.935 2.710.210 2.491.229 2.524.993
Sul 5.988.908 5.589.930 5.477.417 5.583.682
Centro Oeste 1.288.841 1.303.466 1.244.417 1.427.756
Rondônia 513.515 472.207 446.724 531.829
Acre 939.032 897.160 939.178 1.239.731
Amazonas 966.341 926.297 940.975 846.884
Roraima 77.190 77.190 140.342 129.850
Pará 4.647.552 4.617.543 4.621.692 4.914.831
Amapá 137.141 149.355 134.720 159.650
Tocantins 316.090 281.728 244.312 214.732
Maranhão 1.780.279 1.529.579 1.325.328 1.619.342
Piauí 511.424 319.629 156.256 174.931
Ceará 836.606 468.724 300.348 478.453
Rio Grande do Norte 305.168 235.855 80.685 160.286
Paraíba 220.874 157.876 135.052 135.114
Pernambuco 520.330 341.901 292.766 302.361
Alagoas 295.096 314.615 224.794 250.256
59
UF 2011 2012 2013 2014
Sergipe 483.990 450.486 433.723 415.910
Bahia 2.966.230 2.200.806 1.854.260 2.131.473
Minas Gerais 816.320 823.983 815.043 851.539
Espírito Santo 188.102 206.929 157.753 163.099
Rio de Janeiro 229.216 324.449 195.343 193.409
São Paulo 1.321.297 1.354.849 1.323.090 1.316.946
Paraná 4.179.699 3.869.080 3.759.705 3.958.798
Santa Catarina 506.280 529.648 551.349 443.462
Rio Grande do Sul 1.302.929 1.191.202 1.166.363 1.181.422
Mato Grosso do Sul 630.286 634.529 721.870 873.059
Mato Grosso 355.896 349.917 335.736 337.456
Goiás 292.579 303.965 166.622 200.361
Distrito Federal 10.080 15.055 20.189 16.880
Fonte: IBGE
O levantamento realizado sobre o plantio da cultura da Mandioca apontou para
uma redução da área cultivada ao longo dos anos. Esse declínio pode ser atribuído às
dificuldades de transformação da matéria-prima em produtos industrializados prontos
para o consumo final, deflagrando assim barreiras na sua comercialização.
Figura 41 – Comparativo da Área Plantada de Mandioca (Toneladas).
Fonte: IBGE
O rendimento médio nacional da Mandioca é de 15,14 toneladas de raiz por
hectare, considerado baixo pelo potencial de produtividade que cultura pode alcançar. O
Estado do Tocantins é o decimo oitavo colocado como produtor de mandioca com uma
60
área cultivada de 11.827 hectares e uma produtividade de 18,15 toneladas em 2014
(IBGE, SIDRA), representando estatisticamente o sétimo lugar no ranking de
produtividade, sendo a quase totalidade da produção destinada à produção de farinha de
mesa.
Figura 42 – Produção de Mandioca (Toneladas)
Fonte: IBGE
Principais municípios/regiões com produção da mandioca
A Região de Cerrados no Brasil, com área de 274 milhões de hectares e
características de Savanas, é de fundamental importância para a agricultura brasileira e
representa um dos principais centros de dispersão da cultura da mandioca.
Figura 43 – Distribuição dos Cerrados, incluídas as áreas de transição com outras
formações.
Fonte: EMBRAPA
61
Figura 44 – Estados/Regiões com maior Produção de Mandioca (Toneladas)
Fonte: IBGE Censo Agrícola, Produção Agrícola Municipal.
O gráfico abaixo apresenta os 10 principais municípios produtores de mandioca no ano de
2014, compondo 35% da produção do estado.
Figura 45 – Municípios com maior produção no estado do Tocantins.
Fonte: IBGE
62
Principais mercados para Mandioca
Grande parte da produção brasileira de mandioca é consumida pelo mercado
interno. Em termos de mercado externo, a cadeia da mandioca apresenta modesta
participação, sendo o mercado dominado fortemente pela Tailândia. As estatísticas da
Secretaria de Comércio Exterior do Governo brasileiro (SECEX) mostram que, no
período compreendido entre 1996 a 2013, a receita com as exportações de raiz e
derivados de mandioca (fécula e farinha) foi de US$ 106.021 milhões, o que equivale a
uma média de US$ 5,9 milhões por ano.
Figura 46 – Consumo dos derivados da mandioca (per capita)
Fonte: IBGE Censo Agrícola, Produção Agrícola Municipal.
Companhia de comercialização da mandioca no Estado do Tocantins
No setor agroindustrial, o beneficiamento da mandioca vem ganhando
visibilidade. O agronegócio de mandioca, no Brasil, garante uma receita bruta de 2,5
bilhões de dólares e 01 milhão de empregos diretos. Entre os produtos 33,9%
corresponde à alimentação humana; 50,2% à alimentação animal; 5,7% aos outros usos
e 0,2% à exportação, havendo uma perda de 10%; sendo que 95% das propriedades
derivam das bases familiares (CUNHA, 2007). Os setores que mais utilizam a fécula
são os frigoríficos, a indústria de papel e papelão e a de massas alimentícias como
biscoitos, panificação e pão-de-queijo.
63
Em 2012 foi instalada no estado a primeira indústria de amido de mandioca, a
“Anil Indústria de Fécula e Polvilho”, localizada no município de Aparecida do Rio
Negro, com capacidade para processar 100 toneladas de raiz por dia.
5.9 Cadeia Produtiva da Avicultura
Evolução na produção de carne de frango
A avicultura brasileira vem se consolidando entre as mais desenvolvidas do
mundo, fato este que coloca o Brasil como o maior exportador mundial de carne de
frango, ficando também em terceiro lugar na produção de carne de aves (CONAB-
2013).
Figura 47 – Relação de Produção de Carne de Frango no Brasil
Fonte: ABPA
Hoje, mais de 150 mercados são importadores da carne de frango made in Brazil.
Pelos portos do país, são quase 4 milhões de toneladas embarcadas anualmente, quase
um terço de tudo o que se produz no país.
O Brasil continua liderando as exportações mundiais de carne de frango, a
produção brasileira de carne de frango cresceu significativamente entre 2000 a 2014,
saltando de 916 mil toneladas em 2000, para mais de 4 mil toneladas em 2014, seguido
muito de perto pelos EUA que deverão fechar o ano com 3.297 mil toneladas
exportadas, também de acordo com os dados do USDA.
64
O país alcançou um patamar ímpar quando o assunto é sanidade. Nunca houve
qualquer registro de Influenza Aviária em território brasileiro – o único país com este
status dentre os grandes produtores avícolas.
Toda a produção é acompanhada por um complexo e detalhado programa do
Ministério da Agricultura brasileiro, o Programa Nacional de Controle de Resíduos e
Contaminantes (PNCRC), que avalia os autocontroles adotados pelas indústrias
avícolas.
Gráfico 40: Relação Produção x Exportação x Importação
Figura 48 – Relação Produção x Exportação x Importação
Fonte: ABPA
Segundo projeções do MAPA para os próximos dez anos (2014-2024), a produção
brasileira de carne de frango representará mais da metade das carnes produzidas no país
em cinco anos (2019), superando a produção da carne bovina somada à suína.
Figura 49 – Relação de Comparativo de Exportação de Carnes de frango e outras carnes
65
Fonte: ABPA
O Tocantins segue acompanhando o crescimento do setor, sendo a segunda
atividade zootécnica do Estado, com um plantel de 7.223.820 de aves, 4,8 milhões de
criatórios em sistema de confinamento, 2,5 milhões na produção familiar.
(SEAGRO/2013).
A produção de carne de frango (com inspeção) no Tocantins cresceu 159,91%
num comparativo entre os anos de 2007/2008, de acordo com relatório anual da UBA -
União Brasileira de Avicultura, divulgado na primeira semana de junho. O desempenho,
o melhor entre os estados brasileiros, é reflexo da política de fortalecimento da indústria
por meio de incentivos fiscais e assistência técnica do governo estadual.
A recente evolução relativa da produção de ave no Estado, no triênio 2005 a 2007,
a qual apresentou um crescimento (36,9%) superior à média nacional (10,2%), vem
reforçar a região como nova fronteira de tendência de crescimento do sistema
agroindustrial de frango de corte. Em 2010 o Tocantins atingiu o volume de 8.031.643
aves abatidas e em 2009 o Estado conseguiu alcançar a marca de 14.046.321 frangos
abatidos através do SIF (MAPA, 2011).
Assim, em 2004 havia 1.329.000 frangos de corte alojados/ciclo no Tocantins. Em
2006 esse número subiu para 1.853.300 aves, em 2008 foi para 2.145.800 e em 2009
para 2.700.000 frangos. Atingiu recorde em 2010 com 3.540.000 aves alojadas/ciclo e
106 granjas cadastradas, distribuídas nas regiões central e norte do Estado. Em 2014,
este número já era de 5.458.000 de aves/alojadas.
Regiões Produtivas no Estado
Os municípios onde se encontram as granjas e integradoras no Estado do
Tocantins são: Adrianópolis, Angico, Araguaína, Barrolândia, Cachoeirinha, Chapada
de Areia, Darcinópolis, Fatima, Luzinópolis, Miracema do Tocantins, Muricilândia,
Nazaré,, Palmeiras do Tocantins, Pium, Porto Nacional, Pugmil, Santa Fé do Tocantins,
Tocantinópolis, Wanderlândia.
66
Figura 50 – Mapa com Municípios com Sistema de Integração de engorda de frangos
Fonte: SEAGRO/2015
Mercado para carne de frango
De acordo com VOILÀ & TRICHES (2013), o aumento do consumo per capita da
carne de frango está ligada a quatro fatores básicos: 1) substituição das carnes
vermelhas, principalmente pela crescente preocupação com a saúde, melhores hábitos
alimentares e ordem ambiental; 2) melhor coordenação da cadeia agroindustrial do
frango de corte e desenvolvimento de novos produtos e marcas, aliadas ao baixo preço
relativo às outras carnes (por exemplo, carne bovina e carne suína); 3) aceitação da
carne de frango pela maioria da população; e 4) ganhos de produtividade na
agroindústria do frango de corte em relação às melhorias tecnológicas e sanitárias.
67
Figura 51 – Relação do Consumo Per Capita de Carne de Frango
Fonte: IBGE
No ano de 2012, o país consumiu 76,82% do total produzido, ou seja, 8.860,02
mil toneladas de carne de frango foram comercializadas dentro do país, ressaltando a
importância do produto para alimentação brasileira e evidenciando seu potencial para o
crescimento das exportações (SECEX/MIDIC/ALICEWEB, 2013).
Agroindústrias e Integradoras
As agroindústrias se responsabilizam pelo fornecimento de insumos (como aves
para engorda, rações, medicamentos e demais insumos) e pela compra das aves junto os
criadores, concentrando assim a oferta de aves.
Dados do Sistema Informatizado da Agência de Defesa Agropecuária do Estado
do Tocantins (ADAPEC) revelam que existem três empresas integradoras no Estado.
Duas localizam-se na região norte e uma na região central do Estado, totalizando 106
parceiros integrados até 2010 e mais de 20 municípios com avicultura industrial. Estas
empresas integradoras acabam trazendo trabalho, renda e desenvolvimento às regiões
em que são instaladas.
Uma das indústrias integradoras tem sua produção concentrada na região norte do
Estado e contava até 2010 com 60 granjas integradas instaladas nos municípios de
Aguiarnópolis, Angico, Araguaína, Cachoeirinha, Darcinópolis, Luzinópolis,
Muricilândia, Nazaré, Santa Terezinha, Palmeiras do Tocantins, Tocantinópolis e
Wanderlândia. Possui sede em Tocantinópolis, onde também possui uma fábrica de
ração produzindo 12.000 a 13.000 toneladas de ração por mês, além de um incubatório
de ovos instalado no município de Araguaína (os ovos são oriundos do matrizeiro em
68
Brasília/DF) e um abatedouro de aves com Serviço de Inspeção Federal (SIF) em
Aguiarnópolis com capacidade diária de abate de 150.000 aves, que se encontra com as
atividades suspensas desde 2010.
