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21-12-2015 1 Sumário UNIDADE TEMÁTICA 2 – Comunicações. 1.2 - O som – uma onda mecânica longitudinal. - Produção e propagação de um sinal sonoro. - Som como onda mecânica. - Propagação de um som harmónico. - Propriedades do som: Altura, intensidade e timbre. - Espectro sonoro. - Sons harmónicos e complexos. - Sobreposição de ondas. 24/11/2015 Comunicações O som – uma onda mecânica longitudinal 24/11/2015 Embora para muitos a Ciência e a Música estejam muito distantes, na verdade estes assuntos estão, desde a antiguidade, relacionados em muitos aspetos. A parte da Física que se ocupa do estudo do som chama-se ACÚSTICA. Nos últimos anos a ciência da acústica desenvolveu-se a tal ponto que o seu impacto na compreensão da música é verdadeiramente significativo.

Diapositivo 1 - Física e Química · Há animais que captam sons inaudíveis para o ouvido humano, tal ... A voz humana pode emitir desde sons muito agudos a sons muito graves

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21-12-2015

1

Sumário

UNIDADE TEMÁTICA 2 – Comunicações.

1.2 - O som – uma onda mecânica longitudinal.

- Produção e propagação de um sinal sonoro.

- Som como onda mecânica.

- Propagação de um som harmónico.

- Propriedades do som: Altura, intensidade e timbre.

- Espectro sonoro.

- Sons harmónicos e complexos.

- Sobreposição de ondas.

24/11/2015

Comunicações O som – uma onda mecânica longitudinal

24/11/2015

Embora para muitos a Ciência e a Música

estejam muito distantes, na verdade estes

assuntos estão, desde a antiguidade,

relacionados em muitos aspetos.

A parte da Física que se ocupa do estudo do som

chama-se ACÚSTICA.

Nos últimos anos a ciência da acústica

desenvolveu-se a tal ponto que o seu impacto

na compreensão da música é verdadeiramente

significativo.

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Comunicações O som – uma onda mecânica longitudinal

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Os músicos e os cientistas têm muitas

características em comum: são ambos

criativos, relacionam-se de forma

emocional com as atividades e gostam de

comunicar com os outros.

Há contudo uma diferença básica:

os cientistas tentam descrever as

situações em termos objetivos, ou seja,

utilizam instrumentos capazes de obter

medidas quantitativas.

Comunicações O som – uma onda mecânica longitudinal

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Por exemplo:

A intensidade sonora exprime-se no SI em W/m2

ou

1 pW/m2 = 0 dB (decibel).

Os músicos utilizam descrições subjetivas para

descrever uma tonalidade musical, como forte,

fraca, viva, pura, rica, baixa, áspera, suave,

redonda, etc.

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Comunicações Mas afinal o que é o som?

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Sinal Sonoro

As perturbações provocadas pelo tambor necessitam de um meio

material (o ar) para se propagarem. O meio de propagação pode

ser gasoso, líquido ou sólido.

Comunicações Mas afinal o que é o som?

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É necessário um meio material para que o som se

propague desde a fonte até aos nossos ouvidos.

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Comunicações Mas afinal o que é o som?

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O som não se propaga no vazio

Comunicações Mas afinal o que é o som?

Ou seja, as ondas sonoras propagam-se fazendo vibrar as moléculas

constituintes do ar, num movimento de vaivém, em torno de uma

posição de equilíbrio e na direção em que o som se propaga.

Podemos dizer que um sinal

sonoro é a propagação de

uma vibração de um meio

mecânico, por sucessivas

compressões e rarefações

(zonas de menor compressão)

deste.

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Comunicações Como se propaga a vibração originando o som no ar?

A oscilação dum diapasão, transfere energia às moléculas do ar à sua volta, o

que faz com que elas comecem também a vibrar.

Perto da fonte sonora, as moléculas do ar executam movimentos vibratórios.

Este movimento vibratório é comunicado, através de colisões e outras interações,

às partículas suas vizinhas, que passam, por sua vez, a vibrar, e assim

sucessivamente.

A figura representa zonas de

compressão e de rarefação

no mesmo instante.

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Comunicações Como se propaga a vibração originando o som no ar?

O movimento vibratório das moléculas faz com que se criem zonas

com maior densidade de moléculas e outras com menor:

• as zonas de compressão do ar (com mais ar no mesmo volume) têm

uma pressão maior do que a pressão normal do ar;

• as zonas de rarefação do ar (menos ar no mesmo volume) têm uma

pressão menor do que a pressão normal do ar.

A figura representa zonas de compressão e

zonas de rarefação no mesmo instante.

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Comunicações Como se propaga a vibração originando o som no ar?

