94

Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil
Page 2: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

2

Ministério da Justiça

Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Brasília – DISTRITO FEDERAL 2014

Page 3: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

3

Ficha Técnica Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo Secretária Executiva Coordenadora Titular do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil Márcia Pelegrini Coordenador Suplente do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Registro de Identificação Civil Hélvio Pereira Peixoto Coordenador do Termo de Cooperação Universidade de Brasília e Ministério da Justiça Flávio Elias Gomes de Deus Coordenação Técnica e Metodológica Sara Laís Rahal Lenharo Cristiane Faiad de Moura Pedro Barros Equipe do Projeto RIC no Ministério da Justiça Alexandre Cardoso de Barros Andréa Benoliel de Lima Celso Pereira Salgado Delluiz Simões de Brito Domingos Soares dos Santos Duque Dantas Fernando Saliba Fernando Teodoro Filho Guilherme Braz Carneiro John Kennedy Ferrer Lima José Alberto Sousa Torres Joaquim Machado Marcelo Martins Villar Paulo Cesar Vieira dos Santos Raphael Fernandes de Magalhães Pimenta Rodrigo Borges Nogueira Rodrigo Gurgel Fernandes Távora Sara Lais Rahal Lenharo

Equipe Técnica de Colaboradores Adriana Nunes Pinheiro Alysson Fernandes de Chantal Amanda Almeida Paiva Andréia Campos Santana Andreia Guedes Oliveira Cristiane Faiad de Moura Daniela Carina Pena Pascual Danielle Ramos da Silva Debora Nobre de Castro Egmar Alves da Rocha Fábio Lúcio Lopes Mendonça Fábio Mesquita Buiati Gilvan Fortalesa Ribeiro Hugo Rodrigues João Luiz Xavier M. de Negreiros Jonathas Santos de Oliveira José Carneiro da Cunha O. Neto Julie Christine Tende Franco José Elenilson Cruz Kelly Santos de Oliveira Bezerra Luciano Pereira dos Anjos Luciene Pereira de C. Kaipper Luiz Claudio Ferreira Marcos Vinicius Vieira da Silva Marco Schaffer Maria do Socorro Rocha Narla Ismail Akel Silva Pedro Augusto Oliveira de Paula Renata Elisa Medeiros Jordão Roberto Mariano de Oliveira Soares Sergio Luiz Teixeira Camargo Soleni Guimarães Alves Stela Gomes faiad Valério Aymoré Martins Vitor Cardoso Borges Leal Wladmir Rodrigues da Fonseca Equipe Técnica de Papiloscopistas Deocleciano Augusto Vicente Alves Edson Paulo Lopes dos Santos Elizabete Sabino da Silva Márcio Barbosa Ribeiro Gilma Bomtempo de Lima Maria Madalena da Silva Reis Paola Rabello Vieira Pedro Barros Ridevaldo Brito Junior Rodrigo Meneses de Barros Ronie Ruas Tavares e Sousa Rosalvo Soares Barros

Page 4: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

4

SUMÁRIO

CARTA DE APRESENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO .............................................................................. 6

APRESENTAÇÃO DO TERMO DE COOPERAÇÃO UNB/MJ ............................................................... 7

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 8

OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 8

METODOLOGIA .............................................................................................................................. 8

DESENVOLVIMENTO .................................................................................................................... 11

PARTE 1 - ONDE É REALIZADA A IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL ............................................. 12

1.1 INSTITUIÇÃO A QUAL A UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL ESTÁ SUBORDINADA ............... 13

1.2 CARGO DO DIRIGENTE ........................................................................................................... 14

1.3 QUANTIDADE DE POSTOS E GUICHÊS DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL ......................... 15

1.4 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DAS EQUIPES DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL E CRIMINAL ............ 17

1.5 PROPRIEDADE SOBRE AS INSTALAÇÕES FÍSICAS DA UNIDADE CENTRAL DE IDENTIFICAÇÃO ..................................................................................................................................................... 18

1.6 QUANTIDADE DE ESPAÇOS FÍSICOS (SALAS) EXISTENTES NAS UNIDADES CENTRAIS DE IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................................................... 19

1.7 DEPENDÊNCIAS EXISTENTES NAS UNIDADES CENTRAIS DE IDENTIFICAÇÃO ........................ 21

1.8 LIMITAÇÕES DE ESPAÇOS FÍSICOS PARA ALOCAR EQUIPAMENTOS E PESSOAL DE IDENTIFICAÇÃO NA ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL .................................................................... 21

1.9 ACESSO À INTERNET .............................................................................................................. 23

1.10 ACESSO À INTERNET NOS DEMAIS POSTOS DE ATENDIMENTO DA UNIDADE DA FEDERAÇÃO ................................................................................................................................. 24

PARTE 2 - COMO É REALIZADA A IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL ............................................ 27

2.1 CONTROLE DE ACESSO EM SALAS E DEMAIS AMBIENTES DA IDENTIFICAÇÃO CIVIL ............ 28

2.2 UTILIZAÇÃO E FINALIDADE DO TERMINAL AFIS FORNECIDO PELA POLÍCIA FEDERAL .......... 30

2.3 UTILIZAÇÃO DE AFIS PRÓPRIO PARA IDENTIFICAÇÃO CIVIL .................................................. 31

2.4 FORNECEDOR E EMPRESA INTEGRADORA DO AFIS PARA IDENTIFICAÇÃO CIVIL .................. 32

2.5 CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO POR DIA E ARMAZENAMENTO DO AFIS ....................... 34

2.6 EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS DE BIOMETRIA DISPONÍVEIS NAS UNIDADES DE IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................................................... 35

2.7 TAMANHO DO ARQUIVO DATILOSCÓPICO (DECADACTILAR) FÍSICO E ELETRÔNICO ............ 37

2.8 RESOLUÇÃO DAS IMAGENS DAS IMPRESSÕES DIGITAIS ........................................................ 39

2.9 SITUAÇÃO DO ARQUIVO DATILOSCÓPICO CIVIL .................................................................... 41

2.10 CONDIÇÕES FÍSICAS DO ARQUIVO MANUAL REMANESCENTE PARA DIGITALIZAÇÃO ........ 44

2.11 PRÁTICA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO INSTITUCIONALIZADA ................................... 45

2.12 MÉTODO DE COLETA, CAPTURA E CONTROLE DE SEQUÊNCIA DAS IMPRESSÕES DIGITAIS 48

2.13 RESPONSÁVEL PELA COLETA DAS IMPRESSÕES DIGITAIS NAS UNIDADES DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL ............................................................................................................................................. 53

Page 5: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

5

2.14 COLETA DE FOTOGRAFIA NA UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO ................................................ 56

2.15 PADRÃO DE FOTOGRAFIA PARA EMISSÃO DA CARTEIRA DE IDENTIDADE .......................... 58

2.16 ARMAZENAMENTO ELETRÔNICO DA ASSINATURA ............................................................. 59

2.17 ABRANGÊNCIA DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO (POPs) OU SIMILAR INSTITUCIONALIZADOS NAS ATIVIDADES DA IDENTIFICAÇÃO CIVIL ........................................... 60

2.18 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP), OU SIMILAR, INSTITUCIONALIZADO, PARA COLETA DAS IMPRESSÕES DECADACTILARES PARA A IDENTIFICAÇÃO CIVIL .............................. 61

2.19 ORIENTAÇÃO INSTITUCIONALIZADA SOBRE A IDADE MÍNIMA, OU LIMITE INFERIOR DE IDADE, PARA COLETA BIOMÉTRICA DO PRIMEIRO REGISTRO CIVIL ............................................ 63

2.20 EMISSÃO DE CARTEIRA DE IDENTIDADE COM INDICAÇÃO DE VALIDADE ........................... 64

2.21 COLETA DE OUTRAS BIOMETRIAS PARA IDENTIFICAÇÃO CIVIL ........................................... 65

2.22 CAPACIDADE DE ATENDIMENTOS POR DIA DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO PARA REQUISIÇÃO DE DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL .......................................................... 65

2.23 CAPACIDADE DE EMISSÃO, POR DIA, DE DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL ............ 68

2.24 TEMPO MÉDIO (EM DIAS) DECORRIDO DESDE A REQUISIÇÃO À ENTREGA DO DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL PELA UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO ..................................................... 71

2.25 TEMPO MÉDIO (EM MINUTOS) DE ATENDIMENTO AO REQUERENTE ................................ 73

2.26 CENTRALIZAÇÃO DAS IMPRESÕES E EMISSÕES DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL NAS UNIDADES CENTRAIS DE IDENTIFICAÇÃO ................................................................... 75

2.27 INTEGRAÇÃO DA UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO COM OS CARTÓRIOS DA UF ..................... 76

PARTE 3 - QUEM FAZ A IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL ........................................................... 77

3.1 PROFISSIONAIS DA UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO E DA IDENTIFICAÇÃO CIVIL ..................... 77

3.2 TEMPO DE SERVIÇO DOS PAPILOSCOPISTAS ......................................................................... 79

3.3 ABRANGÊNCIA DE PROFISSIONAIS COM QUALIFICAÇÃO PARA USO AFIS (FEDERAL E PRÓPRIO) E RESPECTIVOS EQUIPAMENTOS ................................................................................ 81

PARTE 4 - PRODUTIVIDADE ......................................................................................................... 83

4.1 CARTEIRAS DE IDENTIDADE EXPEDIDAS EM 2012 E 2013 ..................................................... 84

PARTE 5 - CUSTO DA IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL ............................................................... 87

5.1 CUSTOS PARA EMISSÃO, CÉDULA E TAXA DE EMISSÃO DA CARTEIRA DE IDENTIDADE ........ 88

5.2 MAIORES DIFICULDADES PARA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................................................... 94

Page 6: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

6

CARTA DE APRESENTAÇÃO DO DIAGNÓSTICO O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Executiva, tem se dedicado ao desenvolvimento

do Programa de Registro de Identificação Civil (RIC). Esta tarefa demanda tanto o

conhecimento das peculiaridades existentes nas Unidades da Federação quanto o

reconhecimento da complexidade dos processos envolvidos na implementação de um

programa desse vulto. Desta forma, para o desenvolvimento do Programa RIC mostra-se

fundamental possuir conhecimento aprofundado sobre as etapas de trabalho da identificação

civil, captando suas particularidades, estruturas e metodologias de funcionamento.

Neste contexto, uma das ações da Secretaria Executiva que conduz tanto para o conhecimento

do processo de identificação civil, como para a identificação das adequações necessárias a

serem executadas para a implantação dos desafios impostos pelo Programa RIC foi o

Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil.

Trata-se de uma pesquisa exploratória que pretende entender a realidade dos Institutos de

Identificação, apresentando como resultado informações sobre sua estrutura, organização,

recursos, atividades, modos de funcionamento, entre outras informações, essencialmente no

que tange a identificação civil no Brasil.

A metodologia utilizada para a realização deste trabalho contou com a aplicação de

questionário específico para as unidades de identificação na capital e interior, seguida de

visitas técnicas in loco às unidades; atividades estas que contaram com a participação e

colaboração dos profissionais das unidades visitadas. Todas as 27 Unidades da Federação

foram visitadas e pesquisadas. Em seguida, os dados coletados foram estatisticamente

tratados e compilados na forma de tabelas, gráficos e mapas, dentre outros.

