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Green Campusum desafio para tornar a tua universidade mais verde p.04

Jovens empreendedoressabe Como foi a semana Global do empreendedorismo na u. nova p.09

sons tuGasWe trust e Julie & the CarJaCkers em entrevista p.12 e 13

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Banca e finanças: eles ganham maisSe escolheste seguir um curso no sector da banca e finanças, tens razões para sorrir de orelha a orelha. De acordo com um estudo recente, são estas as áreas que melhor pagam aos quadros médios. P.08

O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, afirmou recente-mente que a instituição poderá encerrar em 2013, caso o Governo continue a fazer cortes orçamentais. «Este corte para 2012 [de

cerca de 20 milhões de euros] deixa-nos no absoluto limiar de funcionamento com um mínimo de dig-nidade, mas sem margem nenhuma. Em 2013 um corte equivalente ao de 2012 fecha a Universidade de Coimbra», observou. Para João Gabriel Silva, esta situação assume contornos mais graves com uma proposta incluída no Orçamento do Estado para 2012 que é «o quase fim da autonomia universitá-ria», e que irá condicionar a capacidade de angariar receitas externas.

Até 31 de Dezembro está a decorrer o passatempo 20 Valores promovido pelo Santander Totta no qual podes mostrar a tua criativi-dade. Só tens de te tornar fã do Santander Totta Univer-sidades no Facebook e de-monstrar o quanto gostas da marca numa imagem onde apareças tu e o banco. As 20 imagens mais criativas e mais votadas serão premiadas com dez Scooters e dez iPads. Requisitos de participação: tens de ser estudante universitário e ser cliente do Santander Totta.

2 | a abrir 21 de Novembro | w w w . m u n d o u n i v e r s i t a r i o . p t

A partir de 31 de Dezembro vais ter de desembolsar mais para poderes ir para a faculdade de transportes públicos. Isto porque o Governo vai acabar com os descontos de 50 por cento que os estudantes usufruem na compra do passe mensal. De acordo com as medidas anunciadas pelo secretário de Estado dos Transportes, estão a ser estudados descontos para beneficiar os utentes cujo rendimento per capita do agregado familiar seja inferior a 545 euros.

De acordo com um relatório do Ministério da Educação e Ciência, são as mulheres entre os 25 e os 34 anos e licenciadas na área das ciências empresariais, como por exemplo, em gestão, quem mais sofre com o desemprego. Os dados revelados na semana passada pelo GPEARI (Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério da Educação e Ciência) revela que há 44 mil diplomados inscritos nos centros de emprego e que são os cursos na área das ciências empresariais os que oferecem menos saída.

ficHa TécNica: Título registado no I.C.S. sob o n.º 124469 | Propriedade: Moving Media Publicações Lda | Empresa n.º 223575 | Matrícula n.º 10138 da C.R.C. de Lisboa | NIPC 507159861 | Conselho de Gerência: António Stilwell Zilhão, Francisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva | Directora: Laura Alves | Colaboradores: Andreia Arenga, João Tomé, Mónica Moitas, Renata Lobo | Paginação: Filipa Andrade | Revisão: Catarina Poderoso | Publicidade: Tel: 21 416 92 10 | Distribuição: José Magalhães | Sede Redacção: Estrada da Outurela n.º 118 Parque Holanda Edifício Holanda, 2790-114 Carnaxide | Tel: 21 420 13 50 | Periodicidade: Quinzenal | Distribuição: Gratuita | Impressão: Grafedisport; Morada: Casal Sta. Leopoldina – Queluz de Baixo 2745 Barcarena; ISSN 1646-1649.

Ah... Isso não é comIgo!

Na semana passada, a propósito de uma reportagem publicada na revista Sábado sobre a cultura geral dos estudantes universitários, as redes sociais viram- -se inundadas por um vídeo no qual se atestava a ignorância dos jovens. Como bons portugueses que somos, eis que o cursor rapidamente se encaminha para a opção ‘partilhar’, pois que todos nós gostamos muito de ‘fazer pouco’ das calinadas alheias e mostrar a indignação perante tamanhas burrices, não olhando para as nossas próprias ‘gaffes’. Já há dias, num certo programa televisivo, alguém tinha localizado África como sendo um país no continente sul-americano. E eis que agora – pasme-se! – temos os nossos estudantes universitários, o futuro deste país, o nosso capital humano, a nossa esperança, a desconhecer quem escreveu ‘Os Maias’, a confundir o Leonardo da Vinci com o outro, o DiCaprio, a não saber sequer qual é a capital dos Estados Unidos da América. Que ultraje! É para educar desta forma os nossos jovens que andamos a pagar impostos? Se fosses meu filho ias ver...Ai, como é fácil apontar o dedo. É que é mesmo fácil. E, com esse gesto impulsivo, esquecer que se a peça jornalística tinha como objectivo primordial mostrar o quão burros são os jovens de hoje, através de uma coisa chamada ‘edição’ a tarefa é tão fácil... Se eu tiver 20 estudantes e apenas mostrar os 10 que são igno-rantes, é nisso que a opinião pública vai acreditar. Claro que é grave haver jovens estudantes que não sabem distinguir Leonardo da Vinci de Picasso. Tamanha ignorância é dramática. Mas, infelizmente, a ignorância não se resume aos jovens estudantes. É ir começar a fazer as mesmas perguntas a pessoas mais velhas e ‘formadas’ por essas ruas e se verá o resultado. Contudo, uma frase emerge daquele vídeo e da reportagem na edição em papel, e que condensa a forma como os portugueses em geral vivem na socie-dade de hoje: «Não é comigo.» Política não é comigo, arte não é comigo, religião não é comigo, literatura não é comigo, cinema não é comigo, cultura geral não é comigo... E esse alheamento, essa predispo-sição para ‘não fazer parte de...’, isso sim, é que é dramático.

Laura Alves • Directora editoriallalves@mundouniversitario.pt

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‘NOVAmente a Pedalar’ é uma iniciativa criada pela Universidade Nova de Lisboa, com o objectivo de promover a bicicleta como meio de transporte junto dos utentes do Campus e na cidade de Lisboa. Alunos, docentes e funcionários poderão alugar uma das dez bicicletas que estarão disponíveis no Campus de Campolide, pelo valor de um euro por hora. De acordo com a universidade, a partir de Janeiro será criado um prémio para o utilizador mais frequente.

univerSiDADe novA quer pôr oS ALunoS A peDALAr

edição 193, 21 de Novembro de 2011 | próxima edição: 5 de Dezembro | edição online em www.mundouniversitario.pt

WWW.FAcebooK.coM/JornALMu

eDitoriAL

21 de Novembro | w w w . m u n d o u n i v e r s i t a r i o . p t campus | 3

IST promove concurso de mini-contos

Contar pequenas histórias em 150 palavras é o desafio lançado pelo Campus do Taguspark do Instituto Superior Técnico. Esta iniciativa, que já vai na quarta edição, é desenvol-vida em parceria com a Si-metria e a editora Saída de Emergência, e tem como temas a ficção científica e o mundo do fantástico. Podes participar até 20 de Fevereiro de 2012. Os trabalhos deverão ser enviados para concursos-literariosisttagus@gmail.com. Sabe mais em www.ist.utl.pt.

BVS e CGD desafiam estudantes

A Bolsa de Valores Sociais (BVS) e a Caixa Geral de Depósitos estão a desafiar os estudantes universitá-rios a colocarem a sua criatividade e espírito empreendedor a favor de uma instituição social. Trata-se do Up2You Challenge, um concurso de ideias que propõe aos estudan-tes multiplicarem o valor de 500 eu-ros no espaço de um mês. Através de equipas de quatro elementos, os participantes deverão submeter textos, imagens, vídeos ou músicas, nos quais deverão explicar a sua

proposta. A equipa que conseguir angariar o maior valor será premiada com uma viagem a Barcelona. Mais info em www.facebook.com/up2youchallenge.

Veste-te a rigor para a XXV Gala ISCTE-IUL

É já depois de amanhã, dia 23, que acontece a XXV Gala ISCTE-IUL, uma iniciativa organizada pela AEISCTE. Este evento decorre a partir das 23h00 no Urban Beach, na zona de Santos, em Lisboa. De acordo com a organização, está na hora de tirares o teu melhor vestido ou fato do armário, pois a

festa promete ser de arromba. Sim, é mesmo para usar traje de gala, por isso, o glamour vai andar à solta nessa noite. Os DJ de serviço prometem não desapontar. Mais informação em www.aeiscte.pt.

