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DIAGNÓSTICO SOCIAL CASTRO DAIRE 2018 Município de Castro Daire Rua Dr. Pio de Figueiredo, n.º 42 Tel. 232 382 214 Fax: 232 382 923 http:// www.cm-castrodaire.pt [email protected]

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

CASTRO DAIRE

2018

Município de Castro DaireRua Dr. Pio de Figueiredo, n.º 42Tel. 232 382 214 Fax: 232 382 923http:// [email protected]

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DIAGNÓSTICO SOCIAL

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................................1

CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO POR ÁREAS TEMÁTICAS....................................................................................3

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA..............................................................................................................................3

INDICADORES DEMOGRÁFICOS........................................................................................................................4

Síntese: principais aspetos a reter............................................................................................................................7

INDICADORES ECONÓMICOS.............................................................................................................................8

Síntese: principais aspetos a reter............................................................................................................................8

EDUCAÇÃO...........................................................................................................................................................9

Indicadores Gerais de Educação...............................................................................................................................9

Agrupamento de Escolas de Castro Daire.............................................................................................................10

Respostas Educativas na área do Município........................................................................................................11

Centro Qualifica........................................................................................................................................................12

Ação Social Escolar..................................................................................................................................................13

Componente de Apoio à Família.............................................................................................................................15

Atividades de Enriquecimento Curricular no 1º Ciclo do Ensino Básico............................................................16

Ensino Superior........................................................................................................................................................17

Síntese: principais aspetos a reter.........................................................................................................................17

EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL......................................................................................................18

AÇÃO SOCIAL.....................................................................................................................................................20

REDE DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS...............................................................................................................22

Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Castro Daire.................................................................................22

Centro Social da Paróquia de Mões........................................................................................................................24

Centro Social da Paróquia de Mamouros...............................................................................................................25

Associação Cultural e Social de São Joaninho.....................................................................................................25

Instituição de Solidariedade Santa Isabel..............................................................................................................26

ASSOCREL – Associação de Solidariedade Social, Cultural e Recreativa de Lamas........................................26

Casa do Povo de Parada..........................................................................................................................................27

Centro Social da Paróquia de Reriz........................................................................................................................27

Associação Etnográfica e Social do Montemuro...................................................................................................28

Centro Social Paroquial de Lamelas.......................................................................................................................28

RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO – RSI..........................................................................................................29

Equipa RSI.................................................................................................................................................................29

COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS DE CASTRO DAIRE......................................................31

Caracterização processual.......................................................................................................................................31

VULNERABILIDADE SOCIAL: IDOSOS ISOLADOS E PORTADORES DE DEFICIÊNCIA....................................35

AUXILIO E INTERVENÇÃO EMERGENCIAL PARA CALAMIDADES.....................................................................41

Síntese: principais aspetos a reter..........................................................................................................................41

HABITAÇÃO, HABITAÇÃO SOCIAL E INFRAESTRUTURAS..........................................................................43

SAÚDE.................................................................................................................................................................46

NÚCLEO DE CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO (NACJR)......................................................................................48

EQUIPA LOCAL DE INTERVENÇÃO (ELI) SNIPI.....................................................................................................49

Funções da ELI..........................................................................................................................................................50

UNIDADE MÓVEL DE SAÚDE (UMS).......................................................................................................................50

ACAPO – ASSOCIAÇÃO DOS CEGOS E AMBLÍOPES DE PORTUGAL...............................................................51

ACADO – ASSOCIAÇÃO CASTRENSE DE APOIO AO DOENTE ONCOLÓGICO.................................................52

CRI – CENTRO DE RESPOSTAS INTEGRADAS – EQUIPA DE TRATAMENTO DO CRI VISEU..........................52

Síntese: principais aspetos a reter..........................................................................................................................55

SEGURANÇA, JUSTIÇA E CRIMINALIDADE....................................................................................................56

ASSOCIATIVISMO...............................................................................................................................................57

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Síntese: principais aspetos a reter..........................................................................................................................62

TURISMO.............................................................................................................................................................63

Síntese: principais aspetos a reter.........................................................................................................................72AMBIENTE...........................................................................................................................................................74

Síntese: principais aspetos a reter..........................................................................................................................79

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Quadro Resumo: Indicadores Gerais do Concelho de Castro Daire

Indicadores Sócio-demográficos N.º ou % Data de referência

Hab/Km2 380km ---

Dinâmica populacional 9,7 2011

Indivíduos com + de 65 anos 4166 2011

Indivíduos com – de 14 anos 2031 2011

Índice de Dependência de Jovens 22,2 2011

Índice de Dependência de Idosos 45,57 2011

Índice de Dependência Total 67,79 2011

Índice de Envelhecimento 205,12 2011

Taxa de natalidade 5,1 (‰) 2017

Taxa de mortalidade 12,2(‰) 2017

População no sector primário 8,7%) 2011

População no sector secundário 26,2(%) 2011

População no sector terciário 65,1(%) 2011

Taxa de desemprego 10,1%) 2014

População desempregada 666 08/2018

População feminina inscrita no Centro de Emprego 386 08/2018

População masculina inscrita no Centro de Emprego 280 08/2018

Taxa de Cobertura – Centro de Dia 2,7 (%) 2014

Taxa de Cobertura – Apoio domiciliário 6,9 (%) 2014

Taxa de Cobertura – Lar de idosos 4,8(%) 2014

Taxa de Cobertura – Creche 21,0 (%) 2014

Taxa de Cobertura – ATL 2,01 (%) 2014

Beneficiários de RSI face à população residente 2% (%) 2017

Taxa de mortalidade infantil 10,5 (‰) 2011

Abastecimento de água ao domicílio 95 %) 2017

Bebedores excessivos face à população residente 14,4(%) 2002

Doentes alcoólicos face à população residente 11,54(%) 2002

Índice de Desenvolvimento Económico e Social 0,698 1999

Índice de Educação 0,786 1999

Taxa de analfabetismo 11,4 (%) 2011

Indicador per capita 60,48 2011

Poder de compra concelhio 0,087 (%) 2011

Fator de dinamismo relativo - 0,183 2011

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INTRODUÇÃO

Sendo hoje consensual que os fenómenos da pobreza e exclusão social são consequências

de vários fatores e que, por isso, tocam todos os setores da sociedade, como o económico, o

social, o cultural, o ambiental, torna-se necessário, para os combater eficazmente,

compatibilizar e articular todas as políticas sectoriais ao nível local, regional e nacional. Em

Portugal têm-se desenvolvido um importante esforço para fazer face às novas e velhas formas

de pobreza e de exclusão social, refletido na implementação de medidas de política social e de

programas nacionais em diversas áreas como o emprego, a ação social, a educação, a saúde,

a economia, a habitação e outras.

“A pobreza, entendida como fenómeno resultante da escassez de recursos para fazer face às

necessidades básicas e padrão de vida da sociedade atual, manifesta-se em Portugal como

um fenómeno com origem tanto no tipo de desenvolvimento que o país conheceu, como no

modo de adaptação ao rápido processo de modernização registado nas últimas décadas.”

(Plano Nacional de Ação para a Inclusão 2003-2005, 2003:9)

O Programa Rede Social é um dos relevantes contributos para o desenvolvimento local

sustentado na medida em que pretende combater a pobreza e a exclusão social. A aposta

incide em dois eixos fundamentais: no desenvolvimento de estruturas de parceria, nas quais

as autarquias assumem um papel de dinamização fulcral na promoção do desenvolvimento,

pela introdução de dinâmicas de planeamento estratégico participado.

Este programa “pretende desenvolver e consolidar uma consciência coletiva dos problemas

sociais, bem como contribuir para a ativação das respostas e para a otimização dos recursos

de intervenção nos níveis locais …, apostando em novas ou renovadas formas de conjugação

de esforços coletivos, na definição conjunta de prioridades, propondo, em síntese, que se

efetue um planeamento sustentado (assente em diagnósticos), integrado e integrador

(expresso num Plano de Desenvolvimento) da intervenção social (que se concretiza em Planos

de Ação).” (PNAI, 2003:50)

1

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Com esta atualização do Diagnóstico Social, pretende-se essencialmente perceber a dinâmica

social concelhia, permitindo o apuramento dos problemas existentes, concorrendo para a

posterior definição de políticas e medidas que sejam socialmente mais justas e adequadas ao

contexto concelhio. Seguindo a filosofia subjacente ao Programa Rede Social, o presente

Diagnóstico Social será, portanto, a base para a concretização do Plano de Desenvolvimento

Social (PDS 2019-2021).

Optou-se por manter a estrutura do anterior Diagnóstico, efetuando a sua atualização. Deste

modo, num primeiro capítulo faremos um breve síntese, por áreas temáticas, dos principais

aspetos a realçar ao nível concelhio.

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CARACTERIZAÇÃO DO CONCELHO POR ÁREAS TEMÁTICAS

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

O concelho de Castro Daire situa-se na região Centro (NUT II), distrito de Viseu, e está

inserido na sub-região Dão/Lafões (NUT III). O concelho ocupa uma área equivalente a 379

Km2, distribuída pelas suas 16 freguesias: Almofala, Cabril, Castro Daire, Cujó, Gosende,

Mões, Moledo, Monteiras, Pepim, Pinheiro, São Joaninho, União das Freguesias de

Mamouros, Alva e Ribolhos; a União das Freguesias Mezio e Moura Morta, União das

Freguesias de Ester e Parada de Ester; a União das Freguesias de Picão e Ermida, por fim a

União das Freguesias de Reriz e Gafanhão. Entre estas freguesias contam-se duas vilas:

Castro Daire e Mões (vila desde 21 de Junho de 1995).

Mapa 1: Localização do Concelho de Castro Daire

Fonte: www.ine.pt

Confina a Norte com os concelhos de Tarouca, Lamego, Resende e Cinfães; a Este com Vila

Nova de Paiva; a sul com Viseu e a Oeste com S. Pedro do Sul e Arouca. Sob o ponto de vista

eclesiástico, o concelho reparte-se pelas dioceses de Lamego e de Viseu, sendo a divisória

marcada pelo rio Paiva.

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INDICADORES DEMOGRÁFICOS

Do ponto de vista demográfico, o concelho de Castro Daire contava em 2011, segundo o

Instituto Nacional de Estatística, com 15339 habitantes, dos quais, 7370 homens (48%) e 7969

(52%) mulheres. Relativamente à distribuição por grupos etários, o cenário era o seguinte:

Quadro n.º 1: População concelhia, por grupos etários, em 2011

0-14 15-64 ≥65 Anos Total

2031 9142 4166 15339 Fonte: XV Recenseamento Geral da População, 2011, INE.

De salientar que entre os últimos recenseamentos (2001 e 2011) o concelho perdeu 1651

habitantes.

Gráfico n.º 1: Evolução da População do concelho entre 1950 e 2011

Fonte: IX, X, XI, XII, XII, XIV, XV Recenseamentos Gerais da População, INE.

Relativamente à estrutura da população, a forma mais prática de analisarmos a distribuição da

população na sua repartição por sexo e idades é através da representação gráfica que

designamos por pirâmide etária.

As pirâmides etárias seguintes permitem-nos uma melhor perceção do comportamento

demográfico entre 1950 e 2011. Verifica-se, portanto, que a população concelhia tem

envelhecido constantemente, o que se perceciona pela alteração da forma das pirâmides.

4

1950 1960 1970 1980 1991 2001

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

26656

24901

2150520411

18156

16990

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>85

80-84

75-79

70-74

64-69

60-64

55-59

50-54

45-49

40-44

35-39

30-34

25-29

20-24

15-19

10-14

5-9

0-04

01234567 0 1 2 3 4 5 6 7

Homens

Mulheres

Enquanto que em 1950 a pirâmide se apresentava em forma de “acento circunflexo”

característica de territórios com população jovem, em 2001 assume já a forma de “urna”, típica

de populações envelhecidas, mais acentuada ainda em 2011.

Gráfico n.º 2: Pirâmide etária em 1950

Fonte: XIII Recenseamento Geral da População

Gráfico n.º 3: Pirâmide etária em 2001

Gráfico n.º 4

Pirâmide etária em 2001

Fonte: XIV Recenseamento Geral da População, INE

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Gráfico n.º 4: Pirâmide etária em 2011

Fonte: XV Recenseamento Geral da População, INE

O Índice de envelhecimento e os rácios de dependência são igualmente indicadores relevantes

que facilitam a compreensão do comportamento demográfico do território em análise.

Quadro n.º 2: Rácios de dependência e Índice de Envelhecimento do Concelho

Anos 1991 2001 2011

R.D. Jovens 35,84 26,29 22,22

R.D. Idosos 34,24 38,09 45,57

R.D. Total 70,08 64,38 67,79

Índice de Envelhecimento 95,53 144,9 205,1 Fonte: XIII, XIV e XV Recenseamentos Gerais da População, INE

Em 2011, o concelho de Castro Daire apresentava um rácio de dependência total de 67,79, ou

seja, por cada 100 pessoas potencialmente ativas existiam cerca de 68 pessoas em idades

não ativas (“jovens” e “idosos”).

O Rácio de Dependência dos Jovens (22,22 em 2011) denota que estes estão a perder peso

na estrutura demográfica a par de um acréscimo do peso de idosos (R. D. Idosos = 45,57, em

2011).

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Síntese: principais aspetos a reter

Diminuição populacional constante, desde 1950 a 2011, com uma perda populacional

no período de 11 317 habitantes e consequente desertificação populacional de algumas

aldeias, principalmente as mais isoladas. De realçar que entre 2001 e 2011, o concelho

perdeu 1651 pessoas, segundo o INE.

Duplo envelhecimento da população concelhia, provocado quer pelo aumento da

esperança de vida, quer pela diminuição da natalidade, tal como pode, claramente, ser

observado pela alteração da configuração das pirâmides etárias apresentadas.

Aumento do número de famílias a residir no concelho, sendo cada vez menos

numerosas, tendo maior representatividade no concelho as famílias constituídas por

dois e três membros, em parte devido à diminuição da taxa de natalidade a que,

certamente, não é alheio o agravamento do custo de vida.

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INDICADORES ECONÓMICOS

As dinâmicas económicas de uma população constituem importantes indicadores do estado de

desenvolvimento de determinado território. Assim é fundamental perceber a dinâmica

económica local, para podermos deslindar possíveis fraquezas em presença e,

posteriormente, delinear estratégias que promovam o integral desenvolvimento social.

Quadro n.º 3: População Economicamente ativa Empregada (%)

Sectores deatividade

1950 1991 2001 2011

Primário 88 54,3 22 8,7

Secundário 5 18,3 29 26,2

Terciário 7 27,4 49 65,1 Fonte: XIV e XV Recenseamento Geral da População, INE.

Quadro n.º 4: Indicadores concelhios (2011)

Indicadores Valor Ano de referência

Poder de compra concelhio (%) 0,087

2011Indicador per capita concelhio 60,48

Factor de dinamismo relativo concelhio -0,Fonte: Estudo sobre o poder de compra concelhio – 2011, INE.

