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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL DANIELA DA COSTA LEITE COELHO Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, campus Mossoró-RN. MOSSORÓ RN 2010

Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS

CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL

DANIELA DA COSTA LEITE COELHO

Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e

tratamento de resíduos sólidos da Universidade Federal Rural do

Semi-Árido, campus Mossoró-RN.

MOSSORÓ – RN

2010

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DANIELA DA COSTA LEITE COELHO

Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e

tratamento de resíduos sólidos da Universidade Federal Rural do

Semi-Árido, campus Mossoró-RN.

Monografia apresentada à Universidade Federal

Rural do Semi-Árido – UFERSA, Departamento

de Ciências Ambientais e Tecnológicas para a

obtenção do título de Engenheiro Agrícola e

Ambiental.

Orientador: Profª. Dra. Solange Aparecida

Goularte Dombroski – UFERSA.

Co-orientador: Prof. Dr. Rafael Oliveira Batista –

UFERSA.

MOSSORÓ – RN

2010

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Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e

catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA

C672d Coelho, Daniela da Costa Leite.

Dimensionamento de sistema para recebimento,

armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da

Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Campus

Mossoró-RN / Daniela da Costa Leite Coelho. -- Mossoró,

2010.

72f. : il.

Monografia (Graduação em Engenharia Agrícola e

Ambiental) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

Pró-Reitoria de Ensino e Graduação.

Orientador: Prof. Dra. Solange Aparecida Goularte

Dombroski.

Co-orientador: Prof. Dr. Rafael Oliveira Batista.

1. Meio ambiente. 2.Resíduos sólidos. 3.UFERSA.

I.Título.

CDD: 304 Bibliotecária: Keina Cristina Santos Sousa e Silva

CRB15 120

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DANIELA DA COSTA LEITE COELHO

Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e

tratamento de resíduos sólidos da Universidade Federal Rural do

Semi-Árido, campus Mossoró-RN.

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências

Ambientais e Tecnológicas para a obtenção do título de

Engenheiro Agrícola e Ambiental.

APROVADA EM: / /

BANCA EXAMINADORA

Profª. Dra. Solange Aparecida Goularte Dombroski – UFERSA.

Presidente

Profº. Dr. Rafael Oliveira Batista – UFERSA.

Primeiro Membro

Profº. Dr. Paulo César Moura da Silva – UFERSA.

Segundo Membro

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OFEREÇO

À Deusdedith de Sousa Leite (in memorian),

que foi meu avô e meu exemplo de pai,

e que onde estiver deve estar muito orgulhoso por essa minha conquista.

À Maria Marques da Silva (in memorian),

minha bisavó, com quem aprendi que devemos ter humildade no coração

e fazermos sempre o bem ao próximo.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pela oportunidade de viver, por todas as pessoas que encontrei nessa vida até hoje, e

por me dá sempre força e esperança para seguir em frente, aprendendo a cada obstáculo que

encontro pelo caminho.

À minha mãe, Deusieme da Costa Leite, pelo amor dedicado e todo esforço que fez para me

educar, me mostrando sempre o melhor caminho para que eu seguisse e me tornasse a pessoa

que sou hoje.

A todos meus familiares, por todo amor, carinho e atenção, e por estarem sempre presentes ao

meu lado em todos os momentos da minha vida.

À Ana Luíza Ferreira, Jurema Araújo, Lisabelle Rodrigues, Lidiane Vieira, Herison Alves,

Hélio Nogueira e Artênio Cabral, que foram mais que colegas de turma, me presenteando com

o nobre sentimento da amizade, e dividiram sempre comigo todas as emoções e momentos

dessa importante etapa da minha vida.

Aos demais amigos que tive oportunidade de conhecer durante a vida acadêmica, em especial,

Kassius Vinissius, Ricardo Bruno, Laércio Marques e Antônio Tomaz, por todas as alegrias

que me proporcionaram e carinho demonstrado.

Às minhas amigas, Lidiane Moreira e Glícia Pinto, por me acompanharem por todos esses

anos, desejarem sempre minha felicidade, e nunca terem deixado de me incentivar a lutar

pelos meus objetivos.

À professora Solange Goularte e ao professor Rafael Batista, pelos conhecimentos repassados

e pela dedicação que tiveram ao me orientarem neste trabalho.

A todos os professores, por todo o aprendizado transmitido, em especial aos professores Paulo

César, Roberto Pordeus, Suedêmio de Lima, Nilson Sathler, Celsemy Maia e Nildo Dias, que

além dos conhecimentos profissionais, dedicaram amizade e me orientaram nas mais diversas

situações.

Às demais pessoas que não foram citadas, mas que em algum momento fizeram parte da

minha vida e deixaram marcas importantes, meus sinceros agradecimentos.

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Renda-se, como eu me rendi.

Mergulhe no que você não conhece como eu

mergulhei.

Não se preocupe em "entender".

Viver ultrapassa todo o entendimento.

Clarice Lispector

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RESUMO

Os resíduos sólidos e semi-sólidos despertam grande preocupação na sociedade moderna.

Entre os estabelecimentos que nos dias atuais geram uma grande quantidade de resíduos

encontram-se as universidades. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo

atualizar e complementar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Universidade

Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), campus Mossoró-RN. O estudo consistiu em

quantificar e caracterizar os resíduos sólidos classe II gerados na instituição, levantar a

quantidade necessária de recipientes para armazenagem temporária, dimensionar o abrigo dos

referidos resíduos para armazenagem dos recipientes, e o pátio para resíduos compostáveis. A

quantificação e caracterização dos componentes dos resíduos sólidos classe II foram

realizadas através de amostragens e extrapolação dos dados. Com relação à quantidade,

verificou-se que se produz em média 389 kg/dia, ocasionando uma taxa de produção per

capita de 0,086 kg/hab.dia, onde os componentes mais produzidos foram restos de alimentos,

papel, papelão, plástico rígido, plástico maleável, garrafa PET e outros 2. De acordo com o

levantamento do número de recipientes, a instituição deve adquirir 59 e 88 recipientes para

armazenamento temporário e externo, respectivamente. Com relação ao dimensionamento do

abrigo de resíduos sólidos da UFERSA, reaproveitou-se a edificação do setor de suinocultura

desativado, dividindo-o em ambientes de acordo com a destinação final dos componentes

enquadrados nas classes de RECICLÁVEIS, COMPOSTÁVEIS e OUTROS. Verificou-se

ainda que, posteriormente poder-se-á reaproveitar o restante da edificação, cuja utilização não

foi prevista neste estudo, para expandir o abrigo, já que a UFERSA encontra-se em fase de

expansão.

Palavras-chave: Meio ambiente, Resíduos sólidos, UFERSA.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Codificação de alguns resíduos classificados como não perigosos. ....................... 17

Tabela 2 – Municípios com serviços de limpeza urbana e/ou coleta de lixo. .......................... 24

Tabela 3 – População da UFERSA, campus Mossoró-RN, no segundo semestre de 2010. .... 28

Tabela 4 – Material utilizado para preparação das amostras de resíduos sólidos classe II

produzidos na UFERSA, campus Mossoró-RN. ...................................................................... 31

Tabela 5 – Quantidade verificada de resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus

Mossoró, na primeira semana de estudo. .................................................................................. 40

Tabela 6 – Quantidade verificada de resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus

Mossoró, na segunda semana de estudo ................................................................................... 40

Tabela 7 – Produção per capita de resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, campus

Mossoró-RN, na primeira semana de estudo. ........................................................................... 41

Tabela 8 – Produção per capita de resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, campus

Mossoró-RN, na segunda semana de estudo. ........................................................................... 42

Tabela 9 – Pesagem das quatro amostras de 100 L coletadas por dia para caracterização física

dos resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na primeira

semana de estudo. ..................................................................................................................... 44

Tabela 10 – Pesagem das quatro amostras de 100 L coletadas por dia para caracterização

física dos resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na segunda

semana de estudo. ..................................................................................................................... 45

Tabela 11 – Caracterização física, expressa em quilogramas, das amostras de resíduos sólidos

classe II(a)

coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na primeira semana de estudo. ...... 46

Tabela 12 – Caracterização física, expressa em quilogramas, das amostras de resíduos sólidos

classe II(a)

coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na segunda semana de estudo. ....... 47

Tabela 13 – Caracterização física referente à média respectiva de cada dia das duas semanas

de estudo, expressa em quilogramas, das amostras de resíduos sólidos classe II(a)

coletados na

UFERSA, campus Mossoró-RN. .............................................................................................. 48

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Tabela 14 – Extrapolação dos dados referentes às amostras diárias obtidas nos dois estudos

semanais para a produção total diária e semanal dos resíduos sólidos classe II(a)

coletados na

UFERSA, campus Mossoró-RN. .............................................................................................. 49

Tabela 15 – Estimativa do volume médio diário de cada constituinte, em m3, dos resíduos

sólidos classe II(a)

coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN. ........................................... 50

Tabela 16 – Composição gravimétrica referente à média respectiva de cada dia das duas

semanas de estudo dos resíduos sólidos classe II(a)

coletados na UFERSA, campus Mossoró-

RN. ............................................................................................................................................ 51

Tabela 17 – Quantidade necessária de recipientes de 200 L para armazenagem temporária dos

resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, Campus Oeste, Mossoró-RN. ................. 53

Tabela 18 – Quantidade necessária de recipientes de 200 L para armazenagem temporária dos

resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, Campus Leste, Mossoró-RN. .................. 54

Tabela 19 – Quantidade necessária total de recipientes de 200 L para armazenagem

temporária dos resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, campus Mossoró-RN. .... 55

Tabela 20 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos

resíduos sólidos classe II(a)

gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para disposição no

aterro sanitário municipal. ........................................................................................................ 56

Tabela 21 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos

resíduos sólidos classe II(a)

gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para reciclagem. .... 56

Tabela 22 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos

resíduos sólidos classe II(a)

gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para compostagem .... .

.................................................................................................................................................. 57

Tabela 23 – Estimativa do número necessário de tambores (200 L) para armazenamento no

Abrigo de Resíduos dos resíduos sólidos classe II gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN,

até a coleta externa. .................................................................................................................. 58

Tabela 24 – Estimativa da área necessária do Abrigo de Resíduos para disposição dos

tambores(c)

utilizados para armazenamento dos resíduos sólidos classe II gerados na

UFERSA, campus Mossoró-RN, até a coleta externa. ............................................................. 58

Tabela 25 – Área necessária e área sugerida para os ambientes de RECICLÁVEIS, OUTROS

e COMPOSTÁVEIS do Abrigo de Resíduos Sólidos classe II gerados na UFERSA, campus

Mossoró-RN. ............................................................................................................................ 62

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Localização da UFERSA, campus Mossoró-RN. ................................................... 27

Figura 2 – Pesagem do veículo utilizado para coleta dos resíduos sólidos classe II na

UFERSA, campus Mossoró-RN, utilizando a balança rodoviária localizada ao lado do

Laboratório de Sementes, 01/09/2010. ..................................................................................... 30

Figura 3 – Fotografia dos resíduos sólidos classe II gerados na UFERSA sendo descarregados

para caracterização física, no local definido coberto por lona, após pesagem na balança

rodoviária. Setor de suinocultura desativado – Campus Leste da UFERSA, Mossoró-RN,

31/08/2010. ............................................................................................................................... 32

Figura 4 – Fotografia do processo de rompimento dos receptáculos para homogeneização dos

resíduos sólidos classe II gerados na UFERSA. Setor de suinocultura desativado – Campus

Leste da UFERSA, Mossoró, 31/08/2010. ............................................................................... 32

Figura 5 – Fotografia do processo de homogeneização dos resíduos sólidos classe II gerados

na UFERSA. Setor de suinocultura desativado – Campus Leste da UFERSA, Mossoró-RN,

31/08/2010. ............................................................................................................................... 33

Figura 6 – Fotografias de alguns dos materiais separados de acordo com as classes

determinadas. Setor de suinocultura desativado – Campus Leste da UFERSA, Mossoró-RN,

31/08/2010. ............................................................................................................................... 33

Figura 7 – Recipiente (tambor) com capacidade para 200 L, utilizado para armazenamento

temporário dos resíduos sólidos classe II, colocados na área externa das edificações da

instituição. ................................................................................................................................ 36

Figura 8 – Setor de Suinocultura desativado. Campus Leste da UFERSA, Mossoró-RN,

31/08/2010. ............................................................................................................................... 37

Figura 9 – Composição gravimétrica (porcentagem em relação ao peso total) referente à

média respectiva de cada dia das duas semanas de estudo dos resíduos sólidos classe II(a)

coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN. ......................................................................... 57

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Insdustrial

NBR – Norma Brasileira

PET – Politereftalato de Etileno

PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

PNSB – Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

PROGRAD – Pró-Reitoria de Graduação

PRORH – Pró-Reitoria de Recursos Humanos

RDC – Resolução da Diretoria Colegiada

SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente

SNVS – Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

SUASA – Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária

UFERSA – Universidade Federal Rural do Semi-Árido

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 13

2 REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................... 15

2.1 RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................................................................................... 15 2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................. 15 2.2.1 Classificação dos resíduos sólidos quanto à origem ................................................... 16 2.2.2 Classificação dos resíduos sólidos quanto à periculosidade....................................... 16

