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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
CENTRO DE TECNOLOGIA - CTEC
Rodrigo S. B. de Melo
ESTABILIDADE DE TALUDES
Maceió
2013
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
CENTRO DE TECNOLOGIA - CTEC
Rodrigo S. B. de Melo
ESTABILIDADE DE TALUDES
Maceió
2013
Trabalho apresentado como requisito
de parcial na aprovação da disciplina
Mecânica dos solos 2, ministrada pela
Professora Luciana Vieira, no curso
de Eng. Civil – 7º Período.
GERSCOVICH, Denise M. S. Estabilidade de Taludes. P. 14 – 28, 33 – 70. 2008
RESUMO ESTABILIDADE DE TALUDES
Os tipos de movimentos de massa se definem em função da velocidade e da forma de
ruptura, agrupamos esses movimentos em três grupos. O primeiro movimento é o escoamento,
que são lentos e contínuos e tem variação de temperatura e umidade como causas, um
exemplo são as corridas que tem a presença de água em excesso como causa. O segundo
movimento é a subsidência e recalque, as subsidências é o resultado do deslocamento da
superfície gerado por adensamento ou afundamento de camadas, e os recalques são os
movimentos verticais de uma estrutura gerados pelo próprio peso, observando que os
desabamentos são subsidências brutas. O terceiro movimento é o escorregamento, que tem
como definição movimento rápido ao longo de uma superfície definida, ela é provocada pelas
tensões de cisalhamento que superam o valor da resistência de cisalhamento do solo. A erosão
é uma consequência de varias ações internas e externas que contribuem para degradação do
ambiente, os tipos de erosão são as ravinas e a voçoroca, Futal (2005) indica diversos
observações em relação a voçoroca como, para ocorrer esse tipo de escorregamento depende
da duração e da intensidade da chuva, que após o período de chuvas e o solo vai secando ele
vai voltar a ter resistência, novas chuvas podem provocar novos escorregamentos.
A classificação dos movimentos se agrupa em duas, a classificação por Varnes
(1978), que é utilizada internacionalmente e abrange os tipos de escorregamento em: queda,
tombamentos, escorregamento, expansões laterais, corridas/escoamentos. Classificação de
Augusto-Filho (1992) que é mais apropriado para o Brasil, e se divide em rastejo ou fluência,
escorregamento, quedas e corridas. Outra classificação é a de Magalhães que segue três tipos
fundamentais, tais como escoamento, escorregamento e subsidência.
A velocidade desse movimento de massa vai de extremamente rápido à
extremamente lento, respectivamente de >3m/s à <0,06 m/ano, a profundidade vai de
superficialmente a muito profunda, respectivamente <1,5m à >20m.
O escorregamento é o movimento de massa mais frequente e com consequências
mais devastadoras, se divide em rotacional, que os solos homogêneos tendem circulares,
translacional, caracterizado pela descontinuidade ou planos de fraqueza, e misto: rotacional e
translacional.
DIMENSIONAMENTO DE UM TALUDE CIRCULAR PELO METODO DE BISHOP
O método de Bishop é um modelo matemático que consiste em dividir a encosta a ser estudada em fatias e é aplicado para em superfícies circulares, (matematicamente aproximadas).
Esse dimensionamento foi baseado num problema real de uma encosta degradada localizada em Camaragibe/PE. Foi utilizado as informações do corte do terreno, como: altura, espessura e ângulo (α),de cada fatia, neste caso os cálculos foram feitos admitindo que o comprimento do talude seja igual a 1. Assim como os dados do solo (c’, φ’, γnat), também encontrados na figura 1 (anexo A).
Os cálculos serão demonstrados em planilhas do Excel, organizada da seguinteordem:
Terreno Natural – Amostra Seca (anexo B); Terreno Natural – Amostra Saturada (anexo C).
Já as informações a respeito do nível d’água na encosta foram estimadas para que o problema contenha os parâmetros de poropressão e assim fique mais completo.
A partir do método de Bishop foi encontrado o fator de segurança que é calculado pela expressão (eq. 1)
.Primeiramente o talude foi dividido em 10 partes (ou fatias), na tabela 1 contem
informações do solo, como:
c’ = 24,5 KN/m²; γnat = 17,16164 KN/m³; φ’ = 31°;
na tabela 1 também são encontradas informações retiradas do perfil (figura 1), como:
α, que é o ângulo que a fatia faz com a horizontal (em graus); l, que é a espessura da fatia (em metros); Z, que é a altura da fatia (em metros); Zw, que é a altura da camada de água no interior da fatia.
Obs.: foi considerado como gama da água 10 KN/m³.
Na tabela 1 foram calculados parâmetros que serão úteis no dimensionamento, tais como:
tan φ’; sen α, cos α, tan α; b = l *cos α; u = Zw * γw (poropressão); W = b * Z * γnat (peso da fatia).
Na tabela 2 outros parâmetros foram calculados, com auxilio dos já calculados na tabela 1, que são:
Σ (W * sen α); c’ * b (para cada fatia); u * b (para cada fatia); (W - u*b) * tan φ' (para cada fatia); [ c' * b ] + [ (W - u*b) * tan φ' ] (para cada fatia);
Na tabela 3 foram encontrados três valores de Mα para cada fatia, que é dada pela expressão (eq. 2):
.Visto que FS aparece em ambos lados da equação, então faz-se necessário arbitrar
valores para FS. No caso FS=1,5; FS=2,0 e FS=2,5.
Com posse desses valores, a tabela 4, nos mostra o resultado do somatório de (eq. 3)
para cada valor de Mα.Por fim basta dividir o valor do somatório acima com o somatório encontrado na
tabela 2 para se chegar no valor de FS desejado.