DificuldadeAprendizagem

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    DIFICULDADEDE APRENDIZAGEMQUE SO?COMO ENTEND-LAS?

    Lus de Miranda Correia

    Ana Paula Martins

    BDBiblioteca

    DigitalColecoEDUCAO

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    Quanto a ns, embora possamos considerar um conjunto de facto-res, como o so a motivao e auto-estima do aluno e o envolvimentodos pais, entre outros, ser a qualidade do ensino ministrado que fara diferena. A pacincia, o apoio e o encorajamento prestado peloprofessor sero com certeza os impulsionadores do sucesso escolardo aluno, abrindo-lhe novas perspectivas para o futuro.

    Lus de Miranda Correia

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    QUE DETERMINAR O SUCESSO ESCOLAR

    DE UM ALUNO COM DA?

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    Introduo ................................................................................ 5

    Que so dificuldades de aprendizagem? ................................ 6

    Que causa as dificuldades de aprendizagem? ........................ 9

    Como identificar e avaliar as dificuldades de aprendizagem? .... 11

    Que modalidades de atendimento e que tipo de serviospara o aluno com DA? ............................................................. 16

    Referncias .............................................................................. 20

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    NDICE

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    Nos ltimos 20 anos o nmero de alunos com dificuldades de aprendizagem (DA) aumentou consideravelmente tendo passado, emPortugal, de umas dezenas de milhar para mais de uma centena demilhar. Actualmente, estes alunos constituem cerca de metade dapopulao estudantil com necessidades educativas especiais (NEE)

    (Correia, 1997). Contudo, e tendo em conta um conjunto diversificadode factores, tal como a heterogeneidade de caractersticas dos alunoscom DA, a formao exgua nesta rea da maioria dos professores, aincompreenso do conceito por parte dos profissionais e dos pais,para citar alguns, as DA continuam a ser alvo de uma grande confu-so, entregando anualmente ao insucesso vrios milhares de alunos. Ea confuso tanto maior, quanto maior a incompreenso que as DAgeram no seio da comunidade educacional, pais includos. Por estarazo, assiste-se ainda a um total desencontro de opinies e prticasque vm a reflectir-se numa inadequada identificao e prestao de

    servios. Numa palavra, o apoio que estes alunos necessitam, deacordo com as suas necessidades e caractersticas, praticamenteinexistente e, em muitos casos, -lhes at nocivo, criando situaesfuturas em que a delinquncia, a toxicodependncia, o alcoolismo e odesemprego prevalecem.

    Diz-nos a investigao que uma percentagem muito significativade alunos com DA no concluem a escolaridade obrigatria, contri-buindo grandemente para o insucesso escolar existente num pas.Que a maioria dos alunos com DA no retm um emprego aps ter

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    INTRODUO

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    concludo a escolaridade obrigatria (Wagner, 1993). Que os adoles-centes que tm DA esto numa situao de risco muito maior do queos seus pares sem DA no que diz respeito ao alcoolismo e toxicode-pendncia (Hazelden Foundation, 1992). Que as DA e a toxicodepen-dncia so os factores mais citados quanto manuteno de umemprego e quanto autonomia financeira de um indivduo (Office ofthe Inspector General, 1992). A provar, ou at a provocar esta situa-o, est com certeza a j referida confuso que existe acerca darea das DA. E a confuso tanto maior, quanto maior o desentendi-mento sobre o conceito. que, a nosso ver, em Portugal usa-se otermo dificuldades de aprendizagem em dois sentidos distintos: umsentido mais lato e um sentido mais restrito.

    No sentido lato, as DA so consideradas como todo o conjunto deproblemas de aprendizagem que grassam nas nossas escolas, ouseja, todo um conjunto de situaes, de ndole temporria ou perma-nente, que se aproxima, ou mesmo querer dizer, risco educacional ounecessidades educativas especiais (para uma melhor clarificaodestes conceitos ver Alunos com NEE nas Classes Regulares , Correia,1997). Quanto a ns, esta a interpretao dada ao conceito pelamaioria dos profissionais de educao.

    No sentido restrito, e aqui a interpretao do conceito restringir-se- a uma minoria de especialistas e profissionais de educao, DAquerer dizer uma incapacidade ou impedimento especfico para aaprendizagem numa ou mais reas acadmicas, podendo aindaenvolver a rea socioemocional. Assim, importante que se note que as DA no so o mesmo que deficincia mental, deficincia visual,

    deficincia auditiva, perturbaes emocionais, autismo.

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    *Em Anexo.

