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ESTUDE COM PB – Estudo Gratuito com qualidade! Prof. Pedro Barretto – PB, há 12 anos ensinando com verticalização e qualidade, ajudando pessoas e aprovando alunos em todo o país! Página 1 DICAS FINAIS DO PB IX EXAME DE ORDEM / 1ª FASE

DICAS FINAIS DO PBfiles.nosso-direitooab0.webnode.com/200000062-252f5281bd...Município tenta fazer uma “cobrança casada” e exige numa única taxa a cobrança pelos custos com

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DICAS FINAIS DO PB

IX EXAME DE ORDEM / 1ª FASE

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DIREITO TRIBUTÁRIO

DICAS FINAIS – EXAME DE ORDEM - FGV – IX EXAME

Prof. PEDRO BARRETTO

ATENÇÃO:

1) Amigos, com imenso carinho e amor preparei esse material para vocês. Acredito

sinceramente que os que conseguirem ler todo terão grandes chances de

pontuarem na prova de Direito Tributário, e, sendo sincero, minha esperança é

que esse material possa servir para gabaritarmos todas as questões. Logo, leiam,

é o último esforço, vamos com garra e atitude! Lembre-se do GHAF GAF!!!

2) A partir de hoje, se Deus permitir, vocês estarão na segunda fase, cada um na

disciplina que escolheu; queria reforçar minha recomendação que FAÇAM OS

CURSOS DE VCS com os Professores do CURSO FORUM e CEJUS, inclusive

na modalidade online; são, disparado, as melhores equipes do País.

TRIBUTÁRIO, nem preciso dizer, né? Colados comigo, MATRÍCULA JÁ

AMANHÃ, ok?

3) LIVROS – Estarei de prontidão com a PB LIVROS para conseguir para todos

vocês LIVROS COM DESCONTOS IMBATÍVEIS e entregando em suas casas,

beleza? Quanto mais rápido vocês pedirem, mais rápido o livro chega para

vocês. Logo, entrem no site www.pblivros.com.br e na nossa fanpage no

facebook. CONTEM COMIGO também nessa busca de economizar a grana de

vcs!!!

4) No mais, CONFIEM EM VOCÊS!!! Vocês estão preparados. E jamais se

esqueçam... Jesus está no comando de tudo!!! ELE ESTÁ NO CONTROLE!!!

Daqui a pouco será dia de glória... Vcs merecem!!!

5) Beijos a todos, AMO VCS!!!

PB.

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DICAS – BLOCO I

I – ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS, COMPETÊNCIA E IMUNIDADES

DICA 1: CIP – A Contribuição de Iluminação Pública é um tributo admitido na

Constituição, desde a EC 39/02, que criou o art.149-A. A CIP tem por natureza jurídica

ser uma contribuição especial; se agregou às três espécies de Contribuições Especiais

previstas desde 1988 no art.149 (Contribuições Profissionais, Contribuições de

Intervenção no Domínio Econômico – CIDE) e passou a ser a quarta espécie de

“contribuição especial” prevista na Constituição. Sua finalidade é gerar recursos para

custear a rede de iluminação pública das cidades (ou do DF), sendo sua receita

arrecadada totalmente afetada para esse fim. A CIP incide sobre o consumo de energia

elétrica, sendo esse seu fato gerador, sendo normal inclusive que a cobrança do tributo

seja feita junto com a fatura de consumo de energia elétrica; nessas situações, os

Municípios (ou DF) fazem um simples convênio com a concessionária de energia

elétrica e essa cobra a CIP junto com a “conta de luz”, repassando a arrecadação do

tributo ao Município.

DICA 2: CIP – A CIP é tributo de competência dos Municípios e do Distrito Federal.

Cuidado na prova para não confundir e incluir os Estados; não! Somente os Municípios

e o DF. A CIP quebra, portanto, a regra que apenas a União tem competência para

instituir contribuições especiais. Tal regra só tinha uma exceção (os Municípios, o DF e

os Estados que possuem regime próprio de previdência social para seus servidores

públicos efetivos instituem a contribuição previdenciária a ser cobrada dos referidos

servidores efetivos), ganhando a segunda por força da CIP. Na prova, lembre-se:

somente os Municípios e o DF podem instituir Contribuição para o custeio da rede de

iluminação pública (CIP).

DICA 3: CIP - A CIP não se confunde com a velha (e inconstitucional!) TIP – Taxa de

Iluminação Pública. Cuidado na prova: iluminação pública é serviço indivisível, não

permite taxação. Exatamente por isso se fez uma emenda constitucional para permitir a

cobrança de uma contribuição especial. Só se pode cobrar uma taxa de serviço quando

o serviço público prestado, além de específico, é também, “divisível”, o que não ocorre

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na iluminação pública, que é flagrantemente serviço indivisível. Logo, é

inconstitucional a cobrança de Taxa de Iluminação Pública – TIP (Súmula 670,

STF), não obstante seja plenamente constitucional a cobrança da Contribuição de

Iluminação Pública.

DICA 4: CIP - A CIP é tributo criado por lei ordinária (regra geral!), que é cobrado

mediante a técnica do lançamento de ofício (assim como ocorre nas taxas, contribuições

de melhoria, IPTU e IPVA), tem como fato gerador o consumo de energia elétrica e

para sua cobrança se utiliza como base de cálculo o valor do consumo da energia, de

modo a que quanto mais se consome, mais se paga Contribuição para custear a

iluminação das ruas. Por fim, é tributo regido pelo princípio da capacidade

contributiva.

DICA 5: TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA – As taxas e contribuições

de melhoria são tributos que guardam muitos traços comuns, a listar: ambos são tributos

que podem ser criados pelos quatro entes federativos, razão pela qual são chamados de

tributos de “competência comum”; ambos são criáveis por mera lei ordinária (regra

geral!), não sendo necessário lei complementar para sua criação; ambas para serem

cobradas se submetem, em regra, ao procedimento chamado lançamento “direto” ou

“de ofício”, assim como a CIP, o IPTU e o IPVA; por fim, ambos são tributos

vinculados, já que para cobrá- los o ente federativo se vincula ao dever de fornecer uma

contraprestação específica ao sujeito passivo que será tributado.

DICA 6: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – A contribuição de melhoria é tributo

que só pode ser cobrado em uma única hipótese: quando ocorre valorização em

imóveis, decorrente de obras realizadas pelo poder público, sendo exatamente esse o

seu fato gerador. Cuidado na prova: o fato gerador não é o simples feito de uma obra

pública mas sim a valorização imobiliária decorrente da obra; se não houver

valorização, não pode incidir o tributo, não há fato típico. Prestem atenção com uma

habitual pegadinha: não incide contribuição de melhoria sobre obras de

RECAPEAMENTO ASFÁLTICO (famosas obras de “tapa buraco”), pois não se gera

qualquer melhoria aos imóveis com tais obras; não há valorização e sim mera reposição

do prejuízo; os imóveis apenas voltam ao seu real patamar de valoração, que estava

depreciado. Em tais obras não cabe cobrar o tributo!!!

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DICA 7: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: A base de cálculo para a cobrança da

contribuição de melhoria é o quantum de valorização imobiliária se aufere; nesse viés,

quem se valorizou mais, paga mais, e vice e versa. O sujeito passivo é o proprietário

do imóvel valorizado. Existem três limites importantes a serem respeitados: o limite

geral, pelo qual o ente que fez a obra não pode arrecadar, na soma de todas as

contribuições de melhoria cobradas, um valor superior ao que gastou com a obra; o

segundo limite é o limite individual pelo qual nenhum sujeito passivo vai pagar,

individualmente, um valor superior ao benefício que auferiu; por fim, o último, o limite

do pagamento anual, pelo qual ninguém será obrigado a pagar dentro do mesmo ano

um valor superior a 3% do maior valor fiscal do seu imóvel.

DICA 8: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: Registre-se que a contribuição de

melhoria até pode ser cobrada antes de concluída a obra, sem problemas, desde que em

áreas nas quais se possa comprovar que já houve valorização nos imóveis por força da

obra ainda não conclusa. Frise-se que o poder público é obrigado a publicar um edital

prévio, antes do fim da obra, informando todos os detalhes sobre a mesma, sendo

essa publicação requisito de validade para o cabimento da cobrança do tributo.

DICA 9: TAXAS – As taxas só podem ser cobradas em duas hipóteses: de um lado, em

razão do exercício do poder de polícia (quando almejam recuperar para os cofres

públicos o valor gasto com o exercício do poder de polícia), quando são chamadas de

taxas de polícia, e, do outro, quando são efetivamente prestados, colocados a

disposição de um grupo de administrados, um serviço público específico e divisível

(nessas situações, tem-se a chamada taxa de serviço).

DICA 10: TAXAS – As taxas de polícia podem ser cobradas desde que a

Administração realmente exerça poder de polícia. Importante lembrar que para caber a

cobrança da Taxa de Polícia não precisa que haja uma diligência fiscalizadora

guiada presencialmente por um agente público dentro do estabelecimento do

administrado fiscalizado; não. O STF aceita que o poder de polícia se exerce à

distância, bastando à Administração provar que o órgão / autarquia fiscalizadores estão

em regular funcionamento. Se estão funcionando, a presunção é que estão fiscalizando.

Logo, cabe a Taxa de Polícia mesmo que sem ter ocorrido uma fiscalização presencial.

O exemplo típico é o da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA que a

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União cobra para recuperar os custos da fiscalização que o IBAMA exerce sobre as

indústrias potencialmente poluidoras do meio ambiente.

DICA 11: TAXAS – As taxas de serviço tem como fato gerador a conduta do estado de

colocar à disposição de um grupo de particulares um serviço público específico e

divisível. Observe-se que os requisitos são cumulativos, tendo o serviço que ser, ao

mesmo tempo, específico E divisível. O fato gerador é a disponibilização desse serviço,

independente de o particular a quem o serviço é oferecido vir a usar efetivamente ou

não (sendo mero usuário potencial). Por isso que alguns doutrinadores afirmam que o

fato gerador é o uso efetivo ou potencial do serviço público específico e divisível

efetivamente prestado ou colocado à disposição. Lembrem-se que alguns serviços

públicos do dia a dia são flagrantemente indivisíveis, pelo que não se pode, em hipótese

alguma, cobrar uma Taxa para recuperar o custo despendido na prestação desses

serviços; é o caso clássico dos serviços de iluminação pública, o serviço de

policiamento de ruas a, também o serviço de limpeza pública das ruas e praças. Em

todos esses casos, caso seja instituída uma Taxa de Serviço, a mesma é inconstitucional.

DICA 12: TAXAS – Cuidado para não confundir o serviço de limpeza pública

(varredura de ruas e praças; conservação genérica dos logradouros públicos) com o

serviço de coleta de lixo domiciliar. Esse último, pode gerar o ato de taxação, sem

problemas, pois é específico e divisível. É constitucional a Taxa de Coleta de Lixo

Domiciliar, a qual não pode ser confundida com a ilícita Taxa de Limpeza Pública

(também chamada de Taxa de Conservação de logradouros públicos). Muitas vezes o

Município tenta fazer uma “cobrança casada” e exige numa única taxa a cobrança pelos

custos com os dois serviços ao mesmo tempo, instituindo a chamada “Taxa de Coleta de

Lixo e Limpeza Pública – TCLLP’, a qual é, inconfundivelmente, inconstitucional. Só é

constitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão do serviço de coleta de lixo

domiciliar.

DICA 13: TAXAS – Quando se calcula o valor que cada sujeito passivo vai pagar na

taxa que lhe é cobrada, é proibido que se utilize como base de cálculo de taxa uma que

seja prórpia de imposto. Isso mesmo! Fiquem atentos com essa verdade na hora da

prova: taxa não pode ter base de cálculo própria de imposto. Os tributos em comento

tem finalidades diferentes, sendo que seria irrazoável utilizar as mesmas bases para

calcular o modo de pagamento dessas duas exações fiscais. Logo, sem medo na prova:

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taxa não pode ter base de cálculo própria de imposto. Registre-se que essa verdade

em nada afeta o uso (lícito!) da ‘metragem do imóvel” como base de cálculo de

algumas taxas; nenhum problema. A “metragem’ (tamanho!) do imóvel não é sinônimo

de “valor”; o STF entendeu que a “metragem” não é por si só, base própria de imposto.

A guisa de exemplo, a base de cálculo do IPTU é o ‘valor venal do imóvel”; o valor não

se confunde com o tamanho. Logo, na prova, sem problemas, é possível utilizar como

base de cálculo de uma taxa o tamanho do imóvel do sujeito passivo, e isso não fere a

regra que veda a identidade entre a base de taxa e a de imposto.

DICA 14: O STF entende que a Taxa Judiciária até pode ter como base cálculo o “valor

da causa”, mas deve haver um teto, um limite, não pode ser qualquer valor,

ilimitadamente, sob pena de se gerar, de um lado, um óbice ao acesso ao Judiciário, e,

do outro, uma super arrecadação que configure enriquecimento ilícito do Poder Público.

Logo, na cobrança da Taxa Judiciária, quando se adotar o valor da causa como

base de cálculo, esse não pode ser ilimitado.

DICA 15: EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Os Empréstimos Compulsórios

são tributos de competência exclusiva da União, que só pode os instituir mediante lei

complementar (vedado, a qualquer título, uso de medidas provisórias), e só podem ser

instituídos em três hipóteses: a) para custear despesas com eventual guerra externa na

qual o Brasil se envolva; b) para custear a recuperação de calamidades públicas; c)

para custear a realização de investimentos públicos urgentes e que atendam a um

relevante interesse nacional. Nesses três casos, a União pode, desde que se valendo de

lei complementar, obrigar o povo a emprestar dinheiro para o custeio desses fins.