2.2.3 Classificação dos resíduos de serviços de saúde de acordo com a Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (ANVISA) ........................................................................................ 18

2.3 ASPECTOS LEGAIS RELACIONADOS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS ......................... 19 2.4 ARMAZENAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS........................... 21 2.5 DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS ........ 23 2.6 PRODUÇÃO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................... 23

2.7 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NAS UNIVERSIDADES ...................................... 24

3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 27

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .............................................................. 27

3.2 PERÍODO DE ESTUDO .................................................................................................... 28 3.3 PROCEDIMENTO PARA QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS

NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN .............................................................................. 29

3.3.1 Procedimento usado para estimativa da produção per capita de resíduos sólidos

classe II gerados na UFERSA ................................................................................................ 30 3.4 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA,

CAMPUS MOSSORÓ-RN ...................................................................................................... 30

3.4.1 Material utilizado para preparação das amostras...................................................... 31 3.4.2 Procedimento utilizado para preparação das amostras ............................................. 31

3.4.3 Caracterização por classes de materiais (tipos de componentes) .............................. 34 3.5 LEVANTAMENTO DA QUANTIDADE NECESSÁRIA DE RECIPIENTES DE

ARMAZENAGEM TEMPORÁRIA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA,

CAMPUS MOSSORÓ-RN ...................................................................................................... 35 3.6 PROCEDIMENTO PARA DIMENSIONAMENTO DO ABRIGO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN ......................................... 37

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 40

4.1 RESULTADOS REFERENTES À QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN .......................................................... 40

4.1.1 Resultados observados da produção per capita de resíduos sólidos classe II gerados

na UFERSA ............................................................................................................................ 41 4.2 RESULTADOS OBTIDOS DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN ......................................... 43 4.2.1 Resultados obtidos com a preparação das amostras .................................................. 43

Page 14: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

4.2.2 Resultados obtidos com relação à avaliação da produção média de cada

componente ............................................................................................................................ 46

4.2.3 Resultados obtidos com relação à avaliação da massa específica aparente e

estimativa do volume médio de cada componente ............................................................... 49 4.2.4 Resultados obtidos com relação à avaliação da composição gravimétrica .............. 50 4.3 RESULTADOS RELACIONADOS AO LEVANTAMENTO DA QUANTIDADE

NECESSÁRIA DE RECIPIENTES DE ARMAZENAGEM TEMPORÁRIA DOS

RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN .................... 52 4.4 RESULTADOS REFERENTES AO DIMENSIONAMENTO DO ABRIGO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN .................... 55

4.4.1 Elaboração da planta baixa do Abrigo de Resíduos da UFERSA, campus Mossoró-

RN, com sugestões de adequação .......................................................................................... 59

5 CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 63

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 64

APÊNDICE ............................................................................................................................. 67

Page 15: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

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1 INTRODUÇÃO

Com o crescimento da população, vem-se aumentando o consumo dos recursos

naturais, acarretando com isso, a depreciação cada vez mais acelerada desses bens,

transformando-os em resíduos. Estes resíduos, sejam sólidos, líquidos, ou gasosos, são

produtos resultantes dos diversos processos socioeconômicos e das múltiplas atividades

realizadas pelo homem, sendo gerados de forma inevitável.

Atualmente, os resíduos sólidos e semi-sólidos despertam grande preocupação na

sociedade moderna, se apresentando em grandes quantidades, e que, ao serem jogados no

meio ambiente, sem tratamento e disposição adequada, causam sérios problemas, tais como a

geração de maus odores; poluição visual, do solo, hídrica e atmosférica; e a proliferação de

vetores (insetos e roedores) responsáveis pela transmissão de doenças ao ser humano.

Do ponto de vista socioeconômico, os resíduos sólidos também causam impactos

negativos devido ao consumo de recursos naturais de forma exagerada; a necessidade de

armazenar, tratar e dispor no ambiente de forma controlada, visando minimizar os impactos

negativos e degradação deste; além da adoção de medidas de prevenção e combate a doenças

que podem afetar diretamente o homem.

Os resíduos sólidos, quando tratados e dispostos de forma planejada e controlada

podem ser utilizados em outras atividades, como: matéria-prima para a construção civil;

fabricação de produtos reciclados ou ainda, nas atividades agrícolas, como composição da

matéria orgânica dos adubos. Neste sentido, torna-se necessária a adoção de políticas de

gerenciamento dos resíduos sólidos, proporcionando com isso, um adequado tratamento e

destinação final de acordo com a classificação dos mesmos, minimizando com esses tipos de

medidas, a ocorrência de impactos negativos tanto ao meio ambiente como ao próprio ser

humano.

Entre os diversos tipos de estabelecimentos que nos dias atuais geram uma grande

quantidade de resíduos encontram-se as universidades, devido ao fato da grande concentração

de pessoas em constante circulação, realizando as mais diversas atividades. No ambiente das

universidades, dependendo das áreas de atuação em ensino, pesquisa e extensão, os resíduos

sólidos podem incluir tanto os resíduos do tipo doméstico como também, entulho de obras,

resíduos de serviços de saúde, restos de poda, aparelhos e eletrodomésticos, pilhas e baterias,

lâmpadas fluorescentes, resíduos de atividades agrícolas (embalagens de fertilizantes e de

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defensivos agrícolas, rações, restos de colheitas, sementes e outros) e resíduos perigosos

derivados de atividades laboratoriais.

Sendo as universidades, instituições que visam à formação do indivíduo consciente das

suas obrigações de cidadão, torna-se fundamental a implantação de programas de

conscientização da preservação ambiental dentro do próprio planejamento de ensino e

pesquisa.

Algumas universidades, como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a

Universidade Federal de Viçosa (UFV), já apresentam na sua gestão administrativa planos de

gerenciamento de resíduos sólidos, os quais estabelecem normas e diretrizes, objetivando a

diminuição da produção desses resíduos, como também a caracterização e disposição final dos

mesmos.

Atualmente, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), campus

Mossoró-RN, encontra-se em fase de ajustes e implantação de seu Plano de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos (PGRS da UFERSA - Mossoró).

Neste contexto, entende-se que o presente trabalho é de grande importância para

atualização e complementação do PGRS da UFERSA - Mossoró, considerando que o mesmo

tem como objetivo principal, dimensionar o sistema para recebimento, armazenamento e

tratamento adequado dos resíduos sólidos classe II produzidos nesta instituição, além de

quantificá-los e avaliar sua composição física.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

A seguir são apresentadas informações específicas sobre resíduos sólidos, incluindo

definição, classificação, aspectos legais pertinentes ao tema, armazenagem e tratamento,

disposição e seus impactos ambientais, produção nacional e gestão de resíduos sólidos em

universidades.

Vale ressaltar que em publicações sobre resíduos sólidos, em geral, os termos “lixo” e

“resíduos sólidos” são utilizados indistintamente (MONTEIRO et al., 2001, p.25). Desta

forma, na revisão da literatura deste trabalho, procurar-se-á apresentar os termos conforme

apresentado pelo autor das publicações consultadas.

2.1 RESÍDUOS SÓLIDOS

De acordo com a NBR 10.004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT,

2004, p. 1), que dispõe sobre resíduos sólidos, estes são definidos como:

Resíduos encontrados nos estados sólidos e semi-sólidos, os quais resultam de

atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola e de

serviços de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes dos

sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de

controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem

inviável seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpo de água, ou exijam

para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia

disponível (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004, p. 1)

Assim, segundo esta norma, são considerados resíduos sólidos não apenas material no

estado sólido. São classificados como tal, certos resíduos no estado semi-sólido e até mesmo

no estado líquido.

2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Para um correto tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, torna-se necessária

a caracterização desses resíduos, tomando como base critérios pré-estabelecidos pela

legislação ambiental. A seguir, são apresentadas as classes de resíduos em relação à origem e

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16

à periculosidade, além da classificação específica para resíduos de serviços de saúde de

acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

2.2.1 Classificação dos resíduos sólidos quanto à origem

Para Monteiro et al. (2001, p. 26) “a origem é o principal elemento para a

caracterização dos resíduos sólidos. Segundo este critério, os diferentes tipos de lixo podem

ser agrupados em cinco classes, a saber”:

a) Lixo doméstico ou residencial;

b) Lixo comercial;

c) Lixo público;

d) Lixo domiciliar especial:

- Entulho de obras;

- Pilhas e baterias;

- Lâmpadas fluorescentes;

- Pneus.

e) Lixo de fontes especiais:

- Lixo industrial;

- Lixo radioativo;

- Lixo de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários;

- Lixo agrícola;

- Resíduos de serviços de saúde.

2.2.2 Classificação dos resíduos sólidos quanto à periculosidade

No que diz respeito à classificação dos resíduos sólidos quando a periculosidade que

estes apresentam, a NBR 10.004 (ABNT, 2004, p. 3) os classifica da seguinte forma:

a) Resíduos Classe I – Perigosos: aqueles que apresentam características de inflamabilidade,

corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade e que apresentam periculosidade

em função de suas propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas. Podem

Page 19: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

17

apresentar: risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou

acentuando seus índices; risco ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de

forma inadequada.

b) Resíduos Classe II – Não Perigosos: entre os resíduos desta classe estão os listados na

Tabela 1.

Resíduos Classe IIA – Não Inertes: aqueles que não se enquadram nas classificações de

resíduos classe I – Perigosos ou de resíduos classe IIB – Inertes, nos termos da norma

citada. Os resíduos classe IIA – Não Inertes podem ter propriedades tais como:

biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.

Resíduos Classe IIB – Inertes: quaisquer resíduos que, quando amostrados de uma forma

representativa, segundo a ABNT NBR 10.007, e submetidos a um contato dinâmico e

estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente conforme a ABNT

NBR 10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações

superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, cor, turbidez,

dureza e sabor, conforme o Anexo G da NBR 10.004.

Tabela 1 – Codificação de alguns resíduos classificados como não perigosos.

Código de Identificação Descrição do Resíduo

A001 Resíduo de restaurante (restos de alimentos)

A004 Sucata de metais ferrosos

A005 Sucata de metais não ferrosos (latão etc.)

A006 Resíduo de papel e papelão

A007 Resíduo de plástico polimerizado

A008 Resíduo de borracha

A009 Resíduo de madeira

A010 Resíduo de materiais têxteis

A011 Resíduo de materiais não metálicos

A016 Areia de fundição

A024 Bagaço de cana

A099 Outros resíduos não perigosos

Nota: Excluídos aqueles contaminados por substâncias constantes nos Anexos C, D ou E, e

que apresentem características de periculosidade. Fonte: Adaptado pela pesquisadora (ABNT, 2004, p. 71).

Page 20: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

18

2.2.3 Classificação dos resíduos de serviços de saúde de acordo com a Agência Nacional

de Vigilância Sanitária (ANVISA)

Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância

Sanitária, RDC-ANVISA, no 306/2004 (BRASIL, 2004), os resíduos de serviços de saúde são

classificados em:

a) Grupo A: resíduos com possível presença de agentes biológicos que, por suas

características podem apresentar risco de infecção. Tais resíduos estão subdivididos em 5

subgrupos (A1, A2, A3, A4 e A5).

b) Grupo B: resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde

pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,

corrosividade, reatividade e toxicidade.

c) Grupo C: quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham

radionuclídeos em quantidade superiores aos limites de isenção especificados nas normas

da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e para os quais a reutilização é

imprópria ou não prevista.

d) Grupo D: resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou

ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Para os resíduos do

Grupo D, destinados à reciclagem ou reutilização, a identificação deve ser feita nos

recipientes e nos abrigos de guarda de recipientes, usando códigos de cores e suas

correspondentes nomeações baseados na Resolução do CONAMA no 275/2001, e símbolos

do tipo de material reciclável:

I – azul – PAPÉIS

II – amarelo – METAIS

III – verde – VIDROS

IV – vermelho – PLÁSTICOS

V – marrom – RESÍDUOS ORGÂNICOS

e) Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear,

agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas

de bisturi, lancetas, tubos capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os

utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de

Petri) e outros similares.

Page 21: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

19

2.3 ASPECTOS LEGAIS RELACIONADOS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Com relação à Política Nacional de Resíduos Sólidos, a lei correspondente foi

sancionada dia 2 de agosto de 2010, Lei nº 12.305 (BRASIL, 2010), a qual institui a Política

Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras

providências.

De acordo com o Art. 4º da referida lei, a Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne

o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo

Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal,

Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente

adequado dos resíduos sólidos.

Alguns estados já possuem suas políticas estaduais de resíduos sólidos como

(CUPERTINO, 2008, p. 4):

- Goiás - Lei nº 14.248/2002;

- Rio de Janeiro – Lei nº 4.191/2003;

- Pernambuco – Lei nº 12.008/2001;

- Santa Catarina – Lei nº 13.557/2003;

- Ceará – Lei nº 13.103/2001;

- Mato Grosso – Lei nº 7.862/2002;

- São Paulo – Lei nº 12.300/2006;

Outros Estados encontram-se em vias de implementação.