Politécnico de Setúbal em operação solidária

O Instituto Politécnico de Setúbal vai associar-se à campanha de recolha de alimentos do Banco Alimentar Contra a Fome, que decorre a 26 e 27 de Novembro a nível nacional. Durante dois dias, equipas de voluntá-rios do IPS constituídas por estudantes, funcionários, docentes e demais comu-nidade académica, irão ajudar nesta mega ope-ração no supermercado Jumbo de Setúbal e ainda no Fórum Montijo. Esta acção é desenvolvida pelo Projecto ‘IPS Solidário’.

‘Emergência’ na Fundação Champalimaud

O Programa Champalimaud de Neurociências promove, no dia 23, pelas 21h00, mais um evento da iniciativa de divulgação científica Ar, em torno do tema ‘Emergen-ce’. O encontro decorre no

auditório do Champalimaud Centre for the Unknown, em Lisboa, e contará com a presença de Deborah Gordon, da Universidade de Stanford. A investigadora irá falar de como os mecanismos de organização e aparecimento de padrões na natureza estão relacionados com fenómenos como os mercados financeiros ou as filas de trânsito. A entrada é livre. Mais informação em http://ar.neuro.fchampalimaud.org.

Criar rodas para o futuro

O Oceanário de Lisboa recebe amanhã, dia 22, a final do 1.º Concurso Anual Universitário Renault, um desafio que levou os estudantes universitários a pensar nos veículos eléctricos do futuro, com o objectivo de aproximar o mundo académico do mundo empresarial. O ‘Building the Wheels of the Future’ envolveu estudantes finalistas de licenciatura, mestrado e pós-graduação de todo o País, num total de 54 universidades, que apresentaram projectos inovadores no âmbito da indústria automóvel. Os estudantes participantes deveriam propor planos de comunicação, de marketing e ‘bu-siness plan’ para divulgação dos automóveis eléctricos. Os vencedores serão conhecidos amanhã, numa cerimónia que tem início pelas 14h30 e na qual serão apresentados os restantes trabalhos finalistas. O grupo vence-dor receberá uma bolsa de estudo no valor de 6 mil euros e o docente responsável por acompanhar o projecto recebe uma bolsa de investigação no valor de 3 mil euros.

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instituições públicas e privadas e para a sociedade em geral». Por cá nem tudo são más notícias e parece que já temos o terreno preparado para sermos um verdadeiro exemplo em termos de eficiência energética. «Portugal tem-se posicionado como uma referência a nível internacional na adopção de energias renováveis, bem como na mobilidade sustentável», revelou Miguel Carvalho, con-cluindo que «existe uma men-talidade propícia à adopção de soluções inovadoras e métodos mais eficientes para a utilização de energia, bem como uma aposta forte na utilização de energias renováveis». Estas di-nâmicas estão, defende, «com-pletamente alinhadas com os objectivos estabelecidos para o desafio ‘Green Campus’».

O digital aliado ao factor ambientalDurante os meses de Novem-bro e Janeiro, os participantes vão receber formação através de ‘Webinars’ (seminários onli-ne) transmitidos em directo no site oficial através da página do Facebook, onde poderão ser co-locadas perguntas aos oradores. Mas a ligação à ‘world wide web’ não se esgota por aqui. Foi ainda estabelecida uma parceria com a Universidade de Coimbra para que a difusão dos ‘Webinars’ seja feita através do iTunesU, uma plataforma destinada a conteú-dos académicos.O director-executivo do MIT Por-tugal acredita que as instituições de ensino superior e politécnico, pelo seu potencial de inovação e por «reunirem aqueles que em breve serão a força do País», têm «grande potencial para li-derar este processo e servir de laboratório vivo e exemplo na adopção de soluções de utili-zação racional de energia, para

docentes e/ou colaboradores das instituições de ensino. À disposição para análise estão 52 edifícios, num total de 44 insti-tuições inscritas e, até final deste mês, as inscrições estão abertas em www.greencampusportugal.info, o sítio em que as equipas se podem registar e escolher o edi-fício para o qual vão desenvolver medidas que aumentem a efi-ciência energética do campus a que pertencem.Miguel Carvalho, director-execu-tivo do MIT Portugal, considera que a inclusão em cada equipa de áreas distintas poderá ser uma mais-valia, uma vez que, além da componente técnica, também serão sujeitas a avaliação medi-das que promovam a redução de consumos através da altera-ção do comportamento dos uti-lizadores. «Criámos para o efeito um grupo no Facebook (www.facebook.com/GreenCampusPT) no qual os participantes podem encontrar colegas de outras es-colas e áreas.»

Está lançado o ‘Green Campus – Desafio de Eficiência Energética’, um concurso dirigido à comunidade académica de todo o País e que pretende promover a divulgação e adopção de medidas de eficiência energética nas universidades

e institutos politécnicos. Se fores por um mundo mais verde, vem daí. Podes participar até ao final de Novembro.

ENSiNo SuPErior amiGo Do ambiENtE

A iniciativa, concebida em con-junto pelo MIT Portugal e pelo Instituto Superior Técnico – atra-vés do Centro de Investigação IN+ – em parceria com a Self-Energy e a INTELI – Inteligên-cia em Inovação, surgiu com a constatação de que os estabele-cimentos de ensino superior são grandes consumidores de ener-gia. Mas mais do que reduzir os consumos energéticos, o ‘Green Campus’ quer promover a cons-ciencialização de todos os actores da rede de ensino universitário e politécnico quanto à necessida-de de serem adoptadas medidas de utilização racional de energia nas instituições de ensino.

A importância de juntar esforçosQuem pretender responder ao chamamento da eficiência energética tem de formar equi-pa com um mínimo de duas pessoas, mas a ideia é a criação de equipas multidisciplinares, ou seja, compostas por alunos,

ISPA debate a psicologia em tempo de crisesO ISPA organiza, nos próximos dias 25 e 26, o V Colóquio Europeu de Psicologia e Ética, dedicado ao tema ‘A Psicologia Em Tempo de Crises’. Pilar del Río, Eduardo Sá, Victor Cláudio, Rui Tavares e António Coimbra de Matos estão entre os confe-rencistas. O encontro conta ainda com a participação de Pedro Abrunhosa (músico), Seabra Diniz (presidente da Sociedade Portuguesa de Psicanálise) Júlio Machado Vaz (psiquiatra), e dos jornalistas António Costa Santos e Maria Teresa Horta, entre outros.

DESaFio VErDE. Estudantes têm a oportunidade de tornar as suas universidades mais amigas do ambiente

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brEVES

Alunos estrangeiros divulgam gastronomia dos seus paísesA Universidade Católica no Porto promove amanhã, terça-feira, entre as 10h00 e as 14h00, uma mostra gastronómica inter-nacional. A iniciativa ‘Sabores do Mundo’ é um dos eventos de acolhimento aos alunos estrangeiros que chegaram este ano à instituição, com vista à sua melhor integração. Os alunos são convidados a cozinhar iguarias típicas dos países de origem – Eslováquia, Dinamarca, República Checa, Lituânia, Brasil, Polónia, entre outros. Esta exposição gastronómica conta com a cola-boração de diversos consulados e embaixadas.

Ordem dos Engenheiros distinguiu jovens inovadoresEurico Almeida e Raul Abreu, autores dos trabalhos ‘Concep-ção e Cálculo Mecânico para um Eficiente Fabrico Global de Trans-formadores de Potência’ e ‘Inte-gração Energética das Unidades X e Y’, respectivamente, foram os vencedores, em ex-aequo, da 20.ª edição do Prémio Inovação Jovem Engenheiro 2010. Este prémio é atribuído anualmente pela Ordem dos Engenheiros e tem o apoio da FCT – Funda-ção para a Ciência e a Tecno-logia. A iniciativa pretende contribuir para a divulgação de trabalhos inovadores realizados por engenheiros com idade inferior a 36 anos.