A segunda empresa tem sua produção concentrada na região central do Estado e
se distribui nos municípios de Barrolândia, Chapada de Areia, Fátima, Miracema do
Tocantins, Monte Santo do Tocantins, Paraíso do Tocantins, Pium, Porto Nacional e
Pugmil. Contava em 2010 com 27 parceiros integrados e está instalada em Paraíso do
Tocantins, onde também possui uma fábrica de ração e um abatedouro de aves com SIF
em atividade. Conforme RODRIGUES et al. (2009), em 2007, a compra de máquinas e
equipamentos, principalmente de refrigeração, possibilitou que a empresa ampliasse
ainda mais sua capacidade de abate, passando de 25.000 para 40.000 aves dia, um
aumento de cerca de 60%.
A terceira indústria e mais recente, tem sede em Araguaína com granjas instaladas
na região norte do Estado, distribuídas nos municípios de Luzinópolis, Aguiarnópolis,
Araguaína, Santa Fé e Wanderlândia. Possuía 19 granjeiros integrados até 2010. Tem
uma fábrica de ração instalada em Araguaína e um matrizeiro de aves para postura em
Babaçulândia, com capacidade de 300.000 poedeiras. Os pintinhos fornecidos aos
integrados vêm do incubatório da indústria em Belém/PA. Assim, em 2004 havia
1.329.000 frangos de corte alojados/ciclo no Tocantins.
5.10 Cadeia Produtiva de Látex (seringueira)
Evolução da Produção de Látex
O látex é um material muito importante e largamente utilizado em diversos
objetos de usos cotidiano, podendo ser aplicada em diversos materiais como
preservativos, luvas cirúrgicas, e pneumáticos.
69
Figura 52 – Produção Látex coagulado (toneladas)
Fonte: IBGE, Censo Agrícola, Produção Agrícola Municipal.
Observa-se que a produção de látex no Brasil vem aumentando, apresentando um
crescimento de 85,51% em 10 anos. Os estados do MATOPIBA representam o segundo lugar
na produção nacional com 50.505 toneladas de borracha natural.
Figura 53 – Ranking dos Estados na Produção de Látex (toneladas)
Fonte: IBGE
O gráfico abaixo mostra a evolução no plantio de seringueira na região do
MATOPIBA e em destaque o estado do Tocantins, que apresentou uma queda
significativa em sua área.
70
Figura 54 – EVOLUÇÃO DO PLANTIO DE SERINGUEIRA (TONELADAS)
Fonte: IBGE
Na tabela 19, observa-se a produção anual de borracha natural coagulada, a área
plantada e colhida, e produtividade média dos estados que se destacam na produção.
Tabela 22 – Produção Anual, Área Plantada e Produtividade, 2014.
Produção (Mil
ton)
Área Plantada (Mil
ha)
Produtividade
(Kg/ha)
MATOPIBA 50.505 35.521 1.422
SP 185.274 61.642 3.006
MG 22.916 9.375 2.445
MT 27.857 39.392 708
TO 173 56 3.090 Fonte: IBGE
Na avaliação individual o Tocantins apresenta a maior produtividade por área,
apontando que existe a possibilidade de obter altos índices de rendimento coma adoção
de tecnologias aplicada ao plantio, colheita e utilização de material genético adaptado às
condições edafoclimáticas.
71
Principais municípios/regiões com produção no Tocantins
O gráfico abaixo indica os municípios com maior índice de Produção do estado.
Figura 55 – Evolução Da Área Colhida De Borracha Natural (Mil Toneladas)
Fonte: Mapeamento SEBRAE/2013/2014
Principais mercados para o látex
Os principais mercados consumidores dos produtos da cadeia de borracha são:
hospitalar/farmacêutico – brinquedos – vestuário – calçados – construção civil –
maquinário agrícola/industrial – autopeças. A indústria de pneumáticos consome quase
três quartos da borracha produzida no mundo.
Principais Agroindústrias
Não existem usinas de beneficiamento no Estado. O látex produzido é
comercializado com empresas principalmente do estado de São Paulo e Goiás, que
buscam o material nas propriedades rurais.
72
5.11 Eucalipto
Evolução da Área Plantada de Eucalipto
O setor florestal tem importância como fornecedor de energia ou matéria-prima
para a indústria da construção civil e de transformação.
Em se tratando de florestas plantadas o Eucalipto tem destaque significativo entre
as demais espécies exploradas. Segue gráfico abaixo:
Figura 56 – Florestas Plantadas no Brasil (2014)
Fonte: IBGE
O eucalipto é responsável por 93,5% da área de florestas plantadas no estado do
Tocantins, com 134.352 hectares, o ano de 2014, o que representa uma área 76% maior
do que a registrada em 2011, quando o estado tinha aproximadamente 76 mil hectares
plantados, de acordo com a Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária (SEAGRO).
73
Figura 57 – Áreas de Florestas Plantadas no Tocantins (hectare)
Fonte: Mapeamento SEBRAE/2013/2014
GRÁFICO 49 – EVOLUÇÃO DAS ÁREAS DE EUCALIPTO NO TOCANTINS
(HECTARES)
Figura 58 – Evolução das Áreas de Eucalipto no Tocantins (hectare)
Fonte: Mapeamento SEBRAE/2013/2014
O Estado do Tocantins tem potencial para se tornar um dos líderes no segmento
de florestas plantadas, alcançamos o maior índice médio de produtividade (40m³/ha/
ano), superando países líderes no mercado.
74
Figura 59 – Produtividade do Eucalipto (m³/ha/ano).
Fonte: OLIVEIRA
Principais municípios/regiões com produção
Os plantios com eucalipto no Tocantins são encontrados em 63 dos 139
municípios do Estado. Cerca de 67% dos plantios com eucalipto concentram-se em 10
municípios principais, conforme pode ser observado na tabela abaixo.
Tabela 23 – Plantios de Eucalipto no Tocantins em 2014 (hectares)
Municípios Área (ha) %
Brejinho de Nazaré 18.421 14
São Bento do Tocantins 16.980 13
Araguaína 9.236 7
Goiatins 9.128 7
Crixás do Tocantins 7.415 5
Ananás 7.160 5
Palmeirante 6.364 5
Wanderlândia 5.754 4
Dueré 5.000 4
Aliança do Tocantins 4.309 3
Outros 44.585 33
Total 134.352 100 FONTE: Mapeamento SEBRAE 2013/2014
A região com maior concentração de plantios é a do Bico do Papagaio (norte).
75
Figura 60 – Plantios de Eucalipto por Microrregião/Tocantins em 2014 (hectare)
FONTE: Mapeamento SEBRAE 2013/2014
Principais mercados para o Eucalipto
O eucalipto pode ser usado para diversos fins, entre elas, na produção de óleos
essenciais; produtos apícolas, celulose e papel, madeira serrada, postes e moirões,
laminados, painéis, carvão e lenha.
Os plantios de Eucalipto no Tocantins são relativamente recentes e a principal
utilização atual da madeira é no mercado regional para geração de energia (associada
principalmente à secagem de grãos), produção de carvão para fins siderúrgicos e
madeira tratada (moirões de cerca), em todos os casos ainda em pequena escala.
Companhia de comercialização/agroindústria do Eucalipto
Existe perspectiva de implantação de três empresas nas Regiões Centro Norte,
Centro Sul e Sul do Estado com a finalidade da produção de celulose.
5.12 Bioenergia
Evolução da Produção de Etanol e biodiesel
Os biocombustíveis, para o setor de transporte, apresentam uma ótima alternativa
dentro da política energética na redução das emissões de gás carbônico. O Brasil é o
líder na produção de etanol extraído da cana-de-açúcar.
76
Figura 61 – Produção Biodiesel e Etanol no Brasil, em m³.
Fonte: Anuário Estatístico de Agroenergia
Evolução da Área Plantada de Cana-de-Açúcar
A área plantada com a lavoura da cana-de açúcar no estado do Tocantins
apresentou um crescimento 12 vezes superior ao do Brasil, comparando o mesmo
intervalo de tempo, como mostram os gráficos abaixo:
Figura 62 – Evolução da Área Plantada com Cana-de-açúcar no Brasil (Toneladas)
Fonte: IBGE
77
Figura 63 – Evolução da Área Plantada com cana-de-açúcar no Brasil (toneladas)
Fonte: IBGE
Em relação à produtividade a cana-de-açúcar apresentou na safra 2013/2014 um
incremento na ordem de 3,41% o que equivale a 731.503 toneladas se comparado a
safra anterior.
Figura 64 – Produtividade da cana-de-açúcar (toneladas)
Fonte IBGE
Principais municípios/regiões com produção de Etanol
78
Dentre a Região Norte/Nordeste, o Tocantins foi o estado que mais evoluiu na
produção de Etanol, ficando à frente Do Ceará, Bahia e Pará. O município de Pedro
Afonso é o que tem o maior plantio no estado, devido a implantação da usina de etanol
da BUNGE.
Tabela 24 – Produção de Etanol (m³)
ESTADOS/SAFRA
2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015
ACRE 1.489 2.681 4.101 5.009 0
RONDONIA 10.763 12.416 8.763 10.759 12.596
AMAZONAS 7.140 6.432 4.046 4.874 2.918
PARÁ 22.959 39.017 32.863 38.188 40.949
TOCANTINS 16.488 111.202 157.047 196.115 175.985
MARANHÃO 181.788 177.204 159.934 167.953 179.610
PIAUÍ 35.497 37.478 32.837 31.923 32.503
CEARÁ 2.545 8.392 3.976 9.000 9.129
R. G. NORTE 82.878 105.673 71.549 56.939 88.715
PARAIBA 297.858 357.490 305.359 338.818 420.619
PERNAMBUCO 385.172 357.606 272.451 316.059 349.871
ALAGOAS 716.049 672.788 540.951 510.538 556.735
SERGIPE 103.354 132.910 97.596 105.679 140.745
BAHIA 127.334 117.917 155.221 174.480 240.402
REGIÃO NORTE-NORDESTE 1.991.314 2.139.206 1.846.694 1.966.334 2.250.777
Fonte: ANP
Comportamento de área colhida de Cana de Açúcar
A colheita da cana foi iniciada no ano de 2010, para consumo da usina da
BUNGE conforme gráfico abaixo:
Figura 65 – Área colhida de Cana-de-açúcar na região de Pedro Afonso
Fonte: IBGE, A Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da
produção da lavoura temporária e permanente.
0
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
12,000
14,000
16,000
18,000
20,000
Pedro Afonso
Tupirama
Bom Jesus de Tocantins
79
Principais mercados para o Etanol e Biodiesel
A exportação é o principal mercado para o setor das biomassas renováveis. O
Brasil é um dos maiores produtores mundiais e o maior exportador de etanol.
Atualmente, o etanol brasileiro representa a melhor e mais avançada opção para a
produção sustentável de biocombustíveis em larga escala no mundo. O país ocupa o
segundo maior mercado mundial de Biodiesel, somente atrás da Alemanha, que produz
e consome biodiesel há muito mais tempo.
Principais Agroindústrias
O setor de biocombustíveis visa divulgar as políticas públicas, referentes aos
programas nacionais e estaduais relacionados à produção de biocombustíveis, tais
como: o Programa Nacional de Produção de Biodiesel - PNPB e o Selo Combustível
Social. E ainda, visa fomentar e monitorar a produção de biocombustíveis no estado.
