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FESP – FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA PARAIBA COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO
DILSON VASCONCELOS MOURA
SEGURO DPVAT E O NEXO DE CAUSALIDADE
João Pessoa 2012
DILSON VASCONCELOS MOURA
SEGURO DPVAT E O NEXO DE CAUSALIDADE
Projeto de pesquisa apresentado à FESP Faculdades
de ensino superior da Paraiba, do curso de graduação
em Direito para atender à exigência parcial no
desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso.
Orientadora: Luciana de Albuquerque Cavalcanti
Brito
João Pessoa 2012
M929s Moura, Dilson Vasconcelos
Seguro DPVAT e o nexo de causalidade. / Dilson Vasconcelos Moura. João Pessoa, 2012.
21f. Artigo (Graduação em Direito) Faculdade de Ensino
Superior da Paraíba – FESP. 1. Seguro obrigatório 2. Indenização 3. Causalidade 4.
Vitima de acidente de trânsito I. Título. BC/FESP CDU: 34(043)
DILSON VASCONCELOS MOURA
SEGURO DPVAT E O NEXO DE CAUSALIDADE
Projeto de pesquisa apresentado à FESP Faculdades
de ensino superior da Paraiba, do curso de graduação
em Direito para atender à exigência parcial no
desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso.
Data de aprovação: ____ / ____ / ________
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________
Profa Orientadora : Luciana de Albuquerque Cavalcanti Brito
____________________________________________
Professor Examinador
___________________________________________
Professor Examinador
SEGURO DPVAT E O NEXO DE CAUSALIDADE
Dilson Vasconcelos Moura*
RESUMO
Na medida em que o tempo passa verificou-se que há um grande aumento no número de
veículos automotores circulando pelas nossas ruas e estradas. Pessoas utilizam estas máquinas
para diversos fins. Viabilizando seus encontros. São utilizados para levá-las ao trabalho,
contribuem consideravelmente com o comércio estreitando as distâncias. Desta forma
melhorando a vida de muitos. No entanto como todo benefício há de se observar que é
possível que exista o lado negativo da situação. Neste caso, aumento do número de acidentes
de trânsito envolvendo os veículos automotores. Deste modo houve a necessidade da criação
de um seguro, o chamado DPVAT, que por sua vez teria a responsabilidade de indenizar as
pessoas que foram envolvidas nos acidentes de trânsito. Levando em consideração uma
exigência principal, o nexo de causalidade do acidente, verificando se há ou não relação com
veículo automotor, dando direito ou negando a possibilidade desta indenização.
Palavras-chave: Seguro obrigatório; Indenização; Causalidade; Vítima de acidente de
trânsito.
_________________
MOURA, Dilson Vasconcelos. O Seguro DPVAT e o Nexo de Causalidade. Trabalho de Conclusão de Curso da
graduação em Direito da Faculdade de Ensino Superior da Paraiba, 2012. [email protected]
5
O SEGURO DPVAT E O NEXO DE CAUSALIDADE Dilson Vasconcelos Moura1 INTRODUÇÃO
Atualmente a modernização dos meios de transporte do homem trouxe diversos
benefícios. Como veículos mais velozes com autonomia bastante eficiente, estreitando laços
entre pessoas que moram distante de seus entes queridos e amigos. Veículos com maior
capacidade de carga, possibilitando maior facilidade no transporte de mercadorias para o
comércio. Os serviços públicos que dependem de veículos automotores para seu
funcionamento foram beneficiados direta ou indiretamente. Não há de se negar que é de
costume observar a não preocupação com possíveis problemas que possam surgir.
Caracterizados neste caso por acidentes de trânsito, estes por infelicidade causam danos
inevitavelmente as pessoas. Que para atender suas necessidades de locomoção para trabalho e
até mesmo para o lazer.
Uma das medidas tomadas pelo governo brasileiro foi a criação do seguro DPVAT,
através de decreto de Lei assinado pelo Presidente Ernesto Geisel. Beneficiando aqueles que
sofrem alguma debilidade ou gastos com despesas medicas, relacionadas a acidentes causados
por veículos automotores.
Com a concessão deste benefício, surgiram dúvidas quanto ao seu cabimento ou não
cabimento. Em alguns casos há de se observar se o veiculo automotor foi causador do
acontecimento acidental ou não.
Neste sentido, surge uma discussão relacionada ao nexo de causalidade quanto ao
cabimento da indenização por este seguro. Este trabalho tratará acerca deste assunto em uma
tentativa de melhor esclarecimento acerca do mesmo.
O desrespeito à interpretação do nexo de causalidade quanto à quitação do seguro de
________________ 1 Graduando em Direito pela Faculdade de Ensino Superior da Paraíba – FESP
Email: [email protected]
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DPVAT é, sem dúvidas, uma questão de bastante discussão, não há como negar, entre
a sociedade, o estado e principalmente entre os operadores do Direito.
O referido seguro recebe estas iniciais pela seguinte definição, Seguro Obrigatório de
Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres, ou por carga, a
pessoas transportadas ou não. Criado pela Lei 6.194/74, alterada pelas Leis 8,441/92 e
11.945/09, com a finalidade de amparar as vitimas de acidentes de trânsito em todo o
território nacional, não importando de quem seja a culpa dos acidentes.
