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    Flannery O'Connor nasceu em Savannah,Ge rgia, em1925.

    at ica dev ta, viveu a maior parte da sua vidanuma qui ta em Mi edgevi e, onde fazia criade paves e escrevia.

    F i autora de dois r m ces,Sangue SbioeO Cu dos Volentose tri ta e c ntos, a m deinmeras crticas e ensaios ando morreu, aos39 an s, a Amrica perdeu

    uma das suas maiores escrit ras, no auge da suacapacidade criativa

    s seus contos comp etos, pub icad s post a-mente em 971, ram ga ardoad s com oNationa Book Award de co.

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    N C

    Iren Nmir vs :O BaiIren Nmirovs :Dav Go rVlad mir Nabokov:i, Dama, V te

    adimir Nabokov:Ad ou Ar rCormac McC thy:A avessDalton Tr visan:O Vmpiro Cu baDalton Tr visan:Nove nad emp resDalton Tr visan:A Po quinhaClaric Lisp ctor:Um Sopro d (Pu aes)Junot D : sim Que A Per sClaric Lisp ctor:Laos FamliaIren Nmir vs :O nho d Soli oD nis Johnson:AnjosLuigi Pirand llo:O Fa i Ma a P cal

    ad mir NabokovR o na cu oDalton Tr visan: e a ConjugalDalton Tr vi :A ombeta Anjo n a rV adimir Nabokov:A r ira V Seb an KnightA ic MunroAmad dHjalmar Sd rb rg:O fogo S oV adimir Nabokov:LoliMich l Hou l cq:As Par cu s E mentaresVladimir Nabokov: PninCormac McCarthy:O Co elheiroKat Atk nson:d aps d

    A. M. Hom s:Assim para Ns Haja Per ohumpa Lahiri:A P nc eic Munro: pa g e Mulhe s

    Rch l Kushn r:Os Lana-ChamIsaac Bb l:Contos e Di os

    rmann Broch:A Mo e lioEl na F rrant :Crnic Mal AmorMargar t Atwood:Ressur rKath rin Ann Port r:A T e In linad e Ou os ContosNathan Fil r:O Choque d QuedAlic MunroFa os Se e sM gu rit Duras:Mo rato CantabiM gu rit Duras:O os Azu Cabe PretoSaul B llow:Aga a o DMich l Hou ll b cq: P a

    Sau B llow:Hen rson, o i d Chuva

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    Relgio D gua EditoresRua Sy vio Rebelo n

    Lisboate! : f :

    [email protected]. gidg .pt

    by the Ma y Flannery Connor Charitable T st

    Ttu o: Um Dir o de PrecesT tulo original:A Prayer Journal ( )

    Autora: Flannery ConnoTraduo: Paulo Far a

    Edio com pre cio de Pedro MexiaReviso de texto: Anabela Prates Ca alho

    Capa: Carlos Csar Vasconce os (www.cvasconcelos.com)

    Relgio D gua Editores setembro de

    texto deste livro segue o novo Acordo rtog co (exceto o Pre cio).

    As notas ram itas a pa ir das do editor original

    Encomende os seus livros em:w w g g .p

    ISBN 978-989-6 -433-7

    Com sio e paginao: Relgio D' gua Editor sImpresso: Guide Aes Grcas, Lda.

    Depsito Lega n.:37944 / 4

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    Fla y O' C

    Um Dirio de Preces

    M x

    T u u

    Ob Fl y O' Co o

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    P efcio: Preces Atendidas

    Um Dirio de Preces

    Fac-S le

    n

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    Preces Atendidas

    Es rit ra at i a n Su pr testante, a i nista n rte ameri ana F anne 'C nn r estava numa situa privi egia a para esven ar a ue a esp ie e ristianism en u ue i ue a r eava D p nt e vista em gr e s i gi , aBib e be t s esta s su istas stentava uma f mnipresente e s vezes estri ente, uan n n amenta ista Em term s utrinais, as n es at i as e evang i as tinham um tr n mum mas i vergiam em n es essen iais, tant bsi as m s sti a asE, a m mais, 'C nn r n era apenas uma at i a, u uma at i a prati ante tinha uma s i a f rma teri a, e T ms e uin e R man Guar ini, u seja, seu at i ism n resu tava apenas a e u a u a nvi mas e um in es sante estu , a is n tri nas ezenas e re enses ue es reveu s bre ivr s e te gia

    Quatr ensai s igi s n v umeMystery and Manners(1969) emb am p r iss ue um es rit r at i n um ap geta, um rt x , um aut r pie s u re rtante Cer t s se t res at i s ta vez pre ram uma mensagem p sitiva, mais e a es e pr paganda de ue e pr b ematiza ; mas F anne era uma mista pre upa a m traba h , m fazer cra t ue imp i ava experin ias munais, m s urs s e es rita riativa, u s itrias, m a vi a e eremi ta, sem gran e re a m mun ue n f sse p r arta F i assim ue, apesar a sa e gi e a m rte pre e, pr uziu

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    o s ro ances e uas colectneas e contos centra s no cnone a er cano nu erosos art gos e confernc as e a volu osa cor respon nc a reun a em e Habit of Being1979).

