41
DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO Estação de Avisos do Dão RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E BALANÇO FITOSSANITÁRIO 2008 Viseu

DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO

CENTRO

Estação de Avisos do Dão

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E

BALANÇO FITOSSANITÁRIO

2008

Viseu

Page 2: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

1

ÍNDICE

1 ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO 3

1.1 Localização 3 1.2 Recursos humanos 3 1.3 Instalações e equipamento 3 1.4 Postos de observação 4

Postos meteorológicos 4 Postos de observação fenológica e biológica (POB’s) 5

1.5 Utentes 6

2 ACTIVIDADES DA ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO 7

2.1 Emissão de boletins fitossanitários 7 2.2 Ensaios realizados e divulgação 7 2.3 Outras actividades 8

3 RESULTADOS OBTIDOS EM 2007 9

3.1 Vinha 9 Estados fenológicos 9 Míldio (Plasmopara viticola Berl & de Toni) 9 Escoriose (Phomopsis viticola Sacc.) 12 Oídio (Uncinula necator (Schw.) Burr.) 12 Podridão Cinzenta (Botrytis cinerea Pers.) 13 Traças da uva 13 Cigarrinha Verde (Empoasca vitis Gothe) 15

3.2 Macieira 17 Estados fenológicos 17 Pedrado (Venturia ineaqualis Cke.) 18 Bichado (Cydia pomonella L.) 20 Lagartas mineiras (Phyllonorycter blancardella F. e Leucoptera malifoliella Costa) 21 Cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus Comstock) 22 Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi Koch) 24 Piolhos Verde (Aphis pomi Pass.) e Cinzento (Dysaphis plantaginea Fonsc.) 25 Mosca da fruta (Ceratitis capitata Wied.) 26 Sésia 27

3.3 Olival 29 Estados fenológicos 29 Traça da Oliveira (Prays olea Bernard) 30 Mosca da azeitona (Dacus olea Gmelin) 34 Traça verde (Margaronia unionalis Hubn.) e Euzophera pinguins Haw. 37 Olho de Pavão (Spilocea oleagina Cast.) e Gafa (Colletotrichum spp.) 38

Page 3: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

2

3.4 Outras culturasPessegueiro 40

Page 4: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

3

1 ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO

1.1 Localização

A Estação de Avisos do Dão é uma estrutura pertencente à Divisão de

Protecção e Qualidade da Produção da Direcção de Serviços de Agricultura e

Pescas da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, encontrando-

se sedeada na Estação Agrária de Viseu.

1.2 Recursos humanos

Em 2008, o grupo de trabalho foi o seguinte:

Maria Helena Cortês Pinto Marques – Eng.ª Agrícola

Vanda Cristina Azevedo da Costa Batista – Eng.ª Agrícola (consultora externa)

Jorge Manuel Esteves Carvalho Sofia – Engº Agrícola

Manuel Salazar – Engº Tecº Agrº

Fernanda Jesus Lopes Rodrigues – Assistente Administrativo

1.3 Instalações e equipamento

A Estação de Avisos do Dão está instalada no edifício principal da Estação

Agrária de Viseu, ocupando 2 gabinetes e um pequeno laboratório.

O equipamento que dispõe é o seguinte:

1 microscópio “Leitz Sm -Lux”;

1 Lupa Binocular “ Wild M5 “;

1 Lupa Binocular “ Olympus SZ60 “;

1 Lupa Binocular “Nikon”;

1 máquina de dobragem de circulares;

1 estufa “Memmert”;

1 frigorífico “Miele”;

1 computador Compaq - Pentium 4;

1 computador “ Vectra VL – Hewlett Packard “;

1 computador “Zenith”;

1 impressora - hp psc 750;

Page 5: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

4

1 impressora - hp deskjet 840;

1 máquina fotográfica digital – Olympus C5050 zoom

1 duplicador ”Risograph TR 1530”

7 estações meteorológicas automáticas (4 estações Vórtice, 2 estações

Pulsonic e 1 estação Campbell);

5 abrigos meteorológicos principais modelo Stevenson;

10 abrigos meteorológicos secundários;

1 insectário;

9 termohigrógrafos “Richard”;

1 termopluviohumectografo “Bazier”;

16 pluviómetros tipo “Babinet”;

Opel Corsa (22-CI-40)

1.4 Postos de observação

Postos meteorológicos

De forma a aplicar as metodologias de previsão baseadas nos dados

meteorológicos da região, a Estação de Avisos do Dão dispõe de 15 postos

meteorológicos tradicionais (5 principais e 10 secundários) e 7 postos

meteorológicos automáticos. Os postos principais são constituídos por um

pluviómetro e um abrigo do tipo “Stevenson” equipado com um termómetro de

máxima, um termómetro de mínima, um psicrómetro e um termohigrógrafo

“Richard” de rotação semanal. Os postos secundários estão equipados com um

pluviómetro e um abrigo do tipo Stevenson equipado com um termómetro de

máxima e de mínima.

As estações meteorológicas automáticas registam os dados horários e diários

da temperatura, humidade relativa, precipitação, nº de horas de folha molhada,

velocidade e direcção do vento. Nos postos meteorológicos tradicionais as

leituras são feitas diariamente, pelos leitores responsáveis. As leituras são

enviadas diariamente à estação de Avisos, via postal de Março a Setembro. O

resto do ano, semanalmente os postos principais, e mensalmente os postos

secundários. Os dados dos postos automáticos são recolhidos via GSM.

Page 6: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

5

Fig. 1 - Localização das estações meteorológicas automáticas e tradicionais

Postos de observação fenológica e biológica (PPOB)

As observações da fenologia das culturas da vinha, pomar e olival e da biologia

dos seus principais inimigos, foram feitas pelos técnicos da Estação de Avisos

do Dão nos locais onde estão instalados os postos meteorológicos principais

ou na área da sua influência. No caso da oliveira foram instalados mais dois

postos nas zonas mais representativas da cultura.

Os PPOB, localizados em Viseu, Foz de Arouce (Lousã), Canas de Santa

Maria (Tondela), S. Paio (Gouveia), Várzea (S. Pedro do Sul), Penalva do

Castelo e Nelas, são acompanhados semanalmente e para cada cultura são

monitorizados os estados fenológicos das culturas e as pragas e doenças

referenciadas no quadro 1.

Page 7: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

6

Quadro 1 – Pragas e doenças acompanhados nos POB’s

Vinha Pomar Olival

Pragas Traça da uva

Cigarrinha verde

Cochonilhas

Bichado da fruta

Aranhiço vermelho

Piolhos verde e

cinzento

Lagartas mineiras

Cochonilha de S.

José

Mosca da fruta

Traça da oliveira

Mosca da

azeitona

Doenças

Escoriose

Míldio

Oídio

Podridão

cinzenta

Pedrado

Cancro

Gafa

Olho de Pavão

Cercosporiose

1.5 Utentes

Em 2008 registaram-se 787 inscrições, de agricultores, Cooperativas Agrícolas,

Associações, Serviços Oficiais e outros particulares. Cumulativamente há ainda

76 inscrições permanentes não pagas, para organismos do Ministério da

Agricultura, leitores dos postos meteorológicos tradicionais e colaboradores.

Page 8: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

7

2 ACTIVIDADES DA ESTAÇÃO DE AVISOS DO DÃO

2.1 Emissão de boletins fitossanitários

Em 2008 foram enviadas 21 circulares com avisos e informações para

tratamento das principais pragas e doenças do pomar, vinha e oliveira. Foram

ainda emitidas informações para tratamento do pessegueiro.