DICA 16: EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Caso instituídos, podem incidir

imediatamente, salvo nos casos de custeio de investimentos públicos urgentes e de

relevante interesse nacional, situação em que ficam sujeitos às duas cláusulas

temporais do princípio da anterioridade , só podendo ser exigidos no exercício

financeiro seguinte e desde que já passados noventa dias a contar da publicação da lei.

Logo, se for nos casos de guerra externa ou calamidade, INCIDÊNCIA

IMEDIATA.

DICA 17: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – As CIDES se afeiçoam como

espécie do gênero “Contribuição Especial”. Se destinam a custear atividades que a

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União desenvolve e que se enquadram na noção de “intervenção no domínio

econômico”. São tributos que podem ser criados por mera lei ordinária (seguem a

regra geral), de competência exclusiva da União (regra geral das contribuições

especiais – salvo a CIP e a contribuição previdenciária dos servidores efetivos quando o

DF, Estados e Municípios possuem regime próprio de previdência social para esses

servidores). Para serem cobradas, se utiliza em regra o lançamento por homologação

(regra no sistema arrecadatório brasileiro – o sujeito passivo é obrigado a fazer o

pagamento antes mesmo de ser notificado, no prazo fixado pela legislação, cabendo ao

fisco, em momento posterior, homologar o pagamento que foi feito).

DICA 18: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A lei que vier a instituir a

CIDE pode fixar tanto alíquotas ad valorem como específicas, não havendo qualquer

restrição a uma ou outra modalidades. Registre-se ainda que as CIDES PODEM

INCIDIR NA IMPORTAÇÃO, MAS NÃO INCIDEM SOBRE RECEITAS

DECORRENTES DE EXPORTAÇÃO. Aplica-se, aqui, o mesmo rol de regras das

Contribuições Sociais, que incidem na importação mas não incidem sobre receitas

decorrentes da exportação.

DICA 19: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – Existe uma CIDE que é

perigosa, merece atenção: é a CIDE DOS COMBUSTÍVEIS, que incide sobre a

comercialização de tais bens. Nessa CIDE: o fato gerador é a circulação de

combustíveis, produzidos no Brasil ou vindos de fora; o sujeito passivo é quem

comercializa; a receita é destinada a três fins (compreendidos na noção de “intervenção

no domínio econômico”), quais sejam, a política nacional de transportes, os transportes

de combustíveis (e especial os gasodutos e oleodutos) e os projetos de recuperação do

meio ambiente (especialmente quanto aos danos decorrentes da atividade de exploração

de petróleo e gás).

DICA 20: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A CIDE/COMBUSTÍVEIS

apresenta uma exceção ao princípio da legalidade, no que tange à cláusula da “reserva

legal”; as alíquotas da CIDE/COMBUSTÍVEIS podem ser REDUZIDAS e

RESTABALECIDAS por mero ato do Poder Executivo, não precisando de lei.

Observe-se que não é permitido MAJORAR por ato executivo, e sim, apenas, reduzir, e,

após, restabelecer (voltar a alíquota para o patamar que se encontrava antes da

redução). Ocorrendo o ato de restabelecimento da alíquota, SÓ SE RESPEITA O

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PRAZO DA ‘NOVENTENA”, não sendo necessário aguardar o exercício financeiro

seguinte.

DICA 21: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A CIDE/COMBUSTÍVIS tem

uma regra especial de repartição de receita tributária, de sorte a que a União só fica

com 71% da arrecadação, REPASSANDO 29% AOS ESTADOS / DF. Quando

cada Estado Membro recebe sua parcela do repasse, fica obrigado a repassar um

quatro do montante que recebeu aos seus Municípios (25% da parcela que cada

Estado recebe será entregue aos seus Municípios). Observe-se que são regras de

repartição da receita tributária arrecadada, não tendo nada a ver com delegação de

competência (o que não existe no nosso Dir. tributário brasileiro); a CIDE, qualquer que

seja o caso (inclusive no caso dos Combustíveis) é SEMPRE tributo de

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO.

DICA 22: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – as

Contribuições Sociais de Seguridade Social (são as que destinam recursos para

SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL e PREVIDÊNCIA SOCIAL), caso criadas ou

majoradas, só respeitam a “noventena”, não precisando aguardar o exercício

financeiro seguinte para que possam ser cobradas . Assim como nas majorações do

IPI e nos casos de restabelecimento de alíquotas reduzidas da CIDE dos Combustíveis,

caso se crie ou majore uma Contribuição de Seguridade Social, não se aplica a regra

temporal do “exercício financeiro seguinte” emanada do Princípio da Anterioridade. Só

é necessário obedecer o prazo de 90 dias.

DICA 23: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – A

Constituição autoriza cobrar contribuições para o custeio da seguridade social sobre

quatro perfis de sujeitos passivos, razão pela qual se fala que existem quatro espécies de

Contribuições “ordinárias” para a Seguridade Social (as que já estão previstas

“ordinariamente” na Carta, de modo expresso), e, são elas: a) contribuições sobre os

empregadores; b) contribuições sobre os trabalhadores e demais segurados da

previdência social; c) contribuições sobre as receitas dos concursos de prognósticos

(jogos!); d) contribuições sobre os importadores.

DICA 24: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – No

que tange à incidência das Contribuições de Seguridade Social sobre os empregadores,

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elas incidem tanto sobre o empregador, sobre a empresa e sobre entidade a ela

equiparada na forma da lei.

DICA 25: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – No

que tange à incidência das Contribuições de Seguridade Social sobre os empregadores,

sobre a empresa e sobre entidade a ela equiparada na forma da lei, fundamental se

lembrar que tais contribuições podem incidir tanto sobre a receita ou faturamento,

como também sobre o lucro líquido e, ainda, sobre a folha de salários e demais

rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que

lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício.

DICA 26: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS –

Ainda sobre o custeio da Seguridade Social, quero chamar a atenção para duas

imunidades tributárias: primeiro, frisar que não incidem contribuições

previdenciárias sobre contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo

regime geral de previdência social. Ou seja, os aposentados e pensionistas do RGPS

são IMUNES à incidência de Contribuição Previdenciária. A segunda imunidade é: as

entidades beneficentes de assistência social também são imunes à incidência de

contribuições para o custeio da seguridade social.

DICA 27: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS –

Fundamental lembrar que além das quatro modalidades de contribuições ‘ordinárias”

de seguridade social já previstas na Carta, o constituinte expressamente autoriza que

OUTRAS FONTES DE CUSTEIO PARA A SEGURIDADE SOCIAL POSSAM SER

INSTITUÍDAS. Fiquem atentos, pois é o que se chama de COMPETÊNCIA

RESIDUAL DA UNIÃO PARA INSTITUIR NOVAS CONTRIBUIÇÕES DE

SEGURIDADE SOCIAL. Ou seja, a União pode instituir uma quinta, sexta, sétima,

quantas queira, novas contribuições para custear a seguridade social. Todavia, fiquem

atentos pois para criar Contribuições RESIDUAIS de Seguridade Social,

SOMENTE POR LEI COMPLEMENTAR. Nesse caso, é terminantemente vedado

uso de medidas provisórias.

DICA 28: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Se cair na prova uma questão referente ao

ITR, lembremo-nos do seguinte: o ITR incide, como regra, sobre imóveis da zona

rural; todavia, excepcionalmente, incide sobre imóveis “rurais” da zona urbana. Ou

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seja, se a área urbana um proprietário explora seu imóvel com atividade agrária (plantio,

pecuária, extrativismo ou agroindústria) o imposto a incidir é o ITR. Logo, fixem bem:

o ITR incide sobre os imóveis de zona rural e sobre os ‘imóveis rurais” de zona

urbana. Cuidado para não confundir “imóvel rural” com “sítios de recreio”; esses

últimos, nãos são empresas rurais, nada tem a ver com atividade agrária, sendo

alcançados pelo IPTU.

DICA 29: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Nas zonas rurais,o imposto que incide é o

ITR. Todavia, cuidado com a seguinte situação: nas zonas rurais já declaradas por lei

municipal como ZONAS DE EXPANSÃO URBANA, O IMPOSTO QUE INCIDE

É O IPTU. É o único caso que o IPTU pode incidir na zona rural, situação em que o

ITR não incide; é quando se tem a chamada “zona rural declarada legalmente como em

fase de expansão urbana”.

DICA 30: IMPOSTOS / ITR & IPTU – O ITR só índice sobre a propriedade

TERRITORIAL; ou seja, somente sobre o valor do solo, da terra nua, a terra pura ;

quer dizer, o ITR só incide sobre o imóvel por natureza, não levando em

consideração a edificação. É o oposto do IPTU que incide tanto sobre o valor do solo

como das construções sobre ele. O IPTU incide sobre o imóvel por natureza (solo) e por

acessão (construções, edificações sobre o solo), porquanto o ITR somente incide sobre o

valor da terra nua. É por isso que a base de cálculo do ITR é apenas o VALOR DA

TERRA NUA TRIBUTÁVEL, ao contrário do IPTU que tem como base de cálculo

todo o valor do imóvel.

DICA 31: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Assim como no IPTU, o ITR incide tanto

sobre a conduta de ser proprietário, como, também, de se ter posse a qualquer título

(desde que seja uma posse com animus dômini) e, ainda, sobre a titularidade do

domínio útil. Ou seja, é fato gerador a propriedade, posse ou domínio útil do imóvel.

Nesse diapasão, pode-se afirmar que o sujeito passivo é tanto o proprietário, como o

possuidor ou o titular do domínio útil.

DICA 32: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Tanto o ITR como o IPTU são criados,

majorados, regulados, por lei ordinária, não sendo necessário lei complementar. Há,

todavia, diferença no procedimento de lançamento! Atenção: o IPTU é cobrado pelo

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LANÇAMENTO DE OFÍCIO, mas o ITR pelo LANÇAMENTO POR

HOMOLOGAÇÃO.

DICA 33: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Tanto no ITR como no IPTU, é possível o

uso de ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS SANCIONATÓRIAS em razão do modo

ilícito de utilizar o bem imóvel. Logo, se nos casos de incidência de IPTU, o

proprietário desrespeita a função social da propriedade imobiliária urbana

(conforme definida no plano diretor da cidade), cabe o IPTU progressivo; no mesmo

sentido, se o proprietário do imóvel rural não tornar a terra produtiva, CABE O

ITR PROGRESSIVO SANÇÃO como forma de desestimular a manutenção de

propriedades improdutivas. Nesses casos costuma-se dizer que tanto o IPTU como o

ITR assumem uma função extrafiscal.

DICA 34: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Diferente do ITR, a Constituição, para o

IPTU, ainda prevê outras possibilidades de variação de alíquotas! Logo, PARA O

IPTU APENAS, é possível que o legislador fixe alíquotas progressivas em razão do

valor venal do imóvel (isso só se tornou possível após a EC 29/00 – antes dessa

emenda a Carta não autorizava e o STF entendia inconstitucional o uso de tais alíquotas

progressivas). A carta autoriza, também, e, novamente, apenas para o IPTU, alíquotas

diferenciadas em razão da área (localização na cidade) e da destinação dada ao

imóvel (modo de uso; ex: residencial x comercial).

DICA 35: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Locatário de imóvel não é sujeito passivo de

IPTU e nem de ITR, pois não é proprietário e sua posse não tem animus domini.

Todavia, nada obsta que a legislação tributária, através de lei, fixe regra de

solidariedade passiva entre proprietário/locador e possuidor/locatário. Aí sim, o fisco

poderia cobrar do locatário, mero possuidor. Não havendo essa expressa previsão, não

pode o fisco cobrar do locatário. Havendo cláusula no contrato de locação que repasse

ao locatário o dever de pagar o imposto devido pelo locador, essa cláusula só produz

efeitos entre as partes, sendo inoponível ao fisco, valendo a regra da inoponibilidade

das convenções particulares à fazenda pública.

DICA 36: IMPOSTOS / ITR & IPTU – O ITR é cobrado pela União, que quando o

arrecada, repassa a metade (50%) do valor ao Município em que fica o imóvel. Todavia,

caso o Município queira optar, ele pode, mediante formalização de um convênio com a

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União, assumir a função e os encargos e custos de fiscalização e cobrança do ITR, e, se

assim optar, fará jus a 100% da arrecadação. Frise-se que trata-se de uma OPÇÃO,

já que o Município não é obrigado a isso; optando, ficará com 100¨% da receita.

DICA 37: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Aquele que assina promessa de compra e

venda de imóvel público, assume, desde logo, o dever de pagar o IPTU (ou ITR, se for o

caso). Nesses casos, mesmo que o imóvel continue em nome do poder público até o

final da promessa de compra e venda, o particular, promitente comprador, sofre a

incidência do imposto, jamais podendo avocar a “imunidade recíproca” dos entes

federativos.

DICA 38: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Vigora IMUNIDADE DE ITR para aquele

que seja proprietário de uma pequena gleba de terra e que não possua outro imóvel,

utilizando seu pequeno e único solo para a subsistência. Em regra, qualquer imóvel rural

de até 30 hectares é uma pequena gleba de terra, independente de onde fique no país; a

depender de onde esteja, pode continuar sendo pequena gleba mesmo com até 50

hectares e até mesmo com até 100 hectares (caso, por exemplo, dos imóveis que ficam

na Amazônia Ocidental). Se for único imóvel, será imune ao ITR. Atenção, todavia,

pois se o proprietário rural tiver dois ou mais imóveis, ele não tem imunidade dada pelo

constituinte; entretanto, a lei do ITR concede isenção se a soma dos imóveis rurais

não extrapolar a dimensão de pequena gleba de terra e desde que o proprietário

não possua imóveis urbanos. Ou seja, se só tiver um imóvel, imunidade; dois ou mais,

isenção; e, claro, sempre dentro do conceito de pequena gleba de terra.