A abrangência de sua cobertura se dá nos seguintes casos: por morte ou por invalidez
permanente, desde que devidamente comprovada mediante laudo médico, autêntico. Em
alguns casos haverá a necessidade de uma perícia medica mais acentuada. Exigências feitas
pelas seguradoras, que deverão arcar com a indenização a ser paga, bem como, boletim de
ocorrência do acidente, documentos comprobatórios do sinistro entre outro que demonstrem a
veracidade dos fatos.
A quantia a ser paga, a fim de indenizar o vitimado deverá ser calculada com base no
percentual da incapacidade de que for portadora a vítima de acordo com a tabela de danos
corporais totais, que em meados de 2008, através da medida provisória 451/08, observada no
Congresso Nacional, modificou as regras do seguro DPVAT. Foi criada uma tabela
determinando um teto para cada parte do corpo lesionada pelo acidente de trânsito. Logo após
foi anexada à Lei 11.945/09.
Em caso de morte possivelmente será pleiteada a quantia máxima, que será no valor de
R$ 13.500,00(Treze mil e quinhentos reais), que é o atual teto para a indenização do referido
seguro. Em regra anterior, o teto era de 40 salários mínimos. Redução que foi bastante
questionada, vez que, não haverá mais possibilidades de reajustes com os aumentos do salário
mínimo.
Igualmente terá direito a indenização, aquele vitimado que venha a arcar com despesas
para seu tratamento, sob orientação médica, despesas com a assistência médica e suplementar.
Denominada, Despesas de Assistência Medica e Suplementares (DAMS). Este tipo de
indenização tem apenas caráter de reembolso. Uma vez que, o vitimado venha a cobrir o
prejuízo que o mesmo teve a necessidade de pagar para a sua recuperação.
Quanto à questão do nexo causal para o cabimento ou não do direito a indenização
para a vítima requerente ao seguro, dependerá do fato do veículo ter tido algum vínculo com o
sinistro, ou seja, o veículo terá que ser causador do acidente. É necessário haver uma ação
sem interferência da vítima, ação esta característica do veículo, mecânica e espontânea que
possa ter causado dano àquela vítima. Ou seja, haverá situações que deverão ser analisadas há
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relação de causalidade com o uso do veículo. Um exemplo seria um funcionário de
transportadora de valores que auxiliava o condutor de um veículo da empresa, que por
infelicidade é atingido por uma corda que foi movimentada pelo veículo ao realizar uma
manobra em um estacionamento da empresa. Este fato deverá ser registrado como acidente de
trabalho. Porém poderá este pleitear o enquadramento do acidente causado por veículo
automotor ou por sua carga, a pessoa transportada ou não. Tal fato poderá ter cobertura pelo
seguro DPVAT.
Por estes casos e outros, geram a real necessidade de se verificar verdadeiramente
distinguir os casos que deverão ser motivo de indenização e aqueles que apenas se aproximam
do seu cabimento. Desta forma, determinando os verdadeiros critérios de uso e nexo de
causalidade. Não será possível a admissão de risco que o veículo possa causa, quando este não
estive em circulação nas vias públicas. No momento do licenciamento diante do órgão
responsável o seguro é necessariamente pago por aqueles que desejam que o esteja veículo em
circulação. Não há de se falar em indenização quando este veículo causador do acidente não
estiver quite com o seguro que deverá indenizar o vitimado.
A lei regente do seguro DPVAT, Nº 6.194/74, define que o dano pessoal deverá ser
causado por veículo automotor ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não. Exigindo
assim o nexo de causalidade para que seja entendido como indenizatória ou não daquele
veículo causador do sinistro. Este fato acaba gerando tamanha discussão entre aqueles que
atuam no ramo do direito, o cidadão, bem como, o Estado que tem o dever de garantir os
direitos deste.
Questionamento realizado no presente artigo trata sobre o porquê o seguro obrigatório
DPVAT é interpretado com diversidade pela sociedade, estado e operadores do Direito?
As hipóteses abordadas neste artigo tratam da inexistência de comprovação quanto ao
nexo de causalidade entre o acidente de trânsito e os danos físicos experimentados pela
vítima.
Função social pratica atualmente em relação ao seguro obrigatório de danos pessoais
causados por veículo automotor.
Desenvolvimento do instituto do seguro obrigatório de veículos automotores para o
ordenamento jurídico brasileiro.
O objetivo deste trabalho é esclarecer a matéria já muito debatida nos pretórios de todo
o território brasileiro. Diz respeito ao pagamento de indenização relacionada ao seguro
obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre ou por sua
carga, bem como quanto ao seu cabimento ou sua negativa.
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Bem como, esclarecer do que trata-se o seguro DPVAT. Apresentar a falta de
informações deste seguro a sociedade como um todo. Demonstrar o embasamento quanto ao
nexo da causalidade.
