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Diagnóstico inicial – 7º ano Texto 1: Mais um animal Chiico chegou da rua com um gatinho muito preto e muito magro debaixo do braço. Vai me dizer que já arrumou mais dor de cabeça pra mim – disse-lhe a mãe. Olha pra ele, mãe, tão bonitinho, tão magrinho. Ocê não tem dó dele? – Dó eu tenho, mas não quero saber de mais bichoem casa. Oquintal já tá parecendo zoológico. A senhora mesmo vive rezando pra São Francisco, o santo que acolhia os bichos… Não é por ser devota de São Francisco que vou transformar minha casa em zoológico. (…) Chegam muito os três que vivem embaraçando nas pernas da gente. Olha pra ele, mãe. Só ele, tenha piedade do coitado. Não deve ter dono, nem pai,nem mãe, nem irmãozinho. Não quero nem olhar. Já sei por que não quer: para não pegar amor por ele. Alisa só o pelinho dele, vê como o coitado tá maltratado. Se fosse um angorá, aposto que você ia querer. Se fosse um angorá, o dono não deixaria solto na rua. Chico saiu alisando o pêlo do gatinho, triste por ter que se livrar dele. Sentou no alpendre e conversou com o gatinho: – Você tem que compreender que a casa não é minha, se fosse… No fundo, ela tem razão. Tenho três cachorros, três gatos, um papagaio, meia dúzia de galinhas, uma já com uma ninhada de cinco pintinhos; um casal de patos, um porquinho da Índia, um coelhinho orelhudo… (…) Já vi que ocê não compreende, que quer mesmo ficar.

Diagnóstico inicial

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Diagnóstico inicial – 7º ano

Texto 1:         Mais um animal

 

Chiico chegou da rua com um gatinho muito preto e muito magro debaixo do braço.

– Vai me dizer que já arrumou mais dor de cabeça pra mim – disse-lhe a mãe.

– Olha pra ele, mãe, tão bonitinho, tão magrinho. Ocê não tem dó dele?

– Dó eu tenho, mas não quero saber de mais bichoem casa. Oquintal já tá

parecendo zoológico.

– A senhora mesmo vive rezando pra São Francisco, o santo que acolhia os bichos…

– Não é por ser devota de São Francisco que vou transformar minha casa em zoológico.

(…) Chegam muito os três que vivem embaraçando nas pernas da gente.

– Olha pra ele, mãe. Só ele, tenha piedade do coitado. Não deve ter dono, nem pai,nem mãe, nem irmãozinho.

– Não quero nem olhar.

– Já sei por que não quer: para não pegar amor por ele. Alisa só o pelinho dele, vê como o coitado tá maltratado. Se fosse um angorá, aposto que você ia querer.

– Se fosse um angorá, o dono não deixaria solto na rua.

Chico saiu alisando o pêlo do gatinho, triste por ter que se livrar dele. Sentou no alpendre e conversou com o gatinho:

– Você tem que compreender que a casa não é minha, se fosse… No fundo, ela tem razão. Tenho três cachorros, três gatos, um papagaio, meia dúzia de galinhas, uma já com uma ninhada de cinco pintinhos; um casal de patos, um porquinho da Índia, um coelhinho orelhudo… (…) Já vi que ocê não

compreende, que quer mesmo ficar.

Vamos lá dentro tentar de novo? Vamos?

– Mãe, você…

– Outra vez com esse gato?

– Eu só queria um pedaço de pão molhado no leite para dar pra ele.

A mãe deu um pedaço de pão e um pires com leite. Chico começou a matar a fome do novo amigo.

Pão comido, leite lambido, a mãe falou:

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– Agora que ele comeu, pode dar o fora. E trate de levar esse gato pra bem longe.

(José, Elias. Com asas na cabeça, adaptado.)01. Leia o trecho abaixo:

“Chico chegou da rua com um gatinho muito preto e muito magro debaixo do braço.

– Vai me dizer que já arrumou mais dor de cabeça pra mim – disse-lhe a mãe.”

Agora responda: Quem traz problemas para casa?

a) o narrador.

b) a mãe.

c) Chico.

d) o gatinho.

 

02. Leia novamente o trecho:

“– Vai me dizer que já arrumou mais dor de cabeça pra mim – disse-lhe a mãe.”

O trecho destacado no período acima significa:

a) mais uma boca para comer em casa.

b) mais sofrimento com o abandono de animais.

c) mais preocupação para a mãe de Chico.

d) mais um animal perigoso para cuidar em casa.