As circulares foram difundidas via correio, Internet, serviço telefónico de

atendimento automático e através de mensagem via telemóvel (SMS), esta

última modalidade foi utilizada apenas quando houve necessidade de

realização imediata de tratamento.

2.2 Ensaios realizados e divulgação

A Estação de Avisos do Dão realizou os seguintes ensaios:

o Aplicação do método captura em massa no controlo da mosca da

azeitona

o Validação e simplificação das metodologias de previsão,

relativamente ao Olho Pavão

o Validação da metodologia utilizada no acompanhamento da traça

da oliveira e tentativa de determinar um modelo de somatório de

temperaturas

o Melhoria do controlo do cancro das pomóideas, comparando

diferentes estratégias

o Aplicação do método da Confusão Sexual

o Validação da metodologia de previsão do bichado da fruta, pela

determinação do somatório de temperaturas

o Validação da metodologia de previsão da cochonilha de S. José,

pela determinação do somatório de temperaturas existentes para

Portugal e sua adaptação à região

o Estudo de: Adress no combate da mosca da fruta

o Ensaio comparativo de 5 fitofármacos para controlo de Doenças

do Lenho da Videira.

Page 9: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

8

o Ensaio de captura e morte de Sésia.

Durante o ano de 2008 os técnicos participaram e realizaram várias acções de

divulgação que tiveram como publico alvo agricultores, associações, técnicos,

entre outros.

2.3 Outras actividades

Além das acções atrás referidas, os técnicos dos Serviços de Avisos

desempenharam outras actividades nomeadamente:

Assistência técnica aos agricultores no domínio da Sanidade Vegetal em

gabinete e no campo;

Apoio em projectos da DRAPC no que se refere à protecção

fitossanitária das culturas;

Recepção e acompanhamento de grupos de formandos de cursos de

formação, escolas e politécnicos (visita à exploração e estação

meteorológica);

Colaboração e execução do projecto Agro 8.2 – Redução do Risco e dos

impactes ambientais na aplicação de produtos fitofarmacêuticos –

Modernização e reforço da capacidade do Serviço Nacional de Avisos

Agrícolas;

Colaboração e execução do projecto Agro 8.2 – AGRO DED 688-

“Demonstração e promoção de práticas agrícolas que assegurem a

qualidade e segurança alimentar e que minimizem o impacto ambiental

da cultura da actinídea;

Apoio na realização dos tratamentos fitossanitários efectuados durante

2008 à exploração da Estação Agrária de Viseu;

Elaboração de listas de produtos homologados para posterior

distribuição pelos utentes do serviço;

Elaboração de relatórios intercalares e do relatório final de actividades.

Page 10: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

9

3 RESULTADOS OBTIDOS EM 2007

3.1 Vinha

Estados fenológicos

Quadro 2 – Evolução fenológica da cultura da vinha

Estados fenológicos Canas de Sta Maria Foz de Arouce Viseu Várzea S. Paio

A-Gomo de Inverno B-Ponta de Algodão 3/3 11/3 4/3 5/3

B/C 19/3 19/3 17/3 3/4 C-Ponta Verde 3/3 27/3 24/3

C/D 27/3 11/4 D-Saída das folhas 2/4 12/3 2/4 21/4

D/E 19/3 7/4 E-Folhas livres 11/4

E/F 27/3 21/4 10/4 F-Cachos visíveis 29/4

F/G 21/4 G-Cachos separados 29/4 7/4 7/5 2/5

G/H 7/5 H-Botões florais separados 20/5 12/5 16/5 20/5 7/5

H/I-Iníco da floração 12/6 21/5 29/5 29/5 13/6 I-Floração 6/6 12/6 12/6 J-Alimpa 12/6 19/6

J/K-Bago chumbo 18/6 18/6 25/6 18/6 2/7 K-Bago de Ervilha 3/7 25/6 2/7 25/6 11/7 L-Fecho do cacho 8/7 2/7 16/7 8/7 24/7

Cacho fechado 22/7 23/7 M-Pintor 30/7 28/7 30/7 30/7 13/8

N-Maturação Cacho maduro

Míldio (Plasmopara viticola Berl & de Toni)

Os fragmentos, colocados nas condições de campo no fim de Outono de 2007,

começaram a ser recolhidos semanalmente a partir de Março de 2008 e

colocados em estufa a uma temperatura de 22ºC.

Esta metodologia tem como objectivo avaliar a maturação dos oósporos de

míldio e quando germinam em menos de 24 horas, temos a indicação que

estes se encontram maduros e em condições de promover infecções.

Esta situação apenas se verificou nos Postos de Observação Biológica de

Viseu e Foz de Arouce nos dias 11 de Abril e 24 de Abril, respectivamente.

Page 11: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

10

Quadro 3 - Evolução da germinação dos oósporos

Data

M T M T M T M T M T M T M T M T M T M T

03-Mar C 0 0 0 0 0 7 0 4 0 S S D D 4 0 0 0 0 012-Mar C 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 1 0 0 0 2 0 0 T17-Mar C 0 0 0 0 0 0 T F F S S D D 0 0 0 0 0 025-Mar C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 001-Abr C 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 010-Abr C 0 1 0 S S D D 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 S S17-Abr C 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 F F S S21-Abr C 0 0 0 0 0 0 F F S S D D 0 0 0 0 0 029-Abr C 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 005-Mai C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 013-Mai C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 F F26-Mai C 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 004-Jun C 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 F F 0 0 0 0 0 013-Jun C 0 0 D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D20-Jun C 0 0 D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D23-Jun C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0

04-Mar C 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 1 1 0 0 0 0 0 012-Mar C 0 0 0 0 0 1 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 T19-Mar C 0 T F F S S D D 0 0 0 0 0 0 1 0 0 027-Mar C 0 0 S S D D 5 1 1 0 0 0 0 0 0 0 S S02-Abr C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 S S07-Abr C 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 017-Abr C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 F F S S23-Abr C 23 13 F F S S D D 18 0 12 2 0 2 F F 0 029-Abr C 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 007-Mai C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 012-Mai C 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 021-Mai C F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 030-Mai C S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D06-Jun C 0 S S D D 0 0 F F 0 0 0 0 0 0 S S D D

12-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S19-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S25-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S

04-Mar C 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 1 0 0 0 0 0 0 012-Mar C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 6 0 4 0 10 T19-Mar C 0 T F F S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 027-Mar C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S02-Abr C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 S S07-Abr C 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 014-Abr C 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 021-Abr C 0 0 0 0 0 0 F F S S D D 0 0 0 0 0 029-Abr C 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 006-Mai C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 014-Mai C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 F F 0 020-Mai C 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 029-Mai C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S03-Jun C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 F F 0 0 0 012-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S18-Jun C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 025-Jun C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

05-Mar C 0 0 0 0 0 0 S S D D 2 1 0 0 0 0 0 011-Mar C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 T17-Mar C 0 0 0 0 0 0 T F F S S D D 0 0 0 0 0 024-Mar C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 002-Abr C 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 010-Abr C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S14-Abr C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 021-Abr C 0 0 0 0 0 0 F F S S D D 0 0 0 0 0 030-Abr C F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 006-Mai C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 014-Mai C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 F F 0 020-Mai C 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 029-Mai C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S03-Jun C 0 0 0 0 0 0 S S D D 0 0 F F 0 0 0 012-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S18-Jun C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 025-Jun C 0 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

