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DIAGNÓSTICO SOCIAL
CONCELHO DE AROUCA
Conselho Local de Acção Social de Arouca, 2010
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INDICE Introdução 3 Metodologia 5 Breve caracterização histórica do concelho 6 Caracterização geográfica 8 Arouca: território geoparque 9 Capitulo I – Envelhecimento populacional/população idosa
12
caracterização da estrutura populacional 13 nascimentos por freguesia 16 programa PARES 17 caracterização dos pensionistas residentes no concelho de Arouca 22 CLDS – “Aroucainclui” 24
Capitulo II – Condições habitabilidade 26 caracterização do parque habitacional 27 programa Solar H 29
Capitulo III – Comportamentos aditivos e /ou de risco 31 alcoolismo 32 consumo drogas violência doméstica
33 35
Capítulo IV – Acessibilidade/mobilidade 37 acesibilidade 38 transporte publico 38 mobilidade para todos 41
Capitulo V – Emprego/Desemprego Breve caracterização económica do concelho
43 44
Caracterização do desemprego em Arouca 45
Capitulo VI - Comunidade 51 ambiente 52 saúde 54
Capitulo VII – Educação/Formação e Qualificação Profissional 56 níveis de instrução da população residente 57 taxa de escolarização 58 abandono/insucesso e absentismo escolar 59 Formação 62
Capitulo VIII – Rede Social/Acção Social 63 rede social 66 acção social 66
Conclusão 76
Bibliografia 79
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INTRODUÇÃO Após a 1ª edição do Diagnóstico Social que se tratou essencialmente de um documento organizado
sectorialmente, com base em indicadores estatísticos, torna-se necessário actualizá-lo com dados mais
recentes, no que respeita aos problemas do território e à caracterização estatística dos mesmos.
Aproveitando esta actualização optou-se, em sede de Nucleo Executivo, por realizar um diagnóstico
participativo e interactivo. Para tal, fez-se um levantamento em cada uma das 20 freguesias do concelho de
Arouca, com base no conhecimento de terreno de actores locais privilegiados. Estes agentes locais, são
conhecedores por excelência da realidade local, onde residem. Os papéis sociais que desempenham são uma
mais valia na identificação de necessidades e de potenciais respostas adequadas à respectiva realidade
social. Nas reuniões participaram parceiros locais e elementos do Nucleo Executivo que tiveram oportunidade
de elencar, em conjunto, os principais problemas de cada freguesia. Esta interacção permitiu traçar uma
elencagem dos problemas mais próximos das necessidades da população.
Tratou-se de um desafio, para a Rede Social de Arouca, enquanto politica social activa, que tem dois
objectivos fundamentais:
- Combater a pobreza e exclusão social
- Promover o desenvolvimento social baseado em princípios estruturantes como articulação, integração,
subsidiariedade e inovação.
Integração
Articulação Inovação
Subsidiariedade
As áreas temáticas apontadas como problema, foram posteriormente aglomeradas em problemáticas, as quais
foram analisadas, através de informação recolhida e sistematizada, em termos quantitativos e qualitativas, no
que respeita às seguintes áreas:
1. envelhecimento populacional/população idosa
2. habitação/ condições de habitabilidade
3. comportamentos aditivos e /ou de risco
4. acessibilidade/mobilidade
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5. emprego/desemprego
6. comunidade
7. educação/formação e qualificação profissional
8. rede social/acção social
Desta forma, o Diagnóstico Social proporciona uma perspectiva transversal e analítica dos problemas definidos
como prioritários para o território, o que permitirá a elaboração de um Plano de Desenvolvimento Social para o
concelho que identifique as necessidades do território e assim contribua para um verdadeiro desenvolvimento
social do território.
O Diagnóstico Social servirá o município como documento estratégico, que deverá ser assumido por todos,
como documento orientador do desenvolvimento social do território.
Parece importante ter em conta que a actualização do diagnóstico, é realizada muito com base em informação
estatística, o que sofre com o facto dos últimos censos serem de 2001, os quais estão desactualizados. Assim,
na medida do possível utilizar-se-ão outras fontes de informação mais actualizadas e reveladoras da realidade
local.
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METODOLOGIA
O processo de elaboração do Diagnóstico Social baseou-se numa metodologia de participação e investigação.
Foi faseada e incorporou uma abordagem temática que se baseia no diagnóstico prospectivo.
Para tal, procurou-se junto de actores locais privilegiados conhecer os verdadeiros problemas de cada meio,
bem como tentar identificar as causas dos mesmos, com o intuito de definir estratégias de intervenção que
permitam entender os problemas na sua verdadeira dimensão, muito embora seja necessário ter em
consideração que os problemas sociais têm muitas vezes associadas causas diversas, o que impossibilita
respostas imediatas, como seria desejável.
Este documento pretende assim, organizar os diversos problemas do concelho, em problemáticas e contribuir
para a sua compreensão.
Tendo em vista esta necessidade de conhecer verdadeiramente os problemas do concelho, estes foram
trabalhados por uma equipa multidisciplinar que constitui o Nucleo Executivo do CLAS e que conhece a
realidade social do concelho.
Assim, a elaboração deste documento obedeceu às seguintes etapas metodológicas:
1. Identificação dos problemas e agrupamento das problemáticas;
2. Priorização das problemáticas;
3. Análise das problemáticas;
4. Recolha de informação pertinente para melhor conhecimento da realidade;
Tal como referido anteriormente o documento teve a colaboração de actores locais privilegiados, tendo sido
realizada uma reunião de trabalho em cada uma, das 20 Juntas de freguesia, do concelho. O objectivo foi a
identificação dos problemas “in loco”. Seguidamente foram agrupados os problemas para construção de
problemáticas, tendo em conta o grau de proximidade dos mesmos.
Posteriormente, estas foram analisadas, em termos de constrangimentos, recursos e potencialidades do
concelho que podem ser utilizados e articulados para superação ou pelo menos atenuação das dificuldades.
No que concerne às técnicas de informação utilizadas, foram de natureza quantitativa e qualitativa. Utilizaram-
se dados estatísticos, consultaram-se documentos e opiniões, utilizaram-se inquéritos e entrevistas. Esta
conjugação de técnicas permitiu construir uma percepção mais ajustada à realidade local, procurando assim
traçar uma análise transversal mais realista.
No entanto, parece importante fazer nota do obstáculo que foi a ausência de informações estatísticas recentes,
uma vez que os Censos 2001, estão, a nosso ver, desactualizados. Assim, foi necessário recorrer a outras
fontes de informação mais actualizadas e mais caracterizadoras do problema.
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BREVE RESENHA HISTÓRICA DO CONCELHO
O território que hoje se apresenta como concelho de Arouca é constituído por 20 freguesias. É uma
povoação muito antiga, como se pode comprovar pelo património arquitectónico existente por todo o concelho:
Antas, Mamoas, Dolmens. Arouca possui um número bastante elevado de monumentos megalíticos que
confirmam a ocupação deste território desde tempos antigos. São também conhecidos vestígios do período
proto-histórico e da ocupação romana, existindo como testemunho a lápide de Fermêdo.
Foi fundado pelos Galo-Celtas, 400 ou 500 anos a.c.. Em 34 a.c., com a dominação romana, César
Augusto fundou a cidade que mais tarde viria a chamar-se Arouca, tendo-lhe atribuído nomes como Arauca,
Aruca e/ou Araducta. Foi uma cidade importante, pois fazia parte das cidades que participavam no Concilio de
Lugo, até ao ano 716, altura em que, foi destruída pelos árabes, que repelidos, no século IX, voltaram de novo
em 997.
Em 1151, D. Afonso Henriques concedeu foral à vila, situação que veio a ser confirmada pelo seu neto D.
Afonso II, em Coimbra, no mês de Novembro de 1217. Posteriormente, D. Manuel confirmou-o através de novo
foral atribuído em 20 de Dezembro de 1513.
O concelho, elevado a comarca por decreto de 28 de Fevereiro de 1835, resultou da extinção de alguns
concelhos, por reformas do século XIX, como Vila Meã do Burgo, Fermedo, Alvarenga e as terras de Covelo
de Paivó desanexadas, de S. Pedro do Sul, por lei de 1917. O concelho do Burgo deu origem à freguesia do
Burgo, quando em 1817, foi anexado ao concelho de Arouca. A extinção do município de Alvarenga, em 1836,
trouxe para Arouca, as freguesias de Santa Cruz de Alvarenga, Canelas, Janarde, Espiunca e a agregação de
Fermêdo, em 1855, trouxe S. Miguel do Mato, Fermêdo, Escariz e Mansores.
O antigo couto de Arouca, que congregava a maior parte das actuais freguesias, era constituído pelas
freguesias de S. Bartolomeu, em 1846 desdobradas nas freguesias de S. Bartolomeu de Arouca, S. Estevão
de Moldes, Cabreiros, Albergaria da Serra, parte da de S. Salvador do Burgo, Santa Eulália, S. Miguel de Urrô,
Várzea, Rossas, Santa Marinha de Tropeço e Chave. Estas freguesias conjuntamente com as indicadas
acima, perfazem as actuais 20 freguesias do concelho.
Os vestígios pré-históricos existentes, um pouco por todo o concelho, comprovam a povoação do território
desde tempos remotos. No entanto, é difícil determinar os períodos de ocupação pelos nossos antepassados.
Conhece-se muito pouco da ocupação e presença dos romanos, acredita-se que pelos vestígios encontrados,
a romanização terá ocorrido tardiamente (o que pode dever-se ao facto da localização do concelho ser, fora
das rotas do litoral e das principais vias de circulação norte/sul). Será mais fácil atestar a presença de
populações de origem germânica (resultante das invasões barbaras) pelos nomes encontrados como Sá, Saril,
Alvarenga, Burgo, Escariz, Friães, etc…De ocupações mais recentes, como as muçulmanas, existem mais
informações e vestígios. Nesta época e devido à instabilidade criada, a população cristã refugiou-se em locais
menos acessíveis, dos quais terá regressado com os avanços da reconquista cristã.
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Mas, a história de Arouca não pode dissociar-se, no entanto, do seu Mosteiro. Durante séculos, foi à
sombra deste monumento que grande parte do povo arouquense viveu, trabalhou, rezou e gozou alguns dos
poucos tempos livres. O Mosteiro terá sido fundado no século X e teve como primeiro padroeiro S. Pedro. Os
seus fundadores foram Loderigo e Vandilo- nobres de Moldes. O primeiro edifício terá sido uma pequena
moradia, que abrigou um pequeno número de professores de ambos os sexos. No século XII, sob o domínio
de D.Toda Viegas e família, a sua riqueza e engrandecimento tornam-se notáveis. Foi neste século que o
convento passou a feminino, da Ordem Beneditina.
Em 1220, o Mosteiro é legado a D. Mafalda, por seu pai D. Sancho I, rei de Portugal, que inicia o seu
padroado em 1217/1220, onde começa por mudar o hábito e os estatutos da ordem, reduzindo o Convento à
ordem de Cister. É durante o padroado de D. Mafalda que o mosteiro cresce, enriquece e atinge todo o seu
esplendor, pela honra de aí se ter acolhido a Padroeira, bem como devido aos legados materiais que trouxe
consigo e atribuiu ao mosteiro. O mosteiro, apenas feminino era então o principal pólo de dinamização
económica do vale de Arouca. Após a morte da padroeira, a 1 de Maio de 1256, o prestígio continuou, tendo
sido considerado um dos mais importantes da Península Ibérica. D. Mafalda foi beatificada, em 1792 e seu
corpo repousa numa urna, executada em ébano, cristal, prata e bronze, numa das alas do Mosteiro, para onde
foi transladada em 1973. Ao longo dos séculos XV e XVI, foram realizadas diversas obras de reconstrução,
ampliação e enriquecimento do mosteiro. Sofreu vários incêndios que o destruíram, tendo sido reconstruído,
tal como se apresenta hoje, em finais do século XVII, inícios do século XVIII.
Em 2 de Maio, feriado Municipal, comemoram-se as festas da Rainha Santa Mafalda.
(informação Diagnóstico Social)
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CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA
O concelho de Arouca situa-se no extremo Nordeste do Distrito de Aveiro,
estando administrativamente integrado na Grande Área Metropolitana do
Porto. Pertence à NUT III - Entre Douro e Vouga, da Região do Norte de
Portugal, juntamente com os concelhos limítrofes de Santa Maria da
Feira, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra e ainda S. João da Madeira.
Fazem ainda fronteira com o seu território os municípios de S. Pedro do
Sul, Castro Daire, Cinfães, Castelo de Paiva e Gondomar.
O posicionamento neste contexto regional traduz a situação de fronteira/
interface que Arouca detém, entre as Regiões Norte e Centro de Portugal,
entre os Distritos de Aveiro, Viseu e Porto e entre o litoral (industrializado,
bem servido por redes de acessibilidade, com povoamento disperso e
relevo relativamente pouco acidentado) e o interior (montanhoso e deprimido do ponto de vista demográfico,
social, económico e infraestrutural).
Nesta última perspectiva, Arouca é claramente um município com características de interioridade, em que o
relevo acidentado desempenha um sério obstáculo à fluidez das
comunicações internas e com o exterior, o que tem trazido dificuldades naturais à afirmação de um processo
de diversificação e desenvolvimento da base
económica.
Acresce que tal posicionamento territorial tem uma
tradução do ponto de vista institucional e administrativo
que não facilita a adopção de medidas articuladas para
inverter a situação de isolamento. De facto, Arouca e
os agentes locais (cidadãos em geral, administração
municipal, empresas e entidades associativas)
dependem, do ponto de vista de tutelas administrativas
ou do recurso a serviços públicos, de inúmeras entidades com áreas de abrangência e localização demasiado
diversificados. O município está integrado em sistemas administrativos com lógicas diferentes, nuns casos a
das regiões plano e noutros a distrital.
O Concelho estende-se por um território com cerca de 328 Km2 que se divide por 20 freguesias, a saber:
Albergaria da Serra, Alvarenga, Arouca, Burgo, Cabreiros, Chave, Covelo de Paivó, Escariz, Santa Eulália,
Espiunca, Fermedo, Janarde, Canelas, S. Miguel do Mato, Moldes, Rossas, Tropeço, Urrô e Várzea.
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De acordo com a classificação do INE, algumas freguesias apresentam características predominantemente
rurais, como é o caso de Albergaria da Serra, Alvarenga, Cabreiros, Canelas, Covelo de Paivó, Espiunca,
Janarde, Mansores, Moldes, Rossas, S. Miguel do Mato, outras encontram-se numa situação intermédia e que
segundo o INE, poderão ser classificadas como Medianamente urbanas, é o caso das freguesias de Chave,
Escariz, Fermedo, Tropeço, Urrô e Várzea. As freguesias com características urbanas situam-se em redor e na
sede do concelho - Arouca, Burgo e Santa Eulália.
Arouca: território Geoparque
O Geopark Arouca, correspondendo à área administrativa do Concelho de Arouca, é reconhecido pelo seu
excepcional Património Geológico de relevância internacional, com particular destaque para as Trilobites
gigantes de Canelas, para as Pedras Parideiras da Castanheira e para os Icnofósseis do Vale do Paiva.
O valioso e singular Património Geológico inventariado, cobrindo um total de 41 geossítios, constitui a base do
projecto Geoparque Arouca, aliados a uma estratégia de desenvolvimento territorial que assegurará a sua
protecção, dinamização e uso. Em simultâneo e em complementaridade, associam-se outros importantes
valores como os arqueológicos, ecológicos, históricos, desportivos e/ou culturais e ainda a promoção da
etnografia, artesanato e gastronomia da região, tendo em vista a atracção de um turismo de elevada qualidade
baseado nos valores da Natureza e da Cultura.
Imagem 3: Freguesias do Concelho de Arouca Fonte: CMA
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No Geoparque Arouca estão sinalizados 41 geossítios (locais de interesse geológico) que se destacam pela
sua singularidade e notável valor do ponto de vista científico, didáctico e/ou turístico. Apresentam elevada
relevância, com ênfase para quatro geossítios de importância internacional:
1. Panorâmica do Detrelo da Malhada – Moldes; 2. Côto do Boi – Moldes; 3. Marco geodésico de S. Pedro
Velho – Albergaria da Serra; 4. Marmitas de gigante no rio do Caima (Mizarela) – Albergaria da Serra; 5.
Contacto litológico da Mizarela e aspectos geológicos associados – Albergaria da Serra; 6. Miradouro da
Frecha da Mizarela – Albergaria da Serra; 7. Pedras Parideiras – Albergaria da Serra; 8. Campo de dobras da
Castanheira – Albergaria da Serra; 9. Filão de quartzo de Cabaços – Albergaria da Serra; 10.Panorâmica da
Costa da Castanheira – Albergaria da Serra; 11.Pedras Boroas do Junqueiro – Albergaria da Serra; 12.Pias do
Serlei – Albergaria da Serra; 13.Quartzodiorito de Espinho – Moldes; 14.Bolas quartzodioríticas dos Viveiros da
Granja – Moldes; 15.Minas da Pena Amarela – Moldes; 16.Galeria do vale da Cerdeira (Rio de Frades); 17.
Icnofósseis da área de Mourinha – Janarde; 18.Livraria do Paiva – Janarde; 19.Conheiros de Janarde;
20.Meandros do Paiva – Janarde; 21.Icnofósseis da área de Meitriz – Janarde; 22.Complexo mineiro da Poça
da Cadela (Regoufe); 23.Portal do Inferno e Garra – Covelo de Paivó; 24.Panorâmica da Sr.ª da Mó; 25.
Colecção de fósseis do Centro de Interpretação Geológica de Canelas; 26. Diamictitos glaciomarinhos fini-
ordovícicos – Canelas; 27. Graptólitos do Silúrico inferior – Canelas; 28. Conglomerado do Carbónico –
Canelas; 29.Crista quartzítica da Gralheira d`Água – Canelas; 30.Praia fluvial do Vau – Canelas; 31.Gola do
Salto – Canelas; 32. Aspectos geotectónicos de Espiunca; 33.Icnofósseis da área de Vila Cova; 34.
