Diego Soares Rocha

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TESIS

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    Pr-Reitoria de Graduao Curso de Biomedicina

    Trabalho de Concluso de Curso

    USO DA TCNICA DE TOMOGRAFIA

    COMPUTADORIZADA NA PRTICA ODONTOLGICA

    Autor:Diego Soares Rocha

    Orientadora:Prof.a Esp. Rafaela Ramos

    Braslia DF 2014

  • DIEGO SOARES ROCHA

    USO DA TCNICA DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NA

    PRTICA ODONTOLGICA

    Monografia apresentada ao curso de graduao

    em Biomedicina da Universidade Catlica de

    Braslia como requisito parcial para obteno do

    ttulo de Bacharel em Biomedicina.

    Orientadora: Prof.a Esp. Rafaela Ramos.

    Braslia

    2014

  • Monografia de autoria de Diego Soares Rocha, intitulada USO DA TCNICA DE

    TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NA PRTICA ODONTOLGICA, apresentada

    como requisito parcial para a obteno do grau de Bacharel em Biomedicina da Universidade

    Catlica de Braslia, em 20 de maio de 2014, defendida e aprovada pela banca examinadora

    abaixo assinada:

    ____________________________________________________

    Prof.a Esp. Rafaela Ramos

    Orientadora

    Curso de Biomedicina UCB

    _____________________________________________________

    Prof.MSc. ThyagoFressatti Mangueira

    Curso de Biomedicina UCB

    ____________________________________________________

    Prof.MSc. Thiago Borduqui Ferrari

    Curso de Fsica UCB

    Braslia

    2014

  • AGRADECIMENTOS

    Deus por ter me fornecido fora e sade para vencer mais esta etapa em minha vida.

    Aos meus pais, Francisco Rocha de Carvalho e Maria Bernadete Soares Rocha, pela

    fantstica criao que eles me deram, por acreditarem no meu potencial, e, principalmente,

    por me amarem incondicionalmente.

    s minhas irms mais velhas, Luciana e Daiane, por me ajudarem no comeo de cada

    etapa da minha vida, quando tudo era novo, e por contriburam para a pessoa que sou hoje.

    Aos meus amigos de sempre, pela amizade incomparvel, inestimvel, por estarem

    comigo h tanto tempo, por serem os de sempre.

    Aos amigos que a graduao me trouxe, Alan Viggiano Neto, Ana Paula Canturia,

    Andr Phelipy Barbosa, Diego Ramos, Jordan Barros, Erick Victor, Mariana Melo e Renata

    Cass, pelos dias de aulas mais divertidos, momentos de alegria, descontrao e parceria.

    minha namorada, Pauline Carvalho, pelo amor, carinho, compreenso e apoio no

    final do curso.

    Aos professores do curso, especialmente minha orientadora, Prof. Esp. Rafaela

    Ramos, por sua pacincia e auxlio na elaborao deste trabalho, e por contribuir para meu

    crescimento profissional.

    Meus sinceros agradecimentos.

  • RESUMO

    ROCHA, D. S. Uso da tcnica de tomografia computadorizada na prtica odontolgica.

    2014. 27 p. Biomedicina Universidade Catlica de Braslia, Braslia, 2014.

    O exame radiogrfico uma ferramenta indispensvel para as diferentes especialidades na

    Odontologia. No entanto, o diagnstico atravs de radiografias, por vezes, tem de ser

    complementado por outros mtodos diagnsticos. O presente trabalho tem como objetivo realizar

    uma reviso de literatura a respeito das principais possibilidades de aplicaes da Tomografia

    Computadorizada de Feixe Cnico (CBCT Cone Beam Computed Tomography) como mtodo

    de diagnstico por imagem na Odontologia, a fim de informar e atualizar o profissional da rea

    odontolgica a respeito desta tecnologia, incluindo informaes concernentes ao princpio fsico,

    formao da imagem, efeitos biolgicos e a distino entre a Tomografia Computadorizada

    Convencional e a CBCT. Foi comum a todos os autores citados que a CBCT, quando bem

    indicada, proporciona um diagnstico mais preciso e um planejamento do tratamento com maior

    confiabilidade, principalmente nos casos em que os exames radiogrficos geram dvidas. Alm

    disso, a dose de radiao menor na CBCT quando comparada com a Tomografia

    Computadorizada Convencional. Porm, a dose de radiao ainda mais elevada do que nas

    radiografias convencionais. Portanto, antes de solicitar uma CBCT, o cirurgio-dentista deve

    avaliar minuciosamente a relao custo-benefcio deste exame complementar. A deciso para a

    utilizao da CBCT na prtica odontolgica deve ser feita somente quando no forem obtidas

    informaes suficientes a partir de outros exames clnicos e radiogrficos convencionais para

    contribuir com o diagnstico e planejamento do tratamento.

    Palavras-chave: Diagnstico por Imagem. Tomografia Computadorizada de Feixe Cnico.

    Odontologia.

  • ABSTRACT

    ROCHA, D. S. Use of the technique of computed tomography in dental practice. 2014. 27

    p. Biomedicine Catholic University of Brasilia, Brasilia, 2014.

    Radiographic examination is an indispensable tool for the different specialties in Dentistry.

    However, sometimes diagnosis by radiographs has to be supplemented by other diagnostic

    methods. The present study aims to conduct a literature review about the main possible

    applications of Cone Beam Computed Tomography (CBCT) as a method of diagnostic imaging in

    Dentistry, in order to inform and update the dental professional regarding this technology,

    including information concerning physical principle, image formation, biological effects and the

    distinction between Conventional CT and CBCT. It was common to all the authors mentioned that

    CBCT, when properly indicated, provides a more accurate diagnosis and treatment planning with

    greater reliability, especially in cases which radiographic examinations raise doubts. In addition,

    CBCT radiation dose is lower when compared to Conventional CT. However, the doses of

    radiation still are higher than conventional radiographs and panoramic radiograph. Therefore,

    before ordering a CBCT, the dentist should thoroughly evaluate the cost-benefit of this

    complementary exam. The decision for the use of CBCT in dental practice should be made only

    when enough information hasnt been obtained from other clinical and convectional radiographic

    exams to contribute to the diagnosis and treatment planning.

