dicas vestibular 1

8/8/2019 dicas vestibular 1

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vestibularSbado, 3 de outub ro de 2009

Jornal de Fato

www.defato.com

telefone (84)3315-2308

LITERATURAAprofessoraLuanaM

aia

resumeVidasSecas

REDAOAprofessoraFrancel

iza

Monteiroeadissertao

argumentativa

PORTUGUSOprofessorBatistac

om

elementosdecoeso

porremisso

CIANOMAGENTAAMARELOPRETO

1


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vestibularSbado, 3 de outubro de 20092 Jornal de Fato

vestibular EDITOR GERALWilliam RobsonCOORDENAO PEDAGGICASvio MarcellusEDIO ESPECIAL DO JORNAL DE FATO NO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

DIAGRAMAOTelmaco Sandino

IMPRESSOGrfica de Fato

SANTOS EDITORA DE JORNAIS LTDA Redao e oficinas: Avenida Rio Branco, 2203, Cent ro, Mossor-RN - CEP: 59.611-400

T NA REAProjeto Educacional

A GaleraAcompanhar, selecionar e tra-zer novidades do mundo atu-al de sinttica, compreensvele gostosa de ler uma tarefa per-manente da Coordenao doEncarte. Decidimos, ento, ela-borar uma publicao voltadaespecialmente para quem vaienfrentar o desafio do vesti-bular, tendo como base uma vi-so cri tica e racional e com ten-dncias tipicamente globais elocais, sempre com o mesmoobjeti vo, formar cidados e in-clui r socialmente os nossos jo-vens na universidade e na lutapara o mercado de trabalho.

Vestibular DeFatoDe fato estamos de volta, como melhor do Vestibular, paraquem esta se preparando para

encarar as Instituies de En-sino Superior da nossa regioe do Brasil, sem esquecer do no-vo modelo do Enem. Prepara-mos para vocs pr-vestibu-landos, um Caderno, atuali za-

do e contextualizado, dentrodos parmetros curr iculares, esempre numa viso critica eapurada, com um s intuito,simplificar e ajudar voc queest se preparando para a luta,que entrar em uma institui-o de Ensino Superior no Bra-sil. Vamos luta!

EnemO novo modelo do Enem va-loriza a compreenso e a inter-pretao dos textos das ques-tes, a inteno dos organiza-dores avaliar as habilidadesdos candidatos no que diz res-peito s funes da linguagemhumana, compreenso deopinies divergentes, percep-o de mudanas histricas egeogrf icas e ao entendimen-to sobre o meio ambiente. As

questes sobre atualidades se-ro bastante abordadas, no snas provas como tambm na re-dao. Por isso importantemanter-se informado com aajuda de jornais, revistas e de-

mais vecul os de comunicaoque permitam ao candi dato sa-ber de tudo o que acontece aser redor. Da temas como eco-logia e preservao do meioambiente tambm so muitorecorrentes nesses modelos deprovas.

Protomrtires

A maioria dos norte-rio-grandenses, no sabe o moti-vo do feriado de hoje. Os mr-tires de Cunha e Uruau, quena poca da invaso holande-sa no Brasil, pagaram com aprpria vida o preo da f, porcausa da intolerncia religio-sa calvinista dos invasores. Oprocesso de beati f icao de-morou vri os anos, reunindodocumentos em pesquisas emvrios paises da Europa. A San-ta S, no dia 16 de junho de1989, concedeu a beati f icao,mais, s em dezembro de 1998,o Papa Joo Paulo II assinouo decreto reconhecendo omart r io de 30 brasileiros. Osmrtires de Cunha e Urua-u foram chamados de Proto-mrtires porque so "os pri-meiros brasileiros que derra-maram seu sangue pela f emnossa terra".

Adiado novo EnemO Ministrio da Educao eCultura adiou nesta madru-gada a realizao do Exame Na-cional do Ensino Mdio (En-

em), previsto para o prximof im de semana, dias 3 e 4 deoutubro. A medida foi toma-da pelo Ministro da EducaoFernando Haddad, e pele pre-sidente do Insti tuto Nacional

Prof. Svio Marcelus

de Estudos e Pesquisas Educa-cionais (Inep), Reinaldo Fer-nandes, depois de denuncias devazamento de algumas provas,feita pelo Jornal O Estado deSo Paulo. O MEC informouque tem outra verso das pro-vas e pretende realizar o Enemem ate 45 dias.

UERNA Comisso Permanente doVesti bular da UERN prev umpossvel atraso na divulgaodos resultados do vestibular2010.1. Isso porque o edital doprocesso prev o uso da notado Enem para situaes que pu-dessem favorecer o candidato.Com o cancelamento das pro-vas do Exame Nacional do En-sino Medio, o resultado do Pro-cesso Seletivo Vocacionado(PSV) da UERN, que estava pre-visto para o inicio de feverei-ro, fica merc dos novos pra-zos estabelecidos pelo Minis-trio da Educao.

UFERSAA Universidade Federal Ruraldo Semi-rido (UFERSA) ade-riu nota do Enem como sele-o para os futuros alunos dainstituio. O edital do Pro-cesso Seletivo da UFERSA foiaprovado nesta quinta-feira, noentanto, o calendrio com to-dos os procedimentos ficam acargo do novo cronograma doMec. Para ingressar na UFER-

SA ser necessrio prestar oExame o Nacional e, em segui-da, competir com at cinco pos-sibilidades de curso nas Uni ver-sidades Federais aptas no no-vo formato.