    No ensa o T e C urc an t e Fiction Writer FlanneO'Connor part u e u a upla ou talvez tripla e nio para nterrogar o que seja sso u escr tor catl co. Le bre os que por ea os o sculo avia autores mun al ente conheci os co o Franois Maur ac Evelyn Waug ou Gra a Greene que era uitas vezes apresenta os como escritores cat licos sen o que quase to os se sentiam ais vonta e co a esigna o catl cos [que so] escritores at porque o catolicis o no esgotava a sua te tica ou no correspon ia a to as as fases as respectivas ob s ro anescas. os Esta os Uni os o poetaRobert Lo ell u os ois ou trs ais importantes o sculo a ericano comeou por publicar ivros e f lego meta sico cris to e bora as colectneas subsequentes se t nham afasta o to tal ente essa matriz. Ficcionistas catlicos como J. F. Po ers ou Walk r ercy tiveram a guma exposi o m itica ou a um suc sso e estima as havia quem achass qu tinham um int resse iminuto para eitores no crent s. Th Church an thFiction Writer ixa c aro que O'Connor recusa esse acantona mento a co catlica e que no lhe int r ssa pre ar a conv r ti os. E a sabe que escreve e que quer scr v r par prot stant s e agnsticos e ateus os quais iz c e aro aos textos com ex pectativas e c igos e leitura que iver em bastante as inten es originais a autora. O escritor cat ico ocupa por isso o vrtice e u tri ngulo: epar s equente ente co a incom preenso a Igreja que con ena c rtos textos como masia o subjectivistas i iossincrticos ou at perigosos; e te e s e bater co a perplexi a e ou a recusa o pblico no-crente que suspeita se pre o catlico como criatura og tica paroquial e cante catequtica.

    O'Connor efen eu por isso que um scritor catlico srio se preocupa acima e tu o co a observao a espec ci a e a cre ibili a e a ver a e no ignor n o aquilo qu parece super cial e estereotipa o porque sso correspon e a uma man esta

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    o imediatamente visvel e sign cativa da sociedade. Aquilo que o escritor catlico no deve fazer separar a natureza daGr a, o fa to evidente do seu sign ca o enigmtico. Os con i

    tos que os romances e contos testemunham e reconstituem, tanto os internos omo os exteriores, so meta sic s mesmo quan o pare em natura istas ou grotescos. A onheci a ategoria a que se chamou grotes o su ista agastava O'Connor,porque pare ia supor ue s as vidas su istas eram bizarr s, ta vez por ausa o ambiente re igioso; or o grotes o, isto , o para oxo, o humor negro, a istor o, umpriam na literatura uma n o rea ista: i ent avam o ma , o acasso, a fa a, o peca o, se quisermos izer assim. E faziam-no e uma for a intensa, exagera a, uase revo ante, e por isso insus ept ve e in eren a, esse e feito t o oga . grot sco eixava n ti o que o ogma ris to uma hiptese poss ve sobre o mis rio a humani a e.De mo o que quanto mais og i o mais enigmti o, ou seja, mais v r a eiro.

    raor i rio qu o juveniUm Dirio de Preces on a es es bat s, bem omo e a gumas vi as, om uma rmi na o re o . Quan o tinha 20 anos es u ava na Universi a e wa, on e e uentava o prestigia o Iowa Writer'sWorkshop, O'Connor manteve um irio (Janeiro e 1946 S t mbro e 1947), umas z nas o has m us ri as num aus ero r no pau a o. O texto integ fa -simi a o s viu a uz em 2013, exuma o os pap is a es ri ora. T ta se e um mon ogo em i ogo, um irio em forma e ora o, o o em forma e i rio,forma h ri a e em interroga o onstante.

    O'Connor sentia que as oraes ra i ionais n o he serviam, ta vez porque no er m ilogos. Quem me saiba ensinar a rezar, escreve e a, enquanto se irige a Deus com exign ias emperamentais: make e a ystic, immediatel >*. certo que no h experin ias sobrenaturais em U Dirio de Pr ces mas nota se a conhe ida impa incia os msti os: a iarista queixa se de que n o sabe amar e e que no conhe e a vonta e e

    *f de m m uma m stica imediatamente.

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    eus; no aceita uma crena de ndo sentimental; no quer uma d vindade sua imagem e semelhana; diz que s vezes mantm a f apenas por preguia; declara a sua prpria medio

    cridade e indignidade; vacila entre a desesperana e a presun o; acusa se de pensamentos erticos e de ser to estpida como as pessoas que ridiculariza; pede que eus a ajude a ser uma escrito a a srio, e alm do mais santa de um modo i teli gen e; rasga pginas do dirio, que alis termina com um za gado nada mais resta dizer acerca de mim. quase o empe ramento de uma Teresa de vila.

    Bernanos e Bloy so dois dos autores catlicos cita os, catli cos exigentes, ferozes, de terra queimada. Foi esse catolicism que Flanne O'Connor praticou no seu Sul hostil aos papistas, e sabem s que na altu a em que mantinha este dirio j es v escrever o romance Sangue Sbi (1952). jus amente uma n o romanesca como a suspenso da descrena que apr xima o o da co. Isso e uma viso do mu o, a qual dep d s pre e um c ncei e am r. U m r qu m O'C r agr ste e con r i rio: basta ver c a ps adolesce , qu nunca ter uma vi amorosa, se refer a esej c mo um v ta e ou um torment , ausncia de d s j como paz, e a ac to s xual com act religios , qu , a sua forma ag stica, grotesc

    Aos vintes, sta to invulgar rapariga procura aquela co ana que, assegura, a base e uma vi a espiritual. C isa cil, a c n ana, sendo a vida traioeira e decepciona e.As oraes de Flanne O'Connor esto, c mo ela explica, ntre a meta sica e a ter pu ica. Exprimem ado o, contrio, ac o de g aas, splica, mas tambm testam verdades que ho-de alimentar a co ainda por escrever: a ideia de que o infe o um conceito mais compreensvel do que o cu, de que a G a sem porqu, ou de que o pecado bom porque orienta para a salvao: Concede me a graa de ver a aridez e a i dig cia dos lugares onde Tu no s ador do, m s profanado.

