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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil. DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Porto Velho - RO sexta-feira, 4 de julho de 2014 nº 702 - ano IV DOeTCE-RO SUMÁRIO DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES, EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO, TERMOS DE ALERTA E OUTROS Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1 Administração Pública Municipal Pág. 7 ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 21 LICITAÇÕES >>Avisos de Licitação Pág. 23 Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares, Editais de Citação, Audiência e Ofício, Termos de Alerta e Outros Administração Pública Estadual Poder Executivo EDITAL DE CITAÇÃO EDITAL N. 30/2014/D2ªC-CPJ Processo: 0855/2010/TCE-RO Interessada: Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado de Rondônia Assunto: Contrato n. 001/2010/ASJUR/DEOSP/RO Responsável: Alison Luiz Wolff Finalidade: Citação – Ofício n. 635/2014/D2ªC-SPJ Em decorrência da não localização do responsável, com base no artigo 22, inciso III, da Lei Complementar n. 154/96, c/c os artigos 30, inciso III, e 30- C, do Regimento Interno do Tribunal de Contas, por meio deste Edital, fica CITADO o Senhor ALISON LUIZ WOLFF, CPF n. 955.311.229-34, na qualidade de Representante da Empresa BAMO Comércio e Produtos de Informática Ltda., para que, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicação deste ato, apresente defesa, juntando documentos que entender necessários como prova de suas alegações acerca das infrações contidas no item II, alínea “a” e “b”, da Decisão Monocrática n. 056/2014/GCVCS. O responsável, ou representante legalmente constituído, poderá ter vista do Processo n. 0855/2010/TCE-RO, que se encontra sobrestado no Departamento da 2ª Câmara, 3º andar, Av. Presidente Dutra, 4229, Bairro Olaria, nesta capital, de segunda a sexta-feira, no horário das 7h30 às 13h30. O não atendimento aos termos do presente Edital implicará em revelia, para todos os efeitos, dando-se prosseguimento ao processo (art. 12, parágrafo 3º, da Lei Complementar n. 154/96). FRANCISCA DE OLIVEIRA Diretora do Departamento da 2ª Câmara DECISÃO MONOCRÁTICA PROCESSO Nº: 1658/TCER-2014 UNIDADE: Secretaria de Estado da Saúde RESPONSÁVEIS: Williames Pimentel de Oliveira – Secretário de Estado da Saúde e Nilson Cardoso Paniagua – Diretor do HBAP ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – notícia de irregularidade na coleta dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS no âmbito do Hospital de Base Ary Pinheiro RELATOR: Conselheiro PAULO CURI NETO DECISÃO Nº 114/2014-GCPCN FISCALIZAÇÃO DE ATOS. Notícia de irregularidade. Coleta dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS. Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – HBAP. Lixo comum e infectante. Ausência da adequada segregação. Determinações emitidas. Cuidam os autos de fiscalização de atos oriunda de manifestação – “Comunicado de Irregularidade” – registrada na Ouvidoria de Contas, a qual noticia a suposta coleta irregular dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS, no âmbito do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – HBAP. O expediente foi encaminhado a esta Relatoria, tendo em vista se referir à Secretaria Estadual da Saúde – SESAU.

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DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

Porto Velho - RO sexta-feira, 4 de julho de 2014 nº 702 - ano IVDOeTCE-RO

SUMÁRIO

DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES, EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO, TERMOS DE ALERTA E OUTROS Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1

Administração Pública Municipal Pág. 7

ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 21

LICITAÇÕES >>Avisos de Licitação Pág. 23

Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR

Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares, Editais de Citação, Audiência e Ofício, Termos de Alerta

e Outros

Administração Pública Estadual

Poder Executivo

EDITAL DE CITAÇÃO

EDITAL N. 30/2014/D2ªC-CPJ Processo: 0855/2010/TCE-RO Interessada: Departamento de Obras e Serviços Públicos do Estado de Rondônia

Assunto: Contrato n. 001/2010/ASJUR/DEOSP/RO

Responsável: Alison Luiz Wolff

Finalidade: Citação – Ofício n. 635/2014/D2ªC-SPJ

Em decorrência da não localização do responsável, com base no artigo 22, inciso III, da Lei Complementar n. 154/96, c/c os artigos 30, inciso III, e 30-C, do Regimento Interno do Tribunal de Contas, por meio deste Edital, fica CITADO o Senhor ALISON LUIZ WOLFF, CPF n. 955.311.229-34, na qualidade de Representante da Empresa BAMO Comércio e Produtos de Informática Ltda., para que, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicação deste ato, apresente defesa, juntando documentos que entender necessários como prova de suas alegações acerca das infrações contidas no item II, alínea “a” e “b”, da Decisão Monocrática n. 056/2014/GCVCS.

O responsável, ou representante legalmente constituído, poderá ter vista do Processo n. 0855/2010/TCE-RO, que se encontra sobrestado no Departamento da 2ª Câmara, 3º andar, Av. Presidente Dutra, 4229, Bairro Olaria, nesta capital, de segunda a sexta-feira, no horário das 7h30 às 13h30.

O não atendimento aos termos do presente Edital implicará em revelia, para todos os efeitos, dando-se prosseguimento ao processo (art. 12, parágrafo 3º, da Lei Complementar n. 154/96).

FRANCISCA DE OLIVEIRA Diretora do Departamento da 2ª Câmara

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº: 1658/TCER-2014 UNIDADE: Secretaria de Estado da Saúde RESPONSÁVEIS: Williames Pimentel de Oliveira – Secretário de Estado da Saúde e Nilson Cardoso Paniagua – Diretor do HBAP ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – notícia de irregularidade na coleta dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS no âmbito do Hospital de Base Ary Pinheiro RELATOR: Conselheiro PAULO CURI NETO

DECISÃO Nº 114/2014-GCPCN

FISCALIZAÇÃO DE ATOS. Notícia de irregularidade. Coleta dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS. Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – HBAP. Lixo comum e infectante. Ausência da adequada segregação. Determinações emitidas.

Cuidam os autos de fiscalização de atos oriunda de manifestação – “Comunicado de Irregularidade” – registrada na Ouvidoria de Contas, a qual noticia a suposta coleta irregular dos Resíduos de Serviços de Saúde – RSS, no âmbito do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro – HBAP.

O expediente foi encaminhado a esta Relatoria, tendo em vista se referir à Secretaria Estadual da Saúde – SESAU.

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Em ato contínuo, este subscritor determinou a apuração da delação quanto ao recolhimento e descarte do lixo infectante no mencionado nosocômio.

A Diretoria de Controle Ambiental – DCA, após a instrução do feito, concluiu o seguinte (fls. 54/61-verso):

“8 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

Conclui-se através dos apontamentos descritos ao longo do presente que o trato com os Resíduos de Serviços de Saúde em relação ao Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro necessita de aprimoramentos, para isso sugere-se ao Gestor:

1. Efetuar a segregação adequada dos RSS a fim de não gerar e reduzir os resíduos a serem tratados, preservando o meio ambiente, bem como respeitando o princípio da economicidade, tendo em vista que a segregação dos resíduos comuns somados aos resíduos infectantes torna-se ilicitude, aumentando os custos financeiros da Administração Estadual e potencializa os danos ambientais;

2. Determinar que disponha nas enfermarias somente lixeiras para coleta de resíduos comuns, evitando a segregação destes com os RSS, conforme discriminado no PGRSS da unidade hospitalar;

3. Recomendar que sejam os infectantes coletados em recipientes apartados das enfermarias, como lixeiras móveis ou qualquer outro que evite a mistura dos grupos, ou seja:

Para as enfermarias:

- recipiente com pedal revestido de saco preto com capacidade para 15 litros, para o grupo D;

Para os banheiros das enfermarias:

- recipiente rígido de cor cinza, com tampa e pedal, revestido de saco impermeável, resistente, preto, com capacidade para 5 litros, para os resíduos do grupo D;

- recipiente rígido com saco branco leitoso, com capacidade para 15 litros, para os resíduos do grupo A.

4. Designar equipe, composta de pessoal especializado para elaboração de um Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS e consolidação do mesmo, o qual contemple as informações pertinentes a todas as unidades do Hospital, deixando bastante especificados os seus assuntos, entre eles quais lixeiras e sacos serão utilizados para coleta de RSS e quais unidades deverão conter lixeiras para tais resíduos infectantes, facilitando a identificação visual dos locais de depósito dos resíduos, fazendo para isso uso de símbolos, cores, frases, setas e outros meios adequados constantes nas normas;

5. Manter asseio e higienização completos no local destinado ao depósito dos Resíduos Sólidos tanto dos comuns como dos infectantes, a fim de evitar a proliferação de vetores e agentes patógenos que ocasionam graves doenças à população e aos pacientes das Unidades Hospitalares”.

É o relatório.

Pois bem. As diligências efetuadas pelo Controle Externo, com o escopo de investigar a ocorrência, no Hospital de Base, de irregularidades no recolhimento do lixo infectante, revelou a ausência de sua adequada segregação do resíduo comum.

Há por bem não olvidar que irregularidade dessa natureza – relativa à inserção de lixo comum na contabilização de lixo hospitalar – já foi detectada em auditoria antes realizada e resultou em volumoso prejuízo ao erário, porquanto o tratamento no recolhimento e descarte do resíduo infectante impõe custos muito mais elevados, o que, acaso confirmado,

novamente, certamente, irá demandar uma atuação mais enérgica por parte deste órgão de controle em relação aos responsáveis.

Com efeito, convém transcrever a parte dispositiva da Decisão (unipessoal) nº 3/2011 , proferida no processo nº 2887/2010, tendo em vista que a gravidade da irregularidade em questão e as medidas a fim do seu saneamento foram exaustivamente discutidas nesses autos:

Portanto, considerando a complementação da Inspeção Especial por meio do último Relatório Técnico e considerando o não cumprimento da Decisão nº. 124/2010, decido pela concessão, em caráter antecipatório, da tutela inibitória, determinando a adoção imediata das seguintes providências:

1) pelo Secretário de Estado da Saúde, Sr. Alexandre Muller:

a) retenção dos seguintes valores nas dez próximas faturas da empresa ASP Ambiental:

a.1) R$ 124.616,24 (cento e vinte e quatro mil, seiscentos e dezesseis reais e vinte e quatro centavos), em cada pagamento das próximas dez faturas, totalizando, ao final, o valor de R$ 1.246.162,41 (um milhão, duzentos e quarenta e seis mil, cento e sessenta e dois reais e quarenta e um centavos), quanto aos serviços de recolhimento de resíduos de saúde prestados no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro;

a.2) R$ 38.726,83 (trinta e oito mil, setecentos e vinte e seis reais e oitenta e três centavos), em cada pagamento das próximas dez faturas, totalizando, ao final, o valor de R$ 387.268,25 (trezentos e oitenta e sete mil, duzentos e sessenta e oito reais e vinte e cinco centavos), quanto aos serviços de recolhimento de resíduos de saúde prestados no Hospital e Pronto Socorro João Paulo II;

b) Realização de estudos no mercado regional e nacional para apurar a quantidade de empresas aptas a executar o objeto do presente contrato, colhendo o valor de mercado dos correspondentes serviços de coleta de resíduos sólidos hospitalares. O resultado do levantamento deverá ser encaminhado a esta Corte em sessenta dias.

2) pelo Secretário de Estado da Saúde, Sr. Alexandre Muller, e pelo Diretor-Geral do Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, Sr. Francisco Jean Bessa Holanda Negreiros:

a) implementem, no prazo de quarenta e cinco dias, todas as medidas descritas no Relatório Técnico (itens 6.3, 6.4 e 6.5), cuja cópia segue anexa;

b) determinem imediatamente o acompanhamento de todas as aferições de peso do lixo hospitalar por servidores efetivos e qualificados da Secretaria de Saúde;

c) providenciem, no prazo de trinta dias, a substituição da atual balança por equipamento eletrônico, de aferição digital, que forneça a impressão de dados com o registro do peso (etiqueta de pesagem);

d) determinem imediatamente que a comissão de acompanhamento da pesagem certifique diariamente, em cada pesagem, juntamente com o representante da empresa, o peso obtido, declarando que acompanhou in loco a sua realização.

e) determinem imediatamente que todo e qualquer resíduo sólido que não seja hospitalar seja excluído do recolhimento realizado pela contratada, o que deverá ser conferido, em cada pesagem, pela comissão de acompanhamento.

3) pelo Secretário de Estado da Saúde, Sr. Alexandre Muller e pelo Diretor-Geral do Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, Sr. Sérgio Paulo de Mello Mendes Filho:

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a) implementação, no prazo de quarenta e cinco dias, das seguintes medidas descritas no Relatório Técnico (itens 6.3 e 6.5);

- Infringência ao item 6.10 do Projeto Básico e aos itens 4.6.1 e 4.6.2 da NBR 12809/1993 ABNT, por não disponibilizar estrutura física adequada para o armazenamento externo dos RSS;

- Infringência ao item 15.8 da RDC nº 306/2004 ANVISA, pela inexistência de local adequado para a higienização dos carros coletores e recipientes;

- Realizar a adequação das estruturas físicas destinadas ao armazenamento externo dos resíduos, com separação total dos resíduos comuns e RSS e identificação dos locais de forma apropriada, conforme as normas da ABNT;

b) providenciar, no prazo de trinta dias, a substituição da atual balança por equipamento eletrônico, de aferição digital, que forneça a impressão de dados com o registro do peso (etiqueta de pesagem).

A Unidade Técnica verificará oportunamente, in loco, o atendimento a todas as determinações prescritas nesta Decisão.

Destaque-se que não se aventa a hipótese de rescisão ou suspensão do contrato, ao menos neste momento, em razão da essencialidade dos serviços em execução, cuja interrupção pode acarretar sérios prejuízos ao funcionamento das unidades hospitalares.

Notifique-se a empresa ASP Ambiental Ltda do conteúdo desta decisão para ciência e observância quanto às recomendações confeccionadas pelo Corpo Instrutivo no subitem 6.5.2 do Relatório Técnico, cujo cumprimento será posteriormente apurado pela Unidade Técnica.

Quanto à apuração da atuação omissa e indiligente da Controladoria-Geral do Estado (vide Parecer nº. 4755/NUAD/GECAD/2010, de fls. 1306/1308), essa matéria será enfrentada em momento posterior, quando do chamamento dos responsáveis aos autos.

Dessa feita, oficie-se à Administração – Secretário da SESAU e Diretor do Hospital de Base – para que implemente, imediatamente, as medidas necessárias ao saneamento das irregularidades divisadas no relatório técnico preliminar (anexo). De se acrescentar que o Controle Externo, no prazo de trinta dias, deve proceder à averiguação quanto à adoção das providências para o saneamento das falhas.

Os demais dirigentes hospitalares do Estado, também, devem ser notificados desta decisão e do relatório técnico, a fim de prevenirem em seus respectivos nosocômios a ocorrência de irregularidade na execução do contrato de recolhimento de resíduo sólido de saúde, especialmente no que concerne à sua segregação do lixo não infectante.

É como decido.

Porto Velho, 03 de julho de 2014.

PAULO CURI NETO Conselheiro Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO: 1652/2013 – TCE-RO ASSUNTO: Convênio n. 279/PGE/2012 UNIDADE: Superintendência Estadual dos Esportes, da Cultura e do Lazer - SECEL RESPONSÁVEIS: Eluane Martins Silva, Superintendente Estadual dos Esportes, da Cultura e do Lazer; Cleidimara Alves, Ex-Secretária da SECEL; Francisco Leilson Celestino de Souza Filho, Ex-Secretário da SECEL; Georgina Ramos da Costa, Presidente da Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 190/2014/GCWCSC

I - RELATÓRIO

Trata-se de fiscalização de atos e contratos que tem por objeto o Convênio n. 279/PGE-2012 – firmado entre o Estado de Rondônia, com a interveniência da Secretaria de Estado dos Esportes, Cultura e Lazer – SECEL – e a Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo - consubstanciado em R$ 430.000,00 (quatrocentos e trinta mil reais) em recursos financeiros para custear o evento denominado “18º Festival Folclórico de Guajará-Mirim Duelo da Fronteira 2012”, ocorrido no interstício de 10 a 13 de agosto de 2012.

02. Este Relator deferiu a Tutela Antecipatória Inibitória n. 009/2013/GCWCSC, que, por sua vez, restou determinado que se abstivessem de efetuar quaisquer novos repasses para a Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo, no bojo do Convênio n. 279/PGE-2012, até ulterior decisão desta Corte, in verbis:

“...PELO EXPENDIDO, em razão do pleito ministerial, além do poder geral de cautela conferido a esta Corte de Contas - que constitui prerrogativa assecuratória da efetividade das suas decisões e, primordialmente, da preservação do interesse público, com substrato legal no art. 108-A, do Regimento Interno do E. TCER, CONCEDO, inaudita altera pars, a presente Tutela Inibitória para o fim de:

I – DETERMINAR ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de Rondônia, Confúcio Aires Moura e à atual gestora da Secretaria de Estado do Esporte, da Cultura e do Lazer, Senhora Eluane Martins Silva, ou quem os substituam, na forma da lei, que se ABSTENHAM de efetuar quaisquer novos repasses para a Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo, no bojo do Convênio n. 279/PGE-2012 até ulterior decisão desta Corte, facultando aos Agentes Políticos retro referidos, ou quem os substitua, na forma da lei, que:

a) APRESENTEM os comprovantes documentais das possíveis despesas executadas e não adimplidas no prazo devido, por conta dos atrasos nos repasses dos recursos do Convênio n. 279/PGE-2012, encaminhando, sem detença, os referidos comprovantes para a apreciação desta Corte;

b) JUSTIFIQUEM qual a razão do pagamento de relevante parte do valor global do Convênio (R$ 82.500,00) terem sido pagos somente em 15/03/2013, isto é, após mais de 05 (cinco) meses depois do término do prazo constante na cláusula oitava do retro referido Convênio.