Quanto à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos, ressalte-se que o

Art. 2º da lei nº 12.305/2010 especifica quais geradores estão sujeitos à referida elaboração,

quais sejam:

I - os geradores dos seguintes resíduos sólidos: (a) resíduos dos serviços públicos de

saneamento básico (os gerados nessas atividades), excetuados os resíduos domiciliares

(originários de atividades domésticas em residências urbanas) e os resíduos de limpeza urbana

(originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza

urbana); (b) resíduos industriais (gerados nos processos produtivos e instalações industriais);

(c) resíduos de serviços de saúde (gerados nos serviços de saúde, conforme definido em

regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio

Ambiente-SISNAMA e do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária-SNVS) e (d) resíduos de

mineração (gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios).

II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que:

Page 22: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

20

a) gerem resíduos perigosos;

b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza,

composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público

municipal;

III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas

pelos órgãos do SISNAMA;

IV - os responsáveis pelos terminais e instalações que gerem resíduos de serviços de

transportes (originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e

ferroviários e passagens de fronteira) e, nos termos do regulamento ou de normas

estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte;

V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do

SISNAMA, do SNVS ou do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária-

SUASA.

Entre as normas brasileiras que tratam dos resíduos sólidos, as mais importantes são:

NBR 10.004 – Resíduos Sólidos – Classificação. Esta Norma classifica os resíduos

sólidos quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e as saúde publica, para que sejam

gerenciados adequadamente. Está vinculada à NBR 10.005 – Lixiviação de resíduos, à NBR

10.006 – Solubilização de resíduos, e a NBR 10.007 – Amostra de resíduos;

NBR 10.005 – Lixiviação de resíduos – Procedimento. Esta norma fixa os requisitos

exigíveis para a obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos, visando diferenciar os

resíduos classificados como perigosos e não perigosos (inerte e não inerte);

NBR 10.006 – Solubilização de resíduos – Procedimento. Esta norma fixa os

requisitos exigíveis para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos, visando

diferenciar os resíduos classificados como inertes e não inertes;

NBR 10.007 – Amostra de resíduos – Procedimento. Esta norma tem por objetivo

fixar as condições exigíveis para amostragem, preservação e estocagem de amostras de

resíduos sólidos. Estabelece, também, procedimentos específicos para coleta de amostras

representativas em tambores, caminhões-tanque, receptáculos contendo pó ou resíduos

granulados, lagoas de resíduos, leitos de secagem, lagoas de evaporação secas, lagoas secas e

solos contaminados, montes ou pilhas de resíduos e tanques de estocagem. Em todos esses

tipos de acondicionamento de resíduos, o coletor deve possuir equipamentos de proteção

individual adequados.

Page 23: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

21

No que diz respeito às formas de armazenamento, transporte e disposição dos resíduos

sólidos, as seguintes normas e resoluções devem ser levadas em consideração:

NBR 11.174 – Armazenamento de Resíduos;

NBR 11.174 - Armazenamento de Resíduos Classe II - Não Inertes e III - Inertes

(Antiga NB-1.264);

NBR 13.221 - Transporte de Resíduos;

NBR 7.500 - Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenagem de

Materiais – Simbologia;

Resolução CONAMA nº 308/2002 – Dispõe sobre o Licenciamento Ambiental de

sistemas de disposição final dos resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno

porte.

A Resolução do CONAMA no 275/2001, mencionada pela RDC-ANVISA n

o

306/2004, estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na

identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a

coleta seletiva, qual seja (BRASIL, 2001):

- AZUL: papel/papelão;

- VERMELHO: plástico;

- VERDE: vidro;

- AMARELO: metal;

- PRETO: madeira;

- LARANJA: resíduos perigosos;

- BRANCO: resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde;

- ROXO: resíduos radioativos;

- MARROM: resíduos orgânicos;

- CINZA: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de

separação.

2.4 ARMAZENAMENTO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Os resíduos sólidos podem ser armazenados de duas maneiras: armazenamento

temporário e armazenamento externo.

Page 24: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

22

Armazenamento temporário, segundo a RDC no306/2004 da ANVISA (BRASIL,

2004, p. 5):

Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já

acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta

dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o

ponto destinado à apresentação para coleta externa. Não poderá ser feito

armazenamento temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo

obrigatória a conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento (BRASIL,

2004, p. 5).

Já no que diz respeito ao armazenamento externo, encontram-se os Abrigos de

Resíduos, que, de acordo com a mesma resolução, RDC no306/2004 da ANVISA (BRASIL,

2004), é a nomenclatura técnica utilizada para se referir à unidade de armazenamento externo.

Esta consiste:

(...) na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa,

em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores. No

armazenamento externo não é permitida a manutenção dos sacos de resíduos fora

dos recipientes ali estacionados (BRASIL, 2004, p. 6).

Além dos tipos de armazenamentos citados anteriormente, o tipo de tratamento

empregado aos resíduos sólidos é um fator de grande importância para que esse seja menos

impactante ao meio ambiente.

Para a RDC no306/2004 da ANVISA (BRASIL, 2004, p. 6), tratamento:

Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as

características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de

contaminação, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. O

tratamento pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro

estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de segurança para o

transporte entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento (BRASIL, 2004,

p. 6).

Entre as formas de tratamento está a compostagem, a qual será empregada no PGRS

da UFERSA, campus Mossoró/RN, está a compostagem, que, segundo Matos (2006, p. 90):

É o processo por meio do qual se obtém a decomposição biológica controlada de

resíduos orgânicos transformando-os em material parcialmente humificado. Para

obtenção de sucesso e maior rapidez na compostagem, torna-se necessária a mistura

de materiais de baixa relação C/N (carbono/nitrogênio) com os de alta relação C/N.

O processo de compostagem ocorre em duas fases distintas. (...) Na primeira,

ocorrem reações bioquímicas de oxidação mais intensas, predominantemente

termofílicas (permanecendo a temperatura do material em compostagem na faixa de

40 a 65°C). Na segunda, ou fase de maturação, ocorre o processo de humificação.

Page 25: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

23

2.5 DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS

Para Monteiro et al. (2001, p. 3):

O problema da disposição final assume uma magnitude alarmante. Considerando

apenas os resíduos urbanos e públicos, o que se percebe é uma ação generalizada das

administrações públicas locais ao longo dos anos em apenas afastar das zonas

urbanas o lixo coletado, depositando-o por vezes em locais absolutamente

inadequados, como encostas florestadas, manguezais, rios, baías e vales. Mais de

80% dos municípios vazam seus resíduos em locais a céu aberto, em cursos d'água

ou em áreas ambientalmente protegidas, a maioria com a presença de catadores –

entre eles crianças –, denunciando os problemas sociais que a má gestão do lixo

acarreta.

Segundo Braga et al. (2005, p. 148):

Lançados em qualquer lugar ou inadequadamente tratados ou dispostos, os resíduos

sólidos são uma fonte dificilmente igualável de proliferação de insetos e roedores,

com os consequentes riscos para a saúde pública que daí derivam, além de ser causa

também de incômodos estéticos e de mau cheiro.

Com relação aos impactos causados pela disposição final de resíduos sólidos no solo,

os principais riscos estão relacionados com a salinização e a contaminação, tanto do solo

quanto de plantas, disseminação de metais pesados, além da contaminação do ser humano e

de animais com agentes patogênicos presentes nestes resíduos (MATOS, 2006, p. 67).

O autor citado afirma ainda que:

(...) caso não haja controle do escoamento superficial de águas pluviais ou da

irrigação, poderá causar poluição das águas superficiais e, no caso de solos de alta

permeabilidade, de águas subterrâneas (MATOS, 2006, p. 67).

2.6 PRODUÇÃO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Com base nos resultados obtidos da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

(PNSB), realizada em 2000, e divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE, 2002), pode-se verificar que eram produzidos no Brasil cerca de 125.281 toneladas de

lixo ao dia, incluindo o lixo domiciliar e comercial, sendo que 47,1% deste total era destinado

a aterros sanitários , 22,3 % a aterros controlados e apenas 30,5 % a lixões. Mostrando que

mais de 69 % de todo o lixo coletado no Brasil estaria tendo um destino final adequado, em

aterros sanitários e/ou controlados. Porém, levando em consideração o número de municípios,

Page 26: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

24

o resultado não é tão favorável, onde 63,6 % utilizavam lixões e 32,2 %, aterros adequados

(13,8 % sanitários, 18,4 % aterros controlados), sendo que 5% não informou para onde vão

seus resíduos. Após dez anos da realização da pesquisa, conclui-se que ocorreu um aumento

significativo na produção de resíduos sólidos, fato decorrente do aumento populacional e do

maior consumo de embalagens e produtos descartáveis.

A pesquisa verificou ainda uma estimativa da quantidade de resíduos sólidos coletados

diariamente, onde, nas cidades com um número de até 200 mil habitantes, são recolhidos entre

450 a 700 gramas por habitante; e nas cidades com um número de habitantes maior que 200

mil, são recolhidos entre 800 e 1.200 gramas de resíduos por habitante, sendo coletadas no

total de 125.281 toneladas de lixo domiciliar por dia em todos os municípios do país.

A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB/2000) determinou ainda a

quantidade de domicílios que são atendidos com o serviço de limpeza urbana e coleta de lixo,

como verifica-se na Tabela 2. Do total de municípios brasileiros, somente 1.814 (33,13%)

possuem 100% de resíduos coletados. Já no Nordeste, esse número cai para 345 (19,5%) dos

municípios com aproveitamento de 100% na coleta. E por último, no Estado do Rio Grande

do Norte, esse número corresponde a 95 municípios (57,57%) com 100% dos resíduos

coletados.

Tabela 2 – Municípios com serviços de limpeza urbana e/ou coleta de lixo.

Municípios com serviços de limpeza urbana e/ou coleta de lixo

Total Percentual de domicílios com lixo coletado(%)

Até 50 50 a 70 70 a 80 80 a 90 90 a 99 100 Sem declaração e

não sabe

Brasil 5.475 489 728 771 954 525 1.814 194

Nordeste 1.769 241 357 329 306 131 345 60

RN 165 - 3 19 30 18 95 - Fonte: Adaptado pela pesquisadora (PNSB apud IBGE, 2000).

2.7 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NAS UNIVERSIDADES

No que diz respeito à gestão de resíduos sólidos nas universidades, percebe-se que são

poucas as instituições de ensino superior que apresentam um plano de gestão e gerenciamento

em prática, onde muitas destas encontram-se ainda em fase de elaboração e/ou

implementação.

Page 27: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

25

Isto se deve ao fato de que:

As universidades brasileiras, ainda encontram inúmeros obstáculos para incorporar a

dimensão ambiental à formação de recursos humanos devido a vários fatores, como:

abordagem da questão ambiental de forma setorial e multidisciplinar, estudos de

caráter técnico em detrimento dos aspectos epistemológicos e metodológicos

(RODRIGUES et al., 2007).

Furiam e Gunther (2006, p. 7) afirmaram que os resíduos sólidos gerados em

ambientes universitários englobam, além daqueles classificados com resíduos sólidos

urbanos, alguns resíduos classificados como industriais e como resíduos de serviços de saúde.

Considerando que a escola deve ser um exemplo de Instituição que adota um

comportamento ambientalmente responsável com atitudes voltadas para o

desenvolvimento sustentável, surge a necessidade de se definir um destino final eficaz

e economicamente viável para esses resíduos, que pode consistir na venda de

materiais recicláveis, reaproveitamento e reciclagem de parte dos resíduos na própria

escola e disposição adequada do refugo (VITORINO et al., 2005. p. 2).

Entre as universidade que apresentam nos dias atuais planos de gestão e

gerenciamento de resíduos sólidos, pode-se citar a Universidade Federal de Viçosa (UFV), e a

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

No campus da UFV, a coleta seletiva ocorre da seguinte forma:

(...) os materiais, potencialmente recicláveis, são separados seletivamente do restante

dos resíduos sólidos pelos funcionários de limpeza de cada setor/prédio da UFV,

colaboradores do Projeto Reciclar/ASBEN. (...) A coleta seletiva ocorre com

frequência diária em todo o campus a partir das 8:00h da manhã, com o uso de um

caminhão basculante. Os resíduos orgânicos são coletados diariamente, no turno da

tarde, e destinados à Usina de Triagem da UFV/Prefeitura de Viçosa. (...) O papel é

separado em papel branco, colorido, misto, jornal e papelão. Os materiais plásticos

em PET, plástico rígido, plástico filme, sacolas plásticas e copos descartáveis. Os

metais em alumínio e metais ferrosos. Os vidros são separados pela cor branca e

verde. Os papéis e papelão, os plásticos e os metais são prensados e estocados para

posterior venda e comercialização. Os recursos obtidos com a comercialização dos

materiais reciclados são destinados à Associação Beneficente de Auxílio a

Estudantes e Funcionários da UFV, ASBEN. Lâmpadas, baterias e pilhas são

coletadas também de forma seletiva no campus da UFV, existindo coletores

especiais para a destinação desses resíduos especiais, que são levados ao galpão do

Projeto Reciclar/ASBEN e, posteriormente, destinados ao aterro municipal de

Viçosa (PUSCHMANN et al, 2004, p. 3)

Na Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, a Pró-Reitoria de Administração

preocupada com a questão do lixo gerado nas suas dependências desenvolveu, em 1996, um

Page 28: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

26

Programa de Administração e Gerenciamento dos Resíduos Sólidos da UFMG (CINTRA et

al., 1997, p. 2).