Tabela 25 – Autorização para operação e comercialização – ANP
Autorização para Operação e Comercialização – ANP
2011 2014
Biotins (Paraíso do Tocantins) 81 m3/dia 360 m
3/dia
Brasil Ecodiesel (Porto Nacional) 81 m3/dia 360 m
3/dia
Fonte: ANP
Tabela 26 – Evolução das entregas de Biodiesel das unidades produtoras
Entregas de biodiesel das unidades produtoras referentes aos leilões ANP
Unidade Produtora Município 2011 2012 2013 2014 (até
agosto)
Brasil Ecodiesel Porto Nacional 87.519 18.403 - -
V-Biodiesel Porto Nacional - 43.918 - -
Granol Porto Nacional - - 42.201 33.057
Biotins Paraíso do TO - 13.153 1.346 - Fonte: ANP
80
6. SUPORTE PARA PRODUÇÃO DAS CADEIAS PRODUTIVAS
6.1 Jazidas de calcário/fosfato
O Estado possui jazidas e indústrias de calcário e fosfato, conforme mapa de
localização e tabela abaixo:
Figura 66 – Localização das jazidas calcário/fosforo do Estado do Tocantins
Fonte: SEAGRO 2014
81
Tabela 27 – Relação das Empresas/Indústrias de calcário no Estado do Tocantins
Bandeirantes Caltins Calcário
Tocantins LTDA Grupo Estrondo Calcário
356.235,00
ton/ano Ativa
Couto
Magalhães
Mineradora
Roncador S/A
Wesley [email protected]
om.br
Calcário
16.095,00 ton/ano
Ativa
Dianópolis Sarp Mineração
LTDA Grupo Bambuí Calcário
76.526,00
ton/ano Ativa
Formoso do
Araguaia
Mineração Rio
Formoso Grupo Tocantins Calcário
52.235,00
ton/ano Ativa
Guaraí Calcário Guaraí Formação Pedra de Fogo Calcário -- Ativa
Lagoa da
Confusão
Calcário Cristalândia
LTDA
Grupo Tocantins
Ricardo Vasconcelos
br
Calcário
150.000
ton/ano Ativa
Natividade Nativa Grupo Natividade Calcário 109.378,00
ton/ano Ativa
Natividade Natical
Grupo Natividade Calcário
143.102,00
ton/ano
Ativa
Natividade Nacal Grupo Natividade Calcário
-- Ativa
Novo Jardim Calcário Dianópolis Grupo Bambuí Calcário 150.000
ton/ano Ativa
Novo Jardim
Sarp Mineração
Grupo Bambuí
Calcário -- Ativa
Palmeirópolis
Mineradora Serra
Dourada
Grupo Serra da Mesa
Calcário --
Ativa
Rio da
Conceição
Fugita Mineração
Grupo Bambuí
Calcário
920,00 ton/ano
Ativa
Rio da
Conceição
CMOB
Grupo Bambuí
Calcário -- Ativa
Taguatinga
Calcário Taguatinga
LTDA
Grupo Bambuí
Calcário
200.000
ton/ano
Ativa
Taguatinga
Nativo Mineradora
Grupo Bambuí
Calcário
30.028,00 ton/ano
Ativa
Xambioá
Min. Vale do
Araguaia
Grupo Estrondo Calcário -- Ativa
82
6.2 Logística
Um dos principais gargalhos para a produção no estado do Tocantins é a distância
dos maiores mercados consumidores, tornando a produção do estado cara e não
competitiva, as soluções estão nos investimentos de melhoria das rodovias, da
consolidação da ferrovia norte-sul e na implantação de um sistema de hidrovia. Segue
abaixo, tabelas e gráficos destes 03 modais de logística.
Figura 67 – Situação do Modal rodoviário do Estado do Tocantins
Fonte: SEPLAN/Governo do Estado
Figura 68 – Estágio de construção Ferrovia Norte/Sul
Fonte: VALEC/Governo Federal
83
Figura 69 – Hidrovia do Rio Tocantins
Fonte: SEAGRO/SEPLAN/GOVERNO DO ESTADO
Figura 70 – Comparativo de vantagem logística do porto de Itaqui em relação a outros
portos do país.
Fonte: SEAGRO/SEPLAN/GOVERNO DO ESTADO
84
6.3 Ensino/qualificação profissional
Segundo dados do CREA (Conselho Regional de Engenheiros e Agrônomos)
existem no estado 917 engenheiros agrônomos, e do CRV (Conselho Regional de
Veterinária) 1.211 veterinários. Nas universidades são ofertadas 500 vagas para
profissões ligadas ao meio rural, como engenheiros agrônomos, veterinários,
zootecnistas e outros. Conforme gráfico abaixo, existe dois modelos de qualificação, o
ensino técnico com 42 escolas técnicas, entre elas as escolas técnicas agrícolas (estadual
e federal) e o ensino superior a partir das universidades particulares e publica (estadual e
federal).
Figura 71 – Localização das Instituições de ensino no Estado do Tocantins
Destaca-se no estado em fase de implantação do Centro Nacional de pesquisas de
pesca e aquicultura e sistemas agrícolas, como também os centros já instalados da
UNITINS Agro e da UFT (Universidade Federal do Tocantins).
6.4 Perímetros irrigados
O estado do Tocantins apresenta o maior potencial irrigação do brasil, com
aproximadamente com a capacidade de irrigar 4.8 milhões de hectares, sendo 1 milhão
de irrigação nas várzeas do estado, conforme gráfico abaixo:
85
Figura 72 – Potencial de Irrigação no Estado do Tocantins.
Fonte: Ministério Integração Nacional/Governo Federal
O mapa abaixo apresenta os projetos hidroagrícolas existentes no Estado e sua
localização.
Figura 73 – Localização dos Projetos Hidroagrícolas
86
Tabela 28 – Ocupação dos Projetos de Irrigação
Projeto Lotes para Pequenos
Produtores Lotes Empresariais
Projeto São João Disponíveis Ocupados Disponíveis Ocupados
326 325 38 36
Projeto Manuel Alves 199 133 14 13
Projeto Gurita 0 0 11 11
Projeto Sampaio* 63 0 35 0
Fonte: SEAGRO/2014.
Figura 74 – Evolução das obras de Perímetros Irrigados até 2014.
Fonte: SEAGRO/Governo Estadual
87
Projeto Gurita: com a disponibilidade financeira para realização da
manutenção e reforma dos equipamentos de uso comum foi possível finalizar as
obras, para posteriores testes junto aos técnicos do Ministério da Integração
Nacional;
Projeto Rio Manuel Alves: com a disponibilidade financeira advinda de
recursos do governo federal está sendo possível a finalização das obras civis e
continuidade das atividades de gestão integrada e meio ambiente.
O Projeto Rio Sobrado - eixo 20 e o Projeto Chapada de Natividade – eixo
01: desenvolveram os serviços contratados, devido à disponibilidade financeira
advinda de recursos do governo federal, através de convênio;
Revitalização do Projeto Rio Formoso (novo projeto): atualização dos estudos
de viabilidade, elaboração do projeto executivo e obtenção do certificado de
avaliação da sustentabilidade da obra hídrica (certoh).
6.5 Difusão Agrotecnológica
A Feira de Tecnologia Agropecuária - Agrotins tem por objetivo divulgar e
transferir ao setor produtivo conhecimentos sobre pesquisa agropecuária e industrial,
bem como promover a comercialização de produtos e serviços que contribuam para o
desenvolvimento sustentável do agronegócio regional.
A Feira AGROTINS, maior evento de tecnologia agropecuária da região norte do
país, já está na sua 15º edição. Este evento vem apresentando um crescimento anual, no
que tange ao tamanho da feira, número de expositores participantes do evento, público
visitante e montante de negócios.
Em 2015, estima-se um volume de negócios foi de R$ 606 milhões, conforme
pode ser visualizado no Gráfico abaixo, segue a evolução da feira até 2014.
88
Figura 75 – Volume de Negócios (ano)
Fonte: Seagro/Governo do Estado.
A AGROTINS atingiu um público de visitantes em 2014, o que corresponde a
um crescimento de 31,93%, se comparado com o que foi alcançado em 2011. A respeito
do número de expositores, ressalta-se que neste último evento alcançou um crescimento
de 19,63%, se comparado com o início da gestão (2011), conforme pode ser visualizado
no gráfico a seguir.
Figura 76 – Número de Expositores
Fonte: SEAGRO/Governo do Estado
6.6 Plano de Agricultura de Baixo Carbono
O Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC - TO), que também é
chamado de Plano Estadual de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para
a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura, tem
89
como objetivo levar ao setor produtivo conhecimentos tecnológicos gerados pela
pesquisa agropecuária para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de
Carbono na Agricultura, visando o desenvolvimento sustentável do agronegócio
regional e o cumprimento das metas estabelecidas para o estado do Tocantins no que diz
respeito ao Plano ABC Nacional. (Fonte: SEAGRO/relatório anual 2014)
Para o estado foram firmados os seguintes compromissos (até 2020), no que tange
aos programas do Plano ABC:
Tabela 29 – Compromissos do Programa do Plano ABC (até 2010)
Programas Compromisso (milhões
de ha)
Potencial de mitigação
(milhões Mg CO2 eq)
Participação
(%)
Recuperação de
pastagens
degradadas
1,2 6,4 a 8 8%
Integração
lavoura-
pecuária-
floresta
0,2 1,1 a 1,3 6%
Sistema plantio
direto
0,4 0,7 a 0,9 4%
Fixação
biológica de
nitrogênio
0,2 0,3 3%
Florestas
plantadas
0,3 - 11%
Tratamento de
dejetos animais
0,03 0,04 1%
Total - 8,5 a 10,5 - Fonte: SEAGRO/2014
Em 2011, no Tocantins o Plano ABC encontrou um ambiente favorável para sua
implantação, já que existia uma Politica Estadual sobre Mudanças Climáticas, Lei nº
1.917, 17/04/2008 e um Comitê Técnico Gestor da Produção Integrada de Sistemas
Agropecuários (CTG-PISA/TO) que incentivava ações dentro das linhas temáticas que
foram precursoras do Plano ABC.
A oficialização do Plano, no estado do Tocantins, deu-se por meio do decreto n°
5.000, de 21 de fevereiro de 2014, bem como, a existência do grupo gestor ABC-TO, o
qual é composto por 22 instituições, a atual situação das metas até 2020 é a seguinte:
90
Tabela 30 – Metas do Programa do Plano ABC (até 2020)
Programas Compromisso estadual
(milhões de ha)
Compromisso
alcançado (milhões de
ha) em 2014
Compromisso
alcançado
(%)
Recuperação de
pastagens
degradadas
1,2 0 0,0%
Integração
lavoura-
pecuária-
floresta
0,2 0,03 17,2%
Sistema plantio
direto
0,4 0,20 49,8%
Fixação
biológica de
nitrogênio
0,2 0,39 197,2%
Florestas
plantadas
0,3 0,08 25,3%
Tratamento de
dejetos animais
0,03 0 0,0%
Fonte: SEAGRO/2014
6.7 Armazenagem
A Companhia de Armazenamentos Gerais e Silos do Estado do Tocantins –
Casetins encontra-se em processo de Liquidação, porém para dar-se concluído esse
processo, muitas ações são necessárias em relação à regularização dos registros
imobiliários dos Armazéns. Por tratar-se de antigos imóveis, muitos terrenos onde se
encontram os armazéns não possuem existência de matrícula ou algum documento que
comprove a posse dos referidos imóveis e terrenos.
91
Figura 77 – Munícipios com/sem Regularização Fundiária
Fonte: SEAGRO/2014
Tabela 31 – Municípios com imóveis transferidos e com futuras regularizações
Municípios com imóveis transferidos Futuras regularizações cartorárias
Brejinho de Nazaré, São Valério, Dueré,
Guaraí, Pium, Porto Nacional,
Figueirópolis, Formoso do Araguaia,
Goiatins, Palmeirópolis, Paraíso do
Tocantins e Peixe.
Silvanópolis, Alvorada, Araguaína,
Colinas, Combinado, Itaporã,
Tocantinópolis, Gurupi, Augustinópolis,
Pindorama, Arapoema, Miracema do
Tocantins e Campos Lindos.
Fonte SEAGRO/2014
92
Para isso, alguns armazéns que antes estavam em nome da antiga Companhia de
Armazéns Gerais e Silos do Estado do Goiás - Casego foram patrimoniados em nome
do Governo do Estado do Tocantins. Essas ações envolvem o corpo técnico da Casetins,
cartórios de Registro de imóveis, Procuradoria Geral do Estado do Tocantins e
Secretaria da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (Órgão ao qual a Casetins
encontra-se vinculada).
Regularização cartorária dos demais armazéns e terrenos, que estão
localizados em: Silvanópolis, Alvorada, Araguaína, Colinas, Combinado, Itaporã,
Tocantinópolis, Gurupi, Augustinópolis, Pindorama, Arapoema, Miracema do
Tocantins e Campos Lindos.