    Keywords: Diagnostic Imaging. Cone-Beam Computed Tomography. Dentistry.

  • SUMRIO

    1 Introduo................................................................................................................. 4

    2 Reviso da literatura ................................................................................................. 6

    2.1 Histrico ............................................................................................................ 6

    2.2 Princpio fsico .................................................................................................. 7

    2.3 Formao da imagem ........................................................................................ 8

    2.3.1 Aquisio de dados ..................................................................................... 8

    2.3.2 Reconstruo da imagem. ........................................................................... 9

    2.3.3 Exibio, armazenamento e distribuio da imagem .................................. 9

    2.4 Efeitos biolgicos ........................................................................................... 10

    2.4.1 2.4.1 Efeitos diretos .................................................................................. 10

    2.4.2 2.4.2 Efeitos indiretos ............................................................................... 10

    2.5 Tomografia Computadorizada Convencional ................................................. 11

    2.6 Tomografia Computadorizada de Feixe Cnico ............................................. 12

    2.7 Aplicaes na ondontologia ............................................................................ 13

    2.7.1 2.7.1 Cirurgia buco-maxilo-facial ............................................................. 13

    2.7.2 Endodontia ................................................................................................ 13

    2.7.3 Ortodontia ................................................................................................. 14

    2.7.4 Implantodontia .......................................................................................... 14

    2.7.5 Periodontia ................................................................................................ 15

    2.7.6 Clnica Geral ............................................................................................. 15

    3 Material e mtodos ................................................................................................. 16

    4 Discusso ................................................................................................................ 17

    5 Concluso ............................................................................................................... 22

    6 Referncias bibliogrficas ...................................................................................... 23

  • 4

    1 INTRODUO

    A radiologia odontolgica uma ferramenta indispensvel para diagnstico,

    planejamento e acompanhamento do tratamento das doenas bucais. Durantes muitos anos, o

    diagnstico por imagem na odontologia se baseou apenas em radiografias convencionais, que

    fornecem imagens bidimensionais de estruturas tridimensionais. Todavia, o diagnstico por

    imagem na odontologia passou por grandes avanos tecnolgicos nos ltimos quinze anos.

    Atualmente, quando falamos em diagnstico odontolgico por imagem estamos nos

    referindo a uma rea que abrange no apenas a radiologia convencional, mas tambm outras

    tcnicas como a radiologia digital, ultra-sonografia, tomografia computadorizada e

    ressonncia magntica (ABO, 2008; HECHLER, 2008; RIBEIRO-ROTTA, 2004).

    A radiografia convencional o exame mais utilizado na gesto de problemas bucais

    por ser de fcil aquisio e fornecer imagens favorveis aos cirurgies-dentistas com alta

    resoluo e detalhes, alm de ser um exame de baixo custo e envolver uma baixa dose de

    radiao, sendo imprescindvel em reas como Cirurgia buco-maxilo-facial, Endodontia,

    Ortodontia e Implantodontia. Apesar de sua ampla aplicabilidade, a quantidade de informao

    obtida limitada pelo fato de a anatomia tridimensional ser comprimida em uma imagem

    bidimensional, prejudicando a elaborao do diagnstico devido sobreposio das estruturas

    anatmicas. H tambm outras limitaes como a distoro geomtrica e o rudo anatmico.

    Assim, o diagnstico atravs de radiografias, por vezes, tem de ser complementado por outros

    mtodos diagnsticos (DURACK et al., 2012; PATEL et al., 2007; PATEL et al., 2009a).

    A tomografia computadorizada um mtodo de diagnstico radiogrfico que produz

    imagens tridimensionais a partir de uma srie de imagens seccionais bidimensionais,

    eliminando desta forma a sobreposio das estruturas anatmicas (CAVALCANTI, 2008;

    PATEL et al., 2009a; RODRIGUES, M. G. S. et al., 2010).

    A tomografia computadorizada foi criada no comeo da dcada de 1970 pelo Dr.

    Godfrey Newbold Hounsfield, e rapidamente foi introduzida na prtica mdica. Sua aplicao

    na odontologia se limitou a casos especiais pelo fato dela no ter sido desenvolvida

    especificamente para a odontologia. Desde a dcada de 1980, a odontologia tem se

    beneficiado da Tomografia Computadorizada Convencional, mas foi a CBCT que melhor

    atendeu as necessidades da odontologia. Como resultado, a CBCT substituiu a Tomografia

    Computadorizada Convencional na prtica odontolgica por ser projetada especificamente

  • 5

    para a regio dento-maxilo-facial e fornecer imagens de alta preciso com uma dose de

    radiao menor (ABO, 2008; LOUBELE et al., 2009; PATEL et al., 2009a; RODRIGUES,

    A. F. et al., 2007; SEERAM, 2010).

  • 6

    2 REVISO DA LITERATURA

    2.1 HISTRICO

    Em 8 de novembro de 1895, o fsico Wilhelm Conrad Rntgen, observando um

    estranho fenmeno enquanto trabalhava com raios catdicos, descobriu um novo tipo de

    radiao, que denominou de raios-X por desconhecer a origem. Em 28 de dezembro de 1895,

    Rntgen entregou um relatrio preliminar sobre a sua descoberta Sociedade Fsica Mdica

    de Wurzburg, acompanhado de radiografias experimentais, entre elas a da mo de sua esposa.

    Rntgen recebeu o prmio Nobel de Fsica em 1901 por sua descoberta (CIERNIAK, 2011).

    Cerca de 20 dias aps a comunicao de Rntgen Sociedade Fsica Mdica de

    Wurzburg, Dr. Otto Walkhoff fez a primeira radiografia intra-oral, empregando uma placa

    fotogrfica de vidro envolta em papel preto. A radiografia foi tomada de sua prpria boca com

    um tempo de exposio de 25 minutos (ALVARES et al., 2000; PASLER et al., 2006).

    As radiografias foram primeiramente utilizadas no diagnstico odontolgico pelo Dr.

    Charles Edmund Kells. Em 1899, ele publicou um artigo sobre a importncia de se usar

    ngulos corretos e posies padronizadas para os filmes radiogrficos (FREITAS et al., 2004).