    O'Connor imagina se a dada altura septuagenria e ainda com dvidas; mas s viveria at aos 39. Quando regressou

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    Georgia, onde iria escrever livros e cuidar de paves, teve o pri meiro ataque de lpus, doena fatal que, em certos momentos, quase nos parece uma prece atendida.

    Pe ro Mex a

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    Um Dirio de Preces

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    ENTRADAS SEM DATA]

    [ . ]* es r stic neste d m ni , a invs de pensar em Ti e de me sentir inspirada pel am r que tant desejaria sentir.

    Meu b m Deus, n c nsig amar-Te c m pretend . s crescente esgui de uma Lua que avist , e meu eu a s mbra da Terra que me impede de ver a Lua inteira. O crescente muit be , e talvez uma pess c m eu n deva u n p ssa mais; mas que eu recei , meu b m Deus, que a s mbra d me eu se t e t grande que bscurea a Lua i teira, e que eu julgue a minha prpria va ia pela s mbra, que nada .

    N Te c nhe , meu Deus, p rque eu prpria Te encubr . Pv r, a uda-me a arredar me d caminh .Desej muit triunfar n mund c m as c isas que pretend

    evar a cab . Dirigi Te preces a este respeit , es rand a mente e s nerv s, mergulhei num estad de tens nerv sa e disse h meu Deus, p r v r e tenh de c nseguir e p r v r, p r

    v r. N Te dir gi s meus pedid s da maneira certa, sintD ravante, deixa me pedir e c m resigna que n nem pretende ser um a uxar das raes, antes um rar men s bri

    , c m a c nscincia de que este enesi causad p r uma sia daqui que desej , em ugar de uma c ana espiritua . N pretend zer c njeturas. Quer amar.

    Oh, meu Deus, p r v r, desanuvia a minha me te.

    *Apar ntemente, as primeiras pgi as do dirio perderam-se.

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    o vo , ca ao m amo ma o a m n a an a M a

    m amo ma o o

    o vo , aj a m a n a no ma n o a co a a co on No o n gar a ora a c ona q r z

    o a a m nha v a; ma nho ta o a rez a m a m n a a en o m r m o g a A m, t n o a n an S n o ma on a caloro a amor a aq c me q o n s o q an o cr vo ta a avras ara T or no x s q a x ca o c ogos a r s

    am e s o s e m n m nto O m nt m ta o, Senhor, q m resta con ar em T para me con var s na en a corr ta

    Por vor, aj a to os aque e q e amo a ertarem s os e a c m ntos P r oa-me or vor

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    Meu b m Deus, c abismada a te a p r de c isas pelas quais dev se tir gratid , em term s materiais; e, em term s espirituais, te h a p rtu idade de ser ainda mais iz. P rm parece me evide te que est u a traduzir esta p rtu idade em

    ct s palpveis. u dizes, meu b m Deus, para pedirm s a graa, p is n s ser dada. Eu pe -a. C mpree d que me bast pedi a, que tenh de agir c m quem a deseja. Nem t d s que dizem: Se h r, Se h r, mas sim aqueles que f zem a v tad de Meu Pai. P r v r, ajuda me a c nhecer a v tade d meuPai quer um erv sism escrupu s , em sequer c j turas neglige tes, antes um c hecime t cid , se sat ; e, d p is dist , d me uma v tade rte, para ser capaz de a vergar v tade d Pai.

    P r v r, deixa que s pri cpi s crist s impreg em a mi a escrita, e, p r v r, z que haja text s su cie tes da mi ha lavra(dad s estampa) para que s pri cpi s crist s s p ssam im preg ar. em , h, Se h r, perder a mi ha f. A mi a me te rte. Deixa se seduzir p r t d g er de charlata ice i ectual. N quer que seja med a fazer me ir igreja. N quer agir c m uma c barde, ca d ju t de Ti s p rque t h med d I . Devia pe sar que, se tem I , e t p derei estar certa da exist cia d seu aut r. Os erudit s, p rm c seguem dissecar em meu be e ci s m tiv s que me levam a temer I , e da extraem a c clus de que I

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    x t . Ma ac to o I o. a a a a aca tI o pa c to a x q v l o q o . S v porq o I o a co a apa c a a t a. o

    ag na o tor to o a a o , a o con go ag al a ca a a p a c tal pa a to a a t , a toa lo vor a D . at a qu o co ga a to. S co g o ca tografa o co r g 'or, a gu o no o c t ta p or co ar a ogo a t a o para o ap f o , o bu g v r a ot o c t o ca a x plar, a to a a p oa ac a o c co a o . Ma o p t o r p itu a, bo a, p l o , p t a o p t a go t d qu a q co d r m tal. Ma qu a porta a qu no q ro t d a xcl o, qu r a ar a p rt na; q ro acr tar no In , as s o u. A ar t n e t az b n c o a g . O qu p rta d da graa. Ajuda a t r q r r unc a t d q t no p a a a c N r r a t ar ra.

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    e e , t e t i at T n a e q a q e c i a. e a , T q e ten e a e n . tava e e c eve a ece nita, a ta e a at ia i a. e v ta e va t n en ve q e e eve ia e ca a e a c in t ent e Te v ; a n c n ig .T avia, n q a q e ent in i e q e e a ve e te a a en a e ce a a a a h e v e , a i ei a a av a e a ece ni a e e e gi e c n ciente, evan e a e c eve text in a a . N

    , ca c nt i c n eg i ia enten e e ta c i a .Se e e c hece e ena ente, e e , e c n e

    g i e e c i e ia t a e ante e eg cnt ic , h e ince i a e, q e e i e , a na ? a q efa ia e e e a a e te enti ent q e a e , a a eg ia, q e e enc nt a e a ia n a a q e e en en i ent a cance? Tenh e a i i i a , h, Senh ,q e ca apa a e a na t eva a i ha a a. P v ,

    a in a entine a c nt a e a . P v , a a ei a n a e a ei . Se que c n e v a inha f ente eg ia, e e ? E ta, , a i eia q e ag a a ia a a g aci na at e a.

