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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil. DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Porto Velho - RO quarta-feira, 11 de setembro de 2013 nº 512 - ano III DOeTCE-RO SUMÁRIO DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES E EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1 >>Poder Legislativo Pág. 14 >>Poder Judiciário Pág. 15 >>Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos Pág. 15 Administração Pública Municipal Pág. 16 ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 48 >>Extratos Pág. 48 >>Deliberações Superiores Pág. 49 SESSÕES >>Atas Pág. 50 >>Pautas Pág. 51 LICITAÇÕES >>Avisos de Licitação Pág. 52 Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares e Editais de Citação, Audiência e Ofício Administração Pública Estadual Poder Executivo DECISÃO MONOCRÁTICA PROCESSO N.: 2.736/2012 ASSUNTO: Relatório de Controle Interno – exercício 2012 INTERESSADOS: Rui Vieira de Sousa – Secretário de Estado da Administração UNIDADE: Secretaria de Estado da Administração - SEAD RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra DECISÃO MONOCRÁTICA N. 167/2013/GCWCSC I - DO RELATÓRIO Tratam os autos de Relatório de Controle Interno, pertinente à Secretaria de Estado da Administração - SEAD, referente ao exercício de 2012, sob a responsabilidade do Sr. Rui Vieira de Sousa, Secretário titular daquela Unidade Administrativa. 02. Em análise inaugural, o Corpo Instrutivo detectou as fls. 1028/1031, em tese, ocorrência de dano ao erário, dentre outras supostas irregularidades, conforme abaixo descrito, in verbis: 3 – CONCLUSÃO Analisados os Relatórios de Inspeções da Controladoria Geral do Estado – CGE, no âmbito da Secretaria de Estado da Administração – SEAD, pertinentes ao exercício de 2012, verificou-se que os mesmos evidenciam várias infringências legais e falhas formais, com fatos que podem resultar em danos ao erário. Isso posto, e considerando que os Relatórios em comento arrolaram, também, uma série de falhas que, se não sanadas, podem vir a ser prejudiciais bem como comprometer, em parte, os fins almejados pelo Secretaria de Administração, sugerimos ao Relator dos autos que determine o seguinte aos atuais gestores da SEAD: 3.1) Prestar esclarecimentos a respeito dos servidores nomeados com CDS sem vínculo exercendo suas funções em outros órgãos, e percebendo na folha de pagamento da SEAD, ou seja, com ônus a este órgão. Tais fatos podem ser comprovados por meio da documentação constantes nos anexos IX, X e XI do relatório do 1º quadrimestre, fls. 53/188 dos autos, conforme apontamentos do item 2.1.1 deste relatório. 3.2) Providenciar a regularização da quantidade de 19 (dezenove) cargos comissionados concedidos a mais do que o permitido pela Lei Complementar 670/2012, conforme demonstrado nas tabelas constantes às (fls. 212/216), item 2.1.2 deste relatório. 3.3) Implementar as providências devidas e as diligências necessárias para atestar o regular pagamento à servidora Emile Suelen Duenhas Costa em relação aos meses de outubro, novembro e dezembro inclusive 13º salário, referente ao cargo de CDS 11, sendo que a mesma já havia sido exonerada em 30/06/2012, conforme Decreto de 25 de junho de 2012,

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DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

Porto Velho - RO quarta-feira, 11 de setembro de 2013 nº 512 - ano IIIDOeTCE-RO

SUMÁRIO

DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES E EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1

>>Poder Legislativo Pág. 14

>>Poder Judiciário Pág. 15

>>Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos Pág. 15

Administração Pública Municipal Pág. 16

ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 48

>>Extratos Pág. 48

>>Deliberações Superiores Pág. 49

SESSÕES >>Atas Pág. 50

>>Pautas Pág. 51

LICITAÇÕES >>Avisos de Licitação Pág. 52

Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR

Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares e Editais de Citação, Audiência e Ofício

Administração Pública Estadual

Poder Executivo

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 2.736/2012 ASSUNTO: Relatório de Controle Interno – exercício 2012 INTERESSADOS: Rui Vieira de Sousa – Secretário de Estado da Administração UNIDADE: Secretaria de Estado da Administração - SEAD RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 167/2013/GCWCSC

I - DO RELATÓRIO

Tratam os autos de Relatório de Controle Interno, pertinente à Secretaria de Estado da Administração - SEAD, referente ao exercício de 2012, sob a responsabilidade do Sr. Rui Vieira de Sousa, Secretário titular daquela Unidade Administrativa.

02. Em análise inaugural, o Corpo Instrutivo detectou as fls. 1028/1031, em tese, ocorrência de dano ao erário, dentre outras supostas irregularidades, conforme abaixo descrito, in verbis:

3 – CONCLUSÃO

Analisados os Relatórios de Inspeções da Controladoria Geral do Estado – CGE, no âmbito da Secretaria de Estado da Administração – SEAD, pertinentes ao exercício de 2012, verificou-se que os mesmos evidenciam várias infringências legais e falhas formais, com fatos que podem resultar em danos ao erário.

Isso posto, e considerando que os Relatórios em comento arrolaram, também, uma série de falhas que, se não sanadas, podem vir a ser prejudiciais bem como comprometer, em parte, os fins almejados pelo Secretaria de Administração, sugerimos ao Relator dos autos que determine o seguinte aos atuais gestores da SEAD:

3.1) Prestar esclarecimentos a respeito dos servidores nomeados com CDS sem vínculo exercendo suas funções em outros órgãos, e percebendo na folha de pagamento da SEAD, ou seja, com ônus a este órgão. Tais fatos podem ser comprovados por meio da documentação constantes nos anexos IX, X e XI do relatório do 1º quadrimestre, fls. 53/188 dos autos, conforme apontamentos do item 2.1.1 deste relatório.

3.2) Providenciar a regularização da quantidade de 19 (dezenove) cargos comissionados concedidos a mais do que o permitido pela Lei Complementar nº 670/2012, conforme demonstrado nas tabelas constantes às (fls. 212/216), item 2.1.2 deste relatório.

3.3) Implementar as providências devidas e as diligências necessárias para atestar o regular pagamento à servidora Emile Suelen Duenhas Costa em relação aos meses de outubro, novembro e dezembro inclusive 13º salário, referente ao cargo de CDS 11, sendo que a mesma já havia sido exonerada em 30/06/2012, conforme Decreto de 25 de junho de 2012,

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publicado no DOE nº 2003 de 28/06/2012 (fls. 325/326). Em se verificando o pagamento indevido, providenciar o ressarcimento ao Erário dos valores correlatos, Conforme apontado no item 2.1.2 deste relatório.

3.4) Providenciar a regularização das diárias e suprimentos de fundos pendentes que não foram homologados ou comprovados, adotando medidas com intuito de regularizar junto ao SIAFEM tais infringências, e envidando esforços no sentido cumprir todos os procedimentos necessários para o regular processamento das diárias e de suprimentos de fundos, conforme apontamentos contidos nos itens 2.2 e 2.3 deste relatório.

3.5) Implementar providências devidas a fim de melhorar a estruturar do almoxarifado do órgão de forma a estabelecer um controle rígido de entrada e saída de bens do almoxarifado, bem como um rigoroso controle na distribuição dos bens pelos setores, conforme apontado no item 2.4 deste relatório.

03. Instado a se manifestar, o Parquet de Contas, às fls. 1036/1037, assim opinou:

Diante do exposto, antes de manifestar-se conclusivamente quanto ao mérito, opina este Ministério Público pela:

1. Conversão dos presentes autos em Tomada de Contas Especial, nos termos do artigo 44 da Lei Complementar nº 154/96 c/c artigo 65 do Regimento Interno;

2. notificação do gestor acerca das ilegalidades detectadas no relatório anual da Controladoria Geral do Estado, determinando a adoção de medidas preventivas;

3. determinação ao Controlador Geral do Estado que observe o disposto no art. 49 da Lei 154/96;

4. após a Conversão do Processo em Tomada de Contas Especial, sejam adotadas as medidas previstas nos artigos 11 e 12 da Lei Complementar nº. 154/96.

É o sucinto relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

04. Como visto, trata-se da análise de Relatório de Controle Interno, da Secretaria de Estado da Administração – SEAD, referente ao exercício 2012, de responsabilidade do Sr. Rui Vieira de Sousa, Secretário.

05. Extrai-se dos autos que O Corpo Técnico analisou os relatórios da Controladoria Geral do Estado – CGE, e, em face dos documentos apresentados, acabou por evidenciar ilegalidade, ineficiência e descontrole na realização de despesa referente a diárias e suprimento de fundos; nos atos e despesas com pessoal; no almoxarifado e patrimônio.

06. Por sua vez, o Parquet de Contas opinou pela instauração de Tomada de Contas Especial, para apurar dano ao erário e responsabilizar os gestores.

07. No entanto, discordo do parecer ministerial quanto à imediata conversão do feito em Tomada de Contas Especial, pois tendo em vista o princípio da ampla defesa e do Contraditório, normatizados no art. 5º da Constituição Federal, é necessária a oitiva do responsável para que, querendo, defenda-se das impropriedades apontadas pelo Corpo Instrutivo e ratificadas pelo Ministério Público de Contas.

III – DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, pelos fundamentos lançados em linhas pretéritas, DETERMINO ao Departamento da 2ª Câmara desta Corte de Contas que promova AUDIÊNCIA por competente MANDADO DE AUDIÊNCIA do Sr.

Rui Vieira de Sousa, pelos motivos expostos no relatório técnico de fls. fls. 1028/1031, para que, querendo:

I – OFEREÇA manifestação de justificativa, por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da notificação pessoal, na forma do art. 97 do Regimento Interno do TCE/RO, cuja defesa poderá ser instruída com documentos, bem como poderá alegar o que entender de direito, nos termos da legislação processual, em face das irregularidades indiciárias apontadas pela Unidade Técnica, conforme Relatório de fls. 1028/1031, anexo;

II - ALERTE-SE o responsável, devendo o Departamento registrar em relevo no referido MANDADO, que a não-apresentação de razões de justificativas, ou sua apresentação intempestiva, como ônus processual, reputar-se-ão como verdadeiras as irregularidades indiciárias imputadas aos jurisdicionados, com decretação de revelia, com fundamento no art. 12, § 3º, da LC 154/96, c./c art. 19, § 5º, do RITC-RO, e art. 319 do Código de Processo Civil;

III – JUNTE-SE esta Decisão nos autos em epígrafe;

IV - PUBLIQUE-SE na forma da lei de regência;

V – SOBRESTEM-SE os autos no Departamento da 2ª Câmara deste Tribunal, para adoção do que ora se determina;

VI – APÓS, devolva os autos ao Gabinete deste Conselheiro-Relator para as providências cabíveis.

À Assistência de Gabinete, para que cumpra, adotando, para tanto, todas as medidas legalmente cabíveis.

Porto Velho-RO, 29 de agosto de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 2463/2013 – TCER. INTERESSADO: Superintendência Estadual de Licitações - SUPEL. ASSUNTO: Edital de Licitação - Pregão Eletrônico nº 316/2013. RESPONSÁVEL: MÁRCIO ROGÉRIO GABRIEL – Superintendente Estadual de Licitações do Governo de Rondônia - SUPEL.

DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 200/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Cuidam os autos do Edital de Licitação na modalidade Pregão Eletrônico, designado sob o nº 316/2012, promovido pela Superintendência Estadual de Licitações – SUPEL visando o Registro de Preços para eventual aquisição de café e açúcar para atender as necessidades da Administração Pública Estadual Direta e Indireta, inclusive autarquias e fundações, no valor estimado de R$ 1.000,396,87 (um milhão, trezentos e noventa e seis reais e oitenta e sete centavos).

02. Em sede de análise técnica inaugural, pugnou o Corpo Instrutivo, por meio do Relatório de fls. 136/142, pela presença de irregularidades graves, capazes de comprometer seriamente o edital.

03. Por conta disso recomendaram a sustação cautelar do certame, com a abertura de prazo para manifestação aos responsáveis. Verbis:

Finda a análise do edital de licitação na modalidade Pregão, forma eletrônica, n° 316/2013/SUPEL/RO, deflagrada para eventual e futura aquisição de pó de café e açúcar cristalizado para atender às necessidades da Administração Direta e Indireta Estadual, verificamos a

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existência das seguintes irregularidades graves, que implicam na necessidade de SUSPENDER O CERTAME, até que seja dirimidas pela Superintendência Estadual de Compras e Licitações e Superintendência de Gestão de Suprimentos, Logística e Gastos Públicos Essenciais – SUGESPE as seguintes questões:

1 - Descumprimento ao caput do art. 37 da Constituição Federal (princípio da eficiência) c/c os arts. 3º, I e III, da Lei 10.520/2002 c/c art. 15, § 7º, II, da Lei 8.666/1993 por não terem sido demonstradas suficientemente a adequação e a motivação da despesa, haja vista (item 3):

a) – Não inclusão, sem justificativa cabível, de algumas Unidades Governamentais como participantes do Registro de Preços: Secretaria de Estado da Saúde – SESAU; Superintendência de Gestão de Suprimentos, Logística e Gastos Públicos Essenciais – SUGESPE; Superintendência Estadual de Compras e Licitações – SUPEL; Procuradoria Geral do Estado – PGE; Junta Comercial do Estado de Rondônia – JUCER; Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Social – SEDES, conforme detalhado no item 3.1, letras “a” a “d”, deste Relatório Técnico;

b) – Ausência de manifestação, nos autos, da Superintendência de Gestão de Suprimentos, Logística e Gastos Públicos Essenciais – SUGESPE (art. 5º, V e IX da nº 706, de 10/4/2013), conforme detalhado no item 3.1.b deste Relatório Técnico;

c) – Não comprovação de que foram utilizados critérios técnicos sólidos para estimação dos quantitativos a serem registrados, conforme item 3.2.3, itens “a” a “c” deste Relatório Técnico;

d) - Verificamos que foi previsto a aquisição de 2.404 kg de açúcar para a SECEL e nenhum quantitativo de pó de café, situação sui generis, que deverá ser justificada, conforme item 3.3 deste Relatório Técnico;

e) – Inexistência de proporção lógica entre os itens “açúcar” e “pó de café”, que varia de 1,18kg x 1kg até 19,52kg x 1kg, conforme item 3.4 deste Relatório Técnico;

f) - Não foi consignado nos autos o porquê de oferecer opções de embalagens de pó de café de 250g e 500 g. A situação deverá ser justificada, haja vista que as embalagens de 500 g são mais econômicas, em matéria de preços, do que as de 250g, conforme item 3.5 deste Relatório Técnico.

5 - RECOMENDAÇÕES:

1. Determine-se à SUPEL que SUSPENDA a presente licitação, até a integral motivação e justificativa da despesa;

2. Determine-se à SUPEL e à SUGESPE que, em querendo prosseguir com a presente Licitação, adotem as providências cabíveis para esclarecer/elidir os apontamentos acima;

3. Em prosseguindo o certame, deverá atentar a SUPEL para a necessidade de proceder à negociação dos preços de acordo com os praticados no mercado (item 4 do presente Relatório Técnico).

04. Remetido o feito ao Ministério Público de Contas, proferiu-se o Parecer de nº. 225/2013 (fls. 146/148), da lavra do e. Procurador Sérgio Ubiratã Marchiori de Moura que, nos termos do propugnado pelo Corpo Técnico, opinou pela suspensão do certame. A propósito:

De plano, comunga-se com entendimento exarado no Relatório Técnico, acostado às fls. 136/142, que apontou várias irregularidades técnicas a viciar a licitação, indicando algumas recomendações.

[...]

Nesse contexto, diante da minuciosa análise realizada pela Unidade Técnica há que se assentir, de forma plena, com a sua conclusão.

Ademais, não identificamos qualquer outra irregularidade que possa ser acrescida às indicações do Corpo Técnico.

Diante do exposto, opino pela:

1. Suspensão do Edital de Licitação – Pregão Eletrônico nº 316/2013/SUPEL/RO, até ulterior decisão desta Corte de Contas;

2. Fixação de prazo para a Administração Pública apresentar justificativas e/ou documentos, de molde a comprovar as medidas corretivas, eventualmente adotadas, com a efetiva retificação do Edital, sob pena de declaração de ilegalidade do certame; e,

3. Após manifestação da Administração ou mesmo transcorrido o prazo assinado, sem qualquer justificativa e, ainda, com a manifestação final do Corpo Técnico voltem os autos, ao MPC, para Parecer conclusivo.

05. Diante disso, e ante o que restou apurado pelo Corpo Técnico e pelo Ministério Público de Contas, o então Relator do feito, Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva, proferiu a Decisão Monocrática nº 092/2013/GCJGM, ocasião em que, ante a iminência do ilícito, determinou a suspensão do certame. Vejamos:

Assim, por medida cautelar, acolho parcialmente os entendimentos da Unidade Técnica e do Ministério Público junto a Corte de Contas, e amparado no art. 108-A do Regimento Interno, prolato a presente DECISÃO MONOCRÁTICA:

I. Determinar ao Senhor MÁRCIO ROGÉRIO GABRIEL e a Sra. SILVIA CAETANO RODRIGUES, respectivamente Superintendente e Pregoeira da Superintendência Estadual de Licitações - SUPEL – RO, que SUSPENDAM, até posterior autorização deste Relator, o certame levado a efeito por meio do Edital de Licitação na modalidade Pregão, forma eletrônica, n° 316/2013/SUPEL/RO (Processo Administrativo nº 01.001108.00/0041/2013), sob pena de aplicação da multa inserta no inciso IV, art. 55 da Lei Complementar nº 154/1996 c/c art. Inciso IV, art. 103 do RITCE/RO, sem prejuízo de outras cominações legais;

II. Determinar aos gestores apontados no item I desta Decisão que no prazo de até 15 (quinze) dias corridos, a contar da ciência desta Decisão, apresentem suas razões de justificativas quanto às irregularidades discriminadas a seguir, sob pena de não o fazendo, incorrer na aplicação da penalidade do artigo 55, inciso IV da Lei Complementar nº 154/96:

Descumprimento ao caput do art. 37 da Constituição Federal (princípio da eficiência) c/c os arts. 3º, I e III, da Lei 10.520/2002 c/c art. 15, § 7º, II, da Lei 8.666/1993 por não terem sido demonstradas suficientemente a adequação e a motivação da despesa, haja vista:

a) Não inclusão, sem justificativa cabível, de algumas Unidades Governamentais como participantes do Registro de Preços, nos moldes do quadro demonstrativo abaixo:

[...]

b) Não comprovação de que foram utilizados critérios técnicos sólidos para estimação dos quantitativos a serem registrados;

c) Previsão de aquisição de 2.404 kg de açúcar para a SECEL e nenhum quantitativo de pó de café;

d) Inexistência de proporção lógica entre os itens “açúcar” e “pó de café”, que varia de 1,18kg x 1kg até 19,52kg x 1kg;

e) Não foi consignado nos autos o porquê de oferecer opções de embalagens de pó de café de 250g e 500 g. A situação deverá ser justificada, haja vista que as embalagens de 500 g são mais econômicas, em matéria de preços, do que as de 250g;

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III – Visando dar celeridade ao feito, em obediência ao princípio da celeridade processual, expresso no inciso LXXVIII do art. 5º da Constituição Republicana, determino que esta Decisão sirva como mandado e que a assistência do gabinete providencie a notificação dos responsáveis indicados no item “I” desta decisão aos quais devem ser encaminhados a cópia do Relatório Técnico (fls. 136/142) e do Parecer nº 0225/2013 (fls. 146/148v).

IV – Determinar à Assistência de Gabinete do Relator promover a publicação desta Decisão.

V – Sobrestar os presentes autos no Departamento da 1ª Câmara para providências e acompanhamento do cumprimento desta Decisão.

06. Devidamente cientificados, vieram os responsáveis aos autos para apresentar suas razões e justificativas (fls. 159/314), razão pela qual remeteu-se o feito ao Corpo Técnico para análise da defesa e emissão de relatório conclusivo.

07. Naquela ocasião, manifestou-se a Unidade Técnica (fls. 318/321) pela elisão das impropriedades outrora apontadas. Assim, vejamos:

Após o exame das justificativas apresentadas pelos responsáveis pela Superintendência Estadual de Compras e Licitações – SUPEL, concluímos que as impropriedades verificadas na análise exordial do edital do Pregão Eletrônico nº 316/2013 restaram elididas. No entanto, opinamos no sentido de que o edital tenha seu regular prosseguimento somente após a comprovação da publicação das alterações efetivadas no edital pela SUPEL.

08. Por consectário, enviou-se aos autos ao Ministério Público de Contas que, após análise das justificativas, emitiu o Parecer nº 266/2013 (fls. 326/329) da lavra do e. Procurador Sérgio Ubiratã Marchiori de Moura.

09. Nessa oportunidade, após considerar que foram feitos os ajustes pertinentes, bem como apresentadas justificativas plausíveis, opinou pelo prosseguimento do Edital. Veja-se:

Compulsando a documentação colacionada aos autos pela SUPEL, percebe-se que a Administração Pública sanou as impropriedades levantadas pela Unidade Técnica e este MPC.

Feitas essas considerações, este Ministério Público de Contas opina seja:

AUTORIZADO o prosseguimento do Edital de Licitação – Pregão Eletrônico nº 316/2013/SUPEL/RO, condicionando sua legalidade à apresentação pela Administração, da publicação do Edital contendo as alterações efetivadas, com a consequente revogação da tutela concedida pela Decisão Monocrática de nº092/2013/GCJGM e,

Atestado por esta Corte de Contas que as diligências e determinações foram cumpridas integralmente pela Administração Pública, não haverá necessidade de retornarem os autos ao MPC, o qual se manifestará sobre a legalidade do Edital quando da sessão de julgamento do feito, com parecer oral. Caso não sejam satisfeitas as imposições da Corte e após manifestação da Unidade Técnica, voltem os autos ao MPC para parecer conclusivo sobre a legalidade do certame e eventual imputação de débito, sem prejuízo das demais sanções previstas em lei.

10. Feito isso, e aperfeiçoada a instrução, veio aos autos a Declaração de Impedimento do e. Conselheiro Benedito Antônio Alves, o que ensejou a redistribuição do feito a este Conselheiro, por ocasião da Sessão Ordinária do Pleno de 05/09/2013.

Eis o breve relato.

II – DOS FUNDAMENTOS

11. Como visto, cuidam os autos do Edital de Licitação na modalidade Pregão Eletrônico, designado sob o nº 316/2012, promovido pela Superintendência Estadual de Licitações – SUPEL visando o Registro de Preços para eventual aquisição de café e açúcar para atender as necessidades da Administração Pública Estadual Direta e Indireta, inclusive autarquias e fundações, no valor estimado de R$ 1.000,396,87 (um milhão, trezentos e noventa e seis reais e oitenta e sete centavos).

12. Destaco, por oportuno, que o presente expediente destina-se tão somente à análise das justificativas trazidas aos autos após a aludida Decisão que, em 14/06/2013, suspendeu o certame em sede de tutela inibitória.

13. Por conta disso, não é este o momento oportuno para enfrentamento das razões de mérito, o que será feito apropriadamente, quando retornarem os autos a este Gabinete.

14. Pois bem. Tenho por mim que, especialmente ante o que se pôde extrair dos derradeiros Pareceres oriundos da diligente Unidade Técnica e do e. Ministério Público de Contas, que cuidaram de enfrentar pontualmente as impropriedades ensejadoras da suspensão cautelar do certame, impende-se reconhecer que as justificativas trazidas pelos responsáveis tiveram, ao menos prima facie, o condão de reabilitar em parte considerável o feito, não remanescendo por ora, razões para a manutenção da ordem de suspensão.

15. Tal ato neste momento, após a demonstração de que as impropriedades outrora verificadas foram sanadas – tal qual aduziram o Corpo Técnico e o Ministério Público de Contas -, se funda nos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, em prol da busca por uma relação causal necessária e proporcional entre a medida adotada e o resultado que se almeja obter.

16. In casu, considerando que a atuação desta Corte e a manutenção da ordem de suspensão tiveram seus efeitos modulados com a demonstração de que parte relevante do certame está em consonância com os preceitos legais, a aplicação conjugada dos princípios mencionados exige que se pondere se, os fatos concretos, e que fundam a conduta do julgador, ostentam motivos razoáveis.

17. De outro norte, admoesta se a medida implementada é, hoje, além de pertinente aos motivos que a geraram, adequada ou suficiente para o atendimento efetivo do fim público, consistente no resultado prático de interesse da sociedade, nos exatos termos em que fora concebida a Resolução 76/2011 que alterou o Regimento Interno desta Corte de Contas.

18. Diante disso, considero que, prima facie, não obstante a necessidade de se determinar aos responsáveis a republicação do edital, com os ajustes realizados, restou demonstrado o mínimo de acuidade que se exige do agente público no ato de contratar, com a atenção a elementos formais tendentes a indiciar a lisura do Edital.

III – DO DISPOSITIVO

19. Pelo exposto, tendo em vista estarem aparentemente sanadas as irregularidades preliminarmente apontadas, ante a natureza do feito e a necessidade de uma análise preliminar ágil e efetiva por parte desta Corte de Contas, comungando in totum com os pareceres exarados pelo Corpo Técnico e pelo Ministério Público de Contas nestes autos, DECIDO:

I – CASSAR os efeitos irradiados pela Decisão nº 092/2012/GCJGM que suspendeu o presente edital, por não mais subsistirem motivos suficientes para a manutenção da suspensão, autorizando, portanto, o prosseguimento do certame, sem prejuízo da análise de mérito que será feita por esta Corte de Contas, uma vez que no presente momento a carga axiológica dispensada reside em análise meramente formal.

II – DETERMINAR ao Departamento da 2ª Câmara deste Tribunal que promova a notificação do Senhor Márcio Rogério Gabriel, Superintendente Estadual de Compras e Licitações do Estado de Rondônia, ou quem o substitua na forma da lei, para que:

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a) Promova, nos termos do que sugeriram o Corpo Técnico e o Ministério Público de Contas, e com fulcro no que preconiza o art. 21, § 4º, da Lei Federal nº 8.666/93, a republicação do Edital, com as alterações pugnadas nas razões de defesa, observando-se a necessidade de se submeter o feito à Assessoria Jurídica após a efetivação de alterações no Projeto Básico;

b) Remeta a esta Corte, dentro do prazo de 05 (cinco) dias a contar da publicação, a comprovação do que se determinou na alínea “a”, sob pena de emissão de juízo desfavorável quando da análise do mérito, além da imposição da multa prevista no art. 55, IV, da Lei Complementar nº 154/96;

III - DÊ-SE CIÊNCIA ao Ministério Público de Contas, na forma da lei de regência;

IV - PUBLIQUE-SE na forma regimental;

V – APÓS o decurso do prazo fixado no item II, alínea b, retornem os autos a este Gabinete.

VI – À ASSISTÊNCIA DE GABINETE, a fim de que CUMPRA o disposto nos itens III e IV da parte dispositiva deste Despacho, REMETENDO, após, os autos ao Departamento da 2ª Câmara, para cumprimento das medidas constantes do item II desta Decisão.

Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, 13 de setembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº01938/2013/TCE-RO UNIDADE: DEPARTAMENTO DE OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS DE RONDÔNIA – DEOSP/RO ASSUNTO: AUDITORIA - CONTRATO Nº 0147/07 - ACORDÃO N. 01/2013/PLENO - PROCESSO N. 4424/2009 RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA

DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 109/2013/GCVCS/TCE-RO

EMENTA: AUDITORIA. CONTRATO Nº 0147/07. CUMPRIMENTO DO ACORDÃO Nº 01/2013/PLENO. PROCESSO Nº 4424/2009. PEDIDO DE REEXAME. SUSPENSÃO DOS EFEITOS DO ACORDÃO N. 01/2013/PLENO. IRREGULARIDADES. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. ALERTAS. DETERMINAÇÕES. PRAZO PARA DEFESA.

(...)

Pelo exposto, na senda parcial do posicionamento técnico e integral do parecer ministerial sobre a Auditoria do Contrato nº 0147/07, e, por deferência ao requerimento do interessado, a empresa ENGECOM Engenharia Comércio Indústria Ltda e, amparado no art. 38, inciso I, alínea b e inciso III da Lei Complementar 154/96, prolato a seguinte DECISÃO MONOCRÁTICA:

I. ALERTAR a Empresa ENGECOM, representado pelo Senhor MARCELO ESTEBANEZ MARTINS (OAB/RO nº 3208) e ao Diretor Geral do Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado – DEOSP, Senhor LÚCIO ANTÔNIO MOSQUINI, de que o Recurso de Reexame, objeto do Processo nº 1479/2013/TCE-RO, interposto pelo Ministério Público de Contas tem efeito suspensivo, sendo inerente à peça de irresignação, devendo-se manter suspensos quaisquer pagamentos a serem realizados a título de realinhamento de preços;

II. ALERTAR ao Diretor Geral do Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado – DEOSP, Senhor LÚCIO ANTÔNIO MOSQUINI, que avalie a devida legalidade e real necessidade de novos aditivos porventura solicitados, sem prejuízo inclusive, de eventual responsabilização dos gestores que, por desídia, derem causa a dispêndio de verba pública, que poderia ser evitado com a fiscalização correta da execução contratual;

III. ALERTAR ao Diretor Geral do Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado – DEOSP, Senhor LÚCIO ANTÔNIO MOSQUINI, que não mais proceda ao pagamento de materiais para estocagem, realizando somente pagamentos referentes à execução de serviços, a fim de evitar-se possíveis prejuízos ao erário;

IV. DETERMINAR ao Diretor Geral do Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado – DEOSP, Senhor LÚCIO ANTÔNIO MOSQUINI, que apresente perante esta Corte de Contas os seguintes documentos:

a. Projeto Básico referente aos aditivos de quantitativo da obra (itens não previstos no projeto inicial),

b. Projeto Básico referente aos aditivos de quantitativo da obra (itens não previstos no projeto inicial),

c. Projeto Arquitetônico atinente aos acréscimos de concreto armado para aditivo de serviços no teatro maior,

d. Projeto de Prevenção e Combate ao Incêndio atinente ao 5° aditivo de serviços,

e. Comprovante de recolhimento de ISS referente à 12ª medição;

f. Alvará de Construção da obra,

g. Ordem de paralisação, que deu causa à ordem de reinício datada de 08/06/2011,

h. Cronograma físico-financeiro atualizado,

i. Arquivo digital do Projeto Estrutural do Teatro;

V. DETERMINAR ao Diretor Geral do Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado – DEOSP, Senhor LÚCIO ANTÔNIO MOSQUINI, que adote providências para a devida adequação do critério utilizado para pagamento relativo à administração do local da obra, nos moldes técnicos indicados (cronograma físico/financeiro, ou seja, proporcional com os serviços efetivamente executados);

VI. DETERMINAR ao Diretor Geral do Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado – DEOSP, Senhor LÚCIO ANTÔNIO MOSQUINI, que após a definição do novo cronograma físico-financeiro da obra realize fiscalização ostensiva da execução, aplicando as devidas e previstas penalidades em caso de novo descumprimento;

VII. DETERMINAR ao Diretor Geral do Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado – DEOSP, Senhor LÚCIO ANTÔNIO MOSQUINI e ao Senhor ABELARDO TOWNES CASTRO NETO, Ex-Diretor Geral do Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado de Rondônia – DEOSP, que se manifestem acerca da irregularidade abaixo elencada:

a. Descumprimento ao disposto na cláusula décima terceira do contrato nº147/PGE-2007, por não aplicar as penalidades dispostas na décima quarta clausula contratual, tendo em vista o atraso na execução da obra,

b. Descumprimento ao disposto no artigo 66 da Lei 8666/1993, pelo atraso injustificado não exigindo da contratada a fiel execução do objeto do contrato nº147/PGE-2007;

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VIII. DETERMINAR ao Senhor ABELARDO TOWNES CASTRO NETO, Ex-Diretor Geral do Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado de Rondônia – DEOSP/RO, que celebrou o Sexto Termo Aditivo, e os fiscais da obra Senhores EPAMINONDAS PEDRO DA SILVA e SABRINA DE MELO CARNEIRO, que por atestaram o de acordo com a dilação de prazo referente ao sexto termo aditivo, que se manifestem acerca da irregularidade abaixo elencada:

a. Descumprimento do § 1º do art. 57 da Lei nº8666/93, por promover dilação do prazo de vigência e execução do contrato nº147/PGE- 2007,referente ao sexto termo aditivo, sem os motivos elencados no dispositivo legal;

IX. Determinar a notificação do SR. ALCEU FERREIRA DIAS, EX-DIRETOR GERAL DO DEOSP – exercício 2007/2010, para que, querendo se manifeste sobre o seguinte apontamento:

a)Descumprimento ao art. 62 da Lei nº4320/64 por efetuar pagamento no montante de R$1.061.328,40 (Um milhão, sessenta e um mil, trezentos e vinte e oito reais e quarenta centavos), referente a materiais e equipamentos, desvinculado do seu objeto que é a execução total dos serviços ( materiais e mão de obra, serviço concluso), conforme relatório Técnico (fls. 1067);

X. DETERMINAR aos Senhores LUIZ FERNANDO MARQUES DA SILVA BRAGA e DIEGO XIMENES FIGUEIREDO FERNANDES (fiscais da obra), SABRINA DE LISBOA OLIVEIRA – ASSESSORA JURÍDICA DO DEOSP/RO (emissão de Parecer favorável), EMANOEL MARQUES SANTANA – CHEFE DO CONTROLE INTERNO DO DEOSP (Parecer favorável), empresa ENGECOM ENGENHARIA COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA, representado na Pessoa do Senhor MARCELO ESTEBANEZ MARTINS, OAB/RO nº 3208, para que, cada um dentro da competência que lhe assista, se manifestem sobre o seguinte apontamento:

a)Descumprimento ao disposto no art. 66 da Lei Federal 8.666/93 e art. 63 da Lei Federal 4.320/64, pelas medições, pareceres e execução de serviços efetivamente não executados, caracterizando a irregular liquidação da despesa, no montante de R$1.061.328,40 (Um milhão, sessenta e um mil, trezentos e vinte e oito reais e quarenta centavos), referente a materiais e equipamentos, desvinculado do seu objeto que é a execução total dos serviços (materiais e mão de obra, serviço concluso), conforme Relatório Técnico (fls. 1067);

XI. Determinar ao Senhor ABELARDO TOWNES CASTRO NETO – Ex-Diretor Geral do DEOSP/RO, para que se manifeste sobre o seguinte apontamento:

a)Descumprimento ao disposto no art.62 da Lei Federal 4.320/64, por efetuar pagamento sobre serviços que efetivamente não foram realizados no montante de R$253.958,53 (duzentos e cinquenta e três mil, novecentos e cinquenta e oito reais e cinquenta e três centavos), conforme Relatório Técnico (fls. 1070/1071);

XII. Determinar aos Senhores JOHN KENNEDY CARNEIRO DE OLIVEIRA, EPAMINONDAS PEDRO DA SILVA, SABRINA DE MELO CARNEIRO (comissão de fiscalização do DEOSP) e empresa ENGECOM Engenharia Comércio e Indústria LTDA, representado na Pessoa do Senhor MARCELO ESTEBANEZ MARTINS, OAB/RO nº 3208, para que, cada um dentro da competência que lhe assista, se manifeste sobre o seguinte apontamento:

a)Descumprimento ao disposto no art. 66 da Lei Federal 8.666/93 e art. 63 da Lei Federal 4.320/64, por efetuarem medições sobre serviços efetivamente não executados, caracterizando a irregular liquidação da despesa, no montante de R$253.958,53 (Duzentos e cinquenta e três mil, novecentos e cinquenta e oito reais e cinquenta e três centavos), conforme Relatório Técnico (fls. 1070/1071);

XIII. DETERMINAR aos responsabilizados elencados nos itens IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII desta Decisão, para que no prazo de 15 (quinze) dias contados da notificação desta Decisão, apresentem perante esta

Corte de Contas justificativas e documentos necessários a suportar os argumentos de defesa e esclarecimentos, sob pena das cominações legalmente impostas;

XIV. APÓS a emissão das notificações na forma dos itens I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI e XII desta Decisão, conceda-se à empresa ENGECOM Engenharia Comércio Indústria Ltda, por meio de seu representante legal, Senhor MARCELO ESTEBANEZ MARTINS, OAB/RO nº 3802, carga dos autos por 5 (cinco) dias, conforme disciplina o artigo 2º combinado com o artigo 3º, Inciso III da Resolução nº.114/2013;

XV. Dar conhecimento desta decisão aos interessados, encaminhando-lhes cópia desta Decisão Monocrática, do Relatório Técnico e Parecer Ministerial;

XVI. Publique-se esta decisão;

XVII. Encaminhar os presentes autos ao Departamento da 2ª Câmara para providências de cumprimento e acompanhamento desta decisão.

Porto Velho, 09 de setembro de 2013

CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA RELATOR

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO No: 3838/2008-TCER INTERESSADO: Anílson José Silva Ferreira CPF 024.021.162-04 ASSUNTO: Aposentadoria estadual ORIGEM: Governo do Estado RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

EMENTA: CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. APOSENTADORIA ESTADUAL. NECESSÁRIA A APRESENTAÇÃO DA FICHA FINANCEIRA ATUALIZADA DO SERVIDOR, CONFORME DETERMINAÇÃO DA CORTE.

Verificada impropriedade na forma de cálculo dos proventos, necessário o encaminhamento de nova planilha e ficha financeira atualizada do servidor, conforme antes determinado pela Corte. A ausência de tais documentos impossibilita o registro do ato no estágio em que se encontra o processo.

Decisão n. 227/2013/GCESS

Cuida-se de análise da legalidade do ato de concessão de aposentadoria estadual, com proventos integrais, de Anílson José Silva Ferreira, encaminhado a esta Corte de Contas para a devida apreciação.

Da decisão 158/2013/GCESS (fls. 119/121), exsurgiu determinação ao Secretário da SEAD, Rui Vieira de Sousa, para que encaminhasse nova planilha de proventos, contendo memória de cálculo e ficha financeira atualizada, procedendo-se à forma correta de cálculo dos proventos, conforme relatórios técnicos de fls. 76/78 e 114/115.

O Secretário da SEAD, no entanto, não obstante ter sido regularmente notificado, encaminhou apenas a planilha de proventos do servidor (ofício n. 3124/GAB/SEAD).

O corpo instrutivo, em sua análise (fls. 131/132), verificou a pendência de remessa da ficha financeira por parte daquela Secretaria.

Isto posto, notifique-se o Secretário de Estado da Administração, Rui Vieira de Sousa, para que encaminhe a este Tribunal, no prazo de 10 (dez) dias, a contar de sua notificação, a ficha financeira atualizada de Anílson José Silva Ferreira, conforme Decisão n. 158/2013/GCESS (fls. 119/121).

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Dê ciência da decisão ao Secretário da SEAD, Rui Vieira de Souza, alertando este que o não atendimento a diligências ou decisão do Tribunal de Contas o torna passivo da cominação das penas previstas na Lei Complementar 154/96 e na legislação correlata.

Sobrestejam-se os autos no Departamento da 1ª Câmara. Apresentada a documentação, remetam-se os autos ao DECAP para que se manifeste quanto à legalidade do ato concessório de aposentadoria, bem como de todo o acervo documental encartado nos autos. Após, retornem conclusos.

À Secretaria de Gabinete para cumprimento, expedindo-se o necessário.

P.R.I.C.

Porto Velho, 10 de setembro de 2013.

Davi Dantas da Silva Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

Protocolo: 10.496/2013 Unidade: Secretaria de Estado da Saúde Assunto: Dispensa de licitação para aquisição de materiais permanentes para cirurgias de otorrinolaringologia por ordem judicial. Representante: Procuradoria Geral do Estado Relator: Conselheiro Paulo Curi Neto

Decisão: 157/2013-GCPCN

Sumário: Notícia de irregularidade. Ato de dispensa de licitação. Compra de materiais permanentes para cirurgias de otorrinolaringologia por ordem judicial. Baixa materialidade das aquisições. Avaliação preliminar e sumária dos prováveis custos de fiscalização e dos resultados. Falta de interesse de agir. Atuação tempestiva e adequada do sistema de controle interno do Poder Executivo, por meio da Procuradoria de Estado. Arquivamento da documentação sem adentrar ao mérito.