Icnofósseis da área de Vilarinho – Canelas; 35. Cascata das Aguieiras – Alvarenga; 36. Garganta do Paiva –
Alvarenga; 37. Icnofósseis da área de Cabanas Longas – Alvarenga; 38. Sítio de Mira Paiva – Alvarenga; 39.
Marco geodésico da Pedra Posta – Alvarenga; 40.Pedra Má – Várzea; 41.Panorâmica do marco geodésico de
Sobreiros – S. Miguel do Mato;
Muitos destes sítios de interesse encontram-se integrados na intensa Rede de Percursos Pedestres, num total
de 13, numa perspectiva de valorização e divulgação e promoção deste inestimável património.
A entidade responsável pela gestão do Geopark Arouca é a AGA – Associação Geoparque Arouca. A
Associação Geoparque Arouca é uma associação de direito privado sem fins lucrativos, criada por escritura
pública em 9 de Junho de 2008, publicada na 2ª Série – nº 125 - Diário da República, de 1 de Julho, com o
objecto social de “Promover e realizar acções tendentes a um desenvolvimento sócio-económico, cultural e
ambiental, sustentável e equilibrado do concelho de Arouca e da região, nomeadamente através da gestão da
área classificada de “Geoparque”; Conservar, promover e valorizar o seu património cultural, natural e
geológico; promover um turismo sustentável; potenciar o desenvolvimento de actividades económicas locais e
fomentar as actividades tradicionais; promover e desenvolver formação profissional; promover e realizar
acções de sensibilização ambiental e de animação cultural e turística; proceder a recolha, tratamento e
divulgação de informação sobre os recursos da região; realizar acções de protecção, conservação e
divulgação do património natural, com especial ênfase no Património Geológico; promover e realizar acções de
cooperação com outras entidades que possam contribuir para a realização dos objectivos da Associação;
participar em entidades públicas ou privadas que se integram no âmbito das atribuições do “Geoparque” e
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ainda prestar serviços aos associados, agentes locais ou a outros, bem como comercializar artesanato
regional, produtos locais ou outros”.
(Associação Geoparque Arouca)
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CAPITULO I
ENVELHECIMENTO POPULACIONAL/POPULAÇÃO IDOSA
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Com o aumento da esperança média de vida é urgente estruturar politicas/acções que evoquem e sensibilizem
a família e a comunidade em geral para as mudanças sociais que se impõem. Uma dessas mudanças diz
respeito ao envelhecimento populacional. Este problema é transversal a todas as sociedades e carece de uma
atenção especial, na medida em que requer intervenções diversas ajustadas ao meio em causa.
Em muitas sociedades, o número de idosos excede o número de jovens, o que implica novos desafios e
alterações sociais que carecem de resposta.
Cada vez mais se conclui da necessidade de aceitar e alargar o conceito introduzido pela Organização
Mundial de Saúde (1997) de Envelhecimento Activo. Este prevê a integração e motivação social desta faixa
etária, melhorando as suas condições de vida evitando a solidão, isolamento e pobreza.
Este problema requer ainda mais atenção, pois subjugante ao conceito de envelhecimento populacional está a
pessoa idosa muitas vezes em risco de exclusão social. Em Portugal, o conceito de pessoa idosa diz respeito
a pessoas com mais de 65 anos, o que coincide com a idade de reforma.
O conceito de envelhecimento tem de ser analisado e encarado de uma forma mais abrangente, pois
associada à situação de envelhecimento estão os baixos níveis de instrução, baixos níveis de rendimento
sócio- económico, situações de isolamento e solidão, falta de apoio de retaguarda, entre outros.
De acordo com os Censos 2001, cujos dados estarão já de alguma forma desactualizados, mas já evidenciam
algumas tendências sobre as alterações populacionais locais, a região Norte apresentava uma proporção de
idosos, mais baixa do que outras regiões do país, como o Alentejo, Algarve e região centro. No entanto, a
situação é preocupante e foi manifestada pelos diversos interlocutores locais.
1. Caracterização da estrutura populacional do concelho
O concelho de Arouca, segundo informações do INE, Anuário Estatístico 2008, tem vindo a perder população.
Assim, no ano civil referido, a população residente no concelho de Arouca era de 23663, que se distribuíam da
seguinte forma:
Em 2008, a população residente decresceu para 23663, sendo que em 2001 era de 24227 residentes.
A maioria da população residente continua a ser do sexo feminino. Nota-se que a perde de população é
transversal a todos os grupos etários.
O crescimento populacional em 2008 é negativo, na ordem dos -0.46%.
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População por grupo etário 08
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
0-14 15-24 25-64 mais 65
grupos etários
n.º
po
pu
lação
Caracterização da população residente no concelho de Arouca
2008 2001
Total homens 11579 11876
Total mulheres 12084 12351
0-14 anos 3582 4391
15-24 anos 3124 4024
25-64 anos 13096 11897
+ 65 anos 5872 3915
Total 23663 24227
INE, Anuário Estatístico 2008
A densidade populacional no concelho
era de 71.9 por km.
Tal como em 2001, o grupo etário com
mais população corresponde à
população em idade adulta e idade
activa, isto é dos 25 aos 64 anos, segue-
se o grupo etário, com mais de 65 anos.
Tendo em conta a desactualização dos dados dos últimos censos, desconhece-se a distribuição de população
por freguesia. No entanto, a tendência será seguir a evidenciada nos últimos censos, em que as freguesias de
Albergaria, Alvarenga, Cabreiros, Covelo de Paivó, Espiunca, Fermedo, Janarde, Moldes e S. Miguel do Mato
perdem população. São portanto freguesias envelhecidas populacionalmente.
Estas freguesias, pelas suas características oferecem à partida condições de acesso a bens e serviços mais
deficitária, pelo que a população, sobretudo a mais jovem, tem tendência a procurar outras freguesias para
residir, ficando a residir nestes locais, os mais idosos.
Conforme foi focado nas reuniões realizadas, pelas freguesias, a maioria aponta como principal problema o
envelhecimento populacional, onde o grave problema prende-se com isolamento e solidão a que os idosos
estão sujeitos. Os mais jovens vão saindo, procurando alternativas de vida e restam os idosos. Estes, por seu
turno vêm o seu dia-a dia também de certa forma condicionado, pois a grande maioria deles dispõe de parcos
recursos económicos (reformas de valor reduzido, associado a descontos como agrícolas), o que lhes dificulta
o acesso a determinados bens e serviços que afectam a sua qualidade de vida. Por outro lado, residem em
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locais isolados, com parcas alternativas de transporte ficando assim sujeitos a processos de solidão e
isolamento social
Constatamos assim, que a população de Arouca é uma população envelhecida, sendo que a situação se vem
arrastando ao longo dos tempos. Esta situação requer das entidades locais, politicas que respondam às
necessidades desta classe etária, nomeadamente medidas que concretizem localmente a recomendação da
OMS para um envelhecimento activo, capaz de contrariar a actual tendência para a solidão e isolamento
verificado junto deste grupo populacional.
Tal como já evidenciado pelos Censos 2001, existe um duplo envelhecimento da nossa população, pois o
numero de população na faixa etária 0-15 anos diminuiu, portanto têm nascido menos crianças e tem
aumentado a população com mais de 65 anos.
Analisando as taxas de natalidade/mortalidade verificamos que:
Tx bruta natalidade Tx bruta de mortalidade
9,2‰ 9.1‰
INE, Anuário Estatístico, 2008
A taxa bruta de natalidade é de 9.2‰, ou seja por cada mil mulheres em idade fértil, nasceu 9.2 filhos, em
2008. O número de óbitos decorridos em 2008 é de 9.1 em cada mil pessoas.
Estes valores são bastante reveladores da tendência para o decréscimo da população jovem e a incapacidade
da população em rejuvenescer.
A percentagem de mulheres em idade fértil, no total de população feminina residente é de 49.8%, ou seja
apenas metade das mulheres residentes em Arouca estão em idade fértil.
Em 2008, nasceram 219 crianças no concelho de Arouca (sexo masculino 105 e sexo feminino 114). No
mesmo ano registaram-se 215 óbitos (111 do sexo masculino e 104 do sexo feminino). De referir que não se
registou nenhum óbito com menos de 1 ano de idade. Não conseguimos informação atempada do INE, sobre o
número de nascimentos em 2009. No entanto, dados do Centro de Saúde de Arouca dão conta de 198
registos de novas crianças, para vacinação, o que tendo em conta a obrigatoriedade do plano nacional de
vacinação, os dados serão de ter em conta. Assim, nasceram 95 mulheres e 103 homens, que se distribuem
da seguinte forma, pelas freguesias:
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Nascimentos, por freguesia, em 2009
Arouca 35
Escariz 21
Moldes 19
Tropeço 16
Fermedo 14
Burgo 13
Santa Eulália 13
Canelas 10
Alvarenga 9
Chave 9
S. Miguel Mato 9
Urrô 9
Rossas 8
Espiunca 4
Mansores 3
Janarde 3
Várzea 1
Albergaria da Serra 1
Cabreiros 1
Total 198
Centro de Saúde de Arouca, 2010
A freguesia que registou maior número de nascimentos foi a freguesia sede de concelho, seguida da freguesia
de Escariz, Moldes, Tropeço, Burgo e Santa Eulália. De referir, que a freguesia de Covelo não registou
qualquer nascimento.
Em 2008, o índice de envelhecimento era de 107.8 %, ou seja para 100 residentes, com menos de 15 anos,
existem 107 idosos. Este valor em 2001 era de 89.2%. Mais uma evidência da tendência da população para o
envelhecimento, pelo que cada território deve preparar-se para enfrentar essa situação com dignidade.
Acresce ao índice de envelhecimento, o problema da dependência dos idosos, sendo este de 23.8%. O índice
de dependência traduz a relação entre a população idosa e a população em idade activa, ou seja o quociente
de pessoas com mais de 65 anos e o número de pessoas entre os 15 e 64 anos.
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Tendo em conta os valores estatísticos que comprovam efectivamente a grande problemática do município, a
população idosa - é urgente trabalhar no sentido de definir politicas de apoio para este grupo- alvo, o mais
próximo possível da sua realidade. É igualmente necessário desenvolver esforços e articular acções que
permitam traçar linhas de actuação em prol de um envelhecimento activo que evite a solidão/isolamento e por
outro lado criar condições que melhorem a sua qualidade de vida, não apenas aos que estão
institucionalizados mas também aos que ficam nas suas casas.
Com o aparecimento do programa PARES, surgiram no concelho de Arouca, um conjunto de instituições,
distribuídas por freguesias diversas, com o objectivo de dar uma resposta social a grupos mais vulneráveis,
nomeadamente crianças e idosos.
Estas respostas são muito bem vindas uma vez que se trata das duas áreas com mais baixa taxa de cobertura
concelhia bastante aquém das reais necessidades do município, a saber:
Taxa Cobertura Concelhia em Fevereiro 2010
Infância e Juventude População Idosa Pop. Portadora de Deficiência
15.4% 3.7% 13.4%*
CDSSAveiro, Fevereiro 2010
Assim, em Fevereiro de 2010, e de acordo com informação disponibilizada pelo Centro Distrital de Segurança
Social de Aveiro, a taxa de cobertura dos equipamentos sociais de apoio à população idosa era de apenas
3.7%. No que respeita ao apoio à Infância e Juventude, a taxa de cobertura situa-se nos 15.4%. Relativamente
à população portadora de deficiência, o valor apresentado em Fevereiro de 2010, já contempla o valor pós-
Pares e corresponde a 13.4%. O valor concelhio em Março de 2009, neste âmbito era de 11.6%.
Parece importante reforçar a taxa de cobertura, no que diz respeito ao apoio à população idosa e o problema
social que essa situação acarreta, pois muitos dos idosos encontram-se, muitas vezes, sem qualquer
retaguarda familiar. Temos assistido a mudanças e exigências sociais que se traduzem na falta de tempo para
a manutenção dos laços sociais entre pais e filhos, entre vizinhos, o que implica que o idoso fique muitas
vezes, sem qualquer retaguarda de apoio, ou então com o apoio do/a cônjuge que é muitas vezes deficitária
atendendo à idade e debilidade física do mesmo.
Existe outra situação associada aos idosos, que é problemática e muito difícil de solucionar. Trata-se da
dependência económica de muitos filhos para com a reforma/rendimentos dos pais, rendimentos esses, de
certa forma baixo. Esta situação leva a que fique por resolver algumas das suas necessidades básicas, uma
vez que o dinheiro do idoso é canalizado para solucionar os encargos económicos dos agregados dos filhos.
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Neste momento, apenas uma instituição concelhia presta apoio no que concerne à institucionalização de
idosos, trata-se da Santa Casa da Misericordia de Arouca- valência lar idosos, que alberga 112 idosos. A lista
de espera da mesma instituição ultrapassa já os 145 idosos. Esta entidade proporciona também apoio
domiciliário a 31 utentes, sendo um deles de apoio domiciliário integrado com a saúde. O mesmo acontece
com as Instituições Casa do Povo de Alvarenga e AICIA que prestam apoio domiciliário 25 idosos e 45 utentes
respectivamente. De salientar que o Apoio domiciliário promovido pela AICIA não contempla apenas idosos.
Este é o apoio institucional existente actualmente, num concelho com 20 freguesias, 327 km2 e uma
população envelhecida.
A situação certamente irá melhorar com os novos equipamentos sociais previstos para o município e assim dar
resposta a uma grande lacuna no concelho.
Ao abrigo do programa PARES, POPH e PRODER, as instituições abaixo indicadas apresentaram
candidaturas que procurarão dar resposta às necessidades sociais sentidas no concelho, entre as quais se
encontra maioritariamente a população idosa. Estas respostas encontram-se distribuídas por freguesias
diversas, onde se sente fortemente o problema do envelhecimento populacional, a saber:
Entidade Valência Cobertura
C. Social de Chave Lar 30
CSSSBurgo C. Dia e SAD 30+30
CSSC de Fermedo C. Dia e SAD 40+40
CS Canelas C. Dia, Lar e SAD 30+15+30
Casa Povo Alvarenga Lar idosos e SAD 50+25*
S.ta Casa da Misericordia C. Dia 50
C. S. Tropeço ** C. Dia e SAD 30+30
CSSCMansores*** SAD e Creche 30+33
* já em funcionamento ** candidatura ao PRODER *** candidatura ao POPH e PRODER
Estas respostas permitirão colmatar as necessidades de institucionalização da população idosa, sempre que
possível descentralizada pelas diversas freguesias. Por outro lado, permitirá também apoiar o idoso, no seu
meio natural, através do serviço de apoio domiciliário. Estas últimas valências, quando em funcionamento será
possível apoiar aproximadamente 188 novos utentes no domicílio.
Convém também salientar a necessidade das IPSS´s se reorganizarem, no que respeita ao seu âmbito
geográfico de intervenção. É de todo insuportável social e financeiramente que cada freguesia tenha a sua
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instituição social, pelo que é necessário estabelecer acordos, de afinidade ou proximidade, de forma a
rentabilizar recursos e prestar uma apoio social aos que mais dele precisam.
De acordo com dados disponibilizados pelo Centro Distrital de Segurança Social de Aveiro, as candidaturas
foram as seguintes:
PARES I – Candidaturas Concelhias
Valências a criar/ n.º vagas a criar
IPSS Creche C. Dia Lar Idosos SAD Lar Residencial
AICIA 24
C. S. Chave 30
C.S.P. Burgo 30 30 30
Fonte: Centro Distrital do ISS, IP
PARES II – Candidaturas Concelhias
Valências a criar/ n.º vagas a criar
IPSS Creche C. Dia Lar Idosos SAD Lar Residencial
CSS Fermedo 66 40 40
CS Canelas 30 15 30
CP Alvarenga 33 50 25
SC Misericordia 50 (Urrô)
CPRSMafalda 11 18
Fonte: Centro Distrital do ISS, IP
PARES III – candidaturas concelhias
Valências a criar/ n.º vagas a criar
IPSS Creche C. Dia Lar Idosos SAD Lar Residencial
SCMisericordia 43
Fonte: Centro Distrital do ISS, IP
Simulação da taxa de cobertura – Pós - PARES
Tx cobertura Infância e
Juventude
Tx de cobertura da pop
adulta com deficiência
Tx de cobertura da população
com mais de 65 anos
Arouca 20,1% 13,4% 12,3%
Distrito 31,0% 12,5% 13,9%
Fonte: Centro Distrital do ISS, IP
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De acordo com as estimativas do Centro Distrital de Aveiro, as obras candidatas ao programa PARES
permitirão aumentar consideravelmente a taxa de cobertura nos diversos sectores. Assim, a taxa de cobertura
em termos de resposta à infância e juventude aumentará de 15,4%, para 20,1%. Este valor ainda está abaixo
do valor distrital, que é de 31,0%. Relativamente à resposta para a população adulta portadora de deficiência,
é de 13,4%, o que corresponde a um valor superior ao distrital, ou seja Arouca tem melhor resposta que o
concelho. A população com mais de 65 anos, regista um grande aumento de resposta. Esta situava-se na
ordem dos 3,7% e com as novas obras aumentará para 12,3%. Valor próximo ao distrital que é de 13,9%.
De salientar a boa resposta concelhia em termos de apoio á população adulta portadora de deficiência, sendo
este valor em Arouca, superior ao registado a nível distrital.
Parece importante acrescentar que mais duas instituições pretendem proporcionar apoio social ao concelho e
não tiveram aprovação no âmbito do programa PARES, mas que procuraram formas alternativas.
Valências a criar/ n.º vagas a criar
IPSS Creche C. Dia Lar Idosos SAD Lar Residencial
CS Tropeço - 30 - 30 -
CSSCMansores 33 - - 30 -
Fonte: DEAS- Câmara Municipal de Arouca
Estas respostas de carácter social tem-se revelado de extrema necessidade, tendo em conta as relações de
proximidade que se vão perdendo, as mudanças sociais que vão ocorrendo, pelo que será uma excelente
resposta de apoio no que concerne à institucionalização, bem como o apoio no domicilio, que possibilitará dar
uma resposta sem institucionalizar ou sem retirar do meio natural. Assim se darão passos na caminhada do
envelhecimento activo.