Renata Lobo• editorial@mundouniversitario.pt

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na qual a equipa portuguesa competiu com estudantes de países como Espanha, França, Suíça, Itália e Áustria. Até à data de fecho desta edição não foi possível saber os resultados, uma vez que só ontem foram anunciados os vencedores. Mas no momento desta en-trevista, a equipa portuguesa garantiu que, independente-mente dos resultados, o mais importante é participar pelo prazer de competir. «Expectati-vas à parte, o mais importante é o gosto neste tipo de competi-ções e na resolução de proble-mas. Todos os conhecimentos que usamos nas competições, adquirimo-los sozinhos e por vontade própria com ajuda, se necessária, de ex-participantes portugueses.»

desafio foi (e sempre será) en-contrar as soluções dos pro-blemas. A resolução passa por perceber o tipo de problema que se está a resolver e como se deve atacá-lo. Uma das di-ficuldades é entender o que nos é ‘realmente’ pedido e o programa não funcionar como estamos à espera. Aí é preciso

Um osso duro de roerMas não foi uma vitória fácil, já que nem todos os exercícios propostos eram óbvios para estudantes. Para a equipa do IST, a maior dificuldade foi pre-cisamente essa, a de identificar e saber agir em tempo real. No entanto, esse também foi um factor aliciante. «O nosso maior

A receita para vencerOs problemas são variados, desde a colocação de anún-cios em auto-estradas que permitem evitar o pagamento de portagens, passando pela criação de sistemas de crip-tografia que criam comunica-ções seguras, até métodos de compressão de dados, entre outros. O ambiente é tenso, é preciso saber trabalhar em equipa, e foi precisamente esse factor que levou os ‘Luta-dores de Foo’ a vencer a pro-va. «A participação da equipa nesta competição realizou-se sempre com muito trabalho conjunto e uma boa dinâmi-ca de equipa. Em cada etapa na resolução de um problema houve troca de ideias entre os membros da equipa, o que, além de ser motivador para cada elemento, se torna mais produtivo. Basicamente foi esta a nossa estratégia e aque-la que nos permitiu alcançar a vitória», conta Francisco Huhn.

Os ‘Lutadores de Foo’ foram os vencedores da Maratona Interuniversitária de Programação de 2011. A equipa composta por estudantes de engenharia do Instituto Superior Técnico venceu a competição nacional que decorreu em Outubro

na Universidade do Algarve. Após esta vitória a equipa participou na competição europeia no passado fim-de-semana, em Madrid.

LuTAdOreS de FOO reSOLveM PrObLeMAS

Francisco Huhn (mestrado em Engenharia Aeroespacial), Rafael Schimassek (licenciatura em Engenharia de Informática e Computadores) e Raúl Pena-guião (licenciatura em Matemá-tica Aplicada e Computação) são a equipa conhecida pelo nome de guerra ‘Lutadores de Foo’. Os estudantes do Ins-tituto Superior Técnico (IST) defrontaram 17 equipas de di-versas universidades portugue-sas e foram os vencedores da Maratona Interuniversitária de Programação (MIUP) deste ano, que decorreu na Universidade do Algarve a 22 de Outubro.Cada uma das equipas tinha à sua disposição um computa-dor equipado com o sistema operativo Linux e muitos pro-blemas para resolver. O objectivo desta competição passa por reunir os conheci-mentos adquiridos na área da programação e aplicá-los a cada um dos problemas enun-ciados o mais rápido possível.

Grupo de Teatro da UTL celebra 30.º aniversárioO Grupo de Teatro da Uni-versidade Técnica de Lisboa comemora 30 anos de existência, uma efeméride que é assinalada juntamente com o aniversário do seu fundador, o professor Jorge Listopad. A data será celebrada no dia 30 de Novembro, no Teatro da Trindade, com a estreia da peça ‘Comédia de Insectos’ segundo Karel e Josef Capek e encenação de Júlio Martín da Fonseca, leitura de poemas, ho-menagem ao fundador e ainda o lançamento do primeiro Boletim de Teatro Universitário.

COMPeTIÇÃO. Alunos do Instituto Superior Técnico venceram Maratona Interuniversitária de Programação

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breveS

UAb recebe distinção de excelênciaA Universidade Aberta foi recentemente distinguida com o 1.º Nível de Excelência da European Foundation for Quality Management. A candidatura da UAb envolveu três projectos de melhoria: a aprendizagem, de forma activa, com as inovações de outras organizações nacionais e internacionais; a criação de uma rede de gestão do conhe-cimento; e o desenvolvimento de novos serviços online para os estudantes. A distinção foi entregue a 10 de Novembro, Dia Mundial da Qualidade.

Politécnico de Leiria promove conferência sobre 6 SigmaO Instituto Politécnico de Leiria organiza nos próximos dias 25 e 26, em parceria com a empresa Sinmetro – Sistemas de Inovação em Qualidade e Metrologia, uma conferência dedicada à meto-dologia empresarial 6 Sigma. A conferência realiza-se no Palace Hotel Monte Real, com o tema ‘O Poder das Pessoas’, e apresentará casos de estudo de algumas empresas, tais como Bosch, Pharmis, Siemens, Brisa, EDP, ou Mota Engil. Mais informações em www.6sigmaportugal.com.

Andreia Arenga• editorial@mundouniversitario.pt

muita paciência e não deses-perar, caso contrário, torna-se muito mais difícil encontrar e corrigir o erro», descreve a equipa.

O prazer de competirOs ‘Lutadores de Foo’ dispu-taram ainda a Southwestern European Regional Contest,

Para os estudantes do Técnico a maior dificuldade foi ter de agir rapidamente e em tempo real.

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de 16 mil euros a um profissio-nal júnior, sendo o ‘key account manager’ (responsável por contas globais), o profissional mais bem pago, com cerca de 22 mil euros anuais. No entan-to, o responsável de marketing júnior equipara-se ao ‘account manager’ da área comercial, re-bebendo cerca de 21 mil euros. Este sector é apontado como sendo um dos mais estáveis e em que a procura é crescente por parte dos candidatos com formação a nível de licenciatu-ra, pós-graduação, mestrado ou doutoramento.

ESTUDO. Sectores da banca e finanças, retalho e marketing são dos mais bem pagos em Portugal

8 | grande plano 21 de Novembro | w w w . m u n d o u n i v e r s i t a r i o . p t

Quando escolheste o teu curso, a tua decisão foi tomada com base naquilo que, de facto, gostarias de fazer a nível profissional? Ou tiveste em consideração as actividades que, num mercado competitivo, te poderão garantir uma melhor remuneração? O que pesou mais: o prazer pessoal ou uma futura conta bancária recheada? Ou tentaste juntar o melhor dos dois mundos?

Recentemente, a Page Personnel, empresa especializada em recrutamento, divulgou um estudo sobre as expectativas salariais dos quadros médios em Portugal. Revelamos-te aqui algumas das principais conclusões.

Quem tem os melhores salários

As áreas profissionais analisa-das neste estudo são aque-las em que a Page Personnel actua directamente: banca, finanças, retalho, secretariado, sector comercial e marketing. E uma das principais conclusões revela que é a área da banca e das finanças aquela que é mais bem paga no nosso país. No que diz respeito aos jovens recém-diplomados, os dados indicam que estes auferem melhores salários nos sectores da banca, área comercial e mar- keting. Os recém-licenciados, indica ainda o estudo, quan-do empregados, integram ca-tegorias júnior até terem, no mínimo, dois a três anos de experiência. Outra das conclusões a retirar do documento, e que se refe-re às pessoas com formação superior, mostra que existem cada vez mais licenciados a ingressar em sectores como o do retalho, para os quais não há necessidade de formação de grau superior. O estudo salarial divulgado pela Page Personnel foi ela-borado a partir de dados ob-tidos pelos seus consultores, considerando informações de mercado, uma base de dados de candidatos e de clientes em todo o território nacional. Importa ainda referir que, além dos salários, as remunerações podem ainda incluir um pa-cote de benefícios tais como seguros de vida e seguros de saúde.