06-Mar C 0 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S13-Mar C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 T F F S S19-Mar C 0 0 T F F S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 027-Mar C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S03-Abr C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S11-Abr C S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D16-Abr C 0 0 8 0 S S D D 0 0 0 2 O 1 0 0 F F22-Abr C 0 0 0 0 F F S S D D 0 0 0 0 0 0 F F02-Mai C S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D08-Mai C 0 0 S S D D 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S16-Mai C S S D D 0 0 0 0 0 0 F F 0 0 S S D D20-Mai C 0 0 0 F F 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 030-Mai C S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D06-Jun C S S D D 0 0 F F 0 0 0 0 0 0 S S D D13-Jun C S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S D D19-Jun C 0 0 S S D D 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 S S

Foz

de A

rouc

eLo

bão

da B

eira

Vár

zea

S. P

aio

8 9 10

Vise

u

Postos

Nº de dias de permanência dos fragmentos em estufa4 5 6 7

Colocação em estufa

1 2 3

Tendo sido detectados oósporos maduros, estando a vinha na maior parte dos

PPOB entre os estados fenológicos F e G com crescimentos superiores a

10cm, havendo temperaturas mínimas em torno de 10ºC e tendo em atenção a

precipitação acumulada desde o dia 8 de Abril previu-se o aparecimento de

infecções primárias entre 23 e 25 de Abril. Atendendo à previsão de

instabilidade meteorológica em torno dessa data, emitiu-se o aviso nº8/08 para

o míldio, recomendando a aplicação de um produto sistémico antes da data

prevista para o aparecimento de manchas. Anexa a esta circular foi remetida

uma lista de produtos homologados para o míldio da videira classificados de

Page 12: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

11

acordo com o seu modo de acção e foi enviado um SMS. Com a continuação

de precipitação, esta recomendação foi renovada pelo aviso nº9/08 de 24 de

Abril, desta feita fazendo referência ao aparecimento de manchas por volta do

dia 1 de Maio. Este aviso foi reforçado pelo envio de um SMS a 29 de Abril

aconselhando a aplicação de um produto com acção curativa, este SMS foi

justificado pela sucessão de feriados e fim-de-semana que atrasaria a entrega

do correio. As primeiras manchas de míldio foram detectadas no posto de Foz

de Arouce apenas após o dia 1 de Maio. Tendo em consideração a fase de

forte susceptibilidade da videira, a previsão de precipitação e a existência de

manchas foi enviada a circular nº11/08 de 12 de Maio aconselhando a manter a

vinha protegida. A circular nº12/08 de 20 de Maio surge em função da

precipitação sentida, sendo o tratamento posicionado em função da previsão

de aparecimento de novas manchas a partir do dia 28 de Maio. Considerando a

presença da doença na natureza, assim como a fase fenológica (início de

floração) foi recomendado um produto de carácter sistémico e com acção

curativa. A circular seguinte nº13/08 de 29 de Maio, tendo em conta o

prolongada duração da precipitação e a possibilidade da sua continuação,

voltava a abordar o míldio recomendando o tratamento a quem não tivesse

seguido a circular anterior e aconselhando a manter a vinha protegida assim

que terminasse a persistência do último tratamento. A circular nº14/08 de 11 de

Junho foi emitida tendo em conta as previsões meteorológicas de precipitação

e a presença de inoculo na natureza. A circular nº16/08 (14 de Julho) volta a

aconselhar o tratamento para míldio (recomendação de produtos contendo

cobre) tendo em conta a previsão de aparecimento de manchas para o dia 17

em função de chuva ocorrida no dia 11 de Julho. Esta circular foi precedida de

um SMS enviado no dia 11 de Julho por causa da precipitação que se fez sentir

ao fim da tarde e da possibilidade da sua continuação pela noite dentro. A 25

de Julho oorreu alguma precipitação que se prolongou pelo dia 26 levando ao

envio de umSMS recomendando tratamento com produto à base de cobre em

vinhas qe apresentassem manchas. Este SMS foi secundado pela circular

nº17/08 de 28 de Julho recomendando o tratamento imediato com produto

cúprico.

Page 13: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

12

Escoriose (Phomopsis viticola Sacc.)

Em 2008 foram emitidos dois Avisos para a escoriose. No dia 24 de Janeiro

foram emitidas recomendações a fim de evitar a progressão da doença.

À semelhança dos anos anteriores foi emitido um segundo aviso, dia 5 de

Março, onde foram descritas duas estratégicas que os viticultores poderiam

adoptar para controlar a doença:

1ª. Efectuar duas aplicações:

1ª Aplicação com 30 - 40 % dos gomos no estado fenológico D (saída das

folhas)

2ª Aplicação com 40% dos gomos no estado fenológico E (folhas livres)

Recomendava-se a utilização com uma das seguintes substâncias

activas: azoxistrobina, azoxistrobina+folpete, enxofre, folpete,

mancozebe, metirame, propinebe, fosetil de alumínio + mancozebe e

fosetil de alumínio + folpete.

2ª. Efectuar uma aplicação:

Efectuar uma única aplicação no estado fenológico D (saída das folhas),

utilizando a mistura do fungicida sistémico fosetil de alumínio com

folpete.

Oídio (Uncinula necator (Schw.) Burr.)

O primeiro aviso para o oídio foi emitido com a circular nº7/08 do dia 8 de Abril

quando a maioria das vinhas se encontravam no estado fenológico E - Folhas

livres e F – Cachos visíveis. Foi recomendada a utilização de enxofre em pó,

embora tenha sido enviada juntamente com a circular a listagem de

substâncias activas homologadas para aquela doença e para aquela cultura.

A 12 de Maio, como as vinhas se encontravam próximo da floração foi

recomendado novo tratamento na Circular nº 11/08 emitida a 21 de Maio,

apelando de novo ao uso de enxofre em pó. Esta recomendação foi renovada

na floração alimpa pela circular14/08 de 11 de Junho.

Page 14: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

13

Com a humidade matinal típica de Julho na região e a existência de alguns

focos de oídio foi enviada nova recomendação para esta doença através da

circular nº15/08, emitida a 7 de Julho

No estado fenológico fecho do cacho/pintor foi emitida uma nova

recomendação (Circular nº 17 de 28 de Julho), dada a existência de condições

favoráveis e de se manterem alguns focos da doença.

Podridão Cinzenta (Botrytis cinerea Pers.)

No dia 11 de Junho foi emitida no aviso 14/08 a recomendação de tratamento à

floração/alimpa, pois já eram visíveis sintomas da doença em algumas vinhas

da região e as condições meteorológicas encontravam-se propicias ao seu

desenvolvimento. A renovação do tratamento foi indicada ao fecho do

cacho/pintor pelo aviso nº 17 emitido no dia 28 de Julho pela sensibilidade da

fase, pela presença de doença e por o tempo se encontrar chuvoso.

No dia 23 de Agosto foi emitida nova recomendação pois estava prevista a

ocorrência de tempo instável.

Traças da uva

Eudemis (Lobesia botrana Den & Schiff)

Cochilis (Eupoecilia ambiguella Hb.)

No início do mês de Março, foram colocadas armadilhas sexuais para as traças

da uva (Eudémis e Cochilis), nos postos biológicos. As armadilhas sexuais para

a Cochilis foram colocadas nos PPOB de S. Paio e de Viseu.

Como se pode observar no gráfico seguinte a Eudémis teve três gerações bem

definidas. À semelhança dos anos anteriores foi no posto de Lobão da Beira

que se verificou o maior número de capturas.