II – FIXAR, a título de multa cominatória, o valor de 30.000,00 (trinta mil reais), incidente em caso de descumprimento desta ordem de não fazer (non facere), a ser suportada pessoal e solidariamente pelos agentes mencionados no item I deste decisum, o que faço com supedâneo no art. 286-A do RITC c/c arts. 287 e 461, § 4º, ambos do CPC e no art. 108-A, § 2º, do Regimento Interno desta Corte;

III – FIXAR o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da notificação, ao senhor Governador do Estado e para a atual gestora da SECEL, ou quem os substitua, na forma da lei, para que, querendo, apresentem as razões de justificativas que entender pertinentes ao caso;

IV – DÊ-SE CIÊNCIA da decisão ao Ministério Público de Contas, via memorando, e ao Exmo. Sr. Governador do Estado de Rondônia, Confúcio Aires Moura, à atual gestora da SECEL, Senhora Eluane Martins Silva, remetendo-lhes cópias do Parecer Técnico prefalado, de fls. 169/171, e da manifestação do Ministério Público de Contas, de fls. 176/178v....”.

03. Ato contínuo, cientificados dos efeitos da Tutela Inibitória retro referida, restaram juntadas as razões de justificativa por parte da então Secretária de Estado dos Esportes, da Cultura e do Lazer (fls. 191/218), Sra. Eluane Martins Silva, posteriormente complementadas com as peças acostadas às fls. 223/255, pelo que os autos retornaram ao Corpo Técnico para manifestação.

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04. A Unidade Técnica, por sua vez, manifestou-se pela conversão dos autos em Tomada de Contas Especial, aduzindo, verbis:

“...4 – CONCLUSÃO

Considerando que a documentação trazida aos autos não logrou atender ao item I.a da Tutela Inibitória Antecipada nº 009/2013/GCWCSC, concernente à apresentação dos comprovantes documentais das possíveis despesas executadas e não adimplidas no prazo devido, pela Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo, por conta dos atrasos nos repasses dos recursos do Convênio n. 279/PGE-2012, concluímos pela permanência de irregularidade grave, danosa ao Erário,

. a seguir discriminada:

4.1 - De responsabilidade da Sra. GEORGINA RAMOS DA COSTA (CPF n. 070.093.641-68), Presidente da Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo, solidariamente com os Srs.:

- FRANCISCO LEILSON CELESTINO DE SOUZA FILHO (CPF n. 895.357.408-06) – Secretário de Estado no período de 1/1/2011 até 20/8/2012 e ELUANE MARTINS SILVA (CPF n. 849.477.802-15) – Gerente Administrativa e Financeira, no período de 17/7/2012 até 10/04/2013, pelos pagamentos correlatos às Ordens Bancárias nºs. 611 e 631/2012, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais);

- EMANUEL NERI PIEDADE (CPF n. 628.883.152-20) – Secretário de Estado no período de 21/8/2012 até 6/12/2012 e ELUANE MARTINS SILVA (CPF n. 849.477.802-15) – Gerente Administrativa e Financeira, no período de 17/7/2012 até 10/04/2013, pelo pagamento correlato à Ordem Bancária n. 668/2012, no valor de R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais);

- CLEIDIMARA ALVES (CPF nº 312.297.272-72) – Secretária de Estado no período de 13/12/2012 até 10/04/2013 e ELUANE MARTINS SILVA (CPF n. 849.477.802-15) – Gerente Administrativa e Financeira, no período de 17/7/2012 até 10/04/2013, pelo pagamento correlato à Ordem Bancária n. 130/2013, no valor de R$ 82.500,00 (oitenta e dois mil e quinhentos reais);

- ELUANE MARTINS SILVA (CPF n. 849.477.802-15) – Secretária de Estado a partir de 10/04/2013 e CARMÉLIA DA SILVA CARDOSO (CPF n. 971.813.902-87) - Gerente Administrativa e Financeira, a partir de 10/04/2013, pelo pagamento correlato às Ordens Bancárias nºs. 240 e 351/2013, no valor de R$ 87.500,00 (oitenta e sete mil e quinhentos reais).

a) Infringência ao caput do artigo 37, da Constituição Federal (princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade) c/c arts. 62 e 63 da Lei Federal nº 4320/1964 (não comprovação de efetiva liquidação de despesas) c/c cláusulas primeira, oitava e nona do Instrumento de Convênio, pela ausência de prestação de contas de recursos repassados à Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo, no valor de R$ 430.000,00 (quatrocentos e trinta mil reais), à conta do Convênio n. 279/PGE/2012.

5 – PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTO

Mediante ao exposto no presente Relatório Técnico, sugere-se a imediata conversão dos autos em Tomada de Contas Especial, e, a fim de assegurar o exercício da ampla defesa e do contraditório, que sejam os responsáveis chamados aos autos, para que se manifestem acerca das irregularidades apontadas neste Relatório...”.

05. Instado, o Ministério Público de Contas, por sua d. Procuradora, Dra. Érika Patrícia Saldanha de Oliveira, emitiu judicioso Parecer n. 016/2014, de fls. 513/514, que, por sua vez, ponderou acerca da diversidade de documentos apresentados após a manifestação do Corpo Técnico, pelo que sugeriu a realização de nova apreciação a fim de atestar a regularidade (ou não) do gasto, justamente, para verificar se emerge potencial dano ao erário.

É, em síntese, o relatório necessário.

D E C I D O

II – FUNDAMENTAÇÃO

06. Com razão o d. Ministério Público de Contas.

07. De fato, não houve pronunciamento do Corpo Técnico quanto aos novos documentos que foram encaminhados pela unidade jurisdicionada, os quais foram juntados às fls. 267 e ss.

08. Ora, tendo sido apresentados diversos documentos referentes à aplicação do dinheiro recebido, tenho como prematura a imediata conversão do feito em tomada de contas especial, devendo, por conseguinte, ser o Corpo Técnico instado a apreciar os papéis trazidos pelo órgão de origem a fim de atestar a regularidade do gasto ou eventual dano ao erário.

09. Por outro lado, não existindo garantias de que os documentos apresentados posteriormente terão o condão de afastar todas as irregularidades já apontadas pelo diligente Corpo Técnico desta Corte de Contas, logo, verifico que o fumus boni iuris e o periculum in mora ainda estão assaz latentes, pelo que a manutenção dos efeitos da Tutela Inibitória Antecipatória n. 009/2013/GCWCSC é medida inexorável.

10. Por derradeiro, autorizar os repasses por parte da SECEL, a qualquer título, ainda que referentes à valores remanescentes à Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo, significaria a concessão de contratutela, o que implicaria no afastamentodos efeitos da Tutela Inibitória Antecipatória n. 009/2013/GCWCSC; o deferimento da contracautela, ou contraliminar, só é juridicamente plausível quando se demonstra de plano manifesto interesse público ou flagrante ilegitimidade, ou ilegalidade, da liminar anteriormente deferida, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública, conforme dispõe o art. 4º, da Lei n. 8.437/92, que trata acerca da concessão de medidas cautelares contra atos do Poder Público.

11. Com efeito, tal qual a Unidade Técnica, embora tenha o Parquet propugnado pela imediata conversão dos autos em TCE, resta pendente uma análise mais aprofundada quanto aos diversos documentos referentes à aplicação dos valores referidos quanto ao Convênio n. 279/2012/PGE.

III – DO DISPOSITIVO

PELO EXPENDIDO, com base nas razões expostas na fundamentação alhures MANTENHO A SUSPENSÃO importa na Tutela Inibitória n. 009/2013/GCWCSC, de fls. 181/187, haja vista que permanecem os seus efeitos, para o fim de que a Superintendência Estadual dos Esportes, da Cultura e do Lazer – SECEL – se abstenha de efetuar quaisquer novos repasses para a Associação Folclórica Cultural Boi-Bumbá Flor do Campo, no bojo do Convênio n. 279/2012-PGE, até decisão ulterior desta Corte.

À Assistência de Gabinete, a fim de que cumpra com urgência, adotando, para tanto, todas as medidas cabíveis, encaminhando-se à SGCE para análise técnica.

Publique-se e Cumpra-se.

Porto Velho, 02 de julho de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DESPACHO

PROCESSO: 3.576/2013-TCER – Acórdão n. 128/2013 - Pleno ASSUNTO: Representação – Pregão Eletrônico N. 790/SUPEL/2012 UNIDADE: Procuradoria Geral do Estado – PGE INTERESSADO: Locação de Máquinas Multi Service LTDA-ME RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

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DESPACHO CIRCUNSTANCIADO N. 067/2014/GCWCSC

Vistos etc.

02. Tratam os autos de representação formulada pela pessoa jurídica de direito privado denominada Locação de Máquinas Multi Service LTDA. - ME, subscrita por seu representante legal, senhor Silvio Rodrigo Borges, ocasião em que apontou possíveis irregularidades quanto ao Pregão Eletrônico n. 790/SUPEL/2012, de interesse da Procuradoria-Geral do Estado, especialmente deflagrado para a contratação de serviços de conservação e limpeza, com fornecimento de materiais e equipamentos, nas áreas internas e externas das Procuradorias Regionais de Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena.

03. Sobreveio, então, Despacho Ordinário (fls. 2), que, por sua vez, determinou análise preliminar por parte da Secretaria de Controle Externo – SGCE.

04. Instada, a Unidade Técnica, em seu relatório às fls. 25/27, após tecer opinião pelo conhecimento da representação, no mérito, aduziu pela sua improcedência, in verbis:

“...vale ressaltar que, conforme consta na “Ata de realização do Pregão Eletrônico n. 790/2012”, às fls. 21/24, o referido certame foi declarado FRACASSADO...”. Grifei.

05. Com vista dos autos, o Ministério Público de Contas, por seu d. Procurador, Dr. Adilson Moreira de Medeiros, às fls. 32/32v., opinou pelo arquivamento do feito, ante a perda do seu objeto. Para que não haja omissão, transcrevo parte de sua manifestação:

“...o insucesso do certame em questão leva à perda de seu objeto e, por conseguinte, induz a perda do objeto deste incidente, sendo inócuo proceder ao exame de suposta falha, já que fracassada a licitação, devendo o feito ser arquivado...”. Grifei.

06. Em Sessão Plenária, em 12.12.2013, o E. Tribunal Pleno desta Corte de Contas, à unanimidade, conheceu da Representação e, no mérito, a julgou procedente, nos seguintes termos, in verbis:

“...ACÓRDÃO Nº 128/2013 - PLENO

Representação. Informação de indícios de ilegalidades praticadas no Pregão Eletrônico nº 790/2013. Pregão Eletrônico declarado fracassado pela própria Administração. Incidência do princípio da autotutela. Perda superveniente do objeto. Julgamento de mérito prejudicado. Configuração de irregularidades noticiadas. Representação conhecida. Julgada procedente. Unanimidade.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam de Representação formulada pela pessoa jurídica de direito privado denominada Locação de Máquinas Multi Service LTDA. - ME, subscrita por seu representante legal, Senhor Silvio Rodrigo Borges, acerca de possíveis irregularidades quanto ao Pregão Eletrônico n. 790/SUPEL/2012, de interesse da Procuradoria-Geral do Estado, especialmente deflagrado para a contratação de serviços de conservação e limpeza, com fornecimento de materiais e equipamentos, nas áreas internas e externas das Procuradorias Regionais de Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena, como tudo dos autos consta.

ACORDAM os Senhores Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA, por unanimidade de votos, em:

I – Conhecer da presente Representação oferecida pelo representante legal da pessoa jurídica de direito privado denominada Locação de Máquinas Multi Service LTDA. - ME, Senhor Silvio Rodrigo Borges, uma vez preenchidos os pressupostos processuais aplicáveis à espécie versada;

II - Julgar procedente a Representação, tendo em vista a configuração das irregularidades noticiadas a esta Corte, ainda que, supervenientemente, no curso dos procedimentos adstritos ao Pregão Eletrônico N. 790/SUPEL/2012, tenham sido desclassificadas todas as empresas licitantes e, por conseguinte, o certame haja sido considerado fracassado pela Administração Pública, conforme fora dissertado ao longo do voto;

III – Dar ciência deste Acórdão ao representante, Senhor Silvio Rodrigo Borges, e ao Ministério Público de Contas;

IV – Publicar na forma regimental; e

V – Arquivar após os trâmites legais de estilo.

Participaram da Sessão os Senhores Conselheiros EDÍLSON DE SOUSA SILVA, VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA, FRANCISCO CARVALHO DA SILVA, PAULO CURI NETO, WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA (Relator), BENEDITO ANTÔNIO ALVES; o Conselheiro Presidente JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO; a Procuradora-Geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA.

Sala das Sessões, 12 de dezembro de 2013...”.

07. Uma vez cientificada, a Procuradoria-Geral do Estado, por seu d. Procurador-Geral, Dr. Juraci Jorge da Silva, em síntese, informou que o Pregão Eletrônico n. 790/SUPEL/2012 não restou fracassado.

08. Com efeito, a ciência que foi dada à Procuradoria-Geral do Estado do julgamento que se cogita foi, exatamente, para lhe informar sobre o objeto que dantes fora processado; o julgamento da Representação em questão não tinha, não teve e jamais poderia ter a finalidade de impedir a realização do processo licitatório, objeto inicial da mencionada demanda.

09. Assim, a petição originária da PGE, protocolizada sob o n. 07093/2014, juntada as fls. 53/63, deve dos autos ser desentranhada para ser autuada como Fiscalização de Atos e Contratos, haja vista que o objeto da representação julgada procedente, por liberalidade da Administração Pública foi retomado e se concretizou no objeto fim por ela colimado, conforme esclarecido pela Procuradoria-Geral do Estado.

10. É dizer, a Representação formulada pela Pessoa Jurídica denominada Locação de Máquinas Multi Service LTDA. - ME obedeceu ao Devido Processo Legal e sua conclusão não guarda relação constitutiva ou desconstitutiva do processo licitatório retro referido já concretizado, nos moldes como faz mencionar o senhor Procurador Geral do Estado.

11. PELO EXPENDIDO DETERMINO o desentranhamento dos documentos de fls. 53/63, para que sejam encaminhados a DIVDP para que sejam autuados como Fiscalização de Atos e Contratos nos seguintes moldes:

PROCESSO N.: 0000/0000 INTERESSADO: Governo do Estado de Rondônia ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos UNIDADE GESTORA: Procuradoria-Geral do Estado - PGE ÓRGÃO DE ORIGEM: Procuradoria-Geral do Estado - PGE NATUREZA: Licitação – Pregão Eletrônico n. 790/2012/SUPEL/RO RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

12. Após, à SGCE para fiscalização do contrato celebrado conforme noticiado pela Procuradoria-Geral do Estado.

13. No que se refere ao Processo em questão (3576/2013), arquivem-se definitivamente, no arquivo geral na forma do regramento objetivo.

14. À Assistência de Gabinete para que diligencie pelo necessário.

15. Publique-se na forma regimental.

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Porto Velho, 02 de julho de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N°: 1982/2009/TCE-RO UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Rondônia - IPERON ÓRGÃO DE ORIGEM: Polícia Militar do Estado de Rondônia ASSUNTO: Reserva Remunerada INTERESSADO: Jorge Duarte Neto 843.636.737-53 RELATOR: Conselheiro-Substituto Francisco Júnior Ferreira da Silva OBJETO: DILAÇÃO DE PRAZO Referência: Ofício nº 1539/GAB/IPERON, de 27.6.2014 - Protocolo nº 08256/2014/TCE-RO

DECISÃO PRELIMINAR Nº 19/GCSFJFS/2014

Transferência para reserva remunerada. Solicitação extemporânea de Dilação de prazo. Concessão de novo prazo. Determinações.

Versam os autos sobre apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de transferência para reserva remunerada do servidor militar Jorge Duarte Neto, 2º SGT PM RE 02961-6, pertencente ao quadro de pessoal da Polícia Militar, com fundamento no art. 42, § 1º da Constituição Federal, combinado com o inciso I do art. 92, inciso I do art. 93, do Decreto-Lei n. 09-A, de 09 de março de 1982 e art. 28 da Lei n. 1063 de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 514/2009/DIV INAT, foi encaminhado a esta Corte de Contas para apreciação mediante Ofício n. 336/DP-6, de 07.05.2009 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 03955/2009, de 08.05.2009.

3. Quando da redistribuição do processo a esta Relatoria, foram identificadas questões incidentes, que obstaculizavam a apreciação do mérito que compõe o thema decidendum, qual seja, a apreciação da legalidade do ato para fins de registro.

4. Por conseguinte, foi exarada a Decisão Preliminar nº 81/GAFJFS/2013 de 25.7.2013 , que em seu dispositivo determinou, in verbis:

Isso posto, com espeque nos fundamentos expostos, determino, sob pena de incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96, que:

I) O Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia, no prazo de 120 (cento e vinte) dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, adote as seguintes providências:

a) Reinstrua o processo de transferência para reserva remunerada do servidor militar Jorge Duarte Neto, 2º SGT PM RE 02961-6, pertencente ao quadro do pessoal da Polícia Militar, com análise e parecer do órgão de controle interno, conforme prescreve o artigo 55 do regimento Interno desta Corte de Contas;

b) Observe o rol de documentos exigidos pela Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

c) Traga aos autos a Certidão Original emitida pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS);

d) Encaminhe os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e

expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08;

e) Faça cumprir, doravante, as disposições do art. 56 da Lei Complementar Estadual n. 432/08, o qual determina que todo processo concessório de aposentadoria, transferência para reserva, reforma e pensão, deve ser submetido ao crivo do IPERON e a concessão do benefício deve se efetivar por ato conjunto do representante do Poder ou Instituição da carreira do servidor e do Presidente do IPERON, antes da apreciação por esta Corte de Contas.