DICA 39: IMPOSTOS / IPVA – Lembrem-se que o IPVA, junto com o ITD e o

ICMS, é imposto de competência dos Estados Membros e do DF. É criado por lei

ordinária (regra geral) e se cobra mediante lançamento de ofício. Incide sobre

propriedade de veículo automotor terrestre . Cuidado, pois O IPVA NÃO INCIDE

SOBRE VEÍCULOS NÁUTICOS OU AÉREOS. Se cair na prova o exemplo de uma

embarcação ou aeronave, não incide IPVA, pois a hipótese de incidência se restringe

aos veículos terrestre, conforme pacificou STF fazendo a interpretação histórica da

origem do IPVA, que nasceu para substituir a velha Taxa Rodoviária Única, que era

cobrada apenas de quem tinha automóvel terrestre.

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DICA 40: IMPOSTOS / IPVA – Metade da receita arrecadada com o IPVA (50%)

deve ser entregue ao Município onde se faz o licenciamento do veículo, sendo certo

que o proprietário deve licenciar o automóvel no município onde tem seu domicílio.

DICA 41: IMPOSTOS / IPVA – A base de cálculo do IPVA é o valor venal do

veículo. Salvo quanto a carros de coleção, deve haver, todo ano, uma regressão da

base de cálculo, já que os veículos depreciam seus valores ano a ano.

DICA 42: IMPOSTOS / IPVA – Quanto às alíquotas do IPVA, atenção com duas

informações: de um lado, CABE AO SENADO FIXAR ALÍQUOTAS MÍNIMAS

PARA O IPVA, para evitar a guerra fiscal entre os Estados vizinhos e assegurar um

mínimo arrecadatório; noutra frente, a Constituição autoriza que o legislador

estadual fixe ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS PARA O IPVA, em razão do TIPO

e UTILIZAÇÃO do veículo. Dessa forma, é possível uso de alíquotas mais elevadas

ou mais brandas em razão do tipo de combustível ou da destinação que se dá ao veículo

(uso para táxi, transportes, atividades agrárias, ambulância, etc); apesar, muita atenção

pois o STF entende ser inconstitucional diferenciar as alíquotas com base no critério

NACIONAL x IMPORTADO, o que, segundo a Corte, violaria o Princípio da Não

Discriminação pela procedência ou destino, previsto no art.152 da Carta.

DICA 43: IMPOSTOS / IPVA e IPTU – Quanto ao Princípio da Anterioridade ,

MUITA ATENÇÃO: tanto o IPVA como o IPTU, caso tenham a BASE DE

CÁLCULO majorada, NÃO RESPEITAM A NOVENTENA, somente a regra do

“exercício financeiro seguinte”. Ou seja, se houver no dia 31/12 de certo ano majoração

de IPTU ou IPVA mediante modificação de suas bases de cálculo, a nova tributação

pode ser aplicada já em primeiro de janeiro pois NÃO SE APLICA A CLÁUSLA

DO ‘MÍNIMO NONAGESIMAL” quando se majora a BASE DE CÁLCULO

desses dois impostos. Registre-se que o afastamento da regra da “noventena” somente

ocorre se a majoração for pela base de cálculo, já que caso se dê pela alíquota, aplica-se

a regra geral, incluindo o dever de respeito à cláusula da noventena.

DICA 44: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Recordem-se que alguns tributos são de

competência comum, podendo os quatro entes federativos instituí- los. É o caso das

taxas e contribuições de melhoria. Alguns são de competência exclusiva da União, e

falo aqui dos empréstimos compulsórios e das contribuições especiais, sendo que,

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quanto a essas, há duas exceções! Das quatro espécies de contribuições especiais,

duas são realmente exclusivas da União (Contribuições de Intervenção no Domínio

Econômico - CIDE e Contribuições Profissionais); todavia, no reino das contribuições

sociais (mais uma das quatro espécies de contribuições especiais) temos uma exceção:

os Estados, DF e Municípios que tiverem regime próprio de previdência para os

seus servidores efetivos devem instituir a contribuição previdenciária desses

servidores. Logo, a primeira exceção à exclusividade da União é essa, prevista no

art.149,§1º, CRFB/88. A segunda exceção é a da Contribuição de Iluminação Pública

– CIP, que é de competência dos Municípios e do DF. Cuidado, não vai marcar que a

CIP é dos Estados, heim!!! Iluminação Pública é serviço de interesse local e está ligado

ao urbanismo; logo, por dois motivos, competência municipal, e o DF cumula!

Portanto, o que vocês estão vendo:as taxas e contribuições de melhoria são de

competência comum da União, Estados, DF e Municípios; os empréstimos

compulsórios e contribuições especiais são de competência exclusiva da União,

ressalvada a CIP que é dos Municípios e DF e a contribuição previdenciá ria dos

servidores públicos efetivos se houver regime próprio no DF, Estados e Municípios,

caso em que esses entes é que cobrarão a contribuição.

DICA 45: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – Quanto aos impostos, o macete é

simples: basta lembrar quais são os três impostos ordinários dos Municípios e os três

dos Estados (o DF cumula e fica com os seis); todo o resto é da União. Logo, lembrem-

se: os Municípios instituem o IPTU, ITBI e ISS (art.156, CRFB/88); já os Estados

instituem o ITD, ICMS e IPVA (art.155, CRFB/88); o DF fica com os seis

(competência cumulativa – art.147 c/c art.155). Todos os demais impostos são da

União, sejam os outros sete impostos ordinários (II, IE, IPI, IOF, IR, ITR e IGF),vide

art.153, CRFB/88, sejam os impostos residuais (art.154,I, CRFB/88) ou os impostos

extraordinários de guerra (art.154, II, CRFB/88).

DICA 46: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / COMPETÊNCIA CUMULATIVA

TRIBUTÁRIA – Lembrem-se que no Brasil não existem mais Territórios

Federais, mas, caso existam, a União, nos mesmos, cumulará os impostos estaduais e,

caso o Território não seja dividido e Municípios, ocorrerá também a cumulação dos

impostos municipais. Cuidado pois se o Território for dividido em Municípios, por

lógico, o próprio Município ficará com os impostos municipais, e, nesse caso, a União

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só cumulará os impostos estaduais com os federais. Falamos aqui da competência

cumulativa da União nos Territórios (art.147, CRFB/88).

DICA 47: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – COMPETÊNCIA RESIDUAL:

Quanto à competência residual tributária, lembrem-se que a Carta nos arts.154, I e

195,§4º assegura que a União (e apenas ela!) poderá instituir tanto impostos residuais

como contribuições de seguridade social residuais , e, em ambos os casos, somente

por via de lei complementar, não cabendo lei ordinária nem medida provisória;

impostos residuais terão que ter fato gerador e base de cálculo diferente dos impostos já

previstos na Carta, idem quanto às Contribuições de Seguridade Social em relação às

Contribuições de mesma natureza previstas na Constituição. E, se for o caso, terão

também que respeitar a não cumulativa, técnica que, a priori, se aplica no IPI e no

ICMS para combater enriquecimento ilícito na tributação.

DICA 48: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / INDELEGABILIDADE –

Recordem-se também que A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É

INDELEGÁVEL, ainda que o ente competente possa delegar duas das quatro

capacidades que integram a competência. Ou seja, o ente competente pode delegar as

capacidades tributárias de fiscalização e arrecadação, inclusive a particulares, o que,

todavia, jamais permite crer que se delegou a titularidade sobre o tributo (competência),

a qual, repito, é sempre indelegável.

DICA 49: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Lembrem-se que quando falamos de

uma imunidade estamos falando do maior dos benefícios fiscais que existem. Falamos

da benesse que decorre de normas constitucionais proibitivas de incidência de

tributos. Ou seja, AS IMUNIDADES DECORREM DA CONSTITUIÇÃO DA

REPÚBLICA! Emanam de normas constitucionais proibitivas do exercício da

competência tributária. Costuma-se falar m não incidência constitucionalmente

qualificada!

DICA 50: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Peço a atenção de vocês com o art.150,

VI, CRFB/88. Em suas quatro alíneas estabelece a vedação de incidência de impostos

sobre certas pessoas, bem como, sobre a circulação de certos bens. Nesse compasso,

observem que pela aliena ‘d’ fica vedado que incidam impostos sobre a circulação de

livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. A imunidade não se

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estende a todos os insumos, sendo o papel protegido pela própria norma constitucional.

Inclusive filmes e papeis fotográficos também são imunes quando destinados a

produção de livros, jornais e periódicos (S. 657, STF). Cuidado, entretanto, pois o

STF entendeu que empresas contratadas para fazerem a impressão gráfica desses bens

não tem a imunidade, devendo recolher o ISS e o IR, não sendo favorecidas.

DICA 51: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Quanto às alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘c’ do

mesmo art.150, VI, temos pessoas, instituições, protegidas. Na alínea ‘a’ temos as

pessoas de direito público, naquilo que se chamou de imunidade recíproca entre os

entes federativos, seus órgãos, bem como autarquias e fundações mantidas por

eles. Na alínea ‘b’ tem-se a imunidade religiosa em favor dos templos de qualquer

culto. Já na alínea ‘c’ aparecem algumas pessoas importantes que também gozam da

imunização constitucional. São os partidos políticos e suas fundações, as entidades

sindicais de trabalhadores e as entidades de educação e assistência social sem fins

lucrativos. O STF reconheceu a imunidade também par entidades de SAÚDE sem

fins lucrativos.

DICA 52: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Esclareço que, salvo quanto aos

templos religiosos, a Constituição apenas assegura a imunidade quanto a impostos

sobre PATRIMÔNIO, RENDA E SERVIÇOS para as demais pessoas (estariam,

assim, exclusos os impostos sobre circulação – ICMS, IPI e IOF – e sobre comércio

exterior – II, IE). Logo, quanto ao ICMS e os quatro impostos federais extra- fiscais (II,

IE, IPI e IOF),a Carta não assegura expressamente a imunidade, a qual só será

reconhecida se o STF entender adequado, ponderando o caso concreto e interpretando a

Constituição na sua unidade.

DICA 53: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS –Na imunidade recíproca friso que o

STF vem reconhecendo a imunidade não apenas em favor das autarquias e fundações

mantidas pelo poder público, aceitando a imunidade em favor das empresas públicas e

sociedades de economia mista PRESTADORAS DE SERVIÇO EXCLUSIVO DE

ESTADO. Cuidado, pois, como regra, as empresas públicas e as sociedade de economia

mista não tem imunidade tributária, pois, como regra, desenvolvem atividade

econômica, sendo exceção atuarem como prestadoras de serviços públicos. Entretanto,

friso que, nessa hipótese excepcional, caberá a imunidade; é o caso conhecido dos

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Correios (ECT) e da INFRAERO. Lembremo-nos ainda que não cabe a imunidade para

as concessionárias e permissionárias, que atuam com fins lucrativos.

DICA 54: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS –Quanto às Igrejas, recordem-se que a

imunidade não é apenas para o imóvel no qual se desenvolve o culto, mas para todo o

patrimônio que a Igreja utilize vinculado a sua atividade fim. E essa regra, frise-se, vale

também para as demais pessoas imunizadas no art.150, VI. Nesses termos, até mesmo

imóveis utilizados como estacionamentos, mesmo que alugados a terceiros, continuam

imunes, desde que se comprove que os alugueis são revertidos nas finalidade essenciais

da Instituição. Vale a leitura da Súmula 724 do STF. Não incidirá o IPTU sobre esses

imóveis; mas, prestem atenção, pois somente se realmente os alugueis forem utilizados

para custear a instituição.

Ainda nas Igrejas, lembrem-se que o STF reconheceu a imunidade em favor das

lojinhas que vendem souvenires religiosos dentro dos templos. E, quanto à polêmica

questão dos CEMITÉRIOS, lembrem-se que se forem meras extensões da Instituição

Religiosa, atuando sem fins lucrativos, sem caracterização de atividade econômica,

esses cemitérios religiosos também terão imunidade tributária.

Peço que vocês tenham máximo cuidado com a seguinte informação: todas as

imunidades do art.150, VI são APENAS PARA IMPOSTOS, não havendo

imunidades de taxas e contribuições de melhoria para as pessoas citadas nesse

dispositivo.

DICA 55: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Esclareço, ainda, que existem

normas constitucionais imunizadoras fora do art.150, VI. E nesses dispositivos existem

imunidades de impostos, mas também de taxas e contribuições especiais . Atenção,

pois quando falamos que só há imunidades de impostos estamos falando apenas do

art.150, VI e das pessoas ali citadas.

Destaco a imunidade do ITBI na formação e extinção de pessoas jurídicas,

prevista no art.156,§2º, I, a do ITR que não incide sobre pequenas glebas de terra rural

quando o proprietário não tem outro imóvel (art.153,§4º, II), a da venda de ouro

quando o outro é vendido como ativo financeiro ou instrumento cambial (só cabe

IOF ficando imunizada essa venda contra qualquer outro imposto, inclusive o ICMS –

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ver art.153,§5º c/c art.155,§2º,X,‘c’) e as demais imunidades de ICMS (art.155, §2º, X,

‘a’, ‘b’ e ‘d’). PEÇO QUE LEIAM ESSES POUCOS DISPOSITIVOS!!!

Destaco, finalmente, as IMUNIDADES DO EXPORTADOR. Não incide IPI,

nem ICMS na exportação (art.155,§2º, X, ‘a’ c/c 153,§3º, III). Também não incidem

CIDE’s nem Contribuições Sociais sobre as receitas decorrente da exportação .