Os resultados, ora apresentados, retratam a situação do trabalho desenvolvido por todas as

Unidades do Brasil e, consequentemente, permitem avaliar as ações de implantação mais

adequadas à realidade de cada UF.

Temos o prazer de apresentar o Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil e aproveitamos

para agradecer a todas as contribuições fornecidas.

MÁRCIA PELEGRINI

Secretária Executiva do Ministério da Justiça

Coordenadora Titular do Comitê Gestor do Sistema Nacional de Registro de Identificação

Civil

Page 7: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

7

APRESENTAÇÃO DO TERMO DE COOPERAÇÃO UNB/MJ

O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Executiva (SE/MJ), é responsável

pelo desenvolvimento e implantação do Registro de Identidade Civil, instituído pela Lei

nº 9.454, de 7 de abril de 1997, regulamentado pelo Decreto nº 7.166, de 5 de maio de

2010.

Atualmente, a República Federativa do Brasil conta com sistema de identificação

de seus cidadãos amparado pela Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983. Essa lei

assegura validade nacional às carteiras, ou cédulas de Identidade; confere também

autonomia gerencial às Unidades Federativas no que concerne à expedição e controle

dos números de registros gerais emitidos para cada documento. Essa condição de

autonomia, ao contrário do que pode parecer, fragiliza o sistema de identificação, já

que dá condições ao cidadão de requerer legalmente até 27 (vinte e sete) cédulas de

identidades diferentes. Com essa facilidade legal, inúmeras possibilidades de

improbidades se apresentam de maneira silenciosa, pois, na maioria dos casos, os

Institutos de Identificação das Unidades Federativas não dispõem de protocolos e

aparato tecnológico para identificar as duplicações de registro vindas de outros

estados ou até mesmo do seu próprio arquivo datiloscópico. Consoante aos fatos, os

Institutos de Identificação não trabalham interativamente para que haja trocas de

informações de dados e geração de conhecimento para manuseio inteligente e seguro

que possibilite a individualização do cidadão.

Com foco na busca de soluções para tais problemas, o Projeto RIC prevê a

administração central dos dados biográficos e biométricos dos cidadãos no Cadastro

Nacional de Registro de Identificação Civil (CANRIC) e ABIS (do inglês Automated

Biometric Identification System), respectivamente. A previsão desse novo modelo

sustenta a não duplicação de registros e a consequente identificação unívoca dos

cidadãos brasileiros natos e naturalizados. O Projeto RIC, portanto, visa otimizar o

sistema de identificação e a individualização do cidadão brasileiro nato e naturalizado

com vistas a um perfeito funcionamento da gestão de dados da sociedade, os quais

agregam valor à cidadania, à gestão administrativa, à simplificação do acesso aos

serviços disponíveis ao cidadão e à segurança pública do país.

Nesse contexto, o termo de cooperação entre MJ/SE e FUB/CDT define um

projeto que objetiva identificar, mapear e desenvolver parte dos processos e da

infraestrutura tecnológica necessária para viabilizar a implantação do número único de

Registro de Identidade Civil – RIC no Brasil.

Page 8: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

8

INTRODUÇÃO

Resultante de um subconjunto das atividades previstas para inicialização da

cooperação MJ/SE e FUB/CDT, o presente documento contempla a apresentação dos

resultados da pesquisa de Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil.

OBJETIVOS E JUSTIFICATIVA

De forma a elaborar um novo desenho do Programa de Registro de Identificação

Civil (RIC), o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Executiva, realizou uma

pesquisa para chegar a um Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil. Tal pesquisa

teve como objetivo conhecer algumas das peculiaridades de cada Unidade da

Federação e, em consequência, a compreensão dos desafios implicados na

implementação de um projeto dessa grandeza. O Diagnóstico da Identificação Civil no

Brasil buscou aprofundar o conhecimento sobre os processos, as etapas de trabalho e

as metodologias envolvidas nos Institutos de Identificação. Tal proposta teve ainda

como objetivo identificar os desafios e ações necessárias a serem propostas no

Projeto RIC.

METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa exploratória por meio da aplicação de um questionário

e de visitas in loco, no período de 11 a 30 de novembro de 2013, em todas as

Unidades da Federação. O questionário aplicado foi elaborado a partir do instrumento

utilizado na pesquisa de Diagnóstico da Perícia Criminal no Brasil, realizada pela

SENASP, no ano de 2012. A elaboração do instrumento contou com a colaboração de

integrantes do Ministério da Justiça, pesquisadores da Universidade de Brasília e

Papiloscopistas da Polícia Civil do Distrito Federal.

O fluxograma a seguir apresenta as etapas de realização da pesquisa:

Page 9: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

9

Page 10: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

10

Page 11: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

11

DESENVOLVIMENTO

Para o presente Relatório Gerencial foram selecionadas 60 questões do

Questionário, organizadas de modo a retratar a Identificação civil no Brasil. As

questões foram divididas em 5 partes, conforme apresentado abaixo:

PARTE 1 – ONDE É REALIZADA A IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL

PARTE 2 – COMO É REALIZADA A IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL

PARTE 3 – QUEM FAZ A IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL

PARTE 4 – PRODUTIVIDADE

PARTE 5 – CUSTO DA IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL

Page 12: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

12

PARTE 1 - ONDE É REALIZADA A IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL

Page 13: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

13

1.1 INSTITUIÇÃO A QUAL A UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL ESTÁ SUBORDINADA

Entre os Órgãos de

Identificação pesquisados, 77,8%

declararam ser subordinados

diretamente à Polícia Técnico-Científica

(Departamento, Coordenação, etc).

(Tabela 01)

Tabela 01. Subordinação direta da

Unidade de Identificação Civil

INSTITUIÇÃO F %

Polícia Civil 5 18,5

Polícia Técnico-

Científica

(Departamento,

Coordenação, IGP,

etc)

21 77,8

DETRAN 1 3,7

Total 27 100

F = Número de Unidades Centrais de Identificação

Além da subordinação direta,

algumas unidades são vinculadas

indiretamente à Secretaria de

Segurança Pública ou à Polícia Civil,

conforme a organização no respectivo

estado.

No Rio de Janeiro, o órgão

central de identificação se subordina ao

DETRAN, enquanto em Roraima, Pará,

Minas Gerais, São Paulo e Parana

(18,5%) a subordinação direta é a

Polícia Civil, como pode ser observado

no Mapa 01.

Mapa 01. Subordinação direta das

Unidades de Identificação Civil por UF

Page 14: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

14

1.2 CARGO DO DIRIGENTE Os cargos de chefia nos órgãos de identificação são exercidos, na maioria dos

casos, por Papiloscopistas ou profissionais com nomenclatura similar (40,74%),

seguidos por Peritos Criminais (29,63%). Os demais cargos são exercidos por

Delegados (18,52%), cargos administrativos (Outros), como Administrador Público

(AL) e Diretor de Identificação (RJ) - 7,41%, - e 3,70% por Agente Penitenciário (RN).

Gráfico 01. Frequência de cargo dos dirigentes das Unidades de Identificação Civil das

Unidades da Federação e do Distrito Federal.

Mapa 02. Cargo do dirigente da Unidade de Identificação Civil por UF

Page 15: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

15

1.3 QUANTIDADE DE POSTOS E GUICHÊS DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL

Dentre postos próprios e conveniados,

fixos e móveis, existem pelo menos 5.244 postos

de identificação no Brasil (Piauí e São Paulo não

souberam informar o quantitativo de postos

móveis). Desses, 99% são postos fixos, sendo

que, entre eles, 51% estão em instituições

conveniadas às Unidades de Identificação.

Considerando estimativas do tamanho da

população (IBGE-2013), há, em média, 2,6

postos de atendimento para cada 100.000

habitantes. Destacam-se, com um total, pelo

menos, um desvio padrão abaixo da média em

Minas Gerais, Pernambuco, Ceará e Mato

Grosso do Sul. Estão acima da média: Amapá,

Pará, Distrito Federal e Piauí.

Com relação aos guichês de atendimento

(pontos de atendimento em cada posto), em

média, há 3,7 para cada 100.000 habitantes.

Contudo, Amazonas, Piauí, Roraima e São

Paulo, não souberam ou não responderam à

quantidade de guichês em seus estados. Distrito

Federal, Ceará e Minas gerais, estão abaixo da

média nacional na relação guichês de

atendimento para cada 100.000 habitantes.

Santa Catarina e Goiás declararam um

quantitativo que está, pelo menos, um desvio

padrão acima da média nacional.

Quinze Unidades da Federação (55,5%) –

AM, BA, CE, DF, MA, MT, MS, PB, PE, RS, RO,

RR, SC, SP, SE - possuem postos móveis de

atendimento. Destacam-se com um maior

número os estados do Maranhão (10), Ceará (6)

e Amazonas (5).

Page 16: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

16

Tabela 02 – Número de postos e guichês de atendimento, fixos, conveniados e móveis por UF

* Os Guichês Móveis na cidade de SP são disponibilizados conforme a demanda dos locais a serem atendidos.

UF Postos Fixos Guichês Fixos Postos Móveis Guichês Móveis

PRÓP. CONV. TOTAL PRÓP. CONV. TOTAL PRÓP. CONV. TOTAL PRÓP. CONV. TOTAL

AC 16 5 21 16 19 35 0 0 0 0 0 0

AL 15 6 21 22 6 28 0 0 0 0 0 0

AP 3 12 15 3 36 39 0 0 0 0 0 0

AM 102 6 108 N/S N/S N/S 5 0 5 N/S N/A N/S

BA 27 372 399 55 954 1.009 0 3 3 0 12 12

CE 25 157 182 51 157 208 0 6 6 0 N/R N/R

DF 10 6 16 30 43 73 2 0 2 5 0 5

ES 72 1 73 110 17 127 0 0 0 0 0 0

GO 6 75 81 80 86 166 0 0 0 0 0 0

MA 17 209 226 44 209 253 10 0 10 20 0 20

MT 24 130 154 6 10 16 4 0 4 1 0 1

MS 84 0 84 118 0 118 4 0 4 4 0 4

MG 217 507 724 231 592 823 0 0 0 0 0 0

PA 29 242 271 30 159 189 0 0 0 0 0 0

PB 2 181 183 5 196 201 1 0 1 3 0 3

PR 463 6 469 517 5 522 0 0 0 0 0 0

PE 223 8 231 225 65 290 1 0 1 0 0 0

PI 6 230 236 N/R N/R N/A N/R N/R N/A N/R N/R N/A

RJ 95 43 138 291 209 500 0 0 0 0 0 0

RN 1 15 16 5 30 35 0 0 0 0 0 0

RS 55 430 485 152 431 583 1 0 1 12 0 12

RO 34 N/A 34 76 N/A 76 1 N/A 1 4 N/A 4

RR 6 0 6 N/S N/A N/A 1 0 1 N/ S 0 N/S

SC 296 2 298 277 1 278 1 0 1 3 0 3

SP 649 34 683 N/S N/S N/S 1 N/R 1 N/S N/S N/S

SE 19 3 22 168 13 181 1 1 2 4 4 8

TO 25 0 25 54 0 54 0 0 0 0 0 0

TOTAL 2521 2680 5201 2566 3238 5 804 3307 10 43 56 16 72

LEGENDA:

N/A - Não se aplica

N/S - Não sabe

N/R - Não Respondeu

Page 17: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

17

1.4 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DAS EQUIPES DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL E CRIMINAL

Na maioria das Unidades da Federação (51,9%), a identificação civil e a

criminal fazem parte da mesma estrutura administrativa. Em 48,1% das Unidades da

Federação a identificação civil é separada administrativamente da criminal, ou seja, a

identificação civil apresenta equipe própria, definida em um organograma e

classificada como um Setor, Departamento, Coordenação ou similar.