    Em 1917, o matemtico Jhann Radon afirmou que a imagem de uma estrutura

    tridimensional poderia ser obtida a partir de um conjunto infinito de suas projees em duas

    dimenses e desenvolveu algoritmos para a reconstruo da imagem, um trabalho apenas

    terico (CIERNIAK, 2011; PARKS, 2000).

    Em 1956, o fsico Allan MacLeod Cormack comeou a trabalhar com reconstruo de

    imagem a partir de projees de raios-X. Ele publicou seu trabalho no comeo da dcada de

    1960, porm recebeu pouca ateno pela comunidade cientfica na poca (CIERNIAK, 2011;

    PARKS, 2000; SEERAM, 2010).

    Em 1967, o engenheiro Godfrey Newbold Hounsfield comeou a trabalhar no primeiro

    aparelho de tomografia computadoriza, desenvolvido para imagens da cabea, sendo o

    trabalho de Comark.fundamental para o desenvolvimento desta tecnologia. Hounsfield

    recebeu um prmio Nobel de Fisiologia e Medicina pelo desenvolvimento da tomografia

    computadorizada em 1979, no qual ele dividiu com Cormack (CIERNIAK, 2011; PARKS,

    2000; SEERAM, 2010).

  • 7

    O primeiro aparelho de tomografia computadorizada para imagens do corpo inteiro foi

    desenvolvido em 1974 pelo Dr. Robert Ledley, professor de radiologia, fisiologia e biofsica

    da Universidade de Georgetown. Os primeiros aparelhos, conhecidos como Tomografia

    Computadorizada Slice-by-Slice, levavam muito tempo para examinar o paciente, logo, se

    tornou um desafio realizar exames mais rpidos sem comprometer a qualidade da imagem

    (SEERAM, 2010).

    Em 1989, o fsico mdico Willi Kalender introduziu a idia de examinar o paciente

    continuamente para cobrir mais tecido em menos tempo, ao invs de examinar fatia por fatia.

    Esses aparelhos se tornaram conhecidos como Tomografia Computadorizada

    Helicoidal/Espiralou Tomografias Computadorizadas Volumtricas, por que sua velocidade

    de cobertura de volume era bem mais rpida do que a Tomografia Computadorizada Slice-by-

    Slice (PROKOP et al., 2002; SEERAM, 2010).

    Em 1998, um grupo de pesquisadores da Universidade de Verona apresentou um novo

    aparelho de Tomografia Computadorizada Volumtrica para imagens odontolgicas baseada

    na tcnica de feixe em forma de cone, denominadas Tomografia Computadorizada de Feixe

    Cnico (ABO, 2008; LOUBELE et al., 2009; PATEL et al., 2009b).

    Em outubro de 2013, no Festival della Scienza em Genova, Itlia, os inventores da

    CBCT, Piero Mozzo, AttilioTacconi, Daniele Godi e Giordano Ronca receberam um prmio

    por esta inveno revolucionria que mudou o panorama da radiologia odontolgica no

    mundo (RIZZATO, 2013).

    2.2 PRINCPIO FSICO

    Na tomografia computadorizada, quando o feixe passa atravs do paciente, ele

    atenuado de acordo com a Lei de Lambert-Beer, expressa como:

    I I0 ex

    Nesta equao, I0 a intensidade da radiao incidente, I a intensidade da radiao residual,

    x a espessura do objeto, e o coeficiente de atenuao linear do material (HSIEH, 2009;

    SEERAM, 2010).

    Um problema que se pode imaginar na tomografia computadorizada calcular

    diferentes em todo o corte transversal. evidente que objetos com maiores atenuam mais

    ftons dos raios-X do que objetos com menores . Por exemplo, o do osso maior do que

  • 8

    os dos tecidos moles, o que indica que mais difcil para os ftons de raios-X penetrarem nos

    ossos do que nos tecidos moles. Considerando que o feixe de raios-X passa por tecidos

    distintos com diferentes, o de todo o corte transversal s poder ser calculado se

    dividimos a rea de interesse em elementos menores, denominados de voxels. Quando os

    tamanhos dos voxels forem suficientemente pequenos, cada voxel pode ser considerado como

    um material com um especfico. Ento, os de todo o corte transversal pode ser calculado

    uma vez que a equao vlida para descrever a intensidade da radiao incidente e a

    intensidade da radiao residual de cada voxel, partindo do princpio que a intensidade da

    radiao residual do primeiro voxel a intensidade da radiao incidente do voxel seguinte,

    logo, a equao pode ser aplicada repetitivamente (HSIEH, 2009).

    Isso representado matematicamente como:

    I I0 e

    x

    e

    x

    e

    x en

    x = I0 e

    n=1

    nx

    2.3 FORMAO DA IMAGEM

    Analisando de uma forma geral, existem trs etapas para a formao de uma imagem

    de tomografia computadorizada: aquisio de dados, reconstruo da imagem e exibio,

    armazenamento e distribuio da imagem (SEERAM, 2010).

    2.3.1 Aquisio de dados

    Os principais componentes para aquisio de dados so o tubo de raios-X, filtro,

    colimador, detectores e conversor de sinal analgico para digital (SEERAM, 2010).

    O tubo de raios-X e os detectores giram simultaneamente em torno do paciente e

    coletam dados provenientes da atenuao dos feixes de raios-X. O filtro permite moldar os

    feixes de raios-X, eliminando os ftons de energia mais fraca. Isso cria um feixe mais

    uniforme que reduz a dose de radiao para o paciente e melhora a imagem. O colimador

    restringe os feixes de raios-X para a rea de interesse, reduzindo assim a disperso da

    radiao. Os detectores so cristais de cintilao acoplados a um fotodetector. Os cristais de

    cintilao captam os raios-X que no foram atenuados e os convertem em luz, e o foto

    detector vai obter o sinal eltrico (analgico). Esse sinal convertido em sinal digital e

    enviado para o computador para a reconstruo da imagem (ROMANS, 2011; SEERAM,

    2010).

  • 9

    2.3.2 Reconstruo da imagem.

    Dependendo da orientao do feixe, os raios-X vo atenuar de maneira diferente ao

    passar pelo paciente, formando um perfil de atenuao. evidente que uma projeo em uma

    nica direo no suficiente para a determinao da distribuio espacial das estruturas da

    rea de interesse. Para isso, necessrio irradiar o paciente em todas as direes, obtendo

    vrias projees com perfis de atenuaes diferentes (BUZUG, 2008).

