DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE ARRUDA · PDF file2 Câmara Municipal ... Metodologia Sumário Executivo 5 8 Capitulo I ... 7- Definição de prioridades de intervenção social

DIAGNÓSTICO SOCIAL

DO CONCELHO DE ARRUDA DOS

VINHOS

PROGRAMA REDE SOCIAL

PROJECTO FINANCIADO PELO ESTADO PORTUGUÊS – MINISTÉRIO DA SEGURANÇA SOCIAL E DO TRABALHO

Fevereiro 2005

Diagnóstico Social do Concelho de Arruda dos Vinhos

1Câmara Municipal Arruda dos Vinhos

Conselho Local de Acção Social de Arruda dos Vinhos Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos

Instituto de Segurança Social - Serviço Local de Vila Franca de Xira

Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos

Junta de Freguesia de Arruda dos Vinhos

Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos

Agrupamento de Escolas do 1º Ciclo e Jardins-de-infância de Arruda dos Vinhos

Grupo Consultivo Inter-Colectividades

Junta de Freguesia de Cardosas

Junta de Freguesia de Arranhó

Centro Social da Freguesia de Arranhó

Organização Local de Educação e Formação de Adultos

Núcleo Executivo

Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos

Instituto de Segurança Social - Serviço Local de Vila Franca de Xira

Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos

Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos

Grupo Consultivo Inter-Colectividades

Arruda dos Vinhos, Fevereiro de 2005



ÍNDICE Introdução 3

Metodologia

Sumário Executivo

5

8

Capitulo I – Enquadramento Geo-Demográfico do Concelho 11

1- Enquadramento Regional 11

2- Caracterização do Concelho de Arruda dos Vinhos 12

2.1. História de Arruda dos Vinhos 12

2.2. Enquadramento Geográfico 14

2.3. Análise Demográfica 15

Capítulo II – Análise Temática 20

1. Educação e Tempos Livres 20

2. Cultura 30

3. Meios de Comunicação 35

4. Saúde 36

5. Respostas Sociais 45

6. Exclusão Social 59

7. Actividade Económica 66

8. Habitação 75

9. Acessibilidade, Ordenamento e Ambiente 83

10. Segurança 93

Conclusão 97

Bibliografia 102

Anexos 103



INTRODUÇÃO

Tendo por base a Resolução do Conselho de Ministros nº 197/97, de 18 de Novembro e no âmbito de uma política social activa, surge a Rede Social que tem como meta promover um planeamento integrado e sistemático, mobilizar competências e os recursos institucionais e da comunidade, afim de garantir uma maior eficácia do conjunto de respostas sociais no concelho de Arruda dos Vinhos.

A rede social define-se, assim, como um fórum de articulação e congregação de esforços baseado na adesão livre por parte das autarquias e das entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos que nela queiram participar, tendo como modelo de funcionamento e organização o Conselho Local de Acção Social.

Os objectivos específicos da Rede Social são: induzir o diagnóstico e o planeamento participados; promover a coordenação das intervenções ao nível concelhio e de freguesia; procurar soluções para os problemas das famílias e pessoas em situação de pobreza e exclusão social; formar e qualificar agentes envolvidos nos processos de desenvolvimento local; promover uma cobertura adequada do concelho por serviços e equipamentos; potenciar e divulgar o conhecimento sobre a realidade concelhia.

A parceria no âmbito do Conselho Local de Acção Social de Arruda dos Vinhos foi formalizada a 24 de Novembro de 2003, com dez entidades aderentes, a saber: Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, Junta de Freguesia de Arruda dos Vinhos, Junta de Freguesia de Arranhó, Junta de Freguesia de Cardosas, Instituto de Solidariedade e Segurança Social – Serviço Local de Vila Franca de Xira, Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos, Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos, Centro Social de Arranhó, Agrupamento de Escolas do 1º Ciclo e Jardins de Infância de Arruda dos Vinhos e Grupo Consultivo Inter-Colectividades. Integrado numa lógica de consolidação e alargamento da parceria existente, no ano de 2004 houve a formalização da adesão por parte da Organização Local de Educação e Formação de Adultos, enquanto representante do Ministério da Educação. Na sequência desta lógica foram realizadas reuniões de sensibilização e esclarecimento com Guarda Nacional Republicana, Associação de Pais e Encarregados de Educação do Externato João Alberto Faria, Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico de Arruda dos Vinhos e Associação de Pais e Encarregados de Educação das Escolas e Jardins-de-infância da Freguesia de Arruda dos Vinhos, no sentido de virem a integrar o CLASAV.

Esta parceria, enquanto estrutura de articulação de diferentes entidades – públicas e privadas – que trabalham na esfera do social, pretende criar dinâmicas locais que promovam uma visão da realidade social concelhia, a conjugação de esforços e recursos (sinergias), a consolidação das parcerias existentes e a concepção de um modelo de desenvolvimento social do concelho.

O diagnóstico social do concelho de Arruda dos Vinhos pretende constituir-se como um «instrumento dinâmico que permita uma compreensão da realidade social, inclui a identificação das necessidades e a detecção dos problemas prioritários e respectivas causalidades, bem como de recursos e potencialidades locais, que constituem reais oportunidades de desenvolvimento»1.

1 IDS – Instituto para o Desenvolvimento Social, Programa Rede Social, p. 42.



Este documento constitui-se como um importante e estratégico instrumento de trabalho, quer porque resulta da participação dos diversos parceiros, sustentado num processo de reflexão e de consensos estratégico, quer porque define a esfera de intervenção territorializada. Assim, é o garante do desenvolvimento de um trabalho participado e conjunto das diferentes entidades, bem como facilitador de interacção e de comunicação entre parceiros.

É, ainda, um instrumento aberto e dinâmico de informações e em permanente actualização de forma a permitir o desenvolvimento de um processo de intervenção social eficaz, eficiente e ajustado à realidade do concelho.

Este documento está estruturado em dois capítulos. Enquadramento Geo-Demográfico do Concelho e Análise Temática. O primeiro como forma de contextualizar e caracterizar o concelho de Arruda dos Vinhos na dimensão regional, histórica, geográfica e demográfica. O segundo como uma abordagem activa e analítica da realidade concelhia e na definição das prioridades de intervenção.



METODOLOGIA O Diagnóstico Social do Concelho de Arruda dos Vinhos tem por base uma concepção alargada de desenvolvimento local e social, e por dentro um esforço de interligação com diversas esferas da realidade concelhia: demografia, educação e tempos livres, cultura, informação, saúde, respostas sociais, isolamento social, emprego e qualificação, habitação, acessibilidade, ordenamento e ambiente e segurança. Todos os pontos foram construídos sob princípios de acção fundamentais: subsidiariedade, integração, articulação, participação e inovação. Na metodologia adoptada procurou-se interpretar as causas dos problemas identificados de uma determinada realidade local bem como efectuar uma análise dinâmica e multi-sectorial das áreas temáticas e problemas identificados. Com base nos pressupostos anteriormente mencionados o grupo de trabalho desenvolveu as seguintes fases/acções:

1- Identificação dos principais problemas pelo CLASAV; 2- Organização dos problemas por áreas temáticas; 3- Discussão das áreas temáticas em workshops, metodologias participativas de

diagnóstico, utilizando a matriz SWOT. 4- Recolha de informação qualitativa e quantitativa pertinente de acordo com

problemas sociais existentes e identificados – Matriz de Recolha de Informação – efectuada pelo Núcleo Executivo e utilizando as seguintes técnicas:

- Observação directa; - Entrevista semi-estruturada com interlocutores privilegiados (Município

e Centro de Saúde); - Aplicação de questionário às Juntas de Freguesia e

Associações/Colectividades; - Análise de conteúdo e dos dados estatísticos;

5- Tratamento, análise e interpretação das informações recolhidas, numa visão de conjunto dos problemas identificados e relacionando-os de modo a superar uma análise sectorial – visão integrada da realidade;

6- Avaliação da adequação dos recursos locais aos problemas; 7- Definição de prioridades de intervenção social através do Modelo de

Eisenhower2 pelo CLASAV. Os problemas identificados foram ordenados comparando o grau de importância e urgência, sendo colocados em quatro níveis de prioridade. No Nível I foram colocados os problemas que deverão ser alvo de uma atenção/intervenção imediata, uma vez que são problemas simultaneamente importantes e urgentes. No Nível II foram ordenados os problemas que são importantes, mas não urgente, embora devam ser alvo de atenção sobretudo na captação de recursos para a sua resolução. No Nível III os problemas que são urgentes, mas com um grau de importância reduzido. No Nível IV os problemas considerados como não sendo importantes, nem urgentes, pelo que não são considerados prioritários e consequentemente não foram considerados no presente documento.

8- Definição de Eixos de Desenvolvimento e respectivos impactes pretendidos. 2 “Este modelo tem por base a determinação do grau de importância e urgência dos problemas identificados em cada problemática. Para a definição daquilo que consideramos urgente podemos colocar questões como “O que vai ser atacado primeiro?”, “O que vamos poder começar primeiro?”, “Temos recursos para?” in Instituto da Segurança Social, I.P., Guião Prático para a Implementação da Rede Social, Novembro de 2004, Pg. 19.



Figura 1. Esquema da metodologia aplicada para o Diagnóstico Social

9-

Identificação Problemas

Pré- Diagnóstico

Diagnóstico Participado

Áreas Temáticas

Prioridades de

Intervenção

DIAGNÓSTICO SOCIAL



De acordo com o Guia Prático para a implementação da Rede Social, foram seguidas as etapas do processo de Diagnóstico, que se apresentam no esquema seguinte.

Figura 2. Síntese das etapas do Processo de Diagnóstico

Fonte: Adaptado de Guia Prático para a implementação da Rede Social, 2004

Constituição de um grupo de actores

locais diversificado integrando o

Núcleo Executivo

Identificação dos principais problemas

agrupando-os definindo áreas-

temáticas

Constituição de

grupos de trabalho por

área-temática

Definição de

prioridades de intervenção

Preenchimento da matriz de recolha de

informação por área-temática

Aplicação da matriz SWOT

por área-temática

Identificação dos impactes pretendidos

Discussão e

aprovação do Diagnóstico pelo

CLASAV

Envio do Diagnóstico e da

acta de aprovação do mesmo ao ISS, I.P. –

Equipa Central



SUMÁRIO EXECUTIVO DEMOGRAFIA

⇒ Crescimento populacional de 10,5%, entre 1991 e 2001, sustentado por um fluxo migratório (entraram 1265 habitantes);

⇒ Forte concentração na zona urbana da vila de Arruda dos Vinhos;

⇒ Estrutura familiar predominante – casais com ou sem filhos;

⇒ Densidade populacional elevada em Arruda dos Vinhos e Cardosas;

⇒ Crescente envelhecimento da população e do respectivo índice de

envelhecimento; EDUCAÇÃO E TEMPOS LIVRES

⇒ Falta de articulação institucional na promoção de actividades de ocupação de tempos livres para crianças e jovens;

⇒ Falta de edifícios escolares condignos;

⇒ População com baixos níveis de escolaridade;

⇒ Progressivo aumento de alunos nos vários níveis de escolaridade;

⇒ Predomínio de oferta da Santa Casa da Misericórdia no ensino Pré-Escolar e

ATL; CULTURA

⇒ Inexistência de uma política cultural definida e participada;

⇒ Qualidade dos recursos culturais e patrimoniais; MEIOS DE COMUNICAÇÃO

⇒ Inexistência de um jornal informativo;

⇒ Recurso a outros meios de comunicação social; SAÚDE

⇒ Falta de um centro de recursos de materiais técnicos de apoio a deficientes e outros necessitados;



⇒ Existência de comportamentos de risco por parte da população juvenil;

⇒ Mau funcionamento do sistema de consultas do dia e programadas;

⇒ Falta de uma equipa de intervenção precoce;

⇒ Existência do Projecto de Cuidados Articulados de Saúde e Apoio Social e Unidade de Cuidados Continuados, destinados a dependentes e grandes dependentes;

⇒ Total cobertura dos utentes do Centro de Saúde com médico de família;

RESPOSTAS SOCIAIS

⇒ Constituição de várias parcerias: CLASAV, CPCJ, CLA;

⇒ Aumento de sinalizações à CPCJ, predominando a negligência como motivo de sinalização;

⇒ Escassez de recursos materiais e humanos por parte dos serviços da

Segurança Social;

⇒ Baixo nível de cobertura de lares da 3ª idade; EXCLUSÃO SOCIAL

⇒ Falta de actividades de ocupação de tempos livres para idosos;

⇒ Dificuldade de integração das comunidades imigrantes;

⇒ Necessidade de reforçar os serviços de apoio aos mais idosos, sobretudo nas freguesias mais rurais;

ACTIVIDADE ECONOMICA

⇒ Falta de investimento e divulgação de um turismo de passagem;

⇒ Reduzida taxa de desemprego e baixo nível de qualificação profissional da população activa;

⇒ Grande importância do Sector Terciário na base económica do concelho;

⇒ Dinamismo industrial nos sectores de reciclagem de sucata, metalúrgica e

industrias alimentares;

⇒ Predomino da pequena e média empresa;

⇒ Importância estratégica da ZIR no desenvolvimento industrial do concelho;



HABITAÇÃO

⇒ Elevado numero de população que procura habitação social;

⇒ Existência de dois bairros de habitação social de gestão municipal (Bairro João de Deus e Bairro Calouste Gulbenkian);

⇒ Existência de um bairro de habitação a custos controlados;

⇒ Elevado índice de condições de habitabilidade;

⇒ Crescimento significativo do parque habitacional nos últimos 20 anos;

ACESSIBILIDADE, ORDENAMENTO E AMBIENTE

⇒ Dificuldade de acesso aos locais públicos por parte de pessoas portadoras de deficiência;

⇒ Falta de sinalética de espaços públicos, privados e monumentos;

⇒ Deficiente rede de transportes colectivos essencialmente aos fins-de-semana;

⇒ Mau estado geral de algumas estradas e caminhos municipais;

⇒ Importância estratégica da A10;

⇒ Qualidade dos recursos ambientais e paisagísticos;

⇒ Possibilidade de conciliar a elevada qualidade ambiental com um forte

desenvolvimento do concelho; SEGURANÇA

⇒ Insuficiente intervenção, formação e prevenção na área da segurança;

⇒ Falta de meios que garantam maior segurança no Bairro Calouste Gulbenkian e zona envolvente;

⇒ Insuficiente vigilância pela Escola Segura junto ao jardim municipal, das E.B. 1

e Externato João Alberto Faria;

⇒ Sucessivo aumento de acidentes de viação e da criminalidade global.



CAPITULO I – ENQUADRAMENTO GEO-DEMOGRÁFICO DO CONCELHO 1- Enquadramento Regional O concelho de Arruda dos Vinhos está inserido na província da Estremadura, distrito de Lisboa e Região de Lisboa e Vale do Tejo: sub-região do Oeste. Tendo em conta o contexto nacional e regional, verificamos que o concelho de Arruda dos Vinhos apresenta uma taxa de variação populacional acima da taxa nacional e da região Lisboa e Vale do Tejo, encontrando-se muito próximo da taxa de variação da sub-região Oeste. Uma variação de 10,5% corresponde a um aumento de 986 habitantes (entre 1991 e 2001). É de salientar que o concelho de Lisboa é o único que neste período censitário perde população, o que confirma o fenómeno de suburbanização, ou seja, a deslocação de população para zonas limítrofes ao centro e que apresentem algumas características rurais e uma qualidade de vida superior.

Quadro 1. População em 1991 e 2001 e taxas de variação

1991 2001 Taxa de Variação

Portugal 9.867.147 10.356.117 5,0

Lisboa e Vale do Tejo 3.290.795 3.468.901 5,4

Oeste 359.430 394.487 9,8

Alcobaça 54.382 56.794 4,4

Alenquer 34.098 39.180 14,9

Arruda dos Vinhos 9.364 10.350 10,5 Bombarral 12.727 13.324 4,7

Cadaval 13.516 13.943 3,2

Caldas da Rainha 43.205 48.846 13,1

Lourinhã 21.596 23.265 7,7

Nazaré 15.313 15.060 -1,7

Óbidos 11.188 10.875 -2,8

Peniche 27.315 25.880 -5,3

Sobral Mte Agraço 7.245 8.927 23,2

Torres Vedras 67.185 72.250 7,5

Lisboa 663.394 564.657 -14,9

Loures 192.143 199.059 3,6

Vila Franca de Xira 103.571 122.908 18,7 Fonte: INE

Durante o ano de 2004 foi constituída a Comunidade Urbana do Oeste, composta pelos seguintes concelhos: Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinha, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.



2. Caracterização do concelho de Arruda dos Vinhos

2.1- História de Arruda dos Vinhos

Existem duas explicações distintas sobre a formação do topónimo Arruda dos Vinhos. Uma das explicações está relacionada com um tipo de planta que existia em abundância na zona. Esta planta denominada Arruda (Ruta Chalepensis) possui um cheiro activo e folhas amargas, com aplicações medicinais, como febrífugo e estimulante, tendo, ainda, como fama de imunizante de contágios. Posteriormente, juntou-se «dos Vinhos», pela qualidade e fama das vinhas da região. A outra explicação surge num estudo intitulado «Topónima Árabe da Estremadura» onde o autor se refere aos numerosos termos de nomenclatura de povoações, os quais, como reminiscência do domínio muçulmano, se encontram nos dois países Ibéricos, entre eles os que têm por base a flora local indígena. Segundo o etólogo e etimologista Mário Guedes Real, Arruda é um nome comum latino Ruta, que se terá tomado próprio, arabizado pela anteposição do artigo árabe "al", cujo "L" foi assimilado ao "R" inicial do substantivo por ser a última letra "solar". Portanto a forma latino-árabe seria "Ar-ruta", a "Arruda". A tradição fala de um "castelo" erigido pelos Árabes que, por duas vezes foi conquistado pelos Cristãos. A sua existência seria explicável dada a proximidade de Lisboa e da Linha do Tejo, podendo as duas conquistas cristãs relacionar-se com a conquista de Lisboa ou com posteriores investidas para o exterior. A data de fundação jurídica do concelho não é, em rigor, conhecida. Diversas publicações referem um foral concedido por D. Afonso Henriques em 1160. Existe um documento de D. Afonso Henriques, datado de 1172, em que o castelo de Arruda é doado à Ordem Militar de Santiago, citado por Alexandre Herculano na sua "História de Portugal", cujo original se encontra arquivado na Torre do Tombo.

O que se pode referir com rigor é que D. Manuel concedeu, em 1511/17, Foral ao Concelho de Arruda dos Vinhos confirmando privilégios já existentes. Recorrendo à comparação com outros municípios do país, é possível que a situação que se verificou seja a seguinte: a vila teve Foro desde meados do séc. XII e passa a ter "Carta de Foral" a partir de 15173.

Foro e Foral são duas realidades distintas, embora ambas consagrem graus de autonomia fiscal, jurídica e política das populações em relação aos senhores anteriores. Ao dar Foro a uma população o senhor concede aos seus habitantes privilégios fiscais, jurídicos e administrativos sem, no entanto, abdicar do seu poder. Na "Carta de Foral" há um reconhecimento legal de autonomia da população perante o senhor.

3 ProjectoPlano, Plano Director Municipal de Arruda dos Vinhos, Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, 1991.



Com a "Carta " nasce o "concelho" autónomo e independente. Então, se com o «Foro», o concelho já existe de facto, com a "Carta de Foral" passa a existir de Direito.

Pode-se afirmar que Arruda possuía autonomia municipal desde meados do Séc. XII, mas só se tornará, de facto, concelho como unidade jurídica em 1517.

A vila de Arruda na segunda metade do Séc. XVI, após eventual Foro concedido teria 1500 habitantes, sendo eminentemente rural, dedicada à exploração vinícola e às fainas do campo. Era uma região rural, de pequenas propriedades, onde cerca de metade da terra era posse de quem directamente a cultivava. A esmagadora maioria dos habitantes estava ligada à terra, como proletário ou assalariado, a outra metade pertencia a pessoas desligadas do trabalho rural.

No final do Séc. XIX, as convulsões políticas alteraram a estrutura administrativa do concelho. Até 1832, o concelho de Arruda dos Vinhos era composto pelas freguesias de Arruda e Cardosas. Em 6 de Novembro de 1836 passam para o concelho de Arruda dos Vinhos as freguesias de Arranhó e Santiago. Em 24 de Outubro de 1855 extingue-se o concelho de Sobral de Monte Agraço, sendo incorporadas no concelho de Arruda dos Vinhos as freguesias de Sapataria, S. Quintino e Sobral. Em cumprimento do disposto no Código Administrativo de 26 de Julho de 1867, o decreto de 10 de Dezembro do mesmo ano extingue o concelho de Arruda dos Vinhos e as suas freguesias. A freguesia de Arruda passa a compreender as antigas freguesias de Arranhó e Cardosas e a constituir uma freguesia do concelho de Vila Franca de Xira. A 1 de Janeiro de 1868 é revogada a reforma administrativa e volta tudo à situação anterior. Em 10 de Fevereiro de 1887, a sede de concelho é transferida da vila de Arruda para a vila de Sobral de Monte Agraço, o que ocasionou grandes rivalidades entre as duas povoações. A 22 de Março de 1890, em virtude dessas rivalidades, é restaurado o concelho de Arruda dos Vinhos, pelo Ministério Regenerador, presidido pelo Conselheiro António de Serpa Pimentel, com a composição das freguesias que tinha à data da extinção do concelho de Sobral. Em 26 de Setembro de 1895, pela reforma administrativa decretada pelo Conselheiro João Ferreira Franco Pinto Castelo-Branco, ministro do Reino na nova situação regeneradora, são extintos os concelhos de Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço, sendo anexados ao concelho de Vila Franca de Xira as freguesias de Arranhó, Arruda, Cardosas e Santiago e ao de Torres Vedras as freguesias de S. Quintino, Sapataria e Sobral. A 13 de Janeiro de 1898 são restabelecidos os dois concelhos. Esta restauração vem na sequência das representações dos povos das cinco freguesias, de 1897, petição na qual os subscritores referem que «não faltam recursos para prover os seus encargos obrigatórios (...) Não lhes escasseia pessoal habilitado para o desempenho dos diferentes cargos municipais».



2.2- Enquadramento Geográfico

Tal como foi referido anteriormente, o concelho de Arruda dos Vinhos está inserido na província da Estremadura, distrito de Lisboa e região de Lisboa e Vale do Tejo: sub-região do Oeste. A Norte está o concelho de Alenquer, a Oeste os concelhos de Sobral de Monte Agraço e Mafra, a Sul o concelho de Loures e a Este o concelho de Vila Franca de Xira. Arruda dos Vinhos marca o limite territorial entre a Estremadura e o Ribatejo.

Figura 3. Localização do Concelho de Arruda dos Vinhos no Distrito de Lisboa

Fonte: Site ANMP

O concelho tem 77,8 km2 e é composto por quatro freguesias: Arranhó (21,8km2), Arruda dos Vinhos (34,6 km2), Cardosas (6 km2) e Santiago dos Velhos (15,3 km2). Arruda dos Vinhos é a sede de concelho, possui o maior território do concelho, assim como o maior número de habitantes. Segue-se a freguesia de Arranhó, em termos de área e população, e depois Santiago dos Velhos e Cardosas.

Figura 4. Concelho de Arruda dos Vinhos

Fonte: Site CMAV, 2004



2.3- Análise Demográfica

Numa análise da população residente no concelho de Arruda dos Vinhos pode verificar-se que no Século XX houve um aumento de 86,6% de população, passando de 5547 habitantes em 1900 para 10350 em 2001. No entanto, existiram três períodos que caracterizam o crescimento populacional: de 1900 a 1940 a população aumentou 48%, atingindo os 8211 habitantes; de 1940 a 1960 registou-se um decréscimo populacional de 2,3%, vindo a população para os 8021 habitantes e de 1960 até 2001 (último momento censitário) a população aumentou novamente, desta vez 29% colocando o concelho de Arruda dos Vinhos com 10350 habitantes. A análise populacional por freguesia permite verificar que a freguesia de Arruda dos Vinhos é a que se destaca com um crescimento na ordem dos 155% no séc. XX, de seguida está a freguesia de Arranhó que apresentou dois picos de crescimento, tendo um deles ultrapassado a população da sede de concelho (no ano de 1920), no entanto o crescimento entre 1900 e 2001 foi na ordem dos 73%. A terceira freguesia, em termos populacionais é a de Santiago dos Velhos que apresentou uma ligeira subida ao longo do século, que se situa nos 16,7%, ao passo que a freguesia de Cardosas foi, desde 1900, a que teve menos população e o seu crescimento ronda os 2,3%.

Gráfico 1. População nas Freguesias do Concelho de Arruda dos Vinhos

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001

Fonte: INE, Censos 2001 Arranhó Arruda Cardosas Santiago Velhos

Em termos populacionais, em 2001, a freguesia de Arruda dos Vinhos era composta por 5835 habitantes, Arranho com 2495 habitantes, seguindo-se Santiago dos Velhos com 1274 habitantes e Cardosas com apenas 746 habitantes.



Gráfico 2. População por freguesias

5835

746

2495

1274

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

Arranhó Arruda Cardosas Santiago Velhos

Fonte: INE, Censos 2001

Numa análise do peso populacional de cada freguesia face ao concelho, verifica-se que houve uma deslocação de população dos núcleos periféricos para o centro urbano e sede de concelho, uma vez que todas as freguesias perdem população para a freguesia de Arruda dos Vinhos. Esta situação poderá ser indutora de alguns factores, nomeadamente deslocação para uma zona com maior acesso a equipamentos sociais e colectivos, impossibilidade de permanência no local de origem por motivos habitacionais ou outros, procura de melhores acessibilidades viárias a outros núcleos de influência (Vila Franca de Xira, Lisboa e outros). Assim, o quadro seguinte revela a situação desde o início do séc. XX até ao início do séc. XXI.

Quadro 2. Peso populacional de cada freguesia face ao total do concelho

1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Arranhó 26 23,4 40,2 25,4 26,1 26,7 25,1 32,5 28,6 26,4 24,11 Arruda 41,2 47,9 33,5 48,3 47,4 45,7 49,4 46,1 50 53,5 56,38 Cardosas 13,1 12,7 10,4 9,83 9,72 9,53 8,7 8,02 8,2 7,65 7,208 Santiago Velhos 19,7 16 15,9 16,4 16,8 18,1 16,8 13,4 13,2 12,5 12,31

Fonte: Revisão PDM, 2003 A densidade populacional revela o número de habitantes por Km2 de superfície e, de acordo com o gráfico seguinte, verifica-se que o concelho de Arruda dos Vinhos aumentou a densidade populacional nos últimos 40 anos, sendo actualmente de 133 hab./km2. Numa análise por freguesia constata-se que Arranhó teve um aumento significativo na década de 60, mas depois desceu e estabilizou pelos 115 hab./km2, em 2001. Por sua vez, a freguesia de Santiago dos Velhos foi a única que diminuiu em termos de densidade populacional, estando agora nos 83 hab./km2 e a freguesia de Cardosas, talvez por ser a freguesia com menor área é a que regista maior densidade populacional, para além da sede de concelho, com 124 hab./km2. Dado que as freguesias analisadas tiveram valores regulares no que diz respeito à densidade populacional, desde 1960, é a freguesia de Arruda dos Vinhos que contribui grandemente para o aumento da densidade concelhia. Esta freguesia ultrapassou o valor concelhio na década de 70 e encontra-se actualmente muito



acima, com 169 hab./km2, tendo contribuído para tal a proliferação de urbanizações com 2 a 3 pisos de altura.

