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SUMÁRIO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ................................................................................... 2 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ............................................................................................. 5 ÓRGÃOS PÚBLICOS .................................................................................................................. 12 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ....................................................................................................... 12 DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITOS/ FONTES ............................................................... 13 SERVIDOR PÚBLICO ................................................................................................................. 16 CONTROLE ................................................................................................................................. 20 ATOS ........................................................................................................................................... 23 LEI 8.112/90 ................................................................................................................................ 36 TERCEIRO SETOR ..................................................................................................................... 49 LICITAÇÃO .................................................................................................................................. 51 BENS PÚBLICOS ........................................................................................................................ 58 CONTRATO ................................................................................................................................. 59 ABUSO ........................................................................................................................................ 61 PROCESSO ADMINISTRATIVO ................................................................................................. 62 SERVIÇOS PÚBLICOS ............................................................................................................... 65 PODERES ................................................................................................................................... 70 RESPONSABILIDADE DO ESTADO........................................................................................... 74 IMPROBIDADE ............................................................................................................................ 78 CONTRATOS .............................................................................................................................. 81 INTERVENÇÃO DO ESTADO ..................................................................................................... 82 DESAPROPRIAÇÃO ................................................................................................................... 83 ATUALIZAÇÃO LEGISLATIVA .................................................................................................... 85 MPF ............................................................................................................................................. 87 LEI ANTICORRUPÇÃO (LEI 12.846/13) ..................................................................................... 88 ESTABILIDADE REMANESCENTE ............................................................................................ 88

Dir Adm

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  • SUMRIO

    RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ................................................................................... 2

    ORGANIZAO ADMINISTRATIVA ............................................................................................. 5

    RGOS PBLICOS .................................................................................................................. 12

    ADMINISTRAO PBLICA ....................................................................................................... 12

    DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITOS/ FONTES ............................................................... 13

    SERVIDOR PBLICO ................................................................................................................. 16

    CONTROLE ................................................................................................................................. 20

    ATOS ........................................................................................................................................... 23

    LEI 8.112/90 ................................................................................................................................ 36

    TERCEIRO SETOR ..................................................................................................................... 49

    LICITAO .................................................................................................................................. 51

    BENS PBLICOS ........................................................................................................................ 58

    CONTRATO ................................................................................................................................. 59

    ABUSO ........................................................................................................................................ 61

    PROCESSO ADMINISTRATIVO ................................................................................................. 62

    SERVIOS PBLICOS ............................................................................................................... 65

    PODERES ................................................................................................................................... 70

    RESPONSABILIDADE DO ESTADO ........................................................................................... 74

    IMPROBIDADE ............................................................................................................................ 78

    CONTRATOS .............................................................................................................................. 81

    INTERVENO DO ESTADO ..................................................................................................... 82

    DESAPROPRIAO ................................................................................................................... 83

    ATUALIZAO LEGISLATIVA .................................................................................................... 85

    MPF ............................................................................................................................................. 87

    LEI ANTICORRUPO (LEI 12.846/13) ..................................................................................... 88

    ESTABILIDADE REMANESCENTE ............................................................................................ 88

  • Dicas Alexandre Medeiros

    RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

    DICA - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - A teoria do risco integral obriga o

    Estado a reparar todo e qualquer dano, independentemente de a vtima ter

    concorrido para o seu aperfeioamento. (CESPE/2013)

    DICA - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO- semelhana do que ocorre no

    direto civil, o direito administrativo admite a culpa concorrente da vtima,

    considerando-a causa atenuante da responsabilidade civil do Estado. (CESPE/2013)

    DICA - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - Para configurar a responsabilidade

    civil do Estado, o agente pblico causador do prejuzo a terceiros deve ter agido na

    qualidade de agente pblico, sendo irrelevante o fato de ele atuar dentro, fora ou

    alm de sua competncia legal. (CESPE/2013)

    PERGUNTA: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

    Paciente internada em UTI de hospital pblico municipal falece em razo da

    ocorrncia de interrupo do fornecimento de energia eltrica, decorrente de uma

    tempestade na regio, sendo que o referido hospital no possua geradores de

    emergncia.

    Em sua defesa, o Municpio alega que se trata de situao de fora maior, o que

    afasta a responsabilidade estatal. Responda:

    (A) a responsabilidade estatal na prestao de servios pblicos baseada na

    teoria do risco administrativo, afastando as causas excludentes de

    responsabilidade.

    (B) a responsabilidade estatal na prestao de servios pblicos baseada na

    teoria do risco integral, afastando as causas excludentes de responsabilidade.

    (C) no se trata de situao de fora maior, mas sim de fato de terceiro, que no

    enseja o afastamento da responsabilidade estatal.

    (D) por se tratar de morte natural, decorrente de molstia contrada antes da

    internao, o nexo causal no se encontra configurado, sendo desnecessrio

    recorrer excludente de fora maior.

    (E) a situao ocorrida est no horizonte de previsibilidade da atividade, ensejando

    a responsabilidade subjetiva da entidade municipal, que tinha o dever de evitar o

    evento danoso.

    Aluno: Por eliminao, "E". Hoje muito se discute se existiria ou no

    responsabilidade subjetiva do Estado por suas omisses. Inclusive, a doutrina e os

    Tribunais Superiores chegam a diferenciar as omisses genricas das omisses

    especficas. Se especfica (Estado como garante, ex.: situao do preso), incidir

  • responsabilidade objetiva. Se genrica, como parecer ser o caso da questo em

    tela, incidir a responsabilidade subjetiva. Parece que esse o entendimento

    jurisprudencial atual.

    A letra A est errada porque a teoria do risco adm. admite a adoo de

    excludentes de responsabilidade (caso fortuito, fora maior e culpa exclusiva da

    vtima). ATENO: a culpa concorrente ou simultnea da vtima no exclui a

    responsabilidade do Estado, apenas a atenua.

    A letra B est errada porque se adota no Brasil a teoria do risco adm.

    A letra C est errada porque a hiptese no caracteriza nem fora maior, dada a

    previsibilidade da situao, nem fato de terceiro.

    A letra D est errada porque o nexo causal est presente entre a conduta do

    Estado e o dano (morte do paciente).

    A letra E est correta, visto que razovel exigir-se do hospital pblico

    (Estado) a existncia de geradores de emergncia, visto ser previsvel a falta de

    energia e, consequentemente, o surgimento de danos nos pacientes internados, em

    razo dela. Como a conduta do Estado se deu na modalidade omissiva (omisso

    genrica), a responsabilidade subjetiva.

    DICA AFT 2013 - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO: DUPLA GARANTIA: A CF

    consagra DUPLA GARANTIA, uma em favor do particular, possibilitando-lhe ao

    indenizatria contra a pessoa jurdica de direito pblico ou de direito privado que

    preste servio pblico, e outra em prol do servidor, que somente responde

    administrativa e civilmente perante a pessoa jurdica a cujo quadro funcional se

    vincular. (CESPE/2013)

    DICA - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO: AO DE REGRESSO - A ao de

    regresso deve ser ajuizada pelo Estado contra o agente causador do dano e, na sua

    falta, contra seus herdeiros ou sucessores, podendo ser intentada, tambm, mesmo

    aps a exonerao, demisso, disponibilidade ou aposentadoria do agente

    responsvel de seu cargo, emprego ou funo. (CESPE/2013)

    DICA - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO: DANO CAUSADO POR

    MULTIDES (DANO MULTITUDINRIO) - Para que haja responsabilidade civil

    do Estado em caso de depredao por multides, necessrio comprovar a culpa

    da administrao. (CESPE/2013)

    O Estado pode responder por dano causado por multides?

    Sim, possvel a sua responsabilizao, mas apenas diante da comprovao de

    culpa (responsabilidade subjetiva), conforme explicitado na DICA, tema de prova

    do CESPE esse ano:

    "Para que haja responsabilidade civil do Estado em caso de depredao por

    multides, necessrio comprovar a culpa da administrao".

  • Portanto, de acordo com o entendimento amplamente majoritrio, preciso nesse

    caso que se configure uma OMISSO CULPOSA, ento uma "omisso pura e

    simples" no suficiente para ensejar a responsabilizao estatal.

    "Respondendo indagao proposta, entendemos que o Estado responde pelos

    danos causados por atos de multido com base na responsabilidade subjetiva, pois

    a omisso estatal, caso comprovada, especfica e deliberada, no causa do dano,

    mas condio de sua configurao. Explica-se. A omisso estatal, em si, no gera

    danos, mas pode proporcionar o ambiente favorvel sua ocorrncia. No tema em

    anlise, os danos so causados por terceiros (a multido), e no pela conduta de

    servidores estatais (agentes de segurana pblica). Ocorre que em determinados

    casos, se tivesse havido interveno dos rgos competentes, o dano poderia ter

    sido completamente evitado ou, quando menos, atenuado. Da a aplicao da

    responsabilidade subjetiva." - ConJur

    DICA DE RVEILLON - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - No mbito da

    responsabilidade civil do Estado, so imprescritveis as aes indenizatrias por

    danos morais e materiais decorrentes de atos de tortura ocorridos durante o regime

    militar de exceo. (CESPE/2013)

    DICA - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - Desastres ocasionados por

    chuvas, tais como, enchentes, inundaes e destruies, excluem a

    responsabilidade estatal, mas se for comprovado que o Estado omitiu-se no dever

    de realizar certos servios, ele responder pelos danos. (FCC/2014)

    DICA APROFUNDADA - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - SUICDIO DE

    PRESO

    A orientao jurisprudencial do STF e a do STJ so no sentido de que a

    responsabilidade civil estatal pela integridade dos presidirios OBJETIVA em face

    dos riscos inerentes ao meio em que eles esto inseridos por uma conduta do

    prprio Estado, no sendo necessrio perquirir eventual culpaomisso da

    Administrao Pblica nestas situaes.

    A alegao de culpa exclusiva da vtima nos casos de suicdios de presos de forma

    a afastar o nexo de causalidade no tem sido aceita, porque nestes casos a

    relao que deve ser estabelecida entre o fato de o detento estar preso sob a

    custdia do Estado.

    Assim, o Estado tem o dever de proteger os detentos, inclusive contra si

    mesmos. No se justifica que tenha tido acesso a meios aptos a praticar um

    atentado contra sua prpria vida. Os estabelecimentos carcerrios so, de modo

    geral, feitos para impedir esse tipo de evento. Se o Estado no consegue impedir o

    evento, ele o responsvel.

    Portanto, inegvel, em certas situaes, a presena do nexo de causalidade a

    autorizar a responsabilizao civil do ente pblico pela morte do detento em virtude

    de suicdio.