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    Numa perspectiva orgnica, as DA so desordens neurolgi-cas que interferem com a recepo, integrao ou expresso de infor-mao, caracterizando-se, em geral, por uma discrepncia acentuadaentre o potencial estimado do aluno e a sua realizao escolar.

    Numa perspectiva educacional, as DA reflectem uma incapaci-

    dade ou impedimento para a aprendizagem da leitura, da escrita, oudo clculo ou para a aquisio de aptides sociais.Isto quer dizer que os alunos com DA podem apresentar proble-

    mas na resoluo de algumas tarefas escolares e serem brilhantesna resoluo de outras. Quer ainda dizer que, em termos de intelign-cia, estes alunos geralmente esto na mdia ou acima da mdia.

    O termo dificuldades de aprendizagem aparece-nos em 1962 como fim de situar esta problemtica num contexto educacional, tentando,assim, retirar-lhe o estigma clnico que o caracterizava. Surge, ento,uma primeira definio proposta por Kirk (1962) em que era bem evi-

    dente a nfase dada componente educacional e o distanciamento,em termos biolgicos, de outras problemticas, tal como deficincia mental , privao sensorial , privao cultural , entre outras.

    Uma outra definio digna de nota foi a proposta por BarbaraBateman (1965) que veio a constituir-se num marco histrico, dadoque englobava trs factores importantes que a caracterizavam: discre- pncia (a criana com DA considerada como possuindo um poten-cial intelectual acima da sua realizao escolar); irrelevncia da disfuno do sistema nervoso central (para a determinao dos pro-

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    QUE SO DIFICULDADESDE APRENDIZAGEM?

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    blemas educacionais da criana no era capital evidenciar uma poss-vel leso cerebral); e excluso (as DA da criana no eram devidas adeficincia mental, perturbao emocional, deficincia visual ou audi-tiva ou a privao educacional ou cultural).

    Estas duas definies viriam a constituir a base fundamental paraas definies actuais de DA das quais vamos destacar duas pelaimportncia que, hoje em dia, se lhes atribui.

    A primeira, e aquela que parece ser a mais aceite internacional-mente, a que figura na Public Law 94-142, hoje denominada Indivi- duals with Disabilities Education Act (IDEA), que diz o seguinte:

    Dificuldades de aprendizagem especfica significa uma perturbaonum ou mais dos processos psicolgicos bsicos envolvidos na com-preenso ou utilizao da linguagem falada ou escrita, que pode manifes-tar-se por uma aptido imperfeita de escutar, pensar, ler, escrever,soletrar, ou fazer clculos matemticos. O termo inclui condies comoproblemas perceptivos, leso cerebral, disfuno cerebral mnima, dislexia

    e afasia de desenvolvimento. O termo no engloba as crianas que tmproblemas de aprendizagem resultantes principalmente de deficinciasvisuais, auditivas ou motoras, de deficincia mental, de perturbao emo-cional ou de desvantagens ambientais, culturais ou econmicas (FederalRegister, 1977, p. 65083, citado por Correia, 1991).

    Assim, uma criana pode ser identificada como inapta para aaprendizagem tpica se:

    1. no alcanar resultados proporcionais aos seus nveis de idadee capacidades numa ou mais de sete reas especficas quandolhe so proporcionadas experincias de aprendizagem adequa-das a esses mesmo nveis;

    2. apresentar uma discrepncia significativa entre a sua realizaoescolar e capacidade intelectual numa ou mais das seguintesreas:

    a) Expresso oral;

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    b) Compreenso auditiva;c) Expresso escrita;d) Capacidade bsica de leitura;e) Compreenso da leitura;f) Clculos matemticos; eg) Raciocnio matemtico (Federal Register, 1997, p. 65083,

    citado por Correia, 1991).

    Uma segunda definio de DA, elaborada pelo National Joint Committee on Learning Disabilities (NJCLD), citada por Smith et al.(1997), diz o seguinte:

    Dificuldades de aprendizagem um termo genrico que diz res-peito a um grupo heterogneo de desordens manifestadas por problemassignificativos na aquisio e uso das capacidades de escuta, fala, leitura,escrita, raciocnio ou matemticas. Estas desordens, presumivelmentedevidas a uma disfuno do sistema nervoso central, so intrnsecas aoindivduo e podem ocorrer durante toda a sua vida. Problemas nos com-portamentos auto-reguladores, na percepo social e nas interacessociais podem coexistir com as DA, mas no constituem por si s uma difi-culdade de aprendizagem. Embora as dificuldades de aprendizagem pos-sam ocorrer concomitantemente com outras condies de incapacidade(por exemplo, privao sensorial, deficincia mental, perturbao emocio-nal grave) ou com influncias extrnsecas (tal como diferenas culturais,ensino inadequado ou insuficiente), elas no so devidas a tais condiesou influncias (pp. 41-42).