É necessário também, criar mecanismos de apoio à melhoria da sua qualidade de vida, o que na maioria dos
casos diz respeito à melhoria da sua mobilidade, muitas vezes dentro do espaço doméstico. As barreiras
arquitectónicas, no interior dos edifícios, são muitas vezes condicionadoras da qualidade de vida desta
população. O mesmo acontece com a qualidade das habitações de grande parte destes idosos. As habitações
dos idosos são, de acordo com o conhecimento geral, habitações precárias, sobretudo as localizadas nas
freguesias mais afastadas da sede do concelho. Por vezes, pequenas reparações poderão ser a solução para
melhorar a qualidade de vida dos nossos idosos, evitando ou retardando assim a sua institucionalização.
A autarquia local, procurando atenuar esta situação solicitou à Secretaria de Estado respectiva, a abrangência
do concelho de Arouca no programa PCHI. Este Programa Conforto Habitacional para Pessoas Idosas, está
inserido no Plano Nacional de Acção para a Inclusão, visa o melhoramento das condições básicas de
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habitabilidade e mobilidade de pessoas idosas que usufruam de serviços de apoio domiciliário, pretendendo
assim evitar a sua institucionalização e dependência. Destina-se a pessoas com mais de 65 anos, com
rendimentos mensais, per capita, iguais ou inferiores ao valor indexante aos apoios sociais e que vivam em
habitação própria, usufruam de apoio domiciliário e que residam sozinhas ou coabitem com pessoas idosas,
menores ou portadores de deficiência. O apoio previsto é financiar a fundo perdido, até ao montante de 3500
Euros por fogo, a realização de obras de conservação ou beneficiação das habitações nas quais residam
idosos que cumpram as condições de acesso predefinidas. Podem apresentar candidaturas todas as pessoas
com 65 ou mais anos, cujo rendimento mensal, per capita, seja igual ou inferior ao valor indexante dos apoios
sociais (menor ou igual a 397,86 Euros) desde que reúnam cumulativamente os seguintes requisitos: a) vivam
em habitação própria ou residam numa habitação há pelo menos 15 anos de forma permanente e que a
mesma se encontre inscrita na matriz predial em seu nome, ou, que habitem por igual período de tempo, a
título não oneroso, um prédio não descrito no registo predial em nome de terceiro, que careça de qualificação
em função da situação e necessidade em que se encontram; b) usufruam de serviços de apoio domiciliário,
frequentem um Centro de Dia, ou cuja prestação destes serviços esteja dependente da qualificação
Habitacional; c) residam sozinhos ou em coabitação com outra(s) pessoa(s) idosa(s), familiar(es) com
deficiência, menores ou maiores desde que estudantes e sem rendimentos do trabalho ou prestações
substitutivas destes. Podem ainda beneficiar do PCHI, a título excepcional, pessoas que não estejam a usufruir
de apoio domiciliário, mediante despacho favorável do Director do Centro Distrital de Segurança Social da área
de residência, e cujo requerimento seja devidamente fundamentado.
A intervenção, ao nível da habitação tem-se revelado complexa, pois a maioria destas casas não são
propriedade do idoso e estão ocupadas em regime de casa de caseiro, o que impossibilita a intervenção
social.
A questão da habitação requer uma intervenção alargada que passe pela recuperação do espaço, mas
também por uma intervenção ao nível da higiene do mesmo. Deparamo-nos constantemente com situações de
ausência de higiene pessoal e doméstica. Esta intervenção requer todo um trabalho de envolvência e
persistência por parte de todos os interlocutores sociais.
Aquando das reuniões de trabalho realizadas nas diversas Juntas de Freguesia e a par da problemática da
população idosa, foi bastante evidenciada a questão dos baixos rendimentos. A maioria porque fizeram
descontos como agrícolas, ou tiveram poucos anos de descontos pelo que actualmente recebem reformas de
baixo valor.
Com o intuito de compreender melhor esta realidade, solicitamos envio de informação sobre os pensionistas,
por invalidez, velhice e sobrevivência, residentes no concelho, ao Centro Nacional de Pensões. No entanto, a
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informação não foi recepcionada em tempo útil, pelo que utilizamos a informação que consta do Anuário
Estatístico 2008, do INE.
Caracterização dos pensionistas, residentes no concelho de Arouca
Pensionistas em 31/12/2008
Invalidez
Velhice
Sobrevivência
Total
913
4677
1584
7174
Fonte: O país em Números, 2008
Pensão social de invalidez Prestação pecuniária mensal concedida em vida dos beneficiários que havendo completado um prazo de garantia de 60 meses de registo de remunerações e antes de atingirem a idade de reforma por velhice, se encontrem, por motivo de doença ou acidente definitivamente incapacitados de trabalhar na sua profissão. Pensão social de sobrevivência Prestação pecuniária mensal concedida a familiares dos beneficiários cônjuges, ex-cônjuges, descendentes ou equiparados, ascendentes que à data da morte tenham completado 36 meses de contribuições, pertencentes aos regimes acima referidos, excluindo o regime de seguro social voluntário em que o prazo é de 72 meses com entrada de contribuições. Pensão de velhice Prestação pecuniária mensal, concedida em vida dos beneficiários que, tenham completado 15 anos civis com entrada de contribuições, com uma densidade contributiva de, pelo menos, 120 dias de registo de remunerações por ano (excluindo o regime de seguro social voluntário em que o prazo é de 144 meses com entrada de contribuições) e com idade mínima de 65 anos, para o sexo masculino.
Analisando o quadro acima verificamos que mais de 30% da população residente no concelho, segundo dados
de 2008, é pensionista. Destes, 3.8% são pensionistas por invalidez, encontram-se incapacitados de trabalhar
por motivo de doença ou acidente. Cerca de 18% dos pensionistas são-no por velhice, por idade superior a 65
anos.
Existe ainda a versão pensão social que se destina a pessoas com mais de 65 anos, sem tempo de descontos
suficientes e sem bem materiais. No entanto desconhecemos o número de população nessa circunstância.
Para melhor esclarecer o número de pensionistas solicitamos informação ao Centro Nacional de Pensões. No
entanto, apesar da insistência, não nos chegou informação atempadamente.
Assim, os valores estatísticos evidenciam claramente a preocupação dos parceiros locais no que concerne à
necessidade de apoio a esta franja da população que devido aos parcos recursos que aufere vê a sua
qualidade de vida condicionada.
Assim, devem-se criar mecanismos a nível local que possam apoiar os idosos nesta lacuna.
Um desses mecanismos passa por divulgar as diversas modalidades de apoio existentes, sobretudo no que
concerne ao apoio aos mais carenciados, como é o caso de algumas politicas sociais, entre as quais
destacamos o Complemento Solidário de Idosos. Este, destina-se a apoiar situações de baixos recursos
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económicos através de um complemento monetário ao valor da reforma, mas também em termos de
benefícios de saúde, através de apoios em medicação, em próteses (dentárias e óculos) e cheques dentista.
Esta medida teve alguma resistência por parte dos idosos, pelo que é necessário, continuar a desmistificar o
programa e possibilitar um complemento de reforma aos que mais precisam efectivamente.
De acordo com informações recebidas do Centro Distrital de Segurança social de Aveiro, recebem
Complemento Solidário de Idosos, no concelho de Arouca 740 pessoas, o que significa que o concelho está
com uma taxa de cobertura de 19.29%. Os concelhos do distrito de Aveiro com maior taxa de cobertura em
termos de CSI, são Arouca, Castelo de Paiva e Oliveira do Bairro, na ordem dos 19,50%
Outro problema diagnosticado e já referido anteriormente tem a ver com a solidão/ isolamento a que os nossos
idosos estão sujeitos, pelo que é urgente que as entidades locais se organizem na definição e um plano de
actividades, que envolva esta franja da população e que permita travar os níveis de solidão e isolamento que
todos apontam como o maior problema do idoso. Deveria ser criado um plano gerontológico, que
compreendesse as actividades das diversas entidades, o objectivo será divulgar e articular acções, evitar
sobreposição e rentabilizar recursos. Este plano deverá conter actividades que potenciem estilos de vida
saudáveis, o convívio entre gerações, que sensibilizem para a prática desportiva e actividades lúdicas diversas
que possam ir ao encontro das necessidades desta população, procurando sempre estimular cognitiva e
socialmente o idoso. Estas acções deverão ser articuladas e ajustadas à realidade cultural dos idosos e se
possível descentralizadas, deverão ocorrer o mais próximo possível do local de residência dos idosos,
evitando assim o transtorno das suas deslocações e ultrapassando a barreira da falta de transporte e de
dificuldade de mobilidade dos mesmos.
É importante apostar nas parcerias criadas, ter em conta as entidades que já têm actividades no terreno,
procurando articular os diversos planos e acções já realizadas. Estas acções deverão envolver domínios e
entidades diversas de forma a dar respostas diversificadas, articuladas e rentabilizando assim os recursos.
É certo que os diversos serviços vão realizando acções pontuais dirigidos a este publico- alvo em particular.
No entanto, apesar de muito salutares e bastante participadas é necessário criar um plano gerontológico
adaptado à realidade e com a contribuição dos diversos serviços e parceiros, procurando assim rentabilizar
recursos e chegar ao maior número de idosos sobretudo aqueles que se encontram mais isolados.
Existe uma resposta que a curto médio prazo necessitará de uma intervenção, tratam-se dos cuidadores.
Verifica-se por todas as freguesias, a tendência para cuidadores de idade avançada, ou seja assiste-se a
muitas situações em que um idoso cuida de outro. Assim e à semelhança do que decorreu ao abrigo do
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projecto “Cuidar de quem cuida”, urge traçar algum tipo de informação/sensibilização que possa ajudar
também estes e outros cuidadores, nos diversos domínios.
Por último, parece importante referenciar a necessidade de toda a população estar atenta e todos agirem
como conselheiros sociais. Ou seja, todos devem informar e solicitar junto dos serviços competentes possíveis
soluções para casos socialmente sinalizados como precários. Assim, propomos a criação de Comissões
Sociais de Freguesia sendo estes órgãos conselheiros do social, nas freguesias onde estarão sedeadas.
De referir uma boa prática de actividades realizadas no âmbito da população sénior, no que diz respeito à
promoção da inclusão social. Trata-se de acções levadas a cabo no âmbito do programa CLDS – Contrato
Local de desenvolvimento Social “Arouca Inclui”.
O Projecto AroucaInclui, insere-se no Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social, coordenado
e executado pela Adrimag e contempla um conjunto de acções direccionadas para a população sénior do
nosso concelho.
O projecto “Estafeta Digital”, integrado no nosso plano de acção, prevê o desenvolvimento de acções de (In)
formação facilitadoras do acesso às novas tecnologias da informação e da comunicação, em todas as
freguesias do concelho. Para tal, dispõe de uma carrinha de informática equipada para o efeito, que permite
descentralizar as actividades. De Janeiro a Maio de 2010 foram acompanhados 5 grupos, cada um deles
composto por 9 elementos, nas freguesias de: Alvarenga (Bustelo), Arouca e Mansores. Os participantes com
idades compreendidas entre os 54 e os 78 anos de idade demonstraram ao longo das sessões muita
motivação, sendo fundamental estruturar formas de continuidade e de acompanhamento, para os grupos que
já terminaram as sessões. A partir do mês de Junho está previsto o arranque de novos grupos, nas freguesias
onde obtivermos um maior número de inscritos.
Acção 18 – Estafeta Digital
Sessões de informação “TIC para Seniores”
GRUPO Homens Mulheres TOTAL
Alvarenga - Bustelo | G1 4 1 5
Arouca | G1 5 4 9
Arouca| G2 3 6 9
Mansores | G1 2 3 5
Arouca | G3 0 8 8
TOTAL 14 22 36
Fonte: “AroucaInclui”/Adrimag
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Para além das sessões de TIC para seniores, o AroucaInclui está, também, empenhado no processo de
implementação de uma Universidade Sénior. Este tipo de estrutura poderá ser uma mais-valia para os
seniores, na promoção do envelhecimento activo. Além de potenciar o conceito de aprendizagem ao longo da
vida, poderá desenvolver actividades sociais, culturais, educacionais e de convívio, que permitam combater o
isolamento e a exclusão social.
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CAPITULO II
HABITAÇÃO - CONDIÇÕES HABITABILIDADE
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O direito a uma habitação de dimensão adequada, com condições de higiene e conforto e que preserve a
intimidade pessoal e a privacidade familiar é um direito consagrado na Constituição da República Portuguesa.
O não acesso a habitação com condições mínimas de habitabilidade é um factor de exclusão social, podendo
também acarretar consequências ao nível da saúde.
O problema da habitação continua a ser um dos factores mais problemáticos no concelho de Arouca.
Assim, a existência de habitações degradadas/ situações de casas abarracadas é uma questão que afecta um
número considerável de agregados familiares. Existem famílias a residir em habitações sem as condições
mínimas de habitabilidade.
São constantes as solicitações aos diversos serviços de acção social, no que respeita a pedidos de apoio
para a recuperação da habitação ou na procura de alternativas como seja habitação social.
Os dados referentes a este problema são no entanto escassos. As estatísticas de 2001, davam indicações que
poderão estar de alguma forma desactualizadas. No entanto, não deixam de ser preocupantes, dada a sua
dimensão em pleno século XXI. Aquelas informações davam conta efectivamente que os alojamentos
familiares em Arouca, registavam ainda problemas como:
- falta de electricidade (41 habitações sinalizadas, sendo a freguesia mais afectada S.M.Mato);
- falta de água canalizada (261 habitações, mais na freguesia de Escariz);
- ausência de casa de banho ( 237habitações, sendo a freguesia com mais casos, Moldes).
O mesmo documento revelava que o índice de envelhecimento dos edifícios era elevadíssimo sobretudo nas
freguesias mais distantes da sede, sendo a situação mais grave Janarde. São assim, afectadas as freguesias
onde a população é mais envelhecida.
Certo é que num período de 10 anos, decorreram alterações. No entanto, os agentes locais que participaram
nas reuniões de sinalização dos problemas concelhios, identificaram a persistência dos mesmos problemas,
no que respeita à habitação. Terão reduzido o número de casas sem luz eléctrica mas continuam a existir
situações sem água canalizada e sem casa de banho.
O parque habitacional em Arouca tem crescido pelo que se subentende que tem melhorado também.
Assim, e segundo o INE (anuário estatístico 2008), o parque habitacional no município, tem vindo a aumentar,
na seguinte proporção:
Caracterização do parque habitacional
2006 2007 2008
10424 10587 10789
INE, Anuário Estatístico 2008
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Desde 2006 que o parque habitacional do concelho tem crescido, sendo que em 2008, os serviços estatísticos
identificavam 10798 edifícios em Arouca.
Mas os dados característicos da situação da habitação e tal como referido anteriormente são escassos, sendo
necessário esperar pelas estatísticas dos novos censos de 2011, para se poderem ter dados mais concretos.
No entanto, este problema foi identificado aquando das reuniões realizadas nas Juntas de Freguesia, tendo
sido identificados dentro da problemática da habitação, as seguintes situações:
- habitação degradada/ situações de casas abarracadas/falta de condições de habitabilidade - inexistência de wc e água canalizada - ausência de regras de higiene habitacional - ausência de politicas de apoio à auto-construção para jovens/fixação pop jovem
O Nucleo Executivo, entendeu portanto tratar-se de um problema prioritário que carece de intervenção, pois
interfere directamente com as condições mínimas de vida e com a qualidade da mesma. Procurando ter dados
mais concretos, sobre este problema foi solicitada colaboração às Juntas de Freguesia, no sentido de
identificarem localmente e nominalmente estes casos, sobretudo os que dizem respeito a situações de
ausência de casa de banho e água canalizada. O objectivo será potenciar um projecto municipal, que colmate
ou atenue estes problemas.
Até à data de realização deste documento foram recepcionadas as informações de 4 freguesias, as quais se
dão a conhecer:
Caracterização do n.º de agregados sem condições de habitabilidade, por freguesia
Freguesia N.º Casos identificados
Arouca 0 agregados
Fermedo 10 agregados
Tropeço 5 agregados
Espiunca 3 agregados
Fonte: DEAS- Câmara Municipal de Arouca
O problema da habitação foi apontado como sendo transversal à maioria das freguesias, sendo que algumas
delas registam carências ao nível de infra-estruturas básicas, nomeadamente WC e água canalizada para não
falar da falta de ligação á rede de esgotos.
Assim, deverá a autarquia, em parceria com outras entidades locais, munir-se de sinergias que possibilitem
capacitar as habitações degradadas, pertencentes ou nas quais residem agregados sem capacidade
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económica, de condições mínimas essenciais como é o caso da casa de banho e água canalizada.
Certamente será necessário que as diversas entidades locais procurem politicas nacionais e ou incentivos
locais, que auxiliem na correcção destas desigualdades básicas.
Estas desigualdades estão em muitos casos relacionadas com a problemática identificada no primeiro
capítulo- a população envelhecida. Pois, são muitas vezes os idosos que residem em habitações sem
condições mínimas de habitabilidade. A par desta situação é também necessário trabalhar alguns hábitos, por
muito que seja difícil a sua sensibilização.
Tal como referido anteriormente grande parte dos pedidos de apoio recepcionados pela autarquia e
acompanhados pelos serviços sociais, dizem respeito à necessidade de melhoria das habitações. Assim, no
ano de 2009 foram apoiados 23 casos. Estes distribuem-se por apoio em materiais de construção, subsídio
para melhoria de habitação, isenção taxas de licenciamento, cedência de projecto tipo e subsídio para
elaboração de projecto. Estes pedidos são oriundos das freguesias de Alvarenga, Santa Eulália, com
respectivamente 3 pedidas; Moldes, Canelas e Burgo, respectivamente 2 pedidos; Escariz, Urrô, Tropeço,
Arouca, Mansores, Várzea e Rossas, com respectivamente 1 caso.