A pesquisa que será realizada neste artigo há de ser classificada como descritiva e
explicativa. Desta forma definida por ser baseada em diversos materiais bibliográficos. Desta
forma a desenvolver o tema em questão. Quanto ao método de abordagem a ser utilizado
nesta pesquisa trata-se do método hipotético-dedutivo, uma vez que propõe-se uma hipótese,
e, através de dedução, comprova-se tal hipótese ou não. Quanto ao procedimento, por sua vez,
pautar-se-á pela observação estruturalista, pois não estuda casos individuais e sim estuda um
todo, elemento que compõe a sociedade, na medida em que a pesquisa utilizar-se-á de livros,
artigos, legislação e doutrina. Essas ferramentas permitirão uma melhor fundamentação ao
trabalho, observados sob à luz da história.
O material documentado e as respectivas análises serão organizados em relatório de
pesquisa componente do estudo que se pretende construir.
O homem e o automóvel
O homem desde cedo batalha pela liberdade de locomoção, segundo Rodrigues (2000,
p. 122) “locomover-se é uma necessidade inerente ao ser humano”, o sonho de locomover-se
inicia com o desenho da roda, e assim sucedendo os primeiros veículos, os quais o ser
humano puxava, como a sucessão dos animais e logo em seguida foram desenvolvidos
motores capazes de tracioná-los, estes movidos a combustão na queima de derivados de
petróleo.
Por volta de 1886, sem uma precisa exatidão de quem realmente construiu o primeiro
carro do mundo onde os precursores desta maravilhosa invenção, foram o alemão Karl Benz
com o seu veiculo de três rodas movido a gasolina, bem como outro inventor, Gottlieb
Daimbler com seus veículos de dois cilindros também movidos a gasolina.
Anos depois franceses, ingleses e norte americanos entraram na corrida da fabricação
de veículos. Na América do Norte Henry Ford produziu o primeiro automóvel naquele
continente. E por ai em diante, países como Itália, Suíça e Espanha também passaram a
vivenciar esta revolução nos meios de transporte.
No início em linha de produção eram fabricados carros luxuosos e destinados a guerra.
No entanto com o termino da Primeira Guerra Mundial os fabricantes passara a utilizar a linha
de produção mais barata, automóveis mais compactos e fabricados em série.
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No Brasil, a evolução automotora chegou somente após a Segunda Guerra Mundial.
Na década de 30, fábricas estrangeiras como a General Motors e a Ford, entraram com linha
de montagem no país. Foi durante o governo de Juscelino Kubitschek que multimarcas
automotivas deram início montagem de automóveis em nossa país. Projetados nas matrizes
européias e norte-americanas, com maioria de equipamentos e peças importadas, porém
montados no Brasil.
Os primeiros automóveis que no Brasil passaram a trafegar nas ruas do Rio de Janeiro,
eram conduzidos por leigos. E diferentemente dos automóveis de hoje automatizados e mais
práticos de dirigir. Necessitavam de perícia, pois era necessário puxar uma alavanca ali,
empurrar vários pedais, aguardar o motor aquecer, verificar inúmeros mostradores de pressão,
pedais rígidos, que exigiam mais perícia ao utiliza-los, ou seja, não era fácil conduzir esses
primeiros veículos automotores.
Verificou-se então através do decreto de lei nº 858, de 15 de abril de 1902, que
determinava o exame de condutores para automóveis. No entanto o primeiro motorista
habilitado no país só apareceu em 1906, aprovado pela primeira comissão examinadora de
candidatos à condutores de veículos, que era constituída por engenheiros da prefeitura.
Foi realizado em 08 de janeiro de 1906 o primeiro exame para motorista, com cinco
aprovados, o segundo exame foi realizado em 19 de janeiro do mesmo ano, com mais três
habilitações concedidas. No mês seguinte foi realizado o terceiro exame para condutores de
veículos automotores aprovando dois felizardos, destacando que um deles foi Felisberto
Caldeira, cocheiro dos carros dos presidentes Campos Sales e Rodrigo Alves, bem como o
primeiro “chaffeur” do palácio do Catete.
Em pouco tempo o Rio de Janeiro estava repleto de motoristas habilitados pela seção
competente da prefeitura.