O encarte Vestibular De Fato um material de apoiofundamental para quem pretende obter a aprovaono Vestibular 2010. So 12 edies, com circulaoaos sbados, composto por um projeto educacionaldiversificado e moderno, apresentando uma visoglobal, clara e concisa de provas das principais univer-sidades do pais, orientada por professores do ensinomdio especializados em vestibulares e de profissio-

nais de destaque no mercado de trabalho. Assim. E comimensa satisfao que entregamos ao vestibulandoeste Caderno Especial, contendo informaes, questio-namentos e conceitos que servem de referencial paraos atuais exames de ingresso nas melhores instituiesde ensino superior da nossa regio e do Brasil.


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vestibular Sbado, 3 de out ubro de 2009 3Jornal de Fato

quanto a forma de seus livros.Reescrevia seus livros sem ces-sar, procurando retirar deles tu-do aquilo que considerasse exces-so. De estilo enxuto, ento, Gra-ciliano sempre foi consideradocomo exemplo de elegncia e deelaborao.

Sua obra, apesar de centrar-se em determinada regio, trans-cende o pitoresco e o descritivodos regionalistas tpicos da ge-rao de 1930. Graciliano anali-sa profundamente a relao dohomem com o meio, exploran-do tambm o lado psicolgico eo lingstico dessa relao. In-dependente das limitaes regio-nais, Gracil iano faz uma anliseprofunda da condio humana.Desse modo torna-se universal.

Resumo da obra VIDASSECAS por captulo:

1 - MUDANA

Fabiano, Sinh Vitria, o me-nino mais velho, o menino mais

novo, a ca-chorra Ba-leia e o pa-pagaio fu-giram dafazenda deSeu Tomsda bolan-deira porcausa da se-ca. No cami-nho o papa-gaio sacrif i-cado paraconter a fo-me da fam-lia. O meninomais velhochora e re-preendido pe-lo pai. Ao che-garem em umafazenda aban-donada, a ca-chorra conse-gue caar uma

pre que serve

O PSV 2010, como de cos-tume, indica a leitura de cincoobras literrias que sero anali-sadas atravs de questes de ml-tipla escolha. Dentre elas, en-contra-se o romance VIDASSE-CAS, de Graciliano Ramos, o-bra que tambm ser abordadana UFRN.

Assim, analisaremos os prin-cipais aspectos deste romance re-gionali sta, mergulhando no pe-queno mundo destes persona-gens que representam tantos re-tirantes nordestinos e nos levama refletir acerca da inf luncia domeio no comportamento do ho-mem.

O autor Graciliano Ramos(1892-1953) nasceu em Alagoase fez do estado o principal ce-nrio de seu trabalho. O mais

engajado entre os autores do se-gundo tempo do Modernismo. conhecido por sua linguagemseca e cortante, no deixa so-brar nem faltar palavras. Escre-ve de forma realista, sem senti-mentalismos. Consegue comopoucos uni r a esttica de seu tra-balho com a temtica aborda-da. Seu trabalho constante-mente comparado poesia deJoo Cabral de Melo Neto.

O romance VIDASSECAS considerado a obra-prima deGraciliano Ramos. Foi publi-cado em 1938, aps a tempora-da do autor na cadeia. Os cap-tulos foram escritos fora de or-dem e publicados separadamen-te em jornais. considerado umromance desmontvel, com 13captulos autnomos. Narradoem terceira pessoa, com narra-dor onisciente, predominandoo discurso indireto-livre. O tex-to discute a questo do traba-lhador rural explorado. O meio o "personagem" de maior des-taque. As personagens so "zoo-morfizadas", enquanto Baleia "antropomorfizada".

Graciliano Ramos foi um es-critor extremamente cuidadoso,

LITERATURAVIDAS SECAS (GRACILIANO RAMOS)

CONTINUA...

LUANASILVA MAIA

Professora colaboradora

Cedida


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vestibular4 Sbado, 3 de outubro de 2009Jornal de Fato

de alimento para todos.

2 - FABIANOChove e, com a chuva, o do-

no da fazenda aparece e expulsaa famlia. Fabiano pede um em-prego e consegue permisso prficar, mas muito maltratado pe-lo fazendeiro. Fabiano reflete so-bre sua condio prxima a deum bicho e admi ra as pessoas quese expressam com facilidade. Si-nh Vitria sonha com uma ca-ma de couro como a de Seu To-ms da bolandeira. A chuva pas-sa e a seca vol ta.

3 - CADEIAFabiano vai cidade comprar

mantimentos e bebe. convida-do por um soldado para um jo-go de cartas. Como no soubes-se como recusar acaba jogandoe perdendo. Sai do local furiosoe no obedece a ordem do solda-do para que parasse. Em meioao nervosismo, xinga a me dosoldado, preso e apanha na ca-deia.

4 - SINH VITRIASinh Vitria e Fabiano dis-

cutem. Ela reclama do dinheiroque ele gasta com o jogo e coma bebida. Ele fala de sapatos deverniz que ela usava para danarem festas .

5 - O MENINOMAIS NOVOO menino mais novo quer

imitar Fabiano e tenta montarem um bode que acaba por der-rub-lo. O i rmo mais velho ri eBaleia olha para os dois reprovan-do a cena.

6 - O MENINO

MAIS VELHOO menino mais velho quer sa-

ber o signif icado da palavra in-ferno. Sinh Vitria diz que al-guma coisa ruim. Como ele in-siste e ela no consegue explicar,lhe d um "cocorote". O meni-no sai chorando e vai consolar-se com Baleia.

7 - INVERNOA famlia, reunida em torno

do fogo, tenta conversar. Fabia-no comea a contar uma hist-ria que no faz sentido. Seu dis-

curso confuso e desorganizado.A cachorra espera que todos dei-

tem para poder dormir.