Além destes subsídios atribuídos a situações de carência, os serviços sociais da autarquia encaminham, caso
se justifique, para o Programa Solar H. Este tem por objectivo, a concessão de empréstimos sem juros pelo
IHRU, para realização de obras de conservação:
• Em habitação própria permanente de indivíduos ou agregados familiares;
• Em habitações devolutas de que sejam proprietários os municípios, as instituições particulares de
solidariedade social, as pessoas colectivas de utilidade pública administrativa que prossigam fins
assistenciais, e as cooperativas de habitação e construção;
• Em habitações devolutas de que sejam proprietárias pessoas singulares,
Em 2009, beneficiaram desta medida 2 agregados residentes no concelho de Arouca. Estes agregados são
residentes nas freguesias de Moldes e Urrô.
O problema da habitação vem-se arrastando ao longo dos tempos, o que levou a autarquia a construir, em
2000, dois bairros sociais, que servisse de albergue de agregados a residir em barracas ou casas
abarracadas. Estes situam-se nas freguesias de Arouca/S. Pedro e em Alvarenga/Pade. Corresponde a um
total de 24 habitações, 16 no bairro de Arouca (8 T2 e 8 T3) e 8 em Alvarenga (2 T2 e 6 T3). Todas as
habitações se encontram em regime de arrendamento - sistema de renda apoiada. Esta resposta revela-se
contudo insuficiente para responder às solicitações referenciadas nos diversos serviços como carecendo de
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uma intervenção urgente, embora a sua resolução seja de grande dificuldade, pois a maioria das habitações
designadas como casa de caseiro ou cuja propriedade não pertence ao residente.
No levantamento realizado por freguesia, foi também sinalizado como problema a ausência de politicas
municipais que apoiem a fixação da população, sobretudo a fixação da população mais jovem. Como podemos
verificar pelas estatísticas oficiais, o concelho tem vindo a perder população. Certamente estamos a referir-nos
a população jovem que procura locais mais atractivos, economicamente, para residir/adquirir casa própria. Por
isso, deveria ser, politica da autarquia criar mecanismos de incentivo à fixação da população, sobretudo aos
mais jovens. Segundo os interlocutores locais, das diversas freguesias, esses apoios deveriam ser, entre
outras pela alteração ao PDM, visto ter sido referenciado como lacuna deste documento, uma grande redução
das áreas de construção.
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CAPITULO III
COMPORTAMENTOS ADITIVOS E OU DE RISCO
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No concelho de Arouca, os principais factores associados a comportamentos de risco são, o consumo
excessivo de álcool e o consumo de drogas. Também se identifica a questão da violência doméstica e da
prostituição, embora em menor escala e com maior incidência em determinadas freguesias. Foi evidenciada a
ausência de actividades lúdicas/desportivas que cativem os mais jovens e assim evitem a ocupação dos
tempos livres com comportamentos considerados de risco.
Dos diversos dados sinalizados como preocupantes no município, nomeadamente situações relacionadas com
consumo de álcool e drogas, existem poucos dados que os permita caracterizar. No entanto, o conhecimento
informal dos agentes locais, diz-nos tratar-se de dois problemas graves, que afectam parte significativa da
população, com especial incidência junto da população jovem.
Desde a década de 60, que a Organização Mundial de Saúde classificou o alcoolismo e a dependência
química como doenças primárias. Estas traduzem-se pelo consumo de substância que provocam dependência
física e psicológica. Este problema afecta a sociedade de forma transversal e o Município de Arouca em escala
considerável e é tanto mais graves quanto mais cedo se principia o seu consumo.
Os motivos conducentes ao consumo são de origem diversa.
Há necessidade de dar continuidade a algumas acções de sensibilização já realizadas, sobretudo ao nível das
escolas, no âmbito da sensibilização e prevenção, bem como adaptar localmente as políticas/medidas
nacionais de sensibilização e combate a esta problemática.
No caso do alcoolismo trata-se de um problema culturalmente enraizado e importante em termos
económicos, pelo que, a sua resolução tem-se revelado de extrema dificuldade. Essa dificuldade passa,
também, pela falta de respostas para encaminhamento das situações que requerem tratamento.
Tal como referenciado anteriormente, este problema é transversal aos diferentes grupos etários. Assiste-se
cada vez mais cedo a uma tendência para o consumo crescente de bebidas brancas e cerveja, sobretudo
consumidos em bares.
O consumo do álcool tem associado factores diversos e traduz-se num problema nacional, embora as
estatísticas sejam escassas e pouco esclarecedoras do problema.
A nível local não há qualquer tipo de resposta para tratamento desta patologia, sendo necessário recorrer a
centros de tratamento fora do concelho, o que por vezes origina dificuldades no encaminhamento, quer pelo
número de vagas reduzidas, quer pela dificuldade de mobilidade de alguma população do concelho para iniciar
e sobretudo para manter o tratamento.
De acordo com uma estimativa de 2005, do CRC de Coimbra - Centro de alcoologia Regional do Centro, já
apresentada no Diagnóstico Social anterior, existiam em Arouca 2840 bebedores excessivos e 2110 doentes
alcoólicos, o que a ser verdade corresponde a aproximadamente 20.5% da população residente afectada com
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este problema. De acordo com a mesma delegação, durante 2009, foram atendidos 14 utentes, residentes no
concelho de Arouca, o que totaliza 139 utentes, de Arouca, já atendidos naquela unidade de saúde.
Bebedores excessivos 2840
Concelho de Arouca Doentes alcoólicos 2110
Total 4950
Fonte: CRA Coimbra
A estrutura que acompanha os casos encaminhados de Arouca é a Unidade de alcoologia de Matosinhos.
Solicitamos a esta estrutura mais informações sobre os casos acompanhados em Arouca, no entanto a
informação não nos chegou em tempo útil.
Dados da GNR de Arouca, dão-nos informação que, fora sinalizada em 2009, 99 infracções por consumo
excessivo de álcool.
Este problema por estar de tal ordem enraizado na comunidade carece de uma aposta ao nível preventivo,
desmistificando certas ideias e crenças. Carece igualmente de ser integrado num plano mais abrangente ao
nível de prevenção de outras toxicodependências. O problema deve ter uma resposta multidisciplinar e
integrada e não apenas resposta pontual, como tantas vezes acontece por ausência de alternativa. As
respostas devem ser dadas numa primeira instância, a nível local, sempre em articulação com a saúde,
procurando-se assim maior proximidade à população.
No concelho estão licenciados 446 estabelecimentos autorizados para a venda de bebidas alcoólicas, o que
facilita o acesso a estes bens para consumo, denotando-se falta fiscalização no sector.
Dados das escolas revelam que: o agrupamento de escolas de Arouca, foram sinalizados, no ano lectivo
actual, 2 alunos por consumo de álcool, um no primeiro ciclo e outro no 2º ciclo. O agrupamento de Escolas de
Escariz não sinalizou nenhum caso associado a drogas e/ou alccol. Na Escola Secundária o n.º de alunos,
sinalizados, durante o ano lectivo 2008/2009, por consumo excessivo de álcool, foi 0. Durante o ano lectivo em
curso, a mesma escola sinalizou 1 aluno.
No que respeita ao consumo de droga, este é também preocupante sobretudo pela forma como afecta os
mais jovens e pelo facto destes iniciarem o consumo cada vez mais precocemente. Estudos demonstram a
persistência do problema sobretudo entre jovens com perfil de afastamento em relação à casa, família e
escola. Denota-se também o pouco envolvimento destes jovens na prática de actividades físicas. De acordo
com os mesmos estudos o consumo está muito associado ao facto de “não se sentirem felizes” (Gabinete de
Prevenção da Toxicodependência, da Câmara Municipal de Lisboa).
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Os dados característicos deste problema no concelho são igualmente precários. Tratam-se de dados formais
mas que não coincidem com o conhecimento informal que dispomos do concelho. O Agrupamento de escolas
de Arouca, não sinalizou até ao momento, nenhum aluno, neste ano lectivo, associado ao consumo/posse de
droga, o mesmo acontece com o agrupamento de Escariz. A ESA durante o ano lectivo 2008/2009, sinalizou,
por consumo de droga - 1 aluno que foi encaminhado para o CAT. No ano lectivo em curso, não está
sinalizado até ao momento nenhum aluno.
A GNR local, não sinalizou qualquer tipo de infracção por consumo/tráfico de droga, no decorrer de 2009.
De acordo com a Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência, durante o ano de 2009, foram abertos, 4
processos referentes a residentes no concelho de Arouca. Relativamente à sua distribuição por freguesia, são
1 elemento masculino, residente na freguesia de Arouca, 2 do sexo masculino pertencentes à freguesia de
Escariz e 1 residente, também do sexo masculino, pertencente à freguesia de Urrô. Estes residentes têm
idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos de idade, possuem o 2º e 3º ciclo de escolaridade, 3
encontram-se desempregados e 1 empregado. Os casos sinalizados dizem respeito ao consumo de haxixe (3
casos) e 1 consumo de polisubstâncias. O perfil dos consumidores enquadra-se na situação de não
toxicodependentes.
Freguesias Casos sinalizados
Arouca 1
Escariz 2
Casos acompanhados na CDT
de Aveiro
Urrô 1
Fonte: Comissão Dissuasão da Toxicodependência de Aveiro, 2010
Estas comissões têm por objectivos a prevenção, recuperação e tratamento de situações associadas a
consumo/tráfico de pequenas quantidades de droga.
De acordo com o Diagnóstico do Território - Plano Operacional de Respostas Integradas, elaborado em 2009,
numa parceria Rede Social com o IDT- equipa da Feira, estes são efectivamente os dois maiores problemas
de Arouca, o alcoolismo que afecta uma faixa muito considerável da população e o consumo de droga, sendo
o primeiro um dos maiores problemas do concelho, que se vem arrastando ao longo dos tempos não tendo
sido possível solucionar.
No que refere ao consumo de drogas e apesar do número ser desconhecido, verifica-se que o consumo está
maioritariamente associado a espaços verdes abandonados, a espaços circundantes às escolas e a espaços
verdes, com pouca iluminação pública. Assim, é urgente definir estratégias de intervenção e prevenção que
devem, passar pelo aumento da fiscalização, tal como refere o mesmo documento.
É urgente definir um plano de intervenção para o território muito com base na prevenção primária e dirigida
aos diversos grupos alvos.
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Existem ainda outros comportamentos de risco, identificados no município, que é o caso de violência
doméstica. Esta deve ser entendida numa dimensão intra - familiar e não apenas ao nível de homem/mulher.
É certo que se têm realizado acções de sensibilização, mas no entanto continuam a existir situações de
violência familiar.
Dados da GNR, de Arouca, dão conta de 18 ocorrências participadas ao Ministério Publico, nas seguintes
situações, no decorrer de 2009.
Tipo de Violência Freguesia N.º casos sinalizados
Violência Conjugal Alvarenga 1
Violência Conjugal Arouca 3
Entre filho e pai Burgo 1
Violência conjugal Chave 4
Violência conjugal+entre pai e filho Mansores 1+2
Violência conjugal Rossas 2
Violência conjugal Tropeço 2
Violência Conjugal Urrô 1
Violência conjugal Várzea 1
Total 18
Fonte: GNR de Arouca
A maioria das situações de violência denunciadas é entre cônjuges. No entanto, esta extrapola já para outras
relações a nível familiar, devendo as campanhas de sensibilização ter uma vertente mais alargada e ajustada
a esta nova realidade.
A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arouca, tem em acompanhamento 10+3 processos
referentes a situações de violência física e/ou psicológica respectivamente, o que confirma a abrangência
deste problema.
De acordo com os dados estatísticos de 2009 da APAV- Ass. Portuguesa de Apoio à Vitima, foram registados
no ano civil transacto, 6539 processos de violência contra mulheres; 610 crimes contra crianças e 642 actos de
violência contra idosos. Os crimes de violência dizem respeito a situações de maus-tratos físicos e maus-tratos
psíquicos. Foi solicitado a esta entidade informações sobre o número de atendimentos referentes ao concelho
de Arouca, não dispondo este organismo de dados por concelho, apenas por distrito.
No que diz respeito à CIG- Comissão para a Igualdade de Género, esta atendeu presencialmente 1 situação
de violência doméstica de uma mulher residente no concelho de Arouca. Telefonicamente foram atendidas 3
pessoas que disseram residir em Arouca. Fomos, no entanto, alertados que muitas dos contactos são
sinalizados por distrito tendo em conta a privacidade das situações.
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Certo é que a distância geográfica entre Arouca e Porto ou Aveiro, onde se localizam estes serviços, levam a
que muitos/as não possam usufruir dos mesmos, pelo que normalmente recorrem aos diversos serviços de
acção social existentes no concelho.
Nesse sentido, as técnicas de acção social a exercer actividade profissional no concelho, frequentaram uma
acção de formação, neste âmbito que decorreu nas instalações da Comissão para a Igualdade de Género no
Porto. Tendo esta formação sido uma vais valia local. O assunto requer actualização constante, sobretudo em
termos jurídicos, tendo em conta a complexidade da intervenção.
Torna-se fundamental, para um melhor atendimento, colaboração institucional para se definir um circuito
concelhio de atendimento às vítimas de violência doméstica, o objectivo é definir parcerias estratégicas
efectivas para apoio a situações de denúncia. Esta acção deverá funcionar, numa vertente experimental,
durante um determinado período de tempo, fim do qual deverá ser avaliado.
De salientar que apesar das estatísticas não o revelarem, a situação é grave. Trata-se antes de um problema
ainda muito escondido, para a qual a sociedade em geral ainda não está sensibilizada para denunciar e desta
forma contribuir para a resolução ou pelo menos atenuação do problema. Por outro lado e como referido
anteriormente a ausência de um serviço de proximidade que apoie nestas circunstâncias leva a que muitas
das situações permaneçam desconhecidas.
Por último, de salientar algumas situações de prostituição, embora este problema afecta de forma desigual as
diversas freguesias. Apesar de pouco referenciado, o assunto deve ser encarado com preocupação. Apostar
em acções de prevenção, sobretudo enquanto o problema for de menor dimensão.
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CAPITULO IV
ACESSIBILIDADE – MOBILIDADE
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Os transportes apresentam-se como um dos maiores problemas do concelho de Arouca, o que aliado à
dispersão e extensão geográfica do concelho coloca certos locais em sérios riscos de isolamento. Ao longo
dos tempos, é cada vez mais notório a necessidade de uma rede de transportes, capaz de servir as
necessidades da população de forma mais eficaz e eficiente.
A maioria da população do concelho desloca-se em carro próprio, dada a dificuldade em aceder a uma rede de
transportes públicos. A utilização do autocarro, quando está disponível, ainda está muito dependente dos
horários escolares e o recurso ao táxi, implica custos que nem todos os agregados têm capacidade de poder
pagar.
As acessibilidades de um determinado território condicionam de forma intensa o desenvolvimento do mesmo,
nos seus diversos níveis.
No levantamento realizado a nível das freguesias, todas são unânimes em definir a questão das
acessibilidades, como uma grande lacuna concelhia. Esta necessidade afecta o município em geral, sobretudo
em termos de uma ligação que permita encurtar a distância face a municípios vizinhos. Por outro lado, as
ligações internas nas freguesias são igualmente deficitárias.
A par das más ligações viárias, deparamo-nos também com a ausência de uma rede de transportes eficaz que
dê resposta às necessidades da população, sobretudo à que reside em locais mais distanciadas da sede do
concelho e com pouca possibilidade/capacidade de mobilidade.
No que respeita a acessibilidades e tal como referido no anterior diagnóstico do território, as redes concelhias
caracterizam-se por: a) principais - ligam Arouca aos principais itinerários nacionais; b) Secundárias: rede
internas que ligam os principais aglomerados populacionais e a rede local - que são redes de comunicação
deficitárias sobretudo pelo traçado deficitário.
Entre todas as ligações, destaca-se a falta de uma ligação rápida aos grandes centros urbanos. A ausência
desta ligação produz efeitos nefastos nos diversos níveis de desenvolvimento concelhio.
Relativamente aos transportes públicos, existem freguesias totalmente a descoberto. O problema assume
maior gravidade porque afecta sobretudo as freguesias mais distantes da sede de concelho, onde se
concentram todos os serviços administrativos. Esta ausência de uma rede de transporte publico eficaz afecta
muito particularmente as pessoas idosas, residentes nas freguesias, geograficamente mais isoladas.
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Freguesia Transporte Obs.
Albergaria Circuito especial de transporte escolar Só transporta alunos
Alvarenga Carreira- transporte publico
Arouca Sede concelho. Transporteublico
Burgo Carreira- transporte publico Há locais com transporte só em tempo de
aulas
Cabreiros Circuito especial de transporte escolar
Tem cooperativa de transportes- funciona
em regime taxi
Canelas Carreira- transporte publico
Chave Carreira- transporte publico
Covelo Circuito especial de transporte escolar Só transporta alunos
Escariz Carreira- transporte publico
Espiunca Carreira – transporte publico
Fermêdo Carreira- transporte publico
Janarde Circuito especial de transporte escolar
Mansores Carreira- transporte publico
Moldes Transporte escolar Só funciona em época escolar
Rossas Carreira- transporte publico
S.ta Eulália Carreira- transporte publico
S. M. Mato Carreira- transporte publico
Tropeço Carreira – transporte publico
Urrô Carreira- transporte publico
Várzea Carreira – transporte publico
Fonte: Câmara Municipal de Arouca
Como podemos verificar a maioria das freguesias tem transporte público, no entanto existem muitos lugares a
descoberto, dada a dispersão geográfica. No entanto, a maioria está associado ao transporte escolar, pelo que
o horário do transporte se rege muito pelo horário escolar, o que nem sempre responde às reais necessidades
da população, sobretudo as que têm obrigações profissionais a cumprir. Por outro lado, a dispersão geográfica
das freguesias, impossibilita que todos tenham fácil acesso aos transportes, pois este abrange a parte central
da freguesia, estrada principal, deixando muitos locais a descoberto, o que obriga os munícipes a recorrer a
transporte particular ou a terceiros.
Mais grave ainda são as freguesias de Albergaria, Covelo, Janarde que não dispõe de qualquer tipo de
transporte público. Nestas freguesias está disponível o transporte escolar que não pode transportar
passageiros. Esta situação afecta a mobilidade e mobilização dos cidadãos aí residentes de forma
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considerável, obrigando os mesmos a recorrer ao serviço de táxi e como tal a diminuir drasticamente as suas
deslocações.