A parte privada tem uma rede de armazéns que são cadastrados e certificados,
conforme tabela abaixo:
Município Empresa Localização Produtos
Cap. de
Produção Situação
(ton)
Araguaína
COALTO COM E
IND ALIMENTOS
DO TOCANTINS
LTDA
AV. RIO BANDEIRA
Nº 1751- DAIARA
DAIARA 77804-970
Convencional 670 Ativo
Araguaína
COALTO COM E
IND ALIMENTOS
DO TOCANTINS
LTDA
AV. RIO BANDEIRA
Nº 1751- DAIARA
DAIARA 77804970
Bateria de
Silos 2.284 Ativo
Araguaína
COMPANHIA
NACIONAL DE
ABASTECIMENTO
CONAB
AV FILADELFIA, Nº
4041 - BAIRRO
SENADOR – 77808-
420
Convencional 1.200 Ativo
Araguaína
MARCO ANTONIO
DE ALMEIDA
TROVO
RUA DAS
MANGUEIRAS, Nº
1213 77804-110
Silo 520 Ativo
93
Município Empresa Localização Produtos Cap. de
Produção Situação
Araguaína
COALTO COM E
IND ALIMENTOS
DO TOCANTINS
LTDA
AV. RIO BANDEIRA
Nº 1751- DAIARA
DAIARA 77804-970
Silo 950 Ativo
Araguaína
COALTO COM E
IND ALIMENTOS
DO TOCANTINS
LTDA
AV. RIO BANDEIRA
Nº 1751- DAIARA
DAIARA 77804-970
Convencional 670 Ativo
Araguaína
COALTO COM E
IND ALIMENTOS
DO TOCANTINS
LTDA
AV. RIO BANDEIRA
Nº 1751- DAIARA
DAIARA 77804-970
Bateria de
Silos 2.284 Ativo
Araguaína
COMPANHIA
NACIONAL DE
ABASTECIMENTO
CONAB
AV FILADELFIA, Nº
4041 - BAIRRO
SENADOR – 77808-
420
Convencional
1.200 Ativo
Araguaína
MARCO ANTONIO
DE ALMEIDA
TROVO
RUA DAS
MANGUEIRAS, Nº
1213 - 77804-110
Convencional 3.375 Ativo
Araguaína SANTA IZABEL
ALIMENTOS LTDA
AV. PERIMENTRAL
Nº 455 - QD. 03, LOT.
18 DAIARA – 77804-
970
Bateria de
Silos 3.686 Ativo
94
Município Empresa Localização Produtos
Cap. de
Produção
(ton)
Situação
Barra do Ouro
INDUSFLORA
PRODUTOS
FLORESTAIS LTDA
ROD. TO 425 KM 40 -
77765-000 Bateria de Silos 6.380 Ativo
Campos Lindos
BUNGE ALIMENTOS
S/A
FAZ. PANAMBI SERRA
DO CENTRO S\N
- 77.777-000
Bateria de Silos 12.823 Ativo
Campos Lindos CARGILL AGRÍCOLA
S/A
ROD MUNIC FAZ BELA
VISTA LTS 30 E 40 S/N Graneleiro 29.420 Ativo
Campos Lindos SERRA CENTRO ARMS
GERAIS LTDA
ROD MUNICIPAL SERRA
CENTRO - 77777-000 Bateria de Silos 13.610 Ativo
Campos Lindos
UNIGGEL AGROIND
DE ALGODÃO LTDA
EST C LINDOS /BATAVO
KM 40 FAZ CAB VERD
- 77777-000
Convencional
1.458
Ativo
Campos Lindos
UNIGGEL AGROIND
DE ALGODÃO LTDA
EST C LINDOS /BATAVO
KM 40 FAZ CAB VERD
77777-000
Bateria de Silos
3.580
Ativo
Campos Lindos
UNIGGEL AGROIND
DE ALGODÃO LTDA
EST C LINDOS /BATAVO
KM 40 FAZ CAB VERDE
77777-000
Graneleiro
4.620
Ativo
Campos Lindos
UNIGGEL AGROIND
DE ALGODÃO LTDA
EST C LINDOS /BATAVO
KM 40 FAZ CAB VERD
- 77777-000
Bateria de Silos
3.580
Ativo
Cariri do
Tocantins
AGRO INDUSTRIAL DE
CEREAIS VERDES
CAMPOS S/A
BR 153, KM 672
- 77.453-000
Convencional
4.173
Ativo
Cariri do
Tocantins
AGRO INDUSTRIAL DE
CEREAIS VERDES
CAMPOS S/A
BR 153, KM 672
- 77.453-000 Bateria de Silos 750 Ativo
95
Município Empresa Localização Produtos
Cap. de
Produção
(ton)
Situação
Cariri do
Tocantins
AGRO INDUSTRIAL DE
CEREAIS VERDES
CAMPOS S/A
BR 153, KM 672 –
77.453-000 Bateria de Silos 1.041 Ativo
Cariri do
Tocantins
AGRO INDUSTRIAL DE
CEREAIS VERDES
CAMPOS S/A
BR 153, KM 672 –
77.453-000 Bateria de Silos 1.297 Ativo
Cariri do
Tocantins
AGRO INDUSTRIAL DE
CEREAIS VERDES
CAMPOS S/A
BR 153, KM 672, -
77.453-000
Bateria de Silos 750 Ativo
Cariri do
Tocantins
ALVES RIBEIRO E
MARTINS LTDA - ME
ROD. BR 153, KM 680 -
77402-970 Convencional 17.052
Ativo
Cariri do
Tocantins
BUNGE ALIMENTOS
S.A.
TODOVIA BR 153, Km
716 ZONA RURAL
77453000
Bateria de Silos 32.198 Ativo
Cariri do
Tocantins
DOM BOSCO ARMS
GERAIS LTDA
ROD BR 153 KM 659 -
77453-000 Convencional 17.000 Ativo
Cariri do
Tocantins
LOS GROBO CEAGRO
DO BRASIL S.A.
RODOVIA BR 153, Km
660 - LOTE 23 A ZONA
RURAL - 77450000
Bateria de
Silos
24.760 Ativo
Chapada da
Natividade
LUCAS JOHANNES
MARIA IERNOUTS
FAZENDA BOM
PROGRESSO -
77.378-000
Silo 2.329 Ativo
Chapada da
Natividade
LUCAS JOHANNES
MARIA IERNOUTS
FAZENDA BOM
PROGRESSO -
77.378-000
Convencional 1.727 Ativo
Cristalândia ARMAZEN BARRA DO
DIA
ESTRADA CIPO KM 38 -
00.000-000 Convencional 1.800 Ativo
96
Município Empresa Localização Produtos
Cap. de
Produção
(ton)
Situação
Cristalândia
EDVANIA RIBEIRO -
BOA VISTA ARMS
GERAIS LTDA
AVENIDA CONTORNO
Nº 731
Convencional 3.564 Ativo
Cristalândia
EDVANIA RIBEIRO -
BOA VISTA ARMS
GERAIS LTDA
AVENIDA CONTORNO
Nº 731 77490-000 Convencional 12.262 Ativo
Cristalândia
IMPERADOR AGRO-
INDUSTRIAL DE
CEREAIS S/A
ROD TO 262 KM 102 -
BARREIRA DA CRUZ -
77490-000
Bateria de
Silos 9.870 Ativo
Dianópolis AGRÍCOLA SETE
CAMPOS LTDA.
RODOVIA DA SOJA -
GARGANTA, KM 65
ZONA RURAL –
77300-000
Bateria de
Silos 12.925 Ativo
Dianópolis AGRÍCOLA SETE
CAMPOS LTDA.
RODOVIA DA SOJA -
GARGANTA, KM 65
ZONA RURAL – 77300-
000
Graneleiro 35.112 Ativo
Dianópolis LUIZ MARCOM
CARASSA
RUA BAHIA, 276 -
77300-000
Silo 5.400 Ativo
Dueré
XAVANTE
AGROINDUSTRIAL DE
CEREAIS S/A
ROD DUERE/FORMOSO
KM 5 + 35 A DIR
- 77500-000
Bateria de
Silos
14.070 Ativo
Dueré
XAVANTE
AGROINDUSTRIAL DE
CEREAIS S/A
ROD DUERE/FORMOSO
KM 5 + 35 A DIR
- 77500-000
Convencional
2.386 Ativo
Figueirópolis
GRANOL INDÚSTRIA
COMÉRCIO E
EXPORTAÇÃO S.A.
AV. BERNARDO
SAYÃO CENTRO -
77465000
Graneleiro
40.000
Ativo
97
Município Empresa Localização Produtos Cap. de
Produção
(ton) Situação
Formoso do
Araguaia
ARMS GERAIS
FORMOSO DO
ARAGUAIA LTDA
R SORROCA ESQ RUA
JABURU QD A LT 04
- 77470-000
Bateria de
Silos
16.000 Ativo
Formoso do
Araguaia
ARMS GERAIS LAGOA
GRANDE LTDA
RUA SORROCA
QUADRA E MODULO 1
N
- 77470-000
Convencional
2.531 Ativo
Formoso do
Araguaia
CALUMBI ARMS
GERAIS LTDA
AV PAULO PARRIAO -
QUADRA 31 E 32 S/Nº -
77470-000
Convencional
9.900 Ativo
Formoso do
Araguaia
CEREAIS VALE DO
JAVÃES
AGROINDUSTRIAL S/A
RODOVIA BR 242 KM
483 - 77.470000 Convencional
2.250 Ativo
Formoso do
Araguaia
CEREAIS VALE DO
JAVÃES
AGROINDUSTRIAL S/A
RODOVIA BR 242 KM
483 - 77.470000 Convencional
2.250 Ativo
Formoso do
Araguaia
CEREAIS VALE DO
JAVÃES
AGROINDUSTRIAL S/A
RODOVIA BR 242 KM
483 - 77.470000
Bateria de
Silos
2.150 Ativo
Formoso do
Araguaia
CEREAIS VALE DO
JAVÃES
AGROINDUSTRIAL S/A
RODOVIA BR 242 KM
483 - 77.470000
Bateria de
Silos
16.369 Ativo
Formoso do
Araguaia
COBRAPE-CIA BRAS
AGROP S/A
FAZENDA PANTANAL
DE CIMA 77470-000
Bateria de
Silos 36.450 Ativo
Formoso do
Araguaia
COMPANHIA
NACIONAL DE
ABASTECIMENTO
CONAB
EST DA FAZ DOS
RANCHOS 02 KM 25 Convencional
4.000
Ativo
98
Município Empresa Localização Produtos Cap. de
Produção
(ton) Situação
Formoso do
Araguaia
COOPERFORMOSO-
COOP AGROINDL RIO
FORMOSO LTDA
PROJETO RIO
FORMOSO 1 ETAPA
- 77470-000
Bateria de
Silos
6.760
Ativo
Formoso do
Araguaia
COOPERFORMOSO-
COOP AGROINDL RIO
FORMOSO LTDA
PROJETO RIO
FORMOSO 1 ETAPA
- 77470-000
Convencional
2.038
Ativo
Formoso do
Araguaia
COOPERFORMOSO-
COOP AGROINDL RIO
FORMOSO LTDA
PROJETO RIO
FORMOSO 1 ETAPA
- 77470-000
Bateria de
Silos
17.010
Ativo
Formoso do
Araguaia
COOPERFORMOSO-
COOP AGROINDL RIO
FORMOSO LTDA
PROJETO RIO
FORMOSO 1 ETAPA
- 77470-000
Convencional
4.887
Ativo
Formoso do
Araguaia
COPERJAVA-COOP M
RUR VALE DO JAVAE
ROD TO 253 KM 45 -
77470-000
Bateria de
80.250
Ativo
99
LTDA Silos
Formoso do
Araguaia
FUNDACAO
BRADESCO
ROD. TO 181 KM 30 -
77470-000
Silo
9.250
Ativo
Formoso do
Araguaia
JOÃO LENINE
BONIFÁCIO E SOUSA
AV. FORMOSO,
QUADRA 67, LOTE 07
- 77.470-000
Convencional
5.177
Ativo
Formoso do
Araguaia
SOALGO-SOC DE
ARMS GERAIS LTDA
AV JOAQUIM B DE
OLIVEIRA -
77.470-000
Convencional
42.412
Ativo
Formoso do
Araguaia
SOALGO-SOC DE
ARMS GERAIS LTDA
AV JOAQUIM B DE
OLIVEIRA -
77.470-000
Depósito
17.820 Ativo
Fortaleza do
Tabocão MULTIGRAIN S/A
ROD. BR 153, KM 347,5 -
LT. ALTAMIRA S\N -
77.708-000
Bateria de
Silos