Page 15: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

14

Curva de vôo de Eudemis

020406080

100120140160180200

13-0

3-20

08

27-0

3-20

08

10-0

4-20

08

24-0

4-20

08

08-0

5-20

08

22-0

5-20

08

05-0

6-20

08

19-0

6-20

08

03-0

7-20

08

17-0

7-20

08

31-0

7-20

08

14-0

8-20

08

28-0

8-20

08

11-0

9-20

08

25-0

9-20

08

09-1

0-20

08

Datas das observações

de e

xem

plar

es c

aptu

rado

s

Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea

Fig. 2 - Curva de voo da Eudemis

Os adultos de Cochilis interceptados foram em menor quantidade quando em

comparação com as capturas de Eudemis.

Curva de vôo de Cochilis

0

1

2

3

4

5

6

7

8

13-0

3-20

08

27-0

3-20

08

10-0

4-20

08

24-0

4-20

08

08-0

5-20

08

22-0

5-20

08

05-0

6-20

08

19-0

6-20

08

03-0

7-20

08

17-0

7-20

08

31-0

7-20

08

14-0

8-20

08

28-0

8-20

08

11-0

9-20

08

25-0

9-20

08

09-1

0-20

08

Datas das observações

Nº d

e ex

empl

ares

cap

tura

dos

Viseu S.Paio

Fig. 3 - Curva de voo da Cochilis

Page 16: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

15

No dia 17 de Março, em função das primeiras capturas de traça foi dada a

indicação para a colocação dos difusores da confusão sexual, divulgada pelo

aviso 04/08.

Cigarrinha Verde (Empoasca vitis Gothe)

O voo da cigarrinha verde foi acompanhado com o auxílio de placas

cromotrópicas amarelas instaladas em todos os postos. Registou-se um

aumento de capturas durante os meses de Junho e Julho.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

13-M

ar

27-M

ar

10-A

br

23-A

br7-M

ai

21-M

ai3-

Jun

18-Ju

n2-J

ul

16-Ju

l

31-Ju

l

13-A

go

27-A

go

11-S

et

24-S

et7-O

ut

Datas das observações

Nº d

e ex

empl

ares

cap

tura

dos

Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea

Fig. 4 - Curva de voo da cigarrinha verde

Foram realizadas observações semanais em 100 folhas de videira da casta

Tinta Roriz nos vários PPOB. No dia 17 de Julho foram contabilizadas 56 ninfas

em 100 folhas no POB de S. Paio e no dia 21 de Julho 167 ninfas em 100

folhas no POB de Lobão.

Tendo em conta esta situação e o facto de as condições se encontrarem

favoráveis ao desenvolvimento da praga, foi recomendado, pelo aviso nº 17/08

emitido no dia 28 de Julho de 2008, a vigilância das vinhas e tratamento caso

fossem observadas mais de 50 ninfas em 100 folhas.

Page 17: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

16

Quadro 4 - Circulares de Aviso emitidas em 2008 para a cultura da vinha

Nº 1

24 de Janeiro

Nº 2

28 de Fevereiro

Nº 3

5 de Março

Nº 4

17 de Março

Nº5

26 de Março

Nº 6

3 de Abril

Nº 7

8 de Abril

Nº 8

15 de Abril

Nº 9

28 de Abril

Nº 10

5 de Maio

Nº 11

12 de Maio

Nº 12

20 de Maio

Nº 13

29 de Maio

Nº 14

11 de Junho

Nº 15

7 de Julho

Nº 16

14 de Julho

Nº 17

28 de Julho

Nº18

11 de Agosto

Nº 19

29 de Agosto

Nº 20

8 de Setembro

Nº 21

7 de Outubro

Cigarrinha verdeEscoriose Traça da

UvaCirculares emitidas Míldio Oídio Podridão

Cinzenta

Page 18: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

17

3.2 Macieira

Estados fenológicos

Quadro 5 – Evolução fenológica da cultura da macieira

Lobão da Beira Várzea S. Paio Viseu Foz de Arouce Estados Fenológico

s Gold. Stark. Gold. Stark. Gold. Stark. Gold. Stark. Gold. Stark.

A 25/2 25/2 25/2 25/2 25/2 25/2

B 25/2 25/2 3/3 3/3 28/2 25/2 25/2

C 19/3 13/3 13/3 13/3 13/3 13/3 6/3 3/3 13/3 13/3

D 27/3 19/3 17/3 17/3 27/3 27/3 19/3 6/3 19/3 19/3

E 19/3 24/3 24/3 24/3 24/3

E2 2/4 2/4 2/4 2/4 2/4

F1 27/3 3/4 3/4 27/3 27/3

F2

G 21/4 10/4 10/4 10/4 10/4 7/4 7/4

H 21/4 21/4 17/4 17/4

I 29/4 21/4 21/4 5/5 5/5 21/4 23/4 23/4

J 20/5 20/5 20/5 20/5 20/5 20/5 20/5 20/5 21/5 21/5

Page 19: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

18

Pedrado (Venturia ineaqualis Cke.)

Foram colhidas, a partir de 14 de Fevereiro, folhas de macieira dos vários

PPOB e em laboratório retiradas as pseudotecas para posterior observação na

lupa binocular. A aplicação desta metodologia tem como principal objectivo

acompanhar a evolução da maturação das pseudotecas e a consequente

viabilidade de infecção.

Semanalmente, a partir do dia 14 de Fevereiro iniciou-se a observação de

pseudotecas oriundas de todos os PPOB verificando-se que se encontravam

atrasadas (pequenas, sem ascos formados, de difícil remoção). Esta situação

manteve-se até 29 de Fevereiro em que nos PPOB de Foz de Arouce e

Tondela já eram visíveis ascos e ascósporos bem definidos e alguns já se

encontravam maduros. Houve uma regressão nesta situação só voltando a ser

encontradas pseudotecas maduras a partir do dia 14 de Março, em

praticamente todos os PPOB.

No posto de Viseu, foram monitorizadas as projecções dos ascósporos através

da colocação de duas lâminas com vaselina sob uma rede com folhas de

macieira do ano transacto colocadas no solo. As lâminas foram observadas ao

microscópio sempre que ocorreu precipitação permitindo determinar a

quantidade de ascósporos projectados e a viabilidade de infecções por

ascósporos.

Este acompanhamento permitiu-nos concluir que se verificou um maior número

de projecções de meados a final de Abril, conforme se depreende da análise da

Fig. 5.

Page 20: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

19

0

10

20

30

40

50

60

70

21-Fev

28-Fev

10-Mar

14-Mar

20-Mar

24-Mar

10-Abr

18-Abr

20-Abr

14-Mai

15-Mai

28-Mai

03-Jun

16-Jun

Pre

cipi

taçã

o

0

100

200

300

400

500

600

de a

scós

poro

s

Precipitação Projectados

Fig. 5 – Precipitação acumulada e projecções registadas

Sendo o pedrado a doença mais problemática para os pomares da região e

devido à complexidade no seu controlo, foi necessário emitir 15 Circulares de

Aviso e 6 SMS durante a presente campanha.

A primeira circular foi emitida no dia 5 de Março, pois segundo as observações

fenológicas, a maioria dos pomares da região já se encontravam próximo do

estado sensível C3-D e a previsão era de tempo instável. Juntamente com a

Circular foi enviada uma lista com os produtos homologados para o pedrado

das pomóideas. Este aviso (03/08) foi reforçado por um SMS enviado a9 de

Março.

No dia 17 de Março foi emitido um SMS e enviada nova circular (04/08)a

aconselhar a realização de um tratamento recomendando o uso de um

preventivo para os pomares desprotegidos há 24 horas ou de um curativo para

os pomares desprotegidos há mais tempo.