    De um ponto de vista matemtico, reconstruo de imagens em tomografia

    computadorizada a tarefa de calcular a estrutura espacial de um objeto a partir de suas

    projees. Isto realizado atravs de um computador que utiliza algoritmos de reconstruo

    para resolver diversas equaes matemticas necessrias para transformar as informaes

    adquiridas pelos detectores em informaes adequadas para exibio da imagem (BUZUG,

    2008; ROMANS, 2011).

    2.3.3 Exibio, armazenamento e distribuio da imagem

    A imagem reconstruda pode ser exibida para visualizao em um monitor de

    computador, gravados em pelcula, caso seja necessrio, ou armazenados em fitas magnticas

    ou discos pticos. Esta imagem tambm pode ser enviada para os Sistemas de Arquivamento

    e Distribuio de Imagens (PACS Picture Archiving and Communication Systems)

    (SEERAM, 2010).

    A imagem digital uma matriz de nmeros, geralmente com dimenses 512 x 512 ou

    1024 x 1024. Esses nmeros so obtidos a partir desta equao:

    CT number = [K (voxel - gua)]/gua

    O de cada voxel convertido para um nmero inteiro (CT number), quantificado em

    Unidades de Hounsfield. O software atribui tons de cinza para os nmeros que esto dentro de

    um intervalo selecionado dentro de uma escala que varia de 1000 HU (densidade do ar) a +

    1000 HU (densidade da cortical ssea). Todos os valores acima do intervalo selecionado

    aparecem em branco, e quaisquer valores inferiores aparecem em preto. O tamanho intervalo

    a Largura da Janela e o centro do intervalo o Nvel da Janela. A Largura da Janela

    seleciona quantos tons de cinzas so representados e o Nvel da Janela seleciona quais os

    valores de Unidades Hounsfield so exibidos como tons de cinza. medida que aumenta a

    Largura da Janela, o contraste diminui, por que mais tons de cinzas so representados. Com o

    aumento do Nvel da Janela, o brilho da imagem diminui, porque mais CT numbers menores

  • 10

    so exibidos. Estas janelas podem ser movidas ao longo da escala para melhorar a imagem,

    adequando a imagem para a visualizao da rea de interesse (GOLDMAN, 2007; HSIEH,

    2009; SEERAM, 2010).

    O computador capaz de reconstruir os cortes axiais originais, obtendo imagens

    em outros planos do espao, como os planos coronais e sagitais, sem a necessidade de expor

    novamente o paciente radiao. Este recurso presente nos softwares dos tomgrafos

    denomina - se reconstruo multiplanar (GARIB et al., 2007).

    2.4 EFEITOS BIOLGICOS

    Os efeitos biolgicos consistem na resposta natural do organismo a um agente agressor e

    no constituem necessariamente em doena. Os efeitos biolgicos da radiao ionizante podem

    ser estocsticos ou determinsticos. A principal diferena entre eles que os efeitos estocsticos

    causam a transformao celular enquanto que os determinsticos causam a morte celular. A

    probabilidade de ocorrncia e a severidade do dano esto diretamente relacionadas com o

    aumento da dose (AZEVEDO, 2010).

    Tende-se a pensar de efeito biolgico como o efeito da radiao sobre as clulas, mas na

    verdade a radiao ionizante s interage com os tomos por do processo de ionizao, que a

    remoo de eltrons de suas rbitas, gerando eltrons livres e deixando ncleos carregados

    positivamente. Todo efeito biolgico conseqncia da interao da radiao com os tomos que

    formam as clulas. Existem dois mecanismos pelos quais a radiao acaba afetando clulas. Estes

    dois mecanismos so comumente chamados de efeitos diretos e indiretos (USNRC, 2012).

    2.4.1 2.4.1 Efeitos diretos

    Se a radiao interage com os tomos da molcula de DNA, ou de algum outro

    componente celular crtico para a sobrevivncia da clula, referido como um efeito direto. O

    DNA extremamente importante para a vida da clula e a vida de todo o organismo. Se a

    radiao interagir com as molculas de DNA, pode acontecer a quebra das molculas. Se a

    clula conseguir reparar os danos, ela sobreviver, caso contrrio, morrer. Ao tentar reparar

    os danos, a clula pode passar a apresentar uma mutao gentica ou um comprometimento

    dos cromossomos (TURNER, 2007; USNRC, 2012).

    2.4.2 2.4.2 Efeitos indiretos

    A probabilidade de a radiao interagir com a molcula de DNA muito pequena,

    uma vez que este componente representa uma pequena parte da clula. Por outro lado, a

    probabilidade da radiao interagir com o citoplasma, que basicamente gua, bem maior

  • 11

    por representar grande parte da clula. Quando a radiao interage com a gua, ela quebra

    suas ligaes de hidrognio, produzindo fragmentos de hidrognio (H) e hidroxilas (OH).

    Esses fragmentos podem se recombinar, tornando-se gua novamente, ou outros compostos

    txicos para a clula, como perxido de hidrognio (H2O2), que pode contribuir para a

    destruio da clula (USNRC, 2012).

    2.5 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CONVENCIONAL

    O sistema de tomografia computadorizada vem evoluindo desde a sua criao, logo,

    existe vrios tipos de tomgrafos que se diferenciam a partir do seu tipo de varredura.

    Atualmente, os tomgrafos so capazes de examinar um grande volume de tecido

    rapidamente. Isso possvel atravs da tecnologia slip-ring, que permite que o tubo de raios-

    X e os detectores girem continuamente em torno do paciente, enquanto a mesa movimenta o

    paciente atravs do gantry. Esses tomgrafos so conhecidos como Tomografia

    Computadorizada Single-Slice (SSCT) e Multislice (MSCT). A MSCT est cada vez mais

    difundida, enquanto a SSCT tem se tornado obsoleta (SEERAM, 2010).

    A principal diferena entre SSCT e MSCT est relacionada ao equipamento. O

    conjunto de detectores na SSCT disposto em uma nica fileira, adquirindo projees de um

    nico corte por rotao do gantry. J a MSCT apresenta um conjunto de detectores que so

    dispostos em vrias fileiras, permitindo examinar 4, 8, 16, 32, 64, 128 e 256 cortes

    simultaneamente, adquirindo uma maior quantidade de dados por rotao do gantry

    (ROMANS, 2011; SEERAM, 2010).