Para a implantação de um plano de gestão de resíduos sólidos, são necessárias algumas

atividades como:

(...) a quantificação e a caracterização do lixo gerado nos diferentes setores da escola.

Em seguida, deve ser promovido o envolvimento da comunidade escolar na definição

e implantação do plano de gerenciamento dos resíduos. A educação ambiental surge

como importante instrumento para o desenvolvimento do projeto, com a realização de

atividades que promovam a divulgação do plano e sensibilizem os diversos setores

envolvidos no processo para a importância da redução, reutilização e reciclagem do

lixo gerado na instituição (VITORINO et al., 2005. p. 2).

Page 29: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

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3 METODOLOGIA

A seguir são apresentadas informações relativas às características da área estudada; ao

período do estudo; ao procedimento utilizado para quantificação e caracterização de resíduos

sólidos gerados na instituição; ao levantamento da quantidade necessária de recipientes de

armazenagem temporária e ao dimensionamento do abrigo dos referidos resíduos.

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O presente estudo foi realizado na Universidade Federal Rural do Semi-Árido –

UFERSA, localizada na BR 110 – km 47, Bairro Presidente Costa e Silva, CEP 59.625-900,

no município de Mossoró-RN, e cujas coordenadas geográficas são 5º 02’ S, 37º 20’ W,

altitude de 18 m.

Fonte: Google Maps. Disponível em: < http://maps.google.com.br/maps>. Acesso em: 15 nov. 2010.

Figura 1 – Localização da UFERSA, campus Mossoró-RN.

Setor de

Suinocultura

Reitoria

Biblioteca

Page 30: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

28

A UFERSA, campus Mossoró, oferece hoje 16 cursos de graduação (Administração,

Agronomia, Biotecnologia, Ciência e Tecnologia, Ciências Contábeis, Ciências da

Computação, Direito, Ecologia, Engenharia Agrícola e Ambiental, Engenharia de Energia,

Engenharia de Pesca, Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica, Licenciaturas,

Medicina Veterinária e Zootecnia), e 6 cursos de Pós-Graduação (Fitotecnia, Ciência do Solo,

Ciência Animal, Produção Animal, Irrigação e Drenagem, e Ciência da Computação).

De acordo com dados obtidos junto a Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD) e Pró-

Reitoria de Recursos Humanos (PRORH), a instituição conta no presente semestre, 2010.2,

com a seguinte população apresentada na Tabela 3.

Tabela 3 – População da UFERSA, campus Mossoró-RN, no segundo semestre de 2010.

Classes/Setores Número de pessoas

Professores Efetivos 257

Professores Substitutos 21

Técnicos Administrativos 246

Alunos de graduação 3610

Alunos de pós-graduação 250

Trabalhadores de empresa terceirizada 87

Caixa Econômica Federal 12

Restaurante Universitário 8

Lanchonete (duas unidades) 10

Fotocopiadora (três unidades) 12

Total 4513 Fonte: Adaptado dos dados referentes à população da UFERSA obtidos junto a Pró-Reitoria de Graduação

(PROGRAD) e informações disponíveis na página da internet da Pró-Reitoria de Recursos Humanos (PRORH).

3.2 PERÍODO DE ESTUDO

As atividades de campo foram desenvolvidas no segundo semestre de 2010. Foram

realizadas duas amostragens semanais dos resíduos sólidos classe II gerados na universidade

durante o período letivo de aulas, sendo estas realizadas nos seguintes dias:

a) Primeira amostragem:

- Terça-feira, 31/08;

- Quarta-feira, 01/09;

- Quinta-feira, 02/09;

- Sexta-feira, 03/09;

- Segunda-feira, 13/09.

Page 31: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

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b) Segunda amostragem:

- Segunda-feira, 20/09;

- Terça-feira, 21/09;

- Quarta-feira, 22/09;

- Quinta-feira, 23/09;

- Sexta-feira, 24/09.

Cada amostragem semanal foi programada para execução em dias consecutivos de

uma semana. A primeira foi planejada para 30/08 a 03/09 e a segunda, para 20/09 a 24/09.

Contudo, na primeira amostragem, devido à indisponibilidade de material necessário

para as atividades, a amostra referente à segunda-feira, dia 30/08, foi transferida para a

próxima segunda-feira regular em relação às atividades acadêmicas, ou seja, dia 13/09. Tal

amostragem não foi realizada na segunda-feira referente à 06/09 por ter sido véspera do

feriado de 07/09. Assim, avaliou-se que haveria uma produção atípica de resíduos sólidos,

considerando que a proposta do presente trabalho é avaliar a produção de resíduos sólidos na

UFERSA em período regular de aulas.

3.3 PROCEDIMENTO PARA QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN

Durante o período de estudo, foi verificada diariamente a produção de resíduos sólidos

gerados na universidade pela pesagem dos mesmos. Em cada um dos dias de estudo, após

toda a coleta em veículo da própria universidade, o mesmo foi pesado na balança rodoviária

(ver Figura 2), localizada ao lado do Laboratório de Sementes.

A referida balança rodoviária tem as seguintes características: fabricada por Filizola

Fairbanks Mosse Balanças S/A, modelo 3117004 e capacidade máxima para 29.995 kg.

Anualmente, a referida balança passa por processo de calibração pelo Instituto Nacional de

Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), fato que já ocorreu no

presento ano.

Page 32: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

30

Fonte: Arquivo da pesquisadora (2010).

Figura 2 – Pesagem do veículo utilizado para coleta dos resíduos sólidos classe II na

UFERSA, campus Mossoró-RN, utilizando a balança rodoviária localizada ao lado do

Laboratório de Sementes, 01/09/2010.

3.3.1 Procedimento usado para estimativa da produção per capita de resíduos sólidos

classe II gerados na UFERSA

A partir da quantificação total diária média dos resíduos sólidos classe II gerados na

UFERSA, e dos dados da população da instituição, foi possível estimar a produção per capita

dos mesmos. Os dados referentes à população da UFERSA foram obtidos junto a Pró-Reitoria

de Graduação (PROGRAD) e informações disponíveis na página da internet da Pró-Reitoria

de Recursos Humanos (PRORH): http://www2.ufersa.edu.br/portal/proreitorias/prorh/1024,

conforme verificada na Tabela 3.

3.4 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA

UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN

A seguir são descritos o material e o procedimento utilizados para a preparação das

amostras.

Page 33: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

31

3.4.1 Material utilizado para preparação das amostras

O material utilizado para preparação das amostras é apresentado na Tabela 4 e foi

definido com base em Consoni et al. (2000, p.33).

Tabela 4 – Material utilizado para preparação das amostras de resíduos sólidos classe II

produzidos na UFERSA, campus Mossoró-RN.

Objetivo do uso Descrição do material

Proteção dos trabalhadores Material de segurança Luvas de borracha

com forro de algodão

Rompimento dos receptáculos;

separação e revolvimento do material;

formação de pilhas e coleta de

amostras

Ferramentas

Enxada

Cobertura do pátio onde os resíduos

foram descarregados Lonas de aproximadamente (5 x 5)m

Pesagem Balança com capacidade de 25 kg

Coleta de amostras Tambores com capacidade de 100 L

Separação dos resíduos em 18 classes Recipientes com capacidade de 100 L Fonte: Adaptado pela pesquisadora (CONSONI et al.,2000, p.33).

3.4.2 Procedimento utilizado para preparação das amostras

O procedimento para preparação de amostras visando análise da composição física dos

resíduos sólidos da UFERSA foi definido a partir das recomendações apresentadas em

Consoni et al. (2000, p.34-35), e ilustrado nas Figuras 3, 4, 5 e 6. O procedimento consistiu

em:

a) Descarregar o veículo de coleta e transporte, após pesagem na balança rodoviária, no local

previamente definido, coberto com lona, na área do setor de suinocultura, atualmente

desativado;

b) Romper os receptáculos (sacos plásticos, caixas, etc);

c) Homogeneizar o máximo possível;

d) Retornar para o monte os materiais rolados (latas, vidros, etc);

e) Coletar quatro amostras de 100 L cada (utilizando tambores), três na base e laterais, e uma

no topo da pilha;

f) Pesar os resíduos coletados nas quatro amostras;

Page 34: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

32

g) Dispor os resíduos coletados sobre uma lona. Este material constitui a amostra a ser

utilizada para a análise da composição física dos resíduos;

h) Separar os materiais da amostra nas classes indicadas no item 3.4.3, utilizando tambores

devidamente identificados, para cada classe;

i) Pesar cada classe de resíduos, previamente separada.

Fonte: Arquivo da pesquisadora (2010).

Figura 3 – Fotografia dos resíduos sólidos classe II gerados na UFERSA sendo descarregados

para caracterização física, no local definido coberto por lona, após pesagem na balança

rodoviária. Setor de suinocultura desativado – Campus Leste da UFERSA, Mossoró-RN,

31/08/2010.

Fonte: Arquivo da pesquisadora (2010).

Figura 4 – Fotografia do processo de rompimento dos receptáculos para homogeneização dos

resíduos sólidos classe II gerados na UFERSA. Setor de suinocultura desativado – Campus

Leste da UFERSA, Mossoró, 31/08/2010.

Page 35: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

33

Fonte: Arquivo da pesquisadora (2010).

Figura 5 – Fotografia do processo de homogeneização dos resíduos sólidos classe II gerados

na UFERSA. Setor de suinocultura desativado – Campus Leste da UFERSA, Mossoró-RN,

31/08/2010.

Fonte: Arquivo da pesquisadora (2010).

Figura 6 – Fotografias de alguns dos materiais separados de acordo com as classes

determinadas. Setor de suinocultura desativado – Campus Leste da UFERSA, Mossoró-RN,

31/08/2010.

Page 36: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

34

Para a pesagem das amostras e dos componentes foi utilizada uma balança manual,

tipo vara de ferro, com capacidade para 25 kg e precisão de 100 g.

O cálculo para obtenção do volume de resíduos sólidos gerados foi baseado na

quantidade produzida, em peso, e na massa específica aparente dos mesmos, de acordo com a

seguinte fórmula:

V = P/ρ (1)

Onde:

V – volume de resíduos sólidos (m³);

P – peso da quantidade de resíduos sólidos produzidos (kg) e

ρ – massa específica aparente dos resíduos sólidos (kg/m³).

3.4.3 Caracterização por classes de materiais (tipos de componentes)

Após a coleta das quatro amostras de 100 L cada, e pesagem das mesmas, estas foram

dispostas sobre uma lona, de onde foi realizada a separação e caracterização dos materiais de

acordo com suas propriedades físicas, sua origem e destinação final adequada. Foram

determinadas as seguintes classes:

- Borracha;

- Couro;

- Madeira;

- Restos de alimentos;

- Metais ferrosos;

- Metais não-ferrosos;

- Papel;

- Papelão;

- Plástico rígido (incluindo copos descartáveis);

- Plástico maleável;

- Garrafa PET;

- Trapos;

- Vidro;

- Ossos;

Page 37: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

35

- Outros 1;

- Outros 2;

- Cerâmica;

- Material potencialmente perigoso.

A classe referida como Outros 1 englobou os resíduos de isopor e embalagens

revestidas interiormente com papel laminado, como caixas de suco e pacotes de biscoitos. Já a

classe denominada Outros 2 foi utilizada para agrupar os resíduos referentes a mistura de

pedaços relativamente pequenos de restos de alimentos (principalmente), plástico maleável,

papel e papel higiênico.

3.5 LEVANTAMENTO DA QUANTIDADE NECESSÁRIA DE RECIPIENTES DE

ARMAZENAGEM TEMPORÁRIA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA,

CAMPUS MOSSORÓ-RN

Realizada a quantificação e caracterização dos resíduos sólidos classe II gerados na

UFERSA, campus Mossoró, levantou-se o número de recipientes, com capacidade para 200

L, necessários para armazenar temporariamente (armazenagem temporária prévia à coleta

diária que encaminha esses recipientes para o abrigo) os resíduos de cada edificação da

UFERSA. Um destes recipientes é mostrado na Figura 07.

Page 38: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

36

Fonte: PGRS (UFERSA, 2009, p. 49).

Figura 7 – Recipiente (tambor) com capacidade para 200

L, utilizado para armazenamento temporário dos resíduos

sólidos classe II, colocados na área externa das

edificações da instituição.

Estes recipientes foram quantificados e divididos em três tipos: recipientes para

RECICLÁVEIS, COMPOSTÁVEIS e OUTROS. Esta classificação simplificada foi definida

em função do destino definido aos resíduos da instituição: para reciclagem, compostagem e

para o aterro sanitário municipal, respectivamente.

Nesta etapa foi elaborada uma lista das edificações existentes atualmente na UFERSA,

campus Mossoró a partir de:

- Alguns dados fornecidos pela Superintendência de Infra-Estrutura da UFERSA em 29/07/09

para o PGRS-UFERSA;

- Do mapa da UFERSA atualizado em relação às novas edificações, elaborado no primeiro

semestre de 2010, pela Comissão do PGRS-UFERSA e,

- De visitas in loco, no segundo semestre de 2010.