Devido à previsão de instabilidade do tempo, enviou-se novo SMS a 26 de

Março, acompanhado da circular nº 5/08 e renovou-se a indicação com a

circular n.º 6/08 emitidas nos dias 26 de Março e 3 de Abril, respectivamente.

No dia 8 de Abril foi veiculada nova informação (circular 07/08), tendo o SMS

sido enviado no dia seguinte pois a precipitação ocorrida provocou a lavagem

de produto. Com a continuação de tempo instável foi emitido novo aviso

(circular 08/08) a 15 de Abril, renovado a pela circular 09/08 de 28 de Abril. A

circular 10/08 de 5 de Maio, prevendo instabilidade e forte humidade

Page 21: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

20

aconselhou renovação do tratamento, tendo reforçado, pelas mesmas razões o

aconselhamento com a s circulares 11/08, 12/08 e 13/08 de 12, 20 e 29 de

Maio. A 11 de Junho perante a previsão de instabilidade meteorológica foi

emitida a circular nº 14/08.

No dia 11 de Julho, perante a ocorrência de alguma precipitação foi enviado

um SMS, reforçado pelo envio da circular 16/08 a 14 de Julho. Devido à

precipitação sentida até 25 de Julho foi necessário emitir um SMS nesta data a

que se seguiu a recomendação da circular nº 17/08 de 28 de Julho pois as

chuvas provocaram novas infecções e o aparecimento de manchas.

Devido à previsão de instabilidade meteorológica em meados de Agosto foi

enviada a circular 18/08 de 11 de Agosto. Esta foi a última circular a contemplar

tratamentos para pedrado no decurso de 2008.

Bichado (Cydia pomonella L.)

As armadilhas sexuais para o bichado foram colocadas nos PPOB na primeira

semana de Março, mas o voo só teve início no dia 17 de Março no posto de

Várzea. No posto de Tondela o vôo teve início a 7 de Abril, em Foz de Arouce a

17 de Abril e em S. Paio no dia 2 de Maio. O posto de Viseu não registou

nenhuma captura pelo facto de se tratar de um pomar que se encontra sujeito

ao método da confusão sexual.

Como pode ser observado na figura seguinte é difícil diferenciar as gerações

de bichado, pois as capturas foram contínuas ao longo do ano.

0

5

10

15

20

25

30

13-0

3-20

08

27-0

3-20

08

10-0

4-20

08

24-0

4-20

08

08-0

5-20

08

22-0

5-20

08

05-0

6-20

08

19-0

6-20

08

03-0

7-20

08

17-0

7-20

08

31-0

7-20

08

14-0

8-20

08

28-0

8-20

08

11-0

9-20

08

25-0

9-20

08

09-1

0-20

08

Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea

Fig. 6 – Curva de voo do bichado da fruta

Page 22: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

21

No dia 17 de Março a Estação de Avisos do Dão alertou para a necessidade de

instalação dos difusores para o método da confusão sexual, visto terem sido

interceptados os primeiros adultos nos PPOB localizados a sul de Viseu.

No dia 5 de Maio foi emitido um aviso a recomendar um produto de acção

ovicida-larvicida, visto terem sido detectadas as primeiras posturas no posto de

Foz de Arouce. Este aviso foi acompanhado pela emissão de um SMS. A 12 de

Maio em função de já ter sido atingido o somatório de temperaturas e de se

prever o aparecimento de perfurações nos dias subsequentes foi emitido um

novo aviso a recomendar a aplicação de produtos de acção larvicida. No dia 7

de Julho, ao ter início a segunda geração foi dada nova indicação renovada no

aviso de 28 do mesmo mês, uma vez que se continuavam a observar

perfurações. A circular nº18/08 de 11 de Agosto aconselhava a continuar a

manter o pomar protegido.

Lagartas mineiras (Phyllonorycter blancardella F. e Leucoptera

malifoliella Costa)

A Estação de Avisos do Dão acompanha as duas espécies de lagartas

mineiras mais importantes para a região, a mineira pontuada (Phyllonorycter

blancardella F.) e circular (Leucoptera malifoliella Costa).

À semelhança de anos anteriores a lagarta mineira pontuada inicia sempre o

voo mais cedo. Este teve início no final do mês de Fevereiro em todos os

postos.

Conforme se pode observar na figura seguinte o voo da lagarta mineira

pontuada é intenso com capturas semanais muito elevadas. No posto da

Várzea as capturas foram superiores aos restantes postos. Apesar da

população de adultos ser muito elevada os estragos provocados por esta

espécie não são representativos, na cultura em causa.

Page 23: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

22

-200

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

13-0

3-08

27-0

3-08

10-0

4-08

24-0

4-08

08-0

5-08

22-0

5-08

05-0

6-08

19-0

6-08

03-0

7-08

17-0

7-08

31-0

7-08

14-0

8-08

28-0

8-08

11-0

9-08

25-0

9-08

09-1

0-08

23-1

0-08

Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea

Fig. 7 - Curva de voo da lagarta mineira pontuada

As primeiras capturas de adultos de lagarta mineira circular só foram registadas

no dia 1 de Abril no posto de Viseu.

020406080

100120140160180

13-0

3-20

08

27-0

3-20

08

10-0

4-20

08

24-0

4-20

08

08-0

5-20

08

22-0

5-20

08

05-0

6-20

08

19-0

6-20

08

03-0

7-20

08

17-0

7-20

08

31-0

7-20

08

14-0

8-20

08

28-0

8-20

08

11-0

9-20

08

25-0

9-20

08

09-1

0-20

08

Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea

Fig. 8 - Curva de voo da lagarta mineira circular

Cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus Comstock)

O primeiro tratamento, para formas hibernantes desta praga, foi recomendado

na circular emitida a 28 de Fevereiro. O produto aconselhado foi o óleo de

Verão a 4%, a alto volume e pressão, de forma a molhar bem as árvores. De

Page 24: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

23

forma a aumentar a sua eficácia foi recomendado o seu posicionamento mais

próximo possível da rebentação (inchamento do gomo) e com tempo seco.

De forma a monitorizar o voo dos machos foram colocadas em Março as

armadilhas cromotrópicas brancas com feromona.

Como é possível observar na figura seguinte o voo da 3ª geração foi mais

representativo do que o voo da geração hibernante e dos machos da 1ª

geração.

-10

0

10

20

30

40

50

60

70

13-0

3-20

08

27-0

3-20

08

10-0

4-20

08

24-0

4-20

08

08-0

5-20

08

22-0

5-20

08

05-0

6-20

08

19-0

6-20

08

03-0

7-20

08

17-0

7-20

08

31-0

7-20

08

14-0

8-20

08

28-0

8-20

08

11-0

9-20

08

25-0

9-20

08

09-1

0-20

08

S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea

Fig. 9 – Curva de voo dos machos da cochonilha de S. José

Emergência das ninfas móveis

De modo a determinar o início da eclosão das primeiras larvas móveis foram

colocadas 8 cintas adesivas bifacetadas em cada posto. A observação das

cintas foi realizada semanalmente desde meados de Abril até Outubro. No ano

de 2008, em consequência dos resultados obtidos em 2007 não se colheram

dados neste POB. Deste modo apenas serão referidos os dados obtidos nos

postos de Foz de Arouce, S. Paio, Tondela e Várzea.