    A geometria do feixe de raios-X na SSCT a fan beam. Os ftons de raios-X que

    saem do tubo so colimados para a forma de um leque de espessura fina. Na SSCT, a

    colimao afeta tanto o volume de tecido examinado por tempo quanto resoluo espacial.

    Uma colimao de espessura mais grossa prefervel para examinar um grande volume de

    tecido rapidamente, enquanto uma colimao de espessura mais fina desejvel para obter-se

    uma melhor resoluo espacial (HU, 1999).

    Na MSCT, o feixe de raios-X colimado em forma de cone, este feixe denominado

    de cone beam. O uso de mltiplos detectores permite que o feixe total de raios-X, prescrito

    pela colimao, seja subdividido em vrios feixes ao atingir os detectores. Enquanto a

    colimao do feixe relaciona-se com o volume de tecido examinado, o conjunto de detectores,

    em vez da colimao, relaciona-se com a espessura do corte, determinado a resoluo espacial

    (HU, 1999; ROMANS, 2011).

  • 12

    2.6 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CNICO

    A CBCT um mtodo de diagnstico por imagem tridimensional moderno, projetado

    especificamente para a regio dento-maxilo-facial. Ela tem suas origens na Tomografia

    Computadorizada Convencional, no entanto, a CBCT se difere em aspectos fundamentais que

    a aperfeioam para imagens odontolgicas (DURACK et al., 2012).

    O pioneirismo desta tecnologia cabe aos italianos Mozzo et al. (1998) da Universidade

    de Verona. Eles apresentaram os resultados preliminares de um novo aparelho de

    Tomografia Computadorizada Volumtrica para imagens odontolgicas baseado na tcnica de

    feixe em forma de cone, batizado como NewTom-900. Eles reportaram alta preciso das

    imagens assim como uma dose de radiao equivalente a 1/6 da liberada pela Tomografia

    Computadorizada Convencional.

    Alm disso, o aparelho menor e custa aproximadamente 1/4 a 1/5 do preo da

    Tomografia Computadorizada Convencional. O software necessrio para a reconstruo de

    dados na CBCT pode ser executado em computadores pessoais, tornando a CBCT bem

    adequada para uso na prtica odontolgica, como ferramenta de diagnstico e planejamento

    do tratamento (DURACK et al., 2012; PATEL et al., 2007; PATEL et al., 2009b; SCARFE et

    al., 2008).

    A aquisio de dados na CBCT feita em uma nica rotao do gantry. O paciente

    pode ficar sentado ou em p, enquanto o tubo de raios-X e os detectores giram

    simultaneamente 180 - 360 em torno de sua cabea (PATEL et al., 2007; PATEL et al.,

    2009b).

    Diferentemente da Tomografia Computadorizada Convencional, os feixes de raios-X

    so emitidos de forma pulstil na CBCT. O exame dura aproximadamente 10 a 40 segundos,

    dependendo do equipamento e dos parmetros selecionados, logo, o tempo real que o paciente

    fica exposto radiao pode ser to pequeno quanto 2 a 5 segundos (DURACK et al., 2012;

    PATEL et al., 2007; PATEL et al., 2009b).

    Alm disso, o aparelho menor e custa aproximadamente 1/4 a 1/5 do preo da

    Tomografia Computadorizada Convencional. Ainda, o software necessrio para a

    reconstruo de dados na CBCT pode ser executado em computadores pessoais, tornando a

    CBCT bem adequada para uso na prtica odontolgica (DURACK et al., 2012; PATEL et al.,

    2007; PATEL et al., 2009b; SCARFE et al., 2008).

  • 13

    2.7 APLICAES NA ONDONTOLOGIA

    A CBCT tem muitas aplicaes na Odontologia, principalmente, nas reas de Cirurgia

    buco-maxilo-facial, Endodontia, Ortodontia e Implantodontia, no qual as radiografias

    convencionais podem ser insuficientes para fornecer todas as informaes necessrias para a

    avaliao do paciente, diagnstico e planejamento do tratamento (GARIB et al., 2007;

    RODRIGUES, A. F. et al., 2007).

    2.7.1 2.7.1 Cirurgia buco-maxilo-facial

    A avaliao radiolgica uma ferramenta diagnstica essencial e obrigatria nas

    cirurgias buco-maxilo-faciais, evidenciando de maneira precisa o local cirrgico, as reas

    adjacentes e as estruturas anatmicas vitais envolvidas. O emprego da CBCT no campo da

    cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, vasto, podendo citar como exemplos o

    planejamento de cirurgia ortogntica, instalao de implantes intrasseos, avaliao e

    remoo de dentes impactados ou supranumricos, remoo de cistos e tumores e fraturas

    faciais (CASSELMAN et al., 2009; CAVALCANTE et al., 2012).

    Em cirurgias ortognticas, sub-especialidade da cirurgia buco-maxilo-facial que tem

    como objetivo principal a correo das deformidades dento-faciais, nos quais interferem na

    aparncia esttica dos pacientes e comprometem muitas vezes o funcionamento correto dos

    maxilares, a CBCT melhora a compreenso diagnstica e constitui uma importante ferramenta

    no planejamento pr e ps-operatrio, sendo vital o modelo de crnio virtual em 3D

    (ALAMRI et al., 2012; ARAJO et al., 2005).

    2.7.2 Endodontia

    O conhecimento da anatomia do canal radicular um pr-requisito indispensvel para

    o sucesso do tratamento endodntico. A CBCT pode ser utilizada para visualizar a morfologia

    radicular e a topografia ssea em trs dimenses, assim como o nmero de canais radiculares.

    Tais informaes no so prontamente identificveis com as radiografias periapicais, devido a

    sobreposies das estruturas anatmicas (CAVALCANTI, 2010; COSTA, 2009; COTTON et

    al., 2007; MICHETTI et al., 2010).