Mapa 03. Estrutura administrativa das equipes de identificação civil e criminal por UF.

Page 18: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

18

1.5 PROPRIEDADE SOBRE AS INSTALAÇÕES FÍSICAS DA UNIDADE CENTRAL DE IDENTIFICAÇÃO

A maioria (77,8%) das Unidades Centrais de Identificação (UCI) possui

instalações próprias (Tabela 03). Das demais, Goiás opera sua UCI com instalações

cedidas; Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe, com instalações

alugadas; Santa Catarina possui prédio próprio construído em terreno alugado. O

Ceará, embora disponha de instalações próprias, na época da pesquisa declarou estar

provisoriamente em prédio cedido, conforme pode ser visualizado no Mapa 04.

Tabela 03. Tipo de instalações das Unidades de Identificação

Mapa 04. Tipo de instalações das Unidades de Identificação por UF

Tipo de Instalação %

Próprias 77,8

Cedidas 3,7

Alugadas 14,8

Outra situação 3,7

Page 19: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

19

1.6 QUANTIDADE DE ESPAÇOS FÍSICOS (SALAS) EXISTENTES NAS UNIDADES CENTRAIS DE

IDENTIFICAÇÃO

A maioria das Unidades

Centrais de Identificação possui, em

média, 19 salas para suas Uis (Tabela

04). Estas se destacam das demais por

terem uma quantidade de salas em um

desvio padrão acima da média, como

nos estados do Paraná (35),

Pernambuco (34), Piauí (30), Bahia

(28) e Paraíba (23). Abaixo da média

estão Maranhão e Rondônia.

Das Unidades de Identificação

Civil, Piauí (29), Bahia (25) e Rio de

Janeiro (24) destacam-se por possuir

um quantitativo de salas em um desvio

padrão acima da média. Espírito Santo

(5), Mato Grosso do Sul (4), Tocantins

(4), Roraima (3), Amapá (3) e Distrito

Federal (2) estão abaixo da média

nacional (Gráfico 02).

Tabela 04. Quantidade de espaços físicos (salas) existentes nas Unidades de Identificação

e nas Unidades de Identificação Civil

ITEM Média DP Mínimo Máximo TOTAL

Total de salas da UI 19 7,21 11 35 426

Total de salas da

Identificação Civil 12 7 2 29 301

Page 20: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

20

Gráfico 02. Quantidade de espaços físicos (salas) existentes nas Unidades de Identificação e nas Unidades de Identificação Civil por UF

Page 21: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

21

1.7 DEPENDÊNCIAS EXISTENTES NAS UNIDADES CENTRAIS DE IDENTIFICAÇÃO

As dependências mais comuns nos órgãos de identificação, presente em mais

de 80% das UFs, são: Sala de Diretoria, Sala de Recepção Geral, Sala de Prontuários

Civis, Sala de Recepção da Diretoria, Sala de AFIS, Sala de Material Administrativo/

Almoxarifado, Sala de Arquivo de Prontuários Criminais, Sala de Digitação e Sala de

Confecção de Laudos, Informações e Pareceres. Cabe observar que, embora 88,9%

das unidades tenham declarado dispor de uma sala para o AFIS, não foi especificado

se esta era destinada ao AFIS da identificação civil ou ao terminal AFIS fornecido pela

Polícia Federal para identificação criminal.

As dependências menos identificadas, presentes em no máximo 20% das UFs

foram: Sala de Curso para Ensino a Distância, Sala de Guarda/Custódia de

Evidências, Sala Cofre, Laboratório de Prosopografia e Sala de Treinamento.

Nenhuma das Unidades de Identificação declarou possuir bibliotecas em suas

dependências.

Gráfico 03. Frequência de dependências existentes nas Unidades de Identificação

Page 22: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

22

1.8 LIMITAÇÕES DE ESPAÇOS FÍSICOS PARA ALOCAR EQUIPAMENTOS E PESSOAL DE IDENTIFICAÇÃO NA

ÁREA DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL

Aproximadamente 66,7% das Unidades de Identificação afirmaram possuir

limitações de espaço para alocar equipamentos e 48,1% para a alocação de pessoal.

Nas Unidades de Identificação Civil (UICs), 48,1% indicaram problema de espaço

físico para a alocação de equipamentos e 40,7% para pessoas.

Do total das Unidades da Federação, 25,9% (Acre, Amazonas, Ceará, Espírito

Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Tocantins) declararam não

possuir nenhuma limitação de espaço, seja nas UIs, seja nas UICs, tanto para

equipamentos quanto pessoas.

Gráfico 04 - Limitação de espaços físicos para alocar equipamentos e pessoal de

identificação na área de identificação civil

Ala

goas

Am

apá

Mar

anh

ão

Par

aíb

a

Pe

rnam

bu

co

Pia

Rio

Gra

nd

e d

o N

ort

e

Ro

nd

ôn

ia

Ro

raim

a

São

Pau

lo

Dis

trit

o F

ed

era

l

Mat

o G

ross

o

Par

á

Par

aná

San

ta C

atar

ina

Serg

ipe

Bah

ia

Go

iás

Mat

o G

ross

o d

o S

ul

Acr

e

Am

azo

nas

Ce

ará

Esp

írit

o S

anto

Min

as G

era

is

Rio

de

Jan

eir

o

Rio

Gra

nd

e d

o S

ul

Toca

nti

ns

Unidade de Identificação - Limitação para alocar equipamentos

Unidade de Identificação - Limitação para alocar pessoal

Unidade de Identificação Civil - Limitação para alocar equipamentos

Unidade de Identificação Civil - Limitação para alocar pessoal

Declarou não ter limitação

Page 23: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

23

1.9 ACESSO À INTERNET

Todas as Unidades de Identificação Civil declararam possuir acesso à internet.

Há 66,7% com banda larga sem wi fi, e 25,9% com wi fi. Paraíba e Amapá

responderam “outra situação” (7,4%) por ter acesso via rede fibrada (link dedicado), o

que caracteriza uma banda larga, mas não especificaram se dispõem de wi fi.

Gráfico 05. Frequência dos tipos de acesso à internet nas Unidades de Identificação

Civil

Page 24: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

24

1.10 ACESSO À INTERNET NOS DEMAIS POSTOS DE ATENDIMENTO DA UNIDADE DA FEDERAÇÃO

Das 27 Unidades da Federação, 20 (74,1%) possuem acesso à internet na

maioria dos locais do estado (7 com acesso entre 67% a 99% e 13 com acesso em

todo o estado) (Gráfico 06). O Mapa 05 demonstra que Bahia, Espírito Santo e Minas

Gerais dispõem de acesso entre 34% a 66% dos locais. Em Roraima o acesso à

internet ocorre em menos de 33% da UF. O Rio de Janeiro declarou que há o acesso

a internet, embora o mesmo seja restrito a sites governamentais e apenas aos

servidores. A Unidade de Pernambuco não soube informar a abrangência do acesso à

internet nos demais postos de atendimento e identificação civil dos respectivos

estados. Na Paraíba há acesso somente nas unidades da gerência de identificação

em fase de teste.

Gráfico 06: Índice de abrangência do acesso à internet no estado

*Outra situação: Acesso à internet somente em unidades próprias. Não há acesso em

unidades conveniadas (MA). Acesso somente nas unidades da gerência de

identificação em fase de teste (PB).

Page 25: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

25

Mapa 05. Acesso à internet nos demais postos de atendimento do estado por UF

Page 26: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

26

1.11 ABRANGÊNCIA NA UF DO SERVIÇO DE IDENTIFICAÇÃO

Em pouco mais da metade das Unidades da Federação (51,9%), o serviço de

identificação abrange a maior parte do estado (faixa de 67% a 99% dos municípios)

(Gráfico 07). Amazonas, Distrito Federal, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo

declararam que o serviço abrange todos os municípios. Os estados com maior

restrição de abrangência

(22,2%) do serviço de

identificação civil (faixa de

1% a 33% dos municípios)

são Alagoas, Ceará, Goiás,

Rio Grande do Norte,

Roraima e Sergipe (Mapa

06).

Mapa 06. Abrangência do

serviço de identificação civil

na UF

Gráfico 07. Abrangência do serviço de identificação na UF

Page 27: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

27

PARTE 2 - COMO É REALIZADA A IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL

Page 28: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

28

2.1 CONTROLE DE ACESSO EM SALAS E DEMAIS AMBIENTES DA IDENTIFICAÇÃO CIVIL

No que diz respeito ao controle de acesso às salas e demais ambientes da

Unidade de Identificação Civil, 51,9% das unidades declararam ter acesso restrito em

parte das salas, conforme pode ser visualizado no Gráfico 08.

Gráfico 08: Controle de acesso a ambientes da identificação civil

As Unidades de Identificação dos estados de Mato Grosso do Sul, Rio de

Janeiro e São Paulo (11,1%) apresentam controle de acesso em todas as salas e

ambientes da UIC. Por outro lado, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande

do Norte, Rondônia, Roraima e Tocantins declararam não haver restrições de acesso

dentro da respectiva Unidade de Identificação. Os estados que declaram estar em

outra situação (AM e BA) especificaram que o controle de acesso ocorre na recepção,

caso do Amazonas. Na Bahia, não há controle de acesso, embora haja equipamentos

disponíveis para instalação ao final da reforma da unidade (Mapa 07).

Page 29: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

29

Mapa 07. Controle de acesso nas Unidades de Identificação Civil por UF.

Page 30: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

30

2.2 UTILIZAÇÃO E FINALIDADE DO TERMINAL AFIS FORNECIDO PELA POLÍCIA FEDERAL

De todas as Unidades de

Identificação da Federação, 88,9%

utilizam o terminal do Sistema

Automatizado de Impressões Digitais

(AFIS) fornecido pela Polícia Federal.

Dentre essas, apenas o estado de

Rondônia utiliza o AFIS da Polícia

Federal para registro civil e criminal. As

demais UFs que dispõem do sistema

(85,1%) o fazem apenas para registro

criminal.

Mapa 08. Utilização do AFIS da Polícia Federal para a Unidade de Identificação

Page 31: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

31

2.3 UTILIZAÇÃO DE AFIS PRÓPRIO PARA IDENTIFICAÇÃO CIVIL

O Mapa 09 apresenta os

estados que utilizam o AFIS por

contratação própria. Das 27 Unidades

da Federação, 12 utilizam o AFIS por

contratação própria na identificação

civil (44,4%). No período de realização

deste diagnóstico, os Estados de São

Paulo e Ceará estavam em fase de

implantação do Sistema Automatizado

de Impressões Digitais nas respectivas

unidades, e por esse motivo não foram

especificados neste diagnóstico.