Síntese: principais aspetos a reter

Diminuição drástica do peso do sector agrícola, poderá encontrar justificação na sua

pouca rentabilidade, agravado pelo envelhecimento da mão-de-obra, normalmente com

níveis de escolaridade muito baixos, ao que acresce a reduzida dimensão das parcelas

agrícolas;

O sector terciário assume a primazia, ocupando 49% da população ativa, em detrimento

do primário que sempre predominou no concelho e ocupa agora apenas 22% da

população. O sector secundário encontra-se ainda pouco consolidado.

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EDUCAÇÃO

“a qualificação dos recursos humanos é, cada vez mais, um fator decisivo para qualquer

processo de desenvolvimento(...). Com efeito, se queremos ter recursos humanos qualificados,

temos que começar por ter um ensino de qualidade, assegurando desde o início uma rede

escolar e de formação bem dimensionada e especialmente bem distribuída.”

(Antunes, 1995: 19)

Os recursos humanos e a sua qualificação são um aspeto muito importante e um elemento

estratégico ao desenvolvimento das sociedades. Torna-se, portanto, importante fazer uma

análise da situação escolar do concelho.

É particularmente importante registar, neste capítulo, a existência de um único Agrupamento

de Escolas no concelho – Agrupamento de Escolas de Castro Daire, em funcionamento desde

o início do ano letivo 2010/2011.

Indicadores Gerais de Educação

Quadro n.º 5: Taxa de Analfabetismo (2011)

Taxa deanalfabetismo

Castro DaireRegião Dão-

LafõesRegião Centro Portugal

1991 24,4 14,7 20,0 11,0

2001 18,0 11,6 10,9 9,0

2011 11,4 7,1 6,4 5,2 Fonte: INE - Recenseamentos Gerais da População, 2011

Relativamente à taxa de analfabetismo apesar da sua diminuição, esta situava-se ainda nos

18% em 2001, contra os 24,4% de 1991. De acordo com o resultado dos censos 2011, a taxa

de analfabetismo no Concelho de Castro Daire situava-se em 11,4%.

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Quadro n.º 6: População residente segundo o nível de ensino atingido, em 2011

Nível de Ensino Total (%)

Nenhum 16,2

1.º Ciclo 43,9

2.º Ciclo 13,9

3.º Ciclo 8,3

Secundário 8,3

Médio 0,3

Superior 3,7Fonte: XV Recenseamento Geral da População, INE.

Quadro n.º 7: Insucesso Escolar

Anos Letivos 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário

2013/2014 6,3 11,4 12,1 10,5

2015/2016 6,4 4,0 8,4 11,0

2017/2018 2,0 0,4 6,6 14,1Fonte: Agrupamento de Escolas de Castro Daire, 2018

Relativamente ao insucesso escolar verificamos que do 1º ao 3º ciclo houve uma redução

significativa, contrariamente ao secundário cujo insucesso tem aumentado pelo facto da

escolaridade se ter tornado obrigatória até ao 12º ano, os programas terem sido alterados e

serem muito extensos e complexos.

Agrupamento de Escolas de Castro Daire

Desde o ano letivo 2010/2011, o município de Castro Daire passou a dispor de um único

agrupamento de escolas – Agrupamento de Escolas de Castro Daire. No que concerne ao

ensino profissional, além da oferta de cursos profissionais pelo Agrupamento de Escolas,

temos ainda a oferta da Escola Profissional Mariana Seixas.

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Quadro n.º 8: Estabelecimentos de Ensino

Nº de estabelecimentos de ensino

2015/2016 2017/2018

Pré-escolar:

Público 17 15

Privado 1 1

1º Ciclo 14 14

2º Ciclo 2 2

3º Ciclo 3 3

Escola Profissional Privada

1 1

Secundário 1 1

Total 39 37Fonte: Município de Castro Daire, 2018

Respostas Educativas na área do Município

No ano letivo 2017/2018, a rede escolar era constituída por um total de 37 estabelecimentosde ensino dois dos quais do setor privado.

Quadro n.º 9: N.º de alunos por estabelecimento de ensino

Nº total de alunos 2015/2016 2017/2018

Pré-Escolar242 235

Público

Privado 31 37

1º Ciclo 451 439

2º Ciclo 300 230

3º Ciclo 395 425

Secundário 399 367

Mariana Seixas 59 54

Total 1877 1787Fonte: Respetivas entidades, 2018

A redução constante do numero de alunos a frequentar os estabelecimentos de ensino na área

do município tem levado, de ano para ano, à reestruturação da rede escolar.

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Quadro n.º 10: Escola Profissional Mariana Seixas

Anos 2015/2016 2017/2018

1º Gestão 13 6

1º Ener. Renov. 13 10

2º Gestão 6 5

2º Ener. Renov. 6 5

3º Gestão 8 6

3º Ener. Renov. 13 7

9º ano 0 15

Total 59 54Fonte: Escola Profissional Mariana Seixas, 2018

Ao analisar o quadro verifica-se uma ligeira diminuição de alunos inscritos. Passando a dispor

do 9º ano de escolaridade no ultimo ano letivo.

Quadro n.º 11: Alunos com Necessidades Educativas Especiais

Nº de alunos 2015/2016 2017/2018

Pré-Escolar 3 1

1º Ciclo 22 18

2º Ciclo 26 18

3º Ciclo 30 42

Secundário 6 19

Total 87 98Fonte: Agrupamento de Escolas de Castro Daire, 2018

Da análise do quadro acima verificamos um aumento de aluno com necessidades educativasespeciais.

Centro Qualifica

O Centro Qualifica do Agrupamento de Escolas de Castro Daire é uma estrutura criada com a

missão de acolher, informar, orientar e encaminhar adultos com idade igual ou superior a 18

anos que procurem uma qualificação e, excecionalmente, jovens que não se encontrem a

frequentar modalidades de educação ou de formação que não estejam inseridos no mercado

de trabalho.

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Atua mobilizando dinâmicas de aprendizagem ao longo da vida, contribuindo para a redução

do défice de qualificações de ativos quer pela orientação dos jovens para uma formação de

partida mais centrada na vertente profissional, quer ainda pela elevação dos níveis de

qualificação e certificação do seu público adulto.

Importa aqui referir que, o Centro Qualifica vigora desde janeiro de 2017 sendo que, de 2014 a

dezembro de 2016, este serviço tinha a designação de CQEP – Centro para a Qualidade e

Ensino Profissional, sendo até 2013 designado de CNO – Centro de Novas Oportunidades.

No quadro que seguidamente se apresenta encontram-se o número de alunos inscritos e o

número de alunos certificados, nos três últimos anos.

Quadro n.º 12: Alunos inscritos e certificados, por ano letivo.

Ano Letivo Inscritos Certificados

2015/2016 39 9

2016/2017 171 35

2017/2018 347 66Fonte: Agrupamento de Escolas de Castro Daire, 2018

Ação Social Escolar

Quadro n.º 13: Ano Letivo 2015/2016

Níveis de EnsinoNº de alunos por escalão de ASE

Total de alunosEscalão A Escalão B Escalão C

Pré-escolar 98 50 94 242

1º Ciclo 190 121 140 451

Total 288 171 234 693 Fonte: Município de Castro Daire,2018

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Quadro n.º 14: Ano Letivo 2017/2018

Níveis de Ensino

Nº de alunos por escalão de ASETotal de alunos

Escalão A Escalão B Escalão C

Pré-escolar 74 52 109 235

1º Ciclo 182 114 143 439

Total 256 166 252 674 Fonte: Município de Castro Daire,2018

Quadro n.º 15: Ano Let ivo 2015/2016

Níveis de EnsinoNº de alunos por escalão de ASE

Total de alunosEscalão A Escalão B Escalão C

2º Ciclo 109 75 - 184

3º Ciclo 139 113 - 252

Secundário 116 100 - 216

Total 364 288 652 Fonte: Agrupamento de Escolas de Castro Daire, 2018

Quadro n.º 16: Ano Letivo 2017/2018

Níveis de Ensino

Nº de alunos por escalão de ASETotal de alunos

Escalão A Escalão B Escalão C

2º Ciclo 74 56 13 143

3º Ciclo 138 115 22 275

Secundário 100 92 31 223

Total 312 263 66 641 Fonte: Agrupamento de Escolas de Castro Daire,2018

Constata-te que há um numeroso número de alunos a usufruir de escalão de ASE A e B no

Pré-Escolar e 1º ciclo, o que é revelador das dificuldades económicas dos pais/encarregados

de educação e que esse mesmo número tem vindo a crescer apesar de se verificar que o

número de alunos estar a diminuir.

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Componente de Apoio à Família

Com o objetivo de propiciar a correção das desigualdades de ordem socioeconómica da

população pré-escolar e do 1º ciclo, da rede pública, a Câmara Municipal de Castro Daire tem

vindo a implementar medidas e serviços socioeducativos promovendo, assim, igualdade de

oportunidades e o sucesso educativo.

Dando seguimento às indicações do Ministério de Educação e Ciência, no que diz respeito a

uma maior ocupação do tempo dos alunos nas escolas, em consonância com o Agrupamento

de Escolas, a Câmara Municipal tem vindo a promover os serviço de prolongamento de horário

e almoço em todos os jardins de infância onde essa necessidade se manifeste. Tem

igualmente implementado o serviço de almoço em todos os estabelecimento do 1.º Ciclo do

Ensino Básico.

Quadro n.º 17: Ano Letivo 2015/2016

Serviço de Almoço(nº de alunos)

Prol. de Horário(nº de alunos)

Nº de alunos inscritos

Pré-escolar 223 201 242

1º Ciclo 427 - 451

Total 650 201 693 Fonte: Município de Castro Daire,2018

Quadro n.º 18: Ano Letivo 2015/2016

Serviço de Almoço(% de alunos)

Prol. de Horário(% de alunos)

Nº de alunos inscritos

Pré-escolar 92,1% 83,1% 242

1º Ciclo 94,7% - 451

Total 93,8% 29,0% 693 Fonte: Município de Castro Daire,2018

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Quadro n.º 19: Ano Letivo 2017/2018

Serviço de Almoço(nº de alunos)

Prol. de Horário(nº de alunos)

Nº de alunos inscritos

Pré-escolar 225 201 235

1º Ciclo 409 - 439

Total 634 201 674

Fonte: Município de Castro Daire,2018

Quadro n.º 20: Ano Letivo 2017/2018

Serviço de Almoço (% de alunos)

Prol. de Horário(% de alunos)

Nº de alunos inscritos

Pré-escolar 95,7% 85,5% 235

1º Ciclo 93,2% - 439

Total 94,1% 29,8% 674 Fonte: Município de Castro Daire,2018

Verifica-se um elevado número de alunos a usufruir da Componente de Apoio à Família quer

no Pré-Escolar quer no 1º Ciclo.

Relativamente ao Serviço de Almoço, constata-se que muitos dos encarregados de educação

se encontram sem atividade remuneratória e se inscrevem neste serviço. Poderemos concluir

que a necessidade deste serviço está relacionado com a questão das dificuldades

económicas.

No atinente ao Prolongamento de Horário, não é oferecido esse serviço aos alunos do 1º ciclo

em virtude destes terem um horário escolar muito extenso (letivo: 9h às 17.30), podendo entrar

no recinto escolar a partir das 7.30 e sair às 18.30. Já no Pré-Escolar, o horário dos

estabelecimentos escolares é mais curto (9h às 15.30), pelo que se verifica a necessidade de

muitas crianças usufruírem desses serviços.

Atividade de Enriquecimento Curricular no 1º Ciclo do Ensino Básico

Com vista à potenciação da eficácia e qualificação das respostas disponíveis para as famílias,

são promovidas, fora dos tempos letivos, atividades de enriquecimento curricular.

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No ano letivo 2017/2018:

As atividades de Enriquecimento funcionam sobre a alçada do Agrupamento de Escolas de

Castro Daire e as áreas ministradas são respetivamente:

Iniciação à Língua Inglesa;

Atividade Física e Desportiva.

Ensino superior

Em relação ao Ensino Superior é de referir, a atribuição de bolsas de estudo a alunos que

frequentam o ensino superior, destinadas a apoiar sobretudo os estudantes inseridos em

agregados familiares economicamente mais carenciados.

De realçar também a atribuição de Bolsas de Mérito, aos alunos que cumpram as condições

de aproveitamento escolar definidas no Regulamento Municipal.

Síntese: principais aspetos a reter

Diminuição contínua da população escolar, na generalidade dos níveis de ensino.

Existência de um único Agrupamento de Escolas;

Existência de 14 escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, algumas delas de lugar único, o

que não permite a rentabilização e otimização de recursos disponíveis e

disponibilizados para a educação;

Não obstante a redução ocorrida ao nível da taxa de analfabetismo, esta situava-se, em

2011, nos 11,4%. Saliente-se que para esta diminuição muito terá contribuído a

atividade desenvolvida pelo, então, Centro de Novas Oportunidades – CNO- sediado no

Agrupamento de Escolas de Castro Daire, atualmente designado por Centro Qualifica.

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EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O mercado de trabalho é o lugar onde se condensam (e reproduzem) múltiplas desigualdades

sociais, tanto para os que lá permanecem como, sobretudo, para os que dele são excluídos.

Para a população em idade ativa, a maior das desigualdades é, como sabemos, a do

desemprego. Mas a estrutura do desemprego revela-nos, ela própria, grupos sociais

diferenciados - segundo o nível de habilitações, o género e idade.

A expressão formal da procura e oferta de emprego encontra-se nos registos do Instituto de

Emprego e Formação Profissional (IEFP), atualmente facilitada, com a publicação on-line das

estatísticas mensais do desemprego registado por concelho, o que, além nos permitir a análise

de dados bastante recentes, facilita um acompanhamento permanente das flutuações ao nível

do desemprego concelhio.

Assim sendo, da tabela seguinte constam os dados referentes à população desempregada, no

concelho de Castro Daire.

Quadro n.º 21: População desempregada inscrita para emprego

Concelho CastroDaire

GéneroTempo deInscrição

Situação à procura deemprego

TotalHomens Mulheres < 1 ano > 1 ano

1ºEmprego

Novoemprego

Agosto 2018 280 386 320 346 109 557 666

Agosto 2017 329 377 362 344 122 584 706

Agosto 2016 318 386 334 370 83 621 704 Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP, 2018

Pela análise do quadro anterior, verificamos que a população desempregada, inscrita para

emprego, é maioritariamente feminina, isto é, em agosto de 2018, da totalidade dos inscritos

58% era do sexo feminino. De registar a diminuição significativa do número de desempregados

inscritos, em agosto de 2018, comparativamente a 2016.