No decorrer dos tempos o automóvel passou a ser símbolo de status, é o que podemos
observar com o famoso pensador e escritor Veríssimo:
Se o automóvel fosse só um meio de transporte ou instrumento de lazer, tudo bem. As pessoas o usariam naturalmente, como usam uma escova de dentes. Mas o automóvel é muito mais do que isso. É um símbolo de status para uns. De riqueza para outros. De coragem, inconformismo, agressão, segurança, ambição, sei lá. E principalmente de potência Um homem nunca entra no seu carro, simplesmente. Ele veste o seu carro como quem veste uma fantasia. Da mesma maneira que alguém ''sai'' no Carnaval de tirolês estilizado ou legionário romano (ou libélula transcedental), sai pela rua de Maverick ou Passat ou de 1300 estilizado. Você mesmo conhece vários casos. Aquele pacato comerciante, tão inconspícuo dentro de sua própria casa que as vezes
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é posto para fora junto com o gato, e não reclama, se transforma atrás do volante do seu Dodge Dart branco com estrias vermelhas dos lados e uma cabeça de tigre fosforescente sobre o capô. A buzina toca trechos de Richard Wagner e cada vez que ele pisa no freio os olhos da caveira no parabrisa traseiro se acendem. Contam que ele rosna dentro do carro enquanto vai afastando pedrestres e outros veículos do caminho com acordes estridentes. (VERISSIMO, 2005, sp)
Já nestes outros dois trechos do mesmo texto demonstra um tipo de status bem
particular para o homem, que é a sexualidade ligada ao seu automóvel, vejamos:
[..] Os psicólogos não sabem explicar essa estranha identificação do homem com seu carro. Há uma teoria segundo a qual a potência do carro compensaria a insegurança do homem com seu próprio vigor físico. [..] [...] Seja como for, a verdade é que a sensação de espremer um pequeno acelerador para ter uns cavalos de força a sua disposição a qualquer hora é um dos maiores prazeres que o mundo moderno proporciona ao homem. O homem e a máquina são uma coisa só. O homem é a sua fantasia. O motor do carro é a sua energia. O sistema elétrico são os seus nervos em perfeita sincronização. Os pneus são as suas garras de tigre devorando distâncias sem o menor esforço. A gasolina é o seu sangue azul ou comum.[..] (VERISSIMO, 2005, sp).
Como o passar do tempo o automóvel vêm se transformando diariamente, verificamos
que ele passou a ser objeto de uso de milhares de pessoas. Um dos grandes fatores históricos
na evolução do automóvel é o da tecnologia, os veículos ficam mais seguros velozes e
confortáveis e silenciosos.
Logo a mídia também passa a influenciar, transparecendo que o carro já passaria a ser
item fundamental no cotidiano das pessoas. A frase já bastante conhecida “o brasileiro é
apaixonado por carro”.
Transportes no Brasil
No Brasil inicialmente foram produzidos caminhões, jipes, camionetas, furgões e por
último os carros de passeio.
A sociedade vive em constante formação, aumentando em número, explorando
territórios, e conhecendo pessoas. Gerando a necessidade de locomoção, sendo a maior delas
em prol das atividades econômicas.
Com a evolução da tecnologia, o aumento das necessidades do homem em observar
coisas novas, verificou-se que este dependeria cada vez mais da locomoção. Levemos em
consideração que não há como determinadas cidades possuírem varias especialidades, pois
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dispõem de climas diferentes, profissionais em determinadas áreas, atrações diferem das
atrações de outras cidades.
Neste sentido observamos que o homem com a divisão do trabalho, ou seja com base
em especialização, grupos que aumentaram a produtividade dependeram do transporte para
comercializar seu produto final, bem como dependeram do mesmo para adquirir aquilo que
não produzem.
A lógica do modo de produção capitalista que acentua na medida em que o tempo
passa, acaba demonstrando a real necessidade dos meios de transporte para o
desenvolvimento expansivo da economia e social.
Foi por volta do ano de 1940, a região sul e sudeste passando a ser industrializada, deu
início ao processo de integralização do país. Regiões passaram a ser interconectadas, como se
deu na região sul e sudeste, pois tornaram-se regiões de mercado nacional, em virtude de seu
crescimento econômico, passou a exigir estradas que os conectassem ao restante do país. Bem
como malhas de transporte passaram a integrar e expandir as pessoas país a dentro, Estas que
se concentravam no litoral, passaram a habitar também o interior dos estados. Esses e outros
motivos passaram a exigir o pensamento de uma estruturação de um sistema transportes mais
eficiente. Forçando o governo a evoluir e transformar as trilhas de locomoção em grandes
rodovias.
Acidentes de trânsito
O acidente de trânsito é determinado pelo dano envolvendo veículo, via, homem ou
animais. Em todo o mundo foi registrado pela Organização Mundial de Saúde 1,26 milhões de
mortes no trânsito. Essa estatística tem maior impacto nos países pobres e em
desenvolvimento. O Brasil é campeão nestas estatísticas, é sabido oficialmente que em media
são registrados mas de 20 mil mortes apenas contabilizadas no local do acidente. De acordo
com o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada calculou um custo social dos
acidentes nas áreas urbanas do país de 5,6 bilhões de reais a cada ano. O sistema DPVAT,
seguro obrigatório que indeniza as vitimas por acidente de trânsito calcula 40 mil mortes por
ano.
Infelizmente verificam-se frequentemente atitudes inadequadas de alguns condutores,
representando um sério risco a eles próprios, bem como aos demais usuários das vias
publicas. Estas atitudes denominam-se desvios comportamentais no trânsito. São vários os
tipos de desvios comportamentais no transito. Um deles é causa pela inexistência de
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procedimentos sistemáticos de educação para o trânsito, bem como na falha máquina de
habilitação de condutores. Estas falhas acarretam em diversas atitudes equivocadas no
trânsito, por desconhecer os procedimentos corretos.
Outro desvio que contribui muito no número de acidentes está relacionado a situação
psicológica e física do individuo que está por trás do volante, permanentemente ou
temporários.