  • DICA - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - Em face de greve de serventurios

    da Justia alguns candidatos vagas abertas por uma prestigiada empresa de

    tecnologia no puderam se submeter ao correspondente processo seletivo, por no

    terem logrado obter certides necessrias para comprovar a inexistncia de

    antecedentes criminais. A responsabilidade civil do Estado, perante referidos

    cidados: independe de comprovao de dolo ou culpa do agente, elementos esses

    que, somente, so requeridos para fins do direito de regresso do Estado perante o

    agente. (FCC/2015)

    ORGANIZAO ADMINISTRATIVA

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - A descentralizao administrativa a

    distribuio de competncias de uma pessoa jurdica para outra. (CESPE/2013)

    DICA - PRINCPIO DA ESPECIALIDADE - No que concerne Administrao Pblica,

    o princpio da especialidade tem por caracterstica a descentralizao administrativa

    atravs da criao de entidades que integram a Administrao Indireta.

    DICA - DESCENTRALIZAO ADMINISTRATIVA - A concesso de servio pblico a

    particulares classificada como descentralizao administrativa por delegao ou

    por colaborao. (CESPE/2013) Concesso, permisso e autorizao de servio

    pblico representam descentralizao por delegao/colaborao. A outorga ocorre

    com a criao de entidades da Adm. Pb. indireta: autarquias, fundaes pblicas,

    empresas pblicas e sociedades de economia mista.

    DICA - Concessionria Litoral Norte-CLN exemplo de descentralizao

    administrativa por delegao ou colaborao. Neste tipo de descentralizao

    no h transferncia da titularidade do servio, mas apenas da sua execuo ou

    prestao.

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - A centralizao a situao em que o

    Estado executa suas tarefas diretamente, por intermdio dos inmeros rgos e

    agentes administrativos que compem sua estrutura funcional. (CESPE/2013)

  • DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - Empresas pblicas so pessoas jurdicas

    de direito privado integrantes da administrao indireta do Estado, criadas

    mediante prvia autorizao legal, que exploram atividade econmica ou, em certas

    situaes, prestam servio pblico. (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA:

    DESCONCENTRAO x DESCENTRALIZAO

    * des_CO_ncentrao ==> CO = Criao de O_rgos

    * des_CEN_tralizao ==> CEN = Criao de EN_tidades

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - AGNCIA REGULADORA - Caracteriza as

    agncias reguladoras federais o fato de ter mandado fixo e proteo contra o

    desligamento imotivado. (CESPE/2013)

    (Alm de ter um poder normativo especial, que no se confunde com o poder

    legislativo.)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - O foro competente para o julgamento de

    ao de indenizao por danos materiais contra empresa pblica federal a justia

    federal; contra uma sociedade de economia mista federal, justia estadual.

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - No h relao de subordinao

    hierrquica entre determinada autarquia e o rgo ou entidade estatal ao qual ela

    se vincula; h vinculao.

    (Tutela ou superviso ministerial; controle finalstico.) Princpio da tutela ou

    controle; no esquecer que se est falando sobre o controle da adm. pblica

    direta sobre a indireta.

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - possvel a existncia, no plano

    Federal, de entidades da administrao indireta vinculadas aos Poderes

    Legislativo e Judicirio.

    Teoricamente, possvel a criao de entidades da Adm. Pblica indireta

    vinculadas aos demais poderes, alm do Poder Executivo, por fora da

    redao do art. 37, caput, da CF, quando fala em "administrao pblica

    direta e indireta de qualquer dos poderes".

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - As entidades polticas so pessoas

    jurdicas de direito pblico interno, como a Unio, os estados, o Distrito Federal e

    os municpios. J as entidades administrativas integram a administrao pblica,

    mas no tm autonomia poltica, como as autarquias e as fundaes pblicas.

    (CESPE/2013)

  • DICA APROFUNDADA: ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - possvel, na esfera

    federal, uma pessoa jurdica constituir-se na forma de sociedade annima tendo

    uma nica acionista. Isso mesmo, uma sociedade annima com um nico scio!

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - A jurisprudncia do STJ no sentido de

    que nas demandas propostas contra as empresas estatais prestadoras de servios

    pblicos, deve-se aplicar a prescrio quinquenal prevista no Decreto 20.910/32.

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - As autarquias possuem determinado

    grau de autonomia em face da administrao pblica direta, visto que detm

    personalidade jurdica prpria, bem como patrimnio e receitas prprios.

    (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - Toda pessoa jurdica da administrao

    pblica indireta, embora no se subordine, vincula-se a determinado rgo da

    estrutura da administrao direta, estando, assim, sujeita chamada superviso

    ministerial. (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA: ADMINISTRAO INDIRETA - As

    empresas pblicas so pessoas jurdicas de direito privado, com totalidade de

    capital pblico, cuja criao depende de autorizao legislativa, e sua estruturao

    jurdica pode se dar em qualquer forma admitida em direito. (CESPE/2013)

    DICA QUENTE - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - Uma empresa estatal cujo

    capital majoritrio da Unio e o restante de uma pessoa jurdica de direito

    privado pertencente Administrao Pblica, como uma Sociedade de Economia

    Mista, qualifica-se como Empresa Pblica.

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - As autarquias possuem determinado

    grau de autonomia em face da administrao pblica direta, visto que detm

    personalidade jurdica prpria, bem como patrimnio e receitas prprios.

    (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA: AGNCIAS REGULADORAS: Caracteriza

    as agncias reguladoras federais o fato de ter mandato fixo e proteo contra o

    desligamento imotivado.

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - AGNCIAS REGULADORAS: As agncias

    reguladoras consistem em mecanismos que ajustam o funcionamento da atividade

    econmica do pas como um todo. Foram criadas, assim, com a finalidade de

    ajustar, disciplinar e promover o funcionamento dos servios pblicos, objeto de

    concesso, permisso e autorizao, assegurando o funcionamento em condies

    de excelncia tanto para o fornecedor/produtor como principalmente para o

    consumidor/usurio. (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA: AGNCIAS REGULADORAS: Para exercer

    a disciplina e o controle administrativo sobre os atos e contratos relativos

  • prestao de servio pblico especfico, a Unio pode criar, mediante lei federal,

    uma agncia reguladora, pessoa jurdica de direito pblico cujos dirigentes exercem

    mandatos fixos, somente podendo perd-los em caso de renncia, condenao

    transitada em julgado ou processo administrativo disciplinar, entre outras hipteses

    fixadas na lei instituidora da entidade. (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - Conforme o art. 2, da Lei 11.101/05

    (Lei de Falncia), as empresas pblicas e sociedades de economia mista no

    esto sujeitas ao regime de falncia.

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - No necessria a autorizao

    legislativa para a criao de empresa pblica subsidiria se houver previso para

    esse fim na prpria lei que instituiu a empresa matriz. (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - Os ministrios e as secretarias de

    Estado so considerados, quanto estrutura, rgos pblicos compostos.

    (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - As autarquias integram a Administrao

    indireta. So pessoas jurdicas de direito pblico, criadas por lei, com capacidade de

    autoadministrao, mas sujeitas ao poder de tutela do ente que as criou.

    (FCC/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - A sociedade de economia mista

    composta por capital pblico e privado, devendo o poder pblico participar da

    gesto da mesma, observando-se a condio de acionista majoritrio. (FCC/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA: AUTARQUIA - Um dos requisitos

    necessrios qualificao de uma autarquia ou fundao pblica como agncia

    executiva a celebrao de contrato de gesto com o respectivo ministrio

    supervisor ao qual se acha vinculada. (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA: AUTARQUIAS - As autarquias so

    consideradas fazenda pblica, razo pela qual, nos processos judiciais em que

    sejam partes, elas tm os mesmos prazos que a fazenda pblica para contestar e

    recorrer. (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA/CONTROLE - Toda pessoa integrante da

    administrao indireta submetida a controle pela administrao direta do ente a

    que seja vinculada, a exemplo das escolas e universidades, que, pela natureza de

    sua funo, ficam sob o controle do Ministrio da Educao. (CESPE/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - Para a criao de autarquia, a

    Constituio Federal de 1988 estabelece apenas a necessidade de edio de lei

    ordinria especfica. (CESPE/2013)

  • DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA: EMPRESAS ESTATAIS - As empresas

    estatais submetem-se ao regime jurdico tpico das empresas privadas, aplicando-

    se a elas, no entanto, algumas normas de direito pblico, como submisso regra

    do concurso pblico para contratao de servidores pblicos. (FCC/2013)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - A respeito das entidades integrantes da

    Administrao indireta correto afirmar que: as empresas pblicas e sociedades de

    economia mista que explorem atividade econmica submetem- se ao regime

    tributrio prprio das empresas privadas. (FCC/2013)

    REVISO - TRT 5R (BA) - As autarquias integram a Administrao indireta. So

    pessoas: jurdicas de direito pblico, criadas por lei, com capacidade de

    autoadministrao, mas sujeitas ao poder de tutela do ente que as criou.

    (FCC/2013)

    REVISO - TRT 5R (BA) - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - As empresas

    estatais submetem-se ao regime jurdico tpico das empresas privadas, aplicando-

    se a elas, no entanto, algumas normas de direito pblico, como: submisso regra

    do concurso pblico para contratao de servidores pblicos. (FCC/2013)

    REVISO - TRT 5R (BA) - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - Distinguem-se as

    autarquias das sociedades de economia mista que exploram atividade econmica,

    dentre outras caractersticas, em funo de: serem criadas por lei, bem como em

    funo de seu regime jurdico de direito pblico. (FCC/2013)

    REVISO - TRT 5R (BA) - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - A criao de

    empresas estatais e de autarquias expresso de: descentralizao, na medida em

    que permite a transferncia da titularidade de servios estatais para outros entes,

    ainda que no integrem a Administrao direta do Estado. (FCC/2013)

    1. Descentralizao por outorga, servio, funcional ou tcnica: TITULARIDADE +

    EXECUO/PRESTAO.

    2. Descentralizao por delegao ou colaborao: EXECUO/PRESTAO,

    apenas.

    REVISO - TRT 5R (BA) - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - caracterstica do

    regime jurdico das entidades da Administrao Indireta: a ausncia de

    subordinao hierrquica entre as pessoas administrativas descentralizadas e os

    rgos da Administrao Direta responsveis pela sua superviso. (FCC/2013)

    REVISO - TRT 5R (BA) - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - Em relao s

    empresas estatais, correto afirmar que: se submetem ao regime jurdico tpico

    das empresas privadas, com derrogaes por normas de direito pblico.