18

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Quadro n.º 22: População desempregada inscrita para emprego

Castro Daire < 25 anos 25 – 34 anos 35 – 54 anos > 55 anos Total

Agosto 2018 112 124 256 174 666

Agosto 2017 136 109 267 194 706

Agosto 2016 106 119 289 190 704 Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP, 2018

De acordo com o quadro verifica-se que o maior número de desempregados é na faixa etária

dos 35 aos 54 anos.

Quadro n.º 23: Habilitações Literárias da População inscrita no Centro de Emprego

Castro Daire < 1ºciclo 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo secundário superior Total

Agosto 2018 34 175 93 123 196 45 666

Agosto 2017 43 168 129 143 166 57 706

Agosto 2016 49 193 121 129 156 56 704 Fonte: Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP, 2018

Relativamente ao quadro anterior, verifica-se que os inscritos no centro de emprego, até

agosto de 2018, possuíam maioritariamente habilitações inferiores ao ensino secundário.

De salientar que no concelho está sediado um Gabinete de Inserção Profissional (GIP),

ligado à Associação Empresarial de Castro Daire e Beiras, que tem por objetivo apoiar jovens

e adultos desempregados na definição ou desenvolvimento do seu percurso de inserção ou

reinserção no mercado de trabalho.

O concelho conta também com a Associação de Solidariedade Social de Lafões (ASSOL),

cuja atuação está voltada para pessoas desempregadas ou à procura do 1º emprego, com

especiais fragilidades que as impedem de aceder a outra modalidade de formação, ou

acederem ao mercado de trabalho, sem o apoio especializado, nomeadamente pessoas com

deficiência e incapacidade com idade mínima de 16 anos

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AÇÃO SOCIAL

“O papel do apoio social na formação das capacidades

humanas e no desenvolvimento humano é

fundamental”

(PNUD, 1999:77)

“A ação social é um sistema que tem como objetivos fundamentais a prevenção e reparação

de situações de carência e desigualdade sócio-económica, de dependência, de disfunção,

exclusão ou vulnerabilidade sociais, bem como a integração e promoção comunitárias das

pessoas e o desenvolvimento das respetivas capacidades” (ISS, 2005).

Destina-se “também a assegurar a especial proteção aos grupos mais vulneráveis,

nomeadamente crianças, jovens, pessoas com deficiência e idosos, bem como a outras

pessoas em situação de carência económica ou social, disfunção ou marginalização social”

(ISS, 2005).

Do quadro seguinte constam as Instituições de Solidariedade Social (IPSS’s) que atuam na

área do município, que se encontram registadas, com ou sem valências atribuídas.

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Quadro n.º 24: Instituições de Solidariedade Social registadas

IPSSregistadas

Anoregisto

Comactividade

SocialValências desenvolvidas

Santa Casa da Misericórdia de Castro Daire 1982 X

Creche

Jardim de Infância

Apoio Domiciliário

Centro do Dia

Lar de Idosos 1 – Sebastião Vieira

Lar de Idosos 2 – S. Pedro

ATL

Lar Residencial

Residência Autónoma

Centro de Atividades Ocupacionais

Cantina Social

Unidade de Cuidados Continuados

Centro Social da Paróquia de Mões 1990 XApoio Domiciliário

Centro de Dia

Centro Social Paroquial de Cujó 1991 Sem valências

Centro Social Paroquial de Mamouros 1992 X Apoio Domiciliário

Associação Solidariedade Social da Relva 1993 Sem valências

Associação Cultural e Social S. Joaninho 1993 XApoio Domiciliário

Estrutura Residencial para Idosos

Associação S. Social das Lançadeiras de Picão

1995 Sem valências

Centro Social e Paroquial de Lamelas 1999 XApoio Domiciliário

Centro de Dia

Ciática - Centro de Bem Estar Social, CRL 1999 Sem valências

Instituição de Solidariedade Sta. Isabel 2000 X

Lar de Idosos

Apoio Domiciliário

Cantina Social

Casa do Povo de Parada 2000 XApoio Domiciliário

Estrutura Residencial para Idosos

Centro Social da Paróquia de Reriz 2003 X Apoio Domiciliário

Associação Etnográfica e Social do Montemuro

2004 X Apoio Domiciliário

ASSOCREL – Associação de Solidariedade Social, Cultural e Recreativa de Lamas

2006 XApoio Domiciliário

Centro de Dia

NIC – Núcleo de Intervenção Comunitária 2010 Sem valênciasFonte: Centro Distrital de Segurança Social de Viseu/Conselho Local de Ação Social de Castro Daire 2018

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O concelho dispõe de 4 Estruturas Residenciais Para Idosos (ERPI) – Santa Casa da

Misericórdia, Instituição de Santa Isabel, Lar de Esperança e Bem-Estar e Lar de N.ª Sr.ª do

Rosário, situados respetivamente em Castro Daire, sede de concelho, em Cêtos, freguesia de

Pinheiro, S. Joaninho, freguesia de S. Joaninho e Parada de Ester, União das freguesias de

Ester e Parada de Ester.

REDE DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS

A rede de serviços e equipamentos sociais do Município de Castro Daire pertence, na sua

totalidade, a entidades sem fins lucrativos, da rede solidária.

Existem no Município de Castro Daire 10 entidades com estatuto de Instituição Particular de

Solidariedade Social1 criadas com a finalidade de prestar apoio à comunidade a vários níveis.

Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Castro Daire

A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Castro Daire, também denominada Santa

Casa da Misericórdia de Castro Daire foi fundada a 6 de Setembro de 1861, por transformação

da Irmandade das Almas.

1

As Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) são instituições constituídas sem finalidadelucrativa, por iniciativa de particulares, com o propósito de dar expressão organizada ao dever moral desolidariedade e de justiça entre os indivíduos e desde que não sejam administradas pelo Estado ou por corpoautárquico.

22

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Quadro n.º 25: Instituições de Solidariedade Social registadas

Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Castro Daire

RespostasSociais

Nome doEquipamento

Utentes

CapacidadeNº de

apoiadosNº comacordo

Nº devagas

Lista deespera

Creche Creche 68 55 45 13 Sim

EducaçãoPré-escolar

Educação Pré-escolar

50 37 19 13 -

CATLEHILS/ALM

ATL 40 36 30 4 -

SADLar- Setor 2 e Apoio Domiciliário

50 32 23 18 -

Centro de DiaLar – Setor 1 e Centro de Dia

35 7 10 28 -

ERPILar – Setor 1 e Centro de Dia

36 36 36 0 Sim

ERPI Lar – Setor 2 e Centro de Dia

52 52 40 0 Sim

Lar ResidencialLar S. João de Deus

24 24 22 0 Sim

Residência Autónoma

Lar S. João de Deus

5 5 5 0 Sim

Centro Activ. Ocupacionais

CAO e Unidade deCuidados Continuados

30 26 27 4 -

Cantina socialUnidade de Cuidados continuados

17 17 17 0 Sim

Unidade de cuidados continuados

Média (duração) 15 15 15 0 -

Longa (duração) 17 17 17 0 - Fonte: Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Castro Daire, 2018

Abrangência territorial: As respostas sociais são de abrangência concelhia, com exceção das

respostas de unidade de cuidados continuados (média e longa), lar residencial e residência

autónoma que são de abrangência territorial supraconcelhia.

O Concelho dispõe de uma Unidade de Cuidados da Santa Casa da Misericórdia de Castro

Daire designada por Unidade de Saúde Nini Lacerda (USNL).

A Unidade de Saúde Nini Lacerda (USNL) é um estabelecimento do sector social integrado na

Rede Nacional de Cuidados Continuados de Saúde, que presta cuidados continuados de

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saúde e apoio social a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação

de perda transitória de autonomia, potencialmente recuperável, que necessitam de cuidados

clínicos, de reabilitação e de apoio psicossocial, em regime de internamento de média

duração, bem como a pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de

dependência, que necessitam de cuidados clínicos, de manutenção e de apoio psicossocial,

em regime de internamento de longa duração.

Relativamente à deficiência, realçamos a existência do Centro de Atividades Ocupacionais

(CAO) da Santa Casa da Misericórdia de Castro Daire (SCMCD), valência direcionada ao

apoio à deficiência. Também nesta área a SCMCD tem em funcionamento um Lar Residencial

e uma Residência Autónoma para o apoio à deficiência, situados no Mosteiro, freguesia de

Castro Daire.

Centro Social da Paróquia de Mões

Quadro n.º 26: Respostas sociais/utentes

Centro Social da Paróquia de Mões

RespostasSociais

Nome doEquipamento

Utentes

CapacidadeNº de

apoiadosNº comacordo

Nº devagas

Lista de espera

SAD Sede 45 46 35 0 48

Centro de Dia Sede 15 15 15 0 6 Fonte: Centro Social da Paróquia de Mões, 2018

Abrangência territorial:

Freguesia de Mões e zonas limítrofes, sempre com acordo das instituições que prestam

serviço nessas áreas.

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Centro Social Paroquial de Mamouros

Quadro n.º 27: Respostas sociais/utentes

Centro Social Paroquial de Mamouros

RespostasSociais

Nome doEquipamento

Utentes

CapacidadeNº de

apoiadosNº comacordo

Nº devagas

Lista deespera

SAD Sede 75 50 30 25 0 Fonte: Centro Social Paroquial de Mamouros, 2018

Abrangência territorial:

Concelho de Castro Daire: União de Freguesias de Mamouros, Alva e Ribolhos, Freguesia de

Mões (Arcas e Vila Franca), Freguesia de Moledo (Adenodeiro);

Concelho de S. Pedro do Sul: Freguesia de Pindelo dos Milagres (Rio de Mel e Pindelo dos

Milagres) e Freguesia de Figueiredo de Alva (Fermontelos).

Associação Cultural e Social S. Joaninho

Quadro n.º 28: Respostas sociais/utentes

Associação Cultural e Social São Joaninho

RespostasSociais

Nome doEquipamento

Utentes

CapacidadeNº de

apoiadosNº comacordo

Nº devagas

Lista deespera

SAD Sede 30 30 30 0 0

ERPI Sede 43 43 34 0 93 Fonte: Associação Cultural e Social São Joaninho, 2018

Abrangência territorial:

SAD – Freguesias de São Joaninho, Cujó e Almofala;

ERPI - Ao nível da Estrutura Residencial para Idosos tem como abrangência toda a área

geográfica do Concelho de Castro Daire.

Associação Cultural e Social São Joaninho é a entidade coordenadora e mediadora do

Programa Operacional de Apoio às Pessoas mais Carenciadas (POAPMC), com abrangência

em toda a área geográfica do Concelho.

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Instituição de Solidariedade Santa Isabel

Quadro n.º 29: Respostas sociais/utentes

Instituição de Solidariedade Santa Isabel

RespostasSociais

Nome doEquipamento

Utentes

CapacidadeNº de

apoiadosNº comacordo

Nº devagas

Lista de espera

SAD Sede 30 23 25 7 0

ERPI Sede 28 28 25 0 95 Fonte: Instituição de Solidariedade Santa Isabel, 2018

Abrangência territorial:

ERPI: ao nível da Estrutura Residencial para Idosos tem como abrangência territorial oConcelho de Castro Daire.SAD: localidades de Cêtos, Pereira, Faifa, Póvoa do Montemuro, Picão, Campo Benfeito,

Cotelo, Codeçais e Vilar.

ASSOCREL – Associação de Solidariedade Social, Cultural e Recreativa de Lamas

Quadro n.º 30: Respostas sociais/utentes

ASSOCREL

Respostas Sociais

Nome doEquipamento

Utentes

CapacidadeNº de

apoiadosNº comacordo

Nº devagas

Lista deespera

SAD Sede 40 40 27 0 2

Centro Dia Sede 20 3 0 17 0Fonte: Assocrel, 2018

Abrangência territorial:

SAD- Toda a área da Freguesia de Moledo.

ASSOCREL é a entidade mediadora do Programa Operacional de Apoio às Pessoas mais

Carenciadas (POAPMC), na área geográfica do Concelho.

Importa aqui referir que a ASSOCREL aguarda Acordo de Cooperação para Centro de Dia.

26

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Casa do Povo de Parada

Quadro n.º 31: Respostas sociais/utentes

Casa do Povo de Parada

RespostasSociais

Nome doEquipamento

Utentes

CapacidadeNº de

apoiadosNº comacordo

Nº devagas

Lista deespera

SAD Sede 40 33 40 7 0

ERPILar N.ª Sr.ª do Rosário

40 40 25 0 67

Fonte: Casa do Povo de Parada, 2018

Abrangência territorial:

SAD - União das Freguesias de Parada de Ester e Ester e Freguesia de Cabril.

ERPI - Ao nível da Estrutura Residencial para Idosos tem como abrangência territorial o

Concelho de Castro Daire.

Centro Social da Paróquia de Reriz

Quadro n.º 32: Respostas sociais/utentes

Centro Social da Paróquia de Reriz

RespostasSociais

Nome doEquipamento

Utentes

CapacidadeNº de

apoiadosNº comacordo

Nº devagas

Lista deespera

SAD Sede 30 20 15 10 0 Fonte: Centro Social da Paróquia de Reriz, 2018

Abrangência territorial:

União de Freguesias de Reriz e Gafanhão, Pepim e Mosteirô.

27

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Associação Etnográfica e Social de Montemuro

Quadro n.º 33: Respostas sociais/utentes

Associação Etnográfica e Social de Montemuro

RespostasSociais

Nome doEquipamento

Utentes

CapacidadeNº de

apoiadosNº comacordo

Nº devagas

Lista deespera

SAD Sede 35 28 20 7 0 Fonte: Associação Etnográfica e Social de Montemuro, 2018

Abrangência territorial:

União de Freguesias de Mezio e Moura Morta, Gosende e Monteiras.

Centro Social Paroquial de Lamelas

Quadro n.º 34: Respostas sociais/utentes

Centro Social Paroquial de Lamelas

RespostasSociais

Nome doEquipamento

Utentes

CapacidadeNº de

apoiadosNº comacordo

Nº devagas

Lista deespera

SAD Sede 30 15 8 15 0

Centro de Dia Sede 30 10 0 20 0 Fonte: Centro Social e Paroquial de Lamelas, 2018

Abrangência territorial:

Paróquia de Lamelas, Freguesia de Castro Daire, União de freguesias de Picão e Ermida.

28

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Quadro n.º 35: Taxa de cobertura das Respostas Sociais (2014)

Resposta Social Taxa de Cobertura

(%)2004 (%) 2011

Creche 4,0 21,0

Lar de Idosos 1,7 4,8

Centro de Dia 0,8 2,7

Serviço de Apoio Domiciliário 3,2 6,9 Fonte: Centro Distrital de Viseu, ISS, IP, 2014

Quadro n.º 36: Taxa de Pensionistas

Taxa de Pensionistas

2011 2013

Portugal 39,4 40,6

Centro 41,2 42,3

Região Dão-Lafões 40,7 41,7

Castro Daire 49,5 49,6Fonte: INE – Estimativas anuais da população residente, 2014

RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO – RSI

Equipa RSI

Em 2005, decorrente de um Protocolo celebrado entre a Segurança Social e a IPSS - Santa

Casa da Misericórdia de Castro Daire, foi criada uma Equipa Multidisciplinar RSI composta por

três técnicos superiores (serviço social; psicologia e educação social) e três ajudantes de ação

direta. O financiamento foi assegurado pelo Instituto de Segurança Social (ISS.IP). Esta equipa

tem objetivo trabalhar os agregados familiares beneficiários da prestação RSI, tendo em vista

a sua autonomização em relação à medida RSI.