Vamos lá falar de valores...O sector da banca e finanças é apontado como sendo o sector no qual se praticam as remune-

Laura Alves• lalves@mundouniversitario.pt

rações mais elevadas. Em mé-dia, um candidato com o perfil júnior pode auferir anualmente cerca de 19 mil euros, em con-traste com os 13 mil euros anu-ais de um colaborador júnior que trabalhe em gestão de se-cretariado. Paralelamente, um profissional que possua entre três a quatro anos de experiência recebe sig-nificativamente mais no sector da banca. Em média, um profis-sional da área da banca recebe cerca de 25 mil euros anuais, contra 19 mil euros no sector de secretariado. No entanto, mesmo dentro de ambos os sectores existem discrepâncias salariais significa-tivas, mediante o tipo de activi-dade. No sector da banca, um analista de fundos e um técnico de ‘compliance’ (profissional responsável por prevenir riscos que possam gerar qualquer tipo de problema para a imagem do

banco ou instituição financeira), são os profissionais mais bem pagos, auferindo anualmente, em média, 23.800 euros em iní-cio de carreira passando rapida-mente para os 32 mil após dois anos de experiência. No entanto, é no sector das fi-nanças que se nota uma maior alteração das remunerações nos profissionais, mediante os anos de experiência. Por exem-plo, um auditor financeiro que tenha até três anos de experi-ência ganha anualmente cerca de 11 mil euros sendo que, caso tenha mais de três anos, passa a receber mais do dobro, cerca de 22.400 euros anuais.

Quem melhor paga aos novatosDiz o estudo que é o sector comercial e de marketing que paga melhor em início de car-reira. Actualmente, a área co-mercial paga, em média, cerca

BANCA

Profissão Analista de Fundos Técnico de Compliance Técnico de BackofficeContabilista Fiscal

FINANÇAS

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Resp. Administrativo-financeiro Assistente de Facturação

RETALHo

Profissão

Supervisor de Operações

Gerente de Loja

SECRETARIAdo

Profissão

Secretário Executivo Sr.

Secretário Executivo Jr.

CoMERCIAL

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Chefe de Vendas

Comercial

MARkETINg

Profissão Resp./ Director de Marketing

Assistente de Marketing

Júnior

23.800€ 23.800€ 12.600€ 11.200€

Pequena Empresa

22.400€ a 25.200€ 9.800€ a 12.600€

Pequena Empresa

19.600€ a 23.100€ 8.400€ a 10.500€

2-4 anos

32.000€ 30.000€ 18.200€ 15.400€

- 3 anos 22.500€ 11.200€

Média Empresa

22.500€ a 28.000€ 12.600€ a 15.400€

Média Empresa

23.100€ a 25.900€ 10.500€ a 12.600€

0 a 3 anos

22.400€ a 26.600€ 14.000€ a 16.800€

0 a 3 anos

21.000€ a 23.800€ 11.000€ a 17.000€

5 anos

Não especificado Não especificado 22.400€ 21.000€

+ 3 anos 2.000€ 16.800€

Grande Empresa

28.000€ a 30.800€ 15.400€ a 18.200€

Grande Empresa

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3 a 6 anos

30.000€ a 35.000€ 18.000€ a 22.400€

3 a 6 anos

26.600€ a 33.000€ 18.000€ a 23.000€

SALáRIoS ANuAIS (EM MILHARES dE EuRoS)

poR SECToR dE ACTIVIdAdE

ENCONTRO. Universidade Nova acolheu mais uma edição da Semana Global do Empreendedorismo

21 de Novembro | w w w . m u n d o u n i v e r s i t a r i o . p t grande plano | 9

Durante a passada semana, a criatividade, a inovação e o espírito empreendedor andaram à solta no campus de Campolide da Universidade Nova de Lisboa. A Semana Global do Empreendedorismo, organizada pela Associação Portuguesa

de Business Angels (APBA) e pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES), é uma iniciativa internacional que acontece em simultâneo em mais de 100 países. Por cá, as actividades terminaram ontem.

E se ser empreendedor já era uma necessidade, nos dias que correm é uma urgência.

COm qUANTAS iDEiAS SE fAz Um EmPREENDEDOR?

DESAfiO VERDE. Estudantes têm a oportunidade de tornar as suas universidades mais amigas do ambiente

A Semana Global do Empre-endedorismo incluiu diversos painéis de discussão e apre-sentações sobre o que é, de facto, ser empreendedor nos dias que correm. O primeiro dia da iniciativa, que decorreu na reitoria da Universidade Nova de Lisboa, incluiu comu-nicações de oradores de reno-me como João Trigo da Roza, presidente da APBA e da SGE em Portugal, Luís Campos e Cunha, presidente da SEDES e José Roquette, embaixador da SGE em Portugal. «Partir de uma ideia, desenvol-ver essa ideia e ter a coragem de a levar para o mercado, é esse o remédio para resolver a necessidade que nos afecta actualmente, que é a necessi-dade de criar mais emprego», referiu João Trigo Rosa, da APBA. De acordo com este ‘business angel’, «é urgente

modernizar as nossas insti-tuições públicas que visam modernizar o empreendedo-rismo», frisando que as actu-ais políticas governamentais não são suficientes. «A nossa melhor esperança recai num ecossistema e numa cultura de espírito empreendedor, em saber transformar os riscos em oportunidades», salientou o presidente da APBA.

O nosso empreendedorismoDurante a tarde do primeiro dia foi ainda apresentado o estudo do ‘Global Entrepreneurship Monitor Portugal 2010’ (GEM), sobre como desenvolver o em-preendedorismo em Portugal, pela mão de Luís Mira Amaral, da Sociedade Portuguesa de Inovação. De acordo com este estudo – cujos resultados serão plenamente divulgados no dia 29 de Novembro – em Portu-

gal, quatro a cinco pessoas por cada 100 estarão envolvidas em actividades empreendedoras, quer em fase inicial, quer já de-vidamente implementadas no mercado. Mira Amaral destaca ainda o crescimento do ‘empre-endedorismo por necessidade’, fenómeno comum em tempos de maior desemprego, ou seja o surgimento de pequenos ne-gócios, pouco fundamentados. «Esse não é o tipo de empre-endedorismo que se pretende estimular, mas também existe, e estou convencido de que irá aumentar em Portugal.» Para o ex-ministro da Economia, a solu-ção é clara: «O País precisa como de pão para a boca de startups de base tecnológica, e isso im-plica a cooperação entre as uni-versidades de tecnologia e as escolas de economia e gestão. Não é um lamento, mas um rep-to, um desafio para o futuro.»

A ListA dOs Ex Esta comédia romântica conta a história de Ally (Anna Faris) que, depois de ler numa revista que as mulheres com mais de 20 namorados correm o sério risco de ficar solteiras para sempre, começa a perder a esperança. Com o objectivo de não fracassar novamente, pede ajuda ao vizinho para perceber porque é que os ex-namorados nunca foram ‘o tal’. Com Chris Evans, Ryan Phillippe e Zachary Quinto (o último Spock, em ‘Star Trek’).

Um clube para jovens empreendedoresO dia inaugural da Semana Global do Empreendedoris-mo foi complementado com a apresentação de projectos empreendedores: O ‘Ideation – Geração de Ideias’ e ‘Casos de Sucesso em Portugal’, painéis que contaram com a apresen-

Empreendedorismo jovem no PortoNos próximos dias 25, 26 e 27 decorre na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto o STARTup Live Porto #2. A iniciativa é organizada pela JuniFEUP e pela Scientia – FCUP Junior Enterprise, aliadas à STARTeurope, e tem como objectivo juntar jovens empreen-dedores, investidores e mentores para criar empresas startup. Os participantes terão a oportunidade de formar equipas e desenvolver uma ideia de negócio e apresentá--la a potenciais investidores. As três equipas seleccionadas serão pre-miadas com apoios para a criação da sua empresa startup. Sabe mais em www.startuplive.in/porto.

BREVES

Ericsson promove concur-so ‘Application Awards’ A Ericsson está a promover uma nova edição do ‘Erics-son Application Awards’. Esta competição internacional tem como objectivo a criação de aplicações inovadoras e incen-tivar novas possibilidades de negócio. O desafio está dividido em duas categorias de partici-pação – estudantes e pequenas e médias empresas – e cada equipa deverá desenvolver uma aplicação baseada na plataforma Android e utilizar pelo menos um ‘enabler’ disponibilizado pelo Ericsson Labs. Os prémios vão dos 5 mil aos 15 mil euros e as inscrições decorrem até 5 de Dezembro em www.ericssonap-plicationawards.com.