Page 25: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

24

0

100

200

300

400

500

600

30-0

4-20

08

07-0

5-20

08

14-0

5-20

08

21-0

5-20

08

28-0

5-20

08

04-0

6-20

08

11-0

6-20

08

18-0

6-20

08

25-0

6-20

08

02-0

7-20

08

09-0

7-20

08

16-0

7-20

08

23-0

7-20

08

30-0

7-20

08

06-0

8-20

08

13-0

8-20

08

20-0

8-20

08

27-0

8-20

08

03-0

9-20

08

10-0

9-20

08

17-0

9-20

08

24-0

9-20

08

01-1

0-20

08

S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea

Fig. 10 – Ninfas interceptadas nos diferentes POB´s

Tendo em conta os resultados apresentados a Estação de Aviso do Dão emitiu

um aviso no dia 12 de Maio pois já tinha sido detectada e eclosão de ninfas no

POB de Foz de Arouce. No dia 28 de Julho foi emitido um novo aviso pois

assistimos a um aumento do número de ninfas interceptadas e o somatório

estipulado para o início 2ª geração já tinha sido atingido.

Aranhiço vermelho (Panonychus ulmi Koch)

Para determinar o início das primeiras eclosões dos ovos de Inverno

colocaram-se, nos diferentes postos biológicos, duas tabuinhas de eclosão,

com dois fragmentos cada, ocupados com ovos de Inverno de aranhiço

vermelho com vaselina em toda a volta para impedir a fuga das larvas

acabadas de eclodir.

O início da eclosão verificou-se por volta do dia 19 de Fevereiro nos PPOBB de

Viseu e S. Paio. No aviso nº 2/08 de 28 de Fevereiro faz-se referência a este

início de eclosão, aconselhando-se a utilização de óleo de Verão a 4% a alto

volume e alta pressão de forma a molhar bem as árvores, o mais próximo

possível da rebentação (Inchamento do gomo).

No dia 15 de Abril foi emitido um Aviso a aconselhar o agricultor a fazer uma

observação no seu pomar pois já se tínha verificado a máxima eclosão do

aranhiço vermelho em todos os postos.

Page 26: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

25

A 7 de Julho, foi detectada a presença de aranhiço vermelho em alguns

pomares e aconselhou-se nova observação em 100 folhas e caso se

verificasse a existência de 50-75% de folhas ocupadas deveria ser realizado

um tratamento.

020406080

100120140160

13-03

-08

20-03

-08

27-03

-08

03-04

-08

10-04

-08

17-04

-08

24-04

-08

01-05

-08

08-05

-08

15-05

-08

22-05

-08

29-05

-08

05-06

-08

12-06

-08

19-06

-08

26-06

-08

03-07

-08

10-07

-08

17-07

-08

24-07

-08

Viseu S. Paio Tondela Foz Arouce Várzea

Fig. 11 - Curvas de eclosão de ácaros nos postos biológicos

Piolhos Verde (Aphis pomi Pass.) e Cinzento (Dysaphis plantaginea

Fonsc.)

O primeiro tratamento para formas hibernantes desta praga foi emitido a 28 de

Fevereiro. O tratamento deveria ser posicionado, o mais próximo possível da

rebentação (Inchamento do gomo), com óleo de Verão a 4%, a alto volume e

alta pressão, de forma a molhar bem as árvores.

Visto ter sido observado em alguns pomares a presença de piolho verde e

cinzento foi aconselhado, no aviso emitido no dia 15 de Abril, a observação de

100 rebentos. Deveria ser realizado um tratamento caso se obtivesse a

seguinte percentagem de ocupação:

Piolho verde – 15% de rebentos infestados

Piolho cinzento – 2 a 5% de rebentos infestados

A 28 de Abril aconselhou-se a renovação do tratamento para esta praga

No mês de Julho verificou-se um aumento do ataque de piolho verde e cinzento

nos PPOB e deste modo foi emitida nova informação no dia 7 desse mês.

Page 27: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

26

Mosca da fruta (Ceratitis capitata Wied.)

Para monitorizar o voo da mosca da fruta foi utilizada a garrafa mosqueira com

trimedlure e fosfato de amónio a 5%.

0

50

100

150

200

250

01-0

7-08

08-0

7-08

15-0

7-08

22-0

7-08

29-0

7-08

05-0

8-08

12-0

8-08

19-0

8-08

26-0

8-08

02-0

9-08

09-0

9-08

16-0

9-08

23-0

9-08

30-0

9-08

07-1

0-08

14-1

0-08

21-1

0-08

28-1

0-08

04-1

1-08

11-1

1-08

18-1

1-08

25-1

1-08

Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea

Fig. 12 – Capturas de adultos de mosca da fruta na garrafa mosqueira

Foi emitido um aviso para esta praga no dia 11 de Agosto, em função de terem

sido observados frutos picados. A 19 de Agosto foi emitido um novo aviso para

este inimigo, por se estarem a detectar bastantes frutos atacados à colheita.

Renovou-se o aconselhamento através do aviso nº 20/08 de 8 de Setembro,

devido à pressão da praga.

Como se pode verificar nos gráficos anteriores registou-se apenas a presença

de um elevado número de adultos a partir de Outubro até finais de Novembro.

Os ataques severos da praga verificaram-se na fruta caída nos pomares ou nas

variedades regionais mais tardias.

Page 28: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

27

Sésia

No pomar da Estação Agrária de Viseu foi colocada uma armadilha para

monitorizar o voo dos adultos de sésia. O pico do voo registou-se no dia 4 de

Julho com 31 capturas.

Page 29: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

28

Quadro 6 - Circulares de Aviso emitidas em 2007 para a cultura da macieira

Nº 1

24 de Janeiro

Nº 2

28 de Fevereiro

Nº 3

5 de Março

Nº 4

17 de Março

Nº5

26 de Março

Nº 6

3 de Abril

Nº 7

8 de Abril

Nº 8

15 de Abril

Nº 9

28 de Abril

Nº 10

5 de Maio

Nº 11

12 de Maio

Nº 12

20 de Maio

Nº 13

29 de Maio

Nº 14

11 de Junho

Nº 15

7 de Julho

Nº 16

14 de Julho

Nº 17

28 de Julho

Nº18

11 de Agosto

Nº 19

29 de Agosto

Nº 20

8 de Setembro

Nº 21

7 de Outubro

AranhiçoCirculares emitidas Pedrado Cancro Bichado

Cochonilha de S. José

Afídeos Mosca da Fruta

Page 30: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

29

3.3 Olival

Estados fenológicos

Quadro 7 – Evolução fenológica da cultura do olival

Estados Fenológicos Tondela S. Paio Viseu Várzea Foz de

Arouce Penalva Nelas

A

A/B

B 3/3 5/3 5/3 3/3 3/3 3/3 5/3

C 2/4 3/4 11/4 10/4 2/4 2/4 11/4

D 29/4 7/5 2/5 29/4 21/4 29/4 29/4

D/E 20/5 20/5 21/5 20/5

E 30/5 2/6 12/5

F 21/5 21/5

F1 29/5 6/6 9/6 3/6 29/5 29/5 29/5

G 18/6 19/6 23/6 12/6 6/6 18/6 12/6

H 6/8 13/8 11/8 6/8 20/7 6/8 31/7

I 20/8 21/8 20/8 20/8 5/8 20/8 20/8

J 27/10 17/10 17/10 20/10 15/10 27/10 17/10

Page 31: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

30

Traça da Oliveira (Prays olea Bernard)

Esta praga teve três gerações anuais distintas. A 2ª e a 3ª geração foram muito

intensas como se pode observar no gráfico seguinte.