Page 39: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

37

3.6 PROCEDIMENTO PARA DIMENSIONAMENTO DO ABRIGO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN

O Abrigo de Resíduos da UFERSA deverá ser utilizado para dispor os recipientes de

armazenagem temporária contendo os resíduos (ver Figura 7), até que o órgão municipal

execute a denominada coleta externa dos resíduos que serão dispostos no aterro sanitário

local, como também a empresa responsável pela coleta externa de material reciclável.

Por orientação da Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAD) da

UFERSA, o Abrigo de Resíduos da instituição deverá ser implantado no antigo setor de

suinocultura (ver Figura 8), atualmente, uma edificação desativada.

Fonte: Arquivo da pesquisadora (2010).

Figura 8 – Setor de Suinocultura desativado. Campus Leste da UFERSA, Mossoró-RN,

31/08/2010.

Assim, para o dimensionamento do Abrigo de Resíduos da UFERSA, considerou-se o

aproveitamento e adequação da edificação que era utilizada como o setor de suinocultura na

instituição.

Além do dimensionamento do abrigo de recipientes para armazenamento externo,

tornou-se também importante e útil, a ideia de aproveitar a área vizinha aos ambientes de

armazenagem de recipientes para a compostagem dos resíduos orgânicos, determinados na

caracterização física, reaproveitando-os para atividades da própria universidade.

Page 40: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

38

Basicamente, o procedimento utilizado para dimensionamento do Abrigo de Resíduos

consistiu em:

- Visita in loco na edificação a ser utilizada para o referido abrigo (antigo setor de

suinocultura) e medições de sua área construída;

- Cálculo do número de recipientes a serem colocados no Abrigo de Resíduos para

armazenamento dos resíduos sólidos identificados como OUTROS e RECICLÁVEIS. Esse

cálculo foi realizado a partir do volume gerado desses componentes, da capacidade (200 L)

que cada recipiente apresenta e da frequência de coleta externa dos resíduos;

- Cálculo da área necessária para dispor os recipientes contendo os resíduos sólidos

identificados como OUTROS, ou seja, os resíduos não recicláveis e não compostáveis e que

deverão ser dispostos no aterro sanitário de Mossoró. Assim, a classe OUTROS pode incluir

papel higiênico, absorventes, isopor, embalagens revestidas interiormente com laminado

como caixas de suco e pacotes de biscoitos, trapos, couro, borracha. Para este cálculo foram

considerados os seguintes critérios e informações: (a) frequência da coleta externa realizada

pela prefeitura municipal de três vezes por semana, (b) volume estimado de geração diária dos

referidos resíduos (OUTROS) e (c) área, em seção horizontal quadrada, ocupada por um

recipiente de armazenagem externa;

- Cálculo da área necessária para dispor os recipientes contendo os resíduos identificados

como RECICLÁVEIS, considerando: (a) frequência da coleta externa de uma vez por

semana, (b) volume estimado de geração diária destes resíduos na UFERSA e (c) área, em

seção horizontal quadrada, ocupada por um recipiente de armazenagem externa, como

mencionado para OUTROS.

- Cálculo da área necessária para formar as pilhas para os resíduos identificados como

COMPOSTÁVEIS, considerando: (a) período de compostagem pelo método de pilhas com

revolvimento manual e (b) volume estimado de geração diária de resíduos compostáveis na

UFERSA.

- Elaboração da planta baixa da edificação correspondente ao antigo setor de suinocultura que,

após as adequações observadas, passará a funcionar como Abrigo de Resíduos Sólidos da

UFERSA, campus Mossoró-RN.

Apesar dos recipientes para armazenamento serem de forma cilíndrica, o cálculo das

áreas necessárias para o armazenamento dos recipientes contendo os resíduos sólidos

identificados como OUTROS e RECICLÁVEIS foi elaborado de acordo com a fórmula para

cálculo do quadrado, já que ao serem dispostos não ficarão colados uns nos outros e as bordas

das áreas que sobram das circunferências não serão aproveitadas. Portanto, a área

Page 41: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

39

correspondente a cada recipiente foi obtida através do seu diâmetro (igual a 0,6 m) ao

quadrado.

A = d² (2)

Onde:

A – área da sessão quadrática do recipiente (m²), e

d – diâmetro do recipiente (m).

Page 42: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

40

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A seguir são apresentados os resultados verificados em relação à quantificação e

caracterização dos resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA; número de recipientes

necessários para armazenagem temporária destes resíduos, além do dimensionamento e

projeto do Abrigo de Resíduos da instituição.

4.1 RESULTADOS REFERENTES À QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN

As Tabelas 5 e 6 apresentam os resultados referentes à produção média diária de

resíduos sólidos classe II na UFERSA, campus Mossoró, no segundo semestre de 2010.

Tabela 5 – Quantidade verificada de resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus

Mossoró, na primeira semana de estudo.

Data Peso (kg/dia)

Bruto Veículo Líquido

31/08/2010 Terça-feira 1170 780 390

01/09/2010 Quarta-feira 1100 780 320

02/09/2010 Quinta-feira 1145 780 365

03/09/2010 Sexta-feira 1100 780 320

04/09/2010 Sábado Não há coleta - -

13/09/2010 Segunda-feira 7650 6960 690

Média - - 417

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Tabela 6 – Quantidade verificada de resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus

Mossoró, na segunda semana de estudo

Data Peso (kg/dia)

Bruto Veículo Líquido

20/09/2010 Segunda-feira 7370 6960 410

21/09/2010 Terça-feira 2780 1260 260

22/09/2010 Quarta-feira 2830 1260 310

23/09/2010 Quinta-feira 2960 1260 440

24/09/2010 Sexta-feira 7345 6960 385

25/09/2010 Sábado Não há coleta - -

Média - - 361 Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Page 43: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

41

A partir dos resultados apresentados nas Tabelas 5 e 6, é possível observar que a

produção média diária de resíduos sólidos classe II variou em torno de 16% entre os dois

estudos semanais (417 e 361 kg/dia, respectivamente). O valor médio entre as médias

verificadas em cada estudo semanal resultou em 389 kg/dia.

O valor médio observado de 389 kg/dia foi inferior ao médio observado (570 kg/dia)

no mês de novembro de 2009, em um estudo semanal desenvolvido pela comissão

responsável pelo PGRS-UFERSA (UFERSA, 2009, p. 19). É possível que a maior produção

quantitativa de resíduos sólidos observada no estudo em 2009 (em torno de 32%) em relação

aos estudos realizados em 2010, tenha sido em função de uma produção relativamente alta de

restos de alimentos advindos de restos de experimentos com melancia realizados por

pesquisadores da instituição em 2009 (UFERSA, 2009, p. 16).

4.1.1 Resultados observados da produção per capita de resíduos sólidos classe II

gerados na UFERSA

Com base nos resultados referentes à produção média diária de resíduos sólidos classe

II da UFERSA, campus Mossoró, nas duas semanas do período de estudo (Tabelas 5 e 6), foi

possível estimar a produção per capita dos mesmos.

De acordo com dados obtidos junto a PROGRAD e PRORH, a instituição conta no

presente semestre, 2010.2, com a população de 4513 pessoas, conforme apresentada na

Tabela 3.

As estimativas da produção per capita de resíduos sólidos classe II na UFERSA,

campus Mossoró, referentes às duas semanas de estudo, são apresentadas nas Tabelas 7 e 8.

Tabela 7 – Produção per capita de resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, campus

Mossoró-RN, na primeira semana de estudo.

Data Produção per capita (kg/hab.dia)

31/08/2010 Terça-feira 0,086

01/09/2010 Quarta-feira 0,071

02/09/2010 Quinta-feira 0,081

03/09/2010 Sexta-feira 0,071

04/09/2010 Sábado Não há coleta

13/09/2010 Segunda-feira 0,153

Média 0,092 Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Page 44: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

42

Tabela 8 – Produção per capita de resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, campus

Mossoró-RN, na segunda semana de estudo.

Data Produção per capita (kg/hab.dia)

20/09/2010 Segunda-feira 0,091

21/09/2010 Terça-feira 0,058

22/09/2010 Quarta-feira 0,069

23/09/2010 Quinta-feira 0,097

24/09/2010 Sexta-feira 0,085

25/09/2010 Sábado Não há coleta

Média 0,080 Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

É possível observar a partir dos resultados apresentados nas Tabelas 7 e 8 que, no

semestre letivo 2010.2, a produção per capita média de resíduos sólidos classe II na

UFERSA, campus Mossoró, variou em torno de 15% entre os dois estudos semanais (0,092 e

0,080 kg/hab.dia, respectivamente). O valor médio entre as médias verificadas em cada estudo

semanal resultou em 0,086 kg/hab.dia.

O valor médio observado de 0,086 kg/hab.dia foi inferior ao observado no mês de

novembro de 2009 (0,16 kg/hab.dia), no mesmo estudo semanal desenvolvido pela comissão

responsável pelo PGRS-UFERSA (UFERSA, 2009, p. 21).

Entre os fatores que podem ter contribuído para essa diminuição, está o crescimento

no número da população da UFERSA, campus Mossoró, que em 2009 contava com 3617

pessoas (UFERSA, 2009, p. 21), excluindo o setor do Restaurante Universitário (que ainda

não se encontrava em funcionamento), as lanchonetes e as fotocopiadoras. Além do fato

anteriormente mencionado, de que no mês de novembro de 2009 houve uma maior

contribuição para a produção quantitativa de resíduos sólidos devido à produção de restos de

alimentos utilizados em experimentos.

Comparando com a produção per capita informada pelos Indicadores de

Sustentabilidade para a região Nordeste do Brasil (BRASIL, 2008 apud Silva et al., 2010, p.

3), cujo valor é de 0,830 kg/hab.dia, a produção per capita média de resíduos sólidos da

UFERSA, campus Mossoró-RN, resultou cerca de 1/10 da produção para a região Nordeste.

Entende-se que, entre os fatores que justificam esse fato, está principalmente o tipo de infra-

estrutra da universidade e a dimensão geográfica da área urbana de Mossoró, que contribuem

para que funcionários e alunos permaneçam na instituição apenas durante a realização de suas

atividades, excetuando-se para os alunos que residem no campus.

Page 45: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

43

4.2 RESULTADOS OBTIDOS DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN

Neste item apresentam-se os resultados referentes às amostragens executadas, à

quantidade e respectivo volume dos diferentes componentes dos resíduos sólidos e à

composição gravimétrica dos resíduos gerados nas UFERSA, campus Mossoró-RN.

4.2.1 Resultados obtidos com a preparação das amostras

A seguir, pode-se observar nas Tabelas 9 e 10, os resultados obtidos com a pesagem

das quatro amostras de 100 L coletadas durante as duas semanas de estudo para caracterização

física dos resíduos sólidos classe II gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN.

Page 46: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

44

Tabela 9 – Pesagem das quatro amostras de 100 L coletadas por dia para caracterização física

dos resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na primeira

semana de estudo.

Data Amostra Peso (kg)

Bruto Tara do recipiente Líquido

31/08/2010 Terça-feira

1ª amostra 8,20 3,80 4,40

2ª amostra 17,50 3,80 13,70

3ª amostra 18,20 3,80 14,40

4ª amostra 12,30 3,80 8,50

01/09/2010 Quarta-feira

1ª amostra 21,30 3,80 17,50

2ª amostra 18,80 3,80 15,00

3ª amostra 15,90 3,80 12,10

4ª amostra 10,70 3,80 6,90

02/09/2010 Quinta-feira

1ª amostra 15,60 3,80 11,80

2ª amostra 8,10 3,80 4,30

3ª amostra 6,50 3,80 2,70

4ª amostra 6,30 3,80 2,50

03/09/2010 Sexta-feira

1ª amostra 13,60 3,80 9,80

2ª amostra 11,00 3,80 7,20

3ª amostra 7,30 3,80 3,50

4ª amostra 10,80 3,80 7,00

04/09/2010 Sábado Não há coleta

- - -

- - -

- - -

- - -

13/09/2010 Segunda-feira

1ª amostra 10,00 3,80 6,20

2ª amostra 11,50 3,80 7,70

3ª amostra 16,20 3,80 12,40

4ª amostra 12,30 3,80 8,50

Média (kg/dia) 12,61 3,80 8,81 Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Page 47: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

45

Tabela 10 – Pesagem das quatro amostras de 100 L coletadas por dia para caracterização

física dos resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na segunda

semana de estudo.