II) O Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia Fixar, no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar do recebimento dos documentos pelo Comando Geral da Polícia Militar, adote as seguintes providências:

a) Observe o rol de documentos exigidos pela Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhe a esta Corte de Contas a cópia do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal;

c) Observe o prazo para encaminhamento ao Tribunal de Contas, para fins de registro, dos processos de aposentadoria, transferência para reserva, reforma e pensão, conforme estabelecido no artigo 37 da Instrução Normativa n. 13/TCER-2004. (grifos do original)

5. Ato contínuo, por meio do Ofício nº 832/DP-6 de 28.11.2013 , a Polícia Militar do Estado de Rondônia, comprovou o cumprimento do Item I da Decisão Preliminar nº 81/GAFJFS/2013.

6. O IPERON, por sua vez, requisitou dilação de prazo para cumprir o Item II da Decisão em comento, conforme Ofícios nºs 266/GEPREV/BENEFÍCIOS/GAB de 23.1.2014, 0697/ GEPREV/BENEFÍCIO/GAB de 18.3.2014, 1175/GAB/IPERON de 14.5.2014 e 1539/GAB/IPERON de 27.6.2014.

É o necessário relato.

Fundamento e Decido.

7. Trata-se de Pedido de Dilação de Prazo, registrado sob o Protocolo nº 08256/2014/TCE-RO de 27.6.2014, encaminhado a este Gabinete pela Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Rondônia – IPERON, Srª Maria Rejane Sampaio dos Santos Vieira.

8. A Requerente fundamenta seu pedido alegando a grande demanda de processos sujeitos à apreciação do Instituto Previdenciário, razão pela qual solicita mais 30 (trinta) dias de dilação de prazo, para dar cumprimento aos ditames da Decisão exarada.

9. Verifico, prima facie, que a dilação de prazo de 30 (trinta) dias, outorgada no Ofício nº 46/GCSFJFS/2014 de 16.5.2014, para que o IPERON carreasse aos autos a documentação requerida na decisium, precluiu em 20.6.2014 e o pedido protocolado só aportou nesta Corte na data de 27.6.2014, desta sorte, registre-se, comprovada intempestividade do pleito aquilatado.

10. Nesta esteira, compulsando o caderno processual, constatou-se o exaurimento do prazo concedido, sem que houvesse solicitação, em tempo hábil, de dilação de prazo pelo Instituto, infringindo assim, o disposto no art. 24 da Instrução Normativa nº 13/TCERO-2004 .

11. Nesse entender, relevante trazer à baila que transpassado o prazo, não há o que se falar em dilação, e sim em concessão de novo prazo.

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12. A prevalecer tal cenário, verifica-se que tal infringência não acarretou prejuízo ao interessado, além disso, é pertinente e notória a alegação da Requerente. Assim, merece acolhida a pretensão, razão pela qual julgo acertado deferir o pleito na forma solicitada.

13. Alerte-se que o novo prazo, ora concedido, consiste em mais 30 (trinta) dias, a contar de 23.6.2014, ou seja, do primeiro dia útil seguinte à expiração do prazo ordinário anteriormente fixado.

14. Pelo expendido, com espeque nos fundamentos expostos, fixo o prazo de 30 (trinta) dias, a contar de 23.6.2014, para que o Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Rondônia - IPERON, sob pena de incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96, adote as seguintes providências:

a) encaminhe a esta Casa de Contas cópia do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas na Decisão Preliminar nº 81/GAFJFS/2013 de 25.7.2013, publicada no DOeTCE-RO nº 482 de 31.7.2013, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal;

Dê-se conhecimento do inteiro teor desta Decisão ao Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia e a Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON.

SOBRESTE-SE o feito neste Gabinete, até o exato exaurimento do prazo deferido.

PUBLIQUE-SE na forma regimental.

Porto Velho, 2 de julho de 2014.

Francisco Júnior Ferreira da Silva Conselheiro-Substituto Relator

Administração Pública Municipal

Município de Guajará-Mirim

DECISÃO MONOCRÁTICA PROCESSO N.: 02779/2013 – TCE-RO ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos – Edital de Processo Seletivo Simplificado n. 002/2013. UNIDADE: Prefeitura Municipal de Guajará-Mirim. RESPONSÁVEIS: Dúlcio da Silva Mendes - Prefeito Municipal; Atabílio José Pergorini – ex-Prefeito Municipal; e Janaina Pereira de Souza Florentino - Presidente da Comissão do TSS-002-SEMED/SEMTAS/2013. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 192/2014/GCWCSC

Vistos.

Considerando o teor da certidão de fls. 131-v, que, por sua vez, certifica o decurso do prazo legal sem apresentação de manifestação/justificativa por parte dos Senhores Dúlcio da Silva Mendes - Prefeito Municipal – e Atabílio José Pergorini – ex-Prefeito Municipal -, DECRETO A REVELIA dos jurisdicionados premencionados, com substrato jurídico no art. 19, do Regimento Interno do TCE-RO e §3º, do art. 12, da Lei Complementar n. 154/96.

Ressalto, por oportuno, que correrá contra os jurisdicionados revéis, retro referidos, os prazos processuais, independentemente de suas intimações pessoais, exigindo-se a publicação de cada ato, apenas no Diário Oficial Eletrônico desta Corte de Contas.

Com efeito, esclareço, para tanto, que os jurisdicionados cujas revelias ora são decretadas, poderão, doravante, ingressar no presente processo, para praticar atos oportunos de cada fase, recebendo-o no estado em que se encontra, porém, não poderão suscitar defesas pretéritas não apresentadas tempestivamente.

Após, à Secretaria Geral de Controle Externo para manifestação na forma da lei de regência da espécie versada.

Publique-se.

Junte-se.

Cumpra-se.

Porto Velho, 02 de julho de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Município de Nova Brasilândia

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 1418/07 (2 volumes). APENSOS N. 1050/06, 1166/06, 2099/06, 2567/06, 3052/06, 3620/06, 4241/06, 4422/06, 4806/06, 5203/06, 0314/07, 0717/07. ASSUNTO: Prestação de Contas – Exercício 2006. UNIDADE: Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos Municipais de Nova Brasilândia do Oeste-NOVA PREVI RESPONSÁVEL: Elizete Teixeira de Souza Alves Pereira – CPF nº 422.142.892-91 – Ex-Superintendente. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 189/2014/GCWCSC

I – DO RELATÓRIO

Tratam os autos da Prestação de Contas anual do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos Municipais de Nova Brasilândia do Oeste-NOVA PREVI, referente ao exercício de 2006, de responsabilidade da senhora Elizete Teixeira de Souza Alves Pereira – CPF nº 422.142.892-91 – Ex-Superintendente.

02. Na última análise da Prestação de Contas realizada pelo Corpo Técnico e pelo Ministério Público de Contas -MPC, o opinativo de ambos indicara o julgamento irregular das Contas, nos termos do art. 16, III, “b” da LC nº 154/96 c/c o art. 25, II, do RITC-RO, em razão de que a Responsável da NOVA PREVI utilizou o montante de R$ 232.799,50 (Duzentos e trinta e dois mil, setecentos e noventa e nove reais e cinquenta centavos), com desvio de finalidade, afrontando o art.1º, III, da Lei Federal nº 9.717/98 c/c o art. 2º, III, da Portaria MPAS nº 4.992/99.

03. O MPC, por essa razão, em seu Parecer de nº 0056/2013 (fls. 383/385, vol.II), pugnara, ainda, pela aplicação de multa à senhora Elizete Teixeira de Souza Alves Pereira, conforme apregoa o art. 55, I, da LC nº 154/96, e, em complemento, sugeriu que fosse recomendado ao atual Gestor da NOVA PREVI, que buscasse junto à Administração Municipal, o ressarcimento do valor de R$ 232.799,50 (Duzentos e trinta e dois mil, setecentos e noventa e nove reais e cinquenta centavos), com as devidas atualizações até à época do efetivo pagamento.

04. Embora considerando os posicionamentos da Unidade Instrutiva e do Parquet de Contas, em busca de robustecer ainda mais os autos a fim de obter maiores subsídios para embasar o julgamento das Contas, este Conselheiro Relator, por meio da Decisão Monocrática nº 264/2013/GCWCSC (fls.388/391, vol.II), chamou aos autos, por mais uma vez , a senhora Elizete Teixeira de Souza Alves Pereira, conforme consta à

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fl.394/395, vol.II, dos autos, o Mandado de Audiência nº 387/2013/D2ªC-SPJ.

05. Conforme se abstrai dos autos, a Responsável novamente demonstrou aparente menoscabo ao chamamento desta Corte de Contas, pois não fez juntar nenhum novo documento, quedando-se inerte à oportunidade que lhe fora ofertada, posto que à fl.397, vol. II, dos autos, consta a Certidão nº 1010/2013, certificando a não entrada de documentos neste Tribunal, até a data de 29/11/2013, por parte da Senhora Elizete Teixeira de Souza Alves Pereira.

06. Ainda em busca de novas informações para embasar o juízo acerca do julgamento meritório da Prestação de Contas do exercício de 2006, do Instituto NOVA PREVI, foi elaborado o Despacho Circunstanciado nº 40/2014/GCWCSC , da lavra deste Conselheiro Relator, sendo que desta vez, buscou-se obter informações com o atual Superintendente daquele Instituto, desta feita, o senhor Carlos César Guaita.

07. A Requisição de informações, proferida por meio do Despacho Circunstanciado nº 40/2014/GCWCSC, buscou obter informações acerca do valor de R$ 232.799,50 (Duzentos e trinta e dois mil, setecentos e noventa e nove reais e cinquenta centavos), utilizado, em tese, com desvio de finalidade; excerto do Dispositivo do mencionado Despacho Circunstanciado pode ser verificado abaixo, in litteris:

Ante o exposto, determino a Secretária da 2ª câmara desta Corte, que expeça ofício ao atual Superintende do Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Nova Brasilândia do Oeste-NOVA PREVI, solicitando informações acerca dos seguintes temas: (sic)

1) Que se responda quando e de que forma foi reposta à dotação orçamentária ao Elemento de Despesa Reserva Técnica do orçamento do Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Nova Brasilândia do Oeste-NOVA PREVI, relativa ao exercício de 2006, aplicado com desvio de finalidade para custear despesas correntes de natureza administrativa informando se houve aporte do Tesouro Municipal ou outra forma de provisão para a efetiva reposição, fazendo juntar documentos comprobatórios do que ora é requisitado;

2) Que responda à requisição ora determinada no prazo de 15 dias, com base no art. 30, § 1º, II, do RITC/RO, a contar do recebimento da presente notificação.

08. O senhor Carlos César Guaita, atual Superintendente do Instituto NOVA PREVI, devidamente notificado , também quedou-se inerte, aos rogos desta Corte de Contas, conforme se abstrai das fls.410/411, vol.II, dos autos, onde consta a Certidão nº 465/2014, certificando que até a data de 16/05/2014, nenhum documento foi dado entrada neste Tribunal por parte do atual Superintendente.

09. Por consectário, findo o prazo legal, os autos retornaram novamente a este Gabinete para deliberação.

É o que se tem a relatar.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

10. Como visto, os autos tratam da Prestação de Contas anual do Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos Municipais de Nova Brasilândia do Oeste-NOVA PREVI, referente ao exercício de 2006, de responsabilidade da senhora Elizete Teixeira de Souza Alves Pereira – CPF nº 422.142.892-91 – Ex-Superintendente.

Pois bem.

11. Observo que as tentativas de instruir os autos com argumentos que pudessem subsidiar a formação de juízo para julgamento meritório das Contas do Instituto NOVA PREVI - a considerar o Despacho Circunstanciado nº 40/2014/GCWCSC, instruído as fls.398/404v, - até o momento restaram-se infrutíferas, tendo em vista que o atual

Superintendente daquele Instituto, senhor Carlos César Guaita, não trouxe nenhuma nova informação aos autos que pudesse torná-lo mais consistente para julgamento.

12. Oportuno esclarecer que o senhor Carlos César Guaita, atual Superintendente do Instituto NOVA PREVI, não é parte no Processo de Prestação de Contas do exercício de 2006 daquele Jurisdicionado, tendo sido notificado somente para prestar informações sobre uma situação específica de seu período de gestão, cujo posicionamento atual poderá auxiliar na formação de juízo meritório sobre o Processo de Contas sub examine.

13. Não resta dúvida que o prazo ofertado no Despacho Circunstanciado nº 40/2014/GCWCSC, instruído as fls.398/404v, transcorreu in albis, não tendo o senhor Carlos César Guaita acorrido aos autos nos termos que lhe foi solicitado.

14. Porém, levando em conta que não fora juntado aos autos qualquer documento pelo mencionado Jurisdicionado, também não se tem conhecimento da razão que possa tê-lo levado a adotar o posicionamento de não responder ao chamamento desta Corte de Contas.

15. O que se verifica nos autos é que não ficou devidamente evidenciado àquele Superintendente o ônus que passou a lhe pesar, quando de sua notificação (fls.407/408, vol.II), do teor do Dispositivo constante do Despacho Circunstanciado nº 40/2014/GCWCSC (fls. 398/404v, vol.II), vez que conforme estabelece o art. 55, IV, da LC nº 154/96 c/c o art. 103, IV, do RITC-RO, uma vez cientificado, o Responsável fica obrigado a atender às solicitações emanadas pelo Tribunal de Contas, sob pena lhe ser imputada multa pelo não atendimento.

16. Há, portanto, razoável possiblidade que o senhor Carlos César Guaita, não tenha atendido à solicitação deste Tribunal de Contas em razão de que não lhe foi explicitado que o mesmo tinha obrigação de fazê-lo, e neste norte, aquele Superintendente pode ter compreendido que lhe era facultativo responder ao chamamento feito por esta Corte de Contas nos termos do Despacho Circunstanciado nº 40/2014/GCWCSC (fls.398/404v, vol.II), destarte, quedou-se inerte.

a) Da base legal para aplicação de multa pelo não atendimento, sem justificativa, de determinação do Tribunal de Contas.

17. Dessarte, conforme dicção do artigo 55, IV, da LC nº 154/96 c/c o art. 103, IV, do RITC-RO, será aplicada multa de até R$ 25.000,00 (Vinte e cinco mil reais), ao Responsável que não atender no prazo fixado à diligência do Relator, sem justo argumento.

18. Para melhor compreensão, colaciono abaixo, excerto do art. 55, IV, da LC nº 154/96, que trata da matéria, ipsis litteris:

Art. 55 - O Tribunal poderá aplicar multa de até R$ 25.000,00 (Vinte e cinco mil reais), ou valor equivalente em outra moeda que venha a ser adotada como moeda nacional, aos responsáveis por:

[...]

IV - não atendimento, no prazo fixado, sem causa justificada, à diligência do Relator ou à decisão do Tribunal (grifei);

19. Também apresento parte do art. 103, IV, do RITC-RO, que corrobora com o art. 55, IV, da LC nº 154/96, acerca da aplicação da multa, verbis:

Art. 103 - O Tribunal poderá aplicar multa, nos termos do “caput” do art. 55 da Lei Complementar nº 154, de 26 de julho de 1996, atualizada na forma prescrita no §2º deste artigo, ou valor equivalente em outra moeda que venha a ser adotada como nacional, aos responsáveis por contas e atos adiante indicados, observada a seguinte gradação: (NR)

[...]

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IV - não atendimento, no prazo fixado, sem causa justificada, a diligência determinada pelo Relator ou a decisão preliminar do Tribunal, no valor compreendido entre dois e cem por cento do montante referido no “caput” deste artigo; (NR) (grifei);

20. Verifico que os autos apresentam razoável robustez de informações, que de per si já possibilitam a apreciação meritória do processo de Prestação de Contas, sub examine, impingindo-lhe, conforme opinativo da Unidade Técnica (fls.349/356, vol.II) e do Parquet de Contas (fls.383/385, vol.II), o julgamento pela irregularidade das Contas.

21. Ainda assim, entendo como necessário e salutar, fazer uma última tentativa junto ao atual Superintendente do Instituto NOVA PREVI, nos termos previstos no art.11 da LC nº 154/96 c/c o art. 21 e 247 do RITC-RO, para que o mesmo responda à solicitação constante do Dispositivo do Despacho Circunstanciado nº 40/2014/GCWCSC (fls.398/404v, vol.II), visto que as informações que possam surgir, tem a capacidade de interferir na Decisão Meritória deste Processo de Prestação de Contas.

22. Para além, fitando tornar a solicitação mais esclarecedora para o Jurisdicionado, vejo como imprescindível que aquele atual Superintendente seja cientificado de que está obrigado a prestar as informações solicitadas ou justificar a razão de não o fazê-lo, sob pena de ter que arcar com o ônus financeiro da multa prevista no art. 55, IV da LC nº 154/96 c/c o art. 103, IV do RITC-RO.

III - DO DISPOSITIVO

Pelo exposto, com fulcro no artigo 11, da LC nº 154/96 c/c o art. 247, do RITC-RO, em vista da existência de possibilidade de se obter novas informações que possam interferir no julgamento meritório destes autos de Prestação de Contas, com substrato nas razões aquilatadas em linhas pretéritas, DECIDO:

I – DETERMINAR ao Departamento da 2ª Câmara, que expeça ofício ao atual Superintendente do Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Nova Brasilândia do Oeste-NOVA PREVI para que responda ao Item 1 da parte Dispositiva do Despacho Circunstanciado nº 40/2014/GCWCSC, transcrito abaixo, a saber:

1) Que se responda quando e de que forma foi reposta à dotação orçamentária ao Elemento de Despesa Reserva Técnica do orçamento do Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Nova Brasilândia do Oeste-NOVA PREVI, relativa ao exercício de 2006, aplicado com desvio de finalidade para custear despesas correntes de natureza administrativa informando se houve aporte do Tesouro Municipal ou outra forma de provisão para a efetiva reposição, fazendo juntar documentos comprobatórios do que ora é requisitado;

II – CONCEDER ao atual Superintendente do Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Nova Brasilândia do Oeste-NOVA PREVI, com base no art. 30, §1º, II, do RITC/RO, o prazo de 15 dias, a contar do recebimento da presente notificação, para que responda à requisição ora determinada;

III – ADVERTIR ao atual Superintendente do Instituto de Previdência Social dos Servidores Municipais de Nova Brasilândia do Oeste-NOVA PREVI, que o não atendimento ao que ora se requisita implicara na imputação de multa pessoal no valor de até R$ 25.000,00 (Vinte e cinco mil reais), conforme prevê o art. 55, IV, da LC nº 154/96, c/c o art. 103, IV do RITC-RO;

IV – JUNTAR, ao ofício que será enviado ao atual Previdência Social dos Servidores Municipais de Nova Brasilândia do Oeste-NOVA PREVI, cópia integral do Despacho Circunstanciado nº 40/2014/GCWCSC;

V – SOBRESTAR, no Departamento da 2ª Câmara, os presentes autos, para adoção das medidas legais e administrativas necessárias ao cumprimento desta Decisão;

VI – APÓS CERTIFICADO O DECURSO DO PRAZO ASSINALADO, com ou sem respostas, retornem-me conclusos os autos para as deliberações que se mostrarem necessárias;

PUBLIQUE-SE, na forma regimental.