Gráfico 3. Densidade populacional

60

80

100

120

140

160

180

1960 1970 1981 1991 2001


Hab

/km

2

Arranhó Arruda Cardosas Santiago Velhos Total

A hierarquia dos lugares foi estabelecida tendo em conta: os vários núcleos populacionais que fornecem bens e serviços ao sector privado, as diferenças existentes na dimensão populacional.

Sendo assim:

- Arruda dos Vinhos, é indiscutivelmente o aglomerado com maior poder atractivo, constituindo o pólo organizador e unificador do concelho. Aqui concentram-se as actividades económicas mais importantes, nomeadamente as do sector terciário; - Arranhó, conseguiu desenvolver, ao longo do tempo, trocas comerciais importantes de produtos diversificados, com especial relevo em sucata e fruta; - Santiago dos Velhos, apresenta menor dimensão. Encontra-se inserida numa área vocacionada para actividades diferentes sobretudo do Sector Secundário; - Cardosas, também de menor dimensão, é uma freguesia essencialmente agrícola.

A freguesia de Arruda dos Vinhos tem conseguido distanciar-se, em dimensão e nas funções fornecidas, relativamente aos outros lugares do concelho.

No nível seguinte, foi considerado o aglomerado de Arranhó, pela dinâmica de crescimento que tem registado, a qual tende a manter-se ou a acentuar-se e ainda pela diversificação de actividades que apresenta.

No último nível estão Santiago dos Velhos e Cardosas, por apresentarem menor dimensão, menor ritmo de crescimento demográfico e menor importância funcional.



Quanto ao estado civil, a população encontra-se na maioria casada com registo (53%), seguindo-se a solteira com 32%, viúvo com 7% da população e casado sem registo com 6%. Os separados e divorciados representam respectivamente 1% da população do concelho de Arruda dos Vinhos.

Gráfico 4. População segundo o estado civil

32%

6%53%

1%7%1%

Solteiro Casado sem registo Casado com registoSeparado Divorciado Viúvo


Existem 3758 famílias clássicas e 4 famílias institucionais no concelho. A tipologia familiar4 que predomina é a de casal com filhos, seguindo-se o casal sem filhos e a família sem núcleo. As famílias monoparentais representam 6,3% do total, sendo que a monoparental com mãe é predominante.

Gráfico 5. População segundo a tipologia familiar

0200400600800

10001200140016001800

Sem nú

cleo

Casal

sem fil

hos

Casal

com fil

hos

Monop

arenta

l (pai)

Monop

arenta

l (mãe

)

Família

Alar

gada

Vários

Núc

leos


4 Família Clássica: conjunto de indivíduos que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco entre si. Família Institucional: Conjunto de indivíduos residentes num alojamento colectivo.



A dimensão das famílias é de duas pessoas em 33,6% das famílias existentes, seguindo-se as famílias com 3 e 4 pessoas (26,1% e 19,7% respectivamente). Os isolados também representam uma percentagem elevada (14,5%), e as famílias numerosas, com mais de 5 pessoas, não representam valores muito significativos no contexto concelhio. No que se refere ao tipo de povoamento no concelho de Arruda dos Vinhos verifica-se uma concentração crescente da população residente junto de lugares de maior dimensão. A evolução demográfica positiva teve consequências num aumento de pressão populacional sobre as unidades territoriais e sobre os recursos existentes, havendo uma maior concentração nas zonas com uma matriz mais urbana, nomeadamente Arruda dos Vinhos.



CAPÍTULO II – ANÁLISE TEMÁTICA

1. Educação e Tempos Livres Este tema mereceu uma análise aprofundada por parte do CLASAV, uma vez que se trata duma área fulcral no desenvolvimento do concelho e implica directamente com outras áreas sociais, nomeadamente o acesso a direitos de cidadania elementares e a possibilidade de ter uma profissão que satisfaça quer os anseios pessoais, quer a necessidade concelhia. No que concerne às actividades de ocupação de tempos livres para crianças e jovens é possível identificar um conjunto de entidades locais que organizam e promovem diversas acções, nomeadamente: Município (torneios, passeios, colónias de férias, programas de OTL, ateliers temáticos, hora do conto), Externato João Alberto Faria (clubes temáticos – inglês, desporto, teatro, rádio, etc.), Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos (colónia de férias, programa de OTL, clube de jovens), Associações e Colectividades5 (práticas desportivas de carácter geral). No entanto é verificável uma deficiente articulação entre as entidades promotoras, uma vez que é frequente a realização de acções para o mesmo grupo alvo e para o mesmo momento temporal. A par desta situação foi sentida a necessidade de uma diversificação das iniciativas propostas, sendo de incluir uma maior componente formativa e educativa nas actividades quer extra-curriculares, quer no período de férias escolares. Outro problema apontado foi a falta de edifícios escolares condignos. O concelho de Arruda dos Vinhos, pela sua dimensão e pela tradicional dispersão da própria comunidade, é servido por um parque escolar oficial constituído por 11 escolas do 1º Ciclo de Ensino, 5 Jardins-de-infância e 2 Centros de Apoio Infantil Comunitário. Com excepção da escola do 1º Ciclo de Alcobela, Jardim-de-Infância de Arranhó e Arruda dos Vinhos, todos os outros estabelecimentos de ensino foram edificados aquando do Plano Centenário, o que significa que são estruturas com alguns problemas quer de conservação e manutenção, quer de adequação às novas práticas de ensino. Os 2º e 3º Ciclos de Ensino Básico e Secundário são assegurados pelo Externato João Alberto Faria, instituição particular e cooperativa com paralelismo pedagógico, em instalações inauguradas em 2003, sendo uma estrutura moderna e obedecendo a um elevado padrão de qualidade. A freguesia de Arruda dos Vinhos é a que detém o maior número de equipamentos e o mais elevado número de alunos, pelo facto de ser a sede de concelho e por apresentar o maior número populacional. No mapa do Anexo 1, pode ser visualizada a dispersão territorial a que nos referimos. Em termos de equipamentos de ensino, de seguida apresentam-se as características por nível de ensino e localização. 5 cf. Anexos 3 e 4



Quadro 3 – Características dos Estabelecimentos de Ensino por Nível de Ensino e Localização

Pró

pria

s

Ced

idas

Adap

tada

s

Bom

Raz

oáve

l

Mau

Cap

acid

ade

(sal

as)

Públ

ica

Priv

ada

Alun

os

Edu

c./P

rofe

ssor

es

Auxi

liare

s

Func

iona

men

to

Nec

essi

dade

s6

Jardim-de-Infância Arruda dos Vinhos x x 4 x 69 2 4 N

Jardim-de-Infância Arranhó x x 2 x 29 1 1 N x

Jardim-de-Infância Camondes x x 1 x 11 1 1 N x

Jardim-de-Infância Cardosas x x 1 x 24 1 1 N x

Jardim-de-Infância Santiago dos Velhos x x 1 x 25 1 1 N x

Jardim-de-Infância Sta Casa Misericórdia x x x 140 6 14 x

Jardim-de-Infância Externato Infantil x x x 22 1 2 N

Centros Apoio Infantil Comunitário Louriceira x x x 1 x 16 1 1 N

Centros Apoio Infantil Comunitário Alcobela x x 1 x 13 1 1 N

Escola Básica 1º Ciclo Alcobela x x x 1 x 15 1 0 N x

Escola Básica 1º Ciclo Arruda dos Vinhos x x x 5 x 285 14 6 D x

Escola Básica 1º Ciclo Arranhó x x 2 x 72 4 1 D x

Escola Básica 1º Ciclo Cardosas x x 1 x 22 2 1 D x

Escola Básica 1º Ciclo Louriceira x x 1 x 14 1 0 N x

Escola Básica 1º Ciclo Tesoureira x x 1 x 11 1 0 D x

Escola Básica 1º Ciclo S. Tiago dos Velhos x x 2 x 35 2 1 N x

Escola Básica 1º Ciclo Quinta da Serra x x 2 x 11 1 1 N x

Escola Básica 1º Ciclo Casal da Gama x x 1 x 15 1 0 D x

Escola Básica 1º Ciclo Adoseiros x x 1 x 10 1 0 N x

Escola Básica 1º Ciclo Camondes x x 1 x 22 2 0 D x

Externato João Alberto Faria x x 1257 Fonte: CMAV, 2004. Em termos do nível de escolaridade da população do concelho, e de acordo com os dados dos Censos de 2001, 37,3% da população tem o 1º Ciclo, seguindo-se 16,9% sem nenhum nível de ensino. Apenas 14,1% têm o ensino secundário completo e com o 2º e 3º Ciclos têm 11,7% e 11,1%, respectivamente. No ensino superior está 8,5% da população. A taxa de analfabetismo era de 12,1% em 2001, tendo decrescido em relação a 1991 (17,2%).

6 cf. Grelha de necessidades dos estabelecimentos de Ensino, no Anexo 2



Gráfico 6. População segundo os níveis de escolaridade

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

4500

Sem nível deEnsino

1º ciclo 2º ciclo 3º ciclo EnsinoSecundário

Ensino Médio Ensino Superior


Efectivamente, os dados comprovam que 54,2% da população possui um nível de escolaridade igual ou inferior ao 1º ciclo, o que confirma o baixo nível de escolaridade da população, associado à existência de analfabetismo. Como resposta a este problema a Organização Local de Educação e Formação de Adultos, adiante designada OLEFA, tem promovido cursos de alfabetização para os quais não têm existido inscrições. Por outro lado, a OLEFA tem organizado cursos extra-escolares (ano lectivo 2003/2004): 2 de Inglês (nível 2), 2 de Técnicas da Pintura, 1 de Artes Florais, 2 de Bordados Tradicionais, 1 de Corte e Costura, 1 de Primeiros Socorros, 2 de Reabilitação Física e 2 de Informática. O Município, em articulação com a Associação para o Desenvolvimento e Emprego de Vialonga, está a promover a realização de um curso de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências a fim de colmatar as necessidades da população sem escolaridade obrigatória. Relativamente ao total de alunos matriculados no concelho em diferentes níveis de ensino verifica-se que o 1º ciclo se manteve estável até ao ano lectivo 2001/2002, tendo aumentado significativamente desde então. O 2º ciclo apresenta algumas irregularidades, sendo que tem uma ligeira descida de 1997/1998 para 1999/2000, aumentando consideravelmente no ano lectivo 2000/2001, depois do qual apresenta outra quebra, apresentando o menor número de alunos desde 1997. Volta a recuperar em 2002/2003 e perde novamente em 2003/2004. O 3º ciclo apresenta o maior número de alunos de todos os ciclos até 2000/2001, descendo no ano lectivo 2001/2002 e recuperando de seguida. Por último, o secundário apresenta valores mais baixos, reflectindo-se a opção de não continuação de estudos, embora após o ano lectivo 2001/2002 existe um aumento progressivo e continuado de alunos. De acordo com os anos lectivos, verifica-se que 2001/2002, à excepção do 1º ciclo, representou uma quebra considerável de alunos para todos os níveis de ensino.



Gráfico 7. Evolução de alunos matriculados por níveis de escolaridade

0

100

200

300

400

500

600

1997/1998 1998/1999 1999/2000 2000/2001 2001/2002 2002/2003 2003/2004

Fonte: Carta Educativa 20031º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário

O serviço de Pré-Escolar é assegurado por 5 Jardins-de-infância e 2 CAIC’s em regime oficial, 1 Jardim-de-infância particular e 1 Jardim-de-infância de uma Instituição Particular de Solidariedade Social. De acordo com os dados até Dezembro de 2004, desde o ano lectivo 2001/2002 o número de crianças a frequentar tem aumentado, verificando-se que o número de crianças mantém-se ou aumenta em quase todos os jardins-de-infância, à excepção do jardim-de-infância de Camondes que regista um decréscimo. É de salientar o aumento significativo do jardim-de-infância de Arruda dos Vinhos e da IPSS, no caso a Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos, com implicações nas outras valências de apoio à infância. Este facto poderá estar associado ao tipo de serviço prestado, nomeadamente o período de funcionamento alargado, o fornecimento de refeição, o facto de não encerrar no período de férias escolares, a existência de um conjunto de respostas de apoio à infância (creche, infantário e ATL com transporte para a escola e vice-versa), o assegurar da distribuição das crianças da instituição ao domicílio e o desenvolvimento de um conjunto de actividades extra-curriculares (Informática, Inglês, Ginástica e Natação).

Gráfico 8. Evolução de alunos no Ensino Pré-Escolar

0 20 40 60 80 100 120 140

Arruda

Arranhó

Camondes

Cardosas

Alcobela

Louriceira

Santiago Velhos

Ext.Irene Lisboa

S.C.Misericórdia

Fonte: AEIJA; CMAV; E.I.L.; Santa Casa Misericórdia (2004)

2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005



O 1º ciclo do ensino básico é um serviço coberto pelo regime oficial de educação, sendo composto por 11 escolas. Actualmente encontra-se desactivada a escola de A-do-Barriga. A Carta Educativa, aprovada em 2003, aponta para a concentração do 1º ciclo em dois pólos de educação: um em Arruda dos Vinhos e outro em Arranhó, prevendo-se o encerramento das restantes escolas do concelho e integração dos alunos nas referidas escolas de ensino básico integrado. Desde o ano lectivo de 2001/2002, verifica-se um aumento de alunos em praticamente todas as escolas. Este aumento é mais significativo, no ano lectivo 2004/2005, sobretudo nas escolas de Arranhó e Arruda dos Vinhos, sendo estes os principais aglomerados urbanos no concelho. É de salientar o aumento, extremamente significativo, da escola de Arruda dos Vinhos em número de alunos, com implicações na necessidade de manutenção e conservação do edifício existente e na ampliação das instalações, que já se iniciou.

Gráfico 9. Evolução de alunos no 1º Ciclo

0

50

100

150

200

250

300

Á-do-B

arriga

Adose

iros

Alcobe

la

Arranh

ó

Arruda

Camon

des

Cardos

as

Casal

da G

ama

Louri

ceira

Quinta

da S

erra

S.Tiag

o dos

Velh

os

Tesou

reira

Fonte: AEIJA, 2004 2001/2002 2002/2003 2003/2004 2004/2005

Quanto aos 2º e 3º ciclos e secundário, este serviço educativo é assegurado por uma instituição particular e cooperativa com paralelismo pedagógico, o Externato João Alberto Faria, e desde o ano lectivo 2001/2002 verificam-se algumas oscilações nos diferentes anos de escolaridade, apresentando altos e baixos em termos de alunos matriculados.



Gráfico 10. Evolução de alunos no 2º, 3º Ciclos e Secundário

0

50

100

150

200

250

5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano 10º ano 11º ano 12º ano

Fonte: Carta Educativa 2003 2001/2002 2002/2003 2003/2004 O Município de Arruda dos Vinhos traçou uma politica educativa que assegura o acesso à educação a todas as crianças e jovens Arrudenses, independentemente das condições socio-económicas, ou quaisquer outras diferenças. É neste contexto que a Acção Social Escolar assume uma particular importância. Engloba um conjunto diverso de medidas de combate à exclusão social e de promoção da igualdade de oportunidades das crianças e jovens do concelho no acesso ao ensino. Um exemplo dessas medidas é o transporte escolar, a alimentação e o auxílio económico (livros e material escolar). Ao nível dos transportes escolares, no ano lectivo 2003/2004, deram entrada nos serviços do município 616 pedidos de transporte (quer em termos de transporte efectivo dos alunos para o 1º Ciclo do Ensino Básico de Cardosas e Arruda dos Vinhos – conforme o quadro seguinte – quer de passes escolares). Do total foram indeferidos 43 pedidos e 84 eram fora do concelho. Este serviço destina-se às crianças e jovens que frequentam os ensinos básicos e secundário, em estabelecimentos de ensino da rede pública e privada ou cooperativo com contrato de associação e paralelismo pedagógico. Os transportes escolares assegurados directamente pelo Município destinam-se às crianças que frequentam os Jardins-de-infância, residentes no concelho Arruda dos Vinhos, sendo um serviço gratuito.

Quadro 4. Transportes Escolares assegurados pela Câmara e Juntas de Freguesia Estabelecimento Número Entidade/Viatura Ligeira

J.I. Cardosas 14 Município J.I. Santiago dos Velhos 20 J.F.Santiago dos Velhos/ Município J.I. Arranhó 14 Junta Freg. Arranhó J.I. Camondes 2 Junta Freg. Arranhó Pólo de Alcobela 6 Junta Freg. Arranhó E.B. 1º de Cardosas 12 Município (turno da manhã) E.B. 1º de Cardosas 7 Município (turno da tarde) E.B. 1º de Arruda dos Vinhos 4 Município E.B. 1º Santiago dos Velhos 1 J.F.Santiago dos Velhos/ Município E.B. 1º Arranhó 1 Junta Freg. Arranhó

Residência

E.B. 1º Louriceira 1 Junta Freg. Arranhó Fonte: CMAV, 2004



O transporte das crianças que frequentam o Pré-Escolar e o 1º Ciclo (rede pública) e se deslocam à Piscina Municipal de Aprendizagem de Arruda dos Vinhos e à Piscina do União Recreativo e Desportivo de Arranhó é assegurado por dois autocarros do Município. Estes autocarros garantem, ainda, o transporte dos alunos das Escolas Básicas de Arruda dos Vinhos, Cardosas, Casal da Gama e Quinta da Serra ao Espaço Internet e Escola Fixa de Trânsito bem como às visitas de estudo que cada escola realiza durante o ano lectivo. Tendo em consideração o solicitado pelos encarregados de educação e a necessidade das crianças que frequentam os estabelecimentos de ensino de um serviço de almoço, de modo a contribuir para o seu sucesso escolar e um crescimento saudável, no ano lectivo 1998/99, o Município iniciou a implementação e consolidação do serviço de alimentação quer ao nível do Pré-Escolar quer ao nível do 1º Ciclo do Ensino Básico em horário normal, tendo sido possível, desta forma, garantir uma refeição condigna a um conjunto significativo de crianças. Actualmente, existem 169 crianças do Pré-Escolar e 41 crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico integradas neste serviço, tendo havido um aumento de 2003/2004 para 2004/2005 no serviço de alimentação do Pré-Escolar.

Quadro 5. Serviço de Alimentação

Estabelecimentos 2003/2004 2004/2005 J.I. Arranhó 25 13

J.I. Santiago dos Velhos 20 19 J.I. Cardosas 17 20 J.I. Camondes 14 5

J.I. Arruda dos Vinhos 37 63 CAIC Alcobela - 8

E.B.1 A-dos-Eiros 4 7 E.B.1 Alcobela 7 6

E.B.1 Quinta da Serra 10 9 E.B.1 Santiago dos Velhos 20 19

Total 154 169 Fonte: CMAV, 2004

O Jardim-de-infância de Arruda dos Vinhos contempla, ainda um outro serviço de apoio à família que é o serviço de prolongamento de horário com a frequência de 25 crianças no ano lectivo 2003/2004, e de 48 neste ano lectivo (2004/2005). O Auxílio Económico é uma modalidade de apoio sócio-educativo para alunos inseridos em agregados familiares carenciados que não tem capacidade para suportar as despesas relativas aos livros e materiais escolares essenciais para o prosseguimento da escolaridade. No ano de 2003 foram apoiados 53 crianças/agregados familiares e no ano 2004 foram apoiados 48 crianças/agregados familiares. Outro fórum a considerar é o Conselho Municipal de Educação de Arruda dos Vinhos, uma instância de coordenação e consulta, a nível municipal, da política educativa e



tem por objectivo promover a coordenação da política educativa, articulando a intervenção, no âmbito do sistema educativo, dos agentes educativos e dos parceiros sociais interessados, analisando e acompanhando o funcionamento do referido sistema e propondo as acções consideradas adequadas à promoção de maiores padrões de eficiência e eficácia do mesmo.

Para a prossecução dos objectivos referidos, compete ao Conselho Municipal de Educação deliberar, em especial, sobre as seguintes matérias: coordenação do sistema educativo e articulação da política educativa com outras políticas sociais, em particular nas áreas da saúde, da acção social e da formação e emprego, acompanhamento do processo de elaboração e de actualização da carta educativa, a qual deve resultar de estreita colaboração entre os órgãos municipais e os serviços do Ministério da Educação, com vista a, assegurando a salvaguarda das necessidades de oferta educativa do município, garantir o adequado ordenamento da rede educativa nacional e municipal, participação na negociação e execução dos contratos de autonomia, apreciação dos projectos educativos a desenvolver no município, adequação das diferentes modalidades de acção social escolar às necessidades locais, em particular no que se refere aos apoios sócio-educativos, à rede de transportes escolares e à alimentação, medidas de desenvolvimento educativo, no âmbito do apoio a crianças e jovens com necessidades educativas especiais, da organização de actividades de enriquecimento curricular, da qualificação escolar e profissional dos jovens e da promoção de ofertas de formação ao longo da vida, do desenvolvimento do desporto escolar, bem como do apoio a iniciativas relevantes de carácter cultural, artístico, desportivo, de preservação do ambiente e de educação para a cidadania, programas e acções de prevenção e segurança dos espaços escolares e seus acessos, intervenções de qualificação e requalificação do parque escolar, analisar o funcionamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar e de ensino, em particular no que respeita às características e adequação das instalações, ao desempenho do pessoal docente e não docente e à assiduidade e sucesso escolar das crianças e alunos, reflectir sobre as causas das situações analisadas e propor as acções adequadas à promoção da eficiência e eficácia do sistema educativo.

De acordo com o registo efectuado pelo Agrupamento de Escolas do 1º Ciclo e Jardins-de-infância do Concelho de Arruda dos Vinhos e pelo Externato João Alberto Faria o insucesso escolar no concelho é pouco significativo, embora existam situações em todos os níveis de ensino e para as quais é aplicada um conjunto de medidas para combater essa situação: acompanhamento pelo serviço de psicologia do município e Externato, encaminhamento para unidades especializadas, realização de exames complementares de diagnóstico, enquadramento dos alunos identificados em Planos Educativos Especiais, em Currículos Adaptados ou em turmas de Currículos Alternativos. No que concerne ao absentismo escolar, entendido como falta sistemática à escola por parte dos alunos, verifica-se como um problema de natureza residual sobre o qual já existem respostas locais, a saber: acções de sensibilização desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar, intervenção da Comissão de Protecção Crianças e Jovens de Arruda dos Vinhos, Famílias e Associações de Pais. Relativamente ao abandono escolar entendido como os alunos com 10 a 15 anos de idade que não concluíram o 3º ciclo e não estão a frequentar a escola verifica-se que os dados oficiais, quer do INE, quer do Ministério da Educação, quer dos



estabelecimentos de ensino do concelho, a percentagem de abandono situa-se abaixo de 1%. Foi considerado pelo grupo que todos os casos de insucesso, absentismo e abandono que surgem deverão continuar a ser resolvidos da forma como têm sido. Sendo o número de casos reduzido não é possível estabelecer um padrão relativamente a variáveis cognitivas, sociais ou familiares. Quanto aos horários de prolongamento no ensino pré-escolar, não se tem verificado a necessidade, por parte dos encarregados de educação, para além do jardim-de-infância de Arruda dos Vinhos, sendo que no início do ano lectivo é feita essa averiguação. Com aplicação da Grelha SWOT e do Modelo de Eisenhower é possível apresentar o seguinte esquema: Fraquezas Nível I

Falta de articulação institucional na promoção de actividades de ocupação de tempos livres para crianças e jovens

Falta de edifícios escolares condignos Nível II

Insucesso escolar Nível IV

Baixo nível de escolaridade da população/analfabetismo Absentismo escolar pontual Falta de horários prolongados no ensino pré-escolar onde há necessidade

Forças

Equipamentos de colectividades e de autarquias (Pavilhão multiusos, piscina municipal, escola fixa de trânsito)

Recursos humanos disponíveis IPSS`S Escolas do 1º ciclo do ensino básico Externato João Alberto Faria Jardins-de-infância Cursos do OLEFA CPCJ de Arruda dos Vinhos Associações de Pais Projectos sócio educativo existente (Caminhar, preparação para a vida activa) Ampliação da Escola o 1º Ciclo de Arruda dos Vinhos Instalações a nível do Pré-escolar e do 2º e 3º ciclo de Arruda dos Vinhos

Ameaças

Influência de grupos externos no enquadramento da população juvenil e família (novos residentes)

Imigração / Língua Aprovação dos cursos ou candidaturas

Oportunidades

Novos residentes (filhos, pessoas com formação, novas experiências) Candidatura ao Ministério da Educação



Centro de reconhecimento de competências Cursos da OLEFA Cursos do Centro de Emprego Candidatura a projectos específicos (currículos alternativos) Candidatura a programas do IPJ

Propostas

Articulação e planificação no desenvolvimento de iniciativas para não existir eventos em simultâneo

Ciclo de teatro Workshop de teatro juvenil Cursos de âmbito cultural: teatro, fotografia, azulejo, rádio



2. Cultura

Entende-se por actividade cultural o conjunto de acções de carácter cultural que se desenvolvem na área do Município, pelas diversas entidades e actores sociais do concelho. No seio do CLASAV surgiu como problema a falta de uma política cultural definida e participada, entendido como a falta de articulação entre tudo o que tem sido organizado pelas diversas entidades. Os equipamentos culturais e as actividades associadas, que existem no Concelho de Arruda dos Vinhos têm resultado, em grande parte, devido ao trabalho da autarquia, através da Divisão Sócio-Cultural. Assim, estão ao dispor da população os seguintes equipamentos e serviços culturais:

Biblioteca Municipal Irene Lisboa: A biblioteca municipal foi inaugurada em 1989, nas águas-furtadas do edifício da Câmara Municipal. Desde essa altura, tem funcionado como um pólo de dinamização cultural da comunidade, permitindo o acesso à informação – nos diferentes suportes documentais – e promovendo um conjunto de actividades culturais de animação. Tendo mudado de instalações duas vezes, a biblioteca será definitivamente instalada no Palácio do Morgado (actualmente em fase de remodelação), onde funcionará como uma BM1, no âmbito da Rede Nacional de Leitura Pública, fruto de um Contrato-Programa com o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas. Durante o ano de 2002 a biblioteca foi frequentada por 15065 utilizadores.

Galeria Municipal: A funcionar desde 1993, no Largo Miguel Bombarda, a

galeria tem acolhido de forma sistemática e continuada um conjunto de exposições, nas diversas vertentes artísticas. Devido à necessidade de expandir esta oferta cultural, será construída uma nova Galeria Municipal, nos anexos do Palácio do Morgado. Durante o ano de 2002, a galeria foi frequentada por 4536 visitantes.