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Comunicações Produção, propagação e receção do som

As vibrações da fonte sonora são

comunicadas ao ar envolvente. As partículas

do ar envolvente também vibram. A vibração

dessas partículas do ar é comunicada a

outras partículas que ficam mais afastadas.

Quando a vibração chega ao ar próximo dos

nossos ouvidos, …

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Comunicações Produção, propagação e receção do som

Quando a vibração chega ao ar próximo dos nossos ouvidos, comunica-se à

membrana do tímpano.

As vibrações desta membrana são ampliadas por uma cadeia de ossos,

chegando ao caracol, onde há células nervosas que são estimuladas por estas

vibrações.

Aqui as ondas sonoras de pressão são convertidas em impulsos nervosos,

transportados pelo nervo auditivo até ao cérebro, que os descodifica.

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Comunicações Produção, propagação e receção do som

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Comunicações Como se percebe o som?

Em síntese, percebemos o som através de variações de pressão do

ar que atingem o nosso ouvido.

Para que possamos perceber o som é necessário que as variações de

pressão que chegam aos nossos ouvidos, e estejam dentro de certos

limites de rapidez e intensidade.

Se essas variações ocorrem entre 20 e 20 000 vezes por segundo esse

som é potencialmente audível.

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Comunicações Os sons que ouvimos

Em geral, o ouvido humano só percebe

um número limitado de frequências, daí

falar-se em som audível.

O domínio das frequências varia de

pessoa para pessoa e também com a

idade; em regra considera-se o intervalo

20 Hz – 20 000 Hz.

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Comunicações Espectro sonoro

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A frequência de um som é determinada pela frequência de vibração da fonte que

lhe deu origem.

Comunicações Os sons que não ouvimos

Os sons de frequência superior a 20 000 Hz correspondem a vibrações

tão rápidas que os nossos ouvidos não conseguem distingui-las (não

as ouvimos) – são os ultrassons.

Em contrapartida, os sons com frequências inferiores a 20 Hz

correspondem a vibrações tão lentas que os nossos ouvidos também

não as captam – são os infrassons.

Há animais que captam sons inaudíveis para o ouvido humano, tal

como se pode verificar pela análise do espectro sonoro anterior.

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Comunicações Os sons que ouvimos

A audibilidade não é só determinada pela frequência.

Por exemplo, um determinado som dentro do domínio de frequências de

audibilidade humana pode não ser ouvido se a amplitude (intensidade)

ficar abaixo de determinado limite, o chamado fraco, ou seja, a onda não

é suficientemente energética para provocar perceção.

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Comunicações Aplicações dos ultrassons

Ecografias Sonar

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Comunicações A velocidade do som em determinados meios

Todos os sons, graves e agudos (de baixa ou alta frequência), se propagam no ar

à mesma velocidade diz-se que o ar é um meio não dispersivo.

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Comunicações A velocidade supersónica

Quando os objetos se deslocam a velocidades superiores à do som.

O Número de Mach ou velocidade Mach (Ma) é uma medida adimensional de

velocidade. É definida como a razão entre a velocidade do objeto e a velocidade

do som, onde:

é o número Mach

é a velocidade média relativa do objeto

é a velocidade média do som.

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Comunicações A velocidade supersónica

• A expressão "barreira do som" nasceu da ideia (errada) de que a velocidade do som era

o limite da velocidade de voo de um avião. Esta ideia mudou completamente quando o

primeiro avião atingiu uma velocidade "supersónica" (acima da barreira do som).

A primeira vez que se atravessou a barreira do som foi no dia 13 de Fevereiro de 1947.

Quem o fez foi um piloto de ensaios de nome Chuck Yeagen, no avião foguete Bell X-1.

• No momento em que um avião atravessa a barreira do som, forma-se uma enorme

nuvem à sua volta? Esta nuvem é provocada pela onda de som que, ao avançar,

comprime a humidade do ar. Chama-se "cone de Mach".

• Ao voar, a uma velocidade supersónica, um avião cria, no seu rasto, um fenómeno

chamado «estampido sónico»? Ou seja, um barulho parecido com o ribombar de um

trovão. Se o avião voar baixinho, o barulho pode até partir os vidros das janelas das

casas das pessoas! No entanto, ao contrário do que se possa pensar, quando um avião

ultrapassa a velocidade supersónica, o voo passa a ser suave, porque se passa a voar

mais rápido do que as ondas de pressão.

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Comunicações Reverberação e eco

A reverberação e o eco são dois efeitos sonoros causados pela reflexão do som.

A reverberação acontece quando a diferença entre o intervalo de tempo de

retorno de dois sons é menor do que 0,1 s.