A questão do transporte afigura-se como uma das principais lacunas do concelho de Arouca, se tivermos em
conta a extensão geográfica do território e a dispersão dos 206 lugares1.
Ao nível dos transportes públicos disponíveis, a população pode recorrer a autocarro e táxi.
Grande parte dos transportes assegurados pelo autocarro para fora do município, tornam necessário recorrer a
ligações, feitas em pontos estratégicos, como por exemplo Carregosa, S. João da Madeira.
Mas, a maior necessidade são os transportes internos, uma vez que muitos lugares estão a descoberto.
Algumas freguesias têm serviço de carreira pública, mas apenas disponível na parte central /onde a estrada
nacional intersecta a freguesia, ficando a descoberto estradas secundárias. Isto implica que a população tenha
de deslocar até essa facha central ou então que procure outras estratégias de mobilidade que passam muitas
vezes pelo uso do táxi.
Relativamente ao serviço de táxi, existem no concelho de Arouca um total de 29 veículos, com praça nas
localidades que constam desta tabela, verificamos que há freguesias sem qualquer tipo de resposta a este
nível, sobretudo freguesias distanciadas da freguesia sede, como é o caso das freguesias de Albergaria,
Covelo, Janarde e Várzea, sendo as três primeiras muito caracterizadas pela população em idade avançada e
com problemas de mobilidade.
De salientar, uma boa prática, que poderá ser uma resposta a outras freguesias, que é uma cooperativa de
transportes existente na freguesia de Cabreiros.
O recurso a táxi implica custos, que nem sempre são passíveis de ser suportados pela população local,
sobretudo a mais idosa, que dispõe de reformas de valor reduzido. Esta situação tem outra vertente que é o
isolamento que a falta de mobilidade acarreta, sobretudo por parte dos mais idosos. Devido à falta de
mobilidade, a população mais afastada do centro evita deslocar-se, pois não dispõe de uma rede de transporte
efectiva, pelo que se desloca essencialmente nos dias da feira, que decorre quinzenalmente. Isso traz
problemas de isolamento, solidão e toda a falta de hábitos socialmente adequados, que depois se repercutem
no nível de vida destas populações e na qualidade da mesma. A falta de possibilidade de se descolar coloca
sérios constrangimentos à qualidade de vida destes cidadãos, pois coloca entraves ao acesso a determinados
bens e serviços que estão na base da estruturação do seu dia-a – dia, uma vez que os priva dos mesmos,
colocando-os em situação de isolamento social.
1 Dados dos Censos 2001
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Freguesia Locais estacionamento Total veículos
Alvarenga Trancoso, Pirraça e Alvarenga 3
Arouca Pç Brandão Vasconcelos 7
Burgo Central Camionagem 1
Cabreiros – Coop.ª transportes Cabreiros 1
Canelas Cima- Canelas 1
Chave Chave e Chão de Ave 2
Escariz Abelheira 1
Espiunca Vila Viçosa e Espiunca 2
Fermedo Cabeçais 1
Mansores Vila 1
Moldes Portela e Ponte Telhe 2
Rossas Barroca 1
Santa Eulália Selada; S.to António; S.ta M.ª Monte 3
S. Miguel Mato Belece 1
Tropeço S. João 1
Urrô Lourosa Matos 1
DGAF. Câmara Municipal de Arouca
Outro problema que começa a ter maior visibilidade é a questão na necessidade de se apostar na mobilidade
para todos, sobretudo ao nível dos espaços públicos. Urge assim, sensibilizar todos os profissionais e
responsáveis, nomeadamente autarcas, técnicos autárquicos, projectistas, arquitectos, engenheiros,
planeadores, no sentido das intervenções destes não descurarem a abolição de barreiras arquitectónicas que
dificultem movimentos.
Em qualquer meio físico deparamo-nos com situações que dificultam ou até mesmo impedem os que têm
mobilidade mais reduzida de se deslocarem autonomamente. Situações como passeios mal dimensionados,
mobiliário urbano, postes de electricidade, sinais de trânsito, árvores, floreiras, publicidade, caixotes,
condicionam a mobilidade da população. Estas preocupações devem ser tidas em conta sobretudo pela
elevada proporção de população idosa do concelho.
Esta preocupação deve ser alertada também aos particulares, na realização das suas obras particulares, pois
constantemente ocorrem acidentes que reduzem a capacidade locomotiva dos cidadãos, pelo que é
necessário sensibilizar para a estruturação de obras que facilitem a mobilidade no interior dos edifícios.
No sentido de colmatar esta necessidade as Câmaras do EDV planeiam uma intervenção com objectivo de
potenciar a mobilidade para todos. Trata-se de um projecto Integrado para a Promoção da Acessibilidade no
Entre Douro e Vouga e resulta de uma candidatura aprovada pelo Programa Operacional do Potencial
Humano (POPH).
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O projecto desenvolve-se em quatro fases: elaboração de diagnóstico regional; acções de formação e
sensibilização; elaboração de manual de boas práticas no domínio da acessibilidade e elaboração dos planos
municipais de promoção da acessibilidade.
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CAPITULO V
EMPREGO/DESEMPREGO
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Fazendo uma breve caracterização do emprego verificamos que a base económica do concelho de Arouca é
ainda muito marcada por uma profunda ruralidade.
Em 1991 o sector primário absorvia 27% da população activa, parcela que diminuiu até aos 12% em 2001,
ainda assim relevante no contexto regional, já que os valores para as regiões Norte e Entre Douro e Vouga se
situam abaixo dos 5% e abaixo de 2% no caso da AMP. O sector secundário surge como o maior empregador:
mais de 50% dos activos trabalhavam neste sector em 1991, valor que incrementou cerca de 5% até 2001,
situado entre os 35% registados na AMP e os 61% característicos de EDV. Este peso do sector secundário
não se deve, no entanto, a um predomínio da actividade industrial – que absorve 41% da população residente
activa e empregada, contra 64% na região EDV –, pois à construção civil corresponde 25% da população
activa e empregada, contrastando, mais uma vez, com os 9% do EDV.
Nesta estrutura de emprego destaca-se o forte crescimento do sector terciário ao longo da década em análise,
que registou um incremento de cerca de 10%, incorporando actualmente pouco mais de 37% da população
empregada, proporção semelhante à da região EDV. Neste sector, o valor da AMP ascende aos 63%. É
essencialmente constituído pelo comércio a retalho, que abrange 65% da população empregue no sector
terciário. Basta ver que as empresas dos sectores dos serviços financeiros, imobiliários ou outras de serviços
prestados principalmente às empresas não atingem os 5% do total de empresas registadas no concelho em
2002, proporção inferior à do Entre Douro e Vouga (8%) e da Região do Norte (10%). O comércio, a hotelaria e
a restauração, por sua vez, concentram 29% das empresas em Arouca, e os sectores sociais e administrativos
pouco mais de 5%. Segundo estes dados, a indústria transformadora representa 22% do total de empresas,
valor significativamente superior ao de 1991 (13%), que tinha praticamente a mesma proporção da agricultura,
pecuária e silvicultura (15%), e que actualmente apenas representa 6%. A construção é o segundo sector mais
representado, com 28% das empresas do concelho.
Segundo dados disponibilizados pela Marktest, 64% das empresas do concelho empregam até 4
trabalhadores.
Em anos recentes tem-se registado um incremento do investimento na criação e modernização das
actividades económicas. Alguns dados sobre os processos de licenciamento em curso na Câmara Municipal
de Arouca mostram que o comércio, a indústria transformadora e as instalações agropecuárias são as que
geram o maior número de novos processos.
De acordo com os dados do INE, o ganho médio mensal, em 2007, no concelho de Arouca, era de 635.20€,
per capita.
Os movimentos da população de Arouca para os espaços envolventes podem ser clarificadas com base nos
fluxos definidos pelos movimentos diários dos trabalhadores. Em 2001, o quadro das deslocações casa -
trabalho da população activa definia-se nos seguintes traços:
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45
- Saída diária de 2176 trabalhadores de Arouca para outros concelhos do Entre Douro e Vouga;
- Entrada diária, com origem nos restantes concelhos do Entre Douro e Vouga, de 545 trabalhadores;
- Os movimentos equivalentes com outras origens ou destinos no espaço envolvente (Tâmega, a Norte, ou
Dão - Lafões, a Sudeste), não ultrapassam os 70 indivíduos.
- Dentre outros destinos de emprego de residentes em Arouca com significado destacam-se os municípios do
Porto, de Matosinhos e de Vila Nova de Gaia, pertencentes à AMP.
- No total cerca de 28% da população activa empregada trabalha fora do concelho.
Relativamente ao desemprego afigura-se como um fenómeno social, em que as economias não conseguem
suprir o crescimento populacional. Por outro lado, o crescente grau de mecanização e informatização do
processo de trabalho acabaram com cargos anteriormente desempenhados por pessoas com baixa instrução e
qualificação e exclui muito gente do mercado de trabalho.
Actualmente, trata-se de um dos maiores problemas sociais transversais a toda a sociedade.
A situação em Arouca, no entanto, contraria um pouco as estatísticas nacionais. O desemprego não se fez
sentir na mesma ordem que as estatísticas nacionais evidenciam. No entanto, não deixa de ser um problema
que carece ser prevenido e trabalhado em outros domínios. Solicitamos junto do IEFP- Centro de Emprego de
S. João da Madeira, os dados do desemprego, por freguesia, no entanto, entende esta entidade que em
algumas freguesias, pelo numero reduzido de desempregados inscritos, poderá quebrar-se a
confidencialidade.
Fazendo uma breve análise aos dados do desemprego, verificamos que a situação em Arouca, nos meses de
Fevereiro e Março é a seguinte:
Género Tempo de Inscrição
Situação face à procura de emprego
Mês Concelho
Homens Mulheres < 1 ano 1 Ano e +
1º emprego
Novo emprego
Total
Arouca 306 430 418 318 76 660 736 Vale de Cambra 300 516 511 305 73 743 816 Oliveira de Azeméis
1350 1602 1844 1108 213 2739 2952
Santa Maria da Feira
4066 5294 5367 3993 672 8688 9360
São João da Madeira
528 721 759 490 80 1169 1249
Castelo de Paiva 520 1045 828 737 147 1418 1565 Cinfães 650 696 784 562 116 1230 1346 Castro Daire 267 363 473 157 60 570 630 São Pedro do Sul 315 533 693 155 87 761 848
Feve
reiro
de 2010
Gondomar 5594 6178 6514 5258 665 11107 11772 Fonte: IEFP, 2010
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46
Taxa de Variação do Desemprego por Concelho
-0,48
3,71
0,97
-0,79
0,980,440,14
1,72
0,14
-13,44
-16,00
-14,00
-12,00
-10,00
-8,00
-6,00
-4,00
-2,00
0,00
2,00
4,00
6,00
Aro
uc
a
Va
le d
e C
am
bra
Oliv
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mé
is
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Ma
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ro d
o S
ul
Go
nd
om
ar
A variação do número de desempregados, do 2ª para o 3ª mês do ano de 2010 é de apenas 1 pessoa. Assim,
em Março do corrente ano estavam inscritas à procura de emprego 737 pessoas, residentes no concelho de
Arouca. Deste total 434 são mulheres, o que corresponde à maioria dos desempregados do concelho.
Relativamente ao tempo de inscrição, a maioria encontra-se à procura de emprego, 413 fazem-no à menos de
1 ano e 324 são desempregados de longa duração, isto é procuram emprego há mais de 1 ano. Do total de
inscritos a grande maioria já trabalhou e procura novo emprego, estão nessa situação 658 pessoas, ao passo
que 79 pessoas procuram o primeiro emprego.
Relativamente aos concelhos limítrofes de Arouca, apenas Castro Daire e S. Pedro do Sul têm menor número
de desempregados.
Género Tempo de Inscrição
Situação face à procura de emprego
Mês
Concelho
Homens Mulheres < 1 ano 1 Ano e +
1º emprego
Novo emprego
Total
Arouca 303 434 413 324 79 658 737 Vale de Cambra 304 526 486 344 73 757 830 Oliveira de Azeméis
1326 1630 1805 1151 217 2739 2956
Santa Maria da Feira
4074 5327 5139 4262 680 8721 9401
São João da Madeira
522 721 746 497 81 1162 1243
Castelo de Paiva 520 1103 858 765 144 1479 1623 Cinfães 650 709 780 579 117 1242 1359 Castro Daire 257 368 460 165 67 558 625 São Pedro do Sul 303 431 574 160 85 649 734
Março
de 20
10
Gondomar 5647 6240 6373 5514 659 11228 11887 Fonte: IEFP, 2010
Analisando a taxa de
variação do desemprego nos
diversos municípios,
verificamos que:
Apenas os municípios de S.
João da Madeira, Castro
Daire e S. Pedro do Sul
viram reduzido o seu número
de desempregados. Todos
os restantes aumentaram a
taxa de desemprego.
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De salientar a situação do município de Arouca que de um mês para outro, o numero de desempregados
variou apenas em 1 pessoa efectivamente
Fazendo uma breve caracterização dos desempregados residentes no concelho de Arouca, verificamos que:
Caracterização dos desempregados, por grupos etários:
< 25 anos 25-34 anos 35-54 anos + 55 anos
130 161 322 124
Fonte: IEFP, 2010
Grau de Escolaridade
< 1º ciclo 1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo Ens.
Secundário
Ens. Superior
42 227 166 133 108 61
Fonte: IEFP, 2010
No que respeita à faixa etária, a maioria dos desempregados são adultos e têm idades compreendidas entre
os 25-54 anos. De referir, o numero elevado de inscritos com idade superior a 55 anos - 121 inscritos. Esta
situação prende-se com a dificuldade em arranjar solução para a população nesta idade, que perante o
mercado de trabalho já tem idade avançada, no entanto ainda não reúne condições para aceder à reforma.
A maioria dos desempregados inscritos tem baixa escolaridade, isto é 1º e 2º ciclo. Com o nível secundário
estão inscritos 108 arouquenses e 61 inscritos têm o ensino superior. Esta situação é reveladora da baixa taxa
de instrução escolar e profissional da nossa população, o que poderá ter a ver com a dificuldade de inserir
profissionalmente estes cidadãos.
Segundo o IEFP, as movimentações em termos de emprego, registado no mês de Março, dão-nos conta de:
Desempregados inscritos 35 homens 38 mulheres
Ofertas recebidas 33
Colocações efectuadas 14 homens 10 mulheres
Fonte: IEFP, 2010
Inscreveram-se naquele mês 73 novos desempregados. O centro de emprego de S. João da Madeira,
responsável pela área geográfica do município, registou 33 ofertas de emprego para o concelho. Para
responder a estes pedidos colocaram 14 homens e 10 mulheres, o que resultou num total de 24 colocações.
Os 73 novos desempregados, que se inscreveram naquele mês, caracterizam-se da seguinte forma:
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Motivo de inscrição
Ex- inactivo Despedidos Despediu-se Desp. Mutuo
acordo
Trab n/
permanente
Trab p conta
própria
Outros
motivos
19 14 7 0 23 1 97
Fonte: IEFP, 2010
A maioria inscreveu-se, por terminus de contrato de trabalho, por motivo de ter terminado uma
indisponibilidade para trabalho, ou porque foi despedido.
De acordo com as informações estatísticas disponibilizadas constata-se efectivamente, a veracidade da
opinião dos presidentes de Junta aquando da reunião de levantamento de problemas sociais para o
diagnóstico social do concelho, que o desemprego não é o maior problema do concelho. As estatísticas
revelam que a variação entre o número de desempregados, no concelho de Arouca, ao longo dos meses é
pouco considerável.
Existe sim, outros problemas associados a esta situação que carecem de alguma intervenção, e que passa por
um desajustamento entre a oferta e a procura de emprego. O que as empresas locais oferecem não tem
resposta positiva por parte de quem procura. Existem profissões para as quais há oferta de emprego, no
entanto, verifica-se muita dificuldade de recrutamento, é o caso por exemplo do sector do calçado, em que se
deparam com dificuldade em recrutar pessoal especializado, como gaspeadeiras, orladeiras, faceadeiras.
Além disso são áreas que habitualmente as pessoas não procuram, só aceitam ofertas nestas áreas em última
instância.
Outro problema, que foi sinalizado em quase todas as Juntas de freguesia que é a ausência de uma cultura de
operariado, por parte da nossa população. O que conduz a situações de subsídio - dependência. A população
entende como natural estar a receber subsídio de desemprego e durante o período de vigência deste, não
opta por procurar emprego, nem aceitar alternativas. As pessoas entendem isto como uma oportunidade que
deve ser aproveitada. A situação de desemprego é encarada por muitos e sobretudo por parte das mulheres
como benéfica, pois têm acesso a determinadas regalias sociais e podem assim dedicar-se à vida familiar e
doméstica enquanto recebem o subsídio. Algumas destas mulheres, não voltam a entrar no mercado de
trabalho, dedicam-se apenas à vida doméstica e optam por procurar apenas acções de formação. No entanto,
mantêm a sua inscrição para emprego, procurando ofertas ao nível do terceiro sector e mantém a inscrição
para emprego porque esta lhes garante alguns benefícios sociais.
Deve-se ainda fazer campanhas de sensibilização com o objectivo de munir os diversos serviços, de
intervenções semelhantes, para atitudes semelhantes no que concerne à importância do emprego, procurando
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assim ajustar a procura de emprego à capacidade de oferta da região e por outro lado sensibilizar a população
para os seus deveres laborais. As entidades contactadas reforçam a necessidade comum que é transmitir a
mensagem de que um subsídio deve ser encarado como uma solução transitória.
A dificuldade de alguns em aceder ao emprego, sobretudo por causa da dispersão concelhia é outro entrave,
razão pela qual se torna necessário facilitar o acesso das pessoas aos mecanismos de apoio ao emprego.
Arouca perdeu o balcão de atendimento não permanente do Centro de Emprego de S. João da Madeira, pelo
que todos têm de se deslocar às instalações do Centro de Emprego de S. João da Madeira. Se tivermos em
conta as distâncias efectivas entre alguns locais do concelho e S. João da Madeira, aliado à falta de uma rede
de transportes eficaz e aos baixos rendimentos de alguns agregados, verifica-se que a ida ao centro de
Emprego não é um processo fácil, pelo que era benéfico que este serviço chegasse mais próximo da
população, descentralizando serviços, como sejam o balcão de atendimento não permanente e o Gabinete de
Inserção Profissional que é da responsabilidade do município.