Praça de Toiros: A tradição tauromáquica tem fortes raízes em Arruda. Deste

modo, a Praça de Toiros tem sido palco de diversas actividades, sobretudo por altura das festas do Concelho.

Pavilhão Multiusos: O pavilhão Multiusos, concluído no ano 2004, é um

equipamento que permite acolher um importante acontecimento de afirmação cultural de Arruda dos Vinhos: a Festa da Vinha e do Vinho, que contou em 2002, com cerca de 14000 visitantes e que promove a imagem do Município. Este complexo permitirá, ainda, acolher outros certames e realizações de âmbito cultural, recreativo e desportivo.

Espaço Internet: Com cerca de 700 utilizadores inscritos, a maioria dos quais

na faixa etária dos 10 aos 18 anos, este espaço assumiu fulcral importância não só ao nível do lazer mas também ao nível do apoio às actividades escolares e como impulsionador do contacto dos mais jovens com as novas tecnologias e a Internet. O Espaço Internet tem proporcionado também a realização de diversas acções de formação, nomeadamente para o Ensino Básico, na área das novas tecnologias. Está também habilitado para certificar os utilizadores em Tecnologias de Informação no âmbito do Programa POSI.



Todo o serviço é prestado por dois monitores que de segunda a domingo, entre as 13.00h e as 21.00h, asseguram o funcionamento e prestam todo o apoio aos cibernautas que escolhem este espaço para se ligarem ao mundo.

Colectividades e Associações do Concelho: O concelho tem uma forte

tradição no associativismo, existindo mais de 20 Colectividades e Associações que promovem e dinamizam as mais variadas actividades culturais e recreativas, no âmbito do teatro, música, desporto, promoção da leitura, entre outras áreas. Em algumas destas colectividades também existem as Bibliotecas de Pequena Comunidade, que promovem algumas acções destinadas ao público em geral e às crianças das escolas. As Colectividades disponibilizam os seus espaços físicos, quando necessário, para a implementação de actividades promovidas pela autarquia, pelas Escolas e/ou outras Associações. As que não têm tido condições para implementar maior número de actividades nas suas instalações também têm grande importância, pois a sua existência junto das comunidades locais ajuda a promover o aspecto sócio-cultural cumprindo, assim, um dos objectivos da sua existência. No quadro do Anexo 3, poderão consultar as actividades desenvolvidas em cada uma das colectividades/associações.

Com manifestações tradicionais, o Rancho Folclórico Podas e Vindimas tem representado o nosso Concelho, no país e no estrangeiro, dando a conhecer as tradições etnográficas e culturais de Arruda dos Vinhos. Sempre que solicitado pela autarquia também colabora nas diversas actividades promovidas. É de salientar a sua participação activa nas Festas de Agosto e Festa da Vinha e do Vinho. Ao nível cultural existem actividades pontuais, das quais se destacam: exposições de pintura/escultura ou artes decorativa com periodicidade mensal; edição anual dos Jogos Florais Irene Lisboa (pintura, fotografia, poesia e prosa); feira do livro; feira de artesanato (incluída na Festa da Vinha e do Vinho), Pint’Arruda e Concertos, entre outros. Encontra-se em preparação a abertura de três museus municipais: Museu da Vinha e do Vinho, Museu Irene Lisboa e Museu Municipal, encontrando-se integrados na Rota de Museus do Oeste. Em termos de lazer, o concelho de Arruda dos Vinhos tem uma oferta ao nível da restauração de alta qualidade, existindo o Mês da Gastronomia, bem como de Turismo de Habitação. São promovidos diversos passeios pedestres e de BTT, assim como de Todo-o-Terreno. Anualmente, promovem-se as Festas de Agosto (em honra de Nossa Sr.ª da Salvação) e a Festa da Vinha e do Vinho. Por todo o concelho, são inúmeras as festas que decorrem nos meses de Verão. O desporto é promovido pelas diferentes associações e colectividades, existindo inúmeras modalidades e escalões de competição, que também podem ser consultadas no quadro do Anexo 4. A cargo do Município, são desenvolvidas as Férias Desportivas por ocasião do Natal e Páscoa, os Festivais de Natação e Corrida de S. Silvestre, Corrida Prof. José Lourenço e participação no Projecto de Desporto nas Escolas do 1º Ciclo. Arruda dos Vinhos integra alguns projectos regionais, nomeadamente: Rota dos Moinhos do Oeste, Rota de Museus do Oeste e Rota do Vinho do Oeste. Em termos europeus pertence à Pan-European Cultural Corridor: ancient trade routes e encontra-se geminado com o Ayuntamento de Moixent – Valência.



Apesar de não apresentar um património arquitectónico muito vasto, o concelho de Arruda dos Vinhos possui alguns imóveis classificados e outros com valor suficiente para que o venham a ser num futuro relativamente próximo. De acordo com o IPPAR, existem dois imóveis classificados e protegidos pela legislação nacional, designadamente a Igreja Matriz de Arruda dos Vinhos e o Chafariz Pombalino de Arruda dos Vinhos. Ambos possuem o estatuto de Imóvel de Interesse Público.

Quadro 6. Monumentos classificados e protegidos do Concelho

Fonte: Instituto Português de Património Arquitectónico (IPPAR), 2004 A Igreja Matriz de Arruda dos Vinhos, reedificada em 1531, constitui uma fundação quinhentista (joanina). Do período manuelino resta o pórtico, com elementos decorativos da Renascença, a torre e os coruchéus, que sobrepujam os cunhais da fachada. Todos os restantes elementos exteriores têm origem na renovação efectuada no século XVIII. O interior da igreja, igualmente belo, apresenta sobreposições dos séculos XVI, XVII e XVIII. O Chafariz Pombalino, construído em 1789, tinha como função abastecer de água a população da Vila de Arruda. Apresenta um espaldar monumental, com as armas de Portugal e o escudo de D. José incrustados em relevo, tendo a coroa sido desbastada pela população aquando da Implantação da República, em 1910. Arruda dos Vinhos é um concelho rico em património. Deste modo, e numa perspectiva do Município, no seu Plano Operativo para o Concelho, podem ser considerados bens de identificação e valorização cultural do Município, os seguintes elementos:

Hospital da Misericórdia e Igreja, situado na confluência das EN 115-4 e EN 248;

Edifício dos antigos Paços do Concelho (actual Posto da GNR), situado na Rua do Adro;

Palácio da Quinta do Morgado e Capela; Capela do Casal de S. Lázaro; Monumento aos Mortos da Grande Guerra, em frente ao Hospital da

Misericórdia; Quinta da Murzinheira (onde nasceu Irene Lisboa), em A-dos-Arcos, Arranhó; Fortes das Linhas de Torres (Forte do Cego e da Carvalha); Diversos Moinhos (integrando-os na Rota dos Moinhos do Oeste); Algumas Casas Senhoriais e Adegas no núcleo histórico da Vila de Arruda

dos Vinhos; Arcos do antigo Aqueduto;

Designação Categoria Localização Grau Protecção Diploma Legal

Igreja Matriz de Arruda Vinhos

Igreja/Arquitectura Religiosa

Largo do Adro Arruda dos Vinhos

Imóvel de Interesse Público

Decreto 33587, DG 63, de 27 de Março

de 1944

Chafariz Pombalino de Arruda Vinhos

Chafariz/ Arquitectura Civil

Largo Miguel Bombarda

Arruda dos Vinhos

Imóvel de Interesse Público

(Homologado)

Despacho do Ministro da Cultura de 25 de

Julho de 1997



Património edificado de natureza religiosa das freguesias (Igreja de S. Lourenço de Arranhó, Igreja de Santiago O Maior de Santiago dos Velhos e Igreja de S. Miguel Arcanjo de Cardosas);

Monumentos ao Trabalhador Rural, ao Bombeiro e às Vindimas. No que concerne ao património arqueológico, o Instituto Português de Arqueologia estudou e inventariou um conjunto de sítios arqueológicos, ainda que estes não possuam qualquer estatuto de protecção. A diversidade dos vestígios, que vão do período Neo-Calcolítico até ao período Medieval Cristão, é reveladora da grande riqueza arqueológica que caracteriza Arruda dos Vinhos.

Quadro 7. Sítios Arqueológicos existentes no Concelho

Sítio Tipo Período Freguesia Topónimo Vinha da

Qta do Paraíso Vestígios Diversos

Medieval Cristão Arruda dos Vinhos Quinta do Paraíso Casalinho

Vinha da Qta da Crispina

Vestígios Diversos

Medieval Cristão Arruda dos Vinhos Quinta da Crispina Casal das Antas

Castelo Povoado Fortificado

Romano/Idade do Ferro Arranhó Fonte do Paço

Forte do Passo Povoado Calcolítico Arranhó Castelo

Relva Vestígios Diversos

Indeterminado Arruda dos Vinhos Relva

Antas Forno Romano Arruda dos Vinhos Antas

Anta da Arruda Anta Neo-Calcolítico Arruda dos Vinhos Casal das Antas de Baixo

Fonte: Instituto Português de Arqueologia, 2004 Com aplicação da Grelha SWOT e do Modelo de Eisenhower é possível apresentar o seguinte esquema:

Fraquezas Nível III

Falta de uma política cultural definida e participada Forças

Associações e Colectividades (com destaque para o Rancho Folclórico) Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos – Divisão Sócio-Cultural Juntas de Freguesia (Arruda dos Vinhos, Arranhó, Cardosas, Santiago dos

Velhos) Escolas do 1º Ciclo e Jardins-de-infância Externato João Alberto Faria Comissões de Festas

Ameaças

Falta de Financiamento dos projectos Não aprovação das candidaturas

Oportunidades

Rota do Vinho do Oeste Rota dos Museus do Oeste



Geminação com Moixent Programa Operacional da Cultura LeaderOeste Rota dos Moinhos

Propostas

Definição de uma Carta Cultural Articulação e planificação no desenvolvimento de iniciativas para não

existir eventos em simultâneo Ciclo de cinema Ciclo de teatro Workshop de teatro juvenil Cursos de âmbito cultural: teatro, fotografia, azulejo, rádio Criação de roteiros de visita pela vila de Arruda dos Vinhos e pelo

concelho



3. Meios de Comunicação

Um outro problema identificado foi o facto de não existir um jornal informativo. O concelho de Arruda dos Vinhos chegou a ter uma publicação local de periodicidade mensal, designado “O Clarim”, que surgiu nos anos 50 fundado pelo Padre Arnaldo Babo que liderou a paróquia durante muitos anos. Apesar de ter tido uma interrupção de edição, este jornal voltou a ser editado nos anos 90, mas desta vez por pouco tempo, tendo acabado entretanto. As notícias do concelho saem, normalmente, em jornais regionais da região Oeste ou do Ribatejo. O Município edita, com periodicidade quadrimestral, um boletim municipal com toda a actividade desenvolvida no período referente, assim como tem uma página na Internet com informação actualizada. Existem também o boletim do Externato João Alberto Faria e o Jornal da Santa Casa da Misericórdia que divulgam as suas actividades. Porém, estas publicações têm edições limitadas e as informações que divulgam restringem-se apenas à actividade da respectiva instituição. Com um cariz mais abrangente existe a Rádio Vida que apresenta e divulga o que se faz no Município, no entanto a entidade que é detentora de tal meio de comunicação não é do concelho. Na sequência do problema diagnosticado, foi identificada a seguinte fraqueza.

Fraquezas Nível I

Inexistência de um jornal informativo Forças

Rádio local Boletim municipal Boletim do Externato João Alberto Faria Jornalinho da valência de Lar e Centro de Dia da Santa Casa da

Misericórdia de Arruda dos Vinhos Página da Internet do Município de Arruda dos Vinhos

Oportunidades

Jornal Vida Ribatejana Propostas

Criação de um Boletim da Rede Social – CLASAV Página da Internet de âmbito social – boletim digital Criação de um jornal local (retomar o CLARIM)



4. Saúde

Um outro pilar fundamental, enquanto direito constitucional, é o de direito à protecção da saúde7, assim como o dever de a defender e promover. A unidade E, enquanto unidade geo-administrativa de saúde, abrange os Concelhos de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja e Vila Franca de Xira, numa área geográfica total de 935,6 Km2, com um total de população residente de 193.276 habitantes, segundo os Censos 2001, e 189.220 utentes inscritos em Centro de Saúde. O Concelho de Arruda dos Vinhos com uma população de 10.350 habitantes (censo 2001) tinha no final de 2003 - 10.193 utentes inscritos no Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos, distribuídos pela Sede em Arruda dos Vinhos e Extensão de Arranhó, tendo respectivamente: sede 8086; extensão 2107. O hospital de referência o Hospital Reynaldo dos Santos em Vila Franca de Xira, com o qual os Centros de Saúde da Unidade E têm protocolos estabelecidos. Pelo facto do referido hospital, não dar resposta em todas as especialidades, existem protocolos de articulação entre o Centro de Saúde e outros hospitais de Lisboa. O Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos cobre uma área de 77 Km2, através de três espaços físicos essenciais, a designar: Sede do Centro de Saúde, com o Atendimento Complementar e Extensão de Arranhó.

Gráfico 11. Utentes inscritos no Centro de Saúde

0100020003000400050006000700080009000

Sede Extensão

Fonte: Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos, 2003

Um dos problemas identificados é a falta de um centro de recursos/materiais técnicos de apoio a deficientes e outros carenciados, ou seja um espaço que disponha de equipamentos de apoio (cadeira de rodas, cama articulada, colchões anti-escaras, canadianas, arrastadeiras, etc.) que venham a melhorar o nível de qualidade de vida quer directamente dos doentes ou idosos, quer indirectamente das respectivas famílias. Até ao momento o Centro de Saúde não tem um Centro de Recursos por falta de espaço físico para armazenamento do mesmo. Por outro lado, e de acordo com a necessidade sentida pela Directora do Centro de Saúde este equipamento deveria dar resposta imediata a pelo menos dez situações que fossem sinalizadas. 7 Anexo 6 – Caracterização institucional dos equipamentos de saúde do concelho.



Verifica-se a procura crescente deste tipo de recursos sobretudo do grupo-alvo que está integrado no Projecto de Cuidados Continuados de Saúde, sendo de salientar o número significativo de utentes considerados como grandes dependentes e dependentes, a serem acompanhados através de visitas domiciliárias pela equipa referida. No ano de 2003, foi identificado um total de 97 utentes com necessidade de apoios técnicos, nomeadamente:

- 18 Utentes com necessidade de canadianas; - 64 Utentes com necessidade de cama articulada; - 15 Utentes com necessidade de cadeira de rodas.

Os Cuidados Continuados de Saúde do C.S. de Arruda dos Vinhos prestam cuidados a pessoas em situação de dependência física, mental ou social, temporária ou permanente. Assim, existe uma equipa de profissionais do Centro de Saúde, que em colaboração com outras instituições respondem às necessidades de cuidados de saúde e apoio social das referidas pessoas. Quem beneficia deste serviço de cuidados continuados de saúde são todos os utentes residentes no concelho de Arruda dos Vinhos com idade igual ou superior a 65 anos em situação de dependência, ou outras situações de dependência permanente ou temporária, doença oncológica ou situação terminal. No âmbito deste serviço foram realizadas, no ano de 2003, 4479 visitas de prestação de cuidados de saúde no domicílio: - 844 injecções - 4332 pensos - 344 outros Estas visitas distribuem-se por 84 horas semanais de enfermagem e 4 horas semanais médicas. Este serviço é assegurado durante os 7 dias da semana através da equipa de Cuidados Continuados. Anualmente, tem-se verificado um número crescente de situações referenciadas e com necessidade de acompanhamento pelos Cuidados Continuados.

Ano 2001 – 180 utentes Ano 2002 – 209 utentes Ano 2003 – 237 utentes

No ano 2003 faleceram por doença prolongada 40 destes utentes integrados em Cuidados Continuados. No âmbito de um trabalho em parceria (Centro de Saúde e Santa Casa da Misericórdia) e através das equipas de ambas as instituições foram identificados problemas, designadamente: situações de grande dependência, carência de recursos económicos, instalações não adequadas à situação do utente/doente, isolamento, disfunções familiares/depressão, doença mental, patologias múltiplas com complicações frequentes, polimedicação e imobilidade.



É também sentida a necessidade de incluir na equipa de C.C. de Saúde um fisioterapeuta que se desloque à residência dos utentes acamados que precisam de um fisiatra para uma melhor qualidade de vida diária. Presentemente os tratamentos de fisioterapia são assegurados com a deslocação do utente/doente, em ambulância, ao serviço de fisioterapia existente no Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos, com alguns constrangimentos quer para o doente, quer para a família, quer ainda, para os Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos. Por outro lado, este recurso poderá ser rentabilizado no conjunto de situações sinalizadas no âmbito do projecto de Intervenção Precoce, nomeadamente junto de crianças com dificuldades motoras ou que necessitam de estimulação específica. A falta de uma equipa de Intervenção Precoce constitui um outro problema identificado, enquanto estrutura cuja intervenção se centra em crianças dos 0 aos 6 anos de idade com história de factores de risco biológico, psicológico ou sócio-familiar que possam interferir negativamente sobre o desenvolvimento da criança. Sendo esta uma preocupação do Centro de Saúde, que tem em vista a sua implementação. Esta equipa terá como objectivos fundamentais criar condições facilitadoras do desenvolvimento global da criança, optimizar as condições de intervenção da criança/família e envolver a comunidade num processo de intervenção. De acordo com o levantamento efectuado pelo Centro de Saúde de casos de risco, com perfil para integrar um Plano Integrado de Intervenção Individual ou Plano Integrado de Apoio à Família, existem 5 crianças com deficiência, 7 crianças com atraso de desenvolvimento e 10 crianças com risco social, o que perfaz 22 crianças todas com menos de 6 anos de idade. Recorrendo a dados referentes ao ano de 2003, o número de situações em Cuidados Continuados que necessitavam/beneficiavam de apoio técnico de um fisioterapeuta ao domicílio era de 51 utentes idosos e 5 crianças com menos de 3 anos de idade, a integrar o projecto de Intervenção Precoce. Tendo em linha de conta as necessidades identificadas, a função que iria exercer seria: mobilização, apoio/formação de elementos do agregado familiar e exercícios de fisioterapia, com o objectivo de melhorar o nível de qualidade de vida e proporcionar um estímulo para a família. O Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos é um equipamento estratégico em cuidados de saúde, quer pelos serviços (medicina física e de reabilitação, clínica geral, cardiologia, psicologia clínica, etc.), mas sobretudo pela Unidade de Cuidados Continuados. É de salientar que esta Unidade se destina a receber utentes referenciados pelas equipas de Cuidados Articulados dos Centros de Saúde da Unidade E. Os utentes são propostos para admissão pelo Coordenador da Equipa de Cuidados Continuados do Centro de Saúde respeitando critérios protocolados:

O utente referenciado de um Hospital à Equipa do Centro de Saúde e

tem no momento uma situação clínica que preenche os requisitos para o internamento na Unidade de Cuidados Continuados;



O utente encontra-se em domicílio, é seguido pela Equipa de Cuidados Continuados de Saúde, e por esta proposto para internamento por situação clínica, ou por situação da família que preenche os requisitos do protocolo.

A permanência do utente na Unidade de Cuidados Continuados é de carácter temporário e de transição. Esta permanência não implica custos acrescidos directos para o doente pois funciona como “situação de domicílio temporário”. A Unidade de Cuidados Continuados de Arruda dos Vinhos garante enfermagem, fisioterapia a tempo inteiro, médico em tempo parcial, psicólogo, técnico de serviço social e voluntários. Ao efectuarmos uma análise no âmbito da distribuição dos utentes internados durante o ano 2003, verificamos que de 191 doentes 41,9% eram do sexo masculino e 58,1% do sexo feminino, com uma média de idades de 71 anos.

Quadro 8. Proveniência de utentes internados na

Unidade de Cuidados Continuados

Unidade de Saúde Nº % Hospital Reynaldo dos Santos 12 6,3 Hospital Santa Maria 7 3,7 Hospital Pulido Valente 4 2,1 Hospital SAC/Desterro 1 0,5 Centro Saúde Arruda Vinhos 24 12,6 Centro Saúde Alenquer 14 7,3 Centro Saúde Azambuja 10 5,2 Centro Saúde Póvoa Sta Iria 8 4,2 Centro Saúde Alhandra 3 1,6 Centro Saúde Vila Franca Xira 1 0,5 Centro Saúde Sacavém 1 0,5 Centro Saúde Loures 1 0,5 Domicílio 105 55,0 Total 191 100,0


Se tivermos por base a distribuição dos diagnósticos dos doentes admitidos, num total de 191 doentes, verificamos que 59% foi por acidente vascular cerebral (AVC), 17% foi por fractura, 15% foi por descanso familiar8 e 9% por outros motivos. Dos 191 utentes acompanhados por esta Unidade em 2003, faleceram 9. Tendo em consideração o número de situações seguidas em Cuidados Continuados de Saúde justificando cuidados paliativos, foi considerada pela equipe de saúde a importância da criação de uma Unidade de Cuidados Paliativos anexa à Unidade de Cuidados Continuados de Saúde.

8 Descanso Familiar: quando uma família esgota a possibilidade de acompanhamento do doente no domicílio, não existe outra resposta em termos de apoio social e apresenta indicadores de desequilíbrio emocional, afectivo e de prestação de cuidados.



Em termos de faixas etárias, verifica-se que a maioria dos utentes do Centro de Saúde se situa em idade activa, sendo que a população idosa (com mais de 65 anos) assume um valor significativo, o que acarreta cuidados de saúde específicos inerentes à terceira idade (dependência, isolamento, etc.), confirmando os problemas atrás referidos.

Gráfico 12. Utentes inscritos no Centro de Saúde segundo a idade

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

< 1 ano

5 - 9 anos

15 - 19 anos

25 - 29 anos

35 - 39 anos

45 - 49 anos

55 - 59 anos

65 - 69 anos

>= 75 anos


Este facto é ainda realçado ao analisarmos a actividade profissional: 58% dos inscritos são activos, seguindo-se os reformados com cerca de 18%, e não activos com quase 17%. O que se pode verificar é que o número de inscritos na infância/juventude estão em minoria, face ao total.

Quadro 9. Utentes inscritos segundo a actividade profissional Actividade

Profissional

% Activo 58,14 Reformado 18,33 Estudante 3,99 Não Aplicável 0,01 Desconhecido 2,58 Não Activo 16,95 Fonte: Centro de Saúde A.V., 2003



Relativamente ao local de residência, verifica-se que as freguesias mantêm a mesma tendência:

Gráfico 13. Utentes inscritos no Centro de Saúde por local de residência

65%

20%

8%5% 2%

Arruda dos Vinhos Arranhó Santiago dos Velhos Cardosas Outras Freguesias


É de salientar 2,06% dos utentes inscritos que residem fora do concelho de Arruda dos Vinhos. Foi evidenciado como um problema a falta de meios que garantam consultas médicas periódicas em Cardosas e S. Tiago dos Velhos, uma vez que a sede do Centro de Saúde está situada em Arruda dos Vinhos e existe uma extensão em Arranhó que garantem os serviços médicos nessas localidades. É sentida pelo Centro de Saúde a necessidade de deslocação quinzenal de uma equipa de saúde às freguesias de Cardosas e Santiago dos Velhos para o atendimento de utentes que manifestam dificuldades físicas e psíquicas na deslocação viária ao C.S. no seu horário de funcionamento, ou com situações clínicas que impliquem vigilância cuidada e programada como a Diabetes, Hipertensão, etc. Daí fazer parte do Plano de Acção do Centro de Saúde de 2001/2004 a criação de uma equipa móvel a estas freguesias. Até ao momento não foi possível a sua implementação por falta de recursos humanos médicos no Centro de Saúde. Um outro problema considerado é o mau funcionamento do sistema de marcação de consultas do dia e programadas, muito embora a opinião da Directora do Centro de Saúde, em entrevista, contradiga esta situação uma vez que considera não haver problemas de marcação de consultas, estando o Centro de Saúde apto a dar respostas às necessidades. Existe a possibilidade de marcar consulta por telefone e ao balcão, assim como todos os médicos marcam consultas programadas. Relativamente a queixas no livro amarelo e no Gabinete do Utente houve apenas o registo de 3 no livro amarelo em 2003. Ao nível dos Recursos Humanos este Centro de Saúde tem 39 funcionários, sendo de salientar: 5 Médicos de carreira de clínica geral, de um quadro de 8, 1 médico (CAP), 1 Psicólogo (CTC), 1 Médica de Saúde Pública, 1 Técnica de Saúde Ambiental, 7 Auxiliares, 5 Administrativos de um quadro de 11, 1 administrativo (CTC), 1 Motorista, 1 telefonista. O Centro de Saúde desenvolve um conjunto de Programas/Projectos locais:

Prevenção e controlo da Diabetes;



Prevenção e diagnóstico da doença oncologica; Cuidados Continuados Saúde e Apoio Social; Luta contra a SIDA; Luta contra a Tuberculose; Saúde Escolar; Saúde Oral; Educação para a Saúde (prevenção do Alcoolismo e do Tabagismo); Consulta de menopausa; Consulta e atendimento a adolescentes

No âmbito da Saúde Pública, o Centro de Saúde intervém em todos os trabalhos inerentes a este serviço, nomeadamente segurança e higiene no trabalho, saúde ambiental, entre outros. O Centro de Saúde intervém e faz parte, de grupos de trabalho em parceria com o CLASAV, RMG/RSI, CPCJ, Protecção Civil. Essas parcerias são estabelecidas com diversas instituições (Municípios, Juntas de Freguesia, Instituto de Segurança Social, Bombeiros Voluntários, Misericórdia e Escolas, e outras), constituindo uma ampla rede de apoio humano, técnico e social. Apesar da descrição desta realidade ao nível dos recursos de saúde, o CLASAV considerou como preocupação o sistema de marcação de consultas, sendo possível melhorar a prestação do Centro de Saúde a este nível estudando um modelo de gestão diferente. Para o desenvolvimento deste novo modelo a constitui-se como prioridade a construção de um novo Centro de Saúde, conforme protocolo já estabelecido entre o Município e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. Assume-se como fundamental, quer pela melhoria das condições físicas e de acessibilidade para os utentes e funcionários, quer pela possibilidade de rentabilização dos recursos humanos existentes (administrativos, enfermeiros, médicos, etc.), rentabilização de recursos e diminuição de custos. Na estrutura actual, a carência em termos de especialidades são: Oftalmologia, Otorrino e Psiquiatria/Saúde Mental. A inexistência de respostas locais públicas ao nível da saúde mental é um dos problemas identificados. Ao longo de cada ano são sinalizadas, aproximadamente, dez situações para pedopsiquiatria e quinze a vinte situações para consultas de psiquiatria de adultos. A necessidade de consulta de saúde mental assume grande importância sobretudo para famílias que estão em disfunção, para as famílias de risco, e para um conjunto significativo de idosos que estão isolados, sozinhos ou com relações conflituosas com os familiares, e ainda para apoio a jovens com comportamentos de risco. É possível observar um crescente de situações envolvendo jovens com comportamentos de risco relacionados com um elevado consumo de álcool, início do consumo de drogas (leves) e com uma vida sexual precoce. A prossecução de novos objectivos/ganhos em saúde e a consequente abertura de novas áreas de intervenção na comunidade e o garantir da acessibilidade ao Centro de Saúde, designadamente com a atribuição de Médico de Família a todos os utentes devem constituir os pilares fundamentais para esta área temática.9

9 Em Janeiro de 2004 havia inscritos no Centro de Saúde 535 utentes com inscrição esporádica, isto é pessoas que foram atendidas no C.S. que residem no concelho, mas que ainda não procederam à



Com aplicação da Grelha SWOT e do Modelo de Eisenhower é possível apresentar o seguinte esquema:

Fraquezas Nível I

Falta de um centro de recursos/materiais técnicos de apoio a deficientes e outros necessitados

Existência de comportamentos de risco por parte da população juvenil Mau funcionamento do sistema de marcação de consultas do dia e

programadas Falta de uma equipa de intervenção precoce

Nível II Inexistência de respostas locais públicas ao nível da saúde mental

(psiquiatria e pedopsiquiatria) Falta de meios (recursos humanos) para garantir consultas médicas

periódicas em Cardosas e S. Tiago dos Velhos Falta de um fisioterapeuta que se desloque à residência dos utentes

acamados no âmbito de um recurso público Inexistência de uma unidade de cuidados paliativos

Nível IV Inexistência de uma equipa de apoio social de transição entre a unidade

de cuidados continuados e a residência do utente Elevada taxa de alcoolismo

Forças

Município de Arruda dos Vinhos Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos Material Técnico disponível Espaço disponível Instituto de Solidariedade e Segurança Social Centro Social da Freguesia de Arranhó Unidade de Cuidados Continuados Projectos Cuidados Continuados Escolas do 1º Ciclo Externato João Alberto Faria Unidade de Inserção na Vida Activa Centro de Emprego de Vila Franca de Xira Guarda Nacional Republicana CPCJ de Arruda dos Vinhos Associações e Colectividades Associações de Pais e Encarregados de Educação Construção do novo Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos Comissão Concelhia de Saúde Espaço disponível nas Juntas de Freguesia Serviço de psicologia privado

inscrição no Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos. Por outro lado, tem-se verificado um crescimento progressivo do número de utentes inscritos no C.S.