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    e e , n q e q e i t e a exe cci etaic , a i a ani ta e v a e . P vave

    ente, a i ca e a e ai te a tic q e eta ic , c e e ent e acente a t e te en a ent . ece eve e c ta , a ece e, e a a , c nt i , ag a eci ent e ica, e e g tava e e ce e q e c n ig e c ca a e te e e ent e e c eve a exege e. a a a Ti, e e , q e ai e a

    ta. N c n ig enten e ena ente a g i ca q e Te evi a. nt e vi ta inte ect a , c nc : a e a

    e . a e e e enti en ? Pa a enti , te e c nhece . E a a i t , a ve q e n atica ente i ve a cana inh e e c nheci ent , n ena ente, c a , a ena a a ce a a q e te ace , e ta e en ente e e . E ta e en ente e e a a a a a q e Lhe e ica , a a , enten a e, n enti ai n te . C nce e e a g aa, e e , e Te a a , i ne eq e i t e c n ig e inha. C nce e e a g aa e Te a a c ent ia antig

    ace te q an Te ac i cava c ei . C nce e e ag aa e Te a a c a q e enche Te ace te q an ac i ca C ei n n a ta e . C nce e

    e a g aa e ag a a c i acincia ent e q e Te ve ei ca a a ca a e e n eci a e t e t en e e

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    p a a Te a a C nce e-me a g a a, meu m eu , e ve a a i e e a in igncia uga e n e Tu n a a , ma

    im p fana .

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    e e , int e t e ani a a e e a inha a. I t , h e i enti ent e e ni . C eenq e n ei q e c een . P v , a a e, e

    e , a e a a e c it a e a c n eg i q e e aceite ai text a a ica . E te e e e t t i tante q e e

    e e , c a , q e a e ate c q e e eixa nat a ente e t e cta. E i , a c nt i , e g an e e i a, i e feita. N ei e a g a ve e a e en i e e ca , a c et , Te te n i . E te g ne e c nt i e h q e nenh a, a eg ta. Pa a ace e a tg ne e c nt i , nece i i a e ia, a f ex t a in ia. N e c nta , t e e g aa, a ece e.T ata e e e i a e q e n a e a a e en e n eO te n i , e it . Tenh e a , e e q e tenha e a e a a a cana a g aa. e c age a a ta a e a i a cana a g aa, h, Senh . a e a vive e ta vi a q e a ece t t ai ei a, t ececi nante.

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    e e , e ta n ite n i ececi nante q e e e te a hi t ia. N e eixe a g a ve en a , e

    e , q e e i ai q e e in t en a T a hi iaa i c a q ina e e c eve i e . P v , e

    e , e ite q e enti a hi t ia, a ca a ceiva evi e , q e t c a q e n a a q ai q e eit a

    aci a e vi , q e c e a a n eten eneg i a f e igi a e a e q e , e a, enq ant a ia e c even , n e e a ce q e eten ia a cana ne q e a a av a i ia igni ca . N ei e i c e ncia. P v , n e ig e a eit a a , n e c nta , c n e ai e it q e vi t e q ai q e e it . Q e t an iti c e ta hi t ia q e a n a e h ana ve e t an a ece at av e e canti i , e a i n e a c a e canti i .

    Ta ve a i eia e a q e e c n eg e t an a ece , e at av a c i a e e . N ei a ce t , a , e eu ,que e e a q e t a e e t a a hi t ia i a, q e e n ei c , e q e n a ia c e c ev a, a e a gi En , t i t e c n a ag a eci ent , e cei e e ent q e eve inc i na a .Q an en e t a a c i a e a q ai ev e ta g ata, e g nt a i e a q e q e n e ata aq i e , i e te tant i e e n e tenh t a e e

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    cia ente ag a eci aO eu ag a eci ent nunca t a a a e ac i ci a quanta ae que a en i e c e e

    e a, e g an e aten , i i Tu i t e enche e

    a c e i e a, a n e in i a enti ent ngenteque eu eve ia ex e i enta a a Te a a , a a e a e en e u a a Te ag a ece Ta ve enti ent que n e can e i a eja a g , u a ve ai , eg ta a g a a e a u a a enti que na a h e e a e i N entant , a ece e a c i a ai natu a un , a ta ve e ta natu a i a e e a a na eg A inha ente uit in egu a, n c n

    a ne a Incute e e c u nu ent e, g a egui , eixa e e cui a a Se e ca e c nhece t a e ta c i a at av a ente, h, Senh , e Te, ta ece a O iga a, e eu , c ei q e e int ve a ei a ente g ata t q e e e i Q e enti e g ata Que e E ag a ece inha a e, que tant a , N a Senh a Pe tu S c

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    e e , S ica. Ei nic q at e q e ex ia. N nece ia q a q e g aa enat a a a e i q e e e a , e e e i Te e ei , h, Senh . C eiq e e t ce t e i Te e e i ta n a e q e Te ea, a n q e a e a ia a i tncia a e ta ve tente a i nha ece . a e a e i Te, h, Senh , aq i q e e h a a i , aq i q e te e q e, ten , e i a a a

    e vi Te e h .Tenh an a a e Ka a, e a e ce e a i c a e e e

    e a cana a g aa. a a ece e q e n te e e a i a a cat ic q e a c nga t ia . n enh i e h e q e e a a a a , n a e a a

    e . e e vi ia e a x i . ei e c nta, a ti a ve , e q e e ia a x i eg ta. Oh, e e , a a it i a. C ei q e a inha ta eg i a. a q e a xi a e e Ti. N entant , a ece q a e eca ge i

    eq e ta c i a. Ta ve a c nh n ci ne a xi i a e a q e e e . xi i a e a q e e e vi e i a te, ta ve . aq i q e ca a c t , e, e e a a can a e, e ta ia ta t a ia vi t ante eve eg n , e a vi a e e ia in tve . Na a ei ace ca i t , ne q e q e q e e a. Pa ece e i a inha a te i e a c i a t via.