Mapa 09. Unidades da Federação que utilizam AFIS por contratação própria

Page 32: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

32

2.4 FORNECEDOR E EMPRESA

INTEGRADORA DO AFIS PARA IDENTIFICAÇÃO

CIVIL

Dos 12 estados que possuem

AFIS próprio, Acre, Amazonas, Roraima,

Alagoas e Rio de Janeiro têm como

fornecedor a DERMALOG (MONTREAL).

Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rio

Grande do Sul utilizam a NEC como

fornecedor. Com exceção da Bahia, na

qual a SAGEM/MORPHO atua como

fornecedor para a UIC, os demais estados

que possuem AFIS próprio (Maranhão,

Paraná, Santa Catarina) têm a ANTHEUS

como fornecedor, o que pode ser

observado no Mapa 10.

Mapa 10. Empresa FORNECEDORA do AFIS por UF

O Mapa 11 apresenta a empresa

INTEGRADORA do AFIS nas respectivas

Unidades de Identificação Civil dos

estados. Dos estados que utilizam AFIS

próprio, a MONTREAL aparece como a

empresa com maior frequência (41,6%),

seguida pela VALID (25%) e pela

categoria OUTRA (25%), constituída por 3

empresas de economia mista dos

Page 33: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

33

respectivos estados: Paraná, Rio Grande

do Sul e Santa Catarina.

Mapa 11. Empresas INTEGRADORA do AFIS por UF

Page 34: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

34

2.5 CAPACIDADE

DE

PROCESSAMENTO POR DIA E

ARMAZENAMENTO DO AFIS

(Para os estados que dispõem de AFIS por contratação própria)

A Tabela 05 apresenta a

capacidade de processamento e de

armazenamento do AFIS por UF. Juntos,

esses 12 estados são capazes de

processar mais de 28.000 registros por

dia. A capacidade de processamento do

AFIS variou de 80 a 10.000 registros,

sendo Amazonas a UIC com menor

capacidade de processamento e o Rio de

Janeiro com a maior.

A capacidade de armazenamento

do AFIS (em milhões de registro) é

liderada pela Unidade de Identificação

Civil do Rio de Janeiro (10,5 milhões de

registros). A soma das capacidades de

armazenamento das 12 Unidades chega

próxima aos 50 milhões de registros.

Acre, Paraná e Santa Catarina

declararam que tanto a capacidade de

processamento quanto de

armazenamento são “moduláveis” pela

empresa integradora, conforme a

demanda da unidade.

Tabela 05. Capacidade de processamento por dia e Armazenamento do AFIS por UF

UF Registros / dia Nº total de registros

AC ** **

AL 2.000 1.235.000

AM 80 50.000

BA 4.000 10.000.000

DF 2.500 4.500.000

MA 3.000 3.300.000

MS 823 2.400.000

PR ** 10.000.000

RJ 10.000 10.500.000

RS 3.500 7.300.000

RR 360 600.000

SC 2.000 ** **Não há limite estabelecido (dados são moduláveis conforme a necessidade)

Page 35: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

35

2.6 EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS DE

BIOMETRIA DISPONÍVEIS NAS UNIDADES DE

IDENTIFICAÇÃO

Entre os principais equipamentos

para coleta biométrica eletrônica, estão os

scanners. A pesquisa identificou em todo

o Brasil 1.122 scanners para a coleta de

impressões digitais, sendo 85,5% de um

dedo (presente em 14 Unidades da

Federação), 8,5% de dois dedos (três

Unidades da Federação) e 6% de

scanners de quatro dedos (em 4 UFs).

Em 33,3% das Unidades da Federação

não há equipamentos eletrônicos para

captura de impressão digital. A maioria

das Unidades da Federação declarou

possuir o pad de assinatura, ainda que

em números bem discrepantes (variando

de 1, no Amazonas e Rio Grande do

Norte, até mais de 200, no Rio de Janeiro

e na Bahia). O Mapa 12 apresenta os

estados que dispõem de scanner e pad

de assinatura para coleta e

armazenamento da biometria.

Mapa 12. Utilização de scanners e pad de

assinatura por UF

Considerando a quantidade de

scanners de 1, 2 e 4 dedos e a população

estimada (IBGE 2013), observa-se que

Rondônia apresenta 4,05 Live Scanners

para cada 100.000 habitantes enquanto o

Rio de Janeiro possui 1,22 para a mesma

quantidade de habitantes. Apenas 33,33%

das Unidades da Federação possuem

mais de 1 scanner para cada 100.000

habitantes (Rondônia, Distrito Federal,

Mato Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande

do Sul, Rio de Janeiro, Acre, Paraíba,

Page 36: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

36

Alagoas e Roraima). Os demais possuem

menos de uma unidade para cada

100.000, sendo que Amapá, Goiás, Mato

Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, São

Paulo, Sergipe e Tocantins declararam

não possuir o equipamento.

Um padrão bem semelhante

ocorre com o pad de assinatura. Apenas

nove UFs (33,3%) apresentam mais do

que 1 desses equipamentos para cada

100.000 habitantes (Distrito Federal, Mato

Grosso do Sul, Bahia, Rio Grande do Sul,

Rio de Janeiro, Acre, Paraíba, Alagoas e

Roraima). Entre 0 e 1 há 25,9% (Paraná,

Ceará,

Santa

Catarina,

Espírito

Santo,

Maranhão

, Rio

Grande

do Norte

e

Amazona

s. As

demais

40,7%

das

Unidades

da

Federaçã

o

relataram

não

possuir nenhuma unidade do

equipamento. Nenhuma das Unidades da

Federação relatou possuir equipamento

para leitura de íris.

Tabela 06. Equipamentos de biometria disponíveis nas UIC por UF

UF scanner

de 1 dedo

scanner de 2

dedos

scanner de 4

dedos

pad de assinatura

AFIS PRÓPRIO

POPULAÇÃO EM 2013

AC 9 0 0 9 SIM 776.463

AL 0 0 36 36 SIM 3.300.935

AP 0 0 0 0 734.996

AM 1 0 0 1 SIM 3.807.921

BA 240 0 2 240 SIM 15.044.137

CE 47 0 0 47 8.778.576

DF 19 49 29 78 SIM 2.789.761

ES 17 0 0 17 3.839.366

GO 0 0 0 0 6.434.048

MA 17 0 0 17 SIM 6.794.301

MT 0 0 0 0 3.182.113

MS 48 0 0 48 SIM 2.587.269

MG 0 0 0 0 20.593.356

PA 0 0 0 0 7.969.654

PB 0 44 0 44 3.914.421

PR 86 0 0 85 SIM 10.997.465

PE 1 0 1 0 9.208.550

PI 0 0 0 0 3.184.166

RJ 199 0 0 234 SIM 16.369.179

RN 0 2 0 1 3.373.959

RS 173 0 0 173 SIM 11.164.043

RO 70 0 0 0 1.728.214

RR 5 0 0 5 SIM 488.072

SC 27 0 0 30 SIM 6.634.254

SP 0 0 0 0 43.663.669

SE 0 0 0 0 2.195.662

TO 0 0 0 0 1.478.164

TOTAL 959 95 68 1.065 201.032.714

Page 37: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

37

2.7 TAMANHO DO ARQUIVO

DATILOSCÓPICO (DECADACTILAR) FÍSICO

E ELETRÔNICO De acordo com os dados

fornecidos pelos órgãos de identificação,

o arquivo datiloscópico decadactilar, em

papel, conta com mais de 261.729.780 de

registros1 (Tabela 07), sendo que a maior

parte (93,5%) é constituída por registros

civis. Os maiores arquivos físicos estão

nas Unidades de Identificação de Minas

Gerais (60.000.000), São Paulo

(58.000.000), Paraná (20.000.000) e

Bahia (13.000.000) que juntos

representam aproximadamente 60% do

total dos registros manuais.

O arquivo eletrônico reúne

aproximadamente 124.790.327 de

registros entre registros civis (52,1%) e

criminais (47,1%). Destaca-se o tamanho

dos arquivos de São Paulo (61.950.000),

Bahia (16.502.878) e do Rio de Janeiro

(10.500.000) como os maiores arquivos

digitais.

1 O total desse número, 30% maior do que a

população nacional prevista para 2013, é composto,

também, pelo registro de pessoas já falecidas, além

da possibilidade de um indivíduo solicitar um

registro em cada uma das Unidades da Federação, o

que tem o potencial de gerar duplicatas.

Acrescenta-se, também, que pode haver pessoas

que não solicitaram seus registros civis.

Tabela 07. Número de registros, civis e criminais, existentes nos arquivos físico e eletrônico por UF

UF

Nº DE REGISTROS

(APROXIMADO) DO ARQUIVO

CIVIL EM PAPEL

Nº DE REGISTROS

(APROXIMADO) DO ARQUIVO CRIMINAL EM

PAPEL

TOTAL DE REGISTROS DO

ARQUIVO DATILOSCÓPICO

(EM PAPEL)

Nº DE REGISTROS

(APROXIMADO) DO ARQUIVO

CIVIL ELETRÔNICO

Nº DE REGISTROS

(APROXIMADO) DO ARQUIVO

CRIMINAL ELETRÔNICO

TOTAL DE REGISTROS

DO ARQUIVO ELETRÔNICO

POPULAÇÃO ESTIMADA

2013

AC 650.000 50.000 700.000 520.000 50.000 570.000 776.463

AL 2.500.000 60.000 2.560.000 1.925.000 125.000 2.050.000 3.300.935

AP 675.000 52.000 727.000 0 49.000 49.000 734.996

AM 3.100.000 12.000 3.112.000 0 12.000 12.000 3.807.921

BA 13.000.000 30.000 13.030.000 16.500.000 2.878 16.502.878 15.044.137

CE N/S N/S N/S 6.500.000 60.000 6.560.000 8.778.576

DF 3.800.000 140.000 3.940.000 3.800.000 140.000 3.940.000 2.789.761

ES 2.300.000 20.000 2.320.000 3.800.000 36.000 3.836.000 3.839.366

GO 6.500.000 400.000 6.900.000 100.000 0 100.000 6.434.048

MA 6.000.000 20.000 6.020.000 3.000.000 20.000 3.020.000 6.794.301

MT 2.800.000 170.000 2.970.000 0 N/A N/A 3.182.113

MS 2.180.000 75.000 2.255.000 1.900.000 20.000 1.920.000 2.587.269

MG 60.000.000 4.000.000 64.000.000 0 0 0 20.593.356

PA 12.000.000 300.000 12.300.000 0 0 0 7.969.654

PB 4.209.089 78.691 4.287.780 14.449 0 14.449 3.914.421

PR 20.000.000 N/S 20.000.000 4.000.000 0 4.000.000 10.997.465

PE 7.500.000 40.000 7.540.000 0 0 0 9.208.550

PI 5.000.000 N/S 5.000.000 0 0 0 3.184.166

RJ 17.000.000 N/A 17.000.000 10.500.000 N/A 10.500.000 16.369.179

RN 3.500.000 130.000 3.630.000 0 0 0 3.373.959

RS N/S N/S 5.000.000 N/S N/S 5.800.000 11.164.043

RO 1.600.000 171.000 1.771.000 960.000 40.000 1.000.000 1.728.214

RR 273.000 11.000 284.000 244.000 3.000 247.000 488.072

SC 7.000.000 N/S 7.000.000 2.500.000 0 2.500.000 6.634.254

Page 38: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

38

SP 58.000.000 6.000.000 64.000.000 5.700.000 56.250.000 61.950.000 43.663.669

SE 4.000.000 60.000 4.060.000 0 0 0 2.195.662

TO 1.300.000 23.000 1.323.000 19.000 200.000 219.000 1.478.164

TOTAL 244.887.089 11.842.691 261.729.780 61.982.449 57.007.878 124.790.327 201.032.714

LEGENDA:

N/A - Não se Aplica

N/S – Não sabe

Page 39: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

39

2.8 RESOLUÇÃO DAS IMAGENS DAS

IMPRESSÕES DIGITAIS De acordo com a pesquisa

realizada, aproximadamente 60% dos

órgãos de identificação realizam

digitalizações com resolução superior a

400 DPI. Apenas São Paulo dispõe de

imagens com resolução de 300DPI. A

maior é a de 600 DPI, utilizada por

Alagoas, Bahia, Roraima e Santa

Catarina. O Mapa 13 apresenta as

resoluções das imagens da impressão

digital, em cada estado. Cabe destacar

que a resolução informada pode ser

aplicada à identificação criminal e não só

à civil, e que embora alguns estados não

tenham declarado o tipo de scanner de

captura de impressão digital, isto não

implica que o mesmo não possa escanear

e digitalizar seu arquivo em físico.