Ameaças Falta de Financiamento dos projectos Distanciamento do CAT Torres Vedras Incumprimento generalizado da lei da venda de álcool a menores Falta de financiamento dos programas Falta de fiscalização de estabelecimento Mudanças na Administração Regional de Saúde Falta de apoio financeiro para intervir no âmbito da saúde mental Desarticulação no processo de articulação

Oportunidades

Acordo com ARSLVT/Ministério da Saúde Candidatura ao Programa de Apoio da União das Misericórdias Programas de Financiamento da Segurança Social Programa de Apoio a Idosos Candidatura ao Programa de Estágio Profissional Estabelecimento de protocolos de colaboração com estabelecimentos de

ensino CAT Torres Vedras Programas do Instituto da Droga e Toxicodependência Programas do Instituto Português da Juventude Candidatura ao Plano de Estágios Profissional Protocolo com estabelecimentos de ensino Articulação com a Diferenças Articulação com o CADIN Centro Regional de Alcoologia de Lisboa Alcoólicos Anónimos Clínica da Encarnação Clínica da Juventude

Propostas

Criação da Unidade de Cuidados Paliativos Maior divulgação da ligação/existência do CAT Torres Vedras Elaboração do Plano Municipal de Prevenção da Toxicodependência Sensibilização para o CAT Torres Vedras Discussão do Sistema de Marcação de Consultas por um grupo

representativo de utentes Jornada de Desenvolvimento nesta área temática Contratação de um técnico especializado em fisioterapia Criar um sistema integrado de consulta descentralizada nas freguesias

(excepto as freguesias de Arruda dos Vinhos e Arranhó) Criação de um gabinete de apoio Campanhas de sensibilização de Prevenção Primária Divulgação do Centro Regional de Alcoologia de Lisboa Criação de um Centro de Recursos Integrado



5. Respostas Sociais

É entendido pelo CLASAV que esta área temática constitui-se como um conjunto de iniciativas integradas num conceito de acção social10 clássico, isto é medidas que visam grupos-alvos mais vulneráveis como são o caso da infância, terceira idade e desfavorecidos. Um dos problemas identificados nesta área temática consistiu no aumento do número de sinalizações à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arruda dos Vinhos11. Desde 2001 foram sinalizadas à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens 105 situações. A partir da sinalização é feita uma avaliação por parte da CPCJ, desta avaliação o processo pode ter um arquivamento liminar por remissão ao tribunal, por ausência de situação de perigo ou por devolução para entidade com competência em matéria de infância e juventude. O processo em questão pode, ainda, ser remetido a CPCJ competente da área de residência do menor. Caso a situação de risco se confirme, a Comissão efectua uma avaliação diagnostica, obtém a assinatura das respectivas declarações de consentimento e de não oposição (crianças com idade igual ou superior a 12 anos) e aplica a respectiva medida de promoção e protecção, a qual se traduz num acordo entre as diferentes partes e efectua o respectivo acompanhamento. Após constituição de processo, este pode ser arquivado pelos seguintes motivos: cessação da medida de promoção e protecção aplicada, remissão a CPCJ competente e remissão ao tribunal por retirada de consentimento para a intervenção, oposição de intervenção da CPCJ pela criança/jovem, indisponibilidade de meios para aplicar ou executar a medida, ausência de decisão da CPCJ após 6 meses de conhecimento da situação, não cumprimento reiterado do acordo de promoção e protecção, oposição do Ministério Público à decisão da CPCJ, ausência do acordo de promoção e protecção e apensação a processo judicial. Apesar de um eventual arquivamento, qualquer processo poderá ser reaberto desde que, para tal, se obtenha informação superveniente/pertinente. No ano de 2001 foram constituídos 36 processos. Este número engloba os processos transitados do ano anterior e que foram alvo de reorganização à luz da nova legislação (Lei nº 147/99 de 1 de Setembro). No ano de 2002 foram instaurados 17 processos, no ano de 2003 foram constituídos 16 processos e em 2004 instaurados 36 processos. Verificamos que neste último ano houve um crescimento substancial de processos/sinalizações, tendo transitado para 2005 um total de 25 processos em acompanhamento/intervenção. 10 Anexo 6 – Caracterização institucional dos equipamentos de apoio social do concelho. 11 Instituição oficial que visa proteger e promover os direitos das crianças e dos jovens e prevenir ou pôr termo a situações susceptíveis de afectar o seu desenvolvimento (Lei nº 147/99 de 1 de Setembro). A CPCJ está vocacionada para intervir no sentido de proteger e promover os direitos da criança e do jovem, dando resposta a pedidos de intervenção de entidades, instituições ou de pessoas singulares quando estejam em causa a segurança, bem-estar, educação, saúde e formação da criança ou do jovem. A Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arruda dos Vinhos foi constituída ao abrigo da portaria de instalação nº 971/2001 de 14/08/01.



Neste último ano, houve de facto um crescimento do número de sinalizações de crianças e jovens em risco, o que é indicativo de uma realidade social emergente cujas causas prováveis estão relacionadas com o aumento demográfico da população no concelho, com a vinda de famílias disfuncionais à procura de emprego e de melhores condições de vida, com baixo custo do mercado habitacional comparativamente a outras zonas limítrofes da capital do país e a uma desorganização em termos domésticos e vida familiar. Relativamente ao ano 2004 e tendo como referência os processos instaurados, 19 foram arquivados liminarmente, sendo de salientar que 9 foram remetidos a tribunal por ausência de consentimento por parte dos progenitores ou representante legal, apesar da existência de situação de risco. Foram arquivados 3 processos pelo facto de não se comprovar situação de risco. É ainda de salientar a remissão para tribunal de 4 processos por incumprimento do acordo de promoção e protecção.

Gráfico 14. Processos da CPCJ

0 5 10 15 20 25 30 35 40

2001

2002

2003

2004

Fonte: CPCJ Arruda dos Vinhos, 2004Instaurados Reabertos Arq. Liminar Arquivados

Tendo em conta a entidade sinalizadora de 2001 a 2004, verifica-se que o estabelecimento de ensino foi a entidade que mais encaminhou à CPCJ situações consideradas de risco ao bem-estar da criança ou jovem. De seguida surgem vizinhos e particulares, outras entidades e o tribunal.



Gráfico 15. Entidades sinalizadoras

0

10

20

30

40

50

60

Pais

Familia

r

CPCJ

Aut. P

ol.

Est. E

ns.

Inst. A

poio

Tribun

al

Particu

lar

Seg. S

ocial

Saúde

Autarqu

ia

Outros

Fonte: CPCJ Arruda dos Vinhos, 2004

No entanto no ano de 2004, mantém-se o estabelecimento de ensino como a entidade que mais casos sinalizou, surgindo de seguida vizinhos, particulares e pais, possivelmente fruto de uma maior sensibilidade para este tipo de situações. Relativamente à caracterização das crianças e jovens sinalizadas, verifica-se um maior número de situações ocorridas nas faixas etárias dos 6 aos 15 anos, possivelmente poderemos justificar esta situação cruzando-a com a informação do gráfico anterior em que os estabelecimentos de ensino detectam e sinalizam mais situações. Também neste caso o ano de 2004 marcou uma viragem, tendo sido sinalizadas 8 situações na faixa etária dos 0 aos 2 anos de idade, 5 situações dos 3 aos 5 anos e 4 situações dos 16 aos 18 anos, mantendo-se, no entanto, a incidência dos 6 aos 15 anos de idade.

Gráfico 16. Crianças sinalizadas por idade e género

0

2

4

6

8

10

12

14

16

0 a 2 3 a 5 6 a 9 10 a 12 13 a 15 16 a 18

Fonte: CPCJ Arruda dos Vinhos, 2004 M F

Ao analisar a naturalidade dos menores sinalizados desde 2001, verificou-se que 64% é natural de outro concelho do país, 6% são estrangeiros e 30% são naturais do concelho, o que confirma a vinda para o concelho de um número significativo de famílias com problemas funcionais que se repercutem no desenvolvimento da criança ou jovem.



Gráfico 17. Naturalidade das crianças e jovens em risco

30%

64%

6%

Mesmo concelho CPCJ Outro concelho do país Outros


O motivo que levou à sinalização consiste, de uma forma significativa, na negligência, seguindo-se o abandono escolar e os maus tratos psicológicos e abuso emocional.

Gráfico 18. Motivos de sinalização (%)

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0

Abandono

Negligencia

Abandono Escolar

Maus Tratos Psicológico/Ab. Emocional

Expos. A Modelos de Comp. Desviante

Problemas de Saúde

Abuso Sexual

Exercício Abusivo de Autoridade

Maus Tratos Físicos


As principais medidas aplicadas são, sobretudo, o apoio junto dos pais e da criança/jovem, privilegiando-se, dessa forma, a manutenção da criança no seio da sua família natural/origem.



Gráfico 19. Medidas aplicadas

41%

11%

38%

2% 8%

Apoio Junto dos Pais Apoio Junto de Outro Familiar Apoio à Criança/Jovem

Confiança a Pessoa Idónea Acolhimento Institucional


Com a complexificação da realidade social do concelho e consequente aumento no número de pedidos de apoio e projectos de intervenção social, a escassez de recursos, sobretudo materiais e humanos, por parte dos serviços da Segurança Social é notória. Salienta-se o facto da assistente social do serviço Local de Vila Franca de Xira se deslocar a Arruda dos Vinhos de 15 em 15 dias para atendimento e acompanhamento de situações de acção social e de Rendimento Mínimo Garantido/Rendimento Social de Inserção, por orientação da Coordenação de Acção Social do Serviço Local de Vila Franca de Xira. O atendimento é efectuado no Serviço Local de Arruda dos Vinhos, dispondo de um gabinete para atendimento em condições razoáveis, sendo que o técnico e o utente dispõem da privacidade necessária para o efeito. A técnica tem a colaboração mínima de 2 funcionárias administrativas afectas à área dos Regimes, e cuja colaboração se traduz na marcação dos atendimentos, encaminhamento de chamadas telefónicas e aceitam documentação referente aos processos familiares. A deslocação da sede (Vila Franca de Xira) para o local de atendimento é feita com alguma dificuldade, pois os motoristas são em número insuficiente, face ao volume de trabalho do serviço e as viaturas nem sempre estão em bom estado, o que dificulta algumas vezes o cumprimento dos horários para chegar aos atendimentos, às reuniões e de realizar em tempo útil visitas domiciliárias e outras diligências necessárias ao bom funcionamento do serviço. O desempenho de funções do técnico da Segurança Social consiste em: atendimentos a indivíduos e famílias em situação de carência diversa, apoio técnico e articulação com o tribunal, visitas domiciliárias, participação em diversas parcerias (CPCJ, Equipa Multidisciplinar, Cuidados Articulados de Saúde e Apoio Social, entre outras) e apoio social. Recorrendo a dados do ano 2003, pode verificar-se que a freguesia que mais recorreu ao apoio da Segurança Social foi a população residente na freguesia de Arruda dos Vinhos solicitando ajuda económica. Este é, de resto, o pedido mais efectuado à Segurança Social, seguindo-se pedidos de informação e/ou orientação, apoio técnico de serviço social e outros. Nas freguesias de Arranhó e Cardosas o tipo de apoio mais solicitado é informação e/ou orientação.



Quadro 10. Tipo de pedido à Segurança Social

Informação e/ou

orientação

Ajuda

económica

Apoio Técnico de

serviço social

Outros

Total

Arranhó 16 13 15 15 59

Arruda dos Vinhos 48 82 26 10 166

Cardosas 23 11 11 3 48

Santiago 6 11 7 9 33

Total 93 117 59 37 306 Fonte: ISS I.P. - Serviço Local de Vila Franca de Xira, 2003

Quanto ao tipo de problema apresentado é a insuficiência económica que se destaca, com 141 casos, seguindo-se doença e/ou invalidez com 91 situações. Em termos de freguesias, a ordem de apresentação de problemas é: Arruda dos Vinhos, Cardosas, Arranhó e Santiago dos Velhos.

Quadro 11. Tipo de problema apresentado à segurança social

Insuficiência económica

Doença e/ou

invalidez

Deficiência Desemprego Desajustamento psico-social

Problema habitacional

Insuf. de eq. e serv. de

apoio

Outros

Total

Arranhó 29 19 6 17 14 6 3 21 115

Arruda dos Vinhos 64 39 14 27 30 28 28 30 260

Cardosas 35 20 6 10 15 12 9 9 116

Santiago 13 13 3 6 2 5 3 8 53

Total 141 91 29 60 61 51 43 68 544

Fonte: ISS I.P. - Serviço Local de Vila Franca de Xira, 2003

Por parte da Segurança Social, o tipo de resposta corresponde aos pedidos efectuados, uma vez que se verifica uma maior incidência na ajuda económica, ficando 37 casos a descoberto, uma vez que não reúnem os critérios para atribuição da referida ajuda. Outro tipo de resposta dada pela Segurança Social foi a informação e/ou orientação.

Quadro 12. Tipo de resposta da Segurança Social

Arranhó

Arruda dos Vinhos

Cardosas

Santiago

dos Velhos

TOTAL

Informação e/ou orientação 6 12 2 6 26

Colocação institucional 0 1 0 0 1

Ajuda económica 18 64 14 8 104

Outras respostas 4 8 3 4 19

Total 28 85 19 18 150 Fonte: ISS I.P. - Serviço Local de Vila Franca de Xira, 2003



Os casos que não receberam resposta por parte da Segurança Social devem-se sobretudo à insuficiência de recursos materiais e humanos, pelo que reforçamos o facto da assistente social da Segurança Social fazer atendimento social em Arruda dos Vinhos apenas quinzenalmente e quando necessário através de convocatória programada, bem como assegurar a representação dessa entidade em todas as parcerias no concelho.

Quadro 13. Razão da falta de resposta da Segurança Social

Arranhó

Arruda dos Vinhos

Cardosas

Santiago

dos Velhos

TOTAL

Insuficiência de recursos humanos 2 3 2 2 9

Insuficiência de recursos materiais 11 29 8 6 54

Insuf. ou inexistência de equipamento local ou nacional 0 2 0 0 2

Pendentes de resposta de outras entidades ou serviços 2 3 0 0 5

Por outras razões 0 0 2 2 4

Total 15 37 12 10 74 Fonte: ISS, I.P. - Serviço Local de Vila Franca de Xira, 2003

Durante o ano 2004, foram atendidos pela assistente social da Segurança Social e pela primeira vez 47 utentes, tendo sido constituído processo em 37 casos. A maioria dos atendimentos foi a utentes residentes na freguesia de Arruda dos Vinhos, seguindo-se a freguesia de Arranhó. Das restantes freguesias, Cardosas e S. Tiago dos Velhos, o número de atendimentos é pouco significativo. De acordo com o gráfico seguinte, os atendimentos pela 1ª vez assim como a constituição de processos tiveram um aumento significativo entre 2000 e 2002, tendo decrescido no ano de 2003. Até 2004 houve um ligeiro aumento de atendimentos, mas a constituição de processos decresceu.

Gráfico 20. Evolução de atendimentos pela 1ª vez e processos da segurança Social

0

10

20

30

40

50

60

70

2000 2001 2002 2003 2004

Fonte: MSS/ISS,IP Serviço Local de Vila Franca de Xira, 2004

C/ constitutição do processo S/ constituição do processo Atendidos pela 1ª vez



Relativamente a atendimentos no geral em 2004, ou seja, incluindo os atendimentos pela primeira vez, foram efectuados 252, distribuindo-se pelas freguesias da seguinte forma: Arruda dos Vinhos 156, Arranhó 49, Cardosas 23 e S. Tiago dos Velhos 24. Atendendo aos processos trabalhados durante o ano, totalizaram 120. Verifica-se assim um peso do número de processos que transitam dos anos anteriores pelo que se pode concluir que, por um lado, o tempo de intervenção e resposta a um processo é demorado e, por outro, o acumular de situações que em alguns casos revelam uma forte dependência dos serviços ou até mesmo situações crónicas de apoio por parte dos serviços da Segurança Social. A evolução do número total de atendimentos acompanha a tendência dos atendimentos pela 1ª vez, ou seja, aumentam substancialmente entre 2000 e 2002, depois registou-se um decréscimo acentuado em 2003, mas no último ano houve um forte aumento do número de atendimentos.

Gráfico 21. Evolução de atendimentos da segurança Social

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

2000 2001 2002 2003 2004

Fonte: MSS/ISS,IP Serviço Local de Vila Franca de Xira, 2004

Relacionando os atendimentos efectuados durante ano de 2004 com o tempo disponível da técnica de serviço social para os mesmos (15 em 15 dias), calculámos uma média de 9 atendimentos por cada dia de atendimento, o que demonstra uma forte adesão aos serviços da Segurança Social, à procura de apoios diversos. Outra actividade exercida pela técnica de zona da Segurança Social é o acompanhamento de processos no âmbito da Medida de Rendimento Mínimo Garantido/Rendimento Social de Inserção. Este trabalho implica a realização de entrevistas de avaliação socio-económica, intervenção social, definição conjunta de acções no âmbito do Programa Social de Inserção e participação nas reuniões de Núcleo Executivo. Este acompanhamento social é realizado em conjunto com os serviços sociais do Município de Arruda dos Vinhos. Os Serviços Sociais do Município desenvolvem uma acção de intervenção social em diversas áreas designadamente:



- Apoio Social: atendimento social e encaminhamento, mediador entre o munícipe e entidades diversas, apoio psicossocial, elaboração de relatórios sociais, realização de visitas domiciliárias, acompanhamento social de situações, desenvolvimento de acções no âmbito da organização domestica e vida familiar, realização de entrevistas sociais e de avaliação socio-económica, e participação em parcerias (Comissão Local de Acompanhamento, Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arruda dos Vinhos e Comissão Local de Acção Social de Arruda dos Vinhos); - Saúde: participação na Comissão Concelhia de Saúde e na Equipa Multidisciplinar de Apoio a Crianças com Necessidades Educativas e de Saúde Especiais (Saúde Escolar), articulação com o Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos e Hospital Reynaldo dos Santos de situações de âmbito social; - Emprego e Formação: articulação com o Centro de Emprego de Vila Franca de Xira, elaboração e gestão de candidaturas ao Plano de Estágios Profissionais e aos Programas de Actividade Ocupacional; - Habitação: gestão dos pedidos de habitação social e realização de levantamentos habitacionais e respectiva actualização de dados; - Juventude: participação na elaboração de candidaturas ao Programa OTL e desenvolvimento de actividades de ocupação de tempos livres para crianças; - Educação: participação no grupo de análise de Acção Social Escolar, elaboração de relatórios sociais, acompanhamento socio-educativo de educandos, participação na equipa e projectos dos apoios educativos e avaliação socio-económica no âmbito do processo de cálculo da comparticipação familiar no serviço de alimentação e prolongamento dos jardins-de-infância da rede pública.

A Lei nº 13/2003 de 21 de Maio revoga o Rendimento Mínimo Garantido e cria o Rendimento Social de Inserção que consiste numa prestação incluída no subsistema de solidariedade e num programa de inserção, de modo a conferir às pessoas e aos seus agregados familiares apoios adaptados à sua situação pessoal, que contribuam para a satisfação das suas necessidades essenciais e que favoreçam a progressiva inserção laboral, social e comunitária. Neste âmbito e de acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto de Segurança Social existem 52 processos activos, no concelho de Arruda dos Vinhos, estando distribuídos pelas diferentes freguesias da seguinte forma: Arruda dos Vinhos (69%), Arranhó (17%), Santiago dos Velhos (10%) e Cardosas com 4% dos casos.



Gráfico 22. Processos de RMG/RSI por Freguesia (2004)

17%

69%

4%10%

Arranhó Arruda dos Vinhos Cardosas Santiago dos Velhos

Fonte: MSS/ISS Serviço Local de Vila Franca de Xira, 2004

Os processos de RMG/RSI activos diminuíram de 2003 para 2004, passando de 63 para 52 processos, tendo decrescido em todas as freguesias excepto S. Tiago dos Velhos. O decréscimo verificado deve-se ao facto de terem existido reavaliações e cancelamentos de alguns processos.

Gráfico 23. Processos de RMG/RSI activos em 2003 e 2004

05

101520253035404550

Arranhó Arruda dos Vinhos Cardosas Santiago dosVelhos

Fonte: MSS/ISS,IP - Serviço Local de Vila Franca de Xira, 2004 2003 2004

Atendendo à especificidade de cada caso, são tomadas medidas que visam a inserção dos beneficiários de RMG/RSI, ocupando a acção social uma posição dianteira face às restantes áreas de inserção: educação e saúde, no ano de 2004. É de referir, no entanto, que o gráfico seguinte se reporta a 11 acordos de inserção.



Gráfico 24. Áreas de Inserção

Educação Saúde Acção Social

Fonte: MSS/ISS Serviço Local de Vila Franca de Xira, 2004

É de salientar que de 2001 para 2002 verificou-se uma acentuada diminuição dos acordos de inserção, visto ter havido uma revisão por caducidade dos mesmos. No ano 2003 foram atendidos pela 1ª vez 18 beneficiários, todos com constituição de processo, registando-se predominância na freguesia de Arruda dos Vinhos. Há a destacar que da freguesia de Cardosas, atendendo ao seu número populacional, foram constituídos três processos. No ano 2004, os primeiros atendimentos com constituição de processo diminuiu para metade, sendo a freguesia de Arruda dos Vinhos que regista mais processos, seguida de Arranhó, o que é reflexo do processo de transição de RMG para RSI e consequente aplicação do quadro legal que enquadra a medida de Rendimento Social de Inserção.

Quadro 14. Primeiro atendimento com constituição de processo em 2003 Arranhó Arruda dos

Vinhos Cardosas Santiago Velhos TOTAL

2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004 2003 2004

3 3 11 5 3 0 1 1 18 9

Fonte: Instituto de Solidariedade e Segurança Social, 2004

Neste último ano, foram feitos 109 atendimentos aos beneficiários de RMG/RSI e trabalhados 51 processos. Tendo em consideração o envelhecimento populacional e a fraca rede de suporte familiar verifica-se uma procura sistemática da integração institucional na valência de Lar. Como se pede constatar, quer o índice de envelhecimento, quer o resumo de dependência dos idosos tem vindo a aumentar.



Quadro 15. Índices12 resumo da estrutura da população, 1960-2001 1960 1970 1981 1991 2001

IE 41,14 41,14 59,73 84,78 134,50 RDT 43,46 49,47 51,14 46,02 47,84 RDJ 30,79 34,91 32,02 24,9 21,75 RDI 12,67 14,56 19,12 26,21, 26,08

Fonte: Revisão PDM, 2003 Com a análise do índice resumo verificamos que o envelhecimento da população tem tido uma evolução ascendente, de uma forma mais significativa a partir de 1981, onde se constata um decréscimo da população jovem, contrapondo assim a tendência verificada nos anos 60 e 70 nos quais a população se apresentava bastante jovem. Podemos concluir que a estrutura da população do concelho de Arruda dos Vinhos tem progredido para o envelhecimento.