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    e e , a a n e e , v e eti ace ca aF , a E e ana e a Ca i a e. C ece e a F . a t , a q e e ca a ai f i ent enta . E t a a e e te ce e cativ , i e n q e a c i a i c a, e ag ent a t c e vei q e i ci n he ce e . O a g ent ta ve n a e t c e vei a a g c a ente ai c a; a e ecani entai q e

    , e e t e e n i i a an ncia q a e a an n cia c n ciente. P i e , c hei e e c n e va a inha f

    e c a ia q an e ta c n ie e in encia a i ? N c n ig eci a a n e a a tic a e a inha e a q e e e i t . q a q e c i a n ai ecn it e i

    ai n q e a an ncia c n ciente q e n t e ete na enti ent a e te e eit . Ta ve e a i q e e e eia. e e , v , q e e a i e ve a ta c a ia q e ic g exa na ia c tanta avi e e ex ica ia c tant e e a . E, v , n e ta q e

    e a aq i a q e, t a eg e ente, e e cha a c a ti ent e tanq e . Oh, Senh , e e, c nce e e a c e , q e n t a inte igncia nece ia a a i a c i t , e Te, c nce e n a q a q e a, n a a n e n e e e , a a a n efen e e n i e i e e e n te e exa ina e a avi . e e , n q e e c i q e inventei a inha f a a ati e a inha aq e a. N

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    q er ter criad e in a r ria i a e , c tant e di r a. P r v r, c ncede e a raa nece ria, , Sen r, e q e n eja t di ci de a cana c Ka a d a entender

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    e e , n q e e eita e e ana, int e c e i a. t fci i q e tenh e e ana a ng a e c ega ci a e ta a av a . ch q e ta ve a c een e a e e ana e a e e c nt a te c a e

    e e ana. E e e a ia eg i a a a e e e a . P

    v , n e in i a e a ena, Senh , e ca ia t i t i a. e e ana, , ce ta ente a c i a i ente a f . Se a i , inc a n e a ta ent a f . eve e a c i a itiva q e e n nca enti. eve e a a itiva, ca c nt i q a i tin ent e e e ana e f ? tava e ena a c i a , a a e e enti e i it a ente c e a. chq e n ca a e ena a c i a . a t e e i a ece iq e e e e e c a e n e i e g aa e a g aa enat a q e exe ce e e it , e a q a . O e e it e t ent e a caixinha, e e , n n e t a caixa ent e t a caixa e e t a e e t a . it c a e t a inha caixa. e e , v , e tant a q ant e a e i e q e a ea e n a inha a te. P v , eixa q e a g a e ane e t a a c i a q e e eia , a a q e e a enti c e

    a. E te e i , e ti a an i e, eg ta. N have anei a e c nt a i t , e e ? N have c gi a n e ? E e g ha n a c i a ai va ta? Oh, e

    e , q e e c eve ance, ance. Q e e

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    i t para ati er um b m entiment e tambm um mau entent O mau entiment mai relevante O p icl g di

    em que e te entiment natura eixa me a tar me, meu

    b m eu , e t da a c i a a im naturai Ajuda me a inc r a na m nha bra aqui que mai d que natural ajuda me amar a minha bra e a m trar me in ulgente c m ela r e te

    tiv Se tiver e tra a har ar uamente para a criar, meu b m eu , p i que eja c m e eu e tive e a Teu ervi tava

    e e ant e um m inte igente S u a pale a re mida, ta ve c i a vaga e m m que me acalenta eja a e pe an

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    e e , e ce ta e i a i e ca tiga a e a nha ta e ca i a e a a c . th g*, n an a a . E e h e i t , tigan e q e ne ven ava , q e, e a n e tenha ag a it , e e t ag a e. T i t a it a ca i a e. Oh, Senh , v , t a a inha en

    te atenta a e te e eit . T ia it , it , e aia c ent i c i ace ca a e a . Fa q e e a e i it . P v , a a e a c een e naprtic c i t e e . in a na a tenh e q e e a g ha . S e t i a, t e t i a c a e a q e i ic a i . P v , a a e a eixa e e a i eg ta, q e Te a , e e . N q e a a a vi a a e c a e, . P c va h . P v , a a e a c i a T a Pa av a, h, Senh .

    * Um colega de Flanne O'Connor no curso de escrita criativa na Universidade dIowa.