    (FCC/2013)

    REVISO - TRT 5R (BA) - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - No que se refere

    organizao administrativa, correto afirmar que: As empresas pblicas e as

  • sociedades de economia mista tm personalidade jurdica de direito privado, no

    obstante sua instituio seja autorizada por lei especfica. (FCC/2013)

    REVISO - TRT 5R (BA) - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - O Estado da Bahia

    pretende instituir pessoa jurdica e a ela atribuir a titularidade e a execuo de um

    determinado servio pblico, que de sua exclusiva titularidade. Pretende, ainda,

    atribuir referida pessoa personalidade jurdica de natureza pblica, com igual

    capacidade e dotada de todos os privilgios e prerrogativas suas. Para tanto,

    dever: criar autarquia estadual, por meio de lei especfica. (FCC/2013)

    DICA DE RVEILLON - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - Entre as entidades da

    administrao indireta e os entes federativos que instituram ou que autorizaram

    sua criao inexiste relao de subordinao, havendo entre eles relao de

    vinculao que fundamenta o exerccio do controle finalstico ou tutela.

    (CESPE/2013)

    QUESTO - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA: AGNCIAS REGULADORAS - Julgue

    CERTO (C) ou ERRADO (E): (___) Dada a importncia da ANTAQ como autoridade

    administrativa independente das atividades porturias e de transporte aquavirio,

    ela figura entre as trs primeiras agncias criadas com assento constitucional, ao

    lado da Agncia Nacional do Petrleo (ANP) e da Agncia Nacional de

    Telecomunicaes (ANATEL).

    GABARITO: ERRADO. De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro, apenas a ANP

    e a ANATEL tm assento constitucional, conforme os arts. 177, 2, III, e 21, XI,

    da CF, respectivamente.

    DICA OAB/FGV - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - As corporaes pblicas,

    corporaes de direito pblico ou autarquias corporativas so pessoas jurdicas de

    direito pblico integrantes da Administrao Pblica indireta, espcie de gnero

    autarquia. Entre elas citam-se as ordens profissionais ou corporaes profissionais,

    que so os conselhos regulamentadores e fiscalizadores das profisses, como o

    CRA, CRC, CRM, COREN, CRO, CREA, salvo a OAB, que possui natureza "sui

    generis" e no integra a Administrao Pblica.

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA

    - O Banco Central, o Conselho Administrativo de Defesa Econmica (CADE), a

    Comisso de Valores Mobilirios (CVM), a Superintendncia de Seguros Privados e

    as agncias reguladoras so exemplos de AUTARQUIAS.

    - So exemplos de FUNDAES PBLICAS: o Conselho Nacional de

    Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq), a Fundao Instituto Brasileiro

    de Geografia e Estatstica (IBGE) e a Fundao Nacional de Sade (Funasa).

    (Delegado/SC/2014)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - Em se tratando de DESCONCENTRAO,

    as atribuies so repartidas entre rgos pblicos pertencentes a uma nica

  • pessoa jurdica, como acontece, por exemplo, com a organizao do Poder

    Judicirio em tribunais, que so rgos pblicos desprovidos de personalidade

    jurdica prpria. (CESPE)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - caracterstica do regime jurdico das

    entidades da Administrao Indireta: a ausncia de subordinao hierrquica

    entre as pessoas administrativas descentralizadas e os rgos da Administrao

    Direta responsveis pela sua superviso. (FCC)

    DICA - ORGANIZAO ADMINISTRATIVA - As AUTARQUIAS gozam da chamada

    IMUNIDADE RECPROCA ou ONTOLGICA, em relao aos impostos sobre

    patrimnio, renda e servios vinculados a suas finalidades essenciais ou s delas

    decorrentes.

    CESPE ATENO: ENTENDIMENTO DA BANCA SOBRE ASSUNTO

    POLMICO: CRIAO, POR LEI, DAS FUNDAES PBLICAS DE DIREITO

    PBLICO - De acordo com o CESPE/2012, "As autarquias e fundaes de direito

    pblico so, de fato, criadas por lei especfica. No entanto, no que diz respeito s

    empresas pblicas, sociedades de economia mista e s fundaes de direito

    privado, a lei no cria a entidade, mas apenas autoriza a criao".

    Registre-se que, de acordo com a CF, art. 37, XIX, "somente por lei especfica

    poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica,

    de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar,

    neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao".

    DICA - CONVNIOS ADMINISTRATIVOS - Considerando o trmino de um convnio,

    a ausncia de prestao de contas, por parte de quem tem a obrigao para tanto,

    pode caracterizar: improbidade administrativa que atenta contra os princpios da

    administrao pblica por qualquer ao ou omisso que viole os deveres de

    honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade s instituies. (FUNRIO/2014)

    DICA - EMPRESAS ESTATAIS - A jurisprudncia atual do STJ firme no sentido de

    que nas demandas propostas contra as EMPRESAS ESTATAIS prestadoras de

    SERVIOS PBLICOS, deve-se aplicar a PRESCRIO QUINQUENAL prevista no

    Decreto 20.910/32.

    DICA - As AGNCIAS REGULADORAS foram todas institudas no Brasil com a

    qualidade de autarquias especiais. Contam com a independncia poltica dos seus

    dirigentes (mandato fixo) e possuem funo normativa mais ampla; no podem, no

    entanto, inovar na ordem jurdica. A escolha dos seus dirigentes, pelo Presidente da

    Repblica, est sujeita a aprovao prvia do Senado.

    Pergunta: Seria correto considerar o Banco Central como uma agencia reguladora,

    mesmo que suas decises estejam sujeitas ao Conselho Monetrio Nacional?

    Resposta: No sentido que dado pelo Direito brasileiro, sobretudo a partir da

    dcada de 90, o BACEN, apesar de possuir capacidade regulatria, no pode ser

  • considerado como agncia reguladora, tendo em vista a falta de independncia,

    caracterstica inerente a este tipo de entidade.

    RGOS PBLICOS

    DICA: RGOS PBLICOS - rgos pblicos no tm personalidade jurdica. "Como

    partes das entidades que integram os rgos so meros instrumentos de ao

    dessas pessoas jurdicas, preordenados ao desempenho das funes que lhe forem

    atribudas pelas normas de sua constituio e funcionamento (FCC).

    DICA - RGOS PBLICOS - Em regra, o rgo no tem capacidade processual,

    ou seja, no pode figurar em quaisquer dos polos de uma relao processual.

    (CESPE/2013)

    Excees: Segundo parte da doutrina, os rgos pblicos independentes podem ter

    capacidade processual ativa, caso estejam defendendo as suas competncias

    institucionais /constitucionais. o que se chama de "personalidade judiciria".

    Para outra corrente doutrinria, possvel que os rgos autnomos tambm

    tenham essa capacidade.

    DICA - RGO PBLICO - De acordo com a TEORIA DO RGO h uma

    imputao direta dos atos dos agentes ao Estado, com a vontade havida como

    sendo prpria do Estado e no, de algum dele distinto, de forma que o que o

    agente queira ou faa, no exerccio do seu ofcio, o que o Estado quer ou faz. O

    Brasil adota a Teoria do rgo (e no as teorias do mandato e da

    representao).

    ADMINISTRAO PBLICA

    DICA - ADMINISTRAO PBLICA - No modelo de administrao pblica

    patrimonialista, os servidores pblicos possuem "status" de nobreza real, e os

    cargos funcionam como recompensas, o que contribui para a prtica de nepotismo.

    (CESPE/2013)

    DICA - ADMINISTRAO PBLICA - As DVIDAS PASSIVAS da Unio, dos Estados

    e dos Municpios, bem assim todo e qualquer direito ou ao contra a Fazenda

    federal, estadual ou municipal (inclusive as AUTARQUIAS), seja qual for a sua

    natureza, prescrevem em 5 (CINCO) ANOS contados da data do ato ou fato do

    qual se originarem.

    REVISO - TRT 5R (BA) - ADMINISTRAO PBLICA - A Emenda Constitucional

    n. 19, de 1998, instituiu a possibilidade de ampliao da autonomia gerencial,

    oramentria e financeira dos rgos e entidades da administrao direta e indireta

    mediante: contrato de gesto, firmado entre os administradores e o poder pblico,

    que tenha por objeto a fixao de metas de desempenho para o rgo ou entidade.

    (FCC/2013)

  • DICA - ADMINISTRAO PBLICA - Em sentido objetivo, a expresso administrao

    pblica denota a prpria atividade administrativa exercida pelo Estado.

    (CESPE/2013)

    DICA - ADMINISTRAO PBLICA - Os conceitos de governo e administrao no

    se equiparam; o primeiro refere-se a uma atividade essencialmente poltica, ao

    passo que o segundo, a uma atividade eminentemente tcnica. (CESPE/2013)

    DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITOS/ FONTES

    DICA - DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITOS - De acordo com o critrio

    legalista, o direito administrativo compreende o conjunto de leis administrativas

    vigentes no pas, ao passo que, consoante o critrio das relaes jurdicas, abrange

    o conjunto de normas jurdicas que regulam as relaes entre a administrao

    pblica e os administrados. Essa ltima definio criticada por boa parte dos

    doutrinadores, que, embora no a considerem errada, julgam-na insuficiente para

    especificar esse ramo do direito, visto que esse tipo de relao entre administrao

    pblica e particulares, tambm se faz presente em outros ramos. (CESPE/2013)

    DICA - CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO - Direito Administrativo o

    conjunto dos princpios jurdicos de direito pblico que tratam da Administrao

    Pblica, suas entidades, rgos e agentes pblicos. (Delegado/SC/2014)

    DICA - FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO - Em decorrncia do princpio da

    legalidade, a lei a mais importante de todas as fontes do direito administrativo.

    (CESPE/2013)

    Pergunta: sendo assim, se existindo uma smula que contradiga algum artigo que

    est na lei, o que deve ser aplicado?

    Resposta: a natureza jurdica da smula vinculante tema bastante controvertido

    na doutrina. De qualquer forma, considerando que uma smula, qualquer que seja,

    consiste apenas na interpretao que dado Tribunal d a um dispositivo

    legal/constitucional, ento, tecnicamente, no pode haver conflito entre uma lei e

    uma smula, pois esta ltima representa to-somente uma explicao daquela.

    Em se tratando de smula vinculante, de observncia obrigatria a todos, o STF

    determina, com fora cogente, a interpretao constitucional que deve ser dada a

    um determinado tema e, evidentemente, nenhum outro rgo do Poder Judicirio

    ou da Adm. Pb. poder adotar entendimento diverso.

    DICA - FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO - Considerada fonte secundria do

    direito administrativo, a jurisprudncia no tem fora cogente de uma norma criada

  • pelo legislador, salvo no caso de smula vinculante, cujo cumprimento obrigatrio

    pela administrao pblica. (CESPE/2013)

    DICA - DIREITO ADMINISTRATIVO: CONCEITO - No que tange ao conceito e

    abrangncia do Direito Administrativo, ele tem como objeto de estudo o aparato

    estatal de execuo de polticas pblicas. Alm disse, ele disciplina,

    predominantemente, relaes jurdicas verticais. Volta-se, predominantemente,

    mas no exclusivamente, para o estudo do Poder Executivo, uma vez que o

    exerccio da funo administrativa predominante neste poder, embora no lhe

    seja exclusiva.