    A CBCT uma ferramenta til para o diagnstico de leses periapicais, avaliando de

    maneira precisa a forma, extenso e localizao das leses; diagnstico de fraturas

    radiculares, onde a exata natureza e gravidade destas leses podem ser avaliadas a partir de

    apenas um exame sem sobreposio e distores; diagnstico de reabsores radiculares,

    sendo possvel realizar o diagnstico precoce e diferenciar reabsoro interna de externa,

  • 14

    melhorando o prognstico (BERGENHOLTZ., 2010; BERNARDES et al., 2009; DURACK

    et al., 2012; PATEL et al., 2007; PATEL et al., 2009b; SCARFE et al., 2008;

    VANDENBERGHE et al., 2008).

    2.7.3 Ortodontia

    Ortodontia uma especialidade odontolgica responsvel pela preveno. Diagnstico

    e tratamento dos problemas das disfunes dento-faciais. As deformidades faciais em

    conjunto com as ms ocluses dentrias so relativamente comuns e podem trazer grandes

    complicaes aos indivduos em relao qualidade de vida (CAVALCANTI, 2010;

    VELLINI-FERREIRA et al., 2012).

    A anlise cefalomtrica obtida atravs de telerradiografia lateral o exame principal

    para o diagnstico, planejamento e acompanhamento do tratamentos ortodnticos. Com o

    advento da CBCT, a cefalometria tridimensional tornou-se vivel na prtica ortodntica,

    possibilitando uma avaliao tridimensional pr e ps-ortodntica das relaes dentrias e

    esquelticas (ALAMRI et al., 2012; SCARFE et al., 2006; SWENNEN et al., 2006).

    A CBCT tambm uma ferramenta til na prtica ortodntica para a avaliao de

    dentes inclusos e caninos impactados, e para a instalao de mini-implantes de ancoragem

    ortodntica (ALAMRI et al., 2012; GARIB et al., 2007).

    2.7.4 Implantodontia

    Um grande avano teraputico na odontologia foi a osseointegrao, que consiste na

    unio do osso com o implante de titnio, possibilitando devolver aos indivduos desprovidos

    de dentes a funo mastigatria, por meio de reabilitao prottica, suportada por pilares

    metlicos, conhecidos como implantes dentrios (SALIBA, 2005).

    Antigamente, o planejamento para implante dentrio era realizado com radiografia

    convencional, contando com o auxlio da Tomografia Computadorizada Convencional

    (ALAMRI et al., 2012; FREITAS et al., 2004).

    A CBCT se tornou o mtodo de escolha em implantodontia por fornecer imagens com

    mnima distoro e dose de radiao significantemente reduzida em comparao

    Tomografia Computadorizada Convencional. Os implantodontistas tm utilizado a CBCT

    rotineiramente por proporcionar informaes sobre a densidade do osso, a forma do alvolo e

    as dimenses do local do implante dentrio. Isto melhorou o sucesso clnico dessas prteses e

  • 15

    levou a resultados mais precisos e estticos na reabilitao oral (ALAMRI et al., 2012; KAU

    et al., 2005).

    2.7.5 Periodontia

    A Periodontia a especialidade odontolgica responsvel por prevenir, diagnosticar e

    tratar doenas do sistema de implantao e suporte dos dentes. O periodonto compreende o

    cemento, o ligamento periodontal e osso alveolar (CARRANZA et al., 2012).

    O diagnstico na periodontia se baseia principalmente em representao

    bidimencional do osso alveolar por radiografias periapicais e panormicas. A utilizao da

    CBCT para aplicaes periodontais ainda est em andamento. O campo de interesse para o

    uso em periodontia seria na avaliao de defeitos periododontais intrasseos, defeitos de

    fenestraes e deiscncias e leses de furcao (CORREIA et al., 2012; MOHAN et al.,

    2011).

    2.7.6 Clnica Geral

    A crie dentria um dos problemas mais comuns encontrados na clnica

    odontolgica. A radiografia intra-oral um mtodo estabelecido para diagnstico de crie,

    especialmente para cries proximais que so difceis de identificar por meio de inspeo direta

    (PARK et al., 2011; ZHANG et al., 2011).

    A CBCT no se justifica para uso na deteco de crie oclusal, uma vez que a dose de

    radiao maior do que as radiografias intra-orais, com nenhuma informao adicional

    adquirida. No entanto, mostrou-se til na avaliao de cries proximais e sua profundidade,

    mesmo assim, o uso da CBCT em vez de radiografia convencional para o diagnstico de

    cries contra-indicado (ALAMRI et al., 2012; PARK et al., 2011).

  • 16

    3 MATERIAL E MTODOS

    Para entender a utilidade clnica da tcnica de tomografia computadorizada na prtica

    odontolgica, foi realizada uma pesquisa bibliogrfica, que envolve um levantamento

    bibliogrfico preliminar, formulao do problema, busca das fontes, leitura do material,

    fichamento, organizao lgica do assunto, redao do texto, entre outras etapas propostas por

    Gil (2010).

    A pesquisa bibliogrfica foi desenvolvida a partir de literatura cientfica obtida atravs

    da consulta a bancos de dados cientficos, por meio dos seus sistemas de busca, utilizando

    como descritores as palavras-chave diagnostic imaging, cone-beam computed

    tomography e dentistry.

  • 17

    4 DISCUSSO

    Segundo Dolekoglu et al. (2010), a CBCT est se tornando uma ferramenta popular na

    prtica odontolgica moderna. Os autores relataram um caso de fratura maxilo-facial em um

    paciente traumatizado, no qual a cefalometria bidimensional no revelou nenhuma fratura; a

    radiografia panormica mostrou uma fratura condilar bilateral e pde ser claramente detectado

    uma fratura na regio do incisivo mandibular esquerdo. Utilizando a CBCT, cortes

    transversais demonstraram duas linhas de fratura verticais no osso alveolar entre os dentes 14,

    15 e 17, 18. Tambm foi possvel observar uma fratura da raiz palatina do dente 18, assim

    como as fraturas visualizadas pela radiografia panormica. Os autores concluram que a

    CBCT tornou possvel a obteno de informaes mais detalhadas para o diagnstico de

    fraturas maxilo-faciais e dento-alveolares.