Depois de instada a se manifestar, por meio do Despacho nº. 176/2013-GCPCN, proferido pelo Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias, a Procuradora-Geral do Ministério Público de Contas, ao considerar o montante de recursos envolvidos (R$ 7.948,00), opinou pelo arquivamento da documentação, “por completa ausência de interesse de agir deste órgão fiscalizador”, nos termos da Instrução Normativa n°. 25/TCE-RO-2009.

2. Há que se convergir com o opinativo ministerial. Em que pese as irregularidades apontadas pela douta Procuradoria-Geral do Estado, inclusive de emergência ficta, a documentação não deve ser conhecida, devido a baixa materialidade das aquisições, o que, no caso, caracteriza falta de interesse processual na fiscalização. Recentemente, o Regimento Interno foi alterado para admitir, expressamente, o não prosseguimento de denúncia ou representação “se o custo da fiscalização for desproporcional aos resultados estimados” (artigo 79, §1º, combinado com o artigo 82-A, §1º, do RITCERO, com a redação dada pela Resolução nº. 134/2013/TCE-RO).

3. No caso examinado, a importância das despesas encontra-se muito abaixo do valor de alçada para o encaminhamento obrigatório, por meio do SIGAP, de editais e atos de dispensa e inexigibilidade de licitação para a contratação de compras, qual seja: R$ 650.000,00 (Instrução Normativa n°. 25/TCE-RO-2009). É evidente, pois, que os custos da fiscalização e do controle superarão os prováveis resultados financeiros e não financeiros obtidos ao seu término.

4. Frise-se, ademais, que se vislumbra, no caso, a tempestiva e adequada atuação do Sistema de Controle Interno, por meio da Procuradoria de Estado, que provocou o administrador a instaurar “procedimento administrativo para apontar e punir o agente público causador da situação

de emergência que deu azo à presente contratação” – medida que se reputa bastante adequada.

5. Assim, ainda que sejam procedentes os fatos noticiados – o que deve ser apurado no âmbito do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo –, não convém dar prosseguimento aos atos de apuração e à instauração eventual de fase contenciosa. Em observância ao princípio da economicidade processual, impõe-se o arquivamento liminar da documentação, sem resolução do mérito. Ressalte-se que a norma regimental constante do §1º do artigo 79 atribuiu ao Relator a competência para determinar, liminarmente, o arquivamento de denúncias e representações, depois de ouvido o Ministério Público de Contas.

6. Finalmente, ainda que não seja determinada sequer a autuação de processo, tais informações mostram-se úteis para demonstrar a eficácia do Sistema de Controle Interno e possibilitar a alimentação de um banco de dados que norteará o planejamento das auditorias futuras. Com efeito, a reiteração de contratações diretas para a aquisição de produtos cuja dispensação foi judicialmente ordenada pode ser indicativo de possível falha sistêmica no planejamento de aquisições pelo órgão. Assim, convém que o Secretário-Geral de Controle Externo tome conhecimento acerca do noticiado pela Procuradoria de Estado, a fim de auxiliar a programação de futuras fiscalizações.

Em face do exposto, com fulcro nos artigos 29, 79, §1º, 82-A, §1º, e 286-A do Regimento Interno, combinados com o artigo 267, VI, do Código de Processo Civil, decido:

I. Negar conhecimento à documentação, por falta de interesse processual, e arquivá-la sem adentrar o mérito;

II. Intimar o Ministério Público de Contas, a Procuradoria-Geral do Estado e o Secretário-Geral de Controle Externo, para que tomem ciência desta decisão; e

III. Publicar a presente decisão no Diário Oficial Eletrônico desta Corte.

É como decido.

GCPCN, 9 de setembro de 2013.

Paulo Curi Neto Conselheiro Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

Protocolo: 10.723/2013 Processo: 17/2013 Unidade: Secretaria de Estado da Saúde Assunto: Tomada de Contas Especial Responsáveis: Milton Luiz Moreira e outros Interessado: J. W. Consultoria, Assessoria e Construções Ltda. – EPP Advogado: Wilson Marcelo Minini de Castro Relator: Conselheiro Paulo Curi Neto

Decisão: 159/2013-GCPCN

Sumário: Tomada de contas especial. Secretaria de Estado da Saúde. Hospital Regional de Buritis. Requerimento de produção de provas documentais. Ônus da parte interessada. Ausência de motivação. Não observância de aspectos procedimentais legalmente exigidos. Indeferimento da dilação probatória. Intimação da parte interessada.

1. As provas devem ser oferecidas junto à resposta da parte (defesa ou razões de justificativa), momento em que lhe é facultado influenciar a convicção do julgador. Os procedimentos dos processos de fiscalização e de contas que tramitam sob a jurisdição do Tribunal de Contas possuem rito de natureza sumária especial e regem-se pelo princípio da

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concentração, aglutinando a fase postulatória e a instrutória (artigo 12, §§1º e 3º, da Lei Complementar nº. 154, de 1996). Em atenção aos princípios do formalismo moderado e da busca da verdade real, a dilação excepcional da fase probatória, após a fase postulatória e instrutória, está estritamente condicionada à demonstração de que as provações requeridas sejam substancialmente pertinentes, adequadas e necessárias ao esclarecimento dos fatos imputados e ao convencimento do órgão judicante.

2. A imprescindibilidade das provas requeridas deve ser justificada pela parte interessada, em pedido suficientemente motivado, observados os requisitos procedimentais aplicáveis quando o documento estiver na posse de terceiros (artigo 356 e outros do Código de Processo Civil). A ausência de indicação da finalidade e dos fatos a serem provados inviabiliza o exame da adequação, da necessidade e da pertinência da provação requerida. Aplicação da jurisprudência dos Tribunais Superiores (HC 221.015/PR, Rel. Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 23/08/2013).

3. O ônus da produção de provas documentais, ainda mais quando se tratar de documentos ou informações custodiados por repartições públicas, compete à parte interessada, que deve instruir a defesa com a documentação destinada a provar suas alegações. A todos – mormente aos advogados, dotados de prerrogativas legais próprias – é garantido o direito de informações e de obtenção de certidão em órgãos ou entidades públicos. Se a parte não demonstrou a impossibilidade de obter pessoalmente o documento, não há justa causa para a intervenção do magistrado, o qual deve desempenhar papel subsidiário na instrução processual. Inteligência do artigo 396 do Código de Processo Civil e do artigo 286-A do Regimento Interno. Doutrina.

4. O pedido de produção de provas deve ser indeferido quando não for demonstrada a adequação, a necessidade e a pertinência da provação requerida, ainda mais quando houver vigorosos indicativos do intuito de protelação do julgamento do mérito do processo. É dever-poder do magistrado “desprezar a produção de provas desnecessárias”, relativas a fatos que não foram controvertidos ou que foram considerados já provados pela parte interessada. REsp 404.936/RJ, Rel. Ministro João Otávio De Noronha, Quarta Turma, DJe 24/11/2008.

Pedido de cópia integral dos autos de procedimento administrativo que tramita em outro órgão. Incompetência desta Corte.

5. Se não é destinado à produção de provas em processos de fiscalização ou de contas, o Tribunal de Contas não é a instância competente para deliberar sobre o acesso aos autos de procedimentos administrativos de outros órgãos e entidades, salvo se for demonstrada resistência da Administração em franquear vista a documentos públicos de interesse comprovado para a defesa.

Cuida o presente de petição formulada, por intermédio de advogado, pela sociedade empresária J. W. Consultoria, Assessoria e Construções Ltda. – EPP, requerendo o acesso a cópia integral do “processo administrativo nº. 01.1712.00178-00/2005”, bem como a produção de provas documentais no Processo nº. 17/2013/TCERO.

2. A requerente solicitou a juntada dos seguintes documentos: (a) “tabela de custos unitários e totais de todos os serviços prestados pela empresa JW. Consultoria, Assessoria e Construções Ltda. na época dos fatos”; (b) “tabela praticada atualmente pelo Governo do Estado de Rondônia, para os serviços empregados naquela época do processo em análise”; (c) “contratos dos serviços prestados no Hospital Regional de Buritis referente aos exercícios de 2012 e 2013”; e (d) “relatório emitido pelo atual gestor do Hospital Regional de Buritis” para informar a “demanda de atendimentos”, a quantidade de roupas lavada diariamente na unidade hospitalar e a quantidade de lixo infectante e comum recolhidos diariamente (Protocolo nº. 10.723/2013, de 30 de agosto).

3. É o relatório do estritamente necessário.

4. Passa-se, doravante, a deliberar.

5. Os processos de fiscalização e os de contas que tramitam sob a jurisdição do Tribunal de Contas regem-se pelo princípio da concentração. Com efeito, o procedimento legalmente definido, no âmbito do Tribunal de Contas, possui rito de natureza sumária (artigo 12, §§1º e 3º, da Lei Complementar nº. 154, de 1996), aglutinando a fase postulatória e a instrutória em único momento processual.

6. Todas as evidências que devem suportar as constatações de auditoria ou fiscalização governamental devem ser reunidas na fase pré-processual apurativa, de natureza inquisitória, a fim de que seja assegurado ao acusado o conhecimento sobre todos os elementos de informação, na primeira oportunidade em que se exprimir. Do mesmo modo, as provas devem ser oferecidas junto à resposta da parte (defesa ou razões de justificativa), momento em que lhe é facultado influenciar a convicção do órgão judicante.

7. Todavia, em consideração ao princípio do formalismo moderado e da busca da verdade real, é possível, por decisão motivada do juízo presidente do processo, o deferimento excepcional da dilação da fase probatória após a fase postulatória, desde que as provações requeridas sejam substancialmente pertinentes, adequadas e necessárias ao esclarecimento dos fatos imputados e ao convencimento do órgão judicante.

8. Ainda mais quando já passada a fase postulatória, o pedido de produção de provas deverá ser sempre suficientemente motivado, pois, caso não se evidencie utilidade processual, a prova requerida poderá ser indeferida, ainda mais quando houver evidências de protelação do julgamento do processo.

9. Vide, a propósito, o entendimento consolidado dos Tribunais Superiores representado pelo seguinte acórdão: “Ao magistrado é facultado o indeferimento, de forma fundamentada, do requerimento de produção de provas que julgar protelatórias, irrelevantes ou impertinentes, devendo a sua imprescindibilidade ser devidamente justificada pela parte. Doutrina. Precedentes do STJ e do STF” (HC 221.015/PR, Ementa, Rel. Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 23/08/2013, grifos acrescentados).

10. Na petição examinada, a requerente limitou-se, no decorrer do arrazoado, a contestar os achados descritos pela Unidade Técnica, alegando, em síntese, ausência de prova das constatações e impertinência dos fundamentos jurídicos utilizados para a imputação. Como se vê, os fundamentos trazidos dizem respeito ao próprio mérito da controvérsia, razão pela qual o seu exame será realizado, em cognição exauriente, no julgamento do processo.

11. Portanto, ao requerer imotivadamente a dilação probatória, a parte não indicou a finalidade e os fatos a serem provados relacionados às provas documentais indicadas, o que inviabiliza, de modo geral, o exame da adequação, da necessidade e da pertinência da provação requerida.

12. Além do mais, há determinados requisitos procedimentais do pedido de apresentação de documentos em posse de terceiros que não foram observados.

13. Com efeito, há documentos cuja existência e custódia são, no mínimo, duvidosas. Relativamente à “tabela de custos unitários e totais de todos os serviços prestados pela empresa JW. Consultoria, Assessoria e Construções Ltda. na época dos fatos” e à “tabela praticada atualmente pelo Governo do Estado de Rondônia, para os serviços empregados naquela época do processo em análise” a parte não indicou as circunstâncias em que se funda para afirmar que os documentos realmente existem e em que repartição encontram-se custodiados, fato que prejudica uma ordem de apresentação dirigida ao órgão ou entidade custodiante. Nos termos do artigo 356, III, do Código de Processo Civil – cuja aplicação subsidiária se dá por força do artigo 286-A do Regimento Interno –, essas informações são indispensáveis para fundamentar um pedido de apresentação de documentos em posse de terceiros.

14. Verifica-se, ainda, que não teria qualquer utilidade para os esclarecimentos dos fatos efetivamente controvertidos na Tomada de Contas Especial a juntada: dos contratos dos serviços prestados no Hospital Regional de Buritis referentes aos exercícios de 2012 e 2013, da

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planilha (“tabela”) de custos unitários e totais dos serviços prestados pela contratada e da “tabela praticada atualmente pelo Governo do Estado de Rondônia, para os serviços empregados naquela época do processo em análise”. A uma, porque, segundo aduziu o próprio requerente, os fatos fiscalizados ocorreram no ano de 2005, motivo pelo qual os documentos relativos aos serviços prestados nos anos de 2012 e 2013 não possuem qualquer pertinência temática. A duas, porque as constatações da Unidade Instrutiva não incluem eventual sobrepreço dos valores contratados e, assim, é inútil produzir prova sobre fatos que não foram controvertidos.

15. Ora, de acordo com o STJ, “[q]ualquer ampliação da controvérsia que signifique produção de provas desnecessárias à lide principal vai de encontro ao princípio da celeridade e da economia processual (REsp 801.691/SP, Rel. Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira Turma, DJe 15/12/2011).

16. Destarte, verifica-se que a postulação para a obtenção desses documentos revela-se manifestamente protelatória do julgamento do processo. A propósito, ainda sobre a planilha (“tabela”) de custos unitários e totais dos serviços prestados pela JW. Consultoria, Assessoria e Construções Ltda., desde já causa muito estranheza que a parte esteja a requerer um documento que, a princípio, foi ou deveria ter sido por ela própria elaborado.

17. Por sua vez, o pedido de apresentação de “relatório emitido pelo atual gestor do Hospital Regional de Buritis” – para informar a “demanda de atendimentos”, a quantidade de roupas lavada diariamente na unidade hospitalar e a quantidade de lixo desinfetante e comum recolhidos diariamente – deveria, ao menos, especificar o período de referência, sob pena de não restarem adequadamente individuadas as informações requeridas. Ademais, a falta de motivação impede a avaliação da imprescindibilidade da produção da prova analisada, até mesmo porque a parte requerente deduziu que, no “caso em tela, há reiteradas afirmações que de fato os serviços foram prestados pela empresa”. Assim, se reputa desnecessária a prova postulada, porquanto os fatos – segundo a própria parte interessada – já estariam provados.

18. Demais, deve-se ressaltar que o ônus de produzir provas documentais compete à parte interessada. Nesse sentido, o artigo 396 do Código de Processo Civil – aplicável por força do artigo 286-A do Regimento Interno – dispõe que: “Compete à parte instruir a petição inicial (art. 283), ou a resposta (artigo 297), com os documentos destinados a provar-lhes as alegações”. A instrução processual documental, portanto, deve ser protagonizada pelas partes e não é cabível, a princípio, a pretensão de transferir ao magistrado papel ativo na produção de provas documentais, visto que este deve atuar apenas subsidiariamente.

19. Quando se tratar de documentos ou informações públicos, a todos – mormente aos advogados, dotados de prerrogativas legais próprias – é garantido o direito de informações e de obtenção de certidão em repartições públicas, motivo pelo qual a parte interessada não pode beneficiar-se de sua inércia. A propósito, sustenta a doutrina que “só se apresenta razoável a iniciativa do juiz, quando for demonstrada a impossibilidade de a parte obter pessoalmente a informação” (NERY JUNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria Andrade. Código de Processo Civil Comentado e legislação extravagante em vigor. 3 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1997, p. 643).

20. Portanto, considerando que a requerente não demonstrou a impossibilidade de obter pessoalmente o documento que reputa do interesse da defesa, não há justa causa para a intervenção desta Corte. Nessa situação, deveria o interessado ter se reportado ao órgão ou entidade pública que detêm a custodia da informação.

21. Portanto, verifica-se que a parte, além de omitir o cumprimento de requisitos procedimentais essenciais para postular a apresentação de documentos em posse de terceiros, não evidenciou a adequação, a necessidade e a pertinência da provação requerida, havendo, pelo contrário, vigorosos indicativos do intuito de protelação do julgamento do mérito do processo.

22. Enfim, pelos motivos expostos, a dilação probatória pretendida deve ser indeferida. Nesse mesmo sentido, o STJ já decidiu que o “Juiz tem, de acordo com as disposições do artigo 330, I, do CPC, o poder-dever de

desprezar a produção de provas desnecessárias” (REsp 404.936/RJ, Rel. Ministro João Otávio De Noronha, Quarta Turma, DJe 24/11/2008). De qualquer sorte, deve-se ressaltar que a parte ora requerente possui a faculdade processual de instruir a sua defesa com os documentos que reputar imprescindíveis para provar as alegações.

23. Por fim, vale ressaltar que a parte requerente limitou-se a pedir cópia integral dos autos do “processo administrativo nº. 01.1712.00178-00/2005”, e não a sua juntada aos autos da presente Tomada de Contas Especial. Ora, se não é destinado à produção de provas em processos de fiscalização que aqui tramitam, esta Corte de Contas não é a instância competente para franquear o acesso aos autos do referido procedimento administrativo, o qual fora instaurado pela Secretaria de Estado da Saúde: órgão responsável pela produção, custodia, proteção e disponibilidade dos documentos e informações nele contidos.

24. A pretensão ao exercício do direito de informações apenas deve ser dirigida aos respectivos órgãos e entidades responsáveis pela sua produção, os quais possuem a competência para deliberar originariamente sobre o acesso a informações por eles custodiadas, observada a legislação aplicável. Nesse sentido, aliás, a Lei estadual nº. 3.166, de 2013 – que regulamentou, no âmbito do Poder Executivo estadual, os procedimentos para a garantia do acesso à informação – dispõe que “[c]abe ao órgão ou entidade competente para tratamento da matéria conceder o acesso à informação disponível” (artigo 15).

25. Assim, considerando que o pedido, a princípio, não se destina à produção de prova, mas simplesmente à obtenção de acesso a informações, a análise do requerimento de cópia integral do referido processo administrativo (nº. 01.1712.00178-00/2005) encontra-se prejudicada, por não possuir esta Corte competência legal para apreciá-lo. Após obter os documentos a informações que desejar, poderá solicitar a sua juntada aos autos do processo de fiscalização que tramita nesta Corte. Somente se tivesse havido a demonstração da resistência da Administração em franquear a vista a documentos públicos de interesse comprovado para a defesa – o que nem de longe ocorreu – é que se poderia cogitar da intervenção desta Corte.

26. Embora o requerente não o tenha pedido, vale registrar que esta Corte de Contas franqueará, se assim desejar a parte, vista e cópia dos autos do Processo nº. 17/2013/TCERO ou de peças destes, a fim de salvaguardar às partes o direito de defesa, nos termos do artigo 86 do Regimento Interno e da Resolução nº. 114/2013/TCE-RO. A propósito, nos mandados de citação recebidos pela requerente, há indicação expressa do local “para vista dos autos: Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, no Departamento da 2ª Câmara, situado na Av. Presidente Dutra, 4229, 3º andar, Bairro Olaria, nesta capital, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 13h30”. Assim, o requerente poderá acessar os elementos de informações e evidências colhidas pela Unidade Instrutiva e consideradas por ela bastante para fundamentar suas constatações.

Em face dos fatos e fundamentos expostos, com fulcro no artigo 10, §1º, da Lei Complementar nº. 154, de 1996, e no artigo 356 do Código de Processo Civil, combinado com o artigo 286-A do Regimento Interno, decido:

I. Considerar prejudicado o pedido de cópia integral dos autos do processo administrativo nº. 01.1712.00178-00/2005, que tramitam na Secretaria de Estado da Saúde;

II. Indeferir o pedido de dilação probatória, por falta de motivação idônea para demonstrar a adequação, a necessidade e a pertinência da provação requerida, bem como pelo não cumprimento das exigências formais do artigo 356 e outros do Código de Processo Civil;

III. Intimar a sociedade empresária J. W. Consultoria, Assessoria e Construções Ltda. – EPP, por intermédio de advogado constituído, para que tome ciência desta decisão;

IV. Determinar a juntada desta decisão e da petição aos autos do Processo nº. 17/2013; e

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V. Publicar a presente decisão no Diário Oficial Eletrônico desta Corte.

É como decido.

GCPCN, 9 de setembro de 2013.

PAULO CURI NETO Conselheiro Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO Nº 3049/2009 UNIDADE: POLICIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA ASSUNTO: RESERVA REMUNERADA INTERESSADO: ERLON RODRIGUES DAS NEVES RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA nº 95/2013/TCE/RO

EMENTA: RESERVA REMUNERADA. DESCUMPRIMENTO DE NORMA LEGAL. PUBLICAÇÃO DO NOVO ATO. SOBRESTAMENTO DOS AUTOS PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO.

Cuidam os autos da análise, para fins de registro, da legalidade do ato de transferência para Reserva Remunerada concedida, a pedido, do servidor estadual, 3º SGT PM RE 03563-9 ERLON RODRIGUES DAS NEVES, pertencente ao quadro de pessoal da Policia Militar do Estado de Rondônia.

Face ao exposto, considerando os fundamentos expendidos, prolato a presente Decisão Monocrática:

a) Determinar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia, para que no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da notificação desta decisão, encaminhe os documentos de transferência para Reserva Remunerada do servidor estadual, 3º SGT PM RE 03563-9 ERLON RODRIGUES DAS NEVES, devidamente instruídos, com a análise e parecer do órgão de controle interno, conforme prescreve o artigo 55 do Regimento Interno desta Corte de Contas, ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, nos moldes do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, dando conhecimento a este Relator da adoção das providências supracitadas no prazo estabelecido nesta Decisão;

b) Determinar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia, para que no prazo de 30 (trinta) dias a contar da notificação desta decisão, encaminhe a Certidão de Tempo de Contribuição original, expedida pelo INSS, ou a cópia autenticada mediante cotejo com os originais, referente ao período laborado pelo servidor sob o regime celetista, conforme exigência disposta no artigo 27, inciso V, artigo 50, da IN n° 013/04;

c) Determinar ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para que no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir do recebimento dos documentos de transferência para Reserva Remunerada do servidor estadual, 3º SGT PM RE 03563-9 ERLON RODRIGUES DAS NEVES, adote as providências supracitadas, quanto à análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação do servidor, nos termos do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, remetendo-o a esta Corte de Contas, os documentos devidamente escoimado das falhas detectadas, com cópia do novo ato, bem como do comprovante de sua publicação no Diário Oficial, para os fins do que dispõe o artigo 71, III, da Constituição da República;

d) Alertar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia, que doravante, todos os processos de reformas e reservas remuneradas devem ser encaminhados ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON, nos moldes do art. 56 da Lei

Complementar nº 432 de 2008, sob pena de aplicação de multas previstas na Lei Complementar 154/96;

e) Alertar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia e ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON, que o não atendimento a esta decisão o tornam passíveis da cominação das sanções previstas na Lei Complementar 154/96;

f) Determinar à Assistente de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, nos termos da Recomendação nº 12/2012GCOR, publicada no Doe TCE-RO nº 250, de 31.7.2012, para acompanhamento e posterior análise do feito;

g) Dar ciência ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia e ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia, informando-os que o inteiro teor desta decisão encontra-se disponível para consulta no endereço eletrônico www.tce.ro.gov.br,

Publique-se,

Cumpra-se.

Porto Velho, 09 de Setembro de 2013.

DAVI DANTAS DA SILVA Conselheiro Substituto Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO Nº 330/2008 UNIDADE: SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO ASSUNTO: APOSENTADORIA COMPULSÓRIA COM PROVENTOS PROPORCIONAIS INTERESSADO: JOAQUIM PEREIRA DE ARAÚJO RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA n° 096/2013/TCE/RO

EMENTA: APOSENTADORIA COMPULSÓRIA COM PROVENTOS PROPORCIONAIS. TCE. RETIFICAÇÃO DO ATO. CORREÇÃO PLANILHA DE PROVENTOS. DETERMINAÇÃO. SOBRESTAMENTO DOS AUTOS PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO.

Cuidam os autos da análise, para fins de registro, do ato concessório de aposentadoria compulsória com proventos proporcionais, do Senhor JOAQUIM PEREIRA DE ARAÚJO , no cargo de Auxiliar de Serviços Gerais, matricula nº 30005575, ref. “10”, com carga horária 40 horas semanais, pertencente ao quadro permanente de pessoal civil do Estado de Rondônia.

Destarte, considerando os fundamentos expendidos, com amparo no inciso IX, do art. 71, da Constituição Federal combinado com art. 108-A do Regimento Interno deste Tribunal, prolato a presente Decisão Monocrática:

I - Determinar ao Secretário de Administração do Estado de Rondônia para que, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da notificação desta Decisão, retifique o ato concessório de aposentadoria do Senhor Joaquim Pereira de Araujo, materializado através do Decreto de 10 de setembro de 2007, publicado no Diário Oficial do Estado de Rondônia, nº 852, em 04 de outubro de 2007, para que conste na fundamentação legal os termos do art. 40, § 1º, inciso II, da Constituição Federal com redação dada pela Emenda Constitucional nº 41/2003, e encaminhe a esta Corte, cópia do ato retificador, contendo todos os requisitos previstos na Instrução Normativa nº 13/TCER-2004, bem como, comprovante de sua publicação no Diário Oficial;

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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

II - Determinar ao Secretário de Administração do Estado de Rondônia para que, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da notificação desta Decisão, retifique a planilha de proventos do beneficiário Joaquim Pereira de Araujo, nos termos da Emenda Constitucional nº 41/2003, e a encaminhe a esta Corte, acompanhada de memória de cálculo e ficha financeira atualizada;

III - Alertar ao Secretário de Administração do Estado de Rondônia, que o não atendimento a essa decisão o torna passivo da cominação das penas previstas na Lei Complementar nº 154/96 e na legislação correlata;

IV - Determinar à Assistente de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, nos termos da Recomendação nº 12/2012-GCOR, publicada no D.O.E. TCE-RO nº 250, de 31.7.2012, sobrestando os presentes autos neste Gabinete, para acompanhamento e posterior análise do feito.

Publique-se,

Cumpra-se.

Porto Velho, 09 de setembro de 2013.

DAVI DANTAS DA SILVA Conselheiro Substituto Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO Nº 2431/2011 UNIDADE: POLICIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA ASSUNTO: RESERVA REMUNERADA INTERESSADO: JOSÉ VASQUES PRATA RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA nº 99/2013/TCE/RO

EMENTA: RESERVA REMUNERADA. DESCUMPRIMENTO DE NORMA LEGAL. PUBLICAÇÃO DO NOVO ATO. SOBRESTAMENTO DOS AUTOS PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO.

Cuidam os autos da análise, para fins de registro, da legalidade do ato de transferência para Reserva Remunerada concedida, a pedido, do servidor estadual, CB PM RE 04447-2 JOSÉ VASQUES PRATA, pertencente ao quadro de pessoal da Policia Militar do Estado de Rondônia.

Face ao exposto, considerando os fundamentos expendidos, prolato a presente Decisão Monocrática:

a) Determinar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia, para que no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da notificação desta decisão, encaminhe os documentos de transferência para Reserva Remunerada do servidor estadual, CB PM RE 04447-2 JOSÉ VASQUES PRATA, devidamente instruídos, com a análise e parecer do órgão de controle interno, conforme prescreve o artigo 55 do Regimento Interno desta Corte de Contas, ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, nos moldes do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, dando conhecimento a este Relator da adoção das providências supracitadas no prazo estabelecido nesta Decisão;

b) Determinar ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para que no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir do recebimento dos documentos de transferência para Reserva Remunerada do servidor estadual, CB PM RE 04447-2 JOSÉ VASQUES PRATA, adote as providências supracitadas, quanto à análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação do servidor, nos termos do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, remetendo-o a esta Corte de Contas, os documentos devidamente

escoimado das falhas detectadas, com cópia do novo ato, bem como do comprovante de sua publicação no Diário Oficial, para os fins do que dispõe o artigo 71, III, da Constituição da República;

c) Alertar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia, que doravante, todos os processos de reformas e reservas remuneradas devem ser encaminhados ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON, nos moldes do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, sob pena de aplicação de multas previstas na Lei Complementar 154/96;

d) Alertar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia e ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON, que o não atendimento a esta decisão o tornam passíveis da cominação das sanções previstas na Lei Complementar 154/96;

e) Determinar à Assistente de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, nos termos da Recomendação nº 12/2012GCOR, publicada no Doe TCE-RO nº 250, de 31.7.2012, para acompanhamento e posterior análise do feito;

f) Dar ciência ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia e ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia, informando-os que o inteiro teor desta decisão encontra-se disponível para consulta no endereço eletrônico www.tce.ro.gov.br,

Publique-se,

Cumpra-se.

Porto Velho, 09 de Setembro de 2013.

DAVI DANTAS DA SILVA Conselheiro Substituto Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO Nº 2437/2011 UNIDADE: POLICIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA ASSUNTO: RESERVA REMUNERADA INTERESSADO: MOACIR XAVIER DE FARIAS RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA nº 100/2013/TCE/RO

EMENTA: RESERVA REMUNERADA. DESCUMPRIMENTO DE NORMA LEGAL. PUBLICAÇÃO DO NOVO ATO. SOBRESTAMENTO DOS AUTOS PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO.

Cuidam os autos da análise, para fins de registro, da legalidade do ato de transferência para Reserva Remunerada concedida, a pedido, do servidor estadual, 2º SGT PM RE 03046-9 MOACIR XAVIER DE FARIAS, pertencente ao quadro de pessoal da Policia Militar do Estado de Rondônia.

Face ao exposto, considerando os fundamentos expendidos, prolato a presente Decisão Monocrática:

a) Determinar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia, para que no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da notificação desta decisão, encaminhe os documentos de transferência para Reserva Remunerada do servidor estadual, 2º SGT PM RE 03046-9 MOACIR XAVIER DE FARIAS, devidamente instruídos, com a análise e parecer do órgão de controle interno, conforme prescreve o artigo 55 do Regimento Interno desta Corte de Contas, ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e

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12 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 512 ano III quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

expedição conjunta do ato de inativação, nos moldes do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, dando conhecimento a este Relator da adoção das providências supracitadas no prazo estabelecido nesta Decisão;

b) Determinar ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para que no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir do recebimento dos documentos de transferência para Reserva Remunerada do servidor estadual, 2º SGT PM RE 03046-9 MOACIR XAVIER DE FARIAS, adote as providências supracitadas, quanto à análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação do servidor, nos termos do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, remetendo-o a esta Corte de Contas, os documentos devidamente escoimado das falhas detectadas, com cópia do novo ato, bem como do comprovante de sua publicação no Diário Oficial, para os fins do que dispõe o artigo 71, III, da Constituição da República;

c) Alertar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia, que doravante, todos os processos de reformas e reservas remuneradas devem ser encaminhados ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON, nos moldes do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, sob pena de aplicação de multas previstas na Lei Complementar 154/96;

d) Alertar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia e ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON, que o não atendimento a esta decisão o tornam passíveis da cominação das sanções previstas na Lei Complementar 154/96;

e) Determinar à Assistente de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, nos termos da Recomendação nº 12/2012GCOR, publicada no Doe TCE-RO nº 250, de 31.7.2012, para acompanhamento e posterior análise do feito;

f) Dar ciência ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia e ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia, informando-os que o inteiro teor desta decisão encontra-se disponível para consulta no endereço eletrônico www.tce.ro.gov.br,

Publique-se,

Cumpra-se.

Porto Velho, 09 de Setembro de 2013.

DAVI DANTAS DA SILVA Conselheiro Substituto Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO Nº 2540/2011 UNIDADE: POLICIA MILITAR DO ESTADO DE RONDÔNIA ASSUNTO: RESERVA REMUNERADA INTERESSADO: CLAUDIONOR DOS SANTOS OLIVEIRA RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA nº 101/2013/TCE/RO

EMENTA: RESERVA REMUNERADA. DESCUMPRIMENTO DE NORMA LEGAL. PUBLICAÇÃO DO NOVO ATO. SOBRESTAMENTO DOS AUTOS PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO.

Cuidam os autos da análise, para fins de registro, da legalidade do ato de transferência para Reserva Remunerada concedida, a pedido, do servidor estadual, 3º SGT PM RE 04393-5 CLAUDIONOR DOS SANTOS

OLIVEIRA, pertencente ao quadro de pessoal da Policia Militar do Estado de Rondônia.

Face ao exposto, considerando os fundamentos expendidos, prolato a presente Decisão Monocrática:

a) Determinar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia, para que no prazo de 60 (sessenta) dias a contar da notificação desta decisão, encaminhe os documentos de transferência para Reserva Remunerada do servidor estadual, 3º SGT PM RE 04393-5 CLAUDIONOR DOS SANTOS OLIVEIRA, devidamente instruídos, com a análise e parecer do órgão de controle interno, conforme prescreve o artigo 55 do Regimento Interno desta Corte de Contas, ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, nos moldes do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, dando conhecimento a este Relator da adoção das providências supracitadas no prazo estabelecido nesta Decisão;

b) Determinar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia, para que no prazo de 30 (trinta) dias a contar da notificação desta decisão, encaminhe a Certidão de Tempo de Contribuição original, expedida pelo INSS, ou a cópia autenticada mediante cotejo com os originais, referente ao período laborado pelo servidor sob o regime celetista, conforme exigência disposta no artigo 27, inciso V, artigo 50, da IN n° 013/04;

c) Determinar ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para que no prazo de 60 (sessenta) dias, contados a partir do recebimento dos documentos de transferência para Reserva Remunerada do servidor estadual, 3º SGT PM RE 04393-5 CLAUDIONOR DOS SANTOS OLIVEIRA, adote as providências supracitadas, quanto à análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação do servidor, nos termos do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, remetendo-o a esta Corte de Contas, os documentos devidamente escoimado das falhas detectadas, com cópia do novo ato, bem como do comprovante de sua publicação no Diário Oficial, para os fins do que dispõe o artigo 71, III, da Constituição da República;

d) Alertar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia, que doravante, todos os processos de reformas e reservas remuneradas devem ser encaminhados ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON, nos moldes do art. 56 da Lei Complementar nº 432 de 2008, sob pena de aplicação de multas previstas na Lei Complementar 154/96;

e) Alertar ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia e ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON, que o não atendimento a esta decisão o tornam passíveis da cominação das sanções previstas na Lei Complementar 154/96;

f) Determinar à Assistente de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, nos termos da Recomendação nº 12/2012GCOR, publicada no Doe TCE-RO nº 250, de 31.7.2012, para acompanhamento e posterior análise do feito;

g) Dar ciência ao Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Rondônia e ao Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia, informando-os que o inteiro teor desta decisão encontra-se disponível para consulta no endereço eletrônico www.tce.ro.gov.br,

Publique-se,

Cumpra-se.

Porto Velho, 10 de Setembro de 2013.

DAVI DANTAS DA SILVA Conselheiro Substituto Relator

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DECISÃO

PROCESSO Nº: 1565/94 INTERESSADA: SECRETARIA DE ESTADO DE OBRAS PÚBLICAS ASSUNTO: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS – CONTRATO N. 027/94-PGE RESPONSÁVEL: AURINDO VIEIRA COELHO E OUTROS RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

DECISÃO Nº 310/2013 – 2ª CÂMARA

EMENTA: FISCALIZAÇÃO DE ATOS E CONTRATOS. CONTRATO N. 027/94-PGE. OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. DECURSO DE TEMPO. ARQUIVAMENTO SEM ANÁLISE DE MÉRITO.

1. Para a fiscalização de atos e contratos deve haver o respeito ao devido processo legal. E, portanto, a não observância deste princípio impede o julgamento.

2. Desnecessária a manutenção do processo caso exista a impossibilidade de verificação material de eventual lesão ao Erário.

3. Os processos devem ter duração de tempo razoável, segundo determinação constitucional incerta no art. 5º, LXXIII.

4. Arquivamento do feito, sem julgamento do mérito. Precedentes. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Fiscalização de Atos e Contratos – Contrato n. 027/94-PGE, como tudo dos autos consta.

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, decide:

I – Arquivar os autos, sem análise de mérito, ante a absoluta impossibilidade material do exercício do contraditório e da ampla defesa pelos responsáveis, tendo em vista o decurso do tempo;

II – Dar ciência desta Decisão aos Senhores Aurindo Vieira Coelho, Francisco Carlos Ramos Trigueiro, João da Costa Ramos, Rosângela de Oliveira Ferreira e Paulo Roberto Barros Kern, informando-lhes que o Voto e o Parecer Ministerial em seu inteiro teor, estão disponíveis no sítio deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br);

III – Publicar; e

IV – Após, remeta-se os autos ao Arquivo Geral, para o cumprimento do que foi determinado no item “I” desta.

Participaram da Sessão o Conselheiro PAULO CURI NETO (declarou-se impedido na forma do artigo 146 do Regimento Interno); o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator); o Conselheiro Presidente da 2ª Câmara VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA; o Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA; o Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA.

Sala das Sessões, 28 de agosto de 2013.

VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Presidente da 2ª Câmara WILBER CARLOS DOS S. COIMBRA Conselheiro Relator SÉRGIO UBIRATÃ M. DE MOURA Procurador do M.P. junto ao TCE-RO

DECISÃO

PROCESSO Nº: 0589/13 (PROCESSO ORIGINÁRIO N. 2142/2009) INTERESSADO: RUI VIEIRA DE SOUSA ASSUNTO: PEDIDO DE REEXAME RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

DECISÃO Nº 314/2013 – 2ª CÂMARA

EMENTA: PEDIDO DE REEXAME. MULTA COERCITIVA. DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO DO TRIBUNAL. INEXISTÊNCIA DE MOTIVO JUSTIFICADOR DA CONDUTA DESIDIOSA DO RECORRENTE. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

1. Em desfavor do gestor que, de forma desidiosa, deixa de cumprir à determinação deste Tribunal, e também não justifica a impossibilidade de fazê-lo, incide multa coercitiva.

2. A não demonstração, nas razões recursais, de motivo hábil a justificar a omissão ou a necessidade da conduta diversa da que impôs a Corte de Contas, acarreta a não procedência do Pedido de Reexame.

3. Recurso conhecido e, no mérito, não provido. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam do pedido de reexame interporto por Rui Vieira de Sousa, em face do Acórdão n. 91/2012 – 1ª Câmara, como tudo dos autos consta.

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, decide:

I - Conhecer da irresignação recursal proposta pelo Senhor Rui Vieira de Sousa, como Pedido de Reexame, e não como Recurso de Reconsideração, aplicando ao caso concreto a hermenêutica do princípio da fungibilidade, visto tratar-se o fundo do direito de fiscalização de atos e contratos;

II - Negar-lhe provimento, devido as razões recursais deduzidas pelo jurisdicionado não possuírem elementos jurídicos bastantes para impor modificação ou anulação da decisão de piso, consubstanciada no Acórdão n. 91/2012-1ªCâmara, mantendo-se inalterado o venerando Acórdão vergastado;

III - Dar ciência desta Decisão ao recorrente;

IV – Publicar, na forma regimental;

V – Remeter os autos primitivos – Processo n. 3142/2009 - ao Gabinete do Eminente Conselheiro Edílson de Sousa Silva, após adoção das medidas de estilo; e

VI – Cumprir.

Participaram da Sessão o Conselheiro PAULO CURI NETO; o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator); o Conselheiro Presidente da 2ª Câmara VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA; o Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA; o Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA.

Sala das Sessões, 28 de agosto de 2013.

VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Presidente da 2ª Câmara WILBER CARLOS DOS S. COIMBRA Conselheiro Relator

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SÉRGIO UBIRATÃ M. DE MOURA Procurador do M.P. junto ao TCE-RO

DECISÃO

PROCESSO Nº: 0808/09 INTERESSADO: ISRAEL TEIXEIRA DE REZENDE CPF N. 409.667.122-34 ASSUNTO: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ ORIGEM: SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

DECISÃO Nº 315/2013 – 2ª CÂMARA

EMENTA: APOSENTADORIA ESTADUAL POR INVALIDEZ COM PROVENTOS INTEGRAIS. RETIFICAÇÃO. REGISTRO CONCEDIDO. ARQUIVAMENTO.

1. Reconhecida a incapacidade definitiva para o exercício das funções de Professor, é garantida a aposentadoria por invalidez.

2. Ao servidor aposentado por invalidez, antes da edição da Emenda Constitucional n. 70/2012, é garantida a integralidade dos proventos.

3. Atendidas as determinações desta Corte de Contas, constatada a legalidade do ato concessório, deve haver o devido registro, na forma da lei. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da aposentadoria por invalidez do Senhor Israel Teixeira de Rezende, como tudo dos autos consta.

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, decide:

I – Considerar legal o Ato Concessório de Aposentadoria por Invalidez, Decreto de 7 de junho de 2013, publicado no DOE n. 2248, de 4.4.2013, (fls. 115/116), com fundamento no art. 40, § 1º, I, da Constituição Federal, c/c o art. 6º-A da EC n. 41/03 (com redação dada pela EC n. 70/2012), c/c o art. 44, §§ 1º e 2º, da Lei Complementar n. 228/00 (com redação dada pela Lei Complementar n. 253/02), beneficiando o Senhor Israel Teixeira de Rezende, CPF n. 409.667.122-34;

II – Conceder o registro, por conseguinte, de que trata o item retro, nos termos do art. 49, III, “b”, da Constituição Estadual, combinado com o art. 37, II, da Lei Complementar n. 154/96 e o art. 54, II, do Regimento Interno desta Corte de Contas;

III – Dar ciência;

IV – Publicar; e

V – Arquivar.

Participaram da Sessão o Conselheiro PAULO CURI NETO; o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator); o Conselheiro Presidente da 2ª Câmara VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA; o Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA; o Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA.

Sala das Sessões, 28 de agosto de 2013.

VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Presidente da 2ª Câmara

WILBER CARLOS DOS S. COIMBRA Conselheiro Relator SÉRGIO UBIRATÃ M. DE MOURA Procurador do M.P. junto ao TCE-RO

Poder Legislativo

PARECER PRÉVIO

PROCESSO Nº: 2589/2013 UNIDADE: ALE – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA INTERESSADO: DEPUTADO JOSÉ HERMÍNIO COELHO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA ASSUNTO: CONSULTA - DEDUÇÃO DO TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS SOBRE OS GASTOS COM PESSOAL RELATOR: CONSELHEIRO EDÍLSON DE SOUSA SILVA

PARECER PRÉVIO Nº 9/2013 - PLENO

“Consulta. Terço constitucional de férias. Limite de gastos com pessoal previsto na Lei Complementar nº 101/2000. Natureza jurídica. Finalidade. Férias. Preservar a saúde física e psíquica. Reforço financeiro. Caráter indenizatório. Entendimento jurisprudencial. Uniformização. Secretaria do Tesouro Nacional. Natureza da verba recebida. Indenizatória. Dedução do cômputo com gastos de pessoal na apuração dos limites do artigo 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Possibilidade. Unanimidade”.

O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, reunido em Sessão Extraordinária realizada em 21 de agosto de 2013, na forma dos artigos 84, § 1° e 2°, e 85 do Regimento Interno, conhecendo da Consulta formulada pelo Deputado José Hermínio Coelho, Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia, por unanimidade de votos, em consonância com o Voto do Conselheiro Relator EDÍLSON DE SOUSA SILVA.

É DE PARECER que se responda a Consulta nos seguintes termos:

I - As despesas decorrentes do pagamento do terço constitucional deverão ser deduzidas do cômputo com gastos de pessoal no momento da apuração dos limites de que trata o artigo 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal;

II - Dar conhecimento do teor deste Parecer Prévio ao Consulente, ao Governador do Estado, ao Presidente do Poder Judiciário, ao Presidente do Tribunal de Contas, ao Procurador-Geral de Justiça, ao Defensor Público-Geral, aos Secretários de Finanças e de Planejamento do Estado, arquivando-se aos autos em seguida; e

III - Ao Departamento do Pleno para cumprimento.

Participaram da Sessão os Senhores Conselheiros EDÍLSON DE SOUSA SILVA (Relator), VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, FRANCISCO CARVALHO DA SILVA, WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, BENEDITO ANTÔNIO ALVES; o Conselheiro-Substituto ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA; o Conselheiro Presidente JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO; a Procuradora-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA.

Sala das Sessões, 21 de agosto de 2013.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente EDÍLSON DE SOUSA SILVA Conselheiro Relator

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ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA Procuradora-Geral do M.P. junto ao TCE-RO

Poder Judiciário

ACÓRDÃO

PROCESSO Nº: 1718/2010/TCE-RO (APENSOS OS PROCESSOS N. 0636, 1723, 1898, 2693, 2783, 2877, 3217, 3548, 3973 E 4269/2009; 0046 E 0278/2010) INTERESSADO: FUNDO DE INFORMATIZAÇÃO, EDIFICAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DOS SERVIÇOS JUDICIÁRIOS ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2009 RESPONSÁVEL: ZELITE ANDRADE CARNEIRO CPF N° 020.694.662-72 PRESIDENTE RELATOR: CONSELHEIRO FRANCISCO CARVALHO DA SILVA

ACÓRDÃO N. 67 /2013 – 1ª CÂMARA

EMENTA: Julgamento de Contas. Fundo de Informatização, Edificação e Aperfeiçoamento dos Serviços Judiciários - Fuju. Prestação de Contas. Exercício de 2009. Regulares com Ressalvas. Artigos 16, II e 18 da Lei Complementar nº 154/96. Quitação. Artigo 24, parágrafo único, do RI/TCE-RO. Arquivamento. Unanimidade.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise da legalidade da Prestação de Contas do Fundo de Informatização, Edificação e Aperfeiçoamento dos Serviços Judiciários, referente exercício de 2009, como tudo dos autos consta.

ACORDAM os Senhores Conselheiros da Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA, por unanimidade de votos, em:

I - Julgar regular com ressalvas a Prestação de Contas do Fundo de Informatização, Edificação e Aperfeiçoamento dos Serviços Judiciários – Fuju, exercício de 2009, de responsabilidade da Exma. Senhora Zelite Andrade Carneiro – Desembargadora Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, CPF n° 020.694.662-72, nos termos dos artigos 16, II e 18 da Lei Complementar nº 154/96, em virtude do Relatório do Controle Interno não apresentar informações pertinentes aos atos de gestão, a verificação do controle orçamentário, financeiro, contábil e patrimonial, além do processamento das despesas e da receita do órgão, indicando o montante empenhado, o pago e o inscrito em restos a pagar, dentre outras obrigações e competências previstas no artigo 46 da Lei Complementar Estadual n° 154/96, c/c os artigos 75, 76 e 77 da Lei Federal n° 4320/64 e artigo 51 da Constituição Estadual;

II - Conceder quitação à Exma. Senhora Desembargadora Zelite Andrade Carneiro, na condição de Presidente do Fundo de Informatização, Edificação e Aperfeiçoamento dos Serviços Judiciários - Fuju, exercício de 2009, na forma do artigo 24, parágrafo único, do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia;

III - Determinar ao atual Presidente do Fundo de Informatização, Edificação e Aperfeiçoamento dos Serviços Judiciários - Fuju, que adote medidas visando a prevenir a ocorrência da impropriedade apontada no item I deste Acordão;

IV - Cientificar o atual responsável pelo órgão de Controle Interno, em decorrência da importância dos deveres preconizados no artigo 74 da CF, c/c NBC. T 16.8 e Súmula nº 04/2010/TCE-RO, de que na hipótese da ocorrência de flagrantes ilegalidades na Gestão e, em havendo o pronunciamento pela Regularidade, poderá tornar-se corresponsável pelos atos inquinados, sujeitando-se a sanção prevista na Lei Complementar Estadual nº 154/96;

V - Dar ciência deste Acordão aos interessados e ao atual Gestor do Fuju, informando-lhes que o Voto e o Parecer Ministerial, em seu inteiro teor, encontram-se disponíveis no sítio deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br); e

VI - Após a adoção das medidas cabíveis pelo Departamento da 1ª Câmara, arquivem-se os autos.

Participaram da Sessão os Conselheiros EDÍLSON DE SOUSA SILVA e FRANCISCO CARVALHO DA SILVA (Relator); os Conselheiros-Substitutos OMAR PIRES DIAS e FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA; o Conselheiro Presidente da Primeira Câmara, BENEDITO ANTÔNIO ALVES; o Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS.

Sala das Sessões, 3 de setembro de 2013.

BENEDITO ANTÔNIO ALVES Conselheiro Presidente da Primeira Câmara FRANCISCO CARVALHO DA SILVA Conselheiro Relator ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS Procurador do M. P. junto ao TCE-RO

Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO No: 2968/2013-TCER INTERESSADO: Jaime da Costa Coelho Neto CPF 139.095.092-15 UNIDADE: Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia ASSUNTO: Parcelamento de multa – Acórdão n. 03/2011-1ª Câmara RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

Decisão n. 228/2013/GCESS

Cuidam estes autos de solicitação de parcelamento de multa, cujo valor atualizado é de R$ 1.422,16 (um mil, quatrocentos e vinte e dois reais e dezesseis centavos), formulado por Jaime da Mota Coelho Neto, relativo ao item II do Acórdão n. 03/2011-1ª Câmara, decorrente do processo 4933/2006-TCER, que trata do edital de concorrência pública n. 003/2006, da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia.

O requerente aparelhou sua peça com os documentos às fls. 01/05 e requereu o parcelamento do débito nos termos da Resolução n. 62/TCE-RO-2010.

Em atenção ao Provimento n. 03/2013 do Ministério Público de Contas, não houve manifestação do douto Parquet.

O Departamento de Acompanhamento de Decisões, por meio dos memorandos acostados às fls. 12/13, solicitou informações à Divisão de Documentação e Protocolo e à Diretoria do Pleno, bem como das 1ª e 2ª Câmaras, que, após prestarem as informações, motivaram a expedição de Certidão, às fls. 18, certificando a inexistência de parcelamento de débito ou multa inadimplido ou em atraso em nome do requerente. Certificou, também, a existência de Títulos Executivos referente a este processo.

Após decisão, às fls. 29/32, a Secretaria Geral de Controle Externo juntou aos autos o demonstrativo de débito atualizado referente àquela decisão.

É o necessário relatório.

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Sob o aspecto da formalidade, verifico que o pedido está devidamente acompanhado dos documentos previstos no art. 2º, da Resolução n. 64/TCE-RO-2010 .

Da atualização da multa consignada no Acórdão n. 03/2011-1ª Câmara, depreende-se às fls. 36, importância que poderá ser parcelada em até 36 vezes, não podendo o valor de cada parcela ser inferior à metade do salário mínimo vigente à época do pedido, nos termos do art. 1º da Resolução n. 64/TCE-RO-2010.

O valor da multa está fixado atualmente em R$ 1.422,16 (um mil, quatrocentos e vinte e dois reais e dezesseis centavos), valor este que poderá ser parcelado em 04 (quatro) vezes de R$ 355,54 (trezentos e cinquenta e cinco reais e cinquenta e quatro centavos), como requerido, mantendo-as dentro do número máximo e com o valor mínimo permitido, de acordo com a resolução citada.

Pelo exposto, decido:

I - Conceder o parcelamento da multa imposta a Jaime da Mota Coelho Neto, da importância atualizada de R$ 1.422,16 (um mil, quatrocentos e vinte e dois reais e dezesseis centavos), em 04 (quatro) parcelas de R$ 355,54 (trezentos e cinquenta e cinco reais e cinquenta e quatro centavos), devidamente atualizadas e acrescidas de correção monetária e de demais consectários legais, nos termos do art. 34 do Regimento Interno, com redação dada pela Resolução n. 63/TCE-RO-2010, c/c o art. 1º, da Resolução n. 64/TCE-RO-2010.

II – Remeta-se o presente feito ao Departamento da 1ª Câmara para que proceda a notificação do interessado no sentido de:

a) Adverti-lo, com fulcro no art. 27, I, da Lei Complementar n. 154/96, que as parcelas devem ser recolhidas à conta do Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas – FDI/TCER, no Banco do Brasil, Agência n. 2757-X, conta corrente nº. 8358-5, na forma do art. 3º, inciso III, da Lei Complementar 194/97;

b) Cientificá-lo de que o vencimento da primeira parcela se dará em 15 (quinze) dias, a contar da notificação desta decisão, e as demais parcelas em 30 (trinta) dias após o vencimento da primeira, conforme art. 5º, § 1º, inciso II, “a”, da Resolução n. 64/TCE-RO-2010;

c) Cientificá-lo de que no prazo de 10 (dez) dias úteis, contado da data do recolhimento de cada parcela, encaminhe a este Tribunal cópia autenticada do comprovante do respectivo pagamento, conforme o art. 5º, § 1º, inciso II, “b”, da Resolução n. 64/TCE-RO-2010.

d) Alertá-lo que na falta de recolhimento de qualquer parcela ou a ausência de encaminhamento do respectivo comprovante de pagamento no prazo fixado nesta decisão, salvo justa causa devidamente comprovada nos autos, importará no vencimento antecipado do saldo devedor, nos termos do art. 6º, da Resolução n. 64/TCE-RO-2010.

III - Na hipótese de descumprimento desta decisão, fica desde logo autorizada a cobrança judicial, nos termos do art. 36, inciso II, do Regimento Interno.

IV – Sobrestejam-se os presentes autos no Departamento da 1ª Câmara para acompanhamento do feito.

Porto Velho, 10 de setembro de 2013.

Davi Dantas da Silva Conselheiro Substituto

DECISÃO

PROCESSO Nº: 0105/13

INTERESSADO: INSTITUTO DE PESOS E MEDIDAS DO ESTADO DE RONDÔNIA ASSUNTO: EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO N. 001/2012 RESPONSÁVEL: OSNI ORTIS KELY CRISTINE BENEVIDES RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

DECISÃO Nº 313/2013 – 2ª CÂMARA

EMENTA: EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO. SELEÇÃO DE PESSOAL PARA O QUADRO EFETIVO DO INSTITUTO DE PESOS E MEDIDAS DO ESTADO DE RONDÔNIA - IPEM. LEGALIDADE.

1. Impõe-se ao Administrador, ao decidir pela realização de concurso público, atentar para o rol de providências que são essenciais ao regular processamento do certame e que, ao final, embasarão a declaração de legalidade do feito, as quais lastreiam-se na Instrução Normativa nº 13/TCER/2004, em seus artigos 19 e 20.

2. Além disso, há de se atentar ao princípio da publicidade, a fim de conferir a todos os interessados em participar do certame o acesso às informações a ele atinentes, da abertura à conclusão.

3. Atendidas tais disposições, estar-se-ia diante de edital formalmente hígido. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise da legalidade do Edital de Concurso Público n. 001/2012, deflagrado pelo Instituto de Pesos e Medidas do Estado de Rondônia, como tudo dos autos consta.

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, decide:

I – Considerar legal o Edital de Concurso Público n. 001/2012/IPEM, que visou à seleção de 66 (sessenta e seis) profissionais de áreas diversas, para o provimento dos cargos existentes na entidade autárquica, por estar formalmente hígido.

II – Dar conhecimento do teor desta Decisão aos interessados, informando-lhes que o Voto, a Decisão e o Parecer Ministerial estão disponíveis, em seu inteiro teor, no sítio eletrônico deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br);

III – Publicar; e

IV - Arquivar.

Participaram da Sessão o Conselheiro PAULO CURI NETO; o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator); o Conselheiro Presidente da 2ª Câmara VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA; o Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA; o Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA.

Sala das Sessões, 28 de agosto de 2013.

VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Presidente da 2ª Câmara WILBER CARLOS DOS S. COIMBRA Conselheiro Relator SÉRGIO UBIRATÃ M. DE MOURA Procurador do M.P. junto ao TCE-RO

Administração Pública Municipal

Município de Alto Alegre dos Parecis

DECISÃO MONOCRÁTICA

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17 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 512 ano III quarta-feira, 11 de setembro de 2013

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PROCESSO No: 2242/2013 – TCER (apenso 2227/2013) INTERESSADO: Município de Alto Alegre dos Parecis ASSUNTO: Representação para apurar supostas irregularidades no pregão presencial n. 029/2013 RESPONSÁVEIS: Marilene da Costa - Secretária de Finanças CPF: 825.895.852-68 Obadias Braz Odorico – Prefeito CPF: 288.101.202-72 Adelson Pereira dos Santos – Pregoeiro CPF: 470.864.162-15 Almiro Soares – Assessor Jurídico CPF: 260.946.656-00 RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

EMENTA: Constitucional. Administrativo. Represen-tação formulada por pessoa jurídica de direito privado para apurar possíveis irregularidades em pregão presencial. Irregularidades formais. Necessidade de oitiva dos agentes envolvidos.

Constatadas irregularidades quando da apreciação de representações formuladas a esta Corte de Contas, mesmo que não reste evidenciado dano ao erário, mister a oitiva dos agentes responsabilizados, em cumprimento aos princípios da ampla defesa e contraditório.

Decisão n. 225/2013/GCESS

Vistos,

Cuidam os autos de representação formulada pela empresa Fernando Henrique Martins Sarzi, comunicando supostas irregularidades no Edital n. 48/2013, do Pregão Presencial n. 29/2013, deflagrado pela Prefeitura Municipal de Alto Alegre dos Parecis, tendo por objeto a contratação de empresa especializada em sistemas de internet para desenvolvimento do portal público municipal e aplicativos web integrando o sistema já adotado pela Prefeitura e em funcionamento na rede de computadores locais com a internet, para atender determinações da Lei Complementar n. 131/2009 – “Portal da Transparência” e da Lei Federal n. 12.527/2011 – “Sistemas de Informação”.

Em sede de cognição sumária, verificando estarem presentes os requisitos legais (prova inequívoca da verossimilhança das alegações e justificado receio de dano irreparável ou de difícil reparação), foi determinado, por meio da Decisão n. 123/20013/GCESS , ao Prefeito Municipal de Alto Alegre dos Parecis, Obadias Braz Odorico, e ao Pregoeiro Adelson Pereira dos Santos que se abstivessem de praticar qualquer ato relacionado ao certame até ulterior deliberação, sob pena de, em caso de descumprimento, sujeitarem-se às sanções previstas no art. 55, IV, da LC n. 154/96 c/c art. 103, IV, do RITCE/RO, sem prejuízo de outras cominações legais.

O corpo instrutivo, em análise exordial de toda documentação acostada aos autos (fls. 81/86), concluiu pela procedência representação ante a existência de graves irregularidades, opinando pela ilegalidade do pregão presencial n. 29/2013; bem como identificou os agentes responsáveis e teceu recomendações.

Submetidos os autos à manifestação Ministerial, o Parquet , após percuciente análise da documentação acostada, corroborou o posicionamento técnico quanto à procedência dos fatos denunciados, pugnando pela oitiva dos responsáveis pela deflagração do certame para, querendo, apresentarem justificativas no prazo legal.

É o relatório.

Decido.

Da análise dos autos, constata-se a existência de irregularidades, que embora não evidenciem dano ao erário, podem ensejar, caso restem confirmadas, aplicação de penalidade aos agentes responsabilizados.

Assim, necessário o chamamento dos agentes identificados na peça instrumental de fls. 81/86-v e parecer n. 347/13, de fls. 95/112, em observância aos princípios da ampla defesa e contraditório.

Isto posto, objetivando o cumprimento do disposto no inciso LV do art. 5º da Carta Fundamental, determino a Secretaria de Processamento e Julgamento – Departamento do Pleno, que proceda à notificação do Prefeito, Obadias Braz Odorico; da Secretária de Finanças, Marilene da Costa; do Pregoeiro, Adelson Pereira dos Santos; e do Assessor Jurídico, Almiro Soares, mediante a remessa do relatório técnico e parecer ministerial, na forma do art. 40, II da Lei Complementar n. 154/96 c/c art. 62, III do Regimento Interno deste Tribunal, concedendo-lhes o prazo de 15 (quinze) dias, para que, querendo, apresentem alegações de defesa, juntando documentos que entendam necessários para elidir infrações a eles imputadas:

01) infringência ao art. 57, § 3º da Lei Federal n. 8.666/93, ante a ausência de disposição acerca do prazo de vigência do contrato a ser celebrado entre as partes interessadas;

02) infringência ao art. 55, III da Lei Federal n. 8.666/93, ante a ausência de definição quanto aos critérios de atualização monetária, nas hipóteses de atraso dos pagamentos devidos;

03) infringência ao art. 7º, § 2º, II da Lei Federal n. 8.666/93, c/c o art. 3º, III, da Lei Federal n. 10.520/02, ante a ausência de orçamento detalhado em planilhas que expressem os custos unitários do serviço licitado, não estabelecendo, ainda, o valor máximo de referência;

04) infringência ao art. 41, § 2º da Lei Federal n. 8.666/93, c/c o art. 12 do Decreto n. 3.555/00 e art. 18 do Decreto n. 5.450/05, ante a fixação de prazo de impugnação ao edital ou para solicitação de providências em horas e não em dias úteis;

05) infringência ao art. 23, § 1º (princípio da parcelaridade), e art. 3º, § 1º, I (princípio da ampla competitividade), todos da Lei Federal n. 8.666/93, ante a falta de clareza, objetividade e contradição quanto à forma de adjudicação do objeto – se global ou por itens;

06) infringência ao art. 3º, § 1º, I da Lei Federal n. 8.666/93 (princípio da ampla competitividade), ante a previsão de prazos demasiado exíguos para implantação do sítio eletrônico e dos programas de informática licitados;

07) infringência ao art. 37, caput, da Constituição Federal (princípios da legalidade, isonomia, eficiência e razoabilidade) c/c o art. 3º da Lei Federal n. 8.666/93 (princípio da ampla competitividade) e art. 4º, do Decreto n. 5.450/05, ante a ausência de justificativa plausível no que tange à adoção da forma presencial no pregão em detrimento do eletrônico.

Deve também, a Secretaria de Processamento e Julgamento – Departamento do Pleno, oficiar ao atual Prefeito de Alto Alegre dos Parecis que, havendo interesse da Administração em dar prosseguimento ao certame, que realize estudos técnicos e preliminares tendentes a averiguar a real necessidade da contratação, bem como, definidos com precisão e clareza todos os termos e condições de participação.

Registre-se, por necessário, que a exemplo das infringências relacionadas na “conclusão” do relatório técnico, parecer ministerial, e bem assim das relacionadas ao longo da presente Decisão Monocrática, não são elas taxativas, isto porque a defesa deve se ater obrigatoriamente aos fatos e não à tipificação legal propriamente dita.

Apresentada ou não a defesa, proceda-se nova análise, de modo a apreciar todo o acervo probatório carreado aos autos, indicando o nexo de causalidade entre os resultados tidos por irregulares e a ação omissiva e/ou comissiva dos agentes imputados no corpo desta decisão, bem como daqueles que, por dever legal, a despeito das impropriedades evidenciadas, manifestaram-se (ou omitiram-se) pela legalidade dos atos elencados.

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Com a manifestação do corpo técnico, dê-se vista ao Ministério Público de Contas, retornando-o concluso.

Alerte aos responsáveis que, nos termos do art. 319 do CPC c/c § 3º do art. 12 da LCE nº 154/96 c/c § 5º do art. 19 do RITCERO, os seus não comparecimentos, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados no relatório técnico.

Em observância ao princípio da celeridade processual, autorizo, desde já, a obtenção, pelo interessado, de cópia reprográfica do processo, bem como carga dos autos para tal finalidade, ao advogado devidamente constituído por procuração.

Considerando tratar-se de representação formulada por licitante, deixo de decretar o sigilo dos autos, com base nos termos do item I, alínea “d”, da Recomendação n. 02/2013/GCOR.

P.R.I.C. Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, 10 de setembro de 2013.

Davi Dantas da Silva Conselheiro Substituto

Município de Cabixi

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº: 4588/2012 INTERESSADO: José Rosário Barroso – CPF nº. 315.685.722-04 ASSUNTO: Denúncia – Supostas irregularidades na contratação de empresa especializada para a execução dos serviços de ampliação e instalação elétrica de baixa tensão e mureta de medição do prédio da Câmara Municipal de Cabixi RESPONSÁVEL: Osmar Ogrodovczyk – Vereador Presidente RELATOR: Conselheiro Paulo Curi Neto

DECISÃO Nº 160/2013/GCPCN

1. Cuidam os autos de Denúncia formulada pelo Senhor José Rosário Barroso, noticiando possíveis irregularidades na contratação de empresa especializada para a execução dos serviços de ampliação e instalação elétrica de baixa tensão e mureta de medição do prédio da Câmara Municipal de Cabixi (fls. 3/6).

2. Em síntese apertada, a inicial acusatória do munícipe narra que “(...) o prefeito e o atual presidente da câmara, com o apoio de todos os vereadores (...) superfaturou obras, para pagar pelos apoios recebidos (...)”.

3. Afirmou ainda que levou os fatos acima noticiados ao conhecimento do chefe do Poder Legislativo Municipal, porém, foi “(...) ignorado pelo presidente da câmara que mandou arquivar as denuncias, na justificativa que o regimento interno da câmara municipal não previa o recebimento deste tipo de denúncia (...)”, desse modo pugnou pela adoção das providências cabíveis por parte desta Corte de Contas.

4. A denúncia veio instruída dos documentos de fls. 7/19, quais sejam: cotações de preços, nota fiscal, orçamento sintético global, cronograma físico-financeiro e planilhas orçamentárias.

5. Tendo em conta a gravidade da narrativa, determinou-se à Secretaria Geral de Controle Externo que procedesse inspeção in loco a fim de apurar os fatos delatados na presente denúncia (fls. 1 e 159).

6. Depois da instrução processual e da análise da documentação coletada, a Unidade Técnica desta Corte exarou a seguinte conclusão (fls. 171/181):

“[...]

Da análise dos documentos aportados aos autos, referente a Tomada de Preços nº 002/2011, Processo Administrativo nº 103/2011, objeto “Contratação de uma empresa especializada para ampliação na instalação elétrica de baixa tensão e mureta de medição, da Câmara Municipal de Cabixi” , Contrato nº 002/2011, empresa contratada M.F.Martins – ME, conclui-se pelas seguintes irregularidades:

1) - de responsabilidade do Sr. Osmar Ogrodovczyk, Presidente da Câmara:

1.1) Por inobservar o disposto no Art. 6º, IX da Lei nº 8.666/93, por apresentar o Projeto Básico incompleto, faltam as composições de preços unitários dos serviços, conforme o relato às fls. 172.

1.2) Não cumprir o disposto no Art. 27, V da Lei nº 8.666/1993, por não apresentar (ou não exigir) no edital a proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito anos e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo, na condição de aprendiz a partir de quatorze anos, nos termos dispostos no inciso XXXIII do Art. 7º da Constituição Federal, conforme relato às fls. 172v.

1.3) Não observar ao disposto no Art. 67, § 1º da Lei nº 8.666/1993, por não apresentar anotações em Registro Próprio (Diário de Obras) de todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, conforme relato às fls. 174.

1.4) Inobservar ao disposto no Art. 71, § 2º, III da Lei nº 8.666/1993, alterada pela Lei nº 9.032/95, podendo responder solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários, por não exigir a apresentação da Matricula CEI da obra objeto do Contrato nº 002/2011 e por não exigir a apresentação da GPS ou não promover a retenção de pagamento relativo aos serviços objeto do Contrato, conforme relato às fls. 174v/175.

Em face da Denúncia apresentada pelo Senhor José Rosário Barroso conclui-se:

a) – quanto aos serviços pagos e que o denunciante alega que não foram executados:

a-1) – “item 1.1 – Administração e Controle”, a denúncia não procede, conforme o relato às fls. 176.

a-2) – “item 1.2 – Taxas e Emolumentos”, a Administração deve apresentar a composição de custo unitário deste item, para esclarecimento do que foi pago neste item, como não consta nos autos as composições de custos unitários, a análise ficou prejudicada, conforme os relatos às fls. 176/176v.

a-3) – “item 1.3 – placa da obra (2,00m x 3,00m)”, a denúncia não procede, conforme relato às fls. 176v/177.

a) - quanto ao superfaturamento dos valores dos serviços da obra, a denúncia não procede, conforme os relatos às fls. 177/179.

Em face do exposto acima, entendemos que a denúncia é parcialmente procedente para o item “a-2”, quanto aos demais itens a denúncia é improcedente”.

7. Ao final, o Corpo Técnico, propugnou pela adoção das seguintes providências:

“...à Administração da Câmara Municipal de Cabixi, RO:

1) – Que apresente a composição de custo unitário do “item 1.2 - Taxas e Emolumentos”, da planilha orçamentária da obra.

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2) – Que apresente: a matricula CEI da obra, as guias de recolhimentos GPS (seguridade social/federal), GRF (fundo de garantia/federal) e ISSQN (imposto sobre serviços/municipal) referentes ao contrato.

Observamos que o não acatamento às determinações deste Tribunal, estará o ordenador de despesa sujeito à aplicação de penalidades previstas no inciso IV do artigo 55 da Lei Complementar nº154/96.

Por fim, deverá ser determinado à DIVDP - Divisão de Documento e Protocolo do TCE-RO, para que promova a correção no Sistema de Acompanhamento Processual – SAP e etiquetas do Processo, a alteração da Unidade Jurisdicionada, este Processo foi autuado a Prefeitura Municipal de Cabixi, ao passo que a despesa em análise e o órgão denunciado é a Câmara Municipal de Cabixi, RO”.

8. É o breve relato.

9. Embora a narrativa técnica seja bastante minudente e cuidadosa na descrição dos fatos, o que é elogiável, observa-se que há um ponto falho no relatório que diz respeito à legitimidade passiva que deve ser redefinida, razão pela qual se faz necessária a presente decisão saneadora. Senão, vejamos.

10. Como já mencionado, a Unidade Instrutiva entendeu que o Senhor Osmar Ogrodovczyk (atual Presidente da Câmara Municipal de Cabixi) deveria ser o único e principal responsável pelas irregularidades detectadas no relatório acostado às fls. 171/181. Ocorre que não é possível evidenciar a demonstração de nexo causal e culpa, sequer, em tese, pois à época dos fatos, o mencionado gestor não se encontrava no exercício da função de Chefe do Poder Legislativo Municipal, razão por que não se pode imputar a ele a responsabilidade por todas as falhas apontadas.

11. No presente caso, fácil ver que houve centralização de responsabilidade na pessoa do Chefe do Poder Legislativo Municipal, não se preocupando o Corpo Técnico em demonstrar as condutas que possuem nexo de causalidade com o resultado ilícito. Assim, o Senhor Osmar Ogrodovczyk deve ser excluído do polo passivo do processo.

12. Pois bem.

13. No que diz respeito à incompletude do projeto básico, os documentos acostados às fls. 26/60 indicam, em tese, que a materialização dessa irregularidade decorreu da atuação do Senhor Moacir Gritti (Chefe do Poder Legislativo Municipal à época) e do Senhor Ricardo Dalla Valle (engenheiro), que subscreveram o projeto básico, memorial descritivo e cronograma físico-financeiro. Portanto, deverão ser chamados aos autos para apresentarem justificativas acerca dessa impropriedade.

14. No que tange ao descumprimento ao disposto no art. 27, inciso V, da Lei nº 8.666/93, por não apresentar (ou não exigir) no edital a proibição de trabalho, perigo ou insalubre ao menor de dezoito anos, os documentos carreados aos autos dão conta de que, aparentemente, tal omissão poderia ter sido evitada com uma fiscalização minimamente diligente da Comissão de Licitação – composta por Laureci Terezinha dos Santos (Presidente), Edvino Luiz Stelmach, Cléu de Souza Dutra, Rosimar da Silva e Irma da Silva (Membros) -, que tinha o dever de verificar o atendimento dessa formalidade legal por parte da contratada, uma vez que teve contato direto com o processo de licitação.

15. Outras ilegalidades aventadas, dizem respeito a não confecção do Diário de Ocorrências relativo à execução do contrato (art. 67, § 1º da Lei nº 8.666/93) e a não-demonstração do recolhimento das contribuições previdenciárias relativas à matricula da Obra (CEI), contrariando o art. 71, § 2º da Lei nº 8.666/93.

16. No caso em exame, verifica-se da Cláusula 9º do Contrato nº 002/2011 (fls. 134/138) que competia ao Senhor Henrry Hattori (fiscal da obra) empreender o acompanhamento e a fiscalização da obra em tela, com o fim de certificar a Administração de que se executou o que foi contratado.

17. As provas dos autos revelam, a princípio, que o referido jurisdicionado não fiscalizou com denodo a execução do contrato em discussão.

18. Diante do aludido, imperativo que os supracitados jurisdicionados sejam chamados aos autos para que apresentem justificativas acerca das irregularidades apontadas.

19. Por fim, acolhe-se a recomendação da Unidade Técnica a fim de que seja determinada à DIVDP - Divisão de Documentação e Protocolo do TCE-RO que promova a retificação da capa do processo e do Sistema de Acompanhamento Processual – SAP, substituindo a unidade jurisdicionada Prefeitura Municipal de Cabixi por Câmara Municipal de Cabixi.

20. Em face do exposto, determino ao Departamento do Pleno que promova as seguintes providências:

I – Cite, por mandado de audiência, nos termos do art. 40, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96 c/c o art. 30, § 1º, inciso II, do Regimento Interno, o senhor Moacir Gritti (Chefe do Poder Legislativo Municipal à época) e o senhor Ricardo Dalla Valle (engenheiro) para que, no prazo de 15 (quinze) dias, apresentem justificativas acerca da impropriedade concernente à incompletude do projeto básico;

II – Cite, por mandado de audiência, nos termos do art. 40, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96 c/c o art. 30, § 1º, inciso II, do Regimento Interno, as senhoras Laureci Terezinha dos Santos (Presidente da CPL), Cléu de Souza Dutra, Rosimar da Silva, Irma da Silva e o senhor Edvino Luiz Stelmach (Membros) para que encaminhem a esta Corte justificativas acerca do descumprimento ao disposto no art. 27, inciso V, da Lei nº 8.666/93, por não apresentar (ou não exigir) no edital a proibição de trabalho, perigoso ou insalubre ao menor de dezoito anos;

III – Cite, por mandado de audiência, nos termos do art. 40, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96 c/c o art. 30, § 1º, inciso II, do Regimento Interno, o senhor Henrry Hattori (fiscal da obra) para que se manifeste quanto a não confecção do Diário de Ocorrências, relativo à execução do contrato (art. 67, § 1º da Lei nº 8.66/93) e ao não recolhimento dos encargos previdenciários da obra; e

IV - Determinar à Divisão de Documentação e Protocolo - DIVDP que promova a retificação da capa do processo e do Sistema de Acompanhamento Processual – SAP, substituindo a unidade jurisdicionada Prefeitura Municipal de Cabixi por Câmara Municipal de Cabixi, RO.

É como decido.

Porto Velho, 9 de setembro de 2013.

PAULO CURI NETO Conselheiro Relator

Município de Chupinguaia

ACÓRDÃO

PROCESSO Nº: 1676/2008 INTERESSADO: FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE CHUPINGUAIA ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE CONTAS - EXERCÍCIO DE 2007 RESPONSÁVEIS: PEDRINHO MULLER C.P.F. N. 502.998.759-20 SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE E GESTOR DO FUNDO EMERSON CASAGRANDE CORBARI C.P.F. N. 562.306.132-04 SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE E GESTOR DO FUNDO RELATOR: CONSELHEIRO FRANCISCO CARVALHO DA SILVA

ACÓRDÃO N. 66/2013 – 1ª CÂMARA

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Ementa: Do Julgamento de Contas. Fundo Municipal de Saúde de Chupinguaia. Prestação de Contas. Exercício de 2007. Regular com Ressalvas. Artigos 16, II e 18 da LC n° 154/96. Quitação. Artigo 24, parágrafo único, do RI/TCE-RO. Determinações. Arquivamento. Unanimidade.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da Prestação de Contas do Fundo Municipal de Saúde de Chupinguaia, referente ao exercício de 2007, como tudo dos autos consta.

ACORDAM os Senhores Conselheiros da Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA, por unanimidade de votos, em:

I - Julgar regular com ressalvas, nos termos dos artigos 16, II e 18 da Lei Complementar nº 154/96-TCER, a Prestação de Contas do Fundo Municipal de Saúde de Chupinguaia, exercício de 2007, de responsabilidade dos Senhores Pedrinho Muller (1º.1.2007 a 2.7.2007) e Emerson Casagrande Corbari (23.8.2007 a 31.12.2007), na qualidade de Secretários Municipais e Gestores do Fundo, em virtude das seguintes irregularidades:

a) descumprimento ao artigo 52, alínea “a”, da Constituição Estadual, c/c o artigo 15 da Instrução Normativa nº 13/04/TCE-RO, pela remessa extemporânea das Contas Anuais ao TCE-RO;

b) descumprimento ao art. 53 da Constituição Estadual, c/c o art. 5º da Instrução Normativa nº 19/TCE-RO/2006, por encaminhar ao TCE-RO, intempestivamente, por meio eletrônico, via SIGAP, os balancetes mensais de janeiro, fevereiro, março e dezembro de 2007;

c) descumprimento aos artigos 102 e 103 da Lei Federal nº 4.320/64, c/c a Portaria nº 339/STN/2001, pela elaboração inadequada do Balanço Orçamentário, ao demonstrar a arrecadação de Receita Orçamentária, quando deveria transitar o registro apenas no “Sistema Financeiro” como Receita Extraorçamentária (Transferências Financeiras Recebidas);

d) descumprimento aos artigos 41 e 43 da Lei Complementar nº 4.320/64, c/c o art. 167, inciso V, da CF/88, por não observar rigorosamente a terminologia e técnica legislativa própria dos atos de abertura de créditos adicionais, especialmente quanto à correta e obrigatória indicação dos recursos correspondentes para a abertura de créditos adicionais “Suplementares e Especiais”; e

e) descumprimento à alínea “d” do inciso II do artigo 14 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-04, pelo não envio do Quadro Demonstrativo das Alterações Orçamentárias - Anexo TC-18.

II - Conceder quitação, na forma do art. 24, parágrafo único, do Regimento Interno/TCE-RO, aos Senhores Pedrinho Muller (CPF nº 502.998.759-20) e Emerson Casagrande Corbari (CPF nº 562.306.132-04), na condição de gestores do FMS no exercício de 2007;

III – Determinar ao atual Gestor do Fundo Municipal de Saúde de Chupinguaia que adote providências administrativas nos setores de Planejamento, Contabilidade e Controle Interno, no sentido de:

a) prevenir a reincidência das irregularidades apontadas no item I, alíneas “a”, “b”, “c”, “d” e “e” retro, sob pena das sanções previstas no art. 55 da Lei Complementar 154/96;

b) concretizar a operacionalização do Fundo Municipal de Saúde, em conformidade com o disposto no art. 77, § 3º do ADCT c/c o art.165, § 5º, da CF/88 e art. 71 a 72 da Lei Federal nº 4.320/64, c/c o art. 32 da Lei Complementar nº 141/2012, consignando nos instrumentos de Planejamento (PPA, LDO e LOA) e no Orçamento Municipal, Unidade Orçamentária própria às atividades do Fundo, possibilitando a elaboração dos Demonstrativos Contábeis do FMS de forma individualizada, segregada dos da Secretaria Municipal de Saúde, em atenção ao Parecer Prévio nº 60/2007 - Pleno;

c) adotar a prática de inserir Notas Explicativas no Balanço Orçamentário, evidenciando a movimentação financeira relacionada à execução do orçamento, nos termos do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, Parte V - DCACP, Balanço Orçamentário – Análise e item 39 da NBC 16.6 – Demonstrações Contábeis (Resolução nº1.133/08, e alterações); e

d) cientificar o atual responsável pelo Controle Interno Municipal acerca do teor da Súmula nº 04/2010-TCER, que trata da obrigatoriedade de manifestação desse órgão nas Contas Anuais - a partir do exercício de 2010 - sob pena de julgamento irregular das Contas, alertando-o, ainda, da importância dos deveres a ele afetos na forma preconizada no artigo 74 da CF e NBC.T 16.8, bem como de que o pronunciamento pela Regularidade de Contas, no caso da existência de flagrantes ilegalidades na Gestão, o tornará corresponsável pelos atos inquinados.