Data Amostra Peso (kg)

Bruto Tara do recipiente Líquido

20/09/2010 Segunda-feira

1ª amostra 11,40 3,80 7,60

2ª amostra 14,50 3,80 10,70

3ª amostra 25,40 3,80 21,60

4ª amostra 8,10 3,80 4,30

21/09/2010 Terça-feira

1ª amostra 9,70 3,80 5,90

2ª amostra 10,80 3,80 7,00

3ª amostra 12,90 3,80 9,10

4ª amostra 8,40 3,80 4,60

22/09/2010 Quarta-feira

1ª amostra 9,90 3,80 6,10

2ª amostra 13,10 3,80 9,30

3ª amostra 8,90 3,80 5,10

4ª amostra 7,40 3,80 3,60

23/09/2010 Quinta-feira

1ª amostra 11,70 3,80 7,90

2ª amostra 19,00 3,80 15,20

3ª amostra 8,20 3,80 4,40

4ª amostra 7,90 3,80 4,10

24/09/2010 Sexta-feira

1ª amostra 12,10 3,80 8,30

2ª amostra 17,90 3,80 14,10

3ª amostra 14,00 3,80 10,20

4ª amostra 9,10 3,80 5,30

25/09/2010 Sábado Não há coleta

- - -

- - -

- - -

- - -

Média (kg/dia) 12,02 3,80 8,22 Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Diante dos resultados observados nas tabelas anteriores, nota-se que as médias das

duas semanas do período de estudo foram bastante próximas, (8,81 e 8,22 kg,

respectivamente) sugerindo pouca alteração da massa específica aparente dos resíduos sólidos

produzidos na UFERSA além de padronização adequada para obtenção das amostras, cujo

procedimento foi apresentado no item 3.4.2.

Page 48: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

46

4.2.2 Resultados obtidos com relação à avaliação da produção média de cada

componente

A seguir, nas Tabelas 11 e 12, são apresentados os resultados observados durante as

duas semanas de estudo em relação à composição física das amostras de resíduos sólidos

classe II produzidos na UFERSA, campus Mossoró, no segundo semestre de 2010.

Tabela 11 – Caracterização física, expressa em quilogramas, das amostras de resíduos sólidos

classe II(a)

coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na primeira semana de estudo.

Componente

Peso (kg)

Média

(kg/dia) 31/08/10

Terça-

feira

01/09/10

Quarta-

feira

02/09/10

Quinta-

feira

03/09/10

Sexta-

feira

13/09/10

Segunda-

feira

Borracha 0,00 1,00 0,00 0,00 0,10 0,22

Couro 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Madeira 0,00 6,00 0,00 0,00 0,00 1,20

Restos de alimentos 5,70 7,30 4,20 0,00 5,30 4,50

Metais ferrosos 0,08 0,15 0,10 1,10 0,10 0,31

Metais não-ferrosos 0,20 0,30 0,15 0,20 0,10 0,19

Papel 2,40 5,90 2,80 2,40 2,00 3,10

Papelão 1,80 2,20 2,00 3,80 2,30 2,42

Plástico rígido +

Copos descartáveis 3,30 4,60 1,60 1,00 2,70 2,64

Plástico maleável 2,90 3,90 1,70 2,40 1,10 2,40

Garrafa PET 1,40 1,30 0,70 0,60 1,40 1,08

Trapos 0,10 0,50 0,40 0,10 0,05 0,23

Vidro 0,00 1,70 0,10 4,30 0,10 1,24

Ossos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros 1(b)

0,90 0,70 0,40 0,70 0,70 0,68

Outros 2(c)

16,10 12,60 5,50 8,20 12,20 10,92

Cerâmica 3,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,70

Material perigoso(d)

0,05 0,08 0,10 0,08 1,10 0,28

Total (componentes) 38,43 48,23 19,75 24,88 29,25 32,11

Total (amostras) 41,00 51,50 21,30 27,50 34,80 35,22 Notas:

(a) Observaram-se resíduos classificáveis como do Grupo B e do Grupo E, considerando a classificação da RDC-

ANVISA nº 306/2004, e como Classe I – Perigoso, segundo a NBR 10.004/2004;

(b) Isopor e embalagens revestidas interiormente com laminado, como caixas de suco e pacotes de biscoitos;

(c) Mistura de pedaços relativamente pequenos de restos de alimentos (principalmente), plástico maleável, papel

e papel higiênico;

(d) Material com possibilidade de ser classificado como perigoso por ser de origem de serviço de atendimento à

saúde animal e de análises e exames laboratoriais relacionados a animal. Devido à presença desses materiais em

todas as caracterizações, os mesmos foram devidamente quantificados.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Page 49: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

47

Tabela 12 – Caracterização física, expressa em quilogramas, das amostras de resíduos sólidos

classe II(a)

coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN, na segunda semana de estudo.

Componente

Peso (kg)

Média

(kg/dia) 20/09/10

Segunda-

feira

21/09/10

Terça-

feira

22/09/10

Quarta-

feira

23/09/10

Quinta-

feira

24/09/10

Sexta-

feira

Borracha 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Couro 0,00 0,00 0,00 0,20 0,00 0,04

Madeira 0,00 0,00 0,00 0,00 1,90 0,38

Restos de alimentos 16,90 0,00 2,80 4,50 2,60 5,36

Metais ferrosos 0,40 0,50 0,00 3,50 0,40 0,96

Metais não-ferrosos 0,60 0,30 0,40 0,20 0,10 0,32

Papel 1,40 1,70 2,70 2,40 3,80 2,40

Papelão 1,50 1,40 3,90 1,90 3,40 2,42

Plástico rígido +

Copos descartáveis 1,60 1,70 2,20 1,60 2,10 1,84

Plástico maleável 3,70 2,40 3,30 2,70 2,60 2,94

Garrafa PET 1,30 1,40 1,00 1,40 0,70 1,16

Trapos 0,30 0,00 0,15 0,05 0,60 0,22

Vidro 0,70 0,00 0,00 0,00 0,50 0,24

Ossos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros 1(b)

1,50 0,70 0,80 1,30 0,70 1,00

Outros 2(c)

13,70 15,80 5,90 9,70 17,90 12,60

Cerâmica 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Material perigoso(d)

0,50 0,15 0,30 0,10 0,10 0,23

Total (componentes) 44,10 26,05 23,45 29,55 37,40 32,11

Total (amostras) 44,20 26,60 24,10 31,60 37,90 32,88 Notas (a), (b), (c) e (d): idem às notas da Tabela 11.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

A partir dos resultados apresentados nas Tabelas 11 e 12, foi possível calcular a

produção média diária de cada componente dos resíduos sólidos classe II na UFERSA,

campus Mossoró, no segundo semestre de 2010, presentes nas amostras, como mostra a

Tabela 13.

Page 50: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

48

Tabela 13 – Caracterização física referente à média respectiva de cada dia das duas semanas

de estudo, expressa em quilogramas, das amostras de resíduos sólidos classe II(a)

coletados na

UFERSA, campus Mossoró-RN.

Componente

Peso (kg) Média

(kg/dia) Segunda-

feira

Terça-

feira

Quarta-

feira

Quinta-

feira

Sexta-

feira

Borracha 0,05 0,00 0,50 0,00 0,00 0,11

Couro 0,00 0,00 0,00 0,10 0,00 0,02

Madeira 0,00 0,00 3,00 0,00 0,95 0,79

Restos de alimentos 11,10 2,85 5,05 4,35 1,30 4,93

Metais ferrosos 0,25 0,29 0,08 1,80 0,75 0,63

Metais não-ferrosos 0,35 0,25 0,35 0,18 0,15 0,26

Papel 1,70 2,05 4,30 2,60 3,10 2,75

Papelão 1,90 1,60 3,05 1,95 3,60 2,42

Plástico rígido +

Copos Descartáveis 2,15 2,50 3,40 1,60 1,55 2,24

Plástico maleável 2,40 2,65 3,60 2,20 2,50 2,67

Garrafa PET 1,35 1,40 1,15 1,05 0,65 1,12

Trapos 0,18 0,05 0,33 0,23 0,35 0,23

Vidro 0,40 0,00 0,85 0,05 2,40 0,74

Ossos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros 1(b)

1,10 0,80 0,75 0,85 0,70 0,84

Outros 2(c)

12,95 15,95 9,25 7,60 13,05 11,76

Cerâmica 0,00 1,75 0,00 0,00 0,00 0,35

Material perigoso(d)

0,80 0,10 0,19 0,10 0,09 0,26

Total (componentes) 36,68 32,24 35,84 24,65 31,14 32,11 Notas (a), (b), (c) e (d): idem às notas da Tabela 11.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Com base na tabela anterior, observa-se que nas segundas-feiras ocorrem uma

produção média maior de resíduos sólidos classe II. Um dos fatos que podem contribuir para

este resultado é de que nos fins de semana, apesar de não serem dias letivos, a universidade

conta com estudantes que residem nas vilas acadêmicas, onde os mesmos geram diversos

tipos de resíduos, principalmente os componentes Restos de alimentos e Outros 2, e a coleta

desses materiais somente ocorre nas segundas-feiras.

Na Tabela 14, são mostrados os resultados obtidos com relação à extrapolação dos

dados obtidos de peso médio dos componentes das amostras diárias dos dois estudos

semanais, para a produção total diária e semanal.

Page 51: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

49

Tabela 14 – Extrapolação dos dados referentes às amostras diárias obtidas nos dois estudos

semanais para a produção total diária e semanal dos resíduos sólidos classe II(a)

coletados na

UFERSA, campus Mossoró-RN.

Componente

Peso médio

das

amostras

(kg/dia)

Peso médio

extrapolado para

produção total diária

(kg/dia)

Peso médio extrapolado

para produção total

semanal

(kg/semana)(e)

Borracha 0,11 1,33 6,66

Couro 0,02 0,24 1,21

Madeira 0,79 9,57 47,85

Restos de alimentos 4,93 59,73 298,63

Metais ferrosos 0,63 7,67 38,34

Metais não-ferrosos 0,26 3,09 15,45

Papel 2,75 33,32 166,58

Papelão 2,42 29,32 146,59

Plástico rígido +

Copos Descartáveis 2,24 27,14 135,69

Plástico maleável 2,67 32,35 161,74

Garrafa PET 1,12 13,57 67,84

Trapos 0,23 2,73 13,63

Vidro 0,74 8,97 44,83

Ossos 0,00 0,00 0,00

Outros 1(b)

0,84 10,18 50,88

Outros 2(c)

11,76 142,47 712,36

Cerâmica 0,35 4,24 21,20

Material perigoso(d)

0,26 3,10 15,51

Total 32,11 389,00 1945,00 Notas (a), (b), (c) e (d): idem às notas da Tabela 11;

(e) Refere-se aos cinco dias da semana letiva, ou seja, os dias que efetivamente a universidade encontra-se em

atividade.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

4.2.3 Resultados obtidos com relação à avaliação da massa específica aparente e

estimativa do volume médio de cada componente

Na Tabela 15, são apresentados os resultados obtidos com relação à estimativa do

volume de resíduos sólidos classe II gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN.

Page 52: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

50

Tabela 15 – Estimativa do volume médio diário de cada constituinte, em m3, dos resíduos

sólidos classe II(a)

coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN.

Componente

Valor teórico da

massa específica

aparente(e)

(kg/m³)

Valor médio diário

Peso médio da

produção total

(kg/dia)

Volume

estimado

(m³/dia)

Borracha 131 1,33 0,01

Couro 160 0,24 0,00

Madeira 237 9,57 0,04

Restos de alimentos 291 59,73 0,21

Metais ferrosos 320 7,67 0,02

Metais não-ferrosos 160 3,09 0,02

Papel 89 33,32 0,37

Papelão 50 29,32 0,59

Plástico rígido +

Copos descartáveis 65 27,14 0,42

Plástico maleável 65 32,35 0,50

Garrafa PET 65 13,57 0,21

Trapos 65 2,73 0,04

Vidro 196 8,97 0,05

Ossos - 0,00 0,00

Outros 1(b)

131 10,18 0,08

Outros 2(c)

131 142,47 1,09

Cerâmica 1421 4,24 0,00

Material perigoso(d)

131 3,10 0,02

Total - 389,00 3,66 Notas (a), (b), (c) e (d): idem às notas da Tabela 11;

(e) Adaptado de Tchobanoglous et al. (1993) apud Hamada (2003, p.9);

Valores em negrito e itálico: o valor de 65 kg/m3 é apresentado para plásticos presentes em resíduo domiciliar

não compactado. Por falta de valor específico para diferentes plásticos, adotou-se o referido valor para as três

classes de plásticos pesquisadas;

Valores em negrito e sublinhado: o valor 131 kg/m3 foi adotado com base na massa específica de borracha,

sendo que predominava a presença de luvas cirúrgicas (látex) nos resíduos potencialmente perigosos.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

4.2.4 Resultados obtidos com relação à avaliação da composição gravimétrica

A seguir, na Tabela 16, são apresentados os resultados obtidos com relação à avaliação

da composição gravimétrica, porcentagem de cada constituinte em relação ao peso total, dos

resíduos sólidos classe II coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN.

Page 53: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

51

Tabela 16 – Composição gravimétrica referente à média respectiva de cada dia das duas

semanas de estudo dos resíduos sólidos classe II(a)

coletados na UFERSA, campus Mossoró-

RN.