-200

20406080

100120140160

13-0

3-08

27-0

3-08

10-0

4-08

24-0

4-08

08-0

5-08

22-0

5-08

05-0

6-08

19-0

6-08

03-0

7-08

17-0

7-08

31-0

7-08

14-0

8-08

28-0

8-08

11-0

9-08

25-0

9-08

09-1

0-08

23-1

0-08

06-1

1-08

20-1

1-08

Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea Penalva Nelas

Fig. 13 – Curva de voo dos machos da traça da oliveira

No posto de observação biológica de Viseu foram realizadas observações

semanais nas diferentes variedades para as diferentes gerações da traça da

oliveira.

Para a 1ª geração, ou geração filófaga, observaram-se 100 rebentos, 2 por

árvore em 50 árvores. Foi registado o nº de galerias, rebentos roídos, larvas

vivas e mortas e ovos.

Para a 2ª geração, denominada por geração antófaga, observaram-se 100

inflorescências, 2 inflorescências por árvore em 100 árvores. Foram

contabilizados o número de ninhos, ovos e número de larvas vivas. O número

de ninhos observados foi aumentando e atingiu o máximo no dia 23 de Junho.

O nível económico de ataque é 5 - 11% de inflorescências atacadas com

formas vivas. Embora se tivesse atingido o NEA não foi enviado nenhum aviso

pois os olivais encontravam-se em plena floração e esta era abundante. O

ataque de traça funciona como monda de flores, não se reflectindo na

produção final, como se veio a verificar.

As primeiras posturas de traça foram no dia 7 de Julho e deste modo foi

emitido um aviso no próprio dia. Nas Fig. 14 e Fig. 15 é evidenciada a evolução

das 1ª e 2ª gerações de traça nos PPOB de Penalva do Castelo e S. Paio.

Page 32: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

31

0

5

10

15

20

2530

35

40

45

50

gale

rias

Larv

as v

ivas

gale

rias

Larv

as v

ivas

gale

rias

Larv

as v

ivas

gale

rias

Larv

as v

ivas

gale

rias

Larv

as v

ivas

gale

rias

Larv

as v

ivas

gale

rias

Larv

as v

ivas

gale

rias

Larv

as v

ivas

03-Mar 13-Mar 03-Abr 14-Abr 22-Abr 02-Mai 06-Mai

S.Paio Penalva

Fig. 14 – Evolução da 1ª geração de traça nos olivais dos PPOB de Penalva do Castelo e S. Paio.

0

1

2

3

4

5

6

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

09-Mai 15-Mai 21-Mai 02-Jun 09-Jun 23-Jun 30-Jun 02-Jul

S.Paio Penalva

Fig. 15 – Evolução da 2ª geração de traça nos olivais dos PPOB de Penalva do Castelo e S. Paio.

Page 33: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

32

Evolução do ataque de traça da oliveira no olival varietal e biológico da Estação

Agrária de Viseu

Nos gráficos seguintes estão representados os dados das observações

efectuadas no olival varietal da Estação Agrária de Viseu. Na 1ª geração foi

contabilizado o número de galerias, de larvas vivas e de rebentos roídos. As

variedades Galega e Picual foram aquelas que apresentaram um ataque mais

elevada, seguindo-se a Cobrançosa e a Picual.

0

5

10

15

20

25

30

35

gale

rias

Larv

asvi

vas

Reb

ento

sro

ídos

gale

rias

Larv

asvi

vas

Reb

ento

sro

ídos

gale

rias

Larv

asvi

vas

Reb

ento

sro

ídos

gale

rias

Larv

asvi

vas

Reb

ento

sro

ídos

gale

rias

Larv

asvi

vas

Reb

ento

sro

ídos

gale

rias

Larv

asvi

vas

Reb

ento

sro

ídos

03-Mar 13-Mar 14-Abr 22-Abr 02-Mai 06-Mai

Arbequina Azeiteira Cobrançosa Cornzuelo Galega Maçanilha Picoal Redondil Verdeal

Fig. 16 - Evolução da 1ª geração da traça da oliveira no olival varietal

Os ataques da 2ª geração foram mais evidentes nas variedades Arbequina e

Azeiteira, onde o nº de ninhos chegou a atingir os 42 e 45 respectivamente.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

ninhos larvasvivas

ovos ninhos larvasvivas

ovos ninhos larvasvivas

ovos ninhos larvasvivas

ovos ninhos larvasvivas

ovos ninhos larvasvivas

ovos

15-Mai 21-Mai 02-Jun 09-Jun 23-Jun 30-Jun

Arbequina Azeiteira Cobrançosa Cornzuelo Galega Maçanilha Picoal Redondil Verdeal

Fig. 17 - Evolução da 2ª geração da traça da oliveira no olival varietal

Page 34: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

33

À semelhança do olival varietal, também foi no olival biológico onde se verificou

o ataque mais significativo na variedade Galega e Picual.

0

2

4

6

8

10

12ga

leria

s

Larv

asvi

vas

gale

rias

Larv

asvi

vas

gale

rias

Larv

asvi

vas

gale

rias

Larv

asvi

vas

gale

rias

Larv

asvi

vas

gale

rias

Larv

asvi

vas

03-Mar 13-Mar 14-Abr 22-Abr 02-Mai 06-Mai

Galega Picoal

Fig. 18 - Evolução da 1ª geração da traça da oliveira no olival biológico

As variedades que apresentaram um maior número de ninhos foram as

variedades Galega e Picual. Neste olival começaram a ser visualizados botões

florais perfurados no dia 1 de Junho e pupas no dia 13 de Junho.

Page 35: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

34

0

1

2

3

4

5

6

7

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

ninh

os

larv

as v

ivas

ovos

15-Mai 21-Mai 02-Jun 09-Jun 23-Jun 30-Jun

Galega Picoal

Fig. 19 - Evolução da 2ª geração da traça da oliveira no olival biológica

No dia 23 de Junho foram observadas as primeiras posturas da traça oliveira

em ambos os olivais. As primeiras perfurações (orifícios de entrada) apenas

foram observadas 1 mês depois, no dia 23 Julho. Os orifícios de saída foram

observados no dia 5 de Setembro.

Mosca da azeitona (Dacus olea Gmelin)

Foi realizada, em todos os postos biológicos, a contagem da totalidade de

moscas capturadas na placa cromotrópica amarela com feromona.

As capturas da mosca da azeitona iniciaram-se na segunda semana de Julho

em todos os PPOB, com excepção do de Nelas que só veio a obter capturas na

primeira semana de Agosto.

Page 36: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

35

-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

16-0

7-08

23-0

7-08

30-0

7-08

06-0

8-08

13-0

8-08

20-0

8-08

27-0

8-08

03-0

9-08

10-0

9-08

17-0

9-08

24-0

9-08

01-1

0-08

08-1

0-08

15-1

0-08

22-1

0-08

29-1

0-08

05-1

1-08

12-1

1-08

19-1

1-08

26-1

1-08

Viseu S. Paio Lobão Foz Arouce Várzea Penalva Nelas

Fig. 20 – Curva de voo da mosca da azeitona

Em meados do mês de Agosto foi atingido o nível económico de ataque, 8 a

12% de frutos com formas vivas, nos postos de Penalva do Castelo e S. Paio,

com 17% e 10% de frutos com formas vivas, respectivamente. No dia 23 de

Agosto foi emitido um aviso a recomendar tratamento.

Como as condições meteorológicas decorriam favoráveis ao desenvolvimento

da para foi emitido um novo aviso no dia 17 de Setembro.