CUMPRA-SE.

Cumpra a assistência de Gabinete o que ora se determina, para tanto, expeça-se o necessário.

Porto Velho, 02 de julho de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Município de Ouro Preto do Oeste

TERMO DE ALERTA

Processo Nº: 847/2014

Tipo: Acompanhamento da Gestão Fiscal

Assunto: Alerta LRF decorrente da análise e acompanhamento da Gestão Fiscal

Período de Referência:

1º e 2º Bimestres e 1º Quadrimestre de 2014

Unidade Jurisdicionada:

Poder Executivo do Município de Ouro Preto do Oeste

Unidade Fiscalizadora:

Secretaria Regional de Controle Externo de Ji-Paraná

Interessado: Juan Alex Testoni - Prefeito(a) Municipal

CPF: 203.400.012-91

Conselheiro Relator: Benedito Antônio Alves

Termo de Alerta de Responsabilidade Fiscal Nº 6/2014

O Secretário Geral de Controle Externo, no uso de suas atribuições, em conformidade com o disposto no artigo 22 da Instrução Normativa nº 039/2013/TCE-RO, baseado no Relatório de Análise e Acompanhamento da Gestão Fiscal, referente ao exame do Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 1º e 2º Bimestre e do Relatório de Gestão Fiscal do 1º Quadrimestre de 2014, e de acordo com as competências desta Corte de Contas para o exercício do controle externo, conferidas pelo artigo 49 da Constituição Estadual, e em cumprimento ao disposto no inciso II do § 1º do art. 59 da Lei Complementar nº 101/2000, ALERTA o(a) Sr(a). Juan Alex Testoni, Chefe do Poder Executivo do Município de Ouro Preto do Oeste, que:

1. A despesa total de pessoal do Poder Executivo Municipal, no 1º Quadrimestre de 2014, ultrapassou o limite de alerta de 90% do percentual máximo legal admitido na alínea “b” do inciso III do art. 20 da Lei Complementar nº 101/2000, posto que efetuou gastos com pessoal no valor total de R$ 28.656.447,02, equivalente a 49,43% da Receita Corrente Líquida (RCL) de R$ 57.974.738,10 Faz-se necessário, portanto, que o gestor adote, de imediato, as medidas que julgar necessárias para se manter dentro dos limites impostos, com vistas a evitar o cometimento de impropriedades na gestão fiscal do Poder.

Importa consignar que este “Termo de Alerta” se baseou exclusivamente nas informações e documentos remetidos a esta Corte de Contas em meio eletrônico através do SIGAP – Módulo Gestão Fiscal, fornecidas pelo Poder Executivo Municipal, portanto, de veracidade ideológica presumida, podendo estar sujeito à confirmação in loco pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, por ocasião de realização de futuras auditorias e inspeções.

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Registre-se ainda a advertência no sentido de que a ausência de adoção de medidas acautelatórias ou saneadoras visando a adequar a gestão do Poder aos limites impostos pela Lei em referência, poderão dar causa ao cometimento de irregularidades fiscais, situação essa, que sujeitará a respectiva autoridade responsável a sanções, a teor do disposto no art. 73 da LRF e arts. 35 e 36 da Instrução Normativa nº 039/2013/TCE-RO.

Notificado por meio eletrônico. Publique-se.

Porto Velho, 4 de julho de 2014.

José Luiz do Nascimento Secretário Geral de Controle Externo Portaria nº 404/2014/TCE-RO

Município de Parecis

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO: 1324/2011 – Apenso: 1252/2010 UNIDADE: Poder Legislativo do Município de Parecis ASSUNTO: Prestação de Contas, exercício de 2010. Quitação de Multa - Acórdão nº 05/2014 – 1ª CÂMARA. REQUERENTE: Valdecir Del Nero CPF nº 565.394.792-04 RELATOR: Conselheiro Francisco Carvalho da Silva

DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 173/2014/GCFCS

EMENTA: Prestação de Contas. Poder Legislativo do Município de Parecis. Exercício de 2010. Recolhimento da Multa aplicada no item II do Acórdão nº 05/2014 - 1ª CÂMARA. Quitação. Artigo 26 da Lei Complementar nº 154/96 c/c 35 da Resolução Administrativa nº 5/1996. Prosseguimento do feito em relação aos demais responsáveis.

Versam os autos sobre a Prestação de Contas do Poder Legislativo do Município de Parecis, exercício de 2010, julgada irregular, com aplicação de sanção, os quais retornam a este Gabinete para deliberação acerca da expedição de Quitação da multa imputada no item II do Acórdão nº 5/2014 – 1ª Câmara , in verbis:

(...)

II - Multar em R$1.750,00 (mil, setecentos e cinquenta reais), o Senhor Valdecir Del Nero, na qualidade de Vereador Presidente do Poder Legislativo de Parecis no exercício de 2010, CPF n° 565.394.792-04, com fundamento no artigo 55, I e II, da Lei Complementar n° 154/96, pela prática de atos com grave infração à norma legal e regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, enumerados no item I - alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, retro; (...)

2. Na forma regimental a Diretora do Departamento da 1ª Câmara/TCE-RO, levou ao conhecimento do Ordenador de Despesa e demais responsabilizados o teor do Acórdão nº 05/2014 - 1ª CÂMARA, sendo que o Senhor Valdecir Del Nero foi notificado mediante Ofício n° 363/2014-D1ªC-SPJ .

2.1. Diante da ausência de manifestação , a Secretaria de Controle Externo elaborou o Demonstrativo de Débito atualizado, gerando o Título Executivo nº 235 , contudo, o Departamento de Acompanhamento de Decisões deixou de confirmar a informação junto ao SITAPE, em face de ter adentrado neste Tribunal expediente requerendo a juntada do comprovante de recolhimento integral da multa e a respectiva baixa de responsabilidade – fls. 218-219.

3. Submetida a documentação ao Controle Externo, após análise dos autos, propôs a quitação da multa consignada no item II do Acórdão nº 05/2014 - 1ª CÂMARA, nos termos do caput do artigo 35 do Regimento

Interno, com alteração realizada pela Resolução nº 105/TCE-RO/2012, consoante Relatório Técnico às fls. 222-v.

4. Em observância ao item II do Provimento nº 03/2013 do MPC o Órgão Ministerial junto a este Tribunal se abstém de se manifestar nos processos concernentes à quitação de multas e débito.

É o resumo os fatos.

5. Analisando a documentação carreada aos autos, verifico que o Senhor Valdecir Del Nero, encaminhou documento probante de recolhimento junto o Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia – FDI/TCE-RO, da multa imputada no item II do Acórdão nº 05/2014 – 1ª CÂMARA, razão pelo qual deve-se conceder quitação ao requerente nos moldes do artigo 26 da Lei Complementar nº 154/1996 c/c 35, caput, do Regimento Interno, alterado pela Resolução nº 105/TCE-RO/2012.

5.1. Cabe notar, consta tramitando neste Tribunal o Processo nº 2037/2014, que versa sobre o parcelamento da multa consignada no Título Executivo nº 236/2014 , referente ao item III do Acordão nº 05/2014 -1ª CÂMARA, requerido pelo Senhor Edson Andrioli dos Santos, de modo que os presentes autos devem ficar sobrestados no Departamento da 1ª Câmara para acompanhamento do feito.

5.2. Ante o exposto, comprovada a regularidade do recolhimento da multa aplicada no item II do Acórdão nº 05/2012 – 1ª CÂMARA, em consonância com o entendimento do Corpo Técnico, DECIDO, por:

I – Conceder Quitação, com baixa de responsabilidade, ao Senhor Valdecir Del Nero, CPF nº 565.394.792-04, ordenador de despesa do Poder Legislativo do Município de Parecis, concernente à multa aplicada no item II do Acórdão nº 05/2014 - 1ª CÂMARA, nos moldes do artigo 26, da Lei Complementar nº 154/96 c/c 35, caput, do Regimento Interno, alterado pela Resolução nº 105/TCE-RO/2012;

II - Dar ciência ao interessado na forma da legislação vigente.

III – Após providências de praxe, sejam os autos sobrestados no Departamento da 1ª Câmara para que prossiga o feito em relação ao derradeiro devedor.

Publique-se.

Certifique-se.

Cumpra-se.

Porto Velho, 3 de julho de 2014.

FRANCISCO CARVALHO DA SILVA Conselheiro Relator

Município de Porto Velho

DECISÃO EM DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADE

PROCESSO N.: 0750/2011 ASSUNTO: Fiscalização de Atos e Contratos - Suposta Indevida Acumulação de Cargos Públicos, Convertido em Tomada de Contas Especial em Cumprimento à Decisão n. 179/2011, proferida em 06.07.2011 RESPONSÁVEIS: Andréia Prestes Cavalcante; Diana Pereira de Souza; Marcos Berti Cavalvante ORIGEM: Prefeitura Municipal de Porto Velho RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

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DESPACHO DE DEFINIÇÃO DE RESPONSABILIDADE N. 028/2014/GCWCSC

I – DA ANÁLISE PRELIMINAR DOS AUTOS

Trata-se de feito convertido em Tomada de Contas Especial por meio da Decisão n. 179/2011-2C, fls. 666/667, tendo em vista a existência de indícios de dano ao erário decorrentes da acumulação ilegal de cargos públicos pelos servidores Marcos Berti Cavalcante; Diana Pereira de Souza e Andréia Prestes Menezes, pertencentes ao quadro de Pessoal da Prefeitura Municipal de Porto Velho que desenvolviam seus trabalhos em concomitância na Secretaria Estadual de Saúde.

02. O Corpo Técnico no exercício do seu mister técnico-inquisitivo, identificou indícios de irregularidades; Veja-se com efeito, os ilícitos administrativos imputados aos responsáveis, na atuação do Corpo Instrutivo.

4.1 – DE RESPONSABILIDADE DA SENHORA ROSE LEA BRITO MENDES, CPF Nº 080.285.832-53 E A SENHORA DIANA PEREIRA DE SOUZA, CPF Nº 412.710.502-00:

4.1.1 - Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento de remuneração a servidora Diana Pereira de Souza, sem a respectiva contraprestação laboral, no valor de R$804,98 (oitocentos e quatro reais e noventa e oito centavos), conforme evidenciado no quadro 3.1.1 do presente Relatório Técnico;

4.1.2 - Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento à servidora Diana Pereira de Souza, de horas-extra e plantões extras, acima do limite das oitenta horas estabelecido pelo Acórdão nº 165/2010 – PLENO, para acumulo de funções, e sem a devida contraprestação laboral, no período de 2004 a 2006, no valor total de R$6.678,47 (seis mil, seiscentos e setenta e oito reais e quarenta e sete centavos), conforme evidenciado no quadro 3.1.3 do presente Relatório Técnico;

4.2 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR NILSON CARDOSO PANIAGUA, DIRETOR GERAL DO HICD, CPF Nº 114.133.442-91 SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA DIANA PEREIRA DE SOUZA, CPF Nº 412.710.502-00:

4.2.1 - Descumprimento ao artigo 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento de mediante ausência de nomeação por autoridade competente, no caso o Governador do Estado de Rondônia, no período de 1.1.2011 à 30.5.2011, referente a cargo em comissão à servidora Diana Pereira de Souza, que totalizaram o valor de R$15.268,18 (quinze mil, duzentos e sessenta e oito reais e dezoito centavos), e configura dano ao Erário Público Estadual, conforme evidenciado no item 3.1 do presente Relatório Técnico;

4.3 – DE RESPONSABILIDADE DA SENHORA DIANA PEREIRA DE SOUZA, CPF Nº 412.710.502-00:

4.3.1 - Descumprimento do artigo 157 c/c no § 2º do artigo 55 da Lei Complementar Estadual nº 68/1992, pelo acumulo de Cargo em Comissão no Governo do Estadual e Cargo Efetivo na Prefeitura Municipal de Porto Velho a partir de 1.1.2011 até a presente data, configurando dano ao Erário Público Municipal no valor de R$82.670,62 (oitenta e dois mil, seiscentos e setenta reais e sessenta e dois centavos), conforme evidenciado no quadro 3.1.2 do presente Relatório Técnico;

4.4 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR PAULO LEVI ANDRADE WAN-BURK, CPF Nº 054.100.187-61:

4.4.1 - Descumprimento ao § 2º do artigo 55 da Lei 68/92, e 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pela acumulação irregular de cargos comissionados nas Esferas Estadual e Municipal, no período de 3.12.2012 a 31.12.2012, pelo servidor Paulo Levi Andrade Wan-Burk, e ainda sem a contraprestação laboral junto ao Governo do Estado de Rondônia,

causando dano ao erário no valor de R$4.463,69 (quatro mil, quatrocentos e sessenta e três reais e sessenta e nove centavos);

4.4.2 - Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo recebimento indevido no valor de R$11.473,27 (onze mil, quatrocentos e setenta e três reais e vinte e sete centavos), referente aos meses de janeiro e fevereiro de 2013 pelo Governo do Estado de Rondônia sem a devida contraprestação laboral;

4.5 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR VALDIR ALVES DA SILVA, SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO, CPF Nº 799.240.778-49, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR MARCOS BERTI CAVALCANTI, CPF Nº 526.968.809-30:

4.5.1 - Descumprimento ao artigo 37, inciso XVI, alínea “c”, da Constituição Federal, e o Acórdão nº 165/2010 - PLENO, pelo acumulo de três cargos públicos e o respectivo pagamento/recebimento indevido no valor de R$132.212,51 (cento e trinta e dois mil, duzentos e doze reais e cinquenta e um centavos), ao servidor Marcos Berti Cavalcanti, referente ao período de outubro de 2008 a outubro de 2010 pelo Governo do Estado, conforme evidenciado no item 3.3 do presente Relatório Técnico;

4.6 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR PAULO LEVI ANDRADE WAN-BURK – GERENTE DE ENFERMAGEM DO SAMU, CPF Nº 054.100.187-61, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR MARCOS BERTI CAVALCANTI, CPF Nº 526.968.809-30:

4.6.1 - Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento de remuneração ao servidor Marcos Berti Cavalcanti, sem a respectiva contraprestação laboral, no valor total de R$10.777,74 (dez mil, setecentos e setenta e sete reais e setenta e quatro centavos), conforme evidenciado no quadro 3.3.1, do presente Relatório Técnico;

4.6.2 - Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento à servidora Marcos Berti Cavalcanti, de horas-extra e plantões extras, acima do limite das oitenta horas estabelecido pelo Acórdão nº 165/2010 – PLENO, para acumulo de funções, e sem a devida contraprestação laboral, no período de 2007 a 2012, no valor total de R$105.054,13 (cento e cinco mil, cinquenta e quatro reais e treze centavos) , conforme evidenciado no quadro 3.3.2, do presente Relatório Técnico;

4.7 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR PAULO LEVI ANDRADE WAN-BURK – GERENTE DE ENFERMAGEM DO SAMU, CPF Nº 054.100.187-61, SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA ANDREIA PRESTES DE MENEZES, CPF Nº 589.172.922-91:

4.7.1 - Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento de remuneração a servidora Andreia Prestes de Menezes, sem a respectiva contraprestação laboral, no valor total de R$10.006,08 (dez mil e seis reais e oito centavos), conforme evidenciado no quadro 3.4.1 do presente Relatório Técnico;

4.7.2 - Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento à servidora Andreia Prestes de Menezes, de horas-extra e plantões extras, acima do limite das oitenta horas estabelecido pelo Acórdão nº 165/2010 – PLENO, para acumulo de funções, e sem a devida contraprestação laboral, no período de 2007 a 2012, no valor total de R$49.805,00 (quarenta e nove mil, oitocentos e cinco reais).

4.8 – DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ROBERTO EDUARDO SOBRINHO – PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO VELHO, CPF Nº 006.661.088-54, NO PERÍODO DE 2004 A 2012:

4.8.1 – Descumprimento ao § 2º do artigo 39 da Constituição Federal, e Parecer Prévio nº 05/2011 – PLENO, pelo pagamento de vantagem remuneratória no percentual de 200% ou 300%, causando excessiva majoração dos vencimentos, em razão da graduação de nível de escolaridade superior ao exigido para a investidura no cargo.

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03. O Ministério Público, junto a esta Corte de Contas, por sua vez, por meio da Cota n. 03/2014, opinou para que se promova o devido contraditório, bem como a citação dos ordenadores de despesa à época, Senhores Milton Luiz Moreira e Williames Pimentel de Oliveira.

É, em resumo, o relatório.

II – DOS FUNDAMENTOS INDICIÁRIOS DA PROVA PRELIMINAR

II.I – Preliminarmente

04. Com efeito, os atos administrativos, que importem em obrigação de fazer ou não fazer regrados pelo direito positivo, devem trazer em seu bojo, necessariamente, o agente competente, a finalidade pública, a forma prescrita em lei, o motivo da prática do ato, e por fim, o objeto do ato, que se caracteriza com o serviço público que deve ser prestado pelo Estado, sempre em benefício da coletividade.