    DICA - PRINCPIO DA LEGALIDADE - Em consequncia do princpio da legalidade

    pode-se concluir que, havendo discordncia entre determinada conduta e a lei,

    dever a conduta ser corrigida para eliminar-se a ilicitude. (CESPE/2013)

    A correo da ilicitude pode ocorrer por meio de uma anulao ou de uma

    convalidao.

    DICA - PRINCPIO DA EFICINCIA - A possibilidade de reconsiderao por parte

    da autoridade que proferiu uma deciso objeto de recurso administrativo atende ao

    princpio da eficincia.

    DICA - PRINCPIO DA MORALIDADE - O princpio da moralidade administrativa

    torna jurdica a exigncia de atuao tica dos agentes pblicos e possibilita a

    invalidao dos atos administrativos. (CESPE/2013)

    DICA - PRINCPIO DA EFICINCIA - O princpio da eficincia deve sempre

    submeter-se ao princpio da legalidade, isto , nunca poder justificar-se a atuao

    administrativa contrria ao direito, por mais que possa ser elogiado em termos de

    pura eficincia.

    DICA - PRINCPIOS - O princpio da tutela permite que a administrao pblica

    exera, em algum grau e medida, controle sobre as autarquias que instituir, para

    garantia da observncia de suas finalidades institucionais. (FCC/2013)

    DICA PRINCPIOS - O princpio da IMPESSOALIDADE, referido na Constituio

    Federal de 1988, nada mais que o clssico princpio da finalidade, o qual impe ao

    administrador pblico que s pratique o ato para o seu fim legal. E o fim legal

    unicamente aquele que a norma de direito indica como objetivo do ato, de forma

    impessoal. (CESPE/2013)

    A afirmao cpia da lio de Hely Lopes Meirelles. Sendo assim, com muito mais

    segurana, ela dever ser considerada certa em uma prova da FCC, que costuma

    seguir esse autor. Veja o que disse Hely Lopes: "O princpio da impessoalidade,

  • referido na Constituio de 1988 (art. 37, caput), nada mais que o clssico

    princpio da finalidade, o qual impe ao administrador pblico que s pratique o ato

    para o seu fim legal. E o fim legal unicamente aquele que a norma De direito

    indica expressa ou virtualmente como objetivo do ato, de forma impessoal."

    (MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, Ed. Malheiros)

    Mas ATENO: a finalidade um aspecto do princpio da impessoalidade. A

    isonomia ou igualdade outro. Logo, a afirmao de que "o princpio da

    impessoalidade pode significar finalidade ou igualdade", conforme j caiu em prova,

    deve ser considerada correta tambm.

    DICA PRINCPIOS - As restries impostas atividade administrativa que

    decorrem do fato de ser a administrao pblica mera gestora de bens e de

    interesses pblicos derivam do princpio da indisponibilidade do interesse pblico,

    que um dos pilares do regime jurdico-administrativo. (CESPE/2013)

    DICA - PRINCPIOS/NEPOTISMO - A vedao da prtica do nepotismo no mbito da

    administrao direta e indireta de qualquer dos poderes da Unio, dos estados, do

    Distrito Federal e dos municpios est relacionada aos princpios da moralidade e da

    impessoalidade administrativa. (CESPE/2013)

    DICA PRINCPIOS - O princpio da razoabilidade apresenta-se como meio de

    controle da discricionariedade administrativa e justifica a possibilidade de correo

    judicial. (CESPE/2014)

    DICA - PRINCPIO DA CONTINUIDADE - Os princpios administrativos so os

    postulados fundamentais que inspiram o modo de agir da Administrao Pblica.

    Entre os princpios da Administrao Pblica, destaca-se o da CONTINUIDADE DOS

    SERVIOS PBLICOS, excetuado quando se permite a paralisao temporria da

    atividade, como no caso de necessidade de reparos tcnicos ou por razes de

    segurana das instalaes ou, ainda, por inadimplemento do usurio, considerado o

    interesse da coletividade, desde que haja aviso prvio.

    DICA PRINCPIOS - Na clssica comparao do doutrinador de Direito

    Administrativo Hely Lopes Meirelles, enquanto os indivduos no campo privado

    podem fazer tudo o que a lei no veda, o administrador pblico s pode atuar onde

    a lei autoriza. Tal afirmativa est relacionada diretamente ao princpio

    administrativo expresso do Art. 37, caput, da Constituio da Repblica chamado

    princpio da: LEGALIDADE. (FGV/2014)

    DICA PRINCPIOS - De acordo com o texto constitucional, em matria de

    disposies gerais da Administrao Pblica, a publicidade dos atos, programas,

    obras, servios e campanhas dos rgos pblicos: deve ter carter educativo,

    informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou

    imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    (FGV/2014)

    DICA - PRINCPIOS DO SERVIO PBLICO

  • - O princpio que consagra o direito do cidado, dentro das modalidades

    estabelecidas, exigir, tanto da Administrao Pblica, quanto dos prestadores

    delegados, a prestao do servio pblico, sem se negar a um usurio o que foi

    concedido a outro, o da GENERALIDADE.

    - Apesar de garantido pela Constituio Federal, em seu art. 37, VII, o direito de

    greve dos servidores pblicos s pode ser exercido dentro dos limites definidos em

    lei, sob pena de ferimento do princpio da CONTINUIDADE.

    - O prestador do servio pblico que busca o aperfeioamento do servio,

    incorporando os melhores recursos e tcnicas possveis, de modo que a execuo

    seja mais proveitosa, com o menor dispndio, est agindo consoante com o

    princpio da EFICINCIA.

    - O princpio que traduz a preocupao da Administrao Pblica em estabelecer,

    em sentido mais amplo possvel, o direito do cidado de receber, do agente pblico

    competente, tratamento digno e que respeite os seus direitos como cidado, o da

    CORTESIA.

    - Se um servio pblico for tarifado em valor que impea o usurio de utiliz-lo, em

    razo de ausncia de condies financeiras, excluindo-o do universo de

    beneficirios, estar ferindo o princpio da MODICIDADE. (Delegado/SC/2014)

    DICA - PRINCPIO DA CONSENSUALIDADE OU DA PARTICIPAO

    ADMINISTRATIVA - "Substitui o modelo liberal 'agressivo' de atuao unilateral

    da Administrao por mecanismos consensuais de satisfao do interesse pblico e

    'canais participatrios' que servem para a soluo negociada dos conflitos de

    interesses" (Fonte: CARVALHO, Rafael. Curso de Direito Administrativo, Ed.

    Mtodo.)

    SERVIDOR PBLICO

    DICA - AGENTE PBLICO (ESAF/2013)

    - AGENTE PBLICO: Toda pessoa fsica que manifesta, por algum tipo de vnculo,

    a vontade do Estado, nas trs esferas de governo, nos trs poderes do Estado.

    - SERVIDOR PBLICO: a expresso utilizada para identificar aqueles que

    mantm relao funcional com o Estado em regime legal. So titulares de cargos

    pblicos.

    - EMPREGADO PBLICO: Sob o regime contratual, mantm vnculo funcional

    permanente com a Administrao Pblica.

    DICA - AGENTE PBLICO - Os servidores ocupantes de cargo em comisso,

    declarado em lei de livre nomeao e exonerao, desde que no ocupem tambm

    cargo efetivo, submetem-se ao regime geral de previdncia social. (CESPE/2013)

  • DICA - AGENTE PBLICO - CONCURSO PBLICO - Em face do princpio da

    legalidade, pode a Administrao Pblica, enquanto no concludo e homologado o

    concurso pblico, alterar as condies do certame constantes do respectivo edital,

    para adapt-las nova legislao aplicvel espcie. (STF)

    DICA - AGENTE PBLICO - CONCURSO PBLICO - No h direito adquirido

    realizao do concurso.

    DICA - AGENTE PBLICO - MUDANA DO REGIME JURDICO - Observadas as

    garantias constitucionais, a elaborao de novos planos de carreira e a inovao no

    regime jurdico dos agentes administrativos esto sujeitas valorao de

    convenincia e oportunidade da administrao pblica, no possuindo o servidor a

    ela estatutariamente vinculado qualquer sorte de direito adquirido a

    enquadramento diverso daquele determinado legalmente, segundo os critrios

    discricionariamente normatizados. (CESPE/STF)

    Na prtica, significa que os direitos e vantagens previstos em lei, podem ser, por

    lei, suprimidos a qualquer momento, respeitados os direitos adquiridos.

    DICA - AGENTE PBLICO - Servidor no concursado, ocupante exclusivamente de

    cargo em comisso (de confiana) servidor estatutrio.

    DICA - AGENTE PBLICO - O servidor ocupante exclusivamente de cargo em

    comisso (cargo de confiana), ou seja, no concursado, submete-se ao regime

    estatutrio, assim como os servidores efetivos.

    DICA - AGENTE PBLICO - Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal,

    so inconstitucionais as normas estaduais de iniciativa do Poder Legislativo que

    previam a eleio na escolha de dirigentes de escolas pblicas (CESPE/2013).

    Conforme o STF, competncia privativa do Chefe do Poder Executivo o

    provimento de cargos em comisso (nomeao "ad nutum") de diretor de escola

    pblica.

    DICA - AGENTE PBLICO - DIREITO NOMEAO: Conforme a atual jurisprudncia

    do STF, o candidato aprovado em concurso pblico dentro do nmero de vagas

    previstas no edital tem direito subjetivo nomeao, ressalvadas as situaes

    excepcionais devidamente motivadas e que possuam as caractersticas da

    supervenincia, da imprevisibilidade, da gravidade e da necessidade. (CESPE/2013)

    RESSALVAS de acordo com o STF:

    III. SITUAES EXCEPCIONAIS. NECESSIDADE DE MOTIVAO. CONTROLE PELO

    PODER JUDICIRIO. Quando se afirma que a Administrao Pblica tem a

    obrigao de nomear os aprovados dentro do nmero de vagas previsto no edital,

    deve-se levar em considerao a possibilidade de situaes excepcionalssimas que

    justifiquem solues diferenciadas, devidamente motivadas de acordo com o

    interesse pblico. No se pode ignorar que determinadas situaes excepcionais

    podem exigir a recusa da Administrao Pblica de nomear novos servidores. Para

  • justificar o excepcionalssimo no cumprimento do dever de nomeao por parte da

    Administrao Pblica, necessrio que a situao justificadora seja dotada das

    seguintes caractersticas:

    a) Supervenincia: os eventuais fatos ensejadores de uma situao excepcional

    devem ser necessariamente posteriores publicao do edital do certame pblico;

    b) Imprevisibilidade: a situao deve ser determinada por circunstncias

    extraordinrias, imprevisveis poca da publicao do edital;

    c) Gravidade: os acontecimentos extraordinrios e imprevisveis devem ser

    extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo

    impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital;

    d) Necessidade: a soluo drstica e excepcional de no cumprimento do dever de

    nomeao deve ser extremamente necessria, de forma que a Administrao

    somente pode adotar tal medida quando absolutamente no existirem outros meios

    menos gravosos para lidar com a situao excepcional e imprevisvel. De toda

    forma, a recusa de nomear candidato aprovado dentro do nmero de vagas deve

    ser devidamente motivada e, dessa forma, passvel de controle pelo Poder

    Judicirio.