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    C nc q e i t n va e it c ei i et e a . a n eq e t p e e ita a c e te e e c it

    i p ent , e i t e a ia vaga pa a ent . Iniciei a n va e a i a vi a e pi it a tenh c n ana. e ta c n ana, p e cin i e ce ta tina e a e cente e e ce ta tina entai . N eci it pa a n fa e enten e a e a q e , a e e p c e a a e e enti . p c , a e ce e i c a inha pe a. U a c i a e q e e ape ce i e ta e ana te i a e ana i a a q e e ve c n tante ente c aq i q e e e e . N a c nc eti a q e e e e , a e ti ce t , e i c et n ani a c et . c n eq ncia e te e ici e ta e c a e , nat a ente, ete e i e ete n enti ai gen n a pa av a. P eci e c e ce . Tenh i eit , c ei , a e n t a e te inte e e p i p p ia, e e q e e te e inte e e e cent e na inha a a i ta e n q e a ant p a. Salv a p , na ai p a h a , e c eve C e i ge a i agina nci nava apena ne e ent , apena p a e e . V c ea pe a a a, e talve n te p ai q e e e exe ce tenha a a p t ni a e; e, e q e i t n ce a, te ei na a e h c i a, a nica ea ente nece ia. e te e e ta e t a a

    inha a. Tenh an a a e Be an . a l ta ente a a vi h . Se q e a g a ve a e ei e a q e ?

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    e i c i a e te eve a a a ica a n e ; c nt , ve q e e a ta t e inha e a q e e i ve n e a a e e c e e a c een a, n eci ent e q e , q e q an e tive ve ha e ca ca q e e e igna ei a e e e tet . e igna e a e e, a ece e, e ia e igna e e e e ana. eve have a g ei e nat a ente e c e e ca a e e i c i a e[. ]E e ei eg a ente a aa. eve have a g a a e he e ca a , e q an a e q e e ta a aix e e nve . Ta ve e ce e q e e ta a aix e e nve e a i ei a . ig q e e a ta e inha e a; a a ve a e q e a aix e e c e. n a ei e e a t ent e a e e e ana e a S e a, enca an i ei a e e i a t a, ava ian q a e a e e ai ai , q a ela e enti ai c n ve , ai e c nt a a. N nca eng i ei g an e nac e na a. ei e i ca ne v a ente aq i e a . O te e a c i a a; a , e e , n e te ne v i [. a g c a , g an i , agnni . Te e e i . T a a vi t e t e e vig a . vi t e te e e a nica c i a vig a na n a vi a . O eca va t e ce i . N nca c n eg i aca a e c e , ne n nca c n eg i ige i . Te e v ita .Ta ve e ta ec a a e a e a ia ite ia n ei xa q e e te e i i e t e hi c ita.

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    C m q e p ss vive c m q e ei de vive Obviame t e, a nica ma ei a de vive etame te ab ica e t d as te v ca , e talve esse cami esteja e ad , seja c m

    as c m e imi a esta min a manei a exige te e cata espi as de e as c isas q e ta t amar a e s sem eias mes temp , q e t as as c isas q e pa ecem stas a esse am

    q e se ma excelente escrit a T e q a q e xit te te ncia a s i me ca ea inc nscie teme te, at Se alg a ve c nseg i t a me ma exce ente esc it a, n se rq e s ma excele te esc it a, mas sim q e e s me deix a eca a s l s e alg mas as c isas q e Ele ca isamente esc eve a a mim N m ment at al, a ece se esta a st a E e N c nsig esc eve ma in a q e sejaMas v c tin a a te ta eis q e i ta E, em ca a se est i , i ei ec ar e e Q em est a c ia a a q an esta

    ca nta e e Q em n a est a c ia naq e e m ment N s ias q e c e , e g nt a mi esma se e s alg a ve t a a esc ever a g a c isa a a mi E e ete e a S ag aa; n est t ce ta e q e e c nce a a t a Ta ve e n me ten a m st a s cienteme te g ata elas ivas ece bi as

    Os ese s a c e exc in s estmag am mes bt a s N sei q a t tem , as es e q e se a a asem e me m ita a , ve me iv e e es

    N ave q em me saiba ensina a e a ?

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    C i ci ante a a a inten [, ] a a a t a e e a a a a[, ] a t [, ] a e a q e .Ne te ent , int na inha a a a ce ta a q e it e ag a a n n eixe cai e tenta . q a i a e a hi t ia in i ente. T a a ha , t a a ha , t a a ha . e

    e , eixa e t a a ha , iga e a t a a ha . e e tant e t a a ha . Se e eca a eg ia, q e e ca a e vence .

    E tive a e e a g a e ta ent a a .*

    * O texto rest nte nest p gin do di rio p re e ter sido elimin do

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    Ning e e ate e c nhece t a a c i a . S entee ate . O e ni ai c ente , e l te a a

    a e .

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    Se q e a g a ve e e igna n a cha a e c e a n e e a i ia? Se e n i t aq i q e t e , n e ei t a c i a q e ain a n ca a e ve ne e e c eve ena ente? V t at e [. . . ]

    S T [ . . ]*R ea c n i e a q e te tante te e e eti ; cat i

    c te e e ete . e e, c ei , q e, e ti a an i e, te tante ta te e e ete ; , cat ic n nca eve e eti , n ea a ente ace ca a nat e a a e a h e c e . I t inte e ante. Sen cat ici tei a a nic ei e c nica a q e va e a ena

    ete n , n enten e cat ic . E t a a t inaq e nega a i nega ta e . O In , In ite a , a n a nica e e ana. Ti e n In e i e c ve te n n a te a c eta ente eva ta a, a inv e ei eva ta a. O eca a c i a ti a, e e q e rec nheci c ta . C a e it a gente q e, e tra a, n chega ia a e eixa e ec nhece , e ti a a e ni enq ant e ni e at i i a e ni enq ant p ic g , i i ta e . Se n exi te eca ne te n , n exi te e n C . N exi te C . q e e ra a i . P , e ent e ite

    * O texto rest te est pgi do dirio p rece ter sido e imi do

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    ra os o ou se popu ar crer e Deus nes a f ua er co sa chocan e Os ca cos, no en an o, prec sa de a i en ar cer e zas, an o quan o hes poss ve , ou a vez so en e an o uan o deseja Eu Eu preciso de as a i en ar, as ao escrever es arei a en ar chocar as pessoas co Deus? Es arei a en ar encaix Lo ra na nha escr a, s rs ancadas? a vez no ha a ro b e a. Ta vez, sendo eu a z o, no ha a prob e a Ta vez euseja edocre. Pre ria ser enos que ed ocre. Pre ria ser nada U a i beci . No en an o, no devo ensar assi . ed o cr da e, se esse o eu cas go, a go a que erei de e sub e er. Se esse o eu cas igo Se a gu a vez descobrir que , er chegado a a ura de e sub e er. Tere e ouvir ui as o in es.