IV – Dar ciência deste Acordão aos interessados e ao atual Gestor do Fundo Municipal de Saúde de Chupinguaia, informando-lhes, que o Voto e o Parecer Ministerial, em seu inteiro teor, encontram-se disponíveis no sítio deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br); e

V - Arquivar os autos, após os trâmites legais.

Participaram da Sessão os Conselheiros EDÍLSON DE SOUSA SILVA e FRANCISCO CARVALHO DA SILVA (Relator); os Conselheiros-Substitutos OMAR PIRES DIAS e FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA; o Conselheiro Presidente da Primeira Câmara, BENEDITO ANTÔNIO ALVES; o Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS.

Sala das Sessões, 3 de setembro de 2013.

BENEDITO ANTÔNIO ALVES Conselheiro Presidente da Primeira Câmara FRANCISCO CARVALHO DA SILVA Conselheiro Relator ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS Procurador do M. P. junto ao TCE-RO

Município de Jaru

DECISÃO

PROCESSO Nº: 4724/06 INTERESSADO: OTACÍLIO JAIRO DE OLIVEIRA (CÔNJUGE) CPF N. 350.470.389-04 ASSUNTO: PENSÃO ORIGEM: INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE JARU RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

DECISÃO Nº 311/2013 – 2ª CÂMARA

EMENTA: ATOS DE PESSOAL. PENSÃO MUNICIPAL VITALÍCIA. BENEFÍCIO DECORRENTE DE MORTE. APLICABILIDADE DAS REGRAS VIGENTES AO TEMPO DO ÓBITO DA EX-SEGURADA. RETIFICAÇÃO DE ATO CONCESSÓRIO. PUBLICAÇÃO EM IMPRENSA OFICIAL. REGISTRO. ARQUIVAMENTO.

1. Comprovada a condição de beneficiário, no caso, de cônjuge supérstite, deve ser reconhecido o direito à pensão vitalícia. Conforme precedentes desta Corte de Contas, o regime jurídico a ser aplicado no caso da concessão das pensões é aquele vigente no momento do óbito da ex-segurada.

2. Cumpridas as retificações determinadas anteriormente e verificada a legalidade do ato concessório, deve esse ser registrado para gerar seus legais e jurídicos efeitos. UNANIMIDADE.

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21 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 512 ano III quarta-feira, 11 de setembro de 2013

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Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da pensão concedida ao Senhor Otacílio Jairo de Oliveira (cônjuge), beneficiário da ex-servidora Maria Vitorina Dias de Oliveira, como tudo dos autos consta.

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, decide:

I – Considerar legal o ato que concedeu Pensão por Morte ao Senhor Otacílio Jairo de Oliveira (marido), em razão do óbito da ex-segurada, Senhora Maria Vitorina dias de Oliveira, nos termos do art. 40, § 7º e § 8º, da Constituição Federal, com redação determinada pela Emenda Constitucional n. 20/98, c/c o art. 3º da Emenda Constitucional n. 41/03, art. 106, I, da Lei Municipal n. 850/2005;

II – Conceder o registro do ato que trata o item anterior nos termos do artigo 49, III, “b”, da Constituição Estadual, combinado com o artigo 37, II, da Lei Complementar n. 154/1996 e o artigo 54 do Regimento Interno desta Corte de Contas;

III – Dar conhecimento desta Decisão aos interessados; e

IV – Arquivar o feito.

Participaram da Sessão o Conselheiro PAULO CURI NETO; o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator); o Conselheiro Presidente da 2ª Câmara VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA; o Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA; o Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA.

Sala das Sessões, 28 de agosto de 2013.

VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Presidente da 2ª Câmara WILBER CARLOS DOS S. COIMBRA Conselheiro Relator SÉRGIO UBIRATÃ M. DE MOURA Procurador do M.P. junto ao TCE-RO

Município de Ji-Paraná

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO Nº 3661/2008 UNIDADE: FUNDO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ ASSUNTO: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ COM PROVENTOS INTEGRAIS INTERESSADO: SEBASTIANA FERREIRA SILVA RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA n° 097/2013/TCE/RO

EMENTA: APOSENTADORIA POR INVALIDEZ COM PROVENTOS INTEGRAIS. TCE. DECLARAÇÃO DE NÃO ACUMULAÇÃO OU ACUMULAÇÃO LÍCITA DE CARGOS PÚBLICOS. DETERMINAÇÃO. SOBRESTAMENTO DOS AUTOS PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO.

Cuidam os autos da análise, para fins de registro, do ato concessório de aposentadoria por invalidez com proventos integrais, da Senhora SEBASTIANA FERREIRA SILVA , no cargo de Agente de Limpeza Urbana, matricula nº 11.813, com carga horária 40 horas semanais, pertencente ao quadro de funcionário públicos do Município de Ji-Paraná.

Destarte, considerando os fundamentos expendidos, com amparo no inciso IX, do art. 71, da Constituição Federal combinado com art. 108-A do Regimento Interno deste Tribunal, prolato a presente Decisão Monocrática:

I - Determinar ao Diretor-Presidente do Fundo de Previdência Social do Município de Ji-Paraná para que, no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir da notificação desta Decisão, encaminhe a esta Corte, declaração de não acumulação remunerada de cargos, empregos, funções públicas e proventos ou de acumulação legal, assinada pela servidora SEBASTIANA FERREIRA SILVA, conforme determinação prescrita no inciso VIII, do artigo 26, da Instrução Normativa nº 13-TCER/2004;

II - Alertar ao Diretor-Presidente do Fundo de Previdência Social do Município de Ji-Paraná, que o não atendimento a essa decisão o torna passivo da cominação das penas previstas na Lei Complementar nº 154/96 e na legislação correlata;

III - Determinar à Assistente de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, nos termos da Recomendação nº 12/2012-GCOR, publicada no D.O.E. TCE-RO nº 250, de 31.7.2012, sobrestando os presentes autos neste Gabinete, para acompanhamento e posterior análise do feito.

Publique-se,

Cumpra-se.

Porto Velho, 09 de setembro de 2013.

DAVI DANTAS DA SILVA Conselheiro Substituto Relator

Município de Porto Velho

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 1610/2013 ASSUNTO: Prestação de Contas – exercício 2013 INTERESSADOS: Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal UNIDADE: Prefeitura Municipal de Porto Velho RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 189/2013/GCWCSC

I - DO RELATÓRIO

Versam os presentes autos sobre a Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de Porto Velho, referente ao exercício de 2012, sujeita ao regime de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial deste Tribunal, de responsabilidade do Sr. Roberto Eduardo Sobrinho – Prefeito, atendendo às disposições pertinentes à matéria.

02. A referida Prestação de Contas aportou intempestivamente nesta Corte Fiscalizadora no dia 4.4.2013, sendo protocolada sob nº 4028/2013, aposto no verso do Oficio nº 39/2013-DEC/SEMFAZ, acostado aos autos à fl. 01, constituindo o processo supra, não cumprindo, portanto, o prazo previsto no art. 52, alínea “a”, da Constituição Estadual.

03. Em análise inaugural, o Corpo Instrutivo (fls. 3193/3216) sugeriu que o gestor fosse chamado ao processo, em obediência ao princípio da ampla defesa e do contraditório, com fins a promover a devida justificativa de impropriedades detectadas.

04. Com base no Relatório Técnico acima exposto, foi exarado o Despacho de Definição de Responsabilidade de nº. 045/2013/GCWCSC.

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05. Porém, observou-se que o Corpo Instrutivo emitiu novo Relatório acostado às fls. 3823/3874 dos autos, onde reanalisou alguns itens e substituiu o responsável pela imputação designada no item 14.9 do documento anterior.

É o sucinto relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

05. Como visto, trata-se da Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de Porto Velho, referente ao exercício de 2012, de responsabilidade do Sr. Roberto Eduardo Sobrinho, então Prefeito Municipal.

06. Extrai-se dos autos que O Corpo Técnico emitiu parecer preliminar (fls. 3193/3216), onde detectou algumas impropriedades, o que originou o DDR 045/2013/GCWCSC, por parte deste relator.

07. Contudo, observo que o Controle Instrutivo, em segunda análise, emitiu novo Relatório Técnico, às fls. 3823/3874 dos autos, onde reanalisou as informações sobre itens denominados “Fins de mandato”, “gastos com saúde” e “educação”, em cumprimento ao despacho acostado à fl. 3218 dos autos, onde foi determinada a realização de diligências objetivando instruir os autos, devido à inconsistências das informações encaminhadas pela municipalidade.

08. Assim, é inequívoco admitir que houveram erros, quanto ao responsável pela impropriedade consubstanciada no item 14.9 do DDR 045/2013/GCWCSC, onde responsabilizou o atual prefeito, o Sr. Mauro Nazif Rasul, quando deveria ser o Sr. Roberto Eduardo Sobrinho, Prefeito à época dos fatos, que deveria defender-se sobre os fatos.

09. Portanto, considerando o equívoco formal, o que acima se referiu, há de se tornar sem efeito o DDR 045/2013/GCWCSC, tendo em vista que dele não decorrem direitos, eis que maculado pelo vício de ilegalidade.

III – DO DISPOSITIVO

09. Ante o exposto, pelos fundamentos lançados em linhas pretéritas, exerço juízo de retratação e, por consequência, TORNO SEM EFEITO o teor constante do DDR 045/2013/GCWCSC, e expeço novo DDR, em substituição ao que ora torno sem efeito.

I – JUNTE-SE esta Decisão aos autos em epígrafe;

II - PUBLIQUE-SE na forma da lei de regência;

III – SOBRESTEM-SE os autos no Departamento do Pleno deste Tribunal, para adoção do que ora se determina;

À Assistência de Gabinete, para que cumpra, adotando, para tanto, todas as medidas legalmente cabíveis.

Porto Velho-RO, 10 de setembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO EM DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADE

PROCESSO N.: 01610/2013 ASSUNTO: Prestação de Contas – Exercício de 2012 UNIDADE: Prefeitura Municipal de Porto Velho RESPONSÁVEL: Roberto Eduardo Sobrinho – Prefeito Municipal RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DESPACHO DE DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADE DDR Nº. 048/2013/GCWCSC

I – DA ANÁLISE PRELIMINAR DOS AUTOS

Versam os presentes autos sobre a Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de Porto Velho, referente ao exercício de 2012, sujeita ao regime de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial deste Tribunal, de responsabilidade do Sr. Roberto Eduardo Sobrinho – Prefeito, atendendo às disposições pertinentes à matéria.

02. Em análise, o Corpo Instrutivo (fls. 3823/3874) sugeriu que o gestor fosse chamado ao processo, em obediência ao princípio da ampla defesa e do contraditório, com fins a promover a devida justificativa de impropriedades detectadas, conforme fragmento descrito abaixo, in verbis:

6 – CONCLUSÃO

Após a instrução da Prestação de Contas do Exercício de 2012, da Prefeitura Municipal de Porto Velho - RO, sob a responsabilidade do Excelentíssimo Senhor ROBERTO EDUARDO SOBRINHO - Prefeito Municipal no período de 01.01 a 31.12.2012, consolidamos as irregularidades detectadas anteriormente apontadas na Conclusão do relatório técnico às fls. 3193/3216 com as detectadas no presente relatório, na forma a seguir expressa:

a) Prestação de Contas

6.1 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ROBERTO EDUARDO SOBRINHO - PREFEITO MUNICIPAL, CPF 670.803.752-15:

1 - Infringência ao art. 167, II e V, da Constituição Federal c/c artigo 43 da Lei Federal 4.320/64, em razão da abertura de créditos adicionais por conta de recursos inexistentes e/ou fictícios na cifra, de R$125.068.874,91 (cento e vinte e cinco milhões, sessenta e oito mil, oitocentos e setenta e quatro reais e noventa e um centavos), tendo indicado como fonte: R$71.000.563,01 (setenta e um milhão quinhentos e sessenta e três reais e um centavo) - excesso de arrecadação e R$54.068.311,90 (cinquenta e quatro milhões, sessenta e oito mil, trezentos e onze reais e noventa centavos) - operações de crédito, conforme análise efetuada no item 3.4.1 do relatório anterior fls. 3193/3216;

2 - Descumprimento ao disposto no artigo 6º, inciso “I” da Lei Municipal nº 1.979/2011, c/c o art. 167, V, da CF/88, em virtude de abertura de Créditos Adicionais Suplementares sem autorização Legislativa, no montante de R$290.246.629,14 (duzentos e noventa milhões duzentos e quarenta e seis mil seiscentos e vinte e nove reais e quatorze centavos), conforme análise efetuada no item 3.4.1.1 do relatório anterior fls. 3193/3216.

6.2 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ROBERTO EDUARDO SOBRINHO - PREFEITO MUNICIPAL, CPF 670.803.752-15; SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA MARIA DE FÁTIMA FERREIRA DE OLIVEIRA – SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO, CPF 408.845.702-15 (PERÍODO 01.01 A 01.04 E 15.10 A 31.12); ÂNGELA MARIA AGUIAR DA SILVA – SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO, CPF 612.623.662-91 (PERÍODO 02.04 A 14.10) E A SENHORA ELÍSIA ROSAS DE LUNA – CONTADORA, CPF N. 192.327.802-91:

1 - Infringência ao artigo 212 da Constituição Federal, no que tange a aplicação dos 25%, no Ensino Fundamental, pois constatamos que o Município em análise aplicou o montante de R$85.281.715,75 (oitenta e cinco milhões, duzentos e oitenta e um mil, setecentos e quinze reais e setenta e cinco centavos), correspondente ao percentual de 15,26%, portanto abaixo do mínimo legal exigido, conforme análise efetuada no item 2.1.2 do presente Relatório Técnico;

2 - Infringência ao caput do artigo 6º da Instrução Normativa nº 22/TCERO, por inserir no Anexo VI, despesas no valor de R$6.688.898,38 (seis milhões, seiscentos e oitenta e oito mil, oitocentos e noventa e oito reais e trinta e oito centavos), que se trata de despesas de exercícios anteriores incluídas como Restos a Pagar com recursos vinculados aos gastos com Manutenção e Desenvolvimento de Ensino, no exercício de 2012, conforme análise efetuada no item 2.1.2, do presente Relatório Técnico;

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3 - Infringência ao caput do artigo 6º da Instrução Normativa nº 22/TCERO, por inserir nos Anexos II e III-A, despesas no valor de R$57.474.089,48 (cinquenta e sete milhões, quatrocentos e setenta e quatro mil, oitenta e nove reais e quarenta e oito centavos), que se trata de despesas de exercícios anteriores a 2012 incluídas nos gastos com Manutenção e Desenvolvimento de Ensino, no exercício de 2012 e por incluir também gastos com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Infantil, utilizando projeto atividade não previsto na Lei Municipal nº 1.979/2011, conforme análise efetuada no item 2.1.2, do presente Relatório Técnico;

4 - Descumprimento às normas inseridas no artigo 60 dos ADCT da Constituição Federal e artigo 22, § único e incisos da Lei Federal nº 11.494/07 c/c os artigos 9º e 10, incisos e parágrafo único da Instrução Normativa nº 22/TCE-RO-2007, no que tange a aplicação dos 60%, na remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública e 40% nas despesas consideradas como de manutenção e desenvolvimento do ensino básico, na forma do art. 70 da Lei nº 9.394/96, pois constatamos que o Município em análise aplicou o montante de R$51.347.180,02 (cinquenta e um milhões, trezentos e quarenta e sete mil, cento e oitenta reais e dois centavos), correspondendo ao percentual de 51,02% e R$9.054.414,41 (nove milhões, cinquenta e quatro mil, quatrocentos e quatorze reais e quarenta e um centavos), que equivale a 9,00%, portanto abaixo do mínimo legal exigido, conforme análise efetuada no item 2.2.1 do presente Relatório Técnico;

5 - Descumprimento do artigo 14, § 4º, da Instrução Normativa nº 22/2007 c/c a Lei Municipal nº 1.979/2011, por incluir no Anexo VIII - Demonstrativo da Despesa Paga com Recursos do FUNDEB na remuneração dos profissionais do magistério (60%) R$23.313.993,29 (vinte e três milhões, trezentos e treze mil, novecentos e noventa e três reais e vinte e nove centavos), conforme quadro 7 e R$17.305.176,22 (dezessete milhões, trezentos e cinco mil, cento e setenta e seis reais e vinte e dois centavos), conforme quadro 8, no Anexo IX - Demonstrativo das Despesas Pagas com Recursos do FUNDEB na Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (40%)”, despesas que não correspondem ao seu respectivo projeto atividade, totalizando R$40.619.169,51 (quarenta milhões, seiscentos e dezenove mil, cento e sessenta e nove reais e cinquenta e um centavos), conforme quadro 9, que pode ser visualizado na análise efetuada no item 2.2.1 do presente Relatório Técnico;

6 - Descumprimento do art. 21, parágrafo 2º da Lei Federal nº 11.494/2007, por entesourar acima do limite máximo estabelecido de recursos do FUNDEB, conforme item 4.2.2 deste Relatório Técnico:

PERCENTUAL DE ENTESOURAMENTO (RECURSOS NÃO UTILIZADOS) VALOR (R$)

A - Recursos Recebidos do FUNDEB 100.264.031,36

B – Entesouramento (Recursos não comprometidos) 5.614.133,39

Percentual (B/A)*100 5,60%

Situação: Irregular

6.3 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ROBERTO EDUARDO SOBRINHO - PREFEITO MUNICIPAL, CPF 670.803.752-15; SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR WILLIAMES PIMENTEL DE OLIVEIRA – SECRETÁRIO DE SAÚDE, CPF 085.341.442-49 (PERÍODO 01.01 A 20.11); ANGELA RIBEIRO DE SOUZA – SECRETÁRIA DE SAÚDE, CPF 758.245.907-53 (PERÍODO 21.11 A 31.12) E A SENHORA ELÍSIA ROSAS DE LUNA – CONTADORA, CPF N. 192.327.802-91:

1 - Descumprimento do artigo 198, § 2º da Constituição Federal c/c o art. 20 da Instrução Normativa nº 22/TCER-2007, por inserir despesas em ações e serviços públicos de saúde de exercícios anteriores no Anexo XIII-A, num total de R$6.022.182,47 (seis milhões, vinte e dois mil, cento e oitenta e dois reais e quarenta e sete centavos), que já foi objeto de computo para a aplicação em Gastos e Ações Públicas de Saúde em seus respectivos exercícios, conforme análise efetuada no item 3.1.2, do presente Relatório Técnico;

2 - Descumprimento do artigo 198, § 2º da Constituição Federal c/c art. 20º da Instrução Normativa nº 22/TCER-2007, por inscrever R$11.414,50 (onze mil, quatrocentos e quatorze reais e cinquenta centavos) de Restos a Pagar de exercícios anteriores a 2012 na relação de Restos a Pagar do exercício de 2012 – Anexo XVI, bem como o valor R$52.152,47 (cinquenta e dois mil, cento e cinquenta e dois reais e quarenta e sete centavos), que foi inscrito como restos a pagar do exercício de 2012, que não foram pagas até o final do 1º trimestre descumprindo assim o artigo 2º da Instrução Normativa nº 27/TCER-2007, conforme análise efetuada no item 3.1.2, do presente Relatório Técnico.

6.4 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR MAURO NAZIF RASUL - PREFEITO MUNICIPAL, CPF 701.620.007-82; SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA ELÍSIA ROSAS DE LUNA – CONTADORA, CPF N. 192.327.802-91:

1 - Infringência ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, devido ao encaminhamento intempestivo da Prestação de Contas Anual, conforme demonstrado no item 2, subitem 20 do relatório anterior fls. 3193/3216;

2 – Infringência ao art. 52, alínea “a”, da Constituição Estadual c/c parágrafo único do artigo 70 da Constituição Federal e artigo 13 da Instrução Normativa nº. 13/TCERO-04, em razão do encaminhamento intempestivo do Balanço Geral do Município, conforme demonstrado no item 1, item 2, subitem 29 do relatório anterior fls. 3193/3216;

3 - Infringência a alínea "h" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pois os documentos encaminhados, relativamente ao Inventário físico-financeiro dos bens móveis (anexo TC-15), não apresentam conformidade com a supracitada Instrução Normativa, conforme demonstrado no item 2, subitem 8, do relatório anterior fls. 3193/3216;

4 - Infringência a alínea "i" do inciso VI, do artigo 11 da Instrução Normativa nº 013/TCERO-2004, pois os documentos encaminhados, relativamente ao Inventário físico-financeiro dos bens imóveis (anexo TC-16), não apresentam conformidade com a supracitada Instrução Normativa, conforme demonstrado no item 2, subitem 9, do relatório anterior fls. 3193/3216;

5 - Infringência ao artigo 53 da Constituição Estadual c/c artigo 5º da Instrução Normativa nº 019/TCERO-2006, devido ao encaminhamento intempestivo do Balancete mensal de dezembro de 2012, conforme demonstrado no item 2, subitem 20 do relatório anterior fls. 3193/3216;

6 - Descumprimento ao inciso VI do artigo 13 da Instrução Normativa nº 022/TCERO-2007, devido à ausência de encaminhamento do Ato de designação dos responsáveis pela movimentação financeira da Educação, conforme demonstrado no item 2, subitem 24 do relatório anterior fls. 3193/3216;

7 - Descumprimento ao §3º do artigo 14 da Instrução Normativa nº. 022/TCERO-07, devido à ausência de encaminhamento do Parecer do conselho de acompanhamento e controle social responsável pelo FUNDEB, conforme demonstrado no item 2, subitem 25 do relatório anterior fls. 3193/3216;

8 - Descumprimento da alínea “a” do inciso II do artigo 22 da Instrução Normativa nº. 22/TCERO-07, em razão da ausência de encaminhamento do ato de designação ou indicação dos responsáveis pela movimentação das contas do Fundo Municipal de Saúde, item 2, subitem 27 do relatório anterior fls. 3193/3216;

9 – Descumprimento do art. 85 c/c 89 da Lei Federal nº 4.320/64, pela diferença de R$268.467,29 (duzentos e sessenta e oito mil, quatrocentos e sessenta e sete reais e vinte e nove centavos), registrada a maior, comparado com o montante informado pelo Governo Federal, no site www.stn.fazenda.gov.br, fl. 3819 dos autos, é de R$99.995.564,07 (noventa e nove milhões, novecentos e noventa e cinco mil, quinhentos e sessenta e quatro reais e sete centavos) e o registro da receita recebida da Municipalidade no montante de R$100.264.031,36 (cem milhões, duzentos

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e sessenta e quatro mil, trinta e um reais e trinta e seis centavos), fl. 16, conforme análise efetuada no item 2.2.1 do presente Relatório Técnico.

10 - Infringência ao artigo 85 e 89 da Lei Federal nº 4.320/64, em razão da diferença de R$663.277,79 (seiscentos e sessenta e três mil, duzentos e setenta e sete reais e setenta e nove centavos), entre os valores apurados pelo Corpo Técnico e os registrados no Anexo TC 22 – Demonstrativo das Contas do Ativo Financeiro Realizável, conforme análise efetuada no item 6.2 “a”, do relatório anterior fls. 3193/3216;

11 - Infringência ao artigo 85 e 103 da Lei Federal nº 4.320/64, em razão da movimentação da conta “Depósitos” registrada no Balanço Financeiro – Anexo 13 da Lei Federal nº 4.320/64, de R$8.859.360,39 (oito milhões, oitocentos e cinquenta e nove mil, trezentos e sessenta reais e trinta e nove centavos), não concilia com os registros discriminados no Balanço Patrimonial e Demonstrativo da Dívida Flutuante – Anexo 17 da Lei Federal nº 4.320/64, com saldo de R$8.860.561,03 (oito milhões, oitocentos e sessenta mil, quinhentos e sessenta e um real e três centavos), apresentando a divergência de R$1.200,64 (um mil e duzentos reais e sessenta e quatro centavos), conforme análise efetuada no item 6.2 “c” do relatório anterior fls. 3193/3216;

12 - Infringência ao artigo 85 e 103 da Lei Federal nº 4.320/64, em virtude de diferença de R$8.628.760,02 (oito milhões, seiscentos e vinte e oito mil, setecentos e sessenta reais e dois centavos), apurada entre as contas apresentadas no Balanço Financeiro e os saldos das contas componentes do Ativo Financeiro Realizável e contas referentes à Dívida Flutuante, caracterizando descontrole contábil, conforme análise efetuada no item 6.2.1 do relatório anterior fls. 3193/3216;

13 - Infringência aos artigos 85, 101 e 103 da Lei Federal nº 4.320 de 17 de março de 1964, por não evidenciar de forma a permitir o devido acompanhamento da conta “ajustes de exercícios anteriores”, conforme análise efetuada no item 6.2.1 do relatório anterior fls. 3193/3216;

14 - Descumprimento aos preceitos incertos nos artigos 85, 89 e inciso II do artigo 105 da Lei Federal nº 4.320/64, em virtude da diferença aritmética de R$2.774.903,79 (dois milhões, setecentos e setenta e quatro mil, novecentos e três reais e setenta e nove centavos), apurada entre o valor da inscrição de R$40.056.061,61 (quarenta milhões, cinquenta e seis mil, sessenta e um reais e sessenta e um centavos) e o valor constante no Inventário Físico-Financeiro dos Bens Móveis de R$37.281.157,82 (trinta e sete milhões, duzentos e oitenta e um mil, cento e cinquenta e sete reais e oitenta e dois centavos), conforme evidenciado no item 6.3 “a” do relatório anterior fls. 3193/3216;

15 - Descumprimento aos preceitos incertos nos artigos 85, 89 e 105 inciso II da Lei Federal nº 4.320/64, pela diferença de R$5.078.433,57 (cinco milhões, setenta e oito mil, quatrocentos e trinta e três reais e cinquenta e sete centavos), apurada entre o valor da inscrição de R$25.300.585,08 (vinte e cinco milhões, trezentos mil, quinhentos e oitenta e cinco reais e oito centavos), constantes na Demonstração das Variações Patrimoniais – DVP, fl. 413 e o constante na relação dos contribuintes inscritos em dívida ativa apresentado em CD - à fl. 2912, de R$30.379.018,65 (trinta milhões, trezentos e setenta e nove mil, dezoito reais e sessenta e cinco centavos), conforme evidenciado no item 6.3 “c” do relatório anterior fls. 3193/3216;

16 - Descumprimento aos artigos 85, 89 e 105 § 4º da Lei Federal nº 4.320/64, por não evidenciar a real movimentação do Demonstrativo da Dívida Fundada – Anexo 16, no Demonstrativo das Variações Patrimoniais – Anexo 15, conforme evidenciado no item 6.5 do relatório anterior fls. 3193/3216;

17 - Descumprimento dos arts. 85 e 89 da Lei Federal nº 4.320/64, bem como ao art. 165, § 5º, I e II da Constituição Federal c/c art. 1º da Lei Municipal nº 1.979/2011, por não evidenciar os fatos ligados à administração financeira e patrimonial da EMDUR, conforme evidenciado no item 11 do relatório anterior fls. 3193/3216.

6.5 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ROBERTO EDUARDO SOBRINHO - PREFEITO MUNICIPAL, CPF 670.803.752-15; SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA CRÍCELIA FROES SIMÕES – CONTROLADORA GERAL DO MUNICÍPIO, CPF 711.386.509-78:

1 - Descumprimento ao art. 2º, I a IV e art. 11, V, b, da Instrução Normativa nº 13/2004-TCERO c/c o art. 9º, III, 46, 47 e 48, § 2º, da Lei Complementar Estadual nº 154/96 e art. 74, I a IV, da Constituição Federal, pela deficiência na atuação desse importante órgão de suporte à gestão municipal, uma vez que os supracitados relatórios limitaram-se a descrever as atividades realizadas pela Controladoria Geral do Município, sem fazer nenhuma menção e/ou avaliação em relação ao cumprimento das diretrizes e metas estabelecidas nos instrumento de planejamento (PPA, LDO e LOA), conforme demonstrado no item 9, do relatório anterior fls. 3193/3216.

b) Informações de Fim de Mandato

6.6 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ROBERTO EDUARDO SOBRINHO - PREFEITO MUNICIPAL, CPF 670.803.752-15; SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA ELÍSIA ROSAS DE LUNA – CONTADORA, CPF N. 192.327.802-91:

1 - Descumprimento ao artigo 42, da Lei Complementar nº 101/2000, por contrair despesa nos últimos dois quadrimestres do seu mandato sem que haja suficiente disponibilidade de caixa, conforme demonstrado em Despesas de Exercícios Anteriores que foram liquidadas com recursos do exercício de 2013, bem como, por deixar de inscrever em restos a pagar obrigações sem o respectivo recurso correspondente, nas fontes de recursos relacionadas no quadro abaixo, que totaliza o valor de R$8.116.623,19 (oito milhões, cento e dezesseis mil, seiscentos e vinte e três reais e dezenove centavos), caracterizado inscrição de restos apagar por fonte de recursos sem a existência de recursos financeiros suficientes para sua cobertura, conforme análise do item 5.1 do presente Relatório Técnico:

6.7 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ROBERTO EDUARDO SOBRINHO - PREFEITO MUNICIPAL, CPF 670.803.752-15:

1 - Descumprimento ao artigo 21, parágrafo único da Lei Complementar nº 101/2000, pela contratação de pessoal ocorrida entre o período de 5.7 a 31.12.2012 que resultou no aumento da despesa com pessoal nos últimos 180 (cento e oitenta) dias do fim de mandato, conforme item 5.2.1 do presente Relatório Técnico.

c) Gestão Fiscal (REMANESCENTES DO PROCESSO Nº 0856/TCER-2012)

6.8 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ROBERTO EDUARDO SOBRINHO - PREFEITO MUNICIPAL, CPF 670.803.752-15; SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA ELÍSIA ROSAS DE LUNA – CONTADORA, CPF N. 192.327.802-91:

1 – Descumprimento artigos 52 e 53 c/c § 1º do artigo 2º da Lei Complementar nº 101/00 c/c artigo 3º da Instrução Normativa 018/TCE-RO-2006 c/c, em razão do envio intempestivo na remessa do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (5º bimestre), conforme item 8 do relatório anterior fls. 3193/3216 e item 2.b do Relatório de Gestão Fiscal.

6.9 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR MAURO NAZIF RASUL - PREFEITO MUNICIPAL, CPF 701.620.007-82; SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA ELÍSIA ROSAS DE LUNA – CONTADORA, CPF N. 192.327.802-91:

1 - Descumprimento artigos 52 e 53 c/c § 1º do artigo 2º da Lei Complementar nº 101/00 c/c artigo 3º da Instrução Normativa 018/TCE-RO-2006 c/c, em razão do envio intempestivo na remessa do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (6º bimestre), conforme item 8 do relatório anterior fls. 3193/3216 e item 2.b do Relatório de Gestão Fiscal;

2 - Descumprimento dos artigos 54 e 55, § 2º da Lei Complementar nº 101/00 c/c 53 c/c § 1º do artigo 2º c/c artigo 3º da Instrução Normativa 18/TCE-RO-2006, pelo envio intempestivo na remessa do Relatório de Gestão Fiscal (3º quadrimestre), ao TCE/RO, conforme item 8 do relatório anterior fls. 3193/3216 e item 2.c do Relatório de Gestão Fiscal;

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3 - Descumprimento da LRF arts. 13 c/c 11 e parágrafo único e art. 8º, II da IN nº 018/TCE-RO/2006, pela remessa intempestiva do Relatório anual especificando as medidas de combate à evasão e à sonegação de tributos de competência do Município, conforme item 8 do relatório anterior fls. 3193/3216 e item 3.4 do Relatório de Gestão Fiscal.

É, em resumo, o relatório.

II – DOS FUNDAMENTOS INDICIÁRIOS DA PROVA PRELIMINAR

II.I – Preliminarmente

03. Com efeito, os atos administrativos, que importem em obrigação de fazer ou não fazer regrados pelo direito positivo, devem trazer em seu bojo, necessariamente, o agente competente, a finalidade pública, a forma prescrita em lei, o motivo da prática do ato, e por fim, o objeto do ato, que se caracteriza com o serviço público que deve ser prestado pelo Estado, sempre em benefício da coletividade.

04. A Unidade Técnica desta Corte possui competência, como órgão integrante de sua estrutura, por seus agentes, para exercer a análise técnica, como controle externo dos atos praticados pela Administração Pública; a finalidade da análise preliminar é a boa gestão dos recursos públicos, com ênfase na eficiência e economicidade da despesa, bem como a forma de apreciação é escrita para oportunizar o contraditório, o motivo da análise preliminar advém de determinação legal, que consiste no envio do procedimento como Fato da Administração; e, por fim, o objeto da análise, se perfaz no controle externo fiscalizatório contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da Unidade Estatal.

05. Destarte, tenho que os requisitos legais de admissibilidade procedimental foram preenchidos, razão pela qual recebo o Relatório Técnico de fls. 3823/3874 e, determino seu processamento, na forma da lei.

II.II – Das irregularidades meritórias

06. De início, faço consignar, que a presente fase processual serve, tão-só, para admitir, em juízo perfunctório, se os ilícitos administrativos, apontados pela Unidade Técnica, na análise documental preliminar, possuem ou não plausibilidade jurídica, consistente em materialidade e indícios suficientes de quem é o responsável por sua prática, bem como o nexo causal entre a conduta e o resultado ilícito a ensejar a abertura de contraditório e amplitude defensiva aos jurisdicionados.

07. Assim, com estes fundamentos preambulares, passo a apreciar, em juízo preliminar, a materialidade dos atos praticados, quer sejam atos administrativos ou atos da administração, bem como os indícios de autoria/responsabilidade dos agentes públicos ou particular delegatório de serviço público, como sujeitos do processo.

08. A irregularidade administrativa identificada no Relatório Técnico de fls. 3823/3874, nos autos em epígrafe, classificada como sanável, imputada aos responsáveis, é descrita na legislação específica como irregularidade administrativa; se de fato a irregularidade irrogada persistir, prima facie, pode levar à responsabilização dos agentes relacionados na Peça Técnica, a ser concretizada por sansão pecuniária individual.

09. Há que se registrar, entretanto, que os processos no âmbito das Cortes de Contas, à luz do ordenamento jurídico brasileiro, possuem natureza administrativa especial, e, por essa condição, submetem-se ao disposto na cláusula insculpida no art. 5º, LV, da Constituição Federal vigente, como direito fundamental da pessoa humana acusada.

10 Assim, visto que a imputação formulada por intermédio da Unidade Técnica, relatório acostado às fls. 3823/3874, possui viés acusatório, há que se facultar o prazo da lei, cuja comunicação deverá ser levada à efeito, pelo Departamento do Pleno desta Corte, via expedição de MANDADO DE AUDIÊNCIA, para que os jurisdicionados apresentem razões de justificativa ou a tese defensiva que entender de direito, podendo, inclusive,

juntar documentos na forma do regramento legal, tudo em atenção ao devido processo legal, norma de cogência constitucional.

11. Ante o exposto, DETERMINO ao Departamento do Pleno desta Corte, que promova a AUDIÊNCIA por competente MANDADO DE AUDIÊNCIA dos jurisdicionados qualificados no relatório técnico de fls. 3823/3874, cuja peça técnica passa a ser elemento integrante do presente Despacho de Definição de Responsabilidade, para que, querendo:

I – OFEREÇAM manifestação de justificativa, por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias, contados a partir da notificação pessoal, na forma do art. 97 do Regimento Interno do TCE/RO, cuja defesa poderá ser instruída com documentos, bem como poderá alegar o que entender de direito, nos termos da legislação processual, em face das irregularidades indiciárias apontadas pela Unidade Técnica, conforme Relatório de fls. 3823/3874, anexo;

II - ALERTE-SE os responsáveis, devendo o Departamento registrar em relevo nos referidos MANDADOS, que a não-apresentação de razões de justificativas, ou sua apresentação intempestiva, como ônus processual, reputar-se-ão como verdadeiras as irregularidades indiciárias imputadas aos jurisdicionados, com decretação de revelia, com fundamento no art. 12, § 3º, da LC 154/96, c./c art. 19, § 5º, do RITC-RO, e art. 319 do Código de Processo Civil, do que poderá resultar no julgamento irregular das contas prestadas, com a eventual imputação de débito e multa, na forma do art. 54 da Lei Complementar Estadual n. 154/96, c/c o art. 102 do Regimento Interno, ou, a aplicação de multa por ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, com espeque no art. 55, II, da Lei Complementar Estadual n. 154/96, c/c o disposto no art. 103 do RITC-RO.

III – ANEXE-SE ao MANDADO DE AUDIÊNCIA, o presente Despacho de Definição de Responsabilidade, bem como o Relatório Técnico de fls. 3823/3874, para facultar aos jurisdicionados o contraditório e o pleno exercício de defesa.

IV – PUBLIQUE-SE

12. Apresentadas as razões de justificativas, no prazo facultado, remeta-se o Processo à Unidade Técnica, para análise conclusiva dos autos, devendo o Corpo Instrutivo cotejar as imputações preliminares, com as razões defensivas apresentadas pelos jurisdicionados, com parâmetro na norma legal; decorrido o prazo para defesa, sem a apresentação das razões de justificativas, seja certificada nos autos tal circunstância, vindo-me conclusos para deliberação.

13. Adote-se o Departamento, as medidas consectárias, na forma regimental, para atendimento do que determinado.

Porto Velho, 10 de setembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 091/2013. ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – Convênio n. 086/PGM-2011. RESPONSÁVEIS: Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito do Município de Porto Velho e outros. INTERESSADO: Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho - EMDUR. UNIDADE: Prefeitura de Porto Velho – RO. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 191/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

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Tratam os autos da análise do Convênio n. 086/PGM/2011, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR.

02. A mencionada Inspeção Especial, visou à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho – EMDUR-, nos exercícios de 2011/2012.

03. Objetivando complementar os trabalhos realizados naqueles autos (Processo n. 029/2013), a Secretaria Geral de Controle Externo deflagrou, em apartado, o procedimento em tela, cuja análise preambular do Corpo Instrutivo consubstanciou-se no Relatório Técnico de fls. 86/94.

04. A Diretoria Técnica, em sua manifestação introdutória de fls. 86/94, traz à lume várias irregularidades que conflitam com os regramentos regentes da espécie versada, podendo algumas, inclusive, repercutirem, em tese, de forma danosa em desfavor do erário. Diante disso, sugere que seja promovida a audiência dos responsáveis, a fim de que, em querendo, possam apresentar as alegações que entenderem de direito, acerca das impropriedades evidenciadas pela Unidade Técnica e condensadas na prefalada manifestação, dentre outras recomendações. A propósito, grafa-se trechos do referido Parecer Técnico, ipsis verbis:

[...]