    (RE 598099, Relator: Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em

    10/08/2011, REPERCUSSO GERAL - MRITO DJe-189 DIVULG 30-09-2011 PUBLIC

    03-10-2011 EMENT VOL-02599-03 PP-00314)

    DICA - AGENTE PBLICO - CONCURSO PBLICO - A exigncia de provimento dos

    cargos pblicos mediante concurso pblico comporta excees, a exemplo dos

    cargos em comisso (CF, art. 37, inc. II e V) e da nomeao dos membros dos

    Tribunais (CF, arts. 73, 2, 94, 101, 104, pargrafo nico, II, 107, 111-A, 119, II,

    120, III, e 123).

    DICA - AGENTE PBLICO - A extino de cargo pblico preenchido somente pode

    ser efetivada mediante lei. No entanto, nos casos de cargo vago, essa extino

    pode ser efetivada mediante decreto autnomo. (CESPE/2013)

    DICA - AGENTE PBLICO - O leiloeiro, no exerccio da atividade que lhe delegada

    pelo Estado, est sujeito responsabilidade civil objetiva e ao mandado de

    segurana. (CESPE/2013)

    DICA - AGENTE PBLICO - IMPRESCRITIBILIDADE DAS AES DE

    RESSARCIMENTO - As aes de ressarcimento decorrentes de ilcitos praticados por

    qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio sero

    imprescritveis. (CESPE/2013)

    DICA - AGENTE PBLICO - IMPRESCRITIBILIDADE DAS AES DE

    RESSARCIMENTO - As aes de ressarcimento decorrentes de ilcitos praticados por

  • qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio sero

    imprescritveis. (CESPE/2013)

    DICA - AGENTE PBLICO - Os ilcitos disciplinares ou de improbidade administrativa

    prescrevem nos prazos estabelecidos nas respectivas leis, contudo as AES DE

    RESSARCIMENTO so IMPRESCRITVEIS.

    DICA - AGENTE PBLICO/PAD - Se um servidor pblico, em procedimento

    administrativo disciplinar instaurado pela autoridade competente, para apurar

    denncia de cometimento de ilegalidade no desempenho de suas funes, optar por

    exercer sua impugnao apenas com suas prprias justificativas, por meio de

    autodefesa, a ausncia de defesa tcnica por meio de advogado, nesse caso, no

    afrontar o postulado constitucional da ampla defesa.

    PERGUNTA - LEI 9.784/99 (PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL) - CERTO(C)

    ou ERRADO(E)?

    (___) Tm legitimidade para interpor recurso administrativo, no tocante a direitos

    e interesses coletivos, as associaes representativas, as organizaes e os

    cidados.

    GABARITO: (E). Os cidados em geral, por fora do art. 58, inc. IV, da Lei

    9.785/99, apenas tm legitimidade recursal em se tratando de direitos ou

    interesses difusos, coletivos no.

    Art. 58. Tm legitimidade para interpor recurso administrativo:

    I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;

    II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela deciso

    recorrida;

    III - as organizaes e associaes representativas, no tocante a direitos e

    interesses coletivos;

    IV - os cidados ou associaes, quanto a direitos ou interesses difusos.

    DICA - AGENTE PBLICO - Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, o

    regime celetista incompatvel com as funes de natureza pblica exercidas pelos

    servidores das agncias reguladoras. (CESPE/2013)

    DICA - AGENTE PBLICO: VITALICIEDADE - O servidor vitalcio somente perder o

    cargo por sentena judicial transitada em julgado. A vitaliciedade, para os membros

    da Magistratura, Ministrio Pblico e Tribunais de Contas adquirida aps dois anos

    de exerccio, sendo dispensado tal prazo em hipteses como: Advogado investido

    na funo de magistrado pelo quinto constitucional, Ministros de STF e STJ e

    membros dos Tribunais de Contas.

    DICA - AGENTE PBLICO - A Constituio Federal de 1988 veda a acumulao

    remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houver compatibilidade de

  • horrios, observado o teto remuneratrio, para a hiptese de, entre outras: dois

    cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses

    regulamentadas. (VUNESP/2015)

    DICA - AGENTES PBLICOS - Os particulares, ao colaborarem com o poder pblico,

    ainda que em carter episdico, como os jurados do tribunal do jri e os mesrios

    durante as eleies, so considerados agentes pblicos. (CESPE/2014).

    CONTROLE

    DICA - CONTROLE - No exerccio de suas funes, a administrao pblica se

    sujeita ao controle dos Poderes Legislativo e Judicirio, alm de exercer, ela

    mesma, o controle sobre os prprios atos. (CESPE/2013)

    Todos os poderes se submetem a controle, em face do sistema de freios e

    contrapesos ("check and balance").

    Pergunta: Somente o poder executivo est sujeito ao controle hierrquico?

    Resposta: DEPENDE - No exerccio de sua funo tpica (administrativa), sim!

    O poder hierrquico, que tem fundamento no princpio da hierarquia,

    caracterstico da Adm. Pb.

    No h hierarquia no legislativo e judicirio quando esses poderes estiverem

    desempenhando suas funes caractersticas, respectivamente, legislar e julgar.

    Caso estejam, no entanto, exercendo uma funo administrativa (funo

    atpica), haver hierarquia.

    Pense que a hierarquia e, consequentemente, o controle hierrquico, dizem

    respeito funo administrativa, no sendo, portanto, exclusivos do Poder

    Executivo, visto que os trs Poderes podem exerc-la.

    DICA APROFUNDADA: CONTROLE - O controle jurisdicional dos atos

    administrativos abrange, ento, o exame da conformidade dos elementos

    vinculados dos atos administrativos com a lei (controle de legalidade stricto sensu)

    e da compatibilidade dos elementos discricionrios com os princpios

    constitucionalmente expressos (controle da legalidade lato sensu), ressalvado o

    exame do mrito da atividade administrativa, que envolve a anlise de

    oportunidade e convenincia do ato. (STJ)

    Inclusive, esse controle de legalidade lato sensu pode ser chamado de controle de

    legitimidade (quando analisado luz dos princpios da moralidade e interesse

    pblico), ou controle de juridicidade (legalidade em sentido amplssimo, quando se

    busca o respeito a lei e ao ordenamento como um todo). o que a doutrina chama

    de mutaes noo clssica de legalidade: 1 mutao - legitimidade; 2 mutao

    - constitucionalidade; 3 mutao juridicidade.

  • DICA - CONTROLE - TCU - A deciso do Tribunal de Contas da Unio que, dentro de

    suas atribuies constitucionais, julga ilegal a concesso de aposentadoria,

    negando-lhe o registro, possui carter impositivo e vinculante para a administrao.

    (CESPE/2013)

    DICA - CONTROLE ADM. EXERCIDO PELO PODER JUDICIRIO - Os rgos

    administrativos do Poder Judicirio, no exerccio do controle administrativo, podem

    confirmar ou rever condutas internas, conforme aspectos de legalidade ou de

    convenincia e oportunidade. (CESPE/2013)

    DICA - CONTROLE - DISCRICIONARIEDADE - Atualmente, unnime o

    entendimento no sentido de que o poder discricionrio no absoluto. Nesse

    sentido, cresceram as possibilidades de o Poder Judicirio controlar os atos

    advindos desse tipo de poder. (CESPE)

    DICA - CONTROLE - MANDADO DE SEGURANA - O termo inicial do prazo

    decadencial para impetrao de mandado de segurana na hiptese de supresso

    de valores referentes a horas extras supostamente incorporadas por servidor

    pblico a data em que a verba deixou de ser paga. (STJ)

    DICA CONTROLE - MS x HD - O direito informao de interesse particular ou

    coletivo (art. 5, XXXIII, CF), que engloba o direito de obter certido, se negado

    pela Administrao, deve ser protegido pela via judicial ordinria ou pelo mandado

    de segurana, e no pelo habeas data.

    DICA - CONTROLE - Nos processos perante o tribunal de contas da unio

    asseguram-se o contraditrio e a ampla defesa quando da deciso puder resultar

    anulao ou revogao de ato administrativo que beneficie o interessado,

    excetuada a apreciao da legalidade do ato de concesso inicial de aposentadoria,

    reforma e penso. (Smula Vinculante n 3 - STF)

    DICA AFT 2013 CONTROLE - O controle por vinculao tem carter externo, pois,

    nesse caso, o poder de fiscalizao e de reviso atribudo a uma pessoa e

    exercido sobre os atos praticados por pessoa diversa. (CESPE)

    O controle por vinculao corresponde ao princpio da tutela (ou controle), ou seja,

    o controle exercido pela Administrao Pblica direta sobre a indireta. Logo, um

    controle realizado por uma pessoa (U, E, DF, M) sobre os atos de outra pessoa

    (autarquia, fundao pblica, empresa pblica, sociedade de economia mista).

    Diferentemente, a autotutela tem um carter interno, porque diz respeito ao

    controle exercido por uma pessoa sobre os seus prprios atos.

    DICA CONTROLE - Compete ao TCU, ao auxiliar o Congresso Nacional no exerccio

    do controle externo, julgar as contas dos administradores e demais responsveis

    por dinheiros, bens e valores pblicos da administrao direta e indireta, includas

    as fundaes e sociedades institudas e mantidas pelo poder pblico federal, e as

  • contas dos que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que

    resulte prejuzo ao errio, bem como aplicar aos responsveis, em caso de

    ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as sanes previstas em lei,

    entre as quais se inclui multa proporcional ao dano causado ao errio.