Prémio para estudantes criativosA Multimédia Outdoors Portugal e a Caixa Geral de Depósitos lançaram um desafio destinado aos estudantes universitários até aos 23 anos, das áreas de Comunica-ção, Marketing e Publicidade. O ‘Prémio Estudante Universitário’ está integrado no Festival Eurobest – uma competição europeia da indústria publicitária, de marketing e da comunicação – que se realiza em Lisboa de 28 a 30 de Novem-bro. Os participantes terão de criar um script para spot de rádio até às 18h00 do dia 21 de Novembro (ou seja, hoje!) que sensibilize para a necessidade de poupar. Descobre todos os pormenores em www.mop.pt/Eurobest/PrémioEstudan-teUniversitário2011.

tação de projectos de empresas como Renova, Petratex e Música no Coração. Joana Mendonça e Pedro Fonseca, em representa-ção do Nova Entrepreneurship Society – Clube de Empreen-dedores da Universidade Nova, destacaram a importância das ideias, mesmo as mais desca-bidas, na fase inicial da criação

de um negócio. Este clube está aberto a todos os estudantes que desejem participar, e tem como objectivo esclarecer e dar apoio aos jovens empreendedo-res. Podes saber mais em www.workingondreams.com. Laura Alves• lalves@mundouniversitario.pt

das novidades deste ano. Há ainda documentários em com-petição – DocShadow – e a estreia em Portugal do artista de Singapura Ka Fai Choy, que nos traz o espectáculo Notion – Dance Fiction. Uma performan-ce que explora as possibilida-des da memória muscular na evolução da história da dança, desde Butoh a Pina Bausch, e que pode ser vista nos dias 9 e 10 de Dezembro no São Luiz. Há ainda o Little Shadow, que apresenta sessões de cinema de animação. Consulta a programação com-pleta em http://inshadowfesti-val.wordpress.com.

Pedro Sena Nunes. «O vídeo e o cinema têm tido, felizmente, um grande desenvolvimento e uma grande visibilidade nos últimos anos. E parte desse in-teresse vem precisamente dos estudantes das mais diversas áreas.»

sentando a esses jovens novas possibilidades de formação e dando-lhes a possibilidade de contactarem com as obras e criadores que, noutro contexto, seria muito mais difícil terem acesso. Interessa-nos promo-ver esta aproximação», avança

métodos de trabalho. Este é o principal objectivo de todas as actividades: a aproximação do público aos objectos artísticos, fomentando a reflexão e o questionamento.»

Premiar novos talentosAlém dos ciclos dirigidos a alu-nos de escolas como a Escola Superior de Dança ou a Escola Superior de Teatro e Cinema, e abertos a todos os estudantes que se interessem por estas novas formas de arte, o festival criou o Prémio Jovem Realiza-dor Português. Trata-se de um incentivo atribuído ao melhor filme de vídeo-dança, que me-lhor retrate a relação entre a câmara e o corpo. O premiado ganha a possibilidade de levar a cabo uma residência artística no espaço Soudos – Centro Rural de Artes (da Vo’Arte e da Associação Amigos da Cer-ca) para criação de uma nova obra que será apresentada na próxima edição do InShadow. «Queremos dirigir esses ‘inputs’ num sentido produtivo, apre-

O InShadow – Festival Internacional de Vídeo, Performance e Tecnologias está de volta a Lisboa. À terceira edição, o InShadow extravasa o palco do Teatro Municipal São Luiz e apresenta diversas propostas artísticas noutros espaços da capital. O objectivo mantém-se: fazer do festival um laboratório de experimentação das artes visuais

e performativas que permita o contacto entre os criadores e o público. Acontece de 2 a 11 de Dezembro.

VíDeO e PerFOrMAnce PArA exPerIMenTAr

São mais de 200 vídeos, perfor-mances e instalações de 33 paí-ses para ver e experimentar em vários espaços da cidade de Lis-boa. Além do Teatro Municipal São Luiz, que tem sido a casa do InShadow nas últimas edi-ções, juntam-se agora também o Teatro do Bairro, o Music- Box, o Museu Nacional de Arte Antiga e a Pickpocket Galery. O objectivo continua a ser pensar o corpo através da transdiscipli-naridade de linguagens como a dança, o vídeo, a performance, a instalação, apostando for-temente na formação através de workshops e masterclasses dirigidos especialmente aos estudantes. «A dimensão pe-dagógica é central no percurso da Vo’Arte [Associação Cultu-ral organizadora] e do Festival InShadow», explica Pedro Sena Nunes, programador do InSha-dow. «Sabemos que a possibili-dade de algumas pessoas con-tactarem directamente com os artistas é fundamental, pelas si- nergias que se criam quando um criador partilha os seus

FeSTIVAL. InShadow regressa a Lisboa e inclui Prémio Jovem realizador Português

10 | artes 21 de Novembro | w w w . m u n d o u n i v e r s i t a r i o . p t

Andreia Arenga• editorial@mundouniversitario.pt

Artes visuais e performativas para ver em Dezembro no Teatro São Luiz, em Lisboa

Amores e desamores em AlmadaAté 4 de Dezembro está em cena ‘Do Amor’ na Sala Experimental do Teatro Municipal de Almada. A peça, baseada num texto do dramaturgo Lars Norén e encenada pela cineasta Solveig Nordlund, aborda a conjuga-lidade de forma crua e desen-cantada, expondo as acções humanas que se encarregam de transformar a paixão amorosa no desamor quotidiano. Os diálogos realistas e os planos quase cine-matográficos fazem de ‘Do Amor’ uma peça tocante. Horário – de quarta-feira a sábado: 21h30; domingo: 16h00.

breVeS

Prémios Media da Rede Ex AequoA 3 de Dezembro o Jardim de Inverno do Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, recebe os Prémios Média, uma iniciativa promovida pela Rede Ex Aequo – Associação de Jovens Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros e Simpatizantes. O evento decorre a partir das 14h30 e conta com a participação de personalidades da área da comunicação social como Alexandra Borges e Conceição Lino e artistas como Diogo Infan-te, a cantora Márcia e a banda Clã. Toda a informação em www.rea.pt/premiosmedia.

Lisboa Mistura celebra a multiculturalidadeÉ já nos próximos dias 25, 26 e 27 – sexta-feira a domingo – que decorre mais uma edição do Festi-val Lisboa Mistura, no São Luiz. São três dias para celebrar a multicul-turalidade e, este ano, o programa integra nomes como Hamid El Kasir, músico e cantor marroquino, e os portugueses Cacique 97, Samuel Úria, Márcia, Pinto Ferreira e Virgem Suta. Espaço ainda para os projectos que cruzam a música com o trabalho de integração, nomeadamente, o último projecto do Programa Escolhas – ‘A nossa voz’. O festival encerra com uma festa intercultural.

Solos em destaqueDe resto, há muito para ver. O destaque deste ano vai para uma secção exclusiva dedica-da à exibição de performances – o SoloShadow – e para as conversas com os realizado-res. As TalkShadows são uma

© C

hoy

Ka

Fai

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nários nas canções?Está muito perto disso. Está algures entre essas tais imagens que cada música tem e a busca dos tais valores em que acredito, e que estão um pouco esqueci-dos.

Vais actuar no Vodafone Mexe Fest, que acontece no início de Dezembro na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Que expectativas tens para esse concerto?Estou com expectativas bastante elevadas, porque vai ser o meu primeiro concerto na capital, e é um festival com alguma dimen-são. Estou bastante excitado, até porque vamos pela primeira vez levar uma secção de sopros, algo que eu estava ansioso por fazer. Acho que vai ser uma boa festa. Estou pelo menos a fazer tudo para que assim seja.

12 | música 21 de Novembro | w w w . m u n d o u n i v e r s i t a r i o . p t

André Tentúgal é cineasta. Mas é através da roupagem de We Trust e das 12 canções que compõem o álbum de estreia ‘These New Countries’ que ele nos chega agora. Com uma luminosidade cinematográfica bastante vincada, este promete ser um dos discos mais

interessantes deste ano, adequado para viajar até lugares desconhecidos. Fomos descobrir o imaginário de We Trust.