11.146
Ativo
100
Município Empresa Localização Produtos Cap. de
Produção
(ton) Situação
Guaraí ARMS DE CEREAIS
GUARAÍ
RUA DA
INDEPENDÊNCIA, Nº
3071 - 77700-000
Convencional 1.350 Ativo
Guaraí BUNGE ALIMENTOS
S/A
ROD. BR 153, KM 347
S/Nº - 77700000 Silo 15.401 Ativo
Gurupi ARMAZENADORA
GUERRA LTDA
RUA K LOTE O2
QUADRA 17 - BAIRRO
VALDIR LUIZ - 77400-
000
Convencional 32.400 Ativo
Gurupi
GARGELTINS-
GURUPI ARMS GER
DO TOCANTINS
LTDA
ROD TO 255 KM 0 -
SAIDA PARA PEIXE Graneleiro 39.020 Ativo
Gurupi
GARGELTINS-
GURUPI ARMS GER
DO TOCANTINS
LTDA
ROD TO 255 KM 0 –
SAIDA PARA PEIXE -
00.000-000
Convencional 6.480 Ativo
Itapiratins ETTORE FLAVIO
RICARDI
FAZENDA BELOS
MONTES 5 - GURITA
LT RURAL 76-
EXTREMA 11ª ETAPA
- 77.690000
Bateria de Silos 2.687 Ativo
Lagoa da
Confusão
AGV - ARMAZÉNS
GERAIS VITÓRIA
LTDA
RODOVIA TO 255 S/Nº
KM 02 -77.493-000 Convencional 10.614 Ativo
Lagoa da
Confusão
AGV - ARMAZÉNS
GERAIS VITÓRIA
LTDA
RODOVIA TO 255 S/Nº
KM 02 -77.493-000 Bateria de Silos 9.613 Ativo
101
Município Empresa Localização Produtos Cap. de
Produção
(ton) Situação
Lagoa da
Confusão
ARMAZEM GERAIS
MORRO DA PEDRA
LTDA
ROD. TO 255, KM 90 -
MARGEM DIREITA -
77.493-000
Bateria de
Silos 15.530 Ativo
Lagoa da
Confusão
COOPERLAGO-
COOP DOS PROD
DE ARROZ DA
LAGOA
ROD. TO 255, km 91 -
ZONA SUBURBANA -
77.493-000
Bateria de
Silos
8.848 Ativo
Lagoa da
Confusão
COOPERLAGO-
COOP DOS PROD
DE ARROZ DA
LAGOA
ROD. TO 255, km 91 -
ZONA SUBURBANA -
77.493-000
Convencional
3.375 Ativo
Lagoa da
Confusão
DIAMANTE
AGROPECUARIA E
PARTICIPAÇÕES
S/A
FAZENDA DIAMANTE
S/N, TO 255, KM 127
- 77.493-000
Bateria de
Silos
4.289 Ativo
Lagoa da
Confusão
ENIO NOGUEIRA
BACKER
ROD TO 255 KM 102 -
FAZ LAGO VERDE o -
77493-000
Convencional
3.330 Ativo
Lagoa da
Confusão
FAZENDA DOIS
RIOS LTDA
FAZENDA DOIS RIOS
S\N - LOGRADOURO
DOIS
RIOS - 77.493-000
Bateria de
Silos
39.560 Ativo
Lagoa da
Confusão
HELIO MARTINS
COELHO
ROD. TO 255 KM 120 -
77000-000
Silo
1.590 Ativo
Lagoa da
Confusão
JOAO PAULO
GALVANGNI
ROD. TO 255. KM 88 -
77.493-000 Convencional
7.009 Ativo
Lagoa da
Confusão
LAGOVALE-COOP
AGROINDL DO
VALE DA LAGOA
LTDA
ROD TO 255 KM 90 -
TREVO -
LAGOA/DUERE. -
00.000-000
Convencional
7.875
Ativo
102
Município Empresa Localização Produtos Cap. de
Produção
(ton) Situação
Lagoa da
Confusão
LAGOVALE-COOP
AGROINDL DO VALE
DA LAGOA LTDA
ROD TO 255 KM 90 -
TREVO - LAGOA/DUERE.
- 00.000-000
Bateria de
Silos
16.500
Ativo
Lagoa da
Confusão
LAGOVALE-COOP
AGROINDL DO VALE
DA LAGOA LTDA
ROD TO 255 KM 90 -
TREVO - LAGOA/DUERE.
- 00.000-000
Convencional
8.325
Ativo
Lagoa da
Confusão
COOPERLAGO-COOP
DOS PROD DE
ARROZ DA LAGOA
ROD. TO 255, km 91 -
ZONA SUBURBANA -
77.493-000
Convencional
3.375
Ativo
Lagoa da
Confusão
LUIZ ANTONIO
SANTOS ANJO
ROD. TO 374, SENTIDO
LAGOA DA CONFUSÃO A
DUERE, KM 15. - 77.493-
000
Bateria de Silos
3.327
Ativo
Lagoa da
Confusão
MARCELO PEDRO
DE MORAES
ROD. TO 255, KM 05 -
77.493-000 Convencional
2.610
Ativo
Lagoa da
Confusão
MARCELO PEDRO
DE MORAES
ROD. TO 255, KM 05 -
77.493-000 Bateria de Silos
520
Ativo
Lagoa da
Confusão
MIRANDA E
PEREIRA LTDA - ME
AV. VITORINO PANTA,
3455 - SETOR BRANDÃO
- 77.493-000
Convencional
3.736
Ativo
Lagoa da
Confusão
MIRANDA E
PEREIRA LTDA - ME
AV. VITORINO PANTA,
3455 - SETOR BRANDÃO
- 77.493-000
Bateria de Silos
5.790
Ativo
Lagoa da
Confusão
NELSON ALVES
MOREIRA FILHO
FAZENDA
BARREIRINHA, TO 255,
KM 50
- 77.493-000
Bateria de Silos
3.116
Ativo
Lagoa da
Confusão RUBENS RITTER
ROD TO 374 KM 14 -
PERTO DO RIO URUBÚ
- 77493-000
Bateria de Silos 3.930 Ativo
103
Município Empresa Localização Produtos Cap. de
Produção
(ton) Situação
Lagoa da
Confusão
VICTOR RODRIGUES
DA COSTA
AV VITORINO PANTA Nº
723, 77493-000 Convencional 1.890 Ativo
Lagoa da
Confusão
YOLANDA BONOW
BUBOLZ
ROD TO 255 KM 89 -
ZONA RURAL - 77493-000 Bateria de Silos 3.140 Ativo
Lagoa da
Confusão
YOLANDA BONOW
BUBOLZ
ROD TO 255 KM 89 -
ZONA RURAL - 77493-000
Convencional 2.880 Ativo
Marianópolis do
Tocantins
NOSSA SENHORA BOM
SUCESSO ARMS
GERAIS LTDA
ROD. ESTADUAL TO 080,
- 77.675000
Convencional 8.185 Ativo
Miracema do
Tocantins
ARGEMA-ARMS
GERAIS MIRACEMA
LTDA
AV GOIAS, Nº 330 –
77650-000
Convencional 1.507 Ativo
Miranorte
ARGEMA-ARMS
GERAIS MIRACEMA
LTDA
ROD BR 153 KM 394 -
77660-000
Convencional
3.352 Ativo
Palmas
JOAO CARLOS
MARASCA
CORREIO DE
BURITIRANA - 77000-000
Convencional 2.126 Ativo
Palmas
JOÃO HENRIQUE
TEIXEIRA
HOLZHAUSEN
ROD. TO 030, KM 55 -
FAZ. TARUMÃ –
77000-000
Graneleiro 2.470 Ativo
Palmas
JOÃO HENRIQUE
TEIXEIRA
HOLZHAUSEN
FAZENDA TARUMÃ, S/Nº
- 77.000000
Bateria de Silos 5.314 Ativo
Palmeirante LIDER ARMAZÉNS
GERAIS LTDA
TERMINAL DE GRANEIS
AGRICOLAS, MARG. DA
FERROVIA NORTE SUL,
BL – B - 77.798-000
Bateria de Silos
10.656 Ativo
104
Município Empresa Localização Produtos Cap. de
Produção
(ton) Situação
Palmeirante OSVINO FABIO
RICARDI
FAZ. PARANÁ - GLEBA
ANAJÁ GARÇAS
- 77788-000
Bateria de
Silos
3.000 Ativo
Palmeirópolis GEORGES HAJJAR
ROD.
PALMEIRÓPOLIS/MINAÇ
U, KM 09 - 77365-000
Convencional
2.700
Ativo
Paraíso do Tocantins
COOPERNORTE-COOP
AGROP
TOCANTINENSE LTDA
ROD BR 153 KM 496 -
77600-000
Convencional
7.256 Ativo
Paraíso do Tocantins J A PIRES E FILHOS
LTDA
ROD BR 153 KM 473,
VILA MILENA - 77600-000 Convencional
708 Ativo
Paraíso do Tocantins
MARQUES DE
OLIVEIRA E MARTINS
LTDA
ROD BR 153 KM 476 S/Nº,
VILA MILENA - 77600-000
Convencional
900 Ativo
Pedro Afonso
BUNGE ALIMENTOS
S/A
ROD TO 010 KM 02
PEDRO AFONSO/
TOCANTÍNIA - 77710-000
Silo
16.064 Ativo
Pedro Afonso COAPA-COOP AGROP
DE PEDRO AFONSO
ROD PEDRO AFONSO
TOCANTINIA KM 3 À
DIREITA - 77710-000
Bateria de
Silos
59.740 Ativo
Pedro Afonso FERNANDO GRADIN RUA JOAO DAMACENO
DE SÁ, S/Nº - 77710-000
Convencional
3.730 Ativo
Pedro Afonso HELIO MAIOLI RUA PARA Nº 1855 -
77.710-000 Convencional
933 Ativo
Pium AGROP
CRISTALANDIA S/A
TRANSJAVAE+ 75 FAZ
STA EDWIRGENS
- 77470-000
Convencional
2.700 Ativo
Pium AGROP
CRISTALANDIA S/A
TRANSJAVAES 75 FAZ
STA EDWIRGENS
- 77470-000
Bateria de
Silos
7.750
Ativo
105
Município Empresa Localização Produtos Cap. de
Produção
(ton) Situação
Pium
AGROPECUÁRIA JAN
S/A
ESTRADA ESTADUAL,
TO 265, KM 140 –
77.570-000
Silo
5.467 Ativo
Porto Nacional BUNGE ALIMENTOS
S/A
ROD. TO 050, KM 01 -
TREVO 77500-000 Graneleiro
29.680 Ativo
Presidente Kennedy LOS GROBO CEAGRO
DO BRASIL S.A.
RODOVIA BR 153, Km 286
– B, ZONA RURAL
77745000
Bateria de
Silos
2.830 Ativo
Santa Rosa do
Tocantins
GRANULE
EXPORTADORA E
IMPORTADORA LTDA
ROD TO 050 KM 161 S/N -
77.375-000
Bateria de
Silos
13.652 Ativo
Santa Rosa do
Tocantins
NOVAAGRI
INFRAESTRUTURA DE
ARMAZENAGEM E
ESCOAMENTO
AGRICOLA S/A
RODOVIA TO 050, Km 161
ZONA RURAL 77375-000
Bateria de
Silos
36.120 Ativo
Silvanópolis FIAGRIL LTDA
RODOVIA TO 262,
ENTRONCAMENTO COM
A BR 010 ZONA RURAL –
77580-000
Graneleiro
60.000 Ativo
Silvanópolis
GRANULE
EXPORTADORA E
IMPORTADORA LTDA
ROD TO 050 KM 116, S/N -
77.580-000
Graneleiro 20.962 Ativo
Silvanópolis KAAM ARMAZÉNS
GERAIS LTDA
RODOVIA TO 050, Km 110
ZONA RURAL 77580-000
Bateria de
Silos 7.320 Ativo
106
Fonte: SEAGRO/2014
6.8 Agricultura Familiar
Um dos principais programas para o desenvolvimento dos agricultores familiares
é o projeto compra direta, que adquire alimentos de agricultores familiares para
atendimento das demandas de instituições públicas, principalmente escolas e hospitais.
O gráfico abaixo apresenta a evolução do projeto compra direta no estado.
Município Empresa Localização Produtos Cap. de
Produção
(ton) Situação
Silvanópolis
NOVA AGRI INFRA-
ESTRUTURA DE
ARMAZENAGEM E
ESCOAMENTO
AGRÍCOLA S.A.
