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DIÁRIO DE UM PASTOR Lembro-me que quando convertido, observava o fervor com quem o meu primeiro pastor pregava, a alegria com que compartilhava as verdades espirituais e seu veemente desejo que aplicássemos em nossas vidas o que ensinara. Nunca o vi triste, cabisbaixo ou preocupado, mas sempre bem humorado e alegre. Parecia-me contagiar com sua alegria, seu prazer e satisfação de estar com o rebanho do Senhor; de leva-los a verdes pastos e as águas tranquilas. Apesar de ter muitas outras ocupações e afazeres, parecia que nenhuma delas era mais prazerosa e gratificante do que ser pastor. Perguntei-me não poucas vezes: O que faz alguém largar seus sonhos e objetivos pessoais para ser pastor? Para esta pergunta, não encontrava outra resposta senão uma só: vocação! Apesar de nunca tê-lo visto triste, não significava que seu oficio sagrado fosse livre de cardos e espinhos. Às vezes tudo que queremos é um lugar para onde correr e nos esconder; uma caverna no meio do deserto para descansar. Um lugarzinho sem endereço certo, a fim de se ao menos, somos lembrados ou procurados por alguém. Porém tenho meus temores de que não seja lembrado e procurado por ninguém, senão por um só: DEUS! De que no interior daquela caverna, não escute nenhuma voz, senão só a de Deus! Quem mais se lembraria deste homem, senão aquEle que o vocacionou? Quem mais o lembraria nas horas de cansaço, desprezo e lamúrias, senão aquEle que por sua graça (por nenhum mérito da nossa parte) nos chamou? Nessa terra é certo o desprezo daqueles de quem apascentamos na doce relva verde dos mistérios de Deus. Injurias, calunias e desrespeito compõe o dia-a-dia do pastor. Atrás de seu aparente sorriso, esconde o cansaço e a fadiga derivado do labor pelas almas que o Senhor lhe confiou!

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DIRIO DE UM PASTOR

Lembro-me que quando convertido, observava o fervor com quem o meu primeiro pastor pregava, a alegria com que compartilhava as verdades espirituais e seu veemente desejo que aplicssemos em nossas vidas o que ensinara. Nunca o vi triste, cabisbaixo ou preocupado, mas sempre bem humorado e alegre. Parecia-me contagiar com sua alegria, seu prazer e satisfao de estar com o rebanho do Senhor; de leva-los a verdes pastos e as guas tranquilas. Apesar de ter muitas outras ocupaes e afazeres, parecia que nenhuma delas era mais prazerosa e gratificante do que ser pastor.

Perguntei-me no poucas vezes: O que faz algum largar seus sonhos e objetivos pessoais para ser pastor? Para esta pergunta, no encontrava outra resposta seno uma s: vocao!

Apesar de nunca t-lo visto triste, no significava que seu oficio sagrado fosse livre de cardos e espinhos. s vezes tudo que queremos um lugar para onde correr e nos esconder; uma caverna no meio do deserto para descansar. Um lugarzinho sem endereo certo, a fim de se ao menos, somos lembrados ou procurados por algum.

Porm tenho meus temores de que no seja lembrado e procurado por ningum, seno por um s: DEUS! De que no interior daquela caverna, no escute nenhuma voz, seno s a de Deus!

Quem mais se lembraria deste homem, seno aquEle que o vocacionou? Quem mais o lembraria nas horas de cansao, desprezo e lamrias, seno aquEle que por sua graa (por nenhum mrito da nossa parte) nos chamou?

Nessa terra certo o desprezo daqueles de quem apascentamos na doce relva verde dos mistrios de Deus. Injurias, calunias e desrespeito compe o dia-a-dia do pastor. Atrs de seu aparente sorriso, esconde o cansao e a fadiga derivado do labor pelas almas que o Senhor lhe confiou!

O que nos conforta que apesar de que no ouamos de ningum: Obrigado por ser meu pastor! Ao menos escutemos a voz do Senhor dizendo: Eis-me aqui!

Ao som destas palavras que descanso!

#Uma pausa para uma REFLEXO

Diz-se que Martinho Lutero tinha um amigo ntimo, cujo nome era Miconio. Ao ver Lutero sentado dias a fio trabalhando no servio do Mestre, Miconio ficou penalizado e disse-lhe: "Posso ajudar mais onde estou; permanecerei aqui orando enquanto tu perseveras incansavelmente na luta." Miconio orou dias seguidos por Martinho. Mas enquanto perseverava em orao, comeou a sentir o peso da prpria culpa. Certa noite sonhou com o Salvador, que lhe mostrou as mos e os ps. Mostrou-lhe tambm a fonte na qual o purificara de todo o pecado. "Segue-me!" disse-lhe o Senhor, levando-o para um alto monte de onde apontou para o nascente. Miconio viu uma plancie que se estendia at o longnquo horizonte. Essa vasta plancie estava coberta de ovelhas, de muitos milhares de ovelhas brancas. Somente havia um homem, Martinho Lutero, que se esforava para apascentar a todas. Ento o Salvador disse a Miconio que olhasse para o poente; olhou e viu vastos campos de trigo brancos para a ceifa. O nico ceifador, que lidava para seg-los, estava quase exausto, contudo persistia na sua tarefa. Nessa altura, Miconio reconheceu o solitrio ceifeiro, seu bom amigo, Martinho Lutero! Ao despertar do sono, tomou esta resoluo: "No posso ficar aqui orando enquanto Martinho se afadiga na obra do Senhor. As ovelhas devem ser pastoreadas; os campos tm de ser ceifados. Eis-me aqui, Senhor; envia-me a mim!" Foi assim que Miconio saiu para compartilhar do labor de seu fiel amigo.