8 - FESTATodos se vestiram para parti-

cipar da festa de Natal na cida-de. Sentiam-se mal por no esta-rem acostumados, principalmen-te com os sapatos. As crianasficam encantadas com as luzes daigreja. Fabiano embebeda-se e acachorra Baleia desaparece. Maistarde, reaparece feliz por ter reen-contrado a faml ia.

9 - BALEIAA cachorra Baleia est muito

magra, Fabiano acha que ela es-

t com raiva e decide sacrific-la. Todos esto tristes e Baleia, des-confiada, tenta se esconder. Fa-biano lhe d um tiro, a cachorrase deita sem saber o que est acon-tecendo e sonha com um mun-do cheio de pres.

10 - CONTASFabiano constantemente en-

ganado pelo patro,que lhe ven-de gneros de primeira necessi-dade por um preo acima do mer-cado. Quando o vaqueiro recla-ma que p que recebia no coin-

cidia com as contas feitas comSinh Vitria, o patro lhe man-da procurar outro emprego. Fa-biano se lembra de quando, nacidade, foi multado por um fis-cal da prefeitura por vender car-ne sem pagar imposto, quandotentava vender um porco e re-volta-se em silncio.

11 - O SOLDADOAMARELOFabiano procura reses fugidas

no meio da caatinga e encontrao soldado amarelo. Apesar daoportunidade de se vingar por ter

sido humilhado e preso, deixa-opartir porque o acredita represen-tante de uma instituio abstra-ta, mas que precisa ser respeita-da: o governo.

12 - O MUNDOCOBERTO DE PENASAves que bebem o pouco de

gua que resta so mortas porFabiano e servem de alimento queadia a morte do grupo. Assusta-do, o vaqueiro pensa sobre o sig-nificado do soldado amarelo edo dono da fazenda e reconhece

que seu destino mui to pareci-do com o de Baleia.

13 - FUGAO captulo fecha o ciclo for-

mado pela proposta de organi-zao do autor. A famlia, sempoder saldar a dvida com o do-no da fazenda, foge durante a ma-drugada, levando nas costas ospoucos bens que possuem. Lem-bram-se de Baleia e, para evitarsofrimento, conversam sobre os

sonhos de um futuro melhor. Fa-biano quer ver os filhos em es-colas aprendendo a ler e sinhVitria pensa mais uma vez emum dia poder dormir em uma ca-ma de couro.

OBSERVAESIMPORTANTES!!!

Vidas Secas chamado deromance cclico, pois termina co-mo comea.

A ao ocorre entre doisperodos de estiagem (primeiroe ltimo captulo). Embora ha-ja algumas referncias cronol-

gicas presentes na obra, h umadiluio do tempo cronolgicopara o predomnio do psicol-gico.

Isto faz de Vidas Secas umaobra atemporal, ou seja, que notem um tempo ou momento de-finido.

O texto estruturado nodiscurso indireto l ivre (predomi-nante), onde o narrador "tomaposse" do discurso dos persona-gens para exp-los, evidencian-do seus medos, desejos, raivas efrustraes atravs de monlo-

gos interiores.A brutalidade da seca faz

com que os personagens tambmse embruteam da a frequenterecorrncia do autor ao compar-los com animais, revelando seusaspectos rsticos.

H uma evidente zoomor-f izao das personagens. Elasno falam, mas grunhem, ros-nam, gesticulam e falam palavrassoltas.

Fabiano fica dividido en-tre a revolta e a passividade, op-tando pela segunda atitude dian-te de sua impotncia.

Tal impotncia refora-da pela no aquisio da lingua-gem, que o seu maior anseio.

Por no saber se expressar,entra num processo de isolamen-to, aproximando-se dos animais,com os quais se identif ica me-lhor.

A conotao do nome Ba-leia ganha dois sentidos: almde ser uma ironia requintada fei-ta pelo autor, f igura tambm co-

mo uma compensao pela ca-rncia d'gua.Ela humanizada em v-

rios momentos, tornando-se ummembro da famlia, sempre se so-lidarizando com esta (o episdiodo pre e do consolo que d aomenino mais novo quando estecai do bode e fica triste).

Sua morte, ao final - teve deser sacri f icada - deixa Sinh Vi-tr ia e os meninos inconsolveise representa uma profunda agra-vante da condio da famlia:agora, sem Baleia, a nova via-

gem no ter o mesmo consolo,o mesmo apoio.

Graciliano Ramos, Autor de Vidas Secas, nasceu emQuebrangulo, Alagoas, em 1892 e morreu em 1953.


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Sbado, 3 de outubro de 2009 5Jornal de Fatovestibular

dado para no equivocar-se e darum ttulo que no corresponda temtica proposta.

Se voc tem di f iculdade pa-ra iniciar seu texto, procure, an-tes de comear a escrever fazeras seguintes questes, pois elaso ajudaro a sistematizar suasidias e a evitar a fuga total ouparcial ao tema.

VEJA:Qual o assunto?O que isso?Qual o meu posiciona-

mento?Por que eu penso assim?Que soluo ou coment-

rio eu proponho?

Aps responder esse questio-namento voc pode iniciar a

construo do seu texto, procu-rando levar em considerao os

CRITRIOS DE AVALIAOque so:

- adequao ao tema. A ban-ca examinadora avali a se o ves-tibulando entendeu o tema pro-posto e redigiu um texto ade-quado a ele. "Fugir do assunto",como se diz na gria estudantil,implica "nota zero";

- coerncia no desenvolvi-mento do tema. As idias con-tidas no texto devem estar in-terligadas de maneira lgica. Ovestibulando no pode proporuma opinio no incio do textoe contradize-la no final;

- norma culta. O candidatoa uma vaga nas universidades pre-cisa usar a lngua portuguesa de

maneira adequada, estruturassintticas (regncia verbal e con-

cordncia) corretas e termos se-manticamente precisos; portan-to, no se deve usar uma pala-vra cujo sentido real voc no co-nhece.