Existe também outro tipo de desvio, que é aquele em que o condutor dotado de
egoísmo exacerbado transparecendo o interesse próprio acima do coletivo, contornando
manobras irregulares, proibidas e arriscadas. Muitas vezes pessoas que possuem o
conhecimento da legislação de trânsito, no entanto sempre querem ludibriar os outros
condutores levando vantagem. O homem atinge a estatística de 75 % como responsável pelos
acidentes de trânsito.
Grande parte do número de acidentes está diretamente relacionado ao jovem como
condutor, levamos em consideração falta de experiência e falta de maturidade ao dirigir. Os
motoristas adolescentes costumam infringir mais as leis, como dirigir em alta velocidade,
avançar sinais, praticar manobras ilegais, dirigir sobre o efeito de álcool ou entorpecentes. No
infelizmente Brasil em 2010 foram registrados 43%, com 8.686 mortes na faixa de 0 a 19
anos.
O condutor é o principal responsável pela sua segurança, de seus passageiros,
pedestres e demais condutores. Por exemplo, um condutor ao derrapar na pista, que por falta
de responsabilidade trafegava com pneus carecas na chuva. Não podemos atribuir a culpa no
engenheiro que construiu a estrada ou no engenheiro que desenhou ou o funcionários da linha
de produção que por falta de atenção não utilizou um componente importante na fabricação
do pneu e sim no motorista imprudente que não trafegava de acordo com as leis de trânsito.
O maior causador dos acidentes de trânsito no Brasil é o Álcool, deixando o país no
topo da lista com maior número de acidentes. O condutor sobre o efeito desta substância tem
seus reflexos reduzidos e uma diminuição considerável na consciência de perigo. Este
condutor está colocando seriamente a sua vida, dos pedestres e dos demais passageiros que
nele depositam sua confiança.
Outro detalhe que tanto agrava a fatalidade dos acidente, bem como facilita a
ocorrência destes é a velocidade excessiva, pois diminui a percepção do condutor, aumenta as
forças dinâmicas do carros, fatores que iram exigir mais da máquina facilitando a ocorrência
de falhas.
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O Seguro DPVAT
Inicialmente para observarmos à questão do nexo de causalidade do veículo causador
do dano à vítima de acidente automobilístico. É primordial que saibamos mais detalhes sobre
o seguro DPVAT.
Ao decorrer da história o homem se depara com inúmeras situações que podem
colocar sua vida e de seus entes queridos em risco. Desta forma nota-se a necessidade de
passar certa tranquilidade para este homem, então foi criado o seguro para lhe proporcionar
algum resguardo caso venha a ocorrer algum imprevisto.
O surgimento do seguro DPVAT está vinculado aos frequentes riscos observados no
altíssimo tráfego de veículos, bem como os ricos que os pedestres estão submetidos ao
disputar espaço com estas máquinas que utilizam as vias.
Quanto a nomenclatura, o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados Por
Veículos Automotores que é popularmente conhecido como DPVAT.
É bem verdade que o seguro DPVAT é questão de caráter social, pois é de pouco
conhecimento daqueles que dele necessitam. Sua indenização é para vítimas de acidentes
causados por veículos que trafegam por vias terrestres.
Essa questão é bastante forte, pois em pouquíssimos casos os condutores dos veículos
teriam capacidade de arcar com as despesas ocasionadas pelo sinistro.
Desta maneira Nogueira afirma que:
Trata-se de uma lei especial, que, abstraindo a noção de culpa, impõe a obrigatoriedade da reparação, pela simples utilização de veículos automotores, consagrando a responsabilidade objetiva, embora alguns erroneamente assim não reconheçam (NOGUEIRA, 1978, p. 20).
Surgiu com a Lei nº 6.194 de 19 de setembro de 1974, e foi atualizada pelas Leis nº
84441/92, 11.482/07 e 11945/09.
O contrato de seguro, cujo sua finalidade é a de atenuar que toda a responsabilidade do
dano o segurado possa arcar. Portanto observamos em nosso Novo Código Civil em seu
capítulo XV, artigo 757 que trata:
Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o pagamento do prêmio, a garantir prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou a coisa, contra riscos predeterminados. Parágrafo único: Somente pode ser parte no contrato de seguro, como segurador, entidade para tal fim legalmente autorizada (NOVO CÓDIGO CIVIL, 2007, p.156).
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Este seguro conforme sua nomenclatura define, cobre exclusivamente danos pessoais.
Não há de se preocupar com o culpado pelo sinistro, a lei determina apenas o envolvimento
no acidente com o veículo automotor. A vítima pode ser o condutor, passageiro ou pedestre.
O procedimento para o interessado por este seguro é bastante simples. Será necessário
apenas documentos pessoas e documentos do sinistro. Ou seja, o prêmio pode ser adquirido
pelas vias administrativas. Sem a necessidade de intervenção de terceiros. As indenizações de
seguro são pagas em até 30 dias, após a entrega completa da documentação exigida.
Conforme se verifica no artigo 5º da Lei 6.194/74:
o pagamento da indenização será efetuado mediante simples prova do acidente e do dano decorrente, independentemente da existência de culpa, haja ou não resseguro, abolida qualquer franquia de responsabilidade do seguro(BRASIL, 1974, SP).