Da intervenção destas entidades, da área do emprego, além de intervirem ao nível do ajustamento
oferta/procura deverão também fazer emanar acções de sensibilização/preparação para as vicissitudes do
mercado de emprego, incentivando a população na procura activa de emprego e ao empreendedorismo.
Uma parte da franja da população afectada pelo desemprego e que todos indicam como tendo dificuldade em
entrar no mercado de trabalho, são os jovens, sobretudo com grau de licenciatura, embora as estatísticas
apenas identifiquem, em Março, 61 inscritos com curso superior.
Esta situação revela de alguma forma a incapacidade do município em dar resposta a estas situações, o que
obriga muitos jovens a procurar alternativa noutros locais geográficos ou então a dedicar-se a actividades que
pouco ou nada têm a ver com a sua área de formação.
É necessário preparar algumas formas de apoio a esta franja específica da população, facultando-lhes
algumas ferramentas de trabalho e também estimular o seu empreendedorismo.
A questão do empreendedorismo, tão focado nos dias de hoje, deve fazer parte integral da nossa formação,
devendo a sua introdução ser feita ao nível das escolas, se possível beneficiando de alguns programas
concelhios destinados a esse fim. Existem algumas iniciativas concelhias de apoio ao empreendedorismo que
nem sempre é aproveitado pelo que é necessário preparar todo um trabalho de base, de sensibilização.
Uma situação social, que se revelou preocupante, nas diversas reuniões realizadas nas Juntas de Freguesia,
diz respeito às mulheres, que fazem descontos como agrícolas e que poderão estar numa situação iminente
de pobreza e exclusão social. Estas, estão muito dependentes da actividade agrícola de subsistência, não
obtendo com a sua actividade nenhuma remuneração directa. No entanto, fazem descontos como se
beneficiassem de um salário, o que não acontece na realidade. Sendo assim, muitos agregados vivem
_______________________________________________________________________________________ diagnóstico social rede social arouca
50
exclusivamente de um salário, normalmente o do marido, quando para efeitos legais são contabilizados dois
salários. Em tempos de menor actividade agrícola, estas senhoras ficam com algum tempo livre, enquanto os
maridos vão trabalhar e filhos se dedicam às suas actividades escolares, pelo que deveriam ser encontradas
estruturas de apoio, em termos de formação e de potencialização de actividades que lhes permitissem formas
alternativas de rendimento. Estas deveriam passar pela prática agrícola, nomeadamente por um corredor de
escoamento dos excedentes agrícolas, para que desta forma se criasse uma fonte de rendimento a estas
mulheres.
Parece fundamental, utilizar as mais valias de associações locais criar mecanismos que potenciem o Know-
how destas, que na eventualidade de não terem uma alternativa, correm sérios riscos de exclusão social.
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CAPITULO VI
COMUNIDADE
_______________________________________________________________________________________ 52
A necessidade de envolvimento da comunidade é um desafio.
O envolvimento comunitário é fundamental na sustentabilidade de um determinado território, sobretudo no que
concerne à sua sustentabilidade, envolvendo contornos diversos na medida em que surgem áreas emergentes
comuns de interesse e importância para todos.
Uma das áreas sinalizadas como tendo necessidade de intervenção é o ambiente. A cultura tradicionalmente
rural e as práticas quotidianas muito associadas à actividade agrícola conduzem a comportamentos pouco
salutares, denunciados pelos parceiros locais nas diversas reuniões de trabalho. É o que acontece, por
exemplo com a prática de despejar fossas pelas propriedades agrícolas ou mesmo por caminhos públicos.
Durante os meses de Abril, Maio, foram efectuados pelos serviços autárquicos 39 vazamento de fossas
particulares (60 cisternas), distribuídos da seguinte forma:
Fonte: DSUA- Câmara Municipal de Arouca
Esta situação deve-se à inexistência de uma rede pública de saneamento básico, o que pode conduzir a
comportamentos que colocam em causa a saúde pública. Muitos desses comportamentos terão a ver com a
falta de recursos para suportar o pedido de vazamento aos serviços competentes, valor esse que actualmente
se situa nos 15.06€/cisterna. A questão do saneamento está directamente relacionada com a saúde e com o
meio ambiente, uma vez que afecta a saúde pública e da população, através da poluição do meio e no caso
das fossas a contaminação de terrenos e linhas de água.
Urge assim, intervir de forma a envolver a comunidade para esta problemática e o mesmo tempo apresentar
alternativas, que tenham em conta as dificuldades económicas de alguns agregados familiares para a
resolução da situação e para não prejudicar o meio ambiente. Só assim se consegue a sustentabilidade
ambiental, ou seja só assim é possível utilizar os recursos ambientais, sem os danificar, possibilitando que as
gerações futuras também possam vir a usufruir desses recursos.
_______________________________________________________________________________________ 53
O objectivo é educar e envolver a comunidade na adopção de procedimentos que proporcionem hábitos
sociais saudáveis para os habitantes e para o meio ambiente em geral. Destas acções de sensibilização será
fundamental que surjam agentes fiscalizadores - conselheiros ambientais, que estejam atentos à preservação
de um bem que é de todos.
A par desta situação, verifica-se também uma utilização errada dos caixotes do lixo. Estes são utilizados em
inúmeras situações para descarga de “lixos agrícolas” como seja relva ou outros, resultantes da limpeza de
jardins/espaços verdes e agrícolas. Tratam-se de materiais que podem ser compostos e como tal ter um
destino ecológico mais eficaz e mais amigo do ambiente. Existe essa alternativa já implementada no terreno,
numa parceria Associação Florestal e autarquia local, em que é possível deixar “esse lixo” numa quinta situada
em Ronde – Santa Eulália. Esse material é posteriormente tratado através da compostagem. No entanto, são
hábitos que implicam alterações sociais muito enraízados, para as quais é necessário sensibilizar através de
acções de preservação ambiental, ao mesmo tempo que se devem divulgar as alternativas existentes.
A autarquia local registou a seguinte recolha de resíduos sólidos e urbanos, nos meses de Abril e Maio:
Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos
Serviços da Câmara Empresa SUMA Recolha Monos
407.260 kg 450.960 kg 8700 kg
Fonte: DSUA –Câmara Municipal de Arouca
Surge também a necessidade de se implicar a população na questão da limpeza pública de ruas e avenidas,
sobretudo nas freguesias com características mais rurais. O abandono crescente da actividade agrícola
conduziu a situações de abandono de limpeza de determinadas espaços, nomeadamente bermas de estrada
ou propriedades. Estas actividades são deixadas à responsabilidades de organismos público, sendo as Juntas
de Freguesia a assumir. No entanto, os recursos destas entidades por muito que estejam ao serviço de todos
não pode estar ao serviço de cada um, pelo que seria importante criar um plano de promoção ambiental
destas acções junto da comunidade em geral. Por outro lado, tira prestigio a um território que quer singrar pelo
turismo e que se encontra classificado mundialmente enquanto pertencente a uma Geoparque. Assiste-se
ainda, e nas áreas mais serranas, onde a população se dedica mais à pastorícia, uma enorme necessidade de
alterar hábitos de higiene publica que contribuem para situações de insalubridade publica e também de
“péssimo cartão de visita”, tendo em conta o território potencialmente turístico em que nos encontramos e
desses locais em particular.
Estas acções carecem de uma intervenção consertada e não de actividades pontuais. Têm por objectivo
promover e incentivar o exercício da cidadania, apelar à acção, mobilização e capacidade de iniciativa dos
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cidadãos e zelar por um bem que é de todos e para todos o meio ambiente. Certo é, que mexe com hábitos
muito incutidos socialmente e os quais só se conseguem alterar com muita perseverança.
Em todas as questões da promoção da cidadania e do ambiente, o envolvimento da população local é fulcral,
existem parceiros que ocupam uma posição privilegiava, como é o caso das associações locais, e com as
quais seria pertinente unir esforços para se rentabilizar sinergias em prol da cultura e interacção
organizacional. Deviam ser estabelecidos com estas associações locais protocolos de colaboração que
permitissem colmatar alguns problemas sentidos localmente, como é o caso da inexistência de actividades
lúdicas dirigidas a jovens, sendo esta oferta uma mais valia, para a sua ocupação, evitando assim tempo
disponível para comportamentos de risco, que poderiam e deveriam ter uma vertente de promoção da
cidadania e do ambiente.
A cultura influencia a forma de ser, estar e sentir o mundo, afecta o modelo de comportamento, desperta o
indivíduo e fomenta a sua interacção. Ajuda o indivíduo a crescer enquanto pessoa e a expandir as suas
potencialidades. Assim, deve-se potenciar a actividade cultural e de lazer no município, procurando com isso
dar seguimento à cultura da identidade local, que tanto nos caracteriza e certamente será ser potenciadora da
actividade turística no município. Deve no entanto, procurar-se descentralizar mais as actividades
proporcionadas pelas diversas freguesias do município.
Saúde
Um dos problemas focados nas diversas Juntas de freguesia, pelos agentes locais que contribuíram para a
sinalização de problemas, foi ao nível da saúde, a ausência de médicos de família para um número
considerável de cidadãos. Estão inscritos no Centro de Saúde de Arouca 25106 utentes.
Caracterização dos utentes inscritos no Centro de Saúde de Arouca
Utentes registados no Centro de Saúde de Arouca 25106
Distribuição pelas unidades de saúde:
Centro Saúde Alvarenga Chave Rossas Escariz
6260 1243 1354 1392 5741
Fonte: Centro Saúde de Arouca, 2010
Relativamente ao número de utentes sem médico de família são 8025, que se distribuem da seguinte forma:
Total utentes sem médico de família 8025
Centro Saúde (sede)
6260
Chave
1352
Escariz
413
Fonte: Centro Saúde de Arouca, 2010
_______________________________________________________________________________________ 55
Corresponde a aproximadamente 32% de utentes, inscritos sem médico de família. A estes utentes é dada a
possibilidade de consulta aberta. No entanto, esta situação quando acontece, contraria a filosofia do médico de
família, pois será atendida por um médico que desconhece o historial do paciente.
A situação é ainda mais complicada na Extensão de saúde de Chave, que se encontra encerrada, deixando a
descoberto 1654 pacientes no que diz respeito a cuidados de saúde primários.
Esta problemática afecta a qualidade vida e prejudica um direito que é de todos, sobretudo em termos de
acesso aos cuidados de saúde primários. Afecta em particular a população mais distante das unidades de
saúde, que tem de arranjar meios para se deslocar ou então recorrer a soluções ao nível particular. Assim e
tendo em conta que a população é bastante envelhecida, o acesso dos idosos aos cuidados de saúde
primários e a tratamentos fica dificultada pois não tem médico que faça a prescrição necessária.
_______________________________________________________________________________________ 56
CAPITULO VII
EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
_______________________________________________________________________________________ 57
39,30%
18,80%
9,50% 11,70%
0,00%5,00%
10,00%15,00%20,00%25,00%30,00%35,00%40,00%45,00%
1º ciclo
2º ciclo
3º ciclo
Tx an
alfa
betis
mo
Na sociedade actual, caracterizada pelo processo da globalização, a educação – qualificação dos indivíduos
faz a diferença. Esta afirma-se cada vez mais como a resposta às necessidades do mercado de trabalho
actualmente.
Estas premissas são ainda mais importantes se tivermos em conta a nossa realidade local, caracterizada por
baixos níveis de escolarização/formação e sobretudo baixa cultura educacional.
É com base na educação e formação que se poderá aumentar o espírito de iniciativa e a capacidade de
enfrentar os desafios.
A formação e/ou qualificação é um pilar fundamental no desenvolvimento do individuo e da própria
comunidade.
Em 2001, os níveis de instrução da população residente em Arouca eram baixos.
A maioria da população tinha como
escolaridade o 1º ciclo (cerca de 39.3%), o
que evidenciava a baixa escolaridade da
população local. Seguiam-se cerca de
18.8% da população com escolaridade
equivalente ao 2º ciclo. Eram possuidores
do terceiro ciclo, 9.5% da população. De
salientar, que em 2001, 17.7% da
população residente no nosso concelho
não tinha qualquer grau de instrução.
A taxa de analfabetismo é bastante alta, 11.7%, afectando as freguesias com características mais rurais,
tendencialmente mais envelhecidas e mais distantes da sede de concelho, nomeadamente Albergaria,
Cabreiros, Covelo e Janarde. O valor referente ao analfabetismo concelhio é superior ao verificado a nível
nacional, que na mesma data era de 9.0% e ao verificado no EDV na ordem dos 7.3%.
A taxa de analfabetismo afecta mais a população feminina
Actualmente os valores devem-se ter revertido, sobretudo no que concerne ao grau de escolarização, em
virtude da certificação escolar. Estes valores são importantes para ter em consideração aquando dos Censos
2011.
Um dos problemas locais, no que concerne à educação refere-se ao acesso ao pré-escolar. Dados mais
recentes do INE, nomeadamente “O pais em Números de 2008”, informa-nos, relativamente ao ano escolar
2007/2008, que a taxa de pré-escolarização em Arouca é de 72.6%. Ou seja o acesso ao pré –escolar ainda
está longe de abranger toda a população, devendo-se este facto à ausência de uma rede de transporte que
possibilite aos que residem mais afastados da área escolar ter acesso a direitos básicos como educação pré-
_______________________________________________________________________________________ 58
escolar e também com ausência de horários compatíveis, com as responsabilidades parentais, sobretudo
obrigações profissionais.
Certo é que se obtiveram progressos nesta área, como por exemplo a possibilidade dos alunos usufruírem de
alimentação na escola e o facto de existirem prolongamento de horário, o que facilita aos pais o desempenho
da sua actividade laboral. Este é, no entanto, um problema ainda, pois o horário do prolongamento não dá
resposta a algumas famílias, havendo necessidade de recorrer instâncias de retaguarda, pois nem todos têm
possibilidade de estar nas escolas às 17h30.
De salientar a boa prática na freguesia de Várzea, em que o prolongamento é assegurado numa parceria entre
Associação de Pais e Junta de Freguesia respectiva.
As crianças nestas condições efectivamente não beneficiam das mesmas condições de partida que os outros,
pois efectivamente não têm a mesma facilidade em aceder a determinados serviços, como a escola, sendo a
frequência do pré-escolar fundament6al para o inicio do processo escolar.
Caracterização das taxas de escolarização
O mesmo documento refere que o ensino básico, está generalizado a toda a população, sendo a taxa de
escolarização (alunos com idade própria para frequentar o nível de ensino em que estão matriculados) ao nível
do ensino básico de 116.8%. Ou seja, toda a população está abrangida pelo ensino básico.
Ao nível do secundário, a taxa de escolarização é de 58.7%, um valor ainda muito aquém do desejável. Quase
metade dos nossos alunos não prossegue estudos ao nível do secundário. Para colmatar esta situação é
fundamental a valorização que os pais dão à escola e a forma como passam a mensagem para os filhos. O
facto de não entenderem a escola como um instrumento fundamental para a vida, conduz a desistências por
parte dos alunos em detrimento de um trabalho que lhe proporcione um salário.
Um dado curioso prende-se com a taxa de feminização, no ensino secundário, sendo esta taxa de 55.4%. A
proporção de alunos no ensino secundário é maioritariamente feminino, ou seja são as mulheres as que mais
prosseguem estudos.
N.º de alunos matriculados no ano lectivo 2007/2008
Pré-escolar 422 alunos sistema publico+70 privado
1º ciclo 1107
2ºciclo 590
3º ciclo 1040 Publico + 24 alunos ensino privado
Secundário 502
Fonte: Anuário estatístico, 2008
_______________________________________________________________________________________ 59
Assim, estavam matriculados 3775 alunos, sendo a grande maioria alunos do primeiro e terceiro ciclo.
Um dos problemas associados à questão da educação tem a ver com o abandono, insucesso e absentismo
escolar. Estas duas lacunas continuam a persistir nos diversos níveis de ensino. Principalmente a partir do 2º
ciclo.
A CPCJ de Arouca, acompanha 1 situação de abandono escolar e 10 situações relacionadas com absentismo
escolar. De referir que não existe nenhum processo instaurado por insucesso escolar, no entanto esta
problemática é transversal à maioria dos processos actualmente em acompanhamento.
Dados das escolas também sinalizam as problemáticas do abandono, insucesso e absentismo escolar, a
saber:
1º ciclo 0%
2º ciclo 0%
Abandono escolar
3º ciclo 0.52%
1.º ciclo 3,66%
2º ciclo 5,98%
Insucesso escolar
3º ciclo 9,9%
1.º ciclo 1,07%
2º ciclo 1,79%
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
DE ESCARIZ
Absentismo escolar
3º ciclo 1,56%
Fonte: Agrupamento de escolas de Escariz
No que respeita ao agrupamento de Escariz, o abandono verifica-se a partir do 3º ciclo, sendo este na ordem
dos 0.52%. Relativamente ao insucesso escolar é de certa forma transversal a todos os ciclos escolares,
sendo a situação mais preocupante a partir do 3º ciclo, situando-se na ordem dos 10%. O Absentismo escolar
também se faz sentir, verificando-se nos diversos níveis de ensino.
Relativamente ao Agrupamento de Escolas de Arouca, no ano lectivo 2008/2009, não há nenhum registo de
abandono escolar.
O insucesso escolar, embora tenha reduzido, face ao mesmo período do ano lectivo anterior, segundo consta
do respectivo relatório trimestral, continua a persistir pelos diferentes ciclos de ensino. No primeiro ciclo, situa-
se na ordem dos 4.8%, sendo o 2º ano de escolaridade o que regista maior número de casos. O 2º ciclo tem
um abandono escolar na ordem dos 8.9%, sendo mais elevado ao nível do 6º ano. O 3º ciclo é o que regista
maior índice de insucesso escolar – 11,3%, sendo o 8º ano o que regista maior número de retenções.