As iMAgeNs eNquANTo cANções

PriMeirAs conFirMAções Do oPtiMus PriMAVerA sounDBjörk, Jeff Mangum, Yo La Tengo, Codeine, Neon Indian e Other Lives são os primei-ros nomes confirmados para o Optimus Primavera Sound, cuja primeira edição decorre no Porto de 7 a 10 de Junho de 2012. Começamos por Björk, uma das actuações mais aguardadas em Portugal. A artista islandesa vem apre-sentar ‘Biophilia’, um trabalho que explora as relações entre as estruturas musicais e os fenómenos da natureza. Pelo festival passa ainda um dos artistas de culto dos anos 90 do panorama indie, Jeff Man-gum, líder dos Neutral Milk Hotel. Outros grandes nomes anunciados pela organiza-ção são os Yo La Tengo, uma das bandas clássicas do indie rock americano, e Codeine, pioneiros do slowcore e um dos grupos mais importantes do underground da década de 90. O passe geral para o Optimus Primavera Sound no Porto custa 75 euros, preço que se manterá até 31 de Dezembro. Toda a informação em www.optimusprimaverasound.com.

MunDo coMPLexo Ao ViVo no HArD cLubO colectivo Mundo Complexo vai apresen-tar o disco ‘10 Anos 10 Manos’ ao vivo no Hard Club, no Porto, no próximo dia 26 de Novembro, com participação especial de New Max. O trabalho comemorativo dos dez anos de carreira dos Mundo Complexo contou com a colaboração de nomes grandes do hip hop nacional como Sam The Kid, Da Weasel, New Max (Expensive Soul), Mundo (Dealema), D-Mars (Micro, Rocky Marsiano), Dj Nelassassin (Micro), Sagaz (Micro), Familia Fazuma, D Pendent (ex-Manifestos) e Duvall, que deram nova roupagem aos temas do grupo. ‘10 Anos 10 Manos’ está disponível para download gratuito em www.mundocomplexo.com.pt.

como é que um realizador passa do trabalho com as imagens para a música? Foi o teu trabalho de con-cepção de videoclips que facilitou esta passagem?Isso ajudou-me bastante a co-nhecer pessoas que mais tarde vieram a participar no disco. A música acompanha-me desde há muito tempo, sempre tive uma guitarra em casa, aprendi a tocar piano sozinho, e sempre fui tocando, de uma forma muito descomprometida. Nunca tinha tentado compor, era algo que nunca me havia passado pela cabeça. O que aconteceu é que ao acompanhar algumas bandas tive um período fértil de compo-sição, as melodias começaram a surgir e fui guardando algumas dessas canções. Quando surgiu a oportunidade de mostrar as mi-nhas demos à editora Meifuma-do peguei nisto para fazer algo mais a sério, apesar de nunca o ter planeado.

não tinhas então, essa von-tade inata de ser músico...Sinceramente, não. Tenho vá-rias vertentes artísticas no meu trabalho não estou fechado na realização e no vídeo. Gravar um disco era algo em que nunca tinha pensado. Mas agora que o fiz, creio que faz todo o sentido.

Quando compuseste os te-mas, pensaste de imediato em melodias ou, devido ao teu histórico profissional, pensaste mais em imagens e ambientes?Essa é uma questão engraça-da, porque sem dúvida que, ao pensar em cada música – ou, pelo menos, em alguma parte do processo em cada tema –, as imagens surgiam-me natural-

eNTReVisTA. We Trust estreia-se com ‘These New Countries’ e actua no Vodafone Mexe Fest

Laura Alves• lalves@mundouniversitario.pt

mente. E sei que, quando ouço agora cada música, tenho na minha mente um cenário para ela. Havia melodias que me sur-giam da forma mais improvável, vindas do nada, quando ia para algum sítio. Fui juntando me-lodias como se fossem peças de um puzzle. Gravava, deixava ‘a marinar’ durante alguns dias e, passada uma semana, essa melodia já me transportava para algum sítio. Aí sim, começavam a surgir as imagens. As letras fo-ram na maioria escritas posterior-mente e decidi levá-las também para o lado cinematográfico.

A quem é que recomendarias a audição do disco e para que situações, em que mo-mentos do dia, por exemplo?Não querendo parecer um boca-do óbvio, recomendaria o disco a qualquer pessoa. Há um fenóme-no que me tenho apercebido, é o facto de o ‘Time (Better Not Stop)’ ser um single que agrada a pessoas de várias idades. Tenho uma série de vídeos que me são enviados por miúdos a cantar a música, e já me deparei com pes-soas de idade também a apreciar o tema. Portanto, creio que é um disco que poderia aconselhar a qualquer pessoa. É um disco pop, muito despretencioso, com canções redondas e muito poli-das, que facilmente agradam a vários tipos de pessoas.

De onde vem o nome We trust? Porque não assi-nar a obra com o teu nome próprio? Quiseste separar o músico do realizador?Como referi, tenho bastantes ambições artísticas e gosto de experimentar linguagens dife-rentes. E acho interessante haver identidades artísticas diferentes,

Björk

como que heterónimos. Haver um lugar para cada um dos talentos e criar, mentalmente, um espaço para cada coisa, e isso implica também o próprio nome. Neste caso, achei que faria sentido chamar a este projecto We Trust. Não só porque coinci-de com estes tempos de crise – apesar de este não ser um disco político –, mas porque é um tra-balho que aponta para um certo optimismo de valores. Há certos valores que eu acredito e defen-do e que estão presentes em algumas canções. Também con-fesso que estou um pouco farto de bandas com nomes como ‘Os não sei quê...’ Esgoto facil-mente a minha paciência neste aspecto e então quis seguir por um caminho diferente. We Trust é como um ‘statement’, é uma atitude, e quis marcar a diferença por aí.

Quanto ao nome do disco, ‘these new countries’, está relacionado com o que falámos, com o criares imagens e lugares imagi-

We Trust

numa canção e gravá-la sem pensar num formato conven-cional de cinco ou seis músicos. Não quisemos gravar um disco homogéneo. Não queremos ser uma banda de indie rock. Já há muitas, e boas. Encontrámos a maneira de trabalhar e compor que nos dá vontade de continu-ar a fazer música nossa.

O nome da vossa banda é curioso. Parece o nome de um gang de criminosos como Bonnie & Clyde. Tem alguma coisa a ver com esse imaginário? Se bem me lembro foi o úni-co nome que surgiu. O Bruno queria um nome de banda que tivesse o nome de uma rapariga (que não fizesse parte da banda)

Podia ser um gang pronto a assaltar carros em plena ponte Vasco da Gama. Mas não. Julie & The Carjackers são uma banda. Um duo de rapazes, o João Correia e o Bruno Pernadas, que gosta de fazer música e o faz com uma frescura

que não se via há muito na música nacional. O MU falou com João Correia, a voz e o contador de histórias do grupo, e foi perceber o que se esconde por debaixo deste ‘Parasol’, o primeiro álbum da banda.

O DUO exóTiCO

‘Parasol’ é o vosso primei-ro disco. Como nasceram os Julie & The Carjackers?O grupo surgiu quando o Bru-no Pernadas e eu decidimos juntar músicas folk que cada um escrevia e que estavam paradas, pois não se enqua-dravam nos outros projectos em que tocávamos. Quando já tínhamos cerca de 20 temas escritos por ambos decidimos gravar uma demo caseira com sete músicas para perceber-mos se fazia sentido juntar as nossas canções e fazer um grupo novo de raiz. Essa demo acabou por ser o nosso primeiro EP e teve edição on-line pela Optimus Discos no ano passado.

Que diferenças existem entre o EP e este primeiro longa-duração?O EP foi o motor de arranque. Foi o que nos fez criar uma so-noridade para o grupo, arranjar músicos para tocarem connos-co e começar a dar concertos. O processo de gravação foi muito diferente do disco. Passámos muito tempo a escolher as mú-sicas certas. O Bruno escreveu muitos arranjos diferentes, gra-vámos com trombone, ‘flugge-lhorn’, flauta, coros, marimba. Isto tudo deu trabalho a escre-ver e a apresentar aos músicos convidados. É um desafio maior e um gozo enorme poder pegar

eNTReViSTA. Julie & The Carjackers lançam ‘Parasol’, o primeiro longa-duração do duo

e eu sempre gostei desse imagi-nário meio Bonnie & Clyde, na verdade. Surgiu ‘Julie & The Car-jackers’. Foi uma decisão que de-morou poucos minutos. Quería-mos um nome para o projecto mas não fazíamos ideia sequer se as coisas iam resultar. Foi tudo muito descomprometido.