Componente

Percentual em relação ao peso (%) Média

(%/dia) Segunda-

feira

Terça-

feira

Quarta-

feira

Quinta-

feira

Sexta-

feira

Borracha 0,14 0,00 1,40 0,00 0,00 0,31

Couro 0,00 0,00 0,00 0,41 0,00 0,08

Madeira 0,00 0,00 8,37 0,00 3,05 2,28

Restos de alimentos 30,27 8,84 14,09 17,65 4,17 15,00

Metais ferrosos 0,68 0,90 0,21 7,30 2,41 2,30

Metais não-ferrosos 0,95 0,78 0,98 0,71 0,48 0,78

Papel 4,64 6,36 12,00 10,55 9,96 8,70

Papelão 5,18 4,96 8,51 7,91 11,56 7,62

Plástico rígido +

Copos Descartáveis 5,86 7,75 9,49 6,49 4,98 6,91

Plástico maleável 6,54 8,22 10,04 8,92 8,03 8,35

Garrafa PET 3,68 4,34 3,21 4,26 2,09 3,52

Trapos 0,48 0,16 0,91 0,91 1,12 0,72

Vidro 1,09 0,00 2,37 0,20 7,71 2,27

Ossos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros 1(b)

3,00 2,48 2,09 3,45 2,25 2,65

Outros 2

(c) 35,31 49,47 25,81 30,83 41,91 36,67

Cerâmica 0,00 5,43 0,00 0,00 0,00 1,09

Material perigoso(d)

2,18 0,31 0,53 0,41 0,29 0,74

Total (componentes) 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Notas (a), (b), (c) e (d): idem às notas da Tabela 11.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Assim como no estudo semanal do mês de novembro de 2009, desenvolvido pela

comissão responsável pelo PGRS-UFERSA (UFERSA, 2009, p. 19), os maiores valores

observados na composição gravimétrica foram dos constituintes classificados como restos de

alimentos, papel, papelão, plástico rígido, plástico maleável, garrafa PET e outros 2 (estes se

referem a uma mistura de pedaços relativamente pequenos de restos de alimentos,

principalmente, plástico maleável, papel e papel higiênico, conforme especificado no item

3.4.3), de difícil segregação, resultando em maior predominância nos levantamentos.

Page 54: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

52

4.3 RESULTADOS RELACIONADOS AO LEVANTAMENTO DA QUANTIDADE

NECESSÁRIA DE RECIPIENTES DE ARMAZENAGEM TEMPORÁRIA DOS

RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN

Nas Tabelas 17 e 18 são apresentadas estimativas do número necessário de recipientes

para armazenagem de resíduos separados em RECICLÁVEIS; COMPOSTÁVEIS e

OUTROS, para o campus Oeste e campus Leste, respectivamente.

Já na Tabela 19 são apresentadas as quantidades necessárias totais de recipientes de

200 L para armazenagem temporária dos resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA,

campus Mossoró-RN, separados de acordo com o tipo de material que será armazenado

(RECICLÁVEIS, COMPOSTÁVEIS e OUTROS).

Page 55: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

53

Tabela 17 – Quantidade necessária de recipientes de 200 L para armazenagem temporária dos

resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, Campus Oeste, Mossoró-RN.

Edificações (Campus Oeste) Recipientes

para

Recicláveis

Recipientes

para

Compostáveis

Recipientes

para Outros Descrição

Viveiros - - 1

Prédio de salas de professores do Departamento

de Ciências Ambientais e Tecnológicas –DCAT 1 - 1

(a)

Prédio de salas de aula do Departamento de

Ciências Ambientais e Tecnológicas –DCAT - - 1

(a)

Prédio do Departamento de Engenharia Agrícola

e Prédio do Departamento de Ciências Exatas e

Naturais

1 1 1(a)

Prédio de Fitossanidade 1 - 1(a)

Vila Acadêmica Vingt-Un Rosado - Ala

Masculina 6 6 17

(a)

Centro Acadêmico da UFERSA/ Grupo Verde

de Agricultura/ Centro Acadêmico de Medicina

Veterinária

(+1) (c)

- 1(a)

(-1)(b)

= 0

Prédio Central 1 - 1

Anexo – Xerox 1 - 1

Salas de aula do Prédio de Sementes - - 1(a)

Centro Integrado de Laboratórios em Produção

Animal e Recursos Hídricos do Semi-Árido 1 - 1

(a)

Laboratório de Anatomia, Patologia e Técnicas

Cirúrgicas 1 - 1

Hospital Veterinário 1 - 1(a)

Laboratórios de Biofísica, Fisiologia e

Farmacologia/ Laboratório de Histologia e

Embriologia Veterinária e Salas de aula/

Laboratório de Anatomia Animal/ Laboratório

de Imunologia, Microbiologia e Parasitologia

Veterinária/ Laboratório de Medicina

Veterinária Preventiva e Saúde Animal

1 - 1(a)

Laboratórios de Ecologia e Biotecnologia 1 - 1

Vila Acadêmica Vingt-Un Rosado - Ala

Feminina – Casas 2 2 7

(a)

Vila Acadêmica Vingt-Un Rosado - Ala

Feminina – Prédio 1 1 1

(a)

Escola Francisca Martins de Sousa 1 1 1(a)

Total (Campus Oeste) 21 11 39 Notas:

(a) Quantidade de recipientes que já existem no local da edificação;

(b) Observou-se que algumas edificações apresentam determinada quantidade de recipientes destinadas a classe

OUTROS, porém não necessitam desta quantidade para essa classe, retirando-se essa quantidade para distribuir

para outras classes, como RECICLÁVEIS ou COMPOSTÁVEIS;

(c) Quantidade de recipientes retirados de outra classe e convertido para a classe de RECICLÁVEIS.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Page 56: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

54

Tabela 18 – Quantidade necessária de recipientes de 200 L para armazenagem temporária dos

resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, Campus Leste, Mossoró-RN.

Edificações (Campus Leste) Recipientes

para

Recicláveis

Recipientes

para

Compostáveis

Recipientes

para

Outros Descrição

Laboratório de Solos/ Laboratório de Pós-

Colheita 1 1 1

Centro de Convivência/ Biofábrica 1 - 1(a)

Prédio Administrativo/ Ginásio Poliesportivo/

Parque Aquático 2 - 1

(a) + 1

Laboratório de Construções Rurais/ Anexo –

Xerox 1 - 1

(a)

Biblioteca Orlando Teixeira 1 - 1(a)

Restaurante Universitário/ Fábrica de Ração (+1)(c)

- 3

(a)(-2)

(b) =

1(d)

Centro Integrado de Inovação Tecnológica do

Semi-Árido/ Laboratório Interdisciplinar de

Química, Matemática e Física

1 - 1

Laboratório de Engenharia de Energia e

Engenharia Mecânica 1 - 1

Salas de aula de Ciências Sociais/ Laboratório

de Tecnologia de Alimentos/ Departamento de

Agrotecnologia e Ciências Sociais

(+1)(c)

- 2(a)

(-1)(b)

= 1

Sede da Empresa Terceirizada 1 - 1(a)

Prédio dos Programas de Pós-Graduação/

Prédio do Programa de Pós-Graduação em

Fitotecnia

1 - 1(a)

Antigo Rosadão 2 - 1(a)

Oficina Mecânica - - 1(a)

Laboratório de Engenharia II/ Bloco de Salas de

aula de Ciências Exatas 1 - 1

Bloco de Salas de Professores 1 - 1

CTARN - Centro Tecnológico do Agronegócio

do RN 1 - 1

(a)

Departamento de Fitotecnia e Zootecnia 1 - 1(a)

Zoológico - - 1(a)

Núcleo de Estudos e Pesquisa em Pequenos

Ruminantes - - 1

Centro de Manipulação de Animais Silvestres -

CEMAS (Escritório) - - 1

(a)

Centro de Manipulação de Animais Silvestres –

CEMAS - - 1

(a)

Total (Campus Leste) 18 1 22 Notas (a), (b) e (c): idem às notas da Tabela 17;

(d) Quantidade de recipientes que, após análise, restou para ser utilizado em outra edificação ou com outra

finalidade.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Page 57: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

55

Tabela 19 – Quantidade necessária total de recipientes de 200 L para armazenagem

temporária dos resíduos sólidos classe II produzidos na UFERSA, campus Mossoró-RN.

Edificações da

UFERSA

(Campus

Mossoró-RN)

Recipientes

para

Recicláveis

Recipientes

para

Compostáveis

Recipientes

para

Outros

Total

Total 38 39 12 61 112

Já existem - 3 0 49 52

Acrescentar - 36 12 12 60 (-1)(a)

= 59

Notas:

(a) Quantidade de recipiente que, após análise, restou do setor das edificações do Restaurante Universitário e da

Fábrica de Ração, podendo ser utilizado com outra finalidade.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Com base na Tabela 19, conclui-se que são necessários 59 recipientes além dos que já

existem na instituição para armazenamento temporário de resíduos, externamente às

edificações.

4.4 RESULTADOS REFERENTES AO DIMENSIONAMENTO DO ABRIGO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA UFERSA, CAMPUS MOSSORÓ-RN

Para o dimensionamento do Abrigo de Resíduos Sólidos gerados na UFERSA, foram

utilizados os resultados referentes à estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume

médio (m3) dos resíduos sólidos classe II

(a) gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, sendo

considerados também a disposição final e frequência de coleta externa, como mostram as

Tabelas 20, 21 e 22, e a Figura 9.

Page 58: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

56

Tabela 20 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos

resíduos sólidos classe II(a)

gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para disposição no

aterro sanitário municipal.

Componente

Valor médio

diário

Valor médio

semanal(d)

Valor médio

para dois dias(e)

Valor médio para

dois dias +

50% deste valor(f)

Peso

(kg)

Volume

(m³)

Peso

(kg)

Volume

(m³)

Peso

(kg)

Volume

(m³)

Peso

(kg)

Volume

(m³)

Borracha 1,33 0,01 6,66 0,05 2,67 0,02 4,00 0,03

Couro 0,24 0,00 1,21 0,01 0,48 0,00 0,73 0,00

Madeira 9,57 0,04 47,85 0,20 19,14 0,08 28,71 0,12

Trapos 2,73 0,04 13,63 0,21 5,45 0,08 8,18 0,13

Ossos 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Outros 1(b)

10,18 0,08 50,88 0,39 20,35 0,16 30,53 0,23

Outros 2(c)

142,47 1,09 712,36 5,44 284,94 2,18 427,42 3,26

Cerâmica 4,24 0,00 21,20 0,01 8,48 0,01 12,72 0,01

Total 170,76 1,26 853,80 6,31 341,52 2,52 512,28 3,79 Notas (a), (b) e (c): idem às notas da Tabela 11;

(d) Refere-se aos cinco dias da semana letiva, ou seja, os dias que efetivamente a universidade encontra-se em

atividade;

(e) Considerando que a coleta externa executada pela prefeitura ocorrerá a cada dois dias;

(f) Adotou-se um coeficiente de segurança de 50% pois nas segundas-feiras, observou-se uma geração superior

(14 a 65%) à média semanal.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Tabela 21 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos

resíduos sólidos classe II(a)

gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para reciclagem.

Componente

Valor médio diário Valor médio semanal (5 dias)(b)

Peso (kg) Volume

(m³) Peso (kg) Volume (m³)

Metais ferrosos 7,67 0,02 38,34 0,12

Metais não-ferrosos 3,09 0,02 15,45 0,10

Papel 33,32 0,37 166,58 1,87

Papelão 29,32 0,59 146,59 2,93

Plástico rígido + Copos

descartáveis 27,14 0,42 135,69 2,09

Plástico maleável 32,35 0,50 161,74 2,49

Garrafa PET 13,57 0,21 67,84 1,04

Vidro 8,97 0,05 44,83 0,23

Total 155,41 2,17 777,06 10,87 Nota (a): idem à nota da Tabela 11;

(b) Considerando que a coleta externa executada pela cooperativa/associação de materiais recicláveis ocorrerá

uma vez por semana, referindo-se ainda aos cinco dias da semana letiva, ou seja, os dias que efetivamente a

universidade encontra-se em atividade.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Page 59: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

57

Tabela 22 – Estimativa da quantidade média (kg) e respectivo volume médio (m3) dos

resíduos sólidos classe II(a)

gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN, para compostagem.

Componente

Valor médio diário Valor médio semanal (5 dias)(b)

Peso (kg) Volume

(m³) Peso (kg) Volume (m³)

Restos de alimentos 59,73 0,21 298,63 1,03

Total 59,73 0,21 298,63 1,03 Nota (a): idem à nota da Tabela 11;

(b) Refere-se aos cinco dias da semana letiva, ou seja, os dias que efetivamente a universidade encontra-se em

atividade.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Notas:

(a) Observaram-se resíduos classificáveis como do Grupo B e do Grupo E, considerando a classificação da RDC-

ANVISA nº 306/2004, e como Classe I – Perigoso, segundo a NBR 10.004/2004;

(b) Material com possibilidade de ser classificado como perigoso por ser de origem de serviço de atendimento à

saúde animal e de análises e exames laboratoriais relacionados a animal. Devido à presença desses materiais em

todas as caracterizações, os mesmos foram devidamente quantificados.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010). Figura 9 – Composição gravimétrica (porcentagem em relação ao peso total) referente à

média respectiva de cada dia das duas semanas de estudo dos resíduos sólidos classe II(a)

coletados na UFERSA, campus Mossoró-RN.

Observa-se que os resíduos identificados como RECICLÁVEIS são os que

apresentaram maior volume para armazenamento, quando comparado com os identificados

como COMPOSTÁVEIS e OUTROS. Este fato é explicável em função dos resíduos

recicláveis, com exceção de vidros, apresentarem uma menor massa específica aparente

quando comparados aos demais resíduos, além da própria produção dos mesmo e da

frequência da coleta externa, prevista para uma vez por semana.

Page 60: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

58

A Tabela 23 apresenta a estimativa do número necessário de tambores com capacidade

de 200 L para armazenamento no Abrigo de Resíduos, lembrando que, os resíduos

identificados como COMPOSTÁVEIS não são incluídos pois não serão armazenados em

tambores, e sim, dispostos em pilhas de compostagem.

Tabela 23 – Estimativa do número necessário de tambores (200 L) para armazenamento no

Abrigo de Resíduos dos resíduos sólidos classe II gerados na UFERSA, campus Mossoró-RN,

até a coleta externa.

Destino final dos resíduos

Número de recipientes para

a frequência prevista da

coleta externa(a)

Número de recipientes para

a frequência prevista da

coleta externa + 20%(b)

Aterro sanitário 19 23

Reciclagem 54 65

Total 73 88 Nota:

(a) Considerando que as coletas externas executadas pela prefeitura e pela cooperativa/associação de material

reciclável ocorrerão, respectivamente, a cada dois dias e uma vez por semana;

(b) Adotou-se um coeficiente de segurança de 20% considerando que não ocorrerá segregação total de resíduos

na fonte geradora.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Somando-se o número total de tambores para armazenamento no Abrigo de Resíduos

(88 unidades, de acordo com a Tabela 23), com o número total de tambores para

armazenamento temporário nas edificações (59 unidades, conforme Tabela 19), conclui-se

que são necessários 147 recipientes a mais dos que já existem na instituição.

A estimativa da área necessária para disposição dos tambores utilizados no

armazenamento no Abrigo de Resíduos dos resíduos identificados como RECICLÁVEIS e

OUTROS é apresentada a seguir na Tabela 24.

Tabela 24 – Estimativa da área necessária do Abrigo de Resíduos para disposição dos

tambores(c)

utilizados para armazenamento dos resíduos sólidos classe II gerados na

UFERSA, campus Mossoró-RN, até a coleta externa.

Destino final dos resíduos

Área necessária para a

frequência prevista da

coleta externa (m²)(a)

Área necessária para a

frequência prevista da

coleta externa + 20% (m²)(b)

Aterro sanitário 6,8 8,2

Reciclagem 19,6 23,5

Total 26 32 Notas (a) e (b): idem às notas da Tabela 23;

(c) Cada tambor apresenta: Volume = 200 L (0,2 m³); diâmetro = 0,6 m, e área = 0,36 m2.

Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Page 61: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

59

4.4.1 Elaboração da planta baixa do Abrigo de Resíduos da UFERSA, campus

Mossoró-RN, com sugestões de adequação

A concepção do Abrigo de Resíduos Sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN foi

feita com base nos seguintes resultados obtidos: volume de resíduos para disposição no aterro

sanitário municipal, para reciclagem e compostagem; número de recipientes necessários para

armazenamento no Abrigo de Resíduos dos RECICLÁVEIS e OUTROS (para reciclagem e

disposição no aterro sanitário, respectivamente), e a área necessária mínima para dispor esses

recipientes.

No Apêndice A-E deste trabalho, observam-se as plantas baixa da edificação do setor de

suinocultura em desuso, como se encontra atualmente, e como ficará após as adequações

sugeridas no presente trabalho para ativação e funcionamento do Abrigo de Resíduos Sólidos

da UFERSA, campus Mossoró-RN.

As adequações sugeridas para a edificação são apresentadas nas plantas baixa e cortes

presentes no Apêndice, e descritos a seguir.

4.4.1.1 Estrutura da edificação atual do setor de suinocultura

Verificou-se que grande parte da estrutura da edificação existente é aproveitável, sendo

esse um dos fatores que influenciou a ideia de construção do Abrigo de Resíduos nesse local,

já que também se encontrava sem nenhuma outra utilidade.

Como se observa na planta baixa, as linhas em cor vermelha são as paredes que deverão

ser demolidas, pois além de não serem necessárias ao Abrigo, facilitarão o acesso aos

ambientes de armazenamento. Já as linhas em verde são paredes que deverão ser construídas,

conectando determinados ambientes.

4.4.1.2 Concepção proposta do Abrigo de Resíduos Sólidos da UFERSA, campus Mossoró-

RN

Sugere-se que o Abrigo de Resíduos Sólidos apresente, dentro dos critérios

estabelecidos pela RDC-ANVISA, no 306/2004, a seguinte estrutura:

Page 62: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

60

Ambiente para armazenamento dos resíduos sólidos recicláveis, com área igual a 79,2

m², onde a cooperativa/associação de material reciclável realizará a coleta externa semanal. O

piso e o fechamento das paredes devem ser revestidos de material liso, impermeável, lavável e

de fácil higienização. As paredes devem apresentar uma altura de 2,30 m, com aberturas para

ventilação de 0,15 m entre o pé direito da parede e a cobertura do telhado. Nessas aberturas

para ventilação, assim como no forro na parte interna do telhado, devem ser colocadas telas

para proteção contra roedores, insetos e pássaros. As portas devem ter 1,20 m de largura e

2,10 m de altura;

Ambiente para armazenamento dos resíduos sólidos para disposição no aterro

sanitário, com área igual a 64,8 m², onde a prefeitura municipal ficará responsável pela coleta

externa a cada dois dias na semana. Os demais detalhes estruturais devem ser iguais aos

estabelecidos para o ambiente de armazenamento dos resíduos sólidos recicláveis;

Pátio de compostagem 1, com área igual a 291,4 m², que será utilizado para a primeira

fase da compostagem denominada degradação ativa, onde as pilhas dos resíduos

permanecerão por cerca de 70 dias, sendo reviradas a cada 3 dias, e expostas a céu aberto. Os

resíduos serão acumulados por uma semana, formando uma pilha por semana, com volume

igual a 1,03 m³, calculado anteriormente na Tabela 23. Considerando que o semestre letivo

dura em média 4 meses (16 semanas), e sendo uma pilha para cada semana, serão formadas

16 pilhas nesse pátio, onde o preenchimento será no sentido oeste-leste, ou seja, deverão

entrar com os resíduos pela porta da direita, colocando-os no fundo do pátio, para que os

mesmos sejam retirados pela porta da esquerda e dispostos no pátio de compostagem 2. O

piso e as paredes devem ser impermeáveis, laváveis e de fácil higienização. As paredes

permanecerão com a altura atual de 1,0 m. As portas devem ser da mesma altura das paredes e

com largura de 1,20 m. Entre o pé direito da parede e a cobertura do telhado, assim como no

forro na parte interna do telhado, devem ser colocadas as mesmas telas (para proteção contra

roedores, insetos e pássaros) de alambrado utilizadas nos ambientes para resíduos recicláveis

e de disposição no aterro sanitário;

Pátio de compostagem 2, com área igual a 42,9 m², que será utilizado para a segunda

fase da compostagem denominada maturação, onde as pilhas dos resíduos permanecerão por

cerca de 50 dias, sem revolvimento, e cobertas pelo telhado. Os resíduos serão acumulados

nesse pátio à medida que for cumprido o prazo da primeira fase de compostagem, formando

uma pilha única. Os demais detalhes em relação ao piso, paredes, portas e telas, devem ser

iguais aos estabelecidos para o pátio de compostagem 1;

Page 63: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

61

Quatro ambientes para disposição, até que uma empresa seja contratada para

transportar para locais específicos, de lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias e materiais

eletrônicos que são descartados com uma frequência variável e relativamente pequena na

instituição. Sendo três desses ambientes com área igual a 10,4 m² cada, e um com área igual a

10,50 m². Assim como nos ambientes para resíduos recicláveis e de disposição no aterro

sanitário, o piso e o fechamento das paredes devem ser revestidos de material liso,

impermeável, lavável e de fácil higienização. As paredes devem apresentar uma altura do pé

direito igual a 2,48 m. Na parte interna do telhado, devem ser colocadas, como forro, as

mesmas telas utilizadas nos ambientes anteriores. As portas devem ter 0,80 m de largura e

2,10 m de altura;

Um banheiro com área igual a 12,2 m², com lavatório, vaso sanitário e chuveiro, para

higienização dos trabalhadores responsáveis pela execução das atividades no Abrigo;

Um pátio para lavagem, quando se fizer necessária, dos recipientes de armazenamento

do Abrigo com área igual a 9,0 m²; e,

Um sistema de tratamento de efluentes líquidos provenientes de todos os ambientes do

Abrigo, exceto dos ambientes para lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias e materiais

eletrônicos, e do pátio de lavagem dos recipientes, com área aproximada igual a 8,0 m². Nesse

sistema sugere-se que se tenha um tanque séptico, filtro anaeróbio e um sumidouro.

Os efluentes que, ocasionalmente, forem gerados pela lavagem dos ambientes de

armazenamento de lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias e materiais eletrônicos, não devem

ser misturados com os demais efluentes gerados no Abrigo. Sugere-se que aqueles efluentes

sejam encaminhados para um tanque impermeável, com dimensões iguais ao tanque do

sistema de tratamento de efluentes dos outros ambientes, para exposição ao sol, visando

evaporação da agua. Uma vez seco, o resíduo remanescente deverá ser disposto em

bombonas, identificados como, Resíduo Potencialmente Perigoso Podendo Conter Metal

Pesado Como Mercúrio, Chumbo, Cádmio e Outros. O tanque de evaporação deverá ter

tampa de PVC ou de fibra de vido para uso nos meses de chuva e evitar a aproximação e

contaminação de pessoas leigas.

Todos os ambientes devem apresentar: pontos de iluminação, tomadas elétricas, ralo

sifonado com tampa que permita a sua vedação, cantos de paredes arredondados para facilitar

a limpeza, e pontos de água (torneiras). Nos ambientes de armazenamento de resíduos sólidos

recicláveis, resíduos para disposição no aterro sanitário e nos pátios de compostagem,

Page 64: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

62

sugerem-se dois pontos de água em cada. Cada ralo sifonado deverá ser ligado em tubulação

direcionada para um sistema de tratamento de efluentes do estabelecimento.

Observa-se, na Tabela 25, que as áreas dos ambientes para armazenamento são maiores

do que as estimadas com os cálculos apresentados no presente trabalho, mesmo tendo sido

adotado um coeficiente de segurança de 20%, o que se torna uma vantagem, pois os

recipientes podem ser dispostos com maior espaçamento, além do fato de que a instituição

encontra-se em expansão com relação ao número de cursos e de pessoas em circulação.

Tabela 25 – Área necessária e área sugerida para os ambientes de RECICLÁVEIS, OUTROS

e COMPOSTÁVEIS do Abrigo de Resíduos Sólidos classe II gerados na UFERSA, campus

Mossoró-RN.

Ambientes

Área necessária para a

frequência prevista da

coleta externa (m²)

Área sugerida de acordo

com as adequações (m²)

RECICLÁVEIS 23,5 79,2

OUTROS (para o aterro sanitário) 8,2 64,8

COMPOSTÁVEIS (pátio 1 e 2) - 334,3 Fonte: Dados obtidos através da pesquisa (2010).

Vale ressaltar que a edificação do setor de suinocultura é mais extensa do que foi

representada, e que, a princípio, sugere-se a utilização apenas o lado direito da vista frontal.

Porém, recomenda-se que posteriormente o outro lado seja avaliado para complementar o

Abrigo de Resíduos da UFERSA, com ambientes para disposição não somente dos resíduos

sólidos classe II, mas também dos resíduos sólidos classe I (perigosos), como embalagens de

reagentes vencidos, materiais de experimentos químicos e de saúde do departamento de

veterinária da instituição, entre outros. Também, sugere-se definir um ambiente para

atividades de escritório, com funcionários responsáveis pelas funções de controlar as

quantidades e as datas de entrada e saída dos resíduos sólidos armazenados no Abrigo.

Page 65: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

63

5 CONCLUSÃO

Com relação à quantidade, verificou-se que se produz em média 389 kg/dia de resíduos

sólidos classe II na UFERSA, campus Mossoró, ocasionando uma taxa de produção per

capita de 0,086 kg/hab.dia.

Constatou-se também que, dos 389 kg/dia de resíduos sólidos classe II analisados, os

componentes mais produzidos foram restos de alimentos (15,00%), papel (8,70%), papelão

(7,62%), plástico rígido (6,91%), plástico maleável (8,35%), garrafa PET (3,52%) e outros 2

(36,67%), sendo estes, percentuais em relação ao peso.

De acordo com o levantamento do número de recipientes, a instituição deve adquirir 59

e 88 recipientes para armazenamento temporário e externo, respectivamente, resultando em

um total de 147 recipientes.

O Abrigo de Resíduos Sólidos da UFERSA foi dimensionado com base na área

construída do setor de suinocultura desativado, na quantificação e caracterização dos resíduos

sólidos classe II, dividido em ambientes de acordo com a destinação final dos componentes

enquadrados nas classes de RECICLÁVEIS, OUTROS e COMPOSTÁVEIS, com áreas

sugeridas no dimensionamento iguais a 79,2, 64,8 e 334,3 m², respectivamente.

Page 66: Dimensionamento de sistema para recebimento, armazenamento e tratamento de resíduos sólidos da UFERSA, campus Mossoró-RN

64

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APÊNDICE

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