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  • Um planeta telrico (do latim "tellus", um sinnimo de Terra) ou planeta slido um planeta rochoso assim como a Terra. Os planetas telricos do Sistema Solar so Mercrio, Vnus, Terra e Marte. Esto mais prximos do Sol e por isso esto situados no Sistema Solar interior e tm maior densidade que os planetas gasosos (Jpiter, Saturno, Urano e Netuno). Esta relao planetria tem a ver com a formao do sistema solar, em que os materiais mais densos tendem a se concentrar mais perto do sol e os mais leves mais longe do sol. Sua composio interna basicamente de rochas (silicatos), ferro e outros metais pesados.

    Seu tamanho reduzido em comparao com os gasosos se deve ao fato de que os planetas telricos so slidos e densos, enquanto os gasosos so gigantes bolas de gs. Como so pequenos, sua gravidade no passa do habitual para ns (No Sistema Solar, a Terra o planeta rochoso com maior gravidade (9,8 m/s), seguido de Vnus (8,7 m/s), Marte (3,7 m/s) e Mercrio (3,6 m/s)).Colonizao de planetas telricos

    Ao se falar de Colonizao espacial, quase sempre se fala dos planetas telricos (esquecendo os asteroides e satlites naturais), pois estes planetas so, em teoria, habitveis e explorveis se sofrerem uma Terraformao, pois de acordo com este conceito so os nicos plausveis de aplicao desta tcnica e, alm disto, facilitaria pela sua proximidade fsica com a Terra, o que no criaria tantas diferenas. Sua composio se baseia em metais e recursos explorveis e, desde que a atmosfera e superfcie no se demonstrem hostis, poderiam ser habitados.Planetas telricos extrassolares

    Devido a tecnologia atual para observao de planetas extrassolares, dos mais de 300 planetas extrassolares j descobertos, uma dzia so corpos rochosos, mas possvel que vrios desses planetas estejam orbitando os planetas gasosos na forma de satlites naturais; como os gasosos so bem maiores, sua descoberta muito mais facilitada em comparao com os rochosos, por isso o nmero de telricos extrassolares conhecidos to pequeno ainda.Mercrio o menor[nota 1] [nota 2] e mais interno planeta do Sistema Solar, orbitando o Sol a cada 87,969 dias terrestres. Sua rbita tem a maior excentricidade e seu eixo apresenta a menor inclinao em relao ao plano da rbita dentre todos os planetas do Sistema Solar. Mercrio completa trs rotaes em torno de seu eixo a cada duas rbitas. O perilio da rbita de Mercrio apresenta uma precesso de 43 segundos de arco por sculo, um fenmeno explicado somente no sculo XX pela Teoria da Relatividade Geral formulada por Albert Einstein.[2] Sua aparncia brilhosa quando observado da Terra, tendo uma magnitude aparente que varia de -2,6 a 5,7, embora no seja facilmente observado pois sua separao angular do Sol de apenas 28,3. Uma vez que Mercrio normalmente se perde no intenso brilho solar, exceto em eclipses solares, s pode ser observado a olho nu durante o crepsculo matutino ou vespertino.

    Comparado a outros planetas, pouco se sabe a respeito de Mercrio, pois telescpios em solo terrestre revelam apenas um crescente iluminado com detalhes limitados. As duas primeiras espaonaves a explorar o planeta foram a Mariner 10, que mapeou aproximadamente 45% da superfcie do planeta entre 1974 e 1975, e a MESSENGER, que mapeou outros 30% da superfcie durante um sobrevoo em 14 de janeiro de 2008. O ltimo sobrevoo ocorreu em setembro de 2009 e a nave entrou em rbita do planeta em 18 de maro de 2011, quando comeou a mapear o restante do planeta, numa misso com durao nominal de um ano terrestre.

    Mercrio tem uma aparncia similar da Lua com crateras de impacto e plancies lisas, no possuindo satlites naturais nem uma atmosfera substancial. Entretanto, diferentemente da Lua, possui uma grande quantidade de ferro no ncleo que gera um campo magntico, cuja intensidade cerca de 1% da intensidade do campo magntico da Terra.[3] um planeta excepcionalmente denso devido ao tamanho relativo de seu ncleo. A temperatura em sua superfcie varia de 100 a 700 K (-173 C a 427 C).[4] O ponto subsolar a regio mais quente e o fundo das crateras perto dos polos as regies mais frias.

  • As primeiras observaes registradas de Mercrio datam pelo menos do primeiro milnio antes de Cristo. Antes do sculo IV a.C., astrnomos gregos acreditavam que se tratasse de dois objetos distintos: um visvel no nascer do sol, ao qual chamavam Apolo, e outro visvel ao pr do Sol, chamado de Hermes.[5] O nome em portugus para o planeta provm da Roma Antiga, onde o astro recebeu o nome do deus romano Mercrio, que tinha na mitologia grega o nome de Hermes (????). O smbolo astronmico de Mercrio uma verso estilizada do caduceu de Hermes.[6]

    ndice

    1 Estrutura interna 2 Geologia da superfcie 2.1 Bacias de impacto e crateras 2.2 Plancies 3 Superfcie e exosfera 4 Campo magntico e magnetosfera 5 rbita e rotao 5.1 Ressonncia rotao-translao 5.2 Avano do perilio 6 Sistema de Coordenadas 7 Observao 8 Estudos 8.1 Astronomia antiga 8.2 Pesquisas baseadas em observaes terrestres 8.3 Pesquisa com sondas espaciais 8.3.1 Mariner 10 8.3.2 MESSENGER 8.3.3 BepiColombo 9 Mercrio na cultura 9.1 Mitologia e astrologia 9.2 Fico cientfica 10 Ver tambm 11 Notas 12 Referncias 13 Ligaes externas

    Estrutura interna

    Mercrio um dos quatro planetas telricos do Sistema Solar e seu corpo rochoso como a Terra. o menor planeta do sistema solar, com um raio equatorial de 2 439,7 km.[7] Mercrio menor at que os dois maiores satlites naturais do sistema solar, as luas Ganimede e Tit, embora seja mais massivo. O planeta formado de aproximadamente 70% de material metlico e 30% de silicatos.[8] Sua densidade a segunda maior do sistema solar, de 5,427 g/cm, um pouco menor apenas do que a terrestre, de 5,515 g/cm.[7] Se o efeito da compresso gravitacional fosse retirado, os materiais constituintes de Mercrio seriam mais densos, com uma densidade no comprimida de 5,3 g/cm, contra a terrestre de 4,4 g/cm.[9]

    A densidade de Mercrio pode ser utilizada para inferir detalhes de sua estrutura interna. Enquanto a alta densidade terrestre resulta consideravelmente da compresso gravitacional, particularmente no ncleo planetrio, Mercrio muito menor e suas regies internas no so to fortemente comprimidas. Portanto, para ter a densidade que apresenta, seu ncleo deve ser relativamente maior e rico em ferro.[10]Representao da estrutura interna de Mercrio:1. Crosta100300 km de espessura2. Manto600 km de espessura3. Ncleo1.800 km de raio.

    Os gelogos estimam que o ncleo de Mercrio ocupe aproximadamente 42% de seu volume, enquanto na Terra a proporo de 17%. Pesquisas recentes sugerem que seu ncleo seja f

  • undido.[11] [12] O ncleo cercado por um manto com 500700 km de espessura constitudo de silicatos.[13] [14] Baseado nos dados da misso da Mariner 10 e de observaes terrestres, acredita-se que a crosta do planeta tenha entre 100 e 300 km de espessura.[15] Um dos detalhes caractersticos da superfcie do planeta a presena de numerosas cristas estreitas, que podem se estender por centenas de quilmetros. Acredita-se que essas estruturas foram formadas quando o ncleo e manto se resfriaram e contraram, numa poca em que a crosta j estava solidificada.[16]

    O ncleo de Mercrio tem um teor de ferro maior que qualquer outro planeta no Sistema Solar, e vrias teorias foram propostas para explicar esta caracterstica. A mais amplamente aceita sugere que Mercrio tinha originalmente uma razo metal/silicato similar a meteoros condritos, considerados como tpicos da matria rochosa do Sistema Solar, e uma massa aproximadamente 2,25 vezes a atual.[17] No incio da histria do Sistema Solar, o planeta pode ter sido atingido por um planetesimal de aproximadamente um sexto de sua massa e vrias centenas de quilmetros.[17] Este impacto pode ter removido grande parte da crosta e manto originais, deixando o ncleo como o componente majoritrio.[17] Um processo similar, conhecido como a Hiptese do grande impacto, foi sugerido para explicar a formao da Lua (ver Big Splash).[17]

    Outra teoria sugere que Mercrio tenha sido formado a partir da nebulosa solar antes que a gerao da energia solar tenha se estabilizado. O planeta teria inicialmente duas vezes a massa atual, mas medida que o proto-Sol se contraiu, as temperaturas perto de Mercrio poderiam estar entre 2 500 e 3 500 K, e possivelmente at superiores a 10 000 K.[18] Grande parte da superfcie rochosa do planeta teria se vaporizado a tais temperaturas, formando uma atmosfera de "vapor de rocha" que teria sido levada pelo vento solar.[18]

    Uma terceira hiptese sugere que a nebulosa solar provocou o arrasto das partculas a partir das quais Mercrio vinha acretando, o que significa que as partculas leves foram perdidas do material acretante.[19] Cada uma destas hipteses conduz a uma composio diferente da superfcie e duas misses espaciais, MESSENGER e BepiColombo, tm como objetivo fazer observaes para verificar sua constituio.[20] [21] A MESSENGER encontrou nveis de potssio e enxofre na superfcie superiores aos esperados, sugerindo que a hiptese do impacto gigante e vaporizao da crosta e manto no ocorreu, uma vez que o potssio e o enxofre teriam sido removidos pelo calor extremo desses eventos. As observaes parecem favorecer a terceira hiptese, em que muitos materiais planetrios mais leves foram removidos, levando a maiores concentraes metlicas.[22]Geologia da superfciePrimeira imagem de alta resoluo de Mercrio enviada pela sonda MESSENGER.Ver artigo principal: Geologia de Mercrio

    A aparncia da superfcie do planeta bem similar da Lua, com extensos mares planos e grandes crateras, indicando que a atividade geolgica est inativa h bilhes de anos. Uma vez que o conhecimento obtido da geologia de Mercrio est baseado nas observaes da sonda Mariner em 1975 e de observaes terrestres, ele o planeta telrico menos compreendido.[12] medida que os dados da misso MESSENGER sejam processados este conhecimento aumentar. Como exemplo, foi descoberta uma cratera incomum com calhas radiantes, a qual os cientistas batizaram de "a aranha"[23] Ela mais tarde recebeu o nome de Apolodoro.

    Os nomes de acidentes em Mercrio tm vrias origens, sendo que nomes de pessoas se limitam aos j falecidos. Crateras recebem o nome de artistas, msicos, pintores e autores que apresentaram contribuies fundamentais em seus campos. Cristas (dorsas) recebem nomes de cientistas que contriburam para o estudo de Mercrio. Depresses (fossae) recebem nomes de obras de arquitetura, montanhas (montes) pela palavra "quente" em vrias lnguas e plancies (planitiae) pela palavra "Mercrio" em vrias lnguas. Escarpas (rupes) so nomeadas a partir de navios de expedies cientficas e vales (valles) como instalaes de telescpios.[24]

    Acidentes de Albedo se relacionam a reas de refletividade marcadamente diferentes

  • , de acordo com a observao telescpica. Mercrio possui Dorsas (tambm chamadas de "cristas enrugadas"), terras altas como as da Lua, Montes (montanhas), plancies ou planos, Escarpas e Vallis (Vales).[25] [26]

    Mercrio foi intensamente bombardeado por cometas e asteroides durante e logo depois da sua formao h 4,6 bilhes de anos, como tambm durante um possvel episdio subsequente denominado "Intenso bombardeio tardio", que se encerrou h 3,8 bilhes de anos.[8] Durante esse perodo de intensa formao de crateras, o planeta recebeu impactos sobre toda a sua superfcie,[26] o que foi facilitado pela ausncia de qualquer atmosfera que diminusse os impactos.[27] Durante esse perodo o planeta teve atividade vulcnica e bacias como a Caloris foram preenchidas por magma do interior planetrio, que produziram plancies suaves similares aos mares lunares.[28] [29]

    Dados do sobrevoo da MESSENGER de outubro de 2008 forneceram aos pesquisadores uma melhor avaliao da natureza confusa da superfcie mercuriana. Sua superfcie mais heterognea que a marciana ou lunar, as quais contm falhas significativas de geologia similar, como os mares e plats.[30]Bacias de impacto e craterasA Bacia Caloris de Mercrio um dos maiores acidentes de impacto do Sistema Solar.

    As crateras de impacto em Mercrio variam desde pequenas cavidades em forma de tigelas at bacias de impacto com multi-anis de centenas de quilmetros de tamanho. Elas aparecem em todos os estados de degradao, de crateras raiadas relativamente intactas at remanescentes de crateras altamente degradadas. Crateras mercurianas diferem sutilmente das lunares em funo de a rea coberta pela matria ejetada ser muito menor, devido ao de uma fora gravitacional mais forte.[31]

    A maior cratera conhecida a bacia Caloris, que possui um dimetro de 1 550 km.[32] O impacto que criou a bacia Caloris foi to forte que causou erupes de lava e deixou um anel concntrico com mais de 2 km de altura em volta do local do impacto. Na antpoda da bacia Caloris existe uma grande regio conhecida como "Terreno Esquisito". Uma das hipteses de sua origem seria que as ondas de choque geradas pelo impacto na bacia Caloris viajaram em torno do planeta, convergindo na antpoda da bacia. As altas tenses resultantes fraturaram a superfcie.[33] Outra teoria sugere que o terreno foi formado com um resultado da convergncia da ejecta nesta antpoda da bacia.[34]

    Ao todo, aproximadamente 15 bacias de impacto foram identificadas na rea mapeada de Mercrio. Uma bacia notvel a Bacia Tolstoj, com 400 km de tamanho e multi-anis, que teve material ejetado cobrindo uma extenso de mais de 500 km da sua borda e um piso que foi preenchido por materiais de plancies suaves. A bacia Beethoven tem um tamanho similar de material ejetado e uma borda de 625 km de dimetro.[31] Assim como a Lua, a superfcie de Mercrio sofreu os efeitos de processos de eroso espacial, incluindo o vento solar e impactos de micrometeoritos.[35]PlanciesA regio chamada de "Terreno Esquisito" foi formada pelo impacto na bacia Caloris no ponto antipodal.

    Existem duas regies planas geologicamente distintas em Mercrio.[31] [36] Plancies suavemente onduladas nas regies entre as crateras de Mercrio so as mais antigas superfcies visveis,[31] anteriores aos terrenos com muitas crateras. Essas plancies inter-crateras so distribudas uniformemente por toda a superfcie do planeta e parecem ter obliterado muitas crateras anteriores; elas apresentam uma escassez geral de crateras de dimetro menor que 30 km.[36] Ainda no est claro se elas so de origem vulcnica ou originadas de impactos.[36]

    Plancies suaves so reas achatadas espalhadas que preenchem depresses de vrios tamanhos e tm uma forte semelhana com os mares lunares. Notavelmente, elas preenchem um largo anel em torno da bacia Caloris. Ao contrrio dos mares lunares, as plancies suaves de Mercrio tm o mesmo albedo que as plancies inter-crateras mais antigas. Apes

  • ar da ausncia de caractersticas vulcnicas inequvocas, a localizao e o formato arredondado destas plancies sugerem fortemente sua origem vulcnica.[31] Todas essas plancies suaves foram formadas significativamente depois da bacia Caloris, como evidenciado pela densidade de crateras menor do que onde houve ejeo de material de Caloris.[31] O piso da bacia Caloris preenchido por uma plancie geologicamente distinta, quebrada por rugas e fraturas em um padro aproximadamente poligonal. No est claro se so lavas vulcnicas induzidas pelo impacto, ou um grande lenol de material derretido pelo impacto.[31]

    Uma caracterstica tpica da superfcie do planeta so as numerosas dobras de compresso, ou rupes, que cruzam as plancies. medida que o interior do planeta se resfriou, ele pode ter se contrado e sua superfcie comeou a se deformar, criando estas formaes. As dobras podem ser vistas no topo de outras formaes, tais como crateras e plancies, indicando que as dobras so mais recentes.[37] A superfcie planetria sofre significativo efeito de mars provocado pelo Sol, que 17 vezes mais forte que o efeito da Lua sobre a Terra.[38]Superfcie e exosferaImagem de radar do polo norte de Mercrio.

    A temperatura mdia da superfcie de Mercrio de 169,35 C (442,5 K) ,[7] mas varia numa faixa de -173,15 C (100 K) a 426,85 C (700 K) [39] devido ausncia de atmosfera e a um abrupto gradiente de temperatura entre o equador e os polos. O ponto subsolar alcana aproximadamente 700 K durante o perilio e ento cai para 550 K durante o aflio.[40] No lado escuro do planeta, a temperatura mdia de 110 K (-163,15 C).[41] A intensidade da luz solar na superfcie varia entre 4,59 e 10,61 vezes a constante solar (1 370 Wm-2).[42]

    Apesar de as temperaturas serem em geral extremamente altas em sua superfcie, as observaes sugerem fortemente a presena de gelo no planeta. Os pisos de crateras profundas nos polos nunca so expostos diretamente luz solar, e a temperatura ali permanece abaixo de 102 K, bem abaixo da temperatura mdia global[43] O gelo reflete com grande intensidade o radar, e observaes do Observatrio Goldstone e do VLA no incio da dcada de 1990 revelaram a presena de reas com grande reflexo do radar perto dos polos.[44] Embora o gelo no seja a nica causa possvel dessas regies reflexivas, os astrnomos acreditam que seja a mais provvel.[45]

    Acredita-se que as regies geladas tenham aproximadamente 1014 a 1015 kg de gelo,[46] e podem estar cobertas por uma camada de regolitos que inibe a sublimao.[47] Em comparao, a camada de gelo sobre a Antrtica tem uma massa de aproximadamente 41018 kg e a calota polar do sul de Marte tem 1016 kg de gua.[46] A origem do gelo em Mercrio ainda no conhecida, mas as duas fontes mais provveis so a degaseificao do interior do planeta ou a deposio pelo impacto de cometas.[46]Comparao do tamanho dos planetas telricos, da esquerda para a direita: Mercrio, Vnus, Terra e Marte.

    Mercrio muito pequeno e quente para sua gravidade reter qualquer atmosfera significativa por um longo perodo de tempo, entretanto possui uma "tnue exosfera na superfcie"[48] contendo hidrognio, hlio, oxignio, sdio, clcio, potssio e outros. Essa exosfera no estvel tomos so continuamente perdidos e repostos de vrias fontes. O hidrognie o hlio provavelmente provm do vento solar, difundido na magnetosfera mercuriana antes de escapar de volta para o espao. O decaimento radioativo de elementos do interior da crosta outra fonte de hlio, assim como de sdio e potssio. A sonda MESSENGER encontrou altas propores de clcio, hlio, hidrxidos, magnsio, oxignio, potssio, sil e sdio na exosfera. O vapor de gua presente provm de uma combinao de processos tais como cometas atingindo a superfcie, pulverizao catdica atravs do hidrognio do vento solar e oxignio das rochas, e sublimao de reservatrios de gelo na sombra permanente das crateras polares. A deteco de grandes quantidades dos ons O+, OH-, e H2O+ foi uma surpresa.[49] [50] Dada a quantidade que foi detectada no ambiente espacial de Mercrio, os cientistas supem que essas molculas foram arrancadas da superfcie do planeta ou da exosfera pelo vento solar.[51] [52]

  • O sdio, o potssio e o clcio foram descobertos na atmosfera durante as dcadas de 1980 e 1990 e acredita-se que sejam primariamente o resultado da vaporizao de rochas da superfcie pelo impacto de micrometeoritos.[53] Em 2008, a sonda MESSENGER descobriu magnsio.[54] Estudos indicam que s vezes emisses de sdio so localizadas em pontos que correspondem ao dipolo magntico do planeta, indicando a interao entre a magnetosfera e a superfcie do planeta.[55]Campo magntico e magnetosferaGrfico mostrando a fora relativa do campo magntico mercuriano.

    Apesar do seu pequeno tamanho e lenta velocidade de rotao em 59 dias, Mercrio tem um campo magntico significativo e aparentemente global. De acordo com medies realizadas pela sonda Mariner 10, sua fora de aproximadamente 1,1% do terrestre, sendo de cerca de 300 nT na linha do equador do planeta.[56] [57] Como o da Terra, o campo magntico de Mercrio dipolar,[55] mas diferentemente da Terra, os polos de Mercrio esto quase alinhados com o eixo de rotao do planeta.[58] As medidas feitas pelas sondas Mariner 10 e MESSENGER indicaram que a fora e formato do campo magntico so estveis.[58] [59] [60]

    provvel que o campo magntico seja gerado por meio de um efeito dnamo, de modo similar ao campo terrestre.[61] [62] Este efeito dnamo seria resultado da circulao do ncleo lquido rico em ferro. O efeito de mar provocado pela alta excentricidade orbital do planeta serviria para manter o ncleo no estado lquido necessrio para a existncia deste efeito dnamo.[63]

    O campo magntico mercuriano forte o suficiente para defletir o vento solar em torno do planeta, criando uma magnetosfera que, apesar de ser menor que a Terra, forte o suficiente para capturar o plasma do vento solar, contribuindo assim para a eroso espacial na superfcie do planeta.[58] Observaes feitas pela sonda Mariner 10 detectaram plasma de baixa energia na magnetosfera do planeta no lado escuro e exploses de partculas energticas foram detectadas na magnetocauda do planeta, o que indica uma qualidade dinmica da magnetosfera.[55]

    Durante seu segundo sobrevoo do planeta em 6 de outubro de 2008, a sonda MESSENGER descobriu que o campo magntico pode ser extremamente furado. A sonda encontrou tornados magnticos feixes deformados do campo magntico conectando o campo magntico planetrio com o espao sideral que tinham at 800 km de largura, ou um tero do raio do planeta. Estes tornados so formados quando campos magnticos carregados pelo vento solar so conectados ao campo mercuriano. medida que o vento solar empurra o campo magntico, estes campos magnticos conectados so carregados junto e misturados em estruturas parecidas com um vrtice. Estes tubos de fluxos magnticos misturados, tecnicamente conhecidos como eventos de transferncia de fluxos, formam aberturas no escudo magntico do planeta atravs do qual o vento solar pode penetrar e atingir diretamente a superfcie de Mercrio.[64]

    O processo de ligao dos campos magnticos planetrio e interplanetrio, chamado de reconexo magntica, comum no espao e ocorre no campo magntico terrestre da mesma forma. Todavia, a sonda MESSENGER observou que a taxa de reconexes em Mercrio dez vezes maior que a terrestre. A proximidade do Sol contribui com apenas um tero da taxa observada pela MESSENGER.[64]rbita e rotaorbita de Mercrio em amarelo.

    Mercrio tem excentricidade orbital de 0,21, a maior entre todos os planetas, com a distncia do Sol variando de 46 a 70 milhes de quilmetros; ele leva 87,969 dias terrestres para completar um perodo de translao. O diagrama esquerda ilustra os efeitos da excentricidade, mostrando a rbita de Mercrio sobrepondo uma rbita circular com o mesmo semieixo maior. A velocidade maior do planeta quando est perto do perilio claramente mostrada pela distncia maior coberta num intervalo de cinco dias. O tamanho das esferas inversamente proporcional a sua distncia do Sol e utilizado p

  • ara ilustrar a variao da distncia heliocntrica. Esta variao da distncia do Sol, combinada com uma ressonncia orbital de 3:2 da rotao do planeta em torno de seu eixo, resulta em complexas variaes da temperatura da superfcie.[65] Esta ressonncia faz com que um dia em Mercrio dure exatamente dois anos, ou seja, cerca de 176 dias terrestres.[66]

    A rbita mercuriana est inclinada em 7 em relao ao plano da rbita da Terra (a eclptica), conforme mostrado no diagrama direita. Como resultado, o trnsito de Mercrio sobre o Sol ocorre apenas quando o planeta est cruzando o plano da eclptica terrestre quando est entre a Terra e o Sol, evento que acontece em mdia a cada sete anos.[67]rbita de Mercrio conforme observada do nodo ascendente (abaixo) e de 10 acima (topo).

    A inclinao axial mercuriana quase zero,[68] [69] sendo de 0,027 o melhor valor medido.[70] Este valor significativamente menor que a inclinao de Jpiter, que ostenta a segunda menor inclinao de todos os planetas, com 3,1 graus. Isto significa que, para um observador no polo de Mercrio, o centro do Sol nunca ascenderia mais de 2,1 minutos de arco acima do horizonte.[70]

    Em certos pontos da superfcie do planeta, um observador observaria o Sol subir at aproximadamente a metade do caminho e ento reverter e se pr antes de nascer novamente, tudo isso no mesmo dia mercuriano. Isto ocorre porque, aproximadamente quatro dias terrestres antes do perilio, a velocidade orbital angular se iguala velocidade rotacional angular, ento o movimento aparente do Sol cessa; no perilio, a velocidade orbital angular ento excede a rotacional e assim o Sol aparece num movimento retrgado. Quatro dias aps o perilio, o movimento aparente do Sol reinicia-se nesses pontos.[65]

    Mercrio atinge a conjuno inferior (aproximao da Terra) a cada 116 dias terrestres, em mdia,[7] mas este intervalo pode variar entre 105 e 129 dias, devido rbita excntrica do planeta. Mercrio pode se aproximar a at 77,3 milhes de quilmetros da Terra,[7] mas ele s se aproximar a 80 Gm no ano 28.622. A prxima aproximao a 82,1 GM ser em 2679, e a 82 Gm em 4487.[71] O seu perodo de movimento retrgrado, para um observador na Terra, pode variar entre 8 e 15 dias em cada lado da conjuno inferior. Esta grande variao se deve alta excentricidade orbital do planeta.[65]Ressonncia rotao-translaoDepois de um perodo de translao, Mercrio rotacionou 1,5 vez, ento, aps dois perodos translacionais completos, o mesmo hemisfrio est iluminado novamente.

    Por muitos anos acreditou-se que Mercrio estava sincronizado pelo efeito de mar com o Sol, rotacionando uma vez para cada translao e mantendo sempre a mesma face voltada para o Sol, do mesmo modo que o mesmo lado da Lua est sempre voltado para a Terra. Entretanto, observaes de radar em 1965 provaram que o planeta tem uma ressonncia roto-translacional de 3:2, rotacionando trs vezes para cada duas translaes em torno do Sol; a excentricidade da rbita de Mercrio torna a ressonncia estvel no perilio, quando a mar solar mais forte, o Sol fica quase parado no cu mercuriano.[72]

    A razo original para os astrnomos acreditarem que Mercrio estava sincronizado era porque toda vez que ele estava numa condio tima de observao, estava sempre perto do mesmo ponto da ressonncia, portanto mostrando a mesma face. Isto ocorre porque, coincidentemente, a rotao de Mercrio tem quase a metade do perodo sindico em relao TerraDevido ressonncia 3:2 roto-translacional mercuriana, um dia solar (o comprimento entre dois trnsitos meridianos do Sol) dura aproximadamente 176 dias terrestres.[65] Um dia sideral (o perodo de rotao) dura aproximadamente 58,7 dias terrestres.[65]

    Simulaes indicam que a excentricidade orbital de Mercrio varia caoticamente de quase zero (circular) a mais de 0,45 ao longo de milhes de anos, devido a perturbaes provocadas por outros planetas.[65] [73] Acredita-se que isto explique a ressonncia 3:2 roto-translacional (em vez da mais usual 1:1), uma vez que este estado mais

  • provvel de surgir num perodo de alta excentricidade.[74]

    Simulaes numricas mostram que uma interao orbital ressonante com Jpiter pode levar a excentricidade orbital de Mercrio a aumentar a ponto de o planeta ter uma probabilidade de 1% de se chocar com Vnus nos prximos 5 bilhes de anos.[75] [76]Avano do perilioVer artigo principal: Precesso do perilio de Mercrio

    Em 1859, o matemtico e astrnomo francs Urbain Le Verrier relatou que a lenta precesso da rbita de Mercrio em torno do Sol no poderia ser completamente explicada pela mecnica Newtoniana e por perturbaes dos planetas conhecidos. Ele sugeriu, entre as possveis explicaes, que outro planeta (ou talvez uma srie de corpsculos menores) poderia existir em uma rbita solar at menor que a de Mercrio, para dar uma explicao para esta perturbao.[77] O sucesso na busca por Netuno baseada nas perturbaes da rbita de Urano levou os astrnomos a dar f a esta possvel explicao, e o hipottico planeta foi at nomeado de Vulcano. Entretanto, tal planeta nunca foi encontrado.[78]

    A precesso de Mercrio de 5600 segundos de arco (1,5556) por sculo em relao Terra e aecnica newtoniana, levando em conta todos os efeitos de outros planetas, prev uma precesso de 5557 segundos de arco (1,5436) por sculo.[79] No incio do sculo XX, a Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein apresentou a explicao para o fenmeno observado da precesso. O efeito bem pequeno: o avano relativstico do perilio mercuriano de apenas 42,98 segundos de arco por sculo, portanto necessrio um pouco mais de doze milhes de translaes para uma volta adicional completa. O efeito ocorre de modo similar em outros planetas, embora seja muito menor, sendo de 8,62 segundos de arco por sculo para Vnus, 3,84 para a Terra, 1,35 para Marte e 10,05 para carus 1566.[80] [81]Sistema de Coordenadas

    A longitude de Mercrio aumenta na direo oeste e uma pequena cratera chamada Hun Kal o ponto de referncia para a medida da longitude. O centro de Hun Kal est a 20 de longitude oeste.[82]ObservaoTrnsito de Mercrio sobre o disco solar em 8 de novembro de 2006.

    A magnitude aparente mercuriana varia entre -2,6 mais brilhante que Sirius (a estrela mais brilhante), e 5,7 (aproximadamente o limite terico de visibilidade a olho nu), ocorrendo os extremos quando Mercrio est bem perto do Sol no cu.[83] A observao do planeta complicada devido a sua proximidade do Sol, j que ele se perde no brilho solar por grande parte do tempo. Mercrio pode ser observado apenas num curto perodo durante o crepsculo matinal ou vespertino. O Telescpio Espacial Hubble no pode observar o planeta, devido a procedimentos de segurana que impedem que seja apontado para to perto do Sol.[84] Assim como outros planetas e estrelas mais brilhantes, Mercrio pode ser visto durante eclipses totais do Sol.[85]

    Como a Lua e Vnus, Mercrio possui fases quando observado da Terra, sendo a "nova" a conjuno inferior e a "cheia" a conjuno superior. O planeta fica invisvel em ambas as ocasies por causa da proximidade relativa do Sol.

    Mercrio tecnicamente mais brilhante, quando observado da Terra, em sua fase cheia. Embora o planeta esteja nesta fase em sua maior distncia da Terra, a maior rea iluminada visvel e o efeito da oposio mais do que compensam a distncia. O oposto acontece com Vnus, que aparece mais brilhante na fase crescente, porque est muito mais perto da Terra do que quando est convexa.[86]

    Entretanto, a apario mais brilhante de Mercrio (fase cheia) uma ocasio impossvel para observao prtica, por causa da extrema proximidade do Sol. Mercrio mais bem observado no primeiro e ltimo quartos, embora sejam fases de menor brilho. Essas fases ocorrem na maior elongao leste e oeste, respectivamente. Nessas duas oportunidades, a separao de Mercrio do Sol varia entre 17,9 no perilio e 27,8 no aflio.[87] [88] A mai

  • or elongao oeste a ocasio em que Mercrio nasce mais cedo antes do Sol, enquanto a maior elongao leste quando ele se pe mais tarde depois do Sol .[89]

    Mercrio mais facilmente visvel nas latitudes tropicais e subtropicais do que em latitudes maiores, o que o resultado de dois efeitos: (i) o Sol ascende e descende em ngulos maiores no horizonte, portanto o perodo de crepsculo menor, e (ii) em certas pocas do ano, a eclptica faz interseo com o horizonte em um ngulo muito grande, significando que Mercrio pode estar relativamente alto (a at 28) em um cu totalmente escuro. Essas condies podem existir, por exemplo, depois do por do sol perto do equincio da primavera, em maro/abril no sul dos Estados Unidos ou em setembro/outubro na frica do Sul e Australsia. De forma inversa, a viso antes da alvorada mais fcil perto do equincio do outono.

    Em latitudes temperadas, a observao frequentemente mais fcil do hemisfrio sul terrestre do que do norte, porque no hemisfrio sul as elongaes mximas a oeste do Sol ocorrem no incio do outono e as elongaes mximas a leste no final do inverno.[89] Em ambos os casos, o ngulo de Mercrio com a eclptica maximizado, permitindo que ele nasa vrias horas antes do Sol na primeira situao e vrias horas aps o por do Sol em pases localizados na zona sul temperada, tais como Argentina e Nova Zelndia.[89] Por outro lado, nos principais centros populacionais das altas latitudes ao norte, Mercrio nunca est acima do horizonte em condies de luminosidade adequadas.

    Observaes de Mercrio por telescpio baseadas na Terra revelam apenas um disco parcial iluminado, com detalhe limitado. A primeira das duas naves espaciais a visitar o planeta foi a Mariner 10, que mapeou cerca de 45 % da superfcie entre 1974 e 1975. A segunda a nave MESSENGER que, depois de trs sobrevoos de Mercrio entre 2008 e 2009, entrou em rbita em 17 de maro de 2011,[90] para mapear e estudar o restante do planeta.[91]EstudosAstronomia antiga

    As mais antigas observaes registradas de Mercrio so das tabelas de Mul.Apin. Estas observaes foram provavelmente feitas por um astrnomo assrio por volta do sculo XIV a.C.[92] A escrita cuneiforme utilizada para designar o planeta na tabela transcrita como UDU.IDIM.GU4.UD (O planeta que pula)[nota 3] Registros babilnicos de Mercrio datam do primeiro milnio a.C., quando o planeta era chamado de Nabu, o mensageiro dos deuses em sua mitologia.[94]

    Os gregos da antiguidade do perodo de Hesodo conheciam o planeta como St???? (Stilbon), que significa "o resplandecente", e ????? (Hermaon).[95] Posteriormente, os gregos chamaram o planeta de Apolo quando estava visvel no cu da manh e Hermes quando visvel no entardecer. Por volta do sculo IV a.C. os astrnomos gregos perceberam que os dois nomes se referiam ao mesmo corpo celeste, Hermes (????: Ermis), nome planetrio que foi mantido no grego moderno.[96] Os romanos batizaram o planeta com o nome do seu deus mensageiro com asas nos ps, Mercrio (em latim, Mercurius), equivalente ao grego Hermes, em virtude de o astro cruzar o firmamento mais rpido que qualquer outro planeta.[5] [97] O smbolo astronmico para Mercrio uma verso estilizada do caduceu de Hermes.[98]

    O astrnomo romano-egpcio Ptolomeu escreveu sobre a possibilidade de trnsitos planetrios sobre a face do Sol em seu trabalho Hipteses Planetrias. Ele sugeriu que no haviado observados trnsitos porque planetas como Mercrio eram pequenos demais para serem vistos ou porque os trnsitos eram muito pouco frequentes.[99]

    Na China antiga, Mercrio era conhecido como Chem-Hsing, a estrela da hora, e estava associado com a direo do norte e a fase da gua no Wu Xing.[100] A mitologia hindu utilizava o nome Buda para Mercrio e acreditava-se que este deus presidia a quarta-feira;[101] No paganismo germnico, o astro era representado pelo deus Odin (ou Woden), tambm associado a este dia da semana.[102] A civilizao maia pode ter representado o planeta como uma coruja (ou possivelmente quatro corujas, duas para a manh

  • e duas para a tarde), que servia com mensageira para o mundo dos mortos.[103]Modelo do astrnomo Ibn al-Shatir para as aparies do planeta, mostrando a multiplicao dos epiciclos utilizando o par de Tusi, eliminando assim as excntricas e a equante de Ptolomeu.

    Na astronomia indiana antiga, o Surya Siddhanta, um texto astronmico indiano do sculo V, estimava o dimetro de Mercrio em 3.008 milhas, um erro de menos de 1% do dimetro atualmente aceito, de 3.032 milhas (4.880 km). Entretanto, esta estimativa se baseava em uma medio imprecisa do dimetro angular do planeta em 3 minutos de arco.

    Na astronomia islmica medieval, o astrnomo de Al-Andalus Abu Ishaq Ibrahim al-Zarqali representou no sculo XI o epiciclo da rbita geocntrica mercuriana como uma oval (tal como um ovo ou um pinho), embora esta indicao no tenha influenciado sua teoria ou seus clculos astronmicos.[104] [105] No sculo XII, Ibn Bajjah observou "dois planetas como pontos pretos na superfcie do Sol", o que foi posteriormente sugerido como trnsito de Mercrio e/ou Vnus pelo astrnomo Qotb al-Din Shirazi, do observatrio Maragheh no sculo XIII.[106] Entretanto, a maioria dos registros medieveis de trnsitos foram posteriormente interpretados como observaes de manchas solares.[107] )

    Na ndia, o astrnomo Nilakantha Somayaji, da escola Kerala, desenvolveu no sculo XV um sistema planetrio parcialmente heliocntrico em que Mercrio orbitava o Sol, que por sua vez orbitava a Terra, de forma similar ao Sistema de Tycho proposto no final do sculo XVI por Tycho Brahe.[108]Pesquisas baseadas em observaes terrestresTrnsito de Mercrio. Mercrio o pequeno ponto abaixo do centro, na frente do Sol. A rea escura na esquerda do disco solar uma mancha.

    As primeiras observaes telescpicas de Mercrio foram feitas por Galileu no incio do sculo XVII, e embora ele tenha visto fases em Vnus, seu telescpio no era potente o suficiente para visualizar as fases mercurianas. Em 1631, Pierre Gassendi fez a primeira observao do trnsito astronmico de um planeta sobre o disco solar, quando observou um trnsito de Mercrio previsto por Johannes Kepler. Em 1639, Giovanni Zupi descobriu que o planeta tinha fases orbitais, tal como a Lua e Vnus. Esta observao demonstrou conclusivamente que Mercrio orbitava o Sol.[65]

    Um evento raro na astronomia a passagem de um planeta frente de outro (ocultao), quando observado da Terra. Mercrio e Vnus se ocultam com uma frequncia de alguns sculos, e o nico evento deste tipo historicamente observado foi em 28 de maio de 1737, por John Bevis do Observatrio de Greenwich.[109] A prxima ocultao de Mercrio por Vnus ocorrer em 3 de dezembro de 2133.[110]

    As dificuldades inerentes observao de Mercrio implicam que este foi de longe o menos estudado dos planetas. Em 1800, Johann Schrter fez observaes de acidentes da superfcie, afirmando ter observado montanhas de 20 km de altura. Friedrich Bessel utilizou os desenhos de Schrter e erroneamente estimou o perodo de rotao em 24 horas e uma inclinao axial de 70.[111] Na dcada de 1880, Giovanni Schiaparelli mapeou o planeta com uma exatido maior e sugeriu que o perodo rotacional era de 88 dias, o mesmo que o perodo orbital devido ao efeito de mar.[112] Este fenmeno conhecido como rotao sincronizada e observado na Lua terrestre. Os esforos para mapear a superfcie de Mercrio foram continuados por Eugenios Antoniadi, que publicou um livro em 1934 que inclua mapas e suas prprias observaes.[55] Muitos dos acidentes da superfcie do planeta, particularmente as formaes de albedo, tm seus nomes retirados dos mapas de Antoniadi.[113]

    Em junho de 1962, cientistas soviticos do Instituto de Rdio-engenharia e Eletrnica da Academia de Cincias da Unio Sovitica, liderados por Vladimir Kotelnikov, tornaram-se os primeiros a enviar sinais de radar para Mercrio e receber respostas, iniciando as observaes por radar do planeta.[114] [115] [116] Trs anos mais tarde, observaes de radar dos estadunidenses Gordon Pettengill e R. Dyce, utilizando um radio

  • telescpio de 300 m do Observatrio de Arecibo, em Porto Rico, demonstraram conclusivamente que o perodo rotacional do planeta era de cerca de 59 dias terrestres.[117] [118]

    A teoria de que a rotao de Mercrio estava sincronizada tinha se tornado amplamente aceita, e foi uma surpresa para os astrnomos quando estas observaes foram anunciadas. Se Mercrio estivesse sincronizado pelo efeito de mar, sua face escura deveria ser extremamente fria, porm as medies por emisses de rdio revelaram que ela era muito mais quente que o esperado. Os astrnomos foram relutantes em abandonar a teoria da rotao sincronizada e propuseram mecanismos alternativos, tais como poderosos ventos distribuidores de calor, para explicar estas observaes.[119]

    O astrnomo italiano Giuseppe Colombo percebeu que o valor da rotao era aproximadamente dois teros do perodo de translao mercuriano, e props que os perodos de translao e tao estavam sincronizados numa relao de 3:2, e no de 1:1.[120] Dados da sonda espacial Mariner 10 confirmaram posteriormente este teoria.[121] Isto significa que os mapas de Schiaparelli e Antoniadi no estavam errados. Na verdade, os astrnomos viram as mesmas caractersticas durante cada segunda rbita e as registraram, mas negligenciaram aquelas vistas no meio tempo, quando a outra face de Mercrio estava voltada para o Sol, uma vez que a geometria orbital implicava em que estas observaes fossem feitas sob condies de visibilidade ruins.[111]

    Observaes pticas terrestres no revelaram muito sobre a estrutura do planeta, mas rdio-astrnomos utilizando interferometria em comprimentos de onda de microondas, uma tcnica que permite a remoo da radiao solar, puderam discernir propriedades fsicas e qumicas de camadas sob a superfcie numa profundidade de vrios metros.[122] [123] Somente quando a primeira sonda espacial foi enviada que muitas das propriedades mais fundamentais do planeta foram conhecidas. Todavia, avanos tecnolgicos recentes tm melhorado as observaes terrestres. Em 2000, observaes em alta resoluo pelo mtodo Lucky imaging foram conduzidas pelo Observatrio Monte Wilson e forneceram as primeiras vises com resoluo para acidentes da superfcie que no foram fotografadas pela misso Mariner.[124] Imagens posteriores evidenciaram uma grande bacia de impacto com um anel duplo, maior ainda que a Bacia Caloris na regio no fotografada pela Mariner, a qual foi informalmente apelidada de Bacia Skinakas.[125] Imagens posteriores mostraram evidncia de uma grande bacia de impacto com duplo anel, ainda maior que a bacia Caloris, no hemisfrio no fotografado pela Mariner, que foi informalmente denominada bacia Skinakas. A maior parte da superfcie foi mapeada pelo telescpio de Arecibo, com uma resoluo de 5 km, inclusive depsitos polares nas regies de sombra das crateras, que podem ser de gelo.[126]Pesquisa com sondas espaciaisVer artigo principal: Explorao de Mercrio

    Alcanar Mercrio a partir da Terra apresenta desafios tcnicos significativos, uma vez que o planeta orbita o Sol muito mais prximo do que a Terra. Uma espaonave lanada da Terra precisa viajar por 91 milhes de quilmetros na direo do poo de potencial gravitacional do Sol. A velocidade orbital mercuriana de 48 km/s, enquanto a terrestre de 30 km/s, portanto a espaonave precisa realizar uma grande mudana em sua velocidade (delta-v) para entrar na rbita de transferncia de Hohmann que passa perto de Mercrio, comparada com o delta-v necessrio para outras misses planetrias.[127]

    A energia potencial liberada pelo movimento em direo ao poo de potencial solar torna-se energia cintica, exigindo outra grande alterao no delta-v para evitar passar rapidamente direto por Mercrio. Para pousar com segurana ou entrar em rbita estvel, a espaonave deve contar com motores de foguetes, pois a aerofrenagem est fora de cogitao por causa da tnue atmosfera. Uma viagem para Mercrio exige mais combustvel do que para escapar completamente do sistema solar. Como resultado, apenas duas sondas espaciais foram enviadas ao planeta at o momento.[128] Uma alternativa de aproximao proposta seria a utilizao de velas solares para atingir uma rbita sincronizada mercuriana ao redor do Sol.[129]Mariner 10

  • Ver artigo principal: Mariner 10A sonda Mariner 10, a primeira a visitar o planeta de perto.Vista de Mercrio a partir da Mariner 10.

    A primeira espaonave a visitar Mercrio foi a sonda Mariner 10 da NASA (197475),[5] que utilizou a fora da gravidade de Vnus para ajustar sua velocidade orbital para se aproximar de Mercrio, tornando-se a primeira nave espacial a utilizar o efeito da gravidade assistida e a primeira da NASA a realizar uma misso de visita a mltiplos planetas.[127] A sonda forneceu as primeiras imagens prximas da superfcie mercuriana, que mostraram sua natureza repleta de crateras e revelaram muitos outros tipos de acidentes geolgicos, tais como declives gigantes que foram posteriormente atribudos ao efeito do planeta encolhendo ligeiramente, em funo do resfriamento do ncleo de ferro.[130] Infelizmente, devido ao comprimento do perodo orbital da Mariner 10, a mesma face do planeta estava iluminada a cada aproximao da sonda, tornando impossvel a observao de ambos os lados do planeta[131] e resultando num mapeamento de menos de 45% da superfcie planetria.[132]

    No dia 27 de maro de 1974, dois dias antes do primeiro sobrevoo sobre Mercrio, os instrumentos da sonda comearam a registrar grandes quantidades de uma inesperada radiao ultravioleta prximo a Mercrio. Isto levou tentativa de identificao de um satli mercuriano, mas, pouco depois, a fonte de radiao foi identificada como a estrela 31 da constelao de Crater e a lua mercuriana passou para os livros da histria da astronomia como uma nota de rodap.

    A sonda realizou trs aproximaes de Mercrio e a mais prxima passou a uma distncia de 327 km da superfcie.[133] Na primeira aproximao, os instrumentos detectaram um campo magntico, para grande surpresa dos gelogos planetrios esperava-se que a rotao mercuriana fosse muito lenta para gerar um efeito dnamo significativo. A segunda aproximao foi utilizada principalmente para obteno de imagens e a terceira para uma extensiva coleta de dados sobre o campo magntico. Os dados revelaram que o campo magntico semelhante ao terrestre, defletindo o vento solar em torno do planeta. Entretanto, a origem do campo magntico mercuriano ainda matria de muitas teorias.[134]

    Em 24 de maro de 1975, apenas oito dias aps sua aproximao final, a sonda esgotou seu combustvel. Como sua rbita no podia mais ser controlada com preciso, os controladores da misso instruram-na a se auto-desligar.[135] A sonda provavelmente ainda est orbitando o Sol, passando prximo ao planeta com uma frequncia de alguns meses.[136]MESSENGERVer artigo principal: MESSENGERA sonda MESSENGER sendo preparada para lanamento.

    Uma segunda misso da NASA para Mercrio, nomeada MESSENGER (acrnimo de MErcury Surface, Space ENvironment, GEochemistry, and Ranging), foi lanada em 3 de agosto de 2004 do Cabo Canaveral, a bordo de um foguete Delta II. Ela fez um sobrevoo na Terra em agosto de 2005 e em Vnus em outubro de 2006 e junho de 2007, de modo a estabelecer uma trajetria correta para alcanar a rbita mercuriana.[137] O primeiro sobrevoo em Mercrio aconteceu no dia 14 de janeiro de 2008, o segundo em 6 de outubro de 2008 [138] e o terceiro em 29 de setembro de 2009.[139] A maior parte da superfcie no fotografada pela sonda Mariner 10 foi mapeada durante estes sobrevoos e em 18 de maro de 2011 a sonda entrou em rbita elptica em torno do planeta, tendo a primeira imagem orbital sido obtida em 29 de maro de 2011. A sonda realizou uma misso de mapeamento com durao de um ano terrestre[138] e desenvolve atualmente uma misso estendida programada para terminar em 2013. Alm de prosseguir na observao e mapeamento de Mercrio, a MESSENGER vai observar o perodo de mxima atividade solar de 2012.[140]

    A misso foi projetada para esclarecer seis pontos chaves: a alta densidade mercuriana, sua histria geolgica, a natureza de seu campo magntico, a estrutura de seu ncleo, a existncia ou no de gelo em seus polos e de onde vem sua tnue atmosfera. Para cumprir esta misso, a sonda est equipada com dispositivos fotogrficos que iro coleta

  • r imagens com resoluo muito maior de muito mais reas do que a Mariner 10, espectrmetros variados para determinar a abundncia dos elementos na crosta e magnetmetros e dispositivos para medio da velocidade de partculas carregadas. Medies detalhadas de pequenas mudanas na velocidade da sonda em sua rbita sero utilizadas para inferir detalhes sobre a estrutura do interior do planeta.[20]BepiColomboVer artigo principal: BepiColombo

    A Agncia Espacial Europeia est planejando uma misso conjunta com o Japo chamada BepiColombo, que orbitar Mercrio com duas sondas: uma para mapear o planeta e outra para estudar sua magnetosfera.[141] O lanamento, que estava previsto para 2015, foi adiado para 2017, com a data provvel de chegada em Mercrio em 2024.[142] A espaonave liberar uma sonda magnetomtrica em um rbita elptica, e ento foguetes qumicos sero acionados para colocar a sonda mapeadora em uma rbita circular. Ambas as sondas operaro por um ano terreste.[141] A sonda mapeadora carregar uma srie de espectrmetros semelhantes aos da MESSENGER, que estudaro o planeta em vrios comprimentos de onda, incluindo infravermelho, ultravioleta, raio-x e radiao gama.[143]Mercrio na culturaMitologia e astrologiaJacob Matham: Mercurius, 1597. Gravura em metal

    A origem do nome provm do deus Mercrio, mensageiro dos deuses da mitologia romana, devido ao movimento rpido do planeta no cu em relao a outros planetas. Higino disse que sua dedicao ao deus se devia ao fato de que ele havia sido o primeiro a estabelecer os meses e a perceber o curso das constelaes.[144] Na astrologia, o planeta est associado com a capacidade de aprender, se adaptar, trocar e desenvolver sociabilidade e de se expressar e o regente dos signos de Gmeos e Virgem, comandando a terceira e a sexta casas do zodaco.[145] [146] [147] O movimento retrgado aparente do planeta influencia tudo que se relaciona a este, de modo a provocar interrupo ou desentendimentos nas formas de comunicao regidas pelo planeta.[148]Fico cientfica

    O pequeno tamanho de Mercrio e sua proximidade com o Sol tornaram as observaes cientficas iniciais difceis, e isso afetou o modo como foi representado na cultura. Em 1750 o Cavaleiro de Bthune escreveu um livro, Rlation du monde de Mercure, onde o imaginou habitado por uma populao de seres alados, cuja morte no era compulsria, e em perptuo desfrute beatfico da luz do Sol. No sculo XIX apareceu mais literatura especulativa, entre elas Ariel (1886), de W. D. Lach-Szyrma, que imaginou seres mercurianos vivendo em sofisticados carros voadores nas vrias camadas de uma suposta atmosfera planetria. Em 1893 Giovanni Schiaparelli declarou que Mercrio mantinha sempre a mesma face voltada para o Sol, no que concordou Percival Lowell, gerando um farto imaginrio literrio de um planeta com um de seus lados extremamente quente e outro extremamente frio. Esta suposio equivocada persistiu at 1965, quando se descobriu a rotao mercuriana, mas ento um copioso folclore e literatura ficcional e at mesmo humorstica havia sido produzido incorporando este engano. Em algumas novelas o planeta foi apresentado inabitado, em outras como lar de monstros e, em outras mais, povoado por uma diversidade de seres humanoides. Em The Last Planet (1934) de R. F. Starzl, e em Intelligence Undying (1936) de Edmond Hamilton, Mercrio foi descrito como o refgio da humanidade quando o Sol esfria.[149]

    Na dcada de 1950, quando o gnero da fico cientfica comeou a ser mais baseado em fatos, a hostilidade do ambiente mercuriano deu origem a histrias mais violentas, como Battle on Mercury (1956), de Lester del Rey, Lucky Starr and the Big Sun of Mercury (1956), de Isaac Asimov, Hot Planet (1963), de Hal Clement, The Coldest Place (1964), de Larry Niven, e Mission to Mercury (1965), de Hugh Walter, entre muitas outras. Mesmo quando a rotao planetria foi descoberta e quando em 1975 foi confirmada a ausncia de atmosfera, o estilo da gerao anterior de novelistas continuou prevalecendo, mas sua concepo como um planeta habitado logo desapareceu da literatura. Em seu lugar, surgiu na fico uma ideia de que Mercrio poderia ser uma base para a explorao do Sol, como em Sundliver (1980), de David Brin, ou como uma fonte de

  • minerais explorveis, da forma como Stephen Baxter o mostrou em Cilia-of-Gold (1994). Tom Purdom em 2000 publicou Romance in Extended Time, onde Mercrio a base para terraformao, sendo circundado por uma grande estufa, e em Kath and Quicksilver (2005), de Larry Niven e Brenda Cooper, Mercrio aparece lentamente engolfado pelo Sol em expanso.[149]Ver tambmCommonsO Commons possui imagens e outras mdias sobre Mercrio

    Precesso do perilio de Mercrio

    Notas

    Pluto era considerado o menor planeta mas foi reclassificado como planeta ano em 2006.Mercrio tem se contrado, perdendo 7 km de elevao em algumas partes, de acordo com uma pesquisa usando dados da sonda MESSENGER da NASA[1]

    Algumas fontes precedem a transcrio cuneiforme com "MUL". "MUL" o smbolo cuneiforme utilizado na lngua sumeriana para designer uma estrela ou planeta, mas no considerado parte do nome. O 4 um nmero de referncia para o sistema de transliterao sumero-acadiano para designar quais das vrias slabas um certo smbolo cuneiforme est provavelmente designando.[93]

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