05. A Unidade Técnica desta Corte de Contas possui competência, como órgão integrante de sua estrutura, por seus agentes, para exercer a análise técnica, como controle externo dos atos praticados pela Administração Pública; a finalidade da análise preliminar é a boa gestão dos recursos públicos, com ênfase na eficiência e economicidade da despesa, bem como a forma de apreciação é escrita para oportunizar o contraditório, o motivo da análise preliminar advém de determinação legal, que consiste no envio do procedimento como Fato da Administração; e, por fim, o objeto da análise, se perfaz no controle externo fiscalizatório contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da Unidade Estatal.

06. Destarte, tenho que os requisitos legais de admissibilidade procedimental foram preenchidos, razão pela qual recebo o Relatório Técnico de fls. 1401/1409 e, determino seu processamento, na forma da lei.

II.II – Das irregularidades meritórias

07. De início, faço consignar, que a presente fase processual serve, tão-só, para admitir, em juízo perfunctório, se os ilícitos administrativos, apontados pela Unidade Técnica, possuem ou não plausibilidade jurídica, consistente em materialidade e indícios suficientes de quem é o responsável por sua prática, bem como o nexo causal entre a conduta e o resultado ilícito a ensejar a abertura de contraditório e amplitude defensiva aos jurisdicionados.

08. Assim, com estes fundamentos preambulares, passo a apreciar, em juízo preliminar, a materialidade dos atos praticados, quer sejam atos administrativos ou atos da administração, bem como os indícios de autoria/responsabilidade dos agentes públicos ou particulares delegatários de serviços públicos, como sujeitos do processo.

09. Há que se registrar, entretanto, que os processos no âmbito das Cortes de Contas, à luz do ordenamento jurídico brasileiro, possuem natureza administrativa especial, e, por essa condição, submetem-se ao disposto na cláusula insculpida no art. 5º, LV, da Constituição Federal vigente, como direito fundamental da pessoa humana acusada.

10 Assim, visto que a imputação formulada por intermédio da Unidade Técnica, no relatório acostado às fls. 1401/1409, possui viés acusatório, há que se facultar o prazo da lei, cuja comunicação deverá ser levada a efeito, pelo Departamento da 2ª Câmara desta Corte via expedição de MANDADO DE CITAÇÃO e MANDADO DE AUDIÊNCIA, para que os jurisdicionados apresentem razões de justificativa ou a tese defensiva que entenderem de direito, podendo, inclusive, juntar documentos na forma do regramento legal, tudo em atenção ao devido processo legal, norma de cogência constitucional.

III - DO DISPOSITIVO

11. Ante o exposto, DETERMINO ao Departamento da 2ª Câmara, que:

I - EXPEÇA-SE MANDADO DE AUDIÊNCIA, aos jurisdicionados abaixo qualificados, para que OFEREÇAM manifestação de justificativa, por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias, na forma do art. 97 do Regimento Interno do TCE/RO, cuja defesa poderá ser instruída com documentos, bem como poderá alegar o que entender de direito, nos termos da legislação processual, em face das irregularidades apontadas pela Unidade Técnica, conforme Relatório de fls. 1401/1409, anexo:

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR MILTON LUIZ MOREIRA, ENTÃO SECRETÁRIO ESTADUAL DE SAÚDE:

Descumprimento ao art. 37, inciso XVI, alínea “c” da Constituição Federal de 1988, uma vez que eram os responsáveis pelo bom funcionamento da Saúde em âmbito municipal e estadual, bem assim pelo cumprimento do dever de atenção e cuidado com a atuação dos servidores que se encontravam sob suas responsabilidades.

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR WILLIAMES PIMENTEL DE OLIVEIRA, ENTÃO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE:

Descumprimento ao art. 37, inciso XVI, alínea “c” da Constituição Federal de 1988, uma vez que eram os responsáveis pelo bom funcionamento da Saúde em âmbito municipal e estadual, bem assim pelo cumprimento do dever de atenção e cuidado com a atuação dos servidores que se encontravam sob suas responsabilidades.

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR ROBERTO EDUARDO SOBRINHO – PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO VELHO, CPF Nº 006.661.088-54, NO PERÍODO DE 2004 A 2012:

Descumprimento ao § 2º do artigo 39 da Constituição Federal, e Parecer Prévio nº 05/2011 – PLENO, pelo pagamento de vantagem remuneratória no percentual de 200% ou 300%, causando excessiva majoração dos vencimentos, em razão da graduação de nível de escolaridade superior ao exigido para a investidura no cargo.

II - EXPEÇA-SE MANDADO DE CITAÇÃO, aos jurisdicionados abaixo qualificados, para que OFEREÇAM manifestação de justificativa, por escrito, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, na forma do art. 97 do Regimento Interno do TCE/RO, cuja defesa poderá ser instruída com documentos, bem como poderá alegar o que entenderem de direito, nos termos da legislação processual, em face das irregularidades apontadas pela Unidade Técnica, conforme Relatório de fls. 1401/1409, anexo:

DE RESPONSABILIDADE DA SENHORA ROSE LEA BRITO MENDES, CPF Nº 080.285.832-53 SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA DIANA PEREIRA DE SOUZA, CPF Nº 412.710.502-00:

Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento de remuneração a servidora Diana Pereira de Souza, sem a respectiva contraprestação laboral, no valor de R$804,98 (oitocentos e quatro reais e noventa e oito centavos), conforme evidenciado no quadro 3.1.1 do presente Relatório Técnico;

Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento à servidora Diana Pereira de Souza, de horas-extra e plantões extras, acima do limite das oitenta horas estabelecido pelo Acórdão nº 165/2010 – PLENO, para acumulo de funções, e sem a devida contraprestação laboral, no período de 2004 a 2006, no valor total de R$6.678,47 (seis mil, seiscentos e setenta e oito reais e quarenta e sete centavos), conforme evidenciado no quadro 3.1.3 do presente Relatório Técnico;

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR NILSON CARDOSO PANIAGUA, DIRETOR GERAL DO HICD, CPF Nº 114.133.442-91 SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA DIANA PEREIRA DE SOUZA, CPF Nº 412.710.502-00:

Descumprimento ao artigo 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento de mediante ausência de nomeação por autoridade competente, no caso o Governador do Estado de Rondônia, no período de 1.1.2011 à 30.5.2011, referente a cargo em comissão à servidora Diana

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Pereira de Souza, que totalizaram o valor de R$15.268,18 (quinze mil, duzentos e sessenta e oito reais e dezoito centavos), e configura dano ao Erário Público Estadual, conforme evidenciado no item 3.1 do presente Relatório Técnico;

DE RESPONSABILIDADE DA SENHORA DIANA PEREIRA DE SOUZA, CPF Nº 412.710.502-00:

Descumprimento do artigo 157 c/c no § 2º do artigo 55 da Lei Complementar Estadual nº 68/1992, pelo acumulo de Cargo em Comissão no Governo do Estadual e Cargo Efetivo na Prefeitura Municipal de Porto Velho a partir de 1.1.2011 até a presente data, configurando dano ao Erário Público Municipal no valor de R$82.670,62 (oitenta e dois mil, seiscentos e setenta reais e sessenta e dois centavos), conforme evidenciado no quadro 3.1.2 do presente Relatório Técnico;

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR PAULO LEVI ANDRADE WAN-BURK, CPF Nº 054.100.187-61:

Descumprimento ao § 2º do artigo 55 da Lei 68/92, e 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pela acumulação irregular de cargos comissionados nas Esferas Estadual e Municipal, no período de 3.12.2012 a 31.12.2012, pelo servidor Paulo Levi Andrade Wan-Burk, e ainda sem a contraprestação laboral junto ao Governo do Estado de Rondônia, causando dano ao erário no valor de R$4.463,69 (quatro mil, quatrocentos e sessenta e três reais e sessenta e nove centavos);

Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo recebimento indevido no valor de R$11.473,27 (onze mil, quatrocentos e setenta e três reais e vinte e sete centavos), referente aos meses de janeiro e fevereiro de 2013 pelo Governo do Estado de Rondônia sem a devida contraprestação laboral;

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR VALDIR ALVES DA SILVA, SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO, CPF Nº 799.240.778-49, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR MARCOS BERTI CAVALCANTI, CPF Nº 526.968.809-30:

Descumprimento ao artigo 37, inciso XVI, alínea “c”, da Constituição Federal, e o Acórdão nº 165/2010 - PLENO, pelo acumulo de três cargos públicos e o respectivo pagamento/recebimento indevido no valor de R$132.212,51 (cento e trinta e dois mil, duzentos e doze reais e cinquenta e um centavos), ao servidor Marcos Berti Cavalcanti, referente ao período de outubro de 2008 a outubro de 2010 pelo Governo do Estado, conforme evidenciado no item 3.3 do presente Relatório Técnico;

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR PAULO LEVI ANDRADE WAN-BURK – GERENTE DE ENFERMAGEM DO SAMU, CPF Nº 054.100.187-61, SOLIDARIAMENTE COM O SENHOR MARCOS BERTI CAVALCANTI, CPF Nº 526.968.809-30:

Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento de remuneração ao servidor Marcos Berti Cavalcanti, sem a respectiva contraprestação laboral, no valor total de R$10.777,74 (dez mil, setecentos e setenta e sete reais e setenta e quatro centavos), conforme evidenciado no quadro 3.3.1, do presente Relatório Técnico;

Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento à servidora Marcos Berti Cavalcanti, de horas-extra e plantões extras, acima do limite das oitenta horas estabelecido pelo Acórdão nº 165/2010 – PLENO, para acumulo de funções, e sem a devida contraprestação laboral, no período de 2007 a 2012, no valor total de R$105.054,13 (cento e cinco mil, cinquenta e quatro reais e treze centavos) , conforme evidenciado no quadro 3.3.2, do presente Relatório Técnico;

DE RESPONSABILIDADE DO SENHOR PAULO LEVI ANDRADE WAN-BURK – GERENTE DE ENFERMAGEM DO SAMU, CPF Nº 054.100.187-61, SOLIDARIAMENTE COM A SENHORA ANDREIA PRESTES DE MENEZES, CPF Nº 589.172.922-91:

Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento de remuneração a servidora Andreia Prestes de Menezes, sem a respectiva contraprestação laboral, no valor total de R$10.006,08 (dez mil e seis reais e oito centavos), conforme evidenciado no quadro 3.4.1 do presente Relatório Técnico;

Descumprimento aos artigos 62 e 63 da Lei Federal nº 4.320/64, pelo pagamento à servidora Andreia Prestes de Menezes, de horas-extra e plantões extras, acima do limite das oitenta horas estabelecido pelo Acórdão nº 165/2010 – PLENO, para acumulo de funções, e sem a devida contraprestação laboral, no período de 2007 a 2012, no valor total de R$49.805,00 (quarenta e nove mil, oitocentos e cinco reais).

III - ALERTEM-SE os responsáveis, devendo o Departamento registrar em relevo no referido MANDADO, que a não apresentação de razões de justificativas, ou sua apresentação intempestiva, como ônus processual, reputar-se-ão como verdadeiras as irregularidades indiciárias imputadas aos jurisdicionados, com decretação de revelia, com fundamento no art. 12, § 3º, da LC 154/96, c./c art. 19, § 5º, do RITC-RO, e art. 319 do Código de Processo Civil, do que poderá resultar no julgamento irregular das contas prestadas, com a eventual imputação de débito e multa, na forma do art. 54 da Lei Complementar Estadual n. 154/96, c/c o art. 102 do Regimento Interno, ou, a aplicação de multa por ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, com espeque no art. 55, II, da Lei Complementar Estadual n. 154/96, c/c o disposto no art. 103 do RITC-RO.

IV – ANEXE-SE aos MANDADOS DE CITAÇÃO e AUDIÊNCIA, o presente Despacho de Definição de Responsabilidade, bem como o Relatório Técnico de fls. 1401/1409, e Cota Ministerial n. 03/2014, de fl. 1414, para facultar aos jurisdicionados o contraditório e o pleno exercício de defesa.

12. Apresentadas as razões de justificativas, no prazo facultado, remeta-se o Processo à Unidade Técnica, para análise conclusiva dos autos, devendo o Corpo Instrutivo cotejar as imputações preliminares, com as razões defensivas apresentadas pelos jurisdicionados, com parâmetro na norma legal; concluída a análise Técnica, encaminhe-se os autos ao Ministério Público de Contas, para manifestação, na forma da lei; decorrido o prazo para defesa, sem a apresentação das razões de justificativas, seja certificada nos autos tal circunstância, vindo-me conclusos para deliberação.

13. Adote-se o Departamento, as medidas consectárias, na forma regimental, para atendimento do que determinado.

PUBLIQUE-SE.

Porto Velho, 02 de julho de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO: 3.988/2011-TCER ASSUNTO: Contrato n. 074/PGM/2011 INTERESSADO: Secretaria municipal de Educação do Município de Porto Velho - SEMED RESPONSÁVEIS: Roberto Eduardo Sobrinho, Ex-Prefeito; Maria de Fátima Ferreira de Oliveira, à época Secretária de Educação do Município; Antônio Carlos de Figueiredo Melo, Engenheiro Fiscal; Célio Augusto Costa do Nascimento – Engenheiro Civil; e, Nonato da Silva e Silva – Engenheiro Eletricista RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁRICA N. 195/2014/GCWCSC

I - RELATÓRIO

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Versam os presentes sobre a análise de legalidade do Contrato n. 0074/2011-PGM firmado entre a Prefeitura Municipal de Porto Velho, intermediado pela Secretaria Municipal de Educação – SEMED e com a interveniência da Secretaria Municipal de Obras – SEMOB, com a empresa Visão Construção Comércio e Projetos LTDA (FLS. 451/461).

02. Após a instrução e conforme inspeção in loco, o Corpo Técnico evidenciou uma série de irregularidades no Contrato sob análise (fls. 595/601).

03. Enviado os autos ao MPC para manifestação, este por meio da Cota n. 036/2012-GPAMM (fl. 605), concluiu por, dar ciência aos jurisdicionados das impropriedades indicadas pela Unidade Técnica, bem como conceder-lhes prazo para apresentação das justificativas e/ou correições do que imputados no Relatório Técnico supra mencionado, em obediência aos princípios do Contraditório e da ampla defesa.

04. Sobreveio o Despacho em Definição de Responsabilidade n. 038/2012/GCWCSC, às fls. 608/609, nos seguintes termos:

“...06. Registre-se serem preliminares as falhas relacionadas na conclusão do Parecer Técnico e, bem assim, na presente Definição de Responsabilidade, devendo as defesas eventualmente apresentadas aterem aos fatos narrados no Parecer Técnico (fls. 454/460), não a sua tipificação legal propriamente dita.

07. Apresentada ou não as defesas, remetam-se os autos à Secretaria Geral de Controle Externo, para apreciar o acervo probatório carreado aos autos, indicando o nexo de causalidade entre os resultados tidos por irregulares e a ação omissiva e/ou comissiva dos agentes imputados no corpo desta Decisão, bem como daqueles que, por dever legal, manifestaram-se (ou omitiram-se) com relação aos atos indicados.

08. Alerte-se os agentes responsáveis que, nos termos do

art. 319 do CPC, c/c o art. 12, § 3º, da LC n. 154/1996, diante ausência de justificativa reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados no multicitado Relatório Técnico, podendo haver eventual julgamento irregular e/ou imputação de sanção pecuniária, na forma das leis aplicáveis à espécie.

09. Voltem-me conclusos, os autos após manifestação do Corpo Instrutivo e do Ministério Público de Contas...”.

05. Devidamente citados (fls. 613/618), compareceram aos autos a Senhora Maria de Fátima Ferreira de Oliveira, apresentando razões de justificativas e juntando documentos (fls. 619/711) e o Senhor Antônio Carlos de Figueiredo Melo que apresentou a defesa de fls. 713/718.

06. Por sua vez, o jurisdicionado Roberto Eduardo Sobrinho não atendeu ao chamado da Corte de Contas, conforme se depreende da Certidão n. 281/2013 (fl. 720).

07. Ato contínuo, em derradeira manifestação, às fls. 724/730, após análise das defesas e documentos apresentados, o Corpo Técnico concluiu por elididas algumas irregularidades e pela permanência de outras, assim como postulou por “novos enquadramentos”, in verbis:

“...1. De responsabilidade da ex-Secretária Municipal de Educação, Senhora MARIA DE FÁTIMA FERREIRA DE OLIVEIRA.

i. Infringência do artigo 39 e §§, da Lei Complementar ? 154/1996, por não atender ao ao pedido de remessa a este Tribunal de Contas dos documentos conclusivos dos autos, a contar dos que acompanharam o Ofício ? 3525/GAB/SEMED de 07/11/2011, conforme relato às fls. 609, 727 verso e 729.

2. De responsabilidade do Engenheiro Civil CÉLIO AUGUSTO COSTA DO NASCIMENTO.

i. Descumprimento da lei 7.853/1989 combinada com o Decreto Federal 3.298/1999 e a norma técnica NBR 9050:2005 da ABNT, por não apontar em seu parecer técnico a não inclusão no Projeto Básico de todas as facilidades destinadas aos portadores de deficiência, conforme relato às fls. 598, 727 verso e 728 verso.

3. De responsabilidade do Engenheiro Eletricista, Senhor NONATO DA SILVA E SILVA.

i. Descumprimento ao que determina o artigo 6o, inciso X da Lei 8.666/1993 combinado com a norma da ABNT, NBR-5419:2005, por não incluir no Projeto Básico o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, conforme relato às fls. 597, 598, 727, 727 verso e 728 verso...”.

08. Com vistas dos autos, o Ministério Público de Contas, por seu d. Procurador, Dr. Sérgio Ubiratã Marchiori de Moura, manifestou-se, in verbis:

“...Pelo exposto, OPINA, este representante ministerial, pelo:

Retorno dos autos ao Gabinete do Conselheiro Relator, para que sejam notificados todos os novos responsáveis, para regularizar/apresentar defesa acerca das impropriedades apontadas no Relatório Técnico.