RODOVIA TO 050, Km
116 ZONA RURAL 77580-
000
Graneleiro 18.300 Ativo
Talismã AGROPECUARIA
GUARANI LTDA
ROD BR 153 KM 777 -
FAZENDA APROZIVEL
- 77480-000
Bateria de
Silos 1.530 Ativo
Talismã AGROPECUARIA
GUARANI LTDA
ROD BR 153 KM 777 -
FAZENDA APROZIVEL
- 77480-000
Convencional
2.250 Ativo
Tocantinópolis ASA NORTE
ALIMENTOS LTDA
AV N. SRA. DE FATIMA,
Nº 3447-SETOR RODA -
77900-000
Convencional 1.296 Ativo
Tocantinópolis ASA NORTE
ALIMENTOS LTDA
AV N. SRA. DE FATIMA,
Nº 3447-SETOR RODA -
77900-000
Graneleiro
1.580
Ativo
Tocantinópolis
ASA NORTE
ALIMENTOS LTDA
AV N. SRA. DE FATIMA,
Nº 3447-SETOR RODA -
77900-000
Bateria de
Silos
3.676
Ativo
Tupirama
GRANULE
EXPORTADORA E
IMPORTADORA LTDA
rod. to 336 km 21 s/n -
77.704-000 Graneleiro 30.267 Ativo
Tupirama
NOVAAGRI
INFRAESTRUTURA DE
ARMAZENAGEM E
ESCOAMENTO
AGRÍCOLA S.A.
Rodovia TO 336 - Km 21
ZONA RURAL - 77704000 Graneleiro 32.000 Ativo
107
Figura 78 – Programa de aquisição de alimentos
Fonte: MDS
Figura 79 – Famílias de agricultores por categoria
Fonte: MDS
Figura 80 – Número de comunidades Quilombolas no Tocantins
Fonte: MDS
0,00
1.000.000,00
2.000.000,00
3.000.000,00
4.000.000,00
5.000.000,00
6.000.000,00
7.000.000,00
8.000.000,00
9.000.000,00
2011 2012 2013 2014*
Programa de Aquisição de Alimentos
Qtde. de Produtos Fornecidos (kg) Recursos (kg)
108
Crédito Fundiário
O Programa Nacional de Crédito Fundiário - PNCF é uma política pública
complementar à reforma agrária e seu principal objetivo é reduzir a pobreza rural,
consolidar a agricultura familiar e melhorar a qualidade de vida no campo, dos
trabalhadores rurais sem terra ou com pouca terra. É definido como um conjunto de
ações que visam promover o acesso a terra e a investimentos básicos e produtivos com
recursos do Fundo de Terras e da Reforma Agrária em áreas inferiores a quinze
módulos fiscais e propriedades que não sejam passíveis de desapropriação. Além desses
recursos os beneficiários do PNCF podem acessar o Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF); Programa Nacional de Habitação
Rural (PNHR) e programas que auxiliam a comercialização da produção como
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE).
O PNCF é executado pelo Governo Federal, através do Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA) de forma descentralizada, em parceria com os
governos estaduais, por meio de acordos de cooperação técnica e implantação da
Unidade Técnica Estadual (UTE). É necessária ainda a participação dos movimentos
sindicais de trabalhadores rurais e da agricultura familiar e dos Conselhos Estaduais,
Regionais ou Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável que deverão atuar na
elaboração dos planos de reordenação fundiária, planos de aplicação de recursos do
Fundo de Terras e da Reforma Agrária e na análise e aprovação das propostas de
financiamento (MDA 2009).
Até 2011 o Programa Nacional de Crédito Fundiário era responsabilidade do
ITERTINS, que sediava a Unidade Técnica Estadual (UTE). Em 2011, o PNCF foi
transferido para SEAGRO sendo necessário um levantamento minucioso de todos os
documentos relacionados ao PNCF. Na ocasião foram detectadas várias irregularidades,
denúncias no ministério público, devido a documentos de posse e diversos projetos
abandonados sem vistorias e acompanhamento técnico.
Dos projetos contratados, aproximadamente 70% estavam inadimplentes e, devido
a essa realidade houve a paralização do programa. Em 2014 com uma equipe
qualificada, com a construção de um maior envolvimento dos movimentos sociais,
109
principalmente os sindicatos dos trabalhadores rurais e a federação dos trabalhadores na
agricultura, foi possível iniciar um processo de reestruturação do Programa no Estado.
O Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável - CEDRUS passa a
ter papel fundamental no auxílio aos beneficiários, se envolvendo no processo de
reestruturação do Programa. (Fonte: SEAGRO/2014).
6.9 Linhas de credito
O sistema de crédito agrícola, a sua maior parte é feito pelo Banco do Brasil,
principalmente na área de custeio, cooperativa de crédito do Siscoop, bancos privados
principalmente no financiamento de maquinário e o Bradesco tem uma atuação forte
neste segmento e pelas próprias companhias de comercialização, que atuam muito na
negociação de vinculação futura de compra de produtos (soja).
Como programa de incentivo de desenvolvimento da região norte é
disponibilizado o FNO (Fundo Constitucional para Desenvolvimento da Região Norte),
que é operacionalizado pelo BASA (Banco da Amazônia), com taxas abaixo dos no
mercado e prazos mais longos. Para 2015, o recurso disponível para aplicação no estado
é de R$ 877,2 milhões, destes R$ 557,41 milhões (64% do total) são para
empreendimentos rurais como agricultura familiar, agricultura de baixo carbono,
agropecuária, pesca e aquicultura e floresta. Os outros 319,79 (36% do total) são para
empreendimentos não rurais. Veja a divisão no gráfico abaixo:
110
Figura 81 – Meta aplicação do FNO no Estado do Tocantins
6.10 Central de Abastecimento
A Central de Abastecimento de Hortifrutigranjeiros do Tocantins (CEASA) é um
espaço organizado para concentrar a comercialização de hortaliças, frutas, leguminosas,
raízes e ovos e tem o objetivo de apoiar o produtor na comercialização de seus produtos.
Além do espaço físico, o Estado do Tocantins, por meio da Secretaria de Agricultura,
Pecuária, oferece a prestação de serviços ao setor rural, orientações fitossanitárias,
orientação ao produtor na venda dos produtos.
O CEASA comercializava, em 2011, em torno de 17.472 toneladas/ano, porém
esta comercialização vem apresentando uma queda de 23,1% se comparadas à
comercialização de 2013, a qual atingiu 13.440 toneladas/ano.
111
Figura 82 – Volume Anual da Produção Comercializada (ton).
Fonte: SEGRO/2014
6.11 Cooperativismo e Associativismo
Figura 83 – Total de cooperativas ativas do ramo agropecuário, em 2014
Fonte: OCB/2014
112
Figura 84 – Números de cooperativas atuantes no Tocantins por ramo de atuação em termos
percentuais, em 2014.
Fonte: OCB
Figura 85 – Panorama das associações do estado do Tocantins
Fonte: OCB
6.12 Assistência Técnica e Defesa Sanitária
A assistência técnica e a extensão rural têm importância fundamental no processo
de disseminação de novas tecnologias, geradas através da pesquisa, e de conhecimentos
diversos essenciais ao desenvolvimento rural no sentido amplo e, especificamente, ao
desenvolvimento das atividades agropecuárias, florestal e pesqueira.
Com diretrizes para promover a organização das cadeias produtivas em bases
sustentáveis e competitivas, contribui nos processos de geração e validação de
tecnologias, interagindo com os produtores rurais. Com o incremento de estratégias de
organização, inclusão socioprodutiva e inserção competitiva nos mercados da produção
113
familiar e promovendo mecanismos para garantir a sucessão geracional no campo, o
Estado do Tocantins desenvolve este trabalho através da Secretaria do Desenvolvimento
da Agricultura e Pecuária (SEAGRO) em parceria a órgãos estaduais vinculados e
outras instituições patronais.
o SEAGRO
Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária tem como missão
promover o planejamento, gerenciamento e a coordenação geral das políticas voltadas
para o setor agropecuário do Estado do Tocantins, normatizando, captando e difundindo
tecnologias. Tendo em seu quadro um total de:
Profissional Quantidade
Engenheiros Agrônomos 40
Médicos Veterinários 15
Zootecnistas 10
Técnicos de nível médio 40
o RURALTINS
O Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins - RURALTINS é o
órgão oficial de assistência técnica e extensão rural, responsável pela prestação desses
serviços ao público da agricultura familiar e pelo apoio ao desenvolvimento do setor
agropecuário do Estado.
É uma autarquia criada pela Lei n.º 20/89, de 21 de abril de 1989, vinculado à
Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, que tem
como missão: “Contribuir de forma participativa para o desenvolvimento rural
sustentável, centrado no fortalecimento da agricultura familiar, por meio de processos
educativos que assegurem a construção do pleno exercício da cidadania e melhoria da
qualidade de vida".
O RURALTINS com suas Unidades Locais de Execução de Serviços - ULES tem
atuação e abrangência em todos os municípios tocantinenses. Essas unidades locais são
coordenadas e supervisionadas por 07 (sete) Escritórios Regionais, localizados nas
cidades de: Araguatins, Araguaína, Miracema do Tocantins, Paraíso do Tocantins, Porto
114
Nacional, Gurupi e Taguatinga. O Escritório Central, sede da administração geral do
órgão está localizado em Palmas, capital do Estado.
Hoje 96 escritórios estão ativos, um quadro multidisciplinar contendo:
Profissional Quantidade
Assistente Social 41
Biólogo 04
Economista Doméstico 08
Engenheiros Agrônomos 102
Engenheiros Ambientais 20
Engenheiros Agrícolas 05
Engenheiros Agrimensores 01
Engenheiros de Alimentos 13
Engenheiros de Pesca 07
Engenheiros Florestais 05
Geólogo 02
Médicos Veterinários 54
Técnicos Agrícolas 26
Técnicos Agropecuários 90
Zootecnistas 27
o ADAPEC
A Agência de Defesa Agropecuária desde que foi criada, em 10 de dezembro de
1998, trabalha para planejar, coordenar e executar a Política Estadual de Defesa
Agropecuária do Tocantins. Com uma equipe de profissionais multidisciplinar, hoje é
referência em sanidade animal e vegetal no país. Presente nos 139 municípios do
Estado, contam ainda com 30 barreiras fixas, 18 barreiras volantes e 10 barreiras
fluviais.
115
Organizada em:
Locais Quantidade
Escritório Central – Sede em Palmas 01
Delegacias Regionais 11
Escritórios Locais 77
Escritórios Seccionais 62
Barreiras Fixas 30
Barreiras Volantes 18
Barreiras Fluviais 10
Inspetores Agropecuários (Veterinários
e Eng. Agrônomos)
279
Fiscais Agropecuários 518
o SENAR
Para ajudar a sanar a lacuna existente no Brasil na área de assistência técnica e
extensão rural – onde apenas 9,3% dos produtores rurais recebem visitas regularmente
(Censo Agropecuário de 2006 do IBGE) –, o SENAR criou o Programa de Assistência
Técnica e Gerencial, em 2014.
Ao longo de 2014, foram realizados em Brasília pelo SENAR Central, seis cursos
preparatórios de Gestão Técnica e Econômica de Propriedades Rurais, com ênfase na
metodologia de AteG (Assistência Técnica e Gerencial), totalizando assim 21
instrutores qualificados no Tocantins. Esses profissionais são os responsáveis pela
capacitação dos técnicos de campo na metodologia de assistência técnica e gerencial.
O SENAR Tocantins disponibiliza de infraestrutura para atuar em todo o Estado,
com escritórios regionais em Araguatins, Araguaína, Gurupi, Arraias e Paranã.
Com uma metodologia diferenciada a assistência técnica do SENAR promove por
meio da assistência gerencial a formalização das propriedades numa empresa rural.
116
Os profissionais do quadro da Coordenadoria de ATeG são:
Profissional Quantidade
Engenheiros Agrônomos 13
Médicos Veterinários 09
Zootecnistas 01
Técnicos Agrícolas 73
Gestor Ambiental 01
Técnicos Agropecuários 113
7. RESULTADO VISITA DE CAMPO – CADEIAS PRODUTIVAS
DA SOJA E BIOENERGIA
O objetivo de visitar a região de Pedro Afonso foi conhecer a cadeia produtiva da
soja e cana-de-açúcar, a região foi desenvolvida a partir de um projeto de cooperação
nipo-brasileira através do projeto PRODECER, que serviu de validador de tecnologias
para o desenvolvimento da agricultura no Cerrado.