_______________________________________________________________________________________ 60
1º ciclo 0%
2º ciclo 0%
Abandono escolar
3º ciclo 0%
1.º ciclo (749 alunos) 4.8%
2º ciclo (425 alunos) 8.9%
Insucesso escolar
3º ciclo (231 alunos) 11.3%
1.º ciclo -
2º ciclo -
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
DE AROUCA
Absentismo escolar
3º ciclo -
Fonte: Agrupamento de escolas de rouca
ESCOLA SECUNDÁRIA DE AROUCA (2008/2009) ABANDONO ESCOLAR
Número de alunos 7ºano 8ºano 9ºano 10ºano 11ºano 12ºano
1º Período 1 1 1 2 - -
2º Período - 1 - 1 - -
3º Período - - - - - -
Total 7 Alunos
Fonte: ESA
AVALIAÇÃO DOS ALUNOS (Básico)
Balanço e comparação com as metas estipuladas
Nível de
ensino
Meta
estipulada
(sucesso)
Resultados
obtidos no
2º período
Diferença
relativamente
à meta (2ºP)
Resultados
obtidos no 3º
período
(Sucesso)
Diferença
relativamente à
meta (3ºP)
7º ano 85% 73% 12% 89% 4% (meta superada)
8º ano 90% 78,7% 6,3% 94,4% 4,4% (meta
superada)
9º ano 95% 76,4% 18,6% 96,2º % 1,2% (meta
superada)
CEF 100% 88,4% 11,6% 98,6% -1,4% (meta não
superada)
Fonte: ESA
_______________________________________________________________________________________ 61
AVALIAÇÃO DOS ALUNOS (SECUNDÁRIO)
Balanço e comparação com as metas estipuladas
Nível de
Ensino
Meta estipulada
(sucesso)
Resultados
obtidos no 2º
período
Diferença
relativamente à
meta (2ºP)
Resultados
obtidos no 3º
período
(Sucesso)
Diferença
relativamente à meta
(3ºP)
10º ano 85% 81,4% 3,6% 87,6% 2,6% (meta superada)
11º ano 93% 95,8% 2,8% (meta superada)
98,9% 5,9% (meta superada)
12º ano 87% 78,6% 8,4% 87,8% 0,8% (meta superada)
Fonte: ESA
AVALIAÇÃO DOS ALUNOS (Ensino Profissional)
Balanço e comparação com as metas estipuladas
Ano de
escolaridade
Meta
estipulad
a
(sucesso)
Resultados
obtidos no
2º período
Diferença
relativament
e à meta
(2ºP)
Resultados
obtidos no
3º período
(Sucesso)
Diferença
relativamente
à meta (3ºP)
10º ano 49,4% 40,6% 51,5% 41,5% (meta
não superada)
11º ano 52,5% 37,5% 22,5% 12,5%(meta
não superada)
12º ano
<10% dos
alunos
com
módulos
em atraso
1,9% -8,1% (meta
superada)
1,9% -8,1%(meta
superada)
Fonte: ESA Nota: para haver sucesso nos cursos profissionais a percentagem dos módulos em atraso deve ser inferior a 10%.
Segundo informação da Escola Secundária de Arouca, o abandono escolar existe mas em pequena escala. No
ano lectivo 2008/2009 desistiram 7 alunos, principalmente do 8º e 10º ano de escolaridade e acontece
sobretudo ao nível do 1º período lectivo.
No que concerne à avaliação dos alunos – ensino básico – o sucesso escolar ronda os 90%, pelo que 10%
dos alunos não superam as metas estabelecidas pela escola. Relativamente ao ensino secundário, os anos
lectivos 10º e 12º têm um sucesso escolar na ordem dos 90%, face às metas estabelecidas pela escola. De
referir que o 11º ano supera as metas estabelecidas pela escola em 99%. Nestes dois níveis de ensino as
metas estabelecidas pela escola encontram-se superadas.
_______________________________________________________________________________________ 62
O ensino profissional é o que se encontra mais aquém do estipulado pela escola, apenas atinge as metas no
ensino profissional do 12ºano.
Assim, fazendo uma análise conclusiva destas informações, verificamos que apesar das metas serem
superadas, nos diversos níveis de ensino, continuam a persistir casos de insucesso escolar, pois as metas
estabelecidas estão aquém dos 100%, o que significa que não se atinge a totalidade.
O abandono precoce, que significa a saída da escola sem concluir os anos de escolaridade obrigatória não se
verifica, uma vez que as entidades escolares e CPCJ travam estas situações através de alternativas ajustadas
a cada situação. No entanto, esta saída precoce, retrata abandono, pois há um número considerável de alunos
que não prosseguem a escola, uma vez que como referido anteriormente quase metade dos alunos não se
matriculam no ensino secundário. Os motivos conducentes a esta situação são de ordem diversa e destacam-
se sobretudo a desvalorização/desinteresse da escola e a procura precoce do mercado de trabalho. Os alunos
não se identificam com a escola e os pais em nada contribuem para atenuar uma mudança de mentalidade.
Detecta-se a ausência de modelos sociais de referência, junto dos jovens, que os faça compreender a
verdadeira necessidade e importância da escola.
De salientar a relação de proximidade que pode existir entre o desinteresse pela escola e o assumir
comportamentos de risco/desviantes e vice- versa.
Existe também uma situação problemática que apesar das estatísticas não o comprovarem, é uma realidade
que carece de intervenção urgente. Trata-se da falta de atenção e respectiva desresponsabilização dos pais
para com o dia- a dia dos filhos. Os pais estão de tal ordem absorvidos com outras situações, nomeadamente
actividade profissional, ou outras situações de ordem pessoal, que descuram muitas vezes, o
acompanhamento aos filhos. Esta atitude faz toda a diferença pois pode impedir que os filhos assumam
comportamentos de risco/desviantes. Esta situação está bem presente nos processos em acompanhamento
pela CPCJ, 65 dos processos de acompanhamento diz respeito a negligência familiar, da mais diversa ordem,
sobretudo descuidos aos quais se associam alguma gravidade.
Dada a problemática é crucial a existência de acções no âmbito da intervenção/capacitação parental e outras
actividades que visem sensibilizar os pais e outros elementos de retaguarda familiar para estas temáticas.
No entanto, a intervenção é difícil. Poucos são os pais que participam em actividades desta natureza. As
escolas fazem referência ao facto de ser difícil chamar os pais à escola, sobretudo os pais que deveriam estar
presentes.
Formação
Tal como referido anteriormente a educação e formação são dois pilares fundamentais na sociedade de hoje.
São dois pontos cruciais para enfrentar os desafios e oportunidades da globalização, sendo prioritário
incentivar e consciencializar para o processo de formação ao longo da vida.
_______________________________________________________________________________________ 63
A questão da educação/formação carece de ser pensada num todo e carece principalmente de ser entendida
pelos pais e familiares dos alunos e formandos, como uma grande mais valia e ferramenta para a vida.
Vivemos numa sociedade em que a ausência de cultura/educação pautam o dia- a dia das nossas famílias,
razão pela qual não se atribui à escola a importância devida. O ter é descurado pelo ser.
É fundamental, por parte da família, encarar a escola como veículo de ascensão pessoal, social e profissional.
No concelho de Arouca, a formação é assegurada pelas escolas concelhias e pelas entidades acreditadas
para esse fim. Além das escolas que promovem formação profissional essencialmente para alunos que não
pretendem prosseguir estudos, existem 4 entidades acreditadas para promover formação, a saber: ADRIMAG|
Associação Florestal|Ass. Agricultores| AECA. As diversas entidades procuram diversificar e adaptar ao meio
os vários cursos leccionados. No que concerne às entidades privadas, estas direccionam a sua formação
essencialmente para desempregados.
No entanto, continuamos a deparar-nos com situações de algum desajuste entre a formação ministrada e as
reais necessidades do mercado, o que aliado com o facto dos formandos, na maioria, dos casos evidenciarem
pouco empreendedorismo implica taxas de colocação, pós- formação muito aquém das desejáveis. O facto de
se tratar de formação subsidiada, tem conduzido a uma procura incessante por este tipo de formação,
entendendo esta situação como uma ocupação e portanto deixam assim adiada a sua entrada para o mercado
de trabalho e a rentabilização do investimento na formação.
Além destas acções, há possibilidade de recorrer aos Centros Novas Oportunidades da responsabilidade da
Adrimag e da Escola Secundária de Arouca, para reconhecer e validar competências em adultos.
A percentagem de empregabilidade, resultante destas acções de formação é efectivamente muito reduzida, o
que revela os problemas já colocados anteriormente, no anterior diagnóstico, como sejam o desajustamento
entre a oferta formativa e as reais necessidades do mercado de trabalho e também a selecção de formandos
que deveria incidir sobre interessados que revelassem espírito empreendedor.
O concelho tem formado indivíduos que não dão resposta às necessidades das empresas locais e portanto
obtêm uma certificação que não lhes possibilita uma solução profissional.
Têm existido algumas reuniões de trabalho com o objectivo de articular as acções que vão sendo previstas,
mas não se tem revelado totalmente eficientes.
Parece assim fundamental, concertar esforços no sentido de promover formação que vá realmente ao
encontro das necessidades concelhias, devendo esta, espelhar as necessidades das empresas locais e desta
forma potenciar a empregabilidade. Este levantamento, deverá ser sectorizado, e assim traduzir a real
necessidade dos diversos sectores.
Assim é de opinião geral, a necessidade urgente de se proceder a um levantamento das necessidades das
empresas, potenciando assim a colocação dos formandos que beneficiam de acções de formação. Este
levantamento deverá ser organizado de forma concertada entre as várias entidades que promovem formação,
_______________________________________________________________________________________ 64
pois será um documento base para a acção de todos e para o desenvolvimento económico e social do
território.
Esta necessidade foi integrada no âmbito do projecto CLDS- Contrato Local de Desenvolvimento Social
“Arouca Inclui”, devendo a sua realização ter a colaboração de entidades locais privilegiados.
Tal como referido no anterior diagnóstico é crucial que nas formações ministradas se aborde e implique o
empreendedorismo e espírito de iniciativa junto dos formandos, pois é fundamental implicar os formandos no
seu processo formativo encarando como uma ferramenta valiosa e não apenas como mecanismo de
ocupação. A mesma premissa é válida para trabalhar com os jovens recém- formados, potenciando assim a
sua formação e o seu empreendedorismo.
Na reunião realizada a 25/03, do corrente ano, acerca da formação ministrada no concelho de Arouca, com a
participação das entidades concelhias responsáveis pela formação e pela equipa de Apoio ás escolas, foi
definido pela Equipa de Apoio às escolas como áreas emergentes de formação para o concelho, as seguintes:
- educação ambiental; gestão de animação turística; guia da natureza; operador e valorização de resíduos;
técnico de ambiente- tratamento de água; técnico de concepção de produtos turísticos; técnico de medição de
ruído; técnico de turismo ambiental e rural; técnico de sistemas de produção de energias renováveis.
Esta indicação foi transmitida a todos os presentes, com o objectivo de orientar as suas candidaturas/a acções
de formação, sobretudo das candidatadas a financiamento.
No sentido de facilitar o acesso a esta formação, criou-se no âmbito da Rede Social uma plataforma
electrónica, acessível a partir do site da Câmara, designado por Portal de Emprego e Formação Profissional.
Este pretende ser um instrumento concelhio de apoio ao emprego e formação, divulgando oportunidades
concelhias.
Trata-se de uma boa prática, só possível de ter sucesso, se tiver a participação de todos os parceiros locais.
_______________________________________________________________________________________ 65
CAPITULO VIII
REDE SOCIAL / ACÇÃO SOCIAL
_______________________________________________________________________________________ 66
Rede Social
A Rede Social é um fórum de articulação e congregação de esforços baseado na adesão por parte das
autarquias e de entidades públicas ou privadas com vista à erradicação ou atenuação da pobreza e da
exclusão e à promoção do desenvolvimento social. Pretende-se fomentar a formação de uma consciência
colectiva dos problemas sociais e contribuir para a activação dos meios e agentes de resposta e para a
optimização possível dos meios de acção nos locais.
O que se propõe é que em cada comunidade se criem novas formas de conjugação de esforços, se avance na
definição de prioridades e que em suma se planeie de forma integrada e integradora o esforço colectivo
através da constituição de um novo tipo de parceria entre entidades públicas e privadas com intervenção nos
mesmos territórios. Esta parceria baseia-se na igualdade entre os parceiros, na consensualização dos
objectivos e na concertação das acções desenvolvidas pelos diferentes agentes locais.
Em Maio de 2005, foi criado o CLAS de Arouca- Conselho Local de Acção Social de Arouca. Iniciou-se a
implementação do programa com a realização de documentos de planeamento, pré-diagnóstico social;
Diagnóstico Social; Plano de desenvolvimento Social e Plano de Acção.
Neste momento está em curso a actualização do diagnóstico social do concelho, uma vez que o anterior
documento teve um período de vigência de 3 anos. Nestes 3 anos foram cumpridos as acções previstas nos
planos de acção, algumas actividades tiveram um efeito social de acordo com o inicialmente previsto, outras
requerem uma análise, sobre a continuidade ou não das mesmas. Assim, urge seguir a filosofia desta politica
social e criar uma cultura de parceria entre entidades locais para que, em conjunto, se enunciem e priorizem
os problemas sociais do concelho e em rede se dê uma resposta conjunta e adequada à realidade territorial.
Existem é certo, muito pontos a melhorar. No entanto, muitos progressos foram conseguidos, ao nível do
relacionamento e interacção entre as acções das várias entidades concelhias. Certo é que a qualidade das
parcerias é fundamental, e dar continuidade ao trabalho de participação e não apenas de representação é
crucial. Esta necessidade foi a maior vitória da Rede Social, a rede social que se estabeleceu no território em
termos de técnicos afectos ao social.
A rede carece no entanto de dar outros passos, em termos de envolvimento das entidades parceiras e também
no envolvimento da comunidade em geral.
No que concerne à acção social, esta tem por objectivo promover acções que facilitem a melhoria das
condições de vida dos estratos sociais mais desfavorecidos, prevenindo e combatendo situações de
desigualdade/vulnerabilidade e exclusão social.
Destina-se portanto, a assegurar em especial, protecção aos grupos mais vulneráveis, nomeadamente
crianças, jovens, pessoas portadoras de deficiência e idosos, bem como outras pessoas em risco de carência
económica ou social, disfunção ou marginalização social.
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No que respeita ao serviço social, que felizmente tem andado muito a par da rede social, o concelho de
Arouca, nos últimos tempos tem sofrido avançados progressos. Tem surgido um leque alargado de instituições
de carácter social que se propõem promover o bem-estar social em territórios até então sem cobertura ou com
cobertura insuficiente, a par com projectos de índole social que procuram solucionar carências sociais.
Até ao momento o apoio social foi essencialmente promovido pelos serviços de acção social, da
responsabilidade da Segurança Social e Câmara Municipal de Arouca e pelos IPSS´s implementadas no
terreno: AICIA- Associação de Crianças Inadaptadas de Arouca, centro Paroquial de Promoção Social Rainha
Santa Mafalda, Centro Social e Paroquial de S. Salvador do Burgo de Arouca, Santa casa da Misericordia de
Arouca. Com o aparecimento do Programa PARES, ocorreu o grande impulso de criação de novas Ipss´s,
descentralizadas por diversas freguesias que permitirão ao concelho ter maior e melhor taxa de cobertura no
que respeita ao apoio a grupos mais vulneráveis. As novas IPSS´s procuram dar resposta essencialmente ao
nível da Infância e Terceira Idade.
De salientar que na presente data, além das IPSS´s anteriormente focadas, também a Casa do Povo de
Alvarenga está no terreno com o SAD- Serviço de Apoio Domiciliário. Outra IPSS, no terreno, é A Semente de
Futuro, esta vai realizando pequenas acções, de grande valor, de sensibilização e capacitação pessoal
sobretudo na comunidade em que está inserida.
Segue uma breve caracterização das diversas instituições e respectivas áreas de actuação:
1.1 Entidades publicas:
1. Câmara Municipal de Arouca
Designação Área de intervenção Recursos humanos Serviços prestados
Serviço Acção Social da
Câmara Municipal de
Arouca
Todas as freguesias do
concelho
1 assistente social
1 Trabalhadora social
1 Socióloga
Atendimento e
acompanhamento social.
Projectos de
desenvolvimento social
Fonte: DEAS – Câmara Municipal de Arouca
2. Centro Distrital de Segurança Social de Arouca – balcão atendimento de Arouca
Designação Área de intervenção Recursos humanos Serviços prestados
Centro Distrital de
Aveiro do ISS, IP –
Serviço Local de Arouca
Todas as freguesias do
concelho de Arouca
1 assistente social Atendimento e
acompanhamento social
Fonte: Centro Distrital de Aveiro do ISS, IP
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1.2 IPSS´s em funcionamento
Associação de Crianças Inadaptadas de Arouca
A AICIA nasceu, por escritura pública efectuada no Cartório Notarial de Arouca, no dia 12 de Fevereiro
de 1987 conforme publicação no Diário da República, nº 103, III Série de 06 de Maio de 1987 a páginas 6030.
Foi gerida por uma Comissão Instaladora durante dois anos, até à eleição dos primeiros Corpos
Sociais em 6 de Maio de 1989.
Foi reconhecida como IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social - em 04 de Março de 1990.
Ao longo dos últimos 23 anos cresceu de forma sustentada, em instalações, viaturas, técnicas e
restantes funcionárias, à medida dos Acordos de Cooperação com a Segurança Social, das Valências e do
número de utentes, tendo sempre como primeira preocupação o apoio aos mais desprotegidos da sociedade
arouquense.
Caracterização da Instituição
Valências em funcionamento N.º utentes Serviços N.º Utentes
CAO
Lar residencial 1
Lar residencial 2
SAD
45
24
6
45 Famílias
Serviço social
Psicologia
Psicomotricidade
Terapia da fala
Lavandaria social
Hortofloricultura/jardinagem
-
50
60
65
-
-
Fonte: AICIA, 2010
Nas Valências e Serviços da Instituição são prestados os mais diversos apoios a cerca de 4 centenas
de pessoas, desde as valências cuja capacidade está esgotada, aos diferentes Serviços de frequência
variável.