7– CONCLUSÃO

Conclui-se o presente relato asseverando que inobstante a ausência dos processos administrativos que poderiam comprovar cabalmente que as despesas do convênio nº 086/PGM/2011 realizadas e tiveram como beneficiários as empresas citadas no relatório da CPI, e diante desse quadro aterrador, considerando que o grupo (agentes públicos e fornecedores) identificado, segundo os nobres Edis, já vêm atuando de longa data em desfavor da Emdur, entende este Corpo Técnico que os responsáveis à época deverão ser instados a comparecer aos autos para apresentar provas em contrário ou devolver aos cofres públicos o produto dos seus, muito prováveis, desvios, em razão das irregularidades a seguir descritas:

a) Mario Sérgio Leiras Teixeira – Presidente da EMDUR durante todo o exercício de 2011 por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter prestado contas relativas ao montante de R$ 97.920,38, que lhe foram repassados referentes ao termo de convênio nº 086/PGM/2011, firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 26/08/2012, valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho durante todo o exercício de 2011 e Ana Cristina Cordeiro da Silva - Secretária Municipal de Fazenda - SEMFAZ, em razão de omissão ao não tomar as contas do primeiro;

b) Jailson Viana de Almeida – Presidente da EMDUR em 27/09/2012 e 26/11/2012 (datas dos repasses) por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter prestado contas relativas ao montante de R$ 112.595,17, que lhe foram repassados referentes ao 3º termo aditivo de convênio nº 086/PGM/2011, firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 29/06/2012, valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho durante todo o exercício de 2011 e Ana Cristina Cordeiro da Silva - Secretária Municipal de Fazenda - SEMFAZ, em razão de omissão ao não tomar as contas do primeiro;

c) Ana Cristina Cordeiro da Silva - Secretária Municipal de Fazenda - SEMFAZ, em 26/08/2011 e 29/06/2012 (datas em que foram assinados o convênio e seu 3º termo aditivo, respectivamente) solidariamente ao Prefeito Eduardo Roberto Sobrinho, por Infringência aos Princípios da

Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 8º da Lei Complementar nº 154/96, em razão de não observar a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores quando da assinatura e repasses do convênio nº 086/PGM/2011, no montante de R$ 210.515,55, sem que tivessem adotado medidas no sentido de exigi-las como condição para executar novos repasses;

d) Cricélia Fróes Simões – Controladora Geral do Município,por Infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter tomado providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto a SEMFAZ a exigência das prestações contas das parcelas do convênio nº 086/PGM/2011 repassadas a Empresa de Desenvolvimento Urbano – Emdur, e em razão disso deixou de se manifestar contrariamente ao repasse das sucessivas parcelas no montante de R$ 210.515,55;

e) JEFFERSON DE SOUZA – Subprocurador de Convênios e Contratos da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal nº 099/2000 e 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, em razão de ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio nº 086/PGM/2011, cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

8 – INFORMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS AO CONSELHEIRO RELATOR.

Sr. Conselheiro Relator,

Considerando a gravidade dos fatos aqui registrados e considerando a total ausência de prestação de contas dos valores repassados à conta do Convênio de nº 086/PGM/2011, no valor de R$ 210.515,55, insta recomendar que:

1. Que os responsáveis pelas irregularidades elencadas nos itens“a” a “d” do item “7 – CONCLUSÃO”, deste relatório, sejam instados a comparecer aos autos com o fito de lhes oportunizar o contraditório e ampla defesa ou para, no caso daqueles citados nos itens “a” e “b”, que recolham os cofres municipais a importância supramencionada, corrigida da data dos repasses até a data do seu efetivo recolhimento;

2. Que seja aplicada ainda aos responsáveis citados nos itens “a” e “b” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 54 da Lei Complementar nº 154/96, por cometimento de ato lesivo ao erário municipal;

3. Que seja aplicada aos responsáveis citados nos itens “c” e “d” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 55, Inciso II da Lei Complementar nº 154/96, por omissões que culminaram em grave infração à norma legal de natureza financeira, operacional e patrimonial;

Apenas com o objetivo de informar Vossa Excelência, insta acrescentar que no entendimento deste corpo técnico, a remessa do presente relatório ao Ministério Público do Estado de Rondônia já não se faz necessária, em razão de que as irregularidades aqui apontadas já foram objeto do relatório inserto nos autos de nº 00029/2013, cujo documento o preclaro Relator encaminhou àquele parquet em dezembro último.

05. O Ministério Público de Contas, por sua vez, na forma regimental, após examinar detidamente as peças que constituem os vertentes autos, por intermédio da Cota n. 24/2013 (fls. 116/127), da chancela da douta Procuradora Yvonete Fontinelle de Melo, opinou da forma que se transcreve, verbis:

[...]

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Lado outro, quisera a Prefeitura a execução de uma obra, deveria, a princípio, ter realizado uma licitação, nos moldes do art. 37, XXI, da Constituição.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

(...)

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

[...]

Por óbvio, obras de manutenção ou reforma de repartição pública municipal por si só não se amoldam ao conceito de prestação de serviços públicos, nem, por certo, são de interesse da Emdur, alheias que são ao seu objeto social.

Dessa maneira, parece que incorreram os gestores no tipo penal consignado ao art. 89 da Lei n. 8.666/1993.

[...]

Sendo assim, os celebrantes Senhores Roberto Eduardo Sobrinho, então Prefeito, Ana Cristina Cordeiro da Silva, então Secretária Semfaz, Mário Sérgio Leiras Teixeira, então Presidente Emdur, e Jefferson de Souza, Subprocurador de Convênios e Contratos (fls. 42 a 44), bem como o Procurador Municipal que anuiu com os termos do convênio, Senhor José Lopes de Castro, devem ser chamados aos autos para, querendo, exercer o contraditório e a ampla defesa pela prática de ato eivado de grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, haja vista terem contratado a Emdur para a execução de obra estranha ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco e, ainda, fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta sem licitação, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008.

Além disso, considerando que se trata de execução de obra, seja através de licitação, convênio ou contratação direta, faltam elementos mínimos e indispensáveis que não foram juntados a estes autos, tais como projeto básico e executivo, orçamento detalhado e justificativa do preço contratado , em que pese parte deles terem sido mencionados no corpo do termo de convênio (fl. 42, item 1.2).

A respeito, nota-se que foi dada oportunidade para que a Emdur apresentasse cópia de todos os procedimentos administrativos relacionados aos pagamentos efetuados entre jan/2011 a set/2012 (fl. 3), que incluiria cópia do procedimento administrativo n. 06.11345/2011, no qual tramitou o Convênio n. 86/2011. Deixou-se de enviá-las sob a justificativa de estarem em posse do MPE (fl. 5).

Analisando-se o Processo n. 29/2013, que tratou de inspeção especial empreendida na Emdur relativa ao período de jan/2011 a ago/2012, verifica-se que o relatório técnico inicial (fls. 2 a 25 dos autos n. 29/2013) afirmou que:

De início, insta salientar que os trabalhos de Inspeção Especial restaram extremamente prejudicados em razão de total ausência de processos e

informações necessárias à sua consecução. (negrito e sublinhado originais)

Isto explica-se pelo fato do Ministério Público Estadual estar de posse de todos os processos administrativos de despesa referentes ao período inspecionado, e também por estar o sistema e contabilidade bloqueado pela EMBRACE, empresa prestadora de serviços de locação de softwares, cujos relatórios de pagamentos por credores e demais razões contábeis encontram-se indisponíveis, segundo informou a Presidência da EMDUR.

(...)

Essa dificuldade emergiu mesmo tendo sido acordada cooperação entre o TCE e o MPE para a fiscalização da Emdur. Destacando-se que:

Todos os processos de despesa estão em posse MPE-RO e todas as prestações de Contas de Convênio estão em posse da CPI da Câmara, conforme se comprova nos documentos constantes do ANEXO I . (negrito original)

O item 7 daquele relatório técnico informa que foram obtidos junto ao Ministério Público Estadual cópias digitalizadas de dez processos. No entanto, da relação que consta às fls. 19-v e 20 verifica-se que o processo atinente ao Convênio 86/PGM/2011 não se encontra entre eles.

Ao fim, recomendou-se que fosse reiterada à Emdur a solicitação de encaminhamento da documentação relativa à prestação de contas dos convênios celebrados em 2011 e 2012, bem como o requerimento de todos os processos de repasses de recursos a título de convênio, efetuados nos exercícios de 2011 e 2012.

Anote-se que, analisando os autos n. 69/2013/TCE-RO, que trata de representação feita pela Câmara Municipal de Porto Velho acerca de irregularidades arroladas em resultado de Comissão Parlamentar de Inquérito, não se encontrou, no relatório final aprovado pelo Legislativo, qualquer remissão ao presente convênio.

Lá, pode-se visualizar requerimento da CPI ao MPE para que encaminhe todos os documentos por ele apreendidos para instruir o processo de investigação parlamentar (fl. 109) e, à Emdur, relatórios de contratos e convênios, contas pagas, empenhos e tomadas de contas dos anos de 2011 e 2012 (fl. 111).

À fl. 139, a CPI corrige o pedido de documentos ao MPE, para especificar que requer cópia de apenas quatro processos específicos, dos quais não faz parte o convênio n. 086/PGM/2011. As cópias remetidas pelo MPE à CPI (fls. 144) não incluem o convênio n. 086/2011 nem a respectiva prestação de contas.

Nesses mesmos autos, às fls. 155 a 161, pode-se visualizar a relação de processos que foram encaminhados da Emdur para o MPE. Dentre eles, consta o do Convênio 086/PGM/2011.

Todavia, a Secretaria Geral de Controle Externo remeteu, informalmente, a este gabinete, cópia de relatório técnico produzido para atender solicitação do MPE para que o Tribunal fornecesse auxílio técnico na análise de prestações de contas de diversos convênios celebrados entre a Prefeitura de Porto Velho e a Emdur nos exercícios de 2011 e 2012.

Nele, informa-se que foram solicitadas à Emdur, por diversas vezes, as prestações de contas dos convênios, mas que apenas recentemente, após a troca de gestão, foram remetidas cópias de documentos e outros papéis intitulados “prestação de contas”.

Verificando o calhamaço disponibilizado pelo MPE, o Corpo Técnico concluiu que a documentação não reunia os elementos necessários para serem considerados prestações de contas e que, por isso, não havia indícios da efetiva realização dos objetos conveniados.

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Registre-se que o Convênio n. 086/PGM/2011 consta na relação a que teve acesso a Unidade Instrutiva. A respeito, entendeu que:

“(...) verifica-se que se trata de processos administrativos de despesa, cujo objeto é a proposta, formalização e repasse de recursos na forma de convênios, conforme listado acima, e que não possuem em seu bojo qualquer caráter de prestação de contas, mesmo porque não se prestam e nem devem se prestar a esse fim.” (negrito e grifo do original)

Dessa maneira, pode-se concluir que os documentos de posse do MPE não se caracterizam como prestações de contas.

Outrossim, observando-se os extratos da conta corrente aberta especificamente para a execução deste convênio (Banco do Brasil, Agência n. 2757-X, Conta Corrente n. 9.377-7, fls. 55 a 63), percebe-se que foram juntados apenas os extratos de dezembro de 2011 a agosto de 2012.

Em que pese a fiscalização original (Processo n. 29/2013) ter fixado o período de jan/2011 a ago/2012 como lapso a ser investigado, deve-se ter em mente que o Convênio n. 86//PGM/2011 teve vigência para além desse período, com previsão de término para 26.11.2012 (fl. 32-v e cláusula segunda do segundo termo aditivo, fl. 47).

Além disso, os documentos juntados pelo Departamento Administrativo Financeiro da Secretaria Municipal de Fazenda do Município (fls. 51 a 54) mostram que houve repasses da Prefeitura até pelo menos 26.11.2012, devendo-se verificar a movimentação desses recursos no extrato da conta da Emdur.

Ainda sobre os extratos, nota-se que foram descontados da conta os valores de R$50.352,49 ao dia 22.12.2011 (fl. 63), R$8.430,00 ao dia 10.4.2012 (fl. 59), R$1.000,00 ao dia 12.4.2012 (fl. 59), R$43.871,58 ao dia 8.5.2012 (fl. 58), R$2.690,00 ao dia 5.6.2012 (fl. 57) e tentativa de compensação de cheque de R$22.486,87 (sem saldo) ao dia 22.8.2012 (fl. 55), que merecem ser investigados (quem foram os favorecidos e em quê circunstâncias).

Isso porque pode ser que não falte apenas a prestação de contas do convênio, infração que soa a mero descuido com a formalidade do procedimento. O problema pode ser ainda mais grave. Pode ter havido apropriação de erário público sem a contraprestação esperada.

Por essa razão, deve-se verificar in loco se o objeto do convênio foi executado (obras de reforma parcial do telhado e adequações nas instalações da Secretaria Municipal de Fazenda e Controladoria Geral do Município). Se foi executado, quem executou (se foi a Emdur diretamente ou por terceiros, nesse caso, em quê circunstâncias, se houve licitação, contratação direta). Se não foi executado, quem foram os beneficiários dos valores que saíram da conta corrente da Emdur, sejam pessoas físicas ou jurídicas, sejam agentes públicos ou particulares.

Aprofundar a abordagem desta fiscalização tem importância para o Tribunal de Contas, como instituição que age diligentemente na apuração dos atos e contratos sob suspeita de irregularidade, assim como para a análise micro e macro das despesas realizadas pela empresa, visto a repercussão para a definição do futuro da Emdur, bem como por conta do destaque que o assunto mereceu nos meios jornalísticos.

Ademais, identificar os beneficiários das quantias incrementa as chances de o Poder Público reaver esses valores.

Dessa forma, deve-se requerer os extratos da conta corrente até os dias atuais ou enquanto ela existiu, se já encerrada, analisando-os; bem como diligenciar ao local da obra a fim de apurar se alguma reforma foi realizada, em nome do princípio da eficiência a que também se submete a Corte de Contas.

De outro giro, antes dessas providências, deve-se trazer aos autos o resultado da Tomada de Contas Especial instaurada pelo atual Prefeito Municipal através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707

dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”.

A uma, porque aquelas informações (análise dos extratos e sobre a efetiva execução do convênio) já podem ter sido esclarecidas pela TCE municipal, cuja instrução e resultado podem ter exaurido qualquer providência complementar de apuração desta Corte, fazendo-lhe perder o interesse de agir.

A duas, porque a instauração foi determinada pelo próprio Conselheiro Relator através da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), e deve, assim, instruir os autos de fiscalização que lhes dizem respeito.

Ademais, deve-se juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

Isso porque as datas de assinaturas dos termos de convênio e dos aditivos não coincidem com as datas dos repasses nem com as datas de saída dos numerários da conta corrente . O gestor que assinou um termo poderia não estar mais no cargo no momento da execução do serviço e do pagamento, não lhe sendo exigível fazer a prestação de contas de serviço executado posteriormente à saída do cargo.

A respeito, o Corpo Técnico indicou na conclusão do relatório que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira teria ocupado o cargo de Presidente da Emdur durante todo o exercício de 2011. No entanto, deixou de mencionar a fonte dessa informação, a qual não foi encontrada por este gabinete. Questionados, a Secretaria de Processamento e Julgamento e o auditor de controle externo que assinou o relatório à fl. 55 destes autos também não souberam informar.

A Secretaria Regional de Controle Externo de Porto Velho, por sua vez, empreendeu contato telefônico com a gerência de recursos humanos do município, a qual informou que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira ficou no cargo entre os dias 30.3.2009 a 2.4.2012; o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva entre os dias 3.4.2012 a 1.8.2012 e o Senhor Jailson Viana de Almeida entre os dias 1.8.2012 a 31.12.2012.

Lembrando que a responsabilidade pelos convênios é, a princípio, do gestor que assinou o termo. Caso a vigência se estenda para a outra gestão, essa será co-responsável.

Para que o sucedido não sofra as consequências legais da inércia ou deficiência da prestação apresentada pela sucessor, deve tomar algumas providências básicas para o seu resguardo: a) apresentar uma prestação de contas parcial do que foi realizado durante a sua gestão, guardando prova do envio (protocolo, etc); b) organizar os documentos comprobatórios das despesas realizadas; c) solicitar, na transição da titularidade do órgão, recibo da documentação entregue ao seu sucessor .

O sucessor, por seu turno, deve verificar a regularidade na execução ou prestação de contas dos convênios vigentes na égide da gestão do antecessor. Constatando falhas, deve ele tomar as medidas legais (instauração de tomada de contas especial), sob pena de co-responsabilidade.

O gestor, como pessoa física, será responsabilizado por impropriedade e/ou irregularidades identificadas na execução ou prestação de contas dos convênios.

No caso de mudança de gestor, o sucessor passa a ser o responsável pela apresentação de contas do convênio. Caso seu antecessor não a tenha feito ou na impossibilidade de fazê-la, o novo gestor deve tomar as

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medidas legais, com vistas a resguardar o patrimônio público, sob pena de co-responsabilidade.

É importante que o gestor, ao final de seu mandato, preste contas até o limite executado, visando resguardar tanto o patrimônio público, quanto seus direitos individuais .

Assim, os diferentes titulares da presidência da Emdur durante a vigência do Convênio n. 086/PGM/2011 são pessoalmente responsáveis pela execução e prestação de contas no período específico de exercício do cargo e, cumulativamente, co-responsáveis pela execução e prestação de contas dos antecessores .

Nessa esteira, a definição da responsabilidade, ao fixar o montante, deve refletir os valores recebidos durante cada gestão em particular, somados aos de seus antecessores.

Anote-se que os atos de exoneração do Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva e de nomeação do Senhor Jailson Viana de Almeida no cargo de Diretor Presidente da Emdur, ao dia 1.8.2012, foram encontradas por esta Procuradoria no Diário Oficial do Município, disponível online, e foram juntadas aos autos.

Do exposto, este Ministério Público de Contas OPINA que sejam realizadas, pela Corte de Contas, as seguintes diligências:

a) requerida a cópia da Tomada de Contas Especial instaurada através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”;

b) incluir, entre as irregularidades evidenciadas pelo Corpo Técnico, a prática de ato eivado de grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, haja vista a Emdur ter sido contratada para a execução de obra estranha ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco e, ainda, fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta sem licitação, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008;

c) requerer, à Emdur, os extratos da Conta Corrente n. 9.377-7, Agência n. 2757-X, (Banco do Brasil), de agosto a dezembro de 2012, bem como a identificação dos favorecidos pelas operações que retiraram valores da conta (saques, transferências, cheques, etc);

d) juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável;

e) realizar inspeção no local previsto para execução do convênio, a fim de apurar se há indícios de que a reforma foi de fato realizada.

Após essas providências, se for apresentada a TCE específica para cada convênio, que sejam estes autos apensados à respectiva TCE. Se não for apresentada, deve-se converter estes autos em Tomada de Contas Especial, nos moldes do art. 44 da LCE 154/1996, abrindo-se oportunidade para o exercício do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CR/1988).

06. Assim, vieram os autos para deliberação.

É o relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

07. Como visto, tratam os autos da análise do Convênio n. 86/PGM/2011, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR, visando à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da empresa municipal premencionada, nos exercícios de 2011/2012.

08. Viu-se que o Corpo Técnico, por meio da manifestação inaugural de fls. 86/94, revelara várias irregularidades atinentes ao Convênio n. 086/PGM/2011, afigurando-se algumas, inclusive, como elemento indiciário de dano ao erário, razão por que opinara pela Audiência dos responsáveis.

09. Tenho que, a meu juízo, razão assiste ao Corpo Instrutivo.

10. Sem dúvidas, há que se ponderar sobre a possibilidade de, ao menos em tese, ser afetado negativamente o patrimônio quer seja econômico e/ou jurídico dos agentes públicos apontados como responsáveis pelos supostos ilícitos descortinados pela Secretaria Geral de Controle Externo, por meio do Relatório Técnico de fls. 86/94, aflorando daí a necessidade de lhes facultar a apresentação das razões de justificativas que julgarem pertinentes.

11. Isto, firme em conferir a máxima eficácia aos princípios constitucionais do due processo of law e seus corolários - máxime o contraditório e a ampla defesa -, estampados no art. 5º, LV, da Constituição da República do Brasil de 1988.

12. Desta forma, deve ser promovida a audiência dos Senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, Mario Sérgio Leiras Teixeira – Ex-Presidente da EMDUR durante o exercício de 2011 -, Ana Cristina Cordeiro da Silva – Ex-Secretária Municipal da Fazenda -, Jailson Viana de Almeida – Ex-Presidente da EMDUR durante o período de 27/09/2012 a 26/11/2012 (datas dos repasses) –, Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora Geral do Município - e Jefferson de Souza – então Subprocurador de Convênios e Contratos da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho –, para que, em querendo, apresentem as justificativas que entenderem de direito, a teor dos princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88).

13. Não obstante as eivas de ilegalidades destacadas pela Unidade Técnica em sua manifestação inicial (fls. 86/94), o Ministério Público de Contas, por seu turno, via Cota n. 24/2013 (fls. 116/127), da chancela da douta Procuradora Yvonete Fontinelle de Melo, propugna pela aditivação, no rol das irregularidades atribuídas aos jurisdicionados, da impropriedade atinente à suposta “prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional”, consistente, em tese, na injustificada contratação sem licitação da EMDUR, afrontando o preceptivo inserto no art. 37, XXI, da Constituição Federal.

14. Com razão o Ministério Público de Contas. Explico.

15. Inicialmente averbou o Parquet de Contas que, para a Prefeitura de Porto Velho reformar parcialmente o telhado, assim como adequar as instalações tanto da Secretaria Municipal de Fazenda (SEMFAZ) quanto da Controladoria Geral do Município de Porto Velho (CGM) - execução de obra -, a princípio, deveria realizar procedimento licitatório, nos moldes do art. 37, XXI, da Carta Magna.

16. Pontuou que, na hipótese versada dos vertentes autos, “não seria o caso de convênio, pois a reforma das instalações da Secretaria da Fazenda e da Cotroladoria é objeto estranho aos interesses da Emdur”. Não podendo ser, por consequência, a execução da obra sequer “considerada complementar ou indiretamente auxiliar na consecução dos fins da Empresa”.

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17. Aduziu que a contratação em testilha não se amolda às hipóteses de contratação direta insculpidas nos incisos I , VIII e XXVI, do art. 24 da Lei n. 8.666/93, motivo pelo qual não poderia, em tese, a Prefeitura de Porto Velho realizar o Convênio em tela com a EMDUR. A propósito, passa-se a grafar trechos da Cota Ministerial n. 24/2013 (fls. 116/127) que aludem ao tema em comento, ipsis verbis:

[...]

Considerando que a Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, traz as hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação, deve-se nela buscar dispositivo que pudesse abrigar a presente despesa.

Nesse diapasão, o art. 24, I, prevê a contratação de obra de engenharia com valor máximo de R$15.000,00. O valor da reforma prevista no convênio, com os termos aditivos, chegou a R$224.213,39, com repasses efetivos de R$218.945,55, acima do limite da possibilidade de dispensa.

Uma outra possibilidade seria a aplicação do inciso VIII, que permite a contratação sem licitação “para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado”.

A Emdur integra a Administração Pública Municipal e foi criada em 1980, antes da vigência da Lei n. 8.666/1993. Todavia, como explorado mais acima, a utilidade pretendida no convênio é estranha às atribuições da Emdur, não servindo esse dispositivo para acobertar a despesa.

Ainda, uma outra possibilidade seria a do inciso XXVI , segundo a qual a contratação direta seria possível “na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação”.

Ocorre que essa hipótese de dispensa de licitação é restrita à celebração de contrato de programa ou de convênio entre os entes que compõem o organograma da administração pública para, associados, somar esforços para a prestação conjunta de serviços públicos.

É o caso de Municípios que, próximos, unem-se para a prestação do serviço de recolhimento, destinação e tratamento de resíduos sólidos.

Por óbvio, obras de manutenção ou reforma de repartição pública municipal por si só não se amoldam ao conceito de prestação de serviços públicos, nem, por certo, são de interesse da Emdur, alheias que são ao seu objeto social.

Dessa maneira, parece que incorreram os gestores no tipo penal consignado ao art. 89 da Lei n. 8.666/1993.

Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:

Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.

Sendo assim, os celebrantes Senhores Roberto Eduardo Sobrinho, então Prefeito, Ana Cristina Cordeiro da Silva, então Secretária Semfaz, Mário Sérgio Leiras Teixeira, então Presidente Emdur, e Jefferson de Souza, Subprocurador de Convênios e Contratos (fls. 42 a 44), bem como o Procurador Municipal que anuiu com os termos do convênio, Senhor José Lopes de Castro, devem ser chamados aos autos para, querendo, exercer o contraditório e a ampla defesa pela prática de ato eivado de grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, haja vista terem contratado a Emdur para a execução de obra estranha ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco e, ainda, fora das hipóteses permissivas de repasse

por subvenção, convênio e de contratação direta sem licitação, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008.

Além disso, considerando que se trata de execução de obra, seja através de licitação, convênio ou contratação direta, faltam elementos mínimos e indispensáveis que não foram juntados a estes autos, tais como projeto básico e executivo, orçamento detalhado e justificativa do preço contratado , em que pese parte deles terem sido mencionados no corpo do termo de convênio (fl. 42, item 1.2).

18. Desta forma, tendo em vista que a contratação direta da EMDUR não se amolda, in casu, prima facie, nas hipóteses insertas no art. 24 da Lei n. 8.666/93, concluiu, em tese, o Parquet Contas que a contratação sub examine deu-se de forma irregular, ao arrepio do preceito leal insculpido no art. 37, XXI, da CF/88, o que, se assim for, afigura-se, a princípio, em ilícito penal tipificado pelo art. 89 da Lei n. 8.666/93, razão por que devem ser instados os responsáveis e os signatários do Convênio n. 086/PGM/2011 a se manifestarem sobre tal inconformidade, consoante mandamento inserido no art. 5º, LV, da CF/88.

19. Quanto às diligências propugnadas pelo Ministério Público de Contas, por intermédio da Cota n. 24/2013 (fls. 116/127), tenho que, a meu juízo, hão de prosperar.

20. Com acerto, pleiteou o Parquet de Contas a juntada dos extratos atinentes à Conta Corrente n. 9377-7, 2757-x, Banco do Brasil, objetivando, assim, aperfeiçoar a análise ora empreendida nos vertentes autos.

21. É inegável que para melhor deslinde do feito sub examine necessário se faz carreá-lo com os extratos da Conta Corrente n. 9377-7, Agência 2757-X, Banco do Brasil, referentes ao período de vigência e prestação de contas do Convênio n. 86/PGM/2011, ou seja, de 26/08/2011 a 25/01/2013 , a fim de verificar, com isto, se a conta não foi eventualmente utilizada indevidamente para movimentação de valores estranhos, assim como identificar os agentes responsáveis e os favorecidos com as operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas em tal conta.

22. Igualmente, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) apontado como irregular, bem como identificar os responsáveis pela prática de tais atos, pleiteou o MPC a juntada no feito em testilha dos atos administrativos que nomearam e exoneraram os titulares que exerceram o cargo de Prefeito do Município de Porto Velho, a chefia da Secretaria Municipal de Fazenda e da presidência da EMDUR entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de 26/08/2011 a 25/01/2013 , diante do que há que se determinar ao então Secretário Municipal de Administração de Porto Velho – Senhor Mário Jorge de Medeiros – que apresente os atos administrativos retro declinados.

23. Nada obstante, malgrado tenha a Prefeitura Municipal de Porto Velho instaurado, por meio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013, Tomadas de Contas Especial para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA de nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”, até a presente data não se tem conhecimento do resultado das referidas TCE’s.

24. Destaque-se que as mencionadas TCE’s foram deflagradas em atendimento à determinação por mim exarada no bojo dos autos n. 29/2013, por meio da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), as quais devem, por consectário lógico, instruir os pertinentes autos de fiscalização que lhes dizem respeito, a exemplo destes.

25. Desta forma, deve ser determinado à Prefeitura Municipal de Porto Velho, que apresente as TCE’,s instauradas em decorrência da Tutela

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Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), expedida nos autos n. 029/2013/TCE-RO.

26. Quanto à inspeção solicitada pelo MPC, deixo de acolhê-la, por ora, visto vislumbrar o Órgão Ministerial com tal medida aferir se o objeto do Convênio n. 086/PGM/2011 foi, de fato, executado, circunstância que pode ser esclarecida com a apresentação do resultado da Tomada de Contas de Especial instaurada pela municipalidade, por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013.

III – DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, pelos fundamentos lançados em linhas pretéritas, DECIDO:

I - DETERMINAR ao Departamento da 2ª Câmara deste Tribunal, que promova a audiência dos jurisdicionados infracitados, para que, em querendo, no prazo de 15 dias, contados na forma do art. 97, §1º, do RITC, apresente as teses defensivas que julgar pertinentes, acerca das supostas irregularidades imputadas pelo Corpo Instrutivo e pelo Ministério Público de Contas, por meio dos Pareceres acostados, respectivamente, às fls. 86/94 e 116/127, da forma que se segue:

a) Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira – Ex-Presidente da EMDUR durante o exercício de 2011 -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput, do Art. 37, c/c Art. 70, Parágrafo Único, ambos da CF/88, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter, na qualidade de gestor dos recursos, prestado contas relativas ao montante de R$ 97.920,38 (noventa e sete mil, novecentos e vinte reais e trinta e oito centavos) que lhe foi repassado, referente ao Convênio n. 086/PGM/2011, firmado com a Prefeitura do Município de Porto Velho, em 26.08.2011, e, ainda, pela suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, por ter sido a EMDUR contratada para a execução de obra estranha ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008;

b) Senhor Jailson Viana de Almeida – Ex-Presidente da EMDUR em 27/09/2012 e 26/11/2012 (datas dos repasses) - por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput, do Art. 37, c/c Art. 70, Parágrafo Único, ambos da CF/88, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter, na qualidade de gestor dos recursos, prestado contas relativas ao montante de R$ 112.595,17 (cento e doze mil, quinhentos e noventa e cinco reais e dezessete centavos) que lhe foi repassado, referente ao Convênio n. 086/PGM/2011 e ao seu Terceiro Termo aditivo, firmado com a Prefeitura do Município de Porto Velho, e, ainda, pela suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, por ter sido a EMDUR contratada para a execução de obra estranha ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008;

c) Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva – Ex-Presidente da EMDUR - e signatário do Segundo e Terceiro Aditivos ao Convênio n. 086/PGM/2011 (fls. 47/48 e 49/50), por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput, do Art. 37, c/c Art. 70, Parágrafo Único, ambos da CF/88, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter, na qualidade de gestor dos recursos, prestado contas relativas ao montante de R$ 210.515,55 (duzentos e dez mil, quinhentos e quinze reais e cinquenta e cinco centavos) que foi repassado à EMDUR, referente ao Convênio n. 086/PGM/2011 e ao seu Terceiro Termo aditivo, firmado com a Prefeitura do Município de Porto Velho, e, ainda, pela suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, por não ter indicado, quando firmou o Segundo e Terceiro Termos Aditivos ao Convênio n.

086/PGM/2011 (fls. 47/48 e 49/50), que a EMDUR foi contratada para executar obra estranha ao seu objeto social, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008;

d) Senhora Ana Cristina Cordeiro da Silva – Ex-Secretária Municipal de Fazenda (SEMFAZ) – Ex-Chefe de Gabinete da Prefeitura de Porto Velho, e, solidariamente, o Senhor Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, por terem infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, insertos no Caput do Art. 37 da Carta Magna c/c Art. 8º da Lei Complementar n. 154/96 e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio n. 086/PGM/2011, por repassarem recursos à EMDUR no montante de R$ 210.515,55 (duzentos e dez mil, quinhentos e quinze reais e cinquenta e cinco centavos) inobservando a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores à assinatura e repasses do Convênio n. 086/PGM/2011, bem como em razão da flagrante conduta omissiva, em tese, configurada pela ausência das medidas necessárias tendentes à exigi-las – instauração de Tomada de Contas Especial -, inclusive, como condição para executar novos repasses, e, ainda, pela suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, por ter contratado a EMDUR para a execução de obra estranha ao objeto social da empresa municipal, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008;

e) Senhora Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora-Geral do Município de Porto Velho -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37 da CF/88, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, dado a sua conduta omissiva, caracterizada pela ausência de providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto ao Gabinete do Prefeito a exigência das prestações de contas das parcelas do Convênio n. 086/PGM/2011 repassadas à Empresa de Desenvolvimento Urbano (EMDUR), bem como por não ter se manifestado de forma contrária aos repasses das sucessivas parcelas que totalizaram o montante de R$ 210.515,55 (duzentos e dez mil, quinhentos e quinze reais e cinquenta e cinco centavos), e, ainda, por não ter apontado a suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, por ter sido a EMDUR contratada para a execução de obra estranha ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008;

f) Senhor Jefferson de Souza - Subprocurador de Convênios e Contratos do Município de Porto Velho -, por ter infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, insertos no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal n. 099/2000 e art. 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, vez que, ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio n. 086/PGM/2011 cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal, e, ainda, por não ter indicado a suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, em razão de ter sido a EMDUR contratada para a execução de obra estranha ao seu objeto social, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008;

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g) Senhor José Lopes de Castro – Procurador do Município de Porto Velho -, signatário do Segundo e Terceiro Termos Aditivos ao Convênio n. 086/PGM/2011 (fls. 47/48 e 49/50), por não ter apontado, quando chancelara os termos precitados, a suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, em razão de ter sido a EMDUR contratada para a execução de obra estranha ao seu objeto social, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008;

h) À Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral do Município Carlos Dobbis, para promover a defesa dos interesses do Município naquilo que for pertinente.

II – NOTIFICAR os agentes públicos abaixo discriminados, o que deve ser levado a efeito pelo Departamento da 2ª Câmara desta Corte, para que, no prazo de 15 dias, a contar da intimação, apresentem a documentação ora requerida, sob pena de sanção pecuniária, consoante dicção da norma constante no art. 55 da LC n. 154/96 – TCE, da forma que passa-se a individualizar:

a) Senhor Gerardo Marins de Lima - Presidente da EMDUR-, e/ou quem o substitua na forma da lei, que apresente os extratos bancários, em sua integralidade, da Conta Corrente n. 9377-7, Agência 2757-X, Banco do Brasil, referentes ao período de vigência e prestação de contas do Convênio n. 86/PGM/2011, ou seja, de 26/08/2011 a 25/01/2013 , identificando todos os agentes responsáveis e favorecidos pelas operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas na precitada conta;

b) Senhor Mário Jorge de Medeiros - Secretário Municipal de Administração de Porto Velho -, e/ou quem o substitua na forma da lei, que carreie os vertentes autos com cópias dos atos administrativos, por meio dos quais foram nomeados e exonerados os titulares que exerceram o Cargo de Prefeito do Município de Porto Velho, a Chefia da Secretaria Municipal de Fazenda e da presidência da EMDUR entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de 26/08/2011 a 25/01/2013, além daqueles que eventualmente os tenha sucedido até o presente exercício; e

c) Ao Presidente da Comissão de Tomada de Contas Especial, instaurada por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013 (fls. 734 dos autos n. 029/2013), e/ou quem o substitua na forma legal, Senhor Mirton Moraes de Souza – Procurador do Município -, que apresente o resultado da TCE deflagrada para apurar os indícios de ilegalidade relativos ao Convênio n. 086/PGM/2011, realizado entre o Município de Porto Velho, com a interveniência da Secretaria Municipal de Fazenda, e a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano – EMDUR.

III – DÊ-SE CIÊNCIA desta Decisão aos jurisdicionados descritos nas alíneas constantes do item I e II deste decisum, remetendo-lhes, para tanto, cópia integral do Relatório Técnico de fls. 86/94 e da Cota Ministerial n. 24/2013 de fls. 116/127;

IV – PUBLIQUE-SE, na forma regimental;

V – JUNTE-SE aos autos em epígrafe; e

VI – À ASSISTÊNCIA DE GABINETE, a fim de que CUMPRA às determinações insertas nos itens IV e V, da parte dispositiva da presente Decisão, REMETENDO, após, os autos ao Departamento da 2º Câmara, para cumprimento das medidas constantes nos itens I, II e III desta.

Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, RO, 09 de setembro de 2013.

CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 0221/2013. ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – Convênio n. 004/PGM-2012. RESPONSÁVEIS: Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito do Município de Porto Velho e outros. INTERESSADO: Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho - EMDUR. UNIDADE: Prefeitura de Porto Velho – RO. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 202/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Tratam os autos da análise do Convênio n. 04/PGM/2012, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR.

02. A mencionada Inspeção Especial, visou à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho – EMDUR-, nos exercícios de 2011/2012.

03. Objetivando complementar os trabalhos realizados naqueles autos (Processo n. 029/2013), a Secretaria Geral de Controle Externo deflagrou, em apartado, o procedimento em tela, cuja análise preambular do Corpo Instrutivo consubstanciou-se no Relatório Técnico de fls. 139/147.

04. A Diretoria Técnica, em sua manifestação introdutória de fls. 139/147, traz a lume várias irregularidades que conflitam com os regramentos regentes da espécie versada, podendo algumas, inclusive, repercutirem, em tese, de forma danosa em desfavor do erário. Diante disso, sugere que seja promovida a audiência dos responsáveis, a fim de que, em querendo, possam apresentar as alegações que entenderem de direito, acerca das impropriedades evidenciadas pela Unidade Técnica e condensadas na prefalada manifestação, dentre outras recomendações. A propósito, grafa-se trechos do referido Parecer Técnico, ipsis verbis:

[...]

7– CONCLUSÃO

Conclui-se o presente relato asseverando que inobstante a ausência dos processos administrativos que poderiam comprovar cabalmente que as despesas do convênio nº 004/PGM/2012 realizadas e tiveram como beneficiários as empresas citadas no relatório da CPI, e diante desse quadro aterrador, considerando que o grupo (agentes públicos e fornecedores) identificado, segundo os nobres Edis, já vêm atuando de longa data em desfavor da Emdur, entende este Corpo Técnico que os responsáveis à época deverão ser instados a comparecer aos autos para apresentar provas em contrário ou devolver aos cofres públicos o produto dos seus, muito prováveis, desvios, em razão das irregularidades a seguir descritas:

a) Mario Sérgio Leiras Teixeira – Presidente da EMDUR durante o período de janeiro a março/2012 por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter efetuado controle e acompanhamento dos aludidos recursos com o fito de prestar contas referentes ao termo de convênio nº 004/PGM/2012 firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 08.02.2012, relativas ao montante de R$ 1.635.589,00, que lhe foram repassados, entre os dias

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16.02.2012 e 29.03.2012 valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho no período de 01/01/2012 a 06/12/2012 e Sérgio Luiz Pacífico – Secretário Municipal de Planejamento, no período dos repasses, em razão de omissão ao não fiscalizar e tomar as contas do primeiro;

b) Klebson Luiz Lavor e Silva – Presidente da EMDUR durante o período de 01/04/2012 a 01/08/2012 por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter efetuado controle e acompanhamento dos aludidos recursos com o fito de prestar contas referentes ao termo de convênio nº 004/PGM/2012 firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 08.02.2012, relativas ao montante de R$ 1.635.569,00, que lhe foram repassados, entre os dias 23.04.2012 e 25.07.2012 valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho no período de 01/01/2012 a 06/12/2012 e Boris Alexander Gonçalves de Souza – Secretário Municipal de Planejamento, no período dos repasses, em razão de omissão ao não fiscalizar e tomar as contas do primeiro;

c) Jailson Viana de Almeida – Presidente da EMDUR durante o período de 03/08/2012 a 31/12/2012 por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter efetuado controle e acompanhamento dos aludidos recursos com o fito de prestar contas referentes ao termo de convênio nº 004/PGM/2012 firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 08.02.2012, relativas ao montante de R$ 1.226.691,75, que lhe foram repassados, entre os dias 18.09.2012 e 29.11.2012 valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho no período de 01/01/2012 a 06/12/2012 e Boris Alexander Gonçalves de Souza – Secretário Municipal de Planejamento, no período dos repasses, em razão de omissão ao não fiscalizar e tomar as contas do primeiro;

d) Cricélia Fróes Simões – Controladora Geral do Município,por Infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter tomado providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto a SEMPLA a exigência das prestações contas das parcelas do convênio nº 004/PGM/2012 repassadas a Empresa de Desenvolvimento Urbano – Emdur, e em razão disso deixou de se manifestar contrariamente ao repasse das sucessivas parcelas no montante de R$ 4.497.849,75 (quatro milhões quatrocentos e noventa e sete mil, oitocentos e quarenta e nove reais e setenta e cinco centavos);

e) MARIA DO ROSÁRIO SOUZA GUIMARÃES - Procuradora Administrativa do Município de Porto Velho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal nº 099/2000 e 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, em razão de ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio nº 004/PGM/2012, cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal.