Gráfico 25. Evolução dos índices

0

20

40

60

80

100

120

140

1960 1970 1981 1991 2001

Fonte: Revisão PDM, 2003 IE RDT RDJ RDI

No concelho de Arruda dos Vinhos existem dois lares da Santa Casa da Misericórdia e dois lares privados. A Santa Casa da Misericórdia dispõe de condições para 103 utentes em lar, encontrando-se em lista de espera cerca de 90 idosos. Os restantes lares privados têm vagas, no entanto pelo valor da mensalidade não constitui uma primeira opção para idosos e respectivas famílias. Esta situação foi considerada problemática, uma vez que as condições de oferta são substancialmente inferiores à necessidade/procura. Uma outra lacuna apontada pelo CLASAV é a falta de equipamentos para a juventude, uma vez que apenas existe como estrutura de apoio o Clube de Jovens da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos, enquanto espaço de lazer e convívio dirigido a este grupo específico. Assim, importa criar equipamentos em articulação com actividades de ocupação de tempos livres e de educação não formal

12 IE – Índice de envelhecimento RDT – Resumo dependência total RDJ – Resumo dependência de jovens RDI – Resumo dependência de idosos



de modo a constituir uma mais valia na formação, protecção e desenvolvimento das novas gerações. Com aplicação da Grelha SWOT e do Modelo de Eisenhower é possível apresentar o seguinte esquema:

Fraquezas Nível I

Aumento do número de sinalizações à CPCJ Escassez de recursos materiais e humanos por parte dos serviços da

segurança social Baixo nível de cobertura de lares de terceira idade

Nível II Falta de equipamentos para a juventude

Nível IV Falta de uma escola profissional Falta de acções de formação para agregados familiares

Forças

Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos Centro Social da Freguesia de Arranhó Associações e Colectividades Conferencia Vicentina de Nossa Senhora da Salvação Município de Arruda dos Vinhos Comissão de Protecção de Crianças e Jovens Instituições Locais de Apoio à Infância e Juventude Lares Privados (Tapadinha e S. Miguel) Atendimento descentralizado da Segurança Social – 15 em 15 dias Bom relacionamento institucional com as forças locais Externato João Alberto Faria Organização Local de Educação e Formação de Adultos Juntas de Freguesia Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos Instituto de Segurança Social

Ameaças

Falta de financiamento dos projectos/candidatura Demora na aplicação de medidas por parte do Tribunal Insuficiência na capacidade de respostas sociais, sobretudo ao nível de

prevenção Falta de enquadramento para os jovens que abandonam a escola antes

dos 15 anos Dificuldade de realização de deslocações da técnica da Segurança Social

ao concelho tendo em consideração os transportes disponíveis Falta de financiamento de acções de formação

Oportunidades

Programa de Estágio Profissional – Centro de Emprego de Vila Franca de Xira

Plano de Apoio Integrado ao Idoso Plano Avó Projecto “Ser Criança”



Tribunal de Família e Menores de Vila Franca de Xira Clínica da Juventude Clínica da Encarnação Programas do Instituto Português da Juventude Centro de Emergência Social – Fundação CEBI Cursos de formação do Centro de Emprego de Vila Franca de Xira Núcleo de Apoio à Família Candidatura ao Instituto de Emprego e Formação Profissional Candidatura ao Programa de Investimento e Despesas de

Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) Aumento do número de camas de lar comparticipadas pela Segurança

Social Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências

Propostas

Criação de Centros de Dia/convívio nas associações e colectividades Desenvolvimento de projectos de animação social Criação de uma bolsa de amas Plano de Prevenção – formação de pais, cursos de aprendizagem Maior afectação em termos de carga horária por parte da técnica do

Serviço Local de Vila Franca de Xira Construção de um novo Lar Elaboração da Carta Social do Município



6. Exclusão Social Nesta área temática, a exclusão social é entendida como uma “ruptura dos laços sociais (institucionais com os sistemas de emprego, habitação, etc., e informais, com a família, com vizinhos e amigos, etc.) e é entendido como um processo que em fases extremas pode conduzir ao isolamento social”. Por outro lado, a exclusão social pode ainda ser entendida como o oposto de inclusão, isto é, “como a privação de capacidade de intervir nas próprias condições de vida, o que supõe o arredamento dos excluídos dos mecanismos de transformação societal e das decisões, inclusivamente daquelas a que eles dizem mais directamente respeito” (IDS, 2002: 71). Neste contexto foram considerados dois grupos-alvo sujeito a exclusão social, da forma como ela é apresentada - os idosos e os imigrantes. No que respeita ao género e idade da população do concelho de Arruda dos Vinhos verifica-se que, em 2001, existem 50,7% de mulheres e 49,3% de homens, e quanto à idade, constata-se que até aos 39 anos de idade predomina o sexo masculino, sendo que a partir dos 40 anos existem mais mulheres. Este facto indica-nos que a esperança de vida é maior no sexo feminino. Por outro lado, pode verificar-se que a faixa etária com mais população é a dos 20 aos 29 anos, seguida dos 30 aos 39 anos de idade.

Gráfico 26. População segundo as faixas etárias e género

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

0 a 9

10 a 19

20 a 29

30 a 39

40 a 49

50 a 59

60 a 69

70 a 79

80 ou + H M

Fonte: INE, Censos 2001 Analisando a população pelas faixas etárias nos períodos censitários de 1981, 1991 e 2001, verifica-se que, em termos percentuais, têm decrescido o número de crianças do grupo etário dos 0 aos 14 anos. De 1981 para 2001, verifica-se que a população na faixa etária dos 30 aos 49 anos de idade decresceu, sendo que a dos 20 aos 39 anos e o número de idosos tem aumentado gradualmente, o que indica o aumento da esperança de vida e com maior incidência no sexo feminino.



Existe um progressivo envelhecimento populacional resultado de uma diminuição da fecundidade o que traduz, em termos concretos, numa redução de elementos mais jovens, bem como de um crescimento populacional de faixas etárias mais avançadas, tendo em consideração o aumento da esperança média de vida. Neste contexto, de progressivo envelhecimento populacional, as consequências na realidade social concelhia são inúmeras, uma vez que é necessário considerar diversas dimensões, nomeadamente socio-económicas, psicológicas, biológicas, relacionais e ocupacionais. É nesta ultima dimensão que se centra o principal problema de exclusão deste grupo etário no concelho de Arruda dos Vinhos, a falta de ocupação dos tempos livres, isto é, a promoção de um processo de integração social cujo pilar se baseia no fomento de relações entre pares, numa acção de convívio e animação que promova uma maior participação da população idosa na vida comunitária, sócio-cultural e recreativa da sua área territorial. A valorização do potencial da pessoa idosa é importante e estratégica na transmissão do saber junto de todos os elementos da comunidade e sobretudo das faixas etárias mais jovens para que possa ser reforçado o espírito de solidariedade entre gerações e como elemento integrante de uma determinada família. Apesar da importância assumida da dimensão ocupacional, importa referir que o aumento deste grupo populacional relaciona-se com outras esferas que são necessárias observar, designadamente: a capacidade de renovação de gerações, um maior peso junto dos serviços de prestam cuidados de saúde, segurança social e valências de apoio a idosos, o aumento de situações de dependência e maior necessidade de serviços de apoio social e de higiene, quer habitacional, quer pessoal. Nos últimos 20 anos a taxa de crescimento natural no concelho tem vindo a decrescer. Em 2001 verifica-se uma taxa de natalidade na ordem dos 9,28%, estando assim abaixo da média nacional (11,7%). Paralelamente verifica-se um decréscimo da taxa de mortalidade, estando contudo acima dos valores apresentados a nível nacional. No cruzamento das taxas de natalidade e mortalidade verifica-se, a partir de 1991, uma tendência para a taxa de natalidade ser inferior à da mortalidade, assumindo assim a taxa de crescimento natural valores negativos a partir desta mesma data.

Quadro 16. Taxas de Natalidade e Mortalidade e Crescimento Natural, 1981-2001

1981 1991 2001 Taxa de Natalidade (%) 13,97 11,21 9,30

Taxa de Mortalidade (%) 11,15 11,96 12,00

Taxa de Crescimento Natural (%) 2,82 -0,75 -2,70 Fonte: INE, Censos 2001



Gráfico 27. Evolução das taxas de natalidade, mortalidade e crescimento natural

-4-202468

10121416

1 2 3


Taxa de Natalidade (%) Taxa de Mortalidade (%) Taxa de Crescimento Natural (%)

Conforme podemos constatar através do gráfico apresentado, a taxa de fecundidade tem vindo a decrescer desde 1960. Verificando-se uma queda vertiginosa do ano de 1960 até 1970, continuando essa mesma tendência até 2001, mas de uma forma menos acentuada, registando no último ano cerca de 40 nascimentos por cada 1000 mulheres em idade fértil (14-49 anos). No que respeita às taxas de mortalidade infantil estas tiveram um decréscimo acentuado entre 1960 e 1970. Posteriormente tem vindo sempre a decrescer até 1991, verificando-se um ligeiro aumento em 2001. Esta diminuição da taxa de fecundidade vai-se reflectir no saldo natural da população.

Quadro 17. Taxa Bruta de Fecundidade e Taxa de Mortalidade Infantil, 1960-2001 1960 1970 1981 1991 2001 Taxa Bruta de Fecundidade (%) 52,38 44,67 47,64 47,04 40,22

Taxa de Mortalidade Infantil (%) 72,73 22,22 16,12 9,52 10,41 Fonte: Revisão PDM, 2003

Gráfico 28. Evolução das taxas de fecundidade e mortalidade infantil

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1960 1970 1981 1991 2001Taxa Bruta de Fecundidade (%) Taxa de Mortalidade Infantil (%)




As transformações ocorridas na estrutura populacional do concelho de Arruda dos Vinhos nos últimos 40 anos podem ser agrupadas em 3 períodos distintos:

- de 1960 a 1970 – verifica-se um aumento de peso relativamente à população jovem (0-14 anos) e a população idosa (65 e mais anos), enquanto que a população em idade activa decresce de importância;

- de 1970 a 1991 – assiste-se a um decréscimo da importância dos mais jovens e ao aumento do peso relativo dos mais idosos e da população em idade activa;

- de 1991 a 2001 – a população idosa passa a ter maior expressão na estrutura populacional do concelho face aos mais jovens. A população mais jovem e população em idade activa vêm reduzindo o seu peso relativo. É de salientar o facto de que pela primeira vez a população idosa ultrapassa a população jovem.

Quadro 18. Variação da estrutura etária da população no Concelho entre 1960 e 2001

0-14 anos 15-64 anos 65 e + anos 1960 21,46 69,68 8,83 1970 23,36 66,90 9,74 1981 21,18 66,16 12,65 1991 17,05 68,49 14,46 2001 14,72 67,57 17,71


Verifica-se assim um duplo envelhecimento da população, quer no topo pelo aumento da população idosa, quer na base em virtude do decréscimo dos níveis de fecundidade.

Gráfico 29. Variação da população segundo a idade

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1960 1970 1981 1991 2001

Fonte: INE, Censos 2001 0-14 anos 15-64 anos 65 e mais anos

Para além destes aspectos de ordem social e demográfica, existem outros factores que contribuem para a exclusão deste grupo etário, nomeadamente o povoamento disperso que caracteriza o concelho de Arruda dos Vinhos, uma vez que a maior parte dos “casais” são habitados por idosos, encontrando-se isolados da comunidade, com fraca ligação de transportes e acessibilidades viárias, por vezes, em mau estado.



Outro factor é a quebra da rede de suporte familiar para cuidar dos parentes que se encontram nesta faixa etária, uma vez que nos dias de hoje todos os membros da família trabalham fora de casa, o investimento profissional é muito grande e não existem condições que viabilizem a permanência e o cuidado de idosos que já não tenham auto-suficiência física e psíquica. Até mesmo antes de chegar a situações de dependência física/psíquica são poucas as famílias que têm disponibilidade e condições para suportar familiarmente um idoso no seu agregado. No seguimento desta situação, foi apontado como problema, pelo CLASAV, a falta de actividade de ocupação de tempos livres para idosos, possibilitando uma velhice em comunidade, inserindo-os em centros de convívio, tarefas, actividades, passeios ou iniciativas de outra natureza que promovam uma participação activa desta faixa etária, proporcionando uma qualidade de vida mais elevada, quer aos idosos, quer aos seus familiares. Um outro problema identificado foi a dificuldade de integração de comunidades imigrantes, pelo que considerámos a inclusão deste problema na área temática do exclusão social devido ao facto de se verificar um aumento considerável do número de indivíduos estrangeiros a residirem no concelho, motivado pela proximidade de importantes zonas urbanas, mas sobretudo pela oferta de trabalho. No entanto, uma parte significativa desta população encontra-se ilegal ou numa situação de grande precariedade e exclusão. A sua integração é difícil, tendo em consideração quer as diferenças culturais e linguísticas, quer porque a vinda para Portugal e mais especificamente para o concelho é feita, numa primeira fase, sozinho, sem o acompanhamento de outros elementos da família, desconhecendo a existência de serviços sociais de apoio e sem qualquer rede de suporte e ajuda. A par do desconhecimento de serviços de apoio, dos direitos e deveres que lhes assistem aliado à sua condição de permanência no território provocam situações de exclusão social para além de outros problemas associados, nomeadamente o consumo de álcool, o não recebimento de salário pelo trabalho efectuado, a realização contínua de pequenos trabalhos sem qualquer tipo de vinculo laboral ou protecção social. Esta situação gera um sentimento de receio e de não procura quer de apoio social, quer de apoio médico. No entanto, esta população tem vindo a desenvolver um esforço de integração na comunidade local frequentando iniciativas de animação sócio-cultural e recreativas promovidas por entidades locais, realizando inscrição no Centro de Saúde, matriculando os seus educandos nos estabelecimentos de ensino (Creche, Jardins de Infância, Escolas de 1º Ciclo e Externato João Alberto Faria), iniciando uma carreira contributiva para a Segurança Social e efectuando prova de rendimentos. De acordo com os dados demográficos analisados anteriormente, verifica-se que o saldo natural da população concelhia é negativo. No entanto, este facto é colmatado pelo saldo migratório, assegurando assim o crescimento populacional residente em cerca de 10,5% (entre 1991 e 2001), tal como se pode verificar no quadro seguinte.



Quadro 19. Variação populacional, 1991-2001

Variação Populacional 1991-2001

Saldo Natural Saldo Migratório

N.º % N.º N.º

Arruda dos Vinhos 986 10,5 -279 1265 Fonte: INE, Censos 2001

Esta população migrante pode ser oriunda dos mais variados locais, estando aqui incluídos também os imigrantes que foram alvo dos Censos de 2001. De uma maneira geral, relativamente à nacionalidade da população que residia em todo o concelho de Arruda dos Vinhos, em 2001 verifica-se que 98,7% é de nacionalidade portuguesa, sendo que os restantes 1,3% da população distribui-se pelas seguintes nacionalidades, por ordem decrescente: brasileira, europeus fora da UE e europeus da UE, PALOP’s e resto do Mundo.

Gráfico 30. População com nacionalidade estrangeira

21%

26%

15%

34%

4%

União Europeia Resto Europa PALOPS Brasil Resto do Mundo

Fonte: INE, Censos 2001 Oficialmente, estes são os únicos dados que nos permitem aferir quantos imigrantes residem no concelho de Arruda dos Vinhos (à data de 2001) e qual a sua nacionalidade. No entanto, de acordo com o número de alunos a frequentar os estabelecimentos de ensino no concelho e tendo em conta que o imigrante que se estabilizou no concelho, numa primeira fase sozinho, tenha entretanto trazido o resto da família, nomeadamente mulher e filhos, os dados dos Censos poderão estar muito aquém da realidade. Em termos de alunos imigrantes a frequentar estabelecimentos de ensino, no ano lectivo 2004/2005 até ao 1º Ciclo, existem cerca de 36 alunos, sendo a maioria oriunda do Brasil (20 alunos), o que faz prova do esforço de integração na nossa comunidade. Com aplicação da Grelha SWOT e do Modelo de Eisenhower é possível apresentar o seguinte esquema:

Fraquezas Nível I

Falta de actividade de ocupação de tempos livres para idosos Nível II

Dificuldades de integração das comunidades imigrantes



Nível IV Elevada taxa de população idosa

Forças

Município de Arruda dos Vinhos Centro Social da Freguesia de Arranhó Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos Associações e Colectividades Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos Escolas e Jardins-de-infância Instituto de Segurança Social Conferência Vicentina Nossa Senhora da Salvação

Ameaças

Distanciamento face às entidades que prestam apoio Oportunidades

Consolados e Embaixadas Comissão de Minorias Étnicas Associação de Apoio a Imigrantes de Leste

Propostas

Criação de Centros de Convívio/Lazer descentralizados Comissão de apoio aos imigrantes Posto de atendimento ao cidadão



7. Actividade Económica O CLASAV considera como problema a falta de investimento e divulgação num turismo de passagem enquanto motor de desenvolvimento de um sector de actividade económica – o turismo - e mobilizador não só de um maior conhecimento do concelho de Arruda do Vinhos no exterior, como também do comércio, restauração e artesanato local contribuindo, assim, para assegurar um conjunto vasto de postos de trabalho. O investimento e divulgação existentes assentam, sobretudo, em verbas públicas decorrentes do orçamento do Município. Como exemplos existem a Festa da Vinha e do Vinho, a Festa em honra da Nossa Senhora da Salvação onde está integrada a exposição de artesanato, o Mês da Gastronomia, os Passeios Pedestres e B.T.T. que se desenvolvem anualmente. No entanto, pode-se identificar a inexistência ou insuficiência de sinalética promocional e identificativa quer de espaços de interesse público, histórico ou cultural, quer de serviços e equipamentos colectivos, cuja oferta em termos de alojamento se reporta à Quinta de S. Sebastião e à Hospedaria Anagri. Quanto a este aspecto, votará a ser abordado na área temática Acessibilidades, Ordenamento e Ambiente. Embora o investimento turístico se enquadre numa perspectiva de dinamização do sector terciário, esta seria também extensiva à valorização do património cultural, arquitectónico, histórico e paisagístico do concelho articulando com a área temática, anteriormente referida, a cultura. No entanto, o concelho de Arruda dos Vinhos evidência um predomínio das actividades de comércio, da construção civil, das indústrias transformadoras e da agricultura. É de referir que a estrutura empresarial de Arruda dos Vinhos apresenta uma distribuição semelhante à da sub-região Oeste.

Quadro 20. Estrutura económica de Arruda dos Vinhos e Oeste Arruda dos Vinhos Oeste

Empresas Sociedades % Empresas Sociedades %

Agricultura e Pesca 206 28 13 9132 761 16

Indústrias Extractivas 0 0 0 120 44 0

Indústrias Transformadoras 126 42 10 4979 1486 10

Elect., Gás e Água 0 0 0 5 5 0

Construção 164 27 11 10209 1066 18

Comércio 570 108 39 16980 3414 32

Alojamento e Restauração 82 19 6 3792 802 7

Transporte e Comunicações 92 69 9 1276 748 3

Actividades Financeiras 25 2 2 1183 60 2

Act. Imobiliárias e Serv. Empresas 84 27 6 3034 1045 6

Outras Actividades 56 7 4 3072 554 6 Total 1405 329 100 53782 9985 100

Fonte: Revisão PDM, 2003



Com o presente quadro confirma-se a importância que as actividades comerciais ocupam na estrutura produtiva do Concelho de Arruda dos Vinhos (39%) comparativamente à sub-região Oeste. É de realçar a importância das Sociedades, criando cerca de 33% de emprego e 54% da riqueza (Cf. Revisão PDM). Arruda dos Vinhos está englobada no Agrupamento das Zonas Agrárias do Baixo Oeste, juntamente com os Concelhos de Mafra, Alenquer, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras. Nas zonas mais elevadas do Concelho, os terrenos são abertos e a vegetação é composta por matos rasteiros. A produção do vinho maduro tem sido, ao longo dos tempos, a principal fonte de receita para a maior parte dos habitantes, no entanto, outras actividades têm vindo a ganhar peso. A Adega Cooperativa de Arruda dos Vinhos, fundada em 1954 e a laborar desde 1957, tem cerca de 1300 associados, 22 funcionários e 3 Directores. A importância desta Cooperativa para a actividade económica do Concelho é evidente, registando, em 1996 a sua terceira maior produção de vinho – 11 milhões de litros – desde a fundação, produzindo e comercializando 12 marcas de vinho (V.Q.P.R.D., Arruda, Vinho Licoroso, Moinho do Céu, entre outros). Na área da viticultura existem outros produtores particulares, nomeadamente: Tropia, Casa Agrícola Ribeiro Corrêa, Lda., Ezequiel Carvalho e Quinta da Crispina, Sociedade Agrícola Unipessoal, Lda. A Agrocamprest, com cerca de 3500 associados, é uma cooperativa que dá apoio directo à produção, destacando-se o comércio variado de produtos a utilizar na agricultura, e presta diversos serviços exclusivamente para o sector agrícola, entre os quais, acções de formação profissional e aconselhamento. No entanto, comparando o Recenseamento Geral Agrícola de 1989 a 1999, verifica-se que o sector agrícola tem vindo a perder importância, tendo passado de 1.327 explorações com terra agrícola utilizada, em 1989, para 793 explorações em 1999. No que respeita à natureza jurídica das explorações agrícolas do concelho de Arruda dos Vinhos, cerca de 96% são produtores singulares autónomos, sendo as restantes repartidas por empresários em nome individual ou por sociedades.

Quadro 21. Utilização das terras no concelho Utilização das terras Superfície (há) %

Cereais para grão 943 25,4

Prados e culturas forrageiras 553 14,9

Culturas hortícolas 113 3,1

Culturas industriais 17 0,5

Pousio 404 10,9

Olival 12 0,3

Vinha 1336 35,9

Pastagens permanentes 103 2,8 Fonte: Revisão PDM, 2003



Apesar da vinha constituir a principal cultura agrícola no Concelho, Arruda dos Vinhos produz 5% do total da produção de vinho do Oeste, ocupando a 6ª posição na Sub-região. A utilização da Superfície Agrícola Útil (SAU), nas quatro freguesias do Concelho, apresenta uma estrutura relativamente diferenciada, contudo a vinha ocupa uma posição de grande importância, concentrando-se esta maioritariamente na freguesia de Arruda dos Vinhos. Relativamente ao sector pecuário verifica-se que a maioria das explorações pecuárias são de ovinos. Contudo, relativamente ao número de cabeças, os suínos ocupam o lugar cimeiro. Comparativamente ao recenseamento agrícola anterior, o concelho de Arruda dos Vinhos apresentou um aumento significativo do efectivo suíno em detrimento das restantes produções.

Quadro 22. Efectivo pecuário em 1999

Nº de explorações Nº de cabeças Bovinos 49 946

Suínos 38 10325

Ovinos 129 3403

Caprinos 31 189

Aves 394 3303 Fonte: Revisão PDM, 2003

Ao nível do sector secundário13, no Município estão localizadas algumas indústrias diversificadas na sua área de actuação, destacando-se entre elas, pela sua dimensão, Movex, Levap Ambiente, Recifemetal, Metalúrgica Luso-Italiana, entre outras. Existem duas Zonas Industriais, uma em Arruda dos Vinhos e outra em Santiago dos Velhos (Á-do-Mourão). Em fase de desenvolvimento encontra-se a implementação de uma Zona Industrial de Reciclagem (ZIR), que constitui o maior parque de reciclagem da Europa. Um dos objectivos deste parque consiste em agrupar e organizar, espacial e funcionalmente, as diferentes unidades industriais ligadas ao comércio/reciclagem de sucatas que proliferam nas freguesias de Arranhó e Santiago dos Velhos. Recentemente foi recuperado um antigo pólo Industrial na freguesia de Arruda dos Vinhos, onde está prevista a instalação de Pequenas e Médias Empresas – Núcleo Empresarial de Arruda dos Vinhos (NEAV). Contudo, o sector industrial do concelho de Arruda dos Vinhos pode ser estruturado em dois grandes grupos, designadamente, a construção civil (164 empresas) e a indústria transformadora (126 empresas).

13 Anexo 7 – Mapa de perímetros Industriais do concelho de Arruda dos Vinhos



Quadro 23. Estrutura da Indústria Transformadora em 2000 Nº Empresas % Ind. Alimentares 23 18,3

Ind. Têxtil 29 23,0

Ind. Couro 1 0,8

Ind. Madeira e Cortiça 16 12,7

Ind. do Papel e Impressão 4 3,2

Ind. Químicas 0 0,0

Ind. Borracha e Plásticos 0 0,0

Ind. Produtos Minerais e não Metálicos 3 2,4

Ind. Metalúrgicas e Produtos Metálicos 30 23,8

Ind. Máquinas e Equipamentos 4 3,2

Ind. Equipamento Eléctrico 3 2,4

Ind. Material Transporte 2 1,6

Outras Indústrias Transformadoras 11 8,7 TOTAL 126 100,00


As actividades industriais representam cerca de 21% do total de empresas localizadas em Arruda dos Vinhos e a indústria transformadora corresponde a cerca de 9%. Com a análise do quadro verifica-se que as indústrias metalúrgicas e produtos metálicos, têxteis e alimentares, são as que mais se evidenciam. É de referir que a indústria de reciclagem de sucata constitui um dos principais vectores da estrutura industrial concelhia, concentrando-se na sua maioria nas freguesias de Arranhó e de Santiago dos Velhos.

A base económica do Concelho de Arruda dos Vinhos apresenta-se muito dependente das actividades de comércio e serviços. Em 2000, foram contabilizadas 909 empresas de comércio e serviços. O sector terciário representa cerca de 73% do volume de vendas e 65% dos postos de trabalho.

Quadro 24. Principais indicadores do Sector Terciário em 1999

Nº de Sociedades Comércio 108

Alojamento e Restauração 19

Transportes e Comunicações 69

Actividades Financeiras 2

Actividades Imobiliárias 27

Adm. Pública e Serviços Sociais 7 Fonte: Revisão PDM, 2003

Do conjunto das actividades apresentadas, destacam-se, pela sua importância, os ramos do Comércio e dos Transportes e Comunicações.



A distribuição da população activa por sectores de actividade em 2001, evidencia uma importância do sector terciário, ocupando a segunda posição o sector secundário e por último o sector primário, contrapondo, assim, a imagem de ruralidade associada à paisagem do concelho.

Gráfico 31. População activa por Sector de Actividade

5%

26%

69%

Sector I Sector II Sector III


Em 2001 o número de desempregados no Concelho de Arruda dos Vinhos era de 240 indivíduos (57 indivíduos à procura do 1º emprego e 183 à procura de novo emprego).

Quadro 25. População Residente, com mais de 15 anos,

segundo a condição perante a actividade económica Pop. Desempregada População Sem Actividade Económica

População Empregada Procura 1º

Emprego Procura Novo

Emprego Estudante Doméstica Reformada Incapacitada

Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº %

4927 55,8 57 0,6 183 2,1 529 6 753 8,5 1942 22 192 2,2 Fonte: INE, Censos 2001

Contudo, a taxa de desemprego do concelho de Arruda dos Vinhos desceu entre 1991 e 2001 cerca de 0,4%, e situa-se nos 4,6%, abaixo da taxa apresentada pela sub-região Oeste, que atingiu os 5,9%, assim como a do País (7,3%). O desemprego manifesta-se maioritariamente no sexo feminino.

Gráfico 32. Desempregados à procura de emprego

0

50

100

150

200

Procura 1º emprego Procura novo emprego




Verifica-se, também, que são os indivíduos com menos habilitações, os mais atingidos pela falta de emprego, embora os indivíduos com o ensino secundário e superior comecem a passar por situações de desemprego.

Gráfico 33. Desempregados segundo as habilitações literárias

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Sem nível de ensino

1º Ciclo

2º Ciclo

3º Ciclo

Secundário

Médio

Superior


A população residente sem actividade económica e com mais de 15 anos é liderada pelo grupo de reformados, com 1.942 indivíduos, seguido pelas domésticas (753) e pelos estudantes (529).

A distribuição da população segundo o principal meio de vida dá-nos conta de que a maioria depende do trabalho e, de seguida, da reforma ou pensão, ou encontra-se a cargo da família.

Gráfico 34. Principal meio de vida

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000

Trabalho

Pendimentos

Subsídio de desemprego

Subsídio Temporário

Outros subsídios

RMG

Pensão/Reforma

Apoio Social

A cargo da família

Outra situação


Da população que vive através do seu trabalho, verifica-se que 75,7% da população empregada trabalha por conta de outrem e cerca de 13% pertencem ao grupo dos empregadores, seguindo-se os trabalhadores por conta própria.