Destaco, entretanto, que essa imunidade de Contribuições Sociais se restringe à

receita/faturamento decorrentes da exportação, não alcançando o lucro líquido; logo,

o STF entendeu que INCIDE CSLL no lucro gerado com a exportação. Ainda em

favor do exportador lei complementar vedou que caiba ISS sobre prestações de

serviços para o exterior (LC 116/03, art.2º, I c/c CRFB/88, art.156,§3º,II). Friso que

no caso do ISS não se trata de imunidade, pois o benefício decorre de lei

complementar e não da própria Constituição. Por derradeiro, lembro que as

imunidades e o benefício do ISS são apenas na exportação; PODE CABER A

INCIDÊNCIA DE TODOS ESSES TRIBUTOS NA IMPORTAÇÃO!!! A

IMUNIDADE SÓ FAVORECE O E-X-P-O-R-T-A-D-O-R!!!

LEGISLAÇÀO TRIBUTÁRIA e HERMENÊUTICA TRIBUTÁRIA, DIREITOS

HUMANOS E MÍNIMO EXISTENCIAL

DICA 56: A expressão “legislação tributária” não é sinônimo de “lei tributária”.

Legislação é gênero no qual LEI é espécie . A expressão legislação tributária

significa o conjunto de fontes normativas que disciplinam as relações tributárias . O

CTN afirma que a legislação tributária compreende as leis, os tratados e convenções

internacionais, os decretos e as normas complementares (art.96, CTN).

DICA 57: Quando se fala que certo ato fica preso à “reserva legal”, o que se quer dizer

é que somente a lei pode, e não que qualquer fonte da legislação tributária pode. Ao

contrário, quando se afirma que certo ato “depende da legislação tributária”, o que se

quer dizer é que ele não depende exclusivamente de uma lei, sendo exceção à reserva

legal.

DICA 58: Pelo menos cinco matérias podem ser destacadas como exceções à reserva

legal, podendo ser reguladas pela legislação tributária. São elas: a) criação de

obrigações acessórias; b) modificação da data do pagamento dos tributos; c) mera

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atualização monetária da base de cálculo dos tributos (desde que a atualização se faça

com base no índice oficial); d) majoração ou redução das alíquotas do II, IE, IPI e

IOF; e) redução e restabelecimento das alíquotas da CIDE dos Combustíveis. Em

todas essas cinco hipóteses você poder marcar na sua prova que NÃO SE

DEPENDE DE LEI, PODENDO A LEGISLAÇÀO TRIBUTÁRIA REGULAR O

FEITO. O Poder Executivo, mediante decretos e normas complementares, pode atuar

nessas matérias.

DICA 59: Ao contrário da dica anterior, existem matérias em que SOMENTE A LEI

PODE ATUAR. Merecem destaque: a) a criação, extinção, majoração e redução de

tributos (ressalvados os casos acima narrados – Ex: II, IE, IPI, IOF); b) determinação

do fato gerador, base de cálculo, alíquota e contribuinte dos tributos (a espinha dorsal

do tributo); c) prever penalidades; d)prever hipóteses de suspensão, extinção e

exclusão do crédito tributário. Nessa hipóteses, não esqueça na hora da prova: somente

a LEI pode regular (art.97, CTN). Cuidado sempre com as isenções e incentivos

fiscais. Nesses, salvo o ICMS (em que a regra é o uso do CONVÊNIO para conceder os

benefícios), nos tributos em geral sempre se depende de uma lei específica para a

concessão de isenções e incentivos fiscais.

DICA 60: O CTN, apesar do desagrado de imensa parte da doutrina, afirma que os

tratados internacionais revogam a legislação interna e que serão observados pela

que lhes sobrevenha. Com nossa particular crítica, é o que está na lei! O CTN adotou a

equivocada premissa que um tratado internacional teria o poder de revogar a lei

tributária anterior in compatível (ocorre mera suspensão de e ficácia e não revogação) e

disse ainda que as leis supervenientes não poderiam revogar tratados, os quais, seriam

respeitados por elas (art.98)

DICA 61: A legislação tributária muitas vezes deixa lacunas. O CTN apresenta

critérios de INTEGRAÇÃO da legislação tributária, os quais se aplicam em ordem

SUCESSIVA. Primeiramente se deve utilizar a ANALOGIA; somente se não for

cabível resolver o problema é que parte-se para os PRINCÍPIO DE DIREITO

TRIBUTÁRIO; não se resolvendo, o terceiro passo é buscar socorro nos

PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PÚBLICO. Por fim, se nem assim se

solucionar o problema, o quarto e último passo é o uso da EQUIDADE. Tem que ser

sempre nessa ordem! (art.108, CTN)

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DICA 62: Cuidado com o dois limites que estão nos parágrafos do art.108, CTN. Por

eles, não se pode usar a analogia para criar tributo e nem se pode usar a equidade

para dispensar pagamento de tributo. Ou seja, a analogia e a equidade não podem

violar a reserva legal.

DICA 63: A HERMENÊUTICA TRIBUTÁRIA traduz o conjunto de regras que

ensinam como interpretar a legislação tributária. Merece destaque a regra do art.111 do

CTN que diz que três matérias se sujeitam à interpretação estrita, literal, sendo

vedada a interpretação extensiva: a) normas sobre suspensão e exclusão do crédito

(não se incluem as normas sobre extinção do crédito!!!); b) isenções; c) dispensas do

cumprimento de obrigações acessórias (art.111, CTN).

DICA 64: Dentro da hermenêutica tributária também merece destaque a regra da

interpretação benigna em matéria de infrações e sanções. Na dúvida, deve-se sempre

optar pela interpretação que seja mais favorável ao contribuinte (art.112, CTN).

DICA 65: Ainda sobre a hermenêutica tributária é importante destacar a TEORIA

DA INTERPRETAÇÃO ECONÔMICA DO FATO GERADOR dos tributos,

prevista no art.118, CTN. Por essa, deixa-se claro que não se deve valorar aspectos

cíveis ou penais da conduta para que se compreenda o alcance do fato típico tributável,

atendo-se o intérprete apenas aos aspectos econômicos da conduta. Nesse viés, se extrai

do CTN que devemos fazer uma abstração da análise da validade e da eficácia dos

aspectos civis ou penais da conduta (CTN, art.118).

DICA 66: Interessante questão prática (e cotada!) emanada da Teoria da Interpretação

Econômica é a que ensina que é devida a incidência de imposto de renda sobre

rendas auferidas ilicitamente, mediante crime (ex: renda de traficante de drogas). A

ilicitude “não fede nem cheira” para fins de incidência tributária (princípio do NON

OLET).

DICA 67: Quando a Constituição utiliza conceitos, institutos, formas de direito

privado em seu texto para definir competências tributárias (ex: “propriedade”;

“doação”; “serviço”; “mercadoria”, o a hermenêutica tributária ensina que devemos

interpretar esses conceitos, institutos e formas buscando entender suas definições,

conteúdos e alcances com base nos ensinamentos de direito privado. Ou seja,

devemos pesquisar no direito privado a definição, o conteúdo, o alcance que se dá a

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esses institutos, conceitos e formas, para que então tenhamos a exata noção do que quis

afirmar o constituinte. É regra de interpretação tributária (art.110, CTN).

DICA 68: Atualmente, o Direito Tributário moderno exige que se interprete toda e

qualquer norma de tributação sempre valorando os direitos humanos . É a chamada

humanização do direito tributário, hoje, re-compreendido sob a ótica de que não se

pode atribuir a suas normas suas normas o poder de se aplicarem de forma a violarem o

mínimo existencial do ser humano.

DICA 69: Por força da humanização do direito tributário, fala-se em direitos

fundamentais do contribuinte, nada mais do que a aplicação da teoria da proteção aos

direitos fundamentais no plano das relações tributárias, projetando-se o ser humano

quando ele est;a moldurado na figura do contribuinte.

DICA 70: Interpretar as leis tributárias sempre priorizando a proteção aos direitos

humanos, significa que não se pode mais conceber a relação tributária como uma

relação de poder pleno do estado. Hoje, sofre limitações cada vez mais crescentes,

dentro dessa perspectiva de proteção aos direitos humanos, valorando-se a dignidade da

pessoa humana e o mínimo existencial.

DICAS BLOCO II

PRINCÍPIOS, ALÍQUOTAS, REPARTIÇÃO DE RECEITAS, RESERVA DE LC

PRINCÍPIOS SETORIAIS TRIBUTÁRIOS:

DICA 71: O IR – Imposto de Renda se sujeita a três princípios expressos na

Constituição, quais sejam: PUG – Progressividade, Universalidade e Generalidade.

Na medida em que o valor da renda aumenta, a alíquota progride (progressividade); as

rendas são tributadas independente de sua origem (universalidade das origens das

rendas); qualquer pessoas que tenha renda se submete ao imposto (generalidade das

pessoas).

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DICA 72: O IR – Imposto de Renda é também regido pelo princípio da

PESSOALIDADE. Questões da vida pessoal de cada pessoa são levadas em

consideração pelo legislador e interferem na definição do valor final do imposto a

recolher. Dessa forma, a lei leva em consideração aspectos como números de filhos e

dependentes, despesas com saúde e educação, etc, e permite que se façam deduções no

valor a recolher. Ou seja, aspectos da vida pessoal de cada pessoa são valorados e

interferem na definição do valor a pagar. Observem que pessoas com a mesma renda,

podem pagar valores diferentes, face a esses aspectos pessoais. Percebam ainda que

esses aspectos pessoais são ligados ao MÍNIMO EXISTECIAL de cada pessoa e de

seus dependentes.

DICA 73: O IR – Imposto de Renda é também regido pelo princípio do NON

OLET, que é apenas uma especialização do princípio da Universalidade das origens das

rendas. Pelo non olet se dá o “plus” afirmando-se que as rendas são tributadas ainda

que as origens sejam ilícitas. O tributo incide independente do crime. A ilicitude “não

fede nem cheira” para a tributação.

DICA 74: O ICMS e o IPI são regidos por três princípios. São eles: princípio da

TRANSPARÊNCIA FISCAL, assim como o princípio da NÃO

CUMULATIVIDADE e também o princípio da SELETIVIDADE.

DICA 75: Quando ao ICMS e IPI, atenção com o princípio da seletividade das

alíquotas! No IPI a seletividade é OBRIGATÓRIA, já no ICMS a Constituição

FACULTOU o uso da seletividade. O texto da Carta afirma que “O IPI SERÁ

SELETIVO” e “O ICMS PODERÁ SER SELETIVO”. Como sabemos a “seleção” das

alíquotas se dá em razão da essencialidade dos bens. Bens mais essenciais terão

alíquotas menores, e bens mais supérfluos, alíquotas maiores.

DICA 76: O princípio da TRANSPARÊNCIA, aplicável ao IPI e ao ICMS,

TAMBÉM SE APLICA AO ISS! Na verdade, o princípio da Transparência Fiscal se

aplica sempre que se tributam relações de consumo, seja na venda de

mercadorias/produtos industrializados, seja na venda de serviços. Está positivado no

art.150,§5º. Por esse princípio, os fornecedores (contribuintes de direito – “de jure”)

ficam obrigados a INFORMAR os consumidores (contribuintes de fato) qual foi a

carga tributária repassada no preço do bem de consumo adquirido.

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DICA 77: O princípio da NÃO CUMULATIVIDADE se aplica ao IPI e ICMS;

todavia, fiquem atentos, pois caso sejam criados IMPOSTOS RESIDUAIS a Carta

determina que também se aplique o princípio da NÃO CUMULATIVIDADE aos

eventuais impostos residuais (atualmente, ainda nenhum imposto residual foi criado,

ainda que permitidos, desde que mediante lei complementar, no art.154, I, CRFB/88).

DICA 78: O princípio da PROGRESSIVIDADE das alíquotas EM RAZÃO DO

VALOR DA RIQUEZA REVELADA NO FATO GERADOR, além de se aplicar no

IR se aplica também no IPTU. Prestem muita atenção pois somente no IR e no IPTU

cabe a aplicação da progressividade em razão do valor da riqueza. Cuidado com o

ITBI que é a grande pegadinha na prova. O ITBI não pode ser cobrado com alíquotas

progressivas!

DICA 79: Ainda sobre a progressividade de alíquotas em razão do valor das

riquezas, atenção: em 1988 somente o IR poderia ser progressivo; o IPTU só foi

autorizado por força da EC 29/00 ; até 2000, inconstitucional o IPTU progressivo. E

reiterando o alerta da dica anterior, a EC 29/00 não autorizou ITBI progressivo,

somente IPTU. O STF com as Súmulas 656 e 668 deixou claro que após a EC 29/00 o

IPTU progressivo em razão do valor venal do imóvel é constitucional, mas o ITBI segue

inconstitucional.

DICA 80: Para encerrar sobre PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTAS, a

progressividade ainda se pode dar por outro fundamento: a ilicitude no modo de usar

o imóvel! E, nesses casos (IPTU e ITR), passa-se a falar na progressividade sanção!

Nesse caso, a Carta prega que o IPTU pode ter alíquotas progressivas em razão do

desrespeito à função social da propriedade assim como o ITR pode ter alíquotas

progressivas em razão da improdutividade do imóvel rural. Nesses casos,

costumamos falar em progressividade sanção e é normal se falar em prova que o ITR

e o IPTU ASSUMIRAM UMA FUNÇÀO EXTRAFISCAL!

PRINCÍPIOS GERAIS TRIBUTÁRIOS:

DICA 81: Quanto ao PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, lembrem-se que somente a

lei pode criar, extinguir, majorar e reduzir tributos. Essa é a regra! Não se

esqueçam que tal lei será, em regra, mera LEI ORDINÁRIA.

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DICA 82: Somente em quatro situações é que a Constituição exige LEI

COMPLEMENTAR para que se possa ter a criação de tributos. É nos casos de

empréstimos compulsórios, impostos residuais, contribuições residuais de

seguridade social e no imposto sobre grandes fortunas, as quais necessariamente

devem ser definidas nos termos de lei complementar.