Norma culta no quer dizertermos sof isticados, mas pala-vras simples e precisas no con-texto da dissertao. No penseque preciosismos (palavras com-plicadas) valorizam sua redao;pelo contrrio, so prejudiciais.Em sntese, o vestibulando deveusar termos correntes com sig-ni f icados adequados;

- criatividade. claro queuma abordagem original do te-ma valoriza seu texto. Mas, o ves-tibulando deve ter cuidado emno confundi r criati vidade comidias absurdas. Na gria estudan-til, no "viaje".

A dissertao um tipo detexto que atinge uma grandecomplexidade lgica e requerum conhecimento significati vodo assunto proposto. A mesmapode ser desenvolvida de for-ma expositiva ou argumentati-va. Nos concursos vestibularesa modalidade mais cobrada adissertao argumentativa, nes-se tipo de texto deve-se expres-sar uma opinio, um ponto devista, um julgamento sobre atemtica proposta.

No vestibular o texto deve,necessariamente, est divididoem: Introduo (Em um nicopargrafo - 1), Desenvolvimen-to (Em no mximo trs par-grafos) e a Concluso (tambmem um nico pargrafo - o l-timo). Ao longo dos encartes ve-

remos o que e como devemosconstruir cada uma dessas par-tes.

importante saber que amaioria dos vestibulares propeum tema, mas h algumas uni-versidades que trabalham tam-bm com o ttulo. Por isso in-teressante que o aluno saiba a di-ferena bsica entre TEMA eTTULO.

Tema o assunto sobre o qual se

escreve, ou seja, a idia que se-r defendida ao longo da dis-sertao. Deve-se ter o tema co-mo um elemento abstrato. Nun-ca se refira a ele como parte dadissertao, ou seja, no o rees-creva em seu texto.

Ttulo uma expresso, geralmen-

te curta e sem verbo, colocadaantes da dissertao. No se de-ve pular linha depois do ttulo.A colocao de letras maiscu-las no incio de todas as pala-vras, menos artigos, preposiese conjunes, facultativa.

Apesar de o ttulo ser impor-tante para uma dissertao, cui-

REDAOA DISSERTAO ARGUMENTATIVA

CONTINUA...

FRANCELIZAMONTEIRO

Professora colaboradora

Cedida


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PLANEJANDOA DISSERTAOAlguns temas, como drogas,

futebol, religio, poluio, ape-sar de bem objetivos, oferecemmuitas possibilidades de aborda-gem e devem ser analisados sobdiversos ngulos.

Entretanto, torna-se difcildesenvolver em uma nica re-dao todas as consideraes quedeterminados temas permitem,sem que isso resulte em um tex-to superficial, composto de con-ceitos e informaes genricas.Por essa razo, importante de-limitar o tema e centrar-se no

aspecto escolhido, para depoisreunir o maior nmero de dadospossvel para desenvolv-lo.A delimitao do tema, seguidade um levantamento de idiaspertinentes ao assunto e da or-

ganizao dos dados obtidos,consiste na primeira etapa pararedigir um bom texto.

Observe, a seguir, um exem-plo de como voc pode e deveplanejar seu texto.

Tema: ViolnciaAbordagens:

A Violncia nas grandescidades brasileira

A Violncia no campoA Violncia na famlia

Delimitaes do tema: A vio-lncia nas grandes cidades bra-sileira

Levantamento e organizao

dos dadosCausas:

Desemprego;Alta de uma educao de

qualidade;

Narcotrfico;Favelizao.

Consequncias:Morte de inocentes;Desestruturamento fami-

liar;Crianas vtimadas por ba-

las perdidas;Estado de guerra em alguns

locais da grandes cidades.

Possveis solues para di-minuir e/ou combater a polui-o do ar:

Investimento na educaopblica;

Gerao de emprego e ren-da;Maior e melhor policia-

mento;

Essa organizao permite que

se apresente no primeiro par-grafo a delimitao do tema (den-tre os vrios tipos de violncia se-r destacada a que ocorre nasgrandes cidades do Brasil); no de-senvolvimento estaro as causase as consequncias e, na conclu-so, as possveis solues paracombater esse tipo de violncia.

Procure praticar com os as-suntos abaixo

Corrupo no BrasilAids X adolescentesEducao no Brasil

Lembre-se: Isso so apenas di-

cas para que voc consiga sair-sebem na prova de redao, mas es-sas dicas de nada valem se vocno conhece o assunto. Portan-to, procure ler, informar-se e pra-ticar bastante.

dora de tev da RBS, emissora

de tev do Rio Grande do Sul.A chamada do artigo trazia as

seguintes frases:A GORDINHA

QUE A GALERA CURTE.Mauren Motta comanda

com sucesso um programa de

tev no Sul do pas - mesmo

Muita gente tem indagadocomo a gramtica cobrada emconcursos vestibulares e nasprovas do Enem.

Nos lt imos exames, a nor-ma padro (norma gramatical) explorada dentro de textos dediversos gneros, inclusiveaqueles que fazem parte do cha-mado padro coloquial (lin-guagem do dia-a-dia), afi nal vi-vemos entre textos, comuni-

camos atravs de textos, sejameles verbais - a palavra faladaou escrita -, ou no verbais - ges-tos, imagens, sons, etc.