    Face s definies descritas, e mesmo estando ns a par da faltade uma definio que receba consenso de grande parte dos profissio-nais da rea, podemos inferir que um aluno no ter dificuldades deaprendizagem quando os seus problemas de aprendizagem so devi-dos principalmente a uma privao sensorial , a deficincia mental , aperturbaes emocionais , a factores ambientais ou a diferenas cultu- rais e que as DA tanto afectam crianas, como jovens ou adultos.

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    C orreia (1991), ao reportar-se s causas das DA no seu livroDificuldade de Aprendizagem: Contributos para a Clarificao e Unifi- cao de Conceitos, afirma: Mesmo uma anlise menos profunda da literatura sobre dificuldades de aprendizagem revela uma ampla dis- cordncia entre os autores quanto etiologia do problema (p. 57).

    Tambm Fonseca (1999) da mesma opinio e Hallahan et al.(1999) afirmam, at, quena maioria dos casos a causa das dificulda- des de aprendizagem na criana permanecem um mistrio (p. 127).

    Contudo, e como j o mencionmos anteriormente, a origem dasDA encontra-se presumivelmente no sistema nervoso central do indiv-duo, podendo um conjunto diversificado de factores contribuir paraesse facto. Um primeiro factor a ter em conta ser a hereditariedade (fundamento gentico) que, como afirma Johnson (1998), parece ligara famlia s DA.

    H um outro conjunto de factores (pr ou perinatais) que podem

    vir a causar DA. Entre eles, so de destacar os excessos de radiao,o uso de lcool e/ou drogas durante a gravidez, as insuficincias pla-centrias, a incompatibilidade Rh com a me (quando no tratada), oparto prolongado ou difcil, as hemorragias intracranianas durante onascimento ou a privao de oxignio (anoxia).

    No que diz respeito a factores ps-natais que podem causar DA,eles esto geralmente associados a traumatismos cranianos, a tumo-res e derrames cerebrais, a malnutrio, a substncias txicas (porexemplo, o chumbo) e a negligncia ou abuso fsico.

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    QUE CAUSA ASDIFICULDADES

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    Em suma, a mirade de potenciais causas das DA no deve serinterpretada como condio sine qua non de que toda a criana comDA esteja presa a determinada etiologia.

    Como referimos anteriormente, chamamos a ateno do leitor parao facto de que as causas das DA se mantm desconhecidas na maio-ria dos casos.

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    A identificao das DA deve ser feita o mais precocementepossvel, contribuindo para este facto uma observao cuidada doscomportamentos da criana. Assim, os profissionais (especialmenteos educadores e professores) e os pais devem estar atentos a umconjunto de sinais, que a criana exiba, contnua e frequentemente,

    uma vez que no existem indicadores isolados para a identificaodas DA.Apresentamos a seguir uma lista de verificao que tem por base

    a Escala de Comportamento Escolar (Correia, 1983) e uma lista deverificao do Centro Nacional Americano para as Dificuldades deAprendizagem (1997), onde est agrupado um conjunto de sinais quepodem ser indicadores de DA.

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    COMO IDENTIFICARE AVALIAR AS

    DIFICULDADESDE APRENDIZAGEM?

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    DIFICULDADES DE APRENDIZAGEMLus de Miranda Correia

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    As listas apresentadas anteriormente permitem, desde que bemutilizadas, recolher informao que, junta com a informao obtidaatravs da observao directa do aluno em termos educacionais (verAvaliao Preliminar , Correia, 1997), possibilita a elaborao de umaprimeira interveno educativa com o fim de minimizar ou at suprimiros seus problemas. Esta interveno deve basear-se no s na infor-

    mao recolhida pelos professores, mas tambm deve considerartoda a informao adicional que eventualmente possa ser dada poroutros profissionais (professores de educao especial, mdicos, psi-clogos, terapeutas) ou pais, via consulta. , portanto, aconselhvelque todo este processo se desenrole em colaborao.