Reitera-se, ainda, a necessidade de adoção das medidas corretivas para saneamento da falha apontada pela equipe técnica à fl. 601 dos autos, relativa à identificação do interessado, procedendo-se as devidas alterações tanto na capa dos autos quanto no sistema de acompanhamento de processos desta Corte de Contas.

Com as justificativas ou mesmo transcorrido, in albis, o prazo a ser assinando aos responsáveis e, ainda, com nova manifestação do Corpo Técnico retornem, os autos, ao MPC, para Parecer conclusivo...”.

09. Vieram-me os autos conclusos.

É o relatório necessário.

D E C I D O

II – FUNDAMENTAÇÃO

10. Com efeito, assiste razão ao judicioso Órgão Ministerial de Contas.

11. Explico!

12. Resta inviável a análise de mérito, sem antes ter sido oportunizado o incontornável direito à ampla defesa e contraditório, a respeito das novas irregularidades detectadas pela Unidade Técnica e descritas à fl. 730, inviabilizando qualquer Parecer conclusivo, conforme bem delineado pelo Parquet de Contas.

13. Consigno que para a regular análise do presente feito, mister se faz a efetiva notificação dos responsáveis nominados (Maria de Fátima Ferreira de Oliveira – Ex-Secretária Municipal de Educação; Célio Augusto Costa do Nascimento – Engenheiro Civil; e Nonato da Silva e Silva – Engenheiro Eletricista) para que, querendo, apresentem suas justificativas e ou comprovação de saneamento das impropriedades derradeiramente elencadas.

14. Saliento que a Constituição Federal, em seu art. 5º, Inciso LV, preceitua que aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; comando constitucional que assegura a aplicação do Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa, corolários do Devido Processo Legal.

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15. Logo, visando ao regular andamento do Processo, justamente para evitar o advento de nulidades processuais, a notificação dos responsáveis retro referidos, a fim de regularizar/justificar as irregularidades constantes no Relatório Técnico (fl. 730), é medida inexorável.

III - DISPOSITIVO

PELO EXPENDIDO, com fundamento nos princípios do contraditório e da ampla defesa, consagrados no art. 5º, LV, da CF/88, bem assim os arts. 11 e 12, I e III, da Lei Complementar n. 154/1996, determino ao Departamento da 2ª Câmara para que promova Mandado de Audiência de Maria de Fátima Ferreira de Oliveira – Ex-Secretária Municipal de Educação; Célio Augusto Costa do Nascimento – Engenheiro Civil; e Nonato da Silva e Silva – Engenheiro Eletricista, elencados no bojo do Relatório Técnico, de fls. 724/730, a fim de, no prazo de 15 (quinze) dias, querendo, oferecerem razões de defesa, juntando os documentos necessários ao saneamento das imputações indicadas pelo Corpo Técnico, sendo as seguintes irregularidades:

I - De responsabilidade da ex-Secretária Municipal de Educação, Senhora Maria de Fátima Ferreira de Oliveira - infringência do artigo 39 e §§, da Lei Complementar ? 154/1996, por não atender ao ao pedido de remessa a este Tribunal de Contas dos documentos conclusivos dos autos, a contar dos que acompanharam o Ofício ? 3525/GAB/SEMED de 07/11/2011, conforme relato às fls. 609, 727 verso e 729;

II - De responsabilidade do Engenheiro Civil Célio Augusto Costa do Nascimento - descumprimento da lei 7.853/1989 combinada com o Decreto Federal 3.298/1999 e a norma técnica NBR 9050:2005 da ABNT, por não apontar em seu parecer técnico a não inclusão no Projeto Básico de todas as facilidades destinadas aos portadores de deficiência, conforme relato às fls. 598, 727 verso e 728 verso;

III - De responsabilidade do Engenheiro Eletricista, Senhor Nonato da Silva e Silva - descumprimento ao que determina o artigo 6o, inciso X da Lei 8.666/1993 combinado com a norma da ABNT, NBR-5419:2005, por não incluir no Projeto Básico o Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas, conforme relato às fls. 597, 598, 727, 727 verso e 728 verso.

Apresentada ou não as defesas, remetam-se os autos à Secretaria Geral de Controle Externo, para apreciar o acervo probatório carreado aos autos, indicando o nexo de causalidade entre os resultados tidos por irregulares e a ação omissiva e/ou comissiva dos agentes imputados no corpo desta Decisão, bem como daqueles que, por dever legal, manifestaram-se (ou omitiram-se) com relação aos atos indicados.

Alertem-se os agentes responsáveis que, nos termos do art. 319 do CPC, c/c o art. 12, § 3º, da LC n. 154/1996, diante ausência de justificativa reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados no multicitado Relatório Técnico, podendo haver eventual julgamento irregular e/ou imputação de sanção pecuniária, na forma das leis aplicáveis à espécie.

Junte-se.

Publique-se.

Cumpra-se.

Porto Velho, 03 de julho de 2014.

Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra Relator

DESPACHO

PROCESSO: 0462/2014 – TCE-R. ASSUNTO: Análise Edital Pregão Eletrônico n. 08/2014 SRP n. 05/2014. INTERESSADO: Jailson Ramalho Ferreira – Secretário de Administração do Município de Porto Velho/RO.

ORIGEM: Prefeitura Municipal de Porto Velho – PMPVH. RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra.

DESPACHO CIRCUNSTANCIADO N. 069/2014/GCWCSC

Cuidam os presentes autos sobre análise inaugural de Edital Pregão Eletrônico n. 08/2014 - Sistema de Registro de Preços n. 05/2014 da Prefeitura Municipal de Porto Velho/RO, cujos procedimentos estão contidos no Processo Administrativo n. 07.00129-000/2013, deflagrado para formação de registro de preços para fornecimento de insumos (álcool em gel, almotolia, cobertura de óbito e outros) da área de saúde para abastecer a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho, com o valor estimado em R$ 8.658.127,50 (oito milhões, seiscentos e cinquenta e oito mil, cento e vinte sete reais e cinquenta centavos).

02. A Unidade Técnica, em análise inicial, às fls. 421/424v., conclui que “não restou evidenciado, a princípio, nenhum obstáculo normativo de forma a macular o prosseguimento do presente certame”.

03. Instado, o Ministério Público de Contas, por sua d. Procuradora, Dra. Yvonete Fontinelle de Melo, exarou Parecer n. 075/2014, ocasião em que reverberou que “tendo em vista que a licitação está suspensa e será republicada, deve-se determinar aos responsáveis que disponibilizem tempestivamente no site da prefeitura as informações atinentes a presente licitação e às demais que vierem a ser deflagradas”, concluindo, in verbis:

“...Pelo exposto, este Ministério Público de Contas OPINA pelo prosseguimento da licitação, devendo-se abrir prazo aos responsáveis, todavia, para que:

a) justifiquem os quantitativos pretendidos, o que perpassa por informar o consumo mensal nos últimos três exercícios de cada uma das unidades de saúde, bem como a eventual demanda reprimida (casos que requeriam medicação, mas que não foram atendidos por falta de estoque), explicitando os motivos técnicos da taxa de variação aplicada, em cumprimento ao art. 3º, III, da Lei n. 10.520/2002, combinado com o inciso II, do §7º, do art. 15 da Lei n. 8.666/1993;

b) se acaso for constatado que parte dos insumos deve sofrer reestimativa, alterando-se o número de unidades a serem adquiridas, a alteração deve ser publicada na remarcação da sessão de disputa de lances, nos moldes do art. 21, §4º, da lei n. 8.666/1993

c) publiquem, no aviso de licitação, o número da licitação adotado pelo site que hospeda a disputa, para perfeito cumprimento do art. 21, §1º, da Lei n. 8.666/1993, com os princípios da eficiência e da publicidade;

d) disponibilizem no site da prefeitura os editais de licitação e seus anexos, em atenção ao art. 21, §1º, da Lei n. 8.666/1993, combinado com os princípios da eficiência e da publicidade e com os textos dos avisos de licitação publicados...”.

04. Vieram-me os autos conclusos.

É, em síntese, o relatório.

D E C I D O

05. Assiste razão ao Órgão Ministerial de Contas.

06. Explico!

07. Com efeito, a planilha juntada entre as fls. 147 a 160, na qual se indicam os itens e as quantidades relativas a cada unidade de saúde municipal, não tem título tampouco qualquer referência que explique como foi produzida.

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08. Logo, não se sabe se registra o consumo médio pretérito das unidades ou se é a consolidação das respectivas solicitações para o presente exercício.

09. As planilhas entre as fls. 40 e 133, conforme bem explanado pelo Ministério Público de Contas, registram a relação de consumo por requisitante, entre os anos de 2011 e 2012 se buscou quantificar o consumo de alguns itens, por amostragem, selecionando aqueles que exibem maior materialidade no edital em questão, justamente para verificar a verossimilhança da previsão de consumo pretendida nesta contratação.

10. Neste diapasão, o sempre diligente Parquet de Contas pesquisou acerca dos itens 3, 6, 7 e 12; e, como resultado, não se encontrou nenhuma referência ao item 3 (três) do edital - embalagem descartável, medindo 35cm x 100m, para acondicionamento de artigos para esterilização a vapor saturado sob pressão – e tampouco quanto ao item 12 (doze) - filme radiológico, película verde, 35 x 43.

11. Consigne-se, por oportuno que a estimativa de consumo no edital para o item 03 (três) é de 22.000 (vinte e duas mil) unidades, a um custo de R$ 1.826.000,00 (um milhão, oitocentos e vinte e seis mil reais); e, para o item 12 (doze) é de 1.650 (um mil, seiscentos e cinquenta) caixas, a um custo de R$ 544.500,00 (quinhentos e quarenta e quatro mil e quinhentos reais).

12. Igualmente, nessas planilhas de histórico de consumo, encontraram-se os itens 6 (scalp n. 25) e 7 (scalp n. 27); onde o item 6 (seis) apresentou em 2011, um consumo total, em todas as unidades requisitantes de Porto Velho/RO, de 45.270 (quarenta e cinco mil, duzentos e setenta) unidades; em 2012, de 52.185 (cinquenta e duas mil, cento e oitenta e cinco) unidades. Porém, no edital, a pretensão de aquisição é de 2.200 (duas mil e duzentas) caixas, com 200 (duzentas) unidades cada, o que resulta em um total de 440.000 (quatrocentas e quarenta mil) unidades, estimadas em R$ 752.400,00 (setecentos e cinquenta e dois mil e quatrocentos reais).

13. Disso decorre que a estimativa do edital em análise encontra-se 04 (quatro) vezes superior ao histórico, devendo-se sopesar se esse aumento está relacionado e, como bem salientado pelo MPC, se é proporcional à ampliação da rede de atendimento, tendo em vista a construção de novas unidades de saúde no Município (fls. 143 a 145).

14. O item 07 (sete), apresentou um consumo total de apenas 48 (quarenta e oito) unidades em 2011 e nenhuma em 2012. No edital, pretende-se adquirir 2.200 (duas mil e duzentas) caixas com 200 (duzentas) unidades cada, isto é, 440.000 (quatrocentos e quarenta mil) unidades, também estimadas R$ 752.400,00 (setecentos e cinquenta e dois mil e quatrocentos reais).

15. Novamente, a pretensão de aquisição deste item 07 (sete) no presente pregão, em tese, encontra-se descolada do histórico de consumo.

16. Por tais razões, os responsáveis pela licitação devem ser instados para, no prazo regimental, esclarecerem os critérios técnicos utilizados para a estimativa dos quantitativos do certame, haja vista que não há cópias de requisições assinadas pelas unidades de saúde beneficiadas pelo registro de preços, nem há correlação entre o histórico de consumo juntado aos autos nem com as aquisições registradas pela Prefeitura na Ata de Registro de Preços n. 19/2011.

17. Como bem pontuou o Ministério Público de Contas, se, de um lado, está-se a lidar com insumos de primeira necessidade que não podem deixar de estar disponíveis aos cidadãos no momento em que mais precisam, de outro, deve-se buscar preservar a confiabilidade das informações lançadas na licitação, a fim de se obter as melhores propostas em razão da escala de aquisição pretendida e verossímil.

18. Destarte, ante as discrepâncias retro referidas, mister ser faz o esclarecimento quanto aos critérios técnicos utilizados para a estimativa dos quantitativos do certame em referência (Edital de Licitação n. 008/2014).

PELO EXPENDIDO, converto o feito em diligência, e, por consequência, DETERMINO ao Departamento da 2ª Câmara:

I – EXPEÇA-SE Ofício ao Senhor Jailson Ramalho Ferreira – Secretário de Administração do Município de Porto Velho/RO, ou quem lhe substitua na forma da lei, remetendo-lhe cópia deste Despacho Circunstanciado, bem como do Parecer Ministerial n. 75/2014 (fls. 435/438), para que, no prazo de 30 (trinta) dias, esclareça, de forma objetiva, quais foram os critérios técnicos utilizados para a estimativa dos quantitativos do Edital de Licitação n. 008/2014, especialmente para o fim de:

(a) Justificar os quantitativos pretendidos, o que perpassa por informar o consumo mensal nos últimos três exercícios de cada uma das unidades de saúde, bem como a eventual demanda reprimida (casos que requeriam medicação, mas que não foram atendidos por falta de estoque), explicitando os motivos técnicos da taxa de variação aplicada, em cumprimento ao art. 3º, III, da Lei n. 10.520/2002, combinado com o inciso II, do §7º, do art. 15 da Lei n. 8.666/1993, e;

(b) Se acaso for constatado que parte dos insumos deve sofrer reestimativa, alterando-se o número de unidades a serem adquiridas, a alteração deve ser publicada na remarcação da sessão de disputa de lances, nos moldes do art. 21, §4º, da lei n. 8.666/1993;

II – RECOMENDE-SE ao gestor indicado no item I, para que publique, no aviso de licitação, o número da licitação adotado pelo site que hospeda a disputa, para perfeito cumprimento do art. 21, §1º, da Lei n. 8.666/1993, com os princípios da eficiência e da publicidade e, ainda, que disponibilize no site da prefeitura os editais de licitação e seus anexos, em atenção ao art. 21, §1º, da Lei n. 8.666/1993, combinado com os princípios da eficiência e da publicidade e com os textos dos avisos de licitação publicados;

III – ADVIRTA-SE ao Senhor Jailson Ramalho Ferreira – Secretário de Administração do Município de Porto Velho/RO, ou quem lhe substitua na forma da lei, de que o não atendimento ao que foi determinado ensejará a imediata imputação de multa nos termos do art. 55, IV e § 1º da Lei Complementar n. 154/96;

IV – DECORRIDO O PRAZO ASSINALADO, ou vindo as respostas, encaminhe-se os autos à Unidade Técnica.

À Assistência de Gabinete para que adote as devidas providências.

Porto Velho, 04 de julho de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Município de Rolim de Moura

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº: 4045/2013 INTERESSADO: Município de Rolim de Moura ASSUNTO: Representação sobre possíveis irregularidades praticadas na licitação referente à Concorrência Pública nº. 4/2013, de interesse do município de Rolim de Moura, visando à concessão de transporte coletivo RESPONSÁVEIS: César Cassol – Prefeito municipal; Ademir Emanoel Moreira – Presidente da CPCL; Sandra Rosa Soares – Vice-presidente da CPCL; Tiago Anderson Sant’ana Silva – Membro da CPCL; Marisa da Rosa – Membra da CPCL; Simone Aparecida Paes – Membra da CPCL; Adriana Campos Silva Vidal – Membra da CPCL. RELATOR: Conselheiro PAULO CURI NETO

DECISÃO Nº 115/2014/GCPCN

Trata-se de representação formulada pelo cidadão CLEBSON HARISSON DAMASCENO PANTOJA, por intermédio da Ouvidoria desta Corte.

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A aludida representação noticiou numerosos supostos vícios editalícios na licitação da Concorrência Pública nº. 4/2013, deflagrada pelo município de Rolim de Moura para a concessão dos serviços de transporte coletivo de passageiros.

O cidadão, autor da representação, se diz proprietário de uma empresa interessada neste objeto e que, por considerar ilegais algumas condições licitatórias, impugnou vários aspectos do instrumento convocatório tempestivamente. Porém, conforme alega, suas razões foram tidas por improcedentes pela administração. Tendo em vista a proximidade da realização da sessão de abertura dos envelopes do prélio (que estaria agendada para o dia 18/11), o interessado trouxe ao conhecimento desta Corte, ponto a ponto, as questões que se mostram ilegais a seu ver, conforme reprimido resumo abaixo:

a) Exigência de comprovação de atestado de capacidade técnica profissional e operacional mediante apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), o que seria impossível para o objeto, tendo em vista sua adequação somente a serviços de engenharia e obras;

b) Exigência de que alguns documentos das licitantes sejam assinados por engenheiros, no entanto, nenhuma parcela do objeto se relacionaria ao âmbito da engenharia;

c) Exigência de relação nominal, com currículo, de toda a equipe técnica e seus cargos;

d) Descrição de toda a frota disponível na data da apresentação da proposta;

e) Um dos critérios de habilitação seria a comprovação de que ao menos um veículo seria adaptado para embarque e desembarque de passageiros cadeirantes;

f) Exigência de apresentação de registro expedido pelo DER (Departamento de Estradas e Rodagens), porém, esse documento somente seria aplicável a transporte intermunicipal ou interestadual de passageiros, o que não é o caso;

g) Exigência de declaração de anuência da licitante com o direito de a administração paralisar ou suspender, a qualquer tempo, a execução dos serviços mediante o pagamento somente dos serviços já executados;

h) Exigência de declaração das concorrentes de que autorizam a modificação e reutilização dos trabalhos, a qual não se relacionaria ao presente objeto, mas a serviços de engenharia.

i) Utilização indevida do critério técnica e preço para objeto que não envolve natureza predominante intelectual.