O vosso som mistura vários géneros diferen-tes, desde a bossa nova, passando pela folk, pelo rock dos anos 50 e 60 até ao indie pop mais contem-porâneo. Como definiriam o vosso estilo?Acho que acabaste de fazê-lo. A nossa música passa por isso tudo. Gosto muito de misturar harmonias e melodias mais típi-

Andreia Arenga• editorial@mundouniversitario.pt

Julie & The Carjackers cas da bossa nova e transformar aquilo numa canção de rock/folk. Gosto que os instrumentos soem exactamente como são. Sem truques nem máscaras sonoras. A ambiência tropical surgiu devido à temática de algumas músicas, tal como os ambientes mais exóticos. É tam-bém inevitável a influência do jazz apesar de não estar muito presente na nossa sonoridade. Foi onde nos conhecemos. Sen-do essas as influências acho que tocamos uma espécie de rock/folk/tropical/exótico? Opá, não tenho jeito nenhum para isto, pois não? (risos)

Vão tocar ao Festival Vodafone Mexe no dia 2 de Dezembro. O que é que o público pode espe-rar da vossa actuação?Estamos a fazer arranjos novos que se adaptem à formação que vamos levar. Vamos ser seis músicos. Guitarras, vozes, baixo, teclados e bateria. Há muita coi-sa que foi gravada no disco que não existe ao vivo. São duas coi-sas distintas. Está a ser a primeira vez que estamos a tocar várias músicas do disco novo. Algu-mas foram gravadas, mas nunca tinham sido tocadas antes. Está tudo a resultar bem, vai ser um bom concerto.

21 de Novembro | w w w . m u n d o u n i v e r s i t a r i o . p t música | 13

FEsTiVal Para OnDular aO sOM DO Jazz O Festival Jazz.pt acontece em Lisboa nos dias 2 e 3 de Dezembro no Arte & Manha, na Av. Duque de Loulé e nos dias 8, 9 e 10, no espaço Vinyl, perto do Centro de Congressos, em Alcântara. Sabe mais em www.jazz.pt/festival.

PrOGraMa

arte & Manha 2 de Dezembro | 23h00LAMA (Clean Feed)DJ Johnny + VJ PTV (Jazz Mixes)3 de Dezembro | 23h00Oscar Marcelino da Graça Trio (TOAP)DJ Johnny + VJ PTV (Jazz Mixes)

Mais Três OPTiMus DisCOsEis uma bela prendinha para pores no sapatinho de quem mais gostas – ou para ofereceres a ti próprio – neste Natal. A Optimus Discos, que tem sido responsável por lançar alguns dos melhores projectos da música nacional nos últimos anos, sob a direcção artística de Henrique Amaro, apre-senta agora mais três novas edições, aliadas a um novo site: Nigga Poison, Osso Vaidoso e The Doups. Os álbuns já estão disponíveis no site www.optimusdiscos.com para escuta e download legal e gratuito, assim como em formato físico, em edições limitadas e numeradas, nas principais lojas com um preço simbólico de 4,90 euros. Quanto ao site da iniciativa, que surge agora com ar renovado, este irá integrar todas a as edições lançadas até agora, sendo possível consultar informação sobre os artistas, ouvir os discos e fazer download de todas as músicas de forma totalmente gratuita e legal.

niGGa POisOn simplicidadi

O colectivo formado por Karlon e Praga regressa com o

álbum ‘Simplicidadi’. Neste disco contam com a colaboração de Sam the Kid, Valete, Papa Juju (Terrakota), Kumpania Algazarra, Beat Laden (Batida), Laton (Kalibrados) e Zymon (Blasted Mechanism), entre outros. A apresentação do novo álbum é a 25 de Novembro no MusicBox em Lisboa.

OssO VaiDOsOanimal

Ana Deus e Alexandre Soares cruzaram as suas experiências

musicais nos Três Tristes Tigres, já depois de projectos como Ban e GNR. Neste primeiro disco de Osso Vaidoso propõem canções simples e guitarras improváveis. O disco é apresentado oficialmente no dia 23 no Café Lusitano, no Porto.

ThE DOuPssmalltown Gossip

Os The Doups já percorreram os palcos de norte

a sul do país, bem como no Reino Unido, França e Espanha. Este disco de estreia é bastante dançável e cheio de refrões ‘orelhudos’. Podes ficar a conhecê-los nos concertos de apresentação do disco no próximo dia 8 de Dezembro em Peniche e a 31 de Dezembro em Tróia.

Vinyl 8 de Dezembro | 23h00Spyros Manesis Trio (JACC Records)Alexandre Barbosa9 de Dezembro | 23h00Interlúnio (JACC Records)Alexandre Barbosa10 de Dezembro | 23h00Demian Cabaud Trio (TOAP)Alexandre Barbosa

HTC RadarLançado a tempo do Natal no mercado português pela Vo-dafone está o novo HTC Radar, equi-pado com a mais recente versão do Windows

Phone – conhecida como Mango, ou 7,5. Em destaque neste smartphone com ecrã de 3,8 polegadas estão o processador de 1 GHz e 512 MB de RAM e a nova versão do sistema operativo integrado, ainda disponível em poucos modelos comercializa-dos por cá. Permite a consulta facilitada das actualizações de amigos nas redes sociais, notícias e widgets através do Live Tiles do Windows, que exibem a informação directamente no menu principal, o ‘multitasking’ ou a gestão agregada de diversas redes sociais, conversas e registos de chamadas num único local. Custa 329,90 euros.

Apple TV já chegou a PortugalA Apple lançou na semana passada no mercado por-

tuguês a Apple TV. O novo serviço permite aceder a filmes HD e episódios de séries, vídeos online (do YouTube e Vimeo), músicas e imagens guardados no iCloud – o serviço de alojamento online da marca norte-americana. Outra das funções do dispositivo é a utilização do televisor como ‘ecrã espelho’ de conteúdos

em reprodução em dispositivos móveis da Apple como o iPad2 e iPhone 4S, que assim passam directamente para

a TV, sem necessidade de recorrer a cabos. O equipamento custa 119 euros.

14 | boa vida 21 de Novembro | w w w . m u n d o u n i v e r s i t a r i o . p t

GadGets para o natal

iPhone 4SÉ incontornável falar nele como sugestão de prenda de Natal. Tivemos a sorte de poder testá-lo nos últimos dias e à primeira, é estranho olhar para um iPhone que tem o mesmo aspecto

do iPhone 4, mas que é novo em folha. As surpresas estão todas concentradas para quando se liga o novo aparelho. Podíamos dizer que tem um processador bem mais rápido, o A5 (óptimo para editar vídeo e jogar jogos exigentes). Tem uma câmara com mais megapixels (passou de cinco para oito), mas acima de tudo com um sensor mais sensível e capacidade de gravar vídeo de elevada qualidade (1080p). Mas o que nos deixa boquiabertos é a assis-tente pessoal Siri. Para já só está disponível em inglês, mas dá para lhe pedirmos tudo o que precisamos, lembrarmo-nos de tarefas, marcar encontros, ligar a pessoas, enviar e escrever mensagens e e-mails (ditados por nós), saber o tempo que faz num sítio qualquer, agendar um alarme ou saber informação útil. E tudo isto só por falar para a maravilhosa Siri, uma profissional que até nos deseja boa noite e de uma inteligência rara. Se dizemos «Boa noite, Siri» de manhã ela respon-de: «Boa noite? São onze da manhã, muito cedo para ser noite.»O preço começa nos 589,90 euros.

João Tomé • editorial@mundouniversitario.pt

SobRe oS SonHoSAutor: Sigmund FreudEditora: TextoCom prefácio do psicólogo Daniel Sampaio, esta é uma versão mais acessível da céle-bre ‘A Interpretação dos So-nhos’, na qual Freud explica como funciona o nosso subconsciente enquanto dormimos. De acordo com Daniel Sampaio, após aleitura desta obra «ficaremos a conhecer-nos melhor» e muito provavelmente ficamos até «mais lúcidos». Um livro fundamental para estudiosos do tema e para curiosos em geral.