No CAO – Centro de Actividades Ocupacionais, para pessoas com deficiência grave ou profunda, é
prestado apoio aos 45 utentes que o frequentam e onde se desenvolvem as mais diversas actividades, nas
salas, mas também no exterior: teatro, reabilitação, desporto, dança, jardinagem, actividades de vida diária,
natação, informática, tapeçaria, etc.
Nos Lares Residenciais, no Novo com capacidade para 24 utentes e no apartamento, na vila, com
capacidade para 6 utentes vivem, acompanhados permanentemente por funcionárias da Instituição, vinte e
quatro horas por dia, trinta pessoas portadoras de deficiência, oriundas das diferentes freguesias de Arouca,
com excepção de dois utentes exteriores ao concelho, por força da cativação de duas vagas pela Segurança
Social;
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O Apoio domiciliário/Atendimento/Acompanhamento passa pela prestação de cuidados
individualizados e personalizados, no domicílio, a 45 famílias, por motivo de doença, deficiência ou outro
impedimento, temporário ou permanente, desenvolvidos por uma Técnica e quatro Ajudantes de Acção
Directa.
Colaborador a exercer funções
Assistente social 2; Socióloga 1; Psicóloga 2; Terapeuta da fala 2; Professores 3; Serviços administrativos 3;
Cozinheiras 2; Motoristas 2; Ajudante de estabelecimento de apoio 11; Ajudantes de acção directa 18; Auxiliar
de serviços gerais 2
TOTAL 48
Fonte: AICIA, 2010
As Técnicas do Serviço Social, além de coordenarem o funcionamento das Valências da Instituição,
fazem atendimento às muitas pessoas que procuram os Serviços, para a inscrição de novos utentes, para a
solução de problemas urgentes, que passam, também, pelo apoio do PCCAC (Programa Comunitário de Ajuda
alimentar a carenciados) (alimentos), e fornecimento de roupa.
Os Serviços de Psicologia e Terapia da Fala são prestados aos utentes internos, mas também a
externos, sobretudo crianças, que o solicitam.
Todos os dias, uma professora, acompanha grupos de utentes em diferentes actividades como a
leitura, escrita, informática, dança, teatro, pintura, etc.
Os Serviços de Psicomotricidade desenvolvem a prática desportiva, natação e recuperação motora,
junto dos utentes da AICIA.
Diariamente, os utentes, com capacidades para o efeito, desenvolvem actividades de hortofloricultura
e lavandaria, em sistema rotativo, acompanhados por monitoras.
A Associação para a Integração de Crianças Inadaptadas de Arouca está sedeada na freguesia e concelho de
Arouca e tem uma equipa constituída por 48 funcionárias.
As valências são frequentadas por utentes provenientes da grande maioria das freguesias do
concelho.
Relativamente a projectos ou parcerias desenvolvidas pela instituição destacam-se: os Acordos de
Cooperação com a Segurança Social, que garantem o funcionamento das Valências, os protocolos com a
Segurança Social, nomeadamente do Rendimento Social de Inserção, e do Complemento Solidário para
Idosos, parcerias, ainda, com a Rede Social de Arouca, bem como com o IEFP.
Tem ainda parcerias destinadas ao desenvolvimento de actividades desportivas e lúdicas,
designadamente com a ANDDI, com outras IPSS’s do concelho e com Instituições de concelhos vizinhos.
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Centro Paroquial de Promoção Social Rainha Santa Mafalda
Nos finais da década de quarenta em Arouca, à imagem do que se passava por todo o país, encontrava-se um
contexto sócio-cultural bastante degradado, para o qual era urgente descobrir algumas soluções. Uma vez que
estava desocupado e disponível o edifício das antigas “Escolas do Conde Ferreira” desta Vila, obteve-se uma
cedência provisória por parte da Câmara Municipal. Foi nestas instalações que, em 1 de Dezembro de 1949,
graças aos esforços de alguns benfeitores, principalmente, do Pe. Adriano de Sousa Moreira, muitas raparigas
do concelho ingressaram na Escola de Costura e Bordados. Esta escola, a 6 de Janeiro de 1950, tornou-se o
Patronato Rainha Santa Mafalda. Criado para alunas externas, o Patronato Rainha Santa Mafalda viu-se,
porém, em breve, perante casos verdadeiramente dramáticos, de meninas abandonadas, sem família e a viver
em ambientes pervertidos. Algumas foram mesmo retiradas à tutela familiar pelo Tribunal e confiadas ao
Patronato. Neste contexto, nasceu o Internato, ainda hoje em pleno funcionamento, com a denominação de
Lar de Crianças e Jovens, que desde o seu primórdio, adoptou um sistema educativo que colocava as utentes
em contacto com o mundo, sem nunca descurar os alicerces fundamentais de uma família. A Instituição
cresceu entretanto em comunhão com o contexto social do concelho e até do distrito. Assim, a beneficência, a
formação e a ocupação de tempos livres, foram áreas constantemente valorizadas, num processo contínuo de
construção de melhores cidadãos. De salientar que deste esforço resultou, entre outras, a criação do Jardim-
de-Infância em 1969. Perante a multiplicidade de actividades realizadas, entendeu-se ser conveniente a
alteração do nome da Instituição, surgindo assim, em 1971, o Centro de Promoção Social Rainha Santa
Mafalda, mais tarde, em 30 de Abril de 1982, denominado Centro Paroquial de Promoção Social Rainha Santa
Mafalda.
Actualmente a funcionar em instalações inauguradas em 18 de Julho de 1981, esta Instituição possui em
funcionamento as seguintes valências:
Caracterização da Instituição
Valências N.º utentes Lista espera
Creche 65 37
Jardim Infância 85 12
Lar Infância e Juventude 50* -
CAO 15 -
ATL 80 12
Lar residencial e residência autónoma 20+5**
Fonte: CPSR Santa Mafalda
* ampliação do jardim infância prevista para Agosto
** valência a construir , ainda sem data prevista de conclusão
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Centro Paroquial de S. Salvador do Burgo de Arouca
O Centro Social Paroquial de S. Salvador do Burgo está situado na freguesia de Arouca e foi constituído em
1998. Iniciou actividade em 1995 como família de acolhimento de 3 crianças no entanto, a necessidade de
albergar um número superior de crianças levou à criação do centro social. O objectivo principal desta entidade
é contribuir para a promoção humana integral de todos os paroquianos de S. Salvador do Burgo, coadjuvando
os serviços públicos competentes ou instituições particulares num espírito de solidariedade humana, social e
cultural, tendo como fim principal a acção social.
Caracterização da Instituição
Valências N.º utentes Lista espera Valências em construção*
Lar de Infância e Juventude
CATL
16 utentes
20 utentes
Não identificam
-
Centro Dia – 30 utentes
Creche – 30 utentes
SAD- 30 utentes
Fonte: CSPSSBArouca
*A instituição inaugurará esta nova obra em Julho, do corrente ano e prevê que o acordo de cooperação com a
Segurança Social inicie em Setembro do corrente ano.
Colaborador a exercer funções
Director técnico 1; educadores sociais 2; Psicólogo 1; escriturário 1; ajudante de acção directa 1; auxiliar de
acção educativa 1; ajudante de cozinha1; auxiliares 6
Colaboradores previstos
Os colaboradores para as novas valências serão definidos com a Segurança Social, mediante o número de
inscrições
Fonte: CSPSSBArouca
Santa Casa da Misericordia de Arouca
A Santa casa da Misericórdia de Arouca iniciou funções a 5 de Julho de 1610, com a apresentação do
compromisso da Irmandade em Lisboa, tendo recebido a confirmação do alvará a 30 de Outubro por sua
Alteza Real. A fundação da instituição contou com 60 fundadores, sendo 30 nobres e 30 plebeus.
O objectivo da Santa Casa da Misericórdia foi desde a sua constituição a prestação de serviços no âmbito do
apoio social, com particular destaque para o apoio aos idosos.
Em 1960 a Santa casa da Misericórdia de Arouca inaugurou o hospital, sendo mais tarde esse edifício
utilizado pelo Ministério da Saúde para funcionamento do Centro de Saúde de Arouca.
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A constituição do lar de idosos foi em 1986, sendo numa primeira fase inaugurados 33 quartos e numa 2ª fase,
em 1996, a ampliação da construção para mais 14 quartos e 10 suites, uma capela, uma sala de convívio, uma
lavandaria e instalações para as irmãs.
Caracterização da Instituição
Valências N.º utentes Lista Espera Colaboradores
Lar idosos
(suites)
90
10
Aprox. 100
Serv. Apoio Domiciliário 30 --
Serv. Apoio domiciliário integrado 1 --
93 colaboradores (inclui
pessoal dos cuidados
continuados e
fisioterapia)
Casa do Povo de Alvarenga
A Casa do Povo de Alvarenga foi criada por despacho governamental de 10/09/1973, como Instituição
de Utilidade Pública e, mais recentemente, também por despacho governamental de 17/01/2007, recebeu o
estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social, com todas as suas possíveis valências, consignadas
nos seus latos estatutos.
Verificadas as carências da freguesia, no que concerne às problemáticas da terceira idade e da
infância, sentiu-se necessidade de alargar o âmbito da intervenção. Em 2009 iniciou o Serviço de Apoio
Domiciliário com 12 pessoas e sentindo a necessidade de abranger mais população neste momento já conta
com 26 utentes.
O objectivo principal da Casa do Povo de Alvarenga é contribuir para a promoção da qualidade de vida
do povo de Alvarenga, com especial enfoque nas crianças e nos idosos mas nunca descurando a restante
população.
Valências (em funcionamento) N.º utentes Lista Espera Colaboradores
SAD 26 Téc Sup de Serv. Social: 1
Ajudantes familiares: 5
Valências (em construção)
N.º utentes
Lista Espera
Lar idosos/final 2010 50 -
Creche/final 2010 33 -
Alargamento SAD/final 2010 40 2
Psicólogo: 1
Fisioterapeuta: 1
Enfermeiro: 1 (protocolo com saúde)
Médico: 1 (protocolo com saúde)
Educadores de infância: 2
Pessoal administrativo: 2
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1.2 IPSS´s (a funcionar brevemente)
Semente de Futuro - Chave
A instituição encontra-se em funcionamento, desde 2006. A cooperativa «Semente de futuro» - actualmente
em fase de processo de constituição de uma fundação - pretende dar nova forma e vida aos costumes locais
de Chave, em Arouca, desenvolvendo iniciativas sociais de acordo com as necessidades da população.
A ideia do projecto «Semente de Futuro», surge na tentativa de dar utilidade comunitária a uma pequena
propriedade rural herdada e assenta em duas vertentes principais: o centro comunitário e a exploração
agrícola.
Caracterização da Instituição
Freguesia Valências N.º utentes Lista espera
Chave Pintura psico- terapêutica 12 Utentes (pais) encaminhados
pelo projecto AroucaInclui.
Eventos diversos no âmbito da
saúde preventiva, educação
parental, e recuperação de
saberes tradicionais
Grupos de 10-30
pessoas
Famílias diversas das
freguesias
Fonte: Semente de Futuro
A instituição pretende, futuramente, criar grupos de auto- ajuda com oficinas terapêuticas. Neste momento
procura apoio financeiro/acordos de cooperação para implementação destas actividades
Caracterização dos colaboradores
a exercer funções previstos
Voluntários: 6
Colaborador a tempo parcial: 1
9
Fonte: Semente de Futuro
Tendo em conta que as informações solicitadas à entidades, a seguir indicadas, não foram recepcionadas em
tempo útil. Utilizaram-se as informações disponíveis, no serviço de acção social, da Câmara Municipal, para
breve caracterização da instituição e do apoio social a prestar futuramente.
Centro Social de Chave
Valências N.º utentes Lista espera Colaboradores previstos
Lar 3ª idade 30 utentes -- Em sede de candidatura foram
sugeridos 15 novos postos de trabalho
Fonte: Candidatura ao programa PARES
_______________________________________________________________________________________ 74
Centro de Solidariedade Social e Cultural de Fermedo (Escariz)
Valências N.º utentes Lista espera Colaboradores previstos
Creche 66 utentes -
Centro dia 50 utentes -
SAD 50 utentes -
Em sede de candidatura foram
sugeridos 40 novos postos de trabalho
Fonte: Candidatura ao programa PARES
Centro Social de Canelas
Valências N.º utentes Lista espera Colaboradores previstos
Lar idosos 15 utentes -
Centro Dia 30 utentes -
SAD 30 -
Em sede de candidatura foram
sugeridos 24 novos postos de trabalho
Fonte: Candidatura ao programa PARES
Centro Social de Tropeço
Valências N.º utentes Lista espera Colaboradores previstos
Centro Dia 20 -
SAD 30 -
Em sede de candidatura foram
sugeridos 11 novos postos de trabalho
Fonte: Candidatura ao programa PARES
Centro Social Santa Cristina de Mansores
Valências N.º utentes Lista espera Colaboradores previstos
Creche 33 utentes -
Centro Dia 20 utentes -
SAD 30 Utentes -
Em sede de candidatura foram
sugeridos 19 novos postos de trabalho
Fonte: Candidatura ao programa PARES
O trabalho destas novas entidades será fulcral no desenvolvimento social do concelho. O mesmo se passa
com a necessidade de trabalharem em rede, de articularem recursos para assim responderem às
necessidades de todo o território. O trabalho em rede passará também pela actuação inter-freguesia. Tal como
vem sendo referido nas reuniões de CLAS é de todo insustentável que cada freguesia tenha uma instituição de
suporte, pelo que é urgente estabelecerem-se protocolos de cooperação e dessa forma rentabilizar recursos e
dar resposta as necessidades do maior numero de munícipes.
_______________________________________________________________________________________ 75
Existem outras lacunas que se vão detectando no sector social, como é o caso da inexistência de articulação
ao nível da aplicação de apoios sociais, sobretudo por desconhecimento. Existem ainda situações de
sobreposição de apoios. Esse desconhecimento tem vindo a ser minimizado os problemas através do trabalho
em rede e articulação que vai existindo entre os diversos serviços de acção social concelhios, também tem
provocado algumas situações de sobreposição, sobretudo por parte de entidades de solidariedade social não
oficiais. Assim é importante apostar em acções que permitam passar a informação e mensagem sobre o que
de facto existe e quem é apoiado, procurando não duplicar apoios junto da população local e evitar assim
politicas assistencialistas devendo minorar o carácter assistencialista através da articulação com os serviços
existentes.
É fundamental que cada serviço, dê conhecimento público sobre as diversas políticas de apoio e que as
entidades de solidariedade social locais, procurem trabalhar em rede com as entidades oficiais, só desta forma
se consegue uma resposta mais eficaz e coerente de intervenção social.
_______________________________________________________________________________________ 76
Conclusão
_______________________________________________________________________________________ 77
A actualização do Diagnóstico social tem por objectivo uma abordagem actualizada dos problemas do
concelho. Esta abordagem de prioridades, feita em parceria, deve ser entendida como um documento de
planeamento estratégico, orientador do desenvolvimento social local e que requer a implicação de todos de
forma articulada na resolução das diversas problemáticas.
Assim, as problemáticas definidas como prioritárias, sofreram mutações ao longo destes 3 anos.
Actualmente o problema caracterizado como prioritário é a população idosa. Assim é urgente definir-se um
programa gerontológico que procure dar resposta às diversas necessidades desta franja da população e desta
forma responsa ao desafio que a alteração da estrutura populacional acarreta, sendo que a premissa máxima
é a promoção da sua qualidade de vida.
O problema da habitação mantém-se ao longo dos tempos, como preocupante e necessitante de alguma
intervenção. Persistem situações de casas degradadas/ situações abarracadas, que correspondem a uma
grande factor de exclusão social, sobretudo porque ditam a inexistência de condições mínimas como seja a
ausência de uma casa de banho, e /ou água canalizada.
As mutações sociais e populacionais afectam as várias franjas da população, tornando algumas mais
propensas ao risco. Urge portanto, traçar intervenções que respondam a estes problemas sociais.
Permanece também o problema da inexistência de uma boa rede de acessibilidades, interna e externa. Sendo
a situação mais gravosa porque coloca em risco a população já por si mais isolada geograficamente. Esta falta
de mobilidade da população condiciona fortemente a sua qualidade de vida, privando-os de aceder a bens e
serviços essenciais.
O problema do desemprego, apesar de não ser alarmante no município, não deixa de ser uma preocupação,
sobretudo porque se reveste de pequenas problemáticas, que lhe estão associadas, nomeadamente o
desajustamento entre a oferta e a procura e a necessidade de promover a um estudo que oriente a formação
em falta no concelho. Por outro lado continua a ser necessário educar a população tendo em conta as
vicissitudes do mercado de trabalho, sobretudo os mais jovens, ao nível da promoção do empreendedorismo.
Este ponto dever estar interligado com a questão da educação/formação, de forma a, tal como foi referido
anteriormente ajustar a formação que se promove às necessidades do mercado de trabalho.
A par destas preocupações não de deve descurar o (des) envolvimento comunitário. Implicar mais a
comunidade e as associações locais em causas públicas que dizem respeito a todos. Urge igualmente
_______________________________________________________________________________________ 78
trabalhar a comunidade em termos de valorização e importância atribuída à escola, evitando assim casos de
abandono /insucesso e absentismo escolar.
Por último, é fundamental trabalhar junto dos técnicos e comunidade local a filosofia inerente ao trabalho em
rede. É necessário envolver todos os parceiros, de forma a trabalhar o desenvolvimento social do concelho.
Focadas que estão as prioridades do território urge agora implicar e aplicar todos os agentes locais no trabalho
em rede, tornando a rede social mais efectiva e participada. O trabalho em rede diz respeito à elaboração dos
documentos locais orientadores, bem como ao desenvolvimento de actividades/acções que contribuam para a
redução/atenuação das carências locais.
_______________________________________________________________________________________ 79
BIBLIOGRAFIA
� Pré- Diagnóstico da Rede Social . Rede Social de Arouca, 2005
� Diagnóstico Social. Rede Social de Arouca, 2006
� Plano Director Municipal – Câmara Municipal de Arouca, 2009
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