8 – INFORMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS AO CONSELHEIRO RELATOR.

Sr. Conselheiro Relator,

Considerando a gravidade dos fatos aqui registrados e considerando a total ausência de prestação de contas dos valores repassados à conta do Convênio de nº 004/PGM/2012, no valor de R$ 4.497.849,75, insta recomendar que:

1. Que os responsáveis pelas irregularidades elencadas nos itens“a” a “e” do item “7 – CONCLUSÃO”, deste relatório, sejam instados a comparecer aos autos com o fito de lhes oportunizar o contraditório e ampla defesa ou

para, no caso daqueles citados nos itens “a” a “c”, que recolham os cofres municipais a importância supramencionada, corrigida da data dos repasses até a data do seu efetivo recolhimento;

2. Que seja aplicada ainda aos responsáveis citados nos itens “a” a “c” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 54 da Lei Complementar nº 154/96, por cometimento de ato lesivo ao erário municipal;

3. Que seja aplicada aos responsáveis citados nos itens “d” e “e” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 55, Inciso II da Lei Complementar nº 154/96, por omissões que culminaram em grave infração à norma legal de natureza financeira, operacional e patrimonial;

Apenas com o objetivo de informar Vossa Excelência, insta acrescentar que no entendimento deste corpo técnico, a remessa do presente relatório ao Ministério Público do Estado de Rondônia já não se faz necessária, em razão de que as irregularidades aqui apontadas já foram objeto do relatório inserto nos autos de nº 00029/2013, cujo documento o preclaro Relator encaminhou àquele parquet em dezembro último.

05. O Ministério Público de Contas, por sua vez, na forma regimental, após examinar detidamente as peças que constituem os vertentes autos, por intermédio da Cota n. 30/2013 de fls. 166/173-v, opinou da forma que se transcreve, verbis:

[...]

Verificando o calhamaço disponibilizado pelo MPE, o Corpo Técnico concluiu que a documentação não reunia os elementos necessários para serem considerados prestações de contas e que, por isso, não havia indícios da efetiva realização dos objetos conveniados.

[...]

Registre-se que o Convênio n. 04/PGM/2012 consta na relação a que teve acesso a Unidade Instrutiva. A respeito, entendeu que:

“(...) verifica-se que se trata de processos administrativos de despesa, cujo objeto é a proposta, formalização e repasse de recursos na forma de convênios, conforme listado acima, e que não possuem em seu bojo qualquer caráter de prestação de contas, mesmo porque não se prestam e nem devem se prestar a esse fim.” (negrito e grifo do original)

Dessa maneira, pode-se concluir que os documentos de posse do MPE não se caracterizam como prestações de contas.

Outrossim, anote-se que os extratos da conta 8830-7 juntados aos autos encontram-se incompletos, indo do mês de janeiro de 2012 a agosto (fls. 121 a 138), em que pese o período de vigência ir da assinatura do contrato (8.2.2012) a 31.12.2012 (fl. 51), faltando, portanto, os meses de setembro a dezembro. Nos extratos que instruem os autos, podemos observar ordens bancárias nos valores dos subempenhos emitidos neste convênio até então (no total de R$3.271.158,00).

Ocorre que foram transferidas para a conta mais R$1.183.000,00 e depositados cheques na conta mais R$2.556.400,00, valores esses que precisam ser investigados e desvendadas a sua origem e destinação.

Além disso, não há nos autos informação quanto ao restante dos valores do convênio que ficaram por liquidar e o liquidado e não pago: se foram anulados ou se foram cancelados e pagos a título de restos a pagar em 2013. Por essa razão, o valor total do convênio deve ser considerado para fins de responsabilização.

Faz-se necessário, também, identificar os beneficiários dos saques, bem como juntar aos autos o extrato dos meses de setembro a dezembro de 2012 da conta n. 8830-7, a fim de verificar se a conta não foi indevidamente utilizada para movimentação de outros valores, estranhos.

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Ressalte-se que foram juntados aos autos extratos de janeiro a agosto de 2012 de conta alheia a este convênio: 8831-5 (fls. 102 a 120), usada para receber recursos dos convênios firmados para cobrir as despesas administrativas da entidade.

Aprofundar a abordagem desta fiscalização tem importância para o Tribunal de Contas, como instituição que age diligentemente na apuração dos atos e contratos sob suspeita de irregularidade, assim como para a análise micro e macro das despesas realizadas pela empresa, visto a repercussão para a definição do futuro da Emdur, bem como por conta do destaque que o assunto mereceu nos meios jornalísticos.

Ademais, identificar os beneficiários das quantias incrementa as chances de o Poder Público reaver esses valores, haja vista que o leque de pessoas cujos patrimônios serão chamados a responder aumenta, se acaso se concluir que a quantia executada não corresponde à orçada.

De outro giro, antes dessas providências, deve-se trazer aos autos o resultado da Tomada de Contas Especial instaurada pelo atual Prefeito Municipal através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”.

A uma, porque aquelas informações (análise dos extratos e sobre a efetiva execução do convênio) já pode ter sido esclarecida pela TCE municipal, cuja instrução e resultado podem ter exaurido qualquer providência complementar de apuração desta Corte, fazendo-lhe perder o interesse de agir.

A duas, porque a instauração foi determinada pelo próprio Conselheiro Relator através da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), e deve, assim, instruir os autos de fiscalização que lhes dizem respeito.

Ademais, deve-se juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

A respeito, o Corpo Técnico indicou na conclusão do relatório que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira teria ocupado o cargo de Presidente da Emdur durante o período de janeiro a março de 2012. No entanto, deixou de mencionar a fonte dessa informação, a qual não foi encontrada por este gabinete. Questionados, a Secretaria de Processamento e Julgamento e o auditor de controle externo que assinou o relatório à fl. 147 destes autos também não souberam informar.

A Secretaria Regional de Controle Externo de Porto Velho, por sua vez, empreendeu contato telefônico com a gerência de recursos humanos do município, a qual informou que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira ficou no cargo entre os dias 30.3.2009 a 2.4.2012; o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva entre os dias 3.4.2012 a 1.8.2012 e o Senhor Jailson Viana de Almeida entre os dias 1.8.2012 a 31.12.2012.

Note-se que a vigência do convênio foi estipulada para finalizar em 31.1.2012 (fl.51), com prestação de contas a ser apresentada até 60 dias após esse termo, isto é, até 1.3.2013.

Nesse contexto, devem ser corresponsabilizados todos os gestores que passaram pelos órgãos envolvidos durante a vigência do convênio e o prazo disponibilizado para a prestação de contas.

Lembrando que a responsabilidade pelos convênios é, a princípio, do gestor que assinou o termo. Caso a vigência se estenda para a outra gestão, essa será corresponsável.

Para que o sucedido não sofra as consequências legais da inércia ou deficiência da prestação apresentada pelo sucessor, deve tomar algumas providências básicas para o seu resguardo: a) apresentar uma prestação de contas parcial do que foi realizado durante a sua gestão, guardando prova do envio (protocolo, etc); b) organizar os documentos comprobatórios das despesas realizadas; c) solicitar, na transição da titularidade do órgão, recibo da documentação entregue ao seu sucessor .

O sucessor, por seu turno, deve verificar a regularidade na execução ou prestação de contas dos convênios vigentes na égide da gestão do antecessor. Constatando falhas, deve ele tomar as medidas legais (instauração de tomada de contas especial), sob pena de corresponsabilidade.

O gestor, como pessoa física, será responsabilizado por impropriedade e/ou irregularidades identificadas na execução ou prestação de contas dos convênios.

No caso de mudança de gestor, o sucessor passa a ser o responsável pela apresentação de contas do convênio. Caso seu antecessor não a tenha feito ou na impossibilidade de fazê-la, o novo gestor deve tomar as medidas legais, com vistas a resguardar o patrimônio público, sob pena de co-responsabilidade.

É importante que o gestor, ao final de seu mandato, preste contas até o limite executado, visando resguardar tanto o patrimônio público, quanto seus direitos individuais .

Assim, os diferentes titulares da presidência da Emdur , da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Planejamento durante a vigência do Convênio n. 004/PGM/2012 são pessoalmente responsáveis pela execução e prestação de contas no período específico de exercício do cargo e, cumulativamente, corresponsáveis pela execução e prestação de contas dos antecessores .

Assim, os diferentes titulares da presidência da Emdur, da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Planejamento durante a vigência do Convênio n. 004/PGM/2012 são pessoalmente responsáveis pela execução e prestação de contas no período específico de exercício do cargo e, cumulativamente, corresponsáveis pela execução e prestação de contas dos antecessores .

Por essa razão, os atos de nomeação e exoneração devem ser trazidos aos autos, a fim de confirmar se houve ou não sucessão nessas pastas durante a vigência do convênio e o prazo para prestação de contas, isto é, entre 8.2.2012 a 1.3.2013.

Do exposto, este Ministério Público de Contas OPINA que sejam realizadas, pela Corte de Contas, as seguintes diligências:

a) seja considerado, para fins de responsabilização, o valor total do convênio (R$4.906.767,00) somado aos valores de origem e de destinação não identificados que circularam na conta n. 8830-7 no mesmo período (transferências de R$1.183.000,00 e cheques depositados de R$2.556.400,00);

b) requerida a Tomada de Contas Especial instaurada através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”;

c) requerer, à Emdur, o extrato dos meses de setembro a dezembro de 2012 da Conta Corrente n. 8830-7, Agência n. 2757-X, (Banco do Brasil); bem como a identificação dos favorecidos pelas operações que retiraram valores da conta (saques, transferências, cheques, etc);

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d) verificar se o restante dos valores do convênio que ficaram por liquidar e o liquidado mas não pago foram, em 2013, pagos a título de restos a pagar ou se foram anulados;

e) apurar a origem e a destinação das transferências na conta n. 8830-7 no valor total de R$1.183.000,00 e dos cheques depositados no valor total de R$2.556.400,00, quantias essas aparentemente estranhas ao presente convênio;

f) juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, especialmente dos titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão e da presidência da Emdur entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas (entre 8.2.2012 a 1.3.2013), para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

Após essas providências, se for apresentada a TCE específica para cada convênio, que sejam estes autos apensados à respectiva TCE. Se não for apresentada, deve-se converter estes autos em Tomada de Contas Especial, nos moldes do art. 44 da LCE 154/1996, abrindo-se oportunidade para o exercício do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CR/1988).

06. Assim, vieram os autos para deliberação.

É o relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

07. Como visto, tratam os autos da análise do Convênio n. 004/PGM/2012, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR, visando à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da empresa municipal premencionada, nos exercícios de 2011/2012.

08. Viu-se que o Corpo Técnico, por meio da manifestação inaugural de fls. 139/147, revelara várias irregularidades atinentes ao Convênio n. 04/PGM/2012, afigurando-se algumas, inclusive, como elemento indiciário de dano ao erário, razão por que opinara pela Audiência dos responsáveis.

09. Tenho que, a meu juízo, razão assiste ao Corpo Instrutivo.

10. Sem dúvidas, há que se ponderar sobre a possibilidade de, ao menos em tese, ser afetado negativamente o patrimônio quer seja econômico e/ou jurídico dos agentes públicos apontados como responsáveis pelos supostos ilícitos descortinados pela Secretaria Geral de Controle Externo, por meio do Relatório Técnico de fls. 139/147, aflorando daí a necessidade de lhes facultar a apresentação das razões de justificativas que julgarem pertinentes.

11. Isto, firme em conferir a máxima eficácia aos princípios constitucionais do due processo of law e seus corolários - máxime o contraditório e a ampla defesa -, estampados no art. 5º, LV, da Constituição da República do Brasil de 1988.

12. Desta forma, deve ser promovida a audiência dos Senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, Klebson Luiz Lavor e Silva – Ex-Presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (período de 01/04/2012 a 01/08/2012) -, Mário Sérgio Leiras Teixeira – Ex-Presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (período de janeiro a março de 2012) –, Jailson Viana de Almeida – Ex-Presidente da EMDUR durante o período de 03/08/2012 a 31/12/2012 -, Sérgio Luiz Pacífico – Ex-Secretário Municipal de Planejamento e Gestão -, Boris Alexander Gonçalves de Souza – Ex-Secretário Municipal de Planejamento e Gestão -, Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora-Geral do Município - e Maria do Rosário Souza Guimarães – Procuradora do Município de Porto

Velho –, para que, em querendo, apresentem as justificativas que entenderem de direito, a teor dos princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88).

13. Quanto às diligências propugnadas pelo Ministério Público de Contas, por intermédio da Cota n. 30/2013 (fls. 166/173-v), tenho que, a meu juízo, hão de prosperar.

14. Com acerto, pleiteou o Parquet de Contas à juntada dos extratos da Conta Corrente n. 8830-7, Agência n. 2757-X, Banco do Brasil, atinentes aos meses de setembro a dezembro de 2012, objetivando, assim, aperfeiçoar a análise ora empreendida nos vertentes autos.

15. É inegável que para melhor deslinde do feito sub examine necessário se faz carreá-lo com os extratos da Conta Corrente n. 8830-7, Agência n. 2757-X, Banco do Brasil, relativos aos meses de setembro a dezembro de 2012, a fim de verificar, com isto, se a conta não foi eventualmente utilizada indevidamente para movimentação de valores estranhos, assim como identificar os agentes responsáveis e os favorecidos com as operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas em tal conta.

16. Igualmente, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) apontado como irregular, bem como identificar os responsáveis pela prática de tais atos, pleiteou o MPC a juntada no feito em testilha dos atos administrativos que nomearam e exoneraram os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão e da presidência da EMDUR entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de 08/02/2012 a 01/03/2013, diante do que há que se determinar ao então Secretário Municipal de Administração de Porto Velho – Senhor Mário Jorge de Medeiros – que apresente os atos administrativos retro declinados.

17. Nada obstante, malgrado tenha a Prefeitura Municipal de Porto Velho instaurado, por meio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013, Tomadas de Contas Especial para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA de nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 102/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”, até a presente data não se tem conhecimento do resultado das referidas TCE’s.

18. Destaque-se que as mencionadas TCE’s foram deflagradas em atendimento à determinação por mim exarada no bojo dos autos n. 29/2013, por meio da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), as quais devem, por consectário lógico, instruir os pertinentes autos de fiscalização que lhes dizem respeito, a exemplo destes.

19. Desta forma, deve ser determinado à Prefeitura Municipal de Porto Velho, que apresente as TCE’,s instauradas em decorrência da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), expedida nos autos n. 029/2013/TCE-RO.

20. No tocante à divergência suscitada pelo MPC, em sua manifestação de fls. 166/173-v, quanto ao valor a ser considerado para fins de imputação aos jurisdicionados – o valor total do convênio (R$4.906.767,00) somado aos valores de origem e de destinação não identificados que circularam na conta n. 8830-7 no mesmo período (transferências de R$1.183.000,00 e cheques depositados de R$2.556.400,00) -, deixo de acolhê-la, por ora, vez que a Unidade Técnica, diante dos elementos indiciários de ilegalidades constantes nos autos em testilha, buscou individualizar a responsabilidade de cada agente público.

21. De mais a mais, só será possível efetivamente cravar o quantum a título de responsabilização dos jurisdicionados com a apresentação da documentação a ser determinada, especialmente com o resultado da TCE deflagrada pela municipalidade, motivo pelo qual mantenho a imputação, neste momento, tal como foi formulada pela SGCE em sua manifestação de fls. 139/147.

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22. Quanto à apuração solicitada pelo MPC, consistente na aferição da origem e destinação dos recursos identificados na Conta Corrente n. 8830-7, Agência n. 2757-X, Banco do Brasil, no valor de R$ 1.183.000,00 (um milhão, cento e oitenta e três mil reais) e dos cheques depositados no importe de R$ 2.556.400,00 (dois milhões, quinhentos e cinquenta e seis mil, quatrocentos reais), assim como verificar se os restantes dos valores do Convênio 04/PGM/2012, por liquidar e os eventualmente liquidados, foram pagos em 2013 a título de restos a pagar se foram anulados, igualmente deixo de acolhê-las, por ora, vez que tal circunstância pode ser esclarecida com a apresentação do resultado da Tomada de Contas de Especial instaurada pela municipalidade, por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013, bem como pela documentação a ser juntada nos vertentes autos.

III – DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, pelos fundamentos lançados em linhas pretéritas, DECIDO:

I - DETERMINAR ao Departamento da 2ª Câmara deste Tribunal, que promova a audiência dos jurisdicionados infracitados, para que, em querendo, no prazo de 15 dias, contados na forma do art. 97, §1º, do RITC, apresente as teses defensivas julgas pertinentes, acerca das supostas irregularidades imputadas pelo Corpo Instrutivo, por meio do Parecer Técnico de fls. 139/147, da forma que se segue:

a) Senhor Mario Sérgio Leiras Teixeira – Presidente da EMDUR durante o período de janeiro a março/2012 -, por ter supostamente infringido o princípio da eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter efetuado controle e acompanhamento dos aludidos recursos com o fito de prestar contas referentes ao termo de Convênio n. 004/PGM/2012, firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 08.02.2012, relativas ao montante de R$ 1.635.589,00 (um milhão, seiscentos e trinta e cinco mil, quinhentos e oitenta e nove reais), que lhe foram repassados, entre os dias 16.02.2012 e 29.03.2012, valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Município de Porto Velho no período de 01/01/2012 a 06/12/2012 - e Sérgio Luiz Pacífico – Ex-Secretário Municipal de Planejamento e Gestão, no período dos repasses -, em razão da omissão ao não fiscalizar e tomar as contas do primeiro (TCE);

b) Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva – Presidente da EMDUR durante o período de 01/04/2012 a 01/08/2012 - por ter suspostamente infringido o princípio da eficiência administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter efetuado controle e acompanhamento dos aludidos recursos com o fito de prestar contas referentes ao termo de convênio n. 004/PGM/2012, firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 08.02.2012, relativas ao montante de R$ 1.635.569,00 (um milhão, seiscentos e trinta e cinco mil, quinhentos e sessenta e nove reais), que lhe foram repassados, entre os dias 23.04.2012 e 25.07.2012, valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Município de Porto Velho no período de 01/01/2012 a 06/12/2012 - e Boris Alexander Gonçalves de Souza – Ex-Secretário Municipal de Planejamento e Gestão, no período dos repasses -, em razão da omissão ao não fiscalizar e tomar as contas do primeiro (TCE);

c) Senhor Jailson Viana de Almeida – Ex-Presidente da EMDUR durante o período de 03/08/2012 a 31/12/2012 - por ter supostamente infringido o Princípio da eficiência administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter efetuado controle e acompanhamento dos aludidos recursos com o fito de prestar contas referentes ao termo de Convênio n. 004/PGM/2012, firmado com prefeitura do município de Porto Velho, em 08.02.2012, relativas ao montante de R$ 1.226.691,75 (um milhão, duzentos e vinte e seis mil, seiscentos e noventa e um reais e setenta e cinco centavos), que lhe foram repassados, entre os dias 18.09.2012 e 29.11.2012, valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito do Município de Porto Velho no período de 01/01/2012 a 06/12/2012 - e Boris Alexander Gonçalves de Souza – Secretário Municipal de Planejamento e Gestão, no período dos repasses -

, em razão da omissão ao não fiscalizar e tomar as contas do primeiro (TCE);

d) Senhora Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora-Geral do Município de Porto Velho -, por ter supostamente infringido o princípio da eficiência administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, ao não adotar as providências necessárias tendentes a acompanhar e fiscalizar junto à SEMPLA a exigência das prestações de contas das parcelas do Convênio n. 004/PGM/2012 repassadas a Empresa de Desenvolvimento Urbano – Emdur -, e em razão disso deixou de se manifestar contrariamente ao repasse das sucessivas parcelas no montante de R$ 4.497.849,75 (quatro milhões quatrocentos e noventa e sete mil, oitocentos e quarenta e nove reais e setenta e cinco centavos);

e) Senhora Maria do Rosário Souza Guimarães - Procuradora do Município de Porto Velho, por ter supostamente infringido os princípios da legalidade e da eficiência administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal nº 099/2000 e 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, em razão de ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do Convênio n. 004/PGM/2012, cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

f) À Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral do Município Carlos Dobbis, para promover a defesa dos interesses do Município naquilo que for pertinente.

II – NOTIFICAR os agentes públicos abaixo discriminados, o que deve ser levado a efeito pelo Departamento da 2ª Câmara desta Corte, para que, no prazo de 15 dias, a contar da intimação, apresentem a documentação ora requerida, sob pena de sanção pecuniária, consoante dicção da norma constante no art. 55 da LC n. 154/96 – TCE, da forma que passa-se a individualizar:

a) Senhor Gerardo Marins de Lima - Presidente da EMDUR-, e/ou quem o substitua na forma da lei, que apresente os extratos bancários, em sua integralidade, da Conta Corrente n. 8830-7, Agência n. 2757-X, Banco do Brasil, relativos aos meses de setembro a dezembro de 2012, identificando todos os agentes responsáveis e favorecidos pelas operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas na precitada conta;

b) Senhor Mário Jorge de Medeiros - Secretário Municipal de Administração de Porto Velho -, e/ou quem o substitua na forma da lei, que carreie os vertentes autos com cópias dos atos administrativos, por meio dos quais foram nomeados e exonerados os titulares que exerceram a chefia do Poder Executivo Municipal de Porto Velho, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão e da presidência da EMDUR, entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de 08/02/2012 a 01/03/2013, além daqueles que eventualmente os tenham sucedido no presente exercício (2013); e

c) Ao Presidente da Comissão de Tomada de Contas Especial, instaurada por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013 (fls. 734 dos autos n. 0029/2013), e/ou quem o substitua na forma legal, Senhor Mirton Moraes de Souza – Procurador do Município -, que apresente o resultado da TCE deflagrada para apurar os indícios de ilegalidade relativos ao Convênio n. 04/PGM/2012, realizado entre o Município de Porto Velho, com a interveniência da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão, e a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano – EMDUR.

III – DÊ-SE CIÊNCIA desta Decisão aos jurisdicionados descritos nas alíneas constantes do item I e II deste decisum, remetendo-lhes, para tanto, cópia integral do Relatório Técnico de fls. 139/147 e da Cota Ministerial n. 30/2013 de fls. 166/173-v;

IV – PUBLIQUE-SE, na forma regimental;

V – JUNTE-SE aos autos em epígrafe; e

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VI – À ASSISTÊNCIA DE GABINETE, a fim de que CUMPRA às determinações insertas nos itens IV e V, da parte dispositiva da presente Decisão, REMETENDO, após, os autos ao Departamento da 2ª Câmara, para cumprimento das medidas constantes nos itens I, II e III desta.

Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, RO, 09 de setembro de 2013.

CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 094/2013. ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – Convênio n. 125/PGM-2011. RESPONSÁVEIS: Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito do Município de Porto Velho e outros. INTERESSADO: Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho - EMDUR. UNIDADE: Prefeitura de Porto Velho – RO. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 201/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Tratam os autos da análise do Convênio n. 125/PGM/2011, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR.

02. A mencionada Inspeção Especial, visou à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho – EMDUR-, nos exercícios de 2011/2012.

03. Objetivando complementar os trabalhos realizados naqueles autos (Processo n. 029/2013), a Secretaria Geral de Controle Externo deflagrou, em apartado, o procedimento em tela, cuja análise preambular do Corpo Instrutivo consubstanciou-se no Relatório Técnico de fls. 48/55.

04. A Diretoria Técnica, em sua manifestação introdutória de fls. 48/55, traz à lume várias irregularidades que conflitam com os regramentos regentes da espécie versada, podendo algumas, inclusive, repercutirem, em tese, de forma danosa em desfavor do erário. Diante disso, sugere que seja promovida a audiência dos responsáveis, a fim de que, em querendo, possam apresentar as alegações que entenderem de direito, acerca das impropriedades evidenciadas pela Unidade Técnica e condensadas na prefalada manifestação, dentre outras recomendações. A propósito, grafa-se trechos do referido Parecer Técnico, ipsis verbis:

[...]

7– CONCLUSÃO

Conclui-se o presente relato asseverando que inobstante a ausência dos processos administrativos que poderiam comprovar cabalmente que as despesas do convênio nº 125/PGM/2011 realizadas e tiveram como beneficiários as empresas citadas no relatório da CPI, e diante desse quadro aterrador, considerando que o grupo (agentes públicos e fornecedores) identificado, segundo os nobres Edis, já vêm atuando de longa data em desfavor da Emdur, entende este Corpo Técnico que os responsáveis à época deverão ser instados a comparecer aos autos para apresentar provas em contrário ou devolver aos cofres públicos o produto

dos seus, muito prováveis, desvios, em razão das irregularidades a seguir descritas:

a) Mario Sérgio Leiras Teixeira – Presidente da EMDUR durante todo o exercício de 2011 por infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 70, Parágrafo Único da CF, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio em razão de, na qualidade de gestor dos recursos, não ter prestado contas relativas ao montante de R$ 971.000,00, que lhe foram repassados referentes ao termo de convênio nº 125/PGM/2011, firmado com prefeitura do município de Porto Velho em 13.12.2011, valor pelo qual deverão responder solidariamente os senhores Eduardo Roberto Sobrinho – Prefeito Município de Porto Velho durante todo o exercício de 2011 e Miriam Saldaña Peres - Chefe de Gabinete do Prefeito, em razão de omissão ao não tomarem as contas do primeiro;

b) Miriam Saldaña Peres - Chefe de Gabinete do Prefeito, em 13.12.2011 (data em que foi assinado o convênio) solidariamente ao Prefeito Eduardo Roberto Sobrinho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 8º da Lei Complementar nº 154/96 e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, por repassar recursos a Emdur no montante de R$ 971.000,00 e não observar a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores quando da assinatura e repasses do convênio nº 125/PGM/2011, e ainda sem que tivessem adotado medidas no sentido de exigi-las como condição para executar novos repasses;

c) Cricélia Fróes Simões – Controladora Geral do Município,por Infringência ao Princípio de Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter tomado providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto a CHEFIA DE GABINETE DO PREFEITO a exigência das prestações contas das parcelas do convênio nº 125/PGM/2011 repassadas a Empresa de Desenvolvimento Urbano – Emdur, e em razão disso deixou de se manifestar contrariamente ao repasse das sucessivas parcelas no montante de R$ 971.000,00;

d) MARIA DO ROSÁRIO SOUZA GUIMARÃES - Procuradora do Município de Porto Velho, por Infringência aos Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal nº 099/2000 e 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, em razão de ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio nº 125/PGM/2011, cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal;

8 – INFORMAÇÕES E RECOMENDAÇÕES ADICIONAIS AO CONSELHEIRO RELATOR.

Sr. Conselheiro Relator,

Considerando a gravidade dos fatos aqui registrados e considerando a total ausência de prestação de contas dos valores repassados à conta do Convênio de nº 125/PGM/2011, no valor de R$ 971.000,00, insta recomendar que:

1. Que os responsáveis pelas irregularidades elencadas nos itens“a” a “d” do item “7 – CONCLUSÃO”, deste relatório, sejam instados a comparecer aos autos com o fito de lhes oportunizar o contraditório e ampla defesa ou para, no caso daqueles citados nos itens “a” e “b”, que recolham os cofres municipais a importância supramencionada, corrigida da data dos repasses até a data do seu efetivo recolhimento;

2. Que seja aplicada ainda aos responsáveis citados nos itens “a” e “b” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 54 da Lei Complementar nº 154/96, por cometimento de ato lesivo ao erário municipal;

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3. Que seja aplicada aos responsáveis citados nos itens “c” e “d” da Conclusão do presente relatório a multa prevista no Art. 55, Inciso II da Lei Complementar nº 154/96, por omissões que culminaram em grave infração à norma legal de natureza financeira, operacional e patrimonial;

Apenas com o objetivo de informar Vossa Excelência, insta acrescentar que no entendimento deste corpo técnico, a remessa do presente relatório ao Ministério Público do Estado de Rondônia já não se faz necessária, em razão de que as irregularidades aqui apontadas já foram objeto do relatório inserto nos autos de nº 00029/2013, cujo documento o preclaro Relator encaminhou àquele parquet em dezembro último.

05. O Ministério Público de Contas, por sua vez, na forma regimental, após examinar detidamente as peças que constituem os vertentes autos, por intermédio da Cota n. 27/2013 (fls. 77/87), da chancela da douta Procuradora Yvonete Fontinelle de Melo, opinou da forma que se transcreve, verbis:

[...]

Lado outro, quisera a Prefeitura a execução de um serviço, deveria, a princípio, ter realizado uma licitação, nos moldes do art. 37, XXI, da Constituição.

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

(...)

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

[...]

Por óbvio, serviços de decoração natalina por si só não se amoldam ao conceito de prestação de serviços públicos, nem, por certo, são de interesse da Emdur, alheias que são ao seu objeto social.

Dessa maneira, parece que incorreram os gestores no tipo penal consignado ao art. 89 da Lei n. 8.666/1993.

[...]

Sendo assim, os celebrantes Senhores Roberto Eduardo Sobrinho, Prefeito, Mirian Saldaña Peres, Chefe de Gabinete do Prefeito, Mário Sérgio Leiras Teixeira, Presidente da Emdur, e Maria do Rosário Souza Guimarães, devem ser chamados aos autos para, querendo, exercer o contraditório e a ampla defesa pela prática de ato eivado de grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, haja vista terem contratado com a Emdur para a execução de serviço estranho ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco e, ainda, fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta sem licitação, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008.

Além disso, considerando que se trata de execução de serviço, seja através de licitação, convênio ou contratação direta, faltam elementos mínimos e indispensáveis que não foram juntados a estes autos, tais como projeto básico e executivo, orçamento detalhado e justificativa do preço

contratado , em que pese parte deles terem sido mencionados no corpo do termo de convênio (fl. 41, itens 1.1 e 1.2).

A respeito, nota-se que foi dada oportunidade para que a Emdur apresentasse cópia de todos os procedimentos administrativos relacionados aos pagamentos efetuados entre jan/2011 a set/2012 (fl. 3), que incluiria cópia do procedimento administrativo n. 02.0191/2011, no qual tramitou o Convênio n. 125/2011. Deixou-se de enviá-las sob a justificativa de estarem em posse do MPE (fl. 5).

Analisando-se o Processo n. 29/2013, que tratou de inspeção especial empreendida na Emdur relativa ao período de jan/2011 a ago/2012, verifica-se que o relatório técnico inicial (fls. 2 a 25 dos autos n. 29/2013) afirmou que:

De início, insta salientar que os trabalhos de Inspeção Especial restaram extremamente prejudicados em razão de total ausência de processos e informações necessárias à sua consecução. (negrito e sublinhado originais)

Isto explica-se pelo fato do Ministério Público Estadual estar de posse de todos os processos administrativos de despesa referentes ao período inspecionado, e também por estar o sistema e contabilidade bloqueado pela EMBRACE, empresa prestadora de serviços de locação de softwares, cujos relatórios de pagamentos por credores e demais razões contábeis encontram-se indisponíveis, segundo informou a Presidência da EMDUR.

(...)

Essa dificuldade emergiu mesmo tendo sido acordada cooperação entre o TCE e o MPE para a fiscalização da Emdur. Destacando-se que:

Todos os processos de despesa estão em posse MPE-RO e todas as prestações de Contas de Convênio estão em posse da CPI da Câmara, conforme se comprova nos documentos constantes do ANEXO I. (negrito original)

O item 7 daquele relatório técnico informa que foram obtidos junto ao Ministério Público Estadual cópias digitalizadas de dez processos. No entanto, da relação que consta às fls. 19-v e 20 verifica-se que o processo atinente ao Convênio 125/PGM/2011 não se encontra entre eles.

Ao fim, recomendou-se que fosse reiterada à Emdur a solicitação de encaminhamento da documentação relativa à prestação de contas dos convênios celebrados em 2011 e 2012, bem como o requerimento de todos os processos de repasses de recursos a título de convênio, efetuados nos exercícios de 2011 e 2012.

Anote-se que, analisando os autos n. 69/2013/TCE-RO, que trata de representação feita pela Câmara Municipal de Porto Velho acerca de irregularidades arroladas em resultado de Comissão Parlamentar de Inquérito, não se encontrou, no relatório final aprovado pelo Legislativo, qualquer remissão ao presente convênio.

Lá, pode-se visualizar requerimento da CPI ao MPE para que encaminhe todos os documentos por ele apreendidos para instruir o processo de investigação parlamentar (fl. 109) e, à Emdur, relatórios de contratos e convênios, contas pagas, empenhos e tomadas de contas dos anos de 2011 e 2012 (fl. 111).

À fl. 139, a CPI corrige o pedido de documentos ao MPE, para especificar que requer cópia de apenas quatro processos específicos, dos quais não faz parte o convênio n. 125/PGM/2011. As cópias remetidas pelo MPE à CPI (fls. 144) não incluem o convênio n. 125/2011 nem a respectiva prestação de contas.

Nesses mesmos autos, às fls. 155 a 161, pode-se visualizar a relação de processos que foram encaminhados da Emdur para o MPE. Dentre eles, consta o do Convênio 125/PGM/2011.

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Todavia, a Secretaria Geral de Controle Externo remeteu, informalmente, a este gabinete, cópia de relatório técnico produzido para atender solicitação do MPE para que o Tribunal fornecesse auxílio técnico na análise de prestações de contas de diversos convênios celebrados entre a Prefeitura de Porto Velho e a Emdur nos exercícios de 2011 e 2012.

Nele, informa-se que foram solicitadas à Emdur, por diversas vezes, as prestações de contas dos convênios, mas que apenas recentemente, após a troca de gestão, foram remetidas cópias de documentos e outros papéis intitulados “prestação de contas”.

Verificando o calhamaço disponibilizado pelo MPE, o Corpo Técnico concluiu que a documentação não reunia os elementos necessários para serem considerados prestações de contas e que, por isso, não havia indícios da efetiva realização dos objetos conveniados.

Registre-se que o Convênio n. 125/PGM/2011 consta na relação a que teve acesso a Unidade Instrutiva. A respeito, entendeu que:

“(...) verifica-se que se trata de processos administrativos de despesa, cujo objeto é a proposta, formalização e repasse de recursos na forma de convênios, conforme listado acima, e que não possuem em seu bojo qualquer caráter de prestação de contas, mesmo porque não se prestam e nem devem se prestar a esse fim.” (negrito e grifo do original)

Dessa maneira, pode-se concluir que os documentos de posse do MPE não se caracterizam como prestações de contas.

Sobre os extratos, nota-se que foi juntado apenas o de dezembro de 2011 (fl. 46), no qual consta o depósito da quantia de R$971.000,00. Não há informação da quantia debitada da conta nem quem foram os favorecidos.

Aprofundar a abordagem desta fiscalização tem importância para o Tribunal de Contas, como instituição que age diligentemente na apuração dos atos e contratos sob suspeita de irregularidade, assim como para a análise micro e macro das despesas realizadas pela empresa, visto a repercussão para a definição do futuro da Emdur, bem como por conta do destaque que o assunto mereceu nos meios jornalísticos.

Ademais, identificar os beneficiários das quantias incrementa as chances de o Poder Público reaver esses valores, haja vista que o leque de pessoas cujos patrimônios serão chamados a responder aumenta, se acaso se concluir que a quantia executada não corresponde à orçada.

Dessa forma, devem-se requerer informações complementares sobre as saídas de erário da conta corrente, analisando-os, em nome do princípio da eficiência a que também se submete a Corte de Contas.

A respeito, em rápida pesquisa na internet, verificou-se que há várias notícias acerca do “Projeto Natal de Todos 2011”, reunindo indícios de que o convênio foi, de fato, executado e que a Emdur participou ativamente na decoração natalina, tendo iniciado os trabalhos por volta de 16.11.2011, quase um mês antes da assinatura do convênio, firmado em 13.12.2011 (vide entrevista concedida pelo então diretor presidente da empresa, Mário Sérgio Leiras Teixeira, em notícia veiculada no site da prefeitura, juntado aos autos).

Despesas realizadas antes da vigência do convênio não podem ser consideradas regulares, pois realizadas sem supedâneo de um vínculo jurídico convenial, com a mera expectativa de que fosse firmado. Apenas o termo de convênio, se firmado dentro das condições legais, autoriza o órgão convenente a realizar as despesas dele oriundas.

A respeito, a IN STN 01/1997 que, por falta de regulação própria é a norma adotada pelo Município de Porto Velho para celebrar seus convênios, veda, expressamente, a realização de despesas em data anterior ou posterior à sua vigência. Veja:

Art. 8º É vedada a inclusão, tolerância ou admissão, nos convênios, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade do agente, de cláusulas ou condições que prevejam ou permitam:

(...)

V - realização de despesas em data anterior ou posterior à sua vigência;

VI - atribuição de vigência ou de efeitos financeiros retroativos;

Ora, se o trabalho de decoração natalina prepara a cidade para a comemoração de um evento anual com data fixa (25 de dezembro), a falta de planejamento dos órgãos conveniados e a morosidade de seus procedimentos administrativos para celebração do convênio geram um prejuízo irreparável ao município, acarretando transtornos e dificuldades à execução dos serviços, tanto para as entidades envolvidas quanto para os destinatários.

Essa irregularidade é grave, podendo resultar na multa prevista ao art. 55, II, da LCE 154/1996, em relação à qual devem os responsáveis serem chamados a exercer o contraditório e a ampla defesa (art. 5º, LV, CR/1988).

De outro giro, antes dessas providências, deve-se trazer aos autos o resultado da Tomada de Contas Especial instaurada pelo atual Prefeito Municipal através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”.

A uma, porque aquelas informações (análise dos extratos e sobre a efetiva execução do convênio) já pode ter sido esclarecida pela TCE municipal, cuja instrução e resultado podem ter exaurido qualquer providência complementar de apuração desta Corte, fazendo-lhe perder o interesse de agir.

A duas, porque a instauração foi determinada pelo próprio Conselheiro Relator através da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), e deve, assim, ser apreciada pela Corte.

Ademais, devem-se juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável.

Isso porque as datas de assinaturas dos termos de convênio e dos aditivos não coincidem com as datas dos repasses nem com as datas de saída dos numerários da conta corrente . O gestor que assinou um termo poderia não estar mais no cargo no momento da execução do serviço e do pagamento, não lhe sendo exigível fazer a prestação de contas de serviço executado posteriormente à saída do cargo.

A respeito, o Corpo Técnico indicou na conclusão do relatório que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira teria ocupado o cargo de Presidente da Emdur durante todo o exercício de 2011. No entanto, deixou de mencionar a fonte dessa informação, a qual não foi encontrada por este gabinete. Questionados, a Secretaria de Processamento e Julgamento e o auditor de controle externo que assinou o relatório à fl. 55 destes autos também não souberam informar.

A Secretaria Regional de Controle Externo de Porto Velho, por sua vez, empreendeu contato telefônico com a gerência de recursos humanos do município, a qual informou que o Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira ficou no cargo entre os dias 30.3.2009 a 2.4.2012; o Senhor Klebson Luiz Lavor e Silva entre os dias 3.4.2012 a 1.8.2012 e o Senhor Jailson Viana de Almeida entre os dias 1.8.2012 a 31.12.2012.

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Lembrando que a responsabilidade pelos convênios é, a princípio, do gestor que assinou o termo. Caso a vigência se estenda para a outra gestão, essa será co-responsável.

Para que o sucedido não sofra as consequências legais da inércia ou deficiência da prestação apresentada pelo sucessor, deve tomar algumas providências básicas para o seu resguardo: a) apresentar uma prestação de contas parcial do que foi realizado durante a sua gestão, guardando prova do envio (protocolo, etc); b) organizar os documentos comprobatórios das despesas realizadas; c) solicitar, na transição da titularidade do órgão, recibo da documentação entregue ao seu sucessor .

O sucessor, por seu turno, deve verificar a regularidade na execução ou prestação de contas dos convênios vigentes na égide da gestão do antecessor. Constatando falhas, deve ele tomar as medidas legais (instauração de tomada de contas especial), sob pena de co-responsabilidade.