Ao fim, solicitou que esta Corte se debruçasse sobre o procedimento licitatório a fim de investigar essas e outras eventuais irregularidades.

Esta relatoria, em sede de juízo preliminar, expediu a Decisão Monocrática n° 217/2013/GCPCN, requerendo copia do processo administrativo que deu origem ao edital de licitação, bem como apresentação de justificativas acerca das falhas indicadas.

Além disso, na referida decisão, foi determinada, ainda, a autuação dos documentos requisitados e, posterior, encaminhamento ao Corpo Técnico para análise.

A Unidade Técnica, após apreciar as justificativas ofertadas, juntamente com os documentos de suporte, concluiu o seguinte (fls. 613/640):

“Por todo o exposto, retornamos os presentes autos, sugerindo, à guisa de proposta de encaminhamento, a adoção das seguintes providências:

I – Conceder tutela antecipatória inibitória, com fundamento no art. 108-A, § 1º, do RITCE-RO, inaudita altera pars, para o fim de determinar ao Prefeito Municipal de Rolim de Moura, ou quem o substitua legalmente, que suspenda, na fase em que se encontra, a Concorrência Pública Nº 004/2013/SEMCOL, processada nos autos administrativos de nº 2280/2013, que tem por objeto a outorga de concessão de serviço de transporte público coletivo urbano de passageiros, no âmbito da citada municipalidade, abstendo-se de praticar quaisquer atos supervenientes, até ulterior deliberação desta Corte de Contas;

II – Conhecer da presente representação, eis que atendidos seus pressupostos de admissibilidade, diferindo a análise de mérito para momento posterior à oitiva dos agentes públicos responsáveis;

III – Determinar, com supedâneo no art. 62, III, do RITCE-RO, em homenagem aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa, a audiência dos agentes públicos declinados como responsáveis no Item 8.1 do relatório técnico precedente, facultando-lhes o prazo de 15 (quinze) dias para apresentarem razões de justificativa às impropriedades a seguir discriminadas:

a) Infringência ao art. 21 da Lei nº 8.987/1995 e ao art. 6º, inc. IX, alínea “f”, c/c art. 43, inc. IV, da Lei nº 8.666/1993, em face da ausência de demonstração da viabilidade econômico-financeira da tarifa máxima fundamentada em estudos, investigações, levantamentos, entre outros, com o devido assento nos autos do certame, conforme explanação nos itens 3.3 a 3.6 do relatório técnico precedente;

b) Violação aos princípios da publicidade, da eficiência e do julgamento objetivo, insculpidos no caput do art. 3º da Lei nº 8.666/1993, em face da exigência incompatível com o objeto do certame, conforme apontamento nos itens 4.4 e 4.10 do relatório técnico;

c) Infringência ao art. 46, §§ 1º, inc. I, e 2º, c/c art. 3º, caput, da Lei nº 8.666/1993, em razão da falta de especificação, clara e exaustiva, dos critérios objetivos para julgamento das informações exigidas das licitantes, de acordo com o exposto no item 4.5 do relatório instrutivo;

d) Vulneração do art. 30, § 6º, da Lei nº 8.666/1993, em face da exigência de comprovação de propriedade dos veículos necessários à execução do contrato, consoante exposição feita nos itens 4.6 e 4.7 do relatório técnico;

e) Infringência ao art. 3º, § 1º, inc. I, da Lei nº 8.666/1993, em razão de consignar, como critério de qualificação técnica, exigência ilegal, frustrando o caráter competitivo do certame, nos termos do apontamento feito no item 4.8 do relatório técnico precedente;

f) Violação ao art. 46, § 3º, da Lei nº 8.666/1993, em decorrência da adoção de critérios de pontuação irrelevantes à capacidade técnica e incompatíveis com o tipo licitatório de “técnica e preço”, conforme exposição no item 5.3 do relatório instrutivo precedente;

g) Infringência ao disposto no art. 32, § 5º, c/c art. 3º, § 1º, inc. I, ambos da Lei nº 8.666/1993, em razão da estipulação de taxa de impressão do edital em valor desarrazoado, o que concorre para inibição da ampla participação na disputa, de acordo com a explanação constante do item 5.4 do relatório técnico;

h) Violação aos princípios do julgamento objetivo, da isonomia e da publicidade (art. 3º, caput, da Lei nº 8.666/1993), às disposições dos arts. 9º e ss. e 18, inc. IX, da Lei nº 8.987/95, em face de omissão ilícita no instrumento convocatório, conforme anotação feita no item 5.5 do relatório instrutivo;

i) Infringência aos arts. 40, inc. X, e 48, inc. II, da Lei nº 8.666/1993 c/c art. 18, inc. IX, da Lei nº 8.987/1995, devido à ausência da estipulação de critérios claros, objetivos e exaustivos acerca da aceitabilidade das propostas, consoante item 5.6 do relatório de instrução;

j) Vulneração do art. 18, inc. VI, da Lei nº 8.987/1995 c/c arts. 9º, § 10, inc. I, e 10, inc. V, da Lei nº 12.587/2012, em razão da ausência de previsão de

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fontes alternativas de receita, conforme exposição no item 5.7 do relatório técnico;

k) Infringência aos arts. 2º, inc. II, e 6º, § 1º, da Lei nº 8.987/1995, bem como à diretriz do art. 8º, incs. II, V e VI, da Lei nº 12.587/2012, por força da adoção de modelo de planilha tarifária que concorre para o encarecimento da tarifa, vez que nela aloca todos os riscos inerentes à operação, conforme apontamento consignado no item 5.8 do relatório técnico precedente;

l) Quebra à determinação do art. 1º da IN nº 25/TCE-RO-2009, face à não disponibilização do edital, via SIGAP, à Corte de Contas, na mesma data de publicação do certame, consoante anotação feita no item 5.9 do relatório técnico;

m) Infringência ao princípio da eficiência administrativa (art. 37, caput, da Constituição Federal) e da vinculação aos termos do edital (art. 3º, caput, da Lei nº 8.666/1993), em razão das impropriedades apontadas no item 5.11, alíneas “a”, “d” e “g”, do relatório instrutivo;

n) Inobservância do art. 23, inc. XI, da Lei nº 8.987/1995, face à ausência de previsão dos critérios para o cálculo e forma de pagamento das indenizações devidas a concessionária quando for o caso;

o) Infringência ao art. 14, parágrafo único, da Lei nº 12.587/2012, devido à inexistência de disposição contratual prevento que os usuários dos serviços terão o direito de ser informados, em linguagem acessível e de fácil compreensão, sobre, entre outros, seus direitos e deveres, conforme item 5.11, alínea “c”, do relatório técnico;

p) Ofensa ao art. 30, parágrafo único, da Lei nº 8.987/1995, face à consignação, na minuta do contrato a ser celebrado, de que a fiscalização da execução do serviço será feita por um único servidor, quando a norma determina que tal tarefa seja feita por órgão técnico ou entidade vinculada ao poder concedente, conforme anotação no item 5.11, alínea “e” do presente relatório;

q) Violação ao art. 23, inc. IV, da Lei nº 8.987/1995, em decorrência da falta de especificação da periodicidade em que se dará o reexame tarifário, nos termos da cláusula 4, subitem 4.7, da minuta do contrato de concessão;

r) Ofensa ao princípio da motivação dos atos licitatórios, implícito no art. 3º, caput, da Lei nº 8.666/1993 c/c arts. 37, caput, e 93, inc. IX, da Carta Magna, em razão da ausência de adequada fundamentação da decisão da Comissão de Licitação que julgou improcedente pedido de impugnação ao edital, conforme exposição no item 5.10 do relatório técnico.”

O feito foi submetido ao crivo do Ministério Público de Contas, que, por intermédio do excelente Parecer nº 196/2014-GPAMM, exarou o seguinte (fls. 643/665):

“Ante o exposto, este Parquet opina no sentido de que:

I - seja conhecida a representação proposta, por cumprir os requisitos de admissibilidade, consoante art. 82-A, VII, e §1° c/c art. 80 do RITCERO;

II - emissão de decisão monocrática de efeitos antecipatórios da tutela, para a suspensão do Edital de Concorrência Pública n. 004/2013, até nova decisão da Corte, com fulcro no art. 108-A do Regimento Interno do Tribunal de Contas, uma vez que presentes os pressupostos de fumus boni iuris e periculum in mora, abrindo-se prazo de defesa aos responsáveis, em obediência ao princípio do contraditório e da ampla defesa, em razão das seguintes irregularidades verificadas no edital e anexos da Concorrência Pública:

i) exigência restritiva de assinatura de engenheiro nas peças relativas à área para apresentação das propostas do licitante, sem sequer haver necessidade de tal profissional na condução dos serviços concedidos, em afronta ao art. 3°, §1°, I, da Lei n. 8.666/93;

ii) exigência ilegal de comprovação de quadro de pessoal, inclusive com a necessidade de preenchimento de curriculum vitae, em afronta a jurisprudência da Corte e aos princípios do julgamento objetivo e da isonomia, bem como o art. 44, caput e §1°, da Lei n. 8.666/93;

iii) exigência de descrição da frota de veículos disponíveis na data da abertura das propostas, assim como comprovação de propriedade de pelo menos um veículo adaptado com acessibilidade, em afronta ao que dispõe o art. 30, §6°, da Lei de Licitações;

iv) exigência restritiva de apresentação de certificado expedido pelo DER, sem previsão legal, em afronta ao art. 3°, §1°, I, da Lei n. 8.666/93;

v) exigência excessiva e descabida de declaração autorizando a modificação e reutilização dos trabalhos não vinculados ao objeto, incoerente com o objeto licitado, em afronta ao art. 3°, §1°, I, da Lei n. 8.666/93;

vi) fixação dos critérios de julgamento para avaliação da proposta em desacordo com os fins colimados pelo art. 6°, §1°, da Lei n. 8.987/95, sendo insuficientes para garantia de adequação do serviço;

vii) ausência de planilha de custos unitários como anexo do edital, em afronta ao art. 40, §2°, II, da Lei n. 8.666/93 e art. 18, IX, da Lei n. 8.987/95, o que pode por interferir diretamente naquilo que se entenderá por exequível ou não, nos termos do art. 48, II, da Lei n. 8.666/93;

viii) adoção de planilha de reequilíbrio tarifário que desprestigia ganhos de eficiência e onera demasiadamente a tarifa, que afeta a modicidade exigida pelo art. 6°, §1°, da Lei n. 8.987/95;

ix) ausência de fixação do preço estimado da licitação, devendo o valor constar expressamente em edital, em decorrência dos princípios da publicidade (art. 37, caput, CF), da isonomia entre os participantes (art. 37, XXI, da CF e art. 3°, caput, da Lei n. 8.666/93) da vinculação ao instrumento convocatório e do julgamento objetivo das propostas (art. 14, da Lei n. 8987/95), visto que tal informação é essencial ao julgamento das propostas, dado o evidente reflexo nas condições de habilitação, além da ponderação de exequibilidade ou não do que será ofertado pelos particulares, bem como pela transparência intrínseca aos atos administrativos (fls. 614-v);

x) Cobrança desarrazoada de taxa de impressão do edital, estipulada em R$ 100,00 (fls. 231), em confronto ao que previsto no art. 32, §5°, da Lei n. 8.666/93, haja vista a permissão legal de cobrança apenas dos custos de reprodução do material, sendo que, no caso, o edital, que conta com 91 folhas, saiu por R$ 1,10 cada página, o que se mostra abusivo;

xi) Ausência de previsão de fontes de receitas alternativas para custeio do serviço prestado, de modo a favorecer a modicidade das tarifas, conforme previsto no art. 11 e art. 18, VI, da Lei n. 8.987/93 (fls. 634);

xii) O edital não foi encaminhado à Corte de Contas por meio do sistema SIGAP, em desacordo ao art. 1° da Instrução Normativa n. 25/TCERO-2009, considerando, segundo cálculos do corpo técnico (fls. 632-v), que o preço estimado da licitação alcança o montante de R$ 16.200.000,00;

xiii) ausência de adequada fundamentação da decisão da Comissão de Licitação dando por improcedente pedido de impugnação válido formulado por empresa com base no simplório fundamento de que “os itens questionados foram inseridos no intuito de resguardar a população, em ter serviço de boa qualidade e com excelência”, em ofensa ao princípio da motivação dos atos licitatórios, implícito no art. 3°, caput, da Lei n. 8.666/1993 c/c art. 37, caput, da Carta Magna.

xiv) ausência do documento denominado “Documentos de abordagem da metodologia e plano de trabalho para a execução do serviço”, mencionado no “Anexo XIV” do edital (fl. 295), consistindo tal omissão em infringência ao princípio da eficiência administrativa (art. 37, caput, da Constituição Federal) e da vinculação aos termos do edital (art. 3°, caput, da Lei n. 8.666/93);

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xv) inexistência da previsão dos critérios para o cálculo e forma de pagamento das indenizações devidas à concessionária quando for o caso, conforme art. 23, XI, da Lei n. 8.987/1995;

xvi) inexistência de disposição contratual prevento que os usuários dos serviços terão o direito de ser informados, em linguagem acessível e de fácil compreensão, sobre: I - seus direitos e responsabilidades; II - os direitos e obrigações dos operadores dos serviços; III - os padrões preestabelecidos de qualidade e quantidade dos serviços ofertados, bem como os meios para reclamações e respectivos prazos de resposta, conforme art. 14, parágrafo único, da Lei n. 12.587/2012;

xvii) incompatibilidade material e redação confusa entre o disposto na alínea “d.1” e o constante da alínea “d.2.”, ambas do item 14.1.3 do ato convocatório (fl. 238), configurando violação aos princípios da eficiência administrativa (art. 37, caput, da Constituição Federal), do julgamento objetivo e da vinculação aos termos do edital (art. 3°, caput, da Lei n. 8.666/1993);

xviii) designação de um único servidor para a tarefa da fiscalização da execução contratual, conforme disposto na cláusula 8ª da minuta do contrato (fls. 185/194), em contrariedade ao que dispõe o art. 30, parágrafo único, da Lei n. 8.987/95, determinando que tal atividade seja exercida por “órgão técnico do poder concedente ou por entidade com ele conveniada”;

xix) ausência de especificação da periodicidade em que se dará o reexame tarifário, nos termos da cláusula 4, subitem 4.7, da minuta do contrato de concessão, consistindo em ofensa ao comando do art. 23, IV, da Lei n. 8.987/1995 (fls. 185);

xx) erro na numeração dos itens e anexos do edital, configurando violação ao princípio da eficiência administrativa (art. 37, caput, da Constituição Federal), a exemplo do item 14.1.3, letras “e” e “g” que fazem referências a anexos que não correspondem aos descritos no item (fls. 238), bem como as incoerências a partir do Anexo XIV do edital, além da numeração confusa do edital às fls. 216, como a do item 25 seguido em sua contagem pelo item 15;

xxi) infringência ao art. 21 da Lei n. 8.987/1995 e ao art. 6°, IX, “f”, c/c art. 43, IV, da Lei n. 8.666/1993, em face da ausência de demonstração da viabilidade econômico-financeira da tarifa máxima fundamentada em estudos, investigações, levantamentos, entre outros, com o devido assento nos autos do certame, bem como em obediência ao art. 7°, §2°, III, da Lei n. 8.666/93.

xxii) fixação contraditória de critério de julgamento quanto à tarifa, quando ao mesmo tempo exige valor específico para proposta e avalia a pontuação por valores diversos apresentados, bem como estabelece incoerência na pontuação, que, em certo trecho do edital, alcança até 4 pontos e em outro até 5 pontos, em afronta ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objeto, ferindo o art. 3°, caput e §1°, I, da Lei n. 8.666/93 dada obscuridade do critério, que finda por ferir a competitividade do pleito;

xxiii) imposição de reconhecimento de firma de toda e qualquer declaração exigida pelo edital, ferindo o art. 32 da Lei n. 8.666/93;

xxiv) ausência de definição, quando da exigência de atestado de capacidade técnica, das parcelas de maior relevância do objeto, bem como do percentual mínimo aceitável que será entendido como compatível para os serviços licitados, o que permeia o edital de subjetivos em afronta ao princípio do julgamento objeto, constante do caput do art. 3° da Lei n. 8.666/93;

xxv) ausência de definição clara do objeto, no tocante as características e dimensões necessárias e aceitáveis, conforme exigido genericamente em edital (“exigências legais e especificações constantes no Projeto Básico”, item 14.1.3, letra “b”, fls. 237), não havendo qualquer descrição dos requisitos mínimos aceitáveis para os veículos, tais como idade mínima da frota, requisitos de segurança, mecanismos de evacuação de emergência, entre outros próprios do serviço de transporte, constando apenas a

discreta exigência de 10 veículos com 40 lugares cada, o que afronta ao art. 15, §2°, da Lei n. 8.987/95;

xxvi) previsão de prazos constantes em edital para adaptação de veículos acessíveis à todos os usuários que superam o exercício de 2014, em desacordo com o prazo fixado no Decreto n. 5.296/2004, mormente os artigos 38, §3° e 39, visto que todos os veículos utilizados no transporte coletivo a partir do ano vindouro deverão ser dotados de acessibilidade;

xxvii) a exigência ilegal de atestado de vistoria como requisito de habilitação, sem justificativa técnica plausível, que fere o art. 3°, §1°, I, da Lei n. 8.666/93, dada a restrição a competitividade do pleito;

xviii) ausência de estipulação das cláusulas que fixem parâmetros mínimos para sua realização de subcontratação, especificando o que entenderá por partes principais e/ou etapas não essenciais do serviço, delineando ainda, o que é passível ou não de ser subcontratado, em afronta ao art. 72 da Lei n. 8.666/93 e arts. 25 e 26 da Lei n. 8.987/95.”

É o relatório.