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    A so eni a e os eus pensa en os es a noi e! Ser ue o as es as ases soa ao es o, a co o e parece? To as e causa u a vaga nusea e bora sse sinceras poca e eu no renegue nenhu os eus ar igos e . Es a noi e, i agino e eorica ente aos se en a anos, a izer ue u o acabou, u o es er ina o, as coisas so o ue so, se por isso es ar ais er o o ue hoje. Esta baixeza ora aos se en a anos no ser o er ve . Quero u a revoluo agora, u a revo uo a ena, a gu a coisa ue incu a e i u asce is o sereno o scu oxx uan o passo iante a ercearia.

    As e cias in e ec uais e ar s icas ue eus nos proporcionaso vises, e, sen o vises, paga os u preo por e as; e a se e a viso no acarre a necessaria ente consigo u a se e o so i en o conco i an e. O han o para rs, vejo ue so i, no o eu uinho, as o su cien e para he cha ar so i en o, e bora haja u bu oso sa o a eu vor eu bo eus, por vor, envia e a Tua Graa.

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    Ten e esc eve ue i ei t a e ista N n senti a nca ia esttica, as n senti engenh esttic ; cas c nt i , senti ei a a s i c nstante ente c h je A a a v a engenh c b e ngu aba h e a a av a esttica c b e ngu a ve a e ngu Vai se u a vi a intei a e uta se atingi a c nsu a Quan ua ue c isa est c nc u a, n a e s ssui Na a e s ssui , excet a uta C su i s t as as n ssas vi as e ssuir a uta, as s ente uan aca i a s essa uta e a ienta s a u a c nsu a a exte i a esta vi a ue e a te a gu v Que se a e h

    ista ue e seja ssve , s b a batuta e DeusN ue senti e s it ia t a a vi a, as as ess as, a

    rec a e s e Deus, a enas acentua a n ssa s i eu b Deus, v , aju a e a t a e u a a tista, v ,

    a ue iss e a xi e e Ti

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    Para anter o o con utor nu ro ance, te e haver u a viso o un o subjacente, e o te a ais i o ante no ue a esta viso o un o i res eito o conceito e a or ivino, natura e erverti o rovave ente ossve i er ue uan o u a viso o a or est resente u a viso su ciente ente a a na a ais necessrio acrescentar ara construir a cos oviso

    Freu , P ous e Lawrence situa a o a or entro o ser hu a no, e no va e a ena r e causa esta esco ha; contu o, ta b no h necessi a e e e nir o a or ta co o e es o e so ente en uanto esejo, u a ve ue isto i ossibi i a o a or ivino, o ua , e bora ossa ser ta b ese o, u gnero i rente e esejo esejo ivino e, situan o se a o ho e , consegue e ev o ao seu ata ar O esejo hu ano eDeus e os seus a icerces no inconsciente e rocura satis er se na osse sica e outro ser hu ano Esta xao, nas suas ce tas sensuais, necessaria ente assageira e esvanece se aos oucos, a o que cons itui u obre suce neo a i o ue o inconsciente busca Quanto ais consciente o esejo e Deus se to a, ais be suce i a se o a a unio co ou ra essoa, or ue o enten i ento a reen e a re ao na sua re ao co u esejo ais gran ioso, e se es e enten i ento estiver resente e a bas as ar es, a ra o ri no esejo e Deus to a se u a e bene cia e o ar se ivina O ho e o e o, iso a o a

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    f, incapaz de e evar o seu desejo de Deus a m desejo conscien te, a nda-se na postura de ve o amor sico como um em si

    es o. Assim, omantiza o, espo a se ne e, depois aborda o com

    cinis o. Ou, no caso do a tista como Pro st, a nda-se na postu a de compreender que a nica coisa que vale a ena ser vivida,as v este a or sem propsito, tuito, frust ante, a vez

    satis ito o ese o. O conceito de P oust do dese o s podia ser este, u a vez que e e z de e o onto supremo da exist cia que e tivamente , as se n a e sob e tu a a a o cul in . Este ese o n a se cad ve m is no inconsciente, t ao espetivo ago, que o In o. Se vi a que o In o sesitua no i consciente, tal como o ese o e eus. O dese o de

    eu t ez ste s co sci i q e i co s ie te.S t c i i o o o s u i , co so nt o t o i o is o to.