O gestor, como pessoa física, será responsabilizado por impropriedade e/ou irregularidades identificadas na execução ou prestação de contas dos convênios.

No caso de mudança de gestor, o sucessor passa a ser o responsável pela apresentação de contas do convênio. Caso seu antecessor não a tenha feito ou na impossibilidade de fazê-la, o novo gestor deve tomar as medidas legais, com vistas a resguardar o patrimônio público, sob pena de co-responsabilidade.

É importante que o gestor, ao final de seu mandato, preste contas até o limite executado, visando resguardar tanto o patrimônio público, quanto seus direitos individuais .

Assim, os diferentes titulares da presidência da Emdur durante a vigência do Convênio n. 18/PGM/2012 são pessoalmente responsáveis pela execução e prestação de contas no período específico de exercício do cargo e, cumulativamente, co-responsáveis pela execução e prestação de contas dos antecessores .

Nessa esteira, a definição da responsabilidade, ao fixar o montante, deve refletir os valores recebidos durante cada gestão em particular, somados aos de seus antecessores.

Este Ministério Público de Contas deixa de se manifestar sobre a atribuição de responsabilização específica, em razão da ausência de materialidade na definição das datas de nomeação e exoneração dos gestores da Emdur.

Do exposto, este Ministério Público de Contas OPINA que sejam realizadas, pela Corte de Contas, as seguintes diligências:

a) requerida a cópia da Tomada de Contas Especial instaurada através do Decreto n. 12.909, de 21 de janeiro de 2013 (fl. 707 dos autos n. 29/2013), para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO nºS 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”;

b) incluir, entre as irregularidades evidenciadas pelo Corpo Técnico, a prática de ato eivado de grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, haja vista a Emdur ter sido contratada para a execução de serviço estranho ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco e, ainda, fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta sem licitação, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008;

c) incluir, entre as irregularidades evidenciadas pelo Corpo Técnico, a prática de despesa atinente ao objeto do convênio em data anterior à sua assinatura, contrariando o art. 8º, V, da IN STN n. 1/1997;

d) requerer, à Emdur, os extratos da Conta Corrente n. 8916-8, Agência n. 2757-X, (Banco do Brasil), de janeiro de 2012; bem como a identificação dos favorecidos pelas operações que retiraram valores da conta criada para a movimentação dos recursos do convênio sob análise (saques, transferências, cheques, etc);

e) juntar aos autos os atos normativos que nomearam e exoneraram os titulares dos cargos aos quais recai responsabilidade acerca das irregularidades detectadas, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) irregular e o titular do cargo por ele responsável;

e) realizar diligências, a fim de apurar se há indícios de que o serviço objeto do convênio (decoração natalina) foi executado na medida do previsto.

Após essas providências, se for apresentada a TCE específica para cada convênio, que sejam estes autos apensados à respectiva TCE. Se não for apresentada, deve-se converter estes autos em Tomada de Contas Especial, nos moldes do art. 44 da LCE 154/1996, abrindo-se oportunidade para o exercício do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CR/1988).

06. Assim, vieram os autos para deliberação.

É o relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

07. Como visto, tratam os autos da análise do Convênio n. 125/PGM/2011, celebrado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho e a Empresa de Desenvolvimento Urbano de Porto Velho (EMDUR), cujos exames preliminares foram evidenciados nos autos de n. 029/2013, por ocasião da Inspeção Especial levada a efeito pela Secretaria Geral de Controle Externo desta Corte na EMDUR, visando à apuração de possíveis irregularidades afetas à gestão de recursos públicos no âmbito da empresa municipal premencionada, nos exercícios de 2011/2012.

08. Viu-se que o Corpo Técnico, por meio da manifestação inaugural de fls. 48/55, revelara várias irregularidades atinentes ao Convênio n. 125/PGM/2011, afigurando-se algumas, inclusive, como elemento indiciário de dano ao erário, razão por que opinara pela Audiência dos responsáveis.

09. Tenho que, a meu juízo, razão assiste ao Corpo Instrutivo.

10. Sem dúvidas, há que se ponderar sobre a possibilidade de, ao menos em tese, ser afetado negativamente o patrimônio quer seja econômico e/ou jurídico dos agentes públicos apontados como responsáveis pelos supostos ilícitos descortinados pela Secretaria Geral de Controle Externo, por meio do Relatório Técnico de fls. 48/55, aflorando daí a necessidade de lhes facultar a apresentação das razões de justificativas que julgarem pertinentes.

11. Isto, firme em conferir a máxima eficácia aos princípios constitucionais do due processo of law e seus corolários - máxime o contraditório e a ampla defesa -, estampados no art. 5º, LV, da Constituição da República do Brasil de 1988.

12. Desta forma, deve ser promovida a audiência dos Senhores Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, Mario Sérgio Leiras Teixeira – Ex-Presidente da EMDUR durante o exercício de 2011 -, Miriam Saldaña Peres – Ex-Chefe de Gabinete do Prefeito de Porto Velho -, Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora Geral do Município - e Maria do Rosário Souza Guimarães – Procuradora do Município de Porto Velho –, para que, em querendo, apresentem as justificativas que entenderem de direito, a teor dos princípios do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV, da CF/88).

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13. Não obstante as eivas de ilegalidades destacadas pela Unidade Técnica em sua manifestação inicial (fls. 48/55), o Ministério Público de Contas, por seu turno, via Cota n. 27/2013 (fls. 77/87), da chancela da douta Procuradora Yvonete Fontinelle de Melo, propugna pela aditivação, no rol das irregularidades atribuídas aos jurisdicionados, da impropriedade atinente à suposta “prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional”, consistente, em tese, na injustificada contratação sem licitação da EMDUR, afrontando o preceptivo inserto no art. 37, XXI, da Constituição Federal, bem como na realização de despesa afeta ao objeto do Convênio n. 125/PGM/2012 em data anterior à sua assinatura.

14. Com razão o Ministério Público de Contas. Explico.

15. Inicialmente averbou o Parquet de Contas que, para a Prefeitura de Porto Velho elaborar e executar o objeto do Convênio em testilha, a princípio, deveria realizar procedimento licitatório, nos moldes do art. 37, XXI, da Carta Magna.

16. Pontuou que, na hipótese versada dos vertentes autos, “não seria o caso de convênio, pois a decoração natalina é objeto estranho aos interesses da Emdur”. Não podendo ser, por consequência, a execução da obra sequer “considerada complementar ou indiretamente auxiliar na consecução dos fins da Empresa”.

17. Aduziu que a contratação em testilha não se amolda às hipóteses de contratação direta insculpidas nos incisos II , VIII e XXVI, do art. 24 da Lei n. 8.666/93, motivo pelo qual não poderia, em tese, a Prefeitura de Porto Velho realizar o Convênio em tela com a EMDUR.

18. Com relação às despesas realizadas antes da vigência do Convênio n. 125/PGM/2011, afirmou o MPC que não podem ser consideradas regulares, pois realizadas sem supedâneo de um vínculo jurídico convenial, com a mera expectativa de que fosse firmado. Apenas o termo de convênio, se firmado dentro das condições legais, autoriza o órgão convenente a realizar as despesas dele oriundas, fato que afronta, em tese, a norma constante no art. 8º, V, da IN 01/1997 do STN.

19. A propósito, passa-se a grafar trechos da Cota Ministerial n. 27/2013 (fls. 77/87) que aludem ao tema em comento, ipsis verbis:

[...]

Considerando que a Lei n. 8.666, de 21 de junho de 1993, traz as hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação, deve-se nela buscar dispositivo que pudesse abrigar a presente despesa.

Nesse diapasão, o art. 24, II, prevê a contratação de serviço com valor máximo de R$8.000,00. O valor da decoração prevista no convênio foi de R$971.000,00, acima do limite da possibilidade de dispensa.

Uma outra possibilidade seria a aplicação do inciso VIII, que permite a contratação sem licitação “para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado”.

A Emdur integra a Administração Pública Municipal e foi criada em 1980, antes da vigência da Lei n. 8.666/1993. Todavia, como explorado mais acima, a utilidade pretendida no convênio é estranha às atribuições da Emdur, não servindo esse dispositivo para acobertar a despesa.

Ainda, uma outra possibilidade seria a do inciso XXVI , segundo a qual a contratação direta seria possível “na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação”.

Ocorre que essa hipótese de dispensa de licitação é restrita à celebração de contrato de programa ou de convênio entre os entes que compõem o organograma da administração pública para, associados, somar esforços para a prestação conjunta de serviços públicos.

É o caso de Municípios que, próximos, unem-se para a prestação do serviço de recolhimento, destinação e tratamento de resíduos sólidos.

Por óbvio, serviços de decoração natalina por si só não se amoldam ao conceito de prestação de serviços públicos, nem, por certo, são de interesse da Emdur, alheias que são ao seu objeto social.

Dessa maneira, parece que incorreram os gestores no tipo penal consignado ao art. 89 da Lei n. 8.666/1993.

Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:

Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa.

Sendo assim, os celebrantes Senhores Roberto Eduardo Sobrinho, Prefeito, Mirian Saldaña Peres, Chefe de Gabinete do Prefeito, Mário Sérgio Leiras Teixeira, Presidente da Emdur, e Maria do Rosário Souza Guimarães, devem ser chamados aos autos para, querendo, exercer o contraditório e a ampla defesa pela prática de ato eivado de grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, haja vista terem contratado com a Emdur para a execução de serviço estranho ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco e, ainda, fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta sem licitação, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008.

Além disso, considerando que se trata de execução de serviço, seja através de licitação, convênio ou contratação direta, faltam elementos mínimos e indispensáveis que não foram juntados a estes autos, tais como projeto básico e executivo, orçamento detalhado e justificativa do preço contratado , em que pese parte deles terem sido mencionados no corpo do termo de convênio (fl. 41, itens 1.1 e 1.2).

[...]

Despesas realizadas antes da vigência do convênio não podem ser consideradas regulares, pois realizadas sem supedâneo de um vínculo jurídico convenial, com a mera expectativa de que fosse firmado. Apenas o termo de convênio, se firmado dentro das condições legais, autoriza o órgão convenente a realizar as despesas dele oriundas.

A respeito, a IN STN 01/1997 que, por falta de regulação própria é a norma adotada pelo Município de Porto Velho para celebrar seus convênios, veda, expressamente, a realização de despesas em data anterior ou posterior à sua vigência. Veja:

Art. 8º É vedada a inclusão, tolerância ou admissão, nos convênios, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade do agente, de cláusulas ou condições que prevejam ou permitam:

(...)

V - realização de despesas em data anterior ou posterior à sua vigência;

VI - atribuição de vigência ou de efeitos financeiros retroativos;

Ora, se o trabalho de decoração natalina prepara a cidade para a comemoração de um evento anual com data fixa (25 de dezembro), a falta de planejamento dos órgãos conveniados e a morosidade de seus

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procedimentos administrativos para celebração do convênio geram um prejuízo irreparável ao município, acarretando transtornos e dificuldades à execução dos serviços, tanto para as entidades envolvidas quanto para os destinatários.

Essa irregularidade é grave, podendo resultar na multa prevista ao art. 55, II, da LCE 154/1996, em relação à qual devem os responsáveis serem chamados a exercer o contraditório e a ampla defesa (art. 5º, LV, CR/1988).

20. Desta forma, tendo em vista que a contratação direta da EMDUR não se amolda, in casu, prima facie, nas hipóteses insertas no art. 24 da Lei n. 8.666/93, concluiu, em tese, o Parquet Contas que a contratação sub examine deu-se de forma irregular, ao arrepio do preceito leal insculpido no art. 37, XXI, da CF/88, o que, se assim for, afigura-se, a princípio, em ilícito penal tipificado pelo art. 89 da Lei n. 8.666/93, não obstante a realização de despesa atinente ao objeto do Convenio em apreço em data anterior a sua assinatura, constitua, em tese, violação da norma constante no art. 8º, V, da IN 01/1997 do STN, razão por que devem ser instados os responsáveis e os signatários do Convênio n. 125/PGM/2011 a se manifestarem sobre tal inconformidade, consoante mandamento inserido no art. 5º, LV, da CF/88.

21. Quanto às diligências propugnadas pelo Ministério Público de Contas, por intermédio da Cota n. 27/2013 (fls. 77/87), tenho que, a meu juízo, hão de prosperar.

22. Com acerto, pleiteou o Parquet de Contas a juntada dos extratos atinentes à Conta Corrente n. 8916-8, 2757-x, Banco do Brasil, objetivando, assim, aperfeiçoar a análise ora empreendida nos vertentes autos.

23. É inegável que para melhor deslinde do feito sub examine necessário se faz carreá-lo com os extratos da Conta Corrente n. 8916-8, Agência 2757-X, Banco do Brasil, referentes ao período de vigência e prestação de contas do Convênio n. 125/PGM/2012, ou seja, de 13/12/2011 a 07/02/2012, a fim de verificar, com isto, se a conta não foi eventualmente utilizada indevidamente para movimentação de valores estranhos, assim como identificar os agentes responsáveis e os favorecidos com as operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas em tal conta.

24. Igualmente, para se fazer um juízo adequado quanto ao tempo da ocorrência do ato (ou omissão) apontado como irregular, bem como identificar os responsáveis pela prática de tais atos, pleiteou o MPC a juntada no feito em testilha dos atos administrativos que nomearam e exoneraram os titulares que exerceram o cargo de Prefeito do Município de Porto Velho, a chefia de Gabinete do Prefeito de Porto Velho e da presidência da EMDUR entre o período de vigência do convênio em voga e da prestação de contas, ou seja, de 13/12/2011 a 07/02/2012, diante do que há que se determinar ao então Secretário Municipal de Administração de Porto Velho – Senhor Mário Jorge de Medeiros – que apresente os atos administrativos retro declinados.

25. Nada obstante, malgrado tenha a Prefeitura Municipal de Porto Velho instaurado, por meio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013, Tomadas de Contas Especial para “apurar irregularidades nas prestações de contas dos Convênios Celebrados pela SEMPLA de nºs 002/PGM/2011, 003/PGM/2011, 003/PGM/2012, 025/PGM/2011, 026/PGM/2011, 062/PGM/2011, 086/PGM/2011, 096/PGM/2011, 114/PGM/2011, 075/PGM/2011, 004/PGM/2012, 059/PGM/2012; GABINETE DO PREFEITO n. 125/PGM/2011, 018/PGM/2012, e SEMES nºs 028/PGM/212, 029/PGM/2012, 030/PGM/2012”, até a presente data não se tem conhecimento do resultado das referidas TCE’s.

26. Destaque-se que as mencionadas TCE’s foram deflagradas em atendimento à determinação por mim exarada no bojo dos autos n. 29/2013, por meio da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), as quais devem, por consectário lógico, instruir os pertinentes autos de fiscalização que lhes dizem respeito, a exemplo destes.

27. Desta forma, deve ser determinado à Prefeitura Municipal de Porto Velho, que apresente as TCE’,s instauradas em decorrência da Tutela Antecipatória Inibitória n. 001/2013/GCWCSC (fl. 680 dos autos n. 29/2013), expedida nos autos n. 029/2013/TCE-RO.

28. Quanto à inspeção solicitada pelo MPC, deixo de acolhê-la, por ora, visto vislumbrar o Órgão Ministerial com tal medida aferir se o objeto do Convênio n. 125/PGM/2011 foi, de fato, executado, circunstância que pode ser esclarecida com a apresentação do resultado da Tomada de Contas de Especial instaurada pela municipalidade, por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013.

III – DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, pelos fundamentos lançados em linhas pretéritas, DECIDO:

I - DETERMINAR ao Departamento da 2ª Câmara deste Tribunal, que promova a audiência dos jurisdicionados infracitados, para que, em querendo, no prazo de 15 dias, contados na forma do art. 97, §1º, do RITC, apresente as teses defensivas que julgar pertinentes, acerca das supostas irregularidades imputadas pelo Corpo Instrutivo e pelo Ministério Público de Contas, por meio dos Pareceres acostados, respectivamente, às fls. 48/55 e 77/87, da forma que se segue:

a) Senhor Mário Sérgio Leiras Teixeira – Ex-Presidente da EMDUR durante o exercício de 2011 -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput, do Art. 37, c/c Art. 70, Parágrafo Único, ambos da CF/88, e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, em razão de não ter, na qualidade de gestor dos recursos, prestado contas relativas ao montante de R$ 971.000,00 (novecentos e setenta e um mil reais) que lhe foi repassado, referente ao Convênio n. 125/PGM/2011, firmado com a Prefeitura do Município de Porto Velho, em 13.12.2011, assim como pela suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, por ter sido a EMDUR contratada para a execução de obra estranha ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008, e, ainda, por ter realizado serviços afetos ao objeto do Convênio n. 125/PGM/2011 em data anterior a sua celebração, em desatenção ao preceito normativo inserido no art. 8º, V, da IN n. 01/1997 do STN;

b) Senhora Miriam Saldaña Peres – Ex-Chefe de Gabinete do Prefeito de Porto Velho, e, solidariamente, o Senhor Roberto Eduardo Sobrinho – Ex-Prefeito Municipal –, por terem infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, insertos no Caput do Art. 37 da Carta Magna c/c Art. 8º da Lei Complementar n. 154/96 e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio n. 125/PGM/2011, por repassarem recursos à EMDUR no montante de R$ 971.000,00 (novecentos e setenta e um mil reais) inobservando a ausência da prestação de contas de parcelas anteriores à assinatura e repasses do Convênio n. 125/PGM/2011, bem como em razão da flagrante conduta omissiva, em tese, configurada pela ausência das medidas necessárias tendentes à exigi-las – instauração de Tomada de Contas Especial -, inclusive, como condição para executar novos repasses, e pela suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, por ter contratado a EMDUR para a execução de obra estranha ao objeto social da empresa municipal, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008, e, ainda, pela realização de despesas afetas ao objeto do Convênio n. 125/PGM/2011 em data anterior a sua celebração, em contrariedade com o preceito normativo inserido no art. 8º, V, da IN n. 01/1997 do STN;

c) Senhora Cricélia Fróes Simões – Ex-Controladora-Geral do Município de Porto Velho -, por ter infringido o Princípio da Eficiência Administrativa, inserto no Caput do Art. 37 da CF/88, c/c Art. 74, Inciso II da Lei Orgânica

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do Município de Porto Velho e Cláusula Quinta do próprio termo de Convênio, dado a sua conduta omissiva, caracterizada pela ausência de providências no sentido de acompanhar e fiscalizar junto ao Gabinete do Prefeito a exigência das prestações de contas das parcelas do Convênio n. 125/PGM/2011 repassadas à Empresa de Desenvolvimento Urbano (EMDUR), bem como por não ter se manifestado de forma contrária aos repasses das sucessivas parcelas que totalizaram o montante de R$ 971.000,00 (novecentos e setenta e um mil reais), assim como por não ter apontado a suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, por ter sido a EMDUR contratada para a execução de obra estranha ao objeto social da empresa, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008, e ainda por não ter apontado a realização de despesas afetas ao objeto do Convênio n. 125/PGM/2011 em data anterior a sua celebração, em contrariedade com o preceito normativo inserido no art. 8º, V, da IN n. 01/1997 do STN;

d) Senhora Maria do Rosário Souza Guimarães - Procuradora do Município de Porto Velho -, por ter infringido os Princípios da Legalidade e da Eficiência Administrativa, insertos no Caput do Art. 37, da Carta Magna, c/c Inciso II do Art. 19 da Lei Complementar Municipal n. 099/2000 e art. 116, § 1º, Incisos II a VII da Lei Federal nº 8.666/93, vez que, ao manifestar-se expressamente com o seu “De Acordo”, deixou de incluir na minuta do convênio n. 125/PGM/2011 cláusulas essenciais que deveriam regulamentar a sua aplicação, exigibilidade da sua prestação de contas, e, sobretudo, a sua fiscalização pelo órgão repassador e de controle interno do Executivo Municipal, e, ainda, por não ter indicado a suposta prática de ato com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza financeira, orçamentária e operacional, em razão de ter sido a EMDUR contratada para a execução de obra estranha ao seu objeto social, que não era de interesse recíproco, bem como fora das hipóteses permissivas de repasse por subvenção, convênio e de contratação direta - sem licitação -, em inobservância ao art. 37, XXI, da Constituição da República, ao art. 3º da Lei Estadual n. 186/1980, ao art. 6º e 7º do Decreto n. 1200/1980, à Lei Municipal n. 1.453/2002, ao art. 26 da LC 101/2000 e Portaria Interministerial do Governo Federal n. 127/2008;

e) À Procuradoria Geral do Município de Porto Velho, na pessoa do Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral do Município Carlos Dobbis, para promover a defesa dos interesses do Município naquilo que for pertinente.

II – NOTIFICAR os agentes públicos abaixo discriminados, o que deve ser levado a efeito pelo Departamento da 2ª Câmara desta Corte, para que, no prazo de 15 dias, a contar da intimação, apresentem a documentação ora requerida, sob pena de sanção pecuniária, consoante dicção da norma constante no art. 55 da LC n. 154/96 – TCE, da forma que passa-se a individualizar:

a) Senhor Gerardo Marins de Lima - Presidente da EMDUR-, e/ou quem o substitua na forma da lei, que apresente os extratos bancários, em sua integralidade, da Conta Corrente n. 8916-8, Agência 2757-X, Banco do Brasil, referentes ao período de vigência e prestação de contas do Convênio n. 125/PGM/2012, ou seja, de 13/12/2011 a 07/02/2012, identificando todos os agentes responsáveis e favorecidos pelas operações financeiras (saques, transferências, cheques, etc.) realizadas na precitada conta;

b) Senhor Mário Jorge de Medeiros - Secretário Municipal de Administração de Porto Velho -, e/ou quem o substitua na forma da lei, que carreie os vertentes autos com cópias dos atos administrativos, por meio dos quais foram nomeados e exonerados os titulares que exerceram o Cargo de Prefeito do Município de Porto Velho, a Chefia de Gabinete do Prefeito de Porto Velho e da presidência da EMDUR entre o período de vigência do convênio e da prestação de contas, ou seja, de 13/12/2011 a 07/02/2012, além daqueles que eventualmente os tenha sucedido no exercício de 2012; e

c) Ao Presidente da Comissão de Tomada de Contas Especial, instaurada por intermédio do Decreto n. 12.909 de 21 de janeiro de 2013 (fls. 734 dos autos n. 029/2013), e/ou quem o substitua na forma legal, Senhor Mirton

Moraes de Souza – Procurador do Município -, que apresente o resultado da TCE deflagrada para apurar os indícios de ilegalidade relativos ao Convênio n. 125/PGM/2011, realizado entre o Município de Porto Velho, com a interveniência do Gabinete do Prefeito de Porto Velho, e a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano – EMDUR.

III – DÊ-SE CIÊNCIA desta Decisão aos jurisdicionados descritos nas alíneas constantes do item I e II deste decisum, remetendo-lhes, para tanto, cópia integral do Relatório Técnico de fls. 48/55 e da Cota Ministerial n. 27/2013 de fls. 77/87;

IV – PUBLIQUE-SE, na forma regimental;

V – JUNTE-SE aos autos em epígrafe; e

VI – À ASSISTÊNCIA DE GABINETE, a fim de que CUMPRA às determinações insertas nos itens IV e V, da parte dispositiva da presente Decisão, REMETENDO, após, os autos ao Departamento da 2º Câmara, para cumprimento das medidas constantes nos itens I, II e III desta.

Para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, RO, 09 de setembro de 2013.

CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO: 3765/2012. ASSUNTO: Quitação de Multa. INTERESSADO: Joelcimar Sampaio da Silva. ORIGEM: Prefeitura Municipal de Porto Velho. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 203/2013/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Os autos originalmente tratavam do Processo Seletivo Simplificado n. 038/SEMAD/2009, do Município de Porto Velho, retornando agora a este Gabinete para apreciação do pedido de Quitação de Multa imputada no Acórdão n. 66/2009-1ª Câmara, item II, ao Senhor Joelcimar Sampaio da Silva – CPF n. 192.029.202-06.

02. O referido Processo Seletivo Simplificado foi apreciado na Sessão da 1ª- Câmara realizada em 1º/09/2009, ocasião em que este Tribunal de Contas prolatou o Acórdão n. 66/2009-1ª Câmara (fls. 03/05), in verbis:

Acórdão n. 66/2009- 1ª Câmara

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise do Edital nº 038/SEMA/2009, do Município de Porto Velho, como tudo dos autos consta.

ACORDAM os Senhores Conselheiros da 1ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto Substitutivo do Conselheiro EDILSON DE SOUSA SILVA, por maioria de votos, vencido o Relator, Conselheiro Substituto LUCIVAL FERNANDES, em:

I – Considerar ilegal o Edital de Processo Seletivo Simplificado nº 38/SEMAD/2009, sem pronúncia de nulidade, em razão do princípio da continuidade dos serviços públicos (artigo 37, “caput”, e 208, inciso I, da Constituição Federal) e da proteção dos direitos fundamentais (artigo 4º, inciso II, 5º, §1º e 6º, ibidem);

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II – Multar o Senhor Joelcimar Sampaio da Silva, em R$ 5.000,00 (cinco mil reais), em face do reiterado descumprimento aos pressupostos da necessidade temporária e excepcional interesse público, imprescindíveis à deflagração de procedimentos licitatórios, nos termos do artigo 103, “caput” e inciso II, combinado com o artigo 55, inciso II, da Lei Complementar nº 154/96;

[...]

03. Diante disto, o jurisdicionado protocolou nesta Corte de Contas Pedido de Parcelamento consoante fl. 01. A Procuradora Geral do Ministério Público de Contas, Drª. Érika Patrícia Saldanha de Oliveira, em seu Parecer de fl. 20, opinou pela concessão do parcelamento, nos termos a seguir:

“(...) Opina o Ministério Público de Contas pela concessão do parcelamento, em 05 (cinco) frações a serem recolhidas em favor do FDI/TCRO, na conta corrente nº 8358-5, agência nº 2757, do Banco do Brasil, devidamente corrigidas à data do recolhimento.”

04. Ato sequencial, foi emitida a Decisão Monocrática n. 010/2013/GCWCSC (fls. 23/24), acolhendo o opinativo ministerial no sentido de conceder parcelamento ao jurisdicionado com fundamento no Caput do art. 34 do Regimento Interno, com a redação dada pela Resolução n. 64/TCER – 2010.

05. Por fim, a informação n. 114/FCPS/2013 (fls. 43/44), concluiu pelo seguinte: “Destarte dos documentos juntados às fls. 30/40, com posterior análise onde se observa que o senhor Joelcimar Sampaio da Silva, cumpriu a determinação constante da Decisão Monocrática nº 018/2013-GCWCSC, referente ao parcelamento das multas objeto do Acórdão nº 066/2009, razão pela qual é que sugiro data vênia, que se dê quitação ao senhor JOELCIMAR SAMPAIO DA SILVA, referente ao inciso II do Acórdão nº 066/2009, nos termos do caput do artigo 35 do Regimento Interno com nova redação proferida pela Resolução 105/2012, bem como, que se informe, ao requerente a possibilidade de requerer a devolução de R$ 79,85 (setenta e nove reais e oitenta e cinco centavos), por haver recolhido à maior.”

É o resumo dos fatos.

DA FUNDAMENTAÇÃO

06. Pois bem.

07. O Senhor Joelcimar Sampaio da Silva efetuou o recolhimento da multa a ele imputada, aos cofres do Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia – FDI/TCE-RO.

08. Tem-se, assim, que a multa aplicada no item II, do Acórdão n. 66/2009, foi devidamente paga, o que está a merecer quitação, na forma da lei.

DO DISPOSITIVO:

09. Ante o exposto, comprovada a regularidade do recolhimento, em consonância com o Parecer do Ministério Público de Contas, e considerando o cumprimento do Acórdão n. 66/2009-1ª Câmara, DECIDO:

I - Dar QUITAÇÃO DE MULTA ao Senhor Joelcimar Sampaio da Silva, inscrito no CPF/MF n. 192.029.202-06, em decorrência do recolhimento do débito consignado no item II, do Acórdão n. 66/2009-1ª Câmara, efetuada em favor do Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas – FDI/TCE-RO, nos termos do art. 26 da Lei Complementar n. 154/96, conforme documentos comprobatórios de fls. 30/40;

II – NOTIFICAR, na forma regimental, o Senhor Joelcimar Sampaio da Silva, para, querendo, requerer na forma da lei a devolução do valor recolhido à maior - R$ 79,85 (setenta e nove reais e oitenta e cinco centavos) -, conforme consta no documento de fl. 42;

III - DÊ-SE CIÊNCIA, ao interessado;

IV - PUBLIQUE-SE, a cargo da Assistência de Gabinete a decisão ora exarada.

V – SOBRESTE-SE os presentes autos no Departamento da 2ª Câmara, para proceder o apensamento aos autos de n. 2176/2009/TCE-RO, onde originou a multa em questão.

Porto Velho, 10 de setembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO

PROCESSO Nº: 3775/11 INTERESSADA: SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO DE PORTO VELHO ASSUNTO: EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO N.001/2011 RESPONSÁVEL: MÁRIO JORGE DE MEDEIROS SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

DECISÃO Nº 309/2013 – 2ª CÂMARA

EMENTA: EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO. PROCESSO ADMINISTRATIVO. IRREGULARIDADES SANADAS PELO RESPONSÁVEL. LEGALIDADE DO ATO. ARQUIVAMENTO.

1. A comprovação de correções de irregularidades apontadas pelo Corpo Instrutivo e pelo Ministério Público de Contas em processo de concurso público é causa idônea para atrair a emissão de juízo de legalidade pela Corte de Contas.

2. Inexistindo irregularidades formais com ênfase a macular certame de concurso público, seu arquivamento é medida de direito que se impõe, por inexistência de razões materiais de sua subsistência. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise da legalidade do Edital de Concurso Público n. 001/2011, deflagrado pela Secretaria de Estado da Administração, como tudo dos autos consta.

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, decide:

I – Considerar legal o Concurso Público n. 001/2011, Processo Administrativo n. 07.02183/2009, publicado no Diário Oficial do Município n. 4110, datado de 24.10.2011, com fundamento no art. 37, II, da CF e em cumprimento às normas estabelecidas na IN n. 013/TCE-RO-2004;

II - Determinar ao Secretário Municipal de Administração, Senhor Mário Jorge de Medeiros, que, em editais vindouros, adote medidas visando a prevenir a reincidência da impropriedade apontada no item 15, letra “b”, dos presentes autos, o que poderá ensejar a aplicação da multa nos termos do art. 55 da Lei Complementar n. 154/96;

III – Dar ciência ao Senhor Mário Jorge de Medeiros, informando-lhe que o Voto e o Parecer Ministerial (fls. 259/261v) estão disponíveis em seu inteiro teor no sítio deste Tribunal (www.tce.ro.gov.br);

IV – Publicar, na forma regimental; e

V – Arquivar.

Participaram da Sessão o Conselheiro PAULO CURI NETO; o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator); o Conselheiro Presidente da 2ª Câmara VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA; o Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA; o Procurador do

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Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA.

Sala das Sessões, 28 de agosto de 2013.

VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Presidente da 2ª Câmara WILBER CARLOS DOS S. COIMBRA Conselheiro Relator SÉRGIO UBIRATÃ M. DE MOURA Procurador do M.P. junto ao TCE-RO

DECISÃO

PROCESSO Nº: 0866/12 INTERESSADA: CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO VELHO ASSUNTO: GESTÃO FISCAL RESPONSÁVEL: EDUARDO CARLOS RODRIGUES DA SILVA RELATOR: CONSELHEIRO WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA

DECISÃO Nº 312/2013 – 2ª CÂMARA

EMENTA: GESTÃO FISCAL. CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO VELHO - EXERCÍCIO DE 2011. AUMENTO DE DESPESA COM PESSOAL DENTRO DO PERÍODO DE 180 (CENTO E OITENTA DIAS) ANTERIORES AO FINAL DO MANDATO. DESCUMPRIMENTO AO QUE DISPÕE O ART. 21 DA LC. N. 101/00. PARECER DESFAVORÁVEL. NÃO ATENDIMENTO AOS PRESSUPOSTOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.

1. O gestor permitiu diversas contratações dentro do período de 180 (cento e oitenta) dias que antecederam o final do seu mandato, aumentando, para tanto, a despesa com gastos com pessoal em evidente afronta ao disposto no art. 21 da LC n. 101/00.

2. Desta forma, a gestão fiscal da Câmara Municipal de Porto Velho, exercício de 2012, NÃO ATENDE aos pressupostos da Lei de Responsabilidade Fiscal. UNANIMIDADE.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam da análise da gestão fiscal da Câmara Municipal de Porto Velho, como tudo dos autos consta.

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por UNANIMIDADE de votos, decide:

I – Considerar que a Gestão Fiscal da Câmara Municipal de Porto Velho, referente ao exercício de 2012, de responsabilidade do Senhor EDUARDO CARLOS RODRIGUES DA SILVA, enquanto Presidente da aludida Casa de Leis, NÃO ATENDEU aos pressupostos de responsabilidade fiscal exigidos na Lei Complementar n. 101/2000, pelo motivo abaixo descrito:

a) descumprimento ao art. 21, parágrafo único, da LRF, por ter permitido que a despesa com pessoal aumentasse nos 180 dias anteriores ao final do mandato.

II – Determinar ao Departamento da 2ª Câmara que encaminhe os presentes autos à Secretaria-Geral de Controle Externo para o devido apensamento ao processo que cuida da prestação de contas anual, do exercício em referência, da Câmara Municipal de Porto Velho, objetivando a apreciação em conjunto;

III – Dar ciência, encaminhando ao atual Presidente da Câmara Municipal de Porto Velho cópia da Decisão, informando-lhe que a decisão e o Parecer Técnico, em seu inteiro teor, encontram-se disponíveis no sítio eletrônico deste Tribunal de Contas (tce.ro.gov.br); e

IV – Publicar, na forma da lei.

Participaram da Sessão o Conselheiro PAULO CURI NETO; o Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator); o Conselheiro Presidente da 2ª Câmara VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA; o Conselheiro-Substituto DAVI DANTAS DA SILVA; o Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA.

Sala das Sessões, 28 de agosto de 2013.

VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro Presidente da 2ª Câmara WILBER CARLOS DOS S. COIMBRA Conselheiro Relator SÉRGIO UBIRATÃ M. DE MOURA Procurador do M.P. junto ao TCE-RO

Município de Rolim de Moura

DESPACHO

PROCESSO: 4977/2004. ASSUNTO: Atos de Admissão de Pessoal. INTERESSADOS: Claudenir Aparecido Fernandes e Maria Aparecida Arantes Ribeiro. ORIGEM: Prefeitura Municipal de Rolim de Moura. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DESPACHO CIRCUNSTANCIADO N. 182/2013/GCWCSC

Retornam os presentes autos acerca da análise de legalidade dos Atos de Admissão de Pessoal decorrentes do Concurso Público regido pelo Edital Normativo n. 001/2001, deflagrado pela Câmara Municipal de Rolim de Moura, referente ao cumprimento do que por mim determinado no Despacho n. 90/2011/GCWCSC (fls. 85/88).

02. Naquele decisum, constatei as seguintes irregularidades:

a) ausência de documentos previstos na Instrução Normativa n. 013/2004/TCERO, tais como: Parecer do Controle Interno quanto à legalidade dos atos de admissão e a publicação do Edital de abertura do certame e do resultado final em Imprensa Oficial, além da cópia do edital de convocação e de nomeação dos servidores em análise nesta peça;

b) ausência de documentos de instrução previstos no art. 22, I da Instrução Normativa n. 13/2004; anexo TC-29, bem como declaração de não acúmulo de cargos, das servidoras Regina Aparecida Felipin Oliveira e Soeli dos Santos Machado.

03. Segue abaixo a relação dos servidores e documentos ausentes daquela municipalidade previstos no art. 22, I da Instrução Normativa n. 013/2004:

Servidora: Soeli dos Santos Machado

Cargo: Zeladora

Documentos irregulares: cópia do edital de convocação e nomeação; formulário de anexo TC29 e; declaração de não acúmulo de cargos.

Servidora: Maria Aparecida Arantes Ribeiro

Cargo: Pedagogo-supervisor

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Documentos irregulares: cópia do edital de convocação e nomeação.

Servidora: Regina Aparecida Alves Felipin Oliveira

Cargo: Professor Classe “A”

Documentos irregulares: cópia do edital de convocação e nomeação; formulário de anexo TC29 e; declaração de não acúmulo de cargos.

Servidor: Claudenir Aparecido Fernandes

Cargo: Professor-matemática

Documentos irregulares: cópia do edital de convocação e ausência de declaração de não acúmulo de cargos.

04. Em resposta à determinação constante do item I do Despacho n. 90/2011/GCWCSC, o Senhor Braulino Carlos, Secretário Municipal de Administração de Rolim de Moura – à época, encaminhou tempestivamente a este Tribunal o Ofício n. 181/2012, de 20/03/2012, juntado às fls. 104/105, acompanhado das cópias dos documentos faltantes, dos servidores a seguir relacionados:

1) Regina Aparecida Alves Felipin Oliveira: a) Edital de Convocação n. 003/2002 (fls. 106/108); b) Decreto de Nomeação n. 521/02 (fls. 109/112); c) Anexo TC-29 da IN n. 013/TCER/2004 (fl. 113); e d) Declaração de não-acúmulo de cargo, emprego, função pública ou proventos (fl. 114);

2) Claudenir Aparecido Fernandes: a) Edital de Convocação n. 003/2003 (fls. 115/118); b) Decreto de Nomeação n. 571/03 (fls. 119/120); e c) Declaração de acúmulo de cargo, emprego, função pública ou proventos (fl. 121);

3) Soeli dos Santos Machado: a) Edital de Convocação n. 006/2003 (fls. 122/124); b) Decreto de Nomeação n. 591/03 (fls. 125/126); c) Anexo TC-29 da IN n. 013/TCER/2004 (fl. 127); e Declaração de não-acúmulo de cargo, emprego, função pública ou proventos (fl. 128);

4) Maria Aparecida Arantes Ribeiro: a) Edital de Convocação n. 010/2003 (fls. 129/131).

05. Ao analisar os documentos apresentados verifico que as determinações do despacho mencionado em linhas pretéritas foram cumpridas parcialmente pela Secretaria de Administração de Rolim de Moura.

06. Explico! No que diz respeito ao item “a” do Despacho n. 90/2011/GCWCSC (fls. 85/88), relativamente à ausência dos documentos previstos na IN n. 013/TCER/2004, constatei que, no concernente a documentação encaminhada pelo senhor Braulino Carlos, pertinente aos atos de admissão dos servidores Soeli dos Santos Machado, Maria Aparecida Arantes Ribeiro, Claudenir Aparecido Fernandes e Regina Aparecida Alves Felipin Oliveira, parte dos documentos não esclarece a legalidade do ato de admissão de dois dos servidores. Veja-se as seguintes situações pendentes detectadas:

a) Foi encaminhada uma Declaração de Acumulação de Cargos pelo Servidor Claudenir Aparecido Fernandes (fl. 121), por meio da qual ele declara acumular cargo de Professor III Matemática, pertencente ao quadro da SEDUC, e exercer o oficio nos períodos da tarde e noite. Contudo, não resta clara a compatibilidade de horários no desempenho dos dois cargos, já que à fl. 75 (Anexo TC-29), encontrei informação atestando que a carga horária laborada pelo servidor neste cargo cuja admissão ora se analisa, é de 40 (quarenta) horas semanais. Assim, entendo existente aparente ilegalidade do ato sob análise, pois, ao menos em uma análise perfunctória, evidente que não há compatibilidade de horários na acumulação em questão. Assim, ao meu ver, faz-se necessário que ao servidor e à administração municipal, sejam oportunizados o contraditório e a ampla defesa, previstos na CF/88, a fim de que, querendo,

saneiem a impropriedade e/ou justifiquem a situação aparentemente irregular; e

b) Da documentação pertinente a servidora Maria Aparecida Arantes Ribeiro, verifico a ausência do Decreto de nomeação, cuja apresentação foi exigida no Despacho n. 90/2011/GCWCSC.