Mapa 13. Resolução das imagens da impressão digital por UF

Page 40: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

40

Gráfico 09. Resolução das imagens das impressões digitais nas UF’s.

Page 41: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

41

2.9 SITUAÇÃO DO ARQUIVO DATILOSCÓPICO CIVIL

A Tabela 08 apresenta o percentual de digitalização do arquivo datiloscópico civil

das Unidades de Identificação. Entre os que digitalizaram, nove (Alagoas, Bahia, Espírito

Santo, Goiás, Maranhão, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima) possuem de 34% a

66% digitalizado, três (Acre, Ceará e Rio Grande do Sul) digitalizaram de 67% a 99% do

arquivo datiloscópico e dois estados (7,4%) possuem todo seu arquivo digitalizado (Distrito

Federal e Mato Grosso do Sul).

Percentual digitalizado dos arquivos datiloscópicos das Unidade de Identificação do Brasil

Percentual digitalizado do arquivo datiloscópico civil

F %

100% digitalizado 2 7,4

De 67% a 99% digitalizado 3 11,1

De 34% a 66% digitalizado 9 33,4

De 1% a 33% digitalizado 3 11,1

Não digitalizado* 10 37,0

Total 27 100

*A Unidade de São Paulo possui 97% do seu arquivo datiloscópico civil digitalizado em 300 DPI. Dado a necessidade de maior resolução dos registros o arquivo foi considerado não digitalizado.

Embora não disponha de arquivo datiloscópico digitalizado, o Amapá declarou que

os dados biográficos estão 100% digitalizados. A Paraíba destacou que está com o

cadastro biométrico decadactilar em teste. Mesmo dispondo de 97% do seu arquivo

datiloscópico civil digitalizado, São Paulo não foi computado na Tabela devido à resolução

utilizada (300 DPI), o que inviabiliza a utilização do arquivo digitalizado.

Observa-se que, das Unidades da Federação mais povoadas, as duas primeiras

(São Paulo e Minas Gerais) correspondem a quase 40% da população nacional, não

apresentam o arquivo datiloscópico civil digitalizado. As unidades de identificação que

dispõem de arquivo totalmente digitalizado (Distrito Federal e Mato Grosso do Sul)

correspondem a menos de 3% da população nacional (Tabela 9). Considerando apenas a

soma das populações das Unidades da Federação que não possuem arquivo datiloscópico

digitalizado, estima-se que os dados datiloscópicos de mais de 48% da população brasileira

não tenham sido digitalizados.

Page 42: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

42

Tabela 9. Percentual de digitalização do arquivo datiloscópico civil por UF

UF 100%

digitalizado 67 a 99%

digitalizado 34 a 66%

digitalizado 1 a 33%

digitalizado Não se aplica

População estimada em 2013

AC X 776.463

AL X 3.300.935

AP X 734.996

AM X 3.807.921

BA X 15.044.137

CE X 8.778.576

DF X 2.789.761

ES X 3.839.366

GO X 6.434.048

MA X 6.794.301

MT X 3.182.113

MS X 2.587.269

MG X 20.593.356

PA X 7.969.654

PB X 3.914.421

PR X 10.997.465

PE X 9.208.550

PI X 3.184.166

RJ X 16.369.179

RN X 3.373.959

RS X 11.164.043

RO X 1.728.214

RR X 488.072

SC X 6.634.254

SP X 43.663.669

SE X 2.195.662

TO X 1.478.164

No que diz respeito à situação do arquivo físico (Tabela 10), a pesquisa identificou

que os arquivos se encontram majoritariamente organizados por nome ou número (59,3%),

embora, destes, 26% sejam organizados por fórmula e por nome ou número. Foram

encontrados arquivos organizados apenas por fórmula datiloscópica (11,11%) e

organizados parcialmente (11,11%).

Entre os estados que marcaram outra situação (Tabela 11) estão Santa Catarina e

Sergipe, que declararam organizar o arquivo por fotograma e por data, respectivamente. A

Page 43: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

43

Unidade de Identificação do Piauí destacou que utiliza o arquivo de prontuário no lugar do

arquivo datiloscópico.

Tabela 11. Forma de organização do arquivo datiloscópico civil por UF

UF Organizado por fórmula

Organizado por nome ou número

Organizado por fórmula e por

nome ou número

Organizado parcialmente

Outra situação

Não respondeu

AC X

AL X

AP X

AM X

BA X

CE X

DF X

ES X

GO X

MA X

MT X

MS X

MG X

PA X

PB X

PR X

PE X

PI X

RJ X

RN X

RS X

RO X

RR X

SC X

Tabela 10. Forma de organização do arquivo datiloscópico civil manual das UFs

ORGANIZAÇÃO DO ARQUIVO DATILOSCÓPICO CIVIL F %

Organizado por fórmula datiloscópica 3 11,11

Organizado por nome ou número 9 33,33

Organizado por fórmula e por nome ou número 7 26,00

Organizado parcialmente 3 11,11

Outra situação 1 3,70

Não respondeu 4 14,81

TOTAL 27 100

Page 44: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

44

SP X

SE X X

TO X

2.10 CONDIÇÕES FÍSICAS DO ARQUIVO MANUAL REMANESCENTE PARA DIGITALIZAÇÃO

O Mapa 14 evidencia que, dentre as Unidades de Identificação que possuem arquivo

datiloscópico em papel, quase a metade (48,14%) afirma ter todo o arquivo

REMANESCENTE em condições físicas para digitalização. Das demais, 8 afirmam que 67%

a 99% do arquivo remanescente apresentam condições físicas para digitalização,

totalizando mais de 80% das UFs.

Embora a Unidade do Maranhão tenha declarado que o arquivo físico remanescente

não apresenta condições físicas para digitalização, deve-se observar que esta unidade

possui de 34% a 66% do seu arquivo datiloscópico manual digitalizado.

Mapa 14. Condições físicas para digitalização do arquivo manual remanescente das

Unidades de Identificação Civil do Brasil

Page 45: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

45

2.11 PRÁTICA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO INSTITUCIONALIZADA

Como pode ser visualizado no Mapa 15, Distrito Federal, Pará, Mato Grosso do Sul,

Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo (22,22%) declaram dispor de práticas de

segurança da informação institucionalizadas, isto é, documentadas pelo órgão de

identificação. Das demais Unidades da Federação, seis declararam dispor em parte, e

55,6% declararam não dispor de práticas de segurança da informação documentadas pela

instituição. (Gráfico 10)

Mapa 15. Estados com práticas institucionalizadas de segurança

Page 46: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

46

Page 47: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

47

Gráfico 10. Percentual de realização de práticas de segurança da informação institucionalizadas nas Unidades de Identificação Civil.

Page 48: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

48

2.12 MÉTODO DE COLETA, CAPTURA E CONTROLE DE SEQUÊNCIA DAS IMPRESSÕES DIGITAIS

O Gráfico 11 aponta que o método de coleta das impressões digitais mais utilizado

entre as Unidades de Identificação é o “Rolado” (63%), seguido pelo método “Batido e

Rolado”, que é utilizado nas demais unidades. Nenhum estado declarou utilizar APENAS o

método de coleta “Batido”. Dos órgãos de identificação pesquisados 40,7% declararam

realizar o controle de sequência (Gráfico 12).

O método mais utilizado para captura das impressões decadactilares é o entintado

(51,9%), conforme pode ser observado no Gráfico 13. Nas demais unidades, 11 (44,4%)

utilizam esse método em conjunto com a captura eletrônica e apenas uma (3,7%) utiliza

exclusivamente a captura eletrônica. O Mapa 18 ilustra o método de captura por UF.

Gráfico 11: Percentual dos métodos de coleta das impressões digitais nas Unidades de

Identificação Civil

Page 49: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

49

Mapa 16. Método de coleta das impressões digitais por UF

Gráfico 12: Percentual de realização de controle de sequência

Page 50: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

50

Das 17 UF’s que realizam a coleta das impressões digitais pelo método rolado, 3 (AM,

RR, SP) realizam controle de sequência, enquanto das 10 UF’s que coletam pelo método

batido e rolado, 8 (MT, MA, TO, PI, PE, BA, DF e PR) realizam controle de sequência (Mapa

17).

Mapa 17: Método de coleta das impressões digitais e realização de controle de sequência

por UF

Page 51: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

51

Gráfico 13: Percentual de método de captura das impressões decadactilares nas Unidades

de Identificação Civil

Page 52: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

52

Mapa 18: Método de captura das impressões decadactilares por UF

Page 53: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

53

2.13 RESPONSÁVEL PELA COLETA DAS IMPRESSÕES DIGITAIS NAS UNIDADES DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL

De maneira geral, cada órgão de identificação possui pelo menos duas classes de

profissionais responsáveis pela coleta das impressões digitais. Observando os dados da

Tabela 12, percebe-se que os papiloscopistas estão como responsáveis pela coleta de

impressões digitais na maior parte das Unidades da Federação, ainda que em parceria com

outras categorias profissionais. Em quatro Unidades da Federação – AM, MS, RO e TO -

essa é uma atividade exercida exclusivamente por papiloscopistas, segundo declaração das

respectivas UF’s.

Na região sudeste, o Rio de Janeiro destaca-se por realizar a coleta de impressões

decadactilar para a identificação civil utilizando apenas funcionários terceirizados. No

Espírito Santo, além desses profissionais, a coleta é uma atividade também, dos

papiloscopistas. Em Minas Gerais a atividade é realizada por pessoas habilitadas pelos IIs,

por meio de cursos específicos. Em São Paulo a tarefa é realizada por papiloscopistas,

servidores de apoio administrativo, funcionários terceirizados, auxiliares de papiloscopistas,

carcereiros e escrivães.