DICA 83: Salvo os quatro casos de lei complementar, os tributos realmente se criam

por leis ordinárias, e, havendo relevância e urgência E NÃO SENDO CASO DE LEI

CIMPLEMENTAR, é possível criar tributo por MEDIDA PROVISÓRIA. Mas

nunca nos casos de tributos de LC, pois é vedada a edição de MP em matéria de LC.

DICA 84: A Constituição no famoso art.146, III, ‘a’ determina que cabe a lei

complementar estabelecer NORMAS GERAIS para a legislação tributária com a

finalidade de DEFINIR O PERFIL DOS TRIBUTOS, e, em especial, quanto aos

IMPOSTOS, DEFINIR O FATO GERADOR, BASE DE CÁLCULO E

CONTRIBUINTE. Em momento algum o que se diz é que “lei complementar deveria

criar os impostos” Não! O papel da LC é fazer as norma gerais, montando o perfil do

imposto, para que então, dentro desse perfil, dentro das normas gerais, cada ente,

por mera lei ordinária local, crie o seu imposto. Salvo as quatro exceções já

comentadas, tributo se cria por lei ordinária, cabendo a lei complementar apenas definir

as normas gerais que elaboram o perfil do tributo.

DICA 85: Existem algumas medidas, atuações, que somente em razão de lei se podem

praticar: são elas: a) criar, extinguir, majorar e reduzir tributos (ressalvadas algumas

exceções a seguir comentadas); definir o fato gerador, base de cálculo, alíquota e sujeito

passivo do tributo; prever penalidades; estabelecer as causas de suspensão, extinção e

exclusão do crédito.

DICA 86: Existem atuações que independem de lei e pode o Poder Executivo promovê-

las: a) criação de obrigações acessórias; b) modificação da data de recolhimento dos

tributos; c) atualização monetária da base de cálculo dos tributos; d) majoração ou

redução das alíquotas do II, IE, IPI e IOF; e) redução e restabelecimento das alíquotas

da CIDE dos Combustíveis.

DICA 87: Atenção com a majorações e reduções das alíquotas dos impostos extra-

fiscais. O STF, julgando precedente sobre o Imposto de Importação, entendeu que além

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de não ser necessário lei, também não seria necessário decreto do Presidente, podendo o

Poder Executivo em toda sua estrutura, de acordo com a organização interna e

distribuição de competências e atribuições, promover tais atos. Logo, o STF aceitou o

ato da CAMEX que modificou as alíquotas do imposto de importação.

DICA 88: Sobre o princípio da anterioridade e a cláusula da noventena, fiquem

atentos pois em alguns casos o tributo criado/majorado incide imediatamente, não se

aplicando qualquer das cláusulas temporais (nem a do “exercício financeiro seguinte”

nem a do “mínimo nonagesimal”), a saber: incide na hora se for II, IE, IOF;

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO PARA GUERRA EXTERNA OU

CALAMIDADE PÚBLICA; IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS DE GUERRA.

Na prova, confiem, vocês só vão marcar que incide na hora se for uma dessas

hipóteses! Cuidado com a pegadinha dos empréstimos compulsórios para custeio de

investimentos públicos urgentes de relevante interesse nacional; nesses, somente se

pode cobrar no ano seguinte e respeitada também a noventena; ficam na regra geral,

sem qualquer exceção (ex: se em 2012 o Governo aprova LC para criar empréstimo

compulsórios para fazer investimentos em razão da Copa do Mundo, só poderá cobrar

em 2013). Para incidir na hora, somente se for empréstimo para guerra externa ou

calamidade.

DICA 89: Cuidado com o IPI. Caso majorado o IPI, TEM QUE SER

OBSERVADA A NOVENTENA!!! Só se aplica o IPI mais caro depois de 90 dias.

Pode ate ser no mesmo ano, pois o IPI é exceção à regra do “exercício financeiro

seguinte”, mas respeita a noventena. Recentemente, no último julgado de princípios

tributários no Supremo, fim do ano passado, tivemos a questão do IPI MAJORADO

NOS CARROS IMPORTADOS (ADIN 4661-MQ/DF), no qual tive a honra de ser

citado elogiosa e carinhosamente pelo Ministro Celso de Mello em seu voto transcrito

nos informativos do STF. Nesse julgamento o STF reafirmou que só se aplica o IPI

majorado aos fatos geradores ocorridos 90 dias após a sua majoração.

DICA 90: Assim como o IPI¸ também fica só na noventena, a situação das criações

ou majorações de CONTRIBUIÇÒES DE SEGURIDADE SOCIAL. Se na hora da

prova você ler na questão que foram criadas Contribuições de Seguridade Socia l (ou

majoradas), que são as contribuições que destinam receitas para Saúde, Previdência e

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Assistência Social, marque sem medo a resposta que disser: só noventena! Ainda que

no mesmo ano! Igual ao IPI.

DICA 91: O último caso para você marcar só noventena é o dos restabelecimentos de

alíquotas reduzidas nos combustíveis. Nesses dois casos expressamente previstos na

Constituição, você marca só noventena. Falo dos restabelecimentos das alíquotas

outrora reduzidas na CIDE DOS COMBUSTÍVEIS e no ICMS INCIDENTE

SOBRE OPERAÇÒES QUE DESTINAM DE UM ESTADO PARA OUTRO

COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETROLEO, ICMS ESSE QUE INDICE NA

ORIGEM DA OPERAÇÀO. Se cair na prova que as alíquotas haviam sido reduzidas,

mas agora estão sendo restabelecidas, marque só noventena!

DICA 92: Por fim, atenção com os tributos que não respeitam a noventena mas

respeitam a regra do 1º de Janeiro do Exercício Financeiro Seguinte . Somente em

três caos marque na prova que a resposta é só primeiro de Janeiro, independente de

noventena: majorações de imposto de renda, assim como majorações de BASE DE

CÁLCULO de IPTU e IPVA. Cuidado com o IPTU e IPVA, pois para ter exceção à

noventena e o gabarito dar “só primeiro de Janeiro” é apenas nos casos em que a

majoração for pela base de cálculo. Se for majoração nas alíquotas de IPTU e IPVA,

não há qualquer exceção e se aplica a regra geral (“ano que vem e noventena”).

DICA 93: Quanto ao princípio da IRRETROATIVIDADE (amado pela Banca da

FGV – o que mais caiu), lembrem-se: somente em três casos a lei tributária se aplica

retroativamente, excepcionando-se o princípio da irretroatividade. São eles: a) leis

benéficas em penalidade (desde que não tenha ocorrido pagamento ou coisa julgada; a

lei benéfica não retroagirá, mesmo que benéfica, se já teve pagamento ou coisa julgada;

a lei só retroage quanto a atos ainda não definitivamente julgados e se na houve

extinção do crédito pelo pagamento da multa); b) leis interpretativas; c) leis que

alterem aspectos meramente formais do lançamento (leis que mudam apenas o

procedimento de “como lançar”, mas não mudam o “conteúdo” do que se lança).

DICA 94: Lembrem-se que o princípio que veda a tributação desigual a

contribuintes em situações equivalentes é o chamado princípio da ISONOMIA

(art.150, II, CRFB/88). Da mesma forma, veda tributações iguais a contribuintes em

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situações econômicas diferentes. A finalidade do Princípio da ISONOMIA é evitar

privilégios e discriminações e assim gerar a chamada justiça fiscal.

DICA 95: O princípio da NÀO DISCRIMINAÇÀO PELA PROCEDÊNCIA OU

DESTINO é aquele que, previsto no art.152, CRFB/88, ensina que os Estados, DF e

Municípios não podem se discriminar uns aos outros pelo critério “localidade”.

Esse princípio é muito importante no mundo do ICMS e do ISS, e busca evitar

discrimine dos entes entre si, fortalecendo o federalismo. Por isso se fala que ele é um

dos princípios que consagra o federalismo fiscal.

DICA 96: O STF aplicou o princípio da NÃO DISCRIMIINAÇÀO PELA

PROCEDÊNCIA OU DESTINO na famosa questão dos IPVA’s mais caros sobre

carros importados. Entendeu o STF que as leis estaduais eram inconstitucionais, pois

estavam discriminando o IPVA em razão da origem. Apesar da nossa particular

discordância, pois entendemos que o princípio em apreço não se aplicaria em ralação a

outros países mas apenas em relação aos entes entre si, na prova,marque verdadeiro

se afirmarem que o STF declarou inconstitucional utilização de alíquotas

diferenciadas do IPVA em razão do critério “nacional x importado” e o

fundamento foi suposta violação ao princípio da NÃO DISCRIMINAÇÀO PELA

PROCEDÊNCIA OU DESTINO.

DICA 97: O outro grande princípio de FEDERALISMO FISCAL, é o famoso

PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA DA TRIBUTAÇÃO

FEDERAL (caiu no primeiro provão que a FGV fez, já faz tempo que não cai...pode

cair!), que ensina que é vedado à União, quanto aos tributos federais, estabelecer

tributos que não sejam uniformes em todo o território nacional. Ou seja, a estrutura

to tributo federal será uma só em todo o país. Dessa forma, se a alíquota do IR for

27,5% para tal limite de renda, assim será em qualquer lugar do Brasil. Todavia, e

muito cuidado agora, fiquem atentos pois isso não impede que a União conceda

incentivos fiscais apenas em uma ou outra região, sempre que tais incentivos de

caráter regional se justifiquem em prol da promoção da busca do equilíbrio

federativo. Ou seja, é lícito que a União promova isenções e incentivos fiscais de

caráter regional, especialmente nas regiões menos favorecidas, para fins de

promover o desenvolvimento sócio-econômico dessas regiões, buscando o equilíbrio

federativo no país.

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DICA 98: Cuidado com o princípio da CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. A

capacidade contributiva é uma qualidade que nem toda pessoa tem. É a qualidade que

revela que a pessoa tem aptidão, tem condições, tem potencial para poder suportar a

incidência dos impostos. Essa qualidade se revela quando pessoas praticam fatos/atos

reveladores de riqueza (capacidade econômica).Quando essa riqueza externada supera o

limite da reserva do mínimo existencial, nasce essa qualidade chamada capacidade

contributiva em seus perfis, e assim ficam sujeitas à incidência dos impostos. Logo, a

capacidade contributiva é uma qualidade que surge no perfil de algumas pessoas,

quando elas revelam capacidade econômica acima da reserva do mínimo

existencial.

DICA 99: Ainda sobre o princípio da capacidade contributiva, lembrem-se que é ele

que fundamenta a incidência dos impostos. Não esqueçam nossa velha frase das alas de

aula: “só se pode impor a alguém que contribua, se esse alguém tem capacidade de

contribuir”.

DICA 100: Não obstante a capacidade contributiva seja princípio que foi criado

para legitimar os impostos, o STF JÁ ACEITOU, EM CARÁTER

EXCEPCIONAL, A APLICAÇÀO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA NAS

TAXAS, AINDA QUE NÃO SEJA O MAIS COMUM. Se cair na prova, certamente

cairia o caso da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, em que a lei utilizou como

base de cálculo da Taxa da CVM a dimensão do patrimônio líquido das empresas

fiscalizadas, e o STF, nesse precedente, não apenas aceitou como constitucional,

como afirmou que em caos especiais como esse seria possível aplicar a

CAPACIDADE CONTRIBUTIVA NAS TAXAS.

DICA 101: Até mesmo nos empréstimos compulsórios e nas contribuições especiais

o STF já reconheceu aplicação do princípio da capacidade contributiva. O último

precedente foi o da CIP – CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA, de

competência dos Municípios e do DF, que o Supremo entendeu que ao incidir sobre o

fato gerador “consumo de energia elétrica” era constitucional, e afirmou pe la aplicação

da capacidade contributiva.

DICA 102: É muito comum em prova se transcrever o art.145,§2º, CRFB/88 para

embasar a capacidade contributiva. Esse dispositivo também indica o princípio da

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pessoalidade, da personalização. Logo, se você ler na prova a famosa frase “sempre

que possível, os impostos terão um caráter pessoal e serão graduados de acordo

com a capacidade econômica do contribuinte”, é desses princípios que se está

falando.

DICA 103: Sobre o PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO, a Carta, no art.150, IV,

afirma que é vedado estabelecer tributo com efeito de confisco. Observem que o texto

não fala que é vedado estabelecer “multa” confiscatória, mas apenas tributo. Todavia

(atenção!!!), apesar de a Constituição não afirmar que é vedado estabelecer multas

com efeito de confisco, O STF JÁ FIRMOU POSICIONAMENTO QUE MULTAS

CONFISCATORIAS SÃO INCONSTITUCIONAIS, ferindo, também, o princípio

da PROPORCIONALIDADE. Tenham atenção na pergunta feita!!! Se a questão falar

“segundo o texto constitucional”, pode ter certeza, marque sem medo, o gabarito é “é

vedado tributo com efeito de confisco”. Se fizer alusão ao entendimento do STF, as

multas confiscatórias também são proibidas e são inconstitucionais.

DICA 104: O PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÂNSITO DE PESSOAS

OU BENS, previsto no art.150, V, CRFB/88, veda que se possam cobrar tributos pelo

simples deslocamento das pessoas de um ponto a outro, ou, da simples remessa de bens

de um lugar a outro. Protege a liberdade de deslocamento. Todavia, tenham muita

atenção, pois a Carta expressamente ressalva o pedágio. Na prova de vocês, o pedágio

é constitucional e o STJ inclusive tem entendimentos de ser desnecessária a

existência de via alternativa, apesar de toda a polêmica na doutrina sobre a

necessidade de vias alternativas. Logo, na prova, é vedado cobrar tributo pelo ir e vir

ou pelo simples ato de remessa de bens, mas é AUTORIZADO O PEDÁGIO.