Os danos pessoais cobertos pelo DPVAT são nos casos de falecimento, invalidez total
ou parcial, e como despesas de assistência médica e suplementares gastas com o tratamento
realizado em decorrência dos danos causados no sinistro.
Não serão cobertos pelo seguro DPVAT danos materiais, acidentes ocorridos fora do
território nacional, danos pessoais causados pela contaminação originária de radioatividade de
qualquer tipo de combustível de matéria nuclear.
Anteriormente a pessoa interessada escolheriam aleatoriamente uma seguradora para
requerer a indenização. No entanto em 08 de dezembro de 2006, o Conselho Nacional de
Seguros Privados na Resolução nº 154, determinou que uma única seguradora especializada
administrasse dois consórcios específicos, então através da Portaria nº 2.797/07, publicada em
07 de dezembro de 2007 a criação da Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT.
Esta é definida por uma companhia de capital nacional constituída por seguradoras
participantes de dois consórcios. A Seguradora Líder passou a representá-las nas esferas
administrativas e judicial, facilitando em inúmeros pontos, tanto para as seguradoras
consorciadas como para os beneficiários da indenização.
Existem casos especiais em que será necessário o reclamante acionar a seguradora em
que o veículo foi contratado, casos estes que envolverem transporte coletivo, ônibus,
microônibus. O cadastro do seguro deverá ser apresentado pelo causador do acidentes. Por
exemplo, o vitimado requerente da indenização do seguro DPVAT deverá procurar a empresa
de serviço de ônibus.
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Infelizmente em nosso país tudo que movimenta dinheiro é alvo de fraude e utilização
indevida, isto não é diferente com o DPVAT. Este seguro acaba sendo usado para diversos
tipos de fraude, bem como é utilizado como meio para tirar vantagens daqueles que são leigo
no ramo do direito. Os indivíduos mal intencionados acabam interferindo no simples
requerimento administrativo realizando muitas vezes a cobrança de honorários
desnecessários. Na tentativa de inibir estas práticas foi criada a Medida Provisória 451,
visando bater de frente com as fraudes que causam prejuízo a administração do DPVAT.
Quanto desrespeito a prescrição, levamos em consideração a renovação do Código
Civil no ano de 2003, que definiu o prazo para dar entrada no pedido de indenização do
Seguro DPVAT, que passou a ser de três anos, contados a partir da data em que ocorreu o
acidente. Ou seja, o prazo prescricional para realizar o pedido de indenização do seguro
DPVAT é decenal, na qual o a contagem será iniciada ao verificar o dano estipulado pela lei,
como morte, invalidez permanente, despesas com medicamentos e assistência médica e
suplementar.
O Nexo de Causalidade do Automóvel no Sinistro
É essencial para um melhor entendimento do presente estudo demonstrar a
necessidade da sociedade como um todo a importância deste assunto em pauta. Segundo
Bechara (2010, online): “Não raro, dúvidas afloram versando a cobertura do seguro de
DPVAT, em situações especiais por onde se verifica a existência de um dano pessoal, sem
que, contudo, haja relação de causalidade com o uso do veículo.”. O doutrinador Martins
(2008) ensina que:
o seguro DPVAT não é seguro de responsabilidade civil, mas sim, seguro obrigatório de danos pessoais, cuja indenização deve ser prestada, nos ditames da própria Lei do DPVAT a todas as vítimas de acidentes automobilísticos independentemente de apuração de culpa, bastando que seja demonstrada a existência de dano e sua causa. Salienta que o legislador jamais cogitou de constituir prazos prescricionais para os seguros obrigatórios de danos pessoais, que é o caso do DPVAT, por isso não está sujeito ao prazo do art. 206, § 3. º, IX do CC. Relata ainda que, o decreto lei nº 73/66 cita alguns seguros de responsabilidade civil e de contratação obrigatória em seu art.20, e ao citar o DPVAT redige como um seguro de danos pessoais e não de responsabilidade civil. Logo o prazo prescricional do DPVAT é decenal cuja contagem se inicia imediata verificação do dano garantido pela referida lei, ou seja, morte, despesas com assistência médica e suplementar ou invalidez permanente, levando em consideração o art. 205 do Código Civil. (MARTINS, 2008 p. 110)
16
Na maioria dos casos dos acidentes relacionados com veículos automotores as pessoas
não tem idéia do direito deste benefício. Nesse sentido:
Para quem ainda não sabe, o famoso DPVAT significa Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres. A sigla refere-se, como diz o slogan da própria campanha de divulgação, ao "único seguro que protege todos os brasileiros" vitimados por acidentes de trânsito, não importa se motoristas, passageiros ou pedestres. O seguro é pago todos os anos pelos proprietários de veículos de passeio, ônibus, micro-ônibus, motocicletas e similares. (NERY, 2010, online)
De fato o seguro DPVAT não é de fácil conhecimento em nossa sociedade, desta feita
acaba gerando diversas duvidas em relação a referido seguro, acontecimentos como a falta de
acesso a justiça da sociedade mais carente, a falta de veiculação de informações que lhes
seriam de grande valia para o conhecimento deste seguro. Para um melhor entendimento deste
seguro e reforçar o que foi dito em linhas anteriores:
Criado pela lei n° 6.194/74, o Seguro Obrigatório de Danos Pessoais, Causado por Veículos Automotores, ou popularmente conhecido como DPVAT, é pago todos os anos pelos proprietários de veículos automotores, sem exceção, na ocasião do licenciamento, e tem por finalidade cobrir eventuais danos pessoais ocorridos em acidentes de trânsito. O Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores (DPVAT) é um direito garantido a todos os cidadãos, mas pouco conhecido pela população. Sua indenização é para vítimas de acidentes causados por veículos que transitam por via terrestre, por isso a lei não cita trens, barcos, aeronaves e similares. A nomenclatura do seguro inicia dizendo a forma de cobertura, ou seja, Danos Pessoais. Ele cobre pura e exclusivamente danos pessoais. A vítima tem a garantia da indenização mesmo que o culpado pelo acidente não tenha condições de arcar com o dano que causou. Esta vítima pode estar dentro ou fora do veículo, poderá ser proprietária ou não; a lei exige apenas o envolvimento no acidente com o veículo automotor. A indenização independe da prova de culpados. O procedimento para receber a indenização do Seguro Obrigatório DPVAT é simples e dispensa a interferência de terceiros. (DALL, 2010, online)
Quanto ao embasamento a cerca do pagamento deste seguro é posto em pauta quando
há dúvida se houve ou não de alguma maneira interferência de qualquer veiculo automotor
devidamente quite com o pagamento deste seguro obrigatório. Contratado no momento da
regularização perante o órgão fiscalizador, que possibilitará este veículo a trafegar nas
estradas de rodagem, centros urbanos e demais vias. Este questionamento é fruto de muitas
discussões no âmbito jurídico. Neste sentido o professor Luís Felipe Pellon ensina que:
o veículo tem de ser o causador e não mera com causa passiva ao acidente. É pois necessário que o veículo tenha, de alguma forma, contribuído para o dano. No caso de veículo estacionado é além disso necessário que ocorra, uma ação espontânea,
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mecânica, sem interferência da vítima. É preciso, pois, a ocorrência de um nexo causal. (PELLON, 2010, online)
Para melhor ilustrar esta dúvida quanto ao nexo da causalidade da cobertura do seguro
DPVAT, há de se levar em consideração um seguinte caso hipotético: Um cidadão que
trabalha em uma distribuidora de alimento sofre um acidente dentro do pátio da empresa que
trabalha. Um caminhão ao ser manobrar dentro do pátio desta empresa encosta a uma placa de
aço que por sua vez despenca em cima deste trabalhador e por infelicidade lhe causa danos
graves. A princípio caracterizará acidente de trabalho, porém há de se levar em consideração
um possível acidente envolvendo veiculo automotor, possibilitando o direito a indenização
através do seguro DPVAT.
Outro caso que podemos mencionar é o de um trabalhador no meio rural em sua
colheitadeira que por infelicidade sofre um enfarto dentro do veículo, este poderá ser
indenizado.
Outros casos que poderiam gerar dúvida quanto ao nexo de causalidade, as pessoas
comumente pensam que o seguro DPVAT apenas deverá ser aplicado em casos de batidas ou
atropelamentos, além podem ser considerados casos da vítima machucar a mão na porta,
porta-malas ou capô; trocando o pneu do carro; queda de moto em movimento ou parada;
queda da carroceria de um veículo de carga, mesmo este estando parado; em oficina mecânica
trabalhando em veículo; enfarto dentro de veículo no transito, implementos agrícolas, até
mesmo em veículos de organização militar, como um tanque de guerra. Todos estes casos em
local público ou privado, contanto que cause vítima poderá recorrer ao Seguro DPVAT. É
possível que este direito seja negado, o que não impede que a pessoa interessada recorra a
justiça.
Há jurisprudências que negam o direito do recorrente nestes caos especiais, como é o
caso que tomamos como exemplo recurso especial não-provido,
os danos pessoais sofridos por quem reclama indenização do seguro DPVAT devem ter sido efetivamente «causados por veículos automotores de via terrestre, ou por sua carga», nos termos do art. 2º, da Lei 6.194/74, ainda que seja dispensado o «trânsito» do veículo. (REsp 1.185.100/MS, 4ª Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, DJe de 18.02.2011) (sem destaque no original). Dessa forma, para que seja admitida a indenização securitária, quando parado ou estacionado, é necessário que o veículo automotor seja causa determinante do dano. Na hipótese, conforme consta do acórdão recorrido, o apelante estava no exercício de suas funções de trabalho quando sofreu uma queda do caminhão que era descarregado, sem que este sinistro tenha qualquer liame com o veículo automotor. Outrossim, o evento não se enquadra na categoria de acidente coberto pelo DPVAT, porque não houve nenhum ação espontânea ou mecânica do veículo ou sequer relacionada ao seu movimento. Ao revés, tudo indica que o dano decorre de uma fatalidade, um caso fortuito em que o autor caiu de cina do
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caminhão parado, quando efetuava o descarregamento da carga ali posta (e-STJ fl. 120). Em outras palavras, o veículo automotor não foi a causa determinante do dano sofrido pelo recorrente, sendo, portanto, incabível a indenização securitária. Com efeito, de acordo com a moldura fática trazida pelo acórdão, se tratou de uma queda do caminhão, enquanto o autor descarregava mercadorias do seu interior, sem que o veículo estivesse em movimento ou mesmo em funcionamento. Assim como nas outras hipóteses em que esta Corte negou o direito à indenização, pode-se dizer que o veículo automotor «somente fez parte do cenário do infortúnio». (REsp 1.185.100/MS, 4ª Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, DJe de 18.02.2011), não sendo, portanto, devido o seguro DPVAT. Forte nessas razões, NEGO PROVIMENTO ao recurso especial. ...» (Minª. Nancy Andrighi).