    Caso os problemas do aluno subsistam, deve proceder-se a umaavaliao compreensiva (Correia, 1997) que tenha por base determi-nar o funcionamento global do aluno com o objectivo de se identifica-rem reas fortes e necessidades, quer na escola, quer em quaisqueroutros ambientes em que ele interaja. Esta avaliao, que deve sersempre efectuada por uma equipa multidisciplinar , tem ainda por fimverificar se o aluno obedece a um conjunto de critrios tidos comobase para se tomar uma deciso, ou seja, o aluno s deve ser consi-derado com dificuldades de aprendizagem se o seu funcionamentointelectual (inteligncia) estiver na mdia ou acima dela; se existir umadiscrepncia significativa entre o seu potencial estimado e a sua reali-zao escolar actual; e se o seu insucesso escolar for devido a proble-mas numa ou mais das seguintes reas: fala, leitura, escrita,matemtica e raciocnio. de notar, ainda, que problemas de concen-trao e de ateno, de memria e de ajustamento social so tambmcomuns nos indivduos com DA. Ela serve tambm para se determinarque tipo de servios adicionais (servios de educao especial) seronecessrios para maximizar o potencial do aluno.

    No que respeita equipa multidisciplinar, ela deve incluir, paraalm do professor do aluno e dos pais, todos os elementos julgadosnecessrios para a satisfao das suas necessidades educativas, talcomo, por exemplo, um professor de educao especial, um psic-logo e/ou um terapeuta da fala.

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    S um procedimento deste tipo (quanto mais precocemente efec-tuado melhor), aliado a uma interveno adequada, poder prevenirou reduzir o insucesso escolar e social do aluno. Caso contrrio, oaluno com DA experimentar, com certeza, um prolongado insucessoescolar (acadmico e social) que, como afirmmos anteriormente, olevar muitas vezes ao abandono escolar, delinquncia e/ou toxi-codependncia. Portanto, quando um aluno no est a progredir deacordo com os objectivos curriculares do ano que frequenta, o profes-sor no pode cruzar os braos ou ficar alheio ao seu problema. E,muito menos, quando o aluno j se afastou significativamente dosobjectivos curriculares propostos. A frustrao e as consequncias dese viver com DA incompreendidas por todos aqueles que nos rodeiampodem ser devastadoras. A investigao assim no-lo diz. E no nossopas, ao andarmos ainda a debater-nos com o conceito, estamos aentregar ao insucesso dezenas de milhar de crianas com DA.

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    E m primeiro lugar, bom que se saliente que a Lei Funda-mental do Estado Portugus A Constituio da Repblica , a Lei deBases do Sistema Educativo e o Decreto-Lei n. 319/91, de 23 deAgosto, garantem uma educao igual e de qualidade para todos osalunos, pretendendo criar uma igualdade de oportunidades que pro-

    mova o seu sucesso escolar.Neste sentido, a lei requer que qualquer aluno possa ter sua dis-posio um conjunto de servios adequados s suas necessidades,prestados, sempre que possvel, na classe regular. Para os alunoscom DA, no que diz respeito a servios educacionais na classe regu-lar, h que considerar um conjunto de factores que podem facilitar asua aprendizagem, como so, por exemplo, a reestruturao doambiente educativo; a simplificao das instrues no que diz respeitos tarefas escolares; o ajustamento dos horrios; a alterao de textose do trabalho de casa; o uso de tecnologias de informao e comuni-cao; a alterao das propostas de avaliao, para citar alguns. Con-tudo, quando necessrio, alguns servios educacionais podero serprestados fora da classe regular.

    No que diz respeito aos servios adicionais h que poder contarcom servios de psicologia, de terapia da fala, de terapia ocupacio-nal, clnicos e sociais, consoante as necessidades do aluno. Se estesservios forem insuficientes ou inexistentes, o sucesso escolar doaluno com DA ser, com certeza, posto em causa.

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    QUE MODALIDADESDE ATENDIMENTO E QUE

    TIPO DE SERVIOS PARA O ALUNO COM DA?

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    Numa palavra, para que o aluno com DA receba uma educaoapropriada s suas necessidades, para alm da atitude dos profissio-nais e pais, da adequada formao dos professores e demais agenteseducativos, da importncia de se trabalhar em colaborao, h queter em conta que o conceito de DA no implicita apenas o reconheci-mento do direito que assiste ao aluno de frequentar uma escola regu-lar pois, caso as prticas educativas se resumam apenas suacolocao na escola, sem nenhum tipo de servios auxiliares, tais pr-ticas resultam falaciosas e irresponsveis.

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    O quadro que se segue pretende apresentar um conjunto deconceitos que nos parecem relevantes para o processo de ensinoaprendizagem do aluno com DA. Alguns destes conceitos andam, at,geralmente associados s DA.

    Educao : Processo de aprendizagem e de mudana que seopera no aluno atravs do ensino e de outras experincias a que ele exposto nos vrios ambientes onde interage (Correia, 1997).