Para i lustrar o exposto aci-ma, transcrevo uma questoque foi recentemente elabora-da pela equipe do Inep, rgodo Ministrio da Educao, vi-sando ao novo Enem:

Texto AA revista semanal Ana Ma-

ria - dedicada ao pblico fe-minino - na sua edio de n-

mero 391 enfocava em artigoo sucesso de uma apresenta-

PORTUGUSOS PRONOMES COMO ELEMENTOS DE COESO POR REMISSO

CONTINUA...

FRANCISCOBATISTAPEREIRA

Professor colaborador

Marcos Garcia


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vestibular Sbado, 3 de outub ro de 2009 7Jornal de Fato


com uns quilos a mais.

Texto BA revista Mundo Estranho,

publicao de curiosidades e en-tretenimento, na edio de ju-nho de 2004 apresentou umamatria intitulada "as dez maio-res gatas dos cartoons".

Na 7 posio f igurava She-Ra, irm gmea de um outro he-ri dos desenhos animados, He-man.

O texto sobre a sobre a per-sonagem, a certa altura, afirma-va:

"(...) She-Ra tinha o corpo

de uma Barbie, metida num mo-delito branco muito fashion, eaparece sempre cavalgando umunicrnio branco. O desenhoera to afetado que at virou umcone GLS*, verdade. Mas tu-do bem, as formas da heronaeram perfeitas, digna de um 7lugar no ranking."

(* Sigla, poca, para desig-nao de gays, lsbicas e sim-patizantes.)

I. Nos dois trechos em ne-grito, possvel subentenderum discurso preconceituoso.

II. Na passagem destacadano texto A, ocorre, ao f inal umaressalva.

III. Na passagem destacadano texto B, h uma relao ex-

plcita de causa e consequncia. correto o que se afirma em:a) I, II e II I.b) I e II, apenas.c) I e III, apenas.d) II e III, apenas.e) I, apenas.

O gabarito e o comentriodivulgados pela equipe foi es-te:

Alternativa A.

Comentrio:I. Texto A: "Mesmo com

uns quilos a mais" pode ser tra-

duzido como "ainda com unsquilos a mais / embora com unsquilos a mais", dando a enten-der que no seria natural umapessoa "com uns quilos a mais"poder comandar, com sucesso,um programa de tev.

Texto B: "Mas tudo bem" uma espcie de oposio queatenua o fato de a personagemmerecer o stimo lugar pelassuas formas perfeitas, mesmotendo virado um cone GLS.

Os dois trechos revelam,portanto, preconceito.

II. O trecho final do primei-ro texto, com o conector "mes-mo", indica uma oposio ar-

gumentativa fraca, concessiva,que chamamos de ressalva, com-preendendo uma ideia contr-ria a outra, mas incapaz devenc-la argumentativamente.

III. H uma relao expl-cita de causa e consequncia:

"Ser muito afetado (causa)Virar um cone GLS (con-

sequncia)

Como voc pecebeu, a ques-to acima aborda, alm da in-terpretao - que mui to exigi-da em provas dessa natureza - osaspectos gramaticais so tam-

bm abordados por via da nter-pretao.O item I da questo aponta

para o contedo gramatical in-titulado advrbio, conjunoeoraes adverbiais. Isso ficaclaro pela palavra mesmo. Almde funcionar como conjunoconcessiva, inicia uma expres-so concessiva. Nada de class-sif icao. A classif icao rara-mente pedida em provas de ves-tibulares. Somente em raassi-mas excees.

O item II versa sobre a res-salva, ou seja, uma concesso. Aconcesso, s para lembrar, ahiptese de um fato tentar im-pedir que outro ocorra, mas noimpede.

O item III a borda tambma gramtica, por meioda inter-pretao de sentido. A relo ex-pl icita est entre as duas oraescitadas no item III do comen-trio transcrito aqui.

Portanto, a importncia dese aprender a gramtica, antesde tudo, de fundamental ne-cessidade de se prestar ateno,mui ta ateno ao sentido que aspalavras ou expresses estabele-cem dentro dos textos. impor-tante ainda observar a inten-o da banca ao que se pede naquesto: na questo acima trans-crita, s se quer que o(a) candi-

dato(a) marque a alternativa queapresenta os itens corretos so-bre os comentrios acerca doque se enuncia nos dois tipos detextos.

H de se observar, ainda,que as questes podem ser in-terdiscipl inares: uma questode Portugus pode apresentarum contedo abordado emuma outra disciplina. Na qus-to acima, aborda-se o precon-ceito. Esse contedo faz parteda disciplina tica e Cidada-nia. Ento, muita ateno e boaprova!

A seguir, t ranscreveremos al-gumas questes de semelhan-tes aspectos aos da questo aci-ma para que voc exercite.


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vestibularSbado, 3 de outub ro de 20098 Jornal de Fato

Texto para as questes de 01 a 05GOLS DE COCURUTOO melhor momento do futebol pa-

ra um ttico o minuto de silncio. quando os times f icam perf ilados, cadajogador com as mos nas costas e maisou menos no lugar que lhes foi desig-nado no esquema - e parados. Ento ottico pode olhar o campo como se fos-se um quadro negro e pensar no fute-bol como alguma coisa lgica e diagra-mvel. Mas a comea o jogo e tudo de-

sanda. Os jogadores se movimentam eo futebol passa a ser regido pelo impon-dervel, esse inimigo mortal de qualquerestrategista. O futebol brasileiro j tevegrandes estrategistas cruelmente tra-dos pela dinmica do jogo. O Tim, porexemplo. Ttico exemplar, planejava to-do o jogo numa mesa de boto. Da en-trada em campo at a troca de camise-tas, incluindo o minuto de silncio. Foium tcnico de sucesso mas nunca con-seguiu uma reputao no campo altu-ra de sua reputao no vestirio. Falavaum jogo e o time jogava outro. O pro-blema do Tim, di ziam todos, era que seus

botes eram mais inteligentes do que seusjogadores.(L. F. Verssimo, "O Estado de So

Paulo", 23/ 08/ 93)

01"Foi um tcnico de sucesso mas nun-

ca conseguiu uma reputao no campo altura da sua reputao de vestirio."