29

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Quadro n.º 37: Beneficiários do Rendimento Social de Inserção – RSI

Nº de Famílias Acompanhadas Nº de Beneficiários Abrangidos

Maio 2018 151 297

Novembro 2017 145 284

Maio 2017 145 284

Novembro 2016 137 279

Junho 2016 129 262

Julho 2015 121 255 Fonte: Centro Distrital de Viseu, ISS, IP, 2018

Tendo por referência a população residente, estimada pelo INE, em 2017, cerca de 2% é

beneficiária de Rendimento Social de Inserção.

30

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COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS DE CASTRO DAIRE

No que respeita à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Castro Daire, atualmente é

constituída por 19 elementos, dos quais nove fazem parte da Comissão Restrita e os restantes

integram a Comissão na sua modalidade alargada.

Caracterização Processual

Quadro n.º 38

Processos (Crianças/Jovens) – 2017

Nº total de

Processos

Transitados Instaurados Reabertos Total

30 25 2 57 Fonte: CPCJ Castro Daire, 2018

Quadro n.º 39

Processos Arquivados – 2017 Processos Ativos

Nº total de Processos

Arq. Liminar ArquivadosTotal

Arquivados 522 24 26

Fonte: CPCJ Castro Daire, 2018

Quadro n.º 40

Total Crianças/Jovens Acompanhados 2016

Faixas etárias Transitados Instaurados Reabertos Arquivados

0-2 3 6 1 3

3-5 5 0 0 2

6-10 12 2 0 7

11-12 5 4 0 5

13-14 2 5 0 3

15-17 3 8 1 6

Total 30 25 2 26 Fonte: CPCJ Castro Daire, 2018

31

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Quadro n.º 41: Naturalidade

Processos

Mesmo Concelho da CPCJ 49

Outros Concelhos do País 8

TOTAL 57 Fonte: CPCJ Castro Daire, 2018

Quadro n.º 42: Sinalização / Participação da Situação

Entidades sinalizadoras - 2017 Processos

Familiares 13

Ministério Público/Tribunal 1

Própria Comissão 3

Autoridades policiais 12

Serviços de Segurança Social 3

Estabelecimentos de Saúde 0

Estabelecimentos de Ensino 14

Outra CPCJ 1

Santa Casa da Misericórdia 2

EMAT 0

IAC 1

ELI 3

Anónima 4 Fonte: CPCJ Castro Daire, 2018

32

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Quadro n.º 43: Motivos de Intervenção

Problemáticas - 2018 Processos

Abandono Parental 3

Absentismo Escolar 7

Abandono Escolar 1

Exposição a modelos de comportamentos desviantes (agressão

intrafamiliar, incump. Responsabilidades parentais)12

Comportamentos desviantes (Consumos de estupefacientes, furtos,

indícios de delinquência, prostituição) 9

Maus-tratos físicos 1

Maus-tratos psicológicos / Abuso emocional 5

Negligência Parental 5

Negligência grave 4

Exp. Violência Doméstica 7

Suspeita de Abuso Sexual 0

Entregue a si próprio (Período noturno) 1

Vítimas de Bullyng 1

Alienação Parental – Procedimento cível 1

TOTAL 57 Fonte: CPCJ Castro Daire, 2018

Quadro n.º 44: Medidas

Medidas – 2017 Processos

Apoio junto dos pais 27

Apoio junto de outro familiar 8

Acolhimento institucional 2

Confiança a Pessoa Idónea 0

TOTAL 37 Fonte: CPCJ Castro Daire, 2018

33

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Quadro n.º 45: Arquivamento

Arquivamento – 2017 Processos

Arquivamento Limiar 5

Arquivados

Não se confirma 1

Já não subsiste 15

Atingiu maioridade 1

Remetidos a Tribunal

Incumprimento reiterado do APP 1

Retirada consentimento para a intervenção

3

Oposição do jovem à intervenção 0

Ausência de Consentimento 0

Apensação a processo Judicial 0

Procedimento de urgência (art. 91º) 0

TOTAL 26 Fonte: CPCJ Castro Daire, 2018

Relativamente ao ano de 2017, a CPCJ acompanhou 57 processos, dos quais 26 foram

arquivados e 31 continuam ativos.

No que diz respeito às sinalizações estas provém na sua grande maioria dos Estabelecimentos

de Ensino (14 sinalizações), seguindo-se os Familiares (13 sinalizações), Autoridades Policiais

(12 sinalizações). A CPCJ recebeu 4 sinalizações anónimas e 1 sinalizações provenientes de

outras Comissões. Das restantes entidades que sinalizaram, destacam-se, os Serviços da

Segurança Social (3), serviços da ELI (3), a própria CPCJ (3), a Santa Casa da Misericórdia

(2), o Ministério Público (1) e o IAC (1).

No que se refere ao motivo de intervenção da Comissão, a exposição a modelos de

comportamentos desviantes assume (12 casos), seguindo-se os comportamentos desviantes

(9 casos), exposição a violência doméstica (7 casos), o absentismo escolar (7 casos), entre

outros.

Importa neste capítulo igualmente registar uma realidade que, embora preocupante, as

estatísticas, oficiais ou não, não permitem uma fundamentação mais objetiva do que é sentido

34

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como problema e, mais do que isso, como uma ameaça ao futuro, sobretudo, dos jovens deste

concelho. Falamos aqui, da abordagem de crianças, em idade escolar, por grupos de

persuasão, que poderemos mesmo chamar “correios de droga” que, de facto, se está a

assumir-se como uma realidade preocupante e em crescimento, facilmente percebida por

alguns pais e encarregados de educação mais atentos, por associações de pais e

encarregados de educação e pelas entidades que, neste concelho, atuam sobretudo na área

social.

De salientar que, pela perceção desta realidade, os jovens diretamente envolvidos nesta

problemática são, não raras vezes, oriundo de estruturas familiares disfuncionais ou

desestruturadas, onde se assiste normalmente à demissão do papel parental, por parte dos

pais, delegando na escola e noutras entidades a sua principal função, sendo os próprios

jovens a “ditar as regras”, com a anuência dos pais.

No que se refere ao consumo de drogas, embora não seja um problema generalizado, é tanto

mais preocupante, quanto sabemos que afeta sobretudo camadas mais jovens, daí a

importância de uma veemente aposta na prevenção primária das toxicodependências, como

forma de “incentivar o envolvimento da sociedade civil no sentido de desenvolver projetos de

prevenção em meio escolar e familiar, junto de jovens não escolarizados e em espaços de

lazer e desportivos, …” (PNAI, 2003: 49).

VULNERABILIDADE SOCIAL: IDOSOS ISOLADOS E PORTADORES DE DEFICIÊNCIA

Assumindo a problemática da solidão e isolamento da pessoa idosa bastante relevância no

contexto atual de acentuado envelhecimento demográfico, agravado pela dispersão e

dimensão do concelho, assim como o incipiente conhecimento da realidade concelhia no que

concerne à deficiência, foi elaborado um questionário de recolha de dados junto dessa

população alvo. Metodologicamente recorreu-se às parcerias existentes, nomeadamente

juntas de freguesia e IPSS’s, para que se procedesse à prévia identificação da população

visada. Posteriormente foi aplicado o questionário, in loco, a todos os sinalizados, abrangendo

35

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um universo total de 320 indivíduos. Foi posteriormente tratado recorrendo a programa

específico de tratamento de dados desta natureza. Seguidamente apresentamos os principais

resultados obtidos, permitindo-nos, deste modo, conhecer melhor a realidade concelhia.

Quadro n.º 46: N.º de Inquiridos por Freguesia

FreguesiaSexo

TotalFeminino Masculino

Almofala 14 12 26

Cabril 27 27 54

Castro Daire 9 5 14

Cujó 2 3 5

Gosende 14 4 18

Mões 6 8 14

Moledo 3 8 11

Monteiras 5 5 10

Pepim 33 21 54

Pinheiro 3 4 7

São Joaninho 3 4 7

União das Freguesias de Mamouros, Alva e Ribolhos 17 13 30

União das Freguesias de Mezio e Moura Morta 7 5 12

União as Freguesias Parada de Ester e Ester 2 2 4

União das Freguesias de Picão e Ermida 19 25 44

União das Freguesias de Reriz e Gafanhão 6 4 10

TOTAL 170 150 320

Fonte: Inquérito por questionário, 2014

Quadro n.º 47: Nº de Inquiridos por Estado Civil

Estado Civil

TotalSolteiro/a Casado/a União deFacto

Viúvo/a Divorciado/a

Nº deinquiridos

77 98 2 130 13 320

(%) inquiridos 24,1% 30,6% 0,6% 40,6% 4,1% 100% Fonte: Inquérito por questionário, 2014

36

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Quadro n.º 48: N.º de Inquiridos por Estado Civil

Grau de Escolaridade

Não sabe lernem escrever

Sabe ler eescrever

EnsinoBásico

ns/nr Total

Nº deinquiridos

130 89 95 6 320

(%) inquiridos 40,6% 27,8% 29,7% 1,9% 100% Fonte: Inquérito por questionário, 2014

Quadro n.º 49: Agregado Familiar dos Inquiridos:

Composição do Agregado Familiar

A pessoa vive sozinha Agregado Total

Nº de inquiridos 164 156 320

(%) inquiridos 51,2% 48,8% 100% Fonte: Inquérito por questionário, 2014

Quadro n.º 50: Nº de anos no local de residência

Anos de residência na atual habitação (%)

<5 [5,15] [16,25] [26,35] [36,45] >45 ns/nr Total

Casa 4,1 11,6 7,8 9,7 12,5 47,2 6,3 99,1

Outra 0 0,3 0 0,3 0 0 0 0,6

ns/nr 0 0 0 0 0 0 0,3 0,3

total 4,1 11,9 7,8 10,0 12,5 47,2 6,6 100 Fonte: Inquérito por questionário, 2014

Quadro n.º 51: % de pessoas inquiridas que vivem isoladas integradas em resposta social

Integração em alguma resposta socialApoio

DomiciliárioLar

ResidencialApoio Informal-

FamíliaNão seaplica

Total

Pessoas inquiridas que vivem isoladas

23,2 % 1,2 % 0,6% 75,0% 100%

Fonte: Inquérito por questionário, 2014

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Quadro n.º 52: Condições habitacionais

CondiçõesHabitacionais

Sim Não Total

N % N % N %

Água Canalizada 274 85,6 46 14,4 320 100

Rede de Esgotos 106 33,1 214 66,9 320 100

Frigorifico 285 89,1 35 10,9 320 100

Esquentador 217 67,8 103 32,2 320 100

Fogão 298 93,1 22 6,9 320 100

Telefone 185 57,8 135 42,2 320 100

Televisão 261 81,6 59 18,4 320 100 Fonte: Inquérito por questionário, 2014

Quadro n.º 53: Problemas de saúde

Problemas de Saúde

Sim Não Total

N % N % N %

Respiratórios 64 20 256 80 320 100

Urinários 55 17,2 265 82,8 320 100

Reumáticos 128 40,0 192 60,0 320 100

Cardíacos 115 35,9 205 64,1 320 100

Hipertensão 164 51,2 156 48,8 320 100

Diabetes 74 23,1 246 76,9 320 100

Intestinais 48 15,0 272 85,0 320 100

D.infeto-contagiosas

0 0 320 100 320 100

D. oncológicas 11 3,4 309 96,6 320 100

Sistema Nervoso 53 16,6 267 83,4 320 100

Depressão 18 5,6 302 94,4 320 100

Auditivos 56 17,5 264 82,5 320 100

Visão 110 34,4 210 65,6 320 100

Outro 75 23,4 245 76,6 320 100 Fonte: Inquérito por questionário, 2014

38

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Quadro n.º 54:

Percentagem de pessoas inquiridas portadoras de deficiência (88 pessoas) integradas em resposta social:

Integração em alguma resposta social

Sim Não

Pessoas inquiridas portadoras de alguma deficiência

27,3% 72,7%

Fonte: Inquérito por questionário, 2014

Quadro n.º 55

Percentagem de pessoas inquiridas portadoras de deficiência (88 pessoas) com incapacidade adquirida:

Pessoas inquiridas portadoras de deficiência

Sim Não Total

Incapacidade adquirida

61,4 % 38,6 % 100%

Incapacidade Congénita

22,7 % 77,3% 100%

Fonte: Inquérito por questionário, 2014

Quadro n.º 56

Relação em percentagem de pessoas inquiridas portadoras de deficiência (88 pessoas) com as respetivas

deficiências:

Pessoas inquiridas portadoras de deficiência

Sim Não Total

Deficiência Auditiva 23,9% 76,1% 100%

Deficiência Mental 21,6% 78,4% 100%

Deficiência Visual 31,8% 68,2% 100%

Deficiência Física/motora 40,9% 59,1% 100%

Deficiência Múltipla 6,8% 93,2% 100% Fonte: Inquérito por questionário, 2014

39

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Quadro n.º 57

Relação em percentagem de pessoas inquiridas portadoras de doença mental (22 pessoas) com as respectivas

patologias:

Pessoas inquiridas portadoras de doença mental

Sim Não Aplicável Total

Depressão 68,2% 31,8% 100%

Fobias 0% 100% 100%

Transtorno Bipolar 4,5% 95,5% 100%

Esquizofrenia 4,5% 95,5% 100%

Transtorno de Ansiedade 4,5% 95,5% 100%

Demência 13,6% 86,4% 100%

Transtorno Obsessivo Compulsivo

9,1% 90,9% 100%

Outro 4,5% 95,5% 100% Fonte: Inquérito por questionário, 2014

Quadro n.º 58

Visão das pessoas inquiridas (88 pessoas) com deficiência em relação à deficiência

Pessoas inquiridas portadoras de deficiência

Como vê as pessoas com deficiência?

Sim Não Total

Marginalizadas 4,5% 95,5% 100%

Excluídas 15,9% 84,1% 100%

Inúteis 9,1% 90,9% 100%

Participativas 20,5% 79,5% 100%

Úteis 22,7% 77,3% 100% Fonte: Inquérito por questionário, 2014

40

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Quadro n.º 59

Visão das pessoas inquiridas (88 pessoas) com deficiência em relação à visão das outras pessoas próximas

Pessoas inquiridas portadoras de deficiência

Como acha que os seus familiares ou pessoas próximas o veem?