    Para Danforth et al. (2003), terceiros molares impactados complexos apresentam um

    potencial para complicaes no tratamento. O diagnstico nesses casos deve ser feito de tal

    maneira que ajude na tomada de decises e melhore o resultado do tratamento. Estes autores

    realizaram um artigo com a inteno de apresentar dois relatos de casos exemplificando como

    a CBCT est sendo utilizada no diagnstico e no planejamento do tratamento de terceiros

    molares impactados. Em ambos os casos as radiografias panormicas no forneceram

    informaes suficientes sobre a relao dos pices radiculares com o canal mandibular,

    levantando preocupaes de que os pices estivessem em contato com o canal mandibular e

    de que um dano ao nervo pudesse acontecer durante a cirurgia. Nas imagens de CBCT foi

    possvel observar que os pices estavam em contato com o canal mandibular e que o nervo

    alveolar inferior estava envolto das razes dos terceiros molares. Os autores concluram que a

    CBCT benfica tanto para a avaliao pr-operatria quanto para a avaliao de risco

    cirrgico, e que a CBCT uma opo alternativa Tomografia Computadorizado

    Convencional para planejamento cirrgico de remoo terceiro molares impactados

    complexos por fornecer imagens tridimensionais com menor dose de radiao.

    Patel et al. (2009b) afirmaram em seu trabalho que as leses periapicais podem ser

    detectadas mais cedo atravs da CBCT do que com a radiografia periapical. Segundo os

    autores, a CBCT pode ser considerada padro-ouro com elevada sensibilidade e

    especificidade para averiguar a presena ou ausncia de leses periapicais, desde que a dose

    de radiao seja mantida to baixa quanto razoavelmente possvel, partindo do princpio que

  • 18

    as radiografias periapicais no forneceram informaes suficientes para permitir a gesto

    adequada da leso endodntico.

    Bornstein et al. (2009) realizaram um estudo com o objetivo de comparar as

    radiografias intra-orais com a CBCT no diagnstico de fraturas radiculares em dentes

    permanentes, levando em conta a localizao e a angulao destas fraturas. Participaram deste

    estudo 38 pacientes, um total de 44 dentes permanentes com fratura radicular horizontal. As

    radiografias intra-orais e as imagens sagitais da CBCT foram utilizadas para avaliar a

    localizao (tero apical, tero mdio e tero cervical da raiz) da linha de fratura. Os

    resultados mostraram que nas radiografias intra-orais, 28 fraturas (63,6%) foram localizados

    no tero mdio da raiz, 11 (25,0%) no tero apical da raiz e 5 (11,4%) no tero cervical da

    raiz. Na CBCT, nas imagens sagitais vestibulares, 31 dentes apresentavam fraturas no tero

    mdio da raiz, e 30 dentes tiveram uma fratura localizada no tero cervical da raiz nas

    imagens sagitais palatinares. As radiografias intra-orais e as imagens sagitais vestibulares

    revelaram o mesmo nvel de fratura radicular em 70,5% dos casos. As radiografias intra-orais

    e as imagens sagitais palatinares mostraram o mesmo nvel de fratura radicular em 31,8% dos

    casos. Os autores concluram que a CBCT possui uma clara vantagem sobre as radiografias

    intra-orais para o diagnstico de fraturas radiculares por ser possvel visualizar os dentes

    traumatizados em trs dimenses, possuindo alta sensibilidade e especificidade para este fim.

    Patel et al. (2009) realizaram um estudo para comparar a preciso diagnstica entre

    radiografia periapical e a CBCT na deteco e tratamento de leses reabsortivas em 15 dentes,

    de 15 pacientes, dentre os quais 5 foram diagnosticados com reabsoro radicular interna; 5

    com reabsoro radicular externa; e 5 eram controle, sem reabsoro presente. Solicitou-se a

    seis examinadores que avaliassem as imagens quanto presena ou ausncia de reabsoro

    radicular interna e externa e seus planos de tratamento. As imagens foram avaliadas

    individualmente em trs momentos: 1 - radiografias, 2 - tomografias, 3 - radiografias e

    tomografias novamente. Havia apenas uma opo correta de diagnstico e tratamento pr-

    estabelecida por um consenso do comit de trs experientes endodontistas, responsveis por

    toda a pesquisa. O resultado do estudo demonstrou que a CBCT de grande valia para

    determinar a presena e o tipo de reabsoro radicular, possuindo maior sensibilidade do que

    a radiografia periapical. Alm disso, a preciso diagnstica superior da CBCT aumenta a

    probabilidade de se realizar o tratamento correto das leses reabsortivas.

  • 19

    Martins et al. (2009) realizaram um trabalho para demonstrar, atravs de um caso

    clnico, a importncia da CBCT no diagnstico e planejamento do tratamento de dentes

    inclusos, ressaltando como as condutas clnicas podem ser diferentes quando o paciente

    avaliado com exames bi ou tridimensionais. O caso clnico referia-se a uma dentio mista de

    uma criana de oito anos, do sexo masculino, que apresenta os dentes 11 e 12 inclusos e dente

    supranumrico conide na regio do dente 11. Foi realizada a exodontia do dente

    supranumrico para proporcionar melhor posicionamento dos dentes inclusos. Aps um ano

    de acompanhamento, no houve melhora na posio dos dentes inclusos. Na radiografia

    panormica foi possvel observar que os dentes inclusos estavam em ntima proximidade.

    Neste momento foi proposto realizar a exposio cirrgica e tracionamento do dente 11 para,

    posteriormente ao posicionamento deste dente, realizar a exposio e tracionamento do dente

    12. No entanto, a proximidade dos dentes inclusos causou preocupaes e dvidas quanto ao

    proagnstico e aos possveis danos que poderiam ser causados. Foi ento solicitada uma

    CBCT, possibilitando o diagnostico de uma severa dilacerao radicular que envolvia a raiz

    do dente adjacente que no foi identificada no exame bidimensional. O planejamento inicial

    foi alterado em funo dos riscos do tracionamento serem maiores que o seu benefcio. Foi

    proposto a exodontia do dente 11, exposio cirrgica e tracionamento do dente 12 e

    manuteno do espao para implante na regio do 11. Os autores concluram que a CBCT

    uma ferramenta de diagnstico fundamental para os casos de dentes inclusos, pois forneceu a

    localizao precisa dos dentes e das estruturas adjacentes, alm de fornecer informaes

    importantes da condio radicular, permitindo um planejamento orto-cirrgico mais seguro e

    preciso com relao movimentao ortodntica.