Comeando a frase por:"Nunca conseguiu uma reputao no

campo altura da sua reputao de ves-tirio", para manter a mesma relaolgica expressa na frase dada inicialmen-te deve-se continuar com:

a) enquanto foi...b) na medida em que era...c) ainda que tenha sido...d) desde que fosse...e) porquanto era...

02Em "... cada jogador com as mos

nas costas e mais ou menos no lugarque lhes foi designado no esquema - e pa-rados", o autor usa o plural em "lhes" e"parados" porque:

a) ambas as palavras referem-se a "lu-gar", que est a por "lugares" (um paracada um).

b) associou "lhes" a "mos" e "para-dos" a "times".

c) antecipou a concordncia com"os jogadores se movimentam".

d) estabeleceu relao de concordn-cia entre "lhes" e "mos" e entre "para-dos" e "jogadores".

e) fez "lhes" concordar com o pluralimplcito em cada jogador (considera-dos todos um a um) e "parados", com "ostimes".

03As expresses que retomam, no tex-

to, o segmento "o melhor momento dofutebol" so:

a) os times ficam perfilados - a.b) quando - ento.c) a - os jogadores se movimentam.d) o ttico pode olhar o campo - a.e) quando - comea o jogo.

04No texto, a comparao do campo

com um quadro negro aponta:

a) o pessimismo do ttico em rela-o ao futuro do jogo.

b) um recurso utilizado no vesti-rio.

c) a viso de jogo como movimentocontnuo.

d) o recurso didti co preferido pelotcnico Tim.

e) um meio de pensar o jogo comoalgo previsvel.

05A tese que o autor defende a de

que, em futebol,

a) o planejamento ttico est sujeito interferncia do acaso.

b) a lgica rege as jogadas.c) a inteligncia dos jogadores que

decide o jogo.d) os momentos iniciais decidem co-

mo ser o jogo.e) a dinmica do jogo depende do

planejamento que o tcnico faz.

Exerccios

No perca, todos os sbados

NA PRXIMA EDIO

E TAM BM RESPOSTAS COMENTADAS DOS EXERCCIOS PUBLICADOS NESTE FASCCULO

Histria e Geografia

vestibular


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Mesmo com todas as dicas ainda es-t difcil decidir pelo curso que vai fazersua cabea pelos prximos 4 ou 5 anos?Quem sabe se fizermos uma espcie deentrevista ping-pong com um leitor ima-ginrio fique mais fcil identificar suasmaiores dvidas - e encontrar uma res-posta para elas. Abaixo seguem as 12 prin-cipais dvidas que tomam o sono de 8

entre 10 estudantes do Ensino Mdio.

1 - Como fao pra me decidir so-bre qual faculdade cursar?

Primeiramente no existe uma frmu-la mgica, isso uma questo de autoco-nhecimento e pesquisa. Voc deve pen-sar que, a pri ncpio, esta prof isso quevai lhe sustentar para o resto da vida (cla-ro que voc poder mudar o rumo desua vida profissional ao longo do tem-po, mas este o primeiro ponto a seranalisado). uma espcie de aposta nofuturo, onde devem ser pesados seus in-teresses nesta carreira, se as atividades des-

ta prof isso vo lhe dar satisfao e se seenquadram no seu estilo de vida. Porexemplo, no d pra escolher o Direitose voc gosta mesmo de praticar exer-ccios e esportes radicais... O ideal seinteirar sobre as diferentes carreiras e oque elas esperam deste profissional. Vo-c poder obter bastante informao emnosso Guia de Prof isses e tambm emProf isses do Futuro.

Ser que a carreira que eu es-colhi vai me trazer retorno no futu-ro?

Qual retorno voc procura?Finan-ceiro?Reconhecimento?Fama?Profis-

sionais afirmam que a melhor escolha a escolha que te faz feliz e que na maio-ria das vezes est associada ao prazer dese fazer o que gosta. Este o maior in-centivo para continuar se aperfeioan-do, se atualizando e estudando. O pro-fissional que tem reconhecimento e re-torno f inanceiro aquele que consegueenxergar novas oportunidades e se des-tacar dentre os outros e para isso pre-ciso ficar atento s chances de estgio eemprego.

Tenho algumas opes de cur-so em mente. Opto por aquela que

me identifico ou por aquela outra

que trar maior retorno financeiro?A resposta da pergunta anterior j

pode dar uma norteada nesses pensamen-tos. Qual o padro de vida que voc de-seja levar na sua vida adulta?Simples ouluxuosa?Isso deve ser pesado se o aspec-to financeiro muito importante paravoc, no entanto, especialistas recomen-dam que a escolha por um curso no se-

ja feita com base na moda ou no mo-mento atual do mercado de trabalho, poiseste est em constante mudana e aque-la carreira que voc gostava, e que deci-diu abandonar, pode ser uma boa opopara daqui 5 ou 10 anos.

Me interesso por diversas reasdo conhecimento. Como me deci-dir?

Conhecendo o dia a dia do profis-sional. As atividades que ele exerce em seucotidiano se encaixam em seu estilo devida?Isto lhe faria feliz e realizado co-mo prof issional? preciso pesar os prs

e os contras. Por exemplo: se voc adoraajudar as pessoas, mas tem medo de san-gue, Medicina no o caminho. Para co-nhecer melhor as prof isses e as ativida-des realizadas, consulte nosso Guia deProfisses. A seo Vida de Prof issionaltambm uma boa para voc ouvi r da bo-ca do prprio profissional aquilo queele v de melhor e de pior na carreiraque escolheu.