Sim Não Total

Asilada 2,3% 97,7% 100%

Menosprezada 4,5% 95,5% 100%

Marginalizada 2,3% 97,7% 100%

Objeto de Caridade 12,6% 87,4% 100%

Excluída 4,5% 95,5% 100%

Inútil 8,0% 92,0% 100%

Participativa 44,3% 55,7% 100%

Útil 55,7% 44,3% 100%

Fonte: Inquérito por questionário, 2014

AUXILIO E INTERVENÇÃO EMERGENCIAL PARA CALAMIDADES

O concelho de Castro Daire encontra-se inserido numa extensa área florestal, tendo em 2017

sido fustigado pelos incêndios, em que se registou uma área ardida de 4 681,93 hectares.

Embora não se tenham identificado desalojados, ocorreram perdas consideráveis ao nível da

floresta e infraestruturas, sobretudo de apoio à agricultura lesando as famílias afetadas.

Síntese: principais aspetos a reter

Baixa taxa de cobertura das valências de apoio à infância;

Considerável número de pessoas portadoras de deficiência;

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Considerável número de pessoas idosas a viver em situação de isolamento, geográfico

e/ou social, onde a solidão noturna se evidencia. De salientar que, no concelho, não

existem Centros de Noite, que ajudariam a colmatar o problema.

Considerável número de beneficiários de Rendimento Social de Inserção (2% face à

população total em 2017), registando-se, ligeiro aumento do número total de

beneficiários abrangidos pela medida RSI, comparativamente aos dados constantes no

anterior Diagnóstico Social;

Considerável número de sinalizações de crianças e jovens em situação de risco, junto

da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Castro Daire;

Consumo e tráfico de drogas por parte de adolescentes;

Concelho fustigado por incêndios florestais.

42

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HABITAÇÃO, HABITAÇÃO SOCIAL E INFRAESTRUTURAS

“As condições de habitação constituem indicador privilegiado para deteção

das frações mais marginalizadas da população”

(Rosa Couto, 1999)

A habitação constitui, indubitavelmente, a expressão mais visível da condição social da

população. A carência de alojamentos e de equipamentos complementares constitui um

problema humano e um forte condicionante do progresso económico de qualquer território. Ao

constituir um problema social, a habitação não é indissociável do próprio acesso a bens e

recursos fundamentais.

De acordo com os resultados dos Censos 2011, residiam no Concelho de Castro Daire 5971

famílias clássicas e 4 famílias institucionais, relativamente aos censos de 2001 o número de

famílias clássicas diminuiu, tendo aumentado o número de famílias institucionais.

As famílias clássicas concelhias são maioritariamente constituídas por um e dois elementos.

Seguem-se as famílias com 3 e 4 elementos. São já em número reduzido as famílias com

cinco ou mais elementos. Concluímos, que as famílias concelhias são menos numerosas, no

entanto comparativamente aos censos de 2001 estas aumentaram a sua dimensão.

Estas alterações resultam, em parte, do modelo de fecundidade controlada, a que não são

alheias as hodiernas circunstâncias económicas, sociais e profissionais. A diminuição da

percentagem de população em idade fértil teve também a sua influência.

No quadro que seguidamente se apresenta, consta a distribuição das famílias, alojamentos

familiares e edifícios, por cada uma das freguesias do concelho.

43

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Quadro n.º 60: Famílias, Alojamentos Familiares e Edifícios existentes no concelho em 2011, por freguesia

FamíliasAloj.

familiares2 Edifícios3

Concelho 5989 12536 11631

Almofala 104 261 261

Alva 196 350 347

Cabril 170 441 439

Castro Daire 1664 3044 2209

Cujó 126 278 277

Ermida 115 291 285

Ester 98 250 248

Gafanhão 63 207 206

Gosende 188 602 601

Mamouros 246 455 422

Mesio 161 348 348

Mões 713 1530 1527

Moledo 523 1092 1088

Monteiras 189 455 455

Mouramorta 56 129 127

Parada de Ester 273 599 599

Pepim 144 255 255

Picão 98 238 232

Pinheiro 351 698 693

Reriz 279 536 536

Ribolhos 103 170 169

São Joaninho 129 307 307Fonte: XV Recenseamento Geral da População, 2011, INE.

Naturalmente, o maior número de famílias, alojamentos e edifícios concentram-se na

Freguesia de Castro Daire, a mais urbana do concelho. Aliás, esta distribuição tem uma

relação linear relativamente à distribuição da população por freguesia. A grande maioria dos

alojamentos destinam-se à residência habitual e permanente das famílias.

Analisemos, agora, as condições existentes nos alojamentos concelhios.

2 Alojamento familiar: unidade de habitação que, pelo modo como foi construída, ou como está a ser utilizada, se destina a alojar, normalmente apenas uma família.

3 Edifícios: Construção independente, compreendendo um ou mais alojamentos, destinados à habitação de pessoas.

44

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Quadro n.º 61: Alojamentos familiares, segundo o número de instalações existentes, em 1991 e 2011

Instalações existentes 1991 2001 2011

Com retrete no alojamento 4095 4959 5723

Com dispositivo de descarga 3504 4752 5654

Sem dispositivo de descarga 591 207 69

Retrete fora do alojamento mas no edifício 93 232 5

Sem retrete 1583 601 174

Com água canalizada no alojamento 4148 5338 5765

Com água canalizada fora do alojamento mas noedifício

69 59 12

Sem água canalizada 2267 395 125

Com instalações de banho ou duche 3253 4769 5578

Sem instalações de banho ou duche 2518 1023 324 Fonte: XIII , XIV e XV Recenseamento Geral da População, INE, 2011

Pela análise dos dados apresentados, estes indicam-nos claramente que no concelho se

registou uma significativa melhoria das condições higiénico-sanitárias. Não obstante, ainda

existem famílias que vivem abaixo dos limiares mínimos, reflexo das condições sócio-

económicas em que vivem, que as coloca em situação de risco de exclusão.

No que concerne à habitação social, os seus principais objetivos, passam pela solução dos

problemas mais graves de carência habitacional, facilitando o acesso a uma habitação

condigna por parte das famílias economicamente mais carenciadas.

Neste sentido, o Município de Castro Daire, construiu, nas décadas de 70 e 80, alguns bairros

de habitação social, todos eles na vila de Castro Daire: Bairro das Casas Pré-fabricadas

(Quinta da Regada); Bairro das Eiras; Bairro da Ferraria e Bairro do Castelo. No entanto,

atualmente, apenas algumas habitações, do Bairro da Ferraria, são pertença do Município.

A autarquia, através do Programa Municipal de Apoio à Melhoria Habitacional, presta apoio a

famílias em situação de maior vulnerabilidade social, na beneficiação das suas habitações.

Este programa destina-se à reparação e beneficiação das habitações, por forma a conferir

melhoria das condições da habitação, a qualidade de vida dos residentes e a qualificação do

espaço envolvente, dando assim, resposta a situações de degradação habitacional.

45

Page 51: Diagnóstico Social - Castro Dairecm-castrodaire.pt/images/stories/pdf/clas-diagnosticos2018.pdf · Secundário 5 18,3 29 26,2 Terciário 7 27,4 49 65,1 Fonte: XIV e XV Recenseamento

SAÚDE

As “condições de saúde de uma população relacionam-se fortemente com o nível de

desenvolvimento sócio-económico, pois dependem, por um lado, da capacidade de oferta em

quantidade, qualidade e eficiência de serviços de saúde e da sua acessibilidade e, por outro, das

condições gerais de vida, que se reportam à alimentação, à habitação, ou mesmo ao meio

ambiente”

(Almeida et all.; 1994: 51)

O concelho de Castro Daire, dispõe atualmente de um Centro de Saúde que integra no seu

edifício de Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), uma Unidade de Saúde

Familiar (USF Montemuro) e uma Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC Nova D´Aire)

localizados na sede de concelho, um polo de saúde em Mões da USF e uma extensão de

saúde em Parada de Ester afeta à UCSP. O polo de saúde de Mões abrange a população das

freguesias de Moledo e parte de Mões e a extensão de Parada de Ester a população da

freguesia de Cabril e União das Freguesias de Parada de Ester e Ester.

Atualmente funciona também um serviço de Atendimento Complementar (semanalmente) das

20:00h às 24:00h, estando encerrado no restante período. Domingos e feriados abre das

08:00h às 20:00h e Sábados das 13:00h às 24:00h.

Quadro n.º 62: Indicadores de Saúde

Taxa de Natalidade

2001 2011

Portugal 10,9 9,2

Centro 9,5 7,9

Região Dão-Lafões 9,8 7,8

Castro Daire 7,6 6,2Fonte: INE - Estatísticas de Nados Vivos, 2011

46

Page 52: Diagnóstico Social - Castro Dairecm-castrodaire.pt/images/stories/pdf/clas-diagnosticos2018.pdf · Secundário 5 18,3 29 26,2 Terciário 7 27,4 49 65,1 Fonte: XIV e XV Recenseamento

Quadro n.º 63

Taxa de Mortalidade Infantil

2001 2011

Portugal 5,0 3,1

Centro 3,9 2,6

Região Dão-Lafões 3,9 3,3

Castro Daire 0,0 10,5Fonte: INE - Estatísticas de Nados Mortos, 2011

Quadro n.º 64

Taxa de Mortalidade

2001 2011

Portugal 10,1 9,7

Centro 11,6 11,3

Região Dão-Lafões 11,4 11,3

Castro Daire 13,7 12,4Fonte: INE - Estatísticas de Nados Mortos, 2011

Quadro n.º 65

Designação do Indicador Valor

Nº de Médicos por 1000 habitantes 0,59

Nº de Farmácias por 1000 habitantes 0,33

Nº de Médicos 9

Nº de Enfermeiros 13

Psicólogos 1

Administrativos 8

Nº de Centros de Saúde sem

internamento 0

Extensões de Saúde 2

Nº de Farmácias 5

Nº de Utentes inscritos no Centro de

Saúde15516

Nº de Utentes com Médico de Família 15497

Nº de Utentes sem Médico de Família 19

47

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Consultório Dentário 9

Análises Clínicas – Posto de Colheita 4

Clínicas Particulares 4

Parafarmácias 1 Fonte: Centro de Saúde Castro Daire, 2018

Quadro n.º 66: N.º de Utentes/Programa de Saúde

Programa de Saúde Nº de utentes

Grupo de risco: diabetes 1001

Saúde materna 172

Saúde juvenil 2410

Rastreio do cancro do colo do útero 2590

Puerpério 172

Programa de intervenção precoce 13

Risco de atraso de desenvolvimento 3

Hipocoagulados 193

Grupo de risco: cardiovasculares 0

Grupo de risco: hipertensão 3572

N.º de doentes dependentes no

domicílio31

Saúde reprodutiva e planeamento

familiar 2590

Anti tabágica 3

Alcoologia* 27Fonte: Centro de Saúde Castro Daire, 2018

* De registar que de acordo com os dados registados no Sistema de Informação da Administração Regional

de Saúde (SIARS – fevereiro de 2018), em 2017, 1,7% do total de inscritos (268.558) no ACES Dão Lafões

têm abuso crónico de álcool.

NÚCLEO DE CRIANÇAS E JOVENS EM RISCO (NACJR)

A Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC Nova D´Aire) tem uma equipa constituída por

um médico, uma enfermeira e uma assistente social, sedeada no Centro de Saúde de Castro

Daire, que desenvolve o Programa Núcleo de Crianças e Jovens em Risco, cuja a população

alvo são as crianças e jovens em situação de risco, dos 0 aos 18 anos, bem como as suas

famílias e outros cuidadores. O objetivo desta equipa é garantir que todos os recém-nascidos

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com visita domiciliária são avaliados em relação à presença de risco psicossocial, garantir que

todas as situações referenciadas ao NACJR são avaliadas e encaminhadas para intervenção

especifica e realizar plano individualizado de apoio à família (PIAF) no Núcleo de Apoio a

Crianças e Jovens em Risco.

EQUIPA LOCAL DE INTERVENÇÃO (ELI) SNIPI

O Decreto-lei nº281/2009 de 6 de outubro tem por objeto, na sequência dos princípios vertidos

na Convenção das Nações Unidas dos Direitos da Criança e no âmbito do Plano de Ação para

a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade 2006/2009, a criação de um

Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI). Sedeada na UCC Nova D’aire,

a Equipa Local de Intervenção é constituída por vários profissionais (docente do Agrupamento

de Escolas de Castro Daire, fisioterapeuta, psicóloga, terapeuta da fala, terapeuta ocupacional

e assistente social da Associação de Paralisia Cerebral de Viseu (APCV) - Instituição de

Enquadramento. Integra, também, esta equipa a psicóloga da Câmara Municipal de Castro

Daire e a enfermeira da UCC Nova D`Aire).

A Intervenção Precoce destina-se a crianças até à idade escolar que estejam em risco de

atraso de desenvolvimento, manifestem deficiência, ou necessidades educativas especiais.

Consiste na prestação de serviços educativos, terapêuticos e sociais a estas crianças e às

suas famílias, com o objetivo de minimizar efeitos nefastos ao seu desenvolvimento. A

importância desta intervenção reside em três razões fundamentais:

Quanto mais cedo se iniciar a intervenção maior é potencial de desenvolvimento de

cada criança;

Proporcionar apoio e assistência à família nos momentos mais críticos;

Maximizar os benefícios sociais da criança e família.

Pretende-se ajudar a melhorar as atitudes parentais, proporcionar mais informação e melhores

competências para lidar com a criança e incentivar a libertação de algum tempo para o

descanso e lazer. A Intervenção Precoce apresenta inegáveis ganhos sociais, pois o

incremento do desenvolvimento da criança envolve a diminuição das situações dependentes

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de instituições sociais, o aumento da capacidade da família para lidar com a presença de um

filho com deficiência, e o possível aumento das suas capacidades.

A sinalização pode ser efetuada sempre que exista conhecimento das situações elegíveis para

apoio em Intervenção Precoce, podendo ser feita por qualquer elemento da família, pessoa ou

serviço da comunidade. É de salientar a importância da equipa de saúde da criança, na

identificação precoce de sinais e sintomas, que possibilite uma referenciação célere à ELI.

Funções da ELI

Identificar as crianças e famílias imediatamente elegíveis para o SNIPI;

Assegurar a vigilância às crianças e famílias que, embora não imediatamente elegíveis,

requeiram avaliação periódica, devido à natureza dos seus fatores de risco e probabili-

dade de evolução;

Encaminhar crianças e famílias não elegíveis, mas carenciadas de apoio social;

Elaborar e executar o PIIP em função do diagnóstico da situação;

Identificar necessidades e recursos das comunidades da sua área de intervenção, dina-

mizando redes formais e informais de apoio social;

Articular, sempre que se justifique, com as comissões de proteção de crianças e jovens,

com os núcleos da saúde de crianças e jovens em risco ou outras entidades com ativi-

dade na área da proteção infantil

Assegurar, para cada criança, processos de transição adequados para outros progra-

mas, serviços ou contextos educativos;

Articular com os docentes das creches e jardins-de-infância em que se encontrem colo-

cadas as crianças integradas em IPI.