Na região nordeste, os estados de Alagoas e Ceará utilizam somente funcionários

terceirizados para coletar as impressões digitais. Rio Grande do Norte e Sergipe declararam

ser os Servidores de apoio administrativo os responsáveis pelas coletas. Dos cinco demais

estados do nordeste, Piauí e Maranhão atribuem a tarefa a papiloscopistas, servidores de

apoio administrativo e funcionários terceirizados. Bahia e Paraíba só não utilizam

funcionários terceirizados, sendo que, na Paraíba, ainda há a atuação de identificadores

municipais. Em Pernambuco a coleta é realizada por papiloscopistas e identificadores

(cargo comissionado).

Na Região Sul, as Unidades de Identificação do Paraná utilizam papiloscopistas,

servidores de apoio administrativo, servidores das prefeituras e do Detran na coleta das

impressões digitais. A unidade do Rio Grande do Sul utiliza servidores de apoio

administrativo e estagiários; Em Santa Catarina, além de papiloscopistas, servidores de

apoio administrativo e funcionários terceirizados, também são responsáveis pelas coletas

alguns servidores de prefeituras.

Dos 7 estados da Região Norte, Amazonas, Rondônia e Tocantins têm a coleta

realizada só por papiloscopistas; Roraima e Amapá por papiloscopistas e servidores de

Page 54: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

54

apoio administrativo. Pará e Acre, utilizam, além dos papiloscopistas, servidores de apoio

administrativo e funcionários terceirizados.

Na Região Centro-Oeste, todas as unidades de identificação tem papiloscopistas

como responsáveis pela coleta de impressões decadactilar. Contudo, no Mato Grosso do

Sul essa atividade é exercida exclusivamente por papiloscopistas. No Mato Grosso ela é

realizada também por servidores de apoio administrativo. No Distrito Federal e Goiás ela é

responsabilidade de papiloscopistas, servidores de apoio administrativo e funcionários

terceirizados.

Tabela 12. Responsáveis pela coleta de impressões decadactilares por UF

UF PAPILOSCOPISTA OU FUNÇÃO

SIMILAR

SERVIDOR DE APOIO

ADMINISTRATIVO

FUNCIONÁRIO TERCEIRIZADO

OUTRA FUNÇÃO

AC Sim Sim Sim

AL Sim

AP Sim Sim

AM Sim

BA Sim Sim

CE Sim

DF Sim Sim Sim

ES Sim Sim

GO Sim Sim Sim

MA Sim Sim Sim

MT Sim Sim

MS Sim

MG Sim Sim Todos concluem o

curso de identificação

PA Sim Sim Sim

PB Sim Sim Identificadores

municipais

PR Sim Sim Apoio adm. das

prefeituras e serv. DETRAN

PE Sim Identificador (cargo

comissionado)

PI Sim Sim Sim

RJ Sim

RN Sim

RS Sim Estagiários

RO Sim

RR Sim Sim

SC Sim Sim Sim Servidores da prefeitura

SP Sim Sim Sim Auxiliar de

papiloscopista, carcereiro e escrivão

Page 55: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

55

SE Sim

TO Sim

Page 56: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

56

2.14 COLETA DE FOTOGRAFIA NA UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO

O Gráfico 14 mostra que, na maioria das Unidades da Federação, a fotografia para a

carteira de identidade não é realizada no local (55,6%). Em 14,8%, tal procedimento é

realizado em alguns postos de identificação civil, mas não em todo o estado. Cabe

comentar que, embora 29,6% tenha declarado realizar a fotografia no local, a visita às

Unidades de Identificação Civil evidenciou que nem todos os postos de identificação

dispõem de equipamentos para o procedimento, principalmente no interior das UF’s. Os

dados apresentados correspondem às respostas das UF’s durante a visita in loco.

Dos estados da Região Sudeste, apenas no Rio de Janeiro a foto é capturada nos

postos de identificação civil. No Nordeste, a foto é capturada em todos os postos de

identificação, apenas nos estados de Alagoas e Bahia. Ceará e Maranhão realizam o

procedimento em alguns postos, mas não em todos. Nos demais, o cidadão precisa levar

uma fotografia.

Na Região Norte, em Roraima, o procedimento é realizado em todos os postos. O

Acre faz em alguns postos. Nos demais estados não é retirada a fotografia nos postos de

identificação.

Em todos os estados da Região Sul a fotografia para a carteira de identidade é

capturada no próprio local de identificação. No Centro–Oeste, no Distrito Federal, esse

procedimento é realizado em todos os locais. O Mato Grosso faz apenas em alguns postos.

Gráfico 14. Frequência de estados que efetuam a coleta da fotografia para carteira de

identidade no próprio local de identificação

Page 57: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

57

Page 58: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

58

2.15 PADRÃO DE FOTOGRAFIA PARA EMISSÃO DA CARTEIRA DE IDENTIDADE

Ao serem questionados sobre a exigência de um padrão de fotografia utilizado nas carteiras de identidade, 66,7% dos órgãos declaram possuir instruções formalizadas para fotografia (Gráfico 15). Alagoas, Amapá, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe declararam não exigir um padrão formal de fotografia para emissão da carteira de identidade (Mapa 19).

Gráfico 15. Frequência de estados

que utilizam alguma instrução ou padrão de

fotografia para emissão da carteira de

identidade

Mapa 19: Unidades de Identificação

Civil que utilizam orientações

institucionalizadas de fotografia para

emissão da carteira de identidade.

Page 59: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

59

2.16 ARMAZENAMENTO ELETRÔNICO DA ASSINATURA

Como pode ser visualizado no Mapa 20, das 27 unidades centrais de identificação,

13 armazenam a assinatura de forma eletrônica. Incluindo o Maranhão, que declarou

armazenar eletronicamente em parte dos postos de identificação, esse dado representa

51,9% das unidades.

Das Unidades da Federação que não dispõem de armazenamento eletrônico da

assinatura (48,1%), cinco pertencem à Região Nordeste (PB, PE, PI, RN, SE), quatro são

da Região Norte (AM, AP e PA e TO), duas da Região Centro Oeste (MT e GO) e duas da

Região Sudeste (MG e SP)

Mapa 20. Unidades de Identificação do estado que armazenam a assinatura de forma

eletrônica

Page 60: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

60

2.17 ABRANGÊNCIA DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO (POPs) OU SIMILAR INSTITUCIONALIZADOS NAS ATIVIDADES DA

IDENTIFICAÇÃO CIVIL A maioria dos estados (59,3%) apresenta algum nível de padronização nos procedimentos

operacionais de identificação civil (de 1% a 99% das atividades). Vide Gráfico 16.

As Unidades de Identificação do Acre, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso

do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (29,6%) apresentam procedimentos

operacionais padronizados para todas as atividades.

As Unidades do Rio de Janeiro e da Bahia padronizaram de 67% a 99% das

atividades. Amazonas, Distrito Federal e Tocantins declararam ter padronizado de 1% a

33% dos procedimentos de identificação.

As Unidades que declararam “outra situação” (Pernambuco, Roraima e São Paulo)

apresentam algum nível de padronização não especificado por ausência de documentação.

As Unidades que não dispõem de procedimentos operacionais padrão para

identificação civil, ou similar, institucionalizado são Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo,

Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia e Sergipe.

Gráfico 16. Frequência de Unidades de Identificação Civil com procedimentos operacionais

padrão por abrangência sobre as atividades.

Page 61: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

61

2.18 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP), OU SIMILAR, INSTITUCIONALIZADO, PARA COLETA

DAS IMPRESSÕES DECADACTILARES PARA A IDENTIFICAÇÃO CIVIL

A maioria dos estados (51,9%) possui um procedimento operacional padrão

formalizado para a coleta de impressões decadactilares (Gráfico 17).

Na Região Sul, todos os estados possuem procedimentos institucionalizados. Na

Região Sudeste, apenas o Rio de Janeiro possui procedimentos padronizados. Embora a

unidade de São Paulo não disponha de procedimentos formalizados (documentos), a

mesma declarou dispor de uma apostila utilizada no treinamento dos responsáveis pela

coleta das impressões decadactilares. Na Região Nordeste, quatro estados (Bahia,

Maranhão, Pernambuco e Sergipe); três estados da Região Norte (Acre, Amazonas e

Tocantins); e três do Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Vide Mapa

21.

Gráfico 17. Frequência de Unidades de Identificação Civil com procedimentos operacionais

padrão ou similar de coleta das impressões decadactilar.

Page 62: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

62

Mapa 21: Unidades de Identificação Civil do Estado com procedimentos operacionais padrão

Page 63: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

63

2.19 ORIENTAÇÃO INSTITUCIONALIZADA SOBRE A IDADE MÍNIMA, OU LIMITE INFERIOR DE IDADE, PARA

COLETA BIOMÉTRICA DO PRIMEIRO REGISTRO CIVIL

À exceção do Ceará, que realiza coleta biométrica a partir de 6 meses de vida, os

demais estados e o Distrito Federal declararam não dispor de idade mínima

institucionalizada para a coleta biométrica do primeiro registro civil entre as UF’s, como

pode ser visualizado no Gráfico 18.

Gráfico 18. Frequência de UFs com orientação institucional sobre a idade mínima para

coleta biométrica

Page 64: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

64

2.20 EMISSÃO DE CARTEIRA DE IDENTIDADE COM INDICAÇÃO DE VALIDADE

Quase três quartos dos estados (70,4%) declararam não emitir documento de

registro civil com prazo de validade (Gráfico 19). Dos oito estados que emitem registro civil

com validade, dois estão na Região Norte (Amapá e Tocantins), três na Região Nordeste

(Alagoas, Bahia e Pernambuco) e três na Região Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro e

São Paulo).

Gráfico 19. Frequência das Unidades de Identificação que emitem registro civil com

validade.

Page 65: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

65

2.21 COLETA DE OUTRAS BIOMETRIAS PARA IDENTIFICAÇÃO CIVIL

Além da impressão digital, assinatura e fotografia, o único estado que declarou

coletar outra biometria para identificação civil foi o Rio de Janeiro, que coleta a biometria

facial.

Dentre os estados que não coletam outras biometrias, 5 (18,5%) preveem a

aquisição. São eles: Amapá (banco Neo Natal), Ceará (voz e facial), Distrito Federal (íris,

facial e palmar), Mato Grosso do Sul (palmar e facial) e Paraná (íris).

2.22 CAPACIDADE DE ATENDIMENTOS POR DIA DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO PARA REQUISIÇÃO DE

DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL

Considerando a população e a estrutura dos órgãos de identificação em cada

estado, a capacidade de atendimento por dia para requisição de registro civil das unidades

de identificação civil foi estimada durante a pesquisa. Esse valor variou de 300 (Acre) a

20.416 (São Paulo) atendimentos por dia para a Unidade da Federação. O Gráfico 20

apresenta a capacidade de atendimentos declarada por cada UF. Ressalta-se que esses

valores não são necessariamente o habitual do estado, mas uma estimativa considerando

as condições de estrutura e funcionamento da UF.

Em média, as diferentes Unidades da Federação realizam 36,2 atendimentos para

cada 100.000 habitantes por dia. Destacam-se com um desvio padrão acima da média o

Amapá (81,6 atendimentos por dia para cada 100.000 habitantes), Roraima (73,7

atendimentos) Sergipe (68,3 atendimentos) e Distrito Federal (64,5 atendimentos). Estão

abaixo da média nacional: Paraíba (17,1 atendimentos) e Mato Grosso do Sul (15,5

atendimentos). A Unidade de Identificação do Rio Grande do Norte não soube informar a

capacidade de atendimento da UF. (Gráfico 20 e 21).