AVe de MAu AgoiRoAutora: Camila LäckbergEditora: D. QuixoteDa mesma autora de ‘A Prin-cela de Gelo’, a mais recente obra da sueca Camila Läck-berg confirma-a como uma das mais talentosas autoras de romances policiais da actualidade. Neste novo livro o leitor é transportado para um universo de crimes violentos, num cenário em que as câmaras de um ‘reality show’ estão sempre presentes, registando cada movimento dos intervenientes. Se és fã de suspense e mistério, eis uma boa leitura para as próximas férias.

MenTiRoSoS nAToSAutor: Ian Leslie Editora: TextoA questão que se impõe é: porque não conseguimos viver sem a mentira? Ian Leslie concilia uma carreira na publicidade com a escrita e nesta obra esclarece os diferentes tipos e graus de mentira. Desde os casos de fraude até à relação dos agentes secretos com os polígrafos, dos 10 maiores mentirosos da História da humanidade até às pessoas que têm mais de 150 amigos no Facebook, tudo isto é analisado pelo autor com a ajuda de psicólogos, cientistas, historiadores, filóso-fos e artistas.

leItUras

Com dezembro a bater à porta, somos inundados por sugestões para todo o tipo de prendas. Mas nos dias que correm os presentes mais divertidos passam mesmo por gadgets cheios de funções

e até assistentes pessoais. Aqui ficam algumas sugestões espectaculares.

vaI às CoMpras

Ó mãe, quero uns destes!A nova colecção da Converse, com a assinatura de John Varva-tos, é mesmo o que os teus pés precisam para estes dias frios de Inverno. Conforto e elegância são as propostas, numa inspiração que mistura o basquetebol com o rock ‘n’roll. Os modelos, de linhas clássicas, utilizam couros de luxo, tratamentos especiais do logótipo e acabamentos encera-dos e polidos que conferem aos ténis a sensação de já terem sido usados. Pede já ao Pai Natal para te pôr uns destes na chaminé.

Lomografia em movimentoPara quem tem a paixão da fotografia e do cinema, esta é a prenda ideal. A nova câmara fo-tográfica da Lomo, a LomoKino, usa filmes de 35 mm e com ela podes criar lomografias em mo-vimento através de um simples girar de manivela. A LomoKino faz 144 disparos num filme de 35mm, resultan-do em 36 a 48 segundos de LomoMovie, aos quais podes dar diferentes efeitos: filme de slide, filme a cores, redscale e P/B. Vais sentir-te um autêntico realizador à moda antiga. Depois podes descarregar, ver e partilhar os teus próprios LomoMovies em www.lomography.com.

Já tens agenda para 2012?Se não tens, não deixes de espreitar as propostas da Ambar, marca de referência nacional no que toca a produtos de papelaria. A nova colecção de agendas aposta num design prático e funcional, e há modelos para agradar a todos os gostos. Não te esqueças de apontar os teus compromissos e resoluções para o próximo ano e ainda as datas de aniversário mais impor-tantes. Na foto tens o modelo Colours, mas há muitos mais para descobrir.

e heroínas dessa época que em-barcam numa busca, que deter-minará o destino da Humanida-de para todos os tempos.O filme tem um cardápio de es-trelas impressionante, em que Stephen Dorff é Stavros, um la-drão que se junta a Theseus; Frei-da Pinto é a sacerdotisa Phaedra e John Hurt é o velho Zeus.

21 de Novewmbro | w w w . m u n d o u n i v e r s i t a r i o . p t cinema | 15

Imaginação não falta neste mundo de fantasia criado pelo indiano Tarsem Singh, repleto de figuras mitológicas da antiguidade e nomes como os de Henry Cavill, Stephen Dorff, Freida Pinto, Mickey Rourke e John Hurt. Um épico em 3D!

GUeRRIlHa enTRe oS DeUSeS

Ao longo dos anos já se fizeram muitos filmes sobre a imortalida-de na sétima arte. Vimos isso em filmes e séries como a da saga dos ‘Imortais’, em que um Duncan MacLeod luta com outros imor-tais para que no fim haja só um – Christopher Lambert e Adrian Paul desempenharam esse pa-pel. As figuras mitológicas têm aparecido em séries de televisão como ‘Xena, a Princesa Guerreira’ ou ‘Hércules’ e em filmes como o épico ‘Tróia’.Nesta aventura repleta de fan-tasia há um pouco de tudo isto. ‘Imortais’ é o terceiro filme do indiano Tarsem Singh, mais co-nhecido pelo filme com Jennifer Lopez, ‘A Cela’, e por realizar video- clips e anúncios memoráveis. O filme tem o mesmo tom estético fantasioso que já se viu no épico ‘300’, também ele sobre figuras mitológicas. «Basicamente é uma espécie de quadro de Caravaggio com lai-vos de ‘Clube de Combate’. É um filme duro de acção feito com uma tonalidade ao estilo de um quadro da Renascença», explicou Tarsem sobre o seu filme.

Theseus representa ZeusAcompanhamos Theseus (Hen-ry Cavill), um mortal que é esco-lhido por Zeus (Luke Evans) para liderar a luta contra o cruel e bru-tal Rei Hyperion (Mickey Rourke), que anda a espalhar o caos por toda a Grécia, na sua tentativa de obter uma arma com que possa destruir a Humanidade. Por este mundo místico e mito-lógico baseado na antiguidade clássica grega (em tempos bem diferentes e de maior orgulho para o povo grego do que os actuais), seguimos os passos de alguns dos mais famosos heróis

eSTReIa Da SeMana. ‘Imortais’, um épico repleto de acção

João Tomé• editorial@mundouniversitario.pt

IMORTAIS Realizador: Tarsem SinghCom: Henry Cavill, Stephen Dorff, Freida Pin-to, Mickey Rourke e John HurtGénero: Fantasia/AventuraEstados Unidos, 2011; 110 minutos

Cronenberg TraZ ‘Um méTodo Perigoso’O realizador David Cronenberg está de regresso ao cinema e volta a contar com a colaboração de Viggo Mortensen neste filme histórico que esteve no Festival de Cannes e é passado na véspera da Primeira Guerra Mundial. Seduzido pelo desafio de um caso impos-sível, o Dr. Carl Jung (Michael Fassbender) aceita a bela, mas desequilibrada, Sabi-na Spielrein (Keira Knightley) como sua paciente. A arma de Jung é o método uti-lizado pelo seu mestre, o célebre Sigmund Freud (interpretado por Viggo Mortensen). Mas ambos os homens experientes e maduros vão acabar por cair no feitiço de Sabina, que é muito mais complexa do que aquilo que aparentava ser. O argumento do filme foi adaptado da peça de teatro de Christopher Hampton, intitulada ‘The Talking Cure’, que é ela própria baseada no livro de 1993 de John Kerr, baseado em factos verídicos.

arThUr ChrisTmasEste filme de Natal produzido pela mítica companhia britânica Aardman, criadora do já clássico ‘Wallace e Gromit’, para a americana Sony Pictures é uma comédia familiar com bonecos reais, algo típico da Aardman. Esta aventura animada procura dar a resposta à pergunta que todas as crianças fazem: «Como é que o Pai Natal consegue entregar todos os presentes numa só noite?» A resposta: o Pai Natal gere uma operação ultra secreta escondida no Pólo Norte. O filme apresenta-nos uma história com todos os ingredientes neces-sários para o tornar num clássico de Natal: uma família num estado disfuncional e um herói improvável – o filho mais novo do Pai Natal, Arthur.

TwilighT: amanheCer ParTe 1

A saga ‘Twilight’ está de volta com o quar-to e último capítulo, que conhece aqui a primeira parte – os muitos fãs da saga só poderão ver o final daqui a um ano, quando estrear a segunda parte do filme. Acompanhamos Bella (Kristen Stewart) e Edward (Robert Pattinson), que terão de lidar com uma série de consequências provocadas pelo seu casamento, a sua romântica lua-de-mel, e o tumultuoso nascimento do seu bebé.

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