UNIDADE MÓVEL DE SAÚDE (UMS)

Outro recurso existente ao nível da saúde é a UMS, uma iniciativa da Autarquia, inicialmente

financiada pelo Programa Leader, que alia a saúde e a ação social. A UMS tem disponibilizado

50

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à população concelhia, particularmente à mais idosa e com maiores dificuldades de

mobilidade, cuidados básicos preventivos ao nível da saúde, sensibilizando simultaneamente a

população para a importância de hábitos de vida saudável. O seu funcionamento é totalmente

assegurado pela Autarquia, incluindo o profissional de enfermagem. Não obstante, importa

salientar a parceria existente com a UCC Nova D`aire que tem permitido diversificar o serviço

prestado, sendo indubitavelmente uma mais valia para a comunidade castrense.

Tem por base um serviço de proximidade, desloca-se às localidades, efetuando medições

habituais (tensão arterial, pulso, peso, altura, índice de massa corporal e perímetro

abdominal), bem como diversos rastreios, nomeadamente à glicémia capilar, colesterol,

triglicerídeos, rastreio ao Cancro do cólon e reto, assim como, a vacinação contra a gripe,

entre outros.

Quadro n.º 67: Serviços prestados pela UMS

Serviços 2015 2016 2017 2018

Rastreio do Cancro do Cólon e

Reto255 188 90 ---

Vacinação contra a Gripe 549 --- 145 426

Sessão de Educação para a

Saúde776 672 --- ---

Rastreio dos Triglicerídeos --- --- --- 531

Rastreio do Colesterol 845 1300 962 1026

Rastreio da Glicémia Capilar 1275 --- 588 427

Rastreio Cardiovascular - 1790 3404 2198

Atendimentos (Enfermagem) 4874 --- 2494 4861

Atendimentos (Nutrição) -- -- 1827 ---

Inscritos 2487 2100 2909 --- Fonte: Município de Castro Daire, 2018

ACAPO – ASSOCIAÇÃO DOS CEGOS E AMBLÍOPES DE PORTUGAL

No sentido de dar resposta à problemática dos cegos e amblíopes, a Câmara Municipal de

Castro Daire tem protocolo celebrado4 com a ACAPO – Associação dos Cegos e

4 “Projeto Reintegrar – Apoio itinerante à Cegueira Adquirida em Idade Tardia”

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Ambliopes de Portugal, Instituição Particular de Solidariedade Social sem fins lucrativos,

legítima representante dos deficientes visuais Portugueses, no âmbito do qual é prestado

apoio a 12 utentes, nas seguintes valências: atendimento Psicossocial a utentes e suas

famílias; criação a adaptação de material lúdico para a deficiência visual; formação para os

deficientes visuais (Euro; Assinatura a Negro; Informática; Braille; Orientação e Mobilidade;

Atividades da Vida Diária; Ações de sensibilização para a problemática da deficiência visual);

atividades associativas, recreativas e culturais que promovem o contacto e estabelecem as

relações entre associados, família e a instituição.

ACADO – ASSOCIAÇÃO CASTRENSE DE APOIO AO DOENTE ONCOLÓGICO

Importa igualmente registar a existência no concelho da ACADO - Associação Castrense de

Apoio ao Doente Oncológico, que presta ajuda no âmbito da cedência de ajudas técnicas,

apoio psicológico para o utente e para o cuidador, bem como presta serviços de enfermagem

no domicilio.

CRI – CENTRO DE RESPOSTAS INTEGRADAS - EQUIPA DE TRATAMENTO DO CRI DE

VISEU

Tendo em conta a natureza da doença aditiva, o tratamento poderá ser definido, de forma

geral, como a disponibilização de uma ou mais intervenções estruturadas destinadas a lidar

com os problemas de saúde e outros, que resultam dos comportamentos aditivos e

dependências, visando melhorar o funcionamento pessoal e social.

Para o efeito, a Equipa de Tratamento de Viseu, funciona com uma equipa multidisciplinar

constituída por médicos, enfermeiros, psicólogos, técnicos de serviço social, assistentes

técnicos e assistente operacional, e procura as respostas terapêuticas mais adequadas a cada

situação, em regime de ambulatório, reconhecendo a complexidade e relevância da história

individual, familiar e social dos utentes

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Quadro n.º 68: Indicadores de Acompanhamento – Gabinete CLICK

Referente ao Concelho de Castro Daire

DesignaçãoAno

2014 2015 2016 2017

SEXO

Masculino 2 1 2 3

Feminino 0 0 0 0

TOTAL 2 1 2 3

IDADE

<10 0 0 0 0

10 - 20 0 0 2 2

20 - 30 2 1 0 1

30 - 40 0 0 0 0

40 - 50 0 0 0 0

50 - 60 0 0 0 0

60 - 70 0 0 0 0

>70 0 0 0 0

TOTAL 2 1 2 3 Fonte: SIM / SICAD, 2018

CLICK – Gabinete de Avaliação, Acompanhamento e Intervenção Preventiva.

O CLICK apresenta-se como um Gabinete de Prevenção Seletiva e Indicada. Foi criado tendo

em conta a identificação de uma lacuna na resposta a uma população com comportamentos

de risco, nomeadamente o consumo de substâncias psicoativas que, apesar de não se

coadunar com um quadro de dependência, encontra-se em situação de risco e poderia

transitar para um consumo mais problemático.

53

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Quadro n.º 69: Indicadores de Acompanhamento – Equipa Tratamento

Referente ao Concelho de Castro Daire

DesignaçãoAno

2014 2015 2016 2017

SEXO

Masculino 9 9 12 16

Feminino 3 3 4 2

TOTAL 12 12 16 18

IDADE

<10 0 0 0 0

10 - 20 0 0 0 0

20 - 30 0 2 2 2

30 - 40 5 6 6 3

40 - 50 5 2 4 7

50 - 60 2 2 4 5

60 - 70 0 0 0 1

>70 0 0 0 0

TOTAL 12 12 16 18

HABILITAÇÕESLITERÁRIAS

Sem escolaridade 0 0 0 1

1º ciclo ensino básico 3 1 4 5

2º ciclo ensino básico 6 8 9 8

3º ciclo ensino básico 1 2 3 3

Ensino secundário 2 1 0 1

Frequência universitária 0 0 0 0

Grau universitário 0 0 0 0

TOTAL 12 12 16 18

PROBLEMA ADITIVOPRINCIPAL

Álcool 2 2 6 10

Cannabis 1 3 2 2

Heroína 8 6 6 4

Cocaína 1 1 2 2

Outra Subst. Psicativa 0 0 0 0

Jogo 0 0 0 0

Sem Prob. Aditivo Princ. 0 0 0 0

TOTAL 12 12 16 18 Fonte: SIM / SICAD, 2018

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Quadro n.º 70: Indicadores de Acompanhamento – Unidade de Alcoologia de Coimbra

Referente ao Concelho de Castro Daire

DesignaçãoAno

2014 2015 2016 2017

SEXOMasculino 15 12 8 11Feminino 2 0 2 3

TOTAL 17 12 10 14

IDADE

<10 0 0 0 010 - 20 0 0 0 020 - 30 0 0 0 030 - 40 4 2 0 440 - 50 8 5 5 650 - 60 4 3 3 360 - 70 1 2 2 1

>70 0 0 0 0TOTAL 17 12 10 14

Fonte: SIM / SICAD, 2018

Síntese: principais aspetos a reter

Existência de recursos públicos de saúde: 1 Unidade de Saúde Familiar, 1 UCSP, 1

UCC, situadas na sede do município 1 polo e 1 extensão de saúde, respetivamente, em

Mões e outra em Parada de Ester;

Atendimento Complementar aos Domingos e feriados das 08:00h às 20:00h e Sábados

das 13:00h às 24:00h;

Unidade Móvel de Saúde, prestando cuidados de saúde ao nível preventivo, à

população concelhia, sobretudo a mais idosa e com maiores dificuldades de mobilidade;

Ao nível do alcoolismo, o ACES Dão Lafões, refere que 1,7%, ou seja, (4.565) dos

utentes inscritos (268.558) nas suas unidades de saúde, têm abuso crónico de álcool.

Considerável número de recursos particulares de saúde, não obstante as carências

existentes ao nível de determinadas especialidades;

Apoio a Cegos e Amblíopes (Protocolo com a ACAPO);

Apoio a Doentes Oncológicos (ACADO);

Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco;

Equipa Local de Intervenção;

Equipa de Tratamento do Centro de Respostas Integradas (CRI).

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SEGURANÇA, JUSTIÇA E CRIMINALIDADE

Ao nível de segurança, o município de Castro Daire conta com um Posto da Guarda Nacional

Republicana (GNR). A atuação desta força de segurança incide sobre a totalidade da área

concelhia.

Quadro n.º 71: Criminalidade Registada pelo Posto de Castro Daire

Tipo de Crime 2015 2016 2017 2018 Total

Contra as Pessoas 78 54 53 25 210

Contra o Património 157 119 95 50 421

Contra a Vida em Sociedade 41 30 44 15 130

Contra o Estado 5 5 3 1 14

Legislação Avulsa 15 7 5 5 32

SOMA 296 215 200 96 807

Violência Doméstica 20 10 11 2 43

Fonte: Posto Territorial – GNR Castro Daire - 2018

NOTA: Os dados referentes a 2018 correspondem apenas ao primeiro semestre. Os Crimes de Violência

Doméstica já constam em Crime Contra as Pessoas.

Pela análise do quadro precedente verificamos que, desde 2015 até ao final do 1º semestre de

2018 se registou uma significativa diminuição do número de crimes registados contra as

pessoas e património.

De salientar o número de registo por violência doméstica, uma das formas de crime contra as

pessoas, reforçando o facto de que estes números não traduzem claramente a realidade deste

fenómeno, pois a prática do trabalho em rede e no terreno permite contacto com uma

realidade que estes números não conseguem traduzir.

Importa igualmente registar que, atualmente, o Concelho tem em funcionamento o Tribunal de

Competência genéricas de Castro Daire (Comarca de Viseu).

56

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ASSOCIATIVISMO

O associativismo representa uma das formas de desenvolvimento social, na medida em que, é

através dele, que uma comunidade se junta, se torna ativa, promove a autonomia e a

participação dos indivíduos, assumindo, por isso, um papel preponderante.

No concelho de Castro Daire, assumem especial relevância as associações desportivas,

recreativas, as associações produtoras de artesanato, as associações humanitárias, os

ranchos folclóricos e bandas de música.

Do quadro seguinte consta o número de associações, por freguesia.

Quadro n.º 72: Número de associações, por freguesias

FreguesiaNúmero de

associações

Almofala 2

Cabril 3

Castro Daire 33

Cujó 1

Gosende 6

Mões 12

Moledo 9

Monteiras 5

Pepim 2

Pinheiro 9

São Joaninho 1

União de Freguesias de Mamouros, Alva e Ribolhos 6

União de Freguesias de Picão e Ermida 4

União de Freguesias de Reriz e Gafanhão 3

União de Freguesias de Mezio e Moura Morta 4

União de Freguesias de Parada de Ester e Ester 7

TOTAL 107Fonte: Município de Castro Daire, 2018

57

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O quadro seguinte contam as associações, que se destacam pela prática desportiva federada.

Quadro n.º 73: Associações com futebol federado

Freguesia Associação Modalidade

Castro Daire

Associação Desportiva de Castro Daire Futebol

O Crasto – Academia Cultural e Recreativa do Concelho de Castro Daire

Futebol, Futsal, Ginástica e Natação

Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Lamelas

Futebol

Casa do Benfica Futsal e BTT

Associação Recreativa e Cultural de Fareja Ténis de Mesa

UF Parada de Ester e Ester

Grupo Desportivo de Parada Futebol

Mões Grupo Desportivo Recreativo da Granja Atletismo Fonte: Município de Castro Daire, 2018

Quanto a associações humanitárias, destacam-se duas, localizadas, uma em Farejinhas e

outra em Castro Daire. Esta última com um destacamento em Parada de Ester.

No que concerne a grupos de intervenção cultural, registam-se os seguintes, por Freguesia:

Quadro n.º 74: Grupos de Intervenção Cultural

LocalidadeRanchos

FolclóricosBandas

FilarmónicasGrupos

de TeatroGrupos

MusicaisGruposCorais

Grupos deDança

Almofala

Cabril 1*

Castro Daire 1 1 3 1 2

Cujó

Gosende 1

Mões 1 1 1

Moledo 1 2 1

Monteiras 1

Pepim 1

Pinheiro 1 1

São Joaninho

UF Mamouros, Alva e Ribolhos

1*+1

UF Mezio e Moura Morta

1

58

Page 64: Diagnóstico Social - Castro Dairecm-castrodaire.pt/images/stories/pdf/clas-diagnosticos2018.pdf · Secundário 5 18,3 29 26,2 Terciário 7 27,4 49 65,1 Fonte: XIV e XV Recenseamento

UF Parada de Ester e EsterUF Picão e Ermida

1

UF Reriz e Gafanhão

1

TOTAL 8 4 3 6 2 3 Fonte: Município de Castro Daire, 2018

* Estes ranchos folclóricos são federados.

O Município possui equipamentos culturais, mormente localizados na sede de concelho, que

importa aqui realçar:

Centro Municipal de Cultura – Auditório e Biblioteca;

Centro de Interpretação e Informação do Montemuro e Paiva;

Museu Municipal;

Espaço Internet;

Piscinas Municipais.

Para além destes equipamentos, pertença da Autarquia, são de realçar os equipamentos

existentes em quase todas as freguesias e que, na generalidade, são pertença das

Associações aí existentes.