No dia 9 de Outubro atingimos novamente o NEA (Penalva do Castelo e S.

Paio com 18% de frutos com formas vivas). Como a situação se manteve foi

emitido um novo aviso no dia 17 de Outubro.

De seguida estão representados os dados obtidos nos postos de S. Paio e

Penalva do Castelo Os dados do olival varietal de Viseu encontram-se

discriminados na Fig. 23.

Page 37: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

36

0

5

10

15

20

25

30

1-Ago

8-Ago

15-A

go

22-A

go

29-A

go5-S

et

12-S

et

19-S

et

26-S

et3-O

ut

10-O

ut

17-O

ut

24-O

ut

31-O

ut7-N

ov

14-N

ov

21-N

ov

28-N

ov

S. Paio Penalva Nelas

Fig. 21 - Nº de galerias com lagarta viva

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

01-08

-08

08-08

-08

15-08

-08

22-08

-08

29-08

-08

05-09

-08

12-09

-08

19-09

-08

26-09

-08

03-10

-08

10-10

-08

17-10

-08

24-10

-08

31-10

-08

07-11

-08

14-11

-08

21-11

-08

28-11

-08

S. Paio Penalva Nelas

Fig. 22 - Nº ovos

Page 38: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

37

0

2

4

6

8

10

12

14

Laga

rtas

viva

s

ovos

Laga

rtas

viva

s

ovos

Laga

rtas

viva

s

ovos

Laga

rtas

viva

s

ovos

Laga

rtas

viva

s

ovos

Laga

rtas

viva

s

ovos

Laga

rtas

viva

s

ovos

Laga

rtas

viva

s

ovos

Laga

rtas

viva

s

ovos

Laga

rtas

viva

s

ovos

08-Ago 18-Ago 28-Ago 02-Set 10-Set 19-Set 24-Set 02-Out 07-Out 30-Out

Arbequina Azeiteira Cobrançosa Cornzuelo GalegaMaçanilha Picoal Redondil Verdeal

Fig. 23- Evolução do ataque de mosca no olival multivarietal da EAV

Traça verde (Margaronia unionalis Hubn.) e Euzophera pinguins Haw.

O ataque da 1ª geração de Traça verde foi detectado nas

variedadesArbequina, Picoal e Redondila no dia 3 de Março, com 2,6 e 3

rebentos com folhas roídas respectivamente. Omáximo de rebentos roídos foi

detectado na variedade azeiteira no dia 22 de Abril, sendo o nº de 22 rebentos

com folhas roídas. No olival sujeito ao Modo de Produção Biológica, registou-se

a presença de 1 rebento com folhas roídas na variedade Galega, logo a 3 de

Março, tendo o valor máximo de rebentos sido de 11 na variedade Picoal a 13

de Março e a 2 de Maio.

A armadilha para captura de E. pinguins foi colocada apenas no olival

multivarietal da Estação Agrária de Viseu Ana 1ª semana de Março, tendo as

primeiras capturas ocorrido a 7 de Abril. Pela observação da curva de voo da

Euzophera pinguins é possível verificar a existência de dois picos de capturas,

no dia 19 de Junho e 5 de Setembro.

Page 39: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

38

-2

0

2

4

6

8

10

12

14

13-0

3-20

08

27-0

3-20

08

10-0

4-20

08

24-0

4-20

08

08-0

5-20

08

22-0

5-20

08

05-0

6-20

08

19-0

6-20

08

03-0

7-20

08

17-0

7-20

08

31-0

7-20

08

14-0

8-20

08

28-0

8-20

08

11-0

9-20

08

25-0

9-20

08

09-1

0-20

08

23-1

0-20

08

06-1

1-20

08

20-1

1-20

08

Fig. 24 – Curva de voo da Euzophera sp.

Olho de Pavão (Spilocea oleagina Cast.) e Gafa (Colletotrichum spp.)

No dia 28 de Fevereiro, foi emitido um aviso a aconselhar um tratamento para o

Olho Pavão, com um produto à base de cobre, pois os olivais encontravam-se

no estado fenológico B – início vegetativo. Este tratamento teria de ser

renovado sempre que ocorressem chuvas até ao aparecimento dos botões

florais. No mês de Junho foi emitido um aviso para a doença, devido ao facto

de haver inoculo resultante de infecções anteriores e porque as condições se

encontrarem favoráveis ao seu desenvolvimento.

Em 2008 foram emitidos três avisos para a gafa nas seguintes datas: 11 de

Agosto, 8 de Setembro e 7 de Outubro.

O quadro seguinte resume os avisos emitidos no ano de 2007 para as pragas e

doenças do olival.

Quadro 8 - Circulares de Aviso emitidas em 2007 para a cultura do olival

Page 40: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

39

N º 1

2 4 d e J a n e i r o

N º 2

2 8 d e F e v e r e i r o

N º 3

5 d e M a r ç o

N º 4

1 7 d e M a r ç o

N º 5

2 6 d e M a r ç o

N º 6

3 d e A b r i l

N º 7

8 d e A b r i l

N º 8

1 5 d e A b r i l

N º 9

2 8 d e A b r i l

N º 1 0

5 d e M a io

N º 1 1

1 2 d e M a io

N º 1 2

2 0 d e M a io

N º 1 3

2 9 d e M a io

N º 1 4

1 1 d e J u n h o

N º 1 5

7 d e J u lh o

N º 1 6

1 4 d e J u lh o

N º 1 7

2 8 d e J u lh o

N º 1 8

1 1 d e A g o s t o

N º 1 9

2 9 d e A g o s t o

N º 2 0

8 d e S e t e m b r o

N º 2 1

7 d e O u t u b r o

C ir c u la r e s e m i t id a s

O lh o d e P a v ã o G a fa T r a ç a d a

O l i v e i r aM o s c a d a A z e i t o n a

Page 41: DIRECÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS …...16 pluviómetros tipo “Babinet”; Opel Corsa (22-CI-40) 1.4 Postos de observação Postos meteorológicos De forma a aplicar as

40

3.4 Outras culturasPessegueiro

Lepra (Taphrina deformans)

A informação para a realização de tratamentos contra a lepra do pessegueiro

foi enviada no dia 24 de Janeiro aconselhando-se um tratamento, após a poda

e próximo do abrolhamento, com um produto à base de cobre. Este aviso

continha ainda um esquema do estado fenológico.

No aviso nº 02/08 de 28 de Fevereiro , voltou a ser recomendado um

tratamento contra esta doença, havendo indicação para a utilização das

substâncias activas: dodina, enxofre, metirame, tirame e zirame. Estes

tratamentos deviam ser repetidos sempre que ocorressem condições climáticas

favoráveis à doença, pelo menos até ao vingamento do fruto.

Peo aviso nº 04/08 de 17 de Março foi feita nova recomendação, uma vez que

as condições de pluviosidade continuavam a favorecer a ocorrência desta

doença. O aviso 05/08 de 26 de Março, tendo em conta a precipitação e tempo

frio verificados voltou a aconselhar o tratamento para esta doença, tendo sido

renovado pelo aviso nº 06/08 de 3 de Abril.

Mosca da fruta (Ceratitis capitata)

Através do aviso nº 17/08 foi feita uma recomendação para tratamento contra

esta praga nas variedades tardias. Houve renovação desta recomendação,

para variedades tardias, através da circular nº 19/08 que generalizava um

tratamento para esta praga em todas as fruteiras, abrangendo naturalmente as

variedades mais tardias de pessegueiro.