Verificamos que o entendimento a cerca deste assunto é interpretado me maneira
diversa até mesmo pelos grandes magistrados que nos pretórios desta pátria atuam.
Diante disso podemos observar o quanto esta espécie de seguro é passível de dúvidas
quanto ao seu cabimento ou negativa.
A grande questão é definir em que circunstâncias este seguro será aplicado, algo que
deverá ser observado com atenção trabalhado com bastante conhecimento no assunto em
pauta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo pretendeu analisar o quanto o seguro DPVAT é importante para
todos que utilizam os veículos para locomover-se, bem como aqueles pedestres que por
ventura aproximam-se destes veículos. Analisar também a existência da ligação do fato
ocorrido causador do dano a pessoa com o veículo segurado. Demonstrando casos hipotéticos
de geram dúvida na sua aplicação.
Demonstrando de forma singela a ligação do homem e veículo no decorrer dos
tempos. Seus benefícios melhorando a locomoção encurtando distâncias, favorecendo aqueles
que querem ficar menos tempo longe de seus familiares e amigos. Ajudando a desenvolver o
crescimento no comércio e serviços. Também os riscos ao fazer uso sem responsabilidade
destas máquinas que tanto modificaram a vida do homem. A responsabilidade pela vida das
pessoas que utilizam as vias públicas para trabalho e lazer, bem como a própria vida daqueles
que estão a conduzir.
É plausível a coerência dos governantes obrigarem os proprietários dos veículos a
liquidarem este seguro anual, afinal cada vez mais a exposição a riscos de acidentes aumenta.
Então se deve observar de uma maneira mais intensificada e cuidadosa a forma como este
seguro é interpretado e aplicado. Atualizações foram feitas através dos anos na lei, ou seja,
apenas há a necessidade de praticá-la seguindo a risca. Educando aqueles que utilizarão os
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veículos. Campanhas passem a ser comuns em locais de trabalho, em escolas e principalmente
no momento de habilitar os futuros condutores.
Verificamos que muitas vezes os segurados não sabem ao menos do que se trata
aquele referido seguro, a única coisa que o proprietário fica sabendo, é que tem que pagar
aquela taxa que está no boleto junto ao IPVA.
A educação quanto ao seguro DPVAT deve também preparar as pessoas para ao
menos saberem o que lhe é de direito, conduta que não é comumente praticada no Brasil. O
povo Brasileiro é famoso por ser mal informado, não por culpa de seus governantes, mais sim
por conta da falta de interesse de buscar seus direitos. Sempre é muito fácil culpar os que
estão a frente da administração pública, no entanto falta também o interesses das pessoas para
ficarem melhor informadas.
Não há dúvida que se houver um melhor interesse por parte das pessoas em conhecer
este ainda tão pouco mencionado seguro. Bem como incentivos do governo quanto a
educação, tanto nas escolas, onde estarão os futuros condutores, como no momento da
habilitação de condutores. Na reciclagem dos antigos, na devida punição dos infratores que
atuam de maneira indevida cometendo irregularidades nas vias, os que dirigem sobre efeitos
de tóxicos e álcool colocando muitas vidas em risco. Desta forma as pessoas ao utilizar as vias
viveriam mais tranquilas, tornando nossas ruas e estradas, vias que lhes tragam segurança ao
trafega-las, estando cientes deste direito tão pouco conhecido que é a indenização do Seguro
DPVAT, bem como sabendo quando ele é cabível ou não.
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The DPVAT Insurance And The Casual Link
ABSTRACT
As time passes we note that there is a large increase in the number of vehicles circulating in
the streets and roads. People use these machines for various purposes, like facilitating their
meetings and narrowing distances. It is used to take them to work and contribute
considerably to trade as decreases distances. It brings a better life to many people. We should
notice that maybe there´s a negative side of this situation. The increasing number of traffic
accidents involving motor vehicles. Then there was the necessity of creating
a insurance called DPVAT. That would be responsible for compensating people who has
been involved in these accidents. Once the vehicle has caused
the accident (and consequently has caused damages to somebody) the victim will or not will
be compensated depending on the causal link.
Keywords: Mandatory insurance, Indemnification, Causality, Accident car victim.
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REFERÊNCIAS
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