Quadro n.º 75: Associações com equipamentos culturais, por freguesia

FREGUESIA DESIGNAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES

AlmofalaAssociação Desportiva, Cultural e Recreativa de Almofala

ASA – Amigos de Bustelo

Cabril

Casa do Povo de Cabril

Associação Jovem de Cabril

Associação Santa Luzia - Crasto

Castro Daire

Associação Desportiva, Cultural e Recreativa de lamelas

Associação Recreativa e Cultural de Fareja

Associação Cultural, Desportiva e Recreativa do Mosteiro do Presépio

O Crasto – Academia Cultural e Recreativa do Concelho de C. Daire

Grupo Desportivo e Recreativo de Folgosa

Casa do Benfica de Castro Daire

Centro Convívio Baltar

Corpo nacional de Escutas

Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Castro Daire

59

Page 65: Diagnóstico Social - Castro Dairecm-castrodaire.pt/images/stories/pdf/clas-diagnosticos2018.pdf · Secundário 5 18,3 29 26,2 Terciário 7 27,4 49 65,1 Fonte: XIV e XV Recenseamento

Associação Desportiva Cultural e Recreativa de Santa Margarida

Associação Desportiva de Castro Daire

Associação Desenvolvimento Vale do Paiva - Arinho

Brigada Vespista Castro Daire

Associação Humanitário dos Bombeiros Voluntários de Farejinhas

Cujó Associação Desportiva, Cultural e Recreativa “Os Lobos”

Gosende Grupo Desportivo, Cultural e Recreativo do Fojo

Mões

Associação Desportiva, Cultural e recreativa de Vila Boa

Associação Desportiva, Cultural e Recreativa da Malhada

Casa do Povo de Mões

Grupo Desportivo, Recreativo da Granja

Abraço Poético

Associação Desportiva, Cultural e Recreativa de Soutelo

União Desportiva, Recreativa de Codeçais de Mões

Associação Desportiva, Cultural e recreativa de Courinha

Moledo

Associação Desportiva da Moita

Associação Cultural, Desportiva e Recreativa de Coura

Associação Desportiva e Cultural de Moledo

Associação Desportiva, Cultural, Recreativo e Social de Lamas

MonteirasAssociação Desportiva, Cultural e Recreativa de Colo de Pito

Associação Desportiva, Cultural e Recreativa Relvense

Pepim Associação Rancho Folclórico “Flores da Aldeia” Mosteirô

Pinheiro

Centro Cultural e recreativo de Ribas

Clube Desportivo e Recreativo de Cêtos

CCDR Pereira

Associação de caçadores e Pescadores - PEPES

Centro Cultural, Recreativo e Desportivo de Vila Nova

Associação recreativa Cultural Póvoa do Montemuro

São Joaninho Associação Cultural e Social de São Joaninho

UF Mamouros, Alva e Ribolhos

Associação Rancho Folclórico Morenitas de Alva

Associação Desportiva, Cultural e Recreativa das Termas do Carvalhal

Associação Abraço Poético

Associação Caminhos da Memória

UF Mezio e Moura Morta

Associação Etnográfica e Social do Montemuro

Associação Desportiva, Cultural e Recreativa do Mezio

UF Parada de Ester e Ester

Associação Cultural e desportiva “Os Lobos da Serra”

Grupo Desportivo Pedra Alta de Mós

Casa do povo de Parada

Grupo Desportivo de Parada de Ester

60

Page 66: Diagnóstico Social - Castro Dairecm-castrodaire.pt/images/stories/pdf/clas-diagnosticos2018.pdf · Secundário 5 18,3 29 26,2 Terciário 7 27,4 49 65,1 Fonte: XIV e XV Recenseamento

UF Picão e Ermida

ACRD Social de Picão

UF Reriz e Gafanhão

Clube Recreativo e Musical Rerizense

Associação BMR - Banda Musical Rerizense

Fonte: Município de Castro Daire, 2018

Os equipamentos desportivos revestem igualmente, importância fundamental, dos quais se

destacam os campos de futebol, uma vez que marcam presença em todas as freguesias.

Quadro n.º 76: Equipamentos desportivos, por freguesia

FreguesiaCampos

deFutebol

Polidesportivos PiscinasPavilhões

Gimnodesportivos

Camposde Ténis

Camposde Tiro

Pista deAtletismo

CentroBTT

Almofala 2

Cabril 2

Castro Daire 8 2 1 3 1 2 1 1

Cujó 1 1 1

Gosende 4 1

Mões 8 1 1 2

Moledo 9 2 1

Monteiras 3 1

Pepim 1

Pinheiro 4 2

São Joaninho

1 1 1

UF Mamouros, Alva e Ribolhos

3

UF Mezio e Moura Morta

2 1 1

UF Parada de Ester e Ester

5

UF Picão e Ermida

3

UF Reriz e Gafanhão

2

TOTAL 58 9 4 5 6 2 1 1Fonte: Município Castro Daire, 2018

61

Page 67: Diagnóstico Social - Castro Dairecm-castrodaire.pt/images/stories/pdf/clas-diagnosticos2018.pdf · Secundário 5 18,3 29 26,2 Terciário 7 27,4 49 65,1 Fonte: XIV e XV Recenseamento

Verifica-se que na maioria das freguesias e respetivas aldeias apenas existem campos de

futebol. A freguesia de Castro Daire está dotada de maior diversidade de equipamentos

desportivos, seguida da freguesia de Mões.

Síntese: principais aspetos a reter

Existência de associações constituídas em todas as freguesias do concelho;

Sete Associações com desporto federado, localizadas na freguesia de Castro Daire

(5), Mões (1) e Parada de Ester (1);

Duas associações humanitárias, localizadas em Castro Daire e Farejinhas, freguesia

de Castro Daire, e um destacamento da primeira, localizado em Parada de Ester;

Existência de grupos de animação cultural (ranchos folclóricos, bandas de música,

grupos de teatro, grupos musicais e grupos corais), um pouco por todo o concelho;

Dois ranchos folclóricos federados, a saber:

- Associação Rancho Folclórico Morenitas de Alva;

- Grupo Folclórico Santa Maria de Cabril.

62

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TURISMO

O turismo é um dos vetores que, devidamente aproveitado e potenciado, poderá lançar o

concelho na senda do desenvolvimento, sendo mesmo encarado como “a atividade que melhor

conseguirá conjugar o económico e o social, harmonizar a produção de bem-estar com a

conservação da natureza e lançar atividades económicas, sociais e culturais que, em simultâneo,

possam ser economicamente viáveis, socialmente justas e ecologicamente sustentáveis”

(Soares, 1993:3, cit. por Vaz, 1996:1)

O Município de Castro Daire, com características marcadamente rurais, apresenta inegáveis

potencialidades turísticas, quer naturais, quer culturais, capazes de potenciar o seu

desenvolvimento, como são exemplo as belíssimas paisagens, que deslumbram, não só os

naturais como também não deixam indiferente quem nos visita. Dividido entre o rio e a serra,

vai apresentando cenários distintos à medida que a altitude vai aumentado.

Encontram-se com frequência miradouros, que além de constituírem pontos de observação por

excelência, são também ótimos locais de repouso e “reflexão”. A excelência ambiental

constitui, portanto, uma mais valia intrínseca do concelho.

Na localidade das Termas do Carvalhal, União de freguesias de Mamouros, Alva e Ribolhos, a

menos de cem metros de um nó da A24 e a cerca de 50m da Nacional 2, situa-se a estância

termal revelando-se o local ideal para cuidar da saúde e usufruir de momentos de pura

descontração e bem-estar. As termas5 consideradas como o ex-libris do concelho, são

responsáveis por consideráveis fluxos de turismo ao concelho, nomeadamente ao nível do

turismo sénior.

A Serra do Montemuro, integrada na Rede Natura 2000, é igualmente uma das zonas do

concelho que merece atenção especial. Obviamente, é na serra que se registam as maiores

altitudes, sendo o ponto culminante a 1381 metros de altitude. Além de constituir um miradouro

natural, possui cursos de água que formam cascatas de rara beleza. No cume da serra foram

5 A água mineromedicinal das termas do Carvalhal, sulfúrea, bicarbonetada, sódica e fluoretada, está especialmente indicada para

doenças de pele, musculo-esqueléticas, digestivas, respiratórias , problemas do foro ginecológico e reumatismais.

63

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implantados cinco parques eólicos que, em perfeita harmonia com a envolvente, vieram animar

a serra, um local cuja riqueza natural merece ser conhecida e preservada.

O Montemuro possui uma flora e fauna diversificadas, esta última muito atrativa para os

amantes da caça, existindo atualmente, vários levantamentos exaustivos desta riqueza natural.

Tendo a Serra do Montemuro como pano de fundo e uma forte vontade de preservação das

tradições de um povo, as aldeias de Campo Benfeito e Mezio, foram classificadas com a

marca “Aldeias de Portugal”. A classificação atribuída veio valorizar o meio rural e impulsionar

a sua promoção turística.

Um outro recurso natural que o concelho dispõe é o Rio Paiva, que também integra a Rede

Natura 2000. Este rio está considerado como um dos menos poluídos da Europa. Desde

sempre constituiu um elemento fundamental na economia do concelho, propiciando a fixação

de população, junto às suas margens.

Além de constituir um recurso importante para a gastronomia do concelho, de que são

exemplo as (Trutas do Paiva), o seu curso proporciona a prática da pesca desportiva e de

desportos radicais e de aventura, existindo no concelho uma empresa de desportos radicais

que tem vindo a explorar esta vertente e este rio está considerado como um dos melhores

para a prática de rafting, tanto a nível nacional como internacional.

De registar também as potencialidades para praias fluviais e zonas de recreio e lazer,

salientando a existência, da praia fluvial em Folgosa e das zonas de recreio e lazer em Cabril

(Infraestruturas para a prática de aventura e desporto no rio ), Parada de Ester, Cabaços em

Reriz, Pego, Portela, e o Paço dos Abades, não obstante a procura de outros locais, ao longo

do seu curso. Salienta-se que, atualmente, já existem também alguns estudos referentes à

fauna e flora do Rio Paiva.

Os espaços museológicos existentes apresentam características e formas de vida do povo

castrense.

64

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O Museu Municipal de Castro Daire localiza-se no centro urbano da vila de Castro Daire, num

dos edifícios mais emblemáticos da sua história, conhecido como a Casa da Cerca, um imóvel

Barroco do século XVIII.

Inaugurado em 1993, este Museu tem como objetivo preservar e divulgar o património histórico

e cultural do concelho. A sua coleção está dividida em quatro grandes temas: Arqueologia;

Alfaia Agrícola; Artes tradicionais e Tipografia Tradicional (esta formada por artefactos

procedentes da primeira tipografia que existiu no concelho de Castro Daire, fundada no século

XIX, onde se imprimiam os jornais castrenses, entre outros documentos.

Do vasto património arqueológico do concelho, que testemunha a longa ocupação humana, no

fundo museológico de Arqueologia encontram-se, em exposição permanente, duas mós

dormentes pertencentes a moinhos manuais.

Os objetos etnográficos ( Cestaria; Tamancaria; Latoaria; Campainhas e Chocalhos; Ciclo do

linho; Burel; Olaria e Vestuário Tradicional) encontram no Museu um espaço privilegiado para

a sua conservação e divulgação. São testemunhos de uma vivência rural do concelho que

assentava numa organização económica baseada na agricultura e na criação de gado.

O Centro de I nterpretação e I nformação do M ontemuro e P aiva (CIIMP) é uma estrutura do

município de castro daire, instalado no solar dos mendonças, edifício do séc. XVIII que se situa

em pleno centro da vila de Castro Daire e pretende dar a conhecer um vasto território

delimitado pela Serra do Montemuro e o Rio Paiva. Aliando tecnologia e conteúdo cientifico,

procura-se neste espaço transmitir de forma pedagógica e sensorial as grandes

potencialidades ambientais, naturais, culturais e turísticas. Pretende ser um ponto de partida e

de conquista, criar curiosidade, apetite em conhecer, em viajar, em percorrer… este território

mágico!

O centro tem com principais objetivos:

Promover e divulgar dois recursos naturais: a Serra do Montemuro e o Rio Paiva;

Sensibilizar os visitantes e população local para a preservação destes recursos;

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Estimular o interesse para o conhecimento do Território;

Divulgar a fauna e a flora do Paiva e Montemuro;

Suscitar o interesse pela Cultura, gente e tradições ligadas ao rio e à serra.

O centro está dividido em 6 salas ( receção, percursos pedestres, a História e o Homem, O Rio

Paiva e Serra do Montemuro).

No que concerne aos percursos pedestres, o Município disponibiliza os seguintes:

- PR1 – Trilho dos Moinhos (Parada de Ester);

- PR2 – Percurso das Minas (Cabril);

- PR3 – Trilho dos Carvalhos (Gosende);

- PR4 - Trilho dos Lameiros (Moura Morta);

- PR5 – Trilho do Paiva (Reriz);

- PR6 – Trilho do Varosa (Almofala);

- PR7 – Trilho das Levadas (Granja);

- PR8 – Trilho da Pombeira Lamelas);

- PR9 –Trilho da Azenha (Moledo).

Com o objetivo de promover e dinamizar estes percursos, o Município de Castro Daire, tem

organizado o “Maio Pedestre”, com a finalidade de divulgar e promover os trilhos e a natureza

que os compreende.

O concelho de Castro Daire encerra, também, uma grande riqueza cultural. Desde usos e

costumes, tradições, folclore, artesanato, gastronomia, casas brasonadas, museus e

monumentos.

66

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Quadro n.º 77: Património classificado

Designação Situação atualCategoria /Tipologia

Freguesia

Igreja da Nossa Senhorada Conceição

ClassificadoMN - Monumento Nacional

Ermida

Capela das Carrancas ClassificadoIIM – Interesse Municipal

Castro Daire

Casa da Cerca ClassificadoIIM - Interesse Municipal

Castro Daire

Inscrição Gravada no Penedo de Lamas

ClassificadoIIP - Imóvel de Interesse Público

Moledo

Igreja Matriz de Castro Daire

ClassificadoIIP – Imóvel de Interesse Público

Castro Daire

Capela de São Sebastião

ClassificadoIIP – Imóvel de Interesse Público

Castro Daire

Ruínas da Muralha das Portas do Montemuro

ClassificadoIIP – Imóvel de Interesse Público

Ester

Pelourinho de Castro Daire

ClassificadoIIP – Imóvel de Interesse Público

Castro Daire

Pelourinho de Mões ClassificadoIIP – Imóvel de Interesse Público

Mões

Pelourinho de Campo Benfeito

ClassificadoIIP – Imóvel de Interesse Público

Gosende

Pelourinho de Rossão ClassificadoIIP – Imóvel de Interesse Público

Gosende

Igreja de Ester ClassificadoIIP – Imóvel de Interesse Público

Ester

Castro do Cabeço dos Mouros (Cabril)

ClassificadoSítio de Interesse Público

Cabril

Fonte: Dados da Direção Geral do Património, 2018

Todos estes valores constituem uma identidade própria, a identidade do concelho, por isso

devem ser preservados, para que se perpetuem. Só poderemos conhecer a verdadeira

identidade de um povo, de uma região, se conhecermos o seu percurso até ao momento

presente.

O concelho de Castro Daire sempre se manteve fiel às suas raízes e tradições transmitindo

saberes de geração em geração. A gastronomia típica representa um marco importante na

nesta região. É rica e suculenta baseada nos produtos da terra.Apresenta os seguintes pratos

típicos: Cabritinho do Montemuro, Vitela Arouquesa, Trutas de Escabeche do Rio, Paiva, Arroz

de Feijão com Salpicão,Torresmada à Montemuro, Couves com Feijão e carnes de porco,

Papas de Sarrabulho, aletria, entre outros.

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Os produtos regionais são: Bolo Podre, Presunto, Salpicão, Broa de milho, Mel, Castanha,

Sopas Secas, Fogaça, Licor de carqueja, chás biológicos.