    A e so o esu ta o a neg os ou os evo ta mos o t o a o so e tu a , es e o s e conscinci i con ie t o i . No o a so o ou o t o u o , isto o s ic , o u to o i

    a t io o o . O to sex u to igioso , qu o oco u , u to ostio, ou, o ho os os, u

    to io. ou t t o o a so t u o qu o ti o o ti xisti . s o o o ti ixo as t o que o o ti o ti o to no qu e i t se o seu se o o u a e out

    s u i e o i asto e us, ou se a, o invs ca e i a , te u ese o ti ha o e c ci o o a oso tu io co e s. Me e s, s estes nc os e t a ve gas e o a tis o oe tio [ .. .]*

    *A pgina seguinte do dirio i eliminada

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    Rasguei a lti a ent a a. E a igna e , se vi a; as in igna a ess a que eu eve ia se . B y vei a eu enc nt .O ais h vel, e is e le s, sermos c p zes e eg essa a ns es s, sen ain a ns es s. Ele u ice e gue lana c nt a i a a e casc eu Titanic, e es e

    e que eu Titani que it e e a s, as ecei eque Bl y n se a astante a a est ui a ca ent e nsa ca ain a a Que a H e , a ece e, e ce ta ente

    Peca O iginal ent e ns. P e s su ug l as n liv a n s e e, e s c at l e util l as nunca at

    l . i cil ese a s s e ; e u que a G aa se a necess ia a a ese . S u u a e c e es it , as h es e an a. S u u a c iatu a es it , el en s, u se a, est u viva.Ent e estes t s c que viv ? Ent e eles? Ns, s viv s, te e s e aga elas tes e es. Estan t s, que h e eles e ? F i eles, e u , que s sant s e a . N , ssant s e a eus, e eus eu el s t s. E es n t ve a e se su eita es a in igni a e e eus. Ningu c nsegue t a a fa e que C ist . Estes Crist s e n s e esenta s e ca ta es e gue a e e e as ca a h e Jesus; ca a ulhe , aria ]te ia causa nuseas a Bl y. Os estantes e ns e e a a ca aci a e e v ta .

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    2219 B y n va nt . v ia s g an acicat a h i a ct s t in t a nt cisas B y a a g ha x s s ias s nt stas n s nga ant it t . O v

    i it i t r s s i it ais aq i wa City t c a a i issa n va n t s s ias n c nsa nt s h n s na s a sq inh n s g s v ca a s c a hstia na ng a. Ta v S nhs t nha a i a i t nha st a a a l i as stant s a a ga n iv g ac ca B y g y a g ns t s. h v nsa a inha inc s cincia q a na a i a s i t . asia i ara is i nt a s as inhas c s[ ] asia i at a a nt a a c s a a a q xc t an ninharias. Nq sta c n na a i c i a n s s s nti nt s a a C ist . Q s nti . Q a a Ac h S nh r nca inha na ir q v i t a . Minha S nh a t S c a r i .

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    Oh, Senho , eo Te, z que eu Te e e e. Se i i io e titu e . No en e e Te qu n o en o eTi, i e e Te on t te ente, en e Ti on t nte ente, enti e e e e o u ent o e i , enti o o o u n o ent o e i . O e e o t e i o o u

    o, e e e i ti o u e .

    i e t e it eve u e e o. H u e e o, t to e io, u e e o o to que t n e e e n e it o que e it u oi o t . e it u oi o t . te u oi o t , o t o n tu ez , no o t e ue e. T go o eu e e o o to o ug e to , ] o ug o to on e e e e e o o e i i i ente, e it . to u e o

    eu to, o, e g e eu , e e te out ; o e e ve e n . vi que e te e e o e e e o e o

    e ito e t o t i , i in o que e e viv u ho ve e u te. M no eu o ho , que ei ve e.Oh, Senho , eo Te, to vivo e te e e o o to, vivo n vigenun , vivo t o o ov ve ente te e vive , o o i en to. Sinto e e i o e o e ' o e . Se o o i ento vie e o eu en ont o, ne eque o e onhe e i . otege e,Senho . u e, Me.

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    t i i , u p i p p , t t u t i i i p gu u , g , p t i t p , qu , i bi i , t p u [ ] t t u p i i i i t u t p u ; gu B y h h ? u t ? u t p xi qu t p qui t Qu t u t S , t

    i i , u t i ti u g , ti ti t i ut p u , p i

    C t , p i i M p t g up S u t qu u u tu , t t , i t u p u u , t u b b p uti iz , u b i ti p t i p i p ut u

    i t , i h p Lh qu p t p tit N S h ptu S , p i

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    Aqui que pe , a e a e, asta te cu . Oh, Se , que eu ig que este e t s u u que , a e a stica, i e at e te. A e a e que eus capa iss capa e c e te quei s e stic s. as p que ha e ia E e e a e e e e ci e u a c iatu a i g ata, p egu sa e su a c

    eu? S u i capa e pe a ece a ig e a seq e p a i e a a e a e g aas , ] e qua t a p ep e pa a a c u a ite a spe a te a ca ea ut ug . O s pa a i e a ti a, e qua t pe s ut as c sas, a e te p as. as g sta a e se u a st ca, e e iata e te.

    , eu eus, p , e u ug q a que , p exgu que se a, as eixa e c ec e c se . Se e ca e a a t s s ias segu eg au, i e e xa e a

    e eixa que eu c a t a s e e a a a . eus a a s, eus p ecisa e s. E ta b a i a a a. iss e a a, eu eus, p que e a sa e que Tu s tu que e a e e a ese , e se sse se sata Tu se as a ca c sa que e a ese a ia, e s e t s e que e a se e che e se sate Tu s a ica c isa que e a ese a, e ese a ese a Te ais e ais. As exig cias e a s absu as. u a t aa que que se ei, u a ia tura estpi a e p egui sa, u a c iatu a scia, que ese a que

    eus, que cri u a Te a, se a seu A a e. I e iata e te.Se eu a e s c seguisse c e eus a i ha e te. Se

    a e s c seguisse pe sar E e e s E e e e ais a a.

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    Os eus e s e t s est t st s e eus. M s v iE e e te c . E s se t e t s que cu esc eve este u x e te e h e ece e g . N q e estes se t e t s t c s e s e c s est u s e c e v es. H e e st ei se u g ut

    v e h s e ve teg e e e s e t s e tic s.N s est e ce c e .

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