    (CESPE/2013)

    DICA QUENTE - CONTROLE DE MRITO PELO PODER LEGISLATIVO - A fiscalizao

    exercida pelo LEGISLATIVO est expressamente delimitada pela Constituio

    Federal brasileira, incluindo o CONTROLE POLTICO, que abrange anlise de

    MRITO, em algum grau e medida. (FCC/2013)

    DICA - CONTROLE - O Poder Judicirio, no exerccio da atividade administrativa,

    pode exercer controle administrativo, inclusive para revogar seus prprios atos

    administrativos. (CESPE/2013)

    DICA - CONTROLE E ATO ADMINISTRATIVO - Do ato administrativo que contrariar

    a SMULA VINCULANTE aplicvel espcie ou que indevidamente a aplicar,

    caber RECLAMAO ao STF que, julgando-a procedente, ANULAR o ato

    administrativo e determinar que outra seja proferida com ou sem a aplicao da

    smula, conforme o caso.

    DICA - CONTROLE/MANDADO DE SEGURANA - O mandado de segurana uma

    das mais importantes aes judiciais de controle dos atos da administrao pblica.

    Quando o ato for praticado por autoridade no exerccio de competncia delegada, o

    mandado de segurana caber contra a autoridade delegada.

    DICA - CONTROLE/ORGANIZAO ADMINISTRATIVA/RECURSO HIERRQUICO

    IMPRPRIO - Considere que determinado particular, inconformado com deciso

    exarada pelo presidente de uma autarquia federal, tenha dirigido recurso ao

    ministro de Estado responsvel pela pasta a que se encontra vinculada a autarquia.

    Nessa situao, o recurso interposto classificado como hierrquico imprprio,

    dada a relao de vinculao, e no de subordinao hierrquica, mantida entre o

    rgo controlado e o controlador. (CESPE/2013)

    DICA CONTROLE - O controle administrativo emana do prprio sistema normativo

    e guarda sintonia com a natureza da atividade administrativa. (CESPE/2013)

    DICA - CONTROLE DA ADMINISTRAO - Existem formas jurdicas de controle,

    como o caso do controle judicial dos atos da administrao, e formas

    administrativas de controle, como o caso do pedido de certa comunidade

    prefeitura de sua cidade para o asfaltamento das vias pblicas de trnsito.

    (CESPE/2013)

    DICA - CONTROLE ADMINISTRATIVO - De acordo com a CF, o Poder Executivo, o

    Legislativo e o Judicirio devem manter, de forma integrada, um sistema de

    controle interno com a finalidade de comprovar a legalidade e avaliar os resultados

    da aplicao de recursos pblicos por entidades de direito privado. (CESPE/2013)

  • DICA DE NATAL - CONTROLE DA ADMINISTRAO - O controle judicial incidente

    sobre um ato discricionrio restringe-se anlise da legalidade do ato.

    (CESPE/2013)

    DICA CONTROLE - O controle administrativo deriva do poder-dever de autotutela

    que a Administrao tem sobre seus prprios atos e agentes. (VUNESP/2015)

    ATOS

    DICA - ATO NULO E ANULVEL

    a) Anulvel: defeito sanvel, corrigvel. Admite convalidao. Em relao aos atos

    administrativos, so sanveis os vcios de competncia no-exclusiva e de forma

    no-essencial.

    b) Nulo: defeito insanvel, incorrigvel. NO admite convalidao. Em relao aos

    atos administrativos, so insanveis os vcios de competncia exclusiva, forma

    essencial, motivo, objeto e finalidade.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - MOTIVO x MOTIVAO O motivo do ato no se

    confunde com a motivao da autoridade administrativa, pois a motivao diz

    respeito s formalidades do ato. (CESPE/2013)

    PERGUNTA - "O motivo do ato administrativo no se confunde com a motivao

    estabelecida pela autoridade administrativa. A motivao a exposio dos motivos

    e integra a formalizao do ato. O motivo a situao subjetiva e psicolgica que

    corresponde vontade do agente pblico." CERTO (C) ou ERRADO (E)?

    DICA - PRESCRIO ADMINISTRATIVA/ATO ADMINISTRATIVO - O fundamento da

    prescrio administrativa reside no princpio da conservao dos valores jurdicos j

    concretizados, visando impedir, em razo do decurso do prazo legalmente fixado, o

    exerccio da autotutela por parte da administrao pblica. (CESPE/2013)

    APROFUNDANDO: ATO ADMINISTRATIVO - possvel a REVOGAO da

    REVOGAO de um ato administrativo?

    Imaginem a situao: o "A" foi revogado pelo ato "B" e agora o ato "B" foi revogado

    pelo ato "C".

    Alguns doutrinadores, a exemplo de Jos dos Santos Carvalho-JSCF e Celso Antnio

    Bandeira de Mello-CABM, admitem a revogao de um ato revogatrio. Digenes

    Gasparini, por sua vez, no admite.

    Entre os autores que admitem, ainda h a divergncia acerca do efeito

    repristinatrio/restaurador, ou no, do primeiro ato revogado. Ou seja, com a

    revogao de "B" por "C", o ato "A" volta a produzir efeitos?

  • Para JSCF, para haver o efeito repristinatrio, isto , para que o primeiro ato

    revogado ("A") volte a produzir efeitos, preciso que se faa meno expressa no

    ato "C".

    Para CABM, no entanto, a repristinao do ato "A" automtica, visto que no

    terceiro ato ("C") est implcito o desejo de repristinar a situao original.

    Em eventual questo objetiva de prova sobre o tema, o examinador deve limitar-

    se a perguntar sobre a possibilidade, ou no, da revogao da revogao. Nesta

    situao, acompanhando JSCF e CABM, responderia que sim, possvel a

    revogao da revogao.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - De acordo com a doutrina, o ato administrativo

    ser considerado perfeito, invlido e eficaz, quando, concludo o seu ciclo de

    formao, e no se conformando s exigncias normativas, ele produzir os efeitos

    que lhe seriam inerentes. (CESPE/2013)

    A diferena entre eficcia e exequibilidade no anotada por toda a doutrina. Celso

    Antnio Bandeira de Mello-CABM, p. ex., no faz essa distino, que registrada

    por Hely Lopes Meirelles-HLM.

    Normalmente, o estudo do ato administrativo em face dos planos de existncia,

    validade e eficcia do ato feito por autores que no diferenciam os termos, a

    exemplo de CABM.

    Sendo assim, um exemplo de ato perfeito, invlido e ineficaz aquele que passou

    por todas as etapas necessrias (ciclo) para a sua formao (ato perfeito), contudo

    em uma das fases deixou de observar alguma formalidade, ou foi produzido por

    uma autoridade incompetente (ato invlido), e est sujeito a homologao ou

    aprovao por uma autoridade superior para produzir os seus efeitos prprios (ato

    ineficaz).

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO E RESPONSABILIDADE DO ESTADO - Se do atributo

    da executoriedade do ato administrativo resultar dano ao particular em razo de

    ilegitimidade ou abuso, o Estado estar obrigado a indenizar o lesado, uma vez

    configurados a conduta danosa, o dano e o nexo causal. (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - REVOGAO - Os atos administrativos do Poder

    Executivo no so passveis de revogao pelo Poder Judicirio. (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - DISCRICIONARIEDADE/CONTROLE/TEORIA DOS

    MOTIVOS DETERMINANTES - "Os atos discricionrios praticados pela administrao

    pblica esto sujeitos ao controle pelo Poder Judicirio quanto legalidade formal e

    substancial, observada a vinculao da administrao aos motivos embasadores

    dos atos por ela praticados, os quais conferem a eles legitimidade e validade.

    (CESPE/2013)

  • DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Todo ato administrativo, vinculado ou

    discricionrio, precisa ser, em regra, motivado.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Conforme a doutrina, o nico atributo existente em

    todos os atos a presuno de legitimidade/legalidade e veracidade; os demais

    atributos (imperatividade, autoexecutoriedade e tipicidade) no existem em todos

    os atos administrativos.

    DICA APROFUNDADA - ATO ADMINISTRATIVO: ATOS COMPLEXOS x ATOS

    COMPOSTOS

    1. Ato complexo: um s ato, um ato nico, resultante da conjugao de duas

    ou mais vontades, emanadas por rgos distintos (singulares ou

    colegiados), que se fundem, se conjugam, se juntam, se renem.

    Ato composto: dois atos, um principal e o outro acessrio. O acessrio

    funciona como condio de eficcia, operatividade ou exequibilidade do ato

    principal.

    2. Ato complexo: as vontades que se fundem esto situadas no mesmo

    patamar de importncia, so homogneas, p. ex, vontades emanadas de

    rgos independentes.

    Ato composto: uma vontade principal, a outra, acessria. A vontade

    acessria instrumental.

    3. Ato complexo: no se fala em relao de acessoriedade entre as vontades.

    Ato composto: h relao de acessoriedade entre as vontades.

    4. Ato complexo. Exemplos: (a) Decreto assinado pelo Presidente da

    Repblica e referendado pelo Ministro de Estado; (b) aposentadoria; (c)

    nomeao, pelo Presidente, de Ministro do STF/STJ, que depende da

    aprovao prvia do Senado (Jos dos Santos Carvalho Filho. Contra: Maria

    Sylvia Zanella Di Pietro).

    Ato composto. Exemplos: (a) atos que dependem de autorizao,

    aprovao, proposta, parecer, laudo tcnico, homologao, visto; (b)

    nomeao do Procurador Geral da Repblica, que depende da aprovao

    prvia do Senado (Maria Sylvia. Contra: Jos dos Santos Carvalho Filho); c)

    dispensa de licitao, quando depende de homologao pela autoridade

    superior.

    OBSERVAO: Celso Antnio no reconhece a categoria dos atos compostos. Para

    ele, a nomeao, procedida por autoridade de um dado rgo, que deve recair

    sobre pessoa cujo nome consta de lista trplice elaborada por outro rgo,

    exemplo de ato complexo.

  • DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Conforme a doutrina, o nico atributo que est

    presente em todos os atos administrativos, de qualquer categoria ou espcie,

    independentemente de norma legal que a estabelea, a presuno de

    legitimidade e veracidade.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - A falta de motivao de um ato, que fosse

    legalmente exigvel, caracteriza vcio de forma, e no de motivo.

    DICA APROFUNDADA - ATO ADMINISTRATIVO - Voc sabe o que so os

    EFEITOS ATPICOS PRODRMICOS do ato administrativo?

    Os atos administrativos podem produzir efeitos tpicos (prprios) ou atpicos

    (imprprios).

    Os efeitos tpicos so aqueles que correspondem tipologia especfica do ato,

    como, p. ex, o desligamento do servidor pblico, no caso de uma demisso; a

    habilitao de algum ao exerccio de uma funo pblica, no caso do ato de

    nomeao; a suspenso das atividades, na hiptese da interdio de um

    estabelecimento.

    Assim, os efeitos tpicos decorrem do contedo especfico do ato. Diferentemente,

    os efeitos atpicos no resultam de seu contedo especfico.