7.1 Produtores
O PRODECER III, terceira etapa do Programa, teve início em 1996, e foi
implantado nos municípios de Pedro Afonso (TO) e Balsas (MA), com o intuito de
estabelecer um sistema de produção agrícola através do desenvolvimento, aplicação e
aperfeiçoamento de técnicas agrícolas compatíveis com a região. Teve como meta,
também, implementar um sistema de assentamento coletivo dirigido, tornando-se um
modelo de desenvolvimento para a região do cerrado; buscando o desenvolvimento de
novas tecnologias apropriadas as condições locais e seleção de culturas perenes e
resistentes ao período da seca.
Em Pedro Afonso, o PRODECER ocupou uma área de 40.000 hectares, sendo
divididos em 41 lotes, beneficiando 41 colonos que vieram de outras regiões do país.
Destes 41 produtores, 25 continuam como proprietários e participantes do processo
produtivo nas áreas originais do projeto.
117
Figura 86 – Situação da ocupação dos lotes original do PRODECER
Fonte: FAPTO
Com relação aos plantios, atualmente a estimativa é que 8.000 ha estejam
ocupados com o plantio de cana-de-açúcar e 12.000 de soja/grãos. Conforme gráfico
abaixo:
Figura 87 – Situação da ocupação dos lotes originais do PRODECER
Fonte: FAPTO
A Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (COAPA) foi fundada em 27 de junho
de 1998 para atender os produtores integrantes do Programa de Desenvolvimento dos
Cerrados III (PRODECER III). Atende hoje a 128 cooperados e produtores de soja, e
132 cooperados da agricultura familiar, agrupados ou não em associações na região de
Pedro Afonso, estendendo sua área de atuação para Bom Jesus do Tocantins, Tupirama,
118
Rio Sono, Guaraí, Fortaleza do Tabocão, Miracema, Santa Maria, Tocantínia, Itacajá,
Itupiratins, Goiatins, Recursolândia e Centenário.
A COAPA, através de seus cooperados, plantou soja em uma área de 33.500 ha,
possuindo a maior quantidade de soja do Estado, garantindo a seus cooperados um valor
agregado na comercialização da soja e na negociação com fornecedores.
Figura 88 – Participação produção COAPA na região de Pedro Afonso
Fonte: FAPTO
A estimativa é que o custo de produção regional da soja seja de R$ 2.200,00,
dividido conforme tabela apresentada, abaixo:
Tabela 32 – Custo de Produção hectare de Soja ano 2015
Custo de Produção - hectare de soja
Descrição Custo %
Sementes 300,00 14
Defensivos 450,00 20
Fertilizantes 600,00 27
Mão-de-obra 440,00 20
Maquinário/logística 410,00 19
TOTAL 2.200,00 100
Fonte: FAPTO
119
Observa-se que o gasto com fertilizante é o que representa maior índice com 27%,
e com semente o menor com 14% segue abaixo gráfico comparativo entre os custos,
representando os custos de produção apresentado nas entrevistas realizadas com
produtores da COAPA:
Figura 89 – Custo de Produção hectare de SOJA ano 2015
Fonte: FAPTO
A produtividade tida como meta do projeto inicial do PRODECER, e considerada
na época muito ousada era de 2.700 Kg de soja/ha, ou seja, 45 sacos/ha. A média da
região, apresentada nas entrevistas é de 52 sacos/ha (3.120 quilos), um de 15% da
média. Porém, alguns plantios já conseguiram uma produtividade de até 60 sacos/ha
(3.600 kg).
Figura 90 – Análise produtividade por hectare de SOJA na Região Pedro Afonso
Fonte: FAPTO
120
7.2 Revendas (sementes, defensivos e maquinarias)
O nível tecnológico das máquinas e equipamentos dos produtores de soja de Pedro
Afonso e região são altíssimos, igualando aos grandes centros produtores do país, e
recebeu por parte dos produtores investimentos de modernização de frota nos últimos
anos, já que a mecanização é uma alternativa para aumento de produtividade e falta de
mão-de-obra, principalmente pela concorrência por profissionais imposta pela
implantação da usina de etanol da Bunge na região, fato que obrigou o produtor a
investir em maquinários.
Estes equipamentos são adquiridos geralmente em feiras como a AGROTINS, já
que é facilitado o credito. Na região existe uma rede de fornecedores que garante a
assistência técnica para sua operação.
Com relação às sementes, estima que 70% das sementes vem do próprio estado,
da região de várzea de formoso, que por ter autorização de vazio sanitário é uma região
produtora de semente e o restante, a maior parte, da região de formosa de Goiás.
Segundo as entrevistas, cerca de 50% dos plantios utilizam sementes intactas que
garantem uma produtividade maior, porém com um custo maior, na última safra o custo
da semente intacta foi R$ 300,00/ha, enquanto que a semente convencional o custo foi
de R$ 220,00/ha.
Os defensivos são adquiridos de misturadoras de São Luiz do Maranhão e são
transportados por carretas até Pedro Afonso, com um custo médio de R$ 450,00/ha. Já
os fertilizantes são adquiridos das grandes multinacionais do segmento, com um custo
de R$ 600,00/ha. Estes custos foram passados pela equipe de acompanhamento da
COAPA.
A COAPA possui uma loja de revenda e consegue atender seus cooperados com
preços vantajosos, tendo em vista o aumento da quantidade negociado.
Tabela 33 – Principais fornecedores de Insumos na Região de Pedro Afonso
REVENDA MUNICIPIO
COAPA Pedro Afonso
SONORA Pedro Afonso
TARUMA Pedro Afonso
CALTINS Araguaína
FERTMAX Porto Nacional
121
REVENDA MUNICIPIO
UNIGEL Palmas
FOCO AGRO Pedro Afonso
FERTILIZANTE TOCANTINS Porto Nacional
DICAL DISTRIBUIDORA DE
CALCARIO
Guaraí
SOAGRI Guaraí
NUTRIFOL Guaraí
CANAA Guaraí
Fonte: FAPTO
7.3 Companhia de Armazenagem
A região de Pedro Afonso possui 08 armazéns, com capacidade instalada de
305.000 toneladas de soja. O armazém da COAPA tem capacidade para armazenar
60.000 toneladas e como os outros armazéns, fazem os seguintes processos: recepção,
classificação, pesagem, limpeza, secagem e armazenagem. O tempo máximo de
permanência no silo é de 90 dias. O custo médio do processo de armazenagem é de R$
25,00/t na região. Segue abaixo a relação dos armazéns da região.
Tabela 34 – Lista dos armazéns e silos cadastrados na Conab na região de Pedro Afonso
ARMAZEM MUNICIPIO CAPACIDADE
COAPA PEDRO AFONSO 60.000 toneladas
BUNGE PEDRO AFONSO 30.000 toneladas
FOCO AGRO PEDRO AFONSO 30.000 toneladas
NOVA AGRI TUPIRAMA 45.000 toneladas
MULTI GRAIN GUARAI 35.000 toneladas
ALGAR AGRO GUARAI 35.000 toneladas
FAZ . BOM RETIRO PEDRO AFONSO 25.000 toneladas
BUNGE GUARAI 45.000 toneladas
Fonte: CONAB
122
7.4 Companhia de Transporte
O transporte da soja é feito por caminhões autônomos até ao terminal ferroviário
de Palmeirante, com contratação direta entre produtores e caminhoneiros. A logística da
produção até o armazenamento para secagem tem um raio médio de 50 km, e possuem
custo no ponto mais distante, cerca de R$ 30,00/t e o mais próximo, R$ 10,00/t, tendo
um custo médio R$ 22,00 para os cooperados da COAPA. A soja exportada é
transportada dos silos/armazéns da região até o pátio de Palmeirante, a um custo entorno
de R$ 30,00/t, é muito utilizado caminhões bitrem (caminhões com duas caçambas) que
leva em média 48.000 toneladas por viagem. Na volta o caminhão retorna com calcário.
Do pátio a soja segue de trem pela ferrovia norte-sul até o porto de Itaqui no Maranhão,
indo para o mercado externo.
A empresa responsável pela operação logística da ferrovia é a VLI, empresa
especializada em operações logísticas que integram ferrovias, portos e terminais, e
alcançou no fim de agosto uma marca inédita quanto à movimentação de grãos no
Terminal Integrador (TI) Palmeirante. Somente nos oito primeiros meses deste ano, os
trens que partiram da unidade operacional transportaram 1.046.661 toneladas de soja e
milho. Em julho, a estrutura, que realiza o armazenamento e o transbordo desses
produtos, já havia conseguido superar o volume total carregado em todo o período de
2014, com 893.472 toneladas contra as 814.822 movimentadas no ano anterior.
Para manter o fluxo operacional, entre janeiro e agosto deste ano, o terminal
recebeu grãos transportados por 27.338 caminhões que saíram dos estados do Tocantins,
Mato Grosso, Piauí e Bahia. Durante o mesmo período, 11.119 vagões foram
carregados, possibilitando a formação de 139 composições ferroviárias. Com destino à
exportação, os produtos são levados para o Porto do Itaqui, na capital maranhense, pelos
trilhos da Ferrovia Norte Sul, passando pelo corredor logístico Centro-Norte.
O terminal está localizado na cidade de Palmeirante, no Tocantins, região
promissora para o crescimento da produção agrícola. A estrutura de 12 mil m² conta
com dois tombadores de carretas, dois silos com capacidade para armazenar 6 mil
toneladas cada e uma tulha com capacidade de carregamento de mil t/h. No mesmo
Estado, a VLI está investindo na construção de mais dois terminais de transbordo e
armazenagem de grãos: um também em Palmeirante e outro no município de Porto
Nacional.
123
Quanto à navegação, estão sendo realizados estudos no estado para comprovar a
viabilidade técnica e econômica da navegação do rio Tocantins (trecho do município de
Peixe a sua foz), do rio Araguaia e do rio das mortes. Se comprovado a viabilidade
técnica e econômica, é necessária no caso do rio Tocantins a construção de eclusas no
Rio Tocantins.
Por ser a primeira região do cerrado que desenvolveu a produção de grãos no
estado, as regiões de Pedro Afonso, com seus produtores e empresas, provocaram uma
discussão sobre a melhoria logística no Estado. Isto fez com que decisões
governamentais fossem tomadas de forma definitivas ou que ainda estejam em
planejamento. Citando que já foi feito uma experiência de navegação pela COAPA,
levando soja de Pedro Afonso até Aguiarnópolis, uma espécie de manifesto para chamar
atenção dos governos da importância que a logística tem sobre a produção.
7.5 Trader (exportadores)
O destino da soja é 85% para o mercado externo, principalmente para a ASIA e
EUROPA e 15% para o mercado interno. O vendido para o mercado interno consegue
um valor melhor, porém é necessário esperar o tempo certo de venda, e as vezes o
produtor precisa fazer a venda para honrar compromissos.
As principais exportadoras na região são:
(1) BUNGE ALIMENTOS
A empresa adquire, anualmente, mais de 20 milhões de toneladas de grãos, entre
soja, milho, trigo, caroço de algodão, sorgo e girassol e se relaciona regularmente com
clientes de todos os continentes. A Bunge é a maior exportadora do agronegócio
brasileiro e destaca-se também como a maior compradora e esmagadora de soja do
Brasil. (site: http://www.bunge.com.br/).
124
(2) CARGIL
Considerada uma das principais empresas do segmento, investe continuamente no
comércio, processamento e na exportação de grãos e outras commodities. A
comercialização é feita de forma integrada por terminais portuários, unidades
processadoras, armazéns e escritórios de compra localizados nos maiores centros
produtores. Os negócios estão concentrados na cadeia de suprimento de grãos e
oleaginosas – produção de óleos brutos, degomado, refinado e envasado, além de
farelos. Atua também na comercialização de açúcar, exportação de álcool e nas
operações de compra e venda de algodão. ( http://www.cargill.com.br ).
(3) MULTIGRAIN
A MULTIGRAIN está entre as maiores exportadoras de soja do Brasil e mantém
parcerias estratégicas com consumidores finais, no mercado interno, e também fazendo
comercialização e venda do produto nos principais mercados da Europa e Ásia. A
Multigrain produz diretamente do campo, através de uma malha de aproximadamente
3.000 agricultores situados nos principais estados produtores como: Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Tocantins, São Paulo,
Paraná e Bahia. (site: http://www. multigrain.com.br).