07. Pelo expendido, após análise de todos os documentos e razões de justificativas trazidos aos autos pela unidade jurisdicionada de Rolim de Moura, entendo que realmente o senhor Secretário Municipal de Administração adotou medidas com vistas ao saneamento das irregularidades detectadas, contudo, não logrou êxito completo no intento, em virtude dos fatos acima expostos e, além disto, restou detectada na presente análise, outra situação aparentemente irregular (acumulação ilegal de cargos), razões pelas quais entendo que devem ser os jurisdicionados novamente oficiados, desta vez, para que, querendo, se manifestem acerca dos apontamentos constantes deste despacho.

08. POSTO ISTO, da análise das informações e documentos que compõe os autos, DETERMINO:

I – EXPEÇA-SE ofício ao Senhor Rodrigo Antônio de Andrade – Secretário Municipal de Administração ou quem lhe substitua na forma da lei para que:

a) encaminhe o Decreto de nomeação da servidora Maria Aparecida Arantes Ribeiro, para que subsidie a análise conclusiva do seu respectivo ato de admissão; e

b) notifique o servidor Claudenir Aparecido Fernandes, para, querendo, justifique ou apresente documentos comprobatórios acerca da compatibilidade de horários e carga horária semanal na sua acumulação de cargos, sob pena de ser declarada ilegal a sua admissão no último cargo em que foi empossado;

II – ALERTE-SE ao Secretário Municipal de Administração, do prazo de 15 (quinze) dias, a contar do recebimento da notificação, para encaminhamento dos comprovantes das medidas a serem adotadas, conforme determinado;

III – ADIVIRTA-SE o Senhor Rodrigo Antônio de Andrade ou quem lhe substitua na forma da lei, de que o não atendimento ao que foi determinado ensejará a imediata imputação de multa nos termos do art. 55, IV e § 1º da Lei Complementar n. 154/96;

IV – DÊ-SE CIÊNCIA, ao Senhor Rodrigo Antônio de Andrade – Secretário Municipal de Administração, enviando-lhe cópia do Despacho n. 90/2011/GCWCSC (fls. 85/88), bem como, do presente despacho;

V – PUBLIQUE-SE, a cargo da Assistência de Gabinete a decisão ora exarada;

VI - DECORRIDO O PRAZO ASSINALADO, ou vindo as respostas, encaminhe-se os autos à Unidade Técnica para aditar as incursões tecno-formal.

Ao Departamento da 2ª Câmara para cumprir.

Porto Velho, 10 de setembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO Nº 0422/2008

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UNIDADE: INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE ROLIM DE MOURA – ROLIM-PREVI ASSUNTO: APOSENTADORIA MUNICIPAL INTERESSADO: RAFAEL DE ALMEIDA PIRES RELATOR: Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA n° 098/2013/TCE/RO

EMENTA: APOSENTADORIA VOLUNTÁRIA POR IDADE. PROVENTOS PROPORCIONAIS. RETIFICAÇÃO DO ATO E DA PLANILHA DE PROVENTOS. CONTRADITORIO E AMPLA DEFESA. SÚMULA VINCULANTE Nº 3. NOTIFICAÇÃO. SOBRESTAMENTO DOS AUTOS PARA CUMPRIMENTO DA DECISÃO.

Cuidam os autos da análise, para fins de registro, do ato concessório de aposentadoria voluntária por idade, com proventos proporcionais, do Senhor Rafael de Almeida Pires , no cargo de Serviços Gerais – VII, Código NE-I, com carga horária 40 horas semanais, matrícula nº 10, pertencente ao quadro permanente de pessoal civil da Prefeitura do Município de Rolim de Moura.

Destarte, considerando os fundamentos expendidos, com amparo no inciso IX, do art. 71, da Constituição Federal combinado com art. 108-A do Regimento Interno deste Tribunal, prolato a presente Decisão Monocrática:

I - Determinar ao Superintendente do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Rolim de Moura – Rolim Previ, que se manifeste acerca das impropriedades apuradas no relatório técnico, cuja cópia seguirá em anexo à presente decisão, considerando que o servidor adquiriu o direito à aposentadoria por idade na forma do art. 40, §§ 1º, III, “b”, 3º e 8º da Constituição Federal (redação dada pela EC nº 41/2003) c/c art. 1º da Lei 10.887/2004, que lhe asseguram pagamento de Proventos com base na média aritmética, sem paridade e extensão de vantagens, de forma proporcional, no percentual de 59,25%, todavia o ato concessório está fundamentado no art. 201, inciso I da Constituição Federal e a base de cálculo dos proventos é a remuneração do cargo em que foi aposentado

II – Determinar ao Superintendente do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Rolim de Moura – Rolim Previ, que notifique o Senhor Rafael de Almeida Pires, Inscrito no CPF sob nº 308481729-49 e RG nº 3048620 SSP/PR, para que, querendo, exerça o contraditório e ampla defesa acerca das impropriedades apuradas no relatório técnico, cuja cópia deverá seguir em anexo à presente decisão, considerando que o servidor adquiriu o direito à aposentadoria por idade na forma do art. 40, §§ 1º, III, “b”, 3º e 8º da Constituição Federal (redação dada pela EC nº 41/2003) c/c art. 1º da Lei 10.887/2004, que lhe asseguram pagamento de Proventos com base na média aritmética, sem paridade e extensão de vantagens, de forma proporcional, no percentual de 59,25%, todavia o ato concessório está fundamentado no art. 201, inciso I da Constituição Federal e a base de cálculo dos proventos é a remuneração do cargo em que foi aposentado;

III - Determinar ao Superintendente do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Rolim de Moura – Rolim Previ, que quando da notificação ao Senhor Rafael de Almeida Pires, alerte-o que este Tribunal aguardará a apresentação de eventual defesa pelo prazo de 30 (trinta dias) a contar da efetiva notificação.

IV - Determinar ao Superintendente do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Rolim de Moura – Rolim Previ, que encaminhe a esta Corte os comprovantes de cumprimento das determinações dispostas nos itens I, II e III, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar do recebimento desta, sob pena de cominação das sanções previstas na Lei Complementar nº 154/96 e na legislação correlata;

V - Determinar à Assistente de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, nos termos da Recomendação nº 12/2012-GCOR, publicada no DOE TCE-RO nº 250, de 31.7.2012, sobrestando os presentes autos neste Gabinete, para acompanhamento e posterior análise do feito.

Publique-se,

Notifique-se,

Cumpra-se.

Porto Velho, 09 de setembro de 2013.

DAVI DANTAS DA SILVA Conselheiro Substituto Relator

Município de São Miguel do Guaporé

DESPACHO

PROCESSO N.: 2089/2013 ASSUNTO: Prestação de Contas – Exercício de 2012 INTERESSADO: Prefeitura Municipal de São Miguel do Guaporé - RO RESPONSÁVEIS: Ângelo Fenali Cornélio Duarte de Carvalho Zenildo Pereira dos Santos RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DESPACHO CIRCUNSTANCIADO Nº 184/2013

Cuidam os presentes autos sobre a Prestação de Contas da Prefeitura Municipal de São Miguel do Guaporé/RO, sujeita ao regime de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial deste Tribunal de Contas, nos termos do art. 31 da Constituição Federal; art. 49 da Constituição Estadual; Lei Complementar n. 101/00, de 04 de maio de 2000, Instrução Normativa n. 013/TCE-RO/04, de 18 de novembro de 2004; e Lei Complementar n. 154, de 26 de julho de 1996, de responsabilidade do Sr. Ângelo Fenali – Prefeito, referente ao período de 01.01.2012 a 20.11.2012; Sr. Cornélio Duarte de Carvalho, referente ao interstício compreendido de 21.11.2012 a 31.12.2012, e, também, Senhor Zenildo Pereira dos Santos – Prefeito, referente à legislatura 2013/16, atendendo às disposições pertinentes à matéria.

02. Com efeito, exarou-se Despacho de Definição de Responsabilidade (DDR n. 041/2013/GCWCSC), de fls. 753/761, restando determinado no dispositivo que se promovesse audiência dos responsáveis retro referidos, fixando-se o prazo de 15 dias, a contar da notificação, para, querendo, apresentarem manifestação por escrito.

03. Para tanto, expediu-se os competentes mandados de audiência n. 476/477/478/2013/DP-SPJ, respectivamente, às fls. 765/767.

04. Os interessados Zenildo Pereira dos Santos, às fls. 771/779, e Cornélio Duarte de Carvalho, às fls. 884/887, apresentaram resposta. Contudo, consoante se vê da informação de fl. 1045 – Vol IV, oriunda do Departamento do Pleno, Ângelo Fenali, não foi notificado até o presente momento, em razão de tal interessado reside em um sítio de difícil acesso.

05. Diante disto, retornam os autos a este Gabinete para ciência e deliberação sobre a pertinência da notificação do responsável Ângelo Fenali por Edital.

Eis o breve relato.

D E C I D O.

06. A citação por edital, como se sabe, caracteriza-se como exceção a ser interpretada de forma restrita, só tendo pertinência e cabimento nos casos de evidente impossibilidade de se localizar o responsável para que tome ciência dos fatos que lhe são imputados.

07. Afirmo, portanto, que o esgotamento dos meios de localização do jurisdicionado é providência indispensável à validade da notificação por edital, nos termos do que já decidiu o Supremo Tribunal Federal ao dispor que a citação por edital só é cabível, sob pena de nulidade, depois de

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48 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 512 ano III quarta-feira, 11 de setembro de 2013

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esgotados os meios pessoais para encontrar-se o acusado (RHC 61.406-0-RJ, RT 586/403).

08. Diferente não é o entendimento firmado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, segundo o qual é nula a citação por edital se não esgotadas as diligências necessárias para o chamamento do réu, via mandado (HC 7.967-SP).

09. Pois bem. Analisando se no presente caso tais requisitos encontram-se preenchidos, a resposta é negativa.

10. Por primeiro, não se pode falar no empreendimento de todos os meios necessários à localização do responsável. Ao contrário, a correspondência por meio da qual se lhe notificaria, ficou retida junto aos Correios daquele Município, à espera de retirada (vide documento de fls. 1044).

11. Isso, pois, ao que parece, inexiste no Município em questão o serviço de entrega a domicílio, motivo pelo qual as correspondências conservam-se no prédio dos Correios, aguardando serem tomadas pelos destinatários.

12. Do mesmo modo, não se pode afirmar que o responsável encontra-se em local incerto e não sabido, pois, até o presente momento, sequer se diligenciou até sua residência, a fim de aferir a pertinência do endereço informado às fls. 1045.

13. Sendo assim, tenho por certo que, ao menos por ora, a notificação via edital carece de pertinência e razoabilidade.

14. PELO EXPENDIDO, por não restarem presentes os requisitos autorizadores da notificação por Edital, e visando coibir eventual vício de nulidade, DETERMINO à Secretaria de Processamento e Julgamento, que leve a efeito a notificação do Senhor Ângelo Fenali, para completude da comunicação do ato processual praticado, visando a sua plena ciência do inteiro teor do Despacho de Definição de Responsabilidade n. 041/2013/GCWCSC.

À Secretaria de Gabinete para cumprimento.

Publique-se, na forma regimental.

Porto Velho, 10 de setembro de 2013.

Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra Relator

Atos da Presidência

Portarias

Portaria n. 1116 de 1 de agosto de 2013.

Concede Suprimento de Fundos.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “b” da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOe TCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 609/2013 resolve:

Art. 1º. Conceder Suprimento de Fundos em regime de adiantamento ao servidor ERNESTO JOSÉ LOOSLI SILVEIRA, MOTORISTA, cadastro n 343, na quantia de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).

CÓDIGO PROGRAMÁTICO NATUREZA DE DESPESA VALOR (R$)

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.30 2.500,00

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.39 1.500,00

Art. 2º. O prazo de aplicação do adiantamento será no período de 4.8.2013 a 21.8.2013, que será utilizado para cobrir despesas com abastecimento e manutenção do veículo L200/TRITON/NBG8351 para conduzir equipe de servidores ao município de Nova Mamoré - RO, com apresentação de prestação de contas dentro dos 5 (cinco) dias subseqüentes do término do prazo de aplicação.

Art. 3º A Divisão de Contabilidade – DIVCONT do Departamento de Finanças – DEFIN efetuará os registros referentes à caracterização da responsabilidade do agente e as conferências da documentação comprobatória da aplicação.

Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 4.8.2013.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1354 de 02 de setembro de 2013.

Concede Suprimento de Fundos.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “b” da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOe TCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 0609/2013 resolve:

Art. 1º. Conceder Suprimento de Fundos em regime de adiantamento ao servidor ERNESTO JOSÉ LOOSLI SILVEIRA, MOTORISTA, cadastro n 343, na quantia de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).

CÓDIGO PROGRAMÁTICO NATUREZA DE DESPESA VALOR (R$)

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.30 2.500,00

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.39 1.500,00

Art. 2º. O prazo de aplicação do adiantamento será no período de 2.9.2013 a 7.9.2013, que será utilizado para cobrir despesas com abastecimento e manutenção do veículo L200/TRITON/NBG8351 para conduzir equipe de servidores desta Corte de Contas aos municípios de Ariquemes, Cacoal e Vilhena - RO, com apresentação de prestação de contas dentro dos 5 (cinco) dias subseqüentes do término do prazo de aplicação.

Art. 3º A Divisão de Contabilidade – DIVCONT do Departamento de Finanças – DEFIN efetuará os registros referentes à caracterização da responsabilidade do agente e as conferências da documentação comprobatória da aplicação.

Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 2.9.2013.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Extratos

EXTRATO DE TERMO ADITIVO EXTRATO DO SEGUNDO TERMO ADITIVO AO CONTRATO Nº 39/TCE-RO/2012 ADITANTES – O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA E A EMPRESA AGASUS TERCEIRIZAÇÕES LTDA - ME.

DA ALTERAÇÃO – Alteração das Cláusulas Terceira, Quarta e Oitava, ratificando as demais Cláusulas originalmente pactuadas.

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49 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 512 ano III quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

DO VALOR – Adiciona-se ao contrato a importância de R$ 9.648,86 (nove mil, seiscentos e quarenta e oito reais e oitenta e seis centavos), referente à contratação de 1 (um) posto de servente (pessoa destinada a realização de limpeza), para atender ao quarto andar do prédio anexo deste Tribunal pelo período de 21.8.2013 a 1º.1.2014, perfazendo o valor global de R$490.616,06 (quatrocentos e noventa mil, seiscentos e dezesseis reais e seis centavos), pago mensalmente em parcelas iguais no valor de R$ 42.306,54 (quarenta e dois mil, trezentos e seis reais e cinquenta e quatro centavos).

DA DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA – As despesas correrão por conta da seguinte programação: 01.122.1265.2981.0000, Elemento de Despesa 3390.37 e Nota de Empenho nº 1960/2013.

DO PROCESSO – Nº 3982/2012.

DO FORO – Comarca de Porto Velho-RO.

ASSINAM – Senhor LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA, Secretário-Geral de Administração e Planejamento do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia e a AMANDA ARIAGILA CARVALHO DA SILVA, representante legal da empresa AGASUS TERCEIRIZAÇÕES LTDA - ME.

Porto Velho, 5 de setembro de 2013.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento/TCE-RO

Deliberações Superiores

DECISÃO PROCESSO No: 3268/13 - TCE-RO INTERESSADA: Sílvia Mara Metchko ASSUNTO: Conversão em pecúnia de dias trabalhados durante o recesso 2012/2013

Decisão n. 108/13/GP

ADMINISTRATIVO. CONVERSÃO EM PECÚNIA. RECESSO. ESCALA DE PLANTÃO. PAGAMENTO. AUTORIZAÇÃO. 1. A LC 154/96 e a Resolução 05/96 disciplinam o recesso nesta Corte de Contas, sendo a escala de plantão designada por portaria. 2. Tendo a servidora sido incluída na escala de plantão e comprovada sua frequência, faz ela jus à conversão, desde que atestada a disponibilidade orçamentária e financeira. 3. Autorização para a adoção das providências necessárias.

Relatório

Trata-se de requerimento subscrito pela servidora Sílvia Mara Metchko, objetivando a conversão em pecúnia dos dias trabalhados no recesso 2012/2013, conforme a Portaria n. 2.031/2012, e de acordo com as disposições da Portaria n. 1.187/2012 (fls. 01).

2. Instruídos os autos pela Secretaria de Gestão de Pessoas (Instrução n. 171/Segesp – fls. 11), a Assessoria Jurídica, por meio do Parecer n. 448/ASSEJUR-2013, posicionou-se nos seguintes termos (fls. 14/16):

Nos termos da fundamentação supra, conclui-se que o pedido formulado pela servidora SILVIA MARA METCHKO poderá ser acolhido, conforme apurado pela SEGESP no demonstrativo de fl. 10, num valor total de R$ 2.163,52 (dois mil, cento e sessenta e três reais e cinquenta e dois centavos), correspondentes a conversão em pecúnia dos dias úteis trabalhados no recesso 2012/2013.

É o relatório.

3. Segundo o art. 64 da Lei Complementar n. 154/96, o Tribunal de Contas fixará no Regimento Interno, os períodos de funcionamento das sessões

do Plenário e das Câmaras e o recesso que entender conveniente, sem ocasionar a interrupção de seus trabalhos. Nesta esteira, a Resolução n. 05/96 preconiza:

Art. 123 – (...)

§ 1° - O recesso previsto no art. 64 da Lei Complementar n° 154, de 26 de julho de 1996, ocorrerá no período de 20 de dezembro a 06 de janeiro e não ocasionará a interrupção dos trabalhos do Tribunal de Contas, quanto ao atendimento aos casos urgentes, novos ou em curso;

§ 2° - O Presidente baixará portaria dispondo sobre a suspensão do expediente da Corte de Contas durante o período de recesso que deverá, igualmente, suspender os prazos processuais e a publicação de acórdãos e decisões, bem como a notificação de partes ou advogados, nas Câmaras e no Pleno, exceto com relação às matérias consideradas urgentes.

4. Diante disso, esta Presidência expediu a Portaria n. 1187/2012 (fls. 08), disciplinando o funcionamento das unidades do Tribunal de Contas durante o recesso, determinando a definição de escala de plantão de servidores e autorizando a conversão em pecúnia dos dias trabalhados durante esse período:

Art. 5º - Os servidores que trabalharem durante o recesso terão direito a afastamento do serviço por número de dias igual ao que permanecerem de plantão, impreterivelmente, no exercício de 2013, de acordo com escala previamente estabelecida pelos respectivos dirigentes das unidades. (...)

§ 5º - Caso os Agentes Públicos convocados para o plantão optem por não usufruir do direito ao afastamento do serviço por número de dias igual ao que permanecerem de plantão, poderão requerer a conversão desse período em pecúnia, observada a conveniência e oportunidade da administração, bem como a disponibilidade orçamentária e financeira.

5. Vê-se, desta feita, que o nome da servidora encontra-se na Portaria n. 2.031/13 (fls. 02), e que sua frequência durante o período, entre 26.12.2013 e 06.01.2013, foi certificada pela chefia imediata, conforme os registros de fls. 03 e 07, fazendo jus ao atendimento do pleito.

6. Finalmente, embora legítimo o direito do requerente, não se verifica nos autos a indicação de disponibilidade orçamentária e financeira para o pagamento, exigência da última parte do § 5º do art. 5º supra transcrito.

7. Desta feita, determino o encaminhamento dos autos à Secretaria-Geral de Administração e Planejamento para adoção das seguintes providências:

I - Pagamento dos valores correspondentes à conversão em pecúnia dos dias em que a servidora Sílvia Mara Metchko esteve convocada para o plantão no recesso 2012/2013, conforme planilha de fls. 10, desde que comprovada a disponibilidade orçamentária e financeira;

II – Cientificação da interessada quanto ao teor desta decisão.

Publique-se.

Registre-se.

Cumpra-se.

Porto Velho, 10 de setembro de 2013.

Conselheiro PAULO CURI NETO Presidente em Exercício

DECISÃO

PROCESSO No: 3302/13 - TCE-RO INTERESSADO: Ney Luiz Santana

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ASSUNTO: Pagamento de remuneração referente à substituição do servidor Fernando Ocampo Fernandes

Decisão n. 109/13/GP

ADMINISTRATIVO. SUBSTITUIÇÃO. CARGO EM COMISSÃO. TRINTÍDIO LEGAL. PAGAMENTO. AUTORIZAÇÃO. 1. O art. 268-A do Regimento Interno preconiza que servidor fará jus à vantagem de substituição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia, nos casos de afastamento ou impedimento legal do titular, inferior, igual ou superiores a 30 dias, desde que a acumulação dos lapsos de substituição ultrapasse esse trintídio legal. 2. Tendo o servidor atuado como substituto designado por 35 dias, faz jus ao pagamento pleiteado. 3. Autorização para a adoção das providências necessárias.

Relatório

Trata-se de requerimento subscrito pelo servidor Ney Luiz Santana, objetivando o pagamento de remuneração referente à substituição do servidor Fernando Ocampo Fernandes no cargo em comissão de Assessor de Comunicação Social Chefe, CDS-5, pelo período de 35 dias, nos termos do art. 268-A do Regimento Interno (fls. 01).

2. Instruídos os autos pela Secretaria de Gestão de Pessoas (Instrução n. 66/Segesp – fls. 07), a Assessoria Jurídica manifestou-se por meio do Parecer n. 447/ASSEJUR-2013 (fls. 09), nos seguintes termos:

Assim, como o servidor/requerente ultrapassou o trintídio legal previsto no Artigo 286-A do Regimento Interno desta Corte de Contas em substituição no cargo de Assessor de Comunicação Chefe, para o qual foi designado pelas Portarias juntadas às fls. 2/3, o pedido pode ser acolhido nesta oportunidade, o que nos leva opinar pelo deferimento, devendo ser pago nos termos da planilha elaborada pela Divisão de Pagamento da Secretaria de Gestão de Pessoas (fl. 06), no valor total de R$ 1.696,31 (um mil, seiscentos e noventa e seis reais e trinta e um centavos).

É o relatório.

3. Compulsando os presentes autos, verifica-se não haver óbice para atendimento do pleito.

4. De fato, art. 54 da Lei Complementar n. 68/92 prescreve que haverá substituição em caso de impedimentos legais de ocupantes de cargos em comissão, e que o substituto fará jus à gratificação pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia, nos casos de afastamento ou impedimento legal do titular, superiores a 30 dias, paga na proporção dos dias de efetiva substituição.

5. Nesta esteira, o art. 268-A do Regimento Interno desta Corte de Contas, acrescido pela Resolução n. 80/TCE-RO/2011, preconiza:

Art. 268-A. O servidor fará jus à vantagem de substituição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia, nos casos de afastamento ou impedimento legal do titular, inferior, igual ou superiores a 30 (trinta) dias, desde que a acumulação dos lapsos de substituição ultrapasse esse trintídio legal.

6. Assim, conforme a Instrução n. 66/Segesp (fls. 07), o servidor atuou como substituto designado por 35 dias, nos termos das Portarias encartadas às fls. 02/03, fazendo jus ao pagamento pleiteado.

7. Desta feita, alicerçado no Parecer n. 447/ASSEJUR-2013 (fls. 09), determino o encaminhamento dos autos à Secretaria-Geral de Administração e Planejamento para adoção das seguintes providências:

I – Pagamento ao servidor Ney Luiz Santana referente a 35 dias de substituição no cargo em comissão de Assessor de Comunicação Social Chefe, CDS-5, conforme planilha de cálculos de fls. 06;

II – Dê-se ciência ao interessado.

Publique-se.

Registre-se.

Cumpra-se.

Porto Velho, 10 de setembro de 2013.

Conselheiro PAULO CURI NETO Presidente em Exercício

Sessões

Atas

ATA DO PLENO

ATA DA 1ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO PLENO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, REALIZADA NO DIA 22 DE JULHO 2013.

Aos vinte e dois dias do mês de julho de dois mil e treze, às oito horas, reuniu-se o Plenário do Tribunal de Contas, sob a Presidência do Conselheiro JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO, secretariado por JÚLIA AMARAL DE AGUIAR, Diretora do Departamento do Pleno. Presentes os Conselheiros EDÍLSON DE SOUSA SILVA, VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, FRANCISCO CARVALHO DA SILVA, PAULO CURI NETO, WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA e o Conselheiro-Substituto FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA. Presente, ainda, a Procuradora-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA. Observado o quórum, o Presidente declarou aberta a Sessão e passou-se a fase de JULGAMENTO E APRECIAÇÃO DE PROCESSOS NOS TERMOS DO ARTIGO 170 DO REGIMENTO INTERNO – O Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA relatou o PROCESSO Nº 2443/2013 - INTERESSADA: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE RONDÔNIA - ASSUNTO: RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL – PRIMEIRO QUADRIMESTRE/2013 - RESPONSÁVEL: JOSÉ HERMÍNIO COELHO – PRESIDENTE - CPF 117.618.978-61. Voto: “I – Alertar o Presidente do Poder Legislativo, ou quem estiver lhe sucedendo, que a meta de recondução de pelo menos 1/3 (um terço) das despesas excedentes com pessoal, no primeiro quadrimestre do presente exercício, em juízo provisório, não foi alcançada, o que impõe o dever de adoção imediata de medidas voltadas à recondução aos limites fixados no artigo 20, II, “a”, da Lei de Responsabilidade Fiscal, no segundo quadrimestre que se encerra no próximo mês de agosto, sob pena de ensejar, se mantida a presente conclusão de inobservância do preconizado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, a reprovação das contas anuais, sem prejuízo das demais sanções previstas na legislação; II – Dar ciência ao Presidente da Assembleia Legislativa de que as despesas com abono provisório (Lei nº 2.935/2012), com as obrigações patronais incididas sobre o décimo terceiro salário das rescisões, bem como com as relacionadas ao 1/3 (um terço) constitucional de férias serão consideradas pelo Tribunal de Contas, por ocasião da apuração dos limites do artigo 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal, como despesa com pessoal de caráter remuneratório, ainda no segundo quadrimestre deste exercício; III – Dar ciência ao Presidente do Poder Legislativo de que as despesas com abono de permanência serão consideradas pelo Tribunal de Contas, por ocasião da apuração dos limites do artigo 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal, como despesa com pessoal de caráter remuneratório a partir do terceiro quadrimestre deste exercício, nos termos da fundamentação do voto; IV – Advertir da impossibilidade de admitir pessoal, mesmo que em substituição, enquanto persistir a realização de despesa com pessoal acima do limite prudencial (95%), nos termos do artigo 23 da Lei de Responsabilidade Fiscal; V – Dar ciência ao Presidente do Tribunal de Contas de que as despesas com abono de permanência serão consideradas pelo Tribunal de Contas, por ocasião da apuração dos limites do artigo 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal, como despesa com pessoal de caráter remuneratório a partir do terceiro quadrimestre deste exercício, nos termos da fundamentação do voto; VI – Dar conhecimento do voto e desta Decisão ao Presidente do Poder Legislativo e ao Presidente do Tribunal de Contas; e VII – Encaminhar os autos à Secretaria de Processamento e Julgamento para a

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adoção das medidas de estilo, após deverão os autos ser apensados ao processo da prestação de contas anual da Assembleia Legislativa.” O Presidente, Conselheiro JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO, concedeu a palavra à Procuradora-Geral do Ministério Público, ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA, que se manifestou nos seguintes termos: "O Ministério Público de Contas compartilha do entendimento explanado no voto apresentado pelo Relator." Submetido à discussão, o Conselheiro PAULO CURI NETO se manifestou nos seguintes termos: "Quero cumprimentar o Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA pela cautela adotada de, antes de concluir o segundo quadrimestre, lançar publicamente essas advertências em função do que se viu no Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do Poder Legislativo, é possível que a administração do legislativo fosse induzida ao equívoco, entendendo que está cumprindo o limite quando na prática, por ter desconsiderado algumas despesas, não estaria cumprindo. Mesmo sem o segundo RGF concluído, é do todo salutar que a Corte se reúna para antecipar um posicionamento sobre uma ou outra despesa controvertida para que, ciente da posição da Corte, o Chefe do Poder Legislativo tenha condições de promover o reenquadramento ainda no segundo quadrimestre, porque todos sabemos, é nesse sentido a jurisprudência da Corte que, se não for observado o prazo de dois quadrimestres para o reenquadramento, as consequências são bastante severas. É de todo salutar que a Corte se reúna para dizer qual o pensamento que deve prevalecer, para que não se diga depois que o gestor não teve ciência antecipada e, principalmente, para que se evite a consumação dessas falhas, porque a razão de ser desta Corte não é punir quem quer que seja pelo cometimento do ilícito é, de preferência evitar o cometimento desse ilícito. Penso ser bastante adequada a proposição apresentada pelo Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA, e já antecipo minha posição favorável." O Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA se manifestou nos seguintes termos: "Gestão Fiscal deve ser acompanhada diuturnamente. Vossa Excelência tem sido um exemplo de austeridade, sempre com "um pé atrás" em relação aos excedentes de gastos, esse zelo é necessário, por ser um comando da lei, e nisso, me apego no exemplo da conduta de Vossa Excelência, sempre desconfiando do resultado futuro, porque vivemos numa época de muita recessão econômica. O que me causa bastante prevenção é que a receita que temos de recebimento do Estado, em função de economia recessiva, é de queda, as despesas de pessoal também são incomprimíveis, geram crescimento independente de qualquer admissão nova, faz só aumentar, porque a própria lei já atribui acréscimo horizontal de despesa. Agora, se tiver acréscimo vertical, no sentido de aumento de salário ou aumento de pessoal é pior ainda. Vivemos uma situação em que a despesa vai aumentar. Parabenizo o Relator, acho que as instituições nos Estados e Municípios sofrem bastante com a recessão brasileira. Com base nos fundamentos apresentados pelo Relator e arrimado no artigo 66 da LRF de decréscimo de renda do país e a austeridade que estamos implementando, penso que caminha bem o Relator." Submetido à votação, o Plenário, por unanimidade de votos, decidiu nos termos do voto do Relator. COMUNICAÇÕES DIVERSAS - Facultada a palavra e como dela ninguém fez uso, o Presidente declarou encerrada a Sessão às 9 horas e 17 minutos e, para constar, eu, JÚLIA AMARAL DE AGUIAR, Diretora do Departamento do Pleno, lavrei a presente ata que, depois de lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Conselheiros e Procuradora presentes.

Sala das Sessões, 22 de julho de 2013.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente EDÍLSON DE SOUSA SILVA Conselheiro VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA Conselheiro PAULO CURI NETO Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Conselheiro FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA Conselheiro-Substituto

ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA Procuradora-Geral do M. P. junto ao TCE-RO

Pautas

PAUTA 1ª CÂMARA

Pauta elaborada nos termos do art. 170 do Regimento Interno, relativa aos processos abaixo relacionados, bem como àqueles adiados de pautas já publicadas, que serão julgados/apreciados em Sessão Ordinária, que se realizará no Plenário desta Corte (localizado na Av. Presidente Dutra, 4229, Bairro Olaria - térreo), em 17 de setembro de 2013, às 9 horas. Na hipótese da sessão ser interrompida por razão de qualquer ordem, os processos remanescentes de pauta poderão ser apreciados em sessão que se reiniciará no primeiro dia útil imediato, independentemente de publicação de nova pauta.

Obs.: Para a sustentação oral, conforme previsto no art. 87 “caput” do Regimento Interno desta Corte, as partes ou os procuradores devidamente credenciados deverão requerê-la, previamente, ao Presidente da Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia até o início da Sessão.

01 - Processo n. 1451/2006 (Apensos Processos n. 854, 1755, 2183, 2275, 2699, 2874, 3136, 3526, 3480, 3739, 3871, 3934, 4962, 5491, 5716, 5973, 6424/2005; 0025, 503, 1062, 1190/2006) - Prestação de Contas – Exercício de 2005 Interessados: Secretaria de Estado da Saúde/Fundo Estadual de Saúde Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2005 Responsáveis: Milton Luiz Moreira – CPF n. 018.625.948-48 - Ex-Secretário da Sesau; Lairton Santos Moreira – CPF n. 499.147.072-20 – Ex-Chefe do Controle Interno; Lauricélia de Oliveira e Silva – CPF n. 591.830.042-20 - Ex-Chefe da Contabilidade. Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 02 - Processo n. 1432/2009(Apensos Processos n. 4170, 4171/2008; 0501, 0503/2009) - Prestação de Contas – Exercício de 2008 Interessada: Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária - Seagri Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2008 Responsável: Carlos Magno Ramos - CPF n. 365.470.506-53 – Secretário de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária. Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 03 - Processo n. 1595/2010 - Prestação de Contas – Exercício de 2009 Interessado: Fundo Municipal de Saúde de São Miguel do Guaporé Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2009 Responsável: José Geraldi – CPF n. 206.434.971-53 – Secretário Municipal de Saúde Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 04 - Processo n. 1378/2011 - Prestação de Contas – Exercício de 2010 Interessado: Fundo Municipal de Saúde de Pimenta Bueno Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2010 Responsáveis: Elisário Pedro Benevenutti – CPF n. 295.726.579-68 – Secretário Municipal de Saúde, no período de 1º.1.2010 a 4.7.2010; Celso de Souza Bueno – CPF n. 425.939.722-20 – Secretário Municipal de Saúde, no período de 5.7.2010 a 31.12.2010 Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 05 - Processo n. 839/2009 - Aposentadoria Estadual Interessada: Clarice Helena Ribeiro – CPF n. 316.513.052-34 Assunto: Aposentadoria estadual Origem: Governo do Estado de Rondônia Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 06 - Processo n. 2880/2002 - Aposentadoria Estadual Interessado: Erasmo José da Silva – CPF n. 084.781.632-04 Assunto: Aposentadoria estadual Origem: Governo do Estado de Rondônia Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 07 - Processo n. 1523/2010 - Prestação de Contas – Exercício de 2009

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Interessado: Fundo Municipal de Assistência Social de Ministro Andreazza Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2009 Responsável: Deize Adelina Ansanello Onofre Marinho – CPF n. 049.277.128-69 – Secretária Municipal de Assistência Social Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 08 - Processo n. 1586/2011 - Prestação de Contas – Exercício de 2010 Interessado: Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Ministro Andreazza Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2010 Responsável: Elenilda Agezislau de Souza Sering – CPF n. 360.195.502-49 – Secretária Municipal de Assistência Social Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 09 - Processo n. 1413/1987 (Apensos Processos n. 1158, 1384, 1686, 1687, 1688/1986; 0774, 0775, 0776, 0777, 0778, 0779, 0780/1987) - Prestação de Contas Interessado: Centrais Elétricas de Rondônia – Ceron Assunto: Prestação de Contas do exercício de 1986 Responsáveis: Olympio Barbanti– CPF nº 032.782.478-68 – Presidente de 1º.1.1986 a 28.8.1986; Luiz Mario Rangel Moreira – CPF nº 012.535.307-34 – Presidente de 28.8.1986 a 31.12.1986 Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 10 - Processo n. 1545/2008(Apenso Processo n. 1942/2007) - Prestação de Contas Interessada: Câmara Municipal de Ji-Paraná Assunto: Prestação de Contas do Exercício de 2007 Responsável: Raimundo Isaú da Fonseca – CPF n. 286.283.732-68 – Vereador Presidente Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 11 - Processo n. 1420/2009 (Apenso Processos n. 2210/2008) - Prestação de Contas Interessada: Câmara Municipal de Pimenta Bueno Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2008 Responsável: Ananias Pereira de Jesus - CPF n. 090.545.452-91 – Vereador Presidente Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 12 - Processo n. 1216/2010 (Apensos Processos n. 0212, 0634, 0948, 1905, 2516, 2823, 2904, 3210, 3535, 3945, 4229/2009; 0053, 1034/2010) - Prestação de Contas Interessada: Coordenadoria-Geral de Apoio à Governadoria Assunto: Prestação de Contas do Exercício de 2009 Responsáveis: Carlos Alberto Canosa - CPF n. 863.337.398-04 – Coordenador-Geral, Maria Dionéia Nogueira da Silva Oliveira – CPF n. 183.306.492-53 – Gerente Administrativo e Financeiro Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 13 - Processo n. 1342/2011 - Prestação de Contas Interessado: Serviço Autônomo de Águas e Esgotos de Vilhena - SAAE Assunto: Prestação de Contas Exercício de 2010 Responsável: Josafá Lopes Bezerra – CPF n. 606.846.234-04 – Diretor-Geral Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 14 - Processo n. 1112/2009 - Auditoria Interessada: Câmara Municipal de Espigão do Oeste Assunto: Auditoria - Análise Prévia do Ato de Fixação de Subsídios dos Vereadores – Legislatura 2009/2012 Responsáveis: Décio Barbosa Lagares – CPF n. 270.079.872-49 - Vereador Presidente Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 15 - Processo n. 0178/2013 - Edital de Pregão Eletrônico Interessado: Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Assunto: Edital de Pregão Eletrônico n. 01/2013 – Contratação de Serviços Especializados – Software integrado de Gestão Pública e Cidade Responsáveis: José Euler Potyguara Pereira de Mello – CPF n. 075.215.702-78 – Presidente do TCE-RO; Marcelo de Araújo Rech – CPF n. 413.241.610-00 – Secretário de Informática do TCE-RO e Márlon Lourenço Brígido – CPF n. 839.175.272-00 – Pregoeiro Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 16 - Processo n. 2748/2013 - Edital de Pregão Eletrônico Interessada: Prefeitura Municipal de Pimenta Bueno Assunto: Edital de Pregão Eletrônico n. 054/2013/SRP

Responsáveis: Jean Henrique Gerolomo de Mendonça – CPF n. 603.371.842-91 – Prefeito Municipal e Sueli Gottselig Cristino - CPF n. 027.155.359-61 – Pregoeira Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 17 - Processo n. 2427/2010 - Fiscalização de Atos e Contratos Interessada: Fazenda Pública Estadual Assunto: Fiscalização de Atos e Contratos Responsável: José Alberto Anísio – CPF n. 555.313.429-34 - Secretário de Estado da Administração Adjunto Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA

Porto Velho, 10 de setembro de 2013.

Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA Presidente da 1ª Câmara em Exercicio

Licitações

Avisos de Licitação

ABERTURA DE LICITAÇÃO AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 41/2013/TCE-RO

O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, por intermédio de sua Pregoeira, designada pela Portaria nº 1.215/2013/TCE-RO, em atendimento ao solicitado pelo Secretário-Geral de Administração e Planejamento, Processo 3033/2013/TCE-RO, e autorizado pelo Excelentíssimo Senhor Conselheiro Presidente, torna pública a abertura do certame licitatório na modalidade Pregão, em sua forma eletrônica, tipo menor preço global, realizado por meio da internet, no site: www.comprasnet.gov.br, local onde se encontra disponível o Edital para download gratuito. O certame será regido pelas disposições da Lei Federal 10.520/02, do Decreto Federal 5.450/05, da Lei Complementar 123/06, das Resoluções Administrativas 13/2003-TCRO, 32/2006-TCER, da Lei Estadual 2.414/11, da Lei Federal 8.666/93 e demais legislações pertinentes, segundo as condições e especificações adiante estabelecidas neste Edital e seus anexos, visando formalização de contrato administrativo para execução direta pelo regime de empreitada por preço unitário, tendo como unidade interessada o próprio Tribunal de Contas do Estado de Rondônia. A abertura da sessão pública será no dia 24/09/2013, horário: 10h (horário de Brasília-DF). OBJETO: contratação de empresa especializada para prestar serviços de lavagem e polimento nos veículos oficiais de diversas marcas, pertencentes à frota do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, com valor total estimado em R$ 46.439,00 (quarenta e seis mil quatrocentos e trinta e nove reais), conforme especificações técnicas e condições complementares descritas nos Anexos do Edital.

Porto Velho - RO, 11 de setembro de 2013.

FERNANDA HELENO COSTA VEIGA Pregoeira/TCE-RO