    Os efeitos atpicos classificam-se:

    a) efeitos prodrmicos (ou preliminares);

    b) efeitos reflexos

    Efeitos prodrmicos so todos aqueles produzidos enquanto o ato administrativo se

    encontrar em uma situao de pendncia. Por exemplo, um ato administrativo que

    ainda no est produzindo seus efeitos prprios porque est dependendo (est na

    pendncia) de um evento futuro qualquer, para que comece a produzi-los.

    Sendo assim, o efeito produzido durante o perodo que intercorre desde a

    produo do ato at o desencadeamento de seus efeitos tpicos um efeito atpico

    preliminar ou prodrmico.

    Neste sentido, Celso Antnio Bandeira de Mello ilustra, como exemplo, o caso dos

    atos sujeitos a controle por parte de outro rgo. Enquanto no for emitido o ato de

    controle (ex: visto, homologao, aprovao), o ato principal est pendente, ou

    seja, no est produzindo seus efeitos tpicos, prprios. Sendo assim, a edio do

    ato principal gera, como efeito prodrmico, o dever-poder do rgo controlador

    emitir o ato de controle, como condio de eficcia do ato controlado.

    Em resumo, foi efeito atpico preliminar do ato controlado acarretar para o rgo

    controlador o dever-poder de emitir o ato de controle.

    Os efeitos reflexos, por sua vez, so aqueles que atingem terceiros no objetivados

    pelo ato, ou seja, pessoas que no fazem parte da relao jurdica estabelecida

  • entre a administrao e o sujeito passivo do ato. Como exemplo, Celso Antnio

    Bandeira de Mello, citando Flvio Bauer Novelli, elenca a situao da resciso do

    contrato de locao do imvel desapropriado. Ou seja, perdido o imvel pelo

    proprietrio desapropriado (sujeito passivo do ato expropriatrio), o locatrio v

    rescindida a relao jurdica de locao que entretinha com o ex-proprietrio. O

    efeito tpico da desapropriao desconstituir a relao de domnio, a resciso do

    contrato de locao foi um mero efeito reflexo.

    Na doutrina, o tema tratado por Celso Antnio Bandeira de Mello e Digenes

    Gasparini.

    PERGUNTA: CESPE/2013 - ATO ADMINISTRATIVO - "Suponha que determinada

    secretaria de Estado edite ato administrativo cujo contedo seja manifestamente

    discriminatrio. Nessa situao, podem os administrados recusar-se a cumpri-lo,

    independentemente de deciso judicial, dado que de ato ilegal no se originam

    direitos nem se criam obrigaes." CERTO (C) ou ERRADO (E)?

    GABARITO: ERRADO. Os atos administrativos gozam de presuno relativa ("juris

    tantum") de legitimidade e veracidade. Logo, at que eventualmente sejam

    anulados, iro produzir efeitos, no podendo ter o seu cumprimento recusado pelos

    administrados.

    DICA - "FATO ADMINISTRATIVO" X "ATO ADMINISTRATIVO" - A pavimentao de

    uma rua pela administrao pblica municipal representa um fato administrativo,

    atividade decorrente do exerccio da funo administrativa, que pode originar-se de

    um ato administrativo. (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Ao contrrio da revogao, a anulao do ato

    administrativo pode ser feita tanto pela administrao como pelo Poder Judicirio.

    O efeito da anulao opera ex tunc e, via de regra, no gera dever de indenizar o

    particular prejudicado. (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Pelo critrio do Poder Executivo, os atos

    administrativos praticados pelos Poderes Legislativo e Judicirio no seriam objetos

    de estudo do direito administrativo. (CESPE/2013)

    DICA - ATOS ADMINISTRATIVOS - Todo ato administrativo espcie de ato

    jurdico. Sendo assim, para que um ato da Administrao Pblica seja considerado

    um ato administrativo, preciso que produza efeitos jurdicos. Caso o ato no

    produza efeitos jurdicos ele no poder ser qualificado como um "ato

    administrativo", mas apenas como um "ato da administrao".

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Os atos da Administrao Pblica praticados sob

    o regime de direito privado NO gozam de presuno de legitimidade.

    MAIS UMA DICA QUE CAIU NA PROVA:

  • "DICA APROFUNDADA - ATO ADMINISTRATIVO - Voc sabe o que so os

    EFEITOS ATPICOS PRODRMICOS do ato administrativo?"

    Para a nossa alegria, trs dias aps, o tema foi objeto da prova de Promotor de

    Justia do Esprito Santo. Veja a questo:

    "69. A autorizao dada ao Poder Pblico para ingressar em bem imvel, objeto de

    desapropriao, para realizar medies, em decorrncia da expedio do decreto

    expropriatrio, um

    (A) termo inicial que autoriza a produo de efeitos do ato aps evento futuro e

    certo.

    (B) elemento de mrito da relao jurdica principal.

    (C) efeito atpico prodrmico do ato administrativo.

    (D) efeito tpico do ato que desencadeia sua exequibilidade.

    (E) aspecto do ato administrativo que diz respeito convenincia de sua prtica."

    Gabarito: C

    DICA - ATOS ADMINISTRATIVOS: EXTINO - A cassao do ato administrativo

    modalidade de anulao que, embora legtimo na sua origem e formao, torna-se

    ilegal na sua execuo, como, por exemplo, na existncia de alvar de licena para

    construir, expedido legalmente, mas descumprido na execuo da obra licenciada.

    (MP/SC 2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - A imperatividade, atributo decorrente do poder

    extroverso, a qualidade pela qual os atos administrativos se impem a terceiros,

    independentemente de sua aquiescncia. (CESPE/2013)

    JUSTIFIQUE: ATO ADMINISTRATIVO - Em conformidade com a jurisprudncia do

    STJ, o termo inicial do prazo decadencial de cinco anos para que a administrao

    pblica anule ato administrativo referente concesso de aposentadoria

    corresponde data da homologao da concesso pelo tribunal de contas

    (CESPE/2013). POR QU?

    FUNDAMENTAO: Considerando que, conforme entendimento consagrado do STF

    e STJ, a aposentadoria um ATO COMPLEXO, ento ela somente se aperfeioa

    com manifestao do TCU.

    Ou seja, antes do controle do TCU, o ato de aposentadoria ainda no completou

    totalmente o seu ciclo de formao, por essa razo o prazo decadencial de 5 anos

    para a Administrao Pblica anular seus atos, na forma do art. 54, da Lei

    9.784/99, apenas comea a contar a partir da manifestao da Corte de Contas.

    DICA AFT 2013 - ATOS ADMINISTRATIVOS - Os atos normativos editados

    conjuntamente por diversos rgos da administrao federal, como as portarias

  • conjuntas ou instrues normativas conjuntas da Secretaria da Receita Federal do

    Brasil e da Procuradoria da Fazenda Nacional, so exemplos de ato administrativo

    complexo. (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Considere que determinado cidado tenha

    requerido administrativamente licena para exercer sua profisso, que

    regulamentada em lei. Tendo sido comprovado o cumprimento de todos os

    requisitos legais, a licena foi-lhe concedida. Nessa situao, correto afirmar que

    esse ato administrativo de concesso considerado vinculado e irrevogvel, por

    razes de convenincia e oportunidade da administrao pblica. (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Pode-se conceituar os atos administrativos como

    manifestaes de vontade do Estado, as quais so dotadas de alguns atributos.

    Dentre eles, destaca-se a PRESUNO DE LEGITIMIDADE E VERACIDADE, que

    consiste na presuno de que o ato praticado est conforme a lei e de que os fatos

    atestados pela Administrao so verdadeiros, admitindo, no entanto, prova em

    contrrio. (FCC/2013) Tanto a presuno de legitimidade, como tambm a de

    veracidade, so relativas!

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - H presuno imediata de legalidade de todo ato

    administrativo editado por autoridade pblica competente. (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO/DISCRICIONARIEDADE E VINCULAO - Ato

    vinculado aquele analisado apenas sob o aspecto da legalidade; o ato

    discricionrio, por sua vez, analisado sob o aspecto no s da legalidade, mas

    tambm do mrito. (CESPE/2013)

    possvel, tambm, o controle em face do elemento motivo de um ato

    discricionrio, para verificar a sua existncia, com base na teoria dos motivos

    determinantes. O controle a, no entanto, no ser de mrito, mas de legalidade.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Caso no seja decretada a invalidade do ato

    administrativo pela administrao pblica ou pelo Poder Judicirio, o ato invlido

    produzir normalmente seus efeitos, como se fosse plenamente vlido.

    (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - MAIS UMA SOBRE "ATO COMPLEXO" - O ato

    administrativo complexo, como, por exemplo, a investidura em cargo ou emprego

    pblico, forma-se pela conjugao de vontades de mais de um rgo

    administrativo. (CESPE)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Existem atos administrativos produzidos por

    agentes de entidades que no integram a estrutura da administrao pblica, mas

    que nem por isso deixam de qualificar-se como tais, como no caso de certos atos

    praticados por concessionrios e permissionrios de servios pblicos, quando

    regidos pelo direito pblico. (CESPE/2013)

  • DICA - ATO ADMINISTRATIVO COMPOSTO - O auto de infrao expedido por fiscal

    e aprovado por sua chefia constitui exemplo de ato composto, e no complexo.

    (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - O poder de revogao de ato administrativo por

    parte da administrao pblica no ilimitado, pois existem situaes jurdicas que

    no rendem ensejo revogao. (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Nos atos discricionrios o agente tem o poder de

    valorar os fatores constitutivos do motivo e do objeto, apreciando a convenincia e

    a oportunidade da conduta. Essa valorao reflete o que modernamente denomina-

    se reserva do possvel, ou seja, o conjunto de elementos que viabilizam ou no

    determinada ao governamental.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Na hiptese de o ato praticado ser discricionrio,

    em que pese o agente pblico competente poder exerc-lo segundo critrios de

    convenincia e oportunidade, a exigncia de lei possibilitando-lhe a realizao

    desse juzo de valor medida que se impe. (CESPE/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Pode-se conceituar os atos administrativos como

    manifestaes de vontade do Estado, as quais so dotadas de alguns atributos.

    Dentre eles, destaca-se a PRESUNO DE LEGITIMIDADE E VERACIDADE, que

    consiste na presuno de que o ato praticado est conforme a lei e de que os fatos

    atestados pela Administrao so verdadeiros, admitindo, no entanto, prova em

    contrrio. (FCC/2013) PRESUNO RELATIVA = JURIS TANTUM

    DICA - ATOS ADMINISTRATIVOS/PODERES - Se determinada lei prev diversas

    penalidades administrativas para uma infrao e indica o processo de apurao

    dessa infrao. Neste caso, a APLICAO DA PENALIDADE e o PROCESSO

    PARA VERIFICAO DA INFRAO so atos administrativos DISCRICIONRIO

    e VINCULADO, respectivamente.