DICA 105: O ordenamento brasileiro não adota mais o princípio do solve et repeat

(solver e depois repetir – depositar e depois recuperar), que foi muito usado na

época do regime militar e da Carta passada. Por esse princípio, se um contribuinte

quisesse ajuizar uma ação anulatória para questionar o lançamento do tributo, teria que

obrigatoriamente depositar o valor primeiro (solver), sob pena de inadmissibilidade da

ação, para que, caso ganhasse ao final, levantar seu dinheiro de volta (“repetir” – mas

não em dobro, apenas corrigido e atualizado!). No uso desse princípio, pessoas pobres e

pequenos empresários não conseguiam acessar o Judiciário para questionar cobranças

indevidas feitas contra eles e só os ricos que tivessem o dinheiro cobrado indevidamente

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para depositar conseguiam se defender. O STF entendeu que a fórmula “solve et

repeat” é incompatível com a Constituição de 1988, a para proteger o direito de

acesso ao Judiciário como livre e de todos (art.5º, XXXV), bem como o

contraditório, ampla defesa e devido processo legal, declarou a

inconstitucionalidade da exigência do depósito (Súmula Vinculante 28). A

consequência é que qualquer contribuinte pode ajuizar a ação sem fazer o depósito, o

qual será meramente opcional e não uma condição de admissibilidade da ação.

ALÍQUOTAS DOS IMPOSTOS

DICA 106: Os impostos com alíquotas progressivas sancionatórias são: ITR e

IPTU.

DICA 107: Os impostos com alíquotas progressivas fiscais são: IR (desde 1988) e

IPTU (somente após a EC 29/00); o ITBI não pode ter alíquotas progressivas.

DICA 108: Os impostos com alíquotas seletivas são: ICMS (que poderá ser seletivo)

e o IPI (que será seletivo).

DICA 109: Muita atenção com o IPTU, pois além das duas progressividades, o IPTU

também pode ter alíquotas diferenciadas em razão de dois critérios: a)

LOCALIZAÇÃO (área) e DESTINAÇÃO (uso).

DICA 110: Atenção ao IPVA: após a EC 42/03 foi inserido no art.155 o parágrafo

sexto, que no inciso segundo afirma que o IPVA PODERÁ TER ALÍQUOTAS

DIFERENCIADAS EM RAZÃO DO “TIPO E UTILIZAÇÃO”DO VEÍCULO. Se

você ler isso na prova, pode marcar verdadeiro. Observe que o texto não define o que

sejam “tipo” nem “utilização”, apenas autorizando que com base em tais critérios se

diferencie a alíquota.

DICA 111: Ainda sobre o IPVA, o STF já apreciou várias leis estaduais no que tange

ao uso dos conceitos “tipo e utilização” para diferenciar as alíquotas. Por um lado,

entendeu ser constitucional diferenciar as alíquotas pelo tipo de combustível, mas

entendeu ser inconstitucional diferenciar pelo aspecto nacional x importado, pois,

como já visto, reconheceu que se violaria o princípio da não discriminação pela

procedência ou destino.

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DICA 112: Nos impostos mais importantes dos Estados e Municípios (ICMS e ISS,

respectivamente), a Carta determina que podem ser fixadas alíquotas mínimas e

máximas, estabelecendo-se tetos, limites, os quais tem que ser respeitados dento de

cada unidade federativa. No caso do ICMS, quem tem permissão constitucional fixar

as alíquotas mínimas e máximas para atuarem como tetos nas operações internas

de cada Estado e do DF, é o SENADO FEDERAL, ATRAVÉS DE RESOLUÇÃO.

Já no caso do ISS, cabe a LEI COMPLEMENTAR fixar as alíquotas mínimas e

máximas do ISS.

DICA 113: Ainda no que diz respeito a tetos de alíquotas, fiquem atentos com os

outros dois impostos estaduais: o Senado deve fixar alíquotas MÍNIMAS para o

IPVA (para evitar a continuidade da guerra fiscal em que alguns Estados da federação

tem colocado seus IPVA’s mais baixos que outros para “captar”o IPVA “do vizinho”).

Já no ITD coube ao SENADO fixar as alíquotas MÁXIMAS (já fixou em 8% -

Resolução 09/92). Não confunda na prova!!! ITD, MÁXIMAS, já o IPVA,

MÍNIMAS!!! E nos impostos sobre consumo (ICMS E ISS), MÍNIMAS E

MÁXIMAS (lembrando que nos estaduais, sempre o Senado por Resolução, e no ISS,

lei complementar).

REPARTIÇÃO DAS RECEITAS NOS IMPOSTOS

DICA 114: Lembrem-se que metade da receita do IPVA, os Estados entregam ao

Município no qual é feito o licenciamento do veículo.

DICA 115: Recordem-se que um quarto (25%) do ICMS é repartido dentre os

municípios. Desse valor de um quarto, na hora re repartir, se utiliza o seguinte critério:

três quartos (75%) se repartem pelo sistema proporcional, de valor adicionado (os

Municípios que vendem mais mercadorias e adicionam mais arrecadação de ICMS nos

cofres estaduais são mais remunerados a divisão desses três quartos se faz na proporção

do que cada Município adiciona); já o outro um quarto (25%) desse um quarto que se

reparte (25% dos 25% do bruto), se distribui pelo critério discricionário, cabendo ao

legislador estadual estabelecer a forma de rateio.

DICA 116: Quanto ao ICMS tem sido muito comum que os Estados, na hora de

elaborarem a lei para organizar a forma de distribuir o um quarto do um quarto (25%

dos 25%) do ICMS entre seus Municípios (parcela da distribuição discricionária)

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estejam utilizando critérios para privilegiar com maior repasse os Municípios que

protegem, conservam e não degradam o meio ambiente (incentivo), ou também,

Municípios que por terem muitas áreas de preservação ambiental tem menor potencial

de exploração econômica e terminam vendendo menos (gerando menor valor

adicionado e ganhando menos no rateio dos três quartos). Sempre que isso ocorre, fala-

se em ICMS VERDE, ou ICMS ECOLÓGICO, tema comum ao chamado Direito

Tributário Ambiental.

DICA 117: Atenção quanto à arrecadação do IMPOSTO DE RENDA E DO IPI. A

UNIÃO REPASSARÁ 48% DE SUA ARRECADAÇÃO PARA TRÊS FUNDOS .

União repassará aos Estados e DF a quantia de 21,5% de sua arrecadação nesses dois

impostos, encaminhando essa quantia para ser dividia no FPE – Fundo de

Participação Estadual. Já para os Municípios, repassará 22,% e MAIS 1% (por

força da EC 55/07), num total de 23,5% que tem que ser encaminhado ao FPM –

Fundo de Participação dos Municípios . Observe-se que esse UM POR CENTO

acrescido pela EC 55/07 deve ser repassado antes do fim do ano, no primeiro

decêndio de Dezembro. Por fim, ainda haverá o repasse de 3% para o Fundo que

administra programas de desenvolvimento das Regiões mais pobres do país.

Quanto a esses 3%, firma a Carta que eles se destinam “para aplicação em programas de

financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através

de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais

de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos

recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer”.

DICA 118: MUITO CUIDADO AQUI: cuidado com o ITR, pois dois regimes são

possíveis. Após a EC 42/03, a carta passou a autorizar que os Municípios que queiram

optar por fiscalizar e cobrar o ITR,fazendo convênio com a União, ficarão com 100% da

arrecadação do imposto. Já se não exercerem essa opção (e facultativo), a União repassa

o montante de 50% da arrecadação. Na prova, fiquem atentos, pois a resposta pode ser

dizendo que 100% vai pra o Município ou 50%. O que vai determinar é saber se o

Município fez ou não a opção de fiscalizar e cobrar o imposto, desonerando a União

desse encargo. Logo, para os Municípios que fizerem a opção de fiscalizar e cobrar

o ITR, eles ficarão com 100% da receita. Já os que não fizeram, receberão 50%

entregues pela União.

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DICA 119: Atenção com a incidência do IOF no OURO! Se cair na prova, existem

regras especiais no art.153,§5º da CRFB/88 c/c art.155,§2º, X, ‘c’. Quando o ouro é

vendido como ATIVO FINANCEIRO ou INSTURMENTO CAMBIAL

(OPERAÇÒES DO MERCADO FINANCEIRO) é expressamente vedada a incidência

do ICMS, somente incidindo o IOF. Nesses casos, A UNIÃO NÃO FICA COM

NADA NA ARRECADAÇÀO DESSE IOF! A receita é toda entregue ao Município

(70%) e ao Estado (30%) de ORIGEM da operação. Cuidado na hora da prova!

DICA 120: Muito cuidado com o IPI! Além do repasse dos 48% para o FPM, FPE e

programas de desenvolvimento, A UNIÃO ENTREGARÁ 10% AOS ESTADOS/DF,

PARA COMPENSAR O QUE ELES PERDEM DE ICMS NA EXPORTAÇÀO

DE MERCADORIAS (O ICMS, assim como o IPI, não incidem na exportação).

Logo, na hora da prova, lembram: 10% do IPI é REAPSSADO aos Estados e DF na

proporção do que eles exportam para o exterior.

RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR

DICA 121: A-T-E-N-Ç-Ã-O: EM QUASE TODAS AS PROVAS DA FGV CAIU

UMA QUESTÃO SOBRE MATÉRIAS RESERVADAS A LEI

COMPLEMENTAR NO DIREITO TRIBUTARIO. Após as dicas, veja, o texto

anexado, pois pode cair na prova!!!

Matérias reservadas a lei complementar: são situações extremamente excepcionais,

em que o constituinte afasta a regra da lei ordinária. Peço a vocês que leiam o seguinte

na Constituição: os artigos 146 e 146-A, que listam os temas que somente por lei

complementar podem ser disciplinados. Peço que lembrem dos tributos que dependem

de lei complementar para ser instituídos (arts.148, 153,VII, 154, I c/c 195§4º,

CRFB/88). Falo dos empréstimos compulsórios, imposto sobre grandes fortunas,

impostos residuais e contribuições de seguridade social residuais). Lembrem-se, ainda,

que em toda matéria que é reservada a lei complementar é vedado uso de medida

provisória e de lei delegada (CRFB/88, arts. 62,§1º, III e 68,§1º). Por fim, peço que

leiam a reserva de lei complementar para o ITD (“ITD internacional”), que está no

art.155,§1º, III, a reserva de lei complementar para o ISS (regular como isenções de

ISS podem ser concedidas; determinar alíquotas mínimas e máximas para o ISS; excluir

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o ISS da incidência na exportação), que está no art.156,§3º,I, II e III, e, por fim, a

reserva de lei complementar para o ICMS (art.155,§2º, XII).

Art. 146. Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos

discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e

contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades

cooperativas.

d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as

empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do

imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e

da contribuição a que se refere o art. 239.

Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir

um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados,

do Distrito Federal e dos Municípios, observado que:

I - será opcional para o contribuinte;

II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;

III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos

pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou

condicionamento;

IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes

federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. Art. 146-A. Lei

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complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de

prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por

lei, estabelecer normas de igual objetivo.

Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação,

com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência

de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo

(...)

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos

compulsórios:

(...)

Art. 154. A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que

sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos

discriminados nesta Constituição;

(...)

“Quanto ao ITD:

155, III e §1º, III - terá competência para sua instituição regulada por lei

complementar:

a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior;

b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário

processado no exterior;

(...)

“Quanto ao ICMS:

155, II e §2º, XII :

XII - cabe à lei complementar:

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a) definir seus contribuintes;

b) dispor sobre substituição tributária;

c) disciplinar o regime de compensação do imposto;

d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local

das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;

e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros

produtos além dos mencionados no inciso X, "a"

f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e

exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,

isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única

vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no

inciso X, b;

i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre, também na

importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.

(...)

“Quanto ao ISS:

156, III e §3º:

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei

complementar:

I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas

II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão

concedidos e revogados.

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BLOCO III – DICAS SOBRE O CTN

DIREITO OBRIGACIONAL TRIBUTÁRIO

Tema 1: LANÇAMENTO DO CRÉDITO E PROCESSO ADMINISTRATIVO

FISCAL

DICA 122: Se perguntarem sobre a natureza jurídica do lançamento, segundo o CTN,

art.142, é procedimento constitutivo do crédito tributário.

DICA 123: Sobre revisão do lançamento, pode ser feita de ofício pela Administração

ou mediante provocação do contribuinte. No primeiro caso, temos a consagração da

auto-tutela da Administração Fiscal. No segundo, com a impugnação do contribuinte,

temos o nascimento do processo administrativo fiscal.

DICA 124: Para impugnar o lançamento não é necessário advogado e nem se pagam

custas quaisquer. Valem os princípios do livre acesso popular e da gratuidade.

DICA 125: O prazo para pagar a dívida ou impugnar administrativamente o lançamento

é o que a lei de cada tributo vier a fixar; não havendo previsão, o prazo será de 30 dias,

nos termos do art.160, CTN.

DICA 126: Caso o contribuinte tenha a impugnação julgada improcedente, cabe

recurso voluntário a ser encaminhado ao CARF – Conselho Administrativo de

Recursos Fiscais. Tal recurso é totalmente gratuito e é inconstitucional condicionar sua

admissibilidade a qualquer depósito ou arrolamento de bens (Súmula Vinculante 21,

STF).

DICA 127: As reclamações e os recursos em matéria tributária possuem efeito

suspensivo, quebrando a regra geral do Direito Administrativo de que teriam efeito

apenas devolutivo. Logo, quanto interpostos, provocam a suspensão da exigibilidade do

crédito tributário, vide art.151, III, CTN.