De fato merece alento a sugestão do MPC, que pugnou pela concessão de tutela inibitória, na forma do art. 108-A, §1º, do RITCERO, com vista à suspensão do edital de concorrência pública n° 004/2013, pois presente os pressupostos do fumus boni iuris, em decorrência do extenso rol de falhas, bem como evidente o periculum in mora, frente ao receio da consumação das graves infrações às regras de licitação.

Diante disso, adoto, na íntegra, como razão de decidir o bem lançado Parecer do MPC. Nesse sentido, determino a suspensão do presente certame no estado em que se encontrar, estipulando o prazo de 15 dias, contados do recebimento desta decisão, para a Administração adotar as medidas corretivas indicadas no Parecer do MPC n° 196/2014-GPGMPC e/ou para apresentar justificativas.

A propósito, com o intuito de subsidiar os trabalhos da Administração municipal, seguem cópias da peça de representação, do Relatório Técnico e do Parecer do Ministério Público de Contas.

É como decido.

Porto Velho, 04 de julho de 2014.

PAULO CURI NETO Conselheiro Relator

Município de Vale do Paraíso

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 3274/2013 – TCER. ASSUNTO: Quitação de multa – Proc. originário 312/2011 – Acórdão n. 148/2010. UNIDADE: Prefeitura Municipal de Vale do Paraíso. INTERESSADO: Charles Luís Pinheiro Gomes RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 191/2014/GCWCSC

I - RELATÓRIO

Retornam os autos que versavam originalmente sobre denúncia (Proc. 743/2009), acerca de irregularidades na Prefeitura Municipal de Vale do Paraíso, retornando nesta oportunidade, a este Gabinete para dar Quitação de multa ao Senhor Charles Luís Pinheiro Gomes, à época, Prefeito Municipal da Prefeitura em epígrafe.

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02. A referida denúncia foi apreciada em Sessão plenária realizada em 28/10/2010, ocasião em que este Tribunal de Contas prolatou o Acórdão n. 148/2010 (fls. 06/07), imputando multa ao, ora requerente, conforme o exceto colacionado, in verbis:

ACÓRDÃO N. 148/2010-PLENO

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam de Denúncia de supostas irregularidades ocorridas na Prefeitura do Município de Vale do Paraíso apresentada pelo Senhor Luiz Carlos Sorroche, como tudo dos autos consta.

I – Conhecer da Denúncia, posto que corresponde aos requisitos e formalidades contidos no artigo 80, caput, do Regimento Interno da Corte de Contas;

II – Considerar a Denúncia procedente, com o fim de multar individualmente, nos termos do artigo 55, II da Lei Complementar Estadual n. 154/96, Charles Luis Pinheiro Gomes, Prefeito do Município de Vale do Paraíso em exercício, da seguinte forma:

a) R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), em decorrência do fracionamento de despesa em descumprimento ao § 5º do artigo 23 e inciso II do artigo 24 da Lei n. 8.666/93;

b) R$ 1.250,00 (um mil, duzentos e cinquenta reais), em decorrência da realização de concessão administrativa de uso de imóvel público em desobediência ao disposto nos artigos 2º e 3º, caput, da Lei n~. 8.666/93;

03. Entretanto, ocorre que o Acórdão transcrito acima foi alterado parcialmente, em sede de Pedido de Reexame – Proc. n. 312/2011, que reformou o item II, alínea “a”, reduzindo o valor outrora imputado de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), para R$ 1.250,00 (um mil, duzentos e cinquenta reais), contudo, mantendo inalterados os demais itens, in verbis:

ACÓRDÃO Nº 41/2013 – PLENO

Pedido de Reexame. Denúncia. Prefeitura Municipal de Vale do Paraíso. Exercício de 2009. Conhecimento. A) Fracionamento de despesas. Ausência. Despesas de natureza diversa. B) Procedimentos autorizados no mesmo dia para realização de serviços da mesma natureza pelo mesmo contratante, que poderiam ser prestados de maneira conjunta e concomitante. Multa mantida. C) Concessão do direito de uso de imóvel público a particular, sem prévia licitação, ainda que mediante autorização legislativa municipal. Ilegalidade. Multa Mantida. Provimento parcial. Unanimidade.

Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, que tratam de Pedido de Reexame interposto pelo Senhor Charles Luiz Pinheiro Gomes, Prefeito Municipal de Vale do Paraíso, ao Acórdão nº 148/2010 – Pleno, como tudo dos autos consta.

Acordam os Senhores Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, em consonância com o Voto do Relator, Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA, por unanimidade de votos, em:

I - Conhecer do Pedido de Reexame ao Acórdão nº 148/2010-Pleno interposto pelo Senhor Charles Luis Pinheiro Gomes, Prefeito do Município de Vale do Paraíso, visto ser tempestivo e atender aos requisitos de admissibilidade insertos no Regimento Interno e na Lei Orgânica desta Corte de Contas;

II - No mérito, dar provimento parcial ao recurso para o fim de alterar o valor da multa aplicada no item II, “a”, do Acórdão nº 148/2010 – Pleno, de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) para R$ 1.250,00 (um mil duzentos e cinquenta reais), por reconhecer que, em relação aos Processos Administrativos nº 869, 227, 371 e 221/2009, não ocorreu fracionamento de despesa, em descumprimento ao § 5º do artigo 23 e inciso II do artigo 24 da Lei nº 8.666/93; e

04. Por consectário, o Senhor Charles Luís Pinheiro Gomes, veio perante este Tribunal de Contas requerer – Protocolo n. 10157/2013 de 21/08/2013 -, o parcelamento da multa descrita no item II, alíneas “a” e “b” do Acórdão n. 148/2010 em 07 (sete) parcelas iguais.

05. Naquela oportunidade, o Conselheiro-Relator, ao apreciar o pleito formulado pelo Senhor Charles Luís Pinheiro Gomes, sobre o parcelamento da multa, aferiu que o solicitante reunia todas as condições para ter atendido seu pedido, razão pela qual foi concedida a divisão dos valores devidos consoante a Decisão Monocrática n. 168/2013/GCWCSC, fls. 18/19.

06. Ato contínuo, os autos foram sobrestados no Departamento do Pleno para o acompanhamento do feito; e diante os comprovantes dos extratos bancários juntados no caderno processual, a Unidade Instrutiva registrou o pagamento escorreito da multa, fls. 25/40, muito embora tenha aferido remanescer o saldo devedor de R$ 32,07 (trinta e dois reais e sete centavos), condizente a atualização monetária, sugeriu ao Relator a QUITAÇÃO DA MULTA consoante o art. 35 do Regimento Interno da Corte de Contas.

Eis o relatório.

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

Pois bem.

07. Com escopo de profligar a pendência com a municipalidade o Senhor Charles Luís Pinheiro Gomes, encaminhou a esta Corte de Contas documentos de comprovação do pagamento do débito a ele imputado consoante fls. 25/40.

08. Quanto ao saldo devedor remanescente de R$ 32,07 (trinta e dois reais e sete centavos), referente à atualização monetária, entendo na mesma direção do Corpo Instrutivo que tal pendência não resulta em óbice para a baixa da responsabilidade e consequente expedição do Termo de Quitação, vez que notório o valor de pequena monta.

09. Sem maiores digressões, tenho comigo que desarrazoado e injustificável seria movimentar todo o aparato da máquina administrativa para almejar valor deveras irrisório materializado em apenas R$ 32,07 (trinta e dois reais e sete centavos). Inclusive idêntico posicionamento foi adotado por esta Casa de Contas quando da apreciação dos Procs. 1693/10, 1037/11 e 1436/04, que culminaram, respectivamente, nos Acórdãos 63/2012, 69/2012 e Decisão n. 191/2012.

10. Assim, passadas tais considerações, aduz-se da redação do art. 26 da Lei Complementar n. 154/96, que uma vez comprovado o recolhimento integral da obrigação outrora imputada, o Tribunal expedirá Termo de Quitação da multa, razão pela qual diviso que não resta outra direção a esta Egrégia Corte, senão conceder a respectiva quitação da multa.

III – DO DISPOSITIVO

11. Diante do exposto, com substrato na jurisprudência consolidada desta Casa de Contas, de ofício, DECIDO:

I – Conceder a QUITAÇÃO DE DÉBITO, com a expedição do respectivo Termo de Quitação e ao Senhor Charles Luís Pinheiro Gomes, inscrito no CPF/MF n. 449.785.025-00, em razão de haver efetuado o pagamento integral da multa a ele imputada no item II, alíneas “a” e “b” do Acórdão n. 148/2010;

II – DAR CIÊNCIA ao interessado mencionado no item I;

III – PUBLIQUE-SE a cargo da Assistência de Gabinete a decisão ora exarada;

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IV – Após, encaminhe-se os autos para seu ARQUIVAMENTO DEFINITIVO.

Cumpra-se, e para tanto, expeça-se o necessário.

Junte-se aos autos!

Porto Velho, 03 de julho de 2014.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Atos da Presidência

Portarias Portaria n. 657/2014, de 4 de junho de 2014.

Autoriza viagem.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 187, inciso XXVII do Regimento Interno desta Corte de Contas e do artigo 66, inciso I, da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o que consta do Processo n. 1619/2014, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do CONSELHEIRO PAULO CURI NETO, à cidade de Teresina - PI, no período de 3.6.2014 a 6.6.2014, com a finalidade de participar da 2ª Reunião das Comissões Temáticas da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil - ATRICON.

Art. 2º Conceder ao Membro do TCE 4 (quatro) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Portaria n. 656/2014, de 4 de junho de 2014.

Autoriza viagem.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 187, inciso XXVII do Regimento Interno desta Corte de Contas e do artigo 66, inciso I, da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o que consta do Processo n. 1620/2014, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do CONSELHEIRO EDILSON DE SOUSA SILVA, à cidade de Teresina - PI, no período de 3.6.2014 a 8.6.2014, com a finalidade de participar da 2ª Reunião das Comissões Temáticas da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil - ATRICON.

Art. 2º Conceder ao Membro do TCE 5,5 (cinco e meia) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Portaria n. 662/2014, de 4 de junho de 2014. Autoriza viagem.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 187, inciso

XXVII do Regimento Interno desta Corte de Contas e do artigo 66, inciso I, da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o que consta do Processo n. 1822/2014, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor JOSE LUIZ DO NASCIMENTO, Cadastro n. 94, Auditor de Controle Externo, ocupante do cargo em comissão Secretario-Geral de Controle Externo, à cidade de Belo Horizonte - MG, no período de 8.6.2014 a 11.6.2014, com a finalidade de acompanhar Membro desta Corte, durante visita técnica no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais - TCE-MG.

Art. 2º Conceder ao servidor 4 (quatro) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Portaria n. 663/2014, de 4 de junho de 2014.

Autoriza viagem.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 187, inciso XXVII do Regimento Interno desta Corte de Contas e do artigo 66, inciso I, da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o que consta do Processo n. 1822/2014, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor MARCELO DE ARAUJO RECH, Cadastro n. 990356, ocupante do cargo em comissão de Secretario de Informática, à cidade de Belo Horizonte - MG, no período de 8.6.2014 a 11.6.2014, com a finalidade de acompanhar Membro desta Corte, durante visita técnica no Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais - TCE-MG.

Art. 2º Conceder ao servidor 4 (quatro) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Portaria n. 658/2014, de 4 de junho de 2014.

Autoriza viagem.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 187, inciso XXVII do Regimento Interno desta Corte de Contas e do artigo 66, inciso I, da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o que consta do Processo n. 1837/2014, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do PROCURADOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS, Cadastro n. 458, à cidade de Teresina - PI, no período de 4.6.2014 a 8.6.2014, com a finalidade de participar da 2ª Reunião das Comissões Temáticas da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil - ATRICON.

Art. 2º Conceder ao Membro do TCE 5 (cinco) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Portaria n. 618/2014, de 28 de maio de 2014. Autoriza viagem.

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22 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 702 ano IV sexta-feira, 4 de julho de 2014

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO – SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 1618/2014, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor AROLDO FARIAS LAGES, Cadastro n. 60, Motorista, aos municípios de Vilhena - RO e Ouro Preto do Oeste - RO, no período de 1.6.2014 a 7.6.2014, com a finalidade de conduzir o Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva e demais servidores durante o Seminário de Orientações para os Membros de Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Magistério - FUNDEB.

Art. 2º Conceder ao servidor 6,5 (seis e meia) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JUSCELINO VIEIRA Secretário-Geral de Administração e Planejamento - Substituto

Portaria n. 617/2014, de 28 de maio de 2014.

Autoriza viagem.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO – SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 1618/2014, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor NEY LUIZ SANTANA, Cadastro n. 443, Técnico de Comunicação Social, ocupante do cargo em comissão de Assessor de Comunicação, aos municípios de Vilhena - RO e Ouro Preto do Oeste - RO, no período de 1.6.2014 a 7.6.2014, com a finalidade de realizar a cobertura e divulgação do Seminário de Orientações para os Membros de Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Magistério - FUNDEB.

Art. 2º Conceder ao servidor 6,5 (seis e meia) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JUSCELINO VIEIRA Secretário-Geral de Administração e Planejamento - Substituto

Portaria n. 616/2014, de 28 de maio de 2014.

Autoriza viagem.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 187, inciso XXVII do Regimento Interno desta Corte de Contas e do artigo 66, inciso I, da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o que consta do Processo n. 1618/2014, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do CONSELHEIRO SUBSTITUTO DAVI DANTAS DA SILVA, Cadastro n. 119, aos municípios de Vilhena e Ouro Preto do Oeste - RO, no período de 1.6.2014 a 7.6.2014, com a finalidade de ministrar o Seminário de Orientações para os Membros de Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Magistério - FUNDEB.

Art. 2º Conceder ao Membro do TCE 6,5 (seis e meia) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Portaria n. 615/2014, de 28 de maio de 2014.

Autoriza viagem.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO – SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 1618/2014, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor CLAUDIO JOSE UCHOA LIMA, Cadastro n. 204, Motorista, ocupante do cargo em comissão de Assistente de Gabinete, aos municípios de Vilhena e Ouro Preto do Oeste - RO, no período de 1.6.2014 a 7.6.2014, com a finalidade de assessorar o Conselheiro Substituto Davi Dantas da Silva, durante o Seminário de Orientações para os Membros de Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Magistério - FUNDEB.

Art. 2º Conceder ao servidor 6,5 (seis e meia) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

JUSCELINO VIEIRA Secretário-Geral de Administração e Planejamento - Substituto

Portaria n. 761, de 1º de julho de 2014.

Declara vago o Cargo de Agente Administrativo ocupado pela servidora ROSIMAR FRANCELINO MACIEL.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 66, inciso III da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o Requerimento, de 30.6.2014, protocolado sob n. 08344/2014, resolve:

Art. 1º Declarar, em virtude de posse em outro cargo inacumulável, a VACÂNCIA do Cargo de Agente Administrativo, Código TC/ATA-403, Nível II, Referência “F”, do Quadro Permanente de Pessoal deste Tribunal, ocupado pela servidora ROSIMAR FRANCELINO MACIEL, cadastro n. 265, nos termos do artigo 40, inciso V da Lei Complementar n. 68/92.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor a partir de 1º.7.2014.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Portaria n. 762, de 1º de julho de 2014.

Declara vago o Cargo de Agente Administrativo ocupado pelo servidor JOSÉ ARIMATÉIA ARAÚJO DE QUEIROZ.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 66, inciso III da Lei Complementar n. 154, de 26.7.1996, e considerando o Requerimento, de 30.6.2014, protocolado sob n. 08313/2014, resolve:

Art. 1º Declarar, em virtude de posse em outro cargo inacumulável, a VACÂNCIA do Cargo de Agente Administrativo, Código TC/ATA-403, Nível I, Referência “A”, do Quadro Permanente de Pessoal deste Tribunal, ocupado pelo servidor JOSÉ ARIMATÉIA ARAÚJO DE QUEIROZ,

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cadastro n. 376, nos termos do artigo 40, inciso V da Lei Complementar n. 68/92.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor a partir de 1º.7.2014.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Licitações

Avisos de Licitação

ABERTURA DE LICITAÇÃO AVISO DE LICITAÇÃO PREGÃO ELETRÔNICO Nº 20/2014/TCE-RO

O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, por intermédio de sua Pregoeira, designada pela Portaria nº 1.215/2013/TCE-RO, em atendimento ao solicitado pelo Secretário-Geral de Administração e Planejamento, Processo 1258/2014/TCE-RO, e autorizado pelo Excelentíssimo Senhor Conselheiro Presidente, torna pública a abertura do certame licitatório na modalidade Pregão, em sua forma eletrônica, tipo menor preço, realizado por meio da internet, no site: www.comprasnet.gov.br, local onde se encontra disponível o Edital para download gratuito. O certame será regido pelas disposições da Lei Federal 10.520/02, do Decreto Federal 5.450/05, da Lei Complementar 123/06, das Resoluções Administrativas 13/2003-TCRO, 32/2006-TCER, da Lei Estadual 2.414/11, da Lei Federal 8.666/93 e demais legislações pertinentes, segundo as condições e especificações estabelecidas no Edital e seus anexos, visando formalização de contrato administrativo sob o regime de empreitada por preço global, tendo como unidade interessada a Secretaria de Informática - SEINF, do TCE-RO. O encerramento do recebimento de propostas e a abertura da sessão pública será no dia 17/07/2014, horário: 9 horas (horário de Brasília-DF). OBJETO: contratação, em regime de empreitada por preço global, de empresa de engenharia especializada na execução de serviços de infraestrutura de rede de fibra ótica, para conectar os andares do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, com instalação de 02 (dois) backbones óticos e remanejamento de armário de telecomunicação, abrangendo o fornecimento de materiais, instalação e certificação de infraestrutura de fibra ótica, tudo conforme especificações técnicas e condições minuciosamente descritas nos Anexos do Edital. O valor total estimado da presente contratação é de R$ 118.540,11 (cento e dezoito mil quinhentos e quarenta reais e onze centavos).

Porto Velho - RO, 4 de julho de 2014.

JANAINA CANTERLE CAYE Pregoeira/TCE-RO