 

03. O travessão inicial que aparece no trecho “– Você tem que compreender que a casa não é minha, se fosse…” indica:

a) a fala do narrador.

b) a fala da mãe.

c) a fala do gato.

d) a fala do Chico.

 

04. Observe o diálogo:

“– (…) Se fosse um angorá, aposto que você ia querer.

– Se fosse um angorá, o dono não deixaria solto na rua.”

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Para a mãe de Chico, se o gato fosse angorá, seu dono não o deixaria solto porque seria um gato:

a) de raça.

b) perigoso.

c) doente.

d) muito querido.

 

05. Leia a frase:

“– Olhe para ele, mãe, tão bonitinho, tão magrinho. Ocê não tem dó dele?”

No período acima, as palavras ele e dele referem-se a (ao):

a) São Francisco.

b) gato.

c) Chico.

d) papagaio.

 

06. Existem palavras que, mudando de lugar na expressão, criam um novo sentido.

Observe a frase:

“(…) Chico começou a matar a fome do novo amigo.”

Mudando a posição do termo sublinhado (amigo novo), a expressão pode adquirir o sentido de um amigo:

a) conquistado recentemente.

b) com pouca idade.

c) que está para chegar.

d) com quem se tem pouco contato

          Texto 2 :    Um Comilão Irreverente

 

A história do beagle é muito antiga. (…) Ele é considerado um dos mais antigos cães que caçam pelo faro – diferentes daqueles que caçam pela visão. Ele provavelmente foi levado, pelos caçadores da Inglaterra para outros países da Europa e, mais tarde, para o resto do mundo. No Brasil, sua introdução é relativamente recente.

É um cão forte e pesado para o seu tamanho.

Sua altura não ultrapassa os40 centímetrose pode chegar a pesar

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aproximadamente 15 quilos. A raça foi desenvolvida para caça miúda, como coelhos e lebres. Quando bem treinado é capaz de correr o dia inteiro, embora não chegue a desenvolver grandes velocidades, alcançando, no máximo,50 quilômetrospor hora. As suas orelhas caídas são uma excelente proteção para os ouvidos contra espinhos e galhos pontudos. Rústico e dócil costuma ser carinhoso com seus donos. Precisa de bastante espaço para se movimentar e de exercícios constantes para se desenvolver.

De temperamento independente e brincalhão, não é agressivo e exige firmeza, coerência e paciência para ser educado. É sociável e prefere estar sempre acompanhado. Por isso, é uma excelente companhia para crianças, adulta ou mesmo outros animais. Resiste bem às doenças em geral e o único cuidado que se deve ter é com a obesidade, pois ele é muito guloso.

Come tanto que não sabe parar e pode até morrer de indigestão. Portanto, controle as refeições. O beagle é excelente companhia, e você nunca vai se sentir solitário com ele por perto.

(Revista Natureza. Ano 7, nº 81, p. 35-37, adaptado.)

 

 

Tq07. O texto que você acabou de ler, além de narrar a origem do cão da raça beagle e descrever suas características físicas, também:

a) fornece informações a respeito de como educá-lo.

b) informa sobre sua incapacidade de percorrer grandes distâncias.

c) esclarece que, apesar de guloso, tem um estômago sensível.

d) desaconselha seu convívio com crianças e idosos.

 

 

08. Leia o trecho:

“Por isso, é uma excelente companhia para crianças, adultos ou mesmo outros animais.”

A expressão sublinhada no trecho refere-se ao fato de o beagle ser

a) sociável e preferir estar sempre acompanhado.

b) um cão de pequeno porte.

c) um cão forte e pesado para o seu tamanho.

d) um cão de caça.

 

09. Com base na informação contida no título, “Um comilão irreverente”, e na leitura do texto, é possível afirmar que:

a) os cães da raça beagle não podem ser domesticados.

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b) o único cão de caça do mundo é da raça beagle.

c) o beagle é um cão de caça guloso.

d) o beagle, por ser forte e pesado, só pode ser criado em fazendas.

 

10. Leia:

“As suas orelhas caídas são uma excelente proteção para os ouvidos contra espinhos e galhos pontudos. Rústico e dócil, costuma ser carinhoso com seus donos. Precisa de bastante espaço para se movimentar e de exercícios constantes para se desenvolver.”  

De acordo com as informações do trecho acima, podemos afirmar que suas orelhas caídas:

a) servem para protegê-lo quando está correndo atrás da caça.

b) evidenciam o quanto ele é dócil e educado.

c) servem para ajudá-lo a desenvolver maior velocidade.

d) prejudicam sua audição durante a caçada.