Gráfico 35. Situação na profissão

Empregador TCP TFNR TCOCarreira Militar SMO Membro cooperativa Outra situação

Fonte: INE, Censos 2001 Quanto aos grupos profissionais, verifica-se que a maioria tem profissões desqualificadas (cerca de 44%), seguindo-se os grupos de serviços e vendedores com 15,6% e pessoal administrativo com 10,8%. É de salientar que os profissionais de nível intermédio e quadros superiores já atingem os 9% da população empregada.

Quadro 26. População empregada segundo os grupos profissionais

Quadros Superiores 451 9,2

Prof. Intelectuais e Científicas 285 5,8

Prof. Nível intermédio 483 9,8

Pessoal Administrativo 531 10,8

Serviços e Vendedores 771 15,6

Agricultura e Pescas 186 3,8

Operários, Artífices e similares 873 17,7

Op. Instalações e Máquinas e de Montagem 498 10,1

Trab. Não qualificados 814 16,5

Forças Armadas 35 0,7 TOTAL 4927 100,0

Fonte: INE, Censos 2001 Tendo em consideração o baixo nível de qualificação profissional e escolar da população activa e situações de abandono escolar pontual, o encaminhamento para cursos de formação profissional poderia ser uma resposta eficaz. No entanto, um dos problemas identificados consiste na pouca resposta ao nível dos cursos de formação profissional. Este problema não se relaciona tanto com o número de cursos disponíveis, mas sim pelos que se realizam efectivamente, pela demora no processo de selecção e início do respectivo curso, pela necessidade de deslocação para fora do concelho, pela necessidade da existência de número mínimo de formandos e pela relação de distanciamento existente entre o Centro de Emprego de Vila Franca de Xira e o grupo-alvo. Estes factores provocam, assim, uma desmobilização de potenciais candidatos na procura de uma melhor qualificação escolar e profissional.



No concelho de Arruda dos Vinhos foram criados vários Parques Industriais que ainda não esgotaram a sua capacidade, sendo ainda de referir a ZIR (enquanto um dos maiores parques de sucata da Europa), bem como o Núcleo Empresarial de Arruda dos Vinhos, enquanto espaços estratégicos e atractivos para empresas dos diversos sectores. Perspectivam-se novos investimentos que irão criar postos de trabalho para a mão-de-obra local, embora nos últimos anos tenhamos assistido à deslocação de empresas para este concelho, que trazem consigo o respectivo pessoal. Com aplicação da Grelha SWOT e do Modelo de Eisenhower é possível apresentar o seguinte esquema:

Fraquezas Nível I

Falta de investimento e divulgação de um turismo de passagem Nível II

Poucas respostas ao nível de cursos de formação profissional Nível IV

Baixo nível de escolaridade e qualificação profissional da população activa Falta de uma feira ou mercado Falta de emprego noutros sectores além do terciário

Forças

Município de Arruda dos Vinhos Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos Unidade de Inserção na Vida Activa Unidades Empresariais Organização local de Educação de Adultos Aumento da escolaridade e formação dos munícipes Juntas de Freguesia Quintas do Concelho Rota do Vinho Passeios Pedestres e Circuitos de BTT Escolas de Equitação Património histórico e cultural Pavilhão Multiusos Centro de Emprego de Vila Franca de Xira

Ameaças

Falta de financiamento de acções de formação Indisponibilidade de entidades formativas para a realização destas

iniciativas de formação Desinteresse por parte dos feirantes

Oportunidades

Centro de Emprego de Vila Franca de Xira – Apoios à Criação do Próprio Emprego, Apoios à Contratação, Estágios Profissionais, Iniciativas Locais de Emprego, Programas de Actividade Ocupacional

Centro de Formação de Alverca – Cursos de Formação Profissional Centro de Formação da Salvador Caetano



Centros de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências III QCA integra diversas medidas de qualificação profissional e escolar Programas de Apoio da Região de Turismo do Oeste



8. Habitação

Quanto à habitação, é sentida a necessidade de habitação social para uma população jovem ou mais carenciada que procura adquirir casa a preços controlados ou de renda apoiada, isto é, sem especulação imobiliária, até porque o mercado habitacional em Arruda dos Vinhos tem sido de grande oferta e procura. A vila de Arruda dos Vinhos tem um grande poder atractivo por parte da população, tendo em consideração que é um local com acesso a rede de transportes, ao comércio, a serviços essenciais (escola, saúde) e a equipamentos educativos/lúdicos. Tendo em consideração a construção da A10 com nó de ligação ao concelho de Arruda dos Vinhos, o que contribuiu para melhorar de forma substancial o acesso aos centros urbanos, o bom nível de qualidade de vida e a sua riqueza paisagística e, a existência de oferta de trabalho, provocaram a vinda de população migrante bem como o aumento da procura de habitação quer para aquisição, quer para arrendamento. O concelho de Arruda dos Vinhos14 possui, de acordo com os Censos 2001, 4954 alojamentos familiares15 que se dividem em alojamentos clássicos (na grande maioria) e outros alojamentos, e 13 alojamentos colectivos. Tal como a distribuição territorial e populacional, as freguesias estão na mesma ordem quanto a alojamentos: Arruda (2850 familiares e 8 colectivos), Arranhó (1130 familiares e 3 colectivos), depois Santiago dos Velhos (571 familiares e 1 colectivo) e, por fim, Cardosas com 403 familiares e 1 colectivo.

Quadro 27. Alojamentos por freguesias do concelho de Arruda dos Vinhos

Total Arranhó Arruda Cardosas Santiago Velhos

Alojamentos familiares 4954 1130 2850 403 571

Alojamentos Clássicos 4939 1130 2842 398 569

Outros Alojamentos 15 0 8 5 2

Alojamentos colectivos 13 3 8 1 1 Fonte: INE, Censos 2001

Em termos de edifícios pode-se avaliar o tipo de construção existente em cada freguesia, uma vez que cada edifício pode corresponder a mais do que um alojamento, no caso da habitação dita vertical (vulgo prédios). Assim, verifica-se que em todas as freguesias, excepto na de Arruda dos Vinhos, a tendência é para a habitação horizontal unifamiliar. No caso da freguesia de Arruda, existe já uma grande quantidade de habitação vertical. O concelho de Arruda dos Vinhos apresentou uma taxa de renovação (percentagem de alojamentos construídos entre 1981 e 2001) na ordem dos 45,39 %, sendo esta semelhante à da média sub-regional (45,56%). A última década correspondeu ao período de maior construção de alojamentos no concelho de Arruda dos Vinhos. Cerca de 63,8 % do total de alojamentos no 14 Anexo 8 – Mapa de Perímetros Urbanos do concelho de Arruda dos Vinhos. 15 Alojamento Clássico: Conjunto de divisões que fazem parte de edifício com carácter permanente. Alojamento Colectivo: Destina-se a alojar mais do que uma família.



Concelho têm menos de 30 anos. Da análise do quadro verifica-se um aumento de 3223 edifícios entre os anos de 1981 e 2001.

Quadro 28. Edifícios construídos entre 1981 e 2001 Nº de Edifícios Variação

1981 1991 2001 1981/1991 1991/2001 1981/2001

Arruda dos Vinhos 640 3435 3863 2795 428 3223 Fonte: Revisão PDM, 2003

No que respeita ao estado de conservação dos edifícios no concelho de Arruda dos Vinhos, segundo os Censos de 2001 a grande maioria (62,31 %) não necessita de reparação.

Quadro 29. Estado de Conservação dos Edifícios Nº de Edifícios % Sem Necessidade de Reparação 2407 62,31

Com Necessidade de Reparação 1218 31,53 Pequenas reparações 694 17,97

Reparações médias 307 7,95

Grandes reparações 217 5,62

Muito Degradado 238 6,16

Total 3863 100,00 Fonte: Revisão PDM, 2003

Entre 1981 e 2001 ocorreram melhorias significativas, a nível concelhio, no que respeita à infraestruturação dos alojamentos, conforme se verifica no seguinte quadro.

Quadro 30. Condições de Habitabilidade no Concelho 1981 1991 2001 Nº % Nº % Nº % Água 1791 59,92 2463 75,44 3625 96,72

Esgotos 2401 80,33 2799 85,73 3390 90,45

Electricidade 2533 84,74 3165 96,94 3721 99,28

Com Instalação de Banho ou Duche

1415 47,34 2657 81,38 3478 92,80


Verifica-se que a rede de distribuição de electricidade foi a que registou melhores resultados, sendo que em 2001, 99,28 % dos alojamentos usufruíam este tipo de serviço. Relativamente às outras infraestruturas em análise, também se registou uma evolução crescente. Ao nível das freguesias verifica-se a existência de algumas disparidades no interior do concelho de Arruda dos Vinhos, contudo regista-se uma melhoria significativa nos níveis de infraestruturação em todas as freguesias em 2001.



Quadro 31. Condições de Habitabilidade nas Freguesias do Concelho

Electricidade

Água

Esgotos Instalação de Banho ou Duche

Nº % Nº % Nº % Nº % Arranhó 908 99,67 875 96,05 783 85,95 833 91,44

Arruda dos vinhos

2076 99,28 2048 97,94 1958 93,64 1976 94,50

Cardosas 269 98,53 266 97,44 232 84,98 251 91,94

Santiago dos velhos

468 98,94 436 92,18 417 88,16 418 88,37


As freguesias de Santiago dos Velhos, Cardosas e Arranhó, com características sócio-urbanísticas distintas, apresentam as maiores carências de infraestruturação, designadamente ao nível do abastecimento de água, da rede de esgotos e existência de instalações de banho ou duche nos alojamentos. A freguesia de Arruda dos Vinhos, sede de concelho e de características urbanas apresenta, em geral, as mais elevadas taxas de infraestruturação nos alojamentos. Bairro Calouste Gulbenkian Em 1971 foi realizada a escritura de doação do terreno de 13.440m2 ao Fundo Fomento de Habitação. A construção do bairro inicia-se no final da década de 60, início da década de 70. Em 2003 foi realizada uma escritura de transferência patrimonial do Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado para o Município de Arruda dos Vinhos. O Bairro Calouste Gulbenkian é constituído por 46 moradias e 123 habitantes, que apresentam as seguintes características.

Quadro 32. Caracterização dos agregados familiares do Bairro Calouste Gulbenkian Agregados Familiares Nº

Isolados 10

Família Nuclear/sem filhos 10

Família Nuclear com filhos 11

Família Monoparental 7

Família Alargada 6

Total 44

Fonte: CMAV, 2004

Podemos verificar que os dados relativos aos agregados familiares são homogéneos, sendo que a família nuclear com filhos apresenta-se em maior número, seguindo-se os isolados e a família nuclear sem filhos. Verificam-se ainda, alguns casos de família monoparentais e de famílias alargadas.



Gráfico 36. Residentes no Bairro Calouste Gulbenkian segundo o género

Masculino Feminino

Fonte: CMAV, 2004

Relativamente ao género dos habitantes deste bairro, podemos verificar que o sexo masculino está representado por 51% da população e o sexo feminino com 49%. Verificando-se assim, que os dados são bastante homogéneos.

Gráfico 37. Residentes do Bairro Calouste Gulbenkian segundo a idade

0 5 10 15 20 25 30

0 -5

6-12

13-18

19-24

25-30

31-36

37-42

43-48

49-55

56-65

> 65

Fonte: CMAV, 2004 A população residente no Bairro Calouste Gulbenkian é na sua maioria idosa; 23% da população representa a faixa etária de maiores de 65 anos, seguindo-se a faixa etária dos 56 aos 65 anos com 16 %. Podemos ainda verificar, que 9% da população representa as faixas etárias dos 49 aos 55 anos e dos 19 aos 24 anos. A população mais nova tem um índice de percentagem mais baixo. Verifica-se que a variável faixa etária dos 25 aos 30 anos representa 5% da população e apenas 2% da população caracteriza a faixa etária dos 0 aos 5 anos. Em termos profissionais, esta população é maioritariamente reformada (29%), estudante e doméstica (15% e 10%, respectivamente). Destacam-se outras profissões, tais como: Cantoneiro, Motorista, Pedreiro, Empregado de Escritório, Pintor e Empregada de Limpeza.



Relativamente à escolaridade podemos verificar que 41% dos residentes do bairro C.G. tem o 1º ciclo completo, seguindo-se 16% que não sabe ler nem escrever e 12% tem o 2ºciclo completo Apenas 2% da população tem o ensino superior e 1% completou o secundário.

Gráfico 38. Residentes do Bairro Calouste Gulbenkian segundo o nível de escolaridade

01020304050

Não

sab

ele

r nem

escr

ever

Sabe

ler e

escr

ever

1º C

iclo

Com

plet

o

2º C

iclo

Inc.

2º C

iclo

Com

p.

3º C

iclo

Inc.

3º C

iclo

Com

p.

Secu

ndár

ioIn

c.

Scu

ndár

ioC

omp.

Ens

ino

supe

rior

Fonte: CMAV, 2004

Bairro João de Deus O Bairro João de Deus é composto por 16 moradias construídas na década de 50 e que foram atribuídas, mediante alvará de concessão, ao abrigo do art. 1º do Dec. Nº 35106. Há registos de alvarás concedidos até à década de sessenta, sendo os primeiros, possivelmente atribuídos em 1952. Presentemente residem no bairro 27 pessoas. A habitação nº 26 não é considerada nesta análise uma vez que está em curso um processo de âmbito administrativo.

Quadro 33. Caracterização dos agregados familiares do Bairro João de Deus

Agregados Familiares Nº Isolados 5

Família Nuclear/sem filhos 4

Família Nuclear com filhos 1

Família Monoparental 3

Família Alargada 2

Total 15 Fonte: CMAV, 2004

Podemos verificar que os dados relativos aos agregados familiares são heterogéneos, sendo que a maior parte são isolados, seguindo-se a família nuclear sem filhos. Neste bairro verifica-se a existência de 3 famílias monoparentais, 2 famílias alargadas e apenas uma família nuclear com filhos.



Gráfico 39. Residentes no Bairro João de Deus segundo o género

48%

52%

Masculino Feminino

Fonte: CMAV, 2004

Relativamente ao género existem 14 habitantes do sexo feminino e 13 do sexo masculino, verificando-se assim, que os dados são bastante homogéneos.

Gráfico 40. Residentes no Bairro João Deus

segundo a idade

0 2 4 6 8 10 12 14

> 64

54 a 63

44 a 53

34 a 43

24 a 33

14 a 23

3 a 13

Fonte: CMAV, 2004

A estrutura etária da população residente no Bairro João de Deus é na sua maioria mais idosa, 45% da população representa a faixa etária de maiores de 65 anos. De seguida apresenta-se a população dos 44 aos 53 anos (19%) e dos 34 aos 43 anos de idade (15%). Verifica-se ainda, que a população com 3 a 13 anos, 24 a 33 e 54 a 63 anos de idade representam, cada grupo, apenas 4 % do total de residentes do bairro. Existe grande diversidade a nível profissional dos residentes deste bairro. Assim, verifica-se que 31% da população é pensionista e que 12% são, igualmente, reformados, domésticas e cantoneiros. Pode concluir-se que existe um índice elevado de população inactiva. Por outro lado, os restantes habitantes têm profissões consideradas desqualificadas.

Relativamente à escolaridade, verifica-se que a maior parte da população tem o 1ºciclo completo (40%), seguindo o analfabetismo com 28%.



Gráfico 41. Residentes no Bairro João Deus segundo o nível de escolaridade

02468

1012

Analfabeto 1ºcicloincompleto

1ºciclo completo 2ºcicloincompleto

2ºciclo completo 3ºcicloincompleto

Fonte: CMAV, 2004

Habitação a Custos Controlados No âmbito da política de habitação e na prossecução de programas de habitação social, o Município de Arruda dos Vinhos no ano de 1999 iniciou o processo de construção de 60 fogos (distribuídos pela Tipologia T1, T2 e T3) a custos controlados, onde o município tinha preferência de aquisição das habitações. Neste âmbito o município adquiriu 7 habitações para arrendamento, conforme o estipulado no Acordo de Colaboração assinado entre o Município e o Instituto Nacional de Habitação. Os restantes fogos foram vendidos, a custos controlados, e segundo critérios definidos à partida. É deste tipo de habitação que continua a haver procura por parte da população jovem ou carenciada. É de salientar que o Município tem em projecto a construção de mais 30 alojamentos de habitação social no centro da vila de Arruda dos Vinhos (21 fogos para arrendamento e 9 fogos para aquisição a custos controlados), onde se encontra actualmente o Bairro João de Deus, salvaguardando o realojamento dos seus actuais residentes. Programa RECRIA O Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados (RECRIA), visa financiar a execução das obras de conservação e beneficiação, que permitam a recuperação de fogos e imóveis em estado de degradação, mediante a concessão de incentivos pelo Estado e pelos municípios. Este programa destina-se à recuperação de imóveis de arrendamento consistindo numa comparticipação a fundo perdido concedida pelo Instituto Nacional de Habitação e pela Câmara Municipal do concelho onde se situa o imóvel e ainda a possibilidade da concessão de um financiamento para a parte não comparticipada.

No Município de Arruda dos Vinhos foram financiados dois projectos de recuperação, no ano de 2002, ambos do mesmo proprietário e situados na freguesia de Arruda dos Vinhos. Nesta área-temática, foi identificado como problema um elevado número de procura de habitação social. Tem-se verificado o aumento dos preços de habitação, para venda ou arrendamento, o que originou a efectuação progressiva de pedidos de



habitação junto do Município, uma vez que parte da população ficou impossibilitada de fazer face às despesas com a habitação. Por outro lado, algumas habitações encontram-se em estado de degradação acentuado em que as condições de habitabilidade são fracas em virtude dos seus proprietários não terem realizado as respectivas obras de manutenção e conservação.

Recorrendo a dados actualizados, foram efectuados 43 pedidos desde 2001, envolvendo cerca de 108 pessoas. Contudo, e apesar de não existirem no concelho concentrações de zonas com barracas, o número de inscritos não corresponde ao numero de situações de carência habitacional. Tendo como experiência acções de realojamento anteriores, verifica-se sempre um aumento de inscrições aquando da realização da respectiva acção ou quando existe a informação de habitação disponível/vaga para alojamento.

Com aplicação da Grelha SWOT e do Modelo de Eisenhower é possível apresentar o seguinte esquema:

Fraquezas Nível II

Elevado número de população que procura habitação social Forças

Município de Arruda dos Vinhos Juntas de Freguesia Habitação Social existente

Oportunidades

Acordo de Colaboração com o Instituto Nacional de Habitação Candidatura ao Programa RECRIA e SOLARH

Ameaças

Falta de financiamento dos programas de apoio

Propostas Construção de um bairro social integrado que contemple a forma de

arrendamento e de aquisição Levantamento do parque habitacional degradado que possa reunir os

critérios no âmbito dos programas de apoio



9. Acessibilidade, Ordenamento e Ambiente

A acessibilidade é aqui referida enquanto capacidade quer de acesso facilitado a serviços e equipamentos públicos e privados por parte da população deficiente, quer da mobilidade da população em geral. Relativamente à primeira condição, é de salientar que são poucos os edifícios que se encontram munidos com as devidas condições de acesso a deficientes. No levantamento fotográfico efectuado por parte do Município, aquando do Ano Internacional da Pessoa com Deficiência, algumas adaptações não cumprem os requisitos legais, condicionando, dessa forma, o acesso. Relativamente à segunda questão, a mobilidade da população em geral, prende-se com a rede viária e de transportes, assim como com o conhecimento da localização de espaços públicos, privados e monumentos. Assim, foi considerada uma lacuna, a sinalética existente em Arruda dos Vinhos, que não favorece a divulgação e o acesso a este tipo de equipamentos, havendo necessidade de reforça-la. A estrutura da rede viária do concelho de Arruda dos Vinhos assenta, fundamentalmente, nas estradas nacionais, atendendo que é nessas vias que se processa o maior volume de tráfego intra e inter-concelhio. Porém, para além das Estradas Nacionais 115, 248, 115-4, 248-2 e 248-3, também a Estrada Municipal 528 e o Caminho Municipal 1223 desempenham uma função estruturante no seio da rede viária concelhia. A classificação administrativa da rede viária determina a sua hierarquia. Assim, tem-se:

Num primeiro nível, as Estradas Nacionais (E.N.), na dependência directa do Instituto das Estradas de Portugal (IEP);

No segundo e terceiro níveis, as Estradas e Caminhos Municipais, na dependência da Câmara Municipal.

Num quarto nível estão as estradas e caminhos florestais, na dependência dos serviços florestais e de outras vias ou caminhos, vicinais, agrícolas, de natureza pública ou particular.

As estradas nacionais que atravessam o concelho de Arruda dos Vinhos, e respectiva extensão, estão identificadas no quadro seguinte. Totalizam cerca de 21 mil metros de vias no interior do Concelho, constituído a principal estrutura da rede viária municipal.



Quadro 34. Estradas Nacionais no Concelho de Arruda dos Vinhos

Estradas Nacionais

Extensão (m)

EN 115 6.163

EN 115-4 15.040

EN 248 9.401

EN 248-2 3.254

EN 248-3 2.086

Total 20.904

Fonte: CMAV, 2004 A rede de estradas e caminhos municipais desempenham, igualmente, uma função crucial na mobilidade quotidiana dos habitantes de Arruda dos Vinhos. A rede de estradas municipais no interior do concelho totaliza cerca de 18.600 metros e a rede de caminhos municipais cerca de 53.500 metros. Das 7 estradas municipais e dos 29 caminhos municipais existentes no concelho de Arruda dos Vinhos, destacam-se a Estrada Municipal 528 e o Caminho Municipal 1223 pela sua importância na rede viária concelhia. A primeira assegura a ligação da Freguesia de Santiago dos Velhos com o resto do Concelho e o segundo atravessa a Freguesia de Cardosas.

Quadro 35. Estradas Municipais no Concelho de Arruda dos Vinhos Estradas

Municipais

Extensão (m) EM 525 1.308

EM 528 5.945

EM 528-1 1.301

EM 530 6.069

EM 530-1 554

EM 531 934

EM 533 2.065

Total 18.576

Fonte: CMAV, 2004



Quadro 36. Caminhos Municipais no Concelho de Arruda dos Vinhos

Caminhos

Municipais

Extensão (m)

CM 1117 3.294

CM 1211 715

CM 1216 606

CM 1217 4.480

CM 1219 1.610

CM 1220 2.486

CM 1221 2.521

CM 1221-1 619

CM 1222 1.055

CM 1223 5.797

CM 1223-1 2.164

CM 1224 3.856

CM 1224-1 1.600

CM 1224-2 988

CM 1224-3 571

CM 1225 737

CM 1226 3.385

CM 1226-1 619

CM 1227 765

CM 1228 2.398

CM 1228-1 869

CM 1228-2 860

CM 1229 2.095

CM 1230 712

Fonte: CMAV, 2004 Para além das estradas nacionais, estradas e caminhos municipais, o concelho de Arruda dos Vinhos dispõe de um conjunto de caminhos agrícolas, num total de 22 vias.



Quadro 37. Caminhos Agrícolas no Concelho de Arruda dos Vinhos

Caminhos Agrícolas

Extensão (m)

CA1 1 3.207

CA1 1-1 1.443

CA2 1 298

CA2 2 742

CA2 2-1 147

CA2 3 746

CA2 4 1.081

CA2 5 410

CA2 6 1.157

CA2 7 934

CA2 8 689

CA2 9 147

CA2 10 604

CA2 11 1.098

CA2 12 2.688

CA2 12-1 394

CA2 12-2 170

CA3 1 254

CA3 2 215

CA3 3 225

CA3 4 829

CA4 1 1.752

Total 19.230

Fonte: CMAV, 2004 A rede viária concelhia apresenta, actualmente, alguns constrangimentos decorrentes da falta de articulação interna e regional, bem como problemas resultantes do atravessamento dos aglomerados urbanos pelo tráfego pesado.

A rede concelhia apresenta, em geral, um traçado bastante sinuoso, em resultado de um relevo bastante movimentado, e perfis longitudinais significativamente estreitos. Estes atributos, associados ao mau estado de conservação do pavimento de algumas vias, são potenciadores de situações de insegurança para os automobilistas.

É de salientar que o mau estado de conservação de algumas vias existentes tem motivado o desenvolvimento de intervenção por parte da Autarquia e do Instituto das Estradas de Portugal no sentido de resolver algumas situações mais graves: foi recuperado todo o troço da E.N. 115-4, que atravessa o



Concelho, e adjudicada a recuperação da E.N. 248-2 e da E.M. 528 – Santiago dos Velhos/Alto da Vila Nova. Foi ainda rectificado o pavimento da E.N. 248-3, no interior do aglomerado de Á-do-Barriga, que muito sofreu com as obras da construção do nó de acesso da A 10 e da própria Auto-Estrada. Com a construção do prolongamento da A10 muitas vias municipais se encontram actualmente em muito mau estado.

Com o intuito de melhorar articulação interna na rede viária e de retirar o tráfego de pesados do centro dos aglomerados urbanos do Concelho a autarquia tem previsto o desenvolvimento dos seguintes projectos rodoviários:

Construção de três variantes ao aglomerado urbano da sede de Concelho, sendo uma interna e duas externas: uma variante à E.N. 248 e as outras ligando a E.N. 248 à E.N. 115-4, fazendo com que esta seja no futuro a via estrutura da ligação entre as Zonas Industriais e a A10 e o IC11;

Estabelecer uma ligação directa e com um perfil adequado, entre Santiago dos Velhos e a E.N. 115-4 através da estrada que serve aquela Freguesia e a localidade de N.ª Senhora da Ajuda, na Freguesia de Arranhó;

Ligar a E.N. 115 à E.N. 115-4 através de uma variante à Zona Industrial de Reciclagem (ZIR) em Arranhó e consequentemente ao aglomerado urbano de Arranhó e N.ª S.ª da Ajuda, estando já prevista no Plano de Pormenor em elaboração para aquela zona;

Melhorar as ligações das freguesias de Arranhó e de Santiago dos Velhos (com grande actividade industrial e comercial) à sede de Concelho e à A10, de forma a desviar o tráfego de pesados do interior dos aglomerados populacionais.