    O tratamento de caninos impactados um dos problemas mais desafiadores para os

    ortodontistas, por que est associado com o aumento do nmero e da durao das visitas ao

    consultrio, prolongando o tratamento. Mah et al. (2010) realizaram um estudo revisando as

    limitaes da radiografia convencional e apresentaram o uso da CBCT para a avaliao de

    caninos impactados. Os autores afirmaram que as radiografias podem no revelar a presena

    de caninos, uma vez que eles podem migrar para locais inesperados, se tornando impactados

    fora do campo de viso. Alm disso, a sobreposio nas regies anterior e palatal da maxila

    pode mascarar a presena de um canino, no sendo adequadamente visualizados com

    radiografia convencional para identificar sua posio. Levando todas essas consideraes em

    conta, a CBCT um mtodo de imagem tridimensional capaz de fornecer um volume de

    informaes que pode ser utilizada para avaliar e localizar os dentes dentro de toda a maxila e

  • 20

    regies adjacentes, sem a limitao da sobreposio. Ainda, a imagem bidimensional para

    estimar a probabilidade de reabsoro radicular do incisivo lateral superior adjacente a um

    canino superior impactado no to confivel como a imagem tridimensional da CBCT. Os

    autores concluem em sua reviso que o uso da CBCT em Ortodontia aumenta o entendimento

    dos caninos impactados e oferece informaes abrangentes e exclusivas para situaes

    individuais e que, em comparao com as imagens convencionais, a fidelidade de informao

    da CBCT insupervel.

    Mini-implantes autoperfurantes tm provado ser eficazes na realizao de ancoragem

    ortodntica. No entanto, o contato com a raiz tornou-se um problema, podendo levar a

    perfurao e outras leses radiculares. A avaliao radiogrfica cuidadosa antes da colocao

    de mini-implantes de ancoragem ortodnticos , portanto, uma necessidade para evitar

    possveis danos raiz. Miyazawa et al. (2010) realizaram uma pesquisa com o objetivo de

    investigar a preciso de guias cirrgicos e o uso da CBCT para a instalao correta de mini-

    implantes autoperfurantes de ancoragem ortodnticas nos locais e ngulos desejados. Dezoito

    pacientes que necessitavam de ancoragem esqueltica para o tratamento ortodntico foram

    includos neste estudo prospectivo. Um guia cirrgico foi fabricado para incorporar tubos

    guias nas posies e ngulos dos mini-implantes de acordo com informao radiogrfica

    convencional. A CBCT foi realizada a fim de examinar as posies dos mini-implantes em

    perspectiva e os ngulos ideais de insero. As posies dos tubos guias foram ajustadas

    conforme necessrio de acordo com as informaes da CBCT antes da cirurgia, a fim de

    orientar os mini-implantes autoperfurantes para os locais e ngulos corretos. Quarenta e

    quatro mini-implantes autoperfurantes foram instalados no interior do osso atravs do guia

    cirrgico. As imagens da CBCT no ps-cirrgico instalao dos mini-implantes

    autoperfurantes mostrou que no houve nenhum contato da raiz (0/44). Os autores afirmaram

    que este sucesso s foi obtido por que foi alterarado a localizao ou o ngulo de 52,3%

    (23/44) dos tubos guia antes da cirurgia com base na avaliao da CBCT. Os autores

    concluram que a utilizao de guias cirrgicos fabricados a partir das imagens da CBCT

    uma tcnica promissora para a instalao de mini-implantes autoperfurantes de ancoragem

    ortodntica prximos s razes dentrias e aos seios maxilares, demonstrando ser mais fcil e

    segura do que guias cirrgicos fabricados a partir de radiografias convencionais.

    Segundo Nogueira et al. (2012) a utilizao da CBCT na implantodontia proporciona

    melhor planejamento visto que medidas mais precisas de altura, largura, espessura e qualidade

    ssea podem ser obtidas, o que permite selecionar as dimenses do implante a ser instalado,

  • 21

    assim como o stio anatmico mais adequado, minimizando o risco de acidentes. Eles relataram

    quatro casos onde a CBCT foi utilizada em pacientes submetidos cirurgia de instalao de

    implantes ossointegrados. Em dois casos mostrou-se fundamental na determinao pr-operatria

    das dimenses dos implantes a serem instalados e escolha dos respectivos stios anatmicos. Nos

    outro dois casos a CBCT apresentou-se relevante na resoluo de complicaes advindas da

    instalao de implantes que foram planejados com base apenas nas radiografias convencionais,

    situaes em que houve deslocamentos acidentais para o interior do seio maxilar e do canal

    mandibular. Os autores concluram que a CBCT um exame de extrema importncia na

    reabilitao oral de implantes ossointegrados, desde o planejamento, preveno de acidentes e

    resoluo de eventuais complicaes, sendo o exame mais indicado para essa especialidade

    odontolgica.

  • 22

    5 CONCLUSO

    Tomando-se por base a literatura consultada conclui-se que a CBCT representa um

    tomgrafo relativamente pequeno e de menor custo, especialmente indicado para a regio

    dento-maxilo-facial que proporciona alta sensibilidade e especificidade para fins de

    diagnstico odontolgico, mostrando-se uma tecnologia extremamente promissora e valiosa.

    Esta tecnologia supera as limitaes da radiografia convencional por fornecer imagens

    seccionais sem qualquer sobreposio ou distoro, e possibilita a reconstruo das estruturas

    anatmicas em imagens tridimensionais, possibilitando uma diagnstico, planejamento e

    tratamento mais preciso e confivel. Alm disso, a dose de radiao significantemente

    reduzida em comparao Tomografia Computadorizada Convencional e equivalente a uma

    srie radiogrfica periapical completa. Entretanto, a CBCT uma ferramenta diagnstica

    complementar e o uso rotineiro no recomendado, uma vez que as doses de radiao ainda

    so mais elevadas do que as radiografias convencionais.

    Portanto, antes de solicitar uma CBCT, o cirurgio-dentista deve avaliar

    minuciosamente a relao custo-benefcio deste exame complementar. A deciso para a

    utilizao da CBCT na prtica odontolgica deve ser feita somente quando no forem obtidas

    informaes suficientes a partir de outros exames clnicos e radiogrficos convencionais para

    contribuir com o diagnstico e planejamento do tratamento.

  • 23

    6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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