DICA 128: Se o contribuinte vencer o fisco no PAF e ao final for julgada procedente a

impugnação, não cabendo mais qualquer recurso, o lançamento é anulado e ocorre a

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extinção do crédito tributário pela decisão administrativa irrecorrível, nos termos do

art.156, IX, CTN.

DICA 129: Derrotado ao final do PAF, ainda assim, o contribuinte pode ir ao

Judiciário para tentar reverter o caso. A decisão administrativa final denegatória não

impede a reapreciação da matéria no Judiciário. É cabível ajuizamento de Ação

Anulatória superveniente, pois a decisão administrativa não se equipara e nem tem

efeito de coisa julgada material.

DICA 130: Quando o fisco procede ao lançamento relativo a fatos geradores pretéritos,

deve usar sempre a lei do tempo do fato gerador no que tange à compreensão e

aplicação da base de cálculo e da alíquota, do sujeito passivo e da tipicidade. Ou seja,

no que diz respeito aos elementos substanciais da relação tributária (elemento

subjetivo – sujeito passivo; elemento material – conduta/fato gerador; elemento

quantitativo – base de cálculo e alíquota), aplica-se sempre a lei vigente ao tempo do

fato gerador (“tempus regit actum”).

DICA 131: Ao contrário do acima afirmado, a lei que o fisco utiliza no momento do

lançamento, no que diz respeito aos aspectos meramente formais, meramente

procedimentais da cobrança, é a lei do tempo do lançamento. Ou seja, se a lei mudou,

após o gato gerador, aspectos apenas formais, apenas do “como proceder na hora de

lançar”, pode retroagir, pois em nada afetou o sujeito passivo, o valor da dívida, os

limites do tipo. Logo, leis que alteram aspectos meramente formais/procedimentais

podem retroagir e no lançamento a lei a ser utilizada é a lei vigente ao tempo do

lançamento. Por fim, sempre importante lembrar que quanto às penalidades, a lei que

se aplicará será sempre a que for mais benéfica, a que tiver determinado a menor

pena, de modo a que as leis posteriores ao fato gerador, se benéficas em penalidade, se

aplicam retroativamente, bastando que ainda não tenha, claro, ocorrido pagamento da

multa ou coisa julgada.

II – SUSPENSÃO, EXTINÇÃO E EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

DICA 132: Fiquem atentos na hora da prova, pois apenas dois institutos são causas de

EXCLUSÃO do crédito tributário: falo da ISENÇÃO ou ANISTIA. Todos os outros

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dezoito institutos que afetam o crédito, ou serão causas de “suspensão” (seis deles) ou

de “extinção”(12 deles). Só marque que é causa de “EXCLUSÃO” se a questão

afirmar “isenção” ou “anistia” (art.175, CTN).

DICA 133: Para que o gabarito seja “são causas de suspensão”, somente marque se as

ferramentas apontadas forem: MOratória, DEpósito do montante integral em

dinheiro, REclamações/recursos administrativos, COncessão de liminar em

mandado de segurança, COncessão de tutela antecipada em ações ordinárias,

PArcelamento. Essas são as seis causas de “suspensão”da exigibilidade do crédito

(art.151, CTN).

DICA 134: Quaisquer outras “causas” de afetação do crédito que não sejam as duas de

exclusão (isenção e anistia) ou as seis de suspensão (“MODERECOCOPA”), o gabarito

vai dar que são causas de extinção do crédito (art.156, CTN). Lembre: isenção e

anistia, EXCLUSÃO; “moderecocopa”, SUSPENSÃO; todo o resto, EXTINÇÃO .

DICA 135: Cuidado com a “DAÇÃO EM PAGAMENTO DE BENS IMÓVEIS”. Ela

foi a última causa de extinção do crédito a aparecer no ordenamento fiscal (art.156, XI –

inciso XI criado apenas no ano de 2001, pela LC 104/01). Para que caiba a dação de

bens imóveis em pagamento de dívidas tributárias, cada ente federativo tem que fazer

uma lei local para AUTORIZAR E REGULAR o procedimento. Se o ente não fizer a

lei de dação, essa não é auto-aplicável. Lembrem-se, ainda, que SÓ CABE DAÇÃO DE

BEM I-M-Ó-V-E-L, não sendo admitida, em hipótese alguma, dação de bens “móveis”,

já tendo o STF declarado inconstitucionais as leis que tentaram autorizar dação de coisa

móvel.

DICA 136: Cuidado com a COMPENSAÇÃO na prova, causa de “extinção” prevista

no art.156, II, CTN. Também só caberá a compensação se o ente federativo fizer a lei

local de compensação regulando a matéria. Tem que ter a lei!!! E só podem compensar

dívidas líquidas e certas, recíprocas do contribuinte com o fisco. Não se pode pedir

compensação de valores que ainda são objetos de discussão judicial.

DICA 137: Ainda sobre a COMPENSAÇÃO, fiquem atentos pois o STJ entende que

quando a Administração nega pedido de compensação amparado por lei, o contribuinte

pode impetrar mandado de segurança para ver autorizada a efetivação da

compensação, MAS NÃO CABE DEFERIMENTO DA MEDIDA EM SEDE

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LIMINAR!!! Ou seja, cabe o MS, o que não cabe é a liminar (Súmulas 212 e 213 do

STJ e Lei 12.016/09, art.7º§,2º).

DICA 138: Sobre a figura do PAGAMENTO, cuidado com o PAGAMENTO

INDEVIDO. Sempre que executado, cabe AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO, a

qual, todavia, deve ser ajuizada num prazo prescricional de 5 anos, contados da data

do pagamento indevido. Cuidado, não se esqueçam disso: a prescrição é de 5 anos a

contar do dia em que foi feito o pagamento indevido!!! (art.168, CTN)

DICA 139: Ainda sobre a figura do PAGAMENTO INDEVIDO, cuidado com a

PRESCRIÇÃO DE 2 ANOS do art.169, CTN. Caso dentro dos 5 anos contados do

pagamento indevido, o contribuinte faça o pedido de restituição em sede

ADMINISTRATIVA, e, nesse pedido, ele não obtenha êxito, sendo indeferido o pedido

administrativo de restituição, ainda assim, cabe ir ao Judiciário, ajuizar uma AÇÃO

ANULATÓRIA DA DECISÃO ADMINISTRATIVA para tentar que em Juízo se

condene o fisco a restituir o montante. Todavia, essa ação deve ser ajuizada num prazo

de 2 anos. Ou seja, fiquem atentos: prescreve em DOIS ANOS o prazo para o

ajuizamento da Ação Anulatória da decisão administrativa denegatória.

III – ISENÇÕES

DICA 140: As isenções, causas de exclusão do crédito, são dispensas legais de

pagamento, por via das quais se dispensa, por antecipação, o que “seria” o dever de

pagar uma dívida futura. A isenção sempre se reporta ao futuro. É dispensa antecipada

de cumprimento de obrigação principal futura. Quando se faz a lei para “perdoar dívida

pretérita”, isso não é “isenção” e sim “remissão”, a qual extingue o crédito que já

existia. A isenção exclui a chance de nascer o crédito, pois renuncia por antecipação o

que seria um crédito futuro.

DICA 141: Nas isenções, sempre dadas antes do fato gerador acontecer, elas impedem

o lançamento. Não haverá lançamento! Não tem porque lançar para cobrar o va lor de

um crédito que a lei já havia renunciado desde antes. Todavia, fiquem atentos: a isenção

não impede a ocorrência do fato típico; o fato gerador ocorre e a norma tributária

incide; a relação jurídica nasce, tanto que as obrigações acessórias ficam mantidas;

apenas se tem uma dispensa do dever de pagar o tributo, uma dispensa da

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obrigação principal, e, portanto, não se fala em realização do lançamento. Mas

TEM FATO GERADOR!!!

DICA 142: Isenções se concedem por lei, valendo a regra da reserva legal. A única

exceção é o ICMS, caso em que falamos que ao invés de virem por lei, as isenções de

ICMS são concedidas em razão de convênios celebrados no CONFAZ . Nos demais

tributos, isenções emanam de leis.

DICA 143: A lei que concede isenção não precisa ser uma lei complementar. Basta

simples lei ordinária. Todavia, e, aqui, MUITA ATENÇÃO, as leis que concedem

isenções devem ser LEIS ESPECÍFICAS, como exige o art.150,§6º, CRFB/88. Leis

que não versam sobre diversos temas diferentes e desconexos, mas apenas sobre o

tributo objeto da isenção ou meramente sobre a própria isenção.

DICA 144: Isenções em regra são apenas para impostos. Não se presume que numa lei

que isentou um imposto, a mesma se estende para taxas e contribuições. Para que caiba

isenção de taxas e contribuições, tem que existir expressa previsão na lei . Não se

presume isenção de taxas e contribuições.

DICA 145: Isenções em regra não atingem obrigações acessórias. Isenção é dispensa

de pagamento. Logo, dispensa de obrigação principal. Só caberá o afastamento do

dever de cumprir a obrigação acessória (procedimentos) se a lei expressamente assim

dispuser.

DICA 146: Isenções se interpretam literalmente, sempre de forma estrita. Cuidado:

não cabe interpretação extensiva de isenção!!! Essa é uma regra geral de interpretação

tributária para as causas de suspensão e exclusão do crédito, as quais sempre se

interpretam estritamente, literalmente (CTN, art.111, I e II).

DICA 147: Isenções devem ser AUTÔNOMAS (cada ente concede isenção dos seus

próprios tributos), não podendo ser “heterônomas”. É vedado que um ente pretenda

isentar tributo do outro. A Carta exemplifica no art.151, III, afirmando que “a União não

concederá isenções sobre tributos dos Estados, DF e Municípios).

DICA 148: O fato de as isenções não poderem ser heterônomas em nada colide com a

legítima possibilidade de TRATADOS INTERNACIONAIS CONCEDEREM

ISENÇÕES DE TRIBUTOS ESTADUAIS. O exemplo de sempre em prova é o

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ICMS, que pode ser isento por Tratados. O Tratado não é feito pela União e sim pela

República Federativa do Brasil, que opõe sua soberania acima da autonomia dos

Estados Membros e DF.

DICA 149: Isenções em regra são revogáveis, salvo se concedidas com duas

características cumulativas: a prazo certo E sob condição. Logo, fiquem atentos: para

que a isenção fique irrevogável, ela deve ser concedida por período certo e mediante

condição. É o que chamamos de isenções condicionadas e a prazo, também chamadas

de isenções “onerosas” e a prazo . Essas, com certeza ficam irrevogáveis (art.178,

CTN).

IV – GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

DICA 150: O fisco pode penhorar bens com cláusulas de impenhorabilidade

contratualmente estabelecidas, mas não quando são legalmente estipuladas. Ou seja, se

a cláusula de impenhorabilidade for criada pela vontade das partes, o fisco não

respeita e pode penhorar o bem. Mas se for a lei quem determinar a

impenhorabilidade, essa se opõe ao fisco.

DICA 151: O bem de família é, salvo duas exceções, impenhorável por dívidas

tributárias. Logo, em regra, o fisco não penhora o bem de família, pois se trata de

impenhorabilidade legal (Lei 8009/90 c/c art.184, CTN). Todavia, em dois casos a

própria lei autoriza a penhora: DÍVIDAS DO IMÓVEL (Ex: IPTU, ITR, Taxa de

Lixo, Contribuição de Melhoria) ou quando se tratar de CONTRIBUIÇÀO

PREVIDENCIÁRIA DOS EMPREGADOS DO IMÓVEL. Somente nesses dois casos

você vai marcar na prova que o fisco pode penhorar o bem de família.

DICA 152: Quanto à fraude à execução fiscal, do art.185, CTN, quando o contribuinte,

após dívida ativa inscrita, aliena seus bens de modo a ficar insolvente (ou agravar a já

existente insolvência), o ato é considerado fraude à execução fiscal e não produz

efeitos perante o fisco, não lhe sendo oponível. Cuidado pois para ter a fraude basta

que já se tenha a inscrição em dívida ativa, não sendo necessário sequer que já se tenha

ação de execução fiscal ajuizada. Lembre o momento a partir do qual já se caracteriza a

fraude é a simples inscrição em dívida ativa.

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DICA 153: Quando ocorre a alienação fraudulenta, a presunção é absoluta (“jure et

jure”) de que o contribuinte quis fraudar. É uma garantia dada ao fisco! Na prova, não

marque se afirmarem que se trata de “presunção relativa” (chamada “juris tantum”).

Repito: a presunção de fraude à execução fiscal é ABSOLUTA, chamada “JURE

ET JURE”.

DICA 154: Quanto à INDISPONIBILIDADE DE BENS VIA ON-LINE do

contribuinte, ela é cabível e foi regulada com a inclusão do art.185-A no CTN. Cabe a

chamada “penhora on-line”. Todavia, fiquem atentos pois o art.185-A é claro e diz que

o Juiz na execução só pode ordenar a indisponibilização dos bens do contribuinte depois

de ocorrida a citação válida e de esgotado o prazo para a defesa. Ou seja, durante os

cinco dias contados da citação, prazo que o contribuinte tem para escolher qual

modalidade de garantia adotará para garantir o Juízo e embargar (penhora, fiança ou

depósito), não pode o Juiz ordenar, nesse prazo de 5 dias, a indisponibilidade on-line

dos bens.

DICA 155: Lembrem-se que, salvo na falência (que tem regramento especial), o

crédito tributário prefere a qualquer outro, EXCETO AO TRABALHISTA . Ou seja,

sempre que houver concursos de credores, o fisco recebe primeiro, ficando atrás apenas

dos trabalhadores. Ressalva-se apenas a falência, com regras próprias abaixo

comentadas (art.186, CTN).