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Comunicações Interferência construtiva e interferência destrutiva

Uma onda pode resultar da sobreposição de várias ondas, cada partícula do

meio oscila com uma elongação que é soma das elongações correspondentes a

cada uma das respetivas ondas. Chama-se interferência a esta sobreposição.

Ondas em fase Ondas em oposição

de fase

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Comunicações O som caracteriza-se por diferentes propriedades

Altura é a propriedade do som ser mais grave ou mais agudo.

Timbre é a propriedade através da qual identificamos a origem do som.

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Intensidade é a propriedade do som ser mais forte ou mais fraco.

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Comunicações De que modo podemos distinguir e classificar os diferentes sons?

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Comunicações Altura

A altura do som depende principalmente da frequência da onda sonora.

Permite distinguir um som agudo (alto) de um som grave (baixo).

A voz humana pode emitir desde sons muito agudos a sons muito graves.

Um som é tanto mais agudo quanto mais elevada for a frequência.

Dadas duas ondas com a

mesma amplitude, a que tiver

maior frequência corresponde

a um som mais alto.

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Comunicações Sons agudos e sons graves

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Comunicações Intensidade

A intensidade do som depende da amplitude da onda sonora.

Permite distinguir um som forte de um som fraco.

Quanto maior for a amplitude da onda sonora, maior será a intensidade

do som.

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Comunicações Intensidade

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Comunicações Intensidade

• A intensidade do som é definida como a energia que atravessa uma

área unitária perpendicular à direção de propagação, na unidade de

tempo.

• É uma potência sonora por unidade de área. Unidade SI: W/m2

• É proporcional ao quadrado da amplitude da onda e diminui com o

aumento do quadrado da distância entre o emissor e o recetor.

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Comunicações Intensidade

A intensidade do som nada tem a ver com o facto de ser agudo (alto)

ou grave (baixo). Um som agudo pode ser forte ou fraco, o mesmo

acontecendo com um som grave.

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Comunicações Intensidade

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Comunicações Intensidade

O nível sonoro mede-se em decibel (dB).

A intensidade do som é tão variável e a

sensibilidade do ouvido humano tão grande

que se usa geralmente uma escala especial

para exprimir o nível de intensidade

sonora ou nível sonoro.

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Comunicações Intensidade

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Comunicações Exemplo

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Comunicações Timbre

O timbre é a característica do som que

permite distinguir dois sons, com a

mesma altura e intensidade, produzidos

por fontes sonoras diferentes.

Por exemplo, se ouvirmos a mesma

melodia tocada na mesma tonalidade por

instrumentos diferentes (piano, violino,...)

distinguimos os dois instrumentos pelo

respetivo timbre.

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Comunicações Sons puros (ou simples) e sons complexos

Se observarmos num osciloscópio a forma de

uma onda emitida por um DIAPASÃO verificamos

ser uma onda sinusoidal – trata-se de um som

simples ou puro.

O som que resulta da soma ou sobreposição dos sons puros é complexo.

Já não é uma onda sinusoidal (ou harmónica) com frequência bem

definida.

Um SOM PURO tem uma frequência bem definida, cuja forma é a da

função seno (ou cosseno), ou seja, é uma onda harmónica.

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Comunicações Sons puros (ou simples) e sons complexos

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Comunicações Som fundamental e som harmónico

Nos sons complexos, uma das frequências a mais baixa, constitui o que

se chama som fundamental, as outras frequências maiores constituem

os sons harmónicos.

São os sons harmónicos que permitem distinguir o mesmo som

produzido por instrumentos musicais diferentes, assim como a voz de

diferentes pessoas.

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Comunicações Som fundamental e som harmónico

Som simples

ou puro

Som

complexo

Um som puro, cuja

frequência seja um múltiplo

inteiro de uma dada

frequência, designa-se por

HARMÓNICO.

som

fundamental

primeiro

harmónico

segundo

harmónico

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Comunicações Som fundamental e som harmónico

Relação entre as frequências dos sons

harmónicos (fn) com a frequência

fundamental (f0)

fn= n f0 n = 1, 2, 3…

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Comunicações Timbre

O timbre resulta da combinação do som

fundamental e dos seus harmónicos.

O número de harmónicos que intervêm e a

proporção com que cada um entra no som

resultante conferem características

particulares ao som de um instrumento

musical e também da voz humana.

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Comunicações Timbre

Combinações do mesmo som fundamental e de dois primeiros

harmónicos de diferentes amplitudes, resulta em timbres diferentes,

com a mesma intensidade e frequência.

O som resultante é diferente, mas continua a ser uma onda periódica com a

mesma frequência que o som fundamental.

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Comunicações Exemplo

R.:

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1. Fazer exercícios do livro, página 146.

TPC

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