Para além destas intervenções, seria de todo o interesse para o desenvolvimento da zona ocidental do concelho, nomeadamente para as zonas industriais previstas (Zona Industrial de Reciclagem e Zona Industrial de A-de-Mourão), promover uma ligação rodoviária estruturante desta área ao nó da A10. A Estrada Municipal 528-1 apresenta grandes potencialidades para assumir essa função de ligação das zonas industriais à rede rodoviária fundamental. A articulação entre Arranhó, Santiago dos Velhos e A-de-Mourão poderá ser garantida pela constituição de um nó na confluência da EM 528 com a EM 528-1, junto da povoação de Lameiro das Antas. Os dados disponíveis dos Recenseamentos de Tráfego efectuados pelo Instituto de Estradas de Portugal (IEP) relativos ao Concelho de Arruda dos Vinhos, são muito escassos, atendendo a que existem somente dois pontos de contagem implantados na rede viária do Concelho e na sua proximidade. O posto 583, situado no Km 12,77 da E.N. 248, tem registo de dados de tráfego para os anos de 1985, 1990, 1993 e 1996. O posto 586, situado no Km 19,6 da E.N. 248, dispõe de dados de tráfego para os anos de 1980, 1985, 1990, 1992, 1995 e 1998. A E.N. 248 é uma via estruturante do concelho de Arruda dos Vinhos e atravessa a sede de Concelho. Assim, a caracterização do tráfego das Estradas Nacionais do Concelho será realizada com base nos recenseamentos de 1990 e 1996/1998 nos postos 583 e 586. O quadro seguinte apresenta os resultados dos recenseamentos nos postos 583 e 586, traduzindo o Tráfego Médio Diário Anual (TMDA) para os veículos motorizados ligeiros e pesados.



Quadro 38. TMDA da E.N. 248

Posto Ano Ligeiros Pesados Total

1990 1701 218 1919 583 1996 2683 233 2916 1990 2898 314 3212 586 1998 5557 427 5984

Fonte: Revisão do PDM, 2003

Pode concluir-se que o tráfego rodoviário efectuado na E.N. 248 aumentou de forma significativa nos últimos anos e em especial no troço mais a jusante, que estabelece a ligação entre a Vila de Arruda dos Vinhos e o Concelho de Vila Franca de Xira. Em 1998, o Tráfego Médio Diário Anual no troço sul da E.N. 248, a jusante da sede de Concelho, foi cerca de 6000 veículos motorizados.

É de salientar que o tráfego de veículos pesados, apesar de ter aumentado em termos absolutos, registou uma quebra em termos relativos. O volume de veículos pesados no total de TMDA registado nos postos 583 e 586 foi de 8% (ano 1996) e 7% (ano 1998) respectivamente, o que demonstra que a população se desloca de ou para Arruda dos Vinhos recorrendo ao transporte individual particular. O serviço de transporte colectivo de passageiros no concelho de Arruda dos Vinhos é assegurado por um único operador, a empresa “Boa Viagem”. O concelho é servido por cerca de 15 carreiras, que asseguram a ligação aos principais centros urbanos da região, designadamente a Lisboa (Campo Grande), Vila Franca de Xira, Alverca, Alhandra, Carregado, Sobral de Monte Agraço e Bucelas. As frequências dos autocarros ao longo do dia são razoáveis, e em algumas carreiras, designadamente as que asseguram as ligações aos centros urbanos mais importantes, a periodicidade é horária. Aos sábados, Domingos e Feriados mantêm-se as carreiras, embora com horários e frequências mais reduzidas.

Os valores médios de distância-tempo entre a Vila de Arruda dos Vinhos e os principais centros urbanos exteriores ao Concelho, com base nas carreiras de transporte colectivo existentes são as que se apresentam de seguida. Quadro 39. Valores médios de distância-tempo, em transporte colectivo, entre a Vila de Arruda dos Vinhos e

os principais centros urbanos exteriores ao Concelho

Centros Urbanos Distância Tempo (Minutos)

Alhandra 25 Alverca 30 Bucelas 20 Carregado 25 Lisboa 60 Sobral de Monte Agraço 20 Torres Vedras 50 Vila Franca de Xira 30

Fonte: Elaboração própria com base nos horários da “Boa Viagem”, 2004



No interior do Concelho de Arruda dos Vinhos existem cerca de 4 carreiras de transporte colectivo rodoviário que asseguram a ligação dos principais aglomerados populacionais à sede de Concelho. A oferta de autocarros concentra-se nas “horas de ponta”, designadamente de manhã (7/8 horas), ao princípio da tarde (12/13 horas) e ao final do dia (18/19 horas). A importância de Cardosas, como sede de freguesia, na estrutura urbana do Concelho, exige que este aglomerado seja contemplado por mais carreiras. Os valores médios de distância-tempo entre a Vila de Arruda dos Vinhos e os principais aglomerados populacionais no interior do Concelho com base nas carreiras de transporte colectivo existentes são as que se apresentam no quadro 31.

Quadro 40. Valores médios de distância-tempo, em transporte colectivo, entre a Vila de Arruda dos Vinhos e os principais aglomerados populacionais no interior do Concelho

Centros Urbanos Distância Tempo

(Minutos) A-dos-Arcos 14 Camondes 18 A-do-Baço 22 Alcobela de Baixo 26 Alcobela de Cima 28 Antas 9 Quinta da Serra 12 Carapinteira 17 Casais da Granja 20 Mata 5 Carvalha 13 Louriceira 20 A-de-Mourão 30 Santiago dos Velhos 30 Arranhó 30

Fonte: Elaboração própria com base nos horários da “Boa Viagem”, 2004 Resta referir que a Câmara Municipal tem em curso o desenvolvimento de um projecto de construção de um Terminal Rodoviário na Vila de Arruda dos Vinhos, destinado a melhorar o serviço de transportes colectivos do Concelho. O empreendimento prevê a construção de um edifício com três pisos, ficando o piso térreo adstrito ao Terminal Rodoviário e os restantes pisos destinados a acolher serviços de utilidade pública.

A existência de excesso de trânsito na vila decorre do facto da grande centralidade desta, uma vez que é a confluência de várias estradas nacionais cujos veículos que nela transitam têm obrigatoriamente de passar pela vila, e da localização de alguns serviços públicos e privados no centro da vila. O Município tem desenvolvido algumas iniciativas no sentido de fazer face a este problema, sobretudo com o tráfego que vem de outros centros urbanos (Vila Franca de Xira, Alhandra, Alverca e Lisboa) e que sobrecarregam a vila, com a colocação de placas de circuito alternativo. No entanto, a passagem pelo centro da vila é uma questão de rotina e de hábito que se torna difícil de combater. Presentemente, o trânsito de pesados e de transportes colectivos passou a circular pela Rua Timor Lorosae, Rua Eng. Adriano Brito da Conceição e Rua Irene Lisboa, seguindo para o respectivo destino. Estão a ser estudados projectos para a resolução deste problema,



sendo que uma das soluções passa pela construção de uma variante à vila de Arruda dos Vinhos com início junto ao Cemitério de Arruda dos Vinhos, facilitando deste modo a circulação do tráfego que segue para Norte e Este, que se dirige para o Parque Industrial de Arruda dos Vinhos ou para o Núcleo Empresarial de Arruda dos Vinhos. Outra das razões para o congestionamento do tráfego passa pela forma como os automobilistas deixam as suas viaturas estacionadas. O estacionamento abusivo e em segunda fila dificulta quer a acessibilidade e movimentação do peão, quer das outras viaturas, provocando graves situações de engarrafamento. No entanto este é um problema para o qual as forças de segurança já foram alertadas, uma vez que é da sua área de competência. As ruas centrais da vila – Rua João de Deus e Rua Cândido dos Reis – estão devidamente identificadas e monitorizadas para este problema, encontrando-se devidamente sinalizadas, em boas condições de utilização e são vias de sentido único, em que o estacionamento na primeira é permitido apenas do lado esquerdo e na segunda apenas do lado direito. Existe um projecto para ser criada uma zona de estacionamento de duração limitada no centro da vila, nomeadamente Rua Heróis do Ultramar e parte da Rua Cândido dos Reis que irá ordenar o estacionamento e fluidez do tráfego como também irá constituir uma mais valia no acesso aos serviços (Município, Bancos, Centro de Saúde, Infantário da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos, Cartório, Agrupamento de Escolas do 1º Ciclo, entre outros), ao comércio local existente e consequente melhoria na acessibilidade por parte do peão através de uma maior disciplina. O jardim municipal é um espaço antigo que envolve uma manutenção rigorosa. É da responsabilidade do município a sua preservação e conservação, havendo sempre melhorias a efectuar, sendo um espaço que necessita de uma intervenção de fundo. As acções de conservação são exigentes e delicadas e têm consistido na manutenção do espaço, no reforço da iluminação, na melhoria significativa dos espaços de lazer existentes (Parque Infantil, Corte de Ténis, Campo de Aprendizagem e Parque da Merendas). No entanto é notória a necessidade de uma intervenção de fundo na área da jardinagem e dos espaços verdes. As questões de planeamento e ordenamento do território são complexas, existindo um instrumento fundamental quando nos referimos a estas questões que é o Plano Director Municipal. No que se refere aos perímetros urbanos é de salientar que ainda existe espaço para a edificação e que com a construção da A10 houve uma pressão urbanística. O PDM é um instrumento que permite planear equilibradamente. No entanto, a pressão urbanística é sentida sobretudo, no perímetro urbano da vila de Arruda dos Vinhos. Apesar do desenvolvimento que tem havido nos últimos anos, os respectivos perímetros urbanos estão longe da ocupação máxima, isto é, ainda existe espaço livre onde é permitida a construção, o que significa que durante os próximos anos a pressão imobiliária irá continuar a existir. Esta pressão urbanística e os novos loteamentos levantam outro tipo de questões, nomeadamente a planificação de equipamentos de apoio de natureza diversificada para garantir um nível de qualidade de vida elevado da população. Um exemplo



dessa planificação foi a construção do novo jardim-de-infância de Arruda dos Vinhos, que se encontra preparado para, quando se justificar, poder ser alargado, sendo edificado um novo espaço, assim como o da ampliação da Escola do 1º Ciclo do ensino Básico de Arruda dos Vinhos a decorrer, e a construção do novo Centro de Saúde. Relativamente à questão da limpeza dos rios, este problema deve ser analisado sob dois eixos. O primeiro que se relaciona com as descargas dos efluentes domésticos, e neste âmbito Arruda dos Vinhos tem a funcionar, desde Abril de 2004, a ETAR – Estação de Tratamento de Águas Residuais. O que era anteriormente lançado para o Rio Grande da Pipa e Ribeira das Salemas é, agora, conduzido para o referido equipamento, embora seja necessário efectuar algumas ligações para que o tratamento seja total. Por outro lado, existem algumas “ligações clandestinas” que foram efectuadas ao longo dos anos que é necessário identificar e eliminar, para que todo o esgoto seja tratado. No que concerne às restantes freguesias a implementação deste processo está atrasada. É intuito do Município, que no decurso do ano de 2005, as freguesias de Arranhó, Cardosas e Santiago dos Velhos tenham esta situação resolvida. O segundo eixo consiste na limpeza das linhas de água, sobretudo as mais problemáticas e mais próximas dos aglomerados urbanos, retirando a matéria vegetal que cresce naturalmente no leito do rio mas que pode criar diversos problemas de escoamento de água. A par deste problema, os rios consistem em locais para descarga de entulho, sobretudo da construção civil. Neste âmbito, o Município tem desenvolvido uma acção de limpeza e manutenção quer da vegetação, quer do entulho, bem como acções de sensibilização para não abandonarem esse tipo de lixo, ou qualquer outro, junto das linhas de água, para além de uma acção de fiscalização. Com aplicação da Grelha SWOT e do Modelo de Eisenhower é possível apresentar o seguinte esquema:

Fraquezas Nível I

Dificuldade nos acessos aos locais públicos por parte de pessoas portadoras de deficiência

Falta de sinalética de espaços públicos, privados e monumentos Deficiente rede de transportes colectivos, essencialmente aos feriados e

fins-de-semana Mau estado geral de algumas estradas e caminhos municipais

Nível II Elevado grau de poluição dos rios

Nível IV Falta de ordenamento do trânsito e estacionamento Falta de limpeza dos rios Mau estado do jardim municipal Excesso de trânsito na Rua Cândido dos Reis Deficiente ordenamento e planeamento do território relativamente aos

espaços livres Forças

Município de Arruda dos Vinhos Comercio Local Plano Director Municipal



Deslocação física dos seguintes equipamentos: Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos e Creche e Jardim-de-Infância da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos

Juntas de Freguesia Ameaças

Falta de financiamento Oportunidades

III Quadro Comunitário de Apoio Candidatura ao Programa de Investimento e Despesas de

Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) Guarda Nacional da Republicana – Serviço de Protecção da Natureza e

do Ambiente (SEPNA)

Propostas Fechar de um modo condicionado e reclassificar a Rua Cândido dos Reis

– zona de lazer Requalificar o jardim municipal Criação de um Gabinete de planeamento territorial Requalificação do centro da vila Criação de um Gabinete de Planeamento estratégico Discussão Publica do problema



10. Segurança

O Jardim Municipal e toda a zona envolvente estão associados, em determinadas horas, à presença de indivíduos com comportamentos desviantes o que provoca obviamente um sentimento de insegurança. No entanto, a este nível, a futura localização do Posto da Guarda Nacional Republicana neste espaço, mais especificamente no Edifício da antiga Junta Autónoma de Estradas, irá constituir uma mais-valia em toda esta área para a tranquilização de todos os que frequentam o Jardim Municipal. De facto o posicionamento geo-estratégico do Quartel da GNR é importante para esta zona, uma vez que irá estar no centro de uma zona de grande dinâmica, dado que a sua área de influência directa consiste no Jardim Municipal, Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico de Arruda dos Vinhos, Externato João Alberto Faria, Associação de Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos e Bairro Calouste Gulbenkian. No entanto, existe a possibilidade destes grupos passarem a concentrar-se noutras zonas da vila, havendo deslocação do problema. Neste sentido, deveria ser assegurado o reforço do patrulhamento em zonas como: junto às instalações do ex-Externato Irene Lisboa, Parque Radical junto à Agrocamprest e Espaço-Bar, e na zona envolvente à urbanização da Quinta de S. Lázaro. Tendo em consideração o crescente sentimento de insegurança da comunidade, é necessário o desenvolvimento de um conjunto de acções de informação/formação sobre segurança e dirigida a grupos-alvo mais vulneráveis. Neste âmbito, já foram desenvolvidas acções de sensibilização em segurança para idosos. Os dados relativos à segurança, disponibilizados pela GNR de Arruda dos Vinhos, dizem respeito aos acidentes de viação de 1997 a 2003 e à criminalidade global de 2000 a 2003. De acordo com o gráfico seguinte, salvaguardando o facto de até ao ano 2000 não estarem contabilizados os acidentes de viação só com danos, ou seja, estavam apenas considerados os acidentes com feridos ou mortos, constata-se que os acidentes aumentaram consecutivamente até 2001, tendo diminuído ligeiramente em 2002 e voltaram a subir, em 2003, para o valor máximo: 184 acidentes de viação. Os acidentes que apenas causaram danos acompanham esta tendência evolutiva. Por outro lado, os feridos leves aumentam de 1997 para 1998 e depois decrescem até 2000, voltando a subir até 2003. Os restantes feridos e mortos decorrentes dos acidentes apresentam valores baixos.



Em termos de criminalidade global, verifica-se que o crime contra o património tem sido, ao longo dos últimos anos, o mais elevado, sendo a sua tendência de aumento. De seguida surgem os crimes contra pessoas e contra a vida em sociedade, embora com valores mais baixos. Em termos globais, constata-se que a criminalidade tem vindo a aumentar originando um clima de insegurança na comunidade, atendendo ao facto de Arruda dos Vinhos ser um concelho com características ainda rurais.

Gráfico 43. Criminalidade global, por tipo de crime, de 2000 a 2003

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

2000 2001 2002 2003

Fonte: GNR, Destacamento Territorial de Vila Franca de Xira, 2003

Contra pessoas Contra património Contra a vida em sociedade

Contra Estado Por legislação Avulsa

No concelho, as entidades com competência em matéria de segurança16 são: Guarda Nacional Republicana, Conselho Municipal de Segurança, Serviço Municipal de Protecção Civil e Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos. A Guarda Nacional Republicana local depende do Ministério da Administração Interna, pertencendo à Brigada nº2, GT/Loures e Destacamento Territorial de Vila Franca de Xira, possuindo 16 elementos que prestam serviço neste Posto Territorial de Arruda dos Vinhos. 16 Anexo 6 – Caracterização institucional dos equipamentos de segurança no concelho.

Gráfico 42. Acidentes de Viação

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

Fonte: GNR, Destacamento Territorial de Vila Franca de Xira, 2003Acidentes Feridos Leves Feridos Graves Mortos Só danos



O Conselho Municipal de Segurança é uma entidade de âmbito municipal, com funções de natureza consultiva, de articulação, informação e cooperação. Os objectivos desta estrutura são os seguintes: contribuir para o aprofundamento do conhecimento da situação de segurança na área do município, através da consulta entre todas as entidades que o constituem, formular propostas de solução para os problemas de marginalidade e segurança dos cidadãos no respectivo município e participar em acções de prevenção, promover a discussão sobre medidas de combate à criminalidade e à exclusão social do município e aprovar pareceres e solicitações a remeter a todas as entidades que julgue oportunos e directamente relacionados com as questões de segurança e inserção social. Foi criado o Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC), com dependência directa do Presidente da Câmara que nomeou o Coordenador e os Operacionais desse serviço municipal. Este processo foi iniciado em 2000 com a aprovação do Plano Municipal de Emergência e com a criação do Conselho Municipal de Segurança. Paralelamente, desenvolveram-se esforços no sentido de aprontar um SMPC capaz de dar respostas necessárias às diversas situações que emanam da sociedade civil. A Comissão Municipal de Protecção Civil (CMPC) é um órgão que reúne todos os meses e que é constituído pelas entidades com responsabilidade directa na área da Protecção Civil. Entre estes encontram-se os Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos, Guarda Nacional Republicana, Centro de Saúde e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Arruda dos Vinhos. As funções deste serviço consistem na realização de simulacros, palestras e concepção de Planos de Emergência específicos, sejam estes nos estabelecimentos escolares ou de prevenção para a zona história de Arruda dos Vinhos ou de prevenção a cheias, bem como continuar a recensear valências e riscos para introduzir no Plano Municipal de Emergência. Outras das funções é o apoio aos Bombeiros Voluntários. A Associação dos Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos foi fundada no ano de 1889. Esta associação constitui um pilar fundamental de socorro à população do concelho de Arruda dos Vinhos, a sua missão enquadra-se no serviço de socorrer e salvar pessoas e bens. Esta associação conta com cerca de 3.184 sócios. No entanto, verifica-se que ao longo dos últimos anos este número tem vindo progressivamente a diminuir. No ano de 2002 respondeu a 6.509 solicitações, na sua maioria dentro do concelho. Com aplicação da Grelha SWOT e do Modelo de Eisenhower é possível apresentar o seguinte esquema:

Fraquezas Nível I

Insuficiente intervenção, formação e prevenção na área da segurança Falta de meios que garantam maior segurança no Bairro Calouste

Gulbenkian e zona envolvente Insuficiente vigilância pela Escola Segura junto ao jardim municipal, das

EB1 e Externato João Alberto Faria Forças



Município de Arruda dos Vinhos Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arruda dos Vinhos Guarda Nacional Republicana Conselho Municipal de Segurança Juntas de Freguesia Serviço Municipal de Protecção Civil Associação de Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos

Oportunidades

Localização das futuras instalações do quartel da GNR Recursos humanos com formação para o desenvolvimento de acções de

intervenção, formação e prevenção na área da segurança Escola Segura

Ameaças

Falta de Meios Financeiros para a realização das obras de adaptação do quartel da Guarda Nacional Republicana (junto ao Jardim Municipal, E.B. 1 e Externato João Alberto Faria)

Indisponibilidade de afectação de mais horas e elementos da Escola Segura

Propostas

Desenvolvimento de acções de formação e prevenção na área da segurança

Formação de técnicos da parceria para o desenvolvimento de acções de sensibilização

Maior afectação em numero de horas e elementos da Escola Segura na área identificada



CONCLUSÃO Este diagnóstico social do concelho de Arruda dos Vinhos, enquanto instrumento dinâmico, é resultado do trabalho de participação de diversas forças-vivas. Este documento analisa a realidade concelhia nas várias áreas sendo fruto de uma co-responsabilidade dos parceiros. Este trabalho irá permitir o desenvolvimento de um processo de intervenção ao nível social, económico, cultural e organizacional numa conjuntura de rentabilização de recursos materiais, humanos, financeiros e logísticos. Por outro lado, privilegia-se o desenvolvimento de uma acção preventiva de situações de pobreza e exclusão social apostando na resolução de problemas que melhorem a qualidade de vida dos grupos mais vulneráveis (idosos, crianças e jovens). Assim, é importante identificar os problemas que emergiram da participação dos parceiros, das prioridades de intervenção estabelecidas e das propostas de resolução apontando alguns eixos de desenvolvimento social.

PROBLEMAS

PROPOSTAS

Nível I

Falta de articulação na promoção de actividades de ocupação de tempos livres para crianças e jovens

Falta de edifícios escolares condignos

Inexistência de um jornal informativo

Falta de um centro de recursos/materiais técnicos de apoio a deficientes e outros necessitados

Existência de comportamentos de risco por parte da população juvenil

Mau funcionamento do sistema de marcação de consultas do dia


Ciclo de teatro Workshop de teatro juvenil Cursos de âmbito cultural: teatro, fotografia, azulejo, rádio

Criação de um Boletim da Rede Social – CLASAV

Página da Internet de âmbito social – boletim digital

Criação de um jornal local (retomar o CLARIM)

Criação de um Centro de Recursos Integrado

Elaboração do Plano Municipal de Prevenção da Toxicodependência

Maior divulgação da ligação/existência do CAT Torres Vedras

Sensibilização para o CAT



e programadas Falta de uma equipa de

intervenção precoce

Aumento do número de sinalizações à CPCJ

Escassez de recursos materiais e humanos por parte dos serviços da segurança social

Baixo nível de cobertura de lares de terceira idade

Falta de actividade de ocupação de tempos livres para idosos

Falta de investimento e divulgação de um turismo de passagem

Dificuldade nos acessos aos locais públicos por parte de pessoas portadoras de deficiência

Falta de sinalética de espaços públicos, privados e monumentos

Deficiente rede de transportes, essencialmente aos feriados e fins-de-semana

Mau estado geral de algumas estradas e caminhos municipais

Insuficiente intervenção, formação e prevenção na área da segurança

Falta de meios que garantam maior segurança no Bairro Calouste Gulbenkian e zona envolvente

Insuficiente vigilância pela Escola Segura junto ao jardim municipal, das EB1 e Externato

Torres Vedras Discussão do sistema por um grupo representativo de utentes

Jornada de Desenvolvimento nesta área temática

Criação de Centros de Dia/convívio nas associações e colectividades

Elaboração da Carta Social do Município

Desenvolvimento de projectos de animação social

Criação de uma bolsa de amas

Maior afectação em termos de carga horária por parte da técnica do Serviço Local de Vila Franca de Xira

Construção de um novo Lar Criação de Centros de Convívio/Lazer descentralizados



Nível II

Insucesso escolar

Inexistência de respostas locais públicas ao nível da saúde mental (psiquiatria e pedopsiquiatria)

Falta de meios para garantir consultas médicas periódicas em Cardosas e S. Tiago dos Velhos

Falta de um fisioterapeuta que se desloque à residência dos utentes acamados no âmbito de um recurso público

Inexistência de uma unidade de cuidados paliativos

Falta de equipamentos para a juventude

Dificuldades de integração das comunidades imigrantes

Poucas respostas ao nível de cursos de formação profissional

Elevado número de população que procura habitação social

Elevado grau de poluição dos rios

Criação da Unidade de Cuidados Paliativos

Contratação de um técnico especializado em fisioterapia

Criar um sistema integrado de consulta descentralizada nas freguesias (excepto as freguesias de Arruda dos Vinhos e Arranhó)

Comissão de apoio aos imigrantes

Posto de atendimento ao cidadão

Nível III

Falta de uma política cultural definida e participada

Definição de uma Carta Cultural


Nível IV

Baixo nível de escolaridade da população/analfabetismo

Absentismo escolar pontual Falta de horários prolongados no

ensino pré-escolar onde há necessidade

Inexistência de uma equipa de

apoio social de transição entre a

Criação de um gabinete de apoio



unidade de cuidados continuados e a residência do utente

Elevada taxa de alcoolismo

Falta de uma escola profissional

Falta de acções de formação para agregados familiares

Elevada taxa de população idosa Baixo nível de escolaridade e

qualificação profissional da população activa

Falta de uma feira ou mercado Falta de emprego noutros

sectores além do terciário

Falta de ordenamento do trânsito e estacionamento

Falta de limpeza dos rios Mau estado do jardim municipal Excesso de trânsito na Rua

Cândido dos Reis Deficiente ordenamento e

planeamento do território relativamente aos espaços livres

Campanhas de sensibilização Divulgação do Centro Regional de Alcoologia de Lisboa

Plano de Prevenção – formação de pais, cursos de aprendizagem

Fechar de um modo condicionado e reclassificar a Rua Cândido dos Reis – zona de lazer

Requalificar o jardim Criação de um Gabinete de planeamento territorial

Requalificação do centro da vila

Criação de um Gabinete de Planeamento estratégico

Discussão Publica do problema

Com o objectivo de enquadrar a resolução dos problemas identificados foram identificados os Eixos de Desenvolvimento que se apresentam de seguida, com as respectivas propostas. EIXOS DE DESENVOLVIMENTO

1. Qualificar o nível de vida das pessoas Desenvolver uma estrutura de promoção e articulação de actividades

de ocupação dos tempos livres para crianças, jovens e idosos; Desenvolver uma política cultural definida e participada; Definir um sistema de informação ao nível do concelho; Dinamizar acções de promoção de estilos de vida saudáveis junto da

população juvenil;



Apoiar a actividade das estruturas locais de intervenção e de apoio a grupos populacionais mais vulneráveis (crianças, jovens, idosos e imigrantes);

Promover cursos de formação profissional adequados às necessidades do mercado de trabalho;

Sensibilizar e promover a acessibilidade de pessoas portadoras de deficiência a espaços públicos;

2. Promover a melhoria dos recursos de apoio social e humanitário Criar um centro de recursos integrado para apoio a deficientes e outros

necessitados; Elaborar um estudo de investigação-acção relativamente ao sistema

de marcação de consultas no Centro de Saúde; Participar no processo de criação de uma equipa de Intervenção

Precoce; Desenvolver uma política de saúde descentralizada em diversas áreas

de intervenção; Criar uma rede de Centros de Convívio no concelho; Apoiar a criação e gestão de um parque de habitação social; Desenvolver uma acção integrada de promoção de segurança;

3. Edificar estruturas de apoio social Sensibilizar o Município para o desenvolvimento de um conjunto de

obras de manutenção e conservação dos edifícios escolares; Criar equipamento para actividades juvenis; Criar uma Unidade de Cuidados Paliativos Construir um Lar de 3ª Idade;

4. Desenvolver uma estrutura ecológica articulada com a actividade económica

Apostar num turismo de qualidade associado a deslocações de fins-de-semana e circuitos temáticos;

Identificar e sinalizar a localização de espaços públicos, privados e monumentos;

Desenvolver a rede de transportes intra-concelho; Sinalizar e intervir na manutenção de estradas e caminhos municipais;



BIBLIOGRAFIA CMAV, Carta Educativa do Concelho de Arruda dos Vinhos, Arruda dos Vinhos, Outubro de 2002. DHV/FBO, Revisão do Plano Director Municipal de Arruda dos Vinhos, Arruda dos Vinhos, Julho de 2003. IDS, Guião Prático para a Implementação da Rede Social, ISS, IP, Lisboa, 2004. IDS, Plano de Desenvolvimento Social, IDS, Lisboa, 2002. INE, IV Recenseamento Geral da Habitação – Resultados Definitivos, Região Centro, Portugal, ano 2002. INE, XIV Recenseamento Geral da População – Resultados Definitivos, Região Centro, Portugal, ano 2002. LAPAS, Ricardo, Relatório de Estagio, Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, Setembro de 1999. PROJECTOPLANO, Plano Director Municipal de Arruda dos Vinhos, Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, 1991.