Tendo em conta o protagonismo readquirido pelos “Caminhos de Santiago”, nas últimas

décadas, o município de Castro Daire, em parceria com mais sete municípios, pôs em prática

o projeto de marcação e dinamização do Caminho Português Interior de Santiago, visando a

promoção/divulgação do património histórico e natural existente nesta região. Para apoio dos

peregrinos, adaptou-se a antiga escola primária de Ribolhos para Albergue.

Os Ranchos Folclóricos têm assumido preponderância na preservação de usos, costumes e

tradições locais, promovendo, simultaneamente, as características etnográficas do concelho,

quer junto da comunidade local, quer junto de turistas, ou ainda, junto das comunidades que

vão visitando, aquando dos intercâmbios de folclore.

De realçar também, as escolas de música existentes no concelho, pois permitem a valorização

musical e cultural da população.

Com um convite a viajar pelo passado, a vila de Mões, tem vindo a realizar, desde há alguns

anos, a Feira Medieval, que tem tido um papel fulcral na dinamização do concelho. Esta feira

tem servido, também, como um grande pólo de atração turística.

Devemos aqui assinalar a presença de um grupo de teatro profissional no concelho, com

expressão a nível nacional e internacional, responsável pelo festival de teatro6 que anualmente

se realiza no concelho.

O artesanato é uma outra potencialidade do concelho, principalmente nas zonas serranas,

podendo assumir um papel fundamental na promoção e desenvolvimento do turismo.

Existem algumas cooperativas de artesanato7, que nasceram da necessidade de se criarem

alternativas às atividades agrícolas, praticadas pelas gentes do Montemuro. Dedicam-se à

6 O Festival Altitudes, realizado pelo Teatro Regional da Serra do Montemuro.7

“As Capuchinhas do Montemuro”; “As Lançadeiras de Picão”; “Cooperativa de Artesãos do Montemuro”.

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produção de artefactos relacionados com as atividades rurais tradicionais, assim como peças

de vestuário em linho e/ou lã e outros produtos manufaturados para o lar, tendo algumas delas

recebidos vários prémios de mérito. A comercialização dos produtos é feita, sobretudo, na

própria oficina e em feiras às quais se deslocam, onde conseguem um maior volume de

vendas e encomendas. Seria importante uma articulação eficaz entre a produção e a

comercialização, de forma a valorizar um recurso tão importante para a economia do concelho.

Com a modernização e o decorrer dos tempos vão-se perdendo algumas tradições e de forma

a contrariar esta tendência o Município de Castro Daire organiza alguns eventos que se

destacam pelo cariz identitário como sejam:

“A Última Rota da Transumância”, recriando uma tradição ancestral assente na deslocação de

rebanhos e pastores, desde o sopé da Serra da Estrela até à Serra do Montemuro (1381m de

altitude), “a serra mais desconhecida de Portugal”, segundo Amorim Girão. Em 1999, em

terras montemuranas, realizou-se a última rota da transumância. Os rebanhos vinham pelo S.

João (24 de junho) e regressavam pelo S. Bartolomeu (24 de agosto).

“ FICA CASTRO DAIRE - A Festa das Colheitas”, uma feira Industrial, comercial e agrícola,

realizada com o objetivo de dinamizar vários setores de atividade, contando com um cartaz

cultural variado e apelativo, do qual se pode destacar o desfile de carros de vacas, a

gastronomia, o artesanato e produtos regionais das colheitas.

Relativamente a alojamento, deve aqui registar-se o crescimento no mercado da oferta de

unidades de Turismo em espaço Rural e unidades de alojamento local, que apesar de não

possuírem o mesmo tipo de oferta de serviços complementares, comparativamente com os

empreendimentos turísticos Hoteleiros, fazem com que a oferta de alojamento a nível do

concelho seja satisfatória.

Reconhecidas as potencialidades que o concelho apresenta para o desenvolvimento do

turismo em espaço rural, existem no concelho algumas ofertas a este nível:

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Quadro n.º 78: Alojamento do Concelho de Castro Daire

TIPOLOGIA UNIDADE(NOME) LOCALIDADE / MORADA CONTACTO

Estabelecimentos Hoteleiros

Palace Hotel Asturias

Termas do carvalhal 3600-398 MamourosCastro DaireViseu

[email protected]

Estabelecimentos Hoteleiros

Hotel Montemuro

Termas do carvalhal3600-398 MamourosCastro DaireViseu

232381154/[email protected]

TER(Agroturismo)

Casa Campo das Bizarras

Rua da Capela, n.º 20 Fareja3600-271 Castro DaireViseu

232386107/[email protected]

TER(Casa de Campo)

Quinta da Rabaçosa

Mões3600-430

[email protected]

TER(Casa de Campo)

Casa do Arco

Rua da FonteCimo de Aldeia 3600-401 MezioCastro DaireViseu

[email protected]

TER(Casa de Campo)

Casa Carolina

Rua do Poço Ribeiro, n.º1Vila Seca3600-563 Pinheiro CDRCastro DaireViseu

[email protected]

TER(Casa de Campo)

Aldeia do Codeçal

Codeçal3600-372 GosendeCastro Daire Viseu

917632723938429072aldeiadocodecal@gmail.comwww.aldeiadocodecal.blogspot.pt

TER(Casa de Campo)

Casa de São João

Rua de São João, n.º 16A 3600-475 MonteirasCastro DaireViseu

[email protected]

TER(Casa de Campo)

Souto de Vila

Rua São Martinho, n.º 6 Souto de Alva3600-030 AlvaCastro DaireViseu

[email protected]

ALCountry House - Abrigo do Mezio

Rua Principal, n.º 223600-405 Vale AbrigosoCastro DaireViseu

[email protected]

ALAres do Montemuro

Travessa da Cal, n.º 12 Campo Benfeiro3600-371 GosendeCastro DaireViseu

254689378964227989www.aresdomontemuro.wordpress.comaresdomontemuro@gmail.com

ALCantinhos D'Aldeia

Rua 16 de Março, n.º 855 3600-451 AdenodeiroCastro DaireViseu

[email protected]

AL Casa Camélia

Rua São Sebastião, n.º 13600-598 RerizCastro DaireViseu

[email protected]

70

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AL Casa do Vila

Rua Direita, n.º 83600-598 RerizCastro DaireViseu

[email protected]

AL Quinta da Malhada

Quinta da MalhadaTulha Velha3600-054 Cabril CDRCastro DaireViseu

[email protected]

AL Pouso da Serra

Rua do Corgo, n.º 41Custilhão3600-270 Castro DaireViseu

[email protected]

AL Casa da Cris

Rua da EscolaCotelo3600-373 GosendeCastro DaireViseu

[email protected]

AL Casa do Souto

Rua São Martinho, n.º 5Souto de Alva3600-030 AlvaCastro DaireViseu

[email protected]

ALQuinta da Vinha, Souto do Paço

Rua Direita3600-598 RerizCastro Daire Viseu

[email protected]

AL Casa da Lagoa

Estrada Nacional N.º2Vila Pouca3600-292 Castro DaireViseu

[email protected]

AL Alvores do Tempo

Arruamento Linhares de Cima, n.º 173600-068 Castro DaireViseu

[email protected]

AL Quinta Souto Covo

TV. da Eira do Souto3600-604 RerizCastro DaireViseu

232382794914234323sherrincottrell@hotmail.comwww.quintasoutocovo.com

AL Casa Celeste

Rua Central, n.º 13Cêtos3600-551 Pinheiro CDRCastro DaireViseu

[email protected]

AL Casa da Cancela

Rua PrincipalVila Franca3600-435 MõesCastro DaireViseu

[email protected]

AL Casa da Moita

Rua Henriqueta de Carvalho, n.º 11Moita3600-459 MoledoCastro Daire Viseu

[email protected]

AL Casa do Rio Largo Rio, n.º 333600-460 MoledoCastro Daire

[email protected]

71

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Viseu

AL Casa da Eira

Rua PrincipalVila Franca3600-435 MõesCastro DaireViseu

[email protected]

AL Quinta Silva

Rua Outeiro de Maio, n.º 155Ester de Baixo3600-323 EsterCastro DaireViseu

[email protected]

ALQuinta da Recochina

Quinta Recochina3600-508 Parada de EsterCastro DaireViseu

[email protected]

ALResidencial Parque

Parque com ÁguaVila Pouca3600-292 Castro DaireViseu

232373436232374044

ALResidencial a Carvalha

Rua Canos de Ferro, n.º 105Braços de Cá3600-105 Castro DaireViseu

[email protected]

AL Residencial Vitória

Av. General Humberto Delgado, n.º 543600-187 Castro DaireViseu

232382960

AL Residencial Vieira

Estrada Nacional, n.º 2Termas do Carvalhal3600-398 MamourosCastro DaireViseu

232382395

TER – Turismo em espaço Rural / AL – Alojamento Local

Síntese: principais aspetos a reter

Património Natural - belíssimas paisagens, miradouros, excelência ambiental, Serra do

Montemuro (sítio Rede Natura 2000), flora e fauna diversificadas, Rio Paiva (sítio Rede

Natura 2000), praia fluvial e zonas de recreio e lazer, percursos pedestres, Caminho

Português Interior de Santiago, Rota Nacional 2;

Desportos radicais e de aventura;

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Património Cultural (usos, costumes e tradições, gastronomia típica, monumentos,

igrejas e capelas, casa brasonadas, ranchos folclóricos, grupos de teatro, bandas de

música, artesanato);

Estância Termal das Termas do Carvalhal.

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AMBIENTE

Em termos de sistema de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos, o concelho tem

uma taxa de cobertura de 100%. A nível de drenagem e tratamento de esgotos existem ainda

algumas carências. O grande esforço financeiro associado a este tipo de infra-estruturas,

conjuntamente com a dispersão e adversidade orográfica do concelho, especialmente das

zonas mais serranas, justificam esta realidade. Ao nível do abastecimento público de água ao

domicílio, o concelho ainda não tem cobertura total.

Quadro n.º 79: Abastecimento de água, em 2017, no concelho de Castro Daire

Caudal Captado Caudal Tratado

PopulaçãoServidaTotal

Origem

Total

Origem

superficial Subterrânea Superficial Subterrânea

1000 m3 1000 m3 (%)

810 486 324 810 486 324 95,0

Fonte: DOMA, Município de Castro Daire, 2018

Quadro n.º 80: Consumo de água (abastecida pela rede pública), em 2017

Consumo

Total Doméstico Comercial Outros

1000 m3

424 373,7 40,67 10 Fonte: DOMA, Município de Castro Daire, 2018

Quadro n.º 81: Alojamentos com serviço efetivo /consumo faturado (m^3), em 2017

Alojamento com serviço efetivo N.º Consumo faturado (m^3) 2017

Domésticos 8794 473097

Não Domésticos 1504 70814

TOTAL 10298 54 Fonte: DOMA, Município de Castro Daire, 2018

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Gráfico n.º 5: Composição dos Resíduos Sólidos Urbanos na Região do Planalto Beirão

Fonte: DOMA, Município de Castro Daire, 2018

Quadro n.º 82: Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos em Castro Daire em 2017

Resíduos Recolhidos

TotalUrbanos

População Servida com Sistema deRecolha de ResíduosTotal

RecolhaSeletiva

T (%)

4220.76 200 100,0 Fonte: DOMA, Município de Castro Daire, 2018

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Gráficos n.º 6: Produção de Resíduos Sólidos Urbanos (ano 2017)/(Anuais de 2010 a 2017)

Fonte: DOMA, Município de Castro Daire, 2018

Gráficos n.º 7: Recolha mensal de Resíduos Sólidos Urbanos em Castro Daire, em 2017

Fonte: DOMA, Município de Castro Daire, 2018

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Relativamente à recolha seletiva de resíduos, verifica-se um aumento da mesma nos três tipos

de material. O gráfico seguinte permite uma visualização, bastante elucidativa, do sucedido

nos últimos dez anos.

Gráfico n.º 8: Dados de Recolha seletiva em 2017

Fonte: DOMA, Município de Castro Daire, 2018

Quanto à localização dos Ecopontos e respetivas capacidades, a informação encontra-se

condensada no quadro seguinte:

Quadro n.º 83: Distribuição e capacidade dos Ecopontos existentes no Município de Castro Daire – Ano 2017

CAPACIDADE (L)

QUANTIDADE FREGUESIA POPULAÇÃO LOCALIDADE 2500 1000 C/ PILHÃO

0 ALMOFALA 228 - - -

0 CABRIL 414 - - -

18CASTRO DAIRE

4674

Castro Daire 11 1 5

Lamelas 1 - 1

Farejinhas 1 - -

Folgosa - 1 -

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Fareja - 1 -

Mosteiro - 1 -

Vila Pouca - 1 -

1 CUJÓ 299 Cujó 1 - -

1 GOSENDE 426 Gosende 1 - -

9 MÕES 1837

Mões 4 1 2

Vila Boa - 1 -

Codeçais de Mões - 1 -

Soutelo 1 - 1

Granja - 1 -

4 MOLEDO 1222

Moledo 1 - -

Moita 1 - 1

Cela 1 - -

Lamas 1 - -

1 MONTEIRAS 481 Monteiras 1 - -

1 PEPIM 334 Carranqueira - 1 -

1 PINHEIRO 730 Pinheiro 1 - -

1 S. JOANINHO 360 S. Joaninho 1 - -

6

UF MAMOUROS, ALVA E RIBOLHOS

1424

Termas do Carvalhal 2 1 1

Alva 1 - -

Souto de Alva - 1 -

Ribolhos - 1 -

1UF MEZIO E MOURA MORTA

618 Mezio 1 - -

2UF PARADA DE ESTER E ESTER

874Parada de Ester 1 - 1

Ester - 1 -

1UF PICÃO E ERMIDA

535 Picão 1 - -

2UF RERIZ E GAFANHÃO

883Reriz 1 - 1

Póvoa do Veado - 1 -

49 15339 34 15 13

Fonte: DOMA, Município de Castro Daire, 2018

O município de Castro Daire dispõe de um Ecocentro, localizado em Vila Pouca, freguesia de

Castro Daire, a funcionar de Terça a Sábado, das 09h00 às 12h00 e das 13h00 às 18h00.

Relativamente à recolha de monstros domésticos, a autarquia disponibiliza este serviço

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gratuitamente, desde que contactada para o efeito. De referir que a recolha de cartão/papel é

atualmente realizada nas áreas comerciais de Castro Daire, Mões e Termas do Carvalhal às

quartas-feiras.

Síntese: principais aspetos a reter

95% da população concelhia estava, em 2017, abrangida pelo abastecimento público de

água ao domicílio;

Totalidade da população concelhia servida com sistema de recolha de resíduos sólidos;

Aumento significativo da recolha seletiva de resíduos, registado até 2017, mais notória

sobretudo no que respeita ao vidro e papel/cartão, o que denota uma maior

sensibilidade da população para a importância da separação.

Existência de Ecocentro e um serviço gratuito de recolha de “monstros domésticos”.

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