(4) ABC ALGAR
A Algar Agro, pertencente ao Grupo Algar, é uma companhia brasileira de capital
fechado que atua no mercado de soja desde 1978. Possui uma infraestrutura física com
17 armazéns e 1 transbordo localizados estrategicamente próximos às áreas de
originação de grãos e duas unidades de processamento de soja. Além da produção, do
processamento e da comercialização de soja nos mercados interno e externo, tem como
produtos-âncora, de fabricação própria, o óleo de soja ABC, líder de vendas no estado
de Minas Gerais, e o farelo de soja RaçaFort. O mix de produtos alimentícios voltado ao
varejo também contempla azeite de oliva, extrato e molho de tomate, todos com a marca
ABC. (site: http://www.algaragro.com.br/).
125
(5) CGG Trading
O Grupo CGG foi criado em 2010 por empreendedores brasileiros, com mais de
30 anos de experiência no agronegócio. Hoje, atua na produção, comercialização e
logística de commodities agrícolas de forma integrada. Emprega 622 colaboradores
diretos, distribuídos em 31 filiais no Brasil, Argentina, Austrália, China, Estados Unidos
e Holanda. Exportadora brasileira com vendas em torno de U$ 1,2 bilhão no ano de
2014 movimenta um volume de 3,3 milhões de toneladas de grãos e tem acesso direto
aos principais mercados internacionais com ênfase na Asia. (site:
http://www.cggtrading.com).
7.6 Agroindústrias (Usinas)
A usina de cana-de-açúcar Bunge de Pedro Afonso é a agroindústria que mais
causou impactos econômicos na área agrícola no Estado do Tocantins, inaugurada em
21 de julho de 2011, considerada a primeira unidade GREENFIELD e a oitava usina
produtora de açúcar e bioenergia de empresas no Brasil.
Com investimentos totais da ordem de R$600 milhões e capacidade inicial de
moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, a nova usina utiliza o
que há de mais moderno em tecnologia, realiza plantio e colheita totalmente
mecanizados, além de aproveitar integralmente o bagaço da cana para a produção de
energia elétrica, processo conhecido como cogeração que começou neste ano de 2015.
Quanto à cana-de-açúcar em 2013, a área colhida de cana-de-açúcar foi de 22,3 mil ha,
tendo uma moagem de 1.788 mil toneladas de cana e uma produção de 173 mil litros de
etanol.
Localizada em um terreno de 94 ha na zona rural do município de Pedro Afonso, a
unidade produz álcool combustível e energia elétrica de alta eficiência, a partir do
processamento industrial da cana-de-açúcar e tem capacidade para produção de açúcar,
que não ocorre por questões de mercado. O processo produtivo da usina ocorreu em
duas fases: na primeira, a produção foi 100% voltada para o etanol, para o atendimento
do mercado interno e exportações, na segunda seria a produção de açúcar e energia,
sendo concretizada até o momento a produção de energia.
126
A usina Pedro Afonso consolidou uma joint venture entre a Bunge e a empresa de
capital japonês Itochu, uma das principais tradings globais do Japão. Nessa iniciativa,
80% dos recursos financeiros foram investidos pela Bunge e 20% pela Itochu.
A usina Pedro Afonso tem capacidade para produzir 180 Gwh por ano de energia
e, a unidade poderá contribuir para o fornecimento de energia elétrica do estado do
Tocantins. Foram investidos mais de 20 milhões de dólares no processo de cogeração,
que consiste na queima do bagaço da cana (resíduo da produção) para gerar energia
elétrica. Uma parte desta energia será utilizada internamente para operar a usina, ou
seja, a unidade é autossuficiente energeticamente. Outra parte poderá ser disponibilizada
ao sistema elétrico nacional, com capacidade para abastecer uma cidade de até 300 mil
habitantes.
A construção da usina Pedro Afonso teve início em janeiro de 2009 e em julho de
2010, a unidade já havia iniciando a operação em caráter experimental. Desde maio
deste ano, a usina está em plena atividade. O plantio do canavial teve início em julho de
2007, com um viveiro de mudas em 237 ha. Hoje, são mais de 34 mil ha de cana-de-
açúcar na região. Em parceria com centros de pesquisa, a Bunge se dedicou também à
inovação ao desenvolver variedades de cana-de-açúcar especificas para o clima e o solo
da região.
Alinhada com os princípios de sustentabilidade do grupo Bunge, a unidade realiza
coleta seletiva e os resíduos do processo industrial (vinhaça e resíduos sólidos de
limpeza da cana) são totalmente aproveitados na fertirrigação do canavial. De toda a
área plantada, 5 mil ha são irrigados, incluindo o maior pivô de irrigação do mundo,
com mais de 1.300 metros de extensão para atingir uma área superior a 500 ha.
Além disso, a Bunge, por meio da Fundação Bunge, já está implantando em Pedro
Afonso e nos municípios do entorno (Tupirama e Bom Jesus do Tocantins) o programa
Comunidade Integrada, que apoia o desenvolvimento de projetos sustentáveis na região,
focados no relacionamento com a comunidade, no fortalecimento da gestão pública e no
apoio ao desenvolvimento humano e social.
7.7 Logística do transporte de álcool
O transporte da cana-de-açúcar e todo feito por uma empresa contratada da
indústria BUNGE a RODES Engenharia e transportes, contratada da usina desde a
127
construção da usina 2010. Criada em função da demanda de transporte local, opera com
capacidade de 12.500 toneladas dia, emprega diretamente 230 funcionários.
O transporte de 1.500.000 lt/dia álcool produzido pela agroindústria são
armazenados e removidos por caminhões tanque da própria Bunge até um ponto de
transferência para os vagões da transportadora VLI, na ferrovia norte sul a 47 km da
fábrica onde e transportado até o porto de Itaqui no maranhão.
7.8 Agroprocessadoras (esmagadora – Porto Nacional)
O início da agroindústria na cadeia produtiva da soja foi dado à empresa Granol,
instalada em Porto Nacional, a 66 km de Palmas e 250 km de Pedro Afonso. A indústria
foi instalada em 2013, na compra de uma planta já existente de Biodiesel e está em
processo de finalização da obra da esmagadora, com previsão de operar na próxima
safra 2015/2016. O Biodiesel produzido em torno de 360 m3/dia abastecerá os mercados
nas regiões norte e nordeste.
A soja usada para a produção do óleo é comprada dos produtores do Estado. Com
a esmagadora a GRANOL vai atuar no recebimento, esmagamento de soja e venda de
farelo e óleo. Para fazer o armazenamento do grão foram instaladas cinco unidades nas
cidades de Porto Nacional, Figueirópolis, São Valério da Natividade, Marianópolis do
Tocantins e Aguiarnópolis. Estas unidades servirão para abastecer a esmagadora do
estado e até mesmo de outros estados.
A esmagadora de soja terá capacidade para processar 2,5 t/dia. Parte da produção
abastecerá o mercado interno e a outra parte será exportada. Está previsto a geração de
350 empregos diretos.
No estado a vinda da esmagadora é vista como oportunidade de geração de
emprego, receita, impulsionar o comércio e incentivar outros empreendimentos na
região. Vantagens também para o produtor, que terá opções de venda e local de
armazenagem.
A empresa foi atraída pela capacidade de produção de soja do Tocantins, e um dos
principais desafios é a falta de mão-de-obra especializada. No início da obra teve que
importar mão-de-obra e a intenção é empregar pessoas do local, para isto estão
investindo em capacitação de pessoal, em parceria com a Prefeitura e outros órgãos.
128
7.9 Instituições de apoio
As principais instituições de apoio ao desenvolvimento do agronegócio na região
apontado e suas contribuições:
Lista de instituição de apoio/entrevista:
Instituições Contribuições
Embrapa Pesquisa e Desenvolvimento
IFTO Pesquisa e Desenvolvimento
UFT Pesquisa e Desenvolvimento
SESI Capacitação
SENAR Capacitação
SEBRAE Capacitação
GOVERNO DO
ESTADO/SEAGRO
Fomento e desenvolvimento
SISCOOP Capacitação
FUNDAÇÃO BUNGE Apoio social
Prefeitura/Secretaria agricultura Fomento e desenvolvimento
Fonte: FAPTO
7.10 Resumo e Conclusões
O PRODECER, na região de Pedro Afonso é considerado um projeto que cumpriu
seus objetivos de desenvolver e criar uma agricultura na região de cerrado no Estado do
Tocantins. O projeto apresentou ganhos nas áreas de desenvolvimento de tecnologia,
nos aspectos sociais e econômicos, na melhoria da infraestrutura de logística,
educacional e de saúde.
O projeto é considerado o grande difusor de tecnologias de produção de grãos e
cana-de-açúcar para outras regiões do estado, sendo uma espécie de campo avançado de
adequação e geração de tecnologia.
Nos aspectos sociais e econômicos, a região apresentava um esvaziamento
populacional, por falta de oportunidades de emprego e renda, com o projeto a produção
agrícola promoveu o aumento da renda per capita, o aumento e a vinda de pequenas e
grandes companhias, promovendo a necessidade de mão-de-obra, que precisou ser mais
qualificada e melhor remunerada, criando um ciclo virtuoso social e econômico.
129
Outros ganhos apontados foram na infraestrutura, a produção fez a necessidade de
implantação de uma estrutura rodoviária melhor, sendo asfaltada trecho entre as cidades
e também a construção da ponte sobre o rio Tocantins que liga a cidade de Pedro
Afonso a BR-153, e no caso da ferrovia utilizando-se do pátio modal de Palmeirante e
Guaraí. Novas escolas foram instaladas, entre elas a Escola Tecnica Federal e também
uma rede de saúde melhorada.
Enfim, apesar de problemas na implantação do projeto, o projeto conseguiu
reverter uma questão socioeconômica de estagnação e promover a produção de
alimentos e bioenergia, gerando novas oportunidades de emprego e renda.
130
8. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
PEDRO AFONSO E VIZINHANÇA
Sr. Benjamin hikokuro baba, produtor rural de Pedro
Afonso. Outubro de 2015. Sr. José Edgar de castro, produtor rural de Pedro
Afonso.
Sr. Fernando Gradin, proprietário Sonora peças e
implementos agrícolas, Pedro Afonso Sra Taise Ferreira da Cruz, gerente do armazém Foco
Agro, Pedro Afonso.
131
Sra Sueli Miranda Moreira,secretaria do armazém da
Bunge, Pedro Afonso Sr. Ricardo khoury, presidente COAPA
Sr. Edmar Paiva, consultor agrícola de plantios de soja Sra. Maria Silvana, Agente de desenvolvimento
132
Área descanso fazenda brejinho – lote 2 PRODECER Sr. Edmar Paiva, consultor agrícola de plantios de soja
Seringueira fazenda brejinho – lote 2 Prodecer Sr. Jairo Mariano, prefeito da cidade de Pedro Afonso
133
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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http://www.abef.com.br . Acesso em: 20 nov. 2015.
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http://www.arcoovinos.com.br/ Acesso em: 16. Nov.2015.
EMBRAPA (2014) - Boletim De Pesquisa e Desenvolvimento - Diagnóstico da cadeia
produtiva da piscicultura no estado de Tocantins - Embrapa Pesca e Aquicultura
Palmas, TO.
EMBRAPA (2015) - Sistemas De Produção. Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária-Disponível em: https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/ . Acesso
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2015.
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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
2013.
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IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário. 2006.
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Produção Agrícola Disponível em
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Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins (SEAGRO). Palmas, Tocantins. 2014.
134
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Tocantins. Março 2012.
SEBRAE (2014). Mapeamento florestas plantadas do Estado do Tocantins –
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Tocantins. Palmas, Tocantins. Maio 2012.
SEPLAN (2012b). Mapeamento das Regiões Fitoecológicas e Inventário Florestal
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MAPA/ACS, 2015. Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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SEAGRO (29/06/2011) - Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do
Tocantins. Disponível em: http://conexaoto.com.br/2011/06/29/equipe-da-seagro-visita-
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SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Informações
de Mercado sobre Caprinos e Ovinos. Relatório Completo. Série Mercado.
Disponível em: <www.caprilvirtual.com.br/Artigos/mercado_cap_ov_sebrae.pdf>.
Acesso em: 15 nov. 2015.