Page 66: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

66

Gráfico 20. Capacidade de atendimentos, por dia, para requisição de documento de identificação civil

Page 67: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

67

Gráfico 21: Capacidade diária de atendimento da Unidade da Federação em relação ao total da população.

Page 68: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

68

2.23 CAPACIDADE DE EMISSÃO, POR DIA, DE DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL

De acordo com a Tabela 13, a capacidade média de emissão de carteiras de

identidade foi estimada em 2.760 por dia para as UFs. Os estados de maior destaque foram

São Paulo (20.000), Rio de Janeiro (7.273), Minas Gerais (5.000), Bahia (4.000) e Rio

Grande do Sul (3.500). Desconsideram-se as respostas de Amazonas, Rio Grande do Norte

e Piauí, que não responderam ou não souberam informar a capacidade de emissão de

carteiras de identidade da UF. A menor emissão foi encontrada em Tocantins (318).

(Gráfico 22)

Tabela 13. Capacidade de emissão, por dia, de Documentos de Identificação Civil das UFs

ITEM QUANTIDADE

N Mínimo Máximo M DP

Capacidade de emissões de carteiras de

identidade por dia

23 318 20.000 2.760,91 4.122,05

N = Número de respondentes Gráfico 22: Capacidade de emissão, por dia, de documentos de identificação civil por UF’s.

Page 69: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

69

Ao ser comparada a capacidade de emissão diária com a população do respectivo

estado, observa-se que os estados do Amapá, Roraima e Acre (listados entre as menores

capacidades de emissão no Gráfico anterior) se destacam juntamente com Sergipe, Distrito

Federal e Alagoas pela capacidade frente ao tamanho/demanda da respectiva população.

Gráfico 23: Capacidade de emissão, por dia, de Documentos de Identificação Civil para cada 100 mil habitantes e por UF.

Page 70: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

70

Page 71: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

71

2.24 TEMPO MÉDIO (EM DIAS) DECORRIDO DESDE A REQUISIÇÃO À ENTREGA DO DOCUMENTO DE

IDENTIFICAÇÃO CIVIL PELA UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO

O prazo médio para entrega da carteira de identidade desde a sua requisição foi de

aproximadamente 9 dias no Brasil (Tabela 14). Embora esse prazo seja limitado por

regulamentações específicas e possa variar conforme o tamanho da UF e estrutura da

respectiva Unidade de Identificação local, algumas unidades declararam entregar no

mesmo dia, enquanto outros relataram despender de 45 a 60 dias para entrega, caso de

Goiás e São Paulo (Gráfico 24).

Tabela 14. Tempo médio (em dias) decorrido desde a requisição à entrega da carteira de

identidade por Unidade de Identificação

ITEM QUANTIDADE

N Mínimo Máximo M DP

Tempo (médio) para entrega da carteira

desde a requisição (em dias) 26 0 60 8,73 14,44

Page 72: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

72

Gráfico 24. Tempo médio (em dias), decorrido desde a requisição à entrega da carteira de

identidade por Unidade de Identificação por UF.

Page 73: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

73

2.25 TEMPO MÉDIO (EM MINUTOS) DE ATENDIMENTO AO REQUERENTE

O tempo médio de atendimento para requerer a carteira de identidade foi estimada

entre 4 e 150 minutos, tendo a média de aproximadamente 26 minutos nas Unidades de

Identificação, mas com um desvio padrão considerável (29,49). O Gráfico 25 apresenta o

tempo médio apresentado por cada UF, em que se destacam os estados de Sergipe, Rio

Grande do Norte e Alagoas. Observa-se também um número considerável de estados com

tempo médio entre 12 e 30 minutos.

Gráfico 25. Tempo médio (em minutos) de atendimento ao requerente por UF

Page 74: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

74

Page 75: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

75

2.26 CENTRALIZAÇÃO DAS IMPRESÕES E EMISSÕES DOS DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL NAS

UNIDADES CENTRAIS DE IDENTIFICAÇÃO O Mapa 22 apresenta as UFs nas quais a impressão das carteiras de identidade é

centralizada no órgão responsável pela identificação civil do estado, que representa 41%

das UFs. Nos outros 16 estados, a impressão ocorre de forma descentralizada.

Embora seja considerada descentralizada, no Paraná, a impressão do Documento

de Identificação Civil ocorre apenas na Empresa Integradora (CELEPAR) e não na Unidade

Central de Identificação.

Mapa 22. Centralização/descentralização da impressão das carteiras de identidade

Page 76: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

76

2.27 INTEGRAÇÃO DA UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO COM OS CARTÓRIOS DA UF

Outro aspecto investigado junto às Unidades de Identificação civil foi a integração

com cartórios do estado no qual 100% dos órgãos declararam não possuir integração.

Page 77: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

77

PARTE 3 - QUEM FAZ A IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL

Page 78: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

78

3.1 PROFISSIONAIS DA UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO E DA IDENTIFICAÇÃO CIVIL

A Tabela 15 mostra a composição do quadro de profissionais das unidades de

identificação civil no país. A maior categoria é a de papiloscopista ou profissionais com

nomenclatura similares (2.241 profissionais). Em seguida vem o apoio administrativo:

servidores e terceirizados (respectivamente 700 e 922). Juntos, esses profissionais

representam 83,1% dos profissionais nas UICs. Observa-se a presença de estagiários em

9,34%. Cabe destacar, no entanto, que a distribuição desses profissionais entre os estados

é heterogênea.

Tabela 15. Total de profissionais nas Unidades de Identificação Civil

*Outras profissões: Agente de Telecomunicações, Auxiliar Criminalístico, Comissionados, Escriturário, Menor Aprendiz, Motorista Policial, Auxiliar de Perícia, Bolsistas, Investigador de Polícia, Técnico de Perícia etc.

CARGO TOTAL

Papiloscopista ou nomenclatura similar 2.241

Apoio administrativo (terceirizados) 922

Apoio administrativo (servidores) 700

Estagiário(a) 434

Outras profissões* 144

Perito criminal ou nomenclatura similar 141

Agente de polícia ou nomenclatura similar 42

Escrivão 13

Delegado 6

Fotógrafo 2

Desenhista 1

TOTAL 4.646

Page 79: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

79

3.2 TEMPO DE SERVIÇO DOS PAPILOSCOPISTAS

Com relação aos papiloscopistas, a principal categoria profissional presente nos

órgãos de identificação civil, a pesquisa buscou identificar ainda o tempo de serviço na

unidade. Como resultado (Tabela 16), obteve que 38,8% possuem mais de 20 anos de

serviço, e se somado à categoria daqueles que possuem de 11 a 20 anos, esse percentual

sobe para 64%, dentre os estados que informaram os dados.

Tabela 16. Tempo de serviço dos papiloscopistas na Unidade de Identificação Civil

TEMPO DE SERVIÇO DOS PAPILOSCOPISTAS TOTAL

Menos de 1 ano de serviço 14

De 01 a 05 anos 370

De 06 a 10 anos 169

De 11 a 20 anos 388

Mais de 20 anos 599

Tabela 17. Tempo de serviço dos papiloscopistas das Unidades de Identificação Civil

Tempo de Serviço dos Papiloscopistas da Identificação Civil

UF Menos

de 1 ano

De 1 a 5 anos De 06 a 10 anos De 11 a 20

anos

Mais de 20

anos

AC 0 0 0 0 42

AL 0 0 0 5 0

AP 0 0 0 17 15

AM 0 4 0 0 1

BA 0 10 27 4 68

CE 0 0 0 0 0

DF 0 5 0 60 0

ES 0 12 0 0 75

GO 0 0 0 0 0

MA 0 0 0 0 3

MT 0 0 0 55 63

MS 0 31 12 18 38

MG 0 0 0 0 0

PA 0 0 9 32 84

PB 0 0 2 0 32

PR 6 109 0 41 22

PE 0 141 0 99 135

Page 80: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

80

PI 0 0 0 0 0

RJ 0 0 34 0 0

RN 0 0 0 0 2

RS 8 34 17 36 10

RO 0 0 0 0 0

RR 0 0 1 0 4

SC 0 0 1 3 0

SP 0 0 0 0 0

SE 0 0 0 0 5

TO 0 24 66 18 0

TOTAL 14 370 169 388 599

Page 81: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

81

3.3 ABRANGÊNCIA DE PROFISSIONAIS COM QUALIFICAÇÃO PARA USO AFIS (FEDERAL E PRÓPRIO) E RESPECTIVOS EQUIPAMENTOS

A Tabela 18 mostra que os estados de Alagoas, Ceará, Mato Grosso, Mato

grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,

Roraima, Rondônia e Santa Catarina relataram ter todo o quadro de profissionais

capacitados para o uso do AFIS e seus respectivos equipamentos nas atividades que

envolvem a identificação civil. Os estados de Minas Gerais, Rio Grande do Norte e

Sergipe relataram que nenhum profissional da unidade é capacitado para a utilização

do AFIS e seus equipamentos. As unidades de Goiás, São Paulo e Tocantins

responderam que não se aplica, considerando possivelmente a não utilização de AFIS

por contratação própria no momento da pesquisa (Gráfico 26).

Gráfico 26: Profissionais da identificação civil capacitados para uso do AFIS e

respectivos equipamentos.

Page 82: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

82

Tabela 18. Abrangência de profissionais da identificação civil capacitados para uso do

AFIS e respectivos equipamentos por UF

UF Abrangência de Profissionais Capacitados na Identificação Civil para

Uso do AFIS e Equipamentos

AC De 34% a 66% dos profissionais

AL Todos os profissionais

AP De 34% a 66% dos profissionais

AM De 1% a 33% dos profissionais

BA De 67% a 99% dos profissionais

CE Todos os profissionais

DF De 67% a 99% dos profissionais

ES De 34% a 66% dos profissionais

GO N/A

MA De 67% a 99% dos profissionais

MT Todos os profissionais

MS Todos os profissionais

MG Não são capacitados

PA De 1 a 33% dos profissionais

PB De 34% a 66% dos profissionais

PR Todos os profissionais

PE Todos os profissionais

PI Todos os profissionais

RJ Todos os profissionais

RN Não são capacitados

RS Todos os profissionais

RO Todos os profissionais

RR Todos os profissionais

SC Todos os profissionais

SP N/A

SE Não são capacitados

TO N/A

LEGENDA:

N/A - Não se aplica

Page 83: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

83

PARTE 4 - PRODUTIVIDADE

Page 84: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

84

4.1 CARTEIRAS DE IDENTIDADE EXPEDIDAS EM 2012 E 2013

Conforme os dados obtidos durante o período pesquisado, foram emitidas

12.746.775 carteiras de identidade (primeiras e segundas vias), conforme Tabela 19,

sendo que esse dado não leva em consideração as respostas de Pernambuco, que

não soube indicar esse total.