    Incluso : Insero do aluno na classe regular onde, sempre quepossvel, deve receber todos os servios educativos adequados, con-tando-se, para esse fim, com o apoio apropriado (e. g., outros tcni-cos, pais) s suas caractersticas e necessidades (Correia, 1997).

    Educao especial : Conjunto de servios de apoio especializa-dos destinados a responder s necessidades especiais do aluno combase nas suas caractersticas e com o fim de maximizar o seu poten-cial. Tais servios devem efectuar-se, sempre que possvel, na classeregular e devem ter por fim a preveno, reduo ou supresso daproblemtica do aluno, seja ela do foro mental, fsico ou emocionale/ou a modificao dos ambientes de aprendizagem por forma a queele possa receber uma educao apropriada s suas capacidades enecessidades (Correia, 1997).

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    ALGUNS CONCEITOSIMPORTANTES

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    Educao apropriada : Resposta s necessidades educativas doaluno, proporcionando-lhe experincias que se construam a partir dassuas realizaes iniciais, com o fim de maximizar as suas aprendiza-gens (acadmicas e sociais) (Correia, 1999).

    Dislexia : Incapacidade severa de leitura (Hallahan, Kauffman eLoyd, 1999); dificuldade no processamento da linguagem cujoimpacto se reflecte na leitura, na escrita e na soletrao (NCLD, 1997).

    Dispraxia (apraxia): Dificuldade na planificao motora, cujoimpacto se reflecte na capacidade de um indivduo coordenar ade-quadamente os movimentos corporais (NCLD, 1997).

    Disgrafia : Dificuldade na escrita. Os problemas podem estar rela-cionados com a componente grafomotora (padro motor) da escrita(e. g., forma das letras, espao entre palavras, presso do trao); coma soletrao; e com a produo de textos escritos (NCLD, 1997).

    Discalculia : Dificuldade na realizao de clculos matemticos(Hallahan, Kauffman e Loyd, 1999).

    Discriminao auditiva : Capacidade para perceber as diferenasentre os sons da fala e para sequenci-los em palavras escritas; uma componente essencial no que respeita ao uso correcto da lingua-gem e descodificao da leitura. (NCLD, 1997).

    Percepo visual : Capacidade para observar pormenores impor-

    tantes e dar significado ao que visto; uma componente crtica noprocesso de leitura e escrita (NCLD, 1997).

    Desordem por dfice de ateno com/sem hiperactividade : caracterizada por frequentes estados de desateno, de impulsivi-dade e, geralmente, por um excesso de actividade motora (hiperactivi-dade) que podem interferir com a capacidade do indivduo para aaprendizagem; pode ocorrer concomitantemente com as DA (as esti-mativas de prevalncia variam) (NCLD, 1997).

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    Bateman, B. (1965). An educations view of a diagnostic approachto learning disorders. In J. Hellmuth (ed.),Learning disorders , Vol. I,Seattle: Special Child Publications.

    Constituio da Repblica Portuguesa (1992), 3. reviso.

    Correia, L. M. (1983).Escala de Comportamento Escolar . Porto:Porto Editora.

    Correia, L. M. (1991).Dificuldades de Aprendizagem: Contributos para a Clarificao e Unificao de Conceitos . Braga: Associao dosPsiclogos Portugueses.

    Correia, L. M. (1997).Alunos com NEE nas Classes Regulares .Porto: Porto Editora.

    Decreto-Lei n. 319/91, de 23 de Agosto.

    Fonseca, V. (1999). Insucesso Escolar: Abordagem Psicopedag- gica s DA . Lisboa: Editorial ncora.

    Hallahan, D. P.; Kauffman, J. M.; Loyd, J. W. (1999).Introduction to Learning Disabilities . Boston: Allyn and Bacon.

    Johnson, D. (1988). Review of research on specific reading, writingand mathematics disorders. In J. F. Kavanagh and T. J. Tuss (eds.),Learning Disabilities: Proceedings of the National Conference . Parkton,MD: New York.

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    REFERNCIAS

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    Kirk, S. A. (1962).Educating Exceptional Children . Boston: Hough-ton Mifflin.

    Levine, E. (1990).Learning Disability : What is it?. ACLD Newsbrief,173, 1-2.

    National Center for Learning Disabilities (1997).General Informa- tion on Learning Disabilities . N. Y.: New York.

    Smith, T. E. C.; Dowdy, C. A.; Polloway, E. A.; Blalock, G. E. (1997).Children and Adults with Learning Disabilities . Boston: Allyn andBacon.

    Wagner, M. (1993).Trends in Postsecondary youth with Disabilities:Findings from the National Longitudinal Transition Study of Special Education Students . Washington, D. C.: Project Directors EighthAnnual Meeting.

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