Prefeitura promete 1/3 de hora-atividade para maio

Encerradas as merecidas férias, o magistério de Curitiba retorna ao trabalho no dia 5 de fevereiro

com mudanças no calendário letivo e novas orientações sobre a implanta-ção dos 33,33% de hora-atividade.

A mudança no calendário diz res-peito à Semana de Estudos Pedagó-gicos (SEP 2013), que, diferente dos anos anteriores, acontecerá em dois momentos distintos. O primeiro de-les acontece agora, no início do ano letivo, nos dias 06 e 07 de fevereiro.

Com relação à ampliação da hora--atividade, a equipe da Secretaria de Educação apresentou em reunião com o Sindicato uma proposta de calendá-rio para a implementação. A expecta-tiva da administração municipal é que as escolas alcancem os 33,33% até o mês de maio de 2013. Essa de-verá ser a temática da SEP e as escolas terão dois dias para debater suas es-pecificidades, a fim de garantir 1/3 da

jornada para hora-atividade.Esse é o momento de debater-

mos e nos mobilizarmos nos locais de trabalho! Sabemos que sem o nú-mero adequado de professores a es-cola não tem como garantir que essa implementação saia do papel. É por isso que o magistério deve continuar mobilizado, saber quantos profes-sores a mais são necessários em sua unidade e fazer pressão para que os aprovados nos últimos concursos se-jam contratados.

A ampliação da hora-atividade deve ser feita com qualidade e sem qualquer ataque aos direitos já adquiridos. Sabemos que todo o avanço que tivemos nessa área foi resultado da nossa crescente orga-nização e luta. Agora, cabe a nós continuarmos unidos e mobilizados para que esse direito seja garantido de fato e para avançarmos nas de-mais reivindicações.

É hora de mantermos nossa mobilização para garantir quea ampliação seja feita com qualidade e sem qualquer ataque aos direitos adquiridos

Vale a pena recordar

A Lei do Piso, que estabelece que 1/3 da jornada de trabalho dos profes-sores deve ser destinado às atividades extraclasse, foi publicada em julho de 2008. Entretanto, foi com a nossa greve de 2012 que forçamos a admi-nistração municipal a dar os primeiros passos para a garantia desse direito.

Graças a nossa mobilização, a permanência passou de 20% para 29% na maioria das escolas. Entretanto, ainda ficaram de fora dessa ampliação as professoras que atuam nos CMEIs e CMAEs e o pessoal do suporte técnico pedagógico.

Além disso, sabemos que em várias escolas o tempo para hora-atividade aumentou só no pa-pel e não foi colocada em prática por causa da falta de professores e do número de afastamen-tos por motivo de doença.

# 188 | fevereiro 2013 | Gestão "Novos Rumos - A Alternativa de Luta"

Informativo do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba

Edição especial para a Semana de Estudos Pedagógicos. Leia e debata o conteúdo! Se tiver alguma dúvida, entre em contato com o SISMMAC para que possamos agendar uma

visita a sua escola!

2 | Edição EspEcial sEmana dE Estudos pEdagógicos | fevereiro 2013

Chao da esCola

Hora-atividadeConfira como está sendo conduzida a discussão sobre a ampliação da hora-atividade em cada segmento da educação

A falta de planejamento e o tra-tamento desigual dado aos diferentes níveis de ensino

foram dois pontos que o SISMMAC sempre criticou na forma como a antiga administração municipal tratou a ampliação da hora-ativida-de. Agora, o magistério deve ficar atento e lutar para que a nova ad-ministração apresente um calen-dário de implementação que in-clua toda a categoria!

EduCAção InfAntILPara os educadores e professores lotados nos CMEIs, a história é ou-tra. Nas orientações para estudo e planejamento enviadas aos CMEIS, não consta nada sobre a ampliação da hora-atividade. Apesar de a nova administração iniciar o ano abrin-do canais de diálogo com a cate-goria, ainda não há um calendário definido para ampliação da hora--atividade nessas unidades.

EnSIno fundAMEntALSérIES InICIAISIniciamos o ano de 2013 com uma importante tarefa dentro da esco-la: organizar a nova grade de ho-rários, junto ao colegiado, para cumprir a ampliação da hora-ativi-dade. Essa tarefa deve ser feita de forma coletiva, visando melhorar a qualidade da educação e garantir a manutenção de todos os direitos já conquistados pelo magistério.

Para isso, é preciso que tenhamos

um diagnóstico de quantos profes-sores são necessários em cada uni-dade. O magistério deve ficar aten-to para que esse número não seja “maquiado” e para que não impo-nha outras perdas, como a junção de turmas, diminuição de discipli-nas ou a retirada das corregências!

EnSIno fundAMEntALSérIES fInAISPara as séries finais permanecem as orientações do ano passado. O pri-meiro dia da SEP será utilizado para debater o planejamento na ação educativa e o segundo dia, para a re-organização do planejamento com base nos resultados das avaliações de rendimento escolar 2012.

As professoras e professores que atuam nas 11 escolas de 6º ao 9º ano ainda não conquistaram os 33,33% de hora-atividade. Por isso, esse tema não deve ficar de fora do debate da SEP.

Após a intensa mobilização feita em setembro de 2011, conseguimos alguns avanços, como a ampliação da hora-atividade para 32% e o fim das substituições. Entretanto, du-rante o ano de 2012 esses direitos passaram a ser desrespeitados, prin-cipalmente por falta de professores. Agora, é preciso retomar esse de-bate nas escolas das séries finais. A ampliação da hora-atividade é um direito de todo o magistério e deve ser feita com qualidade tam-bém para esse nível de ensino!

Não esqueça! A primeira reunião do Conselho de Representantes acontece no dia

6 de março. Eleja o representante na sua escola!

1/3 dehora-atividadeé só o primeiro passo!Não podemos nos esquecer que os 33,33% é o percentual mínimo de hora-atividade exigido por lei para garantir um padrão, também mínimo, de qualidade para a educação.Precisamos lutar pela redução do número de alunos em sala de aula e pela revisão da portaria de dimensionamento. Com relação à hora-atividade, a pauta nacional da educação pede a destinação de 50% da jornada para atividades extraclasse (planejamento, formação e desenvolvimento de projetos). Essa reivindicação já é realidade em algumas redes de ensino, como, por exemplo, em Brasília.

Magistério começa 2013 com conquista!

As professoras e professores de Curitiba terão o mesmo calendário letivo em 2013. Graças à mobili-zação da categoria, a administração aceitou rever a imposição de calendário dos CMAEs, que era 11 dias maior que o das escolas e CMEIs.

Depois de três meses, a mobilização das pedago-gas dos CMAEs foi recompensada. Desde o mês de outubro, elas se organizaram em reuniões com a dire-ção do SISMMAC para rejeitar a proposta da Prefeitura

e para buscar a equiparação com o calendário das de-mais unidades. Essa conquista é exemplo de que vale a pena se indignar e lutar contra as injustiças!

A revisão do calendário é uma vitória do conjunto do magistério municipal. Além de reafirmar o direi-to da categoria ao recesso de 35 dias assegurado em lei municipal, essa conquista também fortalece nossa união e o princípio da isonomia entre os diferentes segmentos da educação.

Após pressão da categoria, calendário dos CMAEs é revisto pela administração