Apesar de, em média, no território nacional haver uma maior expedição de

segundas vias (58% a mais de segundas vias), em 51,9% das Unidades da Federação

(Piauí, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rondônia, Maranhão, Mato Grosso,

Alagoas, Tocantins, Roraima, Rio Grande do Norte, Ceará, Paraná, Amapá e Paraíba),

retira-se mais a primeira via do que a segunda. Essa discrepância é explicada por dois

fatores. Primeiramente, três dos cinco estados mais populosos expedem mais

segundas vias do que primeiras: Bahia (4º mais populoso, com 2,24 habitantes para

cada segunda via), Minas Gerais (2º mais populoso, com 2,33 habitantes para cada

segunda via) e São Paulo (estado mais populoso, com 2,82 habitantes para cada

segunda via). Em segundo lugar, Sergipe, ainda que 22º mais populoso, apresenta

uma relação de 4,14 segundas vias para cada primeira via. Juntos, esses estados

representam 67,33% de todas as segundas vias retiradas no período em estudo.

(Tabela 19).

Tabela 19. Quantidade de carteiras de identidade expedidas em 2012 por UF

UF 1ª VIA 2ª VIA % (2ª VIA / 1ª VIA)

POPULAÇÃO

ESTIMADA EM 2013

AC 30.668 43.387 41,47 % 776.463

AL 92.998 58.152 -37,47 % 3.300.935

AP 28.960 27.497 -5,05 % 734.996

AM 98.013 103.948 6,06 % 3.807.921

BA 412.018 924.338 124,34 % 15.044.137

CE 370.189 260.059 -29,75 % 8.778.576

DF 125.580 146.843 16,93 % 2.789.761

ES 145.422 65.854 -54,72 % 3.839.366

GO 147.000 165.000 12,24 % 6.434.048

MA 302.016 180.070 -40,38 % 6.794.301

MT 100.322 62.494 -37,71 % 3.182.113

MS 71.538 25.602 -64,21 % 2.587.269

MG 420.000 980.000 133,33 % 20.593.356

PA 179.876 207.288 15,24 % 7.969.654

PB 89.816 87.333 -2,76 % 3.914.421

PR 274.704 245.418 -10,66 % 10.997.465

PE N/S N/S N/A 9.208.550

Page 85: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

85

PI 96.000 24.000 -75,00 % 3.184.166

RJ 436.092 506.510 16,15 % 16.369.179

RN 55.578 37.954 -31,71 % 3.373.959

RS 20.149 39.799 97,52 % 11.164.043

RO 52.819 27.178 -48,55 % 1.728.214

RR 17.326 11.803 -31,88 % 488.072

SC 150.008 225.012 50,00 % 6.634.254

SP 1.151.211 3.246.277 181,99 % 43.663.669

SE 26.122 108.033 313,57 % 2.195.662

TO 42.501 26.986 -36,51 % 1.478.164

TOTAL 4.936.926 7.809.849 58,19 % 201.032.714

LEGENDA:

N/S - Não sabe

N/A – Não se aplica

Para os números brutos, de acordo com as respostas fornecidas, 66,7% das

Unidades da Federação previram uma redução na quantidade de emissões em 2013.

Apenas Acre, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Mato Grosso do Sul, Ceará e Sergipe

previram algum acréscimo de 2012 para 2013. Destacando-se este último estado, que

projetou um número 2,16 vezes maior para 2013, do que em 2012. Pernambuco não

fez parte desta amostra pois não indicou os valores produzidos.

Com relação ao total de carteiras para cada 100.000 habitantes, 50% das

Unidades da Federação previram que, em 2013, emitiriam mais de 5.490 novos

documentos (entre primeiras e segundas vias) para cada 100.000 habitantes. Com

destaque para Amapá (10.068,1 novos documentos para cada 100.000), São Paulo

(11.222,1) e Rondônia (86.980).

Rio Grande do Norte (3.893,3), Mato Grosso do Sul (3.275,5) e Sergipe

(2.823,7) são os que previram emitir os menores índices de novos documentos para

cada 100.000 habitantes.

Tabela 20. Quantidade de expedições de 1ª e 2ª via previstas em 2013

UF Quantidade População Estimada 2013

AC 72.000 776.463

AL 160.000 3.300.935

AP 74.000 734.996

AM 229.910 3.807.921

BA 1.348.838 15.044.137

CE 400.000 8.778.576

DF 272.423 2.789.761

ES 213.365 3.839.366

GO 348.937 6.434.048

MA 630.000 6.794.301

Page 86: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

86

MT 167.146 3.182.113

MS 84.752 2.587.269

MG 1.319.088 20.593.356

PA 345.000 7.969.654

PB 160.724 3.914.421

PR 545.000 10.997.465

PE 477.000 9.208.550

PI 140.000 3.184.166

RJ 1.200.000 16.369.179

RN 131.359 3.373.959

RS 808.314 11.164.043

RO 1.503.200 1.728.214

RR 37.367 488.072

SC 453.000 6.634.254

SP 4.900.000 43.663.669

SE 62.000 2.195.662

TO 78.163 1.478.164

TOTAL 16.191.586 201.032.714

LEGENDA:

N/R - Não Respondeu

Page 87: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

87

PARTE 5 - CUSTO DA IDENTIFICAÇÃO CIVIL NO BRASIL

Page 88: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

88

5.1 CUSTOS PARA EMISSÃO, CÉDULA E TAXA DE EMISSÃO DA CARTEIRA DE IDENTIDADE

A pesquisa buscou identificar também alguns valores relacionados à

identificação civil. As unidades foram questionadas sobre os custos estimados para

emissão da 1ª e 2 ª via da carteira de identidade para o órgão de identificação, o custo

da cédula para o respectivo estado e as taxas cobradas do cidadão para emissão da

1ª e da 2ª via da carteira de identidade, conforme apresentação na Tabela 21.

Os valores aqui apresentados, assim como todos os demais dados, foram

fornecidos pelos estados, validado pelos consultores e, quando necessário, revalidado

pelos respectivos estados.

O custo para emissão da 1ª ou 2ª via variou de R$0,22 (Roraima) à R$39,62

(Bahia) com uma média de R$18,67 por carteira de identidade. No entanto, o desvio

padrão (10,89) e a experiência de especialistas na área indicam que diferentes fatores,

variáveis e etapas do processo de emissão, podem ter sido considerados para estimar

esse valor. Dessa forma esse valor deve ser analisado com reservas.

Tabela 21. Custos de emissão da 1ª e 2ª via, cédula e taxa da 1ª e 2ª via da carteira de identidade

ITEM N Mínimo Máximo M DP

Custo para emissão da 1ª via 15 R$ 0,22 R$ 39,62 R$ 18,67 10,89

Custo para emissão da 2ª via 15 R$ 0,22 R$ 39,62 R$ 19,90 11,47

Custo da cédula para a UF 19 R$ 0,04 R$ 5,50 R$ 1,02 1,54

Taxa para emissão da 2ª via 27 R$ 0,00 R$ 74,01 R$ 26,95 18,94

A cédula para impressão da identidade apresentou um custo médio de R$1,02

e um desvio padrão de 1,54. Considerando a média nacional, o valor mínimo (R$0,04,

encontrado no Rio de Janeiro), o valor máximo (R$5,50, identificado em Roraima) e a

experiência técnica de especialistas na área de identificação, sugere-se a

possibilidade de outros custos terem sido embutidos na apresentação desse valor por

alguns estados. O custo da cédula por UF pode ser encontrado na Tabela 22.

Page 89: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

89

Tabela 22. Custos para emissão, cédula e taxa de emissão por UF

UF Custo 1ª Via Custo 2ª Via Custo da Cédula Taxa 2ª Via

AC R$ 9,68 R$ 9,68 R$ 0,55 R$ 10,71

AL R$ 28,88 R$ 28,88 N/R R$ 17,27

AP N/R N/R R$ 0,26 R$ 25,00

AM R$ 22,00 R$ 22,00 R$ 2,75 R$ 0,00

BA R$ 39,62 R$ 39,62 R$ 0,32 R$ 26,50

CE N/R N/R R$ 4,28 R$ 0,00

DF N/R N/R N/R R$ 42,00

ES N/R N/R R$ 0,40 R$ 40,49

GO N/R N/R R$ 0,50 R$ 22,24

MA R$ 26,79 R$ 26,79 N/R R$ 22,56

MT R$ 33,86 R$ 33,86 R$ 0,40 R$ 51,87

MS R$ 23,49 R$ 23,49 N/R R$ 71,68

MG N/R N/R N/R R$ 25,00

PA R$ 25,00 R$ 33,40 R$ 0,52 R$ 33,40

PB N/R N/R R$ 0,41 R$ 14,48

PR R$ 10,00 R$ 10,00 R$ 0,10 R$ 21,52

PE R$ 8,00 R$ 8,00 R$ 0,25 R$ 15,87

PI R$ 12,00 R$ 12,00 R$ 0,09 R$ 14,40

RJ N/R N/R R$ 0,04 R$ 27,14

RN R$ 15,00 R$ 25,00 N/R R$ 25,00

RS R$ 10,58 R$ 10,58 R$ 2,00 R$ 48,13

RO R$ 0,22 R$ 0,22 R$ 0,12 R$ 74,01

RR R$ 15,00 R$ 15,00 R$ 5,55 R$ 28,13

SC N/R N/R R$ 0,60 R$ 22,20

SP N/R N/R N/R R$ 29,06

SE N/R N/R R$ 0,38 R$ 9,00

TO N/R N/R N/R R$ 10,00

LEGENDA:

N/R - Não Respondeu

Page 90: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

90

Conforme regulamentado por lei, a 1ª via da carteira de identidade não é

cobrada em nenhum estado, dessa forma, não foram encontrados registros de taxas

em nenhuma das unidades pesquisadas. A 2ª via da carteira de identidade teve um

custo médio de R$ 26,95 entre as Unidades da Federação. Embora haja isenção no

estado do Ceará, a emissão da 2ª via chega a custar R$74,00 para o cidadão em

alguns locais, como é o caso de Rondônia.

Gráfico 27. Custos da 1ª e 2ª via das carteiras de identidade para UIC

Page 91: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

91

Gráfico 28. Custo da cédula de identidade por UF

Page 92: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

92

Gráfico 29. Custo da taxa para emissão da 2ª via da carteira de identidade

Page 93: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

93

Mapa 23. Faixas de custo da taxa de 2ª via por UF

Page 94: Diagnóstico da Identificação Civil no Brasil

Ministério da Justiça

94

5.2 MAIORES DIFICULDADES PARA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA UNIDADE DE IDENTIFICAÇÃO

Considerando a necessidade de identificar e dimensionar limitações para

execução orçamentária das unidades de identificação, foi solicitado aos respondentes

que apontassem as maiores dificuldades. Como resultado, 77,8% das unidades de

identificação civil indicaram “ausência de independência orçamentária” como a

principal dificuldade, seguida da “burocracia para execução orçamentária” com 19

ocorrências (70,4%). A “disponibilidade de poucos recursos financeiros” ficou em

terceiro lugar, apontada por 16 estados. Cabe destacar que as unidades poderiam

selecionar mais de uma alternativa a esse respeito, o que levou 14 UFs (51,85%) a

marcarem, por exemplo, 3 dificuldades.

Gráfico 30. Maiores dificuldades para execução orçamentária

*Outra dificuldade: “Falta prioridade para área de identificação no estado”, “Não há percentual da receita do que é produzido que seja destinado diretamente ao instituto”, “O Instituto não é a unidade gestora”, “Política”.