    DVIDAS: 1 - No, no exclusivo do poder de polcia. O mesmo ocorre em

    relao ao poder disciplinar.

    2 - Quando a Adm. Pblica pune uma concessionria qual o poder? R: poder

    disciplinar, tendo em vista que a concessionria uma pessoa particular, mas que

    tem um vnculo especfico com a Adm. Pblica, decorrente do contrato de

    concesso, de forma que ela est sujeita disciplina interna administrativa.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Imperatividade o atributo pelo qual os atos

    administrativos se impem a terceiros, independentemente de sua concordncia.

    (FCC/2013)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Presuno de legitimidade diz respeito

    conformidade do ato com a lei, presumindo-se, at prova em contrrio, que o ato

    foi emitido com observncia da lei. (FCC/2013)

  • DICA - ATO ADMINISTRATIVO - O atributo da executoriedade permite

    Administrao o emprego de meios de coero para fazer cumprir o ato

    administrativo. (FCC/2013)

    OBS. Somente o poder de polcia possui esse atributo; o poder disciplinar no

    possui.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - A tipicidade o atributo pelo qual o ato

    administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei como

    aptas a produzir determinados resultados. (FCC/2013)

    PERGUNTA: ATO ADMINISTRATIVO - O motivo a justificativa escrita da

    ocorrncia dos pressupostos jurdicos autorizadores da prtica de determinado ato

    administrativo. CERTO (C) ou ERRADO (E)? Errado.

    DICA DE RVEILLON - ATOS ADMINISTRATIVOS - Considere que, no exerccio do

    poder discricionrio, determinada autoridade indique os motivos fticos que

    justifiquem a realizao do ato, Nessa situao, verificando-se posteriormente que

    tais motivos no existiram, o ato administrativo dever ser invalidado.

    (CESPE/2013)

    Havendo ofensa a qualquer dos elementos de validade do ato administrativo

    (competncia, forma, motivo, objeto ou finalidade), ele ser invlido/ilegal, estando

    sujeito anulao pela prpria Administrao Pblica (autotutela) ou pelo Poder

    judicirio.

    DICA DE RVEILLON - ATO ADMINISTRATIVO - Formam o denominado mrito

    administrativo, presente nos atos discricionrios, os elementos MOTIVO e

    OBJETO. Veja:

    MRITO

    Motivo Objeto

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - A falta de motivao que fosse legalmente

    exigvel para a prtica de um ato caracteriza vcio de forma, e no de motivo.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO PRINCPIOS: A presuno de veracidade e

    legitimidade instrumento necessrio satisfao das atividades

    administrativas, e admite prova em sentido contrrio, cabendo ao administrado

    o nus de provar que se trata de ato ilegtimo. (JUIZ FEDERAL/2014)

    DICA - ATOS ADMINISTRATIVOS - Ultrapassado o prazo quinquenal para a

    anulao do ato administrativo, a decadncia somente poder ser afastada se

    demonstrada a m-f do administrado. (CESPE/2014)

  • DICA - ATOS ADMINISTRATIVOS - A Administrao Pblica pode anular seus

    prprios atos quando estes forem ilegais. No entanto, se a invalidao do ato

    administrativo repercute no campo de interesses individuais, faz-se necessria a

    instaurao de procedimento administrativo que assegure o devido processo legal e

    a ampla defesa. Assim, a prerrogativa de a Administrao Pblica controlar seus

    prprios atos no dispensa a observncia do contraditrio e ampla defesa prvios

    em mbito administrativo. (STF)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - A motivao (explanao dos motivos que

    fundamentaram a prtica do ato) integra o elemento forma do ato administrativo,

    de modo que a ausncia de motivao, quando obrigatria, gera a nulidade do ato,

    por vcio de forma.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - vedada a autoexecutoriedade dos atos

    administrativos que imponham ao particular a obrigao de pagar dinheiro,

    devendo a Administrao valer-se da via judicial para a cobrana. (FGV)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Todo e qualquer ato administrativo suscetvel de

    apreciao pelo Judicirio, no obstante a extenso do seu controle comporte

    limites em face de sua classificao. (JUIZ FEDERAL - TRF 3 Regio)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - ATO COMPLEXO aquele resultante da

    manifestao de vontades emanadas de rgos distintos que se fundem (se renem

    ou se conjugam) para a formao de um ato nico. Ex.: APOSENTADORIA.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - A competncia - elemento ou requisito de validade

    do ato administrativo - sempre vinculada e decorrente de lei, mas no plano

    federal pode ser definida em decreto. Alm disso, irrenuncivel, imprescritvel e

    inderrogvel, embora possa ser objeto de delegao e avocao.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - A "motivao" integra o elemento "forma" do ato

    administrativo, e no o elemento "motivo", de modo que a ausncia de motivao

    quando ela legalmente obrigatria caracteriza vcio de forma.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Um determinado estado-membro da federao,

    observadas as formalidades legais, firmou ato de permisso de uso de bem pblico

    com particular, para explorao de uma lanchonete em hospital estadual. No ms

    seguinte, o Estado alegou que iria ampliar as instalaes fsicas do hospital e

    revogou a permisso de uso. Passados alguns dias, comprovou-se que o Estado no

    realizou nem nunca teve a real inteno de realizar as obras de expanso. Em

    razo disso, o particular pretende invalidar judicialmente o ato administrativo que

    revogou a permisso, a fim de viabilizar seu retorno s atividades na lanchonete.

    Nesse contexto, correto afirmar que a pretenso do particular est baseada: na

    TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES, porque, apesar de a permisso de

    uso ser ato discricionrio e precrio, o Estado est vinculado veracidade do

    motivo ftico que utilizou para revogar a permisso de uso. (FGV/2014)

  • DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Do ato administrativo ou deciso judicial que

    contrariar a smula aplicvel ou que indevidamente a aplicar, caber reclamao ao

    Supremo Tribunal Federal, que, julgando-a procedente, anular o ato

    administrativo ou cassar a deciso judicial reclamada, e determinar que outra

    seja proferida com ou sem aplicao da smula, conforme o caso. (TJPB/2014)

    OBS. A smula a que se refere o enunciado a smula vinculante. Teria sido

    melhor se a questo tivesse explicitado isso, mas no o fez. Em todo caso, o texto

    corresponde redao do art. 103-A, 3, da CF.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Dentre os requisitos de validade do ato

    administrativo est a finalidade, a qual impe seja o ato administrativo praticado

    unicamente para um fim de interesse pblico e, este, por sua vez, h de ser prprio

    do ato praticado; no pode o agente pblico praticar um ato visando o fim inerente

    a outro, mesmo que ambos sejam de sua competncia e abriguem um interesse

    pblico. (JUIZ-TRT 8R-2014)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Qual a diferena entre caducidade dos atos e

    caducidade de concesses?

    a) A caducidade de ATO ADMINISTRATIVO ocorre quando editada uma nova

    norma jurdica/legislao que torna inadmissvel uma situao anteriormente

    permitida pelo direito.

    Exemplo: outorgada a um particular, em plena conformidade com a lei vigente,

    uma permisso de uso de bem pblico em carter privativo e, posteriormente,

    editada uma lei proibindo o uso particular do respectivo bem. A permisso

    extingue-se pela caducidade.

    b) A caducidade da CONCESSO DE SERVIO PBLICO ocorre em razo da

    inexecuo total ou parcial do contrato pelo concessionrio. Far-se- por decreto e

    independentemente de pagamento prvio de indenizao.

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - A Teoria dos Motivos Determinantes aplica-se

    exonerao ad nutum, desde que a Administrao Pblica declare o motivo do

    ato administrativo. (PROMOTOR-MPE-MT-2014)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Quanto natureza do contedo, os atos

    administrativos podem ser classificados em concretos e abstratos; concretos so os

    que dispem para um nico e especfico caso, e se esgotam nessa aplicao, tais

    como nas hipteses de exonerao de funcionrio e declarao de utilidade pblica

    para fins de desapropriao. So abstratos os atos que dispem para casos que

    possam se repetir, no se esgotando mesmo depois de reiteradas aplicaes, sendo

    o regulamento um exemplo tpico dessa espcie de ato administrativo. (JUIZ-TRT

    8R-2014)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Nos casos de desapropriao, a tredestinao

    lcita (Cdigo Civil, art. 519) exemplo de exceo ao impedimento de

  • alterao do motivo do ato administrativo, desde que mantidas razes de

    interesse pblico. (PROMOTOR-MPE-MT-2014)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Em razo da maior ou menor liberdade que tem a

    Administrao Pblica para agir ou decidir, os atos administrativos podem ser

    classificados em vinculados e discricionrios. Vinculados so os atos administrativos

    praticados conforme o nico comportamento que a lei prescreve Administrao

    Pblica, no cabendo a essa outro comportamento que no aquele ditado na lei.

    Discricionrios so os atos administrativos praticados conforme um dos

    comportamentos que a lei prescreve, cabendo Administrao Pblica a escolha

    dentre as condutas previstas, observados os critrios de convenincia e

    oportunidade. (JUIZ-TRT 8R-2014)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - No julgamento de legalidade de ato administrativo

    de concesso inicial de aposentadoria, fica afastada a necessidade de observncia

    dos institutos do contraditrio e da ampla defesa pelo Tribunal de Contas da Unio.

    (PROMOTOR-MPE-MT-2014)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - Segundo a teoria dos motivos determinantes, o ato

    administrativo s valido se os motivos anunciados efetivamente aconteceram;

    desse modo, a meno a motivos falsos ou inexistentes vicia irremediavelmente o

    ato praticado, mesmo que no exigidos por lei. (JUIZ-TRT 8R-2014)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - possvel o controle judicial da discricionariedade

    administrativa, respeitados os limites que so assegurados pela lei atuao da

    Administrao Pblica. (PROMOTOR-MPE-MT-2014)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - O ato de polcia , em princpio, discricionrio, mas

    passar a ser vinculado se a norma legal que o rege estabelecer o modo e a forma

    de sua realizao. (PROMOTOR-MPE-MT-2014)

    DICA - ATO ADMINISTRATIVO - So atos administrativos ordinatrios, entre outros:

    os Despachos, os Avisos, as Portarias e as Ordens de Servio. (Vunesp/2015)

    DICA - ATOS ADMINISTRATIVOS: ESPCIES

    1. PROTOCOLO ADMINISTRATIVO: Ato administrativo negocial pelo qual o

    Poder Pblico acerta com o particular a realizao de determinado empreendimento

    ou a absteno de certa conduta, no int