ANEXOS



ANEXO 1

Mapa de distribuição territorial das Escolas do Concelho de

Arruda dos Vinhos



ANEXO 2

Grelha de necessidades dos Estabelecimentos de Ensino



J.I.

Arru

da V

inho

s

J.I.

Arra

nhó

J.I C

amon

des

J.I.

Car

dosa

s

J.I.

S.Ti

ago

Vel

hos

J.I.

San

ta C

asa

CA

IC L

ouric

eira

CA

IC A

lcob

ela

E.B

.Alc

obel

a

E.B

. Arru

da V

inho

s

E.B

. Arra

nhó

E.B

. Car

dosa

s

E.B

. Lou

ricei

ra

E.B

. Tes

oure

ira

E.B

. S.T

iago

Vel

hos

E.B

. Qui

nta

Ser

ra

E.B

. Cas

al G

ama

E.B

. A-d

os-E

iros

E.B

. Cam

onde

s

Ext

erna

to J

.Alb

erto

Far

ia

Pátio Coberto

x x x x x

Sala Actividades

x

Ampliação refeitório

x x x x x x x x x

Acesso a deficientes

x x x x x x x x x x x x x x x x x

Sala polivalente

x x x x x x x x x x x x x x x x

Ampliação escola

x

Biblioteca x x

Ludoteca e sala apoio

x x

Beneficiação wc

x

Espaço exterior para jogos

x

x

x

Fonte: CMAV, 2004



ANEXO 3

Quadro de actividades desenvolvidas pelas

Associações/Colectividades



Actividades

Bai

les

Teat

ro

Fest

ival

Fol

clor

e

Fest

a A

nual

Fado

s

Aco

rdeo

ns

Out

ros

Associação Recreativa Cultural da Carvalha x x

Sociedade Recreativa e Cultural de Alcobela de Cima x x

Associação de Jovens de Arruda dos Vinhos x x

Sociedade Recreativa de A-do-Mourão x x x x

Clube Recreativo Desportivo de A-do-Barriga x x

Sociedade Recreativa, Cultural e Desporto da Tesoureira x

União Recreativo e Deportivo de Arranhó x x x

Clube Recreativo Desportivo Arrudense x x x x x

Rancho Folclórico Podas e Vindimas x x x x x

Associação pelo Desenvolvimento do Lugar da Mata x x

Clube Desportivo Recreativo e Cultural de Cardosas x x x

Sociedade Recreativa Desportiva e Cultural de Adoseiros x x x

Sociedade Recreativa Louricense x x x

Sociedade Recreativa e Cultural de Camondes x x x

Santiago Futebol Clube x

Associação Recreativa Desportiva e Cultural de A-dos-Arcos x

Associação Desportiva Recreativa e Cultural de Alcobela de Baixo x x

Associação Recreativa Desportiva e Cultural de A-do-Baço x x x

União Columbófila Arrudense x

Associação de Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos x x

Associação de Caçadores de Arruda dos Vinhos x

Irmandade Nª Srª da Ajuda x

Comissão de Festas de S. Miguel Arcanjo de Cardosas x

Comissão de Festas de S. Lourenço de Arranhó x

Comissão de Festas de S. Tiago dos Velhos x

Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de S. Tiago dos Velhos x

Associação de PaintBall de Arruda dos Vinhos x

Associação de Moradores da Urbanização Vale Quente x

Clube Tauromáquico de Arruda dos Vinhos x

Fundo dos Trabalhadores da Câmara Municipal Arruda dos Vinhos x

Casa do Benfica de Arruda dos Vinhos x

Núcleo Sportinguista de Arruda dos Vinhos x

Comissão de Representantes dos Alunos do Externato J.A.Faria x

Associação de Pais e Encarregados de Educação do Externato J.A.Faria x

Associação de Pais e Enc. de Ed. da Escola do 1º Ciclo de Arruda dos Vinhos

x

Associação de Pais e Enc. de Ed. das Escolas e J.I. da Freguesia de Arranhó

x

Fonte: CMAV, 2004



ANEXO 4

Quadro de actividades desportivas desenvolvidas pelas

Associações/Colectividades



Atle

tism

o

Futs

al

Jogo

s de

Mes

a

Vol

ei

Téni

s M

esa

Cic

lotu

rism

o

Nat

ação

Gin

ástic

a

Fute

bol 1

1

And

ebol

Arte

s M

arci

ais

Bal

let

Hip

-Jaz

z

Dan

ça

Caç

a

Pai

nt-B

all

Tai-C

hi

Associação Recreativa Cultural da Carvalha

x

Sociedade Recreativa e Cultural de Alcobela de Cima

x x x

Associação de Jovens de Arruda dos Vinhos

x

Sociedade Recreativa de A-do-Mourão

x x x

Clube Recreativo Desportivo de A-do-Barriga

x

Sociedade Recreativa, Cultural e Desporto da Tesoureira

x x

União Recreativo e Deportivo de Arranhó

x x x x x

Clube Recreativo Desportivo Arrudense

x x x x x x x x x x x x

Rancho Folclórico Podas e Vindimas

x

Clube Desportivo Recreativo e Cultural de Cardosas

x x x

Sociedade Recreativa Desportiva e Cultural de Adoseiros

x x x x x

Sociedade Recreativa Louricense

x x x x

Santiago Futebol Clube x x x x x

Associação Desportiva Recreativa e Cultural de Alcobela de Baixo

x x x

Associação Recreativa Desportiva e Cultural de A-do-Baço

x

União Columbófila Arrudense x

Associação de Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos

x

Associação de Caçadores de Arruda dos Vinhos

x

Associação de PaintBall de Arruda dos Vinhos

x

Fonte: CMAV, 2004



ANEXO 5

Grelha de equipamentos

desportivos



Rin

gue

Pisc

ina

Esco

la F

ixa

Trân

sito

Cam

po F

uteb

ol 1

1

Cam

po T

énis

Pav

ilhão

Pol

ides

porti

vo

Gesruda, E.M. x Município de Arruda dos Vinhos x x x Junta Freguesia Arruda dos Vinhos x União Recreativo e Deportivo de Arranhó x x Clube Recreativo Desportivo Arrudense x Sociedade Recreativa Desportiva e Cultural de Adoseiros x Sociedade Recreativa Louricense Santiago Futebol Clube x x Associação Desportiva Recreativa e Cultural de Alcobela de Baixo

x

Associação de Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos x Fonte: CMAV, 2004



ANEXO 6

Grelhas de caracterização institucional



INSTITUIÇÕES DE SAÚDE

HOSPITAL DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARRUDA DOS VINHOS

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arruda dos Vinhos (Largo José Vaz Monteiro, nº 10) Freguesia: Arruda dos Vinhos

RECURSOS E SERVIÇOS PRESTADOS Estado de Conservação das infra-estruturas: Bom Recursos Humanos:

Unidade de Cuidados Continuados e Atendimento Médico: 6 médicos, 14 enfermeiros, 16 auxiliares de acção médica, 3 auxiliares de serviços gerais e 5 administrativos Medicina Física e de Reabilitação: 4 Fisioterapeutas (também dão apoio à unidade de Cuidados Continuados), 6 auxiliares de fisioterapia e 1 auxiliar de serviços gerais Consultas de Especialidade: 14 Especialistas

Valências: Unidade de cuidados continuados, medicina física e de reabilitação, clínica geral, cardiologia, dermatologia, urologia, gastrenterologia, psicologia clínica, fisiatria, psiquiatria, ginecologia/obstetrícia, ortopedia, otorrinolaringologia, imunoalergologia, ginástica pré e pós-parto

PROCURA Unidade de Cuidados Continuados - 30/dia Medicina Física e de Reabilitação - 80-100/dia Recolha de Análises – 30/ dia Serviço de Atendimento Médico – 300 consulta/mês Consultas de Especialidades – 120 consultas/mês Relação oferta/procura: Equilibrada

CARÊNCIAS MATERIAIS E HUMANAS Insuficiência de camas na Unidade de Cuidados Continuados Necessidade de criação de uma Unidade Cuidados Paliativos Necessidade de garantir um serviço permanente – serviço nocturno, feriados e fins-de-semana.

OUTRAS CONSIDERAÇÕES Equipamento de natureza pública



CENTRO DE SAÚDE DE ARRUDA DOS VINHOS (SEDE)

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arruda dos Vinhos (R. Heróis do Ultramar, Edifício do BPI)) Freguesia: Arruda dos Vinhos

RECURSOS E SERVIÇOS PRESTADOS Estado de Conservação das infra-estruturas: Razoável (edifício de habitação adaptado) Valências: Clínica Geral, saúde da mulher, saúde da criança, diabetes, saúde escolar, saúde oral, rastreio oncológico, cuidados continuados de saúde, enfermagem

PROCURA Número de utentes: 10193 (Sede: 8086) Relação oferta - procura: A procura é superior à oferta, no entanto têm sido criados mecanismos internos para melhorar a oferta. Só é possível aumentar a oferta com um aumento de recursos humanos

CARÊNCIAS MATERIAIS E HUMANAS Melhoria do acesso ao edifício Protecção anti-queda e anti-derrapante das escadas Escada de incêndio


CENTRO DE SAÚDE DE ARRUDA DOS VINHOS (ATENDIMENTO COMPLEMENTAR E AMBULATÓRIO)

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arruda dos Vinhos (R. Irene Lisboa, 36) Freguesia: Arruda dos Vinhos

RECURSOS E SERVIÇOS PRESTADOS Estado de Conservação das infra-estruturas: Razoável, apenas com algumas rachas nas paredes Recursos Humanos: 1 médico e 2 enfermeiros (um no horário de ambulatório e outro no horário do atendimento complementar) Valências: Serviço de ambulatório (das 9h às 18h nos dias úteis) e atendimento complementar (das 18h às 22h nos dias úteis e das 9h às 15h aos Sábados, Domingos e dias feriados)

PROCURA Número de utentes: 10193 Relação oferta - procura: equilibrada

OUTRAS CONSIDERAÇÕES Serviço complementar do Centro de Saúde de Arruda dos Vinhos por dificuldade de acesso por parte dos utentes ao edifício sede Equipamento de natureza pública



CENTRO DE SAÚDE DE ARRUDA DOS VINHOS – EXTENSÃO DE ARRANHÓ

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arranho (R. 1º de Maio) Freguesia: Arranhó

RECURSOS E SERVIÇOS PRESTADOS Estado de Conservação das infra-estruturas: Razoável Recursos Humanos: 1 médico e 1 enfermeira Valências: Clínica geral, saúde da mulher, saúde da criança, diabetes, rastreio oncológico, enfermagem

PROCURA Número de utentes: 2107 Relação oferta - procura: equilibrada

CARÊNCIAS MATERIAIS E HUMANAS Pintura do interior Obras na entrada com colocação de grelha/porta de segurança


FARMÁCIA DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARRUDA DOS VINHOS

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arruda dos Vinhos (Largo José Vaz Monteiro, nº 6) Freguesia: Arruda dos Vinhos

RECURSOS E SERVIÇOS PRESTADOS Estado de Conservação das infra-estruturas: Bom Recursos Humanos: 1 Director Técnico, 5 Ajudantes Técnicos de Farmácia, 1 Ajudante de Farmácia, 1 Praticante, 1 Auxiliar de Serviços Gerais

PROCURA Número de utentes: 250/dia Relação oferta - procura: equilibrada

OUTRAS CONSIDERAÇÕES Horário de funcionamento: Segunda-feira – Sexta-feira: 9h00 – 24h00 Sábados: 9h00 – 13h00 e das 15h00 – 19h00 Domingos e Feriados: 9h00 – 13h00 e das 15h00 – 19h00 Equipamento de natureza privada



FARMÁCIA GONÇALVES CARRASCO

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arranhó Freguesia: Arranhó

RECURSOS E SERVIÇOS PRESTADOS Estado de Conservação das infra-estruturas: Bom Recursos Humanos: 1 Director Técnico, 1 Ajudante Técnico de Farmácia, 1 Empregada de Limpeza

PROCURA Número de utentes: 25/dia Relação oferta - procura: equilibrada

OUTRAS CONSIDERAÇÕES Horário de funcionamento: 9h00 – 13h00 e 15h00 - 21h00 – regime de disponibilidade Equipamento de natureza privada

Associação de Prevenção de Consumos Tóxicos Em 1996 foi estabelecido o Contrato de Comodato entre a Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos e a Associação de Prevenção de Consumos Tóxicos, em que o Município entregou à referida associação o edifício de uma escola, situada na Carvalha, freguesia de Santiago dos Velhos. No referido contrato ficou estabelecido que a associação terá a disponibilidade para receber e apoiar situações de recuperação de toxicodependentes do concelho, de forma a estudar, caso a caso, com o Serviço Social do Município. Comissão Concelhia de Saúde de Arruda dos Vinhos A Comissão Concelhia de Saúde – órgão consultivo – cujas competências são: dar pareceres sobre todas as questões que lhe forem solicitadas pelo Conselho de Administração da Administração Regional de Saúde, relativos área da saúde, apresentar propostas, elaborar relatórios, efectuar estudos, ou propor programas de acção à Administração Regional de Saúde relativas à resolução de problemas de saúde do concelho, recorrer à colaboração de peritos nas situações em que tal se justifique, bem como solicitar a presença e colaboração de entidades que devam ser envolvidas na resolução dos problemas de saúde do concelho.



INSTITUIÇÕES DE APOIO SOCIAL

Comissão Local de Acção Social de Arruda dos Vinhos O Conselho Local de Acção Social de Arruda dos Vinhos é um elemento da Rede Social, sendo um órgão de participação, representação e dinamização das diferentes entidades que constituem o Conselho, é também, um fórum de articulação e congregação de esforços, baseando-se na adesão livre das entidades que nele queiram participar. O Conselho tem como área de intervenção o Município de Arruda dos Vinhos. O CLASAV tem por objectivo renovar e incentivar o planeamento estratégico de intervenção social tendo por base os seguintes pressupostos: consciencialização individual e colectiva dos problemas sociais para activar os meios e agentes, de forma a encontrar as respostas adequadas e Identificação e sistematização das necessidades e recursos locais visando a definição de prioridades. Ao nível de equipamentos e respostas sociais, o concelho de Arruda dos Vinhos dispõe de:

CRECHE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARRUDA DOS VINHOS

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arruda dos Vinhos (Rua 5 de Outubro) Freguesia: Arruda dos Vinhos

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Próprias Estado de Conservação: Bom Equipamentos complementares: Cantina Capacidade: 92 crianças

POPULAÇÃO ESCOLAR Número de alunos: 89 Número de educadores: 6 Número de funcionários: 12

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Regime de Funcionamento: das 8h00 ás 19h00 Área de influência: Concelho de Arruda dos Vinhos Natureza do equipamento: Privado Foi criado um equipamento deste âmbito na freguesia de Arranhó.

NECESSIDADES/CARÊNCIAS Salas



CENTRO DE ATL – SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARRUDA DOS VINHOS

LOCALIZAÇÃO Lugar: Casal da Cartaxaria Freguesia: Arruda dos Vinhos

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Próprias Estado de Conservação: Bom Equipamentos complementares: Cantina, Ginásio e Transportes

SERVIÇOS PRESTADOS Número de utentes: 81 (capacidade para 80 utentes) Tipo de serviços prestados: Apoio nos tempos livres fora dos horários escolares e actividade sócio-educativa

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Horário de Funcionamento: das 8h00 ás 19h00 Área de irradiação (área de influência programada): Freguesia de Arruda dos Vinhos e de Cardosas Área de influência (residência dos utentes): Freguesia de Arruda dos Vinhos Foi criado um equipamento deste âmbito na freguesia de Arranhó.

CARÊNCIAS MATERIAIS E HUMANAS Espaço físico

OUTRAS CONSIDERAÇÕES Equipamento de natureza privada.

CLUBE DE JOVENS – SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARRUDA DOS VINHOS

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arruda dos Vinhos (R. St. António) Freguesia: Arruda dos Vinhos

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Próprias Estado de Conservação: Mau Equipamentos complementares: Não existem

SERVIÇOS PRESTADOS Número de utentes: 80 (capacidade para 100 utentes) Tipo de serviços prestados: actividades lúdicas e complementaridade nos trabalhos escolares

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Horário de Funcionamento: das 9h00 ás 18h00 Área de irradiação (área de influência programada): Concelho de Arruda dos Vinhos e de Cardosas Área de influência (residência dos utentes): Concelho de Arruda dos Vinhos

CARÊNCIAS MATERIAIS E HUMANAS Novo espaço físico para a estrutura

OUTRAS CONSIDERAÇÕES Equipamento de natureza privada



LAR DA CARTAXARIA – SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARRUDA DOS VINHOS

LOCALIZAÇÃO Lugar: Casal da Cartaxaria Freguesia: Arruda dos Vinhos

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Próprias Estado de Conservação: Bom Equipamentos complementares: Cantina, lavandaria e enfermaria e capela

SERVIÇOS PRESTADOS Número de utentes: 66 (capacidade para 66 utentes) Tipo de serviços prestados: Alimentação, higiene pessoal, cuidados de saúde básicos e apoio à 3ª idade

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Área de irradiação (área de influência programada): Concelho de Arruda dos Vinhos envolvente Área de influência (residência dos utentes): Concelho de Arruda dos Vinhos e envolvente

CARÊNCIAS MATERIAIS E HUMANAS Formação Profissional


LAR DE ALCAMBAR – SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARRUDA DOS VINHOS

LOCALIZAÇÃO Lugar: Alcambar Freguesia: Arruda dos Vinhos

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Próprias Estado de Conservação: Bom Equipamentos complementares: Cantina, lavandaria e enfermaria

SERVIÇOS PRESTADOS Número de utentes: 36 (capacidade para 37 utentes) Tipo de serviços prestados: Alimentação, higiene pessoal, cuidados de saúde básicos e apoio à 3ª idade

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Horário de Funcionamento: Área de irradiação (área de influência programada): Concelho de Arruda dos Vinhos Área de influência (residência dos utentes): Concelho de Arruda dos Vinhos e envolvente

CARÊNCIAS MATERIAIS E HUMANAS Formação Profissional / recursos humanos




CENTRO DE APOIO DOMICILIÁRIO – SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARRUDA DOS VINHOS

LOCALIZAÇÃO Lugar: Cartaxaria (Sede no Lar da Cartaxaria) Freguesia: Arruda dos Vinhos

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Próprias Estado de Conservação: Bom Equipamentos complementares: 2 viaturas de transporte

SERVIÇOS PRESTADOS Número de utentes: 37 (capacidade para 37 utentes) Tipo de serviços prestados: Alimentação, higiene corporal e habitacional, apoio médico, transporte - apoio à 3ª idade, tratamento de roupas

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Horário de Funcionamento: De Segunda-feira a Sábado das 9h00 ás 18h00 Área de irradiação (área de influência programada): Freguesia de Arruda dos Vinhos e de Cardosas Área de influência (residência dos utentes): Freguesia de Arruda dos Vinhos e de Cardosas



CENTRO DE DIA DA CARTAXARIA – SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARRUDA DOS VINHOS

LOCALIZAÇÃO Lugar: Cartaxaria Freguesia: Arruda dos Vinhos

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Próprias Estado de Conservação: Bom Equipamentos complementares: não existem

SERVIÇOS PRESTADOS Número de utentes: 37 (capacidade para 40 utentes) Tipo de serviços prestados: Refeições, higiene, apoio médico, transporte – apoio à 3ª idade, tratamento de roupas

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Horário de Funcionamento: De Segunda-feira a Sábado das 9h00 ás 18h00 Área de irradiação (área de influência programada): Concelho de Arruda dos Vinhos Área de influência (residência dos utentes): Concelho de Arruda dos Vinhos





CENTRO SOCIAL DA FREGUESIA DE ARRANHÓ – APOIO DOMICILIÁRIO

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arranhó (Sede do Centro Social de Arranhó) Freguesia: Arranhó

INSTALAÇÕES Equipamentos complementares: Lavandaria e viaturas

SERVIÇOS PRESTADOS Número de utentes: 20 Tipo de serviços prestados: Higiene corporal e habitacional, refeições e tratamento de roupas

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Área de irradiação (área de influência programada): Freguesia de Arranhó Área de influência (residência dos utentes): Freguesias de Arranhó e de S. Tiago dos Velhos


CENTRO SOCIAL DA FREGUESIA DE ARRANHÓ – CENTRO DE DIA

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arranhó Freguesia: Arranhó

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Próprias Estado de Conservação: Bom Equipamentos complementares: Cantina e viatura

SERVIÇOS PRESTADOS Número de utentes: 20 Tipo de serviços prestados: Convívio, refeitório, tratamento de roupas

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Área de irradiação (área de influência programada): Freguesia de Arranhó Área de influência (residência dos utentes): Freguesias de Arranhó e de S. Tiago dos Velhos

CARÊNCIAS MATERIAIS E HUMANAS Espaço físico disponível




CONFERÊNCIA VICENTINA DE Nª SRA. DA SALVAÇÃO DE ARRUDA DOS VINHOS

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arruda dos Vinhos (R. 5 de Outubro, nº 53) Freguesia: Arruda dos Vinhos

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Cedidas pela Paróquia Equipamentos complementares: Razoável

SERVIÇOS PRESTADOS Número de utentes: 164 Tipo de serviços prestados: Alimentação (articulação com o Banco Alimentar de Lisboa), vestuário, equipamento do lar e atribuição de subsídios

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Horário de Funcionamento: Área de irradiação (área de influência programada): Concelho de Arruda dos Vinhos Área de influência (residência dos utentes): Concelho de Arruda dos Vinhos

CARÊNCIAS MATERIAIS E HUMANAS Espaço físico disponível


INSTITUTO DE SEGURANÇA SOCIAL, I.P.

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arruda dos Vinhos Freguesia: Arruda dos Vinhos

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Arrendada Estado de Conservação: Bom Equipamentos complementares: Não existem

SERVIÇOS PRESTADOS Tipo de serviços prestados: Informações

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Regime de Funcionamento: Normal Área de irradiação (área de influência programada): Concelho de Arruda dos Vinhos Área de influência (residência dos utentes): Concelho de Arruda dos Vinhos




CAMARA MUNICIPAL DE ARRUDA DOS VINHOS – SECTOR SOCIAL

LOCALIZAÇÃO Lugar: Arruda dos Vinhos Freguesia: Arruda dos Vinhos

INSTALAÇÕES Tipo de Instalações: Próprias Estado de Conservação: Bom Equipamentos complementares:

SERVIÇOS PRESTADOS Número de utentes: 30 atendimentos (média mensal) Tipo de serviços prestados: apoio social, representação no Rendimento Social de Inserção, na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Arruda dos Vinhos, na Comissão Concelhia de Saúde e intervenção nas seguintes áreas: Educação, Habitação, Saúde e Juventude (Ocupação de Tempos Livres)

OUTRAS CARACTERÍSTICAS Regime de Funcionamento: Horário normal Área de irradiação (área de influência programada): Concelho de Arruda dos Vinhos Área de influência (residência dos utentes): Concelho de Arruda dos Vinhos


Centro Social para o Desenvolvimento de S. Tiago dos Velhos O Centro Social para o Desenvolvimento de S. Tiago dos Velhos tem como objecto promover o apoio social à população da freguesia de Santiago dos Velhos. Para a prossecução desses fins, o Centro Social propõe-se criar um centro de dia e lar para a 3ª idade, creche e jardim infantil, apoio aos jovens em tempos livres, bem como poderá exercer actividades culturais, educativas, de assistência e saúde, além de outras que sejam julgadas necessárias para o bem-estar das populações. Outras instituições de acção social Na área do concelho existem dois lares privados, com alvará de funcionamento por parte da Segurança Social, a saber:

Lar de S. Miguel na freguesia de Cardosas; Lar da Tapadinha na freguesia de Arruda dos Vinhos.



INSTITUIÇÕES DE SEGURANÇA

ASSOCIAÇÃO DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ARRUDA DOS VINHOS LOCALIZAÇÃO Lugar: Rua luís de Camões Freguesia: Arruda dos Vinhos

RECURSOS E SERVIÇOS PRESTADOS Estado de Conservação das infra-estruturas: Boa Recursos Humanos: Quadro do Pessoal Assalariado: 1 Chefe Secção, 2 Assistente Administrativo, 1 Encarregado de Serviços e Material, 4 Motoristas Pesados, 1 Operário Qualificado – Mecânico, 2 Auxiliares dos Serviços Gerais, 3 Telefonistas, 1 Maqueiro, 2 Motoristas de Ligeiros Quadro Comando: 1 Comandante, 1 2º Comandante, 1 Ajudante de Comando, 1 Chefe, 1 Sub-Chefe, 5 Bombeiros de 1ª Classe, 13 Bombeiros de 2ª Classe, 27 Bombeiros de 3ª Classe, 13 Aspirantes, 12 Cadetes, 4 Auxiliares, 1 Bombeiro 1ª equiparado, 1 Motorista Natureza dos Serviços: Condução de doentes (4665), Fogos (149), Acidentes (108), Emergências médicas (1015), Diversos serviços (572) – ano 2002.

ÁREA DE INFLUÊNCIA Concelho de Arruda dos Vinhos e Zona Operacional Relação oferta - procura: equilibrada

OUTRAS CONSIDERAÇÕES Entidade de utilidade pública

GUARDA NACIONAL REPUBLICANA – POSTO DE ARRUDA DOS VINHOS LOCALIZAÇÃO Lugar: Rua do Adro Freguesia: Arruda dos Vinhos

RECURSOS E SERVIÇOS PRESTADOS Efectivos: 16 Viaturas: 2 Serviço: Segurança

INSTALAÇÕES Constituído por dois pisos: 1º piso: Atendimento ao Publico; 2º Piso: Gabinete do Comandante do Posto, Serviços Administrativos, Cozinha e Caserna do Pessoal.

HIERARQUIA Ministério da Administração Interna, Guarda Nacional Republicana, Brigada nº2, GT/Loures



ANEXO 7

Mapa de perímetros Industriais do concelho de Arruda dos

Vinhos



ANEXO 8

Mapa de Perímetros Urbanos do concelho de Arruda dos Vinhos

Documents

DIAGNÓSTICO SOCIAL DO CONCELHO DE ARRUDA · PDF file2 Câmara Municipal ... Metodologia Sumário Executivo 5 8 Capitulo I ... 7- Definição de prioridades de intervenção social