DICA 156: Na falência, o crédito tributário não fica “apenas atrás do trabalhista”. Na

falência,o crédito tributário fica, em regra, na terceira posição. Mas, no que tange às

multas fiscais, fica na sétima posição, atrás dos credores quirografários, daí porque o

apelido de que no que tange às multas fiscais, o crédito tributário fica chamado de “sub-

quirografário”. Atenção: em relação aos tributos, o crédito tributário fica na terceira

posição na falência, atrás apenas dos créditos trabalhistas (até 150 salários

mínimos) e os acidentários (ilimitadamente), bem como dos créditos com garantia

real (até o limite do gravame real). Já em relação às multas, o crédito tributário

“desce” para trás dos quirografários, ficando na sétima posição. Lembrem-se que a

ordem dos créditos concursais na falência é: primeiro, os créditos trabalhistas (até o

limite de 150 SM – acima disso, os créditos trabalhistas viram quirografários) e os

créditos decorrentes de acidente do trabalho (esses ilimitadamente); em segundo lugar,

os créditos com garantia real (até o limite do gravame); em terceiro vem o fisco (sem as

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multas, só os tributos!); em quarto, os créditos com privilégio especial e em quinto os

créditos com privilégio geral (Código Civil, arts. 964 e 965); em sexto os créditos

quirografários e em sétimo os créditos de multas; em oitavo, os créditos subordinados.

DICA 157: Atenção que para um empresário conseguir deferimento de recuperação

judicial, ele precisa apresentar uma certidão fiscal “boa”. Cuidado com essa certidão!

Não precisa necessariamente ser uma CND (“certidão negativa de débito”), que é aquela

que diz que não existe dívida. Pode ser também uma CPD COM EFEITO DE CND

(Certidão Positiva de Débito com efeito de Negativa de Débito). Ou seja, para caber o

deferimento da recuperação judicial, é viável tanto com a CND como com CPD

com efeito de CND. Nos casos que o crédito fica com a exigibilidade suspensa (art.151,

CTN – ex: parcelamento), se consegue a CPD COM EFEITO DE CND. Isso já basta

para conseguir a Recuperação Judicial (art.191-A, CTN).

DICA 158: Cuidado com o art.189 do CTN. Ele diz que nos inventários e arrolamentos

o crédito tributário “prefere a qualquer outro” e não faz referência aos trabalhistas,

gerando boa polêmica na doutrina. Na prova, se a banca afirmar que segundo o CTN é

previsto que o crédito tributário prefere a qualquer outro em inventários e

arrolamentos, MARQUE VERDADEIRO, pois é exatamente isso que está escrito

no CTN.

V – SUJEITO PASSIVO DA RELAÇÃO OBRIGACIONAL TRIBUTÁRIA

DICA 159: O sujeito passivo da relação tributária pode ser um de dois: o contribuinte

ou o responsável legal, esse último, exceção! O contribuinte é chamado de sujeito

passivo direto, pois é aquele sujeito passivo que sem obriga a pagar dívida emanada de

fato gerador que ele mesmo praticou; teve relação pessoal e direta com a conduta

típica. O responsável não se reveste da mesma condição de contribuinte, sendo aquele

que é sujeito passivo sem ter praticado o fato gerador; não teve relação pessoal e direta

com a conduta, mas foi indiretamente atingido pela lei, que determinou que ele viesse a

pagar a dívida. Por isso o responsável é chamado de sujeito passivo indireto.

DICA 160: A responsabilidade tributária decorre sempre de lei.

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DICA 161: Sobre o sujeito passivo, ele será sempre a pessoa que a lei designar. Não se

opõem ao fisco regras criadas em contratos por via das quais certa pessoa determine que

outra assuma o dever de pagar sua dívida. Essas convenções de caráter privado valerão

apenas entre elas, mas não tem oponibilidade à fazenda pública. Princípio da

inoponibilidade das convenções particulares à fazenda pública (art.123, CTN).

DICA 162: A capacidade tributária INDEPENDE DA CAPACIDADE CIVIL.

Qualquer pessoa pode ser sujeito passivo, basta que a lei designe. É irrelevante, quanto

às pessoas físicas, se a pessoa é civilmente incapaz. Irrelevante. Podem ser sujeito

passivo em relação tributária. Assim como a pessoa jurídica, mesmo que esteja atuando

irregularmente, sofrendo restrições, etc. Se estiver praticando fato gerador de obrigação

tributária, se sujeita ao ato de tributação (art.126, CTN).

DICA 163: A SOLIDARIEDADE nas relações tributárias somente se dá no pólo

passivo, não se falando em solidariedade ativa no Direito Tributário.

DCICA 164: Diferente do Direito Civil, a solidariedade passiva tributária não decorre

de expressas convenções particulares. A solidariedade no direito tributário decorre

ora de expressa previsão em lei, ora de situações em que haja interesse comum de

diferentes pessoas no fato gerador da obrigação tributária (art.124, CTN)

DICA 165: A solidariedade tributária não se presume e NÃO COMPORTA

BENEFÍCIO DE ORDEM . Qualquer co-devedor solidário que for demandado, se

obriga a pagar a dívida toda, não podendo exigir que primeiro se cobre do outro

(art.124, p.único, CTN)

DICA 166: A solidariedade tem os seguintes efeitos: se um paga, aproveita aos

demais; caso ocorra a interrupção da prescrição, a interrupção da prescrição para um

se estende para todos os demais (art.125, CTN).

DICA 167: Ainda sobre os efeitos da solidariedade, caso seja dada por lei uma isenção

ou remissão, em caráter pessoal, de modo a que nem todos os co-devedores possuam as

características que a lei exigiu, o benefício não se estende aos que não cumprem as

exigências da lei. A isenção ou remissão em caráter pessoal não aproveita aos

demais, que continuam obrigados pelo saldo, e nesse saldo, continuam solidários. O

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favorecido “sai” do pólo passivo, “arrasta” sua cota-parte da dívida e dívida permanece

apenas no saldo restante, para os demais (CTN, art.125).

DICA 168: Sempre que a lei quiser gerar responsabilidade tributária para certo

sujeito passivo que não praticou o fato gerador, ela pode manter a responsabilização

supletiva, no todo ou em parte , para a pessoa praticante do fato gerador (CTN,

art.128).

DICA 169: Havendo aquisição de imóveis com dívidas fiscais, essas dívidas, em regra,

sucedem ao adquirente . Em dois casos, todavia, o adquirente não responderá pelas

dívidas. Não responde pelas dívidas fiscais do imóvel adquirido o arrematante em

hasta pública (pois a dívida se sub-roga no preço da arrematação), bem como o

adquirente que portava uma certidão expedida pela fazenda informando que

inexistiam dívidas fiscais relativas ao imóvel (a certidão que quitação fiscal). Se o

fisco emite essa certidão em favor do adquirente, não pode, depois, querer cobrar a

dívida (art.130, CTN).

DICA 170: Havendo fusão de duas pessoas jurídicas, as dívidas fiscais de todas elas

sucedem à nova pessoa resultante da fusão (art.132, CTN).

DICA 171: Havendo incorporação de uma pessoa jurídica em outra, as dívidas da

incorporada sucedem em desfavor da incorporadora. A incorporadora passa a

responder pelas dívidas da incorporada. Assim como se uma PJ passa por

transformação, a nova PJ assume as dívidas fiscais pendentes (art.132, CTN).

DICA 172: Havendo ALIENAÇÃO DO FUNDO DE EMPRESA, com dívidas

fiscais, três situações são possíveis no que tange à responsabilização do adquirente do

fundo de comércio por essas dívidas: numa primeira situação, a lei pode permitir que o

adquirente não responda pelas dívidas (ocorre quando ao adquirente, não sendo

pessoa “próxima” do alienante – parente, sócio, mandatário, etc – adquire na falência

ou na recuperação judicial); nas outras duas hipóteses, o adquirente responde pelas

dívidas fiscais, variando de uma para outra a forma de responsabilizá- lo. Em um desses

dois casos, o adquirente somente responderá subsidiariamente pelas dívidas

(ficando a responsabilidade preferencial com o próprio alienante), o que se dá nas

situações em que o alienante continua desenvolvendo atos de comércio no primeiros

seis meses a contar da venda; na outra hipótese, o adquirente passa a responder

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INTEGRALMENTE pelas dívidas , o que acontecerá nos casos em que o alienante

CESSA SUAS ATIVIDADES EMPRESÁRIA POR PELO MENOS SEIS MESES

A CONTAR DA VENDA (CTN, art.133)

DICA 173: Observe-se, em relação à dica acima, que, na prova, vocês precisam reparar

os seguinte: a venda foi feita na falência ou recuperação judicial e o adquirente é pessoa

estranha ao alienante? Sim? Se sim, a resposta certa será que o adquirente não

responde pelas dívidas fiscais. Não sendo esse o quadro fático apresentado, o

adquirente sempre responderá. A questão é: integralmente ou subsidiariamente?

Procure a informação na questão que vai deixar claro o que o alienante fez nos

primeiros seis meses a contar da venda. Caso o alienante tenha continuado a praticar

atos de empresa, a dívida fica com ele, preferencialmente, e a resposta será que o

adquirente só responderá subsidiariamente. Todavia, se a questão disser que ele

cessou as atividades empresárias por seis meses ou mais , a resposta certa será a que

informar que a o adquirente responderá integralmente pela dívida.

DICA 174: Cuidado com as questões que falam de responsabilização pessoal dos

administradores por dividas da PJ administrada. Só é possível aplicar a regra

(punitiva!) do art.135, III do CTN, que autoriza impor a responsabilidade pessoal e

direta do administrador nos caso em que ele pratique violação à lei ou aos atos

constitutivos da PJ (contrato social/estatuto), e, sempre mediante apuração de dolo

ou culpa! Para responsabilizar pessoalmente o Administrador, tem que ter a infração e

TEM QUE TER DOLO OU CULPA (a responsabilidade é subjetiva). Art.135,

III,CTN.

DICA 175: Exemplo claro de prova para aplicar a responsabilização pessoal do

administrador é: hipótese de dissolução irregular societária. Situação importante é a

que se dá quando ocorre mudança do domicílio fiscal da Pessoa Jurídica sem que a

fazenda seja informada. Nesses casos, o STJ entende ser legítima a presunção de

dissolução irregular, e permite aplicar a responsabilização do Administrador. Indo além,

entende que se já houvesse execução ajuizada contra a PJ, pode haver responsabilização

solidária do Administrador, aplicando o art.135, III, CTN. Súmula 435, STJ.

DICA 176: O STJ fixou entendimento que o mero não recolhimento de tributo no

prazo, NÃO É SUFICIENTE PARA LEGITIMAR A RESPONSABILIZAÇÀO

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PESSOAL DO ADMINISTRADOR. Ou seja,a “mera mora” não permite aplicar o

art.135, III, CTN.

VI – PRESCRIÇÃO

DICA 177: Lembrem-se que a prescrição que corre contra o fisco corre após o

lançamento já feito, e, sendo mais preciso, começa a correr a partir de quando se tem o

chamado “crédito definitivamente constituído”. Ou seja, não basta o lançamento

(simples constituição do crédito) para que se inicie a fluência dos 5 anos de prescrição.

É necessário que essa constituição do crédito, em sede administrativa, ganhe a

chamada definitividade, ou seja, o procedimento de cobrança se exauriu, não podendo

mais ser questionado em sede administrativa. Como regra, a constituição definitiva do

crédito se dá em uma de três situações: a) se foi feito o lançamento e se esgotou o prazo

para pagamento ou impugnação e o contribuinte não pagou nem impugnou; nessa

hipótese, o crédito está definitivamente constituído; b) se o contribuinte impugnou

dentro do prazo mas ao final do processo administrativo saiu derrotado, se exaurindo o

processo e sendo mantido o lançamento; nesses casos, o crédito fica definitivamente

constituído; c) nos tributos lançados por homologação, se o contribuinte apresenta a

declaração confessando a dívida, essa equivale a um lançamento, não sendo mais

necessário que o fisco venha a notificá-lo caso ele não pague o que declarou; a

declaração já vale como constituição definitiva do crédito. Logo, para a prova: a

prescrição que corre contra o fisco na execução fiscal é de 5 anos que se contam a

partir da constituição definitiva do cédito.

DICA 178: A interrupção da prescrição na execução fiscal se dá com o despacho

citatório nos autos do processo, após ajuizada a ação de execução fiscal. Todavia,

fundamental atentar para o fato que o despacho interrompe mas essa interrupção

retroage ao ajuizamento da ação. Logo, o fundamental mesmo para o fisco é que ele

consiga ajuizar a ação dentro de cinco anos contados a partir da constituição definitiva

do crédito.

DICA 179: Caso não sejam encontrados bens do devedor, e ele não ofereça garantia no

juízo da execução e nem pague a dívida, a ação de execução fiscal ficará suspensa;

passado um ano após a suspensão da execução fiscal, SE REABRE O PRAZO DE

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5 ANOS DE PREESCRIÇÃO; caso se passem os cinco anos a contar desse um ano

após a suspensão da execução (suspensão – 1 + 5) ocorre a prescrição no intercorrer

da execução fiscal, prescrição essa chamada de prescrição intercorrente.

DICA 180: O Juiz pode, quando do despacho nos autos da execução fiscal, conhecer de

ofício a prescrição tributária contra a fazenda pública. Todavia, quando se trate da

prescrição intercorrente, deverá intimar o Procurador representante da fazenda

exequente para que tenha a chance de se manifestar, não podendo o magistrado

conhecer de ofício a prescrição intercorrente sem essa prévia intimação. Versando a

execução sobre dívida de grande valor, o Juiz é obrigado a aguardar a manifestação do

representante da fazenda; sendo de pequeno valor, não vindo resposta no prazo, o Juiz

pode de ofício extinguir o processo declarando a prescrição intercorrente que se

consumou.