Nenhuma rea me atrai. Comoposso escolher?

No conseguir identif icar o que maisgosta no significa necessariamente noter interesse por nenhuma rea do co-

nhecimento. Por esta razo o trabalhodo estudante em se descobrir ser maior.Aqueles velhos testes psicolgicos podemte ajudar a direcionar seus pensamentos.Alguns deles voc pode encontrar na nos-sa seo Orientao Vocacional.

Como posso ter certeza de quefiz a escolha certa?

No existe deciso 100% certa, exis-te deciso acertada para o momento. Is-so no quer dizer que a sua escolha de-va ser feita como um tiro no escuro.Quanto mais voc se conhecer e conhe-cer a prof isso e as atividades que en-

volvem essa carreira, mais chances voc

tem de escolher um bom caminho. Nanossa seo Dirio de Universitrio vo-c pode ter ideia de como so algunscursos de faculdades reconhecidas in-ternacionalmente.

E se eu tomar a deciso errada?Errar natural e nenhuma escolha

definiti va. Optar por uma prof isso ago-

ra no significa que ela v fazer parte dasua realidade para o resto de sua vida. Oimportante no pensar que essa vai sera nica e ltima deciso que voc vai to-mar. Pessoas mudam de opini o e voctambm pode entrar nessa estatstica. Oimportante descobrir por que voc achaque no tomou a deciso certa. O cursono o que voc pensava?A universida-de no lhe agrada?A saudade da famlia- que pode estar longe - est pesando mui-to?Se o problema for mesmo no se iden-tificar com a profisso, o ideal desistire tentar encontrar outro curso que te dei-xe realizado. Para saber l idar melhor com

essa situao no deixe de ver nosso ar-tigo sobre Mudana de Curso.

Creio que no tenho habilida-de para o curso que escolhi. Que de-vo fazer?

Antes de tudo: voc tem certeza doque est dizendo?Habilidades so de-senvolvidas ao longo do curso e ao lon-go da vida. Quer estudar msica e no muito bom com instrumentos ou can-to?Quer fazer design, mas no leva jei-to para desenhar?Quer ser jornalista etem di ficuldade em escrever?Procure seavaliar para encontrar essas respostas an-tes de desistir do curso que sempre so-

nhou em fazer. D uma olhada em nos-so art igo sobre Habilidades Especf icas.

Meus pais acreditam que eu de-va seguir uma carreira quando naverdade quero outra completamen-te diferente. O que fazer?

Escute os argumentos de seus pais.Se depois de ouvir tudo o que eles tmpra dizer voc continuar acreditando queo seu caminho outro, faa prevalecer asua vontade. Pode parecer cmodo seguira tradio da famlia escolhendo a mes-ma prof isso do pai e trabalhar em seuescri tr io/ consultrio, mas se voc no

for feliz, nada disso ter valor.

AS PRINCIPAIS DVIDAS SOBRE A ESCOLHA DA PROFISSOORIENTAO VOCACIONAL


10/12


A crise poltica em Honduras quelevou deteno e ao exlio do presi-dente Manuel Zelaya pelo Exrcito dopas, neste domingo, teve origem num en-frentamento do mandatrio com os out-ros poderes estabelecidos do pas: o Con-gresso, o Exrcito e o Judicirio. A BBCpreparou uma srie de perguntas e re-spostas que ajudam a explicar como seproduziu a crise.

Qual a origem da crise?O presidente Manuel Zelaya queria

que as eleies gerais de 29 de novembro- quando seriam eleitos o presidente, con-gressistas e lideranas municipais - tivessemais uma consulta, sobre a possibili-dade de se mudar a Consti tuio do pas.

Segundo sua proposta, os eleitores de-cidiriam nessa consulta se desejavam quese convocasse uma Assembleia Consti-

tuinte para reformar a Carta Magna.Os crticos de Zelaya afi rmam que suainteno mudar o marco jurdico dopas para poder se reeleger, o que veta-do pela atual Constituio.

O que se planejava para este domin-go?

Seria uma consulta sobre a consulta.Os eleitores teriam que responder sim

ou no seguinte pregunta: "Est de a-cordo com que nas eleies gerais de no-vembro de 2009 se instale uma quartaurna para decidir sobre a convocao deuma Assembleia Constituinte que aproveuma nova Constituio poltica?".

O que decidiu o Congresso sobre aconsulta de domingo?

O Congresso hondurenho aprovouuma nova lei que regulamenta os refer-endos e os plebiscitos e invalida ju-ridicamente a consulta.

A nova legislao impede a realiza-o de consultas 180 dias antes e depoisdas eleies gerais.

O presidente do Congresso, RobertoMicheletti, que do mesmo partido queZelaya, o Partido Liberal, afirmou que aconsulta no teria validade jurdica e quepela atual Constituio ela seria consid-

erada um delito.A proposta de Zelaya era rechaada

por Micheletti, que afirma que o presi-dente pretendia se perpetuar no poder.

Zelaya pretendia se lanar can-didato reeleio

O mandato de Zelaya terminaria emjaneiro de 2010, e a atual Constituioveta a reeleio do presidente.

Zelaya, que foi eleito em 2005, ne-gou que pretendesse continuar no poderalm dos quatro anos para os quais foieleito.

Segundo ele, uma eventual mudanaconstitucional seria vlida apenas paraseus sucessores.

Qual a posio do Exrcito?

Zelaya destituiu o chefe do EstadoMaior Conjunto das Foras Armadas, ogeneral Romeo Vzquez, que havia se ne-gado a apoiar a logstica para a consultadeste domingo, declarada ilegal pelo Con-gresso.

Aps a demisso de Vzquez, o min-istro da Defesa, ngel Edmundo Orel-lana, e outros comandantes militares tam-bm renunciaram.

Porm a remoo de Vzquez orde-nada por Zelaya foi revertida na sexta-feira pela Suprema Corte de Justia, queaceitou dois recursos contra a decisodo presidente.

O Exrcito mobilizou na sexta-feiraefetivos para prevenir possveis distrbiospor parte de organizaes populares eindgenas, que apiam Zelaya.

ENTENDA A ORIGEM DACRISE EM HONDURAS

O presidente do Congresso, RobertoMicheletti, afirmou que a consultano teria validade jurdica

Os crticos de Zelaya afirmam que suainteno mudar o marco jurdicodo pas para poder se reeleger


11/12


Os candidatos do Enem (ExameNacional do Ensino Mdio) 2009foram pegos de surpresa com o adia-mento do Exame, previsto para os dias3 e 4 de outubro, onde mais de 4 mil-hes de participantes eram esperadosneste fim de semana para encarar umamaratona de dez horas de prova. Essenovo modelo desenvolvido pelo Min-istrio da Educao e Cultura passara integrar o processo seletivo de aprox-imadamente 55 Instituies de Ensi-no Superior de todo os pais, alm de serpr-requisito para quem quer disputaruma bolsa do Programa Universidadepara todos (ProUni).

Tire suas duvidas com informaesoficiais fornecidas pelos organizadoresdo Enem:

O que vai acontecer com a prova que

vazou?A prova do Enem (Exame Nacionaldo Ensino Mdio), 2009 que vazou dev-er se tornar um simulado, segundo oministro da Educao Fernando Haddad."As provas esto inutilizadas para efeitosoficiais e podem virar um simulado-teste,sem problemas", onde alunos de todo opais, podero responder como preparaopara a prxima prova do Enem.

Quando ser a nova data de apli-cao do Enem?

Ainda no tem nada def inido sobrea nova avaliao. Por enquanto, o Min-istro da Educao e o Insti tuto Nacionalde Estudos e Pesquisas Educacionais (In-ep), responsvel pela prova, prevem aefetivao das prximas datas para osprximos dias, depois de reorganizar alogstica.

Como os estudantes sero infor-mados da nova data?

Quando for definida a nova data, oInep vai informar aos estudantes pormeio da paginas do Enem na internet etambm pelo telefone celular informa-do no ato da inscrio.

Vai dar tempo de fazer outra pro-

va do Enem?O Inep e o Ministrio da Educao

e Cultura informaram que tem um ban-co de dados com perguntas prontas. As-sim, a nova prova s precisa ser impres-sa, mas j est elaborada. O processo deimpresso do Exame leva cerca de umms. A grfica tem de imprimir mais dequatro milhes de provas e com alguma

antecedncia do dia do exame, seno oscadernos no chegam a tempo para oscandidatos da Regio do Norte dos pais.

O cancelamento vai atrapalhar ocronograma dos vestibulares nas uni-versidades que usam o Enem comoprimeira fase?

De acordo com o ministro Fernan-do Haddad h uma folga no cronogra-ma do Enem, mas possvel que algunscalendrios tenham que ser alterados.Isto s poder ser conf irmado aps adefinio das datas. O MEC vai levarem considerao o calendrio dosvestibulares e dos feriados religioso paraque haja o menor prejuzo possvel aosestudantes. Mas como a data da provano foi def inida, no possvel preverse haver choque de datas entre as provas.

Existe algum telefone para que osestudantes possam tirar suas duvidas?

Sim. O estudante pode ligar para onumero 0800 6161 ou enviar um e-mailpara o [email protected].

Quando sair o resultado final?Em razo do adiamento, o resultado

final das provas, inicialmente previsto

para o dia 8 de janeiro, deve atrasarem cerca de um ms, afirmou o min-istrio.

De quem a culpa do vazamen-to do Enem 2009?

O MEC afirma que j acionou"Ministrio da Justia e a Policia Fed-eral no sentido de apurar eventuaisresponsabilidades criminais relativasao vazamento". Ou seja: os culpadosainda no tm nome.

Quem responsvel pela aplicaodo Enem?

O Inep fez uma licitao para a apli-cao do exame. O nico participante doprocesso foi o Connasel (Consorcio Na-cional de Avaliao e Seleo). O con-sorcio formado pela Consultec (Con-sultoria em Projetos Educacionais e Con-

cursos Ltda), Funrio (Fundao de Apoioa Pesquisa, Ensino e Assistncia) e Insti-tuo Cetro (Instituto Nacional de Edu-cao Cetro), com matr izes em Salvador,Rio de Janeiro e So Paulo, respectiva-mente. Procurado pela reportagem, oconsrcio, por meio de sua assessoriade imprensa, anunciou que no vai semanifestar sobre o assunto.

Os locais de provas continuam osmesmos?

No est definido. O MEC informaque os "inscritos sero comunicados o-portunamente pelos meios habituais daconfirmao da nova data e dos locaisde provas". Normalmente, o local de pro-va divulgado no site dos Correios epor SMS.

Como a prova ser adiada em 45dias, o resultado tambm ser? O ini-cio dos semestres letivos tambm seroadiados em 45 dias?

O resultado do Enem, que estava pre-visto para dezembro, ser adiado em umms. Ainda no possvel saber se os se-mestre letivos nas universidades que ado-tam o exame tambm sofrero atrasos. Adefinio dos calendrios letivos fica a car-go das instituies de ensino superior.

O ENEM FOI CANCELADO.TIRE SUAS DVIDAS!


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