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Diocésio A. P. Andrade, MDInORP - ONCOCLÍNICAS
Grupo EVA
Recomendações de tratamento sistêmico paliativo e novas direções de radioterapia
no Adenossarcoma
✓Epidemiologia
✓Patologia e Diagnóstico
✓Fatores de Risco e Prognóstico
✓Estadiamento
✓Tratamento Radioterapia
✓Tratamento Quimioterapia
Siegel R., et al. CA Cancer J Clin 2017;67:7-30.
Epidemiologia
Epidemiologia
1- D’Angelo E., Prat J. Gynecol Oncol 2010;116:131–9.2- Toro J.R., et al. Int J Cancer 2006;119:2922-30.
✓Tumores mesenquimais do útero são raros.1
✓Representam 3 a 7% dos tumores malignos do corpo uterino.1
✓7% de todos os sarcomas, independente do sítio primário.2
Epidemiologia
Toro J.R., et al. Int J Cancer 2006;119:2922-30.
Epidemiologia Adenossarcoma
1- Shi Y., et al. Aust N Z J Obstet Gynaecol 2008;48:596-600.2- Clemente P.B., et al. Human Pathol 1990;21:363-81.
3- Arend R., et al. Gynecol Oncol 2010;119:305-8.
✓Tumor mulleriano misto de excelente prognóstico.
✓Componente mesenquimal maligno; epitelial benigno
✓6% dos sarcomas uterinos.1
✓Ampla faixa etária de incidência; pico entre a 5ª e 7ª décadas.2
✓Alta taxa de crescimento (sarcoma parido).
✓Estádio I – sobrevida global de 79%.3
Patologia
✓Marcadores mais específicos: CD10 (71-100%) e WT1 (79%).1
✓Receptor Estrógeno2
✓78% sem supercrescimento sarcomatoso.
✓14% com supercrescimento sarcomatoso.
✓Receptor Progesterona2
✓81% sem supercrescimento sarcomatoso.
✓57% com supercrescimento sarcomatoso.
1- Van Mieghem T., et al. Gynecol Oncol 2005;99:493-6.2- Soslow R.A., et al. Am J Surg Pathol 2008;32:1013-21.
Patologia
Soslow R.A., et al. Am J Surg Pathol 2008;32:1013-21.
Diagnóstico
✓Extremamente difícil – sobreposição dos
sintomas de leiomioma
✓Sangramento na pós- menopausa ou
fluxo anormal.1
✓Dor pélvica ou abdominal; aumento ou
distensão abdominal.2
✓Massas uterinas que crescem pós-
menopausa.1
✓Aperfeiçoamento de exames radiológicos
de imagem
✓US/TC/RNM: leiomioma versus
sarcoma.
✓Imagem ponderada por difusão (DWI),
coeficiente de difusão aparente (ADC).
✓DWI intermediário/alto; ADC baixo –
suspeita de malignidade.3,4
1- Verschraegen C.F., et al. Oncol Rep 1998;5:939-44.2- Chin P.S., et al. Int J Gynaecol Obstet 2013;12:229-32.
3- Li H.M., et al. J Comput Assist Tomogr 2016.4- Sato K., et al. Am J Obstet Gynecol 2014;210:368.e1-8.
Fatores de Risco/Prognóstico
1- Stern R.C., et al. Int J Gynecol Pathol 2001;20:133-9.2- Wysowski D.K., et al. N Engl J Med 2002;346:1832-3.
3- Carrol A., et al. Gynecol Oncol 2014;135:455-61.4- Kaku T., et al. Int J Gynecol Pathol 1992;11:75-88.
5- Clemente P.B., et al. Human Pathol 1990;21:363-81.
✓Passado ou histórico de endometriose.1
✓Exposição ao Tamoxifeno.2
✓Supercrescimento sarcomatoso:3
✓Mais que 25% do tumor composto por sarcoma de alto grau puro;
✓8-54% dos casos.4
✓Outros fatores: invasão miometrial e/ou linfovascular; necrose tumoral;
elementos heterólogos (diferenciação rabdomioblástica).5
✓ Estádio I – limitado ao corpo do útero
IA/T1a – tumor limitado ao
endométrio/endocérvix;
IB/T1b – tumor invade menos que 50% do
miométrio;
IC/T1c – tumor invade mais que 50% do miométrio.
✓ Estádio II/T2 – tumor estende-se além do útero, mas
está confinado à pelve
IIA/T2a – tumor envolve anexos uterinos;
IIB/T2b – tumor envolve outros tecidos pélvicos.
✓ Estádio III – tumor infiltra outros tecidos
abdominais;
IIIA/T3a – envolve um sítio apenas;
IIIB/T3b – envolve mais que um sítio;
IIIC/N1 – metástases em linfonodos regionais.
✓ Estádio IVA/T4 – invasão da bexiga e/ou reto
✓ Estádio IVB/M1 – doença à distância
AJCC Cancer Staging Manual. 8th edn. Oct 2016.
Estadiamento
AJCC Cancer Staging Manual. 8th edn. Oct 2016.
Estadiamento
Tratamento
1- Tanner E.J., et al. Gynecol Oncol 2013;129:140-4.2- Sampath S., et al. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2010;76:728-34.
3- Hensley M.L., et al. Cancer 2013;119:1555-61.4- Hensley M.L., et al. Curr Opin Oncol 2010;22:356-61.
5- Hines B.J, et al. Gynecol Oncol 2002;85:192-5.
✓Histerectomia + SOOB.
✓Sem indicação de linfadenectomia (0-6,5%).1
✓Radioterapia adjuvante: diminuição da recidiva locoregional.2
✓Quimioterapia adjuvante:
✓GOG 0277 – sem inclusão de adenossarcomas.3
✓Estudos de fase 2 (Gemcitabina/Docetaxel) sem pacientes com adenossarcoma.4
✓Hormonioterapia – apenas relato de casos.5
Radioterapia
Sampath S., et al. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2010;76:728-34.
LRFFS
HR: 0.47; p< 0.001
Radioterapia
Reed N.S., et al. Eur J Cancer 2008;44:808-18.
Tratamento
1- Carrol A., et al. Gynecol Oncol 2014;135:455-61. 2- Krivak T.C., et al. Gynecol Oncol 2001;83:89-94.3- Carrol A., et al. Gynecol Oncol 2014;135:455-61.
✓Doença recorrente.
✓Maior prevalência: pelve e/ou cavidade abdominal (22-42%).1
✓Metástase à distância: raro (2-3%); se supercrescimento sarcomatoso (27-45%).2
✓Citorredução secundária: sempre que possível.3
✓OS mediana: 58.4 vs 30.1 meses
✓Quimioterapia paliativa:
✓Doxorrubicina; Gemcitabina/Docetaxel.3
Quimioterapia
✓Olaratumabe – Anticorpo monoclonal humano IgG1
✓PDGFR (receptor do fator de crescimento derivado de plaqueta )
Aprovado no Brasil 10/2017
JGDG phase II trial
✓Estudo fase 1b → fase 2 randomizado
✓Sarcomas de partes moles metastático ou irressecável
✓Doxorrubicina + Olaratumabe versus Doxorrubicina
✓Doxorrubicina 75 mg/m2 D1 a cada 21 dias por 8 ciclos
versus✓Doxorrubicina 75 mg/m2 D1 a cada 21 dias por 8 ciclos +
Olaratumabe 15 mg/Kg D1-D8 a cada 21 dias
Trap W.D., et al. Lancet 2016;388:488-97.
JGDG phase II trial – OS e PFS
Trap W.D., et al. Lancet 2016;388:488-97.
OS PFS
?
ORR: 18,2% vs 11,9%
Quimioterapia
Gallardo A., et al. Am J Surg Pathol 2009;33:278-88.
Quimioterapia
OS
2,97 anos
0,9 anos
Lange S.E., et al. Gynecol Oncol 2016;140:307-12.
Novos alvos terapêuticos
✓Mutações PIK3/AKT/PTEN em 70% dos casos.1
✓Ganhos nos genes MDM2 e CDK4.1
✓Mutações no TP53 sobretudo com supercrescimento sarcomatoso.1
✓Cromossomo 8 com maior frequência de mutação (MYBL1).2
1- Howitt B.E., et al. J Pathol 2015;235:37-49.2- Howitt B.E., et al. Int J Gynecol Pathol 2017;36:24-30.
Conclusões
✓Sarcomas uterinos raros com excelente prognóstico.
✓Fator prognóstico mais importante: supercrescimento sarcomatoso.
✓Tratamento: HTA + SOOB sem linfadenectomia.
✓Se recidiva, avaliar sempre possibilidade de ressecção.
✓Ausência de literatura específica para QT e/ou radioterapia na recorrência.
✓Mandatório o emprego